#tem conserto

[sunnybergamota]

Fiz uns desenhos bonitinhos q eu quero postar, mas eu me recuso a tirar ft com essa câmera meu deus

[alemdomais]

acho que a gente fala muito pouco sobre a dor de quando a gente entende que as amizades também decepcionam e que o buraco que elas deixam na gente é muitas vezes mais fundo e difícil de curar. com certeza não existe nada que seja mais corrosivo do que a cena em que você percebe o fim dessas relações. os dias de se perceber, de reparar, de parar pra olhar pra alguns detalhes.. eles são sempre os mais angustiantes e os mais arrastados. digo dias, porque nunca é de uma vez só que chegamos a essa conclusão mesmo que todas as provas estejam na mesa, muito às claras. ainda assim, a gente sempre leva um tempo longo pra se conformar com a ideia de que aquela relação não existe mais e que não tem conserto. é mais duro ainda quando você sabe que já há muito tempo alguma coisa parecia estar quebrada, mas por insistência sua, por uma negligência boba do quanto você quis preservar os bons momentos, agora já muito raros, você foi simplesmente levando uma relação pra lugares da sua vida em que ela já não cabia. o pior é que conexões desgastantes elas não são só marcantes. mas por teimosia nossa parte, elas ficam ali instaladas ocupando uma vaga imensa que atrapalha tudo a nossa volta e sugando da gente o que nem a gente tem mais pra dar. se eu fosse resumir a sensação do fim a uma metáfora simples, acho que pediria pra que você fechasse os olhos e se imaginasse segurando uma coisa muito pesada, amarrada por várias cordas que te amarram muito firme nos braços. você passa anos segurando essas cordas com toda a sua força e você nunca se cansa por acreditar que do outro lado, a outra pessoa está lá segurando também, fazendo o esforço dela. em algum determinado momento, você começa levemente a desconfiar se realmente existe uma outra pessoa do outro lado ainda. o peso pesa cada vez mais e não está mais te sobrando forças. você começa a pensar "porra, mas não é possível que essa coisa pese tanto mesmo sendo dividido" e aí o seu subconsciente passa a conversar com você. ele te conta que do outro lado, alguém não está fazendo nem um terço do seu sacrifício e de começo, você ignora. vai ignorando, ignorando. até um dia em que vem o subconsciente de novo e te sugere soltar pelo menos uma das amarras, assim, só pra ver no que dá. quando finalmente você solta, a coisa pesada pende pro lado de uma forma brusca demais, o que seria impossível se outra pessoa estivesse realmente lá, segurando a amarra dela. a cada amarra da qual você se livra, o peso sobre você diminui mais a coisa grande e pesada fica a beira de uma queda irreparável. é só quando você consegue finalmente enxergar a outra pessoa do outro lado, plena, nada cansada, nem um pouco preocupada com a queda da coisa pesada que você finalmente decide se livrar de todas as amarras. a coisa grande cai, quebra... você ainda tem esperanças de que ela não esteja tão danificada... poxa, deve dar pra consertar... demora até se dar conta de que queda foi mais feia do que você entendeu que era. pode até ser que a outra pessoa estivesse do outro lado segurando alguma coisa mas nada comparado ao que você segurou. nada. você estava segurando cordas grossas, correntes... a pessoa talvez só estivesse amarrada por meia dúzia de laços de barbante. e ao sinal daquela primeira corrente que você decidiu arrebentar, só pra ver no que ia dar, ela logo tratou de se livrar de todos os pouquíssimos laços de barbante a que ela estava presa e que mesmo míseros já a incomodavam. é nessas horas que você entende aquela frase de quando você decide finalmente deixar de fazer questão, você se verá sozinho. e são esses os momentos da vida em que a gente mais sente de perto a finitude das coisas... e das pessoas também. não é fácil lidar com a finitude. mas é mais difícil ainda lidar com a insistência de tentar prolongar o finito quando ele precisa chegar ao fim.

