#Museu da Cidade de Coimbra
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Coimbra (Portugal) by jaime.silva
Museu da Cidade de Coimbra - Edifício Chiado
Amarelhe (Américo da Silva) (1892-1946), "Maria Lalanda", s.d.
#Amarelhe#Améico Silva#Coimbra (Portugal)#Coimbra#Edificio Chiado#Museu da Cidade de Coimbra#Portugal#Portugalia#Portugalsko#Portugália#Portugalija#Portugali#Portugale#Portugalsk#Portugalska#Portogallo#Portúgal#Portugāle#Museu Municipal de Coimbra#exhibition#exposição#exposition#exposición#exposicion#Art#arte#Arts#Artes#flickr
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tenho um parceiro de longa distância que vem a portugal pela primeira vez na época de natal, a ideia é andar um bocadinho por braga porto lisboa e talvez coimbra, tens alguma coisa em particular que recomendas nessa altura? sítios para evitar por causa do movimento? conselhos no geral? aprecio qualquer coisa. sem pressão, eu estava só a olhar para os meus planos e lembrei-me que sigo uma guia turística que provavelmente tem informação útil
Podem estar descansados que nessa altura as coisas costumam acalmar. Principalmente em dias de chuva nao ha muita gente nos monumentos. Braga não sei, mas porto eu por mim evitem a Lello, passem a porta, espreitem e vejam o giro que é mas a menos que queiram mm comprar um livro e saibam que vão sair de la com o livro nao vale a pena (o valor do bilhete é deduzido do livro). Clérigos é porreiro, custa subir a torre mas a vista vale a pena. Nao sei se o Palácio da Bolsa ta aberto pq aquela merda so abre quando lhe apetece. A sé é bonita também. Mas vale a pena andar pelo burgo antigo (onde fica a sé) e percorrer as ruas do porto, ver a casa mais antiga etc.
Lisboa costuma estar mais calma mas é um caos a certos dias por causa dos mercados de natal e os portugueses nas compras. Se gostam de museus, o de arte antiga e o do azulejo vale a pena, o de Lisboa também se quiserem meter se no metro e ir até ao campo grande (aquela maqueta da cidade é uma maravilha). Passear por alfama também vale a pena. Aproveita os bilhetes gratis e vai ao panteão ver a vista. Se lhe quiseres mostrar fado vais ter de ver com atenção quando é que há noite de fados que no inverno depende muito, mas normalmente aconselho bairro alto. E na minha opinião vale sempre a pena pagar um pouquinho mais pra melhor qualidade (da comida acima de tudo, eu por mim fado bairrista com aquelas velhas que não sabem cantar até é do melhor). Posso dar te uma lista de sítios se quiseres, mas há sítios em alfama bons tb
Podem ir a Belém que acredito que tenham sorte com o mosteiro mas se quiserem cagar no mosteiro entrem na igreja, paguem 1€ pela sacristia e ficam com aquilo visto. Caguem na torre, a parte bonita da torre é de fora, por dentro é caótico. Vão as pastéis pelamordedeus, e não se preocupem com a fila que ela anda
Leva o a apanhar um funicular que é giro. Ascensor da Glória se quiseres ir ao bairro alto, ver a vista do miradouro de São Pedro de Alcântara e a igreja de São Roque ao lado (lindissima) mas o meu preferido é a bica, a bica é girissima e dos meus bairros preferidos
Passeiem pelo castelo tb (o bairro não o castelo castelo) e percorram ali as ruas, o miradouro, etc. Daí desce se bem pra Alfama
De miradouros, o da Graça é sem dúvida o melhor
Assim de cabeça é o que me ocorre mas se procurares coisas mais específicas diz me
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Agenda de Agosto, 2023
1 - Oiça lá, Ó Senhor Vinho
Terreiro do Paço, Lisboa
Reservas & informações:
[email protected] ou 21 397 18 96
1 a 6 – Expofacic
Vários Artistas: Rui Veloso, Slow J, Hybrid Theory, entre outros
Parque Expo-Desportivo de São Mateus, Cantanhede, Coimbra
Info/Bilhetes
1 a 13 – Verão na Praça
Vários Artistas Locais
Praça Camões, Bragança
21h . Entrada Livre
Cartaz
1 a 31 – Animação de Verão na Ericeira
Vários Artistas
Anfiteatro do Parque de Santa Marta, Ericeira
Entrada Livre
Cartaz
2, 9, 19 e 30 – Concertos L
Estalagem da Ponta do Sol, Madeira
Info
3 – Invicta Reggae Sessions
Barracuda Clube de Roque, Porto
23h
Info
3 – Ghosted
Jardim da Gulbenkian, Lisboa
Info/Bilhetes
3 a 5 – Vagos Metal Fest
Quinta do Ega, Vagos
Cartaz
3 a 5 – Sons do Noroeste
Praça Municipal, Braga
Entrada Livre*
Cartaz
3 a 5 – Festival N2
Jardim Público de Chaves, Chaves
Entrada Livre
Cartaz
4 – RE.DO + A Carpa
Cine Incrível, Almada
PORTAS: 20H30
Info/Bilhetes
4, 11, 18 e 25 (sextas-feiras) – Devesa Sunset
Vários Artistas: Cassete Pirata, Salvador Sobral, entre outros
Largo Parque da Devesa, Vila Nova de Famalicão
19h . Entrada Livre
Info
4 e 5 – Sons na Areia
Vários Artistas: Pedro Mafama, The Legendary Tigerman, entre outros
Praia da Areia Branca, Lourinhã
Entrada Livre
Info
4 e 5 – To Mora Land
Parque Ecológico do Gameiro, Mora
Entrada Livre*
Info/Bilhetes
4 e 5 - Croka's Rock
Oliveira do Arda, Castelo de Paiva
Entrada Livre
Cartaz
5 – Fogo Fogo
Biblioteca Municipal Bruno Vieira Amaral, Vale da Amoreira
21h30 . Entrada Livre
Info
5 e 6 – Festas da Cidade e Gualterianas
Vários Artistas: Irma, The Black Mamba, Agir, entre outros
Plataforma das Artes e Criatividade, Guimarães
22h30 . Entrada Livre
5 e 6 – Comendatio Music Fest
Paço da Comenda, Tomar
Info/Bilhetes
6 – Matinés ao Domingo
Promotor: Dedos Biónicos
Jardim do Museu do Abade de Baçal, Bragança
17h . Donativo Consciente
Info
6 – Praetor + Pitch Black
Barracuda Clube de Roque, Porto
16h30
9 a 12 – MEO Sudoeste
Zambujeira do Mar
Info/Bilhetes
9 a 13 – Festival do Bacalhau
Vários Artistas: Anjos, Agir, Sara Correia, entre outros
Jardim Oudinot, Gafanha da Nazaré
Entrada Livre
Info
10 – Sonic Blast
Praia da Duna dos Caldeirões, Âncora
Cartaz
11 – ETHNO Portugal 2023
Praia Fluvial de Lavacolhos, Castelo Branco
21h30
11 e 12 – Guimarães JUVFest
Vários Locais, Guimarães
Entrada Livre
Cartaz
12 – Sol da Torreira
Vários Artistas: Miguel Gameiro, Quim Barreiros, Wet Bed Gang, entre outros
Largo da Varina, Torreira
22h . Entrada Livre
Info
16 a 20 – Luna Fest
Praça da Canção, Coimbra
Info/Bilhetes
17 e 19 - Morte ao Silêncio Fest
Quinta do Cruzeiro, Válega
Cartaz
Bilhetes: [email protected]
17 a 20 – Sol da Caparica
Parque Urbano da Costa da Caparica, Costa da Caparica
Info/Bilhetes
18 a 22 – Festas da Cidade Bragança
Vários Artistas: Bárbara Tinoco, Carolina Deslandes, Fernando Daniel, entre outros
Parque do Eixo Atlântico, Bragança
22h . Entrada Livre
Cartaz
19 – D’ZRT
Estádio do Algarve, Faro
18h
Info/Bilhetes
19 – Critical Hazard + Reverent Tales
Hollywood Spot, Almada
Info
20 – Dead Fish
Hard Club, Porto
Sala 2, 21h
Info/Bilhetes
25 – Jonathan Bree
Hard Club, Porto
Sala 2, 21h
Info/Bilhetes
23 a 26 – Azores Burning Summer
Praia dos Moinhos, Porto Formoso
Info/Bilhetes
23 a 26 – Vilar de Mouros
Vilar de Mouros, Caminha
Cartaz
25 – Clock DVA + Esplendor Geométrico
Teatro José Lúcio da Silva, Leiria
Info/Bilhetes
25 a 27 Ago – Milagre Metaleiro Open Air
Pindelo dos Milagres, São Pedro do Sul (Viseu)
Info/Bilhetes
31 a 2 Setembro - Meo Kalorama
Vários Artistas: Blur, The Prodigy, Yeah Yeah Yeahs, entre outros
Parque da Bela Vista, Lisboa
Cartaz
*OBS: Recomendamos verificar estas informações junto dos promotores ou sites oficiais
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um passeio nos arredores — idealista/news #ÚltimasNotícias #Portugal
Hot News Conhecida por sua prestigiada universidade, uma das mais antigas da Europa, Coimbra encanta com seu patrimônio histórico e cultural. A cidade é um verdadeiro museu a céu aberto, onde você pode passear pelas ruas estreitas do centro histórico e se maravilhar com monumentos como a Sé Velha, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha e a Biblioteca Joanina. No entanto, além dos encantos da própria…
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O que fazer em Coimbra: roteiro de 2 dias e dicas úteis
Esse mês faz 4 anos que eu me mudei para Portugal para fazer mestrado na Universidade de Coimbra. Para marcar essa data, resolvi finalmente escrever o roteiro pela “capital do amor em Portugal”, que estou devendo aqui no blog há pelos menos uns 3 anos. Ahhh, saudosa Coimbra! Só de rever as fotos para escrever esse post, meu coração já se encheu de nostalgia daqueles bons tempos de estudante...
Coimbra é uma cidade no Centro de Portugal, localizada às margens do rio Mondego. É a antiga capital do país e guarda um patrimônio riquíssimo de diversos períodos históricos. Ainda hoje, é considerada uma das mais importantes cidades portuguesas, devido à concentração de infraestruturas, serviços e comércio, além de sua privilegiada posição geográfica, bem no meio de Portugal continental.
Coimbra é, em sua essência, uma verdadeira cidade universitária! A Universidade, fundada em 1290 em Leiria, veio a se fixar definitivamente no antigo palácio real em 1537, de onde nunca mais saiu. Em 2013, o conjunto edificado da Universidade foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO. Hoje a Universidade possui cerca de 25 mil estudantes, com uma das maiores comunidades de estudantes internacionais do mundo. Imaginem só a honra que foi poder estudar num lugar desses!
