#Jornal de Goiânia
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Em noite do milagre, Jornal da Record lidera na briga com Mania de Você
Segundo telejornal mais visto do país, o Jornal da Record ficou muito perto de Mania de Você, da Globo, na última terça-feira, 5 de novembro, em Goiânia. Jornal da Record chega ao 1 lugar por 3 minutos em Goiânia (Imagem: Divulgação / Record) O principal jornalístico da Record chegou a 14,0 pontos no confronto ponto a ponto com a atual novela das 21h, que por sua vez perdeu a liderança por cerca…
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Paulo Daher renuncia candidatura como vice de Vanderlan Cardoso; entenda
O ex-vereador Paulo Daher, presidente do Partido Progressistas (PP) em Goiânia, apresentou pedido de renúncia de sua candidatura a vice-prefeito de Goiânia. Na ocasião, o ex-presidente do PP concorria na chapa do senador e candidato a prefeito Vanderlan Cardoso (PSD). Entenda o caso da renúncia de Paulo Daher Vanderlan Cardoso e Paulo Daher. Foto: Leoiran/ Jornal Opção A decisão foi tomada após o…
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"Nós do Centro-Oeste ainda somos muito pouco lidos", avalia Paulliny Tort
Acesse em https://www.aredacao.com.br/cultura/195174/-nos-do-centro-oeste-ainda-somos-muito-pouco-lidos-avalia-paulliny-tort
José Abrão
Goiânia – A escritora Paulliny Tort estará em Goiânia para uma roda de conversa sobre seu livro de contos Erva Brava, finalista do Prêmio Jabuti 2022. O evento será no sábado (16/9), às 17h, na Livraria Tekoá, no Coletivo Centopeia.
Publicado pela editora Fósforo, o livro Erva Brava reúne histórias de Buriti Pequeno, cidade fictícia localizada em Goiás, e de suas gentes e costumes. Em entrevista exclusiva ao jornal A Redação, a autora falou um pouco sobre a obra e seu processo de escrita. Paulliny também fez uma análise do cenário literário fora do eix Rio-São Paulo e avaliou que o espaço para escritores do Centro-Oeste ainda é pequeno. "Ainda somos muito pouco lidos", pontua. Confira entrevista completa:
Quando se vê pessoas do Sudeste se referindo à obra Erva Brava, é comum chamarem de ‘regional’. Queria saber o que você acha dessa percepção de que o que acontece fora do Eixo Rio-SP é “regionalismo”. Existe essa tendência de trazer esse rótulo para a literatura produzida fora desses grandes centros, mas confesso que não me sinto incomodada, desde que isso desperte interesse pelo livro. Guimarães Rosa também foi rotulado dessa maneira. Num país que lê tão pouco, qualquer sombra de interesse pela literatura já é válida. Se esse rótulo faz com que as pessoas se aproximem do livro, eu não me perturbo. Nós aqui do Centro-Oeste ainda somos muito pouco lidos. Entendo que é problemático, que é uma redução do nosso trabalho, mas nós precisamos conquistar leitores de ficção e, se é por esse caminho, que seja.
Ao mesmo tempo, para além disso, é reconfortante ler histórias que não se constrangem em dizer que são do Centro-Oeste. Esse recorte de alguma forma atrapalhou na hora de encontrar uma editora e publicar? O livro foi apresentado pela Fósforo pela minha agente literária, a Mariana Teixeira Soares, do Rio de Janeiro. O livro Erva Brava foi a estreia do catálogo de ficção nacional da Fósforo. Eles escolheram esse livro. Quando compraram a ideia da obra Erva Brava foi justamente por achar que o livro passava a mensagem que a editora queria para o mercado. Acho que isso mostra uma mudança do mercado nos últimos anos. Acho que o sucesso do Torto Arado, do Itamar [Vieira Júnior], também teve um papel nisso, assim como as editoras independentes que vez ou outra estão emplacando autores em prêmios nacionais e esses autores não são necessariamente do eixo Rio-SP.
Algo que chama a atenção é que cada conto do livro aborda temas muito pertinentes e muito presentes na vida brasileira e os textos carregam um comentário social forte. Como você escolhe esses temas e como abordá-los de forma orgânica? Não é o autor que escolhe o tema, é o contrário. Eu escrevo sobre as coisas que eu vi, que eu vivi, que eu li e que me tocaram de uma maneira profunda. A construção da palavra passa por uma série de escolhas, mas o tema vem de uma forma muito inconsciente. Depois que o livro estava pronto e publicado, eu comecei a ver muitos elementos familiares, minhas tias-avós muito presentes, coisas que minha avó, que era da cidade de Goiás, me contava. Eu escrevi sobre aquilo que me toca de verdade e talvez por isso o texto não ganhe um tom muito panfletário. Além disso, dois elementos são muito importantes na minha escrita: o espaço e o personagem. O personagem em ação no espaço é o que conduz esses contos enquanto o tema se infiltra nisso a partir da vivência dos personagens. Isso ajudou com que os contos fiquem mais naturais.
Obviamente tenho que perguntar sobre a indicação ao Jabuti. Gostaria de saber como foi isso, como você se sentiu e se acha que isso bota alguma pressão ou expectativa na sua escrita. O Jabuti com certeza ajuda o leitor a comprar aquele livro e investir o tempo dele naquela leitura. São muitas obras sendo publicadas e não é fácil a gente se orientar e saber aquilo que a gente vai gostar. Um livro de ficção custa, em média, R$ 60 e nem todo mundo tem condição de fazer esse investimento sem ponderar um pouquinho. Então a gente precisa chegar nesse livro por alguma indicação.
Mas então não dá uma pressão em relação ao próximo livro? O tema do meu próximo livro, pra mim, é próximo ao de Erva Brava, talvez o leitor ache um tema muito diferente. O autor tem que escrever sobre aquilo que pulsa dentro dele, independente das expectativas. É um romance, estou escrevendo desde 2021. Poucos meses depois de entregar o original de Erva Brava eu finalizei a primeira versão desse romance, só que eu escrevo muitas versões, eu reescrevo muitíssimo. Ainda vai um tempo considerável em cima dele.
Você integra uma geração de escritoras brasileiras que têm se destacado cada vez mais no mercado literário. Nessa turma incluo também Ana Paula Maia, Carla Madeira, Aline Bei e Micheliny Verunschk. Você acha que é um novo momento de destaque para a mulher na literatura brasileira? Eu sempre tomo cuidado para não falar de algo que não sei a fundo e que não pesquisei. Nós temos uma série de pesquisadoras nas universidades brasileiras debruçadas sobre isso. A impressão que a gente tem é que é um momento muito favorável para a autoria de mulheres, só que a gente tem que tomar muito cuidado para não virar uma literatura de nicho: que mulheres têm que escrever sobre tais temas. Vejo com certa cautela uma segmentação de uma literatura “feminina” porque isso também pode ser uma armadilha. Um modismo passa, uma onda boa passa, e a gente quer a permanência dessas autoras no mercado com a visibilidade que estamos tendo hoje, mas sem paternalismos. Tem que se olhar mais para o texto do que para as autoras.