Esse aqui é sobre os fins — parte 1

[caahpoesias]

Só o que eu mais quero é seguir em frente, se você não deu valor a nossa história, não é agora que vai ser diferente, olhando bem para os detalhes, eu nunca signifiquei o suficiente, então já passou da hora de eu seguir meu caminho, sem saudade da gente, eu vou te superar, e quando isso acontecer, eu não vou mais mencionar você nos meus textos, vou te guardar nas minhas lembranças, e apenas isso, eu não quero tentar resgatar o que não tem conserto, você nunca sentiu o mesmo por mim desde o começo, eu tentei dar tudo de mim para que escolhesse ficar, mas agora já caiu a ficha que você não vai voltar, eu estou disposta a ir embora da sua vida de uma vez por todas, eu decidi me amar.

Caah Oliveira 22/02/2025

[its-a-bae]

No começo, eu realmente achei que nunca superaria. Quando um relacionamento termina e você tinha certeza de que aquela pessoa era "a escolhida", a dor vem em ondas, sufoca, parece interminável. Eu passei noites sem dormir, me perguntando onde foi que a gente se perdeu. Revivia nossos melhores momentos, tentava encontrar uma forma de consertar o que já não tinha conserto.

Mas o tempo, ah, o tempo tem um jeito silencioso de curar. No início, foi insuportável aceitar que não havia mais um "nós". Ver você partir para os EUA só tornou tudo mais real. De repente, não havia mais aquela chance de um reencontro inesperado na rua, nem aquela ilusão de que um dia as coisas poderiam se alinhar de novo. Era definitivo. Você seguiu seu caminho, e eu, a contragosto, tive que seguir o meu.

Aos poucos, fui percebendo que não era só saudade que me mantinha preso, mas o medo de admitir que a gente já tinha se perdido muito antes do fim. E não importava o quanto eu quisesse reacender a chama, não havia mais fogo para queimar. A verdade é que o término foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. A gente tentou, lutou, mas no fim, não havia mais nada a ser feito.

Hoje, olhando para trás, vejo que deu certo. Não o amor que a gente sonhou, mas a vida depois dele. Eu superei. Eu aceitei. E, por mais estranho que pareça, sou grato por tudo o que a gente viveu e por ter aprendido a deixar ir.

[doublevvp]

🧬      #CONEXÕES DESEJADAS.  

DISCLAIMER ⸻ conexões com gêneros definidos serão devidamente indicadas, mas a maioria são abertas a qualquer um. não me oponho a adaptar algumas conexões para melhor abraçar alguns personagens; fique confortável para me procurar caso acredite que o Tyrone possa se encaixar em alguma conexão do(s) seu(s) personagem(ns) também.

🧬      #AMIZADES

PARCEIRO DE CRIME (M/NB) ⸻ alguém que cresceu com ou próximo de Tyrone em Atlanta, participando de pequenos golpes, corridas de rua ou negócios ilícitos juntos. Tem um laço de lealdade praticamente inquebrável e estão sempre juntos.

MECÂNICO (M/F/NB) ⸻ seu Cadillac, Ember, é a coisa mais preciosa que possui, e Tyrone só confia nessa pessoa para cuidar do carro quando precisa de conserto. Ele mesmo costuma ficar ao lado, mesmo confiando, mas é como um pai esperando um filho sair do atendimento médico.

PINÓQUIO (M/F/NB) ⸻ alguém mais novo que Tyrone observa como a si mesmo, uma pessoa gananciosa e materialista demais, e que talvez precise de ajuda nesse mundo de super-herois e vilões. Ele não conseguiu resistir ao ímpeto de “adotar” pessoa; se ela for o Pinóquio, Tyrone será seu Grilo Falante.

SEM MEDO (F/NB) ⸻ uma amiga que conhece Tyrone há algum tempo e que não tem medo de enfrentá-lo quando o homem está prestes a fazer besteira, mesmo que ele tenha o dobro de seu tamanho. Penso em uma relação de cumplicidade, cheia de sarcasmo e provocação, mas no fundo com muito respeito e carinho. (Raven / Renée / Johanna)

LARICA (M/F/NB) ⸻ o poder de Tyrone exige muito em questão de nutrientes, então ele constantemente come… MUITO! Essa pessoa sempre o encontra vasculhando a cozinha durante a madrugada e decidiu ajudá-lo, já que o Hall tem pouca ou nenhuma experiência culinária e pode queimar até miojo.

