#Críticas
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Sólo sé que sobre un libro (o cualquier obra que hayas creado) pueden caer mil críticas, que con el tiempo las críticas desaparecen y el libro permanece.
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Gentileza, empatia e compaixão - diferenças e importância 💜
Empatia é sentir Compaixão é ação Gentileza é fazer algo para aliviar a dor, o incômodo ou o sofrimento alheio.
É valioso e importante treinarmos essas habilidades em nós. Nem todos têm elas tão aguçadas.
Não são automáticas, pois exigem algo de nós mesmos: o interesse de agir de tal forma. Somos seres de puro livre arbítrio!
Porém, vivemos fugindo do que nos torna comuns, do que é simples, mas que temos complicado cada dia mais: o fato de todos sentirmos, de todos nós precisarmos de gentileza, empatia e compaixão.
Por que o sentir é tão importante?
Pois ele é o núcleo da gentileza, da empatia e da compaixão.
Pois o sentir é a semente que faz germinar tais flores: a vontade de ser gentil, o ânimo interno da empatia e a compaixão.
Temos alimentado o distanciamento, o desapego forçado, a competição, o individualismo, e deixamos de lado a visão ao próximo, o valor da troca, as gentilezas, a expressão de afeto... que não são coisas obrigatórias, na real nada pode ser obrigatório, mas exatamente por não serem, evidenciam as nossas ESCOLHAS.
E você, o que escolhe? O que você tem escolhido?
Você ainda sente necessidade de gerar sentimentos de inferioridade nos outros, para se sentir bem? Ou você se sente bem elevando os outros e buscando FAZER ALGO (compaixão) quando os vê e os sente mal?
A empatia, que é totalmente diferente de gentileza e compaixão, até tem sido mais falada hoje em dia, mas falar não é o mesmo que fazer. Falar é bom pra refletir, lembrar que isso existe, mas o fazer só depende da gente.
Que esse conceito tão básico e precioso não seja esquecido e banalizado. Que não seja apenas falado, como uma etiqueta para se rotular de "empático", mas sim como uma prática, algo que faz parte da tua vida, de maneira natural.
Especialmente a compaixão, que está além da empatia e é o que mais precisamos hoje em dia. Mas a empatia, sentimento mais básico, que "vem antes" da compaixão (ação), ainda está em falta.
Existem sentimentos comuns a todos nós, que são experienciados de maneiras diferentes, em intensidades diferentes, mas são sentidos por todos nós em algum momento de nossa existência. Medo, raiva, tristeza, ansiedade, amor. Somos iguais em essência. Passamos por processos extremamente semelhantes.
Mas por que fugimos do olhar empático? Por que cremos tanto na ideia de individualismo e separação? Por que o Ego negativo ainda toma conta nós?
E fazemos isso cada dia mais, apesar de sermos seres sociais, seres que precisam de trocas (equilibradas), seres que precisam do outro para a sua evolução, por meio do aprendizado, da experiência e afins.
Não vivemos sem ninguém. O fim do ser humano é a vivência consciente e amorosa em GRUPO! Mas para isso, o mais básico é a Empatia.
E a todo momento alguém está ao nosso lado. Mas a gente não enxerga.
Acredito muito que a empatia é a coisa maiiis básica pra nossa vida, mas é bastante claro que cada dia mais praticamos a não empatia, nos afastando dos nossos semelhantes - e não estou falando apenas dos semelhantes próximos a você, que você em tese se relaciona.
Já que os nossos neurocircuitos ligados a gentileza, a empatia e a compaixão precisam ser treinados e podem ser estimulados, só sobra pra nós a tarefa de estimular isso... concorda?
Você tem estimulado isso?
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Mí pasado fue un aprendizaje, una gran lección de amor propio. Y seguro me van a criticar: que porqué no lo hice antes, pero no quiero darle importancia a éso. Quiero darle importancia a mejorar, a ver que sí puedo porque pensé que nunca iba a poder. Sí me equivoque, no soy perfecta y es liberador aceptar las cosas. Es hermoso cambiar por éso ya no volveré a sentirme mal.
