#abandono de ideologias
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Tórrido/Passadiço
Macabro e destemido tilintar São ossos? São beijos? Ou são vidros colidindo? Trilhas de sons que observam Fazendo-se criar um rosto invisível e bisbilhoteiro
Meu abandono é afável A reinvenção de profetas O estimulo de bestas-botos Amaldiçoando com o desamor da década
Gravitar ao redor da solução vinagre Ir aonde corpos desmancham Lábios amolam a faca do futuro A casa é uma catedral transcendida
Seis horas, na imagem atrasada Que teus olhos congestionem os meus Uma dança e uma declaração de óbito Eu me entretenho em precaver minha feridas
Fabricar vozes que roçam virilhas e gargantas Alternando-se até perdoar intenções duplas Eu canto para você as substâncias que me limitam E você me convence de ser projeções das minhas vaidades
Devorei tudo que pude entre serestas: Corpos, talheres, ideologias, folhas e cores Me vi tão faminto e inorgânico Como uma máquina, repetindo gestos
Altares, jazigos de gesso e mármore Este estágio dos homens não é mais meu Bendito é o tempo que me extasia E me faz perecer ao humo desta terra
Compôs a canção de toda a congregação Aquela que versa a presença com exílios A disposição de performar versões polidas de si E misturar-se ao sulco preventivo de videiras
#inutilidadeaflorada#poema#poesia#pierrot ruivo#poesiabrasileira#literaturabrasileira#novospoetas#lardepoetas#projetovelhopoema#projetoflorejo#poecitas#poetizador#projetoalmaflorida#espalhepoesias#liberdadeliteraria#arquivopoetico#mentesexpostas#pequenosautores#simbolismo#impressionismo#expressionismo#ultrarromantismo#poetadotumblr#poesiagotica#literatuagotica#compartilharemos#meuprojetoautoral#buscandonovosares#projetonaflordapele#projetomardeescritos
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Neon Genesis Evangelion (新世紀エヴァンゲリオン - 1995/1996)
Direção: Hideaki Anno
Produção: Noriko Kobayashi e Yutaka Sugiama
Estúdios: Gainax e Tatsunoko
Eu sei que Evangelion é um dos desenhos japoneses mais aclamados do mundo e também um dos mais conhecidos, mas a verdade, é que eu nunca assisti. Eu comprei o gibi quando tinha 12 anos e não consegui achar mais e naquela época não era tão fácil uma criança fazer compras na internet como agora. Então, como eu já estava procurando animes para me recuperar do trauma do "Happy Sugar Life", eu decidi ver esse ícone da animação e relembrar porque eu gostava tanto desse conteúdo.
Evangelion se passa em 2015, mas como o desenho foi feito em 2015 e os quadrinhos antes mesmo disso, 2015 era o futuro distópico que tanto imaginamos até hoje nas ficções científicas. O mundo praticamente acabou, a humanidade se resumiu a poucas pessoas e o governo está tentando acabar com uns monstrões gigantes chamados anjos que foram feitos pelos deuses astronautas (e eu não tô zoando) exatamente para exterminar a humanidade. Então entra Shinji, -um protagonista chato pra caralho-, que foi convocado aos 14 anos pelo próprio pai para pilotar uns robozão a la Gundam para matar esses anjos e salvar a humanidade.
Apesar de toda essa temática de ficção ciêntifica maravilhosa, eu não sou muito fã de Gundam e companhia, então se fosse só isso, eu ia acabar sofrendo o desenho todo e falar muito mal no twitter -que eu não tenho-. O anime me pegou mesmo no tema principal: a fragilidade do ser humano, o medo da solidão e de abandono. A verdade é que esse sentimento todo mundo tem, a maioria não admite, mas tem. E tá tudo bem ter.
Imagina pessoas que cresceram nesse mundo, que tem suas questões de abandono principalmente parental, que tem uma vida tão diferente da comum que acaba não conseguindo nem mesmo se encaixar com os outros. Esse é um resumo de quem são Shinji, Asuka, Rei e Misato, os personagens principais da série. Shinji é um menino que tem mãe falecida e o pai negligente (que manda ele pra uma guerra aos QUATORZE ANOS!), Asuka perdeu a mãe para o suicídio e vivia com o pai e a madrasta que não ligam tanto para ela como a gente gostaria, (spoiler) Rei nem é gente direito, é um clone criado a partir do DNA da mãe do Shinji com Lilith (SIM LILITH!) e vive num constante questionamento do próprio ser, já a Misako perdeu o pai no que chamam de segundo impacto (o início do fim do mundo) quando ainda era criança e resolveu entrar pra essa organização para continuar o trabalho de sua mãe e de quebra vingar a morte do seu pai.
Esses personagens em vários momentos tem suas questões existenciais, momentos depressivos, sentimento de impostor e têm muito em comum não só entre eles, mas com o resto de nós que nem vivemos um apocalipse bíblico e desesperador. E no final, depois de muita confusão e explosões, o animê fecha com o aparente fim do mundo, onde Shinji decide se a humanidade deve viver tudo junto num líquido primordial para que todos sejam um só (e nada ao mesmo tempo) ou se ela deve viver plenamente como indivíduo que precisa dos outros.
E você achava que acabou? Não acabou não. O estúdio não tinha muito orçamento para esse episódio final, mas ele não deixou a desejar na animação com esboços super minimalistas dos pensamentos de Shinji e suas companheiras enquanto viviam no nada. A partir de pensamentos filosóficos e de psicologia, o criador expõe seus próprios devaneios da depressão em que esteve, para nos questionar quem somos, se estamos sozinhos, se precisamos dos outros e o que nos faz seres que pensam. E mesmo com toda simplicidade, eu particularmente achei que foi um show, não tinha como ser melhor. Toda individualidade que nos define não depende só da nossa existência, mas das pessoas, dos lugares, de absolutamente tudo que nos cerca. Nossas ideologias, crenças, moral, ética, depende de toda nossa experiência e principalmente das pessoas que nos cerca, afinal, eu não sou a mesma pessoa na cabeça da minha mãe, minha namorada tem outra visão de mim e eu mesma me vejo também de uma outra forma completamente diferente. Todo mundo tem versões diferentes de si mesmos na cabeça de cada um. E é sobre isso.
Ainda não acabou, espera só um pouquinho que eu tenho que falar do famigerado filme com final alternativo chamado " The End of Evangelion" de 1997. Segundo minha pesquisa, muita gente odiou o final do desenho e mandaram cartas ameaçando, mandando hate para o criador, teve até quem pichasse o estúdio com palavras de ódio por causa desse ultimo episódio (que na minha opinião, são no mínimo burros, provando que é racista falar que todo asiático é super inteligente). O criador, por outro lado, fez um filme muito bem produzido, todo psicodélico, jogando toda a violência que ele sofreu de volta para essas pessoas, matando inclusive personagens importantes e jogando na cara como a humanidade pode ser violenta, assim como esses "fãs" queridos. E esse foi o último trabalho desse queridíssimo e obrigada a todos que o machucaram num momento tão delicado. Se no final original o criador acreditava que a humanidade tinha algum valor, agora ele não acredita mais.
#evangelion#evangelion anime#neon genesis evangelion#shinji ikari#misato katsuragi#asuka langley soryu#rei ayanami#anjo#eva#lilith#adão#cyborg#gundam#anime#critica#resenha#netflix#serie#filme#Hideaki Anno#Noriko Kobayashi#Yutaka Sugiama#Gainax#Tatsunoko#the end of evangelion
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3 dietas incríveis para conquistar o corpo ideal
A tendência das dietas já não é nova e o começo do ano é sempre a melhor época para rever as opções e garantir que se cumprem as resoluções feitas no ano novo. Conheça 3 dietas que oferecem resultados e que podem garantir o sucesso no cumprimento dos seus objetivos. A preocupação com a ideologia fit é uma tendência da atualidade e isto significa que as pessoas estão, cada vez mais, a procurar alternativas que promovam a boa forma física, tanto ao nível da aparência como da saúde. Não é por acaso que se verifica um maior interesse por produtos de CBD ou suplementos vitamínicos; ou que se vê um número cada vez maior de pessoas a recorrer ao aconselhamento junto de nutricionistas e personal trainers. O desejo de encontrar um plano de exercício e dieta adaptado às necessidades e que vá de encontro aos objetivos individuais é algo comum. Hoje em dia, uma breve pesquisa é capaz de apresentar – literalmente – centenas de dietas que fazem as mais incríveis promessas de sucesso. Muitas destas dietas, no entanto, são pouco saudáveis, demasiado restritivas e, ainda que ofereçam resultados imediatos, tornam difícil a manutenção do peso (e da saúde). Em 2021, a melhor forma de conseguir a dieta ideal, é garantir que escolhe um plano adequado ao seu metabolismo, às suas caraterísticas e necessidades físicas e também à sua genética, já que esta constitui um importante fator quando se fala de emagrecimento. Venha conhecer algumas dietas fantásticas que, sem serem demasiado restritivas, conseguem garantir a perda de peso e ajudar a cumprir os objetivos estipulados pelas suas resoluções de ano novo. Deixamos, como sugestão, 3 dietas incríveis para conquistar o corpo ideal em .
1. Dieta Keto ou Cetogénica
Esta dieta celebrizou-se quando Adele, cantora mundialmente famosa, referiu que esta fora a estratégia que motivara a sua mudança de imagem. Marcando tendência na atualidade, esta é uma forma de alimentação que promove o abandono do consumo de hidratos de carbono, substituindo-o pelo consumo de gorduras e proteínas. Este tipo de alimentação promove a libertação de cetonas pelo fígado e promove, assim, a queima de gordura, ao mesmo tempo que evita uma perda de massa muscular e melhora os índices de insulina no organismo. Trata-se, ainda, de uma dieta saciante e que combate o desejo de ingerir alimentos de conforto.
2. Dieta Flexitariana
Como o nome indica, esta é uma dieta flexível mas de base fundamentalmente vegetariana. Aqui, embora possa consumir carne, deverá moderar este consumo. Esta dieta implica também uma menor ingestão calórica e baseia-se principalmente na ingestão de frutos, legumes e frutos secos.