🧬      #INIMIZADES

VÍTIMA OU CÚMPLICE INVOLUNTÁRIO (M/F/NB) ⸻ uma pessoa que, no passado, se viu envolvida ou vitimada pelos crimes que Tyrone cometeu. Pode ter sido um refém em um assalto ao banco, uma pessoa que ele cobrou, ou até mesmo alguém que trabalhou com ele. Pode também ser alguém que teve algum parente ou amigo lesado dessa maneira.

RIVAL (M/F/NB) ⸻ Tyrone está tentando se livrar dos velhos hábitos, mas essa pessoa torna isso muito difícil. Pode ser algo mortal ou apenas uma rixa intensa, que começou por uma tiração de sarro quando Tyrone chegou na Mansão Umbra — ele não lida muito bem com isso, já que na rua foi ensinado a não levar desaforo para casa. Desde então os dois disputam até sobre quem senta na cadeira no fundo da classe durante as aulas.

DESCONFIANÇA (M/F/NB TÉCNICO) ⸻ alguém que despreza Tyrone por seu antigo estilo de vida, considerando-o um problema ou uma "vergonha" para a Umbra. Vive tentando ferrá-lo ou tentar colocar juízo em sua cabeça por meio de treinos muito mais puxados do que de outras pessoas, mas na verdade tem esqueletos no próprio armário.

RIVALIDADE ANTIGA (M/F/NB) ⸻ na época na Stargate, Tyrone adquiriu algumas inimizades. Pode ser algo fútil como uma pessoa com quem dormiu e não ligou no dia seguinte ou de quem roubou a namorada, ou algo mais sério como alguém que humilhou devido à sua arrogância da época.

🧬      #ROMANCES/SEXUAIS

gosto de casais que tenham química e preciso disso para seguir com um romance, principalmente endgame, portanto deixo avisado previamente que as ideias de relacionamentos não são firmadas em pedra — caso eu não sinta uma conexão entre os personagens, posso pedir para fazermos outra coisa, e dou o mesmo direito para a outra pessoa sem problemas. além disso, Tyrone se vê como um homem heterossexual. ele veio de um local com muita heterossexualidade compulsiva e tem um bocado de homofobia internalizada, seria difícil tirar isso dele, mas não sou avessa a tentar se você quiser encarar o desafio.

DE FÉ (F) ⸻ sendo sincera, Tyrone adora uma maluca. Ciumenta, agressiva, viciada em adrenalina, que goste do jeito que ele vive a vida? INCRÍVEL! É a mulher que ele quer como parceira, que o provoca e que ele provoca igualmente. Talvez eles não tenham a mais saudável das relações e nem algo sério, mas existe o desejo.

MOONLIGHT (M/NB) ⸻ Tyrone sente uma atração que não consegue nomear para com essa pessoa; o que o assusta, visto que nunca sentiu isso por rapazes. Pode começar como algo agressivo, em que Tyrone tenta rechaçá-lo aparentemente sem motivo, mas eventualmente se torna uma relação cheia de beijos intensos e secretos, com sentimentos florescendo muito rápido. (Draco)

SALVAÇÃO (M/F/NB) ⸻ alguém que quer “salvá-lo” e que acredita na mudança de Tyrone, trazendo-o para um caminho melhor. No entanto, eles acabam se envolvendo um pouco demais. Pontos bônus se for um relacionamento de opostos se atraindo ou algum casal meio proibido.

🧬      #OUTROS

Pessoas que foram em missões com ele ou o encontraram em missões

Pessoas que não confiam nele por saber de seu passado criminoso

Pessoas que bebem junto dele e que brigam (5 minutinhos sem perder a amizade) no estacionamento

[hansolsticio]

As coisas que eu deixaria o gyu versão nana tour fazer comigo me jogariam direto no caldeirão do diabo

https://x.com/mingyuvillle/status/1870691859607286176?t=9gZU3ziwFTnK1lT_oK-lqg&s=19

(na verdade, deixaria todas as versões desse homem fazerem tudo comigo)

registro raro de quando ele ainda lembrava a sensação de usar uma camiseta... porque ele pisou na Itália e simplesmente largou de mão (todos os registros que tem são com ele pelado

mas #real, anonnie... se me trancarem num quarto com o gyu versão nana tour eu conserto a taxa de natalidade da coreia rapidinho [😮‍💨]

[LINK]

[sublimeprunefestivalpainter]

Às vezes, sinto que minha alma não tem conserto, como algo quebrado que não sei se deveria tentar colar. Sempre me afasto. Não sei se é porque quero ser livre ou porque o peso das coisas me sufoca. Talvez seja os dois. Só sei que, cada vez que me isolo, fico mais distante das pessoas e de mim mesma. Eu quero amar, mas ser amada me assusta. É como se eu não merecesse isso.