Esse roteiro é baseado no percurso básico que eu costumava fazer com os amigos e familiares que me visitaram enquanto eu morei em Coimbra. É claro que dois dias são muito pouco para conhecer todos os encantos dessa linda cidade universitária. Ainda assim, para quem tem pouco tempo ou está pensando em incluir Coimbra num roteiro de vários dias por Portugal, dois dias são suficientes para ter uma boa noção da história e do riquíssimo patrimônio dessa joia no centro de Portugal. Então aqui vamos nós!
Dia 1 - Universidade, Alta e Santa Clara
Para quem tiver apenas um dia disponível para conhecer Coimbra, esse é dia é o roteiro básico para ter um gostinho das principais atrações da cidade! Comece o dia indo diretamente à Alta da cidade para conhecer os edifícios mais antigos da Universidade de Coimbra. Se for subir pelo (1) Elevador do Mercado, aproveite para curtir a vista para as casinhas coloridas do outro lado do vale. Se não, também pode chegar até lá em cima de ônibus, pegando uma das linhas cujo ponto final fica na Rua Larga da Universidade.
A bilheteria da Universidade fica no edifício da (2) Biblioteca Geral, de onde você já pode se dirigir ao Paço das Escolas, passando pela imponente (3) Porta Férrea. O ingresso para o complexo da Universidade dá direito à entrada no circuito principal que contém o (4) Paço Real, (5) Capela de São Miguel e a (6) Biblioteca Joanina. O ingresso também dá direito ao Museu de Ciências, mas indico que só visite esse último se tiver mais dias livres na cidade para fazer o restante dos programa depois. Pra quem quiser se aprofundar nessa visita, tem um post todinho dedicado a essas atrações aqui no blog.
Depois de conhecer a Universidade, desça rumo à Baixa da Cidade, seguindo pelas escadarias da Rua do Norte e passando pela lindíssima (7) Sé Velha, uma das igrejas de estilo românico mais icônicas de Portugal. Siga descendo até a rua do (8) Quebra-Costas, onde o largo se abre como o coração da parte mais antiga da cidade. Lá você irá entender o porquê deste nome e de eu ter sugerido começar o roteiro à pé pela parte alta e não o contrário!
Se já estiver com fome, os bares e pequenos restaurantes dessa área são uma excelente pedida para saborear umas belas tapas portuguesas. Nesse post aqui eu dei algumas dicas de lugares bons para comer e beber em Coimbra. No largo do Quebra-Costas fica também um dos remanescentes da antiga muralha de Coimbra: a (9) Torre de Almedina. Essa torre marcava a entrada principal da antiga cidade medieval e suas fundações remontam à época de ocupação islâmica de Coimbra.
Atravessando o Arco da Almedina e a (10) Porta de Barbacã rumo à Baixa, você chegará à rua mais movimentada do centro antigo de Coimbra, a (11) Rua Ferreira Borges. Se gosta de fazer compras, vai encontrar ali de souvenires e presentes, até algumas lojas de produtos típicos portugueses. Virando à esquerda, pode seguir a rua até o (12) Largo da Portagem, onde já pode ser uma boa ideia fazer uma pausa para um café ou um pastel de Santa Clara, na Pastelaria Briosa.
Se for um dia de verão ou o tempo estiver favorável, vale muito a pena dar um passeio pelo (13) Parque Verde do Mondego, na beira do rio que corta a cidade. A (14) Ponte Pedonal Pedro e Inês já virou um dos cartões postais de Coimbra e de lá tem-se algumas das vistas mais bonitas para a colina da Alta da cidade.
Por fim, termine o dia visitando o lindíssimo (15) Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, cuja entrada para o complexo de ruínas e museu fica na Rua Parreiras e não na avenida principal. Se não quiser fazer a visita completa das ruínas, também pode apreciar uma vista para o antigo mosteiro do lado de fora, próximo à Ponte de Santa Clara.
Quem ainda tiver pique e quiser um bom local para curtir o pôr-do-sol com uns bons drinks, vale a pena subir para visitar o Passaporte Lounge Terrace, com uma vista deslumbrante sobre o rio Mondego.
Dia 2 - Machado de Castro, Jardins e Baixa
Comece mais um dia indo à Alta da cidade para visitar o espetacular (1) Museu Nacional de Machado de Castro. Além da riquíssima coleção de peças históricas de seu acervo, o museu está localizado no coração de Coimbra, em um lugar carregado de simbologias e significados diversos, com mais de 2000 anos de história e pelo menos 23 camadas arqueológicas! Vale muito a pena a visita para quem quer conhecer melhor a história dessa cidade incrível.
Não deixe de conferir também a belíssima (2) Sé Nova, a igreja do século XVIII que fica logo ali ao lado do museu. Depois, dirija-se à Rua Larga, onde estão os edifícios universitários da época do Estado Novo em Portugal. Passando pela (3) Estátua de Dom Dinis, desça pela parte posterior da colina, aproveitando para conhecer também as (4) Escadarias Monumentais desse conjunto construído entre os anos de 1940 e 1960. Se for período de aulas, aproveite para acompanhar o burburinho dos estudantes com suas longas capas pretas, que sobrem e descem as escadarias na hora do almoço ou procuram um lugar ao sol para descansar entre as aulas.
Almoce na região da (5) Praça da República, onde os preços são bem amigáveis do que na parte mais turística do centro e os descontos para estudantes estão por toda a parte. Se quiser, dê uma esticadinha até o (6) Jardim da Sereia ou vá passear no bucólico (7) Jardim Botânico da Universidade, para uma boa caminhada digestiva.
À tarde, desça pela (8) Avenida Sá da Bandeira para explorar um pouco mais da Baixa de Coimbra. Passe pelo (9) Jardim da Manga e não deixe de visitar a (10) Igreja de Santa Cruz, um belíssimo exemplar da arquitetura medieval portuguesa. Depois, caminhe pela (11) Rua da Sofia, para conhecer os antigos colégios da Universidade, antes da transferência para a Alta da cidade.
Termine o dia explorando e se perdendo pelas as vielas da Baixa de Coimbra. Se quiser experimentar mais algumas delícias da gastronomia local e ainda ouvir um pouco do tradicional fado de Coimbra, passe uma noitada no Bar Diligência, onde a comida e a música lhe deixarão ótimas lembranças dessa cidade tão especial. ~MV
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Blogagem Coletiva
Este post faz parte de uma ~Blogagem Coletiva~ realizada pelo grupo Viajando por Escrito, com o tema “O que fazer em...”. Leia também os outros posts do grupo:
+ Experiência Barbara > O que fazer na Avenida Paulista + Viajante Econômica > O que fazer em Barcelona + Viagens e Feminices > O que fazer no Centro Histórico de São Paulo + Se joga no roteiro > Cinco cidades no interior de São Paulo para um final de semana + Classe turista > O que fazer em Santiago com crianças? 11 atrações imperdíveis!
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Revisitando crônicas: “Para não esquecer jamais” (2014)
Igreja São Francisco de Assis - 12 de março 2014
Em 2014, lancei o livro “São Miguel em (uns) 20 contos contados” (Ed. In House - Coleção Jornalirismo) e foi um experiência fantástica desses quase 10 anos de crônicas que escrevi para o site Jornalirismo, que encerrou suas atividades em 2018. Aqui no blog, deixo uma das histórias: “Para não esquecer jamais”, contado sobre a minha primeira viagem de avião, para Minas Gerais. Confira:
Para não esquecer jamais Keli Vasconcelos Minas Gerais nunca esteve nos planos, mas suas nuances já habitavam os caminhos por mim percorridos desde um bom tempo. Fui, em 2012, para Extrema cobrir um evento, que gerou o texto “Cansaço”, publicado aqui no Jornalirismo. Além disso, estudei com mineiros na faculdade, trabalhei com outros como freelancer, já conversei com alguns, seja pessoalmente, seja pelo computador. No final de 2013, que fora um ano promissor, tive muitas perdas ao final dele, com rupturas muito ruins. O engraçado é que, durante o período, apareceram várias situações em que MG materializava: ora um palestrante de Belo Horizonte, ora um caminhão estacionado no mercadinho perto de casa cuja placa era de Juiz de Fora. Decidi cometer, então, uma ousadia: me daria de presente de aniversário, que é em abril (quase nasci no dia 21 – Tiradentes, mas calhei no dia 28), uns dias em Minas. Detalhe: nunca viajei de avião, nunca fiz uma reserva de hotel, nunca me aventurei por outra capital senão a de São Paulo. Sendo filha de nordestinos, deveria ir para o Nordeste. Mas no coração pulsava, Minas Gerais, Minas Gerais... Então, seguindo os preceitos do grande mestre Yoda, há situações que não existem tentativas: ou faz ou não faz. Fui e fiz. Aqui conto os dias em Ouro Preto e Mariana.
Museu da Inconfidência - 13 de março 2014.