3. Dieta Mediterrânica
A Dieta Mediterrânica está considerada uma das dietas mais saudáveis do mundo, não só por ser diversificada mas por integrar ingredientes cujos benefícios para a saúde estão cientificamente comprovados. Esta dieta é uma opção fabulosa para quem deseja fazer dieta sem passar fome, já que se trata simplesmente de uma adaptação alimentar equilibrada, que integra vários vegetais, carnes brancas, peixe e azeite. Esta dieta é ainda uma forte aliada na luta contra as doenças cardiovasculares. Read the full article
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SEJA BEM-VINDA, Nadine Wanwisa Akerhielm!
NOME: Nadine Wanwisa Akerhielm. FACECLAIM: Amanda Khamkaew - influencer. DATA DE NASCIMENTO E IDADE: 25/03/1997, 26 anos. NACIONALIDADE E ETNIA: Altalune, sueca-tailandêsa. MORADIA: Resort Nebula. OCUPAÇÃO: Surfista e dona da loja de joias Wanwisa. QUALIDADES E DEFEITOS: Carinhosa e simpática; explosiva e teimosa. OOC: +18 TEMAS DE INTERESSE: Angst, Crack, Fluff, Friendship, Shipping, Smut.
[ tw na bio: abandono parental, acidente leve ]
Vinda de uma família simples nas diretrizes sociais da união carnal entre o homem e a mulher, Nadine – aquela que traz proteção – nasceu ao pôr-do-sol na ilha de Altalune trazendo paz aos olhos marejados da mãe que desejava pela sensação de segurá-la em seus braços, já seu pai, que queria um filho homem, sequer esboçou comoção pela criança gerada. Os Akerhielm, vindo da descendência de suecos e tailandeses, viviam no comodismo de Taki e na paz interior que aquele ambiente preservado pela tranquilidade da região, Nadine, ou para sua mãe, Wanwisa – a deusa do mar – tivera uma boa infância com os ensinamentos certos e o construto pessoal através da ideologia religioso do budismo do seu pai, este tão alienado que muitas das vezes passava horas no templo acreditando ser o melhor lugar para estar longe da própria criança que necessitava de um abrigo paternal, mas claro, no olhar inocente de uma criança que desejava este amor, ainda havia alguém que o entendia – ele trazia o sustento necessário para a casa.
Nadine era uma garota linda e inteligente, gostava de passar horas com sua mãe em auto mar e se conectando de diversas maneiras com a natureza. O apego emocional desenvolvido com este lado mais simbólico era fruto dos ensinamentos que a parte materna passava, desenvolvendo uma personalidade pura. Viviam bem e a maneira como estavam era o que desejava, mas conforme crescia e começava a entender certas coisas, passou a enxergar o mundo com outros olhos e principalmente, seu pai. Alguns anos se passaram até que em seu aniversário de cinco anos, algo mudou: Seu pai estava diferente e já não era mais o mesmo, a presença inconstante se tornava nula, os tempos de convivência dentro da casa já não existiam e dificilmente sabia quem ele era de fato. Poucos meses então, sua mãe descobrirá que este a traía com outra mulher, passando a acreditar que o relacionamento que viveu por anos não passava de uma mentira coberta de lamúria, tampouco tendo tempo de um divórcio, este mesmo sumiu para viver a outra parte da vida dupla, esquecendo completamente que tinha uma criança que carregava sua geração.
Por mais que isso pudesse atingir diretamente, Nadine era apenas uma criança e não entendi muito bem o que as consequências da vida traziam, era boba e inocente, vivendo apenas pelo sorriso da mãe e sua paixão pelo mar. Mais uns anos se passaram até que aos dez anos resolveu iniciar algumas aulas de surfe tendo o apoio da mãe, tornou-se uma surfista mirim reconhecida pela ilha e aclamada pelo seu talento, era boa e sabia disso, tinha orgulho e seus esforços valiam cada sensação de prazer que a maresia lhe dava. Anos de treinos e esforços foram o suficiente para inúmeras premiações, medalhas e troféus que adquiria, sua mãe estava orgulhosa e seu pai, pouco se sabia dele, apenas que tinha um filho e que não fazia questão nenhuma de saber de Nadine. Vinte anos se passaram, a garota das ondas foi crescendo e se tornando uma mulher reconhecida e muito bem de vida, retribuindo todos os ensinamentos e carinho que sua mãe a qual a criou sozinha a passou, dando-lhe uma vida ainda mais digna e melhor, e claro, sabendo de toda história já de seu pai, pouco se importante. Já madura e querendo viver o melhor momento de sua vida, resolveu que era hora de mudar os ares, dando uma vida melhor para mãe, mas se mudando para Stellamaris para ter a própria vida; gostava da tranquilidade luxuosa que o lugar transmitia.
Permanecendo na ideia de crescer e se tornar ainda mais reconhecida a maneira que desejava, Nadine continuou treinamento para se classificar em um dos maiores campeonatos que ocorreriam na ilha. O nervosismo passava em suas falanges úmidas e enrugadas todas as vezes que se via prestes a cair em uma manobra em falso, mas sabia que aquilo era somente pensamentos negativos de carregava da incapacidade que sequer tinha, mesmo sabendo que era boa o suficiente para encarar qualquer desafio, tinha tempo, dedicação e força de vontade até chegar o grande dia.
O campeonato contava com surfistas profissões de várias regiões da Ásia, a concentração maior acabou ficando na ilha de Altalune a qual estava representando em seu nome por todas naquela extensão, sentindo a pressão se contorcer no peito. O suor salgado escorria pela coluna enquanto a maresia esvoaçava seus fios escuros, calmamente, Nadine passava a parafina na prancha para se preparar até que chamassem seu nome. “Nadine Wanwisa Akerhielm”, era sua vez.
Naquele dia as ondas quebravam forte, a garganta seca e o memo açoitava seus pensamentos, mas a coragem de vivenciar aquilo era maior que qualquer insanidade que passava em sua mente. Teus pés tocavam a beira do mar enquanto o mais profundo oceano a penetrava naquele som acosso, soltando o último suspiro antes que pudesse sumir ao alto, sendo vista de longe. Toda a execução era feita perfeitamente, estava confiante e entregando todo o ensinamento que havia vivido de sua experiência, mas em um detalhe em falso, passava como um flash de relance bem diante de seus olhos. Ao cortar uma onda, está se perdeu nela, chocando-se contra uma pedra – não com tanta força – mas o suficiente para que perdesse a consciência, os salva-vidas que observavam do lado de fora se movimentavam, os gritos da progenitora ecoavam em desespero enquanto, Jade – seu meio irmão – sentia a adrenalina subir no mesmo momento que Nadine se perdia, tentando até mesmo salvá-la. Muitos pensavam que aquele seria a última vez que seria vista, mas sua vida passou como um filme diante de seus olhos, se vendo hospitalizada não somente por dias em um hospital, mas meses.
Escoriações pelo corpo, contusões, fratura na costela, inconsciente – essa era as condições que Nadine se encontrava, pouco se sabendo se sobreviveria, até que um dia, seus olhos foram pegos pela luz forte do quarto. Foram exatos cinco meses naquela situação, acordando tampouco sabendo do acontecendo, e pior, não se lembrando daquilo. Para ela, tudo estava como sempre esteve: vivendo sozinha, sabendo do seu irmão, tendo um amor incondicional por sua mãe, sustentando sua própria marca de joia, mas o que de fato marcou sua vida e quase morte, fora deixada nas lembranças. Ela já não era mais a mesma, mas nuances e prolapsos dos acontecimentos sempre ocorriam quando entrava em contato com algo que se assemelhava ao dia do acidente na tentativa falha de se lembrar de quem realmente ela era, mas no esforço de um dia poder reconhecer e se reencontrar na sua súbita perda de memória. O mundo era incerto, e se ela se lembraria de quem ela era, também.
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Una vida de Punk Rock
Quienes me conocen de toda la vida, saben que tengo una relacion muy cercana con el punk rock, por lo que no me es dificil entender lo que se esconde detras de el.
En el desarrollo de la investigacion sobre la cultura, la identidad y el sentido de pertenencia, propuesto este semestre, es que llego a Lisa.
Mientras mis compañeras de la escuela entrevistaban a Kala, yo tuve dificultades de asistir debido a que me necesitaban en la escuela de mi hijo, es por eso que recurri a Lisa, una de las personitas que me cruce en el camino del Punk Rock.
Lisa, tiene 30 años en la actualidad y me cuenta que salio de su casa a los 12 años, escapando del maltrato que vivia, fue asi como comenzo una vida de sobrevivencia en la calle, donde el punk rock le dio herramientas para sobrevivir.
Dentro de las situaciones que me contaba, menciona haber vivido en mas de 5 ocupas a lo largo de su vida, ha abierto espacios, asi como ha llegado a activar otros. Una de las bandas punk que marcaron su infancia y formaron su pensamiento son los KTM una banda de aca de la zona, con los cuales tengo una relacion de amistad.
El punk rock más que una ideologia es un estilo de vida, que se desarrolla en base a un "pensamiento critico", pero que no deja de ser destructivo, (no por tener pensamiento critico significa que se busca lo mejor para la humanidad) muy por el contrario, el punk suele ser super destructivo para quien escoge este estilo de vida, pero contradictoriamente, para quienes lo hemos experimentado, sabemos que nos salvo de muchas tragedias.
Con Lisa concordamos en nuestra conversacion de que el punk nos dio la fuerza para sobrevivir al maltrato y al bulling, pero aun asi nos llevo por un camino de autodestruccion. En nuestra conversacion le contaba a lisa que yo ya habia dado por colgado los bototos, termino que se utiliza para reconocer que el punk fue una etapa y que ahora vamos por otro camino, a lo que Lisa me increpa y me dice, que el punk se lleva en la mente, que a pesar de que ya no me vista como punk, mi corazon siempre lo sera, y creo que tiene razón en una gran parte de ello.