Carrego uma sujeira que ele deixou em mim, mesmo depois de tantos anos. Não importa o quanto eu tente lavar, ela nunca sai. Nunca. E, quando penso que estou melhor, os fantasmas voltam. Voltam mais fortes, mais certos de que me possuem. E eu? Eu me desfaço. Me torno pequena, como uma criança que só quer ouvir que tudo vai ficar bem.

Mas será que vai? Será que um dia isso passa? Será que um dia vou conseguir olhar no espelho sem essa vergonha? Sem essa dúvida de quem eu sou? Eu espero que, algum dia, o que está quebrado aqui dentro se conserte. Que eu, finalmente, me permita ficar. Que eu pare de fugir das pessoas, das boas relações e, principalmente, do amor.

[torturedreader]

Essa semana assistir 3 filmes nacionais. (ja que meu fone estragou entao nao pude ouvir nenhum album 😭)

1. Reflexoes de um liquidificador. É sobre uma dona de casa que esta passando por um momento dificil na vida, o marido dela sumiu, e a jornada deles vai ser narrada por um liquidificador que ganhou vida depois de um conserto.

Eu fiquei completamente fascinada por esse filme, como ele consegue ser engraçado, bizarro e reflexivo, tudo ao mesmo tempo. Agora tambem quero um liquidificador com a voz do Selton Mello.

2. Central do Brasil. O filme é sobre a dora, uma ex professora que ganha a vida escrevendo cartas para analfabetos na Central do Brasil, uma das clientes dela tenta reaproximar o pai do filho, mas ela morre, e dora ajuda o menino a encontrar o pai.

Realmente ele é o maioral do cinema nacional. Emocionante e lindo, me fez sentir como se tivesse na estrada com a dora e o josué. A FERNANDA MONTENEGRO MERECIA AQUELE OSCAR.

3. As boas maneiras. Conta a historia da Ana que contrata a clara para ser a babá do bebê dela que ainda nao nasceu, ao longo da gravidez Ana começa a apresentar habitos noturnos estranhos.

O filme tem alguns momentos bons, ate uma cena que me traumatizou, mas no geral nao gostei.

[iamthew0rst]

Quando eu deixei de acreditar no amor?

Será que foi no fim do meu primeiro namoro? Foi traumático, não sabia como lidar com aquilo, mas não o suficiente pra que eu desacreditasse.

Foi quando comecei a devorar romances com fins trágicos? Acho que isso contribuiu.

Também o fato de eu não sentir que me encaixo na maioria das convenções sociais mais simples, esse é outro ponto.

Mas em nenhum momento eu deixei de amar.

Porque me relacionar com pessoas totalmente fodidas da cabeça parecia fazer isso mais fácil? A certeza de que isso não teria longevidade? Talvez por saber que existe a chance da pessoa cair fora a qualquer momento, saber que somos autodestrutivos e que acabaria de forma trágica? Sem expectativas para o futuro? talvez.

Eu conhecia varias meninas legais, mas nunca me interessava de verdade, mesmo as mais carinhosas, até aquela que disse que estava apaixonada por mim.

Depois da ultima vez, prometi que iria mudar, eu segurei a mão de quem eu mais amava, e nos joguei em um abismo, onde nos ferimos demais, e nunca mais vamos nos desencontrar, eu amei, mas amei da forma errada, brinquei com algo sagrado. Eu pequei, me perdoe, eu profanei, não tem mais conserto.

Foram muitas tragadas e goles enquanto refletia sobre isso, me culpando, até eu percebi.... Ela também me destruiu, ela agiu da mesma forma que eu, ela segurou minha mão e fez o mesmo caminho que eu. Ninguém foi santo, aquelas mensagens, aquela madrugada, aquela tarde...