12 de março de 2014 Quarta-feira chuvosa em São Paulo, voo às 8h50. A aventura começou no aeroporto de Guarulhos, pois meu irmão me desembarcou no portão errado (era terminal 4 e ele me deixou no 2. Peguei um ônibus-transfer para o correto). No avião, sentei-me na poltrona bem perto da janela e da turbina, não senti medo. Vendo pela janela as nuvens, o tempo ficando bom e a diferença brusca entre a plana Sampa e a ondulante Minas, percebi como somos tão diminutos, tão finitos, que perdemos tempo com coisas muitas vezes ínfimas. Foi bom sentir a luz do sol pela janela, comer balinha de gelatina em formato de avião e elogiar o vestido da aeromoça, que era lindo, todo azulado. Desembarquei no aeroporto da Pampulha (Carlos Drummond de Andrade) e peguei um ônibus para a rodoviária de BH. Engraçado é que as linhas são memorizadas por números, ou seja, você não vê nos letreiros dos pontos nomes, como em São Paulo – Parque D. Pedro ou São Miguel. Por exemplo, é 2004 (Pampulha), 5250 (Cidade Administrativa) ... Mais engraçada é a reação das pessoas, quando eu perguntava o itinerário. Da rodoviária, comprei a próxima passagem para Ouro Preto. Duas horas de viagem, que foram quase o dobro por conta do trânsito. Cansada e alimentada apenas com um pacotinho de biscoito salgado recebido no avião, confesso que estava varada de fome. Mas não tão estafada o suficiente para reparar no sotaque das pessoas, no ‘Não tem de quê’ em resposta ao ‘Obrigado’, no andar dos pedestres, no escutar ‘Moço’ e ‘Moça’ a qualquer um, seja jovem ou idoso. Na poltrona à minha frente estavam duas professoras, folheando um catálogo. Uma delas disse: “Nah (detalhe: homens falam ‘Noh’)! Aqui tá falando que essa vasilha esquenta arroz. Duvido, naaaah!”. Nisso, parei na minúscula rodoviária de Ouro Preto. O hotel ficava a poucos metros, na Rua São Miguel Arcanjo (que me deixou feliz, pois o nome lembra o bairro onde vivo), leve descida em meio aos cascalhos e muitas casinhas. A estalagem é simples, colonial e o uniforme dos funcionários lembra vestimentas do século XVIII. Tratei de tomar um banho, comer no restaurante do hotel e pedi que uma van me deixasse no Centro Histórico. Era mais de 16h e a maioria das igrejas fechava as portas. Me dirigi ao Largo do Coimbra, onde fica a famosa feirinha de produtos em pedra-sabão, bijuterias e camisetas. Estava vazia e fui abordada por Cláudia, 34 anos, nascida e criada em Ouro Preto e com duas filhas, uma de 10 e outra de um ano e meio. Seu marido é carioca e ele compra as peças prontas no Rio para serem envernizadas e lapidas em MG. “A pedra-sabão bruta é levada para vários cantos e nós compramos tudo já feito. Meu trabalho é talhar os vasos, fazer imagens neles, pintar e envernizar”, me explicou. Conversei com a maioria dos expositores, que reclamava das baixas vendas mesmo após o agitado carnaval. Voltei e chamei a Cláudia. Sorridente, ela me separou as três melhores corujas que tinha. As limpou e perguntou qual delas levaria. Respondi, as três. “Nah! Ocê vai levá as três? Muito obrigada, moça, não vendemos nada hoje”, ela exclamou, lapidou “Ouro Preto - MG” nelas, paguei e deixei o troco. Ela me agradeceu com mais um sorriso, um seja bem-vinda e um dos melhores “Fica com Deus” que ouvi (depois ouvi outros, mas esse queria destacar). Liguei para o hotel pedindo o serviço de van novamente. Passava das 17h e fiquei na entrada do Centro Histórico, em frente à Praça Tiradentes, onde repousa o monumento do inconfidente cuja cabeça ficara exposta. O sol foi se ponto, jovens saíam da escola, casais se beijavam e contemplavam o momento em meio as montanhas. Fazia tempos que não via o sol assim, tão perto, as estrelas pipocando, a neblina querendo dissipar. Em frente à igreja Mercês e Misericórdia, eu fotografei o pôr-do-sol, aplaudi e chorei.
Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos - 13 de março 2014.
13 de março de 2014 Cerração densa e sensação de frio grande. Na noite anterior, choveu e fiquei na varanda do hotel olhando para o pico Itacolomi, onde a antiga Vila Rica (hoje Ouro Preto) se firmou. Quando fiz a reserva, me disseram que a vista era ‘prejudicada’. Como dizer isso se posso ver as casas construídas no alto do morro, as nuvens próximas, o verde? Inesquecível. Faria uma maratona de ida a várias igrejas e museus, sem guia, somente com orientação de um mapa e das pessoas que esbarraria pelo caminho. A primeira que entrei foi a São Francisco de Assis, em frente ao Largo do Coimbra. Lá concentram-se as esculturas de Aleijadinho, pinturas de Mestre Ataíde e também abrigavam outras obras que estavam na Igreja Nossa Senhora da Conceição, fechada para reforma. Na saída, encontrei uma espanhola, devia ter uns 50 anos, esbravejando por ter que “pagar ingresso” para entrar em um local público (é cobrada uma taxa de entrada quando não há missas para visitação). Depois, segui para a igreja Nossa Senhora do Carmo, projetada por Manoel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho. Não havia muitas pessoas e sentei-me bem próximo do altar, ao lado dos azulejos portugueses. Visitei o primeiro museu, o do Oratório, próximo da igreja e do cemitério (a maioria das igrejas tem um). Lá pude ver os diversos tipos de oratórios, dos mais singelos aos suntuosos, até mesmo os que as donzelas carregavam em seus pescoços, como pingentes.
Meio-dia fui à praça Tiradentes comprar no posto de atendimento ao turista a passagem de trem para Mariana, onde assistiria um concerto de órgão, recomendação do pessoal do hotel. Na verdade eu faria só o passeio, mas recebi muitas referências para também explorar a cidade. Neste posto conheci a Rosali, um desafio encontrá-la, pois tinha ido umas três vezes anteriores. “Menina, foi difícil te encontrar, viu?!”, retruquei enquanto observava o seu olhar assustado. “Nossa, você já veio aqui certa feita, anos atrás, né?”, me disse. “Não, é a primeira vez que venho para cá”, respondi. “Uai, mas acho que já te vi em algum lugar, porque vi seu ‘rostim’, achei tão ‘bunitim...’”. Repliquei com um sorriso. Paguei a passagem e ela me recomendou a voltar de ônibus e ir a Mina da Passagem, uma mina mesmo, de ouro, muito visitada pelos turistas. Bom, ir à Minas Gerais e não conhecer uma mina é como ir à Minas Gerais e não comer pelo menos um pão de queijo. Segui as recomendações, portanto. Após o almoço, me dirigi ao Museu da Inconfidência e a parte que gostaria de dividir com você foi a do pavilhão onde se encontra o memorial aos inconfidentes, cujos nomes estavam grafados em lápides em pedra-sabão, uma bandeira de Minas e atrás do visitante, no alto, uma cruz. Não sei por qual razão, senti solidão. Até então, não era assim, pois a todo o momento aparecia alguém, de morador a hóspede. Mas ali, não sei, fiquei contemplativa. Pensando por aqueles que ensejavam um Brasil justo, que infelizmente ainda não temos. O segurança do museu, ao perceber minhas mãos juntas e cabisbaixa, saiu. Ali eu rezei e, novamente, chorei. ********* Mais tarde, segui para a Igreja Nossa Senhora do Pilar, lugar onde repousa mais de 400 quilos de ouro e de prata em pó nas esculturas de Aleijadinho. O caminho para lá é bem complicado, com várias etapas íngremes. Para variar, estava no lado errado e parei numa loja de artesanato para pedir informações. Um outro vendedor iria para o mesmo lugar e seguimos juntos. “É de Minas?”, perguntou. “São Paulo, capital”, respondi, já ofegante. “Nóh, sair ‘duma’ metrópole como São Paulo e parar aqui é porque tem grande motivo”, exclamou. “Precisava de uns dias para pensar, refletir, ver gente, sair, me perder nas ladeiras, me encontrar nas histórias”, filosofei. “Até a gente que vive aqui também fica estressado. Você conhece nosso município de Lavras Novas? Durante a semana não tem muita coisa, mas nos finais de semana têm cachoeiras, barzinhos, muita gente para conversar. Bom demais”, recomendou-me. Anotei o projeto futuro (que não daria nessa viagem), agradeci e contemplei a Igreja do Pilar. Subindo novamente, fui a Casa dos Contos, conhecer como eram cunhadas as moedas e depois a Escola de Minas, Museu de Ciência e Técnica da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Reencontrei a senhora espanhola, aquela que esbravejara por ter de pagar para entrar nas igrejas. Estava com um grupo de franceses e me chamou de ‘corajosa’. “Não é pra qualquer um sair de São Paulo e ficar aqui sozinha, mocinha”. Concordei.
14 de março de 2014 Estação de Trem de Ouro Preto. Bucólica, esperei a partida da Maria-Fumaça, pontualmente às 10 horas. Ao me acomodar, vi do lado de fora um senhor tocando uma sanfona. No meio da viagem, em cima das pedras, estava um jovem de cabelos dread, meditando. Ele tomou um susto e começou a xingar. Inusitado, confesso. Em Mariana, fui ao concerto de Órgão Arp Schnitger na catedral da Sé. Na fila, encontrei um casal da Vila Formosa, também da zona leste de SP, e uma estudante de Letras, que vive em Mariana, mas é nascida em BH. Ficamos juntos. Se for para resumir o concerto diria: divino. De Pasquini a Bach, não teve um que não ficou abismado com a habilidade da organista Elisa com o instrumento, instalado em 1753. Após o concerto, podíamos subir até o andar onde ficava o órgão e fazer perguntas. “Há quanto tempo toca?”, questionei. “Desde os meus 16 anos (ela aparentava mais de 50)”, respondeu. “Mas por que tocar órgão, ser musicista?”, continuei. Ela ficou sem reação, atrapalhada com as palavras: “Nossa, nunca ninguém perguntou isso! Venho de uma família de muitos artistas. Acho que essa seria uma boa resposta”. Sorri satisfeita. Após o almoço, segui para a Mina da Passagem, de ônibus. A aventura começou para embarcar, que é pelo fundo e não pela frente, como em São Paulo. Lá conheci um casal de Lins, interior de SP, e descemos com a divertida Camila, nossa guia para a mina de ouro, minério de ferro e itabirito, este que ao oxidar se assemelha ao precioso metal, mas é o de ‘tolo’. O momento mais complicado foi na saída, para encontrar um ponto de ônibus. “É logo ali, no coreto.”, disse um senhor, que me indicou o coreto/ponto. O casal de Lins voltaria para Mariana. Nisso, apareceu, do nada, um motorista numa Uno preta: “Vai para Ouro Preto?”, me perguntou. “Sim”, respondi. “Cobro o preço da passagem de ônibus para te levar”, insinuou. O casal já ia atravessar a pista quando recusei, obviamente, o convite. Em Ouro Preto faltou visitar uma igreja, a Nossa Senhora do Rosário. Me afeiçoei por conta de frequentar no bairro onde moro uma de mesmo nome, e não a encontrei. Como seria meu último dia na cidade, decidi ir ao Centro Histórico me despedir. Parei numa lojinha de roupas e, para variar, entrei noutra rua errada. No entremeio de curvas, encontrei a igreja. Faltava apenas 10 minutos para fechar. Linda, singela, não cobrava taxa para entrar. Fotografei, rezei, e sorri.
