#Bruno Branco
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edsonjnovaes · 2 days ago
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Bruno da Rocha, o Xexéu
Ex percursionista da banda Timbalada, Camaçari, BA – tropadob. 18 jan 2025 Gabriel Rezende‪ – @GabrielRezendecover Parece q o nome dele é Bruno da Rocha, ex Timbalada. Está no lugar errado. É um artista nato, um belo percussionista e canta afinadíssimo. Bruno Branco – 17 jan 2025 Ex-percussionista da banda Timbalada, Bruno, morador de Camaçari, viraliza nas redes sociais.…
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semioticapocalypse · 6 months ago
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Bruno Barbey. Anna Karina. Paris, France. 1966
I Am Collective Memories   •    Follow me, — says Visual Ratatosk
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jhekser · 2 years ago
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📅 17/03/2023 📝 pedido pelo projeto imaginesland 🎨 artes oficiais ⚠️ caso se inspire, por favor me credite.
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walt-thisney · 2 months ago
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Massa Crítica
Antologia de BD sobre BD com Amanda Baeza, André Lemos, André Pereira, Bruno Borges, Cátia Serrão, Gonçalo Duarte, Hetamoé, Lucas Almeida, Mariana Pita, Miguel Ferreira, Miguel Santos, Pedro Burgos, Rodolfo Mariano e Rui Moura.
Ed. Chili Com Carne + Thisco; Novembro 2024
128p p/b  16,5x23cm, preto e branco, capa duas cores
Design: Rudolfo
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idontknowanametouse · 4 months ago
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Transcrição visual do trailer do Torajo, versão em inglês sob o corte (visual transcription of the Torajo trailer, english version under the cut)
youtube
[Tela preta
Abel: Pessoal!
Flashes de imagens dos vídeos do Abel anunciando a série em alta velocidade. Tela escurece.
Abel: Chegou a hora.
Tela azul escura com letras em azul claro escrito: "Criado por: Bruno Gemin". Atrás, com desfoque, há números rolando e piscando de leve. A tela escurece e surgem letras brancas escrito: "Produzido por: Saberaa", os números permanecem. Aparece a contagem de vídeos longos faltando que aparecia no final dos vídeos anteriores, a contagem agora chegando a zero.
A música trava e aparece uma imagem de Morajo deitado de bruços em um espaço preto enquanto uma gosma preta se aproxima e começa a consumi-lo. Há um close em seu rosto, ele tem uma expressão de estresse e pânico e seus olhos brilham em ciano. Há um close na sua sobrancelha, mostrando a gosma passando por ela e chegando ao seu olho.
Há flashes de luz e surge Morajo em um quarto parcialmente iluminado olhando de leve para o chão com uma expressão de choque e pânico, a metade direita de seu rosto coberta com a gosma preta. Há uma imagem de uma cama em um quarto parcialmente iluminado por uma janela, e letras em azul claro: "Animação: Coffee Ed, Danon de Uva, Pockett"
Há um close com a mão de Morajo pressionada contra uma parede. Ele retira a mão e há uma marca de sua palma em gosma preta.
Aparece Torajo com o celular no ouvido. Ele veste uma camisa ciano. Sua expressão vai de neutra para preocupada.
Há uma imagem do chão vista de cima, com letras em branco: "Pintura/efeitos: Ctoon_Patu" "Cenários: Uangellea"
A tela escurece por um segundo e mostra Morajo de costas falando com Zulmi. Ela olha para ele com curiosidade. Ela tem o cabelo solto, uma mão levemente estendida/levantada e usa uma blusa azul escura.
Morajo: preciso te mostrar uma coisa, e por favor, não conta pro Torajo
Zulmi vira a cabeça de leve na direção dele com uma expressão preocupada.
Há um flash de luz branca e mostra Torajo do lado de fora na frente de uma casa, sorrindo um pouco envergonhado. Muda para o reflexo de Morajo em um espelho. Ele olha para a própria mão com uma expressão incomodada, e em seguida a suavizando para preocupada.
Há uma imagem da casa de Torajo por fora, com letras em branco: "Trailer: OneSk, Gaffy" "Trilha Sonora: FejoTV"
Há uma imagem levemente borrada de Morajo levando a mão ao rosto com uma expressão estressada de olhos fechados e o cenário preto atrás se borrando e agitando em rabiscos.
Há uma imagem de uma sala com um sofá e uma TV ligada brilhando, e letras em branco: "11 minutos de animação independente".
Há uma imagem de Zulmi e Morajo na parte da frente de uma casa com o céu rosado. Ela está inclinada na direção dele com uma expressão irritada e as mãos na cintura, e ele tem uma expressão de choque no rosto.
Há uma imagem de Morajo com uma expressão incerta e quase chateada no rosto, em seguida fechando a expressão, parecendo sério e bravo.
Há uma imagem breve e borrada de uma casa. Torajo e Linn são mostrados sentados em uma mesa. Torajo está com uma camisa ciano e segurando um celular com uma xícara do lado, olhando para Linn com uma expressão intrigada. Linn está com o cabelo amarrado em coque e veste uma camisa amarela, abrindo um sorriso debochado ou incerto.
Morajo é mostrado correndo rapidamente com um fundo preto. Há um flash branco e aparece uma imagem de Torajo em um fundo preto deitado no chão, fazendo uma expressão de esforço e dor enquanto tenta segurar um objeto longo e afiado muito próximo de seu peito. Do objeto, pinga uma gosma preta no peito de Torajo.
Zulmi e Linn estão em um fundo preto, ambos amarrados por tentáculos negros que os restringem. Zulmi parece gritar enquanto chora, uma expressão de desespero, e Linn faz esforço para se soltar. A mão de Morajo é mostrada em um close, parecendo preta como o fundo.
Morajo é mostrado segurando um objeto longo e afiado, o próprio corpo coberto por uma gosma preta, a qual pinga no peito de Torajo, que está sob a ponta do objeto deitado no chão. Morajo coloca as duas mãos no objeto e faz um movimento de leve. A cena corta para um fundo preto com letras brancas: "Algorithomus, episódio 1, 25/9, 19:00". O vídeo acaba.
[Black screen
Abel: Guys!
Flashes of images from Abel's videos announcing the series at high speed. Screen goes dark.
Abel: The time has come.
Dark blue screen with light blue letters written: "Created by: Bruno Gemin". Behind, with blur, there are numbers scrolling and blinking lightly. The screen darkens and white letters appear saying: "Produced by: Saberaa", the numbers remain. The count of missing long videos that appeared at the end of previous videos appears, the count now reaching zero.
The music stops and an image appears of Morajo lying face down in a black space as a black goo approaches and begins to consume him. There is a close-up of his face, he has an expression of stress and panic and his eyes glow cyan. There's a close-up of his eyebrow, showing the goo passing through it and into his eye.
There are flashes of light and Morajo appears in a partially lit room looking slightly at the floor with an expression of shock and panic, the right half of his face covered in black goo. There is an image of a bed in a room partially lit by a window, and light blue letters: "Animation: Coffee Ed, Danon de Uva, Pockett"
There is a close-up of Morajo's hand pressed against a wall. He withdraws his hand and there is an imprint of his palm in black goo.
Torajo appears with the cell phone to his ear. He wears a cyan shirt. His expression goes from neutral to concerns.
There is an image of the floor seen from above, with white letters: "Painting/effects: Ctoon_Patu" "Scenery: Uangellea"
The screen goes dark for a second and shows Morajo with his back turned to the camera talking to Zulmi. She looks at him curiously. She has her hair down, one hand slightly raised and wears a dark blue blouse.
Morajo: I need to show you something, and please don't tell Torajo
Zulmi turns her head slightly towards him with a worried expression.
There is a flash of white light and it shows Torajo outside in front of a house, smiling a little embarrassed. Switches to Morajo's reflection in a mirror. He looks at his hand with a troubled expression, and then softens it to worried.
There is an image of Torajo's house outside, with white letters: "Trailer: OneSk, Gaffy" "Soundtrack: FejoTV"
There is a slightly blurred image of Morajo holding his hand to his face with a stressed expression with his eyes closed and the black scenery behind blurring and shaking in scribbles.
There's an image of a room with a sofa and a glowing TV, and white letters: "11 minutes of independent animation."
There is an image of Zulmi and Morajo in front of a house with a pink sky. She's leaning toward him with an irritated expression and her hands on her hips, and he has a look of shock on his face.
There is an image of Morajo with an uncertain and almost upset expression on his face, then closing the expression, looking serious and angry.
There is a brief, blurry image of a house. Torajo and Linn are shown sitting at a table. Torajo is wearing a cyan shirt and holding a cell phone with a cup on his side, looking at Linn with a puzzled expression. Linn has his hair tied in a bun and is wearing a yellow shirt, giving a mocking or uncertain smile.
Morajo is shown running quickly against a black background. There is a white flash and an image of Torajo appears on a black background lying on the floor, making an expression of effort and pain while trying to hold a long and sharp object very close to his chest. From the object, black goo drips onto Torajo's chest.