O brilho nos olhos se tornaram lagrimas derramadas.

[escrevosobrevivencias]

Se você está vivendo um relacionamento em que não enxerga perspectivas de um futuro diferente do presente, mas ainda assim permanece, iludindo-se com a esperança de que, de repente, tudo mudará, que o outro irá perceber, valorizar e reconhecer seus esforços... Os dias passam, e nada muda. Ou, pior, a situação se agrava. E você continua. Por amor, por medo e, principalmente, por teimosia.

O medo de sofrer paralisa. Você sabe, no fundo, que não há mais solução, mas insiste, acreditando que, dessa forma, evitará a dor. Só que não evita. Apenas adia. Porque, quando um dos dois finalmente desiste, o sofrimento chega da mesma forma. E é nesse momento que você percebe: segurar algo que já se esgotou só fez você perder tempo. Tempo que nunca mais voltará.

É preciso avaliar com clareza o que ainda pode ser salvo e o que já não tem conserto. Não permita que a situação chegue ao ponto em que, no lugar do respeito pelo que foi vivido, restem apenas rancor e raiva por ter insistido além do limite. Porque, quando um desiste no pior momento do outro, a dor se torna ainda mais profunda.

Nem sempre é possível transformar um futuro que, no presente, já se mostra sombrio. Desistir nem sempre significa perder. Às vezes, é um ato de ganho: ganho de paz, de autoconhecimento, de liberdade. É entender que, em certos momentos, a existência de algo no passado é mais valiosa do que insistir em mantê-lo vivo no presente, quando já não há mais sentido.

Permanecer em algo que já acabou, apenas por teimosia, é negar a si mesmo a chance de recomeçar. E recomeçar, por mais difícil que pareça, pode ser o caminho para encontrar algo verdadeiramente significativo. Porque a vida é feita de ciclos, e nem todos são feitos para durar para sempre. Saber quando deixar ir é também uma forma de amor — principalmente amor por si mesmo.

Neide Torres

[nao-tenha-medo]

Não consigo entender

Por que isso continua acontecendo?

O que eu fiz de errado?

A gente vem se machucando, se colidindo

sua força me atrai mas quando nos chocamos, dói

não era pra doer.

Sua voz deveria me curar.

Seu toque, me acalmar.

Seu olhar, me amar.

Assim como eu te amo. De coração aberto. Intenso, jogado, por completo.

O caos e a calmaria, tudo num só. Harmônico.

Um conforto no meio de toda essa bagunça.

Com você eu sinto que consigo respirar, e isso é tão raro pra mim.

Eu sempre vou, vou, vou. Sem parar, todo dia, machucada, incansável, impossível.

Você não me conserta, mas me sinto inteira quando seguro sua mão.

Quando a gente dorme de conchinha e o seu braço tá em volta do meu corpo.

Quando, sem intenção nenhuma, você fala exatamente o que eu preciso ouvir, e eu quero chorar porque me sinto segura do seu lado.

Tenho tentado alcançar isso. Esticado meus braços, mãos, dedos. Sinto que estou perto, e sou empurrada pra longe.

Sozinha.

Nunca pensei que um silêncio entre nós voltaria a ser negativo.

Nossas pausas eram tão pacíficas. Pequenas felicidades de momentos banais que eu nunca soube que precisava até acontecer.

Que não consigo mais viver sem.

Que clamo, dia a dia. Desesperadamente.

Será que tô tão machucada que até isso estraguei?

Será que aquele buraco no meu peito sugou toda a sua afeição? Te roubou os sorrisos, os prazeres?

Será que eu sou o parasita? Arrancando tudo o que tem de bom, sem deixar nada pra trás.

Ou é só a gente que não tá dando certo esses dias?

Numa dessas tais crises de relacionamento, briguentos, birrentas.

Será que é besta? Será que daqui uns dias a gente olha pra trás e ri?

É que às vezes parece mais que isso.

Mais intenso, mais profundo.

Alarmante.

Um mal que consome, devagar. Que absorve, que furta, que sequestra.

Uma corrupção silenciosa, que só é percebida quando a raiz já está podre.

Quando já não se tem nada a se fazer.