O último conto do seu livro me lembrou o final de Cem Anos de Solidão. Eu quero saber se foi a inspiração por trás do destino de Buriti Pequeno. Talvez inconscientemente. Sou uma super leitora de Gabriel García Márquez. Cem Anos de Solidão foi uma leitura muito marcante pra mim e é óbvio que Macondo foi uma inspiração para o livro. Eu titubeei em escolher em que cidade ia se passar essas histórias. Pensei: bom, Macondo está aí, por que não criar a minha cidade? E eu tinha vontade na minha escrita de fazer algo para ser destruído, construir algo que depois colapsasse, acabasse, e eu queria brincar com essa ideia de impermanência.
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Goiás ganha Circuito Turístico-Cultural da Cerveja Artesanal
Novo no mercado, o Circuito Turístico-Cultural da Cerveja Artesanal do estado de Goiás está previsto para ocorrer anualmente na primeira sexta-feira dos meses de agosto. O objetivo é atraente de ponta a ponta: explorar o mercado em expansão para atrair turistas e fortalecer os produtores locais.
Apesar da força e do crescimento do setor – que contou com incremento de 13,7%, segundo a última atualização do Anuário de Cerveja, de 2021 – a recém-criada lei que estabelece o circuito, de autoria do deputado estadual Karlos Cabral (PSB) – tem agora o desafio de sair do papel e ser colocada em prática.
Isso porque, embora haja data, não há roteiro. Em nota, o deputado Karlos Cabral informou que não foram pré-estabelecidos os municípios que sediarão ou poderão vir a sediar a rota do circuito de cervejas artesanais. “No projeto de lei apresentado inicialmente tinha sido proposto algumas cidades, porém, o texto durante sua tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) foi alterado, deixando livre os locais para que aconteça o Circuito.”
Mas de antemão, vale destacar que os maiores produtores desse tipo de cerveja do estado são Goiânia, Aparecida de Goiânia e Pirenópolis. As informações são do vice-presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal, regional Goiás, Thony Augusto Rodrigues. Conforme o documento, durante todo o período do circuito, os produtores de cerveja artesanal poderão oferecer ao público preços diferenciados e apresentar produtos especiais para o evento, divulgando as características e as tradições de cada região.
A expectativa de público não foi estabelecida, explica Cabral. Porém, como o mercado se expande, o Estado atrai vários eventos de cerveja e espera um grande fluxo de pessoas. “Em 2019 teve a terceira edição do evento ‘Cerveja no Mercado’ voltado às cervejas artesanais, entre os dias 25 e 27 de julho, na cidade de Goiás. H�� também o PiriBier – O Maior Festival Cervejeiro do Centro-Oeste, que esse ano acontecerá entre os dias 8 a 10 de junho de 2023”, citou o deputado.
*Coluna do jornal O Defensor de Taquaritinga, publicada no dia 21 de junho de 2023
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Deputados deixam Mendanha e ingressam na base de Ronaldo Caiado Ex-prefeito de Aparecida já foi comunicado da decisão dos parlamentares Os deputados estaduais Gugu Nader e Rosângela Rezende, ambos filiados no Agir, anunciaram que vão integrar a base do governador Ronaldo Caiado (UB) na Assembleia Legislativa. Os dois parlamentares foram eleitos pelo bloco de oposição liderado pelo ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (Patriota). “Fiz campanha com o ex-prefeito [Gustavo Mendanha], mas eu e minha companheira de bancada, a deputada Rosângela Rezende (Agir), já definimos que vamos caminhar com Caiado. Mendanha já foi comunicado e nós vamos auxiliar na base.”, afirmou Gugu ao jornal O Popular. Portal da Notícia: https://portaldanoticia.com #goias #goiás #Goiás #aparecidadegoiania #aparecidadegoiânia #gustavomendanha #RonaldoCaiado #ronaldocaiado #politica #política #politicabrasileira #portaldanoticia https://www.instagram.com/p/Co4n6HXrSyt/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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Jornal Opinião Goiás - Auxílio Gás será de R$ 110 em agosto, informa Caixa
Jornal Opinião Goiás – Auxílio Gás será de R$ 110 em agosto, informa Caixa
Cerca de 5,6 milhões de famílias receberão R$ 110 de Auxílio Gás em agosto, anunciou hoje (2) a Caixa Econômica Federal. Até dezembro, o benefício terá o valor dobrado por causa da emenda constitucional que elevou benefícios sociais. O pagamento ocorrerá de 9 a 22 de agosto, com base no dígito final do Número de Inscrição Social (NIS). As datas são as mesmas datas das parcelas do Auxílio Brasil,…
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Admirada por Carlos Drummond de Andrade, a poetisa goiana Cora Coralina lançou seu primeiro livro já idosa. O sucesso foi instantâneo, transformando-a numa das figuras mais queridas das letras brasileiras.
Cora Coralina nasceu em 20 de agosto de 1889, na Cidade de Goiás, estado de Goiás, e faleceu em 10 de abril de 1985, em Goiânia. Seu nome verdadeiro era Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. Aos 14 anos de idade, Anna Lins cria o pseudônimo "Cora Coralina"
A primeira vez em que publicou um poema de sua autoria foi aos 14 anos de idade, num jornal de poemas femininos chamado A Rosa. Em 1922, recebeu um convite para participar da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, mas foi impedida pelo próprio marido.
Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, seu primeiro livro de poesias, foi lançado somente em 1965, quando Cora tinha 76 anos de idade. Ao todo, Cora Coralina publicou quatro livros em vida. Depois de sua morte, foram mais cinco livros publicados.
Com quase 100 anos de idade, em 1983, Cora foi agraciada na mesma ocasião com o Prêmio Juca Pato de intelectual do ano e reconhecida como Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Goiás.
Após a morte de Cora, aos 95 anos de idade, sua casa na Cidade de Goiás foi transformada em museu. A construção data do século XVIII, e possui características típicas daquela época como adobe e pau a pique. Chama a atenção na entrada um busto em sua homenagem.
Ela lançou-se vereadora na cidade paulista de Andradina, aos 52 anos, pela antiga UDN – União Democrática Nacional.
Cora Coralina era uma doceira de mão cheia. Usando utensílios como tachos de cobre, ela preparava doces de figo verde, de mamão vermelho e de laranja-da-terra, além de passas de caju. Existe um livro de receitas e poemas chamado Cora Coralina – Doceira e Poeta.
Fonte: Saber Curiosidades
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Os 40 anos do Caso do Voo 169 da VASP e o dia em que o piloto Gerson Maciel de Britto se encontrou com o coronel Uyrangê Hollanda, da Operação Prato
Por Cláudio Tsuyoshi Suenaga
O relato de um avistamento de OVNI por um comandante de um Boeing 727 sob o título “Objeto estranho no céu” foi o destaque do Jornal da Tarde de 9 de fevereiro de 1982. Naquele dia, a capa do jornal levou seus leitores para dentro da cabine do avião. A ousada e inovadora diagramação da primeira página foi feita com uma grande área em branco que colocava o desenho do objeto voador não identificado feito pelo piloto Gerson Maciel de Britto ao alto e em perspectiva com a foto dele apontando a direção em que o objeto se movia.
O Brasil foi varrido por uma onda de proporções gigantescas em 1982, só comparável às de 1954, 1957, 1968 e 1986. No Carnaval, os radares da Base Aérea de Anápolis detectaram um OVNI a 50 quilômetros de Goiânia. O CODA (Centro de Operações de Defesa Aérea) colocou um caça Mirage em seu encalço. A perseguição terminou a 12 quilômetros de altura, já que o OVNI continuou a subir em direção ao espaço. Em Presidente Prudente, oeste do estado de São Paulo, um objeto sem forma definida, emitindo luzes multicoloridas, com predominância do verde, surgiu num sábado à noite e desapareceu velozmente deixando um rastro luminoso. O controlador da Rádio Patrulha da cidade, cabo Torres, o avistou às 21h10. Soldados de plantão nas unidades de Regente Feijó, Rancharia, Lins e Tupã, e funcionários de aeroportos, também testemunham o fenômeno.
Às vésperas do Carnaval daquele ano de 1982, na madrugada de segunda-feira, 8 de fevereiro, o Boeing 727 da VASP (Viação Aérea de São Paulo), Voo 169, decolou do Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, com destino a São Paulo. Decorridos exatos 82 minutos, às 3h12, quando sobrevoava os arredores de Petrolina e Bom Jesus da Lapa, sul da Bahia, à altitude de 10 quilômetros e velocidade de 975 km/h, o comandante Gerson Maciel de Britto (1936-2016), então com 45 anos, piloto há 30 anos e funcionário da VASP desde 1960 – na qual acumulara uma experiência de cerca de 17 mil horas de voo –, avistou à esquerda “uma sinalização luminosa”. Surpreso, contatou o Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) de Brasília, que lhe certificou não ter detectado tráfego na rota assinalada. O objeto emitia luzes em tons variados – vermelhas, alaranjadas, azuis e brancas.
Os comandantes de um Boeing das Aerolineas Argentinas, com o mesmo prefixo da VASP, e de um jato da Transbrasil, de prefixo 177, entraram na frequência informando que também observavam o fenômeno. Sobre Belo Horizonte, o OVNI atingiu o ápice da aproximação, sendo detectado pelos radares de Brasília. O controlador notificou que havia captado um objeto a 12 quilômetros da aeronave, ambos no quadrante 9 horas.
Leitor ávido de revistas de ufologia, essa era a quarta vez que Britto vivenciava uma experiência do gênero. No segundo semestre de 1978, ao decolar de Belo Horizonte, ele e os pilotos de um jato da Panamerican, da Transbrasil e de um Learjet da Líder, avistaram uma luz semelhante. Por esse motivo, estava “psicologicamente preparado”. Com insistência, tentou estabelecer uma comunicação, piscando alternadamente os faróis, mas não foi correspondido.
Avisados por Britto, os 140 passageiros disputavam as janelas para ver o OVNI. Apenas três não se levantaram das poltronas: Dom Aloísio Leo Arlindo Lorscheider (1924-2007), cardeal-arcebispo de Fortaleza, Dom José Terceiro, bispo-auxiliar de Fortaleza, e Dom Milton, bispo de Crato (CE). “O comandante falou de um objeto que nos seguia, pelo lado esquerdo. Como eu estava do lado direito, quase dormindo, pensei: deixa esse disco voador para lá”, declarou Lorscheider, que rumava a Itaici para participar da 20ª Assembleia Geral da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), um agrupamento de tendência marxista dentro da própria Igreja Católica. Ao desembarcar, fugiu ao assédio da imprensa e se recolheu a um dos apartamentos do mosteiro, onde descansou por recomendações médicas – cardíaco, Lorscheider já havia implantado uma ponte de safena.
A passageira Silésia Barbosa Paes del Rosso, por sua vez, foi a que mais se deslumbrou, tendo feito a seguinte descrição aos jornalistas aglomerados no Aeroporto de Congonhas: “O objeto lembrava um lustre achatado, virado para cima, e brilhava como uma dessas lâmpadas de vapor de mercúrio que iluminam as vias públicas.”[1]
O OVNI acompanhou o Boeing durante 1 hora e 25 minutos. Três minutos antes da escala programada na Pista 14 do Aeroporto do Galeão, Britto viu o OVNI pela última vez, alertando a torre. Uma esquadrilha da FAB decolou imediatamente da Base Aérea de Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, sem resultados. Antes de seguir para São Paulo, o comandante foi informado de que há dois dias uma luz estranha vinha sendo observada e que por isso os caças estavam de prontidão para qualquer eventualidade.
Mílton Missaglia e Mário Pravato, comandantes do Boeing 727/100 da Transbrasil, que fazia a rota Manaus-Rio de Janeiro, com escala em Brasília, confirmaram Britto. Missaglia, 30 anos, voava há 10 anos pela empresa e acumulava 8 mil horas de voo: “Era uma viagem de classe econômica e tudo transcorria normalmente até que passamos a observar aquele objeto luminoso sobre Belo Horizonte. De início, pensei que se tratava do planeta Vênus. Porém, mudei de opinião ao saber que o Centro de Radares de Brasília havia detectado o ponto a 12 quilômetros do Boeing da VASP.”
“Equilibrado psicologicamente, [...] sem criar tumulto ou atropelo, conclamei o restante da tripulação e os passageiros à presenciarem aquela aproximação do OVNI, em todo o seu esplendor [...] coincidentemente ou não, o Cindacta detectou um ponto na posição 9 horas e há 15 quilômetros da nossa aeronave”, escreveu Britto em seu relatório de voo (169/0802-10/2/1982) encaminhado ao comandante Wladimir Vega, gerente do Departamento de Operações da VASP. O comandante da Base Aérea de Santa Cruz, coronel Luís Carlos Picorelli, negou por meio do Serviço de Relações Públicas que algum jato da esquadrilha tivesse levantado voo na madrugada de segunda-feira.
Em 4 de fevereiro, um outro Boeing, desta vez da Swissair (companhia aérea suíça que cessou a operação após o colapso do grupo SAirGroup, em 2001), havia sido seguido de perto por um OVNI. Tal fato jamais chegaria ao conhecimento público não fosse o esforço de ufólogos europeus, em especial do major dinamarquês Hans C. Petersen, amigo de Britto na Dinamarca.[2]
O encontro entre Britto e Uyrangê
Oficiais do Comando Aéreo de Belém, impressionados com a repercussão internacional do caso, resolveram levar Britto para conhecer aquelas instalações. Introduzido em uma das salas, exibiram-lhe horas de filmagens espetaculares e deixaram que examinasse fragmentos de OVNIs. Quem eram esses oficiais? Ninguém menos do que dois veteranos em ufologia: o suboficial João Flávio de Freitas Costa, chefe da equipe A2 da Operação Prato, e o coronel Uyrangê Bolívar Soares de Hollanda Lima, chefe do Serviço de Intendência do I COMAR, chefe do Serviço de Operações de Informação e comandante da Operação Prato.
Britto conta que durante o Voo 282 com destino a Belém do Pará, foi procurado na cabine de comando por um senhor de nome “Flávio”, portando uma credencial. Confidenciou-lhe ser egresso da FAB, onde desempenhara a função de controlador de voo no Cindacta, e que agora fazia parte de um grupo de pesquisas ufológicas sediado em Belém (I COMAR), integrado por oficiais, suboficiais, sargentos e especialistas de diversas áreas, tais como fotógrafos, cinegrafistas, topógrafos, etc. Possuíam um arquivo sem igual, que incluía desenhos, fotos, filmes em Super-8 e laudos de laboratórios fotográficos. Nessas imagens, naves-mãe apareciam liberando naves menores que efetuavam uma espécie de reconhecimento do leito do Rio Amazonas, sem falar de tantas outras coisas que soavam fantasiosas e inacreditáveis.
Ao menos uma vez por mês, ainda de acordo com Flávio, realizavam pesquisas de campo em locais como a Enseada do Sol, no desaguadouro do Rio Amazonas. Flávio trazia um convite do grupo, em nome de um tal de major Hollanda, para que Britto comparecesse a uma das reuniões secretas. Bastaria que indicasse a data e convocariam os demais. No dia estipulado, o major Hollanda disse que todos haviam acompanhado com atenção o seu caso, só não interferindo porque a farda os impedia. Em compensação, iriam mostrar os trabalhos até então feitos pelo grupo.
Trouxeram-lhe três volumes, cada qual com 10 centímetros de altura, o que deixou Britto perplexo. Os documentos estavam meticulosamente organizados em sequência cronológica. As fotos e os filmes, acompanhados dos dados técnicos respectivos – abertura do diafragma, fotômetro, distância, luminosidade, etc. Havia fotos de marcas no solo, de OVNIs pousados nas margens e de tantas outras coisas incríveis. O que deixou Britto mais feliz foi o que lhe revelaram ao término da reunião:
“Além da farda, existe o zelo do caráter e da dignidade humana, por isso não poderíamos deixar de tranquilizá-lo em meio a esse conflito de opiniões. Existe em Brasília outro grupo de pesquisas bem mais documentado e organizado do que o nosso. Em seus arquivos, armazenam gravações insólitas captadas pelos radares do Cindacta, entre elas a conversa que manteve a 130 quilômetros de Belo Horizonte.”
Por fim, pediram que não declinasse seus nomes em público de modo a não comprometê-los. Ao procurarem-no, queriam pelo menos saldar parte da dívida moral que acumulavam por esconder a verdade do público. Em respeito às suas posições, Britto comprometeu-se a manter o segredo de seus nomes.
Os esclarecimentos definitivos de Rodrigo Moura Visoni sobre o Caso do Voo 169
O pesquisador, ufólogo, escritor, arquivista e militar Rodrigo Moura Visoni (nascido em 21 de março de 1980), bacharel em Arquivologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ) e primeiro-tenente da Aeronáutica, autor dos livros Geniais inventores: brasileiros à frente do tempo (2016), Francisco João de Azevedo e a invenção da máquina de escrever (2018) e Roberto Landell de Moura - o precursor do Rádio (2018), por sua própria posição teve acesso a informações privilegiadas e a fim de acabar de vez com todas os boatos, mal entendidos e análises equivocadas, me fez esclarecimentos definitivos sobre o Caso do Voo 169 (bem como em seu alentado artigo "40 anos Caso Vasp Voo 169", publicado na edição nº 12, ano V, de março de 2002, da revista OVNI Pesquisa, p.14 a 19), os quais repasso a todos agora. De acordo com Visoni:
Não procede que Britto abandonou o comando do avião para comunicar aos passageiros da presença do OVNI. Ele fez a comunicação pelo alto falante da aeronave.
Não procede que Britto mentiu em dizer que pôde ver Vênus e o OVNI simultaneamente no céu. Uma fotografia feita por uma passageira da aeronave mostra que tanto o planeta quanto o objeto não identificado ficaram sim visíveis no céu ao mesmo tempo nos minutos finais da viagem.
Não procede que Britto foi demitido ou aposentado da VASP por haver falado publicamente acerca do incidente com o OVNI ou por atitudes tomadas durante o voo. Essa afirmação não passou de um boato da época devidamente desmentido pelo jornal Tribuna da Imprensa de 29 de abril de 1982, na matéria "Piloto que viu disco não perdeu o emprego", à página 6. Na reportagem, o comandante informava que continuava a voar e que só falou a respeito do OVNI com a imprensa depois de autorizado pela VASP.
Não procede que o OVNI fosse Vênus. Além da prova fotográfica mencionada, que mostra o planeta e o OVNI ao mesmo tempo no céu, o objeto aéreo anômalo começou a ser observado às 3h12, muito antes do nascente de Vênus, que ocorreu por volta das 4h da madrugada daquele dia. Isso pode ser conferido com o auxílio de quaisquer programas computacionais simuladores da mecânica celeste.
Notas
[1] 9-2-1982: “OVNI segue Boeing da VASP da Bahia até o Rio”, in Jornal do Brasil, Rio de Janeiro; “OVNI é visto de três aeronaves”, in Folha de S. Paulo; “Objeto Voador Não Identificado”, in Jornal da Tarde, São Paulo. [2] Britto, Gerson Maciel de. “Caso VASP, voo 169: um avião, seus tripulantes e passageiros tomam contato real com emissários de civilizações extraterrestres”, in Ufologia Nacional & Internacional, Campo Grande, CPDV, nº 8, abril de 1986, p.14.
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Marcos
nessa quinta feira, meu pai faz 68 anos. quando eu nasci, ele tinha acabado de fazer 45. enquanto eu faço parte da sua história há pouco tempo, quando comparado com seus anos de vida, ele faz parte da minha desde que eu nasci, sempre sendo muito presente. presente não apenas por ter sido casado com a minha mãe até os meus 16 anos, mas presente enquanto pessoa que realmente participou da minha constituição enquanto ser. meu pai me ensinou a jogar vôlei, a nadar e a fazer cambalhota na praia; meu pai me acordava 6 horas da manhã pra levantar pra escola, fazia meu café e quando eu chegava na cozinha já tinha um sanduíche me esperando; comia enquanto ele lia o jornal na cadeira em frente a minha. meu pai me levava nas aulas de vôlei e de natação, passávamos a tarde juntos lá no clube. apostávamos corrida de quem ia chegar primeiro no mar. meu pai me ensinou a mergulhar. foi meu pai quem conversou comigo pela primeira vez, quando eu era criança, sobre o meu tio e o meu primo serem gays e que não tem problema nenhum nisso. amor é amor, ele dizia. meu pai sempre foi de resolver tudo no diálogo, não ficava respondendo "porque sim", "porque não", só por eu ser criança; meu pai me explicava as coisas e conversava comigo, desde cedo. cantava Roberto Carlos pra mim quando me acordava nos finais de semana, "eu te darei o céu, meu bem e o meu amor também". meu pai gostava de tocar pandeiro e teclado, quando ainda tínhamos aqui em casa e, mesmo que o barulho me estressasse um pouquinho, eu gostava de vê-lo se divertindo com a música.
meu pai é professor de educação física e eu tenho imenso orgulho dele e de tudo que ele fez durante essa trajetória, adoro ouvir suas histórias de quando dava aulas, aqui no Rio e lá em Goiânia, cidade onde ele morou por sete anos. sempre carinhoso e educado com todos, em todos os lugares, de todas as idades. não há uma só pessoa em Copacabana que não goste do meu pai; ele é de simpatia e generosidade sem tamanhos. eu sempre tive admiração enorme por ele, é uma daquelas pessoas que tu nem acredita que existem de tão boas que são, sabe, meu pai é uma dessas. me ensinou desde nova sobre valores sociais e humanos que devemos ter. meu pai se irrita 24 horas com o Bolsonaro e ainda acredita num mundo melhor, num Brasil melhor. meu pai tem esperança nas crianças, na juventude do nosso país. "a força da esquerda tem que vir daí", ele diz. adora me mostrar colunas do Globo em que alguém tá xingando o Bolsonaro. a gente se indigna junto assistindo jornal nacional, mas também ri de algumas besteiras.
desde 2018, passei a morar só com o meu pai (e com o nosso furacão vira lata, mais conhecida como Tina). primeiro, minha mãe saiu daqui em 2014 e, depois, foi a vez da minha irmã. restou eu e ele nesse apartamento que, primeiramente, morou ele e os meus avós. depois, meu avô, meu pai, minha mãe, minha irmã e eu. e agora só meu pai e eu. é engraçado porque vejo amigas minhas e pessoas da minha idade querendo sair de casa e tudo mais, a famosa "independência" que a gente fica imaginando desde o dia que completamos 18 anos mas que, a cada ano que passa, vemos o quanto esse conceito não diz muito por si só e que tudo é mais complexo do que a gente imaginava no final da nossa adolescência.
independência não significa, necessariamente, sair da casa dos pais, da mãe, de quem te criou. independência pode se dar de outras inúmeras formas, até mesmo a independência financeira. passei a ver isso como uma possibilidade quando me dei conta de que eu não tenho urgência e desespero nenhum em sair de casa. tenho meu quarto, meu canto, meu sossego e meu pai tem o dele. sabemos dividir nossos silêncios e também nossos anseios (principalmente sobre o futuro desse país) e trocamos alguns sorrisos durante o dia que passam a mensagem de que estamos aqui um para o outro, sem precisar dizer muito.
não tenho urgência porque sei que uma hora ou outra vou sentir vontade de voar pro mundo ou de construir a minha própria família e coisas boas, ótimas, maravilhosas vão surgir daí mas, por ora, reconheço que dividir a casa com alguém como o meu pai é um puta privilégio e ser filha de um pai como ele é o maior deles.
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Cora Coralina: a história da poeta que publicou seu primeiro livro aos 75 anos
Cora Coralina é o pseudônimo de Ana Lins Peixoto dos Guimarães Bretas, nascida na Casa da Ponte, na Cidade de Goiás, — hoje Museu Casa de Cora Coralina — em 20 de agosto de 1889, quase três meses antes da Proclamação da República, e falecida em Goiânia, em 10 de abril de 1985, quase um mês após o fim da ditadura militar.
Cora Coralina é o pseudônimo de Ana Lins Peixoto dos Guimarães Bretas, nascida na Casa da Ponte, na Cidade de Goiás, — hoje Museu Casa de Cora Coralina — em 20 de agosto de 1889, quase três meses antes da Proclamação da República, e falecida em Goiânia, em 10 de abril de 1985, quase um mês após o fim da ditadura militar.
A ascendência de Cora tem lances de ode telúrica. Pelo lado materno, ela descendia do grande bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva — o Anhanguera —, descobridor das minas dos goyazes e, por assim dizer, pai do estado de Goiás. Seu avô, Joaquim Luiz do Couto Brandão, foi proprietário de enormes sesmarias e concessionário das lendárias minas de ouro de Anicuns.
Num tempo em que as mulheres eram subjugadas e sem voz, Cora antecipou comportamentos modernos: participou da fundação do jornal literário “A Rosa”, e numa madrugada alta, sem que ninguém esperasse, deixou Goiás e partiu a cavalo com o homem que amava para um mundo desconhecido, num autoexílio, a fim de construir seu próprio destino.
Cora passou a infância entre dois cenários: a Fazenda Paraíso (o nome advém da beleza natural do lugar) e a Casa Velha da Ponte. A Fazenda Paraíso, próxima a Goiás, é a largueza da infância, onde moravam bisavó, avós, tios e primos, inclusive uma tia vitalina, cuja renúncia ao casamento se deu para atender a um chamado familiar tradicional à época: cuidar dos pais quando ficassem velhos. A fazenda foi seu cenário bucólico mais imediato e permanente, pano de fundo, quando não moldura, de diversos textos. Já a Casa Velha da Ponte, comprada por seu pai, o desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães, foi uma das pioneiras da antiga capital, tendo sido erguida com métodos construtivos do Brasil-colônia, incluindo ferragens feitas por escravos em forjas primitivas. Esta era a residência da família. Edificada em 1739 com adobes de barro cru, firmados por vigas e pilastras de aroeira sobre baldrames de pedra bruta, às margens do borbulhante Rio Vermelho, tornou-se para a poeta símbolo ao mesmo tempo do real e do imaginário, e não raro, na condição de casa grande, um disfarce para a pobreza sofrida pela família naqueles tempos de decadência do ouro e do fim da mão de obra escrava, quando a república ainda engatinhava.
A Casa Velha da Ponte abrigou inúmeros figurões ao longo da história, até que, no final do século 19, foi habitada por dona Jacyntha (mãe de Cora) e o desembargador Peixoto, seu segundo esposo. O pai de Ana era idoso e morreu antes que a menina pudesse conhecê-lo. As dificuldades econômicas e sociais da época alcançaram a família, e por isso, Aninha teria estudado por não mais que dois ou três anos. Mais uma vez viúva, sua mãe contraiu terceiras núpcias com o médico Antônio Rolins da Silva.
Por ser meio “avoada” e franzina, Aninha sofria rejeição da família. Assim, usando roupas largas e antigas, herdadas das irmãs mais velhas, recolhia-se em seu quartinho, entregue a leituras e devaneios, fermentando o espírito da futura poeta. Seguindo currículo singular, adquiriu vasta cultura, longe da pedagogia truculenta de então, exercida à base de palmatória e de ajoelhamentos sobre grãos de milho. Os livros eram conseguidos por empréstimo do Gabinete Literário Goiano — fundado em 1864 e existente ainda hoje, exigindo reais cuidados de conservação.
A menina “avoada”, mas de espírito buliçoso, publicou aos 17 anos seu primeiro poema, “A tua volta”, dedicado ao poeta Luiz do Couto, no jornal “Folha do Sul”, editado em Bela Vista de Goiás. No ano seguinte, juntamente com três outras jovens, entre elas a poeta negra Leodegária de Jesus, tornou-se redatora do jornal literário “A Rosa”. Seu primeiro conto, “Tragédia na roça”, foi publicado em 1910, no Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás.
Naquele mesmo ano, o padrasto de Ana morreu de malária. Viúva pela terceira vez, sua mãe caiu em profunda tristeza. Nessa época, Ana adotou o pseudônimo Cora Coralina, talvez pela aliteração colorida, talvez para manter-se no anonimato. As duas irmãs mais velhas, Vicência Peixoto e Helena, casaram-se e foram construir suas vidas. Cora ficou na Casa Grande com a irmã mais nova, Ada, a mãe depressiva e a avó cada vez mais alheada. No ano seguinte, conheceu o chefe de polícia e bacharel em Direito Cantídio Tolentino Bretas, vindo de São Paulo desacompanhado da família. Cantídio tinha o dobro de sua idade: era contemporâneo de Totó Caiado (político então em ascensão) e formado em direito pela mesma faculdade. Cantídio e Cora travaram um relacionamento furtivo, e numa madrugada a moça, tida por alguns como “pouco afeita a namoros”, fugiu com o então Secretário de Segurança Pública rumo a São Paulo, em busca de um destino incerto. A mãe adoentada e a avó idosa ficaram sob os cuidados da irmã mais nova e das irmãs casadas. Cora e Cantídio viveram 15 anos juntos, sem casamento. Só se casaram de papel passado em 1926, quando a esposa do primeiro casamento de Cantídio já havia falecido. Juntos tiveram seis filhos, e Cora ainda criou uma filha de Cantídio, nascida de uma relação do marido com uma serviçal da casa, mestiça guajajara. Cantídio morreu em 1934. A relação entre eles durou 22 anos, mas nesse autoexílio, Cora viveu nada menos que 45 anos. Em sua obra, ela se referiu escassamente a essa fase de sua vida.
Embora a literatura nunca estivesse totalmente fora de seu campo de interesse, nesse período Cora esteve pouco presente na cena literária, com raras publicações de crônicas em jornais. Nessa época ela fez algumas colaborações à revista “A Informação Goiana”, de Henrique Silva, editada no Rio de Janeiro, onde falava das coisas da terra distante. O marido não a apoiava nessa seara, embora a tivesse conhecido e por ela se interessado num sarau literário em Vila Boa, e teria inclusive impedido Cora de participar da Semana de Arte Moderna de 22, como era seu desejo. O casal morou em Jaboticabal, onde o marido advogava, e em São Paulo, capital, onde Cora tocou uma pensão entre 1933 e 34. Quando o marido morreu de pneumonia, Cora vendeu a pensão e começou a vender livros para o famoso editor José Olympio. Mudou-se depois para Andradina, abriu uma loja de retalhos de tecidos, adquiriu um sítio, candidatou-se a vereadora (sem sucesso) e retomou com maior intensidade as atividades literárias. Um episódio dramático e hilário é narrado pela escritora Lena Castello Branco Ferreira de Freitas, em um perfil biográfico de Cora: “Todos acompanham de perto as revoluções de 1930 e de 32, quando o filho Bretinhas alista-se voluntário e é dado como desaparecido. Depois de viver situações improváveis, reaparece e a família comemora festivamente o regresso. Uma promessa feita pela mãe aos santos de sua devoção deverá ser cumprida: pais e filhos irão a pé até a igreja próxima, rezando em voz alta e segurando velas acesas. Debalde os mais jovens protestam, envergonhados; mas têm de participar e ponto final. Cedinho, na manhã cinzenta, forma-se o cortejo que segue, com a luz das velas bruxuleando sob a garoa fria. Passam bondes cheios de trabalhadores que estranham a cena: aquilo parecia um cortejo fúnebre a que falta o caixão. Começam a rir e a provocar: ‘Cadê o defunto? Cadê o defunto?”
Em 1956, 45 anos depois de sua partida e já esquecida na cidade, Cora retornou a Goiás. Proprietária por herança de uma quarta parte da Casa da Ponte, comprou as partes dos demais herdeiros e assumiu o antigo casarão. Escreveu o panfleto “Cântico da Volta”. Continuou escrevendo bastante em seus cadernos escolares, mantendo tudo ou quase tudo inédito, até que em 1965, aos 76 anos, publica seu primeiro livro, pela José Olympio, editora de seu antigo patrão: “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais”.
Cora, desde os tempos de viuvez em São Paulo, continuara a fazer doces para complementar o orçamento, valendo-se de receitas ancestrais, adaptadas das antigas portuguesas. Eram doces de frutas regionais cristalizadas, em parte colhidas no próprio quintal. Na década de 1980, criou “O Dia do Vizinho”, que se comemora em 20 de agosto, data do aniversário da poeta.
Nos meados da década de 1980, uma influente universidade do Centro-Oeste atestou que a obra de Cora era inconsistente e imprópria para ser usada como corpus para dissertações ou teses, mesmo depois de Carlos Drummond de Andrade, na crônica “Cora Coralina, de Goiás”, publicada no “Jornal do Brasil”, ter afirmado que “Cora Coralina, para mim, é a pessoa mais importante de Goiás”.
Passados os primeiros percalços de aceitação, a obra e o nome de Cora continuaram crescendo de maneira firme e permanente. A autora foi premiada com o troféu Jaburu do Conselho Estadual de Cultura, em 1981; o presidente da República lhe outorgou a Comenda do Mérito do Trabalho, em 1984; no mesmo ano, a FAO — organismo da ONU — homenageou-a como símbolo da mulher trabalhadora; foi agraciada com o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal de Goiás; no mesmo ano foi eleita, por aclamação, para ocupar a cadeira 38 da Academia Goiana de Letras, cujo patrono é Bernardo Guimarães. Foi eleita a intelectual do ano e contemplada com o Prêmio Juca Pato da União Brasileira dos Escritores e jornal “Folha de S. Paulo”, concorrendo com dois outros intelectuais de peso: Teotônio Vilela e Gerardo Melo Mourão. Em de janeiro de 1999, sua principal obra, “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais”, foi aclamada por meio de um seleto júri organizado pelo jornal “O Popular”, de Goiânia, como uma das 20 obras mais importantes do século 20. Enfim, Cora tornou-se autora canônica. Em 2006 ela recebeu, postumamente, a condecoração de Ordem do Mérito Cultural do Governo de Goiás. O Museu Casa de Cora Coralina foi inaugurado no dia 20 de agosto de 1989, data comemorativa dos 100 anos de nascimento da poeta. O Museu da Língua Portuguesa homenageou-a com a exposição “Cora Coralina — Coração do Brasil”, em comemoração aos 120 anos de seu nascimento (2009). Foi criado recentemente, pela área de Turismo de Goiás, o Caminho de Cora (caminhos dos antigos bandeirantes), um trecho de 300 km que vai de Vila Boa a Corumbá de Goiás
Cora morreu, nonagenária, em 10 de abril de 1985, a tempo de ver seu nome brilhar no panteão dos escritores brasileiros. Está sepultada no cemitério São Miguel, na Cidade de Goiás, e em sua lápide se lê:
“Não morre aquele Que deixou na terra A melodia de seu cântico Na música de seus versos.”
A bibliografia de Cora, que começou com “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais”, de 1965, hoje conta com mais de 15 livros publicados e, segundo sua filha Vicência Bretas Tahan, existe material inédito em seus “caderninhos escolares” para pelo menos mais sete livros. Dezenas de obras biográficas, críticas literárias, teses e dissertações já foram produzidas sobre a autora, no Brasil e no exterior.
Sem dúvida, Cora Coralina foi uma mulher à frente de seu tempo, que fazia doces para a alma e poesia como quem cultiva árvores com as raízes entranhadas na terra e os galhos envolvendo o mundo. Não foi por acaso que se tornou o ícone da cultura de Goiás, e é por mérito que, nos 130 anos de seu nascimento, 2019 foi decretado, pelo Governo de Goiás, o “Ano Cora Coralina”.
Dois poemas de Cora Coralina
VOLTEI
Voltei. Ninguém me conhecia. Nem eu reconhecia alguém. Quarenta e cinco anos decorridos. Procurava o passado no presente e lentamente fui identificando a minha gente. Minha escola primária. A sombra da velha Mestra. A casa, tal como antes. Sua pedra escorando a pesada porta. Quanto daria por um daqueles duros bancos onde me sentava, nas mãos a carta de “ABC”, a cartilha de soletrar, separar vogais e consoantes. Repassar folha por folha, gaguejando lições num aprendizado demorado e tardo. Afinal, vencer e mudar de livro. Reconheço a paciência infinita da mestra Silvina, sua memória sagrada e venerada, para ela a oferta deste livro, todas as páginas, todas as ofertas e referências Tão pouco para aquela que me esclareceu a luz da inteligência. A vida foi passando e o melhor livro que me foi dado foi Estórias da Carochinha, edição antiga, capa cinzenta, papel amarelado, barato, desenho pobre, preto e branco, miúdo. O grande livro que sempre me valeu e que aconselho aos jovens, um dicionário. Ele é pai, é tio, é avô, é amigo e é um mestre. Ensina, ajuda, corrige, melhora, protege. Dá origem da gramática e o antigo das palavras. A pronúncia correta, a vulgar e a gíria. Incorporou ao vocabulário todos os galicismos, antes condenados. Absolveu o erro e ressalvou o uso. Assimilou a afirmação de um grande escritor: é o povo que faz a língua. Outro escritor: a língua é viva e móvel. Os gramáticos a querem estática, solene, rígida. Só o povo a faz renovada e corrente sem por isso escrever mal.
CONCLUSÕES DE ANINHA Estavam ali parados. Marido e mulher. Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça tímida, humilde, sofrida. Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho, e tudo que tinha dentro. Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar novo rancho e comprar suas pobrezinhas. O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula, entregou sem palavra. A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou, se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar E não abriu a bolsa. Qual dos dois ajudou mais? Donde se infere que o homem ajuda sem participar e a mulher participa sem ajudar. Da mesma forma aquela sentença: “A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar.” Pensando bem, não só a vara de pescar, também a linhada, o anzol, a chumbada, a isca, apontar um poço piscoso e ensinar a paciência do pescador. Você faria isso, Leitor? Antes que tudo isso se fizesse o desvalido não morreria de fome? Conclusão: Na prática, a teoria é outra.
Cora Coralina: a história da poeta que publicou seu primeiro livro aos 75 anos Publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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Record muda programação das manhãs
A RecordTV anunciou que o “Fala Brasil” vai ganhar mais tempo no ar a partir da próxima segunda-feira (17/8) nas edições de segunda a sexta-feira.
O jornal, apresentado por Salcy Lima e Roberta Piza e com entradas de Celso Zucatelli direto do estúdio do “Balanço Geral”, passa a ir ao ar das 8h25 às 10h, e passará a contar com mais participações das emissoras próprias e afiliadas por todo o país, com os apresentadores dos jornais matinais locais.
Essa mudança vai reduzir o tempo de programação local pela manhã em várias emissoras, já que a faixa reservada para tal vai passar de 2h45 (6h a 8h45) para 2h25 (6h a 8h25) disponíveis.
Pela primeira vez desde a década de 2010, a faixa de jornalismo local da Record não irá bater de frente com os produtos nacionais da Globo - a concorrência direta do “Praça no Ar” com o “Bom Dia Brasil”, na faixa entre 7h30 e 9h, beneficiava a audiência da emissora de Macedo em cidades como Salvador, Belo Horizonte, Goiânia e Belém.
A RecordTV Minas já se movimentou e, aproveitando a mudança no “Fala Brasil”, decidiu antecipar o “MG no Ar”, de Eduardo Costa. O jornal, que por muitos anos foi líder de audiência, passa das 7h para as 6h30, extinguindo a exibição do “Balanço Geral Manhã” com Bruno Peruka.
Vale lembrar que, aos sábados, o “Fala Brasil” também teve o seu horário alterado: está indo ao ar das 7h35 às 12h, por conta da estreia do “Brasil Caminhoneiro”.
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05/01/2020 - Domingo
Assim foram resgatados, mais mortos que vivos. A causa não foi o rompimento da barragem da fazenda São Lourenço das Guarirobas, em Pontalina (GO) no sábado (4). Barragem essa longe dos olhos dos responsáveis pelo controle, como em sua grande maioria. Não foi nada disso. De cima de uma marquise mal protegida da chuva, onde provavelmente foram paridos, não ficaram imunes ao grande volume de água que desde o dia anterior caiu em Goiânia.
Naquele domingo o jornalista Celso Rocha de Barros escreveu no jornal Folha de SP que o “bolsonarismo de (Paulo) Skaf amarra a elite de SP ao que há de mais imundo na política” e que ele, Skaf, “é uma vergonha para a indústria brasileira e para São Paulo”. A Folha chamando a política de Bolsonaro de imunda. É mesmo uma tragédia o governo dele, bem como a política da Folha. No entanto, a pequena tragédia dos três irmãos abandonados não seria notícia em jornal algum.
Foi preciso uma escada para resgatá-los gelados e famintos. Depois, secos e aquecidos no primeiro momento com o improviso de um secador de cabelos. Na falta de uma pequena mamadeira, tomaram uma papinha de leite de vaca com aveia láctea por meio de uma pequena seringa. Começaram a reagir e os miados foram ficando mais altos e insistentes. Com o auxílio de algumas garrafas pet com água morna, foi providenciada uma caminha quente para livrá-los da hipotermia.
Os esforços, porém, não impediram que dois deles morressem com o passar das horas, ignorados pelo noticiário ainda impactado com a morte do general iraniano Qassim Suleimani, provocada por um drone dos Estados Unidos no Aeroporto Internacional de Bagdá, na madrugada de sexta-feira (3).
O domingo terminou assim, um pouco pior que o sábado, quando Bolsonaro chamou os cearenses de cabeçudos.
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Aline Bei: "Literatura oferece muito a quem adentra os seus mistérios Acesse em https://aredacao.com.br/cultura/194026/aline-bei-literatura-oferece-muito-a-quem-adentra-os-seus-misterios
A escritora Aline Bei, autora dos livros “O Peso do Pássaro Morto” (Editora Nós, 168 páginas) e “Pequena Coreografia do Adeus” (Companhia das Letras, 264 páginas), está em Goiânia nesta sexta (25/8) a convite do Serviço Social do Comércio (Sesc) Goiás. Ela participa do Circuito Literário Sesc, em que oferece uma oficina de escrita pela manhã e um bate-papo literário às 19h no Teatro Sesc. Em entrevista exclusiva ao jornal A Redação, a autora falou sobre suas obras, seus projetos futuros e muito mais. A primeira pergunta tem que ser sobre suas escolhas formais para a narrativa: a interação entre o texto e o espaço em branco na página é uma característica marcante de seus livros. Como você desenvolveu essa abordagem única para a escrita? Imagino que isso será abordado na sua oficina em Goiânia, gostaria de saber o que você planejou para essa “aula”. Eu sinto que esse modo de escrever vem de duas forças principais: a primeira é a poesia, a poesia como um engano, como algo que eu tinha imaginado que fazia quando comecei a escrever. E por ter imaginado que era poetisa, eu comecei a me dar muita liberdade na folha, comecei a encontrar um ritmo conciso para narrar as minhas histórias. E outra força foi o teatro. A minha primeira formação é em Artes Cênicas. Acho que o modo que o meu corpo foi atravessado pela experiência do palco marca o modo como até hoje eu olho para as palavras e manejo as palavras na folha. Como uma forma, também, de narrar, de fazer com que a escrita seja uma experiência, mais do que uma contação de histórias, para que possa ter suas próprias texturas, inclinações. Para que cada página possa ser única, uma experiência visual para o leitor. Na minha oficina eu vou falar um pouco sobre isso, sobre esses processos de construção que me guiam. Seus livros também são marcados por protagonistas complexas, gostaria de saber um pouco como você as constrói. A questão da perda é central em muitos de seus trabalhos. Minha construção de personagem é muito importante para mim, não só das minhas protagonistas, mas das outras pessoas que habitam o livro. A minha pesquisa é sempre muito mais extensa do que eu coloco ali na folha. Acho que eu tenho um desejo grande de encontrar personagens que não sejam facilmente compreendidos e resolvidos pelo leitor, mas que possam também desafiar o modo como a gente compreende a nossa própria humanidade. Os personagens precisam ser regidos por forças contraditórias, eles precisam ser vulneráveis quando estão sendo compostos e maleáveis às situações que estão sendo postas. Como você acha que a literatura pode ajudar as pessoas a compreender e lidar com essas emoções difíceis?
A literatura não tem um papel, mas ela acaba oferecendo muito para quem adentra o seu mistério. Não só a literatura, mas as artes no geral, são muito bem-vindas para nos tirar certas certezas e nos tornar mais sensíveis ao mundo. Isso vai ao mesmo tempo nos deixando mais corajosos para viver e mais vulneráveis, como se soubéssemos que realmente a vida não é só para nós, que é difícil e pesada em alguns momentos. Essa revelação que a literatura nos dá nos ajuda a viver de uma forma mais leve, mais dentro de quem somos. Ainda dentro deste escopo, como a escrita desempenha um papel na sua própria jornada de autodescoberta? A escrita tem sido uma descoberta muito bonita, não só das minhas matérias internas e de tudo que me habita, que eu apenas precinto, mas que a escrita vai puxando para fora, transformando em algo que tem vida própria. A escrita como gesto, como ato, incorporado na minha rotina, é algo que me assusta e me assombra até hoje, porque não é uma coisa que eu sabia sobre mim. Eu não sabia que eu escrevia, nem que se tornaria tão importante na minha vida. Eu sempre fui leitora, mas ser leitora não me levou exatamente a escrever, acho que muito pelo contrário. Há um momento em que ler te coloca em um lugar em que aquilo não te pertencesse de tão bonito e forte que são as obras com que a gente entra em contato. O que me aproximou da escrita foi a ausência do teatro e a aproximação de pessoas que escreviam na minha faculdade de Letras. Você integra uma geração de escritoras brasileiras que têm se destacado cada vez mais no mercado literário. Nessa turma incluo também Ana Paula Maia, Carla Madeira e Micheliny Verunschk. Você acha que é um novo momento de destaque para a mulher na literatura brasileira?
Acho que sim. Acho que estamos vivendo um momento muito bonito na nossa literatura contemporânea, com escritoras e escritores muito interessantes, com pesquisas originais, muito comprometidos com o texto. Eu sou absolutamente fã dessas autoras que você citou e eu acho que é muito a gente estar produzindo, desdobrando a nossa pesquisa nos livros, e estando tão bem acompanhada por autoras e autores excepcionais. Fico muito orgulhosa de fazer parte dessa geração com esse novo olhar para a literatura contemporânea. Você publicou dois livros de sucesso e conquistou muitos leitores. Isso trouxe alguma pressão adicional ao escrever? Como você lida com as expectativas dos leitores? Quando eu estava escrevendo “Pequena Coreografia do Adeus”, senti muito esse peso, da expectativa pelo que eu estava escrevendo, e isso foi bem difícil de lidar. Num primeiro momento eu tentei ignorar esse sentimento e isso me atrapalhou muito. Quando eu acolhi esse medo, foi melhor, e eu consegui acessar o livro com mais profundidade. E agora no processo de escrita do meu terceiro livro, sinto que aprendi muito, nesses dois trabalhos, a respeito do meu próprio processo. E aprendi muito a me respeitar, a me escutar, e a entender que um livro se faz muito mais em um tempo próprio do que em um tempo que está relacionado aos meus desejos e ansiedades. Eu tenho aprendido a me recolher um pouco mais e deixar que o livro ganhe espaço e cresça ele mesmo pelas suas próprias pernas. Qual conselho você daria para jovens escritores e como você enxerga o mercado literário no Brasil hoje? Vale a pena buscar as editoras ou o melhor caminho é a autopublicação? O conselho para quem está começando a escrever é realmente escrever. Às vezes a gente passa tempo demais pensando no pós-escrito: o que a gente vai fazer com o livro que a gente nem começou a escrever. E a gente escreve o livro com muita reescrita, escrevendo livremente, tentando encontrar no gesto da escrita um terreno muito próprio para comunicar suas sensibilidades, suas impressões de mundo, a história que você quer contar. [Aconselho] se ocupar primeiro do essencial: da escrita, estudar bastante, ler muito, estar vivo e forte nos lugares em que você habita para deixar que a vida te mostre muitas coisas que a gente precisa compreender e que só no dia-a-dia nós vamos compreender e saber que tudo isso alimenta a nossa escrita. A questão da publicação vai se resolvendo, as respostas vão aparecendo para cada pessoa, mas o principal é a escrita. Quais são seus projetos futuros? Há algo novo que você possa compartilhar com seus leitores? Meu terceiro livro é muito sobre silêncio, um trabalho mais maduro. Estou escrevendo o meu terceiro livro há dois anos. Fiz uma pós em escritas performáticas pela PUC-Rio e acabei de me formar, em julho. Foi um encontro com muitos artistas e professoras que admiro muito e que me ajudaram a dar conta desse material que se insinua para mim. Acho que é isso que posso falar por enquanto.
#josé abrão#goiânia#goiás#brasil#literatura#literatura brasileira#aline bei#o peso do pássaro morto#pequena coreografia do adeus
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Goiânia: Morte de estudante faz Ministério Público do Trabalho notificar Universidade Federal de Goiás para corrigir irregularidades
Goiânia: Morte de estudante faz Ministério Público do Trabalho notificar Universidade Federal de Goiás para corrigir irregularidades
Universidade Federal de Goiás (UFG) foi notificada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), para corrigir falhas após a morte de um estudante na Escola de Veterinária e Zootecnia, em Goiânia. Ao total são nove irregularidades
A Universidade Federal de Goiás (UFG) foi notificada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), para corrigir falhas após a morte de um estudante na Escola de Veterinária…
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#Goiânia#Goiás#Jornal de Goiânia#Jornal de Goiás#Jornal VER7#Manchetes#Ministério Público do Trabalho#MPT#Notícias de Goiânia#Notícias de Goiás#UFG#Universidade Federal de Goiás
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O aeroporto de Goiânia vai receber fiscalização por câmeras
O aeroporto de Goiânia vai receber fiscalização por câmeras
O secretário Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT), Fernando Santana, anunciou que o aeroporto de Goiânia, Santa Genoveva vai receber fiscalização por câmeras
24/07/2017 – 23:05:51
O secretário Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT), Fernando Santana, anuncia nesta segunda-feira (24), durante a divulgação do resultado da primeira semana de inspeção no Parque Vaca…
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#Aeroporto Santa Genoveva#Goiânia#Jornal de Goiânia#Jornal de Goiás#Jornal JA7#Manchetes#Notícias de Goiânia#Notícias de Goiás#Parque Vaca Brava#Prefeitura de Goiânia#Secretária Municipal de Tráfego#Setor Bueno#SMT Goiânia#Transporte e Mobilidade
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Jornal Opinião Goiás - Japão pede união em defesa de pacto de não proliferação nuclear
Jornal Opinião Goiás – Japão pede união em defesa de pacto de não proliferação nuclear
O primeiro-ministro do Japão, Kishida Fumio, disse durante a reunião de revisão do Tratado sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) que o Japão está determinado a continuar dando apoio ao tratado juntamente com todas as partes envolvidas. Na segunda-feira (1º), Kishida tornou-se o primeiro premiê japonês a participar de uma Conferência de Revisão das Partes do TNP. Em um discurso…
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