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Las heridas de la infancia pueden marcar nuestro camino en la vida adulta… sobre todo si somos en el presente, nosotros mismos ya adultos, los que nos seguimos contando la misma historia mal contada a la que le damos un estatuto de verdad. Así no sólo se reactualiza, se vuelve a hacer presente, sino que al contenido que repetimos lo tratamos como una certeza que dejamos de pensar.
Recuerda, reinventarse es posible… te enseño cómo.
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“Estas seis coisas aborrece o SENHOR, e a sétima a sua alma abomina: (1) olhos altivos, e (2) língua mentirosa, e (3) mãos que derramam sangue inocente, e (4) coração que maquina pensamentos viciosos, e (5) pés que se apressam a correr para o mal, e (6) testemunha falsa que profere mentiras, e (7) o que semeia contendas entre irmãos”. Provérbios 6:16-19
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Sé que su opinión no debería influir en mí, sin embargo influye.
Cada gesto, crítica, hasta los llamados "consejos". Todo pesa, duele, lastima profundamente.
Y creo que no lo entiende.
Papittafritta
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10 Pasos para Mejorar y Brillar en la Vida
Honestidad ante todo: La sinceridad es la base de la confianza. Si llegas tarde, simplemente pide disculpas. La honestidad te hará respetable.
Aceptación de críticas: Las críticas son oportunidades para crecer. Acéptalas con gratitud y sin resentimientos, y verás cómo te fortalecen.
Iniciar diálogos cautivadores: Una buena conversación puede abrir puertas. Habla, escucha y aprende de cada interacción.
Expresar tus deseos: ¿Quieres algo? ¡Pídelo! El valor de expresar tus deseos es el primer paso para alcanzar tus metas.
Cumplir promesas: Tu palabra es tu sello. Cumple lo que prometes y construirás una reputación sólida y confiable.
Comunicación efectiva: Hablar y escribir con claridad te llevará lejos. En cada reunión, aporta tus ideas y hazte escuchar.
Resiliencia: La vida es un viaje de aprendizaje. Usa tus experiencias, buenas y malas, para crecer y superarte.
Etiqueta en la mesa: Los buenos modales son esenciales, especialmente en situaciones profesionales. Practica la etiqueta y destaca.
Gestión de la ira: Dirige tu energía hacia objetivos positivos. Controlar tu enojo te dará una fuerza inesperada.
Vivir acorde a tus medios: Sé consciente de tus finanzas. Disfruta de los lujos con responsabilidad y ahorra para lo verdaderamente importante.
Recuerda, cada paso que das es una semilla para el futuro. ¡Cultívalos con pasión y cosecharás éxito! 🌟
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Crítica de Filme: O Exorcista do Papa (2023)
Depois que O Exorcista, clássico de 1973 nasceu, é difícil inovar no terror com possessão. A película de William Friedkin e William Peter Blatty deixou um legado no arcabouço que um filme do gênero tem de ter. Décadas se passaram, e ainda assim essa receita é complicada. O Exorcismo de Emily Rose (2005) emerge com uma pegada investigativa de um tribunal. Já a franquia Invocação do Mal tem de…
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Reseña: Las noches blancas (1957) Luchino Visconti
ACLARATORIA: Esta reseña está basada únicamente en la película y no tiene ninguna intención de compararla con el libro de Fiódor Dostoyevski.
Es natural que el hombre se aferre a algo, comúnmente a algo imposible ya que supone un reto para sí mismo. Los seres humanos estamos repletos de ilusiones y el aferrarnos a cosas nos mantiene vivos, conectados, con la esperanza de que eso que sujetamos desde adentro nos haga sentir felices en algún momento. Y bajo este simple (y a la vez complejo) argumento Visconti nos sumerge en el universo de Mario interpretado por Marcello Mastroianni, una leyenda del cine italiano.