15 de março de 2014 Acordei às seis de manhã, arrumei as malas. Olhei o pico Itacolomi, disse ‘tchau’, guardei as tralhas, separei a passagem para Belo Horizonte e subi para tomar café e me despedir dos funcionários do hotel. “Uai, fica mais um dia conosco, sô!”, exclamou um deles. Eu também queria ficar lá, me instalar de vez, morar numa casinha no alto da montanha, criar vaquinhas, escrever cordéis, passar finais de semana em Mariana, quartas-feiras no Largo do Coimbra. Mas queria conhecer ‘Beagá’. Recusei o serviço de van e fui para a rodoviária vendo o sol entre nuvens. Às dez da matina, embarquei para a capital mineira. ********* Voltei em 18 de março para São Paulo, também pela manhã. O saldo da estada em Minas Gerais foi de Paixão. Não aquelas ‘apaixonites’ ou mesmo as patéticas ou patológicas. Ou podem até terem sido. Aliás, você até pode achar uma bobagem contar a história de uma jornalista que nunca viajou de avião, só, muito menos conhecia MG, mas para mim, este pobre ser humano sonhador, foram dias inspiradores. Dias de Paixão, dias de coração aberto.
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*PÁSCOA DE NORTE A SUL*
Não sabe o que fazer nas férias da Páscoa? O seu filho gostaria de participar num campo de férias, em workshops e não sabe onde? Porque não ir ver um teatro e passar algum tempo com os seus filhos? Um concerto de música, teatro, comédia ou ainda atividades diversas de experimentação podem ser ótimos momentos de convívio e de aprendizagem. Criámos assim uma sugestão para cada distrito e apresentamos os links dos eventos abaixo para que aproveite e tire o melhor partido desta época. Gostou de um evento e não mora nesse distrito? Então é uma ótima oportunidade para viajar até lá e fazer um dia em cheio. Não acha?
LINKS DOS EVENTOS
LISBOA: https://www.viralagenda.com/pt/events/721173/oficinas-de-ferias-da-pascoa
PORTO: https://www.viralagenda.com/pt/events/717383/ferias-da-pascoa-em-serralves
COIMBRA: https://www.viralagenda.com/pt/events/702101/oficina-pop-up-para-criancas
AÇORES: https://www.viralagenda.com/pt/events/726757/ferias-de-pascoa-oficina-esta-guardado-no-museu
AVEIRO: https://www.viralagenda.com/pt/events/717798/ferias-da-pascoa-com-ciencia
BEJA: https://www.viralagenda.com/pt/events/723304/rafting-no-guadiana
BRAGA: https://www.viralagenda.com/pt/events/722910/aventurao-25-de-abril
BRAGANÇA: https://www.viralagenda.com/pt/events/715968/pastor-por-um-dia
CASTELO-BRANCO: https://www.viralagenda.com/pt/events/727867/sherlock-gnomes
ÉVORA: https://www.viralagenda.com/pt/events/715644/uma-cidade-escondida-oficina-de-ferias-da-pascoa
FARO: https://www.viralagenda.com/pt/events/721066/ferias-da-pascoa-no-ciencia-viva-de-tavira
GUARDA: https://www.viralagenda.com/pt/events/714647/abril-roma-cidade-aberta
LEIRIA: https://www.viralagenda.com/pt/events/727322/actividades-da-vinci-pascoa
MADEIRA: https://www.jm-madeira.pt/regiao/ver/58707/Aldeia_da_Pascoa_regressa_ao_MadeiraShopping_com_atividades_para_as_criancas
PORTALEGRE: http://www.cm-reguengos-monsaraz.pt/pt/site-servicos/educacao/apoio/tempos-livres/Paginas/pascoa-ativa-2019.aspx
SANTARÉM: https://www.viralagenda.com/pt/events/715725/experimenta-6
SETÚBAL: https://www.viralagenda.com/pt/events/715621/colonia-de-ferias-o-pequeno-buda
VIANA DO CASTELO: https://www.viralagenda.com/pt/events/726233/ferias-criativas-no-museu-pascoa-2019
VILA REAL: https://www.viralagenda.com/pt/events/722859/vida-do-grande-d-quixote-e-do-gordo-sancho-panca
VISEU: https://www.viralagenda.com/pt/events/727159/stand-up-sessions
#páscoa#fériasdapáscoa#teatro#comédia#standupcomedy#workshops#oficinas#museus#férias#tempo-livre#viajar#viagem#distritos#portugal
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Ópera completa com legenda em português: link.
Vamos regressar ao século XII, altura em que Évora estava tomada pelos mouros, integrando o Al-Andaluz. Évora em 1165 chamava-se ainda Yabura quando Geraldo Geraldes, dito o “sem-pavor”, desembainhou a sua espada e conquistou a cidade dos mouros para o jovem país liderado por D. Afonso Henriques. Uma ópera para contar os primeiros dias de Évora. Um tributo à cidade museu e à sua importância na independência de Portugal.
Geraldo (um conquistador cristão) e Samira (muçulmana, filha do alcaide-mor de Yabura), anti-herói e trágica amada, envoltos em romantismo, traição e conquista. A lenda de Geraldo Sem Pavor, nesta sua releitura composta em 2019, tem os ingredientes operáticos: momentos heróicos, matizes trágicos e cenas de grande romantismo.
Enredo:
A história ficcionada de Geraldo & Samira - uma ópera para Évora situa-se em meados do século XII, quando a ameaça do reino de Portugal ao Gharb Al-Andaluz era cada vez maior e a chegada de tribos almorávidas e almôhadas ao sul da Península Ibérica configurava então as primeiras políticas de exclusão e intolerância, obrigando judeus e moçárabes a procurar refúgio nos reinos cristãos ao norte da península. Viviam-se então tempos muito conturbados.
Afonso Henriques, Ibn Arrik Al-Bortuqali, primeiro rei de Portugal, conseguira já fazer descer a fronteira do reino para o Vale do Tejo e transferira a sua base de operações para Coimbra, onde procurava conseguir o apoio dos moçárabes - cristãos ibéricos que viviam sob o governo muçulmano no Al-Andaluz - e fazer no Alentejo uma guerra de desgaste que incluía os fossados com os seus cavaleiros-vilãos.
Geraldo Geraldes, personagem principal da ópera que habitava um castro nas proximidades de Yabura (Évora), seria um desses cavaleiros-vilãos - não era um nobre, mas também não era um servo - na sociedade da época. Pelo sucesso dos seus assaltos (fossados) a povoações no Al-Andaluz e o desejo de servir D. Afonso Henriques, rejeitando a cultura 'andaluzi', Geraldo conseguiu reunir um número considerável de seguidores cristãos.
'Geraldo Sem pavor' tem características - psicológicas e sociais - do anti-herói, e/ou um determinado carisma através do qual obtém a aprovação dos seus seguidores, mesmo praticando atos ilícitos. Os seus objetivos são considerados justos ou, pelo menos, compreensíveis. Séculos de narrativas populares podem ter ajudado a transformá-lo numa personagem lendária da história de Portugal em que os fins justificam os meios.
Samira, a outra personagem principal, está habituada a conviver com pessoas e culturas diferentes. Na primeira cena da ópera ela assiste na alcáçova a um serão de música com canto cristão, mudéjar e hebraico, ao mesmo tempo que a sua criada Yasmina mostra conhecer a liturgia cristã praticada pelos moçárabes. É nesta abertura de comportamentos que Geraldo vê uma oportunidade para tirar proveito da sua relação com Yasmina e raptar Samira, filha do alcaide de Yabura, usando-a depois como moeda de troca para tomar a cidade.
Sinopse:
1º ato Cena 1: Na alcáçova de Yabura. Recolha de Ziryab com música de muçulmanos, cristãos e judeus. Cena 2: No jardim do palácio do alcaide. Cena 3: No castro de Geraldo. Cena 4: Geraldo a caminho do palácio do alcaide, durante a noite. Geraldo faz-se de ébrio, aproxima-se e aparece a Yasmina. Depois insinua-se a Yasmina. Yasmina responde provocando Geraldo. Cena 5: Rompe o dia. Geraldo está com Yasmina no jardim do alcaide, perto dos aposentos de Samira. Geraldo rapta Samira. Yasmina nada pode fazer e apercebe-se então que Geraldo se 'aproveitou' dela.
2º ato Cena 6: No castro de Geraldo. Cena 7: Ária arrebatada de Samira, no castro de Geraldo. Cena 8: Rodrigo é recebido no palácio do alcaide para negociar a troca de Samira por Yabura. Cena 9: Segue-se uma curta cena só com música. Geraldo e os seus homens caindo na armadilha do alcaide, vão tomar a cidade como combinado, mas são apanhados e feitos prisioneiros. O alcaide abraça a sua filha, Samira.
3º ato Cena 10: No mercado. Alcaide, Yussef e Yasmina questionam Geraldo preso. Cena 11: Todos os homens de Geraldo presos assistem imóveis e incrédulos à cena que se segue. Cena 12: Dança das sombras. A praça é então tomada, numa coreografia de sangue e violência! Samira está na cena e a tudo assiste desesperada. Nada pode fazer. Os seus gestos são dramáticos. Cena 13: Samira, rendida ao seu amor a Geraldo, canta triste, desesperada, pois o seu fim chegou. Geraldo nada faz... Cena 14: epílogo.