Asi como los KTM influyeron ideologicamente a Lisa, la banda que influyo mi pensamiento critico son los muertos de cristo, inspirando mi camino musical cuando junto con mis amigos formamos una banda llamada Rameras de Satan, buscando concientizar a nuestra generacion a traves de la musica, como tambien reaccionando al colonialismo clasico de la iglesia catolica, lo cual genero controversia en un comienzo a nivel territorial y mas aun en mi familia, ya que vengo de una desendencia fuertemente catolica, fue asi como logramos influir en la cultura local junto a los KTM (Los konshetumare denigrantes) banda amiga con los cuales compartimos años de punk y que me llevaron a conocer a Lisa y su historia de vida.
Los punkys de bellavista son tremendamente juzgados, sabemos que no tienen el mejor de los comparamientos, ni que son unos panes de dios, pero detras de ese caos que se asota existe una cantidad inumerable de vulnerabilidad, maltrato, abandono, entre otros vejamenes cometidos por la sociedad y por quienes debieron haberlos cuidado en su niñez. Muchos diran "eso nos los justifica, ya son adultos", pero es facil decirlo desde el sillon de los privilegios y si bien hay gente que logro superar la degradacion de su infancia, eso no quiere decir que todos deben superar el trauma de la misma manera, es asi como personas como Lisa encontraron en el punk una via de sobrevivencia ante lo ingrato que les fue la vida y que aun asi, conservan ciertos valore y codigos que los vuelven seres respetables para mi. Conozco sus historias, conozco su bondad escondida detras de esa coraza de chicxs malxs y estoy casi segura de que si la vida les hubiera dado el amor y la protección que merecian de niñxs, otras serian sus historias.
Para la sociedad es facil apuntar con el dedo, cuestionas y juzgar el comportamiento erratico de una persona, pero nadie cuestiona la ineficiencia del estado en contruir politicas publicas que resguarde la integridad de la niñez y se preguntaran, que tiene que ver esto con el punk, pues, en mi camino por el punk, he logrado concluir, que todo y toda punk lleva dentro suyo un niño o niña herida, nadie nace siendo punk, ladron o traficante, es en este caso que el punk llega a nuestras vidas tanto a salvarnos, como a destruirnos, porque si vamos a convivir en un sistema que no cuida, que no da paz, que no da amor, entonces ¿por que el punky querria dar todo eso que se le ha negado?.
Mucho han querido dar catedra de lo que es el punk sin serlo y creen que por vestirse de negro o usar bototos o tener pensamiento anarko lo son y critican a los punky de bellavista, catalogandolos de "rancios" y de que "esos no son punk" y es cierto, asi como en todos lados, hay gente que dice ser algo, que en la practica no es, lo que estas personas olvidaron, es que el punk no busca las paz mundial, muy por el contrario, busca desafiar las normas establecidas, tanto en su comportamiento, como en su musica, donde predominan los acordes rapidos y duros, junto con sus letras criticas y su estetica (que en alguna epoca fue provocativa) influenciando a las disidencias, inspirando a muchos movimientos sociales y politicos a traves de su actitud confrontacional. El punk confronta, el punk no es hippie, aun asi, he encontrado mas nobleza en un punky rancio, que un hippie namaste.
Asi mismo esta sub cultura es catalogada como nihilista, debido a su falta de soluciones, alta negatividad y pesimismo, individualidad y aislamiento haciendo dificil la interaccion con otras comunidades, a su vez, se considera que el los punkys han contribuido a la sociedad de una forma que quizas no todos vean, debido a que el punk cumple una funcion critica importante, desafiando el status quo y cuestionando la autoridad. Tambien a servido de refugio para las disidencias, dando espacio para comunicar y organizarse, convirtiendose para muchos en una inspiracion para el cambio social y politico.
No tengo desendencia indigena, pero la respeto y admiro, no vengo de una familia de nobleza, ni de un linaje delictual hasta donde yo se, vengo de una familia creyente, profundamente catolica, por lo cual siempre senti que no tenia tribu, solo en los pocos años que vivi el punk rock senti que pertenecia a una, lo cual duro hasta el dia que decidi alejarme de ese camino para criar a mi hijo y darle una buena vida. En la actualidad, si bien el punk me cruzo con gente hermosa a la cual quiero mucho, me siento sin tribu, pero a la vez feliz de haber cambiado mi rumbo y aun asi poder abrazar a gente como Lisa, que me enseño a comprender que este mundo esta lleno de disfraces y que mientras unos se visten de malotes, ocultando su bondad, otros se visten de buenas personas para ocultar sus verdaderas intenciones.
<< El punky es punky por que quiere >>
fin
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livre
Estive alguns anos, 22, a ouvir crianças, adolescentes e jovens adultos falarem sobre os sonhos para o futuro do país. Cheguei a algumas conclusões sobre uma liderança desejável por todos para Portugal. Estão cansados de gritos, de insultos, de falta de sensatez, dos repetidos tons de fúria e dos olhares de ódio quando se fala dos ou com os adversários.
Nas constantes conversas de cafés e nos fóruns nacionais e expatriados (que palavra tão injusta, como se a pátria fosse um lugar e não morasse em nós) os adultos exigem que se acabe com a corrupção e que é preciso destachizar o parlamento. Ao mesmo tempo que fecham os olhos a listas de deputados sem critérios de qualidade mas sim de familiaridade. Ao mesmo tempo que tapam os ouvidos de quem investiga e nos fala de financiamentos ilícitos dos partidos que usam esses chavões.
O discurso radical que marca o fim do diálogo, o fim da comunicação,o deixar de tornar comum pensares e de encontrar pontes, repete-se e fomenta-se por tanta gente. Ou estamos contigo ou contra ti. Como se apoiar a Ucrânia significasse não condenar o imperialismo dos estadosdesunidos. Como se condenar a existência do Hamas implicasse não condenar o Holocausto praticado em Gaza. Como se condenar a violência de género e o abandono escolar de meninas na cultura cigana fosse apoiar a sua demonização. A maioria de nós, de qualquer classe, género,idade, de qualquer religião ou ideologia, é pela Paz, pelo Direito Internacional e pelos Direitos Humanos. Quando não é manipulada por psicopatas ou gente com sede de poder ou caos. E por notícias falsas criadas por ambos. Eu vivi os tempos mais bonitos da minha vida com outros estudantes europeus e acredito num projecto de União Europeia. Uma união que foi utopia concretizável e a quem muitos interessa forjar como uma distopia, fonte falsa dos problemas do século XXI. Eu vejo uma Europa unida, um mundo unido a acontecer, por exemplo ali em qualquer miradouro de Lisboa.
Trabalhei 12 anos com imigrantes. Namoro com uma imigrante. Sou vizinho de imigrantes. Sei o que fazem pelo país todos os dias (por vezes com mais esforço e maior exploração do que alguns portugueses de bem, bem antipáticos e rudes) Vi o que fizeram durante a pandemia e como ajudaram a erguer a economia terciária e a segurança social. Podia ser uma percepção pessoal, mas contra isso ou a favor disso existem instituições que estudam os fenómenos como a criminalidade e insegurança. Que Estudam. Eu ainda acredito em quem estuda. Não é o que pedimos aos nossos filhos? Que estudem? Acredito na Ciência e não em como me sinto depois de 3 horas na pastelaria a ver a CMTV.
Eu acredito no estado social, num estado social progressista em que o que o público e privado podem coexistir, sobretudo na Saúde e na Educação. Educação Pública que permitiu aos meus pais e tios serem os primeiros na árvore genealógica a licenciarem-se. Saúde Pública que tanta gente diariamente salva, sem as levar à bancarrota. Eu pensei que após 50 anos de democracia, o estado não precisasse de dizer a que deus rezar ou que não posso tornar público quem amo, ou me ditasse regras sobre o meu corpo. Que houvesse tanta gente, por medo e ignorância, a querer impor as suas escolhas individuais aos outros. Que eu não pudesse dizer as piadas que quero, que eu não pudesse vestir boina e casaco acolchoado verde sem ser vítima de bullying. Dizer que tenho fé, sem ser vítima de intolerância intelectual.
Acreditaremos mesmo todos que a democracia e o diálogo são importantes? Acreditaremos todos que o estudo da História, da nossa e a do mundo é importante para não repetir erros do passado? Acreditamos em políticos boys de carreira ou confiamos em líderes sensatos e pontífices?
Na hora de votar não estarei tão indeciso como noutras eleições já estive, pensando se realmente fiz a escolha correcta e ver tudo depois desesperançar.
Daqui a 8 dias, voto Livre e sei que seremos muitos.
Gonçalo Fontes
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Nome: Eleni Kwon Faceclaim: Kyungri, Ex-Nine Muses Data de nascimento e idade: 21.01.1990 — 33 anos Gênero: Feminino Etnia e nacionalidade: Sul-coreano, Grécia
Moradia: Yongsan-gu Ocupação: Dona, Aphelion Studio Qualidades: Altruísta, Determinação Defeitos: Impulsividade, Detalhista User: @bks_eleni
TW: Abandono paterno, menção a morte e câncer
Yiyeon Kwon, escultura coreana conhecida globalmente havia se mudado para Grecia nos anos oitenta, era comumente associada a ideologia hippie pela sua filosofia de vida baseada em amor e liberdade, além das obras despojadas e até mesmo obscenas que criava; era muito querida por todos e sempre estava disposta a ajudar quem precisasse. Um pouco antes das férias de verão, vários turistas chegaram na ilha, dizem que Yiyeon se apaixonou perdidamente por um coreano, há rumores que ele era arquiteto ou velejador que havia ganhado as olimpíadas. Apesar das informações se perderem ao longo dos anos, é de conhecimento geral que ela havia sido abandonada antes de trazer Eleni ao mundo em Janeiro de 1990.
Eleni desde pequena viveu uma vida tranquila e sem pressão, era uma pessoa que se alegrava por muito pouco, só de estar ao redor das belas paisagens de onde morava era o suficiente para sentir-se grata. Sempre teve uma relação forte com a mãe, entendia perfeitamente dos esforços que a mulher havia feito para criá-la, contudo, havia um buraco em sua vida que nunca fora preenchido. Quando questionava sobre quem seria seu pai, a reação da mulher era sempre agitada, desconfortável, então optava por deixar de lado.