Zulmi and Linn are on a black background, both tied by black tentacles that restrain them. Zulmi appears to scream as she cries, an expression of despair, and Linn struggles to free himself. Morajo's hand is shown in a close-up, appearing black like the background.
Morajo is shown holding a long, sharp object, his own body covered in black goo, which drips onto Torajo's chest, which is under the tip of the object lying on the ground. Morajo places both hands on the object and makes a slight movement. The scene cuts to a black background with white letters: "Algorithomus, episode 1, 9/25, 7:00 pm." The video ends.
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nihstyles · 2 years ago
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That's What I Like — Harry Styles
Pedido da @umbebadosemlembrancas: Ei! Seria que rola um imagine do Harry inspirado na música that's a liked do Bruno Mars? Algo que eles são bem apaixonadinhos e doidos um pelo outro, mas divertido e não meloso, sabe.
Não ficou muito apaixonado no início porque eu quis fazer bem referente a vibe da música, mas espero que você goste.
Deixe seu ❤️
Me diz o que achou.
Faça seu pedido.
Narrador
S/N lentamente desperta se dando conta da situação onde se encontra: Deitada em uma cama de hotel ao lado de Harry. Sim, Harry Styles.
Os dois se conheceram na noite anterior em um famoso pub de Londres, onde o cantor estava comemorando o lançamento de seu último álbum e a garota estava apenas querendo um caso de uma noite para se divertir.
No momento em que seus olhos se cruzaram pela primeira vez, S/N soube que era com ele que iria passar a noite.
Depois de alguns minutos de conversas completamente carregadas de segundas e terceiras intenções por parte dos dois, Harry a puxou gentilmente para mais perto dele eles começaram a dançar ao som de "That's What I Like".
Com um brilho nada romântico nos olhos, Harry cantarolou as palavras da música:
You and your ass invited
So go on and get to clappin' (clap)
Go pop it for a player
Pop, pop it for me
( Você e sua bunda estão convidadas
Então venha e comece a requebrar
Vem quicar pro chefe
Quica, quica para mim)
— Vamos sair daqui? — Ao ouvir o homem na sua frente cantarolar, S/N deixou as palavras pularem de sua boca.
Harry riu e se surpreendeu com o convite da mulher, mas não hesistou ao responder — Achei que nunca iria perguntar.
Enquanto a música continuava tocando, eles se deixavam o local de mãos dadas envoltos pela tensão que pairava entre os dois.
Quando adentraram o carro do cantor, esse olhou S/N no fundo dos olhos e disse:
— Preciso saber seu nome, ou vou ser obrigado a te chamar de gostosa o resto da noite.
— Meu nome é S/N, mas se quiser me chamar de outras coisas fica a vontade. — S/N respondeu em meio a risadas — E o seu?
— Harry.
— Okay Harry, chega de enrolação — Disse a garota o puxando pela camisa e beijando seus lábios brutalmente, aliviando assim a vontade que sentia desde a hora em que o viu.
S/N sorriu lembrando dos detalhes da noite anterior, e resolveu levantar antes que o homem jogado ao seu lado despertasse.
Procurou um papel e uma caneta e deixou as seguintes palavras escritas.
" Nossa noite foi ótima, espero que entenda quando acordar e não me ver ao seu lado. Talvez você possa me ligar quando estiver de volta, vou gostar de repetir a dose, beber alguns Champagnes de morango, comer algumas lagostas, deitar usando suas jóias em lençóis brancos ou até transar com você na frente da lareira.
Me liga qualquer hora .
(XX) XXXXX-XXXX "
Quando Harry acordou, olhou para o lado e não viu os cabelos que estavam espalhados no travesseiro quando dormiu na noite anterior. Apenas um bilhete e quando o leu soube que aquela mulher seria sua perdição e soube também que aquela não seria a última vez que iria provar daquela sensação que era estar com ela.
Algum tempo se passou desde aquela noite memorável em Londres. S/N e Harry continuaram a se encontrar secretamente, embarcando em uma aventura cheia de paixão e intensidade. Cada encontro era como um segredo compartilhado entre eles, uma escapada da realidade em que ambos se perdiam e encontravam um ao outro.
Eles se encontravam em lugares diferentes ao redor do mundo, aproveitando a companhia um do outro sempre que a agenda permitia. O relacionamento entre eles era cheio de mistério, um caso que poucos conheciam, mas que alimentava o fogo que queimava dentro deles.
Às vezes, passavam dias inteiros juntos, explorando cidades desconhecidas, desfrutando da companhia um do outro em hotéis luxuosos ou em retiros isolados. Eram momentos de êxtase, onde o mundo parecia desaparecer e só restava a intensidade do amor que compartilhavam.
Mas, apesar da conexão avassaladora que tinham, a vida de S/N e Harry seguia em direções diferentes. Ambos tinham carreiras exigentes e compromissos que os mantinham separados. Era difícil conciliar os momentos roubados com as responsabilidades que tinham em suas vidas.
À medida que o tempo passava, a saudade e a melancolia começaram a se misturar aos momentos de felicidade que compartilhavam. Ambos sabiam que não poderiam continuar assim para sempre. Era preciso tomar uma decisão, mas o medo de se perderem no meio do caminho mantinha-os em um impasse.
No entanto, o destino tinha seus próprios planos para eles. Em uma tarde ensolarada em que S/N e Harry estavam juntos, um acontecimento inesperado mudou o rumo de suas vidas. Uma fotografia deles dois foi capturada por um paparazzi, e logo a imprensa começou a especular sobre o relacionamento secreto que mantinham.
A partir desse momento, o segredo que tanto protegeram foi revelado ao mundo. Não havia mais como esconder o amor intenso que sentiam um pelo outro. Decidiram então enfrentar as consequências juntos, deixando de lado as incertezas e medos que os assombravam.
A vida pública não foi fácil para eles, com a constante atenção da mídia e a pressão do público. No entanto, eles se apoiaram mutuamente e encontraram forças para enfrentar os desafios que surgiam. A cada obstáculo superado, o amor entre S/N e Harry se fortalecia ainda mais.
E assim, contra todas as probabilidades, eles construíram uma história de amor única e incomum. Um conto de encontros e desencontros, de segredos e revelações, de paixão e entrega. S/N e Harry encontraram em sua conexão profunda e verdadeira uma força que os sustentou ao longo do tempo.
Não importava o que o futuro reservasse para eles, pois eles sabiam que tinham vivido um amor intenso e verdadeiro, capaz de desafiar todas as adversidades. E, enquanto seguiam juntos nessa jornada imprevisível, sorriam sabendo que a vida tinha reservado para eles algo muito além do quepoderiam ter imaginado.
À medida que os anos passavam, S/N e Harry continuavam a escrever sua história de amor. Enfrentaram altos e baixos, mas sempre encontraram uma maneira de superar os obstáculos que surgiam em seu caminho. Seu relacionamento evoluiu além de um caso secreto para algo mais profundo e duradouro.
Eles decidiram tornar sua união oficial e compartilhar seu amor com o mundo. Em uma cerimônia íntima e emocionante, S/N e Harry trocaram votos, selando seu compromisso um com o outro diante de amigos e familiares.
A partir desse momento, suas vidas se entrelaçaram de forma ainda mais profunda. Eles enfrentaram os desafios da fama, do trabalho e dos holofotes juntos, apoiando-se mutuamente em cada passo do caminho. E, mesmo com todas as demandas e pressões que a vida lhes impunha, sempre encontravam tempo para se reconectar e reavivar a paixão que os unia.
S/N e Harry continuaram a encantar o mundo com sua música e talento, mas também se envolveram em projetos e causas que eram importantes para eles. Juntos, eles se tornaram uma força positiva, usando sua influência para fazer a diferença em questões que os tocavam profundamente.
À medida que construíam uma vida juntos, também embarcaram na jornada da parentalidade. S/N e Harry receberam com amor e alegria a chegada de seus filhos, criando um ambiente de amor e apoio em sua família. Eles se dedicaram a serem pais presentes e carinhosos, transmitindo aos seus filhos os valores de compaixão, respeito e autenticidade.
Enquanto o tempo avançava, o amor entre S/N e Harry só crescia. Envelhecendo juntos, eles enfrentaram os altos e baixos da vida com coragem e determinação. Seus cabelos grisalhos e rugas eram testemunhas da jornada que haviam percorrido, mas seus corações permaneciam jovens e repletos de amor um pelo outro.
E assim, S/N e Harry viveram uma vida cheia de aventuras, risos e amor incondicional. Eles deixaram uma marca indelével um no outro e no mundo ao seu redor. Seu relacionamento inspirou milhões de pessoas a acreditarem no poder do amor verdadeiro e na importância de seguir seus corações.
