#Festa Portuguesa? Com certeza!
Explore tagged Tumblr posts
Text
MINHA PÁTRIA É A LÍNGUA PORTUGUESA
Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim interesse de nenhuma espécie – nem sequer mental ou de sonho -, transmudou-se-me o desejo para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até de Vieira, na sua fria perfei��ão de engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa movida.
Como todos os grandes apaixonados, gosto da delícia da perda de mim, em que o gozo da entrega se sofre inteiramente. E, assim, muitas vezes, escrevo sem querer pensar, num devaneio externo, deixando que as palavras me façam festas, criança menina ao colo delas. São frases sem sentido, decorrendo mórbidas, numa fluidez de água sentida, esquecer-se de ribeiro em que as ondas se misturam e indefinem, tornando-se sempre outras, sucedendo a si mesmas. Assim as ideias, as imagens, trémulas de expressão, passam por mim em cortejos sonoros de sedas esbatidas, onde um luar de ideia bruxuleia, malhado e confuso.
Não choro por nada que a vida traga ou leve. Há porém páginas de prosa que me têm feito chorar. Lembro-me, como do que estou vendo, da noite em que, ainda criança, li pela primeira vez numa selecta o passo célebre de Vieira sobre o rei Salomão. “Fabricou Salomão um palácio…” E fui lendo, até ao fim, trémulo, confuso: depois rompi em lágrimas, felizes, como nenhuma felicidade real me fará chorar, como nenhuma tristeza da vida me fará imitar. Aquele movimento hierático da nossa clara língua majestosa, aquele exprimir das ideias nas palavras inevitáveis, correr de água porque há declive, aquele assombro vocálico em que os sons são cores ideais – tudo isso me toldou de instinto como uma grande emoção política. E, disse, chorei: hoje, relembrando, ainda choro. Não é – não – a saudade da infância de que não tenho saudades: é a saudade da emoção daquele momento, a mágoa de não poder já ler pela primeira vez aquela grande certeza sinfónica.
Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente. Mas odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe sintaxe, não quem escreve em ortografia simplificada, mas a página mal escrita, como pessoa própria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem ípsilon, como o escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.
Sim, porque a ortografia também é gente. A palavra é completa vista e ouvida. E a gala da transliteração greco-romana veste-ma do seu vero manto régio, pelo qual é senhora e rainha.
“Livro do Desassossego”, por Bernardo Soares. Vol. I, Fernando Pessoa
4 notes
·
View notes
Text
#QueroMaisMusicaPortuguesa
Depois da quota obrigatória de 30% de música portuguesa nas rádios ser abandonada pelo ministro da Cultura, surge o movimento #QueroMaisMusicaPortuguesa. Este movimento conta com uma petição com mais de 2,000 assinaturas e o apoio de inúmeros artistas portugueses como Rui Veloso, Luísa Sobral, Luís Represas, entre outros.
Podem perceber melhor sobre este movimento com este vídeo do Expresso:
youtube
Alegando que “não há produção suficiente de música portuguesa para assegurar estes valores”, o presidente da Associação Portuguesa de Radiodifusão também se apresentou contra o aumento da quota.
Hoje deixamos algumas sugestões de música portuguesa, provando que existe muita e boa música no nosso país, que pode satisfazer todos os gostos.
Para fãs de thrash metal apresentamos os promissores Warout com a recente Addicted to Violence, uma bomba ao vivo! (Data de lançamento: 6 de Janeiro, 2023)
Os transmontanos Whales Don’t Fly, no género do Metal, iniciaram em 2018 e lançaram o primeiro álbum em 2022. Uma viagem que vale a pena fazer, do início ao fim (Data de Lançamento: 6 de Fevereiro, 2022)
Também de raízes transmontanas, os Soul Despair são uma banda promissora no MetalCore. (Data de Lançamento: 14 de Abril, 2023)
Outras bandas dentro do género que vale a pena ouvir: Seventh Storm, Jarda, Toxikull, Ledderplain, Moonspell, Tara Perdida, Apotheus
Vamos dar uma voltinha até ao rock, com os mirandelenses Dan’s Revival, que remetem para o rock dos anos 60. (Ano de Lançamento: 2019)
No folk rock temos os brigantinos Yvette Band com o novo álbum Co[N]tradição.
(Desculpem, isto está a tornar-se uma ode a Trás-os-Montes)
Os Diabo na Cruz, que continuam a deixar saudade.
No indie rock não podemos deixar de mencionar os já conhecidos Capitão Fausto e Ornatos Violeta
No pop rock/ punk rock os Baleia Baleia Baleia continuam a dar cartas com o álbum Suicídio Comercial lançado em 2022, considerado um dos melhores do ano.
No rock alternativo, Persona 77 lançaram o mais recente EP em 2022.
Paraguaii, First Breath After Coma, The Miami Flu, The Poppers, Fugly, Grandfathers House, Bed Legs tudo nomes de bom rock indie português
Os portuenses Jupiter lançaram hoje (14 de abril, 2023), Diamante em Bruto, um estilo funk/groovy “à moda do Porto”
No campo instrumental, já conhecemos Homem em Catarse
Os tops nacionais não mentem com vários artistas portugueses na lista, demonstrando que o público português gosta da música que por cá se faz:
Bárbara Bandeira, Carolina Deslandes, Diogo Piçarra, Slow J, Bárbara Tinoco, D.A.M.A., Miguel Araújo, António Zambujo, são apenas alguns nomes que estão uma e outra vez entre os mais ouvidos no nosso país
Lo-fi beats? Também temos
Com raízes no R&B, Lo-fi e rock, os vimaranenses The Midnight Spot surgiram há alguns anos e finalmente lançaram dois singles em 2021. Fica aqui um deles.
Chegamos finalmente ao rap e hip hop, com nomes como Sam the Kid, Plutónio, Wet Bed Gang, Boss AC, Da Weasel que são já parte do nosso vocabulário.
Bezegol, que dispensa apresentações e rótulos (esta com Rui Veloso, que dispensa ainda menos de apresentações) - Aqui
Não esquecendo a música popular, que não é só pimba, deixamos algumas sugestões engraçadas para fazer um bailarico à moda portuguesa.
Canedo // Galandum Galundaina
Quem nunca dançou esta música de braço com um amigo que atire a primeira pedra.
Ainda há muitos portugueses que acreditam não gostar de música nacional porque “não gosto de pimba”. Temos que deixar umas palavras de agradecimento ao pimba, mesmo assim, por todas as festas da terrinha, todos os finos derramados, os sorrisos rasgados e a certeza de que cada verão português vai deixar saudade até ao próximo.
O fado, é obviamente, um dos géneros mais característico do nosso país, apesar de não ser o favorito de toda a gente. Mesmo assim vale a pena ir a uma casa de fados e apoiar a nossa economia local, ou ir à Monumental Serenata em Coimbra chorar com os amigos.
Povo que lavas no rio // Amália Rodrigues
Canção do Mar // Dulce Pontes
Além de vários outros artistas aqui não mencionados (tentámos dar palco aos menos conhecidos, não querendo esquecer os nomes de renome no país), se esta lista ainda não te foi suficiente para despertar a curiosidade (esperamos que não), podes ouvir mais música portuguesa aqui:
13 notes
·
View notes
Text
A Unidos da Tijuca traz, para o carnaval de 2024, as lendas portuguesas com certeza!
A Unidos da Tijuca traz, para o carnaval de 2024, as lendas portuguesas com certeza!O Conto de Fados é o enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2024 A Unidos da Tijuca anunciou o enredo que levará para a Marquês de Sapucaí em 2024 com grande festa de lançamento em sua quadra na noite de sábado, 13 de maio, data em que se comemora o dia de Nossa Senhora de Fátima, padroeira de Portugal. O…
View On WordPress
0 notes
Text
TODO O MUNDO QUER DIZER “SIM” EM TRANCOSO
Palco paradisíaco: com suas praias de areias brancas e águas cristalinas, rodeadas pela vegetação exuberante da Mata Atlântica, Trancoso é um destino turístico de praia muito procurado no Brasil (principalmente por famosos) e que pode criar um ambiente romântico e inesquecível para o seu grande dia. Com uma paisagem dessas de pano de fundo para suas fotografias, então! Quem não quer?
Clima: outro fator superfavorável é o clima quente e ensolarado durante a maior parte do ano. Os meses que costumam ser chuvosos na região são outubro, novembro e dezembro. Como diz o ditado: na Bahia é verão o ano todo!
Diversidade de cenários fotográficos: há opções para todos os gostos, desde praias até igrejas e parques. O próprio Quadrado, com certeza, pode render fotografias inigualáveis. Você pode agendar seu book de fotos de casamento para guardar as mais maravilhosas recordações desse dia tão especial. Já imaginou como ficaria seu álbum de casamento, com as paisagens, arquiteturas, infinitas belezas de Trancoso e você compondo o casal como protagonista de uma linda história de amor?
Riqueza Cultural: a cultura afro-brasileira é muito presente na região e é uma característica que pode acrescentar um toque especial à sua cerimônia de casamento. Além disso, Trancoso tem uma comunidade artística vibrante e uma cena de música ao vivo animada, que pode ser deixar sua festa ainda mais radiante.
Gastronomia: ah, a gastronomia! A culinária baiana é conhecida por sua riqueza de sabores, que mistura influências africanas, indígenas e portuguesas. Os pratos são deliciosos e únicos, como a famosa moqueca, o acarajé e o vatapá. Seus convidados com certeza vão amar.
Equipes preparadas: Trancoso tem uma grande comunidade de profissionais especializados em eventos e casamentos, incluindo fotógrafos, decoradores, músicos e organizadores de casamentos. Isso pode ajudar a tornar o planejamento da cerimônia de casamento mais fácil e sem estresse. A Pousada Travel Inn Trancoso pode ajudar você, indicando os fornecedores locais sem cobrança de taxa extra.
Hospedagem e Espaços Wedding: para garantir que seus convidados aproveitem ao máximo a viagem, a Pousada Travel Inn Trancoso pode acomodar até 130 pessoas e receber até 300 convidados no seu casamento na praia. Uma pousada pé na areia, em meio a uma paisagem deslumbrante, com duas áreas para realização de festas e deck amplo de frente para o mar. Além disso, a noiva tem uma suíte exclusiva para seu preparo e das madrinhas e making of para deixar tudo registrado no Dia da Noiva. E se os nubentes desejarem estender a festa, a Pousada oferece a opção de esticar a comemoração para o fim de semana inteiro, com pré-wedding na sexta, cerimônia e festa no sábado e encerramento no domingo.
É ou não é o casamento dos seus sonhos na praia? Trancoso é um lugar mágico, perfeito para momentos inesquecíveis como esse. Não deixe de considerar essa opção para o seu grande dia!
Acesse https://www.travelinn.com.br/trancoso/casamento e confira todos os detalhes de um casamento perfeito.
#CASAMENTO EM TRANCOSO#CASAMENTO NA PRAIA#CASAMENTO PÉ NA AREIA#O QUE É PRECISO PARA SE CASAR NA PRAIA?#POR QUE CASAR EM AGOSTO?#PRECISA DE AUTORIZAÇÃO PARA CASAR NA PRAIA?#QUAL MELHOR LUGAR PARA CASAR NA PRAIA?#QUAL TIPO DE CASAMENTO É MAIS BARATO?#QUANTO CUSTA CASAR NA BAHIA?#QUANTO CUSTA PARA CASAR NA IGREJA DE TRANCOSO?#QUANTO CUSTA UM CASAMENTO EM PORTO SEGURO?#QUANTO CUSTA UM CASAMENTO NA PRAIA PARA 100 PESSOAS?#QUANTO CUSTA UM CASAMENTO PARA 100 PESSOAS 2021?#QUANTO CUSTA UM CASAMENTO PARA 100 PESSOAS 2022?#QUEM CASOU NA IGREJA DE TRANCOSO?
0 notes
Text
#ThisWeek
20/02/23 COLLECT SOUNDGUY BILL
21/02/23 COLLECT PYRRAIT
22/02/23 COLLECT AQUÉRIO COLETIVO
22/02/23 LOUNGE ALIENAÇÃO: DJ 420"ÔA
22/02/23 MUSICBOX LUCAS BICUDO MINERVA HORÁRIO: 00:00
Lucas Bicudo é curador musical, colecionador de discos, e fundador do 1/4 club, sem meias medidas para uma noite completa cheia de ritmos infundidos de groove, entre os clássicos brasileiros até aos mais frenéticos ritmos house. Minerva tem a sua base em Copenhaga mas voa por toda a europa com o combustível do funk a acender a engrenagem.
23/02/23 COLLECT CONTRATEMPOS
23/02/23 INCÓGNITO SPARK
23/02/23 LOUNGE TROL 2000
23/02/23 MUSICBOX Y.AZZ + VASCO COMPLETO HORÁRIO: 21:30
Y.azz anuncia-se ao mundo com o seu pop-romântico, movido pela modernidade e surpresa, com ponto assente na sua poderosa voz e figura de cortar a respiração. Vasco Completo fará a primeira parte, com as suas batidas a aquecerem a noite para chegarmos um passo mais perto do futuro.
AMOR SATYR + CHUNGADADDY HORÁRIO: 00:00
A imprevisibilidade dentro da certeza, é essa a promessa de Amor Satyr. Podemos não saber se vamos estar entre o techno, o jungle, o dembow ou o baile funk mas sabemos que vamos estar no sítio certo para ouvir da melhor maneira.
A cena francesa chega sem meias-medidas e estará muito bem acompanhada pela força local de Chungadaddy, que regressa à nossa cabine depois de ter disseminado o seu encanto por pistas no estrangeiro.