A Kwon não tinha planos grandiosos para o futuro, mas por crescer em um ambiente artístico, construiu uma paixão súbita por depositar seus desejos mais profundos em um canvas branco e um punhado de tinta. O passar dos anos acalentou esse sentimento pela pintura e com o apoio materno, encontrou a melhor formação em artes visuais no berço das artes: Itália. Foi na Itália que se aprofundou nas mais variadas formas de pintura, aprendeu de tudo um pouco e começou a aplicar em sua rotina, entregando uma coleção impecável ainda no segundo ano de formação, atraindo atenção do público pelo trabalho e claro, pelo sobrenome conhecido.
O percurso da vida seguiu em esplêndido conforme o reconhecimento dela aumentava, a finalização da faculdade desabrochou vários sonhos e planos dos quais nunca havia tido antes, era uma nova mulher e queria desvincular dos trilhos caminhados pela sua mãe, queria ir mais longe. E parecia que a sorte estava a seu favor, ela conseguiu criar coleções que arrancavam suspiros, exposições que lotavam e também tinha um olho incrível para reconhecer novos talentos, ela usou da sua posição privilegiada para ajudar artistas que dificilmente teriam a mesma oportunidade que ela teve; completamente em anônimo e sem segundas intenções. Após alcançar tantas magnitudes, ela decidiu que era o momento de retornar para casa, tirar um tempo sabático, se reconectar com sua mãe e com a ilha.
Infelizmente, ela teve pouco tempo para aproveitar esse tempo de descanso porque uma doença acometeu a pessoa que ela mais amava nesse mundo. O câncer espalhou tão rápido, transformou sua mãe em outra pessoa e por mais pesado que fosse, ela agradeceu aos céus quando sua mãe finalmente descansou sem sentir mais dores. Navegando as memórias da mãe durante o luto, Eleni encontrou uma caixa vermelha escondida com cartas, objetos e fotos de sua mãe com dois homens diferentes. A esperança floresceu no seu peito com a possibilidade de um daqueles ser seu pai, no verso das fotos havia um hangul mal-letrado com o nome de ambos e assim, iniciou uma pequena investigação.
Com o pouco de informações adquiridas em duas semanas, descobriu que ambos moravam em Seul, desenvolvendo um plano minucioso que colocou em prática no impulso. Em menos de um mês, estava em um país novo com seu coreano quebrado, abrindo uma galeria de artes - algo que nunca havia imaginado fazer - e se envolvendo na comunidade local, enquanto por debaixo dos panos procurava a peça que sempre faltou em sua vida e que agora parecia pesar mais ainda sem a presença de sua mãe.
OOC: +18 Triggers: Aranhas Temas de interesse: Todos
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Fanfic: Acima de qualquer suspeita (Prucan Week 2019)
Link da fanfic: https://www.spiritfanfiction.com/historia/acima-de-qualquer-suspeita-17635188
Sinopse: Matthew Williams era um homem acima de qualquer suspeita. Mas no que esse homem podia se envolver, e porque Gilbert estava relacionado a isso de alguma forma?
Fandom: Hetalia Axis Powers
Casal (Pairing): Prussia & Canada
Prompt: Dia 3 (10/08): Heroes/Villains| Anemone (Heróis/Vilões| Anêmona)
Idioma: Portugues
Author Note 1: Segundo o site recomendado pelo tumbrl da prucanweek, anêmona significa Abandono. Pesquisei no google e na era vitoriana (olha q coincidência) significa amor abandonado. Tbm pode significar persistência e perseverança.
Capítulo único
Matthew Williams era um homem acima de qualquer suspeita. Alto, feições gentis, cabelos cacheados como os de um anjo. Sua cabeça se inclinava pro lado, sempre que falava com sua voz suave, ou ria harmonioso, como um canto de um passarinho. Era arrumado, como um bom homem vitoriano tem que ser, educado, inteligente e seus olhos violetas pareciam maiores e mais brilhantes, por de trás dos óculos de armação dourada. Sem dúvidas, Matthew era acima de qualquer suspeita. E mesmo assim ele estava lá, no apartamento que Gilbert ocupava, no meio da noite, o ajudando a pintar o cabelo com a tinta de tinteiro, enquanto a água para fazer café fervia no fogão:
— O envelope estava fechado, não tinha como eu saber quem era até aceitar a missão — Matthew falou pegando duas canecas e despejando café.
— Então, você é um...— Gilbert sussurrou incerto.
— Assassino de aluguel — ele sussurrou, fazendo bico para assoprar o café da sua caneca. — Eu não me orgulho disso, mas foi o que aconteceu.
— E Braginsky te contratou? — o albino tomou um gole da sua caneca. Era tudo tão extraordinário, que ele mal podia acreditar.
— Sim. Eu achei que se você o pagasse, ele ia desistir, mas..., de alguma forma, ele descobriu que fui eu que te dei o dinheiro. É imperdoável — tomou mais café, arrastando uma cadeira e se sentou. — O maldito.
Gilbert estremeceu. O homem que tinha a missão para o matar, estava na sua casa, na sua cozinha, tinha mexido no seu cabelo e feito café. Quais eram as chances? Matthew — como ele disse que era o seu nome verdadeiro —, podia muito bem colocar uma faca na sua jugular, e ele nem saberia o que lhe atingiu:
— Eu não entendo, não é mais fácil você me matar?
Gilbert e Matthew se conheceram em uma situação tão estranha quanto. Finalmente o homem albino cansou das discussões familiares, e resolvei ir embora do vilarejo para enfim, seguir seu sonho como escritor em Londres. Mas seus planos foram adiados, quando sua única moeda escapou de suas mãos, caindo da ribanceira até parar sobre um homem desmaiado. Gilbert voltou pra casa com o homem nos seus braços, e depois de muito insistir, o levou para o quarto onde cuidou dele até se recuperar.
Assim que acordou, o homem loiro estava muito arredio, e apenas a dor nas suas costelas o impediram de partir. Se deixou ser tratado por Gilbert, mas sempre o olhava desconfiado. Conforme o tempo foi passando, os dois se entenderam, conversavam sobre os gostos de Gilbert, mas nunca o homem revelava o seu nome. Apesar da intimidade que pareciam ter, o albino nunca o empurrou para descobrir seu nome, por isso foi recompensado um dia, quando o homem loiro disse que seu sobrenome era Williams.
Dois anos se passaram, Gilbert estava em Londres, tão longe do sonho de ser escritor e perto das dívidas. Seu desespero foi tanto, que recorreu a um agiota famoso, Braginsky. No começo o russo foi muito solicito, mas quando novamente o albino se viu sem dinheiro para paga-lo, Braginsky o ameaçou de morte. Foi quando se reencontrou com Williams, um colírio para os seus olhos, como um anjo ele escutou toda a sua história e deu o dinheiro pra quitar suas dívidas, como forma de retribuição pelos cuidados naquela época. Mas o dinheiro de Matthew não era suficiente, Braginsky queria sangue, de Williams ou de Gilbert:
— Eu tenho um amigo no interior, Francis. Ele é de confiança — ele se levantou, procurando por um bloco de notas. — Ainda tem tinta?
— Na escrivaninha, segunda gaveta de cima pra baixo.
Matthew entrou na sala, pegou o tinteiro e abriu, colocando em cima da escrivaninha, ao lado de um vaso com anêmonas. Pegou a pena, molhou no tinteiro e começou a escrever no pedaço de papel que achou:
— Esse Francis, é como você? — Gilbert perguntou, lendo o endereço por cima dos ombros do outro.
— Não, nos conhecemos no orfanato. A vida sorriu pra ele. Hoje Francis é fazendeiro, meus irmãos moram com ele.
— Você tem irmãos? — Gilbert sorriu. Mais uma coisa nova sobre Matthew.
— Não de sangue, mas de coração — ele falou amoroso, entregando o papel. — Procure por Francis Bonnefoy, diga que foi Matthew Williams que o enviou. Nem Francis e nem meus irmãos vão desamparar você.
— E você? — o albino olhou para o endereço, depois para Matthew. — O que você vai fazer?
— Vou dar uma bela lição no Braginsky — ele saiu, de volta para a cozinha e despejou mais café na caneca.
Gilbert permaneceu de pé no meio da sala, seus olhos perdidos encarando o vaso de flores. Matthew era o vilão, o assassino frio e sem coração, que só precisava ver a foto da sua vítima e em poucas horas ela estaria morta sem remorso. Mas aqui estava Williams, colocando a sua própria vida em risco para salvar a dele. Mesmo que Gilbert tenha sido legal e o tenha ajudado um dia, foi a um bom tempo, alguém como Matthew não deveria sacrificar uma rica recompensa por qualquer um, principalmente se fosse Gilbert, um pobre coitado fracassado. Onde a história ia, afinal? Matthew se tornou o herói , ou ele ainda era o vilão. Braginsky era o vilão, com certeza. E Gilbert era o mocinho da história? O mocinho sendo protegido do vilão, pelo outro vilão? Ele balançou a cabeça:
— Não faz sentido — ele voltou pra cozinha.
— O que não faz sentido?
— É mais fácil você me matar — Gilbert repetiu.
— Eu não vou te matar, eu não consigo — Matthew esfregou a caneca mantendo seus olhos nela. — Eu me apeguei de mais a você.
— Eu nem sou tão importante — o albino se sentou na cadeira ao lado. — Valo mais morto do que vivo, pra você.
— Não trocaria você por tesouro nenhum no mundo — Matthew segurou sua mão, estava quente por causa do café.
Gilbert não conseguiu olhar para o outro, podia sentir suas bochechas queimando de vergonha, mas era mentira se dissesse que não tinha gostado das suas palavras:
— Precisamos sair logo, antes que os homens do Braginsky venham conferir o meu serviço — ele tomou o ultimo gole de café, e foi conferir a janela.
— Eu vou ver você de novo? — o albino perguntou, receoso.