E, quando a última página de sua história de vida finalmente foi escrita, S/N e Harry partiram sabendo que seu amor transcenderia o tempo e o espaço. Eles se tornaram lendas, imortalizados como um símbolo de um amor que resistiu a todas as probabilidades.
E assim, sua história continuaria a ser contada e celebrada por gerações, inspirando outros a perseguirem seus próprios contos de amor verdadeiro. Pois, no final das contas, a história de S/N e Harry era uma prova viva de que o amor é capaz de transcender tudo e deixar uma marca eterna na alma.
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blogdojuanesteves · 1 year ago
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CERCO FLUTUANTE > Helena Giestas KIRIRI> Ivonete Leite
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imagem: Ivonete Leite
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Imagem: Helena Giestas
Cerco Flutuante, da paulista Helena Giestas e Kiriri, da mineira Ivonete Leite, são dois livros da Fotô Editorial publicados neste final de ano com edição do fotógrafo e curador Eder Chiodetto e da professora e pesquisadora Fabiana Bruno. O primeiro reúne fotografia, monotipia e desenho com técnicas mistas (em parceria com Peter Erik Siemsen) e o segundo além da fotografia constrói seu itinerário usando técnicas como a frottage e a assemblagem. Ambos evocando um conjunto próximo de abstrações em agudas interseções imagéticas essencialmente gráficas expandindo o uso da câmera e ampliando o conceito de seus trabalhos para uma interessante forma de arte mais artesanal cujos resultados projetam representações mais atemporais.
A abstração- a idéia de que elementos das coisas visíveis representam pouco ou nenhum papel na arte, e mais calcada em forma, cor, linha, tom e textura: "uma superfície coberta por cores em uma determinada ordem..." como pensou o artista francês Maurice Denis (1870-1943) ainda no século XIX, rompendo com a tradição renascentista, abandonando a representação da realidade mais exata. Com diferentes percursos está incluída no que genericamente chamamos de simbolismo, uma arte distinta. É alcançada pela eliminação das "impurezas" dos fatos e mantendo o essencial de sua estruturas, uma questão vital, pois está na raiz de cada discussão sobre a fotografia como uma forma de arte.
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Imagem: Ivonete Leite
Como sugere o nome, a fonte de Ivonete Leite, está na região do Cariri, outrora chamado Kiriri pelos povos originários da região do sertão da Paraíba, atribuída pelo povo Tupi, da costa deste estado cujo significado é "calado" ou "taciturno". Na poética definição do curador Chiodetto: "é uma dessas áreas que nos defrontam com os mistérios da formação do universo" O que certamente amolda-se ao conjunto de imagens e design gráfico evocativos e sublimes, onde a sua peculiar paisagem e suas frottages percorrem páginas cobreadas e monocromáticas em contraste com a imagem fotográfica em preto e branco mais tradicional.
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Imagem: Ivonete Leite
O curador explica, que a autora em 2015, ao deparar-se com a geologia local que insinuava "terem sido esculpidas pelo divino" foi arrebatada por formas análogas à "paisagem lunar ou outro corpo celeste entrando em estado de gravidade ou flutuação", o que a transportava para uma perceptível manifestação de um tempo imemorial. "Enigmas que rondam a ordem cósmica e os desígnios da natureza." Certamente, as estruturas naturais das rochas arredondadas são recordativas de uma certa construção enigmática, que paralelamente aos belos mandacarus, plantas nativas do semiárido brasileiro, fornecem um bem elaborado contraponto por seus atributos  tipológicos claramente românticos e belos.
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Imagem: Helena Giestas
Cerco Flutuante para Fabiana Bruno é “ uma obra em que imagens se desdobram nas tentativas inventivas de imprimir tempos sobre tempo. Vidas, materiais e pessoas se entrelaçam por meio de linhas que Helena Giestas intercepta com o seu olhar e as transforma em emaranhados que se metamorfoseiam nas superfícies. As imagens- linhas traçadas pela prática artística da fotógrafa em Cerco Flutuante são também forças invisíveis, que se expressam como vínculos, afetos, memórias e costuram mundos." 
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Imagem: Helena Giestas
Neste sentido, Helena Giestas produz trabalhos que juntam-se a desenhos e pinturas por afinidades estéticas e íntimas, aqueles produzidos pelo grafite e tinta de seu avô Peter Erik Siemsen e a sua fotografia que revela as tramas urdidas pela natureza, enquanto o mar traça suas linhas em sua borda e relevos são esculpidos em rochas, assim como galhos de árvores secos acomodam-se na transição de suas existências e na transmutação para uma arte híbrida bem constituída.
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Imagem: Ivonete Leite
A aproximação da representação abstrata, fruto da criação do autor e uma fotografia, resultado de uma reação química ou digital, algo produzido por um registro mecânico, já mostrava-se interessante concomitantemente à pintura e outras artes nas primeiras décadas do século XX, mas ganha atenção quando em 1951, o Museum of Modern Art (MoMA), de Nova York promove a mostra Abstract Photography, com curadoria do luxemburguês  Edward Steichen (1879-1973). Pela primeira vez fazia-se uma tentativa de definir a ideia de uma abstração fotográfica, tanto seu  método quanto o conteúdo em uma exposição eclética com autores como o suíço Robert Frank(1929-2019), os americanos Louis Faurer (1916-2001), Harry Callahan (1912-1999) e Man Ray (1890-1976), o francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004), o húngaro László Moholy-Nagy(1895-1946) e até mesmo nosso conhecido Thomaz Farkas (1924-2011),húngaro radicado no Brasil,  entre umas duas dezenas de autores, em 150 images.
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Imagem: Helena Giestas
Considerando também a difusão da fotografia mais ligada a arte provocada pela Editorial Fotô, lembramos de alguns livros que associam-se ao conteúdo produzido por Helena Giestas e Ivonete Leite, como por exemplo os belíssimos Sublimação (2014), da artista paulistana Ana Nitzan e Herbário Baldio, (2019), da também paulistana Ana Lucia Mariz. [ Leia aqui review https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/185680834281/herb%C3%A1rio-baldio-ana-lucia-mariz ]. Ambas publicações que desenvolvem as técnicas e conceitos já comentados aqui anteriormente, os quais representam mais fielmente um "livro de artista".
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Imagem: Ivonete Leite
Cerco Flutuante e Kiriri, transcendem o discurso pessoal, ainda que sustentados em parte por tal, e ampliam os requisitos da imagem a outros patamares. Objetos que  "devem finalmente ocupar o seu lugar no campo tonal da imagem e conformar-se ao seu ambiente espacial." como pensou o fotógrafo e poeta americano Aaron Siskind (1903-1991) - A ideia de que suas estruturas entram em cena de certa forma e que, mesmo fotografadas diretamente, muitas vezes transformam-se em outras, pois tiradas do seu contexto habitual, dissociadas dos seus vizinhos habituais e levados a novas relações. Momento em que a consciência das artistas (o que sentem, a imagem a fazer, a relação destas com outras já feitas e outras experimentações.) surge pela habilidade em criar “amálgamas dessas matérias” como escreve Fabiana Bruno ou de transcender o tempo geológico, em metáforas de tempos-espaços, como escreve Eder Chiodetto.