24/02/23 COLLECT MARTINO BOGA LADY G. BROW
24/02/23 INCÓGNITO RUI MAIA
24/02/23 LOUNGE DJ AAGUILAA
24/02/23 MUSICBOX B FACHADA (ESGOTADO) HORÁRIO: 22:00
Escreve canções que dão mostras de ser recebidas como ciência social, mas o inverso também é verdadeiro. Tem muitos descendentes, mas é mais que a soma dos por si influenciados. Na música popular portuguesa do século XXI não há outra figura como B Fachada, o nome artístico de Bernardo Fachada, compositor, multi-instrumentista, produtor. Nascido em 1984, estudou música no Instituto Gregoriano de Lisboa e aprendeu piano. Mais tarde, frequentou a escola do Hot Clube de Portugal e, na Universidade, cursou Estudos Portugueses. Desde 2007 tem-se notabilizado por um espantoso, e até certo ponto impiedoso, ritmo de edições, através do qual frequentemente subverte o cânone e converte os dogmáticos, baralha as expetativas e expetora a maralha, coça rótulos, caça ruturas. Entre formatos físico e digital, lançou cinco EP (destacando-se o remoto “Viola Braguesa”, uma reflexão sobre o conceito da tradição e suas traições, ou o split com as Pega Monstro, de 2015, em reflexo da amizade e acuidade estética), três mini álbuns charneira (“Há Festa na Moradia”, que teve edição física em vinil, “Deus, Pátria e Família”, que aparentou parar o país, e “O Fim”, com que anunciou uma pausa sabática) e sete registos de longa-duração (da discussão das questões de moral associadas ao universo infanto-juvenil de “B Fachada é Pra Meninos” ao manifesto de pop batumada que foi “Criôlo” passando pelo homónimo de 2014, criado com recurso a samples burilados, programações barrocas, batidas apátridas, chegando à obra-prima “Rapazes e Raposas” lançada sem aviso prévio neste ano biruta de 2020). O seu impacto conjunto testa os limites daquilo que, neste domínio, se entende por produção cultural.
Entre 2009 e 2012, fez também parte da banda Diabo na Cruz, com a qual percorreu o país de lés a lés. Ainda em início de carreira, o realizador Tiago Pereira dedicou-lhe o documentário “Tradição Oral Contemporânea”. Com Minta e João Correia lançou uma versão integral do álbum “Os Sobreviventes”, de Sérgio Godinho, com quem já atuou ao vivo. Dividiu igualmente palcos com Dead Combo, Lula Pena, Manel Cruz, Manuela Azevedo, Márcia, Norberto Lobo, Nuno Prata ou Samuel Úria. Fez primeiras partes para Kurt Vile e Vashti Bunyan. Tocou ocasionalmente fora de portas, em Berlim, Barcelona ou Praga, mas nunca foi ao Brasil, onde possui uma dedicada legião de fãs. Apresentou-se nas mais emblemáticas salas de espetáculo portuguesas, mas muitos recordam com mais carinho as atuações divulgadas em cima da hora, em inesperados espaços que continuamente esgotam. E além de se ler tudo o que sobre a sua carreira foi escrito – num dossiê de imprensa sem paralelo entre os seus pares – ou de se testemunhar o ato de comunhão em que se transformaram os seus concertos, basta seguir as sedes virtuais em que opera para se compreender tratar-se de um autor tão ouvido quanto vivido. Talvez por isso se diga que a sua obra é indistinguível de quem a consome. Ou que biografia e alegoria são inseparáveis na sua contundente escrita. Mas, se perto de uma década de atividade artística profissional independente sugere alguma coisa é a de que, como poucos, Fachada está interessado em questionar convenções no seu próprio tom, no seu próprio tempo, nos seus próprios termos.
NOITE PRINCIPE HORÁRIO: 00:00
Não sabemos quem vai tocar, sabemos que vai toda a gente. As noites são emblemáticas e as expectativas são sempre cumpridas.
24/02/23 LUX FRÁGIL BEYOND SUPERB: DISCO "SUMO" DE SAM THE KID COM: MÃO DOBRA LIVE CLASSE CRUA LIVE VLUDO LIVE
BAR: TWOFOLD OGAZÓN DIANA OLVEIRA NÚRIA DJ NEL ASSASSIN DJ MADDRUGA DJ KRONIC
24/02/23 KREMLIN - LOST FREQUENCY TAO ANDRA HANDERSON HOSTED BY ROD B
25/02/23 MUSIC SPEAKS - LISBOA RIO PER HAMMAR ANDY PHILL B2B JORCA GEAR/M:RTA/TRUKE
25/02/23 MUSICBOX STCKMAN + GUIGAS (BETWEEN) HORÁRIO: 00:00
Stckman já tem as costas aquecidas pelo seu passado. Debaixo do veludo das suas músicas com elevada rotação no Soundcloud pintam-se as linhas fluídas desta noite, em que Guigas será também ele leme de tudo o que importa: movimento, momentos memoráveis e muita surpresa.
25/02/23 LOUNGE NO IDOLS: CVLT
25/02/23 INCÓGNITO MR. MITSUHIRATO
25/02/23 LUX FRÁGIL - EXTENDED MIX DISCO: YEN SUNG & NVNO ÂME DJ SET RUI VARGAS & DEXTER ORBE
BAR: TELMA + SEMEDO BIBI SECK SLIGHT DELAY DANNY KRIVIT DJ CARING & VARELA
26/02/23 MUSICBOX CIRCA PAPI HORÁRIO: 00:00
Circa Papi, o pseudónimo de Ronald Bravo Rómulo, “Mestre de Cerimónias” de raízes propriamente viradas ao old & new school Hip Hop & Rap, R&B soul, nunca esquecendo Afro Beat/Swing Amapiano, Baile, Grime, UK Funky House transita entre estes e mais outros géneros musicais sempre de forma cool, groovy e geralmente eclética, providenciando boas vibes para a plateia.
0 notes
Text
Festa Portuguesa? Com certeza!
Nesse domingo, dia 11 de junho, das 9 às 18 horas, haverá a 8ª edição da comunidade portuguesa. Será no Centro Histórico de Santos, no Largo Marquês de Monte Alegre. Será repleta de ranchos folclóricos, comidas típicas, artesanato fadistas e grupos musicais, tradicionais e deliciosos doces portugueses e sorteios de brindes. É a a maior festa da comunidade portuguesa na região, atraindo milhares de pessoas todos os anos.
O evento, costuma atrair de 3 a 5 mil pessoas a cada edição. Famílias inteiras tingem de verde e vermelho o Centro Histórico da Cidade, ao lado do Santuário do Valongo e do Museu Pelé.
A programação cultural terá 13 apresentações ligadas à Portugal e levarão ao palco modas cantadas e bailadas de diversas regiões de Portugal, com trajes genuínos e utensílios típicos. Uma oportunidade para portugueses, descendentes, santistas e turistas, que poderão conhecer melhor ou simplesmente matar saudade da rica cultura lusitana.
Esse dia visa resgatar a cultura portuguesa na Baixada Santista e valorizar a forte influência lusitana na formação do povo e da cultura santista.
Artesanato e comida
Quem quiser conhecer um pouco mais da cultura poderá visitar as tendas com artesanatos. Como nas outras edições, também estarão lá os famosos trabalhos manuais das Bordadeiras do Morro São Bento, que perpetuam em Santos a arte secular da Ilha da Madeira.
Sucesso de crítica e público, os tradicionais pratos típicos da culinária portuguesa também estarão à venda. Quem comprar, além de se deliciar com as receitas lusitanas, ainda estará ajudando a Escola Portuguesa, que atende crianças carentes, e que receberá a renda obtida durante a festa.
E para que todos entrem no clima da festa e a deixem ainda mais bonita, os organizadores sugerem ao público que vá vestido com acessórios ou roupas que lembrem as cores de Portugal.
Apresentações
A 8ª Edição do Dia de Portugal é uma realização do Consulado Honorário de Portugal em Santos e do Conselho das Comunidades Portuguesas, com o apoio da Prefeitura de Santos.
O evento tem o patrocínio de: Agência de Turismo Vasco da Gama, Aldeias Supermercados, Anamar Empreendimentos Imobiliários, Âncora Construtora, Armando Viagens e Turismo, Auto Posto Leão Vip, Banco Caixa Geral Brasil, Bela Locações de Bens, Clileal, Panificadora Roxy, Colégio Lamec, Estrutura Construtora e Incorporadora, Gomes & Ferreira Construções, Grupo Macuco, Grupo Mendes, Joduarte, Luxmar Imóveis, Mabelu Administradora e Locação de Imóveis, Marfinite, Mauá Construtora, Mendes Plaza Hotel, Monumento Shopping Car & Motos, Mundo Lusíada, Predimar, Restaurante Tasca do Porto, Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista, Supermercado Varandas, Tâmega Turismo e Seguros, Último Gole Restaurante Choperia e Unimed Santos.
Dia de Portugal – 8ª Edição
Data: 11 de junho (domingo) Local: Largo Marquês de Monte Alegre, Centro Histórico de Santos – ao lado do Santuário do Valongo e do Museu Pelé Horário: 9 às 18 horas
Programação
Início Término Grupo
9 horas às 9h50 Missa
10 horas às 10h20 Orfeão do Centro Cultural Português
10h30 às 10h50 Solenidade de Abertura
11 horas às 11h20 Rancho Veteranos Apaixonados pelo Folclore
11h30 às 11h50 Vira Livre - Músicas Tradicionais para Dançar
12 horas às 12h20 Rancho Folclórico Verde Gaio
12h30 às 12h50 Rancho Folclórico Infantil da Escola Portuguesa
13 horas às 13h20 Grupo Fado Por Acaso
13h30 às 13h50 Grupo Folclórico Cruz de Malta
14 horas às 14h20 Andreza Mariano e Banda
14h30 às 14h50 Rancho Folclórico Típico Madeirense
15 horas às 15h20 Rancho Folclórico da Casa de Portugal de Praia Grande
15h30 às 15h50 Marly Gonçalves e os Músicos Ricardo e Renato Araújo
16 horas às 16h20 Rancho Folclórico da Associação Atlética Portuguesa
16h30 às 16ásh50 Banda Filhos da Tradição
17 horas às 17h20 Rancho Folclórico Tricanas de Coimbra
17h30 às 18 horas Vira Livre – Músicas Tradicionais para Dançar
#Festa Portuguesa? Com certeza!#Dia de Portugal será realizado no dia 11 de junho em Santos#Dia de Portugal em Santos#entretenimento
33 notes
·
View notes
Text
Museu da Língua Portuguesa
Estou hoje, dia dezoito do mês último, em São Paulo.
Comentarei neste espaço sobre dois grandes assuntos:
Como foi o dia;
Como o brasílico é falado aqui.
Hoje o dia foi bem frio. Congelante para mim. Devo comentar, de início, sobre o fuso-horário, não que exista, mas sinto que há. As coisas por aqui ocorrem lentamente pela manhã e, à noite, todos despertos, como se houvesse duas horas de diferença, embora não havendo.
O dia frio ao qual me referi a pouco é de mais ou menos: 19°C. Congelante.
Fomos Eu, Mamãe, Brunno e Satya ao Museu da Língua Portuguesa (Às 7h, no horário de Bacabal, 11h no horário local).
Primeiro houve uma confusão, pois, no dia anterior a este comi demasiado e necessitava fazer de livrar. Enfim, o fiz. Porém quando terminei logo precisávamos ir. Aprontei-me depressa, e esperei com algumas aulas de francês, japonês, russo algumas vezes… Sem sucesso nas duas últimas.
Quando chegamos ao metrô, perdemo-nos. Passávamos pelo mesmo lugar cinco vezes. Mas enfim, conseguimos chegar à Central da Luz, um lugar bonito, antigo e que provavelmente já o tinha visto em algumas novelas.
Ao chegarmos, e iniciamos pelo último andar, havia textos, áudios, vídeos e um convite para irmos assistir a uma apresentação sobre o tema. Ela era interessante, com músicas, sotaques e muitas imagens, que me deixavam tonto muitas vezes.
Ao final dessa apresentação, chegávamos ao térreo, uma laje, com vista para o parque que ficava ao lado, no qual fomos depois, e a um grande relógio.
Retornamos para o prédio e iniciamos o segundo andar. O meu favorito. Lá havia sotaques, história de muitas línguas e muitas palavras.
Iniciando pelo que mais me empolgava: Havia, quando entrávamos, uns "pilares de ouvir" ,assim os chamarei, deles saiam vozes de muitas línguas, francês, inglês, russo, e muitas outras.
Avançando pelo lado direito para quem entra, chegávamos a um mapa de todas as línguas derivadas do indo-europeu. Muitas dessas já conhecia e admirava tal representação. Isso me encantou por muito.
Havia um portal, dentro dele uma sala, nela projetores que nos mostravam os movimentos para formarmos palavras. A primeira quando entrei foi joelho, a vigésima foi congresso. Contava-se após a sua histologia.
Mais adiante uma sala maior que essa ou a dos "pilares de ouvir" contava a formação da língua portuguesa desde o Latim, até o advento da Internet, que obviamente muda toda a forma de comunicar-se.
Naquela mesma sala havia telas interativas, que chamarei de "dicionário etimológico virtual e falante" quando cheguei a eles interagir com todos, creio, tudo era mágico a mim, conseguia saber que aquele era/ é meu lugar. Uma parte desta massa que me comanda chamada cérebro é indubitavelmente igual a aquela sala, quiçá igual a todo aquele Museu.
Logo chegávamos ao final deste passeio. Fomos a uma parte interessantíssima, mas que não me interessou muito: Imigrantes para a Língua. A área é temporária e intitulada "Sonhei em Língua Portuguesa!" Interessante como havia lá caixas e dentro delas pessoas a contar seus relatos de como vieram, ou como sua linguagem mudou depois de sua chegada ao país.