- Programa - Entrevista com o compositor - Reportagem - Castelo de Geraldo - D. Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal - “Ibn-Arrik”, filho de Henrique, era a designação reverencial que os adversários mouros davam a Afonso Henriques, respeitadores da sua bravura e valia militar. - Alcaide: antigo governador de castelo, província ou comarca, com jurisdição civil e militar. - A Verdadeira História de Portugal - prof. Álvaro Mendes
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2019
Comecei o ano em uma virada bizarra em Instanbul, onde também li o mais antigo poema de amor; Trabalhei com isótopos e lipídios na República Tcheca, em Ceske Budejovice berço da verdadeira Budweiser Budvar, Caminhava diariamente pela neve, e aos finais de semana visitava castelos do século XXIII Virei 25 anos em Praga, onde andei de cavalo pela primeira vez, visitei um museu com animais taxidermizados, e explorei os relógios astrológicos e a esperança de John Lennon e seu talvez; Dirigi um caminhão de mudança, para chegar em Plentzia, o meu novo lar; Morei com meus pés no mar, nesse apaixonante País Basco, onde não havia estresse ou o caos do esperar. Dividi casa e ondas com três pimientos, Aprendi a surfar, e aprimorei meu slackline; Reafirmei meu longboard como meu transporte, Apaixonei-me pelas aulas à beira mar respirando uma frequência de alma viajante, Aumentei meus laços com meus amigos do mestrado, Aprendi a fundo sobre as catastróficas mudanças climáticas e aprendi sobre ecotoxicologia e ecologia microbiana (as vezes cigana); Explorei técnicas de monitoramento ambiental, além de atuações socioambientais e econômicas. Flutuei cada vez mais no nosso infinito oceano. Dancei muito, Bebi muito, Vivi muito! Fui em uma festa eletrônica dentro de um museu, apadrinhado por Picasso, Renoir e Monet, e com Allard dancei entre esculturas e pinturas. Visitei a zona de Navarra, em um fim de semana bucólico, onde vi uma carretera de bicicletas e visitei a famosa Pamplona. Subi no monte Urkiola, onde observei marcas do bombardeio de Franco, e o descanso da deusa basca Mari. Com amigos fui aos Pirineus, onde aprendi a fazer snowboarding. Descer uma montanha coberta de neve é sinônimo da mais pura poesia! Dirigi com meus amigo desde Catalunha até Valência, e ao quebrar o nosso carro, exploramos universos colossais, onde aprendi sobre as constelações do hemisfério norte; Acampamos em beira de colinas, amanhecendo com o nascer do sol e o canto do mar; Visitamos museus e paisagens incríveis, onde vimos deltas, flamingos e outras maravilhas naturais; Com meus amigos, me deliciei no inesperado, vi o maior aquário da Europa e nadei no gelado; Encontrei minha irmã e sua família em Portugal, Viajamos em ritmo artístico em uma pegada de Bienal; Conheci a família acolhedora Bernardes, e salvei minha sobrinha quando ela caiu no trilho do trem; Visitamos de Norte ao Sul, Desde Lisboa vermelha até Porto azul; Cervejas, comidas e folias portuguesas em família, foram alegria restaurada. Proporcionei um encontro entre minha grande amiga Sabiha, com meus sobrinhos curiosos em Madrid; Sintra em dia de tempestade, Nazaré em dia sem ondas e Coimbra sem aulas também foram exploradas; Aventurei-me no Marrocos, Acampei em dunas do Sahara vendo as estrelas, andei de camelo sobre as dunas para ver o por do sol; Apaixonei-me pelas refeições compartilhadas durante o Ramadan, vendo Rabat exalar energia enquanto suas crianças jogavam futebol. O compartilhar da comida após jejum é um golaço, uma caneta e um lençol. Com Rohan, explorei cantos e balanços dessa cultura peculiar, cheia de cores, sabores e a vida do saborear; Lutei contra os ácaros, e consumi dezenas de copos com suco de laranja; Visitamos ruínas memoráveis, dominadas por ninhos de cegonhas, nos apaixonamos pelo marrom, sem escrúpulos nem vergonhas; Exploramos Atlas que segue imensamente inexplorado, em uma chapação antológica, como uma viagem de baseado; Voltei pra Plentzia, minha casa basca, meu teto e minha rotina sorridente. Voltei a surfar e já arrumei minhas malas para visitar o sul Espanhol, com os pimientos começamos nossa jornada em Salamanca, onde vimos o astronauta gravado nas portas da bela catedral, e encontrei Giuliano, um amigo desse e de outro carnaval; Admiramos as oliveiras no caminho, e paramos para conhecer Ronda e suas ruínas maravilhosas, pois no sul espanhol, as ruínas árabes e católicas se misturavam orgulhosas; Em Málaga, dançamos até o sol nascer e vimos o bar estremecer. Em Córdoba e Granada, caminhamos e observamos a história se esvanecer; Cozinhamos para celebrar o aniversário de Giuliano, e criamos conexões que durarão mais que anos. Com meus pais, tomei gelato em frente ao Coliseu, e tomei cerveja descalço em uma praça com história milenar; Visitamos a bela Roma em três belos dias para matar a saudade, admiramos a famosa fonte de Trevi e gargalhamos com Netuno; Então parti para Irlanda, para começar meus estudos com microplásticos; Na charmosa Galway, eu trabalhei bastante, apaixonei-me pela cidade musical cheia de verde, história e bares; Fiz amigos irlandeses, e viajei pelos desfiladeiros mais famosos do mundo; Avistei leões marinhos, enquanto andava de bicicleta nas ilhas de Aran; Contei centenas de milhares de microplásticos dentro de peixes, e revoltei-me novamente com nossa obsolescência programada; Conheci um incrível museu de duendes com contadores de histórias, e viajei no tempo ao ver um Stonehenge irlandês. Ao cruzar a fronteira para a Irlanda do Norte, fiquei abismado com as diferenças religiosas; Muito sangue foi derramado nessas fronteiras, e a energia não mente, não se escuta brincadeiras; Cruzei pontes suspensas e escutei a influência musical céltica, observei a maravilha natural da Giant’s causeway e sua formação basáltica; Encontrei-me com minha Arara em Roma, onde descansamos e nos ressintonizamos; Logo em seguida fomos para Grécia, onde nos banhamos em praias com areias rosadas, nadamos em águas cristalinas e visitamos cidades incríveis. Creta é uma ilha espetacular e entendemos porque Zeus nasceu ali. Nós nos apaixonamos por Atenas, a riqueza histórica do local, e a beleza ao redor da Acrópoles e o apaixonante Parthenon; Acampamos sobre montanhas belíssimas e nos duchamos admirando-as. Conhecemos Santorini e suas casinhas brancas e belas praias de areia preta; Sentimos o ar fresco dos deuses e deusas do Olimpo, e visitamos o primeiro estádio Olímpico, hoje calmo e super limpo; Para finalizar, desfrutamos da noite em Atenas, onde vimos o sol se por atrás de Acrópoles, enquanto assistíamos um filme em um cinema ao ar livre; Chegamos outra vez na Itália e nos hospedamos em San Valentino Torio, tivemos uma experiência incrível de 5 dias em uma imersão italiana com Péricles e Lucia, onde comemos como italianos e aprendemos muito sobre a história local; Visitamos a costa amalfitana, e nos deliciamos na praia de Giovanna, saltando e nadando por horas; Comemos pizza napolitana, tomamos água pura das fontes de Sarno; Visitamos Pompeia e ficamos chocados os corpos conservados, assim como as ruínas e espaços reavivados; Partimos sentido Bari para visitar as famosas casas de Trulli, e voltamos sentido Sicília, onde provamos arancino e canoli; Visitamos o vulcão Etna que guarda os titãs, museus de marionetes e cinema, além as famosas escadas turcas naturais. Em Roma nos aventuramos dentro do Coliseu, onde a história é recontada, por todo mundo, até o Abreu; Conhecemos o vaticano e a tão famosa Pietà, Era o nosso tchau, adeus ou ate já; Reencontrei-me com meu amigo Gianluca em Mirano Maritima, visitei o museu do Leonardo da Vinci em Milão, e terminei minha aventura italiana em Veneza, onde as ruas são rios e a cidade cheiram à Nobreza; Cheguei em Liège, Bélgica, onde melhorei a minha patinação no gelo, trabalhei diariamente em um Hostel, fiz boxe e natação, mas os estudos foram o meu refrão; Trabalhei com níveis de mercúrio em órgãos de focas marinhas, dissequei mamíferos aquáticos, e me diverti muito com Chester e Julián no laboratório; Fiz amigos no Hostel, onde nos divertíamos com música, sinuca e ping-pong, e com eles viajei para a cidadela de Namur, Viajei para Bruxelas com os pimientos em uma aventura épica, onde relembramos o passado sombrio da Bélgica; Sofri muito pela minha amiga violada, e criei uma grande aversão a cidade de Liège; Visitei Córsica e mergulhei com cilindro e águas vivas; Ali vivi uma das minhas melhores semanas acadêmicas; Conheci o outono de Luxemburgo e sua riqueza concentrada, o seu papel de tampão durante as guerras e sua organização; Terminei o ano na Holanda falando sobre goiabas, para ajudar o meu amigo a pedir a mão de sua namorada;
2019 Que ano, que vida, que beleza 😊 Obrigado a todos que participaram dessa aventura, que eu costumo chamar de vida. Esse capítulo está guardado!
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Sete projetos vencem Orçamento Participativo de Coimbra
FOTO JOÃO TROTA
Um CD com canções originais de autores de Coimbra, música erudita nas aldeias ou um espetáculo num anfiteatro pouco conhecido da cidade são alguns dos sete projetos vencedores da 3.ª edição do Orçamento Participativo de Coimbra, foi hoje anunciado.
Os sete projetos vencedores do Orçamento Participativo, que se divide entre o Coimbra Participa (para maiores de 30 anos) e o Coimbra Jovem Participa (para menores de 30 anos), somam um total de investimento a ser executado de cerca de 479 mil euros, afirmou hoje a vereadora da Câmara Municipal Regina Bento, numa cerimónia no salão nobre do município.
O grande vencedor do Coimbra Participa foi “Coimbra, cidade de canções e emoções”, com 405 votos, um projeto no valor de 80 mil euros que irá criar um livro e um CD com dez canções originais de autores da cidade.
Um guia turístico para telemóveis (65 mil euros), um ‘peddy paper’ (11 mil euros), um projeto para levar música erudita a aldeias do concelho (60 mil euros) e um espetáculo de patinagem artística sobre a história de Coimbra (23 mil euros) foram as outras das propostas vencedoras nesta secção do Orçamento Participativo.
Já no Coimbra Jovem Participa, a proposta de uma exposição com o espólio do Museu Académico para promover a identidade da academia de Coimbra no contexto das cidades universitárias europeias, no valor de 200 mil euros, foi o grande vencedor, com 940 votos.
O segundo projeto mais votado, que também vai ser executado, propõe-se a realizar um espetáculo de rua no anfiteatro dos Olivais, um espaço “meio escondido e que nem toda a gente conhece”, referiu Regina Bento, numa cerimónia onde também esteve presente o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado.
Na terceira edição do Orçamento Participativo, foram contabilizadas 35 propostas, 17 das quais foram submetidas a votação, tendo-se registado um total de 2.929 votos.
Na mesma cerimónia, integrada nas comemorações da cidade do Dia da Implantação da República, foi também anunciado o vencedor do Prémio Literário Miguel Torga, António José da Costa Neves, com a obra “Alma alentejana e outras histórias”.
