#tw: violência
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A chuva não lhe fora nenhuma surpresa, muito pelo contrario, era inverno não era como se não esperasse pelo frio e o tempo instável, o trovão certamente lhe provera um arrepio na espinha quase como se pudesse pressentir o caos. não era difícil para romero entrar num estado defensivo e de completo alerta, o som do raio havia acordado todos os seus instintos, seus olhos percorriam o máximo de lugares possíveis como se procurasse por algo, o que certamente ainda não sabia, mas sabia que algo estava chegando. desde criança tinha aquele sentimento, quando os pelos de seus braços se arrepiavam poucos minutos antes de mais uma das violentas brigas de seus pais acontecerem, como se seu corpo lhe avisasse do perigo.
A feição séria do kingston finalmente encontrou algo digno de sua preocupação, muito longe em seu campo de visão nas colinas via alguém correr de algo. o coração do semideus disparou, não sabia quem aquela pessoa era mais pela velocidade que corria parecia estar correndo de algo, fora quando inicialmente vira a primeira figura monstruosa, manticore. com seu corpo de leão, asas de morcego e uma cauda de escorpião, a criatura alada desafiava a compreensão humana, despertando um grande temor no semideus que pela primeira vez em muito tempo se sentiu paralisado por uma fração de segundos, como se precisasse processar se seus olhos estavam enxergando corretamente. claro que não havia parado por ali, quando finalmente pegou o escudo em sua frente visualizou uma segunda criatura, uma quimera, o kingston fechou os olhos e por um segundo tudo ficou mudo. pai, sou eu, romero, eu sei o que eu devo fazer por favor só não me deixa morrer hoje - fora seu último pensamento antes de jogar seu bracelete no ar o vendo se tornar sua espada e segurar-la, o patrulheiro estava pronto para lutar, apenas não estava perto o suficiente, não ainda.
Corria tão rápido de encontro as figuras que em determinado momento o homem que se considerava bastante atlético sentiu os pulmões arderem, mas finalmente estava ali onde pertencia, no campo de batalha. incerto dos semideuses que lutavam ao seu redor romero não tinha a capacidade de se concentrar em nada além do oponente assustador que havia se proposto a tentar a parar. os olhos castanhos avelã normalmente tão dóceis se tornavam completamente negros e frios, aos poucos o kingston sentia cada particula de medo e hesitação sumir de dentro de seu corpo consumido pelo ódio a criatura que representava perigo ao que mais amava: o acampamento e com aquele pensamento romero abriu mão de qualquer gota de controle que ainda se apegava, estava pronto para morrer ou matar. seus músculos tensos, investiu com agilidade, cortando o ar com golpes precisos contra a criatura mitológica que certamente ficou mais irritada com as ações do semideus. o embate era feroz, mas romero não lutava sozinho, todos ali estavam unidos em um único proposito, proteger os campistas que não poderiam lutar.
Não demorou muito para que romero demonstrasse a habilidade que carregava em seu corpo, desviando dos ataques do manticore com destreza, quase como se dançasse por sua vida enquanto tentava encontrar qualquer brecha contra o ser ou ao menos fazer o bastante para que outro campista conseguisse matar o monstro, para o kingston a única coisa relevante era a segurança de todos que contavam com eles, não se importava com quem mataria o monstro contanto que alguém o fizesse. contudo, seu colega de equipe possivelmente não pensou o mesmo, heróis muitas vezes podem ser guiados pelo orgulho e numa tentativa arrogante o outro se encontrou desamparado, em perigo iminente. sem hesitar, romero interveio, posicionando-se entre o manticore e seu colega, com o corpo entre os dois ele parou a investida da criatura, mas não sem custos já que o manticore cravou suas garras afiadas no ombro do filho de ares, infligindo uma ferida dolorosa. o grito cheio de dor não fora contido pelo rapaz pelo tanto de agonia que havia lhe provocado, o kingston havia passado a sangrar profusamente. deferiu um único golpe contra a cauda cravada em seu ombro quando sentiu seus pés serem tirados do chão momentos antes de ser arremessado contra o chão perdendo a consciência com o impacto.
#pov#plot drop evento de natal#tw: violência#eu não sou mt boa em escrever nada de ação mas hoje tentei me desafiar e foi isso que saiu#romero agora tá cotó do ombro
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nome completo: guenièvre panic pronomes: ela/dela idade: ?? ocupação: tatuadora sexualidade: ?? natural de: ?? traços positivos: excêntrica, audaz, esperta, compassiva traços negativos: emotiva, neurótica, negligente e indelicada.
tw: violência/sequestro contra/de crianças, suicídio, menção à tortura e assassinato.
plot call
no norte da itália, antes da itália propriamente ser itália, nasceu guenièvre. claro, pois você não pensou que o nome dela seria panic, sim? talvez, se você até soubesse que em seu princípio ginny era nada mais que uma pequena lavradora, seria um choque. sua fonte de renda derivava basicamente de vender leite, queijo, e grãos. ela era a segunda filha dos cinco do casal, e desde muito nova, não foi lhe dada muita atenção. era a única mulher, de uma mãe que gostaria de ter tido todos os filhos meninos. seu crescimento foi recheado de punições aos menores erros, surras desmedidas e broncas intermináveis, principalmente pelo comportamento arteiro que tinha. daí derivou a pressa de seus pais por casá-la logo, ainda jovem, com o filho do ferreiro. mas não era de todo azar, afinal, a loira o conhecia. tinha sido o menino com quem brincando, deu seu primeiro beijo. não seria sua escolha, porque não o amava, mas representava a melhor dentre as opções que tinha.
e fruto do relacionamento, cerca de um ano depois, ginny recebeu chiara em seus braços. uma linda menina, loira, com grandes olhos azuis. em seu berço ela jurou jamais se permitir fazer com sua filha o que tinha acontecido consigo em sua infância, e que a amaria incondicionalmente até seu último suspiro de vida. ela nunca quebrou suas juras. nos cinco anos em que viveu com sua filha, foi muito feliz. longe de seus pais, com um marido um pouco mais compreensivo do que seu pai costumava ser, ela podia ter seus hobbies. amava colher flores, matos, ervas, descobrir seus usos e aplicações, e sempre que podia, deixava chiara por algumas horas com seu marido para que pudesse fazê-lo. foi em uma dessas ocasiões que sua filha sumiu. talvez esse seja o momento do destino que ginny assumiu a persona de panic, pois definitivamente nunca mais foi guenièvre.
ela culpava o marido, claro que o culpava. por que ele não estava a observando? ninguém na vila sabia explicar o que havia acontecido com chiara, ninguém tinha visto a garota. alguns dias depois e a maioria das pessoas já tinham abandonado as buscas, enquanto a loira continuava vagando na tentativa de a encontrar. era inverno, e normalmente, situações como aquela não tinham um final feliz. sete dias completos vagando. dormindo no chão, tremendo de frio, sem comer. não desistiu em nenhum momento. e quando a encontrou, não era mais sua filha, mas apenas um cadáver esquecido no chão. os gritos de guenièvre poderiam ser ouvidos por toda floresta. a dor era tão absurda que ela acreditou que sua vida terminaria ali, naquele momento, deitada ao lado do corpo de sua filha. até a dor dar lugar para outro sentimento.
ela nunca esqueceu. nunca perdoou. queria descobrir quem havia assassinado sua filha. precisava. e iria recorrer a qualquer meio necessário, inclusive a… vender sua alma para mercúrio. ou hades, como vocês o conhecem. inundada em raiva, era como um grande atrativo, um outdoor que praticamente implorava pelo deus. ele precisava de muito pouco para corromper aquela alma, mal seria um empurrão. mas ela não queria dar sua alma a troco de nada. queria dez anos, e então seria dele para toda eternidade. queria poder e conhecimento, e assim recebeu. estava munida do que precisava para fazer o que tinha em mente, mas claro que ele não parou por aí. ou não seria o senhor do submundo, sim? certificando-se de que a explosão aconteceria, hades permitiu que ela visse os últimos momentos de vida de sua filha. quando ginny saiu do recinto em que tinha o invocado, já não era mais quem um dia fora.
panic perseguiu e aterrorizou até a morte os assassinos de sua filha. fez questão de fazê-lo devagar, para que soubessem que ela estava vindo. mas era inevitável. e então os cozinhava, por dias. deixava que soubessem que ela estava ali, pois a viam em reflexos, ou de relance quando olhavam para algum lugar. mas sempre que retornavam, não tinha mais ninguém ali. eles pensavam que estavam enlouquecendo. e então quando eles não aguentavam mais e a ideia de suicídio parecia palpável, ela os torturou de todas as maneiras que sua cabeça sadista conseguiu arquitetar. sua sede por vingança não esgotou ao assassinar todos os responsáveis, e rapidamente aquilo perdeu a mão. ela começou matando assassinos, vingando outras mortes, e pouco a pouco, seu critério para decidir quais vidas poderia retirar foi diminuindo. até o fim de seus dez anos, quando já tinha deixado para trás chacinas completas. hades parecia até orgulhoso quando veio ceifar sua alma, e ali os anos de vigilante deram espaço para os anos de lacaia.
como pain, panic não presta muita lealdade à hades. faz seus serviços e cumpre o que �� mandado simplesmente porque agora é o seu destino. grande parte de si, apesar de ser um demônio, ressente seu passado violento. hoje a culpa permeia grande parte de seus dias, algo que ela facilmente joga pra trás com seus hobbies e vícios, no meio tempo em que hades não está lhe sufocando com serviços e mais serviços diabólicos. pelo menos ele parece bem mais ocupado com seu olimpo novo, o suficiente para que panic possa pensar um pouco em si…. o que é bom, certo?
habilidades
transmutação. como pain, panic possui a capacidade de se transformar em pequenos animais e em objetos, mas é uma de suas habilidades preteridas, visto que, assimila algumas características do que se transformou por algumas horas (é complicado de explicar).
força, agilidade e resistência. como um demônio, possui as três características muito mais exaltadas que as de um humano, ainda mais por se tratar de um demônio antigo. ela não é mais forte que um deus (claro), mas serve para lhe render boas vitórias em quedas de braços e te ajudar a vencer grande parte das brigas.
pseudotelepatia e fusão. pain e panic possuem a capacidade de transmutarem-se em um único ser, o que, ao longo dos anos, fez com que desenvolvessem também a capacidade de comunicar-se através de olhares. elas não leem os pensamentos uma da outra quando dissociadas, mas parece até que conseguem.
premonição. isso está mais relacionado à um dom que lhe foi concebido como parte de seu acordo. hades lhe deu a habilidade de “sentir” espíritos que possuem uma maior tendência a caírem para seu lado do jogo (o submundo), o que é muito útil para panic, que nota isso como um “cheiro interessante” derivado da pessoa.
details
panic aparece vez ou outra no drink in hell, claro, para cumprir turnos quando a casa enche demais (ela é obrigada, na verdade, mas pelo menos recebe). seu ganha-pão real está em seu estúdio de tatuagem, pequeno e conhecido apenas entre os vilões. está em um pequeno canto obscuro da cidade (apesar de ser surpreendentemente limpo e bem decorado), com um horário de funcionamento extremamente variável.