Tivemos que sair. Devíamos ir a uma degustação para a festa de aniversário de Augusto, sua terceira. Demoramos um pouco, fomos de "carro chamado". Ao chegarmos decoravam outras festas. Lá é elegante. Nunca tinha visto tal coisa, não presencialmente, por novelas, com certeza…
Chegamos, comemos e saímos. Chovia e ventava forte.
Partiríamos daí para a casa de tia Mundica, ela não nos reconheceu, mas tratou-nos bem. Até que descobriu que nós éramos nós. Achava-a fofa. Ficamos por pouco conversando, traindo a nossos costumes para agradar, não a entendiamos bem. Mamãe sim, compreendia-a bem. Traduzia. Achava-as fofas. Fomos de "carro chamado", por uma hora até aqui chegar, estou agora em leito, pronto para dormir.
Disse que falaria do Brasílico falado nas terras ao sul. É estranho. É forte. Letras que somem ao maranhense, são acentuadas e ditas de forma diferente por cá. Não me acostumei ainda, embora, já o tenha ouvido em novelas, não me acostumei ainda.
Deixo, assim, o dia dezoito do mês derradeiro depois de 2021 anos desde que começaram a contagem.
Escolhi esta música para representar o dia que vivi. Traz um quê futurista, e romântico. Representa exatamente, embora, não a tenha escutado hoje.
Bem, até mais!
Assinado: Emanuel
(Esta imagem representa como vivi hoje, senti-me dentro de uma geladeira.)
3 notes
·
View notes
Photo
Eu sou o tipo de pessoa que tatua a logo da própria página do Instagram, mesmo ela ainda tendo 125 seguidores.
Eu escrevo textos curtos, as vezes apenas frases, porque é esse o suficiente para me expressar.
Eu escuto de The Smiths a Taylor Swift, Tim Bernardes a Gloria Groove e por aí vai.
Eu não sei tudo sobre minha banda favorita e não sou muito boa em lembrar de coisas que super fãs lembram.
Eu não sei todas as regras da língua portuguesa. Não sei quando usar crase, hífen, vírgula, etc.
E isso não me impede de escrever.
Eu não faço exercícios físicos e nem troco batata frita por salada.
Eu respondo, de maneira amigável, stories de pessoas que eu não conheço.
Eu tiro print de basicamente toda música nova ou indicação de livro, e eu não faço nada com isso.
Eu já fui viciada em cigarro, hoje sou em chá mate gelado.
Eu sinto que não ligo para a opinião de ninguém, mas minhas amigas dizem o contrário.
E por falar em amigas, eu sou tipo a amiga engraçada da protagonista do filme. Que é sempre a minha personagem favorita.
Eu sempre fico deslocada em baladas ou festas de qualquer tipo, porque tenho fobia a aglomeração.
O que me leva a beber tequila nessas ocasiões, e eu sinto que nem preciso explicar o motivo.
Eu nunca namorei e nem tive interesse em fazer isso. E gosto de pessoas que não perguntam sobre status de relacionamento.
Eu acho que gosto no geral de pessoas que não são interessadas em coisas pessoais sobre as pessoas.
O que mais vejo são vídeos de pessoas explicando quem são e precisando pedir respeito, e me faz pensar quão furiosa eu ficaria se tivesse que fazer um vídeo desses.
Eu tenho muito desconforto com o meu corpo e já percebi que sempre que sento no sofá, coloco uma almofada no colo. Mais alguém faz isso?
Também não consigo sair na rua, sem mochila.
Já fazem alguns anos, que deixei de gastar meu tempo com a minha aparência. E percebi que isso é um incomodo muito grande para muitas pessoas. Não só com elas mesmas, mas também é algo tipo “como ela consegue?”.
Eu obviamente fui uma adolescente esquisita, e com certeza se eu pudesse voltar e dizer algo para ela, seria para ela aceitar isso logo, o mais rápido possível. O tempo que ela gastou tentando provar o contrário, trouxe experiências horríveis.
E por falar em experiências, eu sou do tipo que só deixa bem guardada, as ruins. Agora, escrevendo isso, eu fechei os olhos e veio uma delas inclusive. E se eu pudesse mudar algo em mim, seria isso.
O meu maior medo é perder a memória. Claro, desconsiderando o maior de todos, a morte.
Eu sou aquele tipo que culpa a sociedade pela cabeça estar fudida. Culpo muito. E estou certa.
Por que eu resolvi me expor nesse tanto?
Porque eu tenho certeza que mais da metade não vai ler até o fim. Ufa!
Eu sempre fui a mais reservada do rolê. E acho que nunca escrevi algo tão honesto e sem pretensão na minha vida.
E eu acho que fiz isso porque eu estou cansada. Eu meio que percebi que já escrevo essas minhas poucas linhas, desde os meus 14 anos. E que isso não me trouxe muita coisa. Me questionei se as pessoas curtem apenas por gostarem de mim. E é isso. Eu até escrevo algumas coisas interessantes, mas eu não saio do raso. Razoável. Quase irrelevante.
E sendo assim, eu quis trazer alguns pedaços particulares. Reais. Alguns dolorosos. Alguns que me dão orgulho. Sério. Esse texto, é o PEDAÇO MAIS HONESTO DE MIM.
E para encerrar com perfeição, termino com a playlist do Spotify tocando “Shake It Out, Florence And The Machine”. Puta que pariu, é tão bom quando o aleatório acerta!
21 notes
·
View notes
Text
Guerras de Midgard, Cap. 4: Dahaka
Este capítulo é patrocinado pelo homeopata pessoal do Zuzarte:
Antevisão: no qual Zuzarte atinge o expoente máximo do seu edginess, esfrega-nos sexismo atroz, e comete o pior acto de teabagging ao leitor que já li que me deixou em lágrimas de ambos riso e desespero.
Preparem-se que este capítulo aniquilou-me os neurónios
Assim que chegou à entrada dos enormes portões de sua casa, James ignorou a campainha e saltou o muro.
Epa porquê man
Querem saber como é esta casa? Pois fodam-se porque Zuzarte diz-nos “leste o primeiro livro, não leste? Então chupa, se não leste, azar o teu”.
Literalmente:
A casa era muito semelhante à do avô de James em Portugal, a arquitectura era idêntica. Max Strongheart, filho de [Jonatã] Strongheart, gostara tanto da casa do pai que quis ter uma réplica igualzinha, em Edimburgo.
Eu vou desconstruir esta frase até à medula para perceberem como ela é exemplo top de como não se escreve:
1. Primeiro, a casa era “muito semelhante”. Muito semelhante implica um nível altíssimo de parecença.
2. Depois, já é a arquitectura que era “idêntica”.
3. A ponto nenhum nos foi descrito no primeiro livro o aspecto da casa. Neste, também não nos é dado qualquer ponto de referência de qual será o seu aspecto. Eu, que sou historiadora da arte, tenho particular interesse em saber o que é que destaca esta casa para ela ser digna do narrador se lembrar, mesmo sem nos prover descrição (é casa portuguesa do Raul Lino??? é Prémio Valmor???)
4. Mesmo que o primeiro livro tivesse provido descrição, estás MESMO à espera que o leitor se recorde? Já o tinha dito no spork anterior, mas quando escrevem sagas, é importantíssimo transportar a informação de um livro para o outro. A arquitectura de uma casa é uma dessas informações? À partida, não. Excepto quando o narrador faz questão de a destacar na narrativa, como é o caso aqui. O segredo para não ser repetitivo é perspectiva. Se são duas personagens diferentes a olhar para a mesma casa, vão vê-la de forma diferente. Usem isso.
5. Finalmente, a casa deixa de ser “muito semelhante” e prescinde mesmo de uma “arquitectura [...] idêntica”. Atentando ao facto de que “semelhante” e “idêntico” são sinónimos, vamos estabelecer que ambos significam que existe um nível de parecença indubitável, mas que apesar de tudo se distinguem, seja por que razão for. Mas na última frase, a casa já é “uma réplica”, que não só significa ser ipsis verbis a casa que deveríamos conhecer, como Zuzarte acrescenta “igualzinha” para reforçar o pleonasmo e garantir-nos o QUANTO igual a casa é. É a papel químico.
Estão a ver a puta de salganhada que está aqui? ISTO É A SEGUNDA FRASE DO CAPÍTULO, CARALHO.
Tomem este exemplo por regra de uma coisa que vos dizem para fazer mas não se faz: discorrer de palavras bonitas só para prolongar o texto. O erro é este: repetição e contradições. Nem tudo o que parece sinónimo o é.
Enfim, James nota que o interior da casa está iluminado e há uma festa, o que ele consegue ver porque
embora ele se encontrasse a vários metros de distância, [...] era possível devido ao grande poder que ele possuía de ver a longa distância como as águias. Este poder tinha sido transmitido desde o seu avô.
Ele não te transmitiu mais nada? Anemia? Tumores benignos? Tensão alta? Só mesmo os poderes?
James segue pelo “caminho empedrado” que é literalmente o único elemento de descrição desta casa que nos dá, e o cão de guarda atira-se-lhe para cima para o lambusar todo contente que o dono voltou a casa, e é só agora que James se arrepende de não ter tocado a campainha, o que não sei como é que afecta porque o cão não se desmaterializa se o fizeres?
Já agora, o cão chama-se Runepaw. “Pata de Runa”. De alguma forma, esperava exactamente isto
James entra no salão que está pejado de convidados que olham para ele estupefactos por esta lesma de gente ser agora capitão. O gajo, meio embasbacado, lá prossegue na demanda de high-society de cumprimentos, e eis que de repente---
---antes de inserir aqui este excerto, lembram-se da cena na casa do Bjorn Quebra Bilhas de Toledo, envolvendo uma escadaria e um nariz partido?
Pois bem
sem querer, pisou a causa de um dos vestidos das convidadas. Esta, sem se aperceber, continuou a andar rasgando o vestido até à cintura. James permaneceu imóvel a olhar para a seminudez da senhora.
Obviamente, os convidados ficam fulos. O “convidado” acompanhante da mulher berra “mas que afronta é esta, por Júpiter?” o que é hilariante porque ele ainda não se decidiu se a malta é católica ou pagã, mas está mesmo na altura de tomares uma decisão, boneco.
...manos, esta cena já dura há meia página e tenho mais uma segunda pela frente pqp
-- Veja por onde anda! -- avisou o convidado enquanto limpava o monóculo, que lhe conferia um ar cómico.
Se acham que o enxerto de vergonha alheia terminou, estão enganados.
James, que se sentia muito mais à vontade no campo de batalha do que na maioria das situações sociais, com o embaraço não conseguiu evitar de se rir da cena, com a senhora meio despida e o seu acompanhante empertigado de monóculo em punho. Este não gostou de ser gozado e avançou para James, mas com tanto azar que tropeçou e foi contra a mesa da comida. Um dos empregados que passava por lá gritou:
-- Mon Dieu, mon soufflé de poisson. Il est ruiné!
(não se diz “evitar de” btw)
O Dark Jonatã tá-me a dar vibes de We Live in a Society e não tou a curtir nada
DESTA VEZ, o Zuzarte insere uma nota de rodapé para explicar o que é que isto significa: “Meu Deus, o meu soufflé de peixe foi desfeito!” e eu estou a CHORAR porque a tradução está errada sjkfhgjdkgdjkghfjkhf oh Zézoca, podias ter uma bota com instruções na sola que não a saberias calçar
Esta descrição estende-se por demasiado tempo, e Zuzarte provê-nos uma longa exposição sobre como o bigode é “em forma de anzol” e dele pende “um fio de esparguete” e há “pasta de peixe” a cobrir o monóculo, ou mesmo a enorme “mancha de chocolate e natas” que se ia “desprendendo da cabeça”, e nós, leitores, aka vítimas, somos tipo James Caan no Misery, enquanto este livro é a Kathy Bates a partir-nos as pernas, enquanto o Zuzarte, de olhos esbugalhados qual maníaco, nos grita “RIAM-SE, SEUS ENERGÚMENOS. RIAM-SE. DIGAM-ME QUE TENHO PIADA”. Lágrimas escorrem-lhe dos olhos. Eu assinto forçosamente.
-- Meu jovem, nunca na minha vida fui tão humilhado. Só porque você é um capitão do exército, pensa que pode chegar aqui e desrespeitar toda a gente? Desafio-o para um duelo! Quem diabo pensa que você é? -- atirou o convidado, quase tão vermelho como o molho de tomate que lhe escorria do bigode.
é isso, man, mata-o já
-- É meu filho -- respondeu um homem elegante que descia as escadas, vestindo um fato de cerimónia militar, complementado por um sabre. Era Maximilian Strongheart, filho de [Jonatã] e pai de James Strongheart. -- E desafiá-lo para um duelo é capaz de não ser boa ideia, Lorde Ponsonby. Estou certo de que o rapaz não se importará de lhe apresentar um sincero pedido de desculpas -- acrescentou de forma bem educada, mas sem esconder o ar divertido que a cena lhe provocou.
James sente-se em casa quando vê o pai e eu sou forçadíssima a perguntar, já que o primeiro livro sofreu do mesmo mal:
ONDE ESTÁ A TUA MÃE?
No primeiro, só vemos UMA mãe. Tu tratas as mulheres como incubadoras de filhos e vaginas falantes, mas reflecte-se particularmente na ausência total de mães.
A festa prossegue e eu quero realçar isto:
chegaram mais convidados, alguns deles traziam prendas, outros traziam pratos de comida e também havia aqueles que não traziam nada.
mano... mano tu... tu és da alta sociedade... e os convidados trazem pratos de comida tipo festa do tupperware??? tipo comadres a competirem pelo melhor arroz doce do bairro???
