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tatabitat · 5 years

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Todo final de ano, eu sigo um ritual de reset (redefinir, em inglês), uma forma de preparação para o ano que está por vir. Faço isso desde o Ensino Fundamental II, que foi quando o nível de dificuldade escolar começou a aumentar, ou seja, mais fichas, ementas, trabalhos, testes, provas e os sete mares para guardar.

"Guardar": entocar essas folhas em todos os cantos possíveis do meu quarto.

Naturalmente, a poluição visual que aquele acúmulo todo gerou, somada à elegante decoração do meu quarto de pré-adolescente (paredes rosa choque, tapadas quase que inteiramente por pôsters da Todateen, embalagens vazias de perfume e tudo e qualquer coisa relacionada a Harry Potter e Jogos Vorazes) - me deixou doida. Eu literalmente contava os dias para o último semestre acabar e, então, poder me desfazer de tudo. Todo final de ano, lá estava eu descartando o material que já não tinha mais serventia para mim: parte dos livros dava para a escola reutilizar, outros doava para instituições externas e, as pilhas de papel, levadas diretamente para a reciclagem (o que tornava o desapego ainda mais prazeroso).

Esse processo sempre me trouxe muita leveza e satisfação. É como deixar um casulo para trás; ele já cumpriu com a sua utilidade. Não tem por quê eu carregar a carcaça por aí.

Com o tempo, fui descobrindo novas coisas e me conhecendo melhor. A pessoa que sou hoje mantém apenas o essencial, ou seja, definitivamente não gosto de levar adiante resquícios sem propósito do ano que estou deixando para trás (até falei disso, de forma bem lírica, no post de ontem). Quanto menos bagagem, mais liberdade para as transformações necessárias na vida - como vou crescer, se estiver apegada ao passado?

Você deve estar achando que eu sou muito dramática (e sou mesmo rs), mas é que desapegar é realmente revigorante; essencial para nos transformarmos; sairmos da caixinha, da zona de conforto, ou seja lá como você fala! É tudo a mesma ideia. Não há alteração de estado se não a causarmos.

Mas, enfim. Chega de romantização. Vamos à prática!

Acho que posso dizer que o tripé do meu ritual é, em ordem, Desapegar, Reorganizar e Transformar. Os 3 se interligam.

Desapegar - para desobstruir novos caminhos/perspectivas e filtrar o que vou levar comigo para o ano seguinte;

Reorganizar - nossos ambientes e pertences precisam estar sempre sincronizados (funcionalmente) com quem somos naquele momento, de modo a nos atender e não nos atrapalhar. A reorganização após o descarte ajuda a manter essa sincronia.

Transformar - após ressignificar meu espaço e meus pertences, eu paro para refletir sobre a pessoa que eu quero ser e o que eu quero conquistar, para, então, fazer acontecer.

As dicas que eu vou passar agora com certeza não servem para todos 100%, afinal, são tarefas específicas que me ajudam a começar o ano da maneira que eu gosto. Espero, porém, que te inspirem a criar o seu próprio ritual!

➞ 1. Descarte & Desapego

*Vale dizer que eu realizo descartes ao longo dos meses pois já virou costume, mas, mesmo assim, o final do ano é a época em que eu me dedico de verdade a analisar o que eu quero manter. Não é sempre que eu consigo ou tenho vontade de decidir qual destino dar a certa coisa, então só ponho no fundo do armário tiro do meu campo de visão até Dezembro me pressionar a fazer uma escolha rsrsrs.

Abrindo espaço

Descarte seus papéis - por partes. escolha uma área de cada vez. comece por uma pasta, siga para uma gaveta etc. Não façam que nem eu, que impulsivamente tiro tudo dos armários de uma vez só e espalho pelo chão do quarto todinho, só para ligar super estressada para o meu namorado pedindo suporte emocional para lidar com o caos;

Desapegue de suas roupas, sapatos etc. Dedique um tempo para experimentar suas roupas e ver não apenas o que serve, mas o que você realmente usa. Aquilo que você não quer mais e ainda está em bom estado, doe. Há muitas pessoas que dependem de chinelos doados para não ficarem descalças, além de muitas instituições de caridade se manterem através de bazarzinhos das roupas doadas. Paralelamente, aquelas peças nas quais você investiu mais (como trajes formais), e, por algum motivo, não tem mais serventia, considere vendê-las;

Doe os brinquedos que estão esquecidos pela casa. Pense nas crianças que poderiam estar brincando com eles!