Sete projetos vencem Orçamento Participativo de Coimbra
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9️⃣ 𝙼𝙾𝙲𝙷𝙸𝙻𝙰̃𝙾 𝚁𝙴𝚃𝚁𝙾̂: 𝚁𝙾𝚃𝙴𝙸𝚁𝙾 𝙿𝙴𝙻𝙾 𝙿𝙾𝚁𝚃𝙾 𝙴 𝟺 𝙲𝙸𝙳𝙰𝙳𝙴𝚂 𝙿𝚁𝙾𝚇𝙸𝙼𝙰𝚂 𝙿𝙰𝚁𝙰 𝚅𝙸𝚂𝙸𝚃𝙰𝚁. 𝕊𝕒𝕝𝕧𝕒 𝕖𝕤𝕤𝕖 𝕡𝕠𝕤𝕥! 🍷Espia eu vestida a caráter, representando uma bela taça de vinho do Porto 𝙼𝙰𝙳𝙴 𝙸𝙽 𝙱𝙰𝙷𝙸𝙰. 😂 Saudades dessa bota xexelenta que me deixou na mão em 7 países diferentes e foi tardiamente abandonada em Hong Kong 😂 Dia 1 : Porto -> Café Majestic ( caro)-> Mercado do Bolhão -> Igreja das Almas -> Igreja de Santo Idelfonso -> passeio das Fontainhas -> Manteigaria ( melhor paste de Natas) -> Pérola do Bolhão ( rest. típico e tem uma frente linda) Dia 2: Estação São Bento -> Praça da Liberdade -> Igreja do Carmo -> Livraria Lello -> Torre dos Clérigos ( vista 360° da cidade). Dia 3: Cais da Ribeira ( Onde fica o Coelho) -> Ponte Luis I -> degustação de vinhos em Gaia ( delícia, amei kkk). Dia 4: Passeio de barco pelo Vale do Douro BÔNUS! 4 DAY TRIPS A PARTIR DO PORTO: Dia 5 –BRAGA: Santuário do Bom Jesus do Monte -> Museu dos Biscaínhos -> Arco da Porta Nova -> Catedral Sé de Braga ( A mais antiga do país, 1070) -> Jardim de Santa Bárbara -> Paço Episcopal Bracarense -> Jardim da Avenida Central Dia 6 –GUIMARÃES: Centro Histórico é Patrimônio UNESCO. * Castelo de Guimarães -> Igreja São Miguel do Castelo -> Paço dos Duques de Bragança -> Largo da Oliveira -> Antiga Prefeitura -> Praça de Santiago -> Largo do Brasil -> Igreja de São Guálter Dia 7– AVEIRO: Praça Humberto Delgado -> Se perder pelos canais e admirar arquitetura -> Mercado do Peixe -> Oficina do Doce -> Museu de Aveiro -> Praia da Costa Nova ( casinhas listradas lindas). Dia 8- COIMBRA ( centro histórico -> Igreja de Santa Cruz -> Café Santa Cruz -> Arco da Almedina -> Catedral Sé Velha -> Porta Férrea -> Biblioteca Joanina -> Aqueduto de São Sebastião -> Jardim Botânico -> Museu Bissaya Barreto -> Praça da República ( onde a night acontece) 📷 @over100cities 💙 Post ficou lindoooo né? Marca ozamigo e deixa salvo pq mais completo que isso só eu pegando na mão de vcs haha #porto #visitportugal #viajandocomgabi #oporto #visitporto #capeladasalmas #roteiro #sheisnotlost #nomadedigital #creator (at Porto, Portugal) https://www.instagram.com/p/CDzdniuDAfm/?igshid=9yv57kalvz5y
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Bairro Cerqueira Cesar SP
Cerqueira César é um bairro do município de São Paulo, capital do estado de São Paulo.
Tem como limites ao noroeste Avenida Rebouças e Rua da Consolação; ao nordeste: Rua Caio Prado, Rua Frei Caneca, Rua Dr. Penaforte Mendes e Rua Herculano de Freitas; ao sudeste a Rua Plínio Figueiredo, a Avenida Nove de Julho e a Alameda Casa Branca; e ao sudoeste a Rua Estados Unidos.
Sua área localizada ao sul da Avenida Paulista costuma frequentemente ser classificada como parte da região dos Jardins. Já a região localizada ao norte da mesma avenida recebe o nome de Baixo Augusta.[2] Está situado em uma das regiões mais altas da cidade, chamada de Espigão da Paulista.
Limita-se com os bairros: Higienópolis, Jardim Paulista, Vila Buarque, República, Jardim América, Bela Vista e Pacaembu.
O bairro surgiu com o nome de Villa América em 1890, do loteamento de propriedades rurais, como: a chácara Água Branca, chácara dos Pinheiros e sítio Rio Verde. Todas pertenciam ao Dr. José Oswald Andrade, pai do escritor paulista Oswald de Andrade.
Horácio Belfort Sabino, também, possuía uma extensa gleba de terra nas extensões do atual bairro de Cerqueira César. Era casado com América Milliet – filha de Afonso Augusto Milliet – razão do nome do bairro vizinho ser Jardim América.
Ele construiu, em 1902, sua residência projetada pelo arquiteto Victor Dubugras, onde encontra-se, atualmente, o Conjunto Nacional. Coincidentemente seu neto e bisneto de Cesário Cecílio de Assis Coimbra, Horácio Sabino Coimbra – descendente, por seu pai Cesário de Lacerda Coimbra, do Barão de Arary e do Barão de Araras – foi casado na família Cerqueira César, com Maria Yolanda Cerqueira Cesar.
Residência Joaquim Franco de Melo na Avenida Paulista, resquício da ocupação inicial do bairro. Anos antes houve a inauguração do Parque Trianon e da Avenida Paulista, via destinada a construção de imóveis horizontais de alto-padrão, tendo seu crescimento ligado à evolução da mesma.
Assim como Pinheiros e Consolação, bairros vizinhos, tornou-se um tradicional bairro da classe média alta paulistana. Em 1938 tornou-se subdistrito da capital. Seu nome é uma homenagem ao ex-vice-presidente do Estado de São Paulo Dr. José Alves de Cerqueira César.
Após a segunda metade do século XX a região onde se encontra adquire características comerciais, tornando-se o principal centro financeiro da cidade. Esse desenvolvimento levou à verticalização do bairro com a perda de suas características essenciais. Prova dessa mudança foi a construção do Conjunto Nacional e do Museu de Arte de São Paulo, símbolos da nova economia. Com o passar dos anos antigas residências tornavam-se pequenos prédios de escritórios e comércio.
Na reforma de distritos ocorrida em 1991 o bairro fora fragmentado entre os distritos de Consolação, Bela Vista e Jardim Paulista. Seu cartório de registro civil, porém, continua em operação com os limites da divisão anterior.
Em 2008 foi inaugurado em sua extensão o Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira, administrado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sendo o maior centro de oncologia da América Latina.
Cerqueira Cesar SP CEP
Bairro predominantemente comercial com 13,39% de seus endereços comerciais.
Principais ruas do Bairro Cerqueira César
CEP 01412-100 Rua Augusta – de 2440 ao fim – lado par
CEP 01412-000 Rua Augusta – de 1682 a 2438 – lado par
CEP 01426-000 Rua Oscar Freire – até 608 – lado par
CEP 01416-001 Rua da Consolação – de 2461 a 3313 – lado ímpar
CEP 01413-000 Rua Augusta – de 1681 a 2429 – lado ímpar
CEP 01419-001 Alameda Santos – de 503 a 1039 – lado ímpar
CEP 05411-000 Rua Cristiano Viana – até 563/564
CEP 01413-100 Rua Augusta – de 2431 ao fim – lado ímpar
CEP 01417-020 Alameda Tietê
CEP 05413-000 Rua Lisboa – até 599/600
Outras ruas
Rua Chabad
Rua Sarandi
Rua Alcides Pertiga
Avenida Rebouças – até 411 – lado ímpar
Alameda Santos – de 2154 ao fim – lado par
Rua Paulo Gontijo de Carvalho
Rua Artur de Azevedo – de 0455 a 0781 – lado ímpar
Rua Barão de Capanema – lado ímpar
Alameda Santos – até 501 – lado ímpar
Avenida Rebouças – de 413 a 701 – lado ímpar
Rua Haddock Lobo – de 1081 ao fim – lado ímpar
Avenida Doutor Enéas Carvalho de Aguiar
Rua Padre João Manuel – lado ímpar
Rua Lisboa – de 601/602 ao fim
Rua Artur de Azevedo – de 0438 a 0776 – lado par
Cerqueira Cesar SP Cartório
No 34º Cartório de Registro Civil de Cerqueira Cesar você consegue os seguintes serviços:
Apostila de Haia
Casamento
Pedido De Certidão
Averbação E Retificação
Alteração do Nome e Sexo
Empresas Cadastradas
Procuração
Reconhecimento de Firmas
Autenticação
Cerqueira Cesar SP Gastronomia
Alguns dos melhores restaurantes do Brasil, de acordo com o conceituado Guia Quatro Rodas, estão localizados no bairro. Entre eles está o restaurante D.O.M., do chef Alex Atala, premiado pela revista inglesa Restaurant Magazine como um dos melhores do mundo em 2006 e 2007.
Destaca-se ainda a alta gastronomia italiana do Fasano e cuja propriedade pertence ao restauranteur Rogério Fasano, proprietário dos restaurantes Gero e Nonno Rugero também localizados no bairro.
Outra instituição paulistana é o Massimo, dos irmãos Massimo e Venanzio Ferrari, cotado pelo crítico Josimar Melo, da Folha de S.Paulo, como um dos melhores da cidade.
Destacam-se também, as cozinhas dos restaurantes Antiquarius (chef Antônio Alves), A Figueira Rubaiyat (chef Luciano Nardeli e Francisco Gameleira), La Pasta Gialla (chef Sergio Arno, um dos cinco melhores chefs em culinária italiana do mundo e o melhor chef de cozinha italiana da América Latina pela Costigliole d’Asti na Itália) e Bistrô Charlô (chef Charlô).
As opções, ainda que predominantemente italianas como em toda a cidade, vão da cozinha judaica à asiática, passando pelas culinárias orgânica, mediterrânea, contemporânea e internacional.
Cerqueira Cesar SP Fotos
Mapa de localização
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Bairro Cerqueira Cesar SP
Cerqueira César é um bairro do município de São Paulo, capital do estado de São Paulo.
Tem como limites ao noroeste Avenida Rebouças e Rua da Consolação; ao nordeste: Rua Caio Prado, Rua Frei Caneca, Rua Dr. Penaforte Mendes e Rua Herculano de Freitas; ao sudeste a Rua Plínio Figueiredo, a Avenida Nove de Julho e a Alameda Casa Branca; e ao sudoeste a Rua Estados Unidos.
Sua área localizada ao sul da Avenida Paulista costuma frequentemente ser classificada como parte da região dos Jardins. Já a região localizada ao norte da mesma avenida recebe o nome de Baixo Augusta.[2] Está situado em uma das regiões mais altas da cidade, chamada de Espigão da Paulista.
Limita-se com os bairros: Higienópolis, Jardim Paulista, Vila Buarque, República, Jardim América, Bela Vista e Pacaembu.