Harry traz um embrulho que “talvez fosse uma caixa com uma garrafa de vinho ou whisky”. James pergunta pela mulher e por alguma razão a conversa segue-se desta forma:
-- Ficou em casa, tá com aquela constipação, tás a ver?
-- Tou compincha.
Pausa. Lição:
“Tou” e “tá” são palavras abreviadas. Obviamente, num diálogo usam o que quiserem. Mas quando escrevem a forma abreviada do verbo estar, colocam apóstrofe: ‘tou. ‘tá. O itálico não serve para nada. Itálico usa-se para estrangeirismos, ou outras coisas tipo pensamentos ou deixas provindas da distância (telefone, rádio), esse tipo de merdas.
Já agora, vírgula antes de compincha. Caralho, o Zuzarte não sabe mesmo meter vírgulas, mas ele tem um pavor especial a separar o vocativo (exemplo: nesta frase, “caralho” é vocativo lmao). Vírgulas são talvez 40% subjectivas, e não tanto uma necessidade sintática para esclarecer o significado (casos pontuais que seguem regras precisas) como opção estética que vos ajuda a definir o ritmo da frase, mas o vocativo é SEMPRE separado por uma vírgula. Eu tenho a certeza de que vocês conseguem dizer porque é que “Tou compincha” soa mal, mas eu vou pôr por termos técnicos para tornar claro:
O verbo estar é transitivo, significa que necessita SEMPRE de um complemento directo (complemento directo é a resposta à pergunta “o quê” na frase, e por “o quê” referimo-nos a objecto na frase, não literalmente um objecto)---mesmo quando prescinde dele, como acima. Acima, não necessita de um complemento directo porque ele está subentendido, tendo em conta que foi referido na frase acima: “estás [o quê?] a ver?”. É uma resposta, logo suprime-se o complemento directo.
O vocativo é a invocação da frase, quando existe nela um elemento que leva o interlocutor a dirigir-se directamente a algo ou alguém. É um complemento à parte. Se não o separamos, transformamo-lo num complemento diferente e atrofia o sentido da frase.
O Zuzarte, como suprimiu a vírgula a seguir ao verbo transitivo acima, transformou “compincha” no complemento directo. Deixou de ser um vocativo---a forma como o gajo invoca directamente o amigo---e passou a ser o objecto da frase, como se “compincha” fosse um estado.
Vírgulas são muito importantes, amigos. E se eu me queixei do livro anterior que as tinha todas colocadas como se fosse um exercício de orações do 9º, neste o Zuzas ganhou confiança porque elas estão todas atrozes e mal colocadas, e é dificílimo entender o sentido das frases.
Continuando.
Finalmente, chega Amy:
Amy trazia um vestido verde, estilo império.
Sintam a subtileza desta excelsa descrição
O cabelo ruivo estava apanhado por uma fita, fazendo um rabo-de-cavalo. Vinha acompanhada dos pais: a mãe era humana, senhora de vastas terras, no norte de Inglaterra. O pai era Aldrid Isläimr Elfo (sic) um espadachim reputado na sua raça.
(Vêm ali o “no norte de Inglaterra”? Tecnicamente, pode estar correcta a vírgula, porque é um complemento circunstancial, mas a forma como a restante frase está construída---e porque os complementos circunstanciais se referem ao sujeito e NÃO o complemento directo, faz soar que a senhora é que é do norte de Inglaterra, e não as terras que ela possui. Uma vez que tanto “no norte de Inglaterra” como “senhora de vastas terras” são ambos complementos circunstanciais, não há qualquer necessidade de ambos estarem separados por vírgulas.)
Pausa.
Pensem novamente no que disse ali em cima sobre a ausência de mães, e agora ponderem sobre este instante: a mãe é apenas descrita como “senhora de vastas terras”, e nem sequer tem um nome. O pai, contudo, não só tem um nome como uma exímia qualidade, que Zuzarte prolonga nas frases seguintes:
Era famoso por ter eliminado um temível Dragão Negro de duas cabeças, usando apenas a sua espada Ildaron Fen’Ahlramën. A espada recebeu o seu nome do lendário cavalo Ildaron, o corcel utilizado por Äldïn Helaers XX, na campanha contra os elfos.
Portanto, primeiro temos: uma mulher que é só a mãe, logo, a incubadora, e cujo único atributo são as suas qualidades materiais: as terras que, certamente, o pai adquiriu com o casamento.
Depois, o pai, Homem, Macho: seus tomates viripotentes são tema da lendário história da morte do Dragão Negro! Homem de macheza de tal forma sublime que sua piça portentosa recebeu sete nomenclaturas de três língua élficas diferentes, e todos lhe sabem o nome, cognome, nome do cavalo e nome da espada!
É por merdas destas que o sexismo na literatura é tema que continua a mover as calhas da crítica, e razão pela qual eu tendo a afastar-me da fantasia, se vou ser sincera. Até agora, não existe UMA personagem feminina com um traço de personalidade. Não, nem mesmo a Amy, que é claramente o interesse amoroso: reparem que a Amy entrou na sala e Zuzarte dá-nos apenas a sua aparência física, e de seguida discorre dos feitos DO PAI! A mãe NEM SEQUER TEM DIREITO A UM NOME. Aliás, logo na nossa introdução à Amy ficou estabelecido qual é a função dela na narrativa: ela está aqui para ser salva. Ela não tem valor. Ela não tem agência.
Ficam a saber que se um livro não tem mulheres, não leio. Ponto.
Até agora, James ainda não teceu um juízo de valor sobre Amy, nem sequer contemplou “que gaja boa”. Excepto isto:
A meia-elfa não trazia um presente mas, em vez disso, exibia um sorriso encantador e uma fita à volta do pescoço, que completava a sua beleza.
Tecnicamente, isto é juízo de valor mas não nos demonstra qualquer posição do personagem face à elfa. Não traduz nada.
E FINALMENTE, um toque de emoção depois dela o cumprimentar:
Extasiado, James ficou a olhar para ela durante algum tempo e só depois respondeu.
-- Ah... pois, boa noite, Amy. Não te via desde há, deixa ver... cinco ou dez minutos. -- gozou James, disfarçando o seu embaraço (lidar com o sexo oposto também não era dos seus fortes).
Eu deliro com a forma como o Zuzarte escreve os chamados ‘dialogue tags’, ou discurso do narrador inserido no discurso directo.
O que o narrador diz depois da fala do personagem é suposto complementar, NÃO explicar. Faço esta ressalva porque à partida não deve ser necessária explicação---e na ocasião de ser, agora vou dizer como EU pessoalmente faço---sai-se do parágrafo da fala e inicia-se um novo em que é permitido ao narrador estender-se pelo assunto complementar.
O discurso convém que seja o mais natural possível sem exagerar, caso contrário entramos no chamado Tiffany Effect: demasiado realismo torna a obra irrealista. Mas pequenas marcas de discurso, naturalmente, são permitidas. Zuzarte deve ter um problema em ser ouvido na vida porque ele reitera e repete-se e passa a vida a dar-nos informação inútil que é totalmente redundante, pois reparem: primeiro enche aquela merda de reticências, coloca inclusive ali uns “ah” ou mesmo o “deixa ver” que é marca de discurso de quem está a parar para pensar.
E DEPOIS acrescenta: “disfarçando o seu embaraço” QUE JÁ ERA EVIDENTE PORQUE NÓS TEMOS A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SUFICIENTE PARA IDENTIFICAR AS EMOÇÕES AQUI, CARALHO.
“Dark Jonatã Tomates de Aço, mas não sabe falar com um pipi”
Amy olha para os olhos de James---que há dois capítulos atrás foram descritos como “cruel” e que lhe dá um ar “ASSUSTADOR E MAU---e
Por mais alarido que houvesse, ela não desviava a atenção daqueles olhos.
Eram azuis, cor do céu, que pareciam iluminar toda a cara de James por debaixo de umas sobrancelhas negras, cor de carvão.
Engenho e mestria literária ao nível de um Flaubert, sim senhor, tou aqui a arrepiar-me toda.
Os olhos de Amy também não eram facilmente ignoráveis, uns olhos cor de fluorite capaz de acalmar uma pessoa e amansar uma fera
Se calhar já estou a ser meta demais, mas:
1. “O gajo é todo grosso, mas olha que ela também não lhe fica atrás” -- não há UMA GAJA neste tarolo de língua portuguesa infamemente apelidado de livro que consiga existir isoladamente e seja dotada da suas próprias características e agência. TODAS existem “apesar de” os homens da sua vida, o que me está a dar uma fúria que nem vos sei descrever.
2. Eu genuinamente rangi os dentes com “capaz de acalmar uma pessoa e amansar uma fera”.
Se há trope que é NOCIVO e que DETESTO é o da mulher que cura o homem. Dado o que já vimos do diabo do cu do Dark Jonatã, eu já estou à espera há muito tempo que a solução seja essa mesma. Mas ter lido este conjunto de palavras fez-me verdadeiramente perder a cabeça.
enfim... prossigamos.
James tenta dar-lhe um elogio e o rapaz deve ser autista, e não digo isto no sentido pejorativo, digo isto metendo o meu chapéu de terapeuta de sofá porque ele está a tentar dar-lhe um elogio mas berra do nada BONITA---se calhar é tourette? Não sei, mas precisa de terapia. Além disso, a perna começa-lhe a tremer e “no entanto, conseguiu controlar-se” ya claro, vai lá mas é meter um cacto no cu.
Harry, que ATÉ AGORA ESTAVA NO MEIO DOS DOIS E EU NÃO TINHA PERCEBIDO, retira-se e James caga a cueca porque
Amy continuava a olhar para ele com um sorriso provocante!
Amigos eu quero falecer
James regurgita umas quantas palavras porque está todo nervoso, e Amy diz que a festa só vai ficar melhor quando ele vir que presente é que ela lhe trouxe, ao que James pergunta “ai é, onde é que está?” e ela
e ela
Amy puxou do laço que tinha ao pescoço e deixou a fita cair.
-- Sou eu -- disse ela.
Alguém venha cá meter-me um tiro nos cornos, peço-vos
James oferece-lhe um copo de champanhe e gagueja que nem um atrofiado e insulta a rapariga que fica “desanimada” mas lá brinda e James pensa “ai que estúpido” e eu tou aqui tipo
E depois... isto:
-- Non, tu ne vas pas touché mon soufflé! -- gritou o empregado que James ouvira quando empurrara um dos convidados.
-- Eh, eu não quero nada com o teu maldito chulé ou sofá, ou lá o que isso é, a comida de franciús é muito má. -- disse Harry ao pé da mesa da comida, disposto a dar um murro no empregado.
EXPLIQUEM-ME o propósito desta cena?
A nota de rodapé, novamente, traduz o francês: “Não vais tocar no meu soufflé!” bom saber. sinto-me muito mais iluminada, agora.
James vai socorrer o amigo, embora eu não saiba de quê, e Amy manda bota a baixo no champanhe, e a mãe diz isto:
-- Amy, onde estão as tuas maneiras?!
-- Quero lá saber... -- disse Amy enquanto atirava o copo para o chão, fazendo-o partir em mil pedaços.
A festa decorre “sem grandes alterações” e James põe água na fervura entre o amigo Harry e o empregado que agora, por razão nenhuma, é mordomo porque o Zuzarte está a seguir aquele conselho de substituir palavras por sinónimos sem saber o que é que elas significam, e ainda se reconcilia com Amy “que amuara depois da (des)conversa que tinham tido” e eu só quero mesmo deixar aqui bem assente que vocês os dois são uns otários do caralho.
De repente, toca a sirene dos “ataques aérios” e “ouviu-se um dragão a sobrevoar a casa de James.”
De súbito, uma quadrilha de Elfos Negros entrou no salão, empunhando espadas.
-- Nadorhuan -- disse Aldrid, pai de Amy
Desta vez, não há nota de rodapé lmaooo
Also, já introduziste o Aldrid, não tens de o introduzir outra vez, caralho.
Este é o momento em que vocês pensam: será que o Zuzas transpôs a sua icónica marca de caps lock e lutas da merda?
Oh fofos...
James viu a quadrilha espalhar o caos e o pânico na festa e ficou furioso.
-- TÊM DE SER LOUCOS PARA SE ATREVEREM A ATACAR-ME NA MINHA PRÓPRIA CASA!!! -- gritou ele com a voz tão alta que todos os Elfos Negros olharam para ele.
1. Obrigada por me dizeres que gritou, entre o caps lock e os 3 pontos de exclamação, eu realmente não tinha lá chegado.
Já agora, como é que sabes que eles estão aqui para ti? Estão tipo, 50 pessoas nessa casa, o mundo só gira à tua volta quando estás bêbado, ó boi.
2. gritou tão alto que eles olharam para ele -- eu tenho a certeza de que se ele tivesse adoptado um tom de voz aceitável tinham olhado para ele à mesma
James desembainhou a sua espada e correu em direcção a um espadachim que foi imediatamente decapitado.
LEVEI MAIS TEMPO A LER ESTA FRASE DO QUE O PALHAÇO A DEGOLAR O BICHO CARALHO
Um dos Elfos Negros encontrava-se perto da mesa de refeições, e foi surpreendido pelo mordomo que empunhava uma espingarda Winchester.
-- Ne touche pas mon soufflé -- disse ele, disparando uma bala, rebentando com a cabeça do elfo.
Vou ser sincera. Gosto disto. Gosto genuinamente deste momento, tem piada e o gajo fez o delivery como deve ser. Estou aqui para um empregado cagão que está tão farto desta merda como eu sacar secamente de um espingarda winchester do cu e arrear no pessoa. Só gostava mesmo que estivesse num bom livro.