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Achlys mantinha um sorriso cínico nos lábios, uma forma sutil de provocação, enquanto observava o pavio do outro semideus se aproximando cada vez mais do estopim. Ele adorava aquilo, sequer se importava com qualquer possível punição ou reclamação que pudesse receber por seu comportamento errático. O gosto pela provocação era uma parte intrínseca de sua personalidade, uma maneira de testar os limites e ver até onde poderia levar as situações. "Infelizmente você não faz meu tipo, honey." Qualquer pessoa que visse a expressão do Whitlock possivelmente não imaginaria que seu sangue fervia em suas veias. Afinal, ele, que normalmente era bastante ranzinza e ácido, agora parecia bem entretido e até risonho. Seu semblante tranquilo e descontraído era uma fachada habilmente construída para esconder a tempestade que rugia dentro dele. Achlys era mestre em manter as aparências, mascarando suas verdadeiras emoções por trás de um véu de cinismo e humor sarcástico. "Tava no meu to-do list do dia, ser um bully, I am kinda committed to it." pausou levemente para rir do que o outro disse. "Já que você insiste, be my fucking guest." E assim, do mais para o menos, sem qualquer sinal de suas ações além de sua ameaça dita com muito bom humor, Achlys cerrou o punho e deferiu um golpe contra o rosto do outro. Considerando seus quase dois metros de altura e porte físico, o golpe foi não somente súbito, mas também forte. Os lábios que antes sorriam e usavam de palavras espertas para incomodar Victor agora estavam selados, e seus olhos brilhavam estranhamente. Pouco a pouco, uma carga de adrenalina tomou seu corpo, e agora ele sentia como se cada molécula de seu ser estivesse completamente focada naquele momento.
"Honey? Olha aqui, por que não paga o jantar primeiro?" Ele levantou os braços, jocoso. "Você poderia ter seguido com a sua vida miserável, de volta pro covil de onde saiu, mas preferiu agir que nem bully? Você tem problemas, cara." Ser um esportista de alto rendimento num esporte radical onde você está a um milicentésimo de segundo de espatifar a própria massa cerebral numa parede dizia muita coisa sobre Victor: ele era ligeiramente suicida. A muito tempo não lhe subia a vontade de quebrar a cara de alguém num soco tão de graça, mas ele estava fora de forma. Sem muitos estímulos para pancadaria. Agora, no entanto... "Pode vir. Vamos ver quanto tempo essa pose de homão dura. Eu tô morrendo de medo."
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( feminino • ela/dela • demissexual ) — não é nenhuma surpresa ver CATALINA CARBONI OF ARAGON, andando pelas ruas de arcanum, afinal, a VAMPIRA DO CLÃ VERMILLION precisa ganhar dinheiro como CORRETORA DE IMÓVEIS/CHEFE DA GANGUE DE LADRÕES DE SANGUE. mesmo não tendo me convidado para sua festa de DUZENTOS E CINQUENTA E SETE ANOS, ainda lhe acho ENGENHOSA e CARISMÁTICA, mas entendo quem lhe vê apenas como SANGUINÁRIA e VINGATIVA. vivendo na cidade há CINQUENTA E CINCO ANOS, cat cansa de ouvir que se parece com ANYA TAYLOR-JOY.
B I O G R A F I A
A família de Catalina descende dos monarcas da Espanha que reinavam a região conhecida como Aragão, e aproveitara os louros de serem tão bem conectados à Coroa mesmo que não fossem ser herdeiros. O casal espanhol teve treze filhos, mas apenas Catalina e sua irmã mais velha Dolores sobreviveram até a juventude e por esta razão eram bastante mimadas por todos com quem conviviam e bons casamentos eram previstos para seus futuros. Sua infância, portanto, foi muito amorosa e recheada de alegrias junto à Dolores, que era sua maior companhia. Seriam seus últimos anos felizes.
Quando chegou o momento das meninas terem seus casamentos arranjados, foi escolhido para Catalina o Duque de Parma, Ferdinando, com ligações com o próprio rei da Espanha, um ótimo casamento para a menina, que apenas se importava em manter seu estilo de vida e conforto no luxo. Contudo, sem ser do conhecimento de ninguém, este nobre além de muito rico também era um recém vampiro transformado, em uma busca sádica por companhia antes de sumir da sociedade antes que sua imortalidade começasse a ser notada. Casados em um dia, no outro ele estava se revelando para jovem Catalina como uma criatura das sombras alimentando-se dos criados e esperando que ela se juntasse a ele. Assustada e confusa, pois sequer tinha conhecimento sobre vampiros e o que eles eram, Catalina tentou fugir, mas era impossível escapar do vampiro. E esta foi a primeira traição que forjou a mulher que Catalina se transformaria alguns séculos depois. Seu marido trancou-a por dias em suas masmorras, quando Catalina sentiu que estava próximo da morte e este seria seu fim, Ferdinando a forçou a tomar seu sangue vampiresco e a matou em seguida — iniciando a sua transformação para algo que jamais imaginou ser possível.
Quando acordou, estavam acompanhados de uma mulher ensanguentada, Ferdinando finalmente explicou toda a situação e ofereceu a escolha que Catalina teria que fazer, querendo que ela sentisse a culpa de matar uma pessoa imediatamente. Ele agia com muita cortesia com ela, oferecendo-a sangue e seus aposentos antigos, como se tudo que tivesse feito não estaria afetando a esposa, mas Catalina se apegou ao ódio em seu coração no momento de transição para lidar com o marido. Ela se alimentou da pobre mulher que estava sendo oferecida como gado, mas se vingou do marido assim que uma brecha foi oferecida empalhando-o no armário dos seus aposentos e deixando-o para apodrecer, inda que não morresse - pois Catalina sequer sabia como matar um vampiro completamente.
Após a sua fuga, Catalina viveu os seus melhores anos da sua vida imortal, experienciando a verdadeira liberdade de viver na sociedade, mas nunca pertencer, nunca deixar rastros. Após alguns meses sozinha, ela encontrou companhia com outros seres sobrenaturais, que ensinaram a jovem vampira como sua espécie funcionava e como sobreviver e aproveitar a sua segunda vida. Catalina viajou com muitos vampiros por alguns anos, aprendendo com eles como se misturar aos humanos e aos outros seres, mas sua amizade principal foi com uma bruxa que ela conheceu durante as suas viagens e formou uma profunda amizade até Catalina desenvolver sentimentos românticos por essa pessoa; tão profunda era a conexão que elas estavam desenvolvendo. Entretanto, Catalina ao longo dos anos deixou de ser aquela menina inocente e gentil que ela costumava ser — vampirismo transformou-a em uma criatura cruel que vez ou outra se divertia em aterrorizar humanos com outros vampiros, justificando totalmente suas atitudes na natureza de sua espécie. Essa atitude, porém, levou sua companheira bruxa a abandoná-la, mas não antes de levar o seu anel mágico que permitia que Catalina andasse sob o sol ao contrário dos outros vampiros. E essa foi a segunda traição que quebrou Catalina completamente e transformou ela nesse ser movido por vingança e sadismo.
Com sua liberdade completamente retirada e movida apenas por essa fúria incontrolável, restava para Catalina apenas uma opção: mudar-se para Arcanum, onde ao menos ela poderia viver uma existência miserável após o pôr do sol. Sua natureza não melhorou ao longos dos anos que viveu no vilarejo, especialmente porque irritava-se ao ter que seguir as leis de convivência com outros seres sobrenaturais e com humanos - que para ela existiam apenas para ser joguetes e alimentos para vampiros, nada mais. Por isso, ao mesmo tempo que cultivava sua carreira como principal e mais experiente corretora de imóveis da cidade, desenvolveu uma gangue do submundo com outros vampiros tão sanguinários e rebeldes como ela que sequestravam humanos para drenar seu sangue em segredo nos seus porões. Féericos também eram desejados, mas acontecia bem raramente e eles tinham que garantir que ele morreria de "causas naturais" de forma discreta depois. O sistema dependia de curá-los depois do ataque antes que eles morressem, mas alguns acidentes já aconteceram com essa gangue, que restava a Catalina resolver; mas nunca havia remorso.
Catalina continua sem um anel mágico e portanto frequenta a cidade apenas após o por do sol ou no interior de prédios; isto porque a sua rixa com as bruxas já é famosa na cidade. Existiram algumas tentativas de subornar, extorquir e ameaçar bruxas para lhe produzir um novo anel, mas sem nenhum êxito até o momento.
C O N E X Õ E S (sugestões)
001. eu adoraria ter as interações com a bruxa que "traiu" Catalina e tomou seu anel mágico dela, basicamente amaldiçoando-a a uma vida de reclusão. é por causa dessa situação que Catalina odeia tanto as bruxas atualmente é uma conexão muito importante para ela. precisaria ser uma bruxa com pelo menos mais de 60 anos porque esse é o tempo que ela já está no vilarejo. absolutamente tudo pode ser negociável, não precisa ter nenhuma relação amorosa, podemos fazer algo unilateral da Catalina com essa pessoa; gênero também é negociável.
002. outros vampiros que estejam participando ou se beneficiando da gangue de roubo de sangue, não precisa nem ser um membro da gangue oficial, mas um vampiro tão sanguinário quanto ela que aparece as vezes apenas para consumir o sangue -- por um preço, claro. e guarda esse segredo, o mais importante.
003. vampiros que não gostam dela at all, mesmo que não tenham conhecimento dos negócios mais sórdidos, mas simplesmente pela má fama que Catalina e vampiros como ela trazem para a raça.
004. algum humano ou conhecido de um féerico que foi sequestrado por Catalina e pela gangue. podemos desenvolver algo como ele talvez lembrando de alguma coisa porque algum vampiro não era tão bom na compulsão , parando para investigar o que possa ter acontecido. ele não tem provas de nada, mas poderia ser algo interessante.
005. bruxas com quem ela teve rixas muito públicas e elas são inimigas declaradas até agora.
#por favor deem um likezinho e eu chamo para plotar <3#tw sequestro#tw violência doméstica#about.#【 ♚゜.◆ ━━ if i can't have love; i want power || catalina of aragon. 】
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Parece que sua intuição estava certa... Não tinha como algo ruim acontecer naquela feira. O sol estava brilhando, a brisa anormalmente fresca e relaxante naquele dia de verão, ao ponto em que você nem se lembra da quentura e do mormaço que costumava sentir nos anteriores. Pelos altos falantes, alguém falava sobre um show do Red Day em uma hora e você mal podia esperar para entrar na sorveteria, comprar um gelato de 2 dólares e ir aproveitar o show da melhor forma possível.
Tw: descrição de violencia física
Até que seu telefone vibra e você de maneira displicente abre sem nem checar direito quem mandou a mensagem. Assim que seus olhos vêem a foto, sua respiração é cortada na hora. Você reconhece a pessoa na foto é The Activist, sem roupa, com mão e pés amarrados com silver tape, uma meia na boca e sinais de espanacamento. Logo embaixo a ficha:
"The Activist. Cobaia número #1 Projeto Kali. Anteriormente: Advogade das empresas de Cigarro Laramie. Agora: Ativista da causa anti-tabagista."
Você não acredita no que seus olhos estão vendo... esse deveria ser o futuro bom... pera, como assim futuro bom? Antes que você possa pensar melhor a respeito disso, mais uma mensagem de número desconhecido chega. Você lê mas não acredita muito. E então suas pernas começam a correr sem que você ordene.
Parece que sua intuição estava errada, afinal.
Informações OOC
The Activist ainda está vive, mas em algum lugar da feira. Elu estava na barraca de orgânicos, na estufa. É um bom lugar pra alguém que quer salva-lu.
É critério pessoal de cada um se seus personagens vão tentar salvar u The Activist ou não.
Os seguintes personagens (Jocelyn Jenkins, Katherine Lewis, Lucien LeBlanc, Ringo Miller, Elizabeth Quarks, Vincent Kingsley, Ben O'Leary e Arabella Dankworth) receberam a mensagem abaixo depois da foto: "Esse é só o começo… todas as pontas soltas devem ser amarradas. Estejam preparados."
Os seguintes personagens (Harper Wang, Nora Grey, Ain Montgomery, Riley Kalman, Priyanka Lalwani, Kai Pomakai'i e Olivia Priestly)receberam a mensagem abaixo depois da foto: "Tic tac um de vocês será o próximo, cobaias do Kali. Todas as anomalias devem morrer"
Os seguintes personagens (Nash Torres, Ember Rose Hawthorne, Anastasya Petrov, Odysseus Fischer, Arista Montgomery, Medison Jenkins, Gwen Vickers e Harvey Wang) receberam a mensagem abaixo depois da foto: "Um de vocês vai ser o responsável por algo assim se repetir. Tenham cuidado"
Personagens que estavam adormecidos, podem despertar agora se quiserem.
Vocês ainda podem abrir e responder starters antes dos personagens receberem as mensagens.
No mais, se divirtam kkkkk
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✦ ・ POV : ONCE UPON A DREAM Aviso de gatilho: sangue, violência, carnificina
Helena tinha muitas peculiaridades, aquilo era um fato; nunca havia sido uma pessoa ordinária, apesar de ter desejado e fingido ser durante sua vida inteira. Suas peculiaridades incluíam, mas não se limitavam a: usar apenas perfumes muito doces, mas preferir comidas azedas - seus pais riam, escandalizados, da garota quando a flagravam comendo gomas de limão como se fosse uma laranja, em nenhum momento fazendo caretas com o gosto; gostar de colecionar flores mortas, tendo centenas delas prensadas em livros e cadernos, empilhados em uma pequena estante ao lado de sua cama de solteiro; e, é claro, a obsessão pelo número 2024 que a acompanhava desde a infância.
Era fascinada pelo número sem saber o porquê; sonhava com ele, pensava nele com frequência. Seus cadernos eram preenchidos com o número, ela sabia falá-lo em quatorze idiomas diferentes - inglês, espanhol, italiano, francês, japonês, mandarim, coreano, hindi, gaélico irlandês, alemão, norueguês, zulu e russo - e não era incomum vê-la sussurrando o número para si mesma enquanto estava distraída estudando ou trabalhando. Ela tentava evitar, tentava se conter, mas era mais forte do que ela; inclusive, após uma noite de bebedeira ao lado de um estúdio de tatuagem, gravou o número em sua pele - pequeno, delicado, negro contra seu quadril. Só seu namorado sabia daquilo e havia estranhado aquilo imensamente; quando questionada, Hell não foi capaz de explicar o que a levou a fazê-lo, mas também nunca teve coragem de retirar a tatuagem ou cobri-la.
Seus sonhos também eram outra peculiaridade sua: desde pequena tinha sonhos vívidos, estranhos e muito lúcidos, dos quais ela sempre se lembrava, todas as noites. Muitos de seus sonhos eram com uma mulher de doces olhos esverdeados com uma áurea de conforto e afago. Ela deitava a cabeça no colo da mulher e ela acariciava seus cabelos, gentil, enquanto falava sobre o quanto a amava, como ela era especial e como elas sempre estariam juntas, até o fim - e além do fim. Ela sempre acordava feliz daqueles sonhos, aquela que ela pensava ser apenas uma personagem de seu inconsciente, mas que a enchia de amor e cuidado. Como amava aquela mulher, como queria que ela existisse!
E então o pior, o inimaginável aconteceu. O que era para ser apenas mais um jantar com seus pais e namorado se transformou em uma carnificina sem precedente, mulheres-galinha se alimentando da carne daqueles que eram a vida inteira de Helena, e então a Fúria, aquele monstro assustador que, ao invés de atacá-la, salvou sua vida e a levou ao lugar que, a partir daquele momento, se tornaria o seu lar.
Ela pensou que não fosse ser capaz de dormir nunca mais depois do acontecido, mas dormiu. E, quando abriu os olhos dentro de seu sonho, estava em um lugar lindo, diferente de tudo o que havia visto em sua vida. O gramado e as árvores ao seu redor cresciam em um lindo tom de magenta, enquanto o céu era profundo como ciano. O lugar cheirava a torta de limão, sua favorita, e sentada ao seu lado estava a mulher de seus melhores sonhos. Ela lhe ofereceu um sorriso triste enquanto limpava as lágrimas que Helena não percebeu estar derramando.
"Eu sinto muito, minha querida", ela disse, sua voz doce como mel, e Hell sabia que ela dizia a verdade. "Eu não queria que fosse assim. Por tudo o que seus pais fizeram por você, eu queria que fosse eu a levá-los em um doce sonho, mas não tenho poder sobre a decisão das Parcas. Acima de tudo, eu queria que você não tivesse testemunhado aquilo. Tudo o que pude fazer foi enviar ajuda para tirá-la de lá."
A Fúria, ela se lembrou. Havia sido a mulher de seus sonhos a mandá-la para lá? Seria aquilo possível?
"Mas você só existe aqui", Helena tentou protestar, ao que a mulher riu fraco.
"Meu amor, minha linda menina, esses não são sonhos comuns, apenas fruto da sua imaginação. Esse é um canal entre nós. É a minha forma de sempre estar com você." E, depois de um momento em silêncio, ela disse: "Eu sou sua mãe, querida. Você é fruto do meu amor com Florence Faraday. Quando você acordar, tudo será melhor esclarecido com Quíron, mas você precisa saber que você só existe porque duas mulheres se amaram muito."
O coração de Helena estava disparado; como aquilo poderia ser verdade? Que espécie de milagre seria ela?
"Tem mais uma coisa", e agora a voz da mulher era hesitante. "Mais uma coisa que você precisa saber. É sobre o seu número, o número que lhe perseguiu pela vida inteira."
2024. Como ela poderia esquecer?
"Eu sinto muito, querida", e agora a mulher parecia imensamente triste. "Eu queria que fosse outra coisa. Queria que fosse algo melhor."
O coração de Helena parecia prestes a explodir.
A mulher segurou o rosto da filha entre as mãos, com todo o carinho e cuidado do mundo e, olhando bem dentro de seus olhos, ela disse, a voz de mel não sendo capaz de amortecer o peso daquelas palavras.
"2024 é o ano que você vai morrer."
Helena acordou em um ímpeto, ofegante e aterrorizada. Estava agora na escuridão do chalé 11, mas ele não estava mais tão escuro. Acima da cabeça dela, o formato iluminado de um ramo de caládio brilhava em dourado, como uma pequena bola de fogo que não emitia nenhum calor.
"Macária", ouviu um dos semideuses falar, quase que entediado. "Avisem Quíron que a novata é filha de Macária."
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tw: violência física e tortura psicológica.
De uma coisa Yasemin estava certa, nunca tivera dúvida da capacidade de Joe e tudo o que ele demonstrava ali não era metade do que geralmente acontecia diante dos treinos. Não saberia dizer se ele se segurava no treinamento ou apenas não tinha conhecimento do próprio potencial. Ainda que se mantivesse na defensiva, era completamente impossível não precisar lançar ataques contra ele. Aquilo não era treino, não precisava se segurar, embora quisesse. Para quem amava uma luta, Yasemin se recusava a ter uma batalha com o filho de Poseidon. Talvez o fator mais significativo disso era o amor secreto que nutria por ele. A turca sempre se negava, e talvez negasse ainda mais depois do ocorrido. Se é que iria sair dali viva. Mas ainda assim, gostar dele era um fato já a muito tempo velado.
O ombro ardia com o ferimento e chegou a olhar para a cachoeira. Tão perto, mas tão longe. E seu erro foi justamente pensar nisso porque no minuto seguinte recebeu o ataque duplo de Joseph. Irônico foi pensar que a água bagunçou seus sentidos aguçados quando segundos antes pensou em entrar nela para se curar. Desorientada, recebeu golpes que tentou se defender, mas o machado foi atirado para longe e lá estava ela vulnerável mais uma vez, caída no chão. Ainda assim, a lâmina próxima do seu pescoço trouxe outra vantagem. Aquela que sempre reclamava com Quíron de ter. Seu poder. Yasemin encarou o descontrole de Joseph. A respiração ofegante, o tremor no braço, as feições de quem travava uma batalha interna, as lágrimas. A influência da fenda era tão forte que soube que não seria na briga física que venceria aquela. Instantaneamente os olhos da ruiva ficaram marejados, não queria, mas precisava. ❝ ― Joe, me desculpa. ❞ ― A voz tremeu, o pedido de desculpas adiantado. Para quem tanto ansiava em usar seu poder e sempre sentia prazer ao colocá-lo em prática, Yasemin pensou que pular da fenda seria mais fácil do que fazer aquilo com Joseph.
Ele não merecia passar por aquilo, mas também não merecia viver na influência da fenda. Bom demais para si, isso sempre achou um fato, mas sempre o manteve por perto. Tomando uma atitude onde a dinâmica da relação e tudo poderia mudar, mas pelo menos ele estaria a salvo, por um tempo. ❝ ― Me desculpa pelo o que vou fazer. ❞ ― Yasemin agiu rápido depois disso. Segurou firme no pulso dele, o contato cara a cara, e no olhar dele rapidamente invadiu a mente do semideus. Varreu a memória do rapaz, procurando seus medos e tragédias, os fazendo reviver cada momento das piores formas possíveis através de ilusões criadas. Ainda tentou ser gentil, mas não existia gentileza no pânico e no medo. Estimulando o sistema nervoso dele, causando todo o pavor necessário, sentiu o corpo dele travar e cair. Não parou, no entanto.
As lágrimas agora escorriam por seu rosto, mas continuou provocando mais pavor em Joseph, causando sensação de ansiedade e pânico através das ilusões que criava de acordo com os traumas e medos que conseguiu ver na mente frágil de Barker. Ela apenas parou quando sentiu o corpo mole, seu e dele, e quando ele finalmente caiu desmaiado no chão, relaxou. Yas usou mais do seu poder do que deveria, mas apenas imobilizar ele por um tempo não seria o suficiente. Precisava apaga-lo por algumas horas. Doeu mais do que imaginou tomar uma atitude como aquela. Completamente esgotada, caiu ao lado dele e fitou o breu do céu, respirando fundo e aliviada, mas as lágrimas escorriam sem parar e soltou um berro beirando a fúria e frustração. Não soube dizer quanto tempo ficou ali, mas se ergueu da grama e olhando Joseph desacordado, tentou segurar o semideus para levá-lo de volta ao acampamento. Se arrastando pelo caminho, e dessa vez gritando por ajuda até que conseguissem ouvi-la e acudir ambos.
ENCERRADO.
tw: violência física.
Pela primeira vez em toda a sua vida estava brigando com outro campista ao ponto de, se necessário, acabar em morte. Óbvio que naturalmente Joseph não faria aquilo, era contra a sua natureza, mas ali... Algo de fato possuiu o corpo do semideus ao ponto de torná-lo cego. As vozes deixaram de ser apenas sussurros e passaram a gritar contra os ouvidos de Joseph. Incentivando o semideus a prosseguir com seus ataques que, até então, eram apenas defendidos por Yasemin. Além de ser bem furtivo, tinha a vantagem de aguentar longas batalhas graças a sua durabilidade, demonstrar cansaço seria a última coisa que faria e, até lá, provavelmente a filha de Deimos já teria se cansado o suficiente para vacilar.
E sempre que ela falava, insistindo em pedir para ouvi-la ou parar, Joseph descarregava a fúria em ataques cada vez mais velozes. Tanto que, em um deles, pegou em cheio o ombro de Yasemin. Aquilo fez outra lágrima escorrer pelo rosto de Joseph, seu olhar se contradizia com suas expressões. Não era mais morto e nem transparecia uma tempestade incontrolável, pelo contrário, suplicavam por ajuda conforme expunham que sim, Yasemin estava certa. Aquele não era ele.
Todo o ambiente contribuía com o filho de poseidon e seu dom, assumir a forma da água frente a uma cachoeira era o mesmo que ter controle infinito de suas habilidades. E foi a capacidade de se dividir em dois que deu uma vantagem ainda maior ao semideus. Após o ataque da ruiva que provocou lhe queimaduras leves no braço graças a proteção da lâmina gélida, Joseph foi rápido em criar uma segunda cópia de si que, contendo toda a sua agilidade, parou atrás de Yasemin. O clone serviu para gerar um ganhão de água que empurrou a filha de Deimos e a fez perder o equilíbrio enquanto, em sua real forma, aproveitou a situação para golpear diversas vezes a ruiva até que o Machado caísse de suas mãos. Com ela desarmada foi fácil se aproximar e pressionar a lâmina da adaga contra seu pescoço. — Agora você decidiu aceitar o convite? Agora sou bom o suficiente para não ser rejeitado e ter sua atenção? — Era nítido que ali eram as vozes falando por si. Ainda mais com os olhos marejados e o tremor do braço conforme lutava contra o impulso de machucá-la. — Não fode, Yasemin.
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"QUE BICHO FEDIDO!"
para melhor ambientação, sugiro leitura acompanhada por Devils Dance - Metallica.
Aidan gritou enquanto se posicionava após o comando de sua irmã Clarisse. A semideusa sempre teve uma inclinação pelo intenso desejo da derrubada de sangue das feras que atacavam os semideuses, mas naquele momento em específico ele conseguiu identificar na feição da patrulheira o que aquele monstro realmente significava: dor.
Já tinha ouvido boatos sobre um combate antigo onde Clarisse teria saído mais prejudicada , mas nada tinha sido verbalizado pela irmã e Aidan estava longe de procurar por essas confirmações. Não era o forte dos filhos de Ares elaborarem sobre assuntos pessoais e Aid sabia disso muito bem.
Drakon avançava para a saída da fenda tal como uma cobra veloz. O som da escama se arrastando era como um chocalho incessante. Os patrulheiros que portavam arma de ataques à distância já estavam em suas posições e lançavam flechas e lanças naquela criatura que Aidan só havia visto em livros. Há tempos não consultava sua história, jurava que criaturas como aquela estavam aprisionadas em qualquer lugar do mundo e que só seriam libertas no apocalipse, vez ou outra demonstrava incredulidade para com seus mitos. Mas ali estava. E estava muito mais feroz do que Aid poderia imaginar.
Na percepção da periculosidade daquela besta, Aidan xingava a si mesmo mentalmente. Maldita a hora que optou por se especializar no uso das adagas, maldita a hora que se limitou aos combates corpo a corpo e deixou de lado as aulas de arco e flecha ou qualquer coisa que o permitisse atacar aquilo com mais segurança, de longe. Quando ouviu os comandos da irmã, avançou na direção de Drakon tomado pela adrenalina, pelo medo e, principalmente, pelo desejo da batalha. Os mistos das emoções eram rotineiros para o filho de Ares. A falta de compreensão das próprias sensações era o que mais causava conflitos dentro de si e, infelizmente, faziam com que o poder herdado pelo pai se habilitasse e causasse estragos.
Armado com as duas adagas de bronze celestial, começou a dispersar golpes no corpo do monstro. As lâminas deslizavam pelas escamas como se encontrasse uma armadura rígida e impenetrável. Todos os golpes pareciam inúteis. Rapidamente a criatura lançava alguns patrulheiros para longe, colidindo o corpo deles contra as estruturas do acampamento como se fosse brinquedos. Os gritos desesperados dos semideuses passou a ocupar a mente de Aidan que desviava das patas frontais daquela criatura com grande dificuldade mas ainda sentia o corpo sendo atingido por algo, com uma estranha ardência.
Só então percebeu a névoa verde que o cercava, assim como percebeu que sua armadura parecia se desfazer com o contato daquele veneno. As narinas inalavam aquele gás com dificuldade, aumentando o desconforto que sentia em seu corpo.
O único local que aparentava estar com o aspecto esverdeado mais sutil era debaixo do Drakon, que se erguia cada vez mais rápido. Aidan gritou a informação para os demais patrulheiros, mas não o ouviriam no meio daquela confusão. Clarisse, preenchida pelo sentimento de vingança, sequer ouvia algo que não fosse seu próprio brado.
"Foda-se. Não tem outro jeito."
O filho de Ares agiu conforme as vozes de sua cabeça. Rolou para debaixo do Drakon e deitou com as costas no chão. Seu rosto queimava como nunca, as mãos empunhando as adagas estendidas paralelamente, aguardando que o monstro cessasse a movimentação por um único momento.
Seus pensamentos não cessaram por um único segundo. As coisas se desprenderam de maneira veloz.
Primeiro notou que de si exalava uma névoa avermelhada. O poder herdado pelo pai se manifestava nas piores ocasiões e, naquela situação, amplificar o caos com a instauração de fúria seria uma lástima.
Mas a névoa pareceu fixar-se apenas em si.
Subitamente foi atingido por uma raiva que subia pelos seus pés em um calor inexplicável. O monstro acima de si não parava de se movimentar como uma cobra, os semideuses ao redor continuavam sendo atingidos e isso seria distração suficiente para que o patrulheiro agisse exatamente conforme a intuição irada o propunha.
O filho de Ares viu a silhueta de seu padrasto surgindo em sua frente, com um de seus bastões em mãos. O semideus agora era grande o suficiente para fazer tudo aquilo que havia treinado durante todo aquele tempo em que se distanciou do núcleo familiar. O mataria ali e mataria agora. Não havia um rastro sequer de lucidez que o fizesse distinguir a realidade das alucinações que causava a si mesmo. Aid acertou sua postura e correu para atingi-lo em cheio, como sempre sonhou em fazer.
Assim que atingiu o padrasto com ambas as adagas, ergueu o corpo daquele homem aos céus. Com um dos braços fez um arco para baixo, abrindo a barriga do homem em cima de si e derrubando o sangue dele sobre seu corpo.
Na verdade, ele havia atingido o Drakon que se erguia em cima de sua cabeça. A adaga tinha acertado em cheio o maxilar da criatura quando a mesma curvou-se para acertá-lo.
Aidan esperou o impacto do corpo do padrasto sobre si com os olhos fechados, em uma expressão de satisfação única. Eliminou o homem que o feriu, que o abusou por tantos anos. Mas a única coisa que sentiu após o grito de dor da criatura/padrasto foi o vazio. Confuso, abriu os olhos e se deparou com o nada em cima de seu corpo. Não haviam monstros, haviam apenas olhares tão confusos quanto os deles.
Sua adaga estava caída no chão ao seu lado, como uma memória pelo feito que sequer acreditava ter feito.
"Bom..." disse olhando em volta de si "pelo menos não precisamos limpar nada!"
_____
OOC:
O Aidan não sabe controlar os próprios poderes, então vez ou outra ele se manifesta e causa uma ira desproporcional através de alucinações. Ele não sabe como atingiu o monstro com exatidão, mas sabe que o fez.
Em itálico estão as alucinações.
Demorei, mas fiz. Depois volto para corrigir, não queria me distanciar tanto da data do drop para não correr o risco de esquecer.
@silencehq
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“By the way, thank you… for saving my life.“ (soluço).
˛ ⠀ ⠀ ⋆ ⠀ ⠀flashback, quatorze anos atrás.
sendo filha de uma guerreira, os movimentos vinham naturais para astrid. conseguia se lembrar do dia exato em que decidiu seguir os passos da matriarca, sendo presenteada com o primeiro machado que havia segurado na vida e que empunhava naquele momento. seu objetivo era ser cooperativa ao grupo, concluir a missão que lhes foi dada e provar, para qualquer um que quisesse ver, o quão bem conseguia lutar. porém o que antes era apenas dever, acabou se tornando um ato heroico quando abriu um corte na panturrilha de um dos inimigos, que esperava o momento certo para atacar soluço por trás. protegê-lo foi uma ação tão automática que só percebeu que o havia feito quando recebeu o agradecimento. "por nada, agora você me deve uma." uma piscadela foi dada na direção do moreno, o peito subindo e descendo pelo esforço excessivo, ainda que um sorriso orgulhoso não abandonasse a face. a destra fez questão de bagunçar os fios alheios em pura perturbação, mantendo os olhos nos semelhantes antes de continuar: "tome mais cuidado da próxima vez, precisamos de você." talvez não fosse algo tão grupal quanto os ditos davam a entender, mas definitivamente era mais fácil do que expor o quanto se importava com soluço.
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✦ ・ closed starter with @aidankeef
TW: Violência, bullying, assédio
Charlie estava sendo seguida. Desde que havia saído da biblioteca aquela noite depois de um dia inteiro analisando registros, ela havia sido capaz de perceber os dois semideuses que falhavam em ser discretos em sua perseguição. Gostaria de fingir que não os conhecia, mas aqueles dois a atormentavam há um bom tempo, sempre ameaçando uma altercação física com a mulher que era muito melhor do que eles. Começou a andar mais rápido e os dois também aceleraram o passo. Como havia sido tola ao pensar que o cargo de conselheira a protegeria agora!
Tentou pegar um atalho para o chalé, mas não demorou para que os dois a alcançassem e a empurrassem contra a parede com força desmedida. "E aí, rata de biblioteca, achou alguma solução pra essa merda de Acampamento nos seus livros inúteis? Duvido muito", um deles falou em tom maldoso enquanto a mantinha contra a parede. O outro abriu um sorriso malicioso. "Fiquei sabendo que você nunca beijou, corujinha. Eu posso mudar isso hoje." Charlie arregalou os olhos, a cor sumindo de seu rosto com a insinuação. Sacou a adaga recém-adquirida, mas um dos rapazes derrubou a arma no chão com facilidade. Ela estava completamente cercada.
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Aviso: o texto contém violência não explicita e sequestro. A leitura não é aconselhada em caso de sensibilidade aos tópicos.
A lanterna do ephone não era capaz de iluminar muito adiante e Arkyn começava a considerar se não tinha parado no endereço errado, ou se aquela não seria uma das pegadinhas de Lector. O tempo de amizade entre os dois, o fazia desconfiar fortemente do segundo. Porém, quando uma luz se fez mais a frente, Arkyn conseguiu perceber que estava errado, não era pegadinha ou brincadeira alguma, o Leons estava falando muito sério e a prova disso fora o corpo pendurado atrás dele, causando leves arrepios no Haddock. Seus passos o guiaram em direção aos dois, enquanto desligava a lanterna do ephone e o colocava de volta no bolso da calça. "não foi um endereço muito fácil de achar, querido.", soltou um apelido aleatório naquele momento, pois imaginava que não seria seguro listar nomes, uma vez que Lector havia garantido que todos sairiam vivos daquele encontro. Mas alguma coisa naquele cenário fazia Arkyn duvidar. Seus olhos voltavam ao homem pendurado quando recebia as informações do Leons, assentindo com um balançar de cabeça. É, aquele se enquadrava bem no quesito: pessoas que merecem, como Arkyn havia mencionado anteriormente. O olhar desviou para Lector no momento em que fizera o homem girar, pois seguramente Arkyn ficaria tonto se o continuasse encarando. "Me parece bem adequado.", foi o máximo que conseguiu dizer, antes de limitar a distancia e se colocar mais perto do corpo, analisando onde e como bater primeiro, desviou o olhar para os arredores, encontrando uma barra de ferro não muito distante, certamente iria servir. Caminhou até alcançá-la e voltou para iniciar o serviço, usando o item como taco e o corpo como bola, era uma boa visualização. Começou atingindo primeiro as pernas em dois golpes, depois desceu para as costelas, o primeiro fez o corpo girar ainda mais.
Trinta minutos. Poderia ser muito tempo para muita gente que vivia a vida normalmente, talvez aqueles que estavam esperando as aulas acabarem, mas não era muita coisa quando se pensava que teria que encontrar e amarrar alguém. Ainda assim Lector o fez e mandou o local de encontro para Arkyn, assim, somado o tempo que ele demorou para chegar no galpão foi o suficiente para o imbecil do homem sequestrado ser amarrado pela mão e erguido do chão como um saco de pancada. As luzes estavam propositalmente apagadas, mas assim que o convidado chegou Leons ligou uma lamparina tornando possível ver os dois a poucos passos. O homem erguido estava com um capuz sobre a cabeça e soltava sons de gritos abafados pelo que poderia ser uma mordaça, mas quem disse que Lector ligava? "Demorou en baby face" zoou parado de braços cruzados a uma distancia o suficiente para não ser atingido por um dos chutes que poderiam vir na tentativa idiota de fugir "Esse principezinho aqui anda sendo um esposo no mínimo... Violento." ele parou de falar um pouquinho ponderando como poderia falar aquilo sem ser tão ruim assim. Novamente o homem começou a gritar, mas ai Lec esticou o braço o rodando com tudo. Um tipo de maldade delicada, mas muito eficiente. "Eu já disse para calar a porra da boca! Bem... Nós fomos pagos para dar um gostinho do que é ter alguém com mais forte se aproveitando disso. Pode começar a bater"
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ㅤㅤ⸻ POV #OO4 / antes de ser dragão, é preciso sofrer como uma formiga.