— Assim que eu terminar as coisas aqui, eu me encontro com você — Matthew se afastou da janela, e colocou suas mãos em volta dos ombros de Gilbert. — Não precisa ter medo, já enfrentei situações tão ruins quanto essa, e saí vivo todas as vezes.
Gilbert o olhou, o medo estampado no seu rosto. Matthew deu um sorriso doce, e o abraçou, um abraço apertado e cheio de amor, como uma promessa de que se veriam em breve. O aspirante a escritor vitoriano percebeu que o mundo não era tão maniqueísta assim, como a maioria das pessoas pensava, ou como ele mesmo pensou um dia. Bem e o mal, exploradores e selvagens, heróis e vilões. Na verdade, tudo se resumia a interesses. E o interesse de Gilbert nesse momento, era ter Matthew de volta o mais rápido possível nos seus braços.
Páginas 3. Palavras 1173
Author Note 2: Provavelmente a ideia do prompts era heróis e vilões estilo DC ou Marvel, e a anêmona deveria ter seu significado vitoriano de "amor abandonado" e ñ de abandono de ideologias, mas como eu sou uma boa millennial que adora um conceito, saiu assim ;)
#prucanweek#fanfic em português#hetalia#fanfic#prucanweek 2019#prussia#canada#dia 3#era vitoriana#século 19#abandono de ideologias#angust/confort#prucan#flores
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Vacina contra a dor
O desamparo e a indiferença são irmãs gêmeas, doenças pandêmicas que assolam a Humanidade. Desde eras incontáveis carregadas de injustiça, elas driblam todos os esforços e se instalaram na modernidade.
A ciência atual, com toda sua sabedoria, ainda não conseguiu compreender como tratar aquelas viroses amparadas pela competição e luta de poderes que geram agressividade, resultando notar-se, em todo lugar e em quaisquer ideologias, os atritos que conseguem separar corações amigos, que, ainda não confirmados pelo amor, sobrepõem-se aos sentimentos para fixar-se em desejos de curta duração e que geram o vazio existencial.
Só a terapêutica mais simples, de um homem simples Artesão do Amor, que foi Jesus, oferece a pauta do roteiro para encontrar a vacina que vai prevenir males diversos e dores infinitas.
A Dra. Candace Pert esclareceu em seu livro Molecules of Emotion que as emoções estão interligadas com as moléculas e vice-versa, daí a importância de codificar as emoções reprimidas e libertar a alma do sofrimento que, em continuação, será uma dor física.
No final, o que faz sofrer mais, uma dor física ou a separação afetuosa daqueles corações queridos que nos iluminam com sua presença?
A vacina do amor tem que ser tomada em várias doses, que devem ser contínuas, a fim de que ofereçam a imunidade necessária e assim vencer o sofrimento.
A culpa, como sintoma, fala incessantemente de nossa indiferença perante a vida, porque isola a dor e recusa viver, portanto, predispondo para sofrer as consequências do abandono da ética e moral.
A vacina ideal para esta e as épocas vindouras terá que possuir uma boa dosagem de gentileza que espalhe sorrisos, que traga leveza às mentes atormentadas pelo materialismo, que ainda não permite pensar-se que somos seres metafísicos, estelares e filhos de Deus.
A nossa vacinação consistirá em várias doses de perseverança para que o bem se imponha, para que os bons não fiquem calados e que sejamos todos uma família disposta a compartilharmos nossos problemas, conflitos e juntos vivenciarmos a solução do amor.
O remédio perfeito abrirá os olhos de todos para discernirmos que as verdadeiras lideranças estão nos lares, nos afetos legítimos, responsáveis pela superação das paixões.
Hoje, quando se têm tantas dúvidas sobre vacinas, para conseguirmos a sua real efetividade, deveremos primeiro refletir se estamos dispostos a tomar a do amor para engrandecer nossos corações.
Na tradição evangélica, o coração, como nascente de bênçãos e de emoções, deve ser cultivado pelo bem, pelo devotamento à vida em todas as suas expressões.
Quando conseguirmos viver as expressões do bem, teremos tomado a vacina contra o mal e teremos saúde integral.
Divaldo Pereira Franco Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 5.2.2021. Em 12.2.2021.
fonte: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=669
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Estudar a história dos museus
Como segunda atividade da disciplina no semestre, realizou-se a leitura do texto “Apontamento sobre a história do museu”, escrito por Letícia Julião (Historiadora e Mestre em Ciência Política). Letícia construiu um texto que perpassa pela história dos museus até os novos desafios a serem encarados pelas instituições na era da pós-modernidade.
Na primeira parte, ela retrata o berço do museu na mitologia Grega, tomando forma como um local de contemplação e estudos científicos da memória. Já na Idade Média (século XV), o colecionismo torna-se moda no continente Europeu, como forma simbólica de poderio econômico e político dos príncipes. No intervalo dos séculos XV a XVIII, as coleções antes desorganizadas e exclusivas dos proprietários para saciar a curiosidade dos seus próximos, ganham um rigor científico, visando incentivar as pesquisas úteis e pragmáticas. No final do século XVIII, no contexto da Revolução Francesa, há o surgimento dos grandes museus nacionais abertos ao público e, dessa forma, uma nova metodologia é introduzida para proceder com o inventário e sua gestão. O povo, como novos habitantes dos museus, é instruído para difundir o civismo e a história nacionalista. Uma espécie de ambição pedagógica, formando o cidadão através do conhecimento do passado e participando de maneira decisiva no processo de legitimação dos Estados nacionais. Outro fato relevante nesse período foram as expedições europeias aos territórios das Américas, da Ásia e da África que tinham a finalidade de estudar e formar coleções para serem enviadas as instituições museológicas e científicas na Europa. O resultado das expedições de maneira sutil expressa o poder do domínio colonial sobre os povos dos outros continentes.
Já no contexto brasileira, com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, D. João VI inaugurou, em 1818, o primeiro museu em nossas terras: o Museu Real, atualmente conhecido como o Museu Nacional, que está em reconstrução, após o incêndio sofrido em setembro de 2018. O museu tornou-se um órgão catalisador, como um representante nacional a partir das obras das elites nacionais, especificamente, do Império Português. Outros dois museus inaugurais e importantes dessa época foram o Museu Paraense Emílio Goeldi (construído em 1866) e o Museu do Ipiranga (construído em 1894) por apresentarem coleções das ciências naturais, de etnografia, da paleontologia e da arqueologia. Tais instituições dessa época contribuíram com a disseminação de teorias raciais sob critérios naturalistas vigentes no pensamento do século XIX. Durante as décadas de 30 e 40, os museus apresentavam uma ideia de memória nacional, fator de integração e coesão social fortes, gerando os conflitos, as contradições e as diferenças apresentadas na própria composição das classes sociais. A ausência da reflexão crítica, aproveitada pelos segmentos das elites, perpetuavam o culto à personalidade e conteúdos dogmáticos.
Em 1937, a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) representa a adesão de uma política ao patrimônio cultural do país e abre espaço para embates na disputa de ideias sobre o passado, memória, nação e patrimônio. A participação dos intelectuais modernistas (pós-trinta) apresenta um processo de rompimento com as tendências europeias e valorização da singularidade brasileira, como um esforço de conciliação do antigo com o novo. A estética barroca é o início de uma consciência de preservar o patrimônio cultural e a ideologia mineradora como matriz da identidade nacional. Mário de Andrade, um ano antes da criação da SPHAN, elaborou um anteprojeto com o intuito de valorizar as demais culturas populares do Brasil nos museus, mas é desviado pelo órgão competente ao oficializar um universo simbólico das elites. Os construtores do patrimônio desejavam autenticar uma história específica para ser lembrada e perpetuada. Nesse contexto, a atuação da SPHAN pode ser avaliada como “tímida”, visto que continuou a dar visibilidade a culturas específicas, marcadas por interesses das elites. Dentre os diversos museus criados nesse período, o Museu das Missões no Rio Grande do Sul (1940) tinha o objetivo de preservar a cultura das missões jesuítas, por exemplo. Apenas em 1968, com a criação do Museu do Folclore, registra-se um marco nas políticas museológicas cindida entre o erudito e o popular. A antiga SPHAN, em 1970 torna-se o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e, em 1979, ela marca a história dos museus no Brasil que, sob a direção de Aloísio Magalhães, retoma a proposta “etnográfica generosa” de Mário de Andrade. Logo, o IPHAN passa a democratizar a concepção e acesso ao patrimônio cultural, reconhecendo a diversidade cultural do país. Nos anos 80, os grupos étnicos e sociais não são mais vistos como um folclore e sim como produtores de cultura e sujeitos da história. Uma redemocratização que chegou a impactar na formação da Constituição de 1988.
De certa maneira, a renovação museológica, após o final da II Guerra Mundial, é representada por um caráter dinâmico, sendo um centro de informatização, lazer e educação ao público visitante, uma finalidade que vai além da conservação e exibição. O Conselho Internacional de Museus (ICOM), criado em 1946, abre o espaço para discutir e propor sobre as transformações das instituições museológicas a nível mundial. Já na década de 60, o cenário político estava propício a mudanças na política cultural, que atendessem as novas demandas da sociedade. A redefinição do papel dos museus passa a ter como objetivo maior o público usuário, instigando o pensamento crítico e transformador da sociedade. O abandono das tradições que priorizavam determinados segmentos, valorização de tipologias e idealização hierarquizada da cultura, agora é a favor da ampliação do patrimônio a ser preservado e divulgado. Um novo conceito, “Ecomuseu”, é dado ao que se chama a participação ativa da população na gestão dos museus. Na década de 80, seguindo uma tendência internacional, os museus brasileiros passam a se preocupar com a afirmação de novas identidades coletivas - indígenas, negros, imigrantes, ambientalistas, moradores de bairro, etc. Na década de 90, os museus passam a estreitar suas relações com o mercado, visando o apoio e patrocínio à cultura pelas empresas. A falta de recursos por parte do Estado, obriga aos museus a se adequarem à lógica do mercado (marketing e consumo cultural) para fugir do eixo Rio – São Paulo; por exemplo, as exposições do circuito internacional ou promoção de exposições locais, chamados de megaeventos. Apesar do alcance ser maior, os espaços tornam-se mero consumo cultural, relegando suas funções sociais e educativas.