Aldrid desembainha a sua piça e ala que se faz tarde:
-- Intooth doost killian lu’jindurn streea, dos orn naut sevir nindol beldaein dro! (Desembainha a tua arma e enfrenta a morte, tu não sairás deste edifício vivo).
Uma vez mais: sendo que o parêntesis está na fala, assumam que o man esporreou élfico e de seguida proveu uma tradução.
Pensavam que era Aldrid quem disse isto? Pois não foi! O Zuzarte é que não sabe explicar um caralho. Foi um Elfo Negro, aparentemente.
Aldrid rodopia seu viripotente talo e iça-se sobre os Elfos Negros qual ninja das caldas, e o seu prepúcio é tão cortante que “cortou a armadura dos seus inimigos como se fosse uma faca quente sobre manteiga”
Zuzarte tu não fazes a puta de como funcionam armaduras
Harry, por qualquer razão, saca de duas pistolas do cu e “defendeu-se”.
Nunca James vira ninguém manejar as pistolas como Harry
ele não fez nada, pára de chupar a piça aos outros
As suas duas pistolas “King George” e “Elisabeth”
possuíam um poder de fogo inacreditável, já para não falar da perícia de Harry, pois saltava pelas paredes dava pontapés e até usou um dos Elfos Negros como se fosse uma prancha para se movimentar mais facilmente pela sala, à medida que disparava
CENA: INT. QUARTO DE ADOLESCENTE. CASCAIS.
ZUZARTE sorri de soslaio para o PC. Empurra os óculos pela cana do nariz acima. Ajusta o seu action figure do Vegeta em cima da secretária, satisfeito. Primeiro, toca levemente no teclado, e por fim começa a escrever depois de um momento de ponderação.
ZUZARTE (murmurando)
Ah, sim... Genial! Claro que o Harry tem de ser excepcional em qualquer coisa, mas não pode ser em nada mais que o James já seja, não é? Não, não... O James é o melhor em tudo, claro. Hm...
ZUZARTE olha para a aparelhagem. Clica num botão. AUSTRIAN DEATH MACHINE começa a tocar de fundo.
ZUZARTE
É melhor fazer uma pausa.
ZUZARTE insere um CD no seu PC. Assim que começa a jogar Tony Hawk Pro Skater, ao som de “If It Bleeds, We Can Kill It”, o cérebro ilumina-se. Entusiasmado, retira o CD e atira-o tipo boomerangue para o canto do quarto, e começa furiosamente a escrever.
MÃE (VOZ OFF):
Zuzinho, vem jantar!
ZUZARTE (gritos)
Já vou, mãe! Isto é mais importante!
...
Estou ainda convencida de que o Zuzarte não faz ideia de afinal quantos Elfos negros entraram pela casa a dentro
Um dos bandidos vira que nada estava a correr como o previsto, tal era a brutalidade da carnificina de James, a habilidade de Aldrin e a perícia e pontaria de Harry
o filho da puta só matou um. O pai da Amy matou dois. O cabrão do mordomo matou outro. O Harry matou um número indeterminado. Literalmente a carnificina é causada por toda a gente menos o James. Pára de chupar a tua própria pila, IMPLORO-TE Zuzarte bate uma punheta como um adolescente normal
O elfo corre para a porta, abre-a e... pqp vocês nem sonham quem está do outro lado
foi surpreendido por Gulliver.
Agarra-o (deve ser tipo cachaço do gato) e atira-o porta fora, e uma vez na rua, é surpreendido por Runepaw. Literalmente não sei o que nada disto quer dizer.
Quando só restava apenas um eflo, James trespassou-o com a “Vingadora”.
Assim, como se fosse uma barata.
O salão ficou inundado de sangue
Zuzarte caralho pára de ser edgy. A sério. Vai fazer festas a um cão, passear na praia à noite, assistir a um espectáculo na Inatel, qualquer merda, mas pára de ser edgy.
Amy pisga-se da protecção da sala onde se refugiou, porque é menina e pipis são fracos tadinhos precisam de protecção :(, e vê
James a arrancar a cabeça de um dos elfos, a erguê-la e a gritar incrivelmente alto!
Amy ficou assustada e admirada de como o rapaz que ela conhecera outrora poderia ser tão cruel!
és tão estúpida, coitadinha de ti
James respirava pesadamente e, de seguida, soltou um grito tão alto que Amy, assustada, escondeu-se atrás de uma parede. A rapariga ainda espreitou pelo canto do seu refúgio e viu James a contorcer-se e a alterar-se até se transformar no Dahaka.
No meio disto, os tomates Harry e do pai de Amy tornam-se quatro tâmaras mirradinhas e os palhaços bazam dali a correr.
..amigos eu ainda não virei a página, mas se esta merda der em King Kong eu vou de joelhos a fátima
-- Fracos -- disse o Dahaka. -- Todos foram uns fracos na outra vida. Mesmo assim, vou dar-lhes uma outra oportunidade.
Meus amigos, eu não tenho palavras para descrever o que se passa a seguir. Por entre um chorrilho de maiúsculas, descrições que tentam ser gore mas ficam-se pelo sangue e tripas tipo caldo de galinha mal cozinhado mas tão desligado e desconexo e superficial que nem sequer exige um “TW: Gore”, Zuzarte atinge o extremo do seu edginess, eu vou só dizer isto:
O man ressuscita os elfos negros mortos para os matar outra vez.
Sim, é exactamente isso que acontece. Isto é equivalente literário a continuar a fazer scroll down no Porn Hub depois de te masturbares, ainda com a vergonha ali à flor da pele, de lágrimas nos olhos porque atingiste o ponto mais baixo da tua vida, à procura de um segundo vídeo para furiosamente esgalhares o pessegueiro por nada mais que a necessidade urgente de dopamina, já que a tua vida é uma miséria.
Deixo a transcrição do que o Zuzarte chama de “segundo massacre”:
Muitos dos elfos foram cortados ao meio, outros foram pisados e agarrados pelas pernas enquanto o Dahaka os usava como moca para bater violentamente com a cabeça na parede, deixando um rasto de sangue. Dos trinta elfos que irromperam pela casa dos Strongheart, apenas cinco restavam ainda de pé.
AI ERAM TRINTA? LOL
Dahaka ou Dark Jonatã grita bué ( “OFEREÇAM A VOSSA ALMA!!!” ) e “rios de sangue” correm pelo chão, e os empregados devem estar a perder a cabeça que limpar esta merda vai ser um inferno
Grita mais um pouco ( “PODER INFINITO!!!” ) e por cada vez que aparece caps lock, o Zuzarte faz questão de nos dizer que está mesmo a gritar, caso tenham dúvidas, e
desta vez, saíram-lhe das mãos raios que electrocutaram os elfos que restavam, queimando-os e fazendo-os explodir.
TOU EM LÁGRIMAS
O salão tresandava a sangue e a corpos queimados, Dahaka erguia-se majestosamente no meio da sala.
majestosamente é um bocado a palavra errada, idiota da merda
O bicho das trevas topa a respiração da Amy, que tá a resfolegar tipo cavalo a ver este filme do Eli Roth, e corre para ela, ruge, mas ela começa a chorar e
ao ver as lágrimas a caírem daqueles olhos cor de jade,
já não são da cor da fluorite?
acalmou.
-- Maldição -- pensou. -- Voltei a transformar-me nele. Acho que já sei o que me leva a transformar no Dahaka. A violência, a luta, a guerra, o ódio, a fúria e a raiva.
E o micropénis do zuzarte que tinha claramente 16 anos quando escreveu esta merda porque está totalmente no auge do edginess
Por um parágrafo inteiro, tudo o que Amy faz é continuar a resfolegar que nem cavalo epiléptico, quase sem ar, porque coitadinha a menina precisa de ser salva :( sabe Deus como é ser rapariga, nós pipis andantes precisamos de um forte e belo Dark Prince né
James passa-se da cabeça, baza, e o pai encontra no chão um capacete de elfo, por razão nenhuma. Pega nele e “compreendeu rapidamente que o filho partira de novo para a guerra, provavelmente para nunca mais voltar” e como é que ele depreendeu isso de um capacete de elfos, fica aquém do nosso pea brain, mas
REZO PARA QUE NÃO VOLTE.
O dragão que se ouviu a sobrevoar a casa dos Strongheart? Pôs-se nas putas, aparentemente.
___________
Anteriores:
Capítulo 1 - Maré de Trevas
Capítulo 2 - Novo Herói
Capítulo 3 - Memórias
32 notes
·
View notes
Text
Dos subúrbios eu vejo o Rio comemorar seus 456 anos
Neste 1º de março, logo que levantei da cama lutando pra afastar a preguiça, me dei conta que precisava escrever algo sobre o aniversário da nossa cidade. O sol já anunciava mais um dia quente de verão, mesmo faltando apenas 20 dias para o fim dessa estação tão intimamente incorporada ao sangue e suor do carioca. Liguei o ventilador e sentei na frente do computador disposto a falar dos primeiros povos que viveram em volta da baía de Kûánãpará.
Começar pela atuação dos índios tamoios e temiminós parecia ser fundamental, assim traríamos um maior entendimento de como as tropas portuguesas, comandadas por Mem de Sá, conseguiram vitória contra os franceses. Porém, antes de começar a jogar as ideias no papel me veio outra possível abordagem, seria igualmente relevante apontar a importância dos patrimônios, das belezas naturais, culturais e arquitetônicas da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Como dar conta de tudo isso e ainda falar dos seus moradores, principalmente, da maioria que ocupam os subúrbios e as favelas e baixadas?
<span class="hidden">–</span>Fábio Caffé/Arquivo pessoal
O tempo já consumia parte da tarde quando recebi uma mensagem do grande geografo Márcio Piñon de Oliveira. Falamos como sempre sobre as nossas paixões incomuns e por uma coincidência dessa que só o destino pode, mas nem precisa explicar, comentei que estava desde cedo tentando escrever um texto que tivesse a força necessária para falar sobre o aniversario da cidade a partir do olhar de um suburbano apaixonado. Após uma pequena pausa ele me confidenciou ter um texto muito pessoal que escreveu para seu amigo e companheiro de profissão, Nelson da Nóbrega Fernandes, que faleceu meses antes do aniversário de 450 anos do Rio.
Fiquei muito emocionado, tanto pelo teor do texto como por toda admiração e gratidão que guardo pelo grande mestre Nelson da Nóbrega Fernandes. Ser humano generoso que não excitou em ajudar diretamente minhas pesquisas e que é um nome fundamental para qualquer pessoa que pretenda estudar os subúrbios. Me senti honrado por ter a chance de tornar pública essa carta repleta de sentimentos, tomada de amizade e paixão pela pluralidade que a cidade, sua gente e lugres pode oferecer.
Continua após a publicidade
A partir deste ponto eu não escrevi nem mais uma linha, na verdade abandonei todas as ideias que já tinha esboçado apenas para contemplar as palavras escritas há seis nos, recebi e devolvo como presente para todos neste dia de celebração.
Nelson da Nóbrega FernandesDivulgação/Internet
Carta ao amigo Nelson da Nóbrega Fernandes, lembrando dos 450 anos do Rio
Primeiro de março de 2015.
Caro amigo Nelson, Como eu gostaria de receber um abraço seu no dia de hoje E ouvi-lo falar da cidade. 450 anos da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Hoje, nossa cidade amanheceu com todo o seu esplendor e mistério. Parecia que se sabia soberana de toda a sua glória. Apesar de tanto vê-la e ter sua imagem cunhada em minha retina, Nunca sei qual será o quadro a ser visto e onde estará o seu horizonte. As possibilidades de combinações entre os tons de cores do mar, da montanha, do céu… E as sutilezas da pintura, em sua paisagem, são sempre infinitas. Há sempre algo novo a nos dizer e a nos mostrar, Um mistério que insiste em ser belo e adorna a sua verdade em maravilhoso. Assim é, também, a sua gente, que adorna com seu sorriso, simpatia e cordialidade, a sua dor, Tensão de cada dia desse Rio 40 graus. Ah, que saudades do amigo eu tenho hoje, De poder conversar sobre a cidade, de falar sobre sua gente e seus eventos. Falar das suas histórias e poder de criação. Lembro-me de que você dizia… Que outra cidade no mundo criou quadro estilos musicais? Que outra cidade no mundo criou Escola de Samba? Que outra cidade no mundo faz baile charme embaixo de um viaduto? Em que outra cidade no mundo toma-se banho de mar à noite E joga-se futebol de areia de madrugada? Falar das suas histórias e de sua gente. Da ´alma encantadora` de suas ruas, como nos lembra João do Rio, E do burburinho de suas esquinas e botequins, sempre povoados de gente de todo tipo, Pronta a observar, a informar e a flertar com a vida e outras gentes. Da sua gente ´malandra` que finge não trabalhar e só gostar de praia e boemia. Falar das suas histórias e de suas geografias. Lugares comuns, turísticos e, também, silenciados, seus morros e suas favelas. Falar da Penha, onde nasci, de sua Festa e da joia de sua Igreja, Primeiro monumento a se vislumbrar, ao chegar e sair da cidade pelo Galeão. Falar de Marechal Hermes e da Vila Proletária Orsina da Fonseca na Gávea. Falar da Lagoa, em fim de tarde, emoldurada pelo Redentor e os Dois Irmãos. Falar do pôr do sol no Arpoador, como você gostava de ir lá! Do Alto da Boa Vista, da noite na Lapa e do Beco das Garrafas. Falar de Copacabana, do seu imenso mar, Ipanema e Leblon. Falar do Centro, do Paço, da Candelária, Cinelândia e Ouvidor. Falar do subúrbio, da beleza do seu casario, colorido e diverso, E da simplicidade e grandeza da gente do bairro de Osvaldo Cruz, Da feijoada da Portela e do Jongo da Serrinha. Falar de Campinho, Cascadura e Madureira, o único bairro no mundo com três lados. Falar do Méier e sua altiva elegância suburbana, expressa no antigo casario. Falar da grandeza de Campo Grande e de Sepetiba, a sua praia mais distante. Falar da Floresta da Tijuca, do Aterro do Flamengo e do Grajaú. Falar do Morro da Favela e todas as suas outras favelas, Da Maré, da Rocinha, do Juramento e do Alemão. Do Morro da Chacrinha, do Salgueiro e da Chácara do Céu. Da Mangueira, do Terreiro da Tia Ciata, da Gamboa e da Pedra do Sal. Falar do Leme e do Pontal, da Barra e do Recreio… Falar de Tom e Vinícius, de Pixinguinha, Zé Keti, Paulinho da Viola e Chico. De Cartola, Paulo da Portela, Nelson Cavaquinho e Heitor dos Prazeres. Falar da gente operária da Central e do Metrô-linha 2. Como você dizia, carioca que nada, isso é ´malandragem` de sua gente, Somos todos ´sebastianos` e filhos de um Sá! Um dia conversando, se é que você se lembra, observou: Se Narciso pudesse ter escolhido o seu lugar de nascimento, Teria, com certeza, escolhido o Rio de Janeiro, pois, mesmo no pior dos seus dias, Aqueles em que acordamos ranzinzas e mal humorados, Ao olhar a cidade, algo, de profunda beleza e alegria, tocaria a sua alma. E logo, tudo se transmutaria. Sem dúvida, admiramos e amamos muito esta cidade. Salve Nelson, Receba um abraço e o carinho de sempre. Direto da geografia encantadora e humanamente profunda do Rio de Janeiro. Do amigo Marcio
Mais lidas
CriançasCriançasVamos pular: parque inflável gigante chega à Barra da Tijuca
Comer & BeberComer & BeberCientistas descobrem que o tanino do vinho combate Covid-19. Entenda
CidadeCidadeRio, 456 anos: catorze lugares para conhecer a história da cidade
CidadeCidadeCovid-19: o que eu devo fazer para saber se a vacina me deu imunidade?
Continua após a publicidade
The post Dos subúrbios eu vejo o Rio comemorar seus 456 anos first appeared on Diário do carioca. from WordPress https://ift.tt/3b8Ulne via IFTTT
0 notes
Text
A centésima vem-se como a primeira
Escrevo hoje a centésima crónica no ‘Hoje Macau’ e podia ser a primeira. Todos os faunos têm cem anos. Para comemorar, recorro à grande literatura, mais concretamente, a Lawrence Durrell e ao seu ‘Quarteto de Alexandria’. Espero poder dedicar a crónica nº 200 ao ‘Quinteto de Avignon’, mas só no caso – fica desde já o repto – de algum editor atacar a tarefa de, até lá, o verter em língua portuguesa.
A abrir o capítulo III do quarto volume da tetralogia (‘Clea’), uma poderosa reflexão surge a interromper a história, ou melhor, o caudal turbulento das muitas – e inevitavelmente inacabadas – histórias que unem ‘Justine’ a ‘Balthazar’ e este segundo tomo, depois, a ‘Mountolive’ e a ‘Clea’.
Trata-se de um capítulo em que se dão a ler trechos salteados de um caderno que o escritor Pursewaarden, personagem amiúde ausente mas exaustivamente citado e referido em todos os volumes do quarteto, foi redigindo à margem das suas obras. Começa assim o capítulo: “Volto – como a ponta da língua a um dente esburacado – ao velho tema da arte de escrever! Será que os escritores não sabem falar de mais nada? Não.”
À doce ironia, segue-se o cortejo com meia dúzia de figurantes que passo – com muito prazer – a apresentar nesta festa da centésima crónica.
Primeiro figurante, ou aquele que procura na profundidade (e não nas achas imediatas do quotidiano) um reflexo que permita desencantar a música de fundo dos dias e nela entrever o mistério que afinal nos anima, ainda que barricado, é claro, pela impaciência que é a primeira morada da finitude e, claro, da nossa própria morte ainda em vida:
“Keats que se embebedava com palavras, procurava nos sons vocálicos as ressonâncias do seu ser íntimo. Batia na tumba vazia da sua morte precoce com um dedo impaciente, escutando os pálidos ecos da sua imortalidade”
Segundo figurante, ou aquele que entende piamente que somos falados através da linguagem e não o contrário, apesar de nela se poder intervir sem as ilusões próprias daqueles que Ortega Y Gasset designou por “señoritos satisfechos” ou “hombres-masa”. A arte da escrita pressupõe, de facto, a existência de um mago que o próprio não vislumbra e que os “señoritos” vêem por todo o lado, como se fossem excertos de videoclipes, de podcasts, de palestras via zoom e de tudo o mais que do fluxo da moda – e da necessidade – se faz agora produto (“produto” que, na alta voragem, desaparece minutos depois de se ter enunciado):
“Byron era hábil com o inglês tratando-o de senhor para servo; mas como a linguagem não é um lacaio, as palavras cresciam como lianas tropicais entre as fendas dos seus versos, quase estrangulando o homem” (…) “sob a ficção do seu eu passional existia um mago, embora ele próprio não tivesse consciência do facto”.
Terceiro figurante, ou aquele que sabe que a verdade é o espaldar do absoluto. Já se sabe que nos nossos dias o que se procura é apenas a oscilante fibra do sentido. No entanto, a verdade, subtraída à dioptria platónica, podia confundir-se com uma espécie de invisível rasgo que, por vezes, empurra o texto para onde menos se espera. Há autores que têm empatia com estes solavancos ‘iluminados’ e até os dominam ao jeito dos praticantes de aikido que sabem converter a energia de quem ataca na energia de quem se defende. No caso de John Donne é a imagem do “coice” que assiste ao grande momento do “nervo”, ou seja, ao instante em que a linguagem e a sua sombra se vêm ao mesmo tempo por puro sortilégio:
“Donne parava quando alcançava o nervo, fazendo ranger todo o crânio. A verdade devia fazer-nos escoucinhar, pensava ele”
Quarto figurante, ou aquele que advoga que existe quem fique acocorado e tremendo diante da sua escrita (lembro-me muito de José Régio, neste caso) e acabe depois por compensar esse facto e essa inércia (da criação) ao jeito de um Bernardim Ribeiro: frases de muito fôlego, longas e aprazíveis na sua geometria de modo a que quem delas se aproprie (o leitor) possa ter a ilusão de que a patinagem artística é um modo de leitura que se confunde com um poço da morte recheado de vaselina; já o vaticinava Pope:
“Alexander Pope, numa angústia de método, como um menino com prisão de ventre, lima as suas superfícies para torná-las escorregadias aos nossos pés”
Quinto figurante, ou aquele que sabiamente reconhece que, na grande literatura e na grande poesia, o que se narra também se apaga. Mais do que os enredos, há fantasmas que ficam no ar, nuvens circulares que levitam dentro do esófago ou silhuetas imaginativas que nada devem a quem quer literal e mecanicamente entender o mundo. O mal reside nesse instinto de saber subir nas alturas com muita leveza, sorrindo para a imensidão e para a pequenez que nela (tantas vezes involuntariamente) reina. Na há, pois, grande literatura e grande poesia sem mal:
“Os grandes estilistas são os que menos têm a certeza dos seus efeitos. Ignoram que o seu mal é nada terem para dizer”
Sexto figurante, ou aquele senhor chamado James Joyce que, talvez por puro modismo, é quase sempre um caso à parte. Sabe-se que tinha que dar aulas para ganhar a vida “à razão de um xelim e seis dinheiros por hora”. Por isso, sobre a rabugice que se lhe conhecia, acrescenta ainda o nosso Pursewaarden: “devia ter-lhe sido facultada protecção contra os inefáveis da sua espécie que julgam estar a arte ao alcance de qualquer parlapatão; que a considerem um elemento do dote de prendas sociais, uma aptidão de classe, como as aguarelas para as damas vitorianas”.
Este naco de prosa sobre Joyce é particularmente sensível, pois, embora as aptidões de hoje sejam diferentes das de há sete décadas, a tentação persiste. Razão por que o escritor Pursewaarden havia de referir, mais à frente, que “Elliot aplicava um tampão de clorofórmio gelado sobre um espírito encerrado numa selva de dados”. As iliteracias próprias do tempo da rede já por aqui afocinhavam, como se vê.
Dir-se-ia que ser pioneiro, à moda de Lawrence, é conseguir antever a própria morte da literatura e sobre o seu cadáver conseguir rescrevê-la, mesmo que a cegueira domine a insciência das bancadas do grande estádio onde hoje tudo se joga a olhar redundantemente apenas para o dia de hoje, ou para o agora – ápice – instante – isso – único (e eu aqui, embalado no sermão da centésima, a piscar o olho ao grande António Maria Lisboa, Saravá!).
0 notes
Text
A Unidos da Tijuca traz, para o carnaval de 2024, as lendas portuguesas com certeza!
A Unidos da Tijuca traz, para o carnaval de 2024, as lendas portuguesas com certeza!O Conto de Fados é o enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2024 A Unidos da Tijuca anunciou o enredo que levará para a Marquês de Sapucaí em 2024 com grande festa de lançamento em sua quadra na noite de sábado, 13 de maio, data em que se comemora o dia de Nossa Senhora de Fátima, padroeira de Portugal. O…
View On WordPress
0 notes
Text
Capítulo 3 O melhor de mim.
Já se passaram 17 anos, desde a minha escolha fatídica e as confusões que eu me meti depois de tanta mudança. Foram anos de muita dor e ao mesmo tempo traços marcantes de felicidade, que me fizeram refletir bastante no que eu esperava de mim mesma.
- Logo após a minha tentativa insana de suicídio, eu estava triste pertubada e sem saber que caminho seguir para resolver aquele impasse. Entretanto, aquele que tinha fé em mim depositou todo carinho e amor, para desempenhar sentimentos positivos na minha vida, mostrando que nada é impossível só basta acreditar e lutar para que seja possível.
- Dito isso, eu me apoiei nele e vi uma base para despejar toda aquela gama de pessimismo, desespero, frustração e outras negatividades.
Pensamento: NÃO VAI DAR CERTO, EU NÃO CONSIGO ENFRENTAR, TENHO MEDO!
Wriel: Calma, não se desespere tudo vai se acertar. Não desista de nós. Eu estou aqui e acredito na gente.
Pensamento: Filho da puta! Enquanto eu vivo na margem da negatividade ele reflete positividade e otimismo.
Vitoria: balanço a cabeça em gesto afirmativo – Balbuciando
- Passaram se meses e chegou o dia da minha decisão, o desespero gritava mais alto que minha própria voz.
Pensamento: Eu não consigo, não quero desapontar a minha mãe de novo, nem a minha vo, mas eu o amo. E choro profundamente.
Ao cair da tarde no dia 07 de agosto de 2018, tinha ossé no barracão e eu tinha que fazer a minha escolha.
Yalorissá: O decidiu? O moço ou o barracão? Na minha casa não permito esse “amor”. Num tom irônico.
Vitoria: A senhora me deu três opções, e dentre estas, eu decidi me afastar por um ano e dentre esse período eu decido o que fazer.
Yalorissá: Seja feita sua vontade moça.
- E saiu com a cara no chão.
Pensamento: Meu deus, ela também é minha avó, moro na casa dela, como agir normalmente sabendo que eu me afastei da religião a qual ela é dona do ilê. SOCORRO.
- Logo após minha decisão, passaram os dias e minha avó me ignorou completamente. Fingia que eu não existia e passou a viver 24horas no barracão, pois a casa dela é em cima do terreiro. Sendo assim, eu fazia o mesmo ignorava os comentários do povo do barracão tentava manter a cabeça erguida ate que o pior aconteceu.
- Minha mãe passa pelo portão.
Mãe: Preciso falar com você. AGORA.
-Calada eu estava, calada fiquei e acompanhei-a ate a sala de estar.
- Sentei na cadeira e ouvi aquela avalanche de ofensas jogadas sobre mim.
Pensamento: Eu não sabia se chorava ou se levantava e fugia.
-Depois de muito insulto pelo que eu havia decidido ela se foi, e deixou uma garota humilhada, sentada naquela casa vazia.
O que eu ouvia?
Prefiro não expor, apesar de já ter maturidade suficiente para agüentar todo tipo de ofensa ainda é difícil relembrar.
Às vezes me perguntam: Você superou? Eu respondo: sim, mas existem rachaduras no meu coração e nelas a mágoa sobre aqueles que perturbaram com meu psicológico.
- Naquela época eu ainda estudava e fazia cursinho pré-universitário com o objetivo de fazer uma faculdade e mudar de vida.
Depois de muita confusão e nesse regime de silencio na casa da minha avó, no dia 14 de setembro de 2018 com a maioridade batendo na porta, eu decidi sair da casa dela e morar com meu pai ate decidir o rumo que tomaria mais tarde.
Tenho certeza que vocês estão se perguntando sobre wriel. Onde ele esta?
- Estávamos nos encontrando escondido sempre. A mãe dele sempre nos apoiou, mesmo ela sendo da mesma religião que a gente e na mesma casa. Ela gostava de mim e sempre almejou a felicidade do filho. Mediante a isso nunca nos deixamos, na verdade não conseguimos é preciso lutar para ficar juntos e foi isso que fizemos.
Enfim, completei meus 18 anos e fui morar com meu pai, mas na verdade passei la somente dois dias e passei a freqüentar dias e noites na casa do meu namorado. Ainda escondido, pois não gosto de dar motivo as pessoas para falarem de mim.