O bairro surgiu com o nome de Villa América em 1890, do loteamento de propriedades rurais, como: a chácara Água Branca, chácara dos Pinheiros e sítio Rio Verde. Todas pertenciam ao Dr. José Oswald Andrade, pai do escritor paulista Oswald de Andrade.
Horácio Belfort Sabino, também, possuía uma extensa gleba de terra nas extensões do atual bairro de Cerqueira César. Era casado com América Milliet – filha de Afonso Augusto Milliet – razão do nome do bairro vizinho ser Jardim América.
Ele construiu, em 1902, sua residência projetada pelo arquiteto Victor Dubugras, onde encontra-se, atualmente, o Conjunto Nacional. Coincidentemente seu neto e bisneto de Cesário Cecílio de Assis Coimbra, Horácio Sabino Coimbra – descendente, por seu pai Cesário de Lacerda Coimbra, do Barão de Arary e do Barão de Araras – foi casado na família Cerqueira César, com Maria Yolanda Cerqueira Cesar.
Residência Joaquim Franco de Melo na Avenida Paulista, resquício da ocupação inicial do bairro. Anos antes houve a inauguração do Parque Trianon e da Avenida Paulista, via destinada a construção de imóveis horizontais de alto-padrão, tendo seu crescimento ligado à evolução da mesma.
Assim como Pinheiros e Consolação, bairros vizinhos, tornou-se um tradicional bairro da classe média alta paulistana. Em 1938 tornou-se subdistrito da capital. Seu nome é uma homenagem ao ex-vice-presidente do Estado de São Paulo Dr. José Alves de Cerqueira César.
Após a segunda metade do século XX a região onde se encontra adquire características comerciais, tornando-se o principal centro financeiro da cidade. Esse desenvolvimento levou à verticalização do bairro com a perda de suas características essenciais. Prova dessa mudança foi a construção do Conjunto Nacional e do Museu de Arte de São Paulo, símbolos da nova economia. Com o passar dos anos antigas residências tornavam-se pequenos prédios de escritórios e comércio.
Na reforma de distritos ocorrida em 1991 o bairro fora fragmentado entre os distritos de Consolação, Bela Vista e Jardim Paulista. Seu cartório de registro civil, porém, continua em operação com os limites da divisão anterior.
Em 2008 foi inaugurado em sua extensão o Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira, administrado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sendo o maior centro de oncologia da América Latina.
Cerqueira Cesar SP CEP
Bairro predominantemente comercial com 13,39% de seus endereços comerciais.
Principais ruas do Bairro Cerqueira César
CEP 01412-100 Rua Augusta – de 2440 ao fim – lado par
CEP 01412-000 Rua Augusta – de 1682 a 2438 – lado par
CEP 01426-000 Rua Oscar Freire – até 608 – lado par
CEP 01416-001 Rua da Consolação – de 2461 a 3313 – lado ímpar
CEP 01413-000 Rua Augusta – de 1681 a 2429 – lado ímpar
CEP 01419-001 Alameda Santos – de 503 a 1039 – lado ímpar
CEP 05411-000 Rua Cristiano Viana – até 563/564
CEP 01413-100 Rua Augusta – de 2431 ao fim – lado ímpar
CEP 01417-020 Alameda Tietê
CEP 05413-000 Rua Lisboa – até 599/600
Outras ruas
Rua Chabad
Rua Sarandi
Rua Alcides Pertiga
Avenida Rebouças – até 411 – lado ímpar
Alameda Santos – de 2154 ao fim – lado par
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Rua Artur de Azevedo – de 0455 a 0781 – lado ímpar
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Alameda Santos – até 501 – lado ímpar
Avenida Rebouças – de 413 a 701 – lado ímpar
Rua Haddock Lobo – de 1081 ao fim – lado ímpar
Avenida Doutor Enéas Carvalho de Aguiar
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Rua Lisboa – de 601/602 ao fim
Rua Artur de Azevedo – de 0438 a 0776 – lado par
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Cerqueira Cesar SP Gastronomia
Alguns dos melhores restaurantes do Brasil, de acordo com o conceituado Guia Quatro Rodas, estão localizados no bairro. Entre eles está o restaurante D.O.M., do chef Alex Atala, premiado pela revista inglesa Restaurant Magazine como um dos melhores do mundo em 2006 e 2007.
Destaca-se ainda a alta gastronomia italiana do Fasano e cuja propriedade pertence ao restauranteur Rogério Fasano, proprietário dos restaurantes Gero e Nonno Rugero também localizados no bairro.
Outra instituição paulistana é o Massimo, dos irmãos Massimo e Venanzio Ferrari, cotado pelo crítico Josimar Melo, da Folha de S.Paulo, como um dos melhores da cidade.
Destacam-se também, as cozinhas dos restaurantes Antiquarius (chef Antônio Alves), A Figueira Rubaiyat (chef Luciano Nardeli e Francisco Gameleira), La Pasta Gialla (chef Sergio Arno, um dos cinco melhores chefs em culinária italiana do mundo e o melhor chef de cozinha italiana da América Latina pela Costigliole d’Asti na Itália) e Bistrô Charlô (chef Charlô).
As opções, ainda que predominantemente italianas como em toda a cidade, vão da cozinha judaica à asiática, passando pelas culinárias orgânica, mediterrânea, contemporânea e internacional.
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Sobre o Autoritarismo Brasileiro
Lilia Moritz Schwarcz, no livro “Sobre o autoritarismo brasileiro”, demonstra a especificidade da história do Brasil. “Para cá veio quase a metade dos africanos e africanas escravizados e obrigados a deixar suas terras de origem na base da força e da violência; depois da independência, e cercados por repúblicas, formamos uma monarquia bastante popular por mais de sessenta anos, e com ela conseguimos manter intatas as fronteiras do país, cujo tamanho agigantado mais se assemelha ao de um continente. Para completar, como fomos uma colônia portuguesa, falamos uma língua diversa da dos nossos vizinhos”.
Boa parte dos estabelecimentos nacionais foram criados no contexto da vinda da família real, em 1808, quando se fundaram as primeiras escolas de cirurgia e anatomia, em Salvador e no Rio de Janeiro. Nas colônias espanholas, por sua vez, a criação das universidades é bem mais antiga, datando, algumas delas, dos séculos XVI, XVII e XVIII: Universidade de São Domingos (1538), Lima (1551), Cidade do México (1551), Bogotá (1580), Quito (1586), Santiago (1621) e Guatemala (1676). No XVIII: Havana (1721), Caracas (1721) e Assunção (1733).
Foi só com a chegada da corte portuguesa e com a duplicação da população em algumas cidades brasileiras que se deixou de contar exclusivamente com profissionais formados em Coimbra. Essas primeiras escolas foram a Academia Real Militar, em 1810, o curso de Agricultura, em 1814, e a Real Academia de Pintura e Escultura, fundada em 1820. Foram igualmente fundados nesse momento o Real Jardim Botânico, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, o Museu Real, a Real Biblioteca, a Imprensa Régia e o Banco do Brasil.
A Coroa portuguesa tratou de transplantar a pesada burocracia da metrópole europeia, em organograma hierárquico antes centralizado no Paço, em Lisboa. Ele abrangia o governo-geral do Brasil, o governo das capitanias e o das câmaras municipais. A estrutura judicial já contava, por aqui, com o Tribunal da Relação, vinculado à Casa da Suplicação, sediada na capital lusa.
“A independência política em 1822 não trouxe muitas novidades em termos institucionais, mas consolidou um objetivo claro, qual seja: estruturar e justificar uma nova nação”. Ela era muito peculiar no contexto americano: uma monarquia cercada de repúblicas.
Era preciso redigir uma nova Constituição, cuidar da saúde da população crescente e doente, formar engenheiros para assegurar as fronteiras e planejar as novas cidades, judicializar processos até então decididos a partir dos costumes e dos poderes regionais, e, não menos importante, inventar uma nova história para o Brasil, uma vez que a nossa era, ainda, basicamente portuguesa. A meta era construir uma história capaz de elevar o passado e patriótica nas suas proposições, trabalhos e argumentos.
“Os momentos inaugurais procuram destacar uma dada narrativa temporal em detrimento de outras, criar uma verdadeira batalha retórica — inventando rituais de memória e qualificando seus próprios modelos de autênticos (e os demais de falsos) —, elevar alguns eventos e obliterar outros, endossar certas interpretações e desautorizar o resto. Episódios como esse são, portanto, bons para iluminar os artifícios políticos da cena e seus bastidores. Ajudam a entender como, quando e por que, em determinados momentos, a história vira objeto de disputa política”.
Desbancando Salvador, o Rio se tornara capital do Brasil desde 1763, e agora precisava exercer sua centralidade política e histórica. A construção de uma história oficial concretizaria, embora parecesse artificial um Estado independente nas Américas, mas cujo projeto conservador levou à formação de um Império (regido por um monarca português) e não de uma República. Diferentemente de seus vizinhos latino-americanos, o chefe de Estado no Brasil era um monarca, descendente direto de três casas reais europeias das mais tradicionais: os Bragança, os Bourbon e os Habsburgo.
Passou-se à defesa da tese de o país se definir por sua mistura, sem igual, de gentes e povos. No Brasil se achavam estabelecidas as condições para o aperfeiçoamento das três raças humanas, colocadas uma ao lado da outra. Mas a herança portuguesa acabaria por “limpar” e “absorver as raças índia e etiópica”. Representaria o país a partir da singularidade e dimensão da mestiçagem de povos por aqui existentes.
Depois de tantos séculos de vigência de um sistema violento como o escravocrata era um desafio imenso. A escravidão pressupunha a propriedade de uma pessoa por outra. Criava uma forte hierarquia entre brancos com o mando e negros, cuja desobediência não raramente levava à revolta. Era no mínimo complicado simplesmente exaltar a harmonia. Além do mais, indígenas continuavam sendo dizimados no litoral e no interior do país, suas terras seguiam sendo invadidas e suas culturas, desrespeitadas.
Nem por isso o Império abriu mão de selecionar um projeto de paz com o passado e com o presente do Brasil. Em lugar de introduzir dados históricos, comprovantes da crueldade do cotidiano vigente no país, apresentou uma nação cuja “felicidade” era medida pela capacidade de vincular diversas nações e culturas, acomodando-as de forma unívoca. Interessava apenas contar uma história pátria — a europeia — e mostrar como ela se imporia, “naturalmente” e sem conflitos, às demais.
A história oficial louvava os três povos formadores do Brasil: todos juntos, mas (também) diferentes e separados. Mistura não era (e nunca foi) sinônimo de igualdade. Aliás, por meio dela confirmava-se uma hierarquia “inquestionável”. Tratava-se de “inventar” uma história não só particular (uma monarquia tropical e mestiçada) como também muito otimista com a ladainha das três raças formadoras da nação. Ela continuaria encontrando ampla ressonância no Brasil, pelo tempo afora. Vários autores repetiriam, com pequenas variações, o mesmo argumento.