Portanto, com as mudanças ao longo do tempo, o significado do museu tornou-se como uma instituição a serviço do público que amplia a noção do patrimônio cultural. Independente das novas tecnologias futuras, a questão problema da atuação dos museus é saber como desenvolver uma consciência crítica da população através dos seus serviços. A ampliação de usuários dos museus não pode render-se aos imperativos do mercado que, longe de promoverem a democratização do acesso aos bens artísticos e intelectuais, operam uma espetacularização do patrimônio, tornando-o um produto para o consumo cultural. A importância de uma pedagogia nacionalista, onde o espaço do museu faz a sociedade projetar, repensar e reconstruir permanentemente as memórias e identidades coletivas. Um museu que construa uma memória não como mera repetição ou conservação do passado, mas que transforme e emancipe.
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Apostasia significa a ação de renegar algo, na condição de afastamento total e definitivo de alguma coisa ou doutrina, ideologia e etc.
Existem a apostasia teológica que é um afastamento das doutrinas fundamentais e verdadeiras da Bíblia, em direção a doutrinas heréticas que proclamam ser “a verdadeira doutrina cristã”. Heresia significa ideia ou prática que consiste no afrontamento de dogmas ou princípios estabelecidos pela igreja (“Porque virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, conforme as suas próprias concupiscência, amontoarão para si mestres, tendo comichão nos ouvidos; e desviarão os seus ouvidos da verdade, voltando as fábulas”. 2 Tm 4:3-4).
Existe também a apostasia moral que é a hipocrisia insaturada no coração de determinados indivíduos que professam por meio de suas palavras que creem em Deus, no entanto, O negam com suas obras, ou seja, desviar do caminho da verdade ou caminhar desleixadamente (“Eles professam que conhecem a Deus, mas com as obras o negam, sendo abomináveis e desobedientes, e reprovados para toda boa obra”. Tt 1:16). Uma renúncia completa da fé cristã e resulta num abandono total de Cristo.
É importante compreender que a segunda forma quase sempre começa com a primeira. Uma ideia herética acaba se tornando uma doutrina herética que cresce até poluir todos os aspectos da fé de uma pessoa. Observai tudo a sua volta e se afaste de tudo que te afaste de Deus.
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Minha experiência com o estudo aprofundado sobre o feminismo (sendo eu cristã) foi, primeiro, de uma constatação surpreendente sobre o quanto de feminismo ainda morava em mim. Depois, a certeza pontual de que essa praga parece reivindicar sua perpetuação maligna dentro das relações familiares a cada nova geração, principalmente no que diz respeito aos papéis da mulher como esposa e mãe. Entender porque chegamos até aqui pensando como pensamos o casamento e a maternidade (tão desvalorizados e atacados frontalmente pelo feminismo desde os seus primórdios) me fez compreender que se eu não abandonasse aquele modo de ver a vida terminaria como as feministas querem: me sentindo no direito de “ser feliz” sem marido (e ainda não me ressentindo com o divórcio) e sem filhos (sejam biológicos ou espirituais), pois acolher não parece ser uma premissa dentro de um movimento que incentiva que suas “companheiras” abortem todos os filhos gerados dentro delas. Ou seja, que eu restasse no mundo completamente sozinha, abandonada e ainda culpando os homens pela minha desgraça. Descobrir as incoerências e as falácias do feminismo foi como encontrar novamente oxigênio quando se está à beira de um afogamento. Foi como desviar de um precipício e olhar com os olhos de Deus para meu esposo e meus filhos, salvando-os do abandono e da terceirização e sendo salva, ao mesmo tempo, de meu próprio egoísmo. Estudar sobre o feminismo não me fez concordar com as pautas que, supostamente, dizem defender as mulheres, mas me ajudou a ser curada de todo o resquício de insubmissão, tanto à vontade de Deus como à figura do meu esposo, que, longe de ser um tirano (como as feministas querem fazer as mulheres acreditar), é o homem que Deus colocou em minha vida para me proteger e amar. Nem todas as mulheres encontraram este homem para si, é verdade, mas posso afirmar que muitas estão convivendo com um deste dentro de casa e não conseguem se dar conta por causa da intoxicação feminista em seu olhar.
Nos filhos também mora o motivo mais nobre para o desprendimento de mim mesma e das minhas eternas insatisfações, mas o feminismo quer me fazer crer que serei “escrava doméstica” quando escolho cuidar deles em tempo integral. Completamente diferente do cristianismo, que prega o sentido da vida pautado na entrega da própria vida pelo outro, o feminismo é avesso a qualquer preocupação com o bem estar da família, na verdade é uma ideologia que fortalece a realização na busca desenfreada pelo próprio prazer sexual (e chamam isso de liberdade), independente das consequências, e na negação da imagem da mulher, tentando igualá-la aos homens em tudo e anulando as diferenças essenciais e indispensáveis para a saudável harmonia familiar.
Marina Venuto
Via @maternidadesalva
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Infelizmente a Esquerda sendo esquerda! Nos chamam de Nazistas, mas quem queima bandeira de israel são eles! Nos chamam de Fascistas mas alem de não saberem o que isso significa não aceitam de jeito nenhum o contraditório (talvez lhes falte argumentos), Nos chamam de homofóbicos, mas idolatram um assassino de homossexuais (Tche Guevara!), Muitos defendem o Islamismo mas ficam de olhos e bocas fechadas quando estes mesmos matam, estrupam, perseguem os cristãos, mulheres e homossexuais alegando caso isolado kkk. A esquerda em si veio conquistando de forma carismática o povo brasileiro com o passar do tempo, afinal socializar o dinheiro publico e bom de fato, dar a quem não tem condições, ajudar pessoas a conquistarem seus sonhos (Casa, Carro, moto, faculdade), de fato essa politica de socialização é sim importante, afinal nosso pais era uma forte economia em ascensão, porém a desigualdade insistia em permanecer, mas o final disso sempre é o mesmo, a briga pelo poder de uma nação, vemos esta mesma historia acontecendo aqui do lado na Venezuela, Pais mais rico da America latina em 1997, que hoje vê seu povo morrendo de fome, vimos estas historias em cuba, coreia do norte, alguns países do oriente médio, onde tinham uma vida com liberdade, fartura e prosperidade, hoje são países assolados pela fome, miséria, guerras e ditaduras. Amigo o final sempre é o mesmo, cativar no socialismo para adentrar de cabeça no comunismo, socialismo é importante sim, mas lembre que o socialismo precisa do capitalismo para sobreviver, de um Google, não existe nações socialistas ou comunistas que são autossuficientes economicamente.
Vemos a cada dia mais rumores de guerra e que o final dos tempos estão chegando, de fato, a Bíblia nos alerta sobre isso, o verdadeiro Cristão não teme essas coisas que acontecem, ele sabe e entende que isto nada mais é que um processo para a chegada do grande dia, é como se fosse uma gestante sentindo suas dores de parto, as dores vem, mas uma hora o bebe vem, é a mesma coisa, as coisas estão acontecendo, guerras, fome, protestos, estas dores vão passar, uma hora ELE VEM!
*SIC
--Guerras - Jesus afirma em (Mateus 24:7) que nos últimos tempos, antes do fim, nações entrarão em desacordo. Atualmente vemos como existem vários conflitos armados entre nações.
--Falsos mestres e falsos "cristos" - Muitos se levantarão anunciando que são Jesus Cristo, e na realidade conseguirão enganar muitas pessoas (Mateus 24:5). Isso já acontece nos dias de hoje. Quando Jesus voltar, virá com grande glória e esplendor, e ninguém poderá negar que Ele é o Senhor.
--Abandono da fé - Em 1 Timóteo 4:1 a Palavra de Deus nos diz que algumas pessoas abandonarão a fé porque seguirão os ensinamentos de espíritos malignos e enganadores. Por isso devemos nos manter firmes no que a Bíblia ensina.
--Desastres naturais e fome - Outro sinal que o fim está próximo são catástrofes, como vemos em Mateus 24:7. Enchentes, secas, incêndios, tsunamis e terremotos são muito comuns nos dias de hoje, assim como a fome para muitas pessoas.
--Má conduta do ser humano - Vemos em Mateus 24:12 e 2 Timóteo 3:2-3 que nos últimos dias o comportamento mau do ser humano vai piorar. É possível ver hoje em dia que a maldade das pessoas parece estar se agravando.
--Esforço pela paz e segurança - 1 Tessalonicenses 5:3 afirma que haverá um falso sentimento de paz e segurança. Hoje em dia, muitas países se juntam tentando garantir a paz, o que indica que o fim está iminente.
--Morte de cristãos - No fim dos tempos, muitas pessoas perderão a sua vida por anunciarem a sua fé, como é possível ver em Mateus 24:9-10. Este é outro sinal que já se verifica atualmente.
--Pregação do Evangelho - A Bíblia nos diz que o fim virá quando o Evangelho for pregado em todo o mundo (Mateus 24:14). As boas novas do Evangelho têm sido anunciadas em todos os continentes, mas ainda há muitas pessoas que precisam ouvir sobre o amor de Deus e o sacrifício de Jesus. *SIC
Então amiguinho o jogo não é politica, não é briga de direita e esquerda a sua salvação está em jogo, pare e pense consigo mesmo, sem ideologia politica. Se Cristo voltasse hoje, como estaria sua vida e seu coração? Estaria apto a receber o galardão da salvação? temos que entender que a natureza do homem é pecaminosa, todos os dias cometemos pecados que envergonham o nome de Cristo, mas eis a questão, tenho me arrependido destes meus pecados verdadeiramente (Arrependimento genuíno) ? Se focemos crentes santos e imaculados estaríamos então tomando o lugar de Cristo, e já sabemos o final de quem quis ser igual a Deus, conhece um ser chamado Lúcifer? Ele tentou ser não mais que Deus, quis ser somente igual e olha o que lhe aconteceu. Somente ele (Deus) foi o único que quando veio ate nosso meio, veio e ficou livre de pecado e de toda sujeira. O ponto com relação a política é como o reino maligno age, é como as peças estão tomando seu lugar, vemos como num jogo de xadrez as peças se movimentando e as coisas acontecendo, não é e nunca foi Politica, mas o Reino Celestial! ELE VEM!
