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#Primeiro Poema
talvezsejapoesia · 1 year
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Primeiro Poema, Ana Martins Marques
/ᵛᶦᵈᵉᵒˢ ᵈᵃʳᶦⁿᵃ ᵇᵉˡᵒⁿᵒᵍᵒᵛᵃ / ᶜʰᵃʳˡᵒᵗᵗᵉ ᵐᵃʸ / ˡᵉᵉˡᵒᵒ ᵗʰᵉᶠᶦʳˢᵗ / ᵃⁿⁿᵃ ⁿᵉᵏʳᵃˢʰᵉᵛᶦᶜʰ /ʳᵈⁿᵉ ˢᵗᵒᶜᵏ ᵖʳᵒʲᵉᶜᵗ / ᶜʰʳᶦˢᵗᵒᵖʰᵉʳ ˢᶜʰᵘˡᵗᶻ / ᶜᵒᵗᵗᵒⁿᵇʳᵒ ˢᵗᵘᵈᶦᵒ / ˡᵉᵉˡᵒᵒ ᵗʰᵉᶠᶦʳˢᵗ
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gaguejosilabas · 8 months
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animal divino #1
dentes de mamífero,
mandíbula brava
mastigo cada palavra
com gosto de ego e ilusão
a carne da costela se eriça
alma inteiriça de constelação!
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luizacastro · 2 months
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Na Escassez da Sua Presença
Não sai da minha mente. Não me deixa respirar; Me sinto doente. Já me fez sorrir, mas hoje me faz chorar.
Mas essa dor que persiste, E eu não sei como acabar. Me afogo em sentimentos, remo e remo; Estou me afogando e não consigo mais nadar.
Você me molhava com suas palavras, Sua voz era meiga e encantadora. Na escassez da sua ausência, Vivo em uma eterna seca: a de não me hidratar mais no seu corpo.
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i-ncomum · 7 months
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Me disseram que amar outra mulher é errado, mas sinto que nosso amor é tão raro! Quando estou ao seu lado sinto como se errado fosse estar longe de ti, longe do teu abraço. Para o amor acontecer, basta sentir e querer. Nos queremos como duas pessoas se querem, como dever ser. O amor não faz sentido, faz sentir.
Luna
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unknowngf666 · 1 year
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naufrague.
eu poderia mergulhar nos seus olhos castanhos da mesma forma que se mergulha em um oceano, eu sinto como se meu corpo realmente estivesse nadando, afinal, o seu amor me deixa ofegante. Eu tenho uma queda pela sua alma, pelas frenéticas batidas da pureza que há em seu coração, pelo caos que se instala em sua cabeça. Estamos em um mundo caótico, querido. E felizmente teu caos combinou com o meu. Então naufrague nesse oceano comigo, sinta sua pele se arrepiar pelo gélido das ondas e procure se esquentar nos meus braços, me abrace, me beije, me ame e me torne seu aconchego preferido, da mesma forma que você se tornou para mim.
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poesia-em-palavras · 2 years
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eu nunca tive certeza sobre nada, mas nunca duvidei de nós dois. ta doendo tanto!
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luneeaux · 1 year
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Alento
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Os dias se contrastam E mesmo sabendo que não há como voltar Pelo menos, no tempo, ainda não... E deixamos assim, como não era para estar Quem deu o primeiro passo atrás? Ou em que momentos as mãos se soltaram Onde foi que nossos sorrisos saíram de sincronia E a saudade não tardou a chegar... E tudo que fale de algo bom Acaba por nos lembrar Do tempo, do momento, alento Que um dia chegamos a compartilhar Ninguém nunca chegou tão perto Talvez porque já tivesse alguém nesse lugar Que em todos esses anos por ali ficou Que ali se instalou, fez morada, como explicar...? Era como uma chance, uma única chance Que todos os dias se deixava passar Acreditando que nada mudaria Um dia notou que nada mais estaria no lugar Por lá ficou mais da metade de um coração E mesmo que nunca saiba ser seu, ali está Uma imagem fotografada no tempo, no pensamento De um filme em reprise que queríamos estar. @luneaux7
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tartedepera · 2 years
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Há dias, e esses são os melhores, em que estou indiferente. Indiferente à tua existência, indiferente às nossas memórias. Não sinto nada, sinto me quase que bem. O barulho da minha cabeça quase que chega a diminuir. Fico a olhar para a parede e não penso em nada. Não consigo pensar em nada. Parte de mim sabe o que vai acontecer se eu começar a pensar em alguma coisa.
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mensagemcompoesia · 2 months
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Não jogue com sua saúde
Não jogue com sua saúde O importante é se cuidar,A saúde vem em primeiro lugar. Essa vale medalha de ouro,Com alegria temos que zelar. Não jogue com sua vida,Busque a compreensão de si.Passo enorme para a vitória,A prevenção ainda é o melhor remédio.O cuidado médico preventivoÉ a maior demonstração de amor,Respeito por quem você é.Compromisso com seu bem-estar,Cuidando para manter vivo o seu…
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giseleportesautora · 3 months
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Surpresas à Meia-Noite #Poesia
Surpresas à Meia-Noite #Poesia Sua mensagem deixa meu coração disparado. Tantos dias de olhares trocados. A ansiedade crescente como a lua tão bela. Para você meu anjo acendo qualquer vela. #poema #romance #paixão #decepção #amor #amorintenso #noite
Sua mensagem deixa meu coração disparado. Tantos dias de olhares trocados. A ansiedade crescente como a lua tão bela. Para você meu anjo acendo qualquer vela. As horas passam mas é maior a insistência. O garçom pede com delicadeza contra minha persistência. O seu silêncio é mais frio do que o céu já escuro. Alguém me aborda, pergunto se há surpresas à meia-noite? Porém eu que já estava…
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gaguejosilabas · 2 years
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ares da totalidade
todo verso é irreversível (re)vertendo-se absoluto no vão de um respiro
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luizacastro · 2 days
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UniVerso
Você foi passageiro, porém, tão intenso. Passou feito um cometa, iluminou o meu universo.
Só que foi como um asteroide, destruiu por onde passou. Apagou as minhas estrelas, deixando cinza o meu amor.
Mas agora, me restou o silêncio: um espaço frio e sem cor; minhas memórias, agora, são poeira cósmica, perdidas, sem rumo e cheias de dor.
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doloresalagarta · 11 months
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balada de Camila
o nome tatuado em mim é o de Camila. sardinhas no rosto e xampu de camomila. detesto como eu caibo na palma de sua mão, como eu viro argila sob seu sol de leão. ela tem tudo que eu um dia já quis, e deve ser autora desses céus azuis. detesto seu cabelo que escorre feito cachoeira. um pedaço do céu, sentado na minha carteira. Camila é afável e gentil e adorada. preciso roubar sua vida e sua morada. detesto como Camila é alta e esguia. seus elogios, meu pesar, minha estrela-guia. como o pingente embaixo da sua blusa branca, insisto na sua pele, me guardo atrás de tranca. detesto minha alma ciumenta que sibila, e como tudo em mim ama Camila.
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atleastimtriying · 1 year
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Carta para o meu primeiro amor
Não foi imortal, posto que era chama, mas foi infinito enquanto durou. Há 10 anos (sim, 10 ANOS) eu tive meu primeiro amor. Olhando pra trás, posso ver o quão problemático era tudo aquilo, levando em consideração a diferença de idade, mentiras, joguinhos e o fato de eu ter sido prêmio de consolação (inclusive, as coisas poderiam ter sido diferentes se eu não tivesse atendido certa ligação). É louco lembrar de certas situações e só perceber agora o quão humilhantes e desnecessárias foram, o quanto me afetaram posteriormente de forma definitiva. Não houve ninguém 100% certo ou errado, éramos duas pessoas bagunçadas tentando se agarrar a um sentimento, buscando dar sentido a algo totalmente insano. Em meio a esse furacão em forma de relacionamento, você ainda viu seu mundo virando do avesso por algo tão mais sério e irreversível, nem consigo imaginar em quantos pedaços você se partiu. Naquele momento, eu me sentia aflita, impotente por não poder fazer nada a respeito, chorei ao te ver chorar e essa é uma lembrança que vou levar pra vida. Eu tive que ir embora, te deixar para poder recuperar o que restava de mim após o inferno e o paraíso que foi te amar. Despertamos o pior lado um do outro, me arrependo de inúmeras atitudes, embora saiba que é inútil a essa altura remoer tais questões. Foi intenso do começo ao fim, afinal normalidade nunca combinou com a gente. Se eu pudesse voltar atrás, mudaria tudo. Mas como não posso, digo que não foi imortal, posto que era chama, mas foi infinito enquanto durou.
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diary-of-aheart · 2 years
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Estava aqui na janela da minha sala olhado para o céu. aqui não há muitas estrelas, apenas poucas delas aparecem. agora a lua, está lindíssima, brilhante e reluzente. fiquei parada na janela observando cada canto do céu e lá no fundo me perguntando se você ainda olha para cima e se pergunta pra si mesmo se quando olho pro céu lembro de você. Você se lembra de mim quando olha pra cima? Você pensa em mim quando olha as estrelas e a lua? Será que em algum momento estamos olhando pro céu ao mesmo tempo e pensando um no outro? Vai saber né!
Lembro que nós dois ficávamos deitado na rede ao ar livre, a noite, olhando aquele céu cheio de estrelas e eu com a cabeça deitada no seu ombro. isso se tornou uma memoria tão linda. uma memoria que sempre vem em minha mente quando olho para o céu. Você sempre será a pessoa que irá aparecer em minha mente quando estive olhando para cima e espero que eu também seja a sua pessoa ao olhar para o céu.
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imninahchan · 6 months
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𓏲 ๋࣭ ࣪ ˖ 𐙚 ⌜ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: 3some, swann!namoradinho, enzo!fotógrafo, fetiche por foto como chama não sei, bebida alcoólica, cigarro (não fumem!), dirty talk (elogios, dumbification e degradação tudo junto) oral e masturbação fem, tapinhas, masturbação masc, sexo sem proteção (proibido entre as sócias desse blog). Termos em francês ou espanhol — petit poète (pequeno poeta), merci (obrigada), pour la muse (para a musa), Sé que más tarde suplicarás por mí, nena, tan lejos que tu gringo no oye (sei que vai implorar por mim mais tarde, nena, tão longe que o seu gringo não ouve), Eres una perra, lo sé (você é uma cadela, eu sei)⁞ ♡ ̆̈ ꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ colidindo dois mundos diferentes das girls ─ Ꮺ !
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VOCÊ NUNCA DUVIDOU DO TALENTO DE ENZO nem por um segundo. Aqui, finalmente apreciando a exposição, seus olhos se enchem ao ver o resultado de tantas horas frente às lentes dele naquele estúdio. Se vê maravilhada com a perspectiva artística do uruguaio, na forma sensível com que te captou. Os seus pezinhos no chão de madeira do apartamento dele. Os seus joelhos manchados de tinta esgueirando por baixo da barra do vestido. O seu olhar perdido, sentada na otomana vintage ao piano, os fios de cabelo bagunçados, na sala da sua casa mesmo. É de uma satisfação enorme se enxergar pelos olhos dele quando a visão é fascinante o suficiente pra beijar o seu ego. É como ler poesia, e não ser o poeta enfim, mas o poema.
“Para o nosso petit poète!”, Swann saúda, servindo a taça do Vogrincic. Champanhe escorre pela garrafa de marca chique, recém-aberta. Já é a segunda rodada de espumante e comemorações, se contar o festejo de taças e elogios cordiais durante a exibição mais cedo. Agora, um pouco mais intimista, só vocês três no conforto da decoração boho maximalista da casa. Merci, Enzo arrisca na língua local, espalmando a mão no peito, por cima da camisa social, e com aquele olhar agradecido. “Pour la muse”, Swann te serve, com um sorriso, e você faz charme, balançando os ombros.
A garrafa retorna para o balde com gelo. O francês puxa do bolso do blazer o maço de cigarro e saca um, guardando o resto. Risca o isqueiro, acende. Depois do primeiro trago, prossegue, “Foi um sucesso. Definitivamente.”, embora o artista latino pareça mais humilde. “Amanhã você vai estar no Le Monde, no Le Parisien, todos os jornais… Todos aqueles críticos de nariz empinadinho pareciam maravilhados.”
Enzo faz que não, com certeza ainda incrédulo após um dia inteirinho nas nuvens. “Obrigada pela oportunidade, é a minha primeira exposição assim, numa galeria fora do Uruguai”, explica, “e mostrar o meu trabalho junto com artistas incríveis é… Uma honra. De verdade.”, os olhinhos castanhos brilham. 
Swann não quer levar as flores sozinho, te oferece um olhar de canto de olho, “Tem é que agradecer a ela”, lembra, “está apaixonada pelas suas lentes.”
O uruguaio te mira com doçura, “claro”, diz. Pega na sua mão, trazendo à meia altura, “não poderia deixar de agradecer à minha musa”, e beija, “a maior arte dessa noite era você, nena.”
Você se exibe mais diante o elogio, pomposa. Já sente as bochechas queimando de tanto sorrisos fáceis, tanto regozijo, mas mantém a pose de diva, o que não falha em fazê-los rir. “Sempre quis ser musa”, conta, ajeitando os cabelos, de queixo erguido, “quando eu conheci o Swann, ele já estava trabalhando na galeria, não pintava mais”, os beicinhos crispam, numa adorável tristeza teatral, “ainda bem que a sua câmera me encontrou, Enzo.”
“Impossível não te encontrar quando se destaca tanto”, o tom dele se torna ainda mais terno, “não precisei de muito esforço, só tive olhos pra ti desde o começo”. Leva a taça à boca, prova um gole, “Acho que morreria de ciúmes se você fosse minha”, os dedos correm pelos lábios recolhendo a umidade, enquanto os olhos retornam para a figura grisalha no ambiente. 
Não, ele não sente ciúmes, é você que rebate primeiro, com bom humor, ele é francês. Swann ri, sopra a fumaça na direção do quintal, a porta de vidro aberta. Descansa o braço nos seus ombros, “E não posso ser tão egoísta ao ponto de ficar com uma obra-prima dessa só pra mim, não é?”
Você toma nos dedos o cigarro da boca dele, oui, mon amour, e traga. Enzo te observa puxando a fumaça, o seu batom vermelho marcando o pito. Nota, também, a maneira com que o Arlaud te contempla — os olhos azuis banhados a afeto, cintilantes. Tão rendido, tão vassalo. Não o julga, entretanto. Enquanto te eternizava nas imagens, com certeza deve ter te mirado com a mesma significância. 
“Não acha, Enzo?”, o eco da voz caramelada do outro homem desperta o fotógrafo, ao que murmura hm?, molhando a garganta mais uma vez para escutá-lo. “Quer dizer, olha só pra ela… me apaixonei na primeira vez em que a vi”, Swann confessa. Vai chegando com o rosto mais perto de ti, revelando, “...tão bonita, saindo do mar. Pele salgada. Parecia o nascimento de Vênus, ali na minha frente”, até recostar a ponta do nariz na sua bochecha, rindo quando você ri também, vaidosa. “Não dá vontade de beijá-la?”, a pergunta tem ouvinte certo. Os olhos claros voltando-se para os castanhos. “Eu sei que teve vontade de beijá-la em algum momento durante as sessões. Não precisa mentir.”
Em outro momento, talvez com pessoas diferentes, Enzo não se sentiria tão à vontade feito está agora. É que a energia entre vocês três é singular, entenda. Desde o primeiro momento que conheceu o uruguaio, a sua atração física e pelo cérebro de artista dele foi perceptível — além de mútua. E Swann, ele é francês, e são um casal que foge o tradicional, que experimentam. Não é uma ameaça pra ele saber que um homem te deseja. Na verdade, dá ainda mais tesão. 
Enzo pega o cigarro dentre os seus dedos, leva à própria boca. Traga. A fumaça escapa, nubla a face de traços fortes de uma forma cativante, quase que sensual. “É”, admite em voz alta, “tive vontade de beijá-la… tocá-la… diversas vezes desde que a conheci”, está com o foco das íris castanhas nos seus lábios, “aliás, tô sentindo agora.”
O sorrisinho de satisfação estampado na sua cara é inevitável. 
Swann recolhe o pito de volta para si, das mãos de um latino totalmente indiferente ao tabaco, preso à sua figura. Enquanto traga, a voz do francês soa como um demoniozinho nos ombros do outro homem, encorajando, então, beija, como se a solução fosse a mais simplória do mundo. 
O Vogrincic assiste a sua mão espalmar no peito dele; os anéis dourados, as unhas num tom terroso. Você mergulha os dedos entre os botões defeitos da camisa social dele para capturar pingente da correntinha. O olha. Aquela carinha de quem tá querendo muito ser tomada nos braços, devorada. Uma ânsia à qual ele não te nega. 
Pega na sua nuca, a palma quente conquistando espaço. Firme. Fica mais fácil te conduzir para mais perto, trazer o seu corpo pra colar no dele. Encaixar, invadir, sorver. Sente o gosto do espumante, o pontinho amargo do cigarro na sua língua. Um ósculo intenso, diferente do que está acostumada. É puramente carnal, desejoso. Parece que quer te engolir, verga a sua coluna um bocadinho, sobrepondo o próprio corpo por cima. Estalado, e profundo. Cheio de apetite. A taça por pouco não cai dos seus dedos. 
Quando se aparta, é porque o peito queima de vontade de respirar. Ofegam, ambos. A visão dos lábios dele até inchadinhos, avermelhados pelo seu batom, é alucinante. O uruguaio nem se dá ao trabalho de limpar as manchinhas rubras, como quem sabe que a bagunça ainda vai ser maior.
Swann apanha a taça da sua mão para entornar um gole. Ri, soprado. Bom, não é? A pergunta faz o Vogrincic se perder, outra vez, no deslumbre da sua figura. Um olhar de fome, daqueles que precedem o próximo bote. Vê o francês estalar um beijo na sua bochecha, bem humorado, e depois ir descendo pelo seu pescoço. A forma com que segura na sua nuca, guia a sua boca até a dele. Faz o uruguaio sentir um tiquinho de ciúmes, sabe? Mesmo que tenha plena consciência de que não teria justificativas pra esse tipo de sentimento. Já era de se esperar um nível aflorado de intimidade entre você e o seu homem. O roçar da pontinha dos narizes, o mordiscar implicante que ele deixa nos seus lábios, rindo, feito um menino apaixonado, não deveria surpreender o fotógrafo. Mas surpreende. Instiga. Esquenta. 
Enzo traga o pito pela última vez antes de se apressar pra apagá-lo no cinzeiro da mesinha de centro e soprar a fumaça no ar. Ávido, as mãos viajando em direção ao seu corpo — uma firme na sua cintura, e a outra ameaçando tomar o posto na nuca. Swann o interrompe, um toque contendo o ombro e a proximidade de um certo latino com muita sede ao pote. “Aprecia, mas não se acostuma”, avisa, com um sorriso, “tem que tratá-la muito bem pra fazê-la te querer de novo.”
Enzo te olha, analisa. Parece que as palavras estão paradinhas na ponta da língua, porém as engole, prefere te beijar novamente, te tocar novamente. Afinco. Te domina, mostra soberania com o corpo pesando sobre o teu. Você cambaleia, abalada por tamanha intensidade, as costas se apoiam no peito do Arlaud. 
Os beijos escorregam pelo seu pescoço, desenham o decote da sua blusa, por cima do tecido, descendo até a barriga. É crível que vai se ajoelhar, porém acaba tomando outro rumo, retornando com o foco pro seu rosto. “Vou deixar o seu homem te chupar”, diz, com uma marra tão palpável que um sorriso não deixa aparecer nos seus lábios, “porque eu sempre morri de vontade de saber como era meter em ti”, e oferece um olhar ao francês, “deixa a sua mulher molhadinha pra mim?”
Tipo, a construção da frase, a entonação, os trejeitos do uruguaio; tudo faz soar como uma provocação. E, de fato, é. Um homem como Enzo não sabe amar mais de uma vez e muito menos partilhar esse amor. Mas Swann leva tudo com o bom humor de sempre. Faz um aceno com a cabeça, ajeitando-te para que possa encará-lo. Aquele sorrisinho de dentes pequeninos que você tanto acha um charme. O assiste retirar o blazer, fazendo um suspensezinho, além de dar a entender que vai literalmente ‘colocar a mão na massa’. É engraçado como o seu corpo não abandona o estado de calmaria. Poderia estar com o coração acelerado, o sangue correndo nas veias, por diversos motivos, porém tem tanta certeza de que vai sentir prazer ao máximo que não anseia por acelerar nada. 
Swann te conhece muito bem. Cada detalhezinho na sua pele, cada região erógena, cada fio de cabelo que nasce por mais fininho e imperceptível. É um artista que aperfeiçoa a sua arte — dedica tempo, esforço, e não se importa com a bagunça molhada ou com a língua dormente. Antes de se ajoelhar, pede, com ternura, “um beijinho?”, para selar a boca na sua, rapidinho. E afrouxa as mangas da blusa, uma das suas mãos apoiando-se na mesa enquanto a outra mergulha os dedos entre os fios grisalhos à medida que a cabeça dele está na altura da sua virilha. Te liberta da saia longa, da peça íntima, apoia aqui, colocando a sua perna pra repousar sobre o ombro dele. 
Corre as mãos pelo interior das suas coxas, sem pressa. A boca deixa um chupãozinho no seu joelho, mordisca. É louco como ele sabe até o quão forte tem que ser o tapa na sua buceta pra te fazer vibrar e quase perder o equilíbrio. Sorri, sacana, calminha, meu bem, e ainda tem a pachorra de murmurar, é só um tapinha. 
Você até cerra os olhos, prende o lábio inferior entre os dentes praticamente sem notar. O seu corpo se contorce sob o toque, é natural. Swann percorre o dedo de cima a baixo, se mela todinho na umidade que ali já tem, e não vai desistir até que exista muito mais. 
Contorna o seu pontinho doce, te arrancando um suspiro dengoso. Leva o olhar pra ti, “vai gemer manhosinha pra ele ouvir, vai?”, quer saber, “Tem que manter a pose, divina. Não pode mostrar que derrete todinha nas minhas mãos”. Você apenas escuta a conversa suja, já perdida demais no deleite do carinho que recebe, e pior, na visão de acompanhar Enzo se sentando no sofá, com os botões da camisa social desfeitos, e a mão dentro da calça. Aham, é tudo que murmura, alheia. A carícia concentra no clitóris, o dedo circulando mais rápido, mais forte, que a onda de prazer te faz arrepiar dos pés à cabeça. Boquiaberta, por pouco sem babar pelo canto. Swann, você chama, manhosa, me chupa. E ele sorri mais, a língua beira nos dentes de baixo, brincando com a sua sanidade quando só mostra o que tem pra oferecer e demora a te dar o que quer. 
Mas quando te mama, de fato, porra… Chega a ver estrelas, os olhinhos revirando. Ainda bem que aperta os fios dos cabelos dele nas palmas, pois, aí, tem algo pra descontar o nó delicioso que sente no ventre. Quer fechar as pernas, involuntária, no entanto o homem te mantém, faminto, sugando a carne inchadinha. Passa os dentes pelo seu monte de vênus, dois dedos nadando por entre as dobrinhas quentes, ensaiando, parece, até afundar lá dentro e fundo, fundo. Você chia, preenchida na hora certa, na medida certa, pra se sentir conquistada, excitada. Encara Enzo, pornográfica com as expressões faciais, como se quisesse instigar uma prévia do que ele vai provar posteriormente. 
Os lábios de Swann até estalam, tudo tão ensopadinho que escutar a umidade do ato contribui ainda mais pro seu regozijo. O francês bate a palma da mão na sua bucetinha, esquenta a região, antes de voltar a chupar o seu pontinho. A língua dança pra cá e pra lá, também, tão rapidinha, habilidosa. Ai, você chega a sentir uma inquietação, balança os ombros, se contrai, espreguiça. Mas ele quer estar olhando nos seus olhos quando te fizer gozar, porque deixa só os dedos lá e ergue o queixo pra encontrar os seus olhos. As íris azuis brilham, um marzinho cheio e cintilante no qual é fácil querer se afogar. Os cabelos grisalhos estão bagunçadinhos, os lábios finos reluzindo de babadinhos. “Goza pra mim, meu amor”, a voz ecoa numa doçura tamanha, caramelada e derretida feito o seu doce preferido, “quero te beber, você é tão gostosa. Quero chupar você até não sobrar uma gotinha, hm? Vem pra mim, vem. Ver esse seu rostinho de choro quando goza, bobinha, docinha… Daria um quadro e tanto essa sua carinha de puta. Hm?”, e fica difícil resistir. Quer dizer, se entrega sem nem mesmo tentar resistir. É possuída pela ondinha elétrica que percorre seu corpo todinho, eriça os pelinhos e te faz gemer igualzinho uma puta. 
Tremendo, frágil. Quanto mais a boca suga a buceta dolorida, mais você se contorce, mais choraminga. Os olhinhos até marejam, o peito queima, ofegante. 
Quando satisfeito, o homem se põe de pé. Nem se dá ao trabalho pra limpar o rosto melado, sorrindo largo, mas sem mostrar os dentes. Você envolve o braço ao redor do pescoço dele, só pra se escorar enquanto recupera-se, os olhos ardendo sobre a figura do latino masturbando-se no sofá. “Vai lá nele”, Swann encoraja, tocando o canto do seu rosto. Beija a sua bochecha, ganha os seus lábios assim que você mesma vira a face pra alcançá-lo. A saliva misturando com o seu melzinho, um gostinho obsceno. A língua dele empurrando a sua, ao passo que o maldito sorriso canalha não abandona o rosto estrangeiro. 
Ao caminhar sobre os próprios pés, dona de si outra vez, Enzo está com a mão erguida na sua direção. Os dedinhos inquietos até que possam apertar a sua coxa. Vou montar você, é o que diz, num fiozinho de voz, se acomodando sentadinha no colo do fotógrafo. Sustenta-se nos ombros masculinos, alinha-se pra engolir tudo — está babadinha o suficiente pra ser um deslize só. 
O uruguaio suspira, completamente no seu interior, até o talo. Embaladinho lá, no calor divino, delirante. As mãos cravam nas suas nádegas, está pulsando dentro de ti, domado. “Acabou de tirar a buceta da boca dele pra vir sentar no meu pau…”, observa o seu rebolar lento, a maneira jeitosa com que se equilibra bem, não perde nem por um centímetro que seja, “jamais deixaria a minha garota sentar em outro pau senão o meu.”
Então, ainda bem que eu não sou sua, é o que você sussurra. Chega com o rosto perto do dele, a pontinha do nariz resvalando no nariz grande. Enzo aperta o olhar, mascara um sorrisinho. Você sente as unhas dele machucando nas suas nádegas, ele te encara com uma vontade louca de rancar pedaço. Daí, começa a quicar no colo dele, jogando a bunda pra cima no compasso ritmado. Pega nos cabelos negros que se somam, espessos, na nuca alheia, vai me avisar quando for gozar, ordena. É fria com as palavras, mas tentadora, carrega no tom um certo nível de erotismo, que parece deixar Swann orgulhoso, recostado na mesa. Não vou guardar a sua porra porque você não tá merecendo. E o Vogrincic ri na cara do perigo, cheio de si. Abusa da língua materna pra murmurar, “Sé que más tarde suplicarás por mí, nena, tan lejos que tu gringo no oye.”, porque sabe que o francês não vai nem sacar uma palavra que seja, mas você sim, “Não me engana. Eres una perra, lo sé.”
Você maltrata os fios dele entre a mão, como um sinal para que ele pare de falar em espanhol, soltando essas frases riscosas, sujas. Mas Enzo não te compra, não engole essa marra toda. “Faz o que quiser, musa”, fala só por falar, pois o outro escuta, quando quer dizer exatamente o contrário. A rebeldia te excita, faz acelerar os movimentos, torturá-lo com mais intensidade. Lê no jeitinho que ele retesa os músculos da coxa, no ar se prendendo nos pulmões que está logo na beirada, próximo de jorrar. Não o perdoa, não permite que o desejo mais lascivo dele se torne realidade hoje. Finaliza o homem nas palmas das suas mãos, ordenhando o pau duro, meladinho, até que a porra morna atinja as suas coxas, respingue na sua blusa. 
Enzo respira com dificuldade, pela boca. Cerra os olhos com força, parece irritadinho, indignado — uma reação que te deixa com água na boca. Se inclina pra pertinho do ouvido dele, adocica a voz, perigosa, se quer brincar, tem que aprender a respeitar as regras do jogo, okay, bonitinho? 
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