La escenografía llena de calles vacías y sucias, edificios al borde del colapso y puentes simbolizan la miseria del alma humana. La soledad incipiente, los malos hábitos, las relaciones quebradas y los vínculos que constantemente establecemos con otros. Así está Mario, sumergido en la miseria mientras intenta conectar con alguien y llenar así su vacío. En el interín conocerá a Natalia que, para su desgracia lo conducirá un estado peor que en el que se encuentra; hecho que se simboliza a través de la nevada al final de la película, porque ahora el corazón del hombre se ha vuelto frío después de ilusionarse en vano.
La fotografía es limpia y conecta con el melodrama. La iluminación conduce al espectador a sumergirse exactamente en una Noche Blanca debido a los faroles de la ciudad y el contraste que el negro del cielo hace con los edificios blancos. El director italiano ha construido un universo donde todo conecta con la psique de los personajes y el sentimiento de soledad que transmiten.
Al principio la película puede ser tediosa ya que transcurre lentamente, pero a partir de la mitad del segundo acto entramos en un frenesí que no queremos que acabe. Visconti sabe tratar a través de la imagen los sentimientos de los personajes y jugar con ellos para engañar al espectador. Los primeros planos en la escena del baile simulan una conexión verdadera e íntima entre Mario y Natalia, creemos que finalmente ella le corresponderá y le besará, pero luego segundos más tarde nos enteramos que ella fingía. Sin embargo, es la fotografía final que nos deja sin aliento tal como se encuentra Mario. La inclusión de los tres personajes en el cuadro mientras presenciamos la ruptura de la doble ilusión (la de Mario y la de nosotros como espectadores) es la que nos conecta directamente con el personaje principal, no podemos evitar sentirnos conmovidos por lo que está sintiendo él, siendo nosotros testigos y casi que consentidores del hecho.
Todo lo que hemos mencionado anteriormente se debe a una cosa y es a la maestría del guión. Los diálogos profundos y las acciones se unen para regalarnos una de las películas más tristes de toda la historia del cine, y por ello quiero finalizar con un comentario:
Somos vulnerables cuando amamos, cuando entregamos todo de nosotros y no recibimos nada a cambio. ¿Podríamos decir que Mario tiene un problema de amor propio? Probablemente, pero Natalia también lo tiene. Ambos se ilusionaron, ella con el inquilino y él con ella. Ambos dieron demasiado de sí mismos que se olvidaron de amarse y de respetarse. Las noches blancas (1957) es un juego de dejar y quedarse, amar y odiar, recordar y olvidar, y eso es precisamente lo que la hace una obra maestra porque expresa con claridad lo difícil que es para los seres humanos desprenderse de algo a lo que están aferrados. Es el sufrimiento la única vía para que dejemos ir eso que nos lastima. El caso principal es el amor hacia una persona que no nos corresponde, pero en la vida hay miles de cosas que funcionan de la misma manera.
Al final lo que quedan son las mascotas que, a diferencia de los hombres no tienen la capacidad de enamorarse tan profundamente.
Un instante que debería ser eterno. En el fotograma: Mario (Marcello Mastroianni) y Natalia (Maria Schell).
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"La Llamada" de Halle Berry.
Que ironía que Colombia, con tanta ley de cine y tanto cortometraje barato que hay que tragarse en las salas de cine, con el patrocinio del Ministerio de Cultura, se puedan conseguir mejores películas en la calle, o en los buses interdepartamentales, que en las salas de cine y ese fue el caso de “The Call” (Conocida en español como “Llamada Mortal”, “911 Llamada de Emergencia” o “Llamada de…
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ecos da separatividade:
ego e panelinhas e o caminho ilógico do ego ferido #3
(eu exijo que a pessoa esteja aqui, mas na real eu nem queria isso…)
perceba que todas as pessoas que são extremamente controladas são, no fundo, extremamente inseguras.
todas as pessoas que são insensíveis, no fundo, tem uma mágoa tremenda com a sensibilidade.