SUA VINDA ESTÁ PRÓXIMA!!!
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Trope: El Príncipe Oscuro
El concepto de príncipe esta sentado en la conciencia social como una figura de un hombre joven, valiente y atractivo el cual es demaciado inmaduro o impulsivo para ser un rey. el imagen tipica es de un joven de pelo rubio, ojos azules, vestido de blanco o celeste montado en un caballo color blanco.
De la misma forma, existe el principe oscuro, el cual es una romanticacion opuesta al principe pero a la ves similar.
El principe oscuro carece del poder real de un principe, ya sea por una desventaja fisica como es una enfermedad, una addicion o una desventaja social, ya sea ser el hermano menor, el adoptado o el hijo bastardo.
Tambien se da el caso cuando ellos mismos se ponen en esta posicion que los convierte en apartados sociales (como seria el escoger ser pacifista en un universo de guerreros u otro tipo de divergentes del mundo que los rodea)
El principe oscuro no calza con los canones de belleza, tienden a ser delgados y altos, con cabello negro y vestirse de colores oscuros para reinforzar la idea de “apartado de la sociedad”
Y suena como una fantasia emo, en gran parte y cuando te pones a deconstrirlo, lo es. Este es un personaje cuya vida ha sido marcada por el abandono y el verse en desventaja frente a la sociedad, por lo cual es el aliado perfecto para nuestra protagonista que viene de un antorno aun menos privilegiado y se encuentra en una mayor desventaja, un intento de romper el sistema desde adentro si así lo quieren.
Tiende a ser un personaje con carencias maternas, que busca cariño, comprencion o su lugar en el mundo, el sentirse aceptao o el arreglar la sociedad que lo rechaza o que le hizo daño de alguna forma (usualmente, matando a su figura materna o alejandolo de ella)
Les puedo dar muchos ejemplos, tanto en fanon como en canon.
Por el lado fanon, Kylo Ren, que deja de ser una metafora para el nazismo y pasa a ser un principe oscuro, el cual fue traicionado por su familia y se vio envuelto en la first order en una posicion de aprendiz la cual pese a tener mucho poder carece del mismo ante la imponente figura de la ideologia como tal. Deja de ser un hombre sediento de venganza y con problemas de ira y pasa a ser un hombre incomprendido el cual estaria dispuesto a dejar de lado su ideologia nazi si se le ofrece un lugar en donde ser aceptado y querido.
Otro ejemplo podria ser Sherlook (en especial la vercion de BBC) el cual estaria dispuesto a dejar su actitud de mierda con tal de encontrar una persona que este dispuesta a darle el cariño que desea.
en el canon tampoco son dificiles de encontrar, personajes como Loki, Hiakimaru, Mr Darcy, Sasuke, V, etc.
Lo que todo principe oscuro tiene en comun es algo mas simple que todo esto que acabo de explicar.
El principe oscuro no busca cariño y comprencion, busca poder.
Si, su deseo de poder tiene una base en la busqueda de afecto, pero sigue siendo una busqueda de poder, por esto que el principe oscuro facilmente puede transformarse en un villano tragico.
El mejor ejemplo que puedo encontrar es JD, de Heathers (el musical, la pelicula tiene un personaje completamente diferente) en la cual su busqueda por afecto y comprencion se ve opacada por su deseo de violencia y termina replicando aquel acto que causo su roptura con ese cariño y afecto (Su madre murio gracias a una bomba, JD casi mata a cientos de personas con bombas) Pero al final es derrotado por una protagonista que logra entender que no importa que tanto cariño y comprencion le des al principe oscuro, si bien estas atendiendo a la carencia que provoco su busqueda en el principio, su busqueda ha dejado de ser el cariño y afecto y comienza a ser la busqueda de venganza y poder.
Entonces ¿que se puede hacer con un principe oscuro?
Depende de cual final quieres que tenga, este puede aprender el error de sus actos y dejar de buscar la venganza y el poder con tal de atender a su carencia principal o su busqueda de vengazna y poder puede carcomerlo hasta el punto en el que termina recreando la misma fuerza que odiaba.
Depende de que ruta quieras tomar, si quieres dejar el sentido de esperanza y optimismo u el de ruptura y tragedia.
eso.
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Tragédia da escola Raul Brasil em Suzano: uma reflexão da psicologia feminista sobre os assassinatos em massa por adolescentes.
A tragédia de Suzano nos travessou esta semana. Demorei para me manifestar aqui pois também me encontro elaborando e buscando nomear. Muito já se chorou e debateu sobre o ocorrido, e deixo meus sentimentos às famílias, que são as que mais precisam apoio neste momento, além da coletividade que se encontra aterrorizada com o que parece ser o marco simbólico sintomático dos tempos ultra-conservadores que estamos atravessando e sua necropolítica no mundo.
Qual a causalidade? Saúde Mental dos assassinos? Uma biologia psicopática? Bullying escolar? Abandono familiar? Bolsonaro e seu ódio e armamentismo? Fóruns da deep web que recrutam mentes já fragilizadas para o fundamentalismo racista e misógino?
Eu acredito ser uma combinação de todos estes fatores.
Em primeiro lugar, é preciso destacar que bullying exclusivamente não é determinante para massacres em massa, que são epidemia nos Estados Unidos (somente ano passado foram mais de 100 mortos nestes incidentes segundo li em matérias a respeito, em 2015 foram 45 ataques a escolas). Tampouco abandono e negligência familiar. Senão muitas pessoas estariam dando vazão a dor desta maneira. Lésbicas, pessoas negras, gays, estariam resolvendo seus sentimentos assim.
Porém acredito sim que o primeiro ambiente de desenvolvimento oferece a base para instalar uma personalidade fragilizada apta a isso, e anti-social, se houve nesse ambiente falhas e dificuldades na vinculação com o outro.
Eu retorno aos escritos de Winnicott sobre delinquência e privação (afetiva e ambiental num geral). É lá atrás que podemos operar a prevenção: no desenvolvimento infantil. A capacidade da empatia nasce da identificação com um outro. Para essa identificação ocorrer, é preciso haver um outro lá que se identifica comigo, que me vê, que está lá para mim e me espelha existência.
Isso não é para culpabilizar a mãe e criadores. Sim pais são responsáveis, e a criança é uma pessoa em desenvolvimento face aos já adultos. Como feminista, vejo a maternidade compulsória como a raíz de muitos problemas de personalidade nas subjetividades, por não permitir que o desejo de ser mãe exista realmente. A maternagem e paternagem suficientemente boas e desejadas são fundantes do devir humano. Se estas são falhas (abandono parental sobrecarrega a mãe e cria um necessário trauma de abandono) a pessoa vai fazer os arranjos possíveis e custosos psiquicamente para poder crescer. A maternidade compulsória obriga mulheres a ter crianças sem estar certa de poder sustentar tal desejo que não é o dela, mas de um sistema político patriarcal ou de um outro (familiares, marido... ).
Por outro lado, muitas mães e pais são sobrecarregados e deixam os filhos à mercê do computador/games, não os vê, não coloca contornos nem está presente afetivamente. As vezes fica parecendo que por meio de gestos tão extremos finalmente o adolescente consegue evocar não só o olhar dos pais, mas do mundo.
O que faz alguns cometerem atos assim?
Condições se dão pela negligência familiar e escolar, que desassiste a pessoa atravessando o delicado momento da adolescência, de transição à vida adulta com tudo que passa a irromper com isso. Porém um combustível importante e explosivo está nos discursos de ódio e na socialização da masculinidade, além da supremacia branca social (os jovens que faleceram eram negros e pardos, adultos foram mulheres em posição de autoridade na escola).
A maior parte dos assassinatos em massa nos EUA alvejam mulheres e meninas. É sintoma da crise do poder masculino como uma reação ao feminismo e demais mudanças sociais.
A misoginia existe porque todos um dia fomos dependentes de uma mulher. Para alguns essa dependência, se não foi amorosa, foi uma tortura, e de lá levam ressentimentos ou ódio à mulher.
A dor sem nome desses adolescentes, que talvez até dificuldades em sentir algo tenham, encontra abrigo nesses grupos virtuais que fornecem um lugar finalmente narcisizado e devidas cumplicidades que recrutam a dor e o ódio para bodes expiatórios - mulheres, negros, por meio de alimentar fantasias persecutórias. Nos 4chan de misóginos há permissividade total para a desumanização que os autoriza em sua raiva, sem interdição ética ou de uma opinião contrária e crítica. Esses fóruns funcionam como quase religiões, que recrutam o suicídio martírico dessas pessoas em nome de uma ideologia supremacista que promete devolver algum lugar idealizado narcisíco de Eu perdido, onde a solução é eliminar as mulheres e demais Outros/alteridades. Nesse cenário, o objeto-fetiche arma devolve a potência perdida na condição melancólica masculina adolescente, que chega a ser puro ódio sem alcançar ser tristeza.
Cada pessoa desenvolve formas diferentes de lidar com o sofrimento psíquico. Jogos violentos, para uma estrutura psíquica com mais recursos simbólicos, serão meramente uma elaboração da raiva em um campo da fantasia, do não-real, do brincar. Jogos violentos para estruturas psíquicas mais defasadas como a destes adolescentes serão uma fuga de uma realidade dolorosa e insuportável, cheia de frustrações que não possuem meios de suportar sem se refugiar em um mundo fantasístico. A passagem ao ato desses adolescentes diz de um aparato psíquico muito mais precário, que não segura por meios simbólicos ou lúdicos o impulso agressivo. Com dificuldades em elaborar frustrações ou o sofrimento da vida. Um psiquismo frágil encontra munição em contextos de ode ao ódio.
Homens têm formas suicidas e agressivas de lidar com a dor. A cultura oferece todo esse simbólico da masculinidade que é finalmente letal. Chego a pensar que a masculinidade possui dificuldades em elaborar o luto num geral, dificuldades em deprimir, em alcançar a aquisição psíquica da depressão e portanto, da culpa. A dificuldade dos homens hoje está em elaborar a perda de sua primazia social para poder se enlutar disso e criar outro lugar de ser, outra identidade por fora da masculinidade, mais humana, onde seu ser não se define pela superioridade em relação à mulher ou negros e LGBTs, nem pela posse de outros. Onde possam ser falhantes, existir por fora da potência-falicismo obrigatório.
A permissividade da cultura à expressões desumanas, ao ódio, às armas, são decisivos e o ocorrido é uma mensagem sobre o que virá se não refrearmos o retrocesso que Bolsonaro e sua ideologia representam. E imprescindível dizer que sem as armas e o que representam (o extermínio do outro, o extermínio como política e solução, a subjugação do outro ante minha vontade), o gozo necrofílico que alimentam, e o alcance mortífero que fornecem, os massacres em massa não ocorrem. Armas são um problema do ponto de vista prático, simbólico e ético profundo. Armas de fogo são um invento necrofílico e fálico do patriarcado que precisa ser abolido, junto com a cultura que fez possível tais aberrações e mau uso da criatividade e capacidades humanas.
(...)
Matérias lidas ao longo da semana:
https://theintercept.com/2019/03/14/a-raiva-dos-meninos-de-suzano/
https://www.huffingtonpost.com/soraya-chemaly/mass-killings-in-the-us-w_b_8234322.html
https://www.vice.com/pt_br/article/qvya87/nos-chans-ja-se-celebra-o-massacre-na-escola-de-suzano
https://www.vice.com/pt_br/article/gyj3yw/como-o-reddit-esta-ensinando-homens-jovens-a-odiar-mulheres?utm_source=stylizedembed_vice.com&utm_campaign=zm8v3e&site=vice
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-43916758
https://www.harpersbazaar.com/culture/politics/a18207600/mass-shootings-male-entitlement-toxic-masculinity/
Discurso de Emma González :
https://youtu.be/g2PexWmaSbM
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Os evangélicos vão da aliança pragmática com o PT à conversão a Bolsonaro
Um mastodonte de 56 metros de altura, 105 de largura e 121 de profundidade, em uma área de 100.000 metros quadrados, levanta-se no bairro de Brás, uma das zonas populares de São Paulo. Diz-se que seu inspirador, o magnata da comunicação e fundador da evangélica neopetencostal Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, trouxe pedra de Jerusalém para construir esta réplica do templo de Salomão, com capacidade para 10.000 fiéis. Na última sexta-feira antes da eleição, quando a chuva ameaçava chegar na primeira hora da tarde paulista, menos de 1.000 foram ao culto. No interior, ao que se chega por um estacionamento subterrâneo após se deixar todos os telefones a bom cuidado e passar por uma barreira de controle de metais, seis menorás (candeeiro de sete braços da cultura judaica) luzem imponentes nas paredes, enquanto de várias telas se difundem versículos da Bíblia. A cerimônia, então, começa. O pastor comemora os louros de um exorcismo feito na semana anterior. Antes, todos os fiéis farão uma prece. O eco criado pela falta de gente e o ímpeto permitem escutar os pedidos de uma mulher: por sua família, seus amigos próximos. Pelo Brasil.
— Que não acabe o mês sem a vitória.
No domingo, na primeira hora da manhã quando os colégios eleitorais acabavam de abrir, o ambiente em torno do templo era de quietude. Os guardiões do templo, homens em paletós negros que impedem que alguém ponha um pé sequer em uma pedra, se mostravam irritados diante da votação: "Aqui não se fala de política".
De política não se falará dentro do templo de Salomão —até por uma proibição da própria legislação eleitoral— e é arriscado adivinhar por qual triunfo clamava a mulher ao se referir ao Brasil, mas é fato que o poder dos evangélicos transcende aquelas gigantescas paredes. Há quatro anos, na festa de inauguração, pela imensa esplanada do santuário caminhavam 11 governadores, entre eles o de São Paulo, o candidato destas últimas eleições, Geraldo Alckmin, e a então presidenta, Dilma Rousseff, que aspirava à reeleição e precisava, para isso, manter o apoio de Macedo e seus fiéis. Os evangélicos, uma massa de 42,3 milhões de pessoas —22,2% da população—, são um dos setores determinantes nas eleições brasileiras, com um poder incomum em comparação com outros países da América Latina, onde também cresceram nos últimos anos. Junto aos católicos e aos partidários das armas e os ruralistas formam no Congresso o que se conhece como a bancada BBB: bala, boi e Bíblia.
Nesta eleição teria que somar um quarto B, o de Jair Bolsonaro, o favorito nas pesquisas, que conseguiu aglutinar o respaldo de todos eles nos últimos meses. No caso dos evangélicos, recebeu um super impulso na véspera do primeiro turno. Na quinta-feira, às 22h, à mesma hora em que todos os candidatos presidenciais participavam do último debate na TV Globo, Bolsonaro aparecia em uma entrevista amigável na TV Record, a segunda televisão do país, propriedade de Edir Macedo. O ultra direitista aproveitou os 30 minutos que recebeu da Record para tentar humanizar sua retrógrada figura, sem muita confrontação por parte do entrevistador.
Assim como foi para Rousseff há quatro anos, o apoio de Macedo e de seu PRB é de suma importância para Bolsonaro. Criador há 40 anos da Igreja Universal do Reino de Deus, hoje um império religioso com mais de nove milhões de seguidores em todo mundo que frequentam cerca de 10.000 templos, ele divulgou sua decisão de forma discreta —foi em um comentário em sua página do Facebook, ao responder a um seguidor que perguntara em quem ele votaria. Foi deste pequeno gesto a oferecer ao militar reformado a maior plataforma de que poderia dispor. A comparação com Trump volta a ser inevitável. Se o primeiro tem a Fox News, Bolsonaro conta com TV Record.
O respaldo de Macedo soma-se ao de outros líderes evangélicos, como o pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente emérito da Assembleia de Deus, a maior força evangélica do país, com 22,5 milhões de fiéis, ou cerca do 10% da população. "De todos os candidatos, o único que fala o idioma do evangélico é Bolsonaro. Não podemos deixar a esquerda voltar ao poder", assegurou o pastor no primeiro dia de outubro após mostrar, em sua festa de aniversário na igreja, um vídeo do candidato o felicitando. Em agosto de 2014, era Dilma Rousseff, em plena campanha para a reeleição, quem aparecia no púlpito da igreja de Bezerra da Costa. Era ela quem, então, levava um terço do eleitorado evangélico na véspera da eleição. Dilma estava à frente de todos as pesquisas.
O abandono, paulatino, começou com o impeachment. Mas foram essas eleições, no entanto, que marcaram o fim da aliança evangélica com o PT. Na última década, os principais líderes apoiaram ao partido, um respaldo pragmático pelo qual obtinham influência política. Um apoio que causava leve desconforto entre as bases mais progressistas do partido de Lula, já que suas bandeiras acabavam rifadas. E que, por outro lado, também incomodavam muitos dos fiéis, mais conservadores de costumes, que não compartilhavam com as ideias um pouco mais progressistas que o PT tentou aprovar, especialmente aquelas vistas como pró-aborto, ainda que todas as tentativas tenham sido mais de manter direitos já existentes sobre o tema. Dilma, mas sobretudo Lula, conseguiam ainda assim o respaldo dos evangélicos pelas políticas voltadas aos setores mais pobres, maioria dentro da religião. Esse delicado castelo de cartas foi esmaecendo, ao mesmo tempo em que chegou a crise econômica e cresceu na sociedade o antipetismo. Desmoronou com o aparecimento de um candidato que defendia os valores mais tradicionais.
"Desde setembro identifiquei uma migração considerável da intenção de voto evangélico para Bolsonaro", explica Ronaldo Almeida, professor de Antropologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). "Bolsonaro representa essa sensação de ordem e autoridade que pega parte da população, ainda mais em um contexto de retrocesso econômico e moral", complementa. Os líderes religiosos, então, embarcaram na carreata, diante de um candidato, para eles, perfeito, livre dos incômodos gerados pelas posições mais progressistas dos petistas e, finalmente, com chance de chegar ao poder —uma solução mais rápida do que forjar um líder político nacional de dentro da igreja, alguém que ainda precisa ser construído, como o prefeito Marcelo Crivella, sobrinho de Macedo.
"Bolsonaro é um candidato que tem a agenda que nós defendemos, tem uma vida limpa e patriota. Por que não o apoiar?", pergunta, retoricamente, o pastor Silas Malafaia, da Vitória em Cristo, uma vertente da Assembleia de Deus. Ele se orgulha de ter sido um dos primeiros a se posicionar claramente ao lado de Bolsonaro. "Edir Macedo nunca foi nem de direita, nem de esquerda. Ele aproveita as oportunidades. Ele tem seus interesses. O partido dele é o do Macedo", ironiza. Quando perguntado sobre as atitudes racistas, machistas e homofóbicas de Bolsonaro, o pastor responde que são acusações "das mais ridículas". "Foi a esquerda brasileira quem apoiou com força todo esse lixo moral, como a ideologia de gênero ou o beijo gay na novela das seis", ressalta.
Na quarta-feira passada, a primeira pesquisa Datafolha após o primeiro turno apontou o abismo: 70% dos evangélicos estão com Bolsonaro. O candidato petista, Fernando Haddad, reagiu criticando duramente a Macedo, a quem chamou de "charlatão". "Uma Igreja não pode ter pretensões de poder. O que ele está fazendo agora é uma coisa completamente diferente do que ele fez", disse Haddad ao El País sem entrar em detalhes. O portal R7, também de Macedo, publicou reportagem dizendo que a a declaração do petista "provocou um inédito movimento de solidariedade por parte de lideranças religiosas de diferentes correntes".
Fonte: Reportagem de Talita Bedinelli, publicada por El País
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