( tw / violência. ) ⸻ leitura longa.
ㅤㅤ03 de março de 2000, mansão zhanlan.
ㅤㅤA mulher estava agachada, olhando para cima, apelando veemente, enquanto o homem se mantinha em pé, altivo e superior. Donna era muito pequena para entender o que o quadro podia significar totalmente, apenas ficava chocada com o desespero que lia em sua face. O tutor particular lhe disse que era de um pintor italiano e chamava-se "Jasão Rejeitando Medeia". Na sua cabeça infantil, não entendia porque ele havia de ter rejeitado a mulher, porém deu-lhe tempo suficiente para ponderar enquanto esperava o pai chamá-la para seu escritório particular.
ㅤㅤEla não gostava de estar ali, mas sabia muito bem que não havia escolha. Tinha de esperar porque havia alguém ali com ele, virou-se justamente quando a porta se abriu e seu tutor saiu. Jiang Jia Hao apenas assentiu com a cabeça para ela e saiu pelo grande corredor, fazendo com que ela estudasse seus passos até escutar o nome estralar na língua do pai. O seguiu rapidamente e fechou as grandes portas de madeira cerrada sem que precisasse dizer nada. Parou a alguns passos da grande mesa de jacarandá, onde havia um envelope com o han 上帝的礼物 gravado, alguns documentos da Zhanlan Industry e um apoio para a sua pistola preta incrustada com um dragão vermelho no punho.
ㅤㅤ⸻ Jia Hao disse que começou a te ensinar o currículo que eu preparei. ⸻ Proferiu enquanto pegou papéis em uma das gavetas, sem olhá-la. Se não tivesse falado, sequer pareceria que a filha estava ali.
ㅤㅤ⸻ Sim, pai. ⸻ As mãos estavam cruzadas atrás do corpo.
ㅤㅤ⸻ Quais são as fases do processo siderúrgico do aço?
ㅤㅤPor mais que a questão tivesse a deixado surpresa e levemente sobressaltada, não era algo desconhecido para ela. O tutor, a mando do pai, havia começado a focar suas aulas durante as férias escolares em matérias como química e física, uma vez que o pai queria que Donna fosse totalmente capaz de herdar os negócios dele quando a hora chegasse. Ela gostava? Nem um pouco, preferia treinar tênis ou piano, talvez ter dias de descanso durante as férias como Cielo, Luci e Cora tinham. Viajar seria bom. Ainda assim, não se rebelava e mantinha a disciplina, ou tanto que uma menina de nove anos conseguia.
ㅤㅤ⸻ Preparação da carga, redução, refino e laminação. ⸻ Disse, ajeitando a postura, sabendo que estava certa.
ㅤㅤ⸻ Mais específica. ⸻ Não deixou de fitá-la, com aqueles olhos inquisidores.
ㅤㅤ⸻ O minério de ferro é misturado usando cal e finos de coque para dar origem ao sinter. Ao mesmo tempo, o carvão é processado e vira coque... ⸻ Parou para pensar, encarando o teto como se isso ajudasse a vasculhar sua mente. ⸻ É... Tudo vai pro forno a 1000ºC. O carvão funde a carga metálica e dá início ao processo de redução do ferro em um metal líquido que chama... Como chama? ⸻ Perguntou, vendo o pai lhe encarar, porém ela estava tentar pensar consigo mesma. Não teria ajuda. ⸻ Ah, ferro-gusa, que é a liga de ferro com carbono. Depois se mistura o gusa líquido e a sucata de ferro pra surgir o aço líquido. A maior parte do aço líquido fica sólida e vai para produzir lingotes e blocos. Nos laminadores o aço vira vários outros produtos.
ㅤㅤ⸻ Irregular, mas suficiente por enquanto. ⸻ O som da língua estralando a língua no céu da boca a aterrorizava ao mesmo tempo que irritava. ⸻ Irei pedir para Jia Hao dar lições mais focadas, preciso que seja impecável e não medíocre. O que é corrosão alveolar?
ㅤㅤ⸻ É quando... ⸻ Não tinha controle, apesar de ter tido aula no dia anterior, fugia-lhe da mente. ⸻ Aparecem grãozinhos dentro da liga e... E o material fica reativo.
ㅤㅤ⸻ Errado, o que você descreveu é a intragranular. ⸻ Ela abaixou a cabeça com os dizeres dele. ⸻ A mão.
ㅤㅤDonna sobressaltou com o pedido porque entendia o que implicava. Não era desconhecida daquilo, no entanto não entendia porque precisava daquele tipo de disciplina por uma única questão errada. Ela havia explicado a mais difícil sem errar. Era injusto.
ㅤㅤ⸻ Mas pai, o tutor acabou de começar a me ensinar, eu prometo que vou melhorar e aprender...
ㅤㅤ⸻ Você parece aprender só quando é punida, Lei Shu. ⸻ Qi lhe interrompeu imperativamente. Levantou-se com uma ripa de madeira na mão. ⸻ E se é para ser assim, a mão.
ㅤㅤO que restava a ela fazer, senão estender a mão? Fechou os olhos e esperou pela dor aguda. O que veio a seguir lhe tirou o fôlego porque a dor foi ainda pior do que ela conhecia, fazendo com que um grito estridente saísse dos lábios. Quando abriu os olhos, cheios de lágrimas, viu um filete de sangue na mão e notou que a ripa do pai não parecia ser apenas madeira, algo brilhante estava entrelaçado. O corpo caiu no chão e o choro não era baixo, ainda assim tinha consciência que ninguém viria lhe ajudar.
ㅤㅤ⸻ EU TE ODEIO, EU TE ODEIO. ALGUM DIA EU VOU TE MATAR.
ㅤㅤO pai já caminhava de volta a sua mesa quando aquela ira explodiu, fazendo com que a menina caída no chão tivesse o rosto vermelho como o sangue na palma da mão. Poucas vezes ela se rebelava e quando fazia sentia um horror e ódio borbulhando sob a pele.
ㅤㅤ⸻ Lei Shu, você parece que não aprende nada. Absolutamente nada. Eu ouço, eu esqueço; eu vejo, eu entendo; eu faço, eu aprendo. ⸻ A voz baixa e fria embalou o provérbio chinês que tanto gostava de recitar para ela. Dessa vez ele não colocou o indicador na cabeça, nos olhos e nas próprias mãos. Ele se agachou a sua frente. ⸻ Não o bastante, você não vê e nem faz. Quer se vingar de mim? Não irei te impedir disso, porém você precisa compreender a domar a sua própria mente, não adiantar chorar, gritar e ficar com o rosto vermelho.
ㅤㅤQi colocou uma mecha do cabelo espesso de Donna para trás, fazendo com que ela se encolhesse e tremesse sem parar. Provavelmente ele iria puni-la novamente. Os olhos não serviam para nada, as lágrimas a impediam de enxergar. Porém, o toque havia sido mais suave do que uma brisa e quando retomou um pouco de controle, o viu recolhendo a mão sem mais lhe fazer mal. Talvez fosse a única vez que tinha recebido um toque daquela forma do pai. Era estranho.
ㅤㅤ⸻ Você me ameaça e eu só vejo fraqueza desenhada em você. Como você promete algo que não tem a capacidade de cumprir? ⸻ Não estava errado. ⸻ O cão não ladra por valentia, mas sim por medo. Sabe o que eu vejo nessas pessoas que gritam aos sete ventos o que farão? Medrosos. Estúpidos. Desesperados. Igual você agora, encolhida e sufocada pelas próprias lágrimas. ⸻ Levantou-se e deu as costas para ela, andando até uma das grandes prateleiras de livros. ⸻ Você é milha filha, tem que agir como tal. Aceite os castigos, endureça, fortaleça, vire Lei Shu Zhanlan e, talvez, algum dia essas palavras lançadas ao vento tenham algum peso real. É parecido com o que os ocidentais dizem: vingança é um prato que se come frio.
ㅤㅤO livro que estava em sua mão foi fechado num movimento único, fazendo barulho e deixando a poeira voando visível com o feixe de luz.
ㅤㅤ⸻ Enquanto isso, não quero ouvir lamurias, argumentos tolos e lágrimas. Agora, tire a camiseta.
ㅤㅤDonna pensou em lutar, em correr dali, em fugir e nunca mais aparecer. Porém que bem aquilo faria? Ela não tinha forças para lutar contra o pai, sendo assim apenas entregou seu espírito. Retirou a camiseta, abraçando o próprio corpo infantil e tentando recolher o restante de coragem que ainda existia em si. Apenas notou o pai pegar aquela ripa maldita novamente, caminhar até ela e só parar quando estava fora do seu campo de visão. Fechou os olhos e os apertou.
ㅤㅤO grito da menina ecoou, porém ninguém escutou.
a cicatriz se estende do topo das costas, na altura da nuca, até o final, chegando quase a altura da cintura. o seu "desenho" é angular, seguindo de forma similar a curvatura da coluna, de forma contínua do começo ao final. sua textura tem diferentes tipos de profundidade, sem nenhum tipo de regularidade, assim como a cor que entre vermelho, rosa e no tom de pele natural. no final, é possível ver um pedaço mais profundo e retorcido, provavelmente fruto do material usado para afligi-la.
ㅤㅤ15 de fevereiro de 2002, casa de campo dos montgomery.
ㅤㅤOs Zhanlan não tinham nenhum tipo de tradição familiar, até porque de familiar nada tinham, porém Donna gostava da mínima tradição que tinham com o Ano Novo Chinês. Iam para a casa de campo dos Montgomery, nos Hamptons, acompanhados de Matthew e Donna Montgomery para celebrar da sua própria forma.
ㅤㅤNaquele dia, três dias depois das festividades, estava na quadra de tênis da família treinando porque não tinha tempo para descansar, o pai pedia perfeição em tudo que ela dispendia. De onde estava podia ver a figura do pai gélida e imponente da varanda que dava a visão ampla para a quadra, a avó estava sentada tomando limonada conversando amenidades com o avô e, por incrível que pareça, Gilles LeBlanc estava ali. Por um instante ficou esperançosa da possibilidade dos gêmeos terem o acompanhado, porém quando o tempo de aquecimento passou e não foi surpresa pelas piadinhas de Lucien ou da conversa de Leopold sobre tênis, voltou a sua solitude rotineira.
ㅤㅤ⸻ Só os tolos acham que Ivan, o Terrível, e Seu Filho esteja na Galeria Tretiakov. Achava que era senso comum que a maioria das obras verdadeiras estão em outros lugares... Essa em específico logo estará no meu escritório.
ㅤㅤA menina escutou a voz de longe, sem se apegar ao que era dito, apenas detestando a ideia de ter tantos olhos em si num simples treino. Ainda mais pelo pai, que não deixava nada passar; ainda assim quando a treinadora Liu falou com ela, focou-se o máximo que conseguiu. Respirou fundo, encaixou a bola na curvatura da raquete, observou a mulher do outro lado e num movimento fluído jogou a bola para cima e bateu com toda força. Donna era ótima em saques, era natural para ela.
ㅤㅤInfelizmente para ela, naquele dia não estava das melhores. Fosse a exaustão dos dias a fim sem descanso ou pela plateia que a assistia, errou saques, perdeu bolas e não conseguia manter a fluidez que um jogo precisava ter. A voz estralada do pai a deixava mais nervosa, mesmo quando a avó tentava intervir e soltava frases de apoio. Sinceramente, aquele falatório a deixava ainda mais desfocada. Quando o saque da professora pegou em sua mão, fazendo a raquete voou longe, perdeu as estribeiras.
ㅤㅤCorreu até a raquete e começou a batê-la contra o chão com força, ódio e suor. Ficou cega, sem saber o que estava acontecendo ao seu redor, apenas aquele silêncio que era bom. E ameaçador.
ㅤㅤQuando a raquete se quebrou e ela voltou a si, o pai estava parado na sua frente. Seu ataque de fúria tinha sido tão forte naquele dia, originário de tanto que borbulhava no fundo da sua alma, que sequer viu o movimento rápido dele descer as escadas laterais e chegar até ali. Agora ela entendia o que a frieza do silêncio tanto havia lhe feito temer. Ele segurou seu pulso com força.
ㅤㅤ⸻ Menina insolente e mimada. O que acha que está fazendo?
ㅤㅤ⸻ Me desculpa, pai...
ㅤㅤ⸻ Você não vai ser igual a sua mãe que não sabe o que é o preço de um trabalho suado. De onde você acha que vem todas as coisas que estão ao seu redor?
ㅤㅤFoi girada com força e brutalidade, fazendo-a encarar os convidados lhe encarando de volta. Sentiu o hálito do pai no pé do seu ouvido e nem conseguia respirar. E se respirasse errado?
ㅤㅤ⸻ Seu avós, assim como a sua mãe, não sabem o valor do trabalho duro e suado. Simplesmente nasceram no lugar certo com o sobrenome certo. Mas eu não sou como eles e nem você. Olha para eles, Lei Shu, você nem se parece com eles. Você é uma Zhanlan, não uma Montgomery. Nunca vai ser. ⸻ Ele sussurrou no seu ouvido.
ㅤㅤTodos a encaravam de volta, num silêncio constrangedor. Imóveis. Ele a soltou e andou até o seu lado, pegando o restante da raquete quebrada da sua mão.
ㅤㅤ⸻ Levanta a saia, Lei Shu.
ㅤㅤ⸻ Mas pai eles vão...
ㅤㅤSe calou ao ver a mão dele se apertar mais ao redor do cabo da raquete. Como ela podia cometer esses erros? Todos sabiam que ele não era homem de falar a mesma coisa duas vezes. Não era necessário. Ainda assim, estava ali a menina com vergonha do que suas avós e Isaac poderiam ver mesmo que de um lugar tão superior.
ㅤㅤ⸻ Você precisar entender a balança da vida. Você me fez passar uma vergonha terrível hoje e na frente de todas essas pessoas. ⸻ Só então ela lembrou que a treinadora estava ali, em algum lugar. ⸻ Você me faz passar vergonha, você é punida na mesma medida. Talvez algum dia você verá que essas pessoas que estão te olhando não são iguais a você e só veem a sua fraqueza. Deixe de ser fraca.
ㅤㅤRendeu-se o espírito. Levantou a saia branca, tentando fazer de uma forma que não ficasse tão exposta. Observou o movimento do pai, ele ergueu a raquete quebrava, o que fez ela morder o lábio com a ansiedade da antecipação sabendo que aquela era de fibra de vidro. Ela sabia o que lhe aguardava e, ainda assim, esperava que ele mudasse de ideia. Pensou em implorar piedade, dizer que trabalharia para comprar dez daquela raqueta, porém implorar era um crime para Zhanlan. E só pioraria sua situação.
ㅤㅤ⸻ Algum dia você vai aprender alguma coisa que te ensino, Lei Shu?
ㅤㅤO rosto da menina se contorceu, porém ninguém a enxergou.
a cicatriz não era contínua ou reta, ao contrário. era totalmente assimétrica e falhada em si mesma, demostrando a forma que o golpe foi desferido. na parte superior da coxa é possível ver a maior extensão, avermelhada e profunda. três centímetros abaixo, a cicatriz continua menor, menos profunda e mais angular. dez centímetros a baixo, perto do joelho é possível ver marcas assimétricas que seguem a mesma coloração, porém mais superficiais, com espaços diferenciados entre si. e, por fim, abaixo do joelho um único círculo pequeno que mais parece a cicatriz de uma perfuração.
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task 005 — meet the Lewis, @tbthqs. when the violence causes silence, we must be mistaken.
theme song: the cranberries — zombie.
ROWAN LEWIS — the father
Conhecido por temperamento forte, personalidade difícil e humor irritadiço, este era progenitor de Katherine — que sempre preferiu o chamar assim. Sua família não era natural de Ohio, mas cresceu com sua mãe no estado afastado, com grandes dificuldades na vida que se tornaram seu motor e desculpas. As dificuldades eram mais do que desculpas, elas eram o motivo para que Rowan fosse arrogante e descontasse a vida medíocre, nas palavras dele, em sua esposa e filha. Ninguém nunca entendeu como a doce e cristã Yollanda se apaixonou por um cara tão agressivo como Rowan, nem mesmo como teve uma filha. A vida “medíocre” e “ordinária” se tornou ainda mais banal ao nascimento de sua única filha. Trabalhos braçais, sonhos destruídos e um bebê para cuidar tornaram Rowan ainda mais insuportável… digamos assim. As brigas constantes, as cobranças em cima de Katherine e os hematomas no rosto de Yollanda se tornaram frequentes. A frequência horrorizava a criança que assistia a tudo em sua ingenuidade e fraqueza. Kath, a pequena Kath de dez anos foi quem tomou a iniciativa. Foi quem arrumou as malas e decidiu tirar sua mãe daquele martírio. Seu pai nunca esteve errado quanto à ela: ele criou uma guerreira, e desde pequena ela demonstrou sua força.
YOLLANDA COLLINS — the mother
Nascida e criada na terra de seus pais, Yollanda Collins era tudo que Rowan nunca poderia ser. Extremamente cristã, doce, dedicada e humilde, a moça cresceu dentre as carochas da igreja, educada por sua avó materna. Conheceu Rowan também na igreja, onde se encantou por seu jeito rebelde e irritadiço. O casamento pareceu rápido demais, errado demais… Mas a moça encarou tudo como uma grande aventura, Rowan seria seu herói que a tiraria do marasmo da vida comum. Tudo deu errado após o laço matrimonial. A primeira briga veio, e a segunda, e a terceira, e por fim o primeiro empurrão. O nascimento de Katherine fez tudo que já não dava certo, desandar. As agressões saíram do âmbito verbal e sua filha era a única testemunha de seu martírio. Somente acordou para o que tinha se tornado sua vida quando a pequena Kath resolveu fugir de casa com sua mãe. Ambas, foram abrigadas por colegas paroquiais na Califórnia, onde Yollanda se confinou a seu trabalho de evangelização. Entretanto, Yollanda nunca foi contra o crescimento e ambição de sua filha, pelo contrário. Sempre se dedicou ao máximo para que não faltassem oportunidades para Katherine. Mãe e filha permaneceram unidas com o passar do tempo, sempre apoiando-se mutuamente. Yollanda é o maior orgulho de Kath.
#tw: violência doméstica#tw: violence#𝑤𝘩𝑒𝑟𝑒 𝑛𝑜𝑡𝘩𝑖𝑛𝑔’𝑠 𝑎𝑠 𝑖𝑡 𝑠𝑒𝑒𝑚𝑠 ⌗musing#𝑤𝘩𝑒𝑟𝑒 𝑛𝑜𝑡𝘩𝑖𝑛𝑔’𝑠 𝑎𝑠 𝑖𝑡 𝑠𝑒𝑒𝑚𝑠 ⌗task#𝑦𝑜𝑢’𝑙𝑙 𝑛𝑒𝑣𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑡𝑐𝘩 𝑚𝑒 𝑐𝑟𝑦𝑖𝑛𝑔 ⌗musing#𝑦𝑜𝑢’𝑙𝑙 𝑛𝑒𝑣𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑡𝑐𝘩 𝑚𝑒 𝑐𝑟𝑦𝑖𝑛𝑔 ⌗task#tbthqs.task#tbthqs.task05
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Irmãos de Belo Horizonte, alguém me explica o sistema de PvP dessa cidade?
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tw: morte, sangue & violência.
Depois de toda a movimentação e a correria para acabar com os ciclopes, Yasemin pode ficar um pouco mais tranquila. Talvez não tanto por conta das costelas quebradas, e longe de qualquer vislumbre de água para se curar, precisou recorrer a ambrosia. A missão sequer havia começado e já estava daquele jeito, mas quando acordou horas depois após a montagem do acampamento, se sentiu um pouco melhor. Ainda doía, mas bem menos do que esperava, o que era um alívio. Sair dali agora era uma prioridade. A estrutura podia ser resistente, mas feita por mortais, não iriam segurar a força de ciclopes e se aquele local fosse desabar, a turca preferia estar bem longe. Na frente e guiando o grupo dessa vez, ela procurou apressar o máximo seus passos para saírem dali o mais rápido possível. Yasemin conseguiu identificar o barulho a quilômetros de distancia, eram animais, principalmente pelo cheiro chegando ao seu olfato pouco a pouco. Então o faixo de luz e então a liberdade fora daquelas catacumbas. A entrada parecia interditada, e com razão, mas desfeita em poucos segundos, eles logo saíram do local. O problema foi que em poucos segundos, o ouviu. Estava longe, mas vinha rápido e seus rugidos apenas entregavam quem vinha em direção dos semideuses. Yas até pensou em recuar e voltar, mas seria pior enfrentar aquele monstro nas catacumbas. A ruiva sorriu, animada em matar o Leão e conseguir a pele que sempre desejou do monstro, mas o sorriso se desfez no mesmo momento em que ele atacou Andrina.
Ela rolou para o lado, ouvindo as ordens de Kaito para que distraíssem o leão, sacando o machado e lançando algumas rajadas de fogo provindos da arma no leão. Aquilo pareceu o suficiente para chamar a atenção do monstro, fazendo a filha de Deimos correr entre as jaulas do zoológico o trazendo para lhe seguir, ouvindo os animais expostos naquela parte exposta para o públicos esganiçar e berrar. Felizmente parecia cedo demais para ter pessoas por ali, mas ela conseguiu avistar alguns poucos funcionários correndo. Não sabia o que a névoa estava mostrando, mas não parecia algo agradável. Porém o leão parecia mais interessado em ir atrás das amazonas, por isso sinalizou para Andy e jogou seu machado no leão, levando a atenção momentânea do monstro para a amiga. Yasemin correu para as amazonas carregam as irmãs feridas, e pediu para que deixassem com ela e irem ajudar a amiga e Kaito. Olhou ao redor, em busca de placas e felizmente sorriu ao avistar o que desejava.
Poucos metros dali as jaulas dos leões comuns estavam próximas. Segurando uma das amazonas pela cintura e deixando que o braço dela passassem por seu pescoço, Yas passou a carregar ela enquanto a outra ainda conseguia caminhar, ainda que ferida e em pouco tempo Yasemin invadiu a jaula dos leões. Felizmente sua fisiologia leonina a deixava se comunicar com os felinos ali presentes. ❝ ― Por favor, protejam elas e eu juro que liberto vocês desse lugar horrível! ❞ — Implorou e uma das leoas se aproximou enquanto Yas deixava a amazona que carregava no chão com cuidado e auxiliava a outra sentar num canto com pedras grandes. Sem o machado no momento, ela buscou na própria mochila o bastão retrátil que Kaito havia separado para ela e com um vidro separando os leões do público, a turca o arrebentou com o bastão, garantindo a fuga deles. ❝ ― Vocês poderão sair por aqui, mas, por favor, espere que eu volte e cuide delas! ❞ — Pediu novamente, totalmente ofegante, e estava a prestes a voltar para a batalha. "Mas senhorita... Ela está morta." A leoa falou consigo, o fucinho roçando no corpo da amazona no chão. ❝ ― O-O quê? Não... ❞ — Yasemin balançou a cabeça se negando, e então abaixando no chão para verificar os batimentos cardíacos da amazona. Nada. Ela buscou por ferimentos expostos e ergueu a camisa da amazona para então ver a macha roxa em torno do tórax da garota. Não tinha tanto conhecimento com medicina, mas teve a certeza de que aquilo era uma hemorragia interna. O grupo ficou tão preocupado com primeiros socorros e ferimentos externos nas catacumbas que foi difícil notar aqueles. ❝ ― Não, não, não, não... Por favor, não. ❞ — Chacoalhou o corpo da amazona, tentando praticar um CPR sem muito sucesso. A irmã da amazona notou a movimentação, mas ferida demais para se aproximar ou falar, ficou olhando para Yasemin em busca de uma resposta. ❝ ― Sinto muito... ❞ — Os olhos lacrimejaram ao encarar a garota e declarar num sussurro, e procurou na mochila um pedaço de ambrosia e enfiou na boca da garota apenas para se certificar de que ela ficaria bem e não iria morrer também. ❝ ― Olhem elas, e cuide para que ninguém ou algo chegue perto. ❞ — Levantou de supetão, ordenando para os leões ali presentes que se alinharam em posições de vigilância e ataque.
Yasemin buscou então em sua mochila pelo outra arma que Kaito trouxe para si. Era uma luva de combate pesada com garras retráteis, para ataques a curta distância. Não ia ser muito útil, mas sem o machado e apenas com o bastão simples, que também não seria útil para enfrentar uma besta impenetrável, a turca correu novamente em direção a luta acontecendo. Quando se aproximou, notou as amazonas atirando flechas e mirando na boca do leão. Entendeu na hora que deveria ser o pronto fraco, mas ele mal abria a boca a não ser para rugir e não parava de se movimentar, o que não deixava muita deixa para que acertassem na região. Por um momento apenas observou a briga, engolindo a seco. Não ousaria contar sobre a irmã morta naquele momento ou tudo poderia piorar ainda mais.
Então correu para algumas jaulas e escalando as mesma com a ajuda das garras na luva, a ruiva subiu o suficiente para que conseguissem pular em cima do leão, e quando o fez, se arrependeu no mesmo momento porque se sentiu montando num touro mecânico. Com as garras da luva procurou segurar firme na pele de aço do leão, e se estabilizar o suficiente para que com o bastão, mirasse na boca do mesmo ao ouvir um rugido que mexeu com sua audição ao ponto de lhe deixar desorientada, ainda sim tinha um objetivo e quando acertou a boca do monstro, foi arremessada contra a jaula de alguns babuínos que saíram correndo aos berros. Definitivamente estava arrebentada de vez e com mais costelas quebradas depois do tombo, e talvez o tornozelo ruim também pois não conseguiu se levantar de primeira em meio aos cacos de vidro. Conseguiu sentir o cheiro de sangue dos próprios ferimentos, mas preferiu não os localizar. A adrenalina lhe enganaria até que a luta se encerasse. Se é que iam sair dali. Caminhou mancando para fora da jaula, e encontrou seu machado, o segurando novamente firme em suas mão. Agora sem o bastão e de volta com sua arma, poderia se garantir melhor embora seu estado não fosse dos melhores. Como desejou que estivesse do outro lado do zoológico com animais marinhos para se curar na água. Enquanto voltava para o centro da luta, avistou @kaitoflames, desejando que seu plano estivesse dando certo.
aproveitando a deixa de yasemin, moveu-se rapidamente até onde o ciclope se encontrava atordoado pelos terrores impostos por ela. tinha uma parcela de tempo curta até que o ciclope remanescente viesse novamente importuná-lo, e uma perna semi-funcional após ser acertado em cheio por um soco que, com toda certeza tinha o intuito de quebrá-la. agora, o dito ciclope estava sendo importunado por pássaros de fogo. não iam feri-lo, mas certamente podiam atordoá-lo. e isso o dava a chance de finalizar seu irmão inconveniente. cansado de ter cuidado, apressou-se a ponto de sentir incômodo: uma pontada contínua que só parou quando a adrenalina se sobrepôs. com a corrente acesa, pulou nas costas do ciclope, a enrolando ao redor do pescoço e apertando. imediatamente o monstro começou a se debater, em agonia, acertando kaito contra a parede, o que fez uma parcela considerável de rochas cair sobre ambos. mesmo assim não afrouxou. não muito depois sentiu o corpo do ciclope amolecer, e então não havia mais corpo.
à sua frente, viu o último ciclope encará-lo com pesar e muito ódio. não quis perder tempo, usou a corrente mais uma vez, mirando na mesma perna que era correspondente à sua. ambos pareciam cansados. a corrente acertou, e a puxou para frente. escutou o barulho dos ossos. em contrapartida, o viu saltar com os punhos cerrados pronto para lhe esmagar. se jogou para o lado e acabou perdendo a corrente. o ciclope se aproximou. tanto que conseguia sentir o vapor quente de sua boca, bufando. não tinha mais arma, e o bicho era resistente ao fogo. sorte sua ter visto a flecha de uma das amazonas perdida ao alcance do braço. a agarrou, acertando o olho do ciclope. imediatamente o escutou gritar. e então, acertou mais uma vez. e mais outra. e outras inúmeras. observando que não havia mais possibilidade de que ele enxergasse, se ergueu, com cuidado para não ser acertado e então foi até sua corrente, o finalizando da mesma maneira que fez com o outro.
não havia mais perigo. procurou por sua equipe imediatamente para se certificar de que estavam todas bem e vivas. agora sim a dor na perna havia voltado, mas fez o possível para manter-se de pé, reto. as amazonas estavam todas juntas, as quatro estavam vivas. acabou sorrindo de leve. novamente sentia a gratificação de sua missão pessoal, como era ao fim de toda jornada de trabalho, no mundo mortal mesmo. se conseguia ajudar a salvar vidas isso era o que mais importava no fim das contas. ❛ vamos sair daqui. ━━━━━ falou, apontando para o claro rompimento acima de suas cabeças. não era seguro estar ali. porém, antes de realmente saírem, foi até onde o velho pergaminho estendido estava pendurado, e o pegou para si, o colocando dentro da mochila. seja lá o que estavam fazendo, queria estudar mais sobre. talvez pudesse fazer uma cópia nas forjas quando retornassem ao acampamento.
pedindo que yasemin indicasse o caminho, pediu a andrina que ficasse próxima das amazonas caso algo atrás delas os alcançasse. mantinha-se mais próximo do começo da fila – já que naquela parte só podiam passar no máximo dois a dois. sentiu que já estavam caminhando há uma hora quando escutou grunhidos vindos de trás. quando olhou para trás, notou que uma das amazonas sequestradas parecia pior do que a outra. precisava encarar a realidade, não iam aguentar voltar todo o percurso sem parar para descansar. sugeriu que montassem acampamento num espaço maior, repartindo quem ficaria de guarda. ele próprio precisava de ambrósia. sua perna não estava boa, definitivamente. enquanto estava sentado no acampamento, ofereceu-se para tentar ajudar os demais feridos. não era um curandeiro, mas sabia o básico de primeiros socorros. novamente trouxe à tona a possibilidade de que as amazonas os ajudassem. elas não pareciam se opor, mas apenas duas. as outras duas deveriam ir para casa. kaito entendia, e, na verdade, já era grato o suficiente por ter um pouco mais de pessoas em sua equipe.
cerca de cinco horas depois, todos pareciam prontos para ir e havia uma melhora considerável com a ajuda da ambrósia. na última hora havia estudado o mapa com andy, yas e uma das amazonas, então tinham um direcionamento melhor de onde sair de maneira segura, sem que mais monstros cruzassem seu caminho. portanto, com tudo arrumado, estavam novamente seguindo os instintos de yas. dessa vez pediu que @andrvna fosse junto dela, na frente, enquanto ficava por último para se certificar de que nada os seguiria. e a luz ficava melhor dividida também. na frente havia a lanterna, e atrás usava seu poder para que fossem seguidos por uma tocha. tudo parecia sob controle, mas, lá da frente, conseguiu sentir uma movimentação diferente. parou como o restante da fila, para prestar atenção no que estava acontecendo.
#❛ — 𝐚 𝐤𝐢𝐧𝐝 𝐨𝐟 𝐩𝐚𝐧𝐢𝐜 ⠀ ;; mission⠀ ⛧.#w: kaitoflames.#w: andrvna.#tw: morte#tw: sangue#tw: violência
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THE LAST SOUL || WORST MISTAKE POV || TASK 2
@tbthqs
Houve três grandes momentos na vida de Vincent Kingsley que mostraram às pessoas ao seu redor o quão ele era capaz de estragar qualquer ideia positiva que podiam associar à sua imagem.
O primeiro foi durante seus anos iniciais na UCLA. Tinha as expectativas dos avós, imaginando que ele seria um bom estudante dedicado; tinha as expectativas das pessoas que acompanharam o final de sua adolescência nos vlogs dos pais, que imaginavam sua personalidade doce e alegre como nos vídeos; e tinha a expectativa dos educadores da universidade, esperando que alguém da família Kingsley, sobrenome que ano após ano assinava tantos cheques gordos em prol da produção científica, honraria o nome e o título da universidade.
Provou que todos estavam errados a cada grosseria nova, a cada ameaça, a cada vandalismo, a cada chantagem, a cada enrascada que escapava sem consequências, a cada coração quebrado, a cada reunião com professores e supervisores que lhe era implorado para melhorar um pouco, sendo que era somente aquilo que podiam fazer, pedir. Vincent não era gentil. Ele era intocável.
O segundo foi no enterro do namorado em 2014. Quando a notícia da morte do carismático jogador de futebol se espalhou, as expectativas em si eram que seria um bom namorado e respeitaria a memória do rapaz o qual ocupou um papel tão importante em sua vida nos últimos quatro anos. Era suposto que seria um bom amigo para os que conviveram com eles nos últimos anos, permitindo-se tanto se apoiar nos ombros oferecidos quanto também ser um ponto de conforto para os que sofriam a perda. Pelo menos, pelo mínimo menos, que seria um bom agregado e prestaria apoio à família do atleta, que havia perdido mais que um companheiro: um sobrinho, um primo, um filho amado.
Provou que todos estavam errados quando se afastou de tudo e todos, entregando silêncio e frieza onde se esperava um resquício de afeto. Não trocou uma palavra sequer com os pais do rapaz no funeral; sequer se sentou perto deles. Na verdade, nunca mais se prestou a entrar em contato com algum deles. Nunca mais mencionou o nome do namorado sem ser para diminuir o relacionamento que tinham, que "nem era tão sério assim", que "não pensava tanto nisso". E, claro, se retirava de toda e qualquer conversa que sequer começava a mencionar o garoto, se recusando a responder qualquer pergunta.
Quando se consegue arruinar a visão que sua família, seus amigos, seus superiores, seus colegas de estudo e futuros colegas de trabalho tem de você, que alma mais sobra para decepcionar?
No terceiro momento, Vincent descobriu que a última alma restante era ele mesmo.
TRIGGER WARNING: gore, descrição explícita de ferimentos graves, descrição de cirurgia
A escolha da residência em cirurgia plástica não teve motivações monetárias ou de prestígio por trás. Dinheiro tinha aos montes e o prestígio social a profissão por si só já entregava pelo título, qualquer especialização lhe serviria. Quis ser cirurgião plástico por ter genuinamente se interessado tanto pela teoria quanto pela prática. Durante o ciclo que passou na emergência hospitalar, se sentiu bem trabalhando sob pressão constante e gostava de acompanhar a resolução de casos específicos. Parecia, então, óbvio. Definitivamente havia sido uma escolha muito bem acertada, pois a cada ano que completava a residência sentia-se cada vez mais satisfeito com a vida profissional.
Vincent sabia que era capaz de estragar qualquer boa concepção que alguém tinha de si depois de conhecê-lo de verdade, mas aquele não era o caso dos seus pacientes. Eles o olhavam com gratidão genuína, choravam segurando suas mãos e alguns até o diziam que era "um anjo" e que "Deus o havia colocado nos caminhos deles". Eles não precisavam saber, não precisavam o conhecer. Aquilo parecia equilíbrio bom o suficiente para ele: a confiança cega dos seus pacientes em troca da incerteza de todo o resto.
Até praticamente as semanas finais da residência jurava de pés juntos que seguiria no ramo de reconstrução facial. Tornava-se cada dia mais um cirurgião habilidoso, e por meio das conexões dos avós conseguia os contatos certos para entrar nos times certos dos médicos certos para construir um currículo invejável de casos atuados. Trabalhou por muito tempo dentro dos corredores da emergência associado por mentes médicas brilhantes da UCLA, e gradualmente era envolvido cada vez mais em tratamentos a longo prazo e cirurgias com foco na reconstrução da face pós trauma. Sim, teve muitas portas abertas para si com facilidade, mas seu interesse e sua habilidade eram inegáveis. Com a experiência personalizada para sua zona de conforto, então... O sucesso fluiria como água.
Falassem bem (menos frequente) ou falassem mal (mais frequente) de Vincent Kingsley, não era possível negar que ele se formaria um excelente cirurgião. Tão excelente que emendava um plantão no outro, muito mais visto nos corredores dos hospitais quando não estava em aula do que em literalmente qualquer outro lugar.
Em determinada noite, estava no fim de um plantão duplo. Passou as últimas 22 horas acordado e havia atuado em duas cirurgias já marcadas que haviam corrido muito bem. Anunciou ao médico supervisor que iria utilizar o horário de descanso, como mandava a legislação, e parecia que encerraria a noite como sempre. No entanto, mal havia chego na área designada quando começou a correria dentro do hospital. Um acidente feio, era o que foi dito, precisavam de todas as mãos disponíveis. Colisão frontal de veículos: um carro com três adolescentes voltavam de uma festa embriagados e se chocaram na contra mão contra uma van de família que retornava de viagem; um pai, uma mãe e três filhos de 14, 12 e 8 anos, nenhuma das crianças devidamente seguras no banco de trás. Todos os envolvidos estavam gravemente feridos, mas Vincent se lembra dos detalhes de apenas dois acidentados: Primeiro, o pai, por seu filho mais velho sentado atrás de si tê-lo empurrado com tanta força na hora do impacto que o airbag estourou contra todo o colo superior. O cinto de segurança do homem também havia queimado e cortado o peito; Vincent se lembra particularmente da visão do plástico derretido grudado à pele enquanto o homem era retirado da ambulância, e do cheiro de borracha e carne queimada preenchendo o ambiente. Segundo, era a criança mais nova que havia sido arremessada contra a janela da frente e ficado cheio de estilhaços por todo o rosto.
Era sempre em madrugadas como aquela que estavam com menos pessoas que o normal. Menos médicos, menos enfermeiros, menos residentes com experiência, menos, sempre menos. O médico do setor responsável foi dividindo as equipes dos profissionais disponíveis entre os pacientes, apontando um cansado Vincent não apenas conduzir a cirurgia na criança. Até tentou argumentar contra aquela escolha, mas o estado dos outros acidentados estava muito pior. A criança estava desmaiada pelo choque, foi estabilizada na ambulância, e para além dos ferimentos do vidro no rosto, era a com menos ferimentos externos que demandavam cuidado imediato. Não havia opção. Tinha um trabalho a fazer.
A equipe que lhe foi concedida era composta de ótimos profissionais capacitados, mas estava longe de ser a ideal: não havia um pediatra (alguém já entrou em contato com o doutor...? Diga para vir imediatamente!), muito menos um residente. Para terem mais detalhes do estado da criança, a equipe fez uma tomografia do crânio, um ultrassom abdominal e uma radiografia da coluna. A radiografia veio normal, a tomografia apontou uma fratura no crânio não deslocada (um alerta significativo, mas realmente não tão urgente quanto outros acidentados), mas o ultrassom detectou hemorragia interna dos órgãos lesionados durante o impacto. Precisavam operar. Precisavam agora. Preparem a sala. Uma ortopedista recém formada, preocupado com a fratura, perguntou a Vincent se as imagens dos exames rápidos já eram suficientes; falava de outros e outros exames que precisavam realizar antes de levá-la para a mesa cirúrgica. Por garantia. Sem paciência, e se sentindo desafiado pelo questionamento do outro profissional, Vincent rebateu que sabia o que estava fazendo, que tinham um objetivo ali e agora. Já havia participado de cirurgias piores, e mais urgentes, e talvez ela não havia lidado com emergências o suficiente para compreender a ordem das prioridades. Operariam.
A hemorragia havia acabado de ser estabilizada por um outro colega da residência cirurgia quando Vincent, focado na remoção dos cacos de vidro do rosto da criança, começou a perceber que a situação era muito pior do que inicialmente os exames haviam apontado. Na tomografia não foi identificado o quão profunda era a real lesão ocasionada principalmente nos globos oculares do pequeno. Conforme manejava o instrumento notava cada vez mais fragmentos em regiões delicadas, chegando finalmente na parte dos olhos. Demais. Tinha demais. Algum oftalmologista de plantão? Era muito grave. Vincent nunca tinha lidado com algo tão complicado antes. Precisavam de alguém mais experiente, precisavam agora. Percebeu que quando esteve de frente com situações complicadas ou muito específicas, tinha ao seu lado um time preparado e qualificado para o caso que estavam tratando. Ali? Era uma criança, e não tinham possibilidade de se comunicar com a família. Responsável. Estava com sono. Precisava agir.
Enucleação, o outro colega cirurgião sugeriu. Não tem como salvar. Isso era decisão pra tratar com a família. A família também está sendo operada. Vincent sentia o esforço adicional para manter firme o metal da pinça cirúrgica. Como coube a ele a decisão de remover ou não os olhos de uma criança que era saudável até poucas horas atrás? Ele era muito desconectado dos seus sentimentos, mas ainda era humano. Um humano em pânico, e muito cansado.
Respirou fundo, tentou se controlar. Os danos causados eram mesmo irreversíveis, os dois cirurgiões e a ortopedista concluíram após uma breve discussão. A chance de infecção era altíssima, a dor que o pequeno enfrentaria para o resto da vida seria pior ainda. Precisavam remover. Vincent precisava, era o que teve mais experiência nisso. E precisava operá-lo logo, a ortopedista o relembrou como antes ele havia feito com ela. Inspirou, expirou.
Era um bom cirurgião. Teria sucesso.
A remoção foi complicada mas foi feita na melhor das capacidades que reuniu no momento. A adrenalina corria tanto pelas suas veias que a sensação se assimilava a corrente elétrica alimentando um circuito. Automático. Precisava operar. Precisava. Um enfermeiro informou que a pressão intracraniana sofria um aumento alarmante. Hemorragia intracraniana? Possível. O traumatismo. Havia um neurocirurgião que estava auxiliando a equipe com o pai da criança. Que alguém o buscasse urgente, oras. Inspirou fundo, mas os pensamentos não conseguiam mais ser tão cristalinos, fosse pela urgência que tornava o caso cada vez mais complicado, fosse pela falta de descanso que o fazia acreditar nas decisões precipitadas que ele mesmo formulava. O neuro chegou. Ele pareceu hesitante ao notar o residente trabalhando na remoção dos olhos da criança. Vincent ouviu um comentário que estava fazendo um trabalho terrível, não soube se veio do profissional mais qualificado ou de alguém o relatando. Não importava. A criança, por favor. O neurocirurgião começou a trabalhar. O som da serra contra o osso do crânio era tão alto que por anos Vincent o escutava perfeitamente se fechasse os olhos e relembrasse a situação. O neurocirurgião fez as técnicas de palpação necessárias na massa encefálica exposta. Edema. Edema? Não foi apontado na tomografia. Sentia os olhos da ortopedista o fuzilando. O neurocirurgião começou a remover o tecido cerebral lesionado... Era delicado demais, o trauma foi grande demais para aquele corpo pequeno. Vincent não se lembra quanto tempo depois foi declarada a morte, quantas horas havia ficado em pé operando. Se lembra de ter saído da sala e escutado que a situação do pai da criança também havia piorado. Precisavam de mais ajuda. Onde estava o neurocirurgião?! Na outra sala. O residente o chamou, a situação da criança... Sem tempo para explicar. Vincent devia ir também, agora como auxiliar. O mais velho fraturou a coluna, não se lembrava quais vértebras, mas os pulmões estavam perfurados. Medula espinhal lesionada, era por isso que o neurocirurgião estava acompanhando antes. O zumbido nos ouvidos de Vincent continuava, e também não se lembra quanto tempo ficou ali até que o pai também fosse declarado morto.
Saiu da sala de cirurgia, fez as higienes necessárias e anunciou que precisava dormir com urgência. Se dirigiu ao quarto designado e dormiu sem conseguir descansar por pouco menos de três horas antes que fosse acordado. Era a ortopedista. A mãe estava pedindo por notícias do marido e do filho mais novo. Vincent era o responsável (do jeito que a colega falou, não parecia significar apenas o responsável da cirurgia), então que ele devia ir. Não se lembra do caminho que fez até o quarto onde a mulher e as outras crianças sobreviventes estavam internadas. Ao lado do médico responsável pela cirurgia do marido, deu a notícia na melhor das suas capacidades.
Sabia que não eram as notícias que qualquer um naquela situação gostaria de ouvir, que não encontraria nos olhos dela a gratidão que viu nos outros. O que não sabia era que mesmo assim encontraria outra expressão familiar, uma que nunca esqueceu mesmo a tendo presenciado de longe há mais de meia década atrás. Encontrava ali lágrimas de dor e o vazio do luto de uma mãe, lamentos que jamais seriam transcritos em palavras tão bem o encarar do cruel opaco das íris que ressaltava a dor de uma perda indescritível. Se Vincent fosse religioso, acreditaria que ali era Deus o forçando a pagar pelos seus pecados de negligência, o forçando a encarar os mesmos olhos dos quais fugiu e evitou como praga até então.
Daquela vez, não desviou o olhar.
No instante que colocou os pés para fora do hospital, Vincent decidiu que abandonaria sua vocação para trabalhar com casos de trauma, independente se associados à emergência ou não. Aceitaria a oferta da avó para montar sua própria clínica de cirurgia plástica, reavaliaria a oferta de unir-se em sociedade com um colega da graduação, esqueceria das convicções que eram praticamente lei até então. Covarde, sim. Indo pelo caminho mais fácil, sim. Queria dizer que não se importava, como sempre, mas doía tanto, tanto, tanto. Por um tempo não conseguia raciocinar e organizar as palavras certas para descrever o que sentia. Só depois percebeu que ele próprio lidava com um luto particular: o de arruinar boas expectativas e esperanças que tinha dele mesmo. Havia deixado para trás, junto da criança, junto do pai e junto da família destruída, a última restante alma que acreditava nele; a sua própria.
Era assim que os outros se sentiam ao seu lado?
É. Vincent não tinha mais salvação. O equilíbrio que tentou buscar no meio dos erros escapou de seus dedos, e agora estava no passado. A única coisa que lhe restava era aceitar o destino, aceitar sua imutável natureza desconfiável, e seguir em frente.
#provavelmente descrevi essa cirurgia e termo medico e o raciocinio do pessoal no hospital tudo errado e fora da realidade mas dei meu melhor#tbthqs.task#tbthqs.pov#tw sangue#tw gore#tw cirurgia#tw violência
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