Imagens © das autoras.  Texto © Juan Esteves
Infos básicas
Kiriri
Fotografias, Frotagens e Assemblages" Ivonete Leite
Edição e Texto: Eder Chiodetto
Co-edição Fabiana Bruno
Projeto gráfico: Rafael Simões
Coordenação Editorial: Elaine Pessoa
Tratamento de imagens: José Fujocka
Impressão: Gráfica Ipsis- 500 exemplares- capa dura
Cerco Flutuante
Concepção, Fotografias e monotipias: Helena Giestas 
Desenhos com técnicas mistas: Peter Erik Siemsen e Helena Giestas 
Edição e Texto: Fabiana Bruno 
Co-edição: Eder Chiodetto 
Design Gráfico: Letícia Lampert 
Coordenação Editorial: Elaine Pessoa 
Tratamento de imagens: José Fujocka
Impressão Gráfica Ipsis - 500 exemplares assinados e numerados - brochura
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musicshooterspt · 1 year ago
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Agenda de Agosto, 2023
1 -  Oiça lá, Ó Senhor Vinho
Terreiro do Paço, Lisboa
Reservas & informações:
[email protected] ou 21 397 18 96
1 a 6 – Expofacic
Vários Artistas: Rui Veloso, Slow J, Hybrid Theory, entre outros
Parque Expo-Desportivo de São Mateus, Cantanhede, Coimbra
Info/Bilhetes
1 a 13 – Verão na Praça
Vários Artistas Locais
Praça Camões, Bragança
21h . Entrada Livre
Cartaz
1 a 31 – Animação de Verão na Ericeira
Vários Artistas
Anfiteatro do Parque de Santa Marta, Ericeira
Entrada Livre
Cartaz
2, 9, 19 e 30 – Concertos L
Estalagem da Ponta do Sol, Madeira
Info
3 – Invicta Reggae Sessions
Barracuda Clube de Roque, Porto
23h
Info
3 – Ghosted
Jardim da Gulbenkian, Lisboa
Info/Bilhetes
3 a 5 – Vagos Metal Fest
Quinta do Ega, Vagos
Cartaz
3 a 5 – Sons do Noroeste
Praça Municipal, Braga
Entrada Livre*
Cartaz
3 a 5 – Festival N2
Jardim Público de Chaves, Chaves
Entrada Livre
Cartaz
4 – RE.DO + A Carpa
Cine Incrível, Almada
PORTAS: 20H30
Info/Bilhetes
4, 11, 18 e 25 (sextas-feiras) – Devesa Sunset
Vários Artistas: Cassete Pirata, Salvador Sobral, entre outros
Largo Parque da Devesa, Vila Nova de Famalicão
19h . Entrada Livre
Info
4 e 5 – Sons na Areia
Vários Artistas: Pedro Mafama, The Legendary Tigerman, entre outros
Praia da Areia Branca, Lourinhã
Entrada Livre
Info
4 e 5 – To Mora Land
Parque Ecológico do Gameiro, Mora
Entrada Livre*
Info/Bilhetes
4 e 5 - Croka's Rock
Oliveira do Arda, Castelo de Paiva
Entrada Livre
Cartaz
5 – Fogo Fogo
Biblioteca Municipal Bruno Vieira Amaral, Vale da Amoreira
21h30 . Entrada Livre
Info
5 e 6 – Festas da Cidade e Gualterianas
Vários Artistas: Irma, The Black Mamba, Agir, entre outros
Plataforma das Artes e Criatividade, Guimarães
22h30 . Entrada Livre
5 e 6 – Comendatio Music Fest
Paço da Comenda, Tomar
Info/Bilhetes
6 – Matinés ao Domingo
Promotor: Dedos Biónicos
Jardim do Museu do Abade de Baçal, Bragança
17h . Donativo Consciente
Info
6 – Praetor + Pitch Black
Barracuda Clube de Roque, Porto
16h30
9 a 12 – MEO Sudoeste
Zambujeira do Mar
Info/Bilhetes
9 a 13 – Festival do Bacalhau
Vários Artistas: Anjos, Agir, Sara Correia, entre outros
Jardim Oudinot, Gafanha da Nazaré
Entrada Livre
Info
10 – Sonic Blast
Praia da Duna dos Caldeirões, Âncora
Cartaz
11 – ETHNO Portugal 2023
Praia Fluvial de Lavacolhos, Castelo Branco
21h30
11 e 12 – Guimarães JUVFest
Vários Locais, Guimarães
Entrada Livre
Cartaz
12 – Sol da Torreira
Vários Artistas: Miguel Gameiro, Quim Barreiros, Wet Bed Gang, entre outros
Largo da Varina, Torreira
22h . Entrada Livre
Info
16 a 20 – Luna Fest
Praça da Canção, Coimbra
Info/Bilhetes
17 e 19 - Morte ao Silêncio Fest
Quinta do Cruzeiro, Válega
Cartaz
17 a 20 – Sol da Caparica
Parque Urbano da Costa da Caparica, Costa da Caparica
Info/Bilhetes
18 a 22 – Festas da Cidade Bragança
Vários Artistas: Bárbara Tinoco, Carolina Deslandes, Fernando Daniel, entre outros
Parque do Eixo Atlântico, Bragança
22h . Entrada Livre
Cartaz
19 – D’ZRT
Estádio do Algarve, Faro
18h
Info/Bilhetes
19 – Critical Hazard + Reverent Tales
Hollywood Spot, Almada
Info
20 – Dead Fish
Hard Club, Porto
Sala 2, 21h
Info/Bilhetes
25 – Jonathan Bree
Hard Club, Porto
Sala 2, 21h
Info/Bilhetes
23 a 26 – Azores Burning Summer
Praia dos Moinhos, Porto Formoso
Info/Bilhetes
23 a 26 – Vilar de Mouros
Vilar de Mouros, Caminha
Cartaz
25 – Clock DVA + Esplendor Geométrico
Teatro José Lúcio da Silva, Leiria
Info/Bilhetes
25 a 27 Ago – Milagre Metaleiro Open Air
Pindelo dos Milagres, São Pedro do Sul (Viseu)
Info/Bilhetes
31 a 2 Setembro - Meo Kalorama
Vários Artistas: Blur, The Prodigy, Yeah Yeah Yeahs, entre outros
Parque da Bela Vista, Lisboa
Cartaz
*OBS: Recomendamos verificar estas informações junto dos promotores ou sites oficiais
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caipiras · 2 years ago
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Bugrerismo: Genocídio indígena i motivação da atividade bugrêra
No Brasí do século XIX (dezanove), im Santa Catarina, cumeçô o processo de colonização oropéia, adonde muntos oropeu migrô p'ras zona rurá dêsse istado, campeano miores condição de vida i trabaio. A população indígena, tamem denuminada "bugre", era maior, teno etnias ispaiada pur toda a região, no intanto essa realidade cabô se tornano um pobrema p'ros colono, apois os índio era pessoa agressiva, invadia propriedade privada i agredia as pessoa inté a morte, tamem era mui freqüênte o rôbo de utensios doméstico, cumida i rôpa, êsse cumportamento era o que tornava os colono arreminado, que arrespondia os índio cum caça i morte.
Im 1836, a atividade dos colono se tornô oficiá, condo muntos home branco, cabôcro i arguns bugre aliado passaria a sê cunhecido como "bugrêro", termo originado de "bugre", o mêmo que "índio" i "indígena",² que nargu'as região do Brasí pode sê visto como um pejorativo.³ Nargu'as image associada aos bugrêro, pussive notá a presença de homes cum característica africana, isto indica que os negro tamem era aceito na caçada aos bugre.
Os bugrêro era u'a récula de homes rurá que conduzia trópas de 8 a 15 pessoa, no fim do dia, cum seus apêro, esses home atorava im direção às froresta, as dada contra os bugre era feita de forma silenciosa de noite, matano homes adurto i poupano argu’as muié. As criança, im ispeciá as minina, tamem era poupada, seno separada de sua famia i levadas a ôtra localidades, como Florianópolis i Blumenau, adonde lá seria bautizadas im eigrejas cristã i agregadas pur novas famia.³ Travéis dos bugrêro, ao invêis de, como nos tempo de dante, oferecê "ispeinho" aos índio, o único jêito de passificá era matano êles cum facão ô arma de fogo, ô condo num cuntecia derramamento de sangue, os índio era ispurso.
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Na época, foi criado um arraiá cunhecido como “São Paulo de Blumenau”, que era basicamente u’a ispécie de colônia alemôa im Santa Catarina, c'o objitivo de se torná u’a colônia agrícola. O arraiá de São Paulo de Blumenau foi istabelicido im 2 de setembro de 1850 pelo químico alamão Hermann Bruno Otto Blumenau, inaugurano cum 17 colonos. Nos primêro anos, os habitante da colônia cumeçô a sofrê ataques dos índio que habitava a região, o primêro dêsses ataque ocorreu im 28 de dezembro de 1852,⁴ causano pânico naquêle arraiá-miúda, forçano o dotôr Hermann Blumenau a se comunicá c'o guverno da provinça, solicitano a presença permanente dos bugrêro na região, não obteno sucesso. C’a farta de apoio do guverno de Santa Catarina, o dotôr alamão pionêro penso mió i organizô sua própia trópa de bugrêro, composta pur habitantes de sua colônia, i ansim os alamão cumeçô a caçá os índio.
A inzistênça dum grupo de isterminador de índio nu’a colônia alamã catarinense se ispaiô rapidamente p'ra ôtras região da provinça, atraíno a atenção de Martinho Marcelino de Jesus, vurgo “Martin Bugreiro”, um dos mai cuincido bugrêro, nascido im 1876 nu’a região que atuarmente corresponde ao município de Bom Retiro, im Santa Catarina. Martin, de acordo cum argu’as fonte, era bastante popular entre as pessoa de Blumenau,⁵ i, portanto, foi convidado a trabaiá na localidade, aceitano no mêmo instante a certa casião. Seu objitivo era só matá ô ispursá os índio de sexo masculino; êle evitava matá muié i minina i, narguns causo, tamem piá, pur teoricamente num presentá risco. Os índio preso pur Martin foi entregue p'ras autoridade provinciá, adonde taria siguro i eventuarmente poderia se torná parte du’a nova famia.⁶ A ispursão de homes nativo pur Martin Bugreiro num resorveu inzatamente todos os pobrema, apois im 25 de novembro de 1902, foi relatado que os índio ispurso, armados cum pau, ispancô u’a muié alemôa de 36 anos, Giuseppina Schiochet, i inda pur riba, matô istrangulada u’a minina de 11 anos de nome Emilia, cuja era fiia dessa moça.   
O maior mundéu de Martin Bugreiro cunteceu im dezembro de 1906, adonde déiz índio foi preso, incruíno duas muié, cinco minina i trêis piá.⁷ Imbora êle aparentemente se amostrasse um bão moço c’as criança, Martin nem sempre era ansim. Na região de Brusque, êle cunsiguiu localizá os índio, cercano êles de noite i pela menhã, todos foi morto, incruino as criança pequena. No causo das criança, Martin tinha o curtume de pinchá os piá p'ra riba, p'ra condo caísse, tivesse o crânio perfurado pur u'a ispada, resurtano nu'a morte definitiva.⁸ ⁹ De 1923 a 1928, a sirviço do inspetor Carlos Miguel Koerich, êle trabaiô na região do município de São Bonifácio, adonde hôve o causo do massacre dos índio xokléng.¹⁰ Martin cuntinuô atuâno como caçador de índio provavemente inté o finá de sua vida.
Ôtras região
A atividade dos bugrêro num se limitô a Santa Catarina. Inda no século XIX, êsse tipo de atividade teria se ispaiado p'ra ôtros lugá do Brasí, como Paraná, São Paulo i Rio Grande do Sur. Im São Paulo, a guerra entre brancos i índio sempre inzistiu i se istendeu a ôtros lugá da Paulistânia — região de curtura do povo caipira — teno cumeçado ispedição realizadas entre os século XVI (dezasseis) i XIX pelos banderante, mai o foco das "bandêra" num era iscrusivamente o istermínio de índios, levano im cunsideração que havia inté aliança entre os índio i os banderante, alêm da cuéra presença curturá dos índio na suciedade paulista i na vida dos banderante, como o causo da língua paulista (nehengatú paulista), que se originô do tupi, i tamem o causo do banderante Manuel de Borba Gato, que adespois de matá um inviado do Reino de Purtugá,¹¹ se atorô nos mato da Capitania de São Vicente (parte atuá de Minas Gerais) i foi aculido pelos índio, o que dificirmente cunteceria c'um bugrêro.
P'ros oropeu (maioria intaliano i alamão), paulista i brasíano (maioria de Minas Gerais) que colonizô o interior de São Paulo, os índio era visto como u'a "barrêra" ao porguesso capitalista na região, tornano necessária a solicitação de trópas bugrêra, c'a intenção de isterminá os índio ô de ispursá êles p'ra ôtras região do istado.¹² 
No cumeço do século XX, o povo kaingang percurô se aliá cum esses colonizador, c’a intenção de derrot�� grupos étnico cunsiderados “deferente”, mai sem sucesso. Imbora num tenha cunsiguido suporte dos colonizador, a atitude foi útil p'ras agência de proteção aos índio, que acoieu êles.¹³ Os índio kaingang sempre compusero grandes população im São Paulo, cum muié i homes trabaiano — os home kaingang trabaiava c’a pésca, caça, coiêta de fruita i im ôtras atividade p'ra mantê a ardêia (arraiá de índio) sempre ativa¹⁴ — i imbora já tivesse um sirviço p'ra briquitá c’os índio de forma amigave, isto mudô precisamente c'o processo de povoação, que se tornô cada vêiz mai necessário p'ro disinvorvimento inconômico de São Paulo. Os kaingang era um povo festêro, realizava festas tradicioná, u’a cuja bastante popular, era cuincida como “Veingreinyã”, adonde tinha casamento, namoro, filiação de fiios — tradicionarmente feita pelo pae, arrespeitano a patrilinearidade — i foi tamem adonde os índio teve tempo livre p'ra se divertí i se imbriagá i, nêsse cuntesto, c’os índio vunerave, os bugrêro se porveitava i matava a todos. Como cunseqüência das dada bugrêra feita durante o Veingreinyã, essa tradição cabô intrano im istinção im São Paulo.¹⁵
Características i índios bugrêro
Os bugrêro era composto pur homes branco, arguns homes negro, cabôcro i, ironicamente tamem haveno o registro de índios bugrêro, como é o causo do cacique kaingang Vitorino Condá, que trabaiô p'ros colono im nome do istermínio de seu próprio povo, como recompensa pelo trabaio, recebia dinhêro i distinção militar, ficano êle responsáve pelos índio que era apreindido. No finá de sua vida, o cacique bugrêro deixô as atividade focada na caça indígena i se tirô entre os kaingang. Arguns índio bugrêro, ao preferí deixá o bugrerismo p'ra trás i retorná às raiz, cabô seno mortos como u’a forma de vingança, como é o causo de Tondó, que foi ingambelado pur u’a farsa proposta de páiz entre êle i os índio, mai ao chegá na ardêia, foi assassinado.¹⁶
A situação na atualidade
O bugrerismo gerarmente tá relacionado a u’a atividade comum no passado da parte brasíana do Cone Sur, o têrmo num é proibido, mai raramente é usado im ôtros cuntesto, tarvêiz pruque “bugrêro” seje um têrmo construído sôbre u’a palavra que, nargu’as região, se tornô pejorativa, pussivemente. 
No século XX (vinte), um evento ocorrido im 1963 no istado de Mato Grosso puderia sê cunsiderado semeiante ô equivalênte às atividade dos bugrêro. Nêsse causo, a imprêsa de mineração “Arruda & Junqueira” contratô pistolêros p'ra realizá um massacre, matano todos os índio que incontrava. Alêm disto, muntos dos índio cumeu alimento entreverado cum arsênico, que é um veneno.
Como resurtado do massacre, mai de 3.500 (treiz mir i quinhentos) pessoa da etnia cinta-larga foi morta, tornano êsse o maior causo de genocídio de índio da estória do Brasí. O evento ficô cunhecido como o “Massacre do Paralelo 11”, seno o nome u’a referênça ao Paralelo 11 S, u’a linha maginária que circula o praneta Terra, tâno a região do massacre, que é próxima ao rio Aripuanã, im riba da linha terrestre.¹⁷ No finá dos ano 1980, o massacre de dezenas de urueu-wau-wau i arara tamem foi relatado nos istado de Rondônia i Pará, os dois no Norte do Brasí.
No século XXI (vinte-um), teve arguns ataque direcionado aos índio, gerarmente relacionado à reintegração de posse. No intanto, num hai necessariamente um certo ódio “anti-indígena” ô um violento desejo de istermínio pur êles presentá perigo p'ra suciedade, da forma como as ação dos grande bugrêro era justificada. 
Argu’as organização, como a Nação Mestiça (ô Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro), fundada im 2001, im Manaus (Amazonas, Brasí), trabaia democraticamente contra a ispansão dos denuminado “território indígena”, veno êles como u’a versão brasilêra do Apartheid, adonde os mestiço seria duminado pelos índio i a população não-indígena, ispeciarmente cabôcra, passaria pur u’a limpeza étnica, como um genocídio. Im 2012, fizero um protesto contra o Guverno Federá, que pranejava ampriá os território dos índio mura, que de acordo c'o movimento, seria “povos invasor” de propriedade privada, mai p'ros mestiço, os militante num reinvidica as terra indígena, apenas quer cuntinuá viveno im sua própria terra, adonde comprô i investiu pur munto tempo.¹⁸
Ne 11 de abrir de 2015, um avião que transportava pesticidas atacô a comunidade Te’yi Jusu, que reúne os povo guarani-kaiowá derde 2014, localizada im Mato Grosso do Sur. Adespois do ataque, niu’a morte foi relatada, mai divido aos efeito químico, as vítima ficô acamada, relatano dôr de cabeça, dôr de garganta i febre. Duas pessoa i u’a imprêsa foi responsabilizada — um fazendêro, o piloto do avião i a imprêsa C. Vale, u'a cooperativa paranaense agroindustriá — seno condenados a pagá mai de BRL 150.000 à comunidade indígena. Foi a primêra vêiz que cunteceu êsse tipo de ataque direcionado a essa comunidade ispecífica. Im 2016, um ataque químico semeiante ocorreria c’a merma comunidade, porêm agora c’a farta dum avião p'ra ispaiá o veneno, utilizô um trator.¹⁹
Ôtros atentado contra ôtras etnia ocorreu no Brasí amuderno, o que ividencía a cuntinuação du’a guerra entre índios i pessoa não-indígena im território brasilêro. Argum dêsses ataque, como o Massacre do Paralelo 11 im Mato Grosso i os ataque químico de 2015 i 2016 im Mato Grosso do Sur, pela forma como foi realizado, c’o objetivo de isterminá ô ispursá os índio, se assemêia munto ao véio bugrerismo, pudeno sê tarvêiz u’a corrente amuderna dos antigo bugrêro. 
Autoria
Danfosky
Bibriografia
AMARAL, Amadeu. O Dialeto Caipira, 1920. p. 53
FIGUEIREDO, Cândido. Novo Diccionário da Língua Portuguesa, 1913. p. 314
SANTOS, Silvio Coelho dos. Índios e brancos no Sul do Brasil, 1973. p. 78
ATHANÁZIO, Enéas. Martinho Bugreiro, criminoso ou herói?, 1984. p. 267
ATHANÁZIO, Enéas. Martinho Bugreiro, criminoso ou herói?, 1984. p. 266 – 267
ATHANÁZIO, Enéas. Martinho Bugreiro, criminoso ou herói?, 1984. p. 267
ATHANÁZIO, Enéas. Martinho Bugreiro, criminoso ou herói?, 1984. p. 268
DALL'ALBA, João Leonir. O Vale do Braço do Norte, 1973. p. 293
PEREIRA, Carol. Marcelino de Jesus Martins - o Martinho Bugreiro
MARTINS, Pedro + WELTER, Tânia. Egon Schaden, um alemão catarinense, 2013. pp. 453 – 454
BUENO, Eduardo. Brasil, uma história, 2018. p. 480
PINHEIRO, Niminon Suzel. Os Nômades: Etnohistória Kaingang e seu contexto, 1992. p. 100
PINHEIRO, Niminon Suzel. Os Nômades: Etnohistória Kaingang e seu contexto, 1992. p. 120
PINHEIRO, Niminon Suzel. Os Nômades: Etnohistória Kaingang e seu contexto, 1992. p. 67
PINHEIRO, Niminon Suzel. Os Nômades: Etnohistória Kaingang e seu contexto, 1992. pp. 73 – 77
D’ANGELIS, Wilmar da Rocha, Toldo Chimbangue: História e Luta Kaingang em Santa Catarina, 1984. p. 207
NETO, João Dal Poz. No país dos Cinta Larga: uma etnografia do ritual, 1991. p. 91
RYLO, Ive. Amazonas em Tempo: Movimento alega invasão de muras antes de decisão, 2012
GRIGORI, Pedro. Repórter Brasil: Em decisão inédita, indígenas vítimas de ‘chuva de agrotóxico’ recebem R$ 150 mil de indenização, 2020.
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gazetadoleste · 15 days ago
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Rio Branco-AC x Corinthians: onde assistir e horário do jogo da Copinha
Nesta terça-feira, 7 de janeiro, Rio Branco-AC e Corinthians se enfrentam em partida válida pela 2⁠ª rodada da Copinha. O jogo acontece a partir das 17h (horário de Brasília) e será disputado no Estádio Municipal Bruno José Daniel, em Santo André (SP). Rio Branco-AC x Corinthians: Competição: Copa São Paulo de Futebol Júnior (Copinha) Data: 07/01 (terça-feira) Horário: 17h (horário de…
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edsonjnovaes · 5 months ago
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A culpa é do Pedro?!?
“Não podemos culpar só São Pedro, os reservatórios que estão aí foram construídos na década de 50 e 60. Aumentou a população e continuamos com o mesmo número de reservatório, isso já não é suficiente. Se não chove, você entra em uma crise, porque você não tem água para abastecer a todos”, explica Tércio Ambrizzi à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, é um dos autores presentes…
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semioticapocalypse · 7 months ago
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Bruno Barbey. Jacques Sauvageot, center right, one of the protest leaders, and other students marching in Paris. Universities across the country shut down during the protests. 1968
I Am Collective Memories   •    Follow me, — says Visual Ratatosk
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footballnews10 · 1 month ago
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Bruno Silva avalia os primeiros dias de pré-temporada no Rio Branco-ES e prevê um 2025 com novo acesso
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Desde o dia 01 de dezembro, o Rio Branco-ES está em pré-temporada visando 2025. O calendário do clube no próximo ano será cheio com cinco competições: Campeonato Capixaba, Copa do Brasil, Copa Verde, Copa Espírito Santo e Série D.
Com tantos desafios, o time alvinegro tem investido em contratações de peso. Uma delas é do volante Bruno Silva, que em 2017 foi eleito o melhor volante do Campeonato Brasileiro pelo Botafogo. O experiente jogador chegou ao Rio Branco-ES com bastante moral após ter um 2024 espetacular com: classificação do Joinville à Série D, título da Série B do Campeonato Paranaense pelo Paraná e acesso à Série B vestindo a camisa do Remo.
Já realizando alguns treinos com bola, Bruno Silva garantiu que chegará na sua melhor condição visando a estreia do Capa-Preta. “Nos primeiros dias o meu foco maior foi na parte de fisioterapia e fortalecimento. Mas, nos últimos treinos, já fiz alguns trabalhos com bola e tenho evoluído bem. Chegarei na melhor condição possível visando a estreia. Deu para notar que montaram um elenco forte e estamos confiantes numa grande temporada”, destacou o volante que passou por clubes como: Cruzeiro, Fluminense, Bahia, Internacional e Athletico Paranaense.
O Rio Branco-ES é o atual campeão capixaba, mas Bruno Silva admite que algo bastante comentado é a possibilidade de o clube disputar a Série C em 2026. “Aceitei a proposta do Rio Branco pelo calendário cheio e a possibilidade de títulos. Queremos muito mais um caneco estadual, campanhas positivas na Copa do Brasil e Verde, porém, confesso que o meu desejo maior é o acesso à Série C. O projeto do Rio Branco merece estar nas melhores prateleiras do futebol brasileiro”, finalizou.
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pacosemnoticias · 1 month ago
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Seis militares da GNR recebem indemnizações por ferimentos em serviço
Seis militares da GNR vão receber indemnizações por ferimentos em diferentes operações, um dos quais mais de 162 mil euros, 22 anos após ter sido atingido por disparo de caçadeira que provocou incapacidade permanente parcial.
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Os encargos das decisões publicadas esta segunda-feira em Diário da República serão assumidos pela Secretaria-Geral do Ministério das Finanças, conforme se pode ler nos despachos assinados pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.
A maior indemnização é atribuída ao militar António Pereira, que, em 22 de novembro de 2002, aquando de uma entrada em residência para detenção de um homem que se encontrava barricado e armado com uma caçadeira, na zona da Sertã, com vista a um mandado de internamento compulsivo, foi atingido por um disparo de uma espingarda caçadeira.
O militar da GNR ficou com "ferimentos graves num dos membros superiores" tendo ficado com incapacidade permanente parcial. Desta forma, e passados mais de 22 anos, ao agora cabo-chefe é atribuída uma indemnização de mais de 162 mil euros.
Também em novembro de 2002, o cabo Luís Rodrigues foi "violentamente agredido" quando prestava serviço de patrulha às ocorrências do Posto Territorial da Trafaria e foi chamando para "cessar o ruído excessivo proveniente de uma festa, onde participava um elevado número de indivíduos, que reagiu de forma hostil".
As sequelas permanentes que afetam a sua capacidade de trabalho levaram uma junta médica a atribuir-lhe incapacidade permanente parcial, tendo visto agora ser-lhe atribuída uma indemnização de cerca de 33 mil euros.
Já o militar Cláudio Silva de Almeida, que foi atingido pelos estilhaços de uma granada de mão, aquando de uma operação com vista à captura de um indivíduo que se barricara no interior de um café no Pinhal Novo, Setúbal, com armas de fogo e engenhos explosivos, viu ser-lhe atribuída uma indemnização de cerca de 32 mil euros.
Desde novembro de 2013 que este primeiro-sargento tem sequelas permanentes que afetam a sua capacidade de trabalho.
Em 2016, o cabo Rui Marques, do Comando Territorial de Castelo Branco, apesar de ter um colete balístico, foi atingido, na zona do peito, por um tiro de espingarda caçadeira durante a execução de um mandado de detenção, tendo sido agora contemplado com uma indemnização de 10 mil euros.
Ao guarda principal José António Rodrigues, foi-lhe atribuída uma indemnização de cinco mil euros, depois de em 22 de dezembro de 2020, quando prestava serviço no Comando Territorial de Santarém, ter sido atingido e ficado ferido por homem sob o qual pendia um mandado de detenção e condução que recebeu os militares da GNR com vários disparos.
O também guarda principal Bruno Sousa, igualmente do Comando Territorial de Santarém, irá receber uma indemnização de cinco mil euros, depois de ter sido atingido no colete balístico que vestia, e o que lhe provocou ferimentos.
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fabioperes · 1 month ago
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National anthems of all FIFA World Cup champions (1974-2018) National anthems of all FIFA World Cup champions (1974-2018) Lineups : 🇩🇪 GERMANY 1974 - Sepp Maier, Berti Vogts, Franz Beckenbauer (c), Hans-Georg Schwarzenbeck, Paul Breitner, Rainer Bonhof, Wolfgang Overath, Uli Hoeneß, Jürgen Grabowski, Bernd Hölzenbein, Gerd Müller. 🇦🇷 ARGENTINA 1978 - Ubaldo Fillol, Jorge Olguín, Luis Galván, Daniel Passarella (c), Alberto Tarantini, Américo Gallego, Osvaldo Ardiles, Mario Kempes, Daniel Bertoni, Oscar Alberto Ortiz, Leopoldo Luque. 🇮🇹 ITALY 1982 : Dino Zoff (c), Gaetano Scirea, Claudio Gentile, Fulvio Collovati, Giuseppe Bergomi, Antonio Cabrini, Gabriele Oriali, Marco Tardelli, Bruno Conti, Francesco Graziani, Paolo Rossi. 🇦🇷 ARGENTINA 1986 : Nery Pumpido, José Luis Brown, José Luis Cuciuffo, Oscar Ruggeri, Ricardo Giusti, Julio Olarticoechea, Sergio Batista, Jorge Burruchaga, Héctor Enrique, Diego Maradona (c), Jorge Valdano. 🇩🇪 GERMANY 1990 : Bodo Illgner, Klaus Augenthaler, Guido Buchwald, Jürgen Kohler, Thomas Berthold, Andreas Brehme, Thomas Häßler, Lothar Matthäus (c), Pierre Littbarski, Rudi Völler, Jürgen Klinsmann. 🇧🇷 BRAZIL 1994 : Cláudio Taffarel, Jorginho, Aldair, Marcio Santos, Branco, Mauro Silva, Dunga (c), Mazinho, Zinho, Romário, Bebeto. 🇫🇷 FRANCE 1998 : Fabien Barthez, Lilian Thuram, Frank Leboeuf, Marcel Desailly, Bixente Lizarazu, Didier Deschamps (c), Christian Karembeu, Emmanuel Petit, Zinedine Zidane, Youri Djorkaeff, Stéphane Guivarc'h. 🇧🇷 BRAZIL 2002 : Marcos, Lúcio, Edmílson, Roque Júnior, Cafu (c), Gilberto Silva, Kléberson, Roberto Carlos, Ronaldinho, Rivaldo, Ronaldo. 🇮🇹 ITALY 2006 : Gianluigi Buffon, Gianluca Zambrotta, Fabio Cannavaro (c), Marco Materazzi, Fabio Grosso, Mauro Camoranesi, Gennaro Gattuso, Andrea Pirlo, Simone Perrotta, Francesco Totti, Luca Toni. 🇪🇸 SPAIN 2010 : Iker Casillas (c), Sergio Ramos, Gerard Piqué, Carles Puyol, Joan Capdevila, Sergio Busquets, Xabi Alonso, Xavi, Andrés Iniesta, Pedro, David Villa. 🇩🇪 GERMANY 2014 : Manuel Neuer, Philipp Lahm (c), Jérôme Boateng, Mats Hummels, Benedikt Höwedes, Christoph Kramer, Bastian Schweinsteiger, Thomas Müller, Toni Kroos, Mesut Özil, Miroslav Klose. 🇫🇷 FRANCE 2018 : Hugo Lloris (c), Benjamin Pavard, Raphaël Varane, Samuel Umtiti, Lucas Hernandez, Paul Pogba, N'Golo Kanté, Kylian Mbappé, Antoine Griezmann, Blaise Matuidi, Olivier Giroud. via YouTube https://www.youtube.com/watch?v=CIqIg19jZTY
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sweetbloodybones · 2 months ago
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Extinção
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Quando descobriu que não dar um “oi”, “boa tarde” ou qualquer outra gentileza que se espera de estranhos parecia mexer no mais íntimo daquele brutamontes, ficou bobo de tanta felicidade, porque sabia que onde havia ódio, havia inevitavelmente desejo, pelo menos nesse caso em particular. Sim, o estabelecimento era suspeito, mas ficava perto de sua casa. Um banner duvidoso indicava que, na porta ao lado da Loja de Ferramentas Bonatto, havia acesso a uma escada que o levaria para a Academia BioRitmo, sem erro. No primeiro dia, uma senhora loira musculosa de meia-idade apresentou o lugar a ele. Máquinas velhas, decoração tosca, sistema de som horrível, nada promissor ou inspirador parecia vir de qualquer lugar, mas um bom lugar para se exercitar não era o que Bruno Gama procurava; ele queria, sim, um espaço para realizar, sem perturbações e censuras, seus treinos malucos, frutos de uma mente obsessiva tomada por distúrbios alimentares e por horas e horas de consumo de internet.
“Você só tem que fazer uma avaliação física com o nosso professor e aí você já pode começar”, disse a mulher, apontando a cabeça para o rapaz ao fundo, que acontecia de ser seu filho também. Ela riu: “Mas não conte que eu te contei.” Foi então que, pela primeira vez, seus olhares se cruzaram. Seu nome era Alex. No começo, Bruno não viu nele nada demais. Musculoso, claro, em forma, como deveria ser, um clássico caso de rato de academia, nenhuma beleza que já não tivesse, de certa forma, esgotado em sua cabeça depois de vários pornôs e inúmeras punhetas. O seu jeito também não era necessariamente inesperado ou complementar; era rude, assim como todo homem deve ser, mas sofisticado até o ponto que um homem cuida do corpo pode ser, com um relógio digital no pulso, barba bem feita, tênis branco e depilado.
Foi, na verdade, o cheiro, uma mistura de suor com perfume de quiosque de shopping, que ele sentiu quando Alex o colocou contra a parede para medir sua altura e o modo como aquela situação não era tão somente tediosa para ele, mas nojenta. Bruno percebeu que, diante de seu faro, o cheiro que ele sentia era o que seu avô costumava chamar de “cheiro de viadinho”. “Você pode tirar a camiseta pra mim, por favor?” Alex pediu, olhando para baixo como se esperasse pelo pior. Bruno conhecia bem esse olhar e já tinha até falado muito a respeito dele, porque sua psicóloga tinha dito que era o mesmo olhar que ele tinha para o próprio corpo: o outro como uma tentativa de representação do self, ou algo assim. Já tinha sido bem mais gordo; podia concordar, já esteve numa zona de perigo até para sua própria saúde. Esse corpo que tinha agora podia fazê-lo feliz se achasse a combinação de roupa certa; porém, nu, ou sem camisa, ele era a pessoa mais vulnerável do mundo. A barriga ainda era saliente, tinha pelos por toda parte, estrias grossas e vermelhas que faziam companhia às cicatrizes ainda vermelhas de cortes que ele fizera com lâmina em certas partes do corpo. Contudo, essas não lhe davam tanta vergonha. De pé ali, na sala de exames, sentindo Alex medir sua gordura com uma pinça. Sentia até orgulho, era um recado: “Eu não sou qualquer viadinho. Se eu fiz isso comigo, eu vou fazer com você.” O que não era verdade, mas, mesmo assim, uma possível mensagem.
Durante todo o exame, tentou fingir, com a postura, que sentia alguma dignidade. Não queria passar a impressão que estava gostando de ser tocado por ele. Sentia que havia tantas coisas em jogo já naquele momento que, se tivesse que ser sincero, ele não sentia nem de um jeito nem de outro em relação a qualquer fisicalidade ou algo assim da mão calejada que o media; tudo que sentia era a régua. Ele era toda uma régua e pinça dentro daquelas quatro paredes pintadas de um azul triste. Ironicamente, dentro do corpo de Alex, algo bem parecido acontecia. Não queria mostrar nenhuma reação a não ser nojo e indiferença por ter que estar tocando no corpo de Bruno, só não podia passar dos limites, Bruno era um cliente no fim das contas, contudo tinha medo de que algum movimento seu passasse a mensagem errada como a de que ele estava gostando daquilo. Não queria que nenhum de seus movimentos fosse mal interpretado, pois para Alex nenhum movimento seu podia causar a menor migalha de prazer em Bruno. Para ele era uma verdade incontestável que esses “viados nojentos ficam de pau duro por qualquer coisa quando veem um homem de verdade”.
Os resultados das medições foram passados por Alex a Bruno, bem resumidamente: tinha que perder um tanto de peso para chegar a um determinado percentual de gordura, que seria o ideal se o objetivo era, apenas, perder peso. “Hipertrofia talvez depois”, Bruno disse, sem saber de onde havia tirado aquilo, pois a ideia de querer ser forte e musculoso nunca o atravessou em nenhum momento da vida. Só queria não ser gordo. “Quantas vezes você pretende treinar por semana?” “Todo dia”, disse Bruno, e Alex automaticamente levantou a sobrancelha. “Três vezes no mínimo”.  E assim aconteceu. Aquilo que Alex acreditou ser a coisa mais engraçada que havia ouvido naquela semana foi se materializado diariamente em sua rotina como total horror. Ele realmente havia subestimado o quão doente Bruno estava por querer emagrecer. “Talvez ele quisesse ter um corpo de mulher”, pensou uma vez que percebeu que tinha feito 40 minutos de esteira por três dias seguidos. Homens não passam tanto tempo na esteira.
Observando-o de volta, Bruno tentava ser comedido e tinha êxito na maior parte do tempo. Vez ou outra, Alex pegava seu olhar, e os dois se encaravam por dois segundos. Nenhum comportamento de Alex o deixava surpreso. Movia-se como um ogro pela academia,  ausente apenas o hábito de cuspir no chão, que tinha certeza de que ele  possuía fora de expediente. Nas primeiras semanas, enquanto treinava de manhã, Bruno pôde vê-lo dando suas voltas e investidas em uma menina, bem magra por sinal, que sempre estava “precisando” de ajuda. Ele o via tirando as suas dúvidas e mostrando como funcionavam os aparelhos de uma forma que queria que não somente os homens como ele, mas as pessoas em geral o tratassem: gentil e ligeira, mas educada empolgação.
— Boa tarde — Bruno dizia toda vez que o via depois de subir as escadas, e ele assentiu a cabeça em retorno ou dava um joinha com o dedão. Por isso, machucava um pouco vê-lo cumprimentar outras pessoas que chegavam: até a mão daquelas que entraram depois dele ele apertava. 
Entretanto, agora havia uma nova notícia: seu novo corpo, uma verdade científica que começava a se espalhar pelas províncias de seu espírito, pela TV. Uma vez que uma quantidade suficiente de cidadãos estava devidamente advertida pela nova e assombrosa verdade, uma nova pátria surgia, e estranhavam agora sua antiga bandeira, pois algumas coisas tinham mudado. Contudo, o que o noticiário não mostrava era o quanto as coisas permaneciam as mesmas, pois silenciar aquela compulsória educação — que, no fundo, era um buraco de carência — foi algo que sua cabeça exausta decidiu lentamente e amargamente, à medida que foi sedimentando a terra amaldiçoada de que era feito o solo do reino desfigurado do corpo de Bruno Gama. Mas não importava quantas vezes as placas tectônicas se agitassem no fundo do mar; o desencanto pelo mundo sempre estaria lá, microscopicamente, nas células, nos átomos.
— Um menino sorriu para mim na rua —, disse, ternamente emocionado, à analista, pois isso jamais tinha acontecido antes — E minha avó me deu dinheiro para comprar roupas novas, agora que, segundo ela, tô ficando bonito.
— Era essa a atenção que você queria? — ela perguntava de volta a ele — “Essa é a atenção que você acha que merece?”
“Eu não sabia que era esse o gosto da vitória”, pensava ele, olhando no espelho seu corpo nu. As pessoas pareciam estar gostando mais dele por estar ficando mais magro. Quanto mais carne ia embora, mais carne ele se tornava, e, se era só isso que as pessoas queriam dele, então o mundo era mesmo um mundo caído e envaidecido, como ele suspeitava. Mas era fácil esquecer isso, principalmente quando ele treinava cada vez mais intensamente, entrando de cabeça na euforia que queimava as calorias e também a alma; estava ganhando um gosto vicioso pela coisa. Corria para longe de suas novas verdades, mas em cima de uma esteira.
Lidar com o novo ímpeto que o sequestrava era deliciosamente perturbador, pois era doce e maligno. O mundo batia junto com seu coração, as luzes brilhavam todas para ele, o que ele gostava, mas não conseguia filtrar tudo que agora atingia seu corpo. O volume de tudo havia dobrado, assim como a intensidade de pequenas coisas, como simplesmente andar na rua. Na cabeça de Bruno, Alex estava ficando para trás. Alex, por sua vez, não queria mesmo ir para lugar nenhum; sempre esteve feliz onde esteve, agora talvez mais amargurado, tendo que passar algumas horas da tarde no mesmo recinto que Bruno.
“Por que diabos essa bicha mudou de horário?”, resmungava atrás do balcão percebendo a mudança de hábito de Bruno de vir a academia logo após o horário do almoço. Esse era o horário menos disputado da academia, e com Bruno, de repente, decidindo não ser mais uma pessoa gentil, passou a se sentir um simples empregado quando somente os dois estavam sozinhos lá. Estava na hora de contratar um profissional para ficar no lugar dele; tinha que achar um jeito de convencer sua mãe a mudar o plano de orçamento. Cada vez que Bruno treinava, sua energia parecia tomar conta do lugar; ele era dono daquele espaço naquelas horas e ele não entendia o porquê disso e porque isso o afetava tanto.
Para sua sorte, um novo aluno apareceu e mexeu, então, com a estrutura. O nome dele era Irinelson, um nome robusto para alguém tão esquálido. Bruno lembraria permanentemente do fato de que ele sempre vinha com a mesma roupa: um shorts tactel vermelho, uma camiseta cinza que parecia de brechó e um sapatênis que não era somente nada ideal para treinar, mas horrível, na opinião de Bruno.
Alex tentou dizer a ele algumas vezes que talvez fosse melhor ele vir com outro calçado, mas sua mãe disse depois que talvez fosse o único que ele tinha. Tinha 16 anos e queria ficar forte. O irmão iria pagar a academia dele. Ele já praticava corrida, mas como queria músculos, precisava de um treino de academia para isso, e aquela academia tinha o melhor custo-benefício. Alex ficou grato de ter outra coisa para pensar naqueles momentos da tarde, já que Irinelson só tinha as tardes para treinar, pois estudava de manhã e trabalhava à noite no bar dos pais dele.
— Ah, é aquele bar na frente da mesquita, né?
— Uhum — ele respondeu, muito tímido, coisa que chegava a ser irritante para Alex. Um bom homem é um homem de poucas palavras, mas havia um limite.  Por causa da idade do garoto, Alex sentiu uma certa pressão pessoal para ‘apadrinhá-lo’. No entanto, por mais que fosse algo tentador, posto que desejava ser pai um dia, Irinelson estava muito distante de alguém ideal para apadrinhar: não valia a pena manter perto um pobre coitado como aquele; não teria como devolver o que ele poderia investir.
Cuidou dele, claro. Ensinou, corrigiu as posturas nos aparelhos, sugeriu marcas de shakes. Mas quando passava em sua cabeça “e se eu der uma shakeira para ele”, pensava e concluía: “melhor não. Se ele for homem o suficiente para conseguir alguma coisa nessa idade, aí talvez.” O que importava era que o menino colocava a atmosfera do lugar em ordem, e Alex não precisava mais assistir a Bruno protagonizando sua reviravolta estética; ele podia participar da cena agora tranquilamente.
Bruno olhava aquilo com horror. Uma academia melhor não iria tolerar aquilo, mas tudo tem o gosto que custa, ouviu em uma canção certa vez.
Na primeira e última vez que o menino e Bruno trocaram olhares — até porque o menino olhava para o chão o tempo todo —, Bruno surpreendeu-se primeiro com um certo desespero saindo do brilho inocente de seus olhos, alguem que parecia que pedia e precisava muito de ajuda, era digno mesmo de pena, sugestivo mesmo de tentar ajudá-lo de alguma forma, mas imediatamente torceu os lábios e virou o rosto, pois ele precisava saber que eles não estavam, e nunca estariam, no mesmo nível. Essa era a mensagem.
O menino pegou o ritmo rápido e, assim como Bruno, estava vindo de segunda a sexta. Enquanto um se exauria numa infinita maratona imaginária em cima de uma lona preta, o outro tentava descobrir o segredo dos bíceps através das antigas máquinas de tortura.
No fatídico dia em que tudo aconteceu, fazia calor, e como estava fazendo calor todo o dia, era um dia normal. Ao som altíssimo de seus fones de ouvido Bruno tomava água olhando o sol tentando invadir a sala, atravessando o vidro e aterrissando no chão em forma de um quadrado quente. Atrás da mesa, Alex estava confuso com o jeito que sua mãe havia arrumado as fichas dos alunos na gaveta e pensava se valia a pena ligar para ela para tentar obter respostas, mesmo sabendo que isto iria, sem dúvida, precipitar uma briga.
Alex havia dito a Irinelson que ele podia ir aumentando o peso à medida que fosse se sentindo mais forte, mas era melhor obedecer a uma regra de aumento linear que ele havia sugerido; e isso era o que ele diria a si mesmo pelos próximos meses para justificar sua parte no fato de que Irinelson parecia ter esquecido ou ignorado essa instrução e colocado quase o peso dele inteiro no supino.
O volume também estava alto em nas caixas de som da academia, então Alex ouviu um estrondo; Bruno um abafado som de manilhas caindo no chão.
Irinelson não teve nenhuma chance. Na primeira tentativa de levantar, quebrou os dois braços e a barra, pesando 55 kg, veio em direção ao seu pescoço, o quebrando ou o afogando; Bruno não soube dizer, pois talvez ele tenha se debatido um pouco. Lembrava das pernas dele tremendo muito.
Alex veio correndo, gritando, e Bruno se olhou no espelho uma última vez, por uma razão que depois nunca soube explicar direito, enquanto corria em direção ao corpo, pois estava bem de frente ao enorme espelho da academia. Depois daquele dia, nenhum daqueles corpos ali presente foram os mesmos.
Escrito e publicado por G.Q VALENTIN, todos os direitos reservados ©Revisão: Mitsuo Florentino / @mitsuomf (Instagram)
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