No imaginário social brasileiro, o Brasil representaria um exemplo de harmonia racial para o mundo, devido à pressuposta inexistência de discriminação racial e étnica no país. Porém, o resultado foi, no mínimo, paradoxal. No entanto, um grupo de historiadores de São Paulo, liderado por Florestan Fernandes (1920-95), concluía exatamente o oposto. Para o sociólogo paulista, o maior legado do sistema escravocrata, aqui vigente por mais de três séculos, não seria uma mestiçagem a unificar a nação, mas antes a consolidação de uma profunda e entranhada desigualdade social.
Nas palavras de Florestan Fernandes, o brasileiro teria “uma espécie de preconceito reativo: o preconceito contra o preconceito”, uma vez que preferia negar a reconhecer e atuar. Foi também Fernandes quem chamou a já velhusca história das três raças de “mito da democracia racial”, revalidando, ao mesmo tempo, a força de tal narrativa e as falácias de sua formulação.
O golpe de misericórdia nessa pressuposta concórdia foi dado pelo ativismo negro. Ele, a partir do fim da década de 1970, mostrou a perversão desse tipo de discurso oficial. Tinha a potencialidade de driblar a força dos movimentos sociais em luta por real igualdade e inclusão.
Esse mito dos “tempos de outrora” sustentava as certezas do presente e garantia a vigência de uma mesma ordem e hierarquia, como se fossem eternas porque dadas pela natureza. O mito social buscava se transformar em história. Com uma especificidade: mitos não se comportam necessariamente como “mentiras”. Eles permanecem vigentes para além dos argumentos racionais ou dos dados e documentos capazes de negá-lo. Afinal, muitas vezes é mais cômodo conviver com uma falsa verdade em lugar de modificar a realidade.
Passou-se a divulgar uma história grandiloquente e patriótica. Textos funcionavam como propaganda de Estado. A metáfora das três raças definiria, por um largo tempo, a essência e a plataforma do que significava fazer uma história do e sobre o Brasil. Aliás, um certo Brasil, uma determinada utopia, com a qual convivemos até os dias de hoje como se fosse realidade.
Naturalizar a desigualdade, evadir-se do passado, é característico de governos autoritários como forma de promoção do Estado e de manutenção do poder. Mas é também fórmula aplicada, com relativo sucesso, entre nós, brasileiros. Além da metáfora falaciosa das três raças, estamos acostumados a desfazer da imensa desigualdade existente no país e a transformar, sem muita dificuldade, um cotidiano condicionado por grandes poderes centralizados nas figuras dos senhores de terra em provas derradeiras de um passado aristocrático.
A História é, por definição, inconclusa. Já a memória traz invariavelmente para o centro da análise uma dimensão subjetiva ao traduzir o passado na primeira pessoa e a ele devotar uma determinada lembrança: de quem a produz. Assim, ela recupera o “presente do passado” e faz com o passado virar também presente.
Lilia Moritz Schwarcz, no livro “Sobre o autoritarismo brasileiro”, afirma: não há como dominar totalmente o passado. Por isso, o que pretende fazer aqui neste livro é “lembrar”. Essa é a melhor maneira de repensar o presente e não “esquecer” de projetar o futuro.
Sobre o Autoritarismo Brasileiro publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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As ruínas de Conímbriga: um legado romano em Portugal
Localizado a poucos quilômetros de Coimbra, o sítio arqueológico de Conímbriga abriga alguns dos mais importantes vestígios da ocupação romana na Península Ibérica. Entre as ruínas dos antigos palácios e seus riquíssimos mosaicos, é possível conhecer um pouco do que teria sido essa próspera cidade da antiga Lusitânia.
A arqueologia revela que Conímbriga teria se estabelecido como uma povoação pré-histórica ainda na Idade do Cobre, por volta do século IX a.C. Os romanos teriam chegado apenas na segunda metade do século I a.C., promovendo uma rápida "romanização" da população local e transformando o povoado em um importante centro urbano, que prosperou durante todo o Império.
Na Idade Média a região caiu sob domínio visigótico, até o início do século VI, quando houve a invasão muçulmana e a cidade começou a declinar, até esvaziar-se completamente por volta do século XI. No século XVI teria-se algum conhecimento sobre a existência das ruínas de Conímbriga, mas apenas no século XIX é que tiveram início os trabalhos de escavação arqueológica e pesquisa.
Atualmente a cidade está escavada em cerca de 17% de seu território, o que permite observar muito do urbanismo primitivo que a constitui. A maior parte das condicionantes desse urbanismo eram naturais, como a garganta do Rio dos Mouros, que servia como defesa natural para a cidade e acabou por delimitar as formas irregulares dos quarteirões do período romano e visigótico.
Os lindíssimos mosaicos, preservados in situ, constituem uma grande e importante coleção que ilustra um pouco da vida romana na antiguidade. A Casa dos Repuxos, um dos edifícios mais emblemáticos de Conímbriga, possui uma área pavimentada de mosaico com 569 m², além de importantes vestígios de pintura mural e um imponente peristilo central ajardinado, com um lago e fontes de água.
Hoje Conímbriga é classificada como Monumento Nacional e seu sítio arqueológico está aberto à visitação. O único porém é que não há muita facilidade de acesso por transporte público à partir de Coimbra. O mais indicado é ir de carro ou taxi, ou ainda encontrar alguma excursão que realize a visita.
Além do conjunto escavado da antiga cidade, o local conta com um museu monográfico, que contém o acervo de artefatos arqueológicos recolhidos nas escavações. A atual exposição permanente apresenta os objetos de uso quotidiano dispostos por tema e evoca o fórum monumental, a riqueza das domus (residências urbanas das famílias mais abastadas), a força do comércio, a religião e as crendices da população romanizada, além da presença suevo-visigótica. ~MV
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Festa Portuguesa? Com certeza!
Nesse domingo, dia 11 de junho, das 9 às 18 horas, haverá a 8ª edição da comunidade portuguesa. Será no Centro Histórico de Santos, no Largo Marquês de Monte Alegre. Será repleta de ranchos folclóricos, comidas típicas, artesanato fadistas e grupos musicais, tradicionais e deliciosos doces portugueses e sorteios de brindes. É a a maior festa da comunidade portuguesa na região, atraindo milhares de pessoas todos os anos.
O evento, costuma atrair de 3 a 5 mil pessoas a cada edição. Famílias inteiras tingem de verde e vermelho o Centro Histórico da Cidade, ao lado do Santuário do Valongo e do Museu Pelé.
A programação cultural terá 13 apresentações ligadas à Portugal e levarão ao palco modas cantadas e bailadas de diversas regiões de Portugal, com trajes genuínos e utensílios típicos. Uma oportunidade para portugueses, descendentes, santistas e turistas, que poderão conhecer melhor ou simplesmente matar saudade da rica cultura lusitana.
Esse dia visa resgatar a cultura portuguesa na Baixada Santista e valorizar a forte influência lusitana na formação do povo e da cultura santista.
Artesanato e comida
Quem quiser conhecer um pouco mais da cultura poderá visitar as tendas com artesanatos. Como nas outras edições, também estarão lá os famosos trabalhos manuais das Bordadeiras do Morro São Bento, que perpetuam em Santos a arte secular da Ilha da Madeira.
Sucesso de crítica e público, os tradicionais pratos típicos da culinária portuguesa também estarão à venda. Quem comprar, além de se deliciar com as receitas lusitanas, ainda estará ajudando a Escola Portuguesa, que atende crianças carentes, e que receberá a renda obtida durante a festa.
E para que todos entrem no clima da festa e a deixem ainda mais bonita, os organizadores sugerem ao público que vá vestido com acessórios ou roupas que lembrem as cores de Portugal.
Apresentações
A 8ª Edição do Dia de Portugal é uma realização do Consulado Honorário de Portugal em Santos e do Conselho das Comunidades Portuguesas, com o apoio da Prefeitura de Santos.
O evento tem o patrocínio de: Agência de Turismo Vasco da Gama, Aldeias Supermercados, Anamar Empreendimentos Imobiliários, Âncora Construtora, Armando Viagens e Turismo, Auto Posto Leão Vip, Banco Caixa Geral Brasil, Bela Locações de Bens, Clileal, Panificadora Roxy, Colégio Lamec, Estrutura Construtora e Incorporadora, Gomes & Ferreira Construções, Grupo Macuco, Grupo Mendes, Joduarte, Luxmar Imóveis, Mabelu Administradora e Locação de Imóveis, Marfinite, Mauá Construtora, Mendes Plaza Hotel, Monumento Shopping Car & Motos, Mundo Lusíada, Predimar, Restaurante Tasca do Porto, Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista, Supermercado Varandas, Tâmega Turismo e Seguros, Último Gole Restaurante Choperia e Unimed Santos.
Dia de Portugal – 8ª Edição
Data: 11 de junho (domingo) Local: Largo Marquês de Monte Alegre, Centro Histórico de Santos – ao lado do Santuário do Valongo e do Museu Pelé Horário: 9 às 18 horas
Programação
Início Término Grupo
9 horas às 9h50 Missa
10 horas às 10h20 Orfeão do Centro Cultural Português
10h30 às 10h50 Solenidade de Abertura
11 horas às 11h20 Rancho Veteranos Apaixonados pelo Folclore
11h30 às 11h50 Vira Livre - Músicas Tradicionais para Dançar
12 horas às 12h20 Rancho Folclórico Verde Gaio
12h30 às 12h50 Rancho Folclórico Infantil da Escola Portuguesa
13 horas às 13h20 Grupo Fado Por Acaso
13h30 às 13h50 Grupo Folclórico Cruz de Malta
14 horas às 14h20 Andreza Mariano e Banda
14h30 às 14h50 Rancho Folclórico Típico Madeirense
15 horas às 15h20 Rancho Folclórico da Casa de Portugal de Praia Grande
15h30 às 15h50 Marly Gonçalves e os Músicos Ricardo e Renato Araújo
16 horas às 16h20 Rancho Folclórico da Associação Atlética Portuguesa
16h30 às 16ásh50 Banda Filhos da Tradição
17 horas às 17h20 Rancho Folclórico Tricanas de Coimbra
17h30 às 18 horas Vira Livre – Músicas Tradicionais para Dançar
#Festa Portuguesa? Com certeza!#Dia de Portugal será realizado no dia 11 de junho em Santos#Dia de Portugal em Santos#entretenimento
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