Faça uma limpa dos seus cosméticos. É muito fácil perder a noção de há quanto tempo temos um certo esmalte ou maquiagem. Parece que eles foram comprados recentemente, mas aí você vê a embalagem e tá lá ‘’validade 2014′’. Descarte os vencidos e, então, arrume um destino para aqueles que estão bons, mas que você não usa. O descarte de vencidos serve para medicamentos, também.

Faça uma limpa da sua geladeira e armários da cozinha. Eu tenho terror de cozinha mal organizada!!! Aqui em casa, eu que jogo a comida estragada fora, guardo as das panelas nos potes, enxugo as louças para botar no lugar e arrumo os armários. Tudo isso é essencial para me manter on track (comendo direito, sem passar horas sem comer ou gastando dinheiro desnecessário com delivery);

Apague as fotos inúteis do seu celular e mantenha as memórias importantes. Memes, prints, as 600 selfies zoadas que tiram quando você não tá olhando, as outras 600 fotos idênticas que você tirou mas não consegue escolher uma: você precisa mesmo de tudo isso? Ou melhor, você ao menos lembra que elas existem? Selecione as imagens que realmente significam algo para você. Chega de notificações de armazenamento cheio! 🤩 → para os estudantes de plantão, aproveitem que o ano acabou e façam a limpa daquelas fotos todas que vocês tiraram da matéria e nunca nem olharam kakaka.

Passe as fotos importantes para o computador e, então, apague-as da galeria do celular. Comece o ano com uma galeria de fotos vazia! + quando eu era mais nova, importava as fotos pro pc todo final do mês, porque tudo separado por pastas mensais facilitava na hora de procurar algo específico;

Faça uma limpa dos arquivos do seu computador. Isso é uma coisa que exige tempo e paciência (e dificilmente é feito em um dia), então sugiro que você esteja bem desocupado quando for fazer (ou dedique um pouquinho do seu tempo a cada dia). Eu mesma, quando fiz a minha, no meio do processo cansei de ficar abrindo pasta por pasta e apaguei tudo sem olhar. Não me arrependo.

Faça uma limpa dos seus e-mails e, se puder, vá cancelando suas inscrições (no final dos e-mails automáticos, lá nas letrinhas pequenas, geralmente tem uma opção escrito cancel subscription/cancelar recebimento automático/descadastrar da lista de e-mails ou algo assim). Assim, sua caixa de entrada não vai voltar a ficar lotada de e-mails inúteis e você não vai perder aqueles importantes;

Apague suas conversas do whatsapp. Entendo que tem uma ou outra que você vai querer/precisar guardar, porém, quanto mais cedo você se acostumar a não mantê-las, melhor.

ACABE DE UMA VEZ COM A SUA GAVETA DE TRANQUEIRAS! Enfrente-a. Se você não sabe o que tem lá dentro, então não é importante o suficiente a ponto de você lembrar do que existe nela. Desobstrua o espaço para que você possa dar uma nova função a ele!

➞ 2. Reorganizando & Ressignificando

Essa é a hora de parar e olhar para todo o espaço que você desobstruiu. Você perceberá que o espaço físico (e digital) que foi liberado ajudou a desacelerar a sua mente, pois, agora, você tem controle da bagunça que antes te controlava. Durante a primeira etapa, você se deparou com várias coisas antes esquecidas e/ou perdidas - e que não podem ser perdidas! É possível, também, que a vontade de comprar certas coisas tenha morrido e você tenha descoberto novas formas de utilizar aquelas que você já tem. Quando eu falei que abrir espaço é bom, eu quis dizer em todos os sentidos. Ao dispor os seus pertences e analisá-los, ou seja, tomar ciência deles, você abriu a sua mente para uma nova forma de enxergá-los. A segunda etapa*, portanto, é reorganizar e ressignificar com base na sua nova visão.

*Lembre-se que o seu espaço tem que combinar/se conectar/estar em harmonia com a pessoa que você é, ou seja, os métodos que eu adotei para mim podem não funcionar para você. Por isso, é preciso que você utilize seu autoconhecimento para encontrar a disposição que melhor lhe convém.