Paty, e o quanto isso pode ser trazido a tona agora, pela própria pessoa, a fim de isso ser transmutado, cuidado?
amores, só depende dela e de sua vontade…
é importante praticarmos esse olhar pois isso nos liberta, aos poucos, de 2 coisas:
sentir que tu tá errado por seguir o caminho oposto, te tira desse processo de querer a aprovação do outro que tanto te quer levar para o caminho do controle, do medo de ser julgado, o caminho do ego ferido…
te faz também ir trabalhando a raiva, porque você passa a ver que esta pessoa está tão, tão ferida no fundo.
e observação importante! aos empáticos e amorzinhos do meu coração, não caiam na bobeira de querer salvar tais pessoas. ninguém salva ninguém, certo? nós damos a mão uns aos outros… nós ajudamos, mas não salvamos.
o processo de sair de toda e qualquer questão negativa deve ser pessoal, as ajudas, os apoios, o colinho, deve existir, quando nos sentimos realmente confortáveis para isso e quando o outro ACEITA! em resumo: quando ele realmente quer mudar.
infelizmente, muitas pessoas estão presas na ilusão do prazer momentâneo. ego ferido, muito machucado por não se sentir capaz, seguro. mas todos os dias a pessoa busca aquele grupo dela que faz sumir por uns instantes essa sensação de medo do julgamento, medo da exclusão… só que não é algo seguro e construtivo. foi construído em bases não sólidas e não saudáveis. é temporário e superficial.
nunca é tarde para buscarmos o cuidado dessas questões.
as oportunidades nunca estiveram tão grandes como hoje em dia, por meio desse texto que te traz para o estado de reflexão e/ou incômodo; por meio de diversos amparos que existem por aí…
meditações para contato interior maior, inclusive meditações bem espirituais canalizadas, técnicas terapêuticas, terapias holísticas, frequências musicais de alta vibração disponíveis, e muuuito conhecimento sendo canalizado e trazido à tona.
das escolas à política das reuniões em família às reuniões religiosas das amizades ao ambiente de trabalho….
em todos esses locais, sempre exercemos um papel.
qual foi e tem sido o seu?
o de excluir, o de incluir, ou um de "ficar em cima do muro"? rsrs.
esse "ficar em cima do muro" pode ser um dos mais perigosos caminhos, a depender do caso.
se inserir num processo de inconsciência e "ignorância é uma dádiva", quando, na real, sabe bem o que está rolando em seu entorno, só não quer perder a aprovação dos outros, é, no fim, um medo do julgamento também.
EU ACREDITO num mundo com mais inclusão e justiça social, que comece por nós!
pois todo político (aquele que mais nos influencia, em níveis nacionais e globais) ontem foi estudante, "simplesmente cidadão", e os vieses distorcidos, as ideias nada inclusivas que muitos que estão em cargos políticos compartilham, também compartilhamos.
eles não são os únicos que precisam evoluir rsrsrs.
trabalho interno reverbera no externo!
não tenha pressa, mas se possível, comece o seu Hoje.
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Uma crítica de alguém que deveria te apoiar pode ser o suficiente para te fazer sentir um fracassado.
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Críticas
En el momento justo que ahora tengo tantas críticas.
De que me acusa usted , de que me acusa, acaso es malo amar a mi manera, lo mío se publicó en algún diario, lo suyo lo guardo en un armario.
Mi vida y la de usted son parecidas, la frente la doy yo en cambio usted a escondidas. No veo la razón de tal espanto ni a usted, ni a mi nos va traje de santo.
Muy dentro de mi me pongo a pensar, que, si alguno de ustedes hoy me vino a juzgar, pues que tire la piedra quien se sienta capaz de que nunca en la vida a sabido fallar.
#odio#escritos#cosas que escribo#cosas que pienso#pensamientos#notas de desamor#críticas#notas de vida#vida solitaria
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James Cameron lançará 4 filmes para dar sequência a “Avatar” (2009): é crível uma leitura decolonial e antimilitarista deste blockbuster em série?