Esse pensamento me assusta, e eu preciso me segurar pra não cair.

Pensar em você, nos seus olhos castanhos lindos, e no jeito como eles me olham. No quão preciosa eu me sinto.

Mas meu solo firme é feito do seu cheiro, e nem lembro a última vez em que a gente se enxergou, de verdade.

Não sei dizer se o problema é a distância, ou se a gente tá perto demais.

Parece os dois, e daí nenhum.

Eu sempre soube que o amor era difícil, mas achei que a gente já tinha tanta história que não tinha como dar erro.

Até que deu.

Então, como eu conserto isso? O que eu faço pra corrigir esse constante repelir entre nós?

Acho que não consigo viver sem você.

Isso foi um eufemismo. Eu sei que não consigo.

Eu não consigo, então o que eu faço?

O que eu faço?

Queria poder deitar no seu colo, fechar meus olhos e conversar sobre nada.

Parece tão idiota, querer algo tão simples.

Mas sei lá.

Ultimamente, o simples tem sido escasso.

Um achado raro. Um milagre.

E nessa colisão de corpos, farpas e desencontro de olhares, eu sinto saudades do seu cheiro.

Da minha mão no seu cabelo. Das nossas risadas.

Quando foi que ficou tão difícil?

Quando foi que eu te perdi de vista?

Quando foi que você partiu sem mim?

Se eu fiz algo errado, me diz.

Porque o único colidir que eu quero, é dos nossos corpos num abraço apertado.

A vida já é triste demais pro amor doer.

Quando puder,

volta pra mim.

[alemdomais]

de repente essa aqui do Chorão começa a tocar automaticamente dentro da cabeça e você sabe que aquele é, para todos os efeitos, depois de todas as tentativas, inúmeras, que pareciam infindas, que ali mora o final do fim.

é. final do fim.

porque o fim mesmo, ele começa muito antes. ele mora nas primeiras percepções de que alguma coisa já não funciona como devia. nos olhares perdidos, nas conversas atravessadas até não mais sequer se encontrarem. o fim, ele começa nas indiferenças pequenas. numa vontade de estar junto que simplesmente já não chega mais. não invade o dia a dia, não convida a continuar compartilhando e de que adianta ainda se juntar se não for pra dividir? muito diferente dos inícios, tão pomposos e amostrados, o fim é discreto e silencioso, mas não é transparente.

a gente vê por diversas vezes aquele alguém tentando escapar pela porta ou só pensativo, tentando procurar uma coragem súbita de sair pra nunca mais voltar. nem sempre esse alguém é outra pessoa, muitas vezes tem muito da gente mesmo querendo desesperadamente se sentir livre de novo. voltar a voar.

acho que só é realmente difícil assumir por causa dos planos. disso, os inícios carregam toda a culpa. no auge das expectativas a gente quer mil coisas, se promete tanto, e se cumpre também muita coisa. os olhos quase não conseguem acreditar em quanta coisa dita pode realmente se materializar.

do costume, de repente a distância chega sem que você note. você olha pra ela, reconhece a pane, mas chuta o problema pra frente porque pode ser que amanhã, acordando de melhor humor, um programa diferente, um novo assunto, quem sabe não volte de novo aquela euforia?

aí você tenta.

aí você se veste do que quer que seja pra trazer de volta aquela atenção do início

aí você tenta de novo.

o olhar cada vez distante te faz voltar no tempo e pensar em quanta coisa ainda ficou pra trás sem que vocês tenham tido nem tempo de tentar

justo aquele tempo que vocês juravam que seria tão longo

quem sabe até eterno, não sei

mas as borboletas do estômago já não batem mais as asas e a música exageradamente romântica do rádio já não arrepia.

só que numa quarta feira qualquer, depois de uma mensagem qualquer, essa do Chorão começa a tocar e não tem rádio nenhum ligado. é só você sabendo que dali não tem caminho que leve pra lugar nenhum. não tem atalho, nem estrada. é só o fim.

um fim que não tem conserto ou tentativa. não existe mais força nenhuma que motive a continuar tentando. você não sente ser um fim em voz alta, não faz alarde. nem precisa. só pegar suas coisas e sair. é o fim do fim.