Em sintonia com o seu espaço

Identifique os elementos que tiram a sua paz. Ao longo do tempo, percebi que, quanto mais '’decoração’’ (entre muitas aspas) no meu quarto, mais inquieta fico. A quantidade gigantesca de informação visual não apenas me distrai como, também, me paralisa. Não consigo fazer nada se meu quarto estiver ‘’cheio’’ - para onde olhar? O que vim fazer aqui? Onde botei x coisa? Fico com vontade de fugir para não lidar com o caos. Por isso, conforme fui crescendo, tirei os pôsters das paredes rosas (que viraram cinzas), o número de almofadas da minha cama foi diminuindo até sobrar nenhuma, parei de colecionar e expor todo e qualquer tipo de coisa, e assim foi...

O seu espaço de trabalho deve ser o mais desobstruído possível. Gosto muito de desenhar, então até ano passado eu dispunha pelo menos 70% do meu material de arte em cima da minha bancada de estudos. Isso me incomodava muito, porque eu preciso!!! de espaço para estudar (sou aquela que se cerca de cadernos e livros abertos). Reclamava direto pra minha mãe que a mesa não era grande o suficiente (é grande sim) e patati patatá, até que ela disse a coisa mais besta que mudou a minha vida: ‘’Você realmente usa todo esse material em cima da bancada? Deixe à mão somente aquilo que sim e guarde o resto’’. E foi isso que eu fiz. O essencial do essencial está exposto (bem discretamente) e o resto está numa gaveta próxima a mim (de modo que, mesmo não estando à vista, continua rapidamente acessível caso eu precise de algo).

↳ vou aproveitar e dizer que, quando fiz isso (reorganização e ressignificação), precisei liberar espaço para o material que eu não usava todo dia (através do descarte). A partir daí, pude utilizar o espaço liberado para tornar o meu ambiente verdadeiramente funcional (sincronizado com as minhas necessidades).

Designe lugares fixos para seus pertences. Agora que você tem ciência do que possui, já pode estipular onde eles vão ficar. Isso vai te ajudar a abandonar o hábito de enfiar as coisas no nicho mais próximo e, consequentemente, irá perdê-las muito menos. Além disso, por saber aonde elas estão, acessá-las ficará muito mais fácil. ➞ ex: guarde documentos em uma pasta de papéis importantes. Já essa pasta, guarde em um local que você determinou ser para pastas e arquivos.

➥ Acomode seus itens de modo a manter a funcionalidade e praticidade da sua rotina. Não usa no seu dia a dia? Não tem porque ficar à mostra ou ocupando o espaço de um artigo que precisa ser acessado sempre. Guarde aquilo que você não utiliza e mantenha à mão o que constitui a sua rotina.

Etiquetas são grandes aliadas. Aquela pasta de papéis importantes que eu falei? Tasca-lhe uma etiqueta escrito DOCUMENTOS IMPORTANTES. E, se precisar de algo ainda mais específico, ponha outra que informe o conteúdo dentro (ex: certidão de nascimento, cópia autenticada de sei lá o que etc.). Assim, você: não ficará em dúvida de onde guardar as coisas; não vai se perguntar onde elas estão e não vai precisar tirar tudo do lugar para checar se algo está ali, já que tem uma etiqueta listando o conteúdo! :D

Organizadores também! Escute bem: antes de tudo, só porque o nome do negócio é ‘’organizador’’ não quer dizer que, por usar um, as coisas estão organizadas. Tem gente que compra organizador sem uma necessidade real, pois o que elas tentam fazer é encontrar um lugar para guardar tudo o que têm, sendo esse o problema. Se você tem muitas coisas, é provável que o que você esteja tentando organizar nunca realmente fique em ordem. Isso porque, não importa quantas cestinhas e organizadores de acrílico alguém tenha, a grande quantidade de coisas no geral vai resultar em um aspecto desorganizado (a famigerada poluição visual). Por isso a primeira etapa desse ritual é tão importante. Descartado o desnecessário, você pode comprar os organizadores certos para o que ficou. :)

Identifique o que contribui para os seus maus hábitos e busque estratégias para acabar com eles. Eu, por exemplo, quando volto da rua, não guardo a roupa no armário (pois ela não está exatamente limpa) nem ponho para lavar (pois ela não está suja o suficiente para ser lavada), o que a deixa num limbo. Esse limbo (um deles, na verdade) antes era a minha cadeira, o que fazia a minha mãe ficar no meu pé (’’Tamara, você deixa as suas roupas espalhadas por aí blablabla’’). Para solucionar o problema, instalei ganchinhos na parede do meu quarto, que agora uso para pendurar essas roupas.