LEIA O ARTIGO EM A CASA DE VIDRO: https://acasadevidro.com/avatar
"O cineasta canadense James Cameron – nascido em 1954 em uma província de Ontario – é um fenômeno de bilheteria como poucos na história da indústria do entretenimento: Avatar (2009), com rendimentos de quase 3 bilhões de dólares, e Titanic (1997), que faturou 2 bilhões e 200 milhões, estão entre os 3 filmes mais rentáveis de todos os tempos. Agora, ele anuncia seu plano de lançar mais 4 sequências de seu maior sucesso: The Way of The Water (2022), The Seed Bearer (2024), The Tulkun Rider (2025) e The Quest for Eywa (2027). Na iminência desta enxurrada de Avatares, pareceu-me uma boa ideia reconsiderar criticamente o filme que agora nos aparecerá como o primeiro de uma série de 5 arrasa-quarteirões." - Leia no site d' A Casa de Vidro o artigo de Eduardo Carli de Moraes >>> https://acasadevidro.com/avatar
SIGA NA LEITURA:
“O que me surpreendeu no arrasa-quarteirão e papa-dólares Avatar, lá em seu lançamento em 2009 (que em 2022 vive um revival nas salas de cinema), foi a surpresa de perceber nele vibrações “decoloniais”. O filme que à época levou Cameron para além das alturas de sucesso comercial e crítico que tinha conquistado com o épico melodramático e papa-Oscar Titanic, tinha o curioso caráter de denúncia contra uma certa cultura hegemônica no meio social do qual o filme é proveniente. Avatar é uma estranha obra cultural que eclode dentro de uma indústria movida a lucro mas que surpreendentemente mostra-se como um soco no estômago do que Angela Davis chamaria de “o Complexo Industrial Militar”.
Curioso fenômeno: um crown-pleaser, vendedor de ingressos a rodo, não costuma confrontar o establishment ideologicamente. E Avatar ousa ser claramente um acusação contra a invasão imperial que os seres humanos machos e estadunidenses, fundamentalistas de mercado e fanáticos do extrativismo, realizam no Planeta Pandora. É uma hecatombe ecológica e um etnocídio brutal o que estão em tela. Os seres humanos, no filme, aparecem como ecocidas vomitadores de chamas e balas, perpetradores de genocídio e desmatamento. Eles buscam acalmar suas consciências pesadas pelo fardo do assassinato em massa cometido contra as populações nativas do planeta invadido perguntando: ora, não são apenas árvores, não são apenas índios, que importa massacrá-los?!?
Emblema fílmico do colonialismo, a obra é “didática” ao mostrar a invasão dos humanos como algo visto pelo viés dos Navi (as criaturas de peles azuladas e olhos verdes que povoam Pandora) como uma chocante intervenção alienígena. O desfecho do filme Avatar – atenção pro spolier! – mostra os humanos tomando um pé na bunda e sendo enfiados num foguete de volta pra casa. Os Navi dão um chega-pra-lá no imperialismo. Vazem, canalhas! Os minérios são nossos! A Resistência anti-colonial triunfa (ao menos por enquanto).
A graça do filme começa por aí: os seres que mais se parecem conosco, os espectadores, são os vilões do filme, e nós somos interpelados com um chamado ético para identificar-nos com os Navi. O “povo indígena” invadido e ameaçado, que vê a biodiodiversidade que sustenta sua existência coletiva começar a ser massacrado pelo ecocida invasor, é não apenas descrito com deslumbrância acachapante, mas sua sabedoria ecológica supera em muito a humana.
Os humanos é que são aqui os aliens. Com ganância nos corações e atirando muitas balas por seus rifles, estes trigger-happy humans representam para os Navi a hecatombe na forma de uma força bélica alienígena, vinda de fora do mundo.
Jake Sully, o protagonista do filme (interpretado por Sam Worthington), já de partida é descrito como alguém que foi moído pelo status quo da máquina bélica da Yankeelândia: está numa cadeira de rodas, seu irmão morreu recentemente, e ele vê-se confrontado com toda a prepotência tóxica do general que manda e desmanda nas tropas. Tem hora que Avatar beira a vibe de Full Metal Jacket de Kubrick – as opressões relacionadas com a rigidez da hierarquia militar fazem com que sujeitos subjugados a esta maquinaria busquem rotas de fuga.
Avatar é a rota de fuga de Jake Sully neste épico espacial, nesta odisséia em Pandora. Seu alter-ego, seu avatar, a partir de quem ele pode andar, voltar a pular e a corre com uma agilidade que sua condição de paraplégito impede, o seduz como uma fuga para um mundo melhor. Ele é um militar mutilado, sugado pelos assuntos da guerra por ser um peão nela. Mas… vive nesta guerra a posição rara, extraordinária, do invasor que acaba aliado ao povo invadido e que acaba por liderar a Resistência contra o invasor. Não apenas sua mutilação, suas pernas im��veis, seus ferimentos de batalhas pregressas, conduzem-no a uma consideração negativa do belicismo dos U.S.A. (United States of Aggression), mas também o enamoramento em que ele sucumbe diante da mocinha Navi chamada Neytiri (interpretada por Zöe Saldaña).
Avatar mostra o conluio do fundamentalismo de mercado com o Estado capitalista imperial invadindo o mundo Pandora de maneira semelhante ao que ocorre na conquista de Marte descrita nas Crônicas Marcianas de Ray Bradbury (obra-prima da literatura fantástica). Jake Sully consegue esquivar-se do destino comum do soldadinho máquina-mortífera, exterminador de quem difere dele, pois sua disability, sua deficiência, o torna muito mais um objeto de chacota dos outros soldados do que alguém que tenha “glória” no Exército. Se Avatar certamente pode ser descrito como sci-fi, como estou convicto, não é apenas pelo futurismo envolvido nestas star wars, mas é também pois o filme questiona o campo científico que está enrolado no rolê todo. A ciência é descrita aqui como mancomunada ao aparato bélico, mas também é mostrada em seus ímpetos de biohacking, de reinvenção da carne, numa ânsia de formar uma Cronenbergiana new flesh.
Neste seu O Vermelho e o Negro futurista, Jake Sully é seduzido por estes dois mundos: o Exército e a Ciência. Eles o puxam em suas direções, mas ele também, neste meio campo onde está sendo disputado pelas Forças Armadas e pelo Laboratório de Ciências Cibernéticas, está em sua própria jornada existencial de busca por “redenção” – e novas pernas, de preferência.
Este paralítico das pernas, este ser que não anda senão por procuração (através de seu avatar), quer ser Ícaro. Seu avatar poderá planar nos céu sobre dragões. Mas ele, Jake Sully, morreria sem oxigênio se precisasse andar 10 passos até a máscara – como naquela dramática cena, no fim do filme, em que ele quase morre sem ar com a máscara de oxigênio a poucos centímetros de distância. O filme coloca em tema, pois, o que sociólogos tem chamado de gameficação, ou seja, o desejo de fuga ou escape de condições degradadas ou mutiladas de existência, causadas justamente pelo predomínio do capitalismo heteropatriarcal belicista, fugas estas que envolvem uma outra vida que o sujeito “comanda” a partir de seus avatares eletrônicos. Só que Cameron dá concretude a isto ao invés de propor apenas um simulacro.
Parece-me que Jake Sully, por seu corpo queer, é um corpo um pouco estranho ao sistema de guerra: por ser um mutilado ainda imiscuído nos combates, uma cicatriz viva das agruras bélicas e das feridas fundas que estão em sua carne, ele é atraído pela ciência alternativa dos indígenas.
Jake Sully se interessa no que ela pode ter de mais interessante para ele, pragmaticamente: a cura. A xamânica cura de quem está conectado à Internet da Natureza. Há quem taque pedras em James Cameron por este seu suposto “eco-sentimentalismo”. Mas vejamos mais a fundo. A jornada toda de Jake controlando remotamente seu Avatar evidencia, é claro, sua pertença à classe dos militares – ele se apresenta aos Navi como warrior. Mas ele parece muito mais atraído pela classe científica e também pela classe dos médicos ou curandeiros. Apesar das desavenças que possui com a cientista-chefe interpretada por Sigourney Weaver, vê-se que Jake está mais alinhado a ela do que ao general.
Ele prefere enlaçar-se em afetos ardentes com uma Navi, que talvez possa curá-lo, muito mais do que adere ao projeto do Exército. Ele é um pouco como um corpo estranho no setor bélico onde desenham-se os últimos modelos de robôs de guerra a serem comandados no combate contra os Navi, em prol de seu deslocamento forçado, para que os poderes colonizadores se apossem dos recursos minerais. Se não quiserem sair do caminho, serão chacinados – dizem os humanos ao Navi. Não surpreende que Jake fique um pouco envergonhado por ser humano e passe para o lado dos Navi, como um herói da resistência anti-colonial. Ironia da história, que a História registra muitos episódios parecidos.
Avatar, assim, fala sobre o passado: ensina de maneira acessível o que significou a Conquista da América, ainda que seu enredo esteja situado no futuro. O passado da invasão imperialista do “Novo Mundo” – também maravilhosamente cinematografado por Terence Mallick em The New World, um dos que rivaliza com Cameron pelo posto de mais impecável cineasta tecnicamente falando.
Está em Avatar também uma ressonância da invasão da América no massacre dos nativos, a chacina dos indígenas (Navi). Matá-los não é algo que o poder invasor-imperial se proíba. Para acessar as riquezas minerais do subsolo, os humanos-alienígenas impõe em Pandora um regime de genocídio. Ou os Navi vazam daquela terra, ou os humanos vão torrar tudo com seus mísseis teleguiados e lança-chamas. Tem hora que Avatar quase fede a gás lacrimogêneo (se o cinema apelasse a nosso olfato, em algumas cenas passaríamos mal de tanta tosse!). E a gente acaba torcendo pelos Navi – cheios de piedade pelos indígenas de pele azulada que os humanos desapiedados massacram sem dó em prol dos lucros.
Para além disto, o filme inclui ainda pitadas de ecologismo e doutrinas hippie-chique: Cameron irá descrever os Navi como profundamente conectados com a biodioversidade de seu mundo – e os invasores humanos como destruidores do ecossistema deslumbrante onde os Navi existem. Ou seja, Avatar talvez participe de um movimento que inclui Greta Thunberg, Fridays for Future, New Green Deals: prepara o terreno para uma espécie de tomada do mainstream pela cultura pop environmentaly conscious.
Os que estão cientes das monstruosidades relacionadas ao desmatamento, ao extrativismo, à extinção de espécies animais e vegetais, podem encontrar em Avatar enredo que enreda os sistemas produtivos humanos, e as ideologias a eles grudadas, na teia mortífera de uma destrutividade insana. Avatar registra estas atrocidades com aquelas cenas perfeitamente coreografas, maravilhosamente montadas, que fazem Cameron superar o excesso de Rambices de Aliens (o segundo filme da série inaugurado por Ridley Scott com Alien – 8º Passageiro). Deixando Tarantino no chinelo, chutando para escanteio o cinema ultra-violento do autor de Kill Bill, Cameron faz um uso da violência fílmica que é ético e pedagógico.
Agora, ao fim de 2022, James Cameron pousa novamente no cenário cinematográfico. Traz na bandeja a sequência de Avatar, O Caminho das Águas, e promete ainda outros dois (pelo menos). Teremos, assim, no mínimo uma tetralogia – como Matrix já é. Reassitir o filme de 2009 vale a pena, por todas as razões que tentei expor acima, mas por uma última que me parece crucial: este ecologismo hippie-chique que o filme veicula com seus deslumbrantes efeitos visuais fala sobre o amor inter-espécies, aproximando-se assim do que Donna Haraway conceitua sob o nome de “espécies companheiras”. Jake Sully e sua namoradinha Navi simbolizam um pouco deste amor que atravessa a fronteira da espécie. Um amor para além do especismo. O filme ainda sugere em Pandora a existência de algo parecido com o Reino dos Fungos em nossa Terra: no subsolo, uma espantosa Internet conecta o mundo vegetal numa web que é quase world wide. Os Navi de Pandora estão plugadões nesta Internet que não necessita de modem, mas sim de uma cosmovisão que nos antene e sintonize com o cosmos complexo que habitamos.
Para os Navi, como Jake aprendeu, a energia não se possui, a energia só se usufrui provisoriamente. A energia flui. Nossos corpos interdependentes dançam na realidade e a interconexão não é wishful thinking, é fato da existência. A interconexão é coisa da Vida. Teria Joseph Campbell adorado este filme?
James Cameron nos fornece representações muito vívidas disto, da interconexão como fato da vida. Por isto as chamo de cenas “pedagógicas”, no sentido de que tem o poder de ensinar, ou a pretensão de educar, quando mostra por exemplo a conexão entre os Navi e seus “dragões de estimação”. Há operando em Avatar um sistema de plugagem biológica, organismos plugando-se uns nos outros, e é isto que Jake Sully, o forasteiro do mundo humano, paraplégico em busca de redenção, começa a tentar dominar, tendo sua namorada por mestra, iniciadora, parceira xamânica. Ele que em Pandora “esconde-se” por dentro, como piloto oculto, de uma criatura feita à imagem e semelhança de um Navi.
Avatar parece pintar diante de nossos olhos, através das funduras de seu 3D, uma espécie de Antropoceno modelo exportação: a humanidade levando para outros rincões do Universo o que fudeu seu planeta de origem, entregando às corporações mineradoras e ao aparato industrial-militar do Estado neoliberal-neofascista os destinos do povo infeliz que leva sua vida em meio à Árvore Sagrada,sob a qual as toneladas de riqueza mineral de mais de 1 trilhão de dólares repousa, convocando a carnificina.
Não sabemos pra onde irá o enredo de Avatar, mas James Cameron parece ter apostado as fichas do resto de sua vida na transformação da série de filme no seu Star Wars, rivalizando com Lucas, ou no seu magnum opus potencialmente “triunfador” sobre a tetralogia Matrix.
Com seu gosto pela bombast, seu ecologismo hippie-chique, seu “lirismo” neo-romântico e tecno-xamânico, o “cara” vem aí para balançar de novo o cinema mundial com sua megalomania. Neste caso, estamos diante de um artista com poder raro de enfeitiçar as massas e de consagrar-se como autor de alguns dos maiores sucessos comerciais da história da 7a arte, pau a pau com Spielberg.
Por tudo isto aqui esboçado, fiquemos atentos! Avatar é mais que o popcorn descartável com que normalmente a indústria de Hollywood nos empanturra. Algo do destino da consciência das massas no futuro imediato está inextricavelmente linkado com a recepção que centenas de milhões de consciências, plugadonas na cultura pop contemporânea, farão desta re-entrada em cena de Avatar. Ela se faz em um momento chave do Antropoceno, quando estamos perto do ponto-de-não-retorno e onde o cinema talvez se alce à pretensão de que não pode mais se esquivar: ensinar alguns caminhos para fora do buraco do já-corrente Caos Climático.
Os caminhos que nos serão sugeridos, é evidente, estejamos prontos a criticá-los! Mas sem ignorar que a maioria dos espectadores irá sugar estes filmes com os afetos mais do que com o cérebro, com a ânsia do coração mais que com a frieza de uma razão criticante. E que talvez esta seja a lição que Avatar nos lança: através da ficção científica, pode-se ensinar algo relevante para nossa sobrevivência em meio à teia de interconectividades que as atitudes hegemônicas de extrativismo, desmatamento, poluição, ecocídio e genocídio estão aniquilando.
Por Eduardo Carli de Moraes Outubro de 2022
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