-Vocês lembram-se daquela conversa com minha mãe, eu jurei que nao estava com ele e quando sair da casa da minha avo prometeu não o encontrar. Vocês devem estar pensando mal de mim, mas eu apenas não queria magoá-la e já estava na hora de eu seguir minha vida, ser feliz e parar de me preocupar tanto com o que minha mãe e as outras pessoas acham.
Pensamento: Meu deus, finalmente vou ser feliz, vou seguir minha vida e fazer o que eu quero.
Exatamente no dia do meu aniversario de 18 anos, eu recebi dois parabéns e sai para entregar currículo, para no outro dia ir à casa de meu pai e lá são exilei por dois dias. E finalmente no dia 27 de setembro de 2018, eu saio da casa de parentes e decido morar com meu namorado.
Pensamento: Para muitos uma escolha insana, mas para mim. Resiliencia e vontade de ser feliz.
- Como vocês já imaginam deu merda. Minha mãe descobriu e me falou coisas terríveis e disse para nunca mais colocar os pés na casa dela.
- Escuto, e choro desesperadamente. Afinal é minha mãe e eu amo meus irmãos e o fato de escolher um amor ser uma lastima para afastar a família me destruiu. Ela conhece esse rapaz desde ele pequeno e sabe da índole dele, mas o abominou quando minha avó afirmou que não podíamos namorar porque NA CASA DE CANDOMBLE DELA, não é permitido.
- A mãe dele e ele me consolam e a todo o momento sempre dizendo palavra de esperança e positividade e foram eles que sempre me deram esperança que tudo ia se resolver que aquele impasse era momentâneo e que um dia minha mãe iria perceber que ela fez a filha para o mundo e não para si mesma, e que tem que me deixar ser feliz.
- Triste, mas amparada eu depositei forças nos estudos e estudei com êxito e perseverança, mas no dia da prova no Enem eu adoeci e tive infecção urinaria acompanhada de enjoou e pessimismo jogando na minha cara que eu não iria conseguir. Resisti e mesmo passando mal na sala eu consegui, fiz prova, mas como ninguém é forte o tempo todo debulhou em lagrimas, pensando que não iria conseguir e pensando que o fato de eu está diante iria me prejudicar.
Em dezembro daquele mesmo ano, decidi enfrentar a minha mãe.
- Vocês devem estar se perguntando o porquê disso. A resposta é simples um filho nunca deve abandonar sua família por relacionamento nenhum e foi o que eu fiz. Fui à casa da minha mãe sentei ao sofá e ouvi o pior.
Pensamento: O medo era evidente não tinha como disfarçar, mas o alivio me preencheu quando ela viu que não podia evitar que eu iria continuar com ele sim.
Logo após sair da casa dela, dei um abraço na mesma e segui para a casa da minha avó já que eram vizinhas e decidi pedir perdão por todo mal que eu causei e por todas as decisões desaprovadas e dei um abraço nela também.
- E apesar de muita tempestade em um copo de água, ambas aceitaram meu relacionamento com ele. E mais tarde quando me vi sem saída e o amor pelo orixá falou mais alto, eu disse conversar com minha avó para voltar ao ilê e situar meu orixá.
Na mesa de jogo foi dito: Sua mãe oya nunca te abandonou e disse que sua decisão foi tomada em um momento de desespero.
Yalorissá: Você quer voltar?
Vitoria: Sim! Eu amo meus orixás.
Yalorissá: Eu senti muito a sua falta aqui dentro e fico muito feliz em te conceder de volta.
- Sorrimos e nos abraçamos.
Já em janeiro de 2019, eu consegui um emprego numa clinica dermatológica como recepcionista e nesse mesmo dia recebi fui verificar o resultado do Enem.
Pensamento: Medo. Não quero nem olhar.
- E ao abrir o site, eu entrei em choque com o resultado, não sabia se sorria ou se chorava foi 940 na redação. Ainda não sei como isso aconteceu, pois eu estava debilitada, mas eu consegui.
Ao chegar a casa foi à maior festa, disse a meu a meu namorado que sempre depositou orgulho em mim e sempre acreditou no meu potencial e minha sogra que sempre me apoiou e me dava os melhores conselhos.
- Minha mãe ficou muito orgulhosa de mim, na inscrição para o SISU eu escolhi historia, pois é o meu forte, mas a pontuação estava muito elevada e não consegui adentrar. Entretanto, escolhi pedagogia primeira opção e letras língua portuguesa como segunda opção e acabei passando nas duas e em quinto lugar em pedagogia, adentrei graduação na Universidade Federal de Sergipe.
Atualmente, quando me lembro desse flashback todo da minha vida e outras coisas mais, penso: Eu sou uma vencedora, passei por muita coisa e com muito apoio e consegui realizar todos os meus objetivos.
- Olho pra mim hoje em 2030, com 30 anos de idade, casada com wriel, casamos no candomblé, tivemos dois filhos lindos a Moana e o Noah, com nossas cadelinhas brisa e serena.
Pensamento: (Risos), esse meu coração escolheu ele bem antes de mim. E eu agradeço muito isso por isso. Hoje sou mais feliz que antes, casada, mãe de dois filhos e ainda zelando meus orixás, e melhor de bem com a minha família.
-Vocês devem estar se perguntando: E a faculdade? Formei-me em pedagogia. Hoje sou pedagoga e trabalho numa escola rodeada de crianças que me alegram todos os dias, vejo os pequenos como meus filhos e lhes darei uma educação de qualidade.
Como vocês sabem a educação no Brasil não são La essas coisas e precisa de muitos reajustes para atender a grande demanda de pessoas que precisam ser alfabetizadas e letradas da devia maneira. Contudo, mediante as crises, nos professores devemos começar a mudança por nos mesmo e buscar zelar pela educação dos pequenos e trabalhar com muito amor.
Pensamento: Eu sei que professor não é tão valorizado quanto um medica e um advogado. Mas temos nosso valor e o que nos diferenciam desses profissionais é o amor pelo ensino, é a capacidade de persuadir uma pessoa e colocar na mente dela que ela é capaz de aprender e fazer acontecer.
Bom, depois de tudo que contei a vocês, afirmo: Não desistam dos seus sonhos, lute por eles e sejam aquelas pessoas que dão apoio às outras. Espalhem amor ao próximo.
E ao final desse capitulo, espero que vocês, reflitam e percebam que nem tudo estar realmente perdido, basta acreditar.
Fim.
1 note
·
View note
Text
09.03.20 EUROPA Miss Nutz - Pink Monday- Lgbti✚ Party at Europa
Info/Music@ facebook.com/DjMissNutz soundcloud.com/missnutz facebook.com/clubeuropa
09.03.20 MUSICBOX Big Throwdown DJ BIG
Todas as segundas-feiras, hip-hop é a palavra de ordem. O Party Rocket Dj BIG faz jus ao nome de guerra e proporciona uma viagem pelo hip-hop clássico e actual, internacional e nacional.
10.03.20 EUROPA Vox99 ✚ Lawyer - Europa's Xtra Day
Info /Music@ facebook.com/vox99 soundcloud.com/vox99 mixcloud.com/DJLAWYER facebook.com/clubeuropa
11.03.20 EUROPA Freaky Fiction Plastik Guitar Toy's Story
Próxima QUARTA 11 vamos ter mais uma desvairada Freaky Fiction @ Europa.Nesta noite vamos apostar num Lineup bem diversificado, tendo como Headliner o LIVE ACT dos Plastik Guitar, os quais nos prometem momentos explosivos e psicadélicos. Vamos também poder ouvir um dos mais consagrados Dj's do Norte do país - Toy's Story - que depois de várias tours por todo o mundo nos vem deliciar com o seu fantástico gosto musical; para o Warm Up vamos ainda ter outro dos projectos mais requisitados pela Europa fora - Equilibrium Live Guitar - o qual nos vem mostrar todas as novidades que tem saído do seu estúdio.
11.03.20 MUSICBOX Rosa Mimosa y sus Mariposas apresenta CALLE ROSA
A convite do Musicbox, Rosa mimosa y sus Mariposas invade a rua cor-de-rosa numa residência semanal, trazendo os ritmos efervescentes dos trópicos latinos.CALLE ROSA é uma noite de festa e celebração da cultura afro-latina, onde haverá muita música, muita dança e loucura tropical. Serão noites surpreendentes e inesquecíveis onde a palavra de ordem é CUMBIA. Com concertos arrepiantes de Rosa Mimosa y sus Convidados Especiais e discos calientemente selecionados pelos Djs Convidados para seguir o baile até de madrugada.A partir de Fevereiro as quartas-feiras son Miércoles y todos Miércoles há CALLE ROSA!
11.03.20 LOUNGE Alienação | Lounge #21
https://t204.bandcamp.com/| Xminder AKA Schmïnderhttps://soundcloud.com/xminder https://www.mixcloud.com/xminder| João Melgueira https://www.mixcloud.com/joaomelgueira https://soundcloud.com/1joaomelgueira1 https://www.instagram.com/joaomelgueira
Ao salientar a música electrónica portuguesa quer na sua vertente dance ou clubbing quer no seu lado contemporâneo e experimental, a editora e promotora Alienação leva jovens artistas, e não só, às salas da capital e do país para apresentarem o seu trabalho. Sem assumir o papel de agenciamento, a promotora tem vindo a convidar uma grande variedade de autores e DJs ao longo dos últimos dois anos, em eventos que dão início através de live acts de uma certa electrónica paisagista mas por vezes inquieta e violenta, e que ao longo das horas se transforma numa pista de dança conforme o alinhamento de cada noite. Como editora começou por lançar uma grande quantidade de trabalhos de artistas que vagueavam pela internet, com o fim de os levar a uma maior audiência. As noites da Alienação pretendem sempre abrir as portas a qualquer forma de música ou expressão artística sonora, criando assim um espaço livre.
12.03.20 EUROPA Amuse Bouche by Ribatexas: Bernardo - Ziko - Milton
Bernardo (Hubble Recordings) facebook.com/bernardo.official soundcloud.com/bernardo_official ✚ ZIKO (Lobo Mau Records) facebook.com/ZIKO-496488403754286 soundcloud.com/frederico-vaz-1 ✚ Milton Soares (Lobo Mau Records) facebook.com/miltonsoaresmusic soundcloud.com/miltonsoares
12.03.20 MUSICBOX Zé Nuno + Briosa | curated by Ballroom
12.03.20 LUX FRÁGIL Luz Aquário: Giant Swan x Opus Pistorum x Dexter b2b marum
A união faz a força, diz o universo, certo? Dia e noite. Branco e negro. LuxFrágil e Galeria Zé dos Bois. Faz sentido, não faz? Juntos e mais fortes por isso mesmo. O clube de Santa Apolónia e a casa do Bairro Alto dão as mãos (e os braços e o resto do corpo...) nesta aventura a que chamam LUZ AQUÁRIO.
Nesta primeira edição, o duo de Bristol Giant Swan regressa à capital para esmagar o tédio e agitar a alma. O álbum de estreia continua tão afiado, urgente e essencial como da primeira vez que nos espancou os ouvidos quando foi editado em Novembro passado, já depois de uma visita à ZDB, que ficou na memória de muitos, de tão intensa e visceral que foi.
Opus Pistorum abrirá a boca de cena com uma apresentação ao vivo que se prevê igualmente forte. E depois virá o b2b de Dexter e marum, duas sólidas garantias de que a fasquia não desce, de que a exigência não desaparece e de que o som que se vai soltar das Funktion One continuará a ser feito do que realmente importa: da vibração essencial que agita corpos e mentes. Mergulho cego.
Abertura de portas: 22H30 Opus Pistorum live: 23H00 Giant Swan live: 00H00 Dexter b2b marum: 01H30
Texto: Rui Miguel Abreu
13.03.20 EUROPA Pedro Goya ✚ Early Jacker - Europa's Core
Info/Music@ facebook.com/pedrogoyamusic soundcloud.com/pedro-goya facebook.com/EarlyJacker soundcloud.com/early-jacker facebook.com/clubeuropa
13.03.20 MUSICBOX Purple Hazin | MusicBox
Em Lisboa. Junte-se ao nosso protesto. Lute pelos direitos de Yo' Purple Hazin' 13 de março, nos unimos no MUSICBOX. Contra todas as probabilidades, a Tripulação permanecerá forte!
13.03.20 5A CLUB Enkō | 5A
13.03.20 LUX FRÁGIL Citizen Lux: Jane Fitz x Yen Sung
A próxima #CitizenLux a entrar em cena é Jane Fitz, esse pilar da música de dança em Londres. O seu som é uma amalgama aberta de techno espacial, house futurista, Detroit, breakbeats e outras explorações do universo rave. Há um som Jane Fitz de coerência inegável mas difícil de explicar. Felizmente não o temos de fazer, basta ouvi-la à sua passagem por Santa Apolónia.
14.03.20 FUSE RECORDS Fuse Matiné: Josh Wink & Lazare Hoche
Em março, damos um novo foco à nossa típica matiné. Outrora um porto próspero e pólo central europeu, agora uma porta de entrada para a azáfama da Lisboa eletrónica. Apresentamos Alcântara, a zona perfeita para recebermos de braços abertos Josh Wink e Lazare Hoche, cada um com direito a sua pista, no novo espaço Focus.