Identifique os focos principais de visão da sua casa/trabalho e utilize-os a seu favor. A memória da pessoa com TDAH pode ser, no mínimo, bem vacilona. Por isso, uma boa adaptação é manter as coisas importantes no seu campo de visão. Da mesma forma que utilizamos um post-it como lembrete e o colamos num lugar para o qual sabemos que vamos olhar, é isso que você tem que fazer com os pontos de visão que você identificar. Algumas das minhas estratégias são: para não perder ou esquecer minhas chaves, eu as penduro ao lado da porta. Para não esquecer dos meus compromissos, tenho um calendário colado no painel da minha cama, pois é um ponto para o qual meu olho é sempre atraído, assim como, ao lado do calendário, tenho um pedaço de adesivo de quadro negro, escrito ‘’Essa Semana’’. Nele, faço uma checklist de todas as tarefas que eu tenho que resolver até o final daquela semana. Utilizo o mesmo adesivo para fazer a checklist das coisas que eu sempre tenho que levar na bolsa. Ela, porém, fica atrás da porta do meu quarto; o melhor ponto para eu consultar antes de sair de casa. Identifique seus pontos e use-os!

Pegue um momento para fazer uma lista ou planilha de coisas importantes que você costuma esquecer ou que são fáceis de se perder o controle. Logins, finanças (ex: parcelas, dinheiro devido, salário, despesas), assinaturas com renovação automática, matrículas, mensalidades, prazos, projetos, encomendas... Reúna tudo em um caderno/fichário (ou no que preferir), para que você comece o ano tendo noção e controle da sua vida. (E, sim! Estou montando planners específicos para essas coisas! 💕).

Por último, procure manter esta organização. Isso não quer dizer, porém, que é para nunca mais revê-la ou alterá-la. Como pessoas -sempre em transformação - é natural e necessário que nosso ambiente acompanhe nossas mudanças, ou seja, eventualmente você terá que rever uma estratégia ou outra para manter a harmonia e funcionalidade do seu espaço.

➞ 3. Planejar & Transformar

Oof. Bastante coisa para ler e fazer, né? Boa notícia é que estamos na última etapa, e ela é a menor e quase que totalmente teórica! Má notícia, no entanto (se conheço bem meu povo ansioso), é que nenhuma transformação é da noite para o dia.

Todos os passos das etapas anteriores servem como uma forma de dar início à ‘’transformação maior’’, aquela que vem à cabeça quando fazemos as resoluções do Ano Novo.

Sendo assim, essa tal ‘’transformação’’ nada mais é que o resultado de todas as mudanças que você se propôs a fazer de modo a conquistar as suas metas.

Essas mudanças, por sua vez, vão te exigir consistência, disciplina, perseverança e planejamento. Como eu disse antes, nenhuma transformação é imediata; o processo é lento e gradual - e só vai acontecer se você realmente se comprometer.

Agora, mais reflexão!

São muitas perguntas, mas aqui estão algumas:

Quais planos você tem para esse novo ano?

O que precisa ser feito para eles acontecerem? Escreva um passo a passo bem detalhadinho para cada um deles. Etapas vagas como ‘’entrar na academia’’ dificilmente movem uma pessoa com TDAH. Tente algo tipo ‘’pesquisar no Google academias próximas à mim; fazer uma lista das mais bem avaliadas; checar o espaço e as atividades; checar os horários e a mensalidade etc’’. Fica mais fácil de fazer acontecer.

O que te faz se sentir bem e equilibrado? Ter oito horas de sono? Fazer aula de dança? As coisas que garantem a manutenção das suas saúdes mental e física não podem ser negligenciadas de jeito nenhum. É extremamente fundamental que você designe um tempo a elas, sem desculpas. Eu já aprendi que a atividade física é uma das peças-chave para o meu equilíbrio. Ano passado, eu ia para uma academia em outro bairro só porque ela tem uma aula de funcional que ajuda a minha ansiedade como nenhuma outra. Eu até tentei umas aulas de outros lugares aqui perto, mas nada era tão efetivo. Por isso, todos os dias eu me planejava para conseguir ir. Esse ano, porém, não vou poder, mas já busquei outra alternativa. Mesmo que não seja da maneira que eu quero, é o que eu posso ter, e deixar de me exercitar não é uma opção.

O que você enxerga de autossabotagem? O que pode fazer para combatê-las? Eu, por exemplo, facilmente esqueço de comer por hiperfocar nas minhas atividades. Além disso, não gosto de comer alimentos com baixo valor nutricional nem de gastar dinheiro desnecessário com delivery. Porém, é exatamente isso que acontece quando eu não me preparo. A minha autossabotagem (cíclica) é procrastinar cozinhar em casa, a ponto de nunca ter comida; eu então passo fome o dia todo (esperando um milagre), até ceder (porque tô quase desmaiando) e pedir DELIVERY DE FAST FOOD. Nada disso aconteceria se eu simplesmente dedicasse UM dia da semana para cozinhar minha comida.

Quais suas metas pessoais, financeiras, sociais, acadêmicas etc? Escreva-as em um lugar com o qual você interaja sempre (ex: caderno, planner, diário, bloco de notas etc). Faça, também, o passo a passo detalhado de como alcançar cada uma.

Quais estratégias você experimentou ano passado que deram certo? Você as usaria de novo, esse ano? É preciso fazer alguma adaptação?

continua aê com o teu brainstorm! 🤪

Movimente-se!

Não fique parado: busque informações! É muito difícil não encontrarmos o que procuramos na Internet. Se não sabe por onde começar ou como fazer algo, pesquise! Pergunte! Peça ajuda; vá atrás! Da mesma forma que seus problemas não vão se resolver sozinhos, as suas metas também não vão simplesmente ser realizadas.

Chega de se segurar/embromar/se autossabotar. Dê o primeiro passo, realize aquele seu desejo. Pelo amor de Deus, não para pra pensar muito que senão tu não faz!

Busque ferramentas de auxílio para te manterem ‘’nos trilhos’’. Compre/baixe um planner; comece um diário ou bullet journal; siga contas e páginas que te inspiram; compartilhe seus planos e metas com um amigo; cole bilhetes motivacionais aonde você possa ler; ponha alarmes/lembretes que te motivem a agir; faça um mural com imagens que fortaleçam a sua motivação; crie um sistema de recompensas etc.

Essa é clichê, mas: cerque-se de inspirações saudáveis e realistas (e que combinam com você!). Eu passei basicamente um ano sem instagram porque, mesmo tentando não me afetar, todas aquelas personas e superficialidades estavam mexendo comigo. Além de estar sempre comparando a minha (abençoada) vida a tudo o que era publicado pelos outros, eu também estava inconscientemente me preocupando com o que pensavam de mim. Analise, então, se a sua auto-estima e seu jeito de ser estão sendo afetados pelo que te cerca. Livre-se do que não presta e busque fontes melhores. Seja fiel a si mesmo. :)

Mantenha suas metas realistas. Não tente dar uma passo maior que a perna, pois é bem provável que você não consiga e acabará se sentindo um fracasso sem justa razão. Tenha paciência; ninguém começa do topo.

E o mais importante: lembre-se que a vida é instável, por definição. Você ainda vai passar por muitos altos e baixos, então estruture-se emocionalmente para não chutar o balde toda vez que algo não seguir o roteiro que você queria. Recomponha-se e volte para os trilhos. É assim, mesmo. Não há caminho para a felicidade pois ela não é um destino, mas sim, momentos. Se quer mirar em alguma conquista, mire na resiliência.

É isso. Foram 3 dias escrevendo esse post. Eu pensei que fosse acabar em menos de um dia. 😭

Espero que esteja tudo certinho, porque não tenho mais capacidade mental para revisão. Também não vou nem perguntar se vocês gostaram porque esse post foi feito com meu sangue, suor e lágrimas.

Mentira. Eu espero que cês tenham gostado..................

Não deixem de falar comigo por aqui ou pelo instagram! :) bja1 🤪

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