[lostoneshq]

Oi, pessoal, boa noite! Vamos aos avisos básicos.

Semana passada ficamos sem o Activity Check porque tinha muita coisa rolando e pra fazer e a mod de vocês tem problema de atenção, acabou passando, porém ele acontecerá normalmente amanhã.

Eu estou devendo uma notícia sobre a consagração da guarda real, queria me desculpar com os players por não ter postado ainda. Esses dois dias estive em função do conserto do meu note, como postei por aqui e no OOC. Porém, considerem-se consagrados, ainda que eu vá sim postar a notícia bonitinha.

Peço desculpas caso a minha falta de atenção tenha prejudicado vocês. Estou sempre trabalhando para a central ficar ativa e completa, mas têm dias em que algumas coisas passam. Não tenham medo de me avisar no chat se algo passar batido... Ou de falarem comigo caso estejam tendo problemas com a moderação ou o RP em si! Estou à disposição de vocês. Acho que alguns sabem que eu fico nervosa com questão de prazos quando acontecem imprevistos, por isso queria me desculpar.

Por fim, essa semana que vem agora vamos ter a segunda task do RP e será uma task interativa. Sim, a famigerada task dos empregos para os perdidos! Eu estou pensando em montá-la num formato de task e ask game conjunto (entrevista de emprego via ask game!), então vocês estejam preparados para esse tipo de dinâmica semana que vem. Ela ia acontecer logo depois da dinâmica da guarda real, mas como rolou muita coisa na dash esses dias por causa da própria dinâmica, quis espaçar para não deixar todo mundo doido.

[conjugames]

Aqui estou eu João, mais uma vez cansada dessas sociais que me obrigo a ir para disfarçar um pouco essa solidão que me acompanha. Pessoas rasas demais, com assuntos banais demais. Estou cansada, das pessoas e de ser só também. Tem sido tudo muito confuso, eu não sei bem como lidar. Nunca achei empolgante a ideia de me casar, sempre achei loucura unir religião com estado. Mas enfim, por isso a solidão não deveria me assustar tanto como tem assustado ultimamente. Me lembro de nossas conversas e de como o mundo era bom ao seu lado, eu queria tanto que a gente tivesse outro fim. E não esse que me massacra com a ideia de realmente ter que aceitar que não temos conserto, e não temos. Sinto sua falta, sinto falta também de me sentir viva. Tem sido um luto eterno demais nosso fim, mas só para mim. E tudo bem, quando te desejei que fosse feliz, foi exatamente sobre isso. Hoje eu só estou cansada de fingir que tudo isso não dói e não me faz chorar feito criança com uma taça de vinho, sozinha no chão da minha sala. Escolhas certas também doem.

[unknotbrain]

Cheguei 34 minutos atrasada no trabalho pegando o mesmo ônibus que peguei ontem e cheguei no horário. Essas horas que me dá um alívio ser servidora pública. Se eu fosse CLT o RH já ia me dar um salve. Mas meu atraso também é meio irrelevante porque eu tenho 2-4h extra por mês. Não me prejudicou tanto assim, mas sinto falta do carro da minha amiga!! Batemos o carro no mês passado voltando do trabalho, fiquei com o cotovelo cagado porque foi do meu lado. Aí agora o celtinha tá no conserto, vamos ter que ir e voltar de ônibus.

Não fiz nada no trabalho e ainda descobri uma merda enorme que fiz. Os meus pacientes da semana passada não vieram, aí hoje descobri que esqueci de entregar as guias para eles serem avisados da consulta...... Ou seja, não tinham como eles terem vindo porque não foram avisados, kkkk.... Não contei pra ninguém além do G** e nem vou contar. Já remarquei e tá desfeita a merda!!

Foi aniversário de um amigo meu ontem, ele fez 31 anos. Nós nos conhecemos quando ele tinha 15. Isso me deu certa crise existencial porque eu não tinha me dado conta que o tempo passa tão rápido. Eu tinha medo de não conseguir aproveitar minha vida, de só existir. Mas acho que estou fazendo um bom trabalho até agora, bem melhor do que eu esperava.

Só que é tão estranho ver pessoas que cresceram comigo conquistando coisas vida, na carreira ou casando. Eu também estou nesse movimento, mas não me sