#a ponte entre reinos
Explore tagged Tumblr posts
Text
Ordem de leitura de A Ponte Entre Reinos
A Ponte Entre Reinos é uma série da autora canadense Danielle L. Jensen e está sendo publicada no Brasil pela editora Seguinte, contando com três volumes até o momento. Lá fora, entretanto, o sexto volume já está previsto para 2026. Continue reading Ordem de leitura de A Ponte Entre Reinos
0 notes
Text
* 𝐎𝐍𝐂𝐄 𝐔𝐏𝐎𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐎𝐒𝐓 𝐎𝐍𝐄𝐒. aperte os cintos, levaremos você a um mundo novo em 29/03.
* 𝐏𝐑𝐈𝐌𝐄𝐈𝐑𝐎 𝐏𝐑𝐄𝐕𝐈𝐄𝐖!
(Limpa a garganta) Era uma vez... É difícil dizer exatamente como o Mundo das Histórias surgiu (embora vocês possam, sim, acessar a nossa Biblioteca Virtual e lerem sobre a versão mais conhecida que saiu da boca do próprio Merlin... que eu não acredito tanto assim, mas tudo bem! Sou só eu!). Para os seus habitantes — aquela gente que vocês devem conhecer como "personagens", mas em breve vocês vão aprender que esse termo é bastante pejorativo por aqui! — ele sempre existiu com as suas próprias regras que nenhum deles ousava descumprir, nem o mais destemperado — digo, vilanesco, deles. Eram regras simples, na verdade. Ou talvez nem tanto assim, mas eu vou simplificar para vocês. O Mundo das Histórias é dividido em centenas de reinos repletos de habitantes das mais diversas espécies, com suas culturas próprias. Cada reino é responsável por um livro, o livro das histórias que deram vida ao seu reino. E todos os livros são extremamente sagrados, guardados pela magia mais poderosa conhecida até hoje que os protege de todo e qualquer mal. Ou melhor, de toda e qualquer alteração.
Muitos já tentaram roubar os livros, é claro! Imagine você descobrir que o motivo de estar debaixo da ponte, morando de aluguel, é por causa de um livro que definiu que Fulaninha seria a mocinha boazinha (e você nem sabe porquê, já que ela é meio sem sal), Ciclaninho Encantado seria o príncipe charmoso (que nem é tão bonito assim) que salvaria a Fulaninha da inveja de Beltrana, a bruxa cheia de poderes (e problemas psicológicos também), e eles viveriam felizes para sempre (ok, a Beltrana nem tão feliz assim...) enquanto você, o Ninguém-De-Tal, só existe para... Para nada! Você só está ali porque um reino não é um reino sem pessoas morando nele, assim como um "filme" não é um "filme" sem seus "figurantes" ("desculpem" o uso de aspas, eu não "acredito" nesse tal de "mundo real", mas quis falar a "língua" de "vocês"). Então, basicamente, você é um "figurante" na história dessas pessoas... E tudo bem, porque você tem a sua casa cottagecore, a sua ovelha de estimação e o seu casamento arranjado com o seu vizinho, mas se você conseguisse colocar as mãos naquele livro e riscasse o nome de Fulaninha para colocar o seu no lugar... Tudo mudaria.
Então, sim! Entre figurantes e vilões infelizes para sempre, muitos tentaram colocar as mãos nos livros de seus reinos e alterar o percurso da vida de todo mundo. Eles não conseguiram, é claro, porque como eu disse um pouco antes: os livros são protegidos por uma magia impenetrável, criada por Merlin (caso estejam se perguntando: "quem é esse cara?!", é só ler na Biblioteca Virtual). Além disso, a primeiríssima lei da Constituição Mágica declara ser proibido alterar qualquer livro das histórias, não podendo mudar nem mesmo uma vírgula de lugar.
Acontece que, um dia, as histórias mudaram sem uma explicação. Posso garantir que foi da noite para o dia. Nós fomos dormir e acordamos com dezenas de habitantes novos em nossos reinos... Alguns estavam até pelados e ensaboados! Foi um horror. Eles não sabiam o que estavam fazendo aqui e nós não entendíamos o porquê de estarem aqui... Ao mesmo tempo, nós sabíamos quem eles deveriam ser. O cara peladão ensaboado? Ele deveria ser o novo Rei Legítimo! Bem na frente da salada do Arthur! A garota ali no canto? Ela é uma tal de irmã da Branca de Neve... que não existia até duas horas atrás! O caos foi tão grande que até os vilões subiram lá de MalvaTopia para protestarem as mudanças nas suas próprias histórias (fala sério, os coitados já eram até aposentados do IMSS!) e no final do dia, Branca de Neve e a Rainha Má estavam dando as mãos e exigindo uma explicação em frente ao Palácio da Magia.
Os ânimos não acalmaram nem um pouco quando Merlin apareceu para dizer que ele, Ele mesmo, o Grande Poderoso e Grande Sabe Tudo, também não sabia o que estava acontecendo. Não houve nenhum roubo e nenhum ataque mágico. A Defesa Mágica investigou cada um dos livros e descobriu que eles permaneciam fisicamente intocados apesar de todas as alterações internas. Ao que tudo indicava, ninguém dentro daquele mundo havia alterado os livros.
Mas alguém havia os alterado. Alguém lá de fora... Do mundo de onde todas essas pessoas vieram. Merlin precisaria descobrir o culpado e dar um jeito de restaurar o equilíbrio das histórias antes que consequências graves se espalhassem pelos dois mundos. Mas enquanto isso, habitantes clássicos do Mundo das Histórias e habitantes novos, agora conhecidos como perdidos, precisariam aprender a conviver em harmonia uns com os outros, adaptando-se às suas novas vidas e novas histórias porque talvez, só taaaalvez, todo esse problema não tivesse solução.
Portanto, assim como o Deus cristão criou o mundo em sete dias, Merlin criou o Reino dos Perdidos em sete segundos e prendeu todo mundo lá! Quero dizer, pediu carinhosamente para que todos ficassem por lá até que tudo se resolvesse... E, bom, é aqui, nesse reino, que a nossa história começa.
29 notes
·
View notes
Text

Trinity Blood - Rage Against the Moons Volume I - From the Empire ----------------- ⚠️ ESSA OBRA EM HIPÓTESE ALGUMA É DE MINHA AUTORIA. TRADUÇÃO REALIZADA DE FÃ PARA FÃS. NÃO REPUBLIQUE OU POSTE EM OUTRAS PLATAFORMAS SEM AUTORIZAÇÃO. SE CASO POSSÍVEL, DÊ SUPORTE AOS AUTORES E ARTISTAS COMPRANDO AS OBRAS ORIGINAIS. ⚠️ -----------------
🚨 ALERTA DE CONTEÚDO SENSÍVEL 🚨 -----------------
Não sabe por onde começar? Confira o Roteiro de Leitura (。•̀ᴗ-)✧!!!
Capítulo 3: Do Império
Ⅰ
Os assassinatos em série, que se acreditavam terem sido cometidos por vampiros, começaram nesta cidade há duas semanas. O primeiro caso foi o de um cadáver ensanguentado encontrado na barragem de Moisés, que separa a Laguna do mar Adriático. A cabeça da vítima havia sido decepada, mas investigações posteriores revelaram que o falecido era o administrador desta barragem móvel.
O segundo, e maior, massacre ocorreu em uma empresa de construção dentro da cidade.
As vítimas foram todos os funcionários que estavam fazendo hora extra. Os corpos estavam tão brutalmente mutilados que as autoridades ainda não conseguiram determinar o número exato de vítimas, mas estima-se que mais de vinte pessoas tenham sido mortas. A referida empresa era suspeita de ter ligações com a máfia e estava no centro de um grande escândalo de conluio, levando a crer inicialmente que o caso poderia estar relacionado a isso. No entanto, a autópsia revelou que a maioria dos corpos apresentava marcas de mordidas de vampiro.
E a terceira vítima foi um professor assistente do Departamento de Arqueologia da Universidade Municipal de Veneza. Cinco dias atrás, ele foi atacado em sua própria casa por um desconhecido e toda a sua família foi brutalmente assassinada. A investigação policial revelou que esse professor assistente também tinha um trabalho paralelo como falsificador de antiguidades e que, recentemente, ele demonstrava estar extremamente amedrontado. No entanto, os detalhes do caso ainda permaneciam desconhecidos.
As marcas de mordida deixadas nas três cenas do crime coincidiam perfeitamente. Acreditava-se que os assassinatos haviam sido cometidos por um único vampiro, mas as pistas eram escassas, tornando a investigação extremamente difícil. No entanto, no terceiro caso, o anel que a vítima segurava em sua mão e o brasão gravado nele ─ o emblema do reino daqueles que não são humanos ─ levariam o caso a um rumo inesperado...
— Então, o anel é este aqui?
Astha pegou o anel de pedra-da-lua que repousava na palma de sua mão. ‘Duo Satelles – As Luas Gêmeas’ ── No pedestal adornado com o brasão do Império da Verdadeira Humanidade (Tsala Methsaluth), que retrata duas luas de tamanhos distintos, estava gravado em entalhe a laser o emblema da Casa do Conde de Zagreb: “um dragão empunhando uma espada e uma lâmina”. Até mesmo no Império, apenas os nobres tinham permissão para possuir um anel de sinete.
— Sem dúvidas, pertence a ele mesmo. Replicar um anel de sinete está além das capacidades tecnológicas utilizadas ‘deste lado’ ... Ei, está tudo bem?
Astha dirigiu uma voz indiferente ao companheiro, que se inclinava para fora da gôndola e vomitava sem parar.
— Ugh. Desculpe. Eu sou fraco com coisas que balançam... ahaha.
— .......
O barco que carregava os dois havia chegado a um bairro de luxo. A maioria dos moradores provavelmente tinha saído para o festival. O canal, sem iluminação, estava quieto e completamente silencioso.
A cidade-estado pertencente ao Papado, Veneza ── essa antiga cidade sobre as águas é um conjunto de mais de cem ilhas artificiais, grandes e pequenas, firmemente assentadas no fundo do mar com incontáveis estacas e estruturas de pedras. Entre os muitos canais e as pontes que os conectam, há poucas vias terrestres que possam realmente ser chamadas de estradas. As gôndolas são o principal meio de transporte para os cidadãos, e até mesmo as entradas das casas comuns são voltadas para os canais, permitindo o acesso direto por barcos.
— Ah, desculpe. Pare aqui, por favor... Astha-san, este é o quarto local do crime.
Ao descer da gôndola diante de uma das mansões, Astha ergueu o olhar para o céu noturno. Sobre a fachada ornamentada, a grande lua já começava a se pôr no céu ocidental. Não havia tempo a perder.
— Oito horas atrás, um prestador de serviços que visitava o local regularmente encontrou os corpos. No entanto, como minha chefe, Caterina-san, pressionou as autoridades, a polícia ainda não veio. A cena do crime permanece intacta.
O padre manipulava o molho de chaves com movimentos desajeitados, até que, por fim, a porta se abriu rangendo baixo. No mesmo instante, um cheiro seco, semelhante ao ferro, irrompeu no ar.
— Sr. Marco Colleoni — um dos principais comerciante de antiguidades e avaliadores de Veneza...
Para a mansão de uma autoridade em arte sacra e avaliação de relíquias sagradas, a obra pintada por todo o chão do hall de entrada era terrivelmente grosseira.
Um gigantesco crucifixo invertido em vermelho, como se tivesse sido rabiscado por uma criança, e ao seu redor, as palavras 'Igne Natura Renovatur Integra' — 'Nós renovaremos o mundo pelo fogo'.
Além do mais, seria cruel exigir senso estético do Sr. Colleoni. Afinal, ele não foi o autor dessa cruz invertida, mas apenas a tinta utilizada. ── Ele e toda a sua família jaziam ao lado da cruz, completamente drenados de sangue.
— ‘Domine, me requite causas misereri insanctis amici’ — Senhor, permita-me lamentar a desgraça de meus inocentes irmãos — ... Amém. Droga, até mesmo um bebê... que horrível!
— Não há necessidade de se espantar. Se ele for realmente o culpado, isto ainda é brando. Quando massacrou trezentos súditos terrans em nosso país, seu trabalho foi bem mais elaborado.
Reprimindo as emoções agitadas, Astha fez um comentário em um tom de voz intencionalmente indiferente.
O casal dono da casa teve a garganta rasgada, um jovem teve os olhos e o coração arrancados, uma jovem foi empalada da virilha até a boca, um menino foi dissecado e costurado ao chão como se fosse uma espécie de amostra, e o bebê teve a cabeça esmagada...
Não havia dúvidas. Este é o ‘modus operandi’ daquele desgraçado.
O Conde de Zagreb, Endre ── o pior e maior assassino em massa do Império.
“Preciso encontrar esse desgraçado o mais rápido possível!”
Felizmente, o Vaticano ainda o via apenas como um simples vampiro. No entanto, se descobrissem sua verdadeira identidade e o real propósito de sua vinda para ‘esse lado’, o pior cenário seria uma guerra total entre o Império e a Santa Sé. Antes que outro incidente pudesse ocorrer, era necessário caçá-lo a qualquer custo...
Mexendo em sua franja da cor de sangue, Astha ordenou a seu companheiro de viagem no tom mais casual possível.
— Muito bem, padre, bom trabalho como guia. Daqui em diante, eu cuidarei do resto. Retire-se por um momento.
— Eh?
O padre, surpreso, olhou de volta para a jovem.
— Não, eu irei junto. Será mais rápido assim.
— Isto é um problema nosso. É pesaroso envolver alguém que é apenas um guia.
— Que nada. Por favor, não se preocupe.
O padre estreitou os olhos suavemente. Talvez quisesse fazer Astha relaxar. Em um tom leve, prosseguiu:
— Compartilhar as dificuldades é algo natural. Afinal, nós somos parceiros, não é?
— ...Parceiro... ‘Tovarish' você diz?
Um sabor salgado se espalhou na boca de Astha. Ela não conseguiu impedir que suas presas perfurassem seus próprios lábios.
“Acalme-se...”
Aquela palavra descuidada dele fez com que um selo dentro de seu peito se rompesse. Ainda assim, sua razão tentou convencer as emoções prestes a explodir — não havia como esperar que o tolo terran à sua frente compreendesse a sacralidade da palavra "Tovarish”. Ficar com raiva por algo assim era tão insensato quanto se enfurecer seriamente por ter sido arranhado por seu gato de estimação...
— ...Nunca mais use essa palavra.
— Eh? Do que está falando?
— Estou dizendo para nunca mais me chamar de 'parceiro', seu maldito terran!
Quando o padre recuou, assustado, a mão de Astha, estendeu-se como uma víbora venenosa, já agarrando-o pela sua garganta. Com uma força avassaladora, ela puxou-o para perto de si.
— ‘Parceiro’ é uma palavra usada para aqueles a quem se pode confiar a própria vida! E eu sou um orgulhosa nobre do império! Não admito ser chamada de ‘parceiro’ por um ser tão tolo e ardiloso como tu, um mísero terran!

O rosto do padre que se debatia começou a ficar gradualmente azul-arroxeado. Quando Astha soltou sua mão de maneira brusca, parecia que ele realmente estava prestes a sufocar. Tossindo, recuou cambaleando.
— D-desculpe... Eu não tive a intenção de zombar de você...
“...Você não ficou irritada por ter sido chamado de "parceiro". O que te incomoda é não se considerar digna de ser chamada assim, não é?”
Fechando os ouvidos para aquela voz interior sarcástica, Astha desviou o olhar. Não havia tempo. Não podia se dar ao luxo de se preocupar com alguém como ele.
— Já basta... Fique quieto em algum lugar por aí.
Sem mais pensar no padre, afastando-o tanto de sua visão quanto de sua mente, Astha ajoelhou-se ao lado dos cadáveres. Sem se importar com as manchas de sangue, examinou os corpos. Feridas, roupas desarrumadas, marcas de mordida... Embora todos os cadáveres estivessem gravemente danificados, não havia nada de particularmente estranho. Não, espere...
— Hum?
Os dedos que examinavam o cadáver do bebê tocaram algo duro. Havia algo dentro de sua boca.
— Uma medalha? Não, é uma moeda?
De qual país seria essa moeda? Na frente, há uma imagem de Cristo crucificado e quatro letras: I・N・R・I — uma abreviação de “Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum”, que significa ‘Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus’. Não é um dinar do Vaticano. Sua fabricação como um todo é malfeita, e, mesmo na palma da mão, é tão leve que parece pouco confiável.
O costume de colocar uma moeda do rio Estige na boca dos mortos para pagar a travessia não era incomum entre os terrans supersticiosos de seu país. Mas será que aqui, ‘deste lado’, também existe uma tradição semelhante?
— Ei, de onde vem essa moeda...
O rosto de Astha, que estava prestes a se virar, parou no meio do movimento. Seu olhar ficou preso em uma única fotografia pendurada na parede.
— Isso é...?
Dentro da fina placa prateada em tons monocromáticos, uma família vestida a rigor encarava serenamente quem os observava. O homem de meia-idade com um ar teimoso provavelmente era o chefe da casa. Ao seu lado, sentada, estava sua esposa, que parecia uma mulher ponderada e sensata. Atrás deles, o filho mais velho de expressão leal. A esposa modesta do primogênito segurava um recém-nascido nos braços. O filho mais novo, muito mais jovem, irradiava travessura. E também...
A bela mulher, que de repente havia parado de se mover, ouviu uma voz hesitante vinda de um canto do cômodo.
— Hã... aconteceu alguma coisa, Astha-san?
— Falta um cadáver...
— Eh?
— Falta um cadáver... O corpo desta garota ainda não foi encontrado, certo?
Na foto, havia uma garota de pé um pouco afastada do restante do grupo. Uma jovem de cerca de dezesseis ou dezessete anos, com olhos grandes e marcantes.
— Onde está ela? Será que está viva?
— Aguarde um momento. Vou verificar os arquivos agora.
O padre folheava um arquivo fino, mas logo parou a mão.
— Deixe-me ver... Ela é Foscarina Colleoni. Dezessete anos... Hã? Esta jovem fugiu de casa há um mês.
— Fugiu de casa?
— Sim. Pelo que parece, brigou com o pai por causa da pessoa com quem estava namorando.
— Briga? Por quê?
— Você quer saber o porquê? Bem... Ah, entendi. No seu país, o conceito de casamento é diferente. Se eu for explicar do começo, vai demorar, sabe?
Não fazia sentido ouvir sobre os costumes das espécies de vida curta. Astha balançou a cabeça indiferente.
— Muito bem então. E agora, onde está essa garota?
— Localização desconhecida. Embora o pedido de busca tenha sido aceito, seu paradeiro ainda é incerto. O último relato de avistamento foi perto do cassino de luxo chamado 'INRI', onde o namorado trabalha...
No meio da explicação, ela virou de repente as costas e a voz do padre, parecendo estar desesperada logo a alcançou.
— Ah, espere! Para onde você está indo!?
— Vou voltar para a hospedaria... Por hoje, o tempo acabou.
Ao empurrar a porta da entrada para abri-la, Astha franziu o rosto com desagrado. O ar tinha um leve tom azulado, e do outro lado do canal, um Merlo madrugador trinava sua canção matinal. A piedosa escuridão imaculada estava prestes a ser banida por aquela luz solar detestável.
— Amanhã ── ou melhor, no seu conceito de tempo, esta noite ── iremos a esse cassino. Quando o sol se pôr, venha me buscar na hospedaria.
Colocando os óculos escuros sobre o nariz, Astha lançou a moeda falsificada — a ficha de cassino — na direção do padre.
<< Anterior - Índice R.A.M. I - Próximo>>
Roteiro de Leitura (。•̀ᴗ-)✧!
Créditos da tradução:
Lutie (◕‿◕✿) ,
#trinity blood#rage against the moons#RAM 01#from the empire#light novel#novel#sunao yoshida#thores shibamoto#do império#abel nightroad#crusnik#krusnik#caterina sforza#astharoshe asran#tsala methsaluth#império da verdadeira humanidade#arcanum cella ex dono dei#vaticano#methuselah#terran#tradução novel#tradução#pt br#トリニティ・ブラッド
10 notes
·
View notes
Text
O corpo humano é uma sinfonia intrincada de fenômenos elétricos, um testamento vivo do design harmonioso do universo. Abaixo de sua fachada suave e orgânica, há um mundo de caminhos semicondutores, harmonias piezoelétricas e sussurros flexoelétricos, cada um deles uma nota vital na canção da vida. A natureza semicondutora do nosso ser é mais evidente nas vias neurais, onde as correntes elétricas fluem como rios de intenção, unindo o invisível com o físico. Assim como os semicondutores na tecnologia regulam e orientam a energia, os nossos semicondutores biológicos, formados por proteínas e células, orquestram o movimento dos pensamentos, reflexos e emoções. O próprio corpo se torna um transceptor, ancorando as frequências cósmicas no reino tangível da existência.
A piezoeletricidade, o fenômeno onde a pressão gera potencial, fala da resiliência poética de nossos ossos. Dentro de sua rede cristalina, cada passo, cada pulso, cada abraço gera cargas sutis – uma troca de força e energia. Este diálogo piezoelétrico lembra-nos que somos seres de ação e reação, onde o toque não é apenas físico, mas uma alquimia de forças invisíveis.
A flexoeletricidade, a irmã elegante da piezoeletricidade, encontra expressão na flexão de tecidos e membranas. É o zumbido silencioso da adaptabilidade, onde as menores curvaturas criam gradientes elétricos. Isto revela uma verdade que é tão profunda quanto humilhante: mesmo os mais pequenos movimentos da vida carregam um poder transformador, dobrando o próprio arco da energia.
Juntos, estes fenómenos revelam o corpo como uma ponte viva entre matéria e energia, um recipiente de potencial infinito. Em cada batimento cardíaco, em cada respiração, a forma humana traduz forças mecânicas em sussurros eléctricos, ecoando a lei universal de que o movimento e a energia estão inseparavelmente interligados.
Ver o corpo humano sob esta luz é vislumbrar o cosmos em miniatura, compreender que não somos apenas recipientes de carne e osso, mas condutores da verdade universal, ressoando com os ritmos da própria criação.
Para ferramentas projetadas para auxiliar na otimização do biocampo humano, visite
Se você soubesse quantos mundos e universos existem dentro de você. Todos espiralando em direção a algum destino insondável. Uma coisa é certa em toda a massa em movimento, em todos os tempos e espaços. A quietude reina suprema, centralizando todos os campos de ondas e dimensões aparentemente separados. Como o próprio tecido conjuntivo ou rede neural de micélio da Mente Cósmica, unindo toda a vida como o Único Fulcro Supremo de cada onda em movimento. Do Vazio Parado primordial nós surgimos e para ele retornaremos. E apesar de tudo o que seus sentidos físicos lhe dizem, nós nunca saímos do útero.
Através da terra, água e pedra, devemos ser corajosos enquanto descemos para as camadas cavernosas do eu interior. Embebidas em memória e consciência antigas estão as paredes porosas do subconsciente sombrio. Apenas esperando que reconheçamos e reconheçamos o que ressoa em nossos próprios ossos. Chamando-nos para reacender os fogos da divindade profundamente dentro da fonte da alma. Todo o sofrimento do mundo é o resultado da recusa deste chamado. A libertação vem para aqueles que aceitam e entram nas chamas da transmutação e nas águas do perdão para renascer novamente, onde o elixir da vida aguarda o espírito destilado e purificado, pronto para ser compartilhado com o mundo inteiro!
Quando você vive de acordo com a lei natural divina, você acessa a mente conhecedora do Criador, através da quietude que centraliza e zera todos os campos de onda em movimento. Walter Russell disse: "você tem que parar de pensar para SABER como pensar". Dessa forma, pode-se saber como utilizar a mente pensante rítmica bidirecional do homem, enquanto sempre extrai da fonte IMÓVEL, acessando sem esforço o estado de fluxo do gênio onde todas as obras-primas nascem. Isso coloca você na zona! OmniCore está ilustrando "a zona" e é o projeto 3D definitivo para:
Equilíbrio
Harmonia
Simbiose
Saúde perfeita
Civilização da era de ouro
Dons latentes e superpoderes
Unidade
Vida eterna
A teoria do campo unificado
Energia livre
Tudo
Nesta jornada, descobrimos que os professores mais eficazes da vida percebem que somos todos alunos aprendendo uns com os outros. Eles sabem que no céu espiritual, não há classe, classificação ou uma pessoa com conhecimento superior.
O conhecimento arcano e a sabedoria da eternidade habitam dentro de todos nós e só precisam ser explorados por meio de escuta profunda e presença. É esse entendimento simples que torna alguém um verdadeiro professor, não algum título autoproclamado ou certificação emitida pelo governo.
Aprendi mais sobre a vida autêntica e saudável com o humilde servo, tão grato por uma refeição caseira simples, a criança que encontra maravilhas no funcionamento básico da física, o amor incondicional altruísta de uma mãe devotada, a firmeza calma e fundamentada de um pai amoroso e o mais velho que, apesar de seu corpo doente, encontra paz duradoura em um pôr do sol pintado.
Toda a natureza e a vida estão aqui para nos ensinar, e somente recebendo a generosidade de seus tesouros podemos efetivamente ensinar os outros pelo exemplo. Nós realmente estamos todos acompanhando uns aos outros para casa e as lições mais valiosas não custam um centavo, apenas um coração e uma mente sinceros e abertos. Blog Fonte
#conhecimento#discernir#sabedorias#pensamentos#refletir#autoconhecimento#sairdailusão#metafísica#energia#corpohumano#despertar#consciência
3 notes
·
View notes
Text
Découpage
Botos pela primeira vez enrolados em afetos A boca disseca o nome das coisas tortas Uma arca? Uma concha? Uma ânfora? Não, são mãos escondendo segredos
Sara meus olhos na extrema rotina do happening Um exercício patético de emular o marco zero Que o público me faça trincheira ou cinzeiro Uma única vez: Serei de quem chegar primeiro
Da saliva salta uma saúva, embriagando fábricas Chantagearia esqueletos aliviada da ideia de exumação Pois a memória marca a ferro e não há mais um vampiro Nesta cidade para chamar de desatino
Eu não me vejo refletido em teus olhos Tão argênteos, testemunhas de luas Hasteará uma bandeira delicada com os dedos Os mesmos dedos empossados como um Nero
Saturno fora impedido pela carne Reescrita para fora de versículos Autocontemplada em laboratórios Cada cobaia faz agora um museu
Todos os incidentes estão mortos Todas as pontes que cruzam cabeças Estão interditadas para usos privados Devem servir o bom, o mal e o feio da vida
Há mapas entre os corpos Leia-os entre constelações em minhas costas Descubra um continente tão calabouço Erguido ao teu impróprio louvor
Volta a pele entornada para fora da rendição Olhos em côncavo espreitando a granada silenciosa Explodir de dentro para fora e enviar foguetes ao reino da morte Sem barqueiros, sem Hermes e sem Virgílio. Apenas a potência humana..
#inutilidadeaflorada#poema#poesia#pierrot ruivo#carteldapoesia#projetoflorejo#lardepoetas#espalhepoesias#poetaslivres#mentesexpostas#pequenosescritores#pequenosautores#projetoartelivre#novospoetas#conhecencia#projetocaligraficou#projetoalmaflorida#arquivopoético#julietario#arquivopoetico#quandoelasorriu#projetoversografando#liberdadeliteraria#poecitas#poetizador
17 notes
·
View notes
Text
SADIE SINK? não! é apenas BEATRICE BEAURDE, ela é filha de ORFEU do chalé CHALÉ 29 e tem 21 anos. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL ii por estar no acampamento há cinco anos, sabia? e se lá estiver certo, TRIS é bastante CARISMÁTICA mas também dizem que ela �� TEIMOSA. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
Beatrice, filha de Orfeu, nasceu em meio ao encanto melódico que permeia a linhagem de sua família. Desde tenra idade, seus ouvidos foram envolvidos pela música celestial que fluía naturalmente de sua voz. Dotada de uma habilidade única para encantar até mesmo os seres mais sombrios com suas canções, Beatrice cresceu sob a sombra da notável herança musical de seu pai. Seu destino estava entrelaçado com o mundo mágico da melodia, uma ligação inquebrável que a impulsionou a aprimorar suas habilidades artísticas desde cedo.
Ao longo dos anos, Beatrice desenvolveu uma profunda conexão com a natureza e os seres mitológicos que habitam os recantos mais secretos da terra. Inspirada pelo amor e pela tragédia que envolve a história de Orfeu, ela embarcou em uma jornada para explorar os reinos encantados e descobrir a verdade sobre suas origens divinas. Seu canto era uma ponte entre o mundo mortal e as esferas celestiais, capaz de acalmar até mesmo as tormentas mais furiosas da alma.
A vida de Beatrice tomou um rumo inesperado quando monstros começaram a atacar sua cidade. Instintivamente, ela usou seus dons musicais herdados para conjurar uma melodia mágica que afastou as criaturas. Essa experiência desencadeou sua jornada como semideusa, e Melody, temendo pela segurança da filha, finalmente revelou a verdade sobre sua origem divina. Juntas, enfrentaram diversas criaturas mitológicas, culminando em uma batalha épica contra um Ciclope nas ruínas de um antigo templo.
Em meio ao caos da luta, Beatrice descobriu que suas melodias podiam não apenas acalmar as feras, mas também transformar-se em uma força ofensiva formidável. A música, uma herança de seu pai, tornou-se a arma que a jovem semideusa usou para proteger sua casa. Contudo, diante da constante ameaça, mãe e filha tomaram a decisão de procurar refúgio no Acampamento Meio-Sangue. Há cinco anos, Beatrice chegou ao acampamento, onde encontrou um lugar seguro entre outros semideuses, marcando o início de sua jornada de autodescoberta e aprimoramento de suas habilidades excepcionais.
PODERES: Manipulação Musical - Beatrice pode manipular e gerar música, uma forma de arte cujo meio é o som e o silêncio. Seus elementos comuns são pitch (que governa melodia e harmonia), ritmo (e seus conceitos associados ao tempo, metro e articulação), dinâmica e as qualidades sonoras de timbre e textura.
HABILIDADES: previsão e sentidos aguçados.
ARMA: A Adaga Metamorfa é uma arma única, habilmente forjada por mestres artífices em segredos ocultos. À primeira vista, ela parece uma adaga comum, com uma lâmina afiada e um cabo elegante, mas sua verdadeira magia reside na capacidade de se transformar em um objeto cotidiano com um simples comando mental. Esta adaga pode assumir formas surpreendentes, como uma chave, um relógio de bolso ou até mesmo um pingente. Feita de um metal misterioso e decorada com runas encantadas, a Adaga Metamorfa é tão versátil quanto engenhosa. Seu portador pode decidir a forma que deseja que ela assuma, tornando-a discreta e facilmente camuflável. Essa habilidade camaleônica faz da adaga uma escolha ideal para aqueles que preferem a discrição e a surpresa em situações diversas. Seja na pele de um objeto de escritório ou de uma joia, a Adaga Metamorfa sempre mantém sua agudez letal, pronta para ser revelada quando necessário. Essa arma se torna não apenas uma extensão da habilidade do portador, mas também uma expressão artística de sua astúcia e criatividade.
19 notes
·
View notes
Text
𝙾 𝙼𝙸𝚃𝙾: 𝚅𝙸𝙳𝙰, 𝙼𝙾𝚁𝚃𝙴 𝙴 𝚁𝙴𝙽𝙾𝚅𝙰𝙲̧𝙰̃𝙾
A história de Perséfone é muito mais do que um mito sobre um rapto. Ela representa ciclos essenciais da vida e do universo:
• As Estações do Ano: Quando Perséfone está com Deméter, a terra floresce e as colheitas crescem (primavera e verão). Quando retorna ao submundo, Deméter entristece e a terra fica infértil (outono e inverno).
• A Transição da Inocência para a Maturidade: Perséfone começa como uma jovem ingênua e termina como uma deusa poderosa, dividindo seu tempo entre dois reinos.
• A Vida e a Morte: Perséfone simboliza o equilíbrio entre o mundo dos vivos e dos mortos, sendo uma ponte entre ambos.
• Os Mistérios de Elêusis: Esse mito era central nos cultos de Elêusis, rituais secretos que prometiam revelações sobre a vida, a morte e a imortalidade da alma.


2 notes
·
View notes
Text
ACADEMIA DE ARTES MÁGICAS DE HEXWOOD
Fundada há mais de um século pela família real, a Academia educa os filhos da nobreza aldareana que herdaram o dom da magia. O castelo é sede do centro de educação dos khajol desde sua construção mas, graças aos eventos recentes, agora também é ocupado pelos cadetes do Instituto Militar.
Portão Principal
Projetado para ser imponente, o chafariz que o adorna é abastecido pela magia canalizada pelos residentes do castelo, e dizem que suas águas tem propriedades curativas. É tradição fazer um desejo em seu primeiro ano de educação, e muitos contam histórias sobre sonhos realizados graças à fonte.
Salão Principal
Onde as refeições são realizadas no dia-a-dia, e onde são organizados os bailes de Hexwood em ocasiões especiais. A magia é responsável pelas comidas na mesa de banquete, e só está disponível nos horários designados pela grade curricular.
Acervo Imperial
A biblioteca é repleta de livros sobre mágica e sobre a história e cultura do reino, muitos datando de antes da fundação do Império. É o lugar ideal para quem busca saber mais sobre a canalização dos poderes divinos, ou para quem procura um pouco de silêncio em meio ao castelo abarrotado.
Centro de Treinamento
Anteriormente um porão fora de uso, o espaço foi transformado em uma área capaz de comportar o treinamento intensivo dos militares, contando com tatames para luta corpo-a-corpo, sacos de pancadas, e um arsenal completo para combate avançado.
Aviário
Muito da tradição de enviar correspondência através das aves se perdeu, mas ainda há quem mantenha o hábito vivo. De maneira geral, a maioria dos frequentadores do espaço no topo da Torre Oeste tem os pássaros não como instrumento de comunicação, mas como bichinhos de estimação.
Capela das Irmãs
No subsolo do castelo há um templo em homenagem às irmãs de Ardan, o Imperador, influências creditadas pela propagação da Fé de Luguya em Aldanrae. Há muito abandonado, o espaço voltou a ser visitado quando os changelings notaram que as estátuas lembram as deusas da Fé Antiga.
Cripta
A identidade de quem está enterrado ali há muito se perdeu na história da Academia, e cada aluno tem uma versão diferente da lenda a contar. O mausoléu se tornou um espaço social para os estudantes, que o frequentam na calada da noite quando querem interagir sem os atentos olhos dos instrutores.
Passagem Norte
A ponte conecta a ala dos dormitórios com as salas de ensino, e tem uma vista incrível para a queda d'água que adorna os arredores do castelo. É tida como cenário romântico entre os casais, e como um ótimo lugar para deixar mensagens para as gerações futuras escritas nos pilares.
Pátio Central
A área arborizada onde os alunos costumam passar seus intervalos, repleta de bancos e espaços para descanso. Em uma bolha de primavera eterna graças à magia, a manutenção do jardim é feita pelos próprios estudantes, como uma das opções de atividades extracurriculares nas quais podem se engajar.
Estufa dos Presságios
Onde as disciplinas de Herbologia e Botânica são lecionadas, e onde o sacro cardo é processado para uso cotidiano dos khajols. O ambiente é repleto de borboletas, que representam maus presságios sempre que escolhem pousar nos frequentadores do espaço.
Forja de Ren
Aqueles que escolhem o ofício de ferreiros como atividade extracurricular passam muito de suas tardes na forja, mas seu uso e acesso não são restritos aos matriculados na disciplina. Os mais esquisitos gostam do cheiro de metal e fumaça.
Lago Oeste
O espelho d'água é particularmente popular durante o verão, mas o gramado que o cerca é um refúgio o ano todo. É comum encontrar estudantes tomando sol ou fazendo as tarefas das aulas sob o sol, ou se refugiando dos raios ultravioleta com a cobertura do Coreto de Geb.
Lantern Waterfield
As águas sagradas onde são acesas lanternas em prece para os deuses da Fé de Luguya. Khajols buscam o lugar quando querem se comunicar com as divindades que canalizam, e os recém-chegados changelings adquiriram o hábito de vandalizar as oferendas.
Porto da Alcova
Acessível através da rede de túneis sob o castelo, as docas da Ilha de Ardosia se escondem em meio às rochas, e são usadas principalmente para transportar carga entre as ilhas do arquipélago. Estudantes não tem permissão para deixar o campus e sair de barco, mas isto nunca os impediu antes.
Sycamore Park
Uma caminhada de dez minutos além dos portões do castelo te levará até a reserva ecológica de Ardosia, onde é proibido colher plantas ou interferir com a vida animal. O parque conta com uma trilha para corrida e caminhada, e com diversos pontos de observação com vistas impressionantes.
Swift Crossing
As corredeiras separam o perímetro do castelo das áreas menos exploradas da ilha, e são conhecidas pelo perigo que apresentam aos desavisados que as tentam cruzar. Há apenas duas maneiras de atravessar o rio de maneira segura: usando magia, ou voando nas costas de um dragão.
Praia Calis
O acesso ao mar mais próximo do castelo. Apesar de não ter faixa de areia, o lugar é a principal escolha dos residentes que gostam de nadar, e é também popular entre os entusiastas da natureza, que costumam se aninhar nas pedras para aproveitar o dia.
6 notes
·
View notes
Text

Por que não será tudo uma verdade inteiramente diferente, sem deuses, nem homens, nem razões? Por que não será tudo qualquer coisa que não podemos sequer conceber, que não concebemos — um mistério de outro mundo inteiramente? Por que não seremos nós — homens, deuses, e mundo — sonhos que alguém sonha, pensamentos que alguém pensa, postos fora sempre do que existe? E por que não será esse alguém que sonha ou pensa alguém que nem sonha nem pensa, súbdito ele mesmo do abismo e da ficção? Por que não será tudo outra-cousa, e cousa nenhuma, e o que não é a única cousa que existe? Em que parte estou que vejo isto como cousa que pode ser? Em que ponte passo que por baixo de mim, que estou tão alto, estão as luzes de todas as cidades do mundo e do outro mundo, e as nuvens das verdades desfeitas que pairam acima e a elas todas buscam, como se buscassem o que se pode cingir?
Tenho febre sem sono, e estou vendo sem saber o que vejo. Há grandes planícies tudo à roda, e os rios ao longe, e montanhas... Mas ao mesmo tempo não há nada disto, e estou com o princípio dos deuses e com um grande horror de partir ou ficar, e de onde estar e de que ser. E também este quarto onde te ouço olhar-me é uma coisa que conheço e como que vejo; e todas estas coisas estão juntas, e estão separadas, e nenhuma delas é o que é outra cousa que estou a ver se vejo.
Para que me deram um reino que ter se não terei melhor reino que esta hora que estou entre o que não fui e o que não serei?
―A MORTE DO PRÍNCIPE . Fernando Pessoa.
2 notes
·
View notes
Text
Nota sobre o estilo
Goffman aponta maneiras específicas pelas quais podemos identificar que as expectativas sociais não estão apenas embutidas na fala e na ação, mas que a própria fala carrega reações a essas expectativas. Segundo Goffman, quando indivíduos agem e interagem, eles mantêm certa liberdade dramatúrgica; eles têm o potencial de transmitir um dado conteúdo proposicional, por exemplo, de várias maneiras. Essas maneiras, que podem envolver entonação, uso de figuras de linguagem, movimentos faciais e corporais, entre outros aspectos de autopresentação, podem carregar seu próprio conteúdo semiótico: são portadores de significado.
Os aspectos performativos e estilísticos da ação de uma pessoa têm significado e podem intervir e ajudar a moldar as formas pelas quais ela é percebida. Indivíduos não são meramente passivos quando se trata de determinar como são vistos. Para explorar as maneiras como isso ocorre, gostaria de falar do exemplo do “estilo”, tratado aqui como uma forma sensível de representar ideias de natureza social e política.
Para Ernst Gombrich, o estilo é o que conecta os domínios da arte e da teoria social. Carnevali define o estilo como “a arte de criar o social”. O estilo é o que torna pessoas, lugares e grupos distinguíveis; serve como uma característica definidora entre indivíduos. Nesse contexto, funciona como uma ponte entre estruturas sociais universais e comportamentos individuais ou de grupo. O estilo emerge através da conversão de elementos sociais em formas estéticas. Quando se trata de autopresentação, uma forma de estilização que depende de uma manipulação da visibilidade, essa forma estética é o próprio sujeito. Nesse sentido, pode-se dizer que o estilo molda—se não cria—sujeitos.
Na medida em que pode ser “decodificado” para descobrir seu conteúdo experiencial, o estilo pode ser considerado um meio de comunicar desejos, tendências, emoções ou sensações que não vêm à tona através da reflexão, mas residem no domínio da expressão estética. O processo comunicativo através do qual uma mensagem é transmitida emprega vários tipos de símbolos. Isso abrange não apenas a linguagem falada, mas também sinais não-verbais, como vestuário, penteado, maquiagem.
Embora tipicamente associado à individualidade, o estilo também pode ser uma característica de grupo. Existem estilos específicos para classes sociais, grupos, profissões, gerações e subculturas. No contexto da modernização, o estilo e a visibilidade assumem uma importância especial na formação da cidade, especialmente a capital europeia. Como observou Baudelaire, a modernidade traz a necessidade de se distinguir da banalidade da vida cotidiana; a solução é criar-se sensivelmente, o que Baudelaire chama de “dandismo”.
Segundo Simmel, abordando um contexto semelhante, o meio de mediar entre a necessidade de distinção e a pressão para reproduzir normas sociais é a moda, o reino adequado da autopresentação. Além de simplesmente mediar a tensão entre individualidade e coletividade, o estilo serve como uma possível ferramenta política. As leis sumptuárias, por exemplo—que outrora regulavam o consumo e os modos de autopresentação na Europa pré-moderna para conter o luxo e o excesso—eram, em essência, estratégias políticas destinadas a controlar comportamentos. Em um contexto colonial, a Igreja Católica condenava a autoexpressão através da vestimenta, fundamentando isso como um argumento moral e exercendo uma forma de autoridade colonial moral. Embora a regulamentação da autoexpressão estilizada nas sociedades contemporâneas tenha se afastado do âmbito religioso e governamental em direção à esfera social, sua influência perdura de uma forma diferente. Como diz Barbara Carnevali:
“Ao controle dos estilos por meios normativos foi amplamente removido da dimensão legal e transferido para a esfera social. Nesta última esfera, que não é menos repressiva, não são as leis do estado que determinam a divisão dos estilos, mas as leis do reconhecimento, da imitação e da distinção — as leis da moda.”
Essas leis da moda não são inteiramente autônomas. Foi Bourdieu quem cimentou a ideia de que escolhas de vestuário e modos de comportamento servem como expressões de normas estruturais mais amplas. O estilo não reflete meramente as preferências de um indivíduo; ao contrário, está entrelaçado em um “campo” que permite sua compreensão através de tensões e relações mais amplas. Como ilustrado por Bourdieu em “A Distinção”, onde ele analisa as preferências de várias classes sociais na Paris dos anos 1970, o gosto é inerentemente gosto de classe: as classes superiores estão constantemente envolvidas em um processo de moldar o gosto, influenciando subsequentemente as classes inferiores com base em sua estrutura aspiracional.
Como aponta Hebdige, os modos das classes dominantes permanecem consistentemente como as normas prevalecentes, evoluindo ao longo de diferentes eras: “A classe que detém os meios de produção material também comanda a autoridade sobre os meios de produção mental.” Nesse contexto, o estilo se torna uma arena para a luta de classes. O estudo cultural de Hebdige sobre a Inglaterra do pós-guerra indica que o surgimento de subculturas significa a fratura do consenso no pós-guerra. Dentro desses subgrupos, emergem inclinações políticas distintas e métodos de expressar conflitos de classe. Essas inclinações e conflitos são transmitidos, como nota Hebdige, “obliquamente”, através do estilo. Baseando-se na semiótica de Barthes e na teoria da ideologia de Althusser, Hebdige explora os mecanismos conscientes e inconscientes pelos quais formas de autoexpressão estética efetivamente transmitem significado, estes suscetíveis de manipulação por diversas subculturas. É possível, segundo Hebdige, “discernir mensagens ocultas codificadas na superfície do estilo”.
Politicamente, o estilo pode funcionar como uma forma simbólica de resistência. Em vez de os conflitos de classe terem desaparecido para dar lugar a meros conflitos estéticos, como foi hipotetizado, os conflitos de classe se deslocam para um reino simbólico enquanto ainda retêm seu substrato de classe. Subculturas surgem como respostas a contextos sociais e políticos, impulsionadas por experiências sociais e aspirações de mobilidade social ou manutenção de status. Um estilo emerge como uma reação a um estado de coisas compartilhado a partir de uma perspectiva situada.
O estilo, essencialmente, é o nome para o trabalho estético que transforma o conteúdo experiencial em um modo de autopresentação. O estilo não existe em um reino puramente autônomo, mas responde a demandas sociais, expectativas normativas e modos de autoexpressão mais ou menos estabelecidos. Simultaneamente, surge da necessidade de expressão individual e, nesse sentido, pode ser entendido como um domínio no qual entende-se que os indivíduos exerçam algum controle—um domínio sobre o qual podem deliberar e que podem manipular.
O conceito de estilo serve para definir uma certa disposição que possui uma expressão política mais ampla. Em outras palavras, através da manipulação do estilo, é possível exercer controle sobre a visibilidade de si mesmo. O estilo é um dos fatores que determinam se os indivíduos são mais ou menos visíveis. É um elemento essencial nos processos de socialização precoce, por exemplo, onde se vestir de certa maneira pode levar a uma recepção melhor ou pior por parte de um grupo ao qual se pretende pertencer. Em última análise, o estilo emerge como uma ferramenta na interação entre individualidade, visibilidade e autoexpressão. Ele faz a ponte entre a experiência pessoal e a autoexpressão.
2 notes
·
View notes
Text
Atenção, atenção, quem vem lá? Ah, é PERIWINKLE da história PETER PAN! Todo mundo te conhece… Como não conhecer?! Se gosta, aí é outra coisa! Vamos meter um papo reto aqui: as coisas ficaram complicadas para você, né? Você estava vivendo tranquilamente (eu acho…) depois do seu felizes para sempre, você tinha até começado a CRIAR SUA PRÓPRIA PISTA DE PATINAÇÃO E aí, do nada, um monte de gente estranha caiu do céu para atrapalhar a sua vida! Olha, eu espero que nada de ruim aconteça, porque por mais que você seja ESPIRITUOSA, você é TÍMIDA, e é o que Merlin diz por aí: precisamos manter a integridade da SUA história! Pelo menos, você pode aproveitar a sua estadia no Reino dos Perdidos fazendo o que você gosta: CRIAR NOVOS AMBIENTES ONDE AS PESSOAS POSSAM INTERAGIR E SE DIVERTIR.
HISTÓRIA
Periwinkle é uma fada do gelo que vive na Floresta do Inverno, uma região mágica onde o frio é constante e onde as fadas do inverno têm habilidades especiais relacionadas ao gelo e à neve. Sua aparência reflete sua natureza invernal, com cabelos brancos brilhantes e asas que lembram flocos de neve.
Periwinkle descobriu que é a irmã gêmea de Tinker Bell, uma fada das quatro estações que vive na Terra do Nunca. Apesar de terem crescido separadas, as duas compartilham um vínculo especial e habilidades semelhantes. Ambas nasceram do riso da mesma criança, por isso são considerada fadas gêmeas.
PERSONALIDADE
Periwinkle é vibrante e cheia de vida, destacando-se por sua curiosidade inata e entusiasmo pela exploração. Ela adora descobrir novas coisas e, apesar de viver em um ambiente frio, possui um espírito caloroso e acolhedor. Periwinkle é corajosa e determinada, nunca se esquivando de um desafio. Sua natureza aventureira a leva a explorar além dos limites da Floresta do Inverno, o que eventualmente a leva a encontrar sua irmã, Tinker Bell. Sua abertura para o desconhecido e seu desejo de aprender são características marcantes de sua personalidade.
Além de sua curiosidade e coragem, Periwinkle é profundamente leal e afetuosa. Ela valoriza muito os laços familiares e as amizades, demonstrando uma grande capacidade de empatia e compreensão. Periwinkle também possui um senso de humor leve e uma disposição alegre, que trazem alegria e positividade às fadas ao seu redor. Essas qualidades fazem de Periwinkle cativante e adorável, que deixa uma impressão duradoura tanto nas fadas da Terra do Nunca quanto no público.
O personagem é dono ou cuida de algum lugar no Reino dos Perdidos? Por favor, descreva.
Com toda a experiência que tem sob o contato com alguns reinos e o conhecimento entre as fadas e Londres antiga da visão das outras fadas e criaturas da Terra do Nunca. Periwinkle construiu uma pista de patinação onde todos poderiam aprender a andar e se divertir no gelo.
SKATING WITH PIXIE DUST: Quando entra e sente o ar gelado você pode sentir que se transportou para outro lugar. Com toda sua magia, ela tenta fazer o ambiente mais perto do possível de uma experiência completa de patinação. Aberta para todo o público, Periwinkle dá aulas para todos que querem aprender a utilizar o patins, e abre o local para festas ou celebrações que as pessoas quiserem comemorar. Seu sonho é ver o local cheio com bastante música e pessoas felizes.
Como está a posição dele em relação aos perdidos? Odiou ou amou? Responda em um parágrafo simples!
Periwinkle gosta muito, apesar da timidez, de interagir com pessoas. Ela adora criar atividades, e novas tecnologias com os objetos que acha. Poder conhecer novas pessoas, novos objetos e novas culturas faz com que ela esteja completamente apaixonada por essa experiência de poder interagir com pessoas novas. Com isso ela quer chamar todos para o local que está construindo e poder conversar com todos eles. Chega até ser um pouco invasiva, pois ela quer perguntar e saber cada vez mais sobre tudo. Até mesmo indo em contrapartida com seus outros amigos mais próximos. Ela é a que mais quer construir uma ponte e interações com os recém chegados.
5 notes
·
View notes
Text
🌍🌈🌟🌙O FIRMAMENTO, A LUZ E O MAR. NA DESCRIÇÃO DE JESUS.🌍🌟🌙🌈
A certa altura Pedro pediu que João repetisse o que disse Jesus naquele dia sobre a Criação do Mundo. “Simão!! Imagine se um jovem é capaz de repetir palavras de um Deus!!”
Um jovem, não. Mas tu!! "Experimenta João! Por benevolência com tuas irmãs e para comigo.” E mesmo envergonhado, João foi repetindo com exatidão cada palavra numa extensa e profunda meditação.
“Num dos pontos Jesus frisou: Três são as coisas que mais falam de Deus na Criação. O Firmamento, A Luz e O Mar. O Mistério da Luz somente DEUS poderia fazê-la; assim como o Firmamento onde Galáxias, Estrelas e Planetas passeiam dentro de uma Ordem astral e meteorológica. Reflexo da Ordem Divina estabelecida.”
“Agora abaixai o olhar para a imensidão do Mar. Essa potência que somente DEUS poderia colocar dentro de limites, apesar de lhe dar Movimento e Voz. Vede que não há separação; Mas pontes entre os povos ainda que desconhecidos. Mas que existem e fazem parte deste mesmo mar. DEUS não faz nada inútil.”
“DEUS não teria feito esta infinidade de oceano se não tivesse outras terras povoadas por outros homens, vindos todos de um ÚNICO DEUS. Este mar que na voz de suas águas levam e trazem apelos vindos de muito longe.”
“A doce angústia em João é justamente este apelo dos irmãos longínquos. Quanto mais o Espírito se torna dominador sobre a carne, mais é capaz de ouvir estas vozes que fazem parte de um Todo, apesar de distantes e divididas. Assim como os ramos de uma única raiz estão unidos, ainda que não se vejam por algo que se interpõe entre eles.”
“Olhai O Mar com olhos de luz!... De todos os lados ouvireis este grito: “Vinde!!... Trazei-nos a Luz que possuis! Trazei-nos a vida que vos é dada! Dizei a palavra que ignoramos, mas que sabemos é a base do Universo: Amor! Ensinai-nos a ler a Palavra que vemos traçada no firmamento: DEUS!!... Dai às nossas trevas a Luz que DEUS vos deu para distribuísseis à Terra inteira.”
“Vós sois os astros; nós a poeira. Mas queremos conhecer este Reino de Luz, Amor e Paz... Porque somos também filhos deste Deus e pedimos para conhecer o nosso PAI...”
“Aprendei a andar por caminhos do infinito sem temores ou desprezos, indo ao encontro dos que chamam e choram. Ao encontro dos que vos causarão tristeza porque sentem a DEUS, mas não sabem adorá-Lo. Quanto mais possuíres O Amor, mais o sabereis dar, levando A Verdade aos povos que vos esperam...”
“Estas foram as palavras ditas por JESUS.”
“Obrigada João"! Repetiste tudo com exatidão. Apenas deixaste de falar o que Ele disse sobre tua capacidade de compreender a Deus, justamente pela generosidade de tua doação. Tu és bom. És o melhor entre nós!...” Maria também o agradeceu pelo grande presente que as discípulas de Jesus receberam.
O EVANGELHO COMO ME FOI REVELADO - MARIA VALTORTA.🌹🎋🌹

0 notes
Text
The Sorcerer - Capítulo 6
Loki
O dia parece ter amanhecido mais claro, como um sinal de que hoje será um ótimo dia. Felizmente, quando olho para o espelho, vejo meu próprio rosto e não o de Odin - adormeci lendo noite passada, em minha forma original.
Usando alguns simples feitiços de levitação, parto para o banheiro seguido por minhas vestimentas e uma toalha. A banheira enche imediatamente, e quando adentro na água, sinto cada parte de meu ser relaxar.
Fecho os olhos, mantendo essa sensação por alguns momentos. Caso tudo corra como planejei - e sei que irá -, hoje será o dia mais glorioso do meu mês.
- Parece feliz. - A voz da ilusão de Annelise me faz abrir os olhos. Está sentada na borda da banheira e tem um leve sorriso no rosto.
- Pode-se dizer que estou. - Deixo-me sorrir também. - Tenho um grande dia pela frente.
- Não fala isso apenas pelo reencontro, não é?
- Me conhece bem. E está correta. Mas por hora prefiro manter o outro motivo apenas para mim, em breve você saberá.
- Bem, esta é a primeira vez que o vejo realmente feliz. Isso me alegra. - Seu sorriso se alarga, parece sincero. Quando fecha os olhos, desaparece no ar.
◼
Quando já estou vestido, paro em frente ao espelho. É fascinante e estranho ver minha face se transformar, graças à magia.
Em questão de instantes, não estou mais diante de meu reflexo, mas sim do de Hagen, meu grande aliado, outra de minhas identidades... Apesar da semelhança com meu rosto original, ninguém jamais percebeu quem realmente sou por trás das ilusões. Meus olhos são azuis agora, claros como o céu lá fora, e os cabelos louros me caem bem, apesar de serem mais curtos do que me agrada.
- Pensei que mostraria sua verdadeira face a ela. - Vejo Annelise pelo reflexo, está sentada na cama.
- Caso tenha realmente encontrado com Thor, então pensa que estou morto. - Digo. - Não seria prudente ir a Midgard com minha aparência verdadeira, também pela minha última visita…
- E quando pretende contar quem realmente é? - Pergunta.
- Quando ela merecer, e se merecer. - Suspiro. A possibilidade de que ela não tenha me traído parece loucura, por mais que eu goste dela. Viro-me para ela. - Podemos ir agora?
- Como queira, general. - Quando ela se levanta da cama, praticamente desliza até as portas. Talvez esta seja uma das últimas vezes em que a verei neste vestido.
Quando saio do quarto, Skurge, um dos altos soldados do exército asgardiano está ali, esperando por mim. Não é um homem muito alto, calvo, de olhos negros e tão ambicioso quanto possível.
Será útil em breve.
- General Hagen. - Ele me cumprimenta, e segue ao meu lado enquanto ando pelos corredores. - Vossa majestade nos passou ordens?
- Sim. - É o que respondo. - Devemos ir a Bifrost, primeiramente.
Assim que ele assente, ponho-me em silêncio. E permaneço assim, nos corredores do palácio, nas estradas de Asgard, até mesmo na ponte que leva ao observatório da Bifrost. Graças aos cavalos que nos esperavam do lado de fora do palácio, chegamos depressa.
Como sempre, Heimdall está ali, segurando a hofund - a espada, a chave para abrir a Bifrost - e observando os outros reinos. Ao ver-me, seus olhos retornam ao normal. Adentro o observatório e sou seguido por Skurge, apesar de que ele permanece em silêncio.
- Como está hoje, guardião da Bifrost? - Pergunto, aproximando-me dele.
- Sei que não está interessado em meu dia. - Ele diz, sério como sempre. - Sei também que estava reunido com nosso rei.... Tem ordens para mim?
- Sim, ordens emergenciais. Deve abrir a Bifrost para mim, sabe onde a antiga conselheira está, não sabe?
- Eu vejo tudo... E mesmo assim fui incapaz de contemplar a conversa entre Odin e você.
- Vossa majestade está maldisposto, mas ele mandou-me encontrar a Annelise. Nosso reino precisa de um novo conselheiro mestre, e Odin está considerando dar-lhe seu cargo de volta.
- Sendo ordens de Odin... - Suas mãos tocam a hofund uma vez mais, e então a Bifrost se abre.
- Odin saberá de seus serviços prestados a ele. - Paro após um passo dentro do túnel. - Infelizmente, a outra ordem que me foi dada, é a de te banir por negligência. De hoje em diante, está banido a Asgard.
Skurge para, em choque, um passo antes de mim. Sorrio por um momento, aproveitando que ainda estou de costas para os dois, e quando me viro, Heimdall já não está mais presente.
- Skurge, por ordem de vossa majestade, Odin, filho de Bor, nomeio-te o novo guardião da Bifrost. Deve reportar tudo a mim, reportarei a Odin. Mas caso Thor retorne a Asgard, deve avisar a Odin imediatamente.
- Sim, general Hagen. - Ele assente e faz uma reverência.
Viro-me novamente, e entro no túnel, que em momentos começa a causar os diversos incômodos rotineiros.
◼
Não demora muito para que meus pés, os pés de Hagen toquem o chão. O brilho da Bifrost desaparece, e posso finalmente ver em que lugar Annelise, a verdadeira, está.
Em instantes, percebo que se trata de uma espécie de pátio de treinamento, e há apenas uma pessoa aqui.... Com uma lança em mãos e em posição de ataque, Annelise parece ainda mais jovem, seus cabelos - antes longos e negros - agora estão cortados na altura de seu queixo, livres ao vento.
Seus olhos me chamam atenção no momento que a olho. Verdes.... Estão verdes como esmeraldas, e não pretos como sempre.
- Quem é você? - Ela quase vocifera. - Como chegou aqui?
- Sou Hagen, general do exército asgardiano e conselheiro de guerra de Asgard. - Apresento-me. - Odin enviou-me para falar com você, lady Annelise.
- Odin me baniu de Asgard, não me interessam suas ordens. - Ela me dá as costas, e parte em direção a uma das portas. - Não há necessidade de gastar seu tempo, então, por favor, chame por Heimdall e retorne a Asgard.
- Lady Annelise, sinto muito, mas devo insistir. - Sigo-a, e ela para a alguns passos da porta.
Ela não se vira, mas uma espécie de tentáculo se ergue do chão, vindo de uma espécie de poça próxima de seus pés. Imediatamente, recuo e puxo a espada da bainha.
- Caso ataque, não hesitarei em me defender. - Digo, sou completamente audível, mas não adianta.
O tentáculo negro avança na direção exata de meu rosto corto-o ao meio no momento certo, e ele se desfaz em vários pedaços.
- Eu insisto! - Falo uma vez mais.
Ela bufa e se vira. De alguma maneira, a poça abaixo de seus pés recolhe e desaparece.
- Não falaremos aqui...
Ela estica ambas as mãos, enquanto uma delas permanece parada, a outra gira, fazendo círculos. Uma espécie de portal aparece quando ela faz isso. Permaneço em silêncio, mas sigo-a quando passa.
O novo ambiente é completamente diferente, fechado e pela vista de uma das janelas, muito alto no ar. Por um momento, ela desapareceu do meu campo de visão, mas logo ouço o som de uma porta se abrir e ela está de volta. O colar que a dei antes da coroação de Thor está em seu pescoço.... Se apegou materialmente a ele ou sente minha falta?
Ela se senta em um dos sofás - ambos pretos em algo que parece ser couro -, e me encara, como se permanecer em pé fosse algum tipo de insulto aqui em Midgard.
- Disse que Odin lhe mandou, por que? - Pergunta, parece desconfiar de algo.
- O cargo de conselheiro mestre está vago uma vez mais, Odin a considera digna de reassumir sua posição. - Digo, sua desculpa quanto ao banimento não me sai da mente, mas aproveito isso. - O Pai de Todos reconsiderou seu banimento e confiou a mim a missão de levá-la de volta a Asgard.
- Por que? - Insiste. - Por que mandar um tenente, um conselheiro de guerra por uma banida? Odin não pode gastar seu tempo comigo, então não compreendo por que mandar alguém próximo a ele...
Convencê-la pode ser mais difícil do que eu esperava... Mas não desisto. Suspiro e sento-me no sofá à sua frente.
- Pode se dizer que temos algumas coisas em comum. - Desabafo, Hagen não tem um passado, então me aproveito disso para me aproximar dela, para conquistar sua confiança. - Sou nascido em Asgard mas passei toda minha vida em Vanaheim, como você. Apesar de ter sido criado em meio a batalhões de soldados, sinto que podemos compreender um ao outro. Por isso pedi a Odin que me permitisse tentar.
- Certo... - Suspira. - Então meu banimento está retirado? Obrigada pelas boas notícias, mas me nego a retornar à Asgard.
- Desculpe-me, mas não a compreendo. O cargo de conselheiro mestre é a maior honra que um asgardiano pode receber, como pode negá-lo e a um pedido do próprio Odin?
Ela suspira uma vez mais e então se levanta, mas não sai do lugar.
- Não sei que histórias contam sobre mim em Asgard... Mas não sou louca por poder que induziu o príncipe a fazer o que fez. Fui banida por Odin porque quis ajudar a quem amava, e agora devo apenas aceitar sua oferta? Eu perdi tudo por culpa de Odin.
Suas palavras me tocam de alguma maneira, o modo como defende-me para um estranho completo é um ponto positivo para ela. Mas não posso deixar-me levar. Ao contrário, Hagen deve convencê-la, e não desistirei até conseguir isso.
- Perdoe-me, não foi minha intenção ofendê-la, minha lady. - Levanto-me também. - Na realidade, apenas ouvi boatos sobre sua beleza, e não lhe fazem jus. - Sorrio, sei como convencê-la, e conseguirei. - Em todo caso, agradeço sua atenção, reportarei-me a Odin agora, mas caso mude de ideia, por favor procure por mim, ficarei feliz em ajudá-la a se restabelecer em Asgard, caso tenha interesse.
- Certo... - Cruza os braços e suspira, conheço aquele ato, está quase desistindo. - Abrirei um portal até onde você veio.
Assinto e agradeço-lhe uma vez mais. Há um brilho especial em seu olhar, como se pensasse seriamente sobre aceitar a proposta.
Ela abre outro portal, quando passamos, estamos em uma rua deserta, mas ouço o som de pessoas próximo dali.
- Venha... - Diz, e não demora a começar a andar. Sigo-a.
Saímos em uma rua cheia, com dúzias de midgardianos ocupados demais para nos notarem.
- Vê aquele prédio? - Ela pergunta, apontando para uma porta onde um homem que precisa seriamente fazer algo a respeito de sua barba está sentado em frente. - Aquele é o kamar taj, o lugar onde me restabeleci quando fui banida de Asgard.
Não me dá chance de resposta, seus olhos se direcionam ao homem agora, parece ter passado um péssimo dia.
- As pessoas que precisam de ajuda sempre encontram o kamar taj... - Solta. - Aquele homem perdeu tudo. Eu também passei por esta situação, quando cheguei a Asgard, não era ninguém, não tinha nada... E saí de lá do mesmo modo que cheguei. Vê o motivo pelo qual não quero retornar? Asgard só me traz más recordações agora.
- Mas houveram bons momentos em sua estadia lá, não? - Pergunto, quase instantaneamente.
Um leve e sincero sorriso surge em sua face ao voltar a me olhar.
- Sim, houveram. - Seu sorriso desaparece aos poucos. - Mas já não os posso recuperar, porque aquele que eu amei, está morto.
- Então por que permanecer em Midgard? O que te prende aqui?
- Eu posso proteger Midgard, ao menos isso me restou.
- Midgard tem seus heróis para a protegerem. - Falo, mesmo apenas a lembrança dos vingadores me repugna, mas aguento sem alterar minha expressão. - Já Asgard, Asgard precisa de você.
- Asgard tem a Thor. - Sua resposta vem em instantes.
- Thor está vagando pelos nove reinos, não podemos contar com ele. Mas você, Annelise, você salvou Asgard mais de uma vez. - Suspiro e me ajoelho. - Imploro para que repense. Odin precisa de você como conselheira, Asgard precisa de você.
Sem reação seus olhos me encaram em silêncio...
0 notes
Text

Trinity Blood - Rage Against the Moons Volume I - From the Empire ----------------- ⚠️ ESSA OBRA EM HIPÓTESE ALGUMA É DE MINHA AUTORIA. TRADUÇÃO REALIZADA DE FÃ PARA FÃS. NÃO REPUBLIQUE OU POSTE EM OUTRAS PLATAFORMAS SEM AUTORIZAÇÃO. SE CASO POSSÍVEL, DÊ SUPORTE AOS AUTORES E ARTISTAS COMPRANDO AS OBRAS ORIGINAIS. ⚠️ ----------------- 🚨 ALERTA DE CONTEÚDO SENSÍVEL 🚨 -----------------
Não sabe por onde começar? Confira o Roteiro de Leitura (。•̀ᴗ-)✧!!!
Capítulo Um: Voo Noturno
Ⅱ
Com um comprimento total de 250 metros, volume de gás hélio de 200.000 metros cúbicos ─ Em termos de tamanho, existiam outras enormes aeronaves que a superavam, como o ‘Midgard-Schlange’, do Reino Germânico ou o ‘Charlemagne’, do Reino Franco. No entanto, suas hélices de dupla reversão de 13 metros de diâmetro, capazes de atingirem a velocidade surpreendente de 150 km/h, e seus serviços internos, comparáveis aos de um navio de luxo, literalmente não permitiam que qualquer outra aeronave rivalizasse com ela.
O navio aéreo de carga e passageiros ‘Tristan’ ── Era o nome sagrado do rei dos céus. O orgulho do Reino de Albion.
— Aqui está, capitão, por favor.
— Oh, obrigado... Ah, isso, isso. Por momentos como esse que embarco nos navios.
O Capitão Connery aspirou alegremente o aroma perfumado do café. Seu bem-aparado bigode, característico da nobreza de Albion, umedecia-se com o vapor.
— Tudo tranquilo, hein?
— Nada melhor que a paz... Faltam seis horas até Roma.
O timoneiro e os engenheiros também exibiam expressões relaxadas. Um sinal de que a viagem transcorria sem problemas.
— Hã? Agora que percebi, cadê o Primeiro Imediato?
O navegador Dickens olhou ao redor da ponte, que não era tão espaçosa assim. Entre os cinco assentos, o que ficava ao lado do capitão estava vazio.
— Se for o Imediato Roswell, eu o vi lá embaixo... Ele parecia estar passando mal e foi tomar um pouco de ar.
— Agora que penso nisso, ele também não estava com uma boa aparência desde lá de Londinium.
— Será que ele não brigou com a esposa ou algo assim?
— Duvido muito. Logo ele, que é um marido tão dedicado...
Se alguém que desconhece a situação visse esta ponte de comando, certamente ficaria surpreso ao descobrir que uma aeronave tão gigantesca é operada por apenas cinco tripulantes.
A maior característica do Tristan consistia em seu sistema de controle automatizado, projetado pela talentosa engenheira Dra. Catherine Lang. Utilizando de forma ousada a inteligência elétrica (computador), uma herança da antiga civilização, a redução da mão de obra operacional foi levada a apenas um décimo do habitual — um mecanismo inovador sem precedentes.
— Ah, Orson-san, olhe isso...
Observando os instrumentos, Jessica chamou o timoneiro.
— O ângulo de trimagem está apresentando uma desvio. Não seria melhor corrigir?
— Deixa eu ver... Oh, é verdade. Bem notado.
O timoneiro de bigode espiou o medidor e ajustou o botão. Do outro lado do convés, o navegador provocou:
— Sr. Timoneiro, não seria melhor deixar a Jessica-chan assumir o leme?
— Aaah, nesse caso, eu também fico de boa. Menos trabalho.
— De jeito nenhum... Eu sou apenas uma comissária de bordo.
— Mas, desde o início, você entrou na empresa querendo ser timoneira, não foi? Que desperdício... O que será que a empresa está pensando?
A voz de Connery, que entrou na conversa, também soava solidária. Como todos ali eram pessoas do campo, tinham um olhar rigoroso para talento e técnica. Gênero e idade não faziam diferença naquele lugar.
— Da próxima vez, tentarei conversar com os superiores.
— Agradeço muito. Mas, por favor, não se esforce demais.
— Ora, selecionar pessoal competente também é uma forma de contribuir para a empresa... O quê? Primeiro Imediato? Onde você estava?
Quem apareceu, então foi o Primeiro Imediato Roswell, com uma expressão sombria. Atrás dele, trazia um homem alto.
— Roswell, quem é esse aí?
— Ah! Pe-permita-me apresentá-lo, Capitão. Este aqui é...
— Sou Alfred, Conde de Mainz, do Reino Germânico.
O homem que se apresentou fez uma reverência pretenciosa. Seu casaco inverness era bem confeccionado, mas seu rosto jovem exibia um sorriso de aparência um tanto vulgar.
— Invadir assim de repente foi falta de educação. Na verdade, eu... sempre tive interesse em pilotar dirigíveis. Se não for um incômodo, será que poderia me permitir uma visita?
— Excelência, sinto muito, mas isso não é possível... Primeiro Imediato, o que significa isso? O acesso à ponte de comando é estritamente proibido para pessoas não autorizadas. Você também sabe disso, não é?
— Ah, por favor, não o repreenda. Fui eu quem insistiu.
"Não consigo gostar muito dessa pessoa." — foi o que Jessica pensou, enquanto observava o nobre mover seus lábios finos de forma pretenciosa. O padre de antes ainda era mais simpático, mesmo que sua carteira fosse pouco recheada e sua cabeça leve. Ainda assim, será que havia algum nobre germânico a bordo?
— De qualquer forma, recusamos visitas de qualquer pessoa... Mesmo para Vossa Excelência, peço sua compreensão.
— Isso é uma pena. Se possível, até gostaria de pilotar uma dessas. Imagino que seria bem satisfatório derrubar um navio desses em algum lugar.
— A maior parte da navegação é gerenciada por um sistema de controle automático. Alterar a rota estabelecida é impossível até mesmo para nós... E-ei, espere! O que está fazendo!?
Antes que Connery pudesse detê-lo, o homem já havia se aproximado do console de controle. Seus lábios continuavam torcidos em um sorriso, enquanto ele inseria um fino disco magnético no slot central.
— Agora, o que foi que você fez?
O navegador Dickens levantou-se com a expressão transtornada. O display de comunicação com a inteligência elétrica, que até então funcionava normalmente, ficou completamente escuro por um instante — e então começou a despejar uma enxurrada de caracteres, como uma inundação.
— Es-está fora de controle?
— Capitão, a inteligência elétrica está recusando o acesso!
— ...A-a rota de voo!
Todos na ponte sentiram uma leve força G ── o imenso corpo do dirigível subiu de altitude e acelerou repentinamente.
— Configuração da rota de voo ── sem alteração das coordenadas de destino, altitude definida... tre-trezentos negativos!? O que é isso!? Assim, vamos cair direto sobre Roma!
— ...Huhah.
Seus lábios finos se curvaram para cima de uma forma exagerada e Alfred soltou uma gargalhada aguda.
— Kuhaha! O que é isso? O que é isso? Sério, que pode ser tão fácil assim? Fácil demais! Pois é, esse trambolho vai cair direto em Roma... Bem no meio da maldita cabeça daquele maldito Vaticano! Hya-haha!
Dickens agarrou o colarinho do homem, que descaradamente exibia sua garganta ao rir de forma vulgar.
— Seu desgraçado, você está louco!? Você também vai morrer!
— Eu, morrer? Não vou morrer. Pode não me comparar com algo como vocês, meros terrans? Afinal, eu sou...
Dos lábios entrecortados, em forma de meia-lua, presas se mostraram à vista.
— Eu sou um Methuselah ── um nobre vampiro imortal!
— !
O navegador caiu ao chão, arranhando desesperadamente a própria garganta, agora brutalmente rasgada. Naquele instante, o cinto na mão do vampiro brilhou em um arco relâmpago, veloz demais para ser percebido a olho nu.
— Gah!
— Higii!
O som do sangue jorrando violentamente e atingindo o chão ecoou pelo ambiente, seguido por uma sucessão de gritos ensurdecedores. Quando tudo silenciou, quem restou ali de pé foi uma pálida Jessica...
— Yo, Belezinha... Finalmente estamos a sós, hein♪
O vampiro — Alfred — exibiu as presas em um sorriso.
— Ah...ah....
Os outros... Onde estão? Foram mortos? E o Imediato...? Onde está Roswell, o homem que ajudou esse cara?
Roswell jazia aos pés de Jessica. Ou melhor, apenas seu tronco — A cabeça do amoroso esposo repousava sobre o console de controle, com uma expressão que parecia prestes a dizer algo, mas permanecia em silêncio.
— Heh! Esse aí também é um idiota. Reféns? Já faz tempo que a gente a fodeu, matou e bebeu até a última gota.
— ......Uh!
Com a dor lancinante que atravessou seu peito, Jessica se contorceu. Os dedos de Alfred apalparam seus seios por cima do vestido com avental. A dor, o medo e a humilhação a fizeram soltar um gemido involuntário.
— N-não... pare...
— Oh! Essa expressão me excita. Se for para beber de uma mulher, nada melhor do que primeiro foder e depois abrir sua garganta, não é?
O vampiro distorceu os lábios. Apertou ainda mais o peito dela, e deslizou suas presas pela garganta branca que se arqueava para trás.
— N-não...!
A dor aguda que percorreu sua nuca fez Jessica soltar um grito, e no instante seguinte...
— Então, Jessica-san, eu estive pensando...
Uma voz tranquila e deslocada ressoou pela escotilha aberta.
— Aproveitar a comida de graça me deixa meio desconfortável, então pensei em lavar as louças ou limpar os banheiros... O-o que é isso!?
— Vaticano!?
O vampiro, ao ver as vestes sacerdotais, arreganhou as presas. No mesmo instante, uma fina correia disparou de dentro do seus sobretudo Inverness.
— Vam-Vampiro... Aaah!?
Se não tivesse escorregado na poça de sangue, a lâmina oculta na correia teria partido a cabeça de Abel em duas metades perfeitamente simétricas. No lugar do sangue espirrando, o que ressoou foi um tiro inesperado.
— ...!?
O revólver preso à cintura do padre disparou acidentalmente no momento em que ele caiu com o traseiro no chão. A bala ricocheteou no piso e perfurou a parede atrás de Jessica. Ou melhor, para ser exato, atingiu a tubulação que passava por ali...
— !
Com um grito de dor, Alfred se curvou para trás.
O vapor escaldante que jorrou do cano atingiu seu rosto como se tivesse mirado nele. Tendo seus olhos cegados e seu rosto queimado, nem mesmo um vampiro poderia sair ileso dessa.
— Jessica-san, por aqui! Venha por aqui!
— Eu... Eu vou matar vocês! Eu juro que vou matar todos vocês! Vou arrancar suas entranhas e estrangulá-los com elas!
Quando Jessica foi praticamente arrastada para fora da ponte pelo padre que correu até ela, o que viu foi um vampiro cego girando sua arma de forma descontrolada e os restos miseráveis no console de controle, que haviam sido dilacerados.
<< Anterior - Índice R.A.M. I - Próximo>>
Roteiro de Leitura (。•̀ᴗ-)✧!
Créditos da tradução:
Lutie (◕‿◕✿) ,
o mundo não é um lugar amigável e está em vermelho sangue…
#trinity blood#rage against the moons#RAM 01#from the empire#light novel#novel#sunao yoshida#thores shibamoto#do império#flight night#voo noturno#abel nightroad#crusnik#krusnik#jessica lang#Conde de Mainz#tristan#arcanum cella ex dono dei#vaticano#methuselah#terran#tradução novel#tradução#pt br#トリニティ・ブラッド
5 notes
·
View notes
Text
El arte de reinventar la realidad: Innovación Tecnológica en Gaming 🕹️🌟 Nos encontramos en una era dorada, mis queridos entusiastas digitales, donde cada pixel y polígono grita ¡innovación! Atrás quedaron los días de las consolas que parecían tostadoras con botones. Hoy, la industria del gaming nos arroja al futuro con tanta fuerza que casi podemos sentir el viento contra nuestra cara pixelada. ¡Es un tornado de creatividad y tecnología que nos arrastra! **Nuevos horizontes en la experiencia de juego** - Realidad Virtual (VR) y Realidad Aumentada (AR): Los límites entre nuestro mundo y los universos digitales están tan borrosos que a veces necesitas pestañear para estar seguro de dónde estás. ¡VR y AR son las varitas mágicas que transforman tu sala en un campo de batalla intergaláctico! - Streaming de Juegos en la Nube: ¿Quién necesita una consola cuando tienes la nube? El streaming de juegos pone una biblioteca de títulos al alcance de un clic, eliminando así la necesidad de hardware especial. ¡Es como tener la llave maestra de un reino de juegos infinitos! **Inteligencia Artificial (IA) que te sorprenderá** - Los enemigos en los juegos ahora pueden aprender de tus tácticas y contraatacar con astucia. ¿Estratega o aprendiz de Jedi? La IA en el gaming está bordeando los límites de estoy seguro de que este jefe acaba de burlarse de mí . **Juego como Plataforma Social y Comercio Inmersivo** - Las plataformas de juego se han convertido en nuevos mundos sociales. No solo derribas a tus oponentes, sino que también organizas conciertos, construyes imperios económicos y participas en eventos exclusivos. ¡Bienvenido a la dimensión diamante de la interacción virtual! **Hardware que no creerías posible** - ¿Haptics avanzados? Sí, por favor. Ponte un guante o una chaqueta y siente el impacto de un proyectil virtual en tus propios músculos. ¡Es como acariciar un cactus virtual sin las consecuencias espinosas! **RESPAWN POINT: Aprendizajes y adaptación** La innovación tecnológica en gaming NO es solo sobre cómo los juegos se ven o se juegan. Es una reflexión de nuestra propia evolución, un espejo de nuestras aspiraciones más profundas plasmadas en código binario. ¡Es un juego constante de superación! ¿Están listos para dejar sus marcas en este campo virtual que se redefine a cada milisegundo? ¿Han experimentado alguna de estas innovaciones que nos dejan boquiabiertos y desafían la gravedad de nuestra propia realidad? Compartan sus epic wins y sus más grandiosas (y ocasionalmente humillantes) derrotas en esta era de magia tecnológica y conexión. Y si conocen a un mago de pixeles o a un campeón de las estrategias digitales, ¡no duden en etiquetarlos! 🧙♂️👾 #InnovaciónEnGaming #RealidadVirtual #StreamEnLaNube #InteligenciaArtificial #SocialGaming #Haptics #Gamificación ¡Es hora de intercambiar combos y compartir nuestras experiencias! 🎮🌐💬
0 notes
Text
About Political Science in Mozambique
A Participação das “Autoridades Tradicionais” na Gestão de Conflitos de Terras: Estudo de Caso Localidade de Gueguegue-Distrito de Boane
Das leituras feitas destaco as seguintes explicações e interpretações já existentes dos estudos feitos sobre as autoridades tradicionais e gestão de conflitos de terras. Florêncio (2005) em sua obra “ Ao encontro dos Mambos: Autoridades Tradicionais vaNdau e Estado em Moçambique”, faz uma análise desenvolvimentista num contexto de construção do Estado de direito em Moçambique através do estudo que ele fez na região centro do país que passava pela inclusão das autoridades tradicionais locais no novo modelo de governação com alicerces na democracia, pois para este autor estas instituições são a ponte entre o passado, presente e futuro das comunidades e elas devem ser usadas como intermediários do Estado junto das comunidades locais.
A atenção sobre as autoridades tradicionais surgiu um pouco com o corolário da procura deactores políticos locais como forma de concertar o falhanço em relação ao desenvolvimento equitativo e sustentável para o conjunto das populações que os Estados Africanos tiveram nos finais da década 70 e inicio dos anos 80, em que se procura realçar o papel de intermediários que as autoridades tradicionais têm desempenhado desde a época colonial entre o Estado e as populações. Este lugar privilegiado de intermediação deriva em grande medida do facto de as autoridades tradicionais ocuparem um lugar relevante enquanto elos de ligação entre o passado,presente e o futuro das comunidades locais africanas (Florêncio 2005).
Wemeir (1999:3) aponta Iraé Lundin e Francisco Machava como sendo os pioneiros a estudarem as autoridades tradicionais em Moçambique pós-independência que apresentam um retrato romantizado das autoridades tradicionais. Por seu turno Jocelyn Alexander (1994) neste debate de autoridades tradicionais, preocupa-se com forma que o debate estava acontecendo. De acordo com ela os envolvidos no debate tendem a descrever cultura tradicional e poder tradicional como historicamente estático, romântico dedicam-se a manter um jogo incontestado de normas sociais, e fortemente opostas à intrusão estrangeira de coisas modernas. Neste sentido Alexander (1994) discorda com esse avanço que criava uma imagem de harmonia e acordo em áreas rurais. Por exemplo, ela mostra que eles tendem a desvalorizar os conflitos e transformações dentro da sociedade rural e insinuar aquela cultura tradicional e podem ser reconstituídas instituições que de alguma maneira, podem ser reavivadas, ou simplesmente podem ser reconhecidas.
Por sua vez Trutz von Trotha (1996) citado por Florêncio (2005:47) afirma que para a actualidade o carácter de intermediário administrativo em que se transformou esta instituição de poder tradicional, primeiro por influência do Estado colonial e depois pelo Estado independente, constitui um risco para a continuidade desta instituição. Nesta óptica de abordagem nota-se que as autoridades tradicionais são olhadas como instituições em vias de extinção o que para o caso da realidade moçambicana não constitui a verdade porque o que se verifica é que estas instituições tendem a se adaptarem a nova realidade da modernidade. Uma ideia defendida por Florêncio (2005:47) que afirma as autoridades tradicionais são verdadeiros juízes e o tribunal destes é a instituição básica para a resolução de conflitos em torno de disputas de terras nos Estados africanos coloniais e pós-coloniais.
Por seu turno Carvalho (2004:38) argumenta que as autoridades tradicionais são designações locais dos herdeiros dos pequenos reinos pré-coloniais que haviam sido vulgarizados durante o período colonial para referir qualquer detentor do poder tradicional. O ressurgimento da instituição das autoridades tradicionais é actualmente um fenómeno alargado em África, possuindo novas funções e obedecendo a lógicas que devem ser entendidas contextualmente. A partir da década de 80 tem-se vindo a assistir a um significativo movimento de recuperação destas instituições sociais, cujo seu poder está incluído nas práticas de gestão colectiva enraizadas nos hábitos locais segundo regras autónomas em relação ao Estado (colonial ou independente).
Barnes (1996) citada por Carvalho (2004:40) afirma que as autoridades tradicionais embora destituídos de poder político no quadro da nova organização administrativa, os chefes titulares tradicionais possuem um património simbólico derivado tanto do prestígio do seu estatuto como dos rituais pelos quais são responsáveis, ou dos quais são sujeitos, o qual é utilizado para aumentar o seu poder efectivo, tornando-se os representantes das aspirações da população local, bem como os principais intermediários entre estas e o aparelho político nacional. A escolha é sancionada a posteriori em termos de direitos de sucessão, pelo que os conflitos potenciais em torno dos candidatos se traduzem habitualmente no questionamento da sua legitimidade genealógica.
No contexto da Africa Ocidental afirma Carvalho (2004) a instituição das autoridades tradicionais, foi mantida apesar da manipulação exercida pelas autoridades coloniais, da destituição do poder político dos seus dignitários reconhecidos oficialmente e do seu reduzido património económico, graças ao capital simbólico de que continuam a usufruir, tanto junto da população local como do Estado nacional. A sua posição permite-lhes servirem de intermediários junto do Estado ou de outras organizações, sendo legitimada pela referência a valores ditos tradicionais embora considerando que o processo de estabelecer as autoridades tradicionais não era uma tentativa para recriar o passado, mas usar formas passadas para propósitos do presente.
No entanto estas instituições sociais continuam buscando a legitimidade nas suas raízes locais: elas defendem a cultura local e ordem social como também estão no centro da vida política local. Ainda continuam estando sujeito às pressões do Estado. Apesar de todas estas pressões e várias tentativas Van Nieuwaal, e Ray (1996) discutem a probabilidade que as autoridades tradicionais têm de fazer parte do processo de renovação democrática de Estados africanos. Estes autores advogam que nem as autoridades tradicionais, nem o Estado vão desaparecer no futuro próximo, mas eles precisam ser transformados caminhando junto.
Van Nieuwaal e Ray (1996:9) asseveram que as autoridades tradicionais não só têm que ser os guardiães da tradição, mas elas também devem ser agentes activos do presente e futuro promovendo o bem-estar da comunidade. Agora, se discute o tipo de competências que as autoridades tradicionais têm que ter: lidar com as exigências de desafios e tarefas económicas, administrativos e políticos modernos. Quando as autoridades tradicionais falam de representar as comunidades, elas não querem dizer que as representam no senso de cada indivíduo pode representar outro, mas sim recorrem a representação como a incorporação de tradições sagradas da comunidade.
As autoridades tradicionais se tornam agentes que podem debater assuntos gerais que podem ser solucionados e podem ser articulados com interesses locais, e são defensores de interesses locais em discussões com o governo central. Novamente como na situação legal, as autoridades tradicionais devem ser livres de controlo do governo central, mas sujeitos a controle dos princípios da comunidade local, embora que as autoridades tradicionais não podem representar a ordem local adequadamente sem ser constitucionalmente integrado ao nível do Estado central (Van Nieuwaal e Ray 1996).
Assim, como Van Nieuwaal e Ray, Skalník vê autoridades tradicionais como instituições que estão em co-existência, se não sempre em co-existência pacífica, com as políticas do Estado póscolonial. Skalnik citado por Van Nieuwaal e Ray (1996:11) argumenta que as autoridades tradicionais africanas são genuinamente democráticas, mas não necessariamente em conformidade às concepções da democracia representativa da Europa. Neste argumento o autor defende que as autoridades tradicionais têm uma democracia que só se pode compreender dentro do seu contexto.
Neste contexto Florêncio (2005:44) afirma que, o estudo das autoridades tradicionais africanas e do seu lugar nos processos de formação dos Estados independentes, constitui um fenómeno relativamente recente nos estudos políticos em África, estes surgem sub a influência de teorias de modernização e do desenvolvimento que oferecem o Estado o papel de actor central do desenvolvimento. Na mesma perspectiva Zamponi (2008) argumenta que nas últimas décadas as análises neoliberais do desenvolvimento, que consideram os governos africanos como sendo os únicos responsáveis pela falta de desenvolvimento, estes encorajam a retomada das autoridades tradicionais como alternativa não estatal legítima que pode promover e cuidar de segurança na gestão de conflitos e acesso à terra, para todas as comunidades rurais.
No mesmo diapasão Amaral (1990:133) refere que as autoridades tradicionais ocupam um lugar de destaque no seio das comunidades moçambicanas, pois estes participam na resolução de pequenos diferendos que surgir no seio dos habitantes da povoação, à autorização e a presidência de festividades e distribuição da terra para o cultivo e habitação dos novos membros da comunidade.
Do mesmo modo, Katiavala (2004) enfatiza que as autoridades tradicionais continuam ainda a desempenharem um papel de relevo, nomeadamente no que toca a preservação do direito de acesso a terra pelos membros das comunidades, facilitação de negociações de cedência da terra à agentes externos, a resolução de conflitos e, em alguns casos a gestão dos espaços florestais. E associando a esta ideia sobre as autoridades tradicionais está Feliciano (1998:03) que sustenta existe uma relevância das autoridades tradicionais nas comunidades, pois estas preocupam-se mais no que diz respeito aos limites de suas terras, direitos sobre terras de cultura da comunidade local.
No entanto, para Florêncio (2005:59) as autoridades tradicionais têm uma qualidade de representantes das suas sociedades locais e de guardiões da tradição, a que deriva da qualidade de funcionários locais do Estado, e que estão imbuídas em dois universos sociológicos diferentes, das sociedades tradicionais e do universo moderno, diz portanto que estas instituições têm uma representação ambígua por conflitos de interesses entre estes dois universos. Seguindo o mesmo diapasão Van Nieuwaal (1999) afirma que as autoridades tradicionais possuem uma dupla base de poder, por um lado o que lhes advém do seu envolvimento em projectos de desenvolvimento ou de implantação de políticas estatais e, por outro, o que decorre da sua legitimação num enquadramento sociocultural local - direito costumeiro. A sua actuação é controlada pela legislação e meios estatais, conquanto o Estado procura obter a sua legitimação através das autoridades tradicionais. No entanto, a análise deste autor é limitada porque não desenvolve a problemática da legitimação local das autoridades tradicionais e a sua explicação sobre o processo de revitalização da tradição, enquanto um meio de suplantar as deficiências do regime democrático.
Na mesma vertente, Artur (1999:90) afirma que as autoridades tradicionais têm a sua existência factual como autoridade comunitária. Embora muitas das vezes parece ser representada por um indivíduo, as autoridades tradicionais são instituições complexas da esfera sócio-política, pois elas são constituídas por diferentes actores com funções diversas mas interdependentes.
Partindo de uma posição diferente de argumentos dos autores supra citados, Hoehne (2008) fazendo uso das palavras de Lutz e Linder afirma que onde as autoridades tradicionais são mais legítimas que o governo, é uma ilusão pensar que é possível construir um Estado funcional sem cooperação íntima com as autoridades tradicionais. Em tais casos, autoridades tradicionais são um factor decisivo para governação local próspera e desenvolvimento. Autoridades tradicionais dispõem de uma grande capacidade de mobilização ao nível local, elas alcançam onde o Estado não alcança.
Para Hoehne (2008:3) as autoridades tradicionais são estruturas contingentes, porque elas existem em relações complexas, entre as suas comunidades locais e poderes externos. Por um lado, autoridades tradicionais frequentemente estão perto das suas comunidades e assim podem ajudar com a provisão de serviços básicos e a melhoria das condições sociais e económicas ao nível local. Do outro lado, elas sempre estiveram a prestar contas como responsáveis das suas comunidades e simultaneamente para os representantes do Estado.
Enquanto, para Van Nieuwaal e Ray (1996:28) a relação entre as autoridades tradicionais e as autoridades do governo moderno está baseada em duas características: competição e dependência mútua. Os dois actores estão interessados em ampliar o poder, e isto sempre está às custas um do outro actor, de forma que eles estejam em competição. Mas eles também precisam um do outro para exercitar o seu poder, e nisto eles são mutuamente dependentes. Aqui enfatiza-se a necessidade de haver uma relação de reciprocidade entre estas duas instituições, pois uma depende da outra para afirmar-se e fortificar o poder e autoridade perante a comunidade.
Ainda no que diz respeito as autoridades tradicionais, West e Myers (1992) chamam atenção da necessidade de dar direitos à população local de identificar seus representantes em assuntos de administração de terra. As autoridades tradicionais deveriam ser sujeitadas a um processo de confirmação pela população local para ganhar o mandato para administrar terras. Estes autores afirmam que a tradição e legitimidade política das autoridades tradicionais são historicamente e culturalmente construídas, isso é, sujeito a refazer continuamente.
West e Mayers (1992), argumentam que as eleições democráticas dos Estados modernos também poderiam ser seguradas ao nível local ao longo do país e que fossem permitidas que as comunidades elejam os seus líderes ao nível local, de modo que autoridades tradicionais sejam consideradas legítimas pelas populações locais, seguindo os princípios democráticos como forma de quebrar a divisão que existe entre as autoridades tradicionais e modernas. Estes autores olham as autoridades tradicionais como instituições não legítimas, porque para eles a legitimidade deveria ser feita através de eleições e não por escolha ou sucessão dentro da família reinante.
Ntsebeza (2002:371) advoga que o reconhecimento da instituição de liderança tradicional foi largamente influenciado em geral por considerações políticos e de reconciliação, em lugar de ser influenciado por apoio popular. O reconhecimento da instituição era parte da arena altamente politica de escolher e consolidar alianças entre elites, para a exclusão de comunidades rurais, e ignorando realidades vivenciadas in loco.
Ntsebeza (2002:372) considera que a ambivalência de governo relativo ao papel de autoridades tradicionais em uma governação democrática lança dúvidas sérias sobre os prospectos de democracia e cidadania nas zonas rurais. O argumento do autor indica quão é complexo conciliar os princípios democráticos com os princípios que regem as autoridades tradicionais que em algum momento entram em choque de interesses, pois as autoridades tradicionais vêm os seus poderes diminuídos com a implementação dos princípios que norteiam a democracia baseada nas eleições e a democracia se vê minada com inclusão das autoridades tradicionais dentro do seu sistema, por que têm a sua base de legitimidade na família e princípios de sucessão.
Enquanto Amaral (1990) em sua obra “O povo Yao: subsídios para o Estudo de um povo Nordeste de Moçambique” faz uma reflexão sobre as autoridades tradicionais e locais de modo a valorizar as autoridades tradicionais, pois estas constituem o juiz comunitário das populações locais e que as autoridades do Estado deveriam trabalhar em sintonia constante com estas instituições pois elas são as que têm o conhecimento detalhado da cultura local, tradição, crenças e costumes da população.
Do mesmo modo, Katiavala (2004) em “O Papel das Autoridades Tradicionais na Gestão de Terra” chama atenção em relação ao papel preponderante que estas instituições têm na distribuição de terras, facilitação na resolução de conflitos de terras que envolvem as comunidades locais e agentes externos por estas possuírem um conhecimento sobre as comunidades.
Numa perspectiva diferente, Pacheco (2002) afirma que as autoridades tradicionais foram perdendo o poder e importância de forma progressiva no condicionamento da vida económica e social dos respectivos povos devido a agentes externos como o Estado colonial, Estado independente, a presença das Igrejas, ONGs, o aparecimento de pessoas letradas a nível das comunidades. Sustenta ainda que os poderes destas instituições estão instaladas nas sociedades linhageiras cuja organização social é fundada no parentesco e cujo substrato filosófico religioso se baseia no culto dos antepassados que constitui suporte do poder. Há autoridades reconhecidas pelo Estado, mas sem qualquer aceitação por parte da população e outras que sendo aceites, não são reconhecidas pelo Estado por razões de ordem política.
E para o presente trabalho adopto as abordagens defendidas por Zamponi (2008), Amaral (1990:133), Katiavala (2004), Artur (1999), Florêncio (2005), e Hoehne 2008 pois estes olham para as autoridades tradicionais como instituições políticas complexas e dinâmicas e não só como os guardiões da tradição, mas sim como instituições sócias com uma existência de facto que ao longo da história tiveram mudanças, embora preservando o seu lado tradicional e de respeito as crenças locais mesmo com o contacto que estas instituições têm e tiveram ao longo da história com instituições externas e têm como base de legitimação, a família, a tradição e a cultura local e hoje estão a par das mudanças sociais e politicas para assegurarem a sua existência no seio das comunidades.
Extracted from: A Participação das “Autoridades Tradicionais” na Gestão de Conflitos de Terras: Estudo de Caso Localidade de Gueguegue-Distrito de Boane
0 notes