In March, we give our typical matinée a new focus. Once a thriving port and central European hub, now a gateway to the hustle and bustle of the electronic Lisbon. We present Alcântara, the perfect area to welcome Josh Wink and Lazare Hoche, each with their own dance floor, in the new Focus venue. Bilhetes / Tickets: fuse.pt/matine #stepinside #fuserecords #fusematine #2dancefloors #joshwink #lazarehoche
14.03.20 EUROPA Kaesar ✚ Roger Mateus - Saturday Night Life at Europa
Info / Music@ facebook.com/kaesarmusic soundcloud.com/kaesar facebook.com/roger.mateus.7 mixcloud.com/rogermateus7 facebook.com/clubeuropa
14.03.20 MUSICBOX Baile Tropicante feat Flama Y Cigarra: Edición Transpyra
Nas palavras de La FLAMA Blanca: "o próximo baile tropicante é para transpyrar vírus, é para bailar e tocar com o rabo no chão. Finalmente a Cigarra vem ao Baile e finalmente eu tenho todas as razões do mundo para mostrar ao mundo meu famoso twerk. migxs o lance é simples: vem, senta, rebenta.xoxo"
14.03.20 5A CLUB Joao Maria
14.03.20 LUX FRÁGIL Switchdance convida: Perel (hybrid set) x Khalil Suleman
Junte-se o velho ao novo e na intersecção temos Perel. Disco, House, Techno e Synthpop misturam-se para o som de Perel, que chega para um Hybrid set no Lux, pronta a abrir caminho e demonstrar porque é não já só uma aposta de futuro, mas sim uma certeza de presente. O lado mais minimal e experimental do techno também se faz representar nesta noite pelo dj lisboeta Khalil Suleman. É o Switchdance que convida.
0 notes
Text
5ª edição do Rodellus| Todas as infos
Provavelmente o nome ‘Rodellus’ já não vos soa estranho, trata-se daquele festival minhoto que vos desafia a não terem medo do campo. Neste ano de 2019, dentro de poucos dias portanto, vai acontecer a 5ª edição. A concretização do evento tem sido ininterrupta desde o seu início em 2015.
A organização deste festival está a cargo da Rodellus - Associação Cultural formada por jovens de Ruilhe, Cunha, Tadim e Arentim.
Ganhou uma lufada de ar fresco há uns meses por sido premiado como Best Small Festival durante o Iberian Festival Awards no passado mês de março em Vigo. Este prémio vem na sequência da excelente edição do ano passado.
A base de operações e realização da maioria dos concertos é em Ruilhe, porém como em anos anteriores alastra também à freguesia vizinha de Cunha. Para quem (ainda) não conhece Ruilhe e Cunha, ambas fazem parte do concelho de Braga distanciando-se apenas cerca de 15 minutos do centro da Cidade dos Arcebispos. Uns 10 km, mais coisa menos coisa. Pese essa proximidade com uma das maiores cidades nacionais, Ruilhe é uma zona densamente rural possuindo na tranquilidade de uma zona de campo mais isolada contando apenas com pouco mais de 1000 habitantes.
Cartaz
Preços
“Eram perto das 4h da tarde, muitas nuvens cobriam o céu azul mas fazia-se sentir o calor no ar com o Volvo V40 de 2003 à pinha. Confiávamos no GPS que nos levava por entre ruinhas e ruelas, por vezes bem estreitas sem saber se o destino seria realmente a aldeia de Ruilhe. Após percorrermos uns kms desconhecidos, avistamos uma placa que dizia “Ruílhe”, sim, estávamos de facto no caminho certo.” No ano passado começamos a vida no campo assim. Este ano a estória não será muito diferente. Será o segundo ano que iremos sair do conforto das nossas casas para abraçar o campo e o rock.
O cartaz do Rodellus é um cartaz de rock, um cartaz que explora todas as suas vertentes e que vai para além de fronteiras. Há os vizinhos espanhóis FAVX- “O seu som punk, grunge, post-hardcore e pop não deixaram ninguém indiferente e a energia contagiante, os riffs a puxar pela distorção e as dinâmicas criadas puseram toda a gente a bater o pé e a fazer esquecer que o fim-de-semana já estava a acabar.”. Ou o trio italiano Bee Bee Sea - “Tiveram uma atitude punk sempre alimentada a três vozes... A melhor descrição que podemos fazer do seu som é que são uma banda cheia de fuzz e vontade de fazer surfar os mais ousados.”.
Da armada lusa: De Braga que irá pôr muita gente a dançar, Quadra - “Funky Post-Rock, Math Rock? Podem chamar-lhe o que quiserem, a verdade é que por muitos palcos que tenham pisado pelo Verão que passou, tenham a certeza que vão ser levados para outro mundo onde a dança e a irreverência corporal é mote para a festa perfeita.“ . Das Caldas de Rainha o trio Palmers - “Rapidamente despertamos para aquele som punk rock com travos intensos de surf e garage rock. Têm a curiosidade da contribuição de ambas as vozes femininas da formação e de alternarem entre si”. Os barcelenses Gator, The Alligator - “Estes seus temas têm sido comparados aos dos King Gizzard & The Lizard Wizard pelas inúmeras mudanças de velocidade sempre com as suas guitarras a cavalgar antecedidas de gritos de revolta puxando pela distorção e pelo suor.”
-
Se estás farto da rotina da cidade, vem viver o campo, vem viver o Rodellus -
Leiam toda a estória do ano passado aqui.
------ ENTREVISTA ESPECIAL RODELLUS ------
Uma das pessoas fortes na organização do festival Rodellus é Jorge Alexandre Dias, um dos fundadores do evento. Ele respondeu-nos a algumas questões e vale a pena ler a entrevista!
HeadLiner: Sabemos que um dos grandes dos grandes objetivos do Rodellus é descentralizar certos estilos musicais que não são tão comuns neste tipo de meio rural. A pergunta é, sabendo a dificuldade de organizar um festival nos moldes em que organizam e no sítio em que o fazem, qual foi realmente o click/momento que vos fez arregaçar as mangas e de facto organizar um evento destes num meio tão rural?
Rodellus: Em 2015 existiam duas vontades: a de criar um momento com expressão cultural diferenciada na região, que fosse um reflexo da nossa realidade e de, através deste, dar notoriedade à freguesia. O Rodellus nasce com esse contexto mas também com muita paixão e espírito de luta. Depois o “bebé” foi crescendo, foi ganhando dias e palcos, estendendo-se a outras freguesias e é hoje algo do qual nos orgulhamos muito. O clique foi sempre a música como retrato das nossas vivências, das nossas experiencias e como seria bom fazer parte de algo que irá sempre ficar para a posteridade.
HeadLiner: Pegando nesse conceito da ruralidade e transpondo-o para o festival Vodafone Paredes de Coura: quando o festival acontece, sabemos que do ponto de vista económico e social, aquela vila renasce durante aquela época do ano e tem até vindo a crescer. Em Ruílhe, dado que são pessoas da terra, também começam a sentir essa marca?
Rodellus: Vai-se sentindo, sim. Seja nos negócios locais que têm sempre mais movimento, seja nas próprias estadias. Temos cada vez mais pedidos que nos chegam a pedir outras soluções de estadia que não passe pelo campismo. Este ano até celebramos uma parceria com a Festicket de maneira a dar resposta a essa necessidade. Coura foi crescendo à medida que o festival crescia e isso, sem duvida, é algo que olhamos com bons olhos.
HeadLiner: O Rodellus já vai na sua 5ª edição ininterrupta. Qual o segredo para um festival que mesmo sem qualquer patrocínio, traz bandas nacionais e internacionais de renome a um a um local dependente culturalmente do que se faz no centro de Braga?
Rodellus: O segredo? (lol) Acima de tudo reside na equipa que trabalha diariamente para que as coisas sejam feitas pelo melhor. Tentámos sempre surpreender no cartaz claro mas existe todo um rigor por trás no controlo de custos e investimentos. Já fizemos coisas boas, coisas menos boas mas a verdade é que tentamos sempre não repetir erros. Fazemos esse registo e balanço e tentamos procurar soluções e alterar o que está mal. Claro que se tivéssemos um patrocinador as coisas ficariam mais fáceis mas em verdade te digo: se calhar não daríamos metade do valor. Crescemos muito a nível pessoal e profissional com esta aventura que é fazer um festival no campo mas é a paixão que temos que nos move, e que, em alguns casos toca as pessoas. Hoje vemos tanta coisa a ser feita sem gosto, sem paixão. Não conseguimos pensar dessa maneira.
Jorge Dias em representação do Rodellus na entrega do prémio Best Small Festival em Vigo. Foto @ Aporfest
HeadLiner: Quanto a esta 5ª edição, um número tão bonito (risos), quais são as grandes diferenças que o público poderá ver e sentir comparativamente ao ano anterior?
Rodellus: Não querendo levantar muito o véu, confesso que este é o melhor recinto que temos desde 2015. O mérito vai todo para o Gabriel e respectiva equipa que desenharam algo diferente de outras edições, e que realmente celebra o campo e as suas gentes. O Palco Cunha também foi sujeito a algumas alterações que prontamente irão denotar e claro, levamos a festa ao local onde a ideia teve o seu tiro de partida. O Palco Músico vai dar às tardes um conceito de arraial e festa a preceito para se celebrar estes 5 anos da melhor maneira, seja com os pratos típicos, seja pela cerveja sempre gelada, seja pelo Rock que vai invadir a Casa do Músico em Ruílhe.
HeadLiner: O Rodellus tem-se afirmado cada vez mais como um festival de rock, independentemente de qual for a sua vertente. Como é que é montado o cartaz? Quem faz as escolhas das bandas e o porquê? Criam o “festival dos vossos sonhos”?(risos)
Rodellus: O Rodellus é o festival dos nossos sonhos mas não queremos parar de sonhar. O cartaz é reflexo disso. Em 2019 cumprimos o sonho de trazer Mars Red Sky ao campo, conseguimos contar com Brutus que já era um namoro antigo e para 2020 logo vemos o que conseguimos alcançar. É para nós importante mostrar “boas colheitas” e tentar sempre diferenciar-nos pela aposta em novos nomes da música portuguesa suportados por alguns nomes internacionais entusiasmantes. Temos feito isso com alguma consistência e queremos continuar. A escolha essa é pensada, recalcada, esmiuçada várias vezes. Por vezes em demasia mas queremos manter algum critério com a programação. Acreditamos que possa ser um factor diferenciador para com os restantes festivais que ocorrem em Portugal.
HeadLiner: O que aconselham vivamente a ver e ouvir este ano no festival?
Rodellus: Recomendamos vivamente Unsafe Space Garden e Cosmic Mass numa ronda aos novos talentos que vão surgindo. Um olho bem aberto para Democrash, dois olhos bem fechados para Mars Red Sky, o acontecimento que será Solar Corona e FAVX e claro, Brutus que trazem consigo um dos álbuns do ano. A verdade é que são todas muito boas caso contrário não fariam parte desta festa de cinco anos!
Toda a informação essencial pode ser consultada no evento do facebook:
https://www.facebook.com/events/584294905378822/
0 notes
Text
Festas dos Santos Populares: as festas juninas portuguesas
Junho é mês de Festa Junina! Aqui em Portugal é conhecido como o mês das Festas dos Santos Populares: Santo António, São João e São Pedro. E bastou irmos a um desses arraiais tugas aqui deste lado do Atlântico para ter certeza de onde vieram as principais influências das nossas festas caipiras.
As festas mais famosas do país são a de Santo António, no dia 12 de junho em Lisboa, e a de São João, na noite do dia 23 para 24 no Porto. Mas no dia 29 comemora-se também a festa de São Pedro, padroeiro de Sintra e Évora. Aqui em Coimbra, como não temos nenhum destes santos padroeiros, comemora-se todas elas!
Atualizado: Mesmo não havendo uma tradição forte de santos aqui em Coimbra, há festas em Santo António dos Olivais e também as marchas tradicionais no bairro Norton de Matos. Apesar de ter nascido em Lisboa, Santo António viveu em Coimbra e aqui que ele teria tido a revelação de se dedicar à evangelização.
Os arraiais são festas de rua animadíssimas com direito a decoração colorida, balõezinhos, barraquinhas com brincadeiras, muita sardinha assada na brasa, caldo verde e músicas típicas. Musicas, aliás, que lembram muito as nossas quadrilhas típicas, com as pessoas dançando em roda e seguindo os passos ditados pelo cantor (que são completamente diferentes dos nossos e nos levou algum tempo pra aprender! hahaha).
A grande diferença é que, ao contrário do nosso clima friozinho invernal, aqui as festas de junho coincidem com o início do verão, quando começa a fazer calor pra valer por essas terras. Então nada de vinho quente e quentão! Vinho quente é coisa que aqui se bebe no Natal e quentão é bem brasileiro mesmo, então nem existe. Outra diferença é o uso da palavra quermesse, que pra nós significa a festa em sí, principalmente aquelas das igrejas. Aqui quermesse é uma barraquinha de brincadeira, onde compra-se um bilhete com um número aleatório, que vai te dar direito a uma prenda.
Em todas as festas existe também a tradição de saltar a fogueira e oferecer à namorada ou namorado vasos de manjerico, uma plantinha aromática típica dessa época do ano, onde se colocam cravos coloridos de papel e bandeirinhas com versinhos de amor.
Atualizado: O manjerico é uma erva comestível da família do manjericão, podendo ser usada como tempero ou em saladas. Quem for presenteado deve cuidar e manter a plantinha durante todo o ano, até as próximas festas, quando elas podem ser substituídas por novas!
Acredita-se que todas essas tradições estejam ligadas às festas do solstício de verão e a antigos rituais de fertilidade, realizados pelos povos antigos da península Ibérica, que depois teriam sido apropriados pela cultura religiosa cristã, fazendo ligação aos dias dos santos.
Então bóra comer mais uma sardinha que junho ainda não acabou! ~MV
Nota: Post atualizado com dicas valiosas do amigo Rafael Vieira! Obrigada! :)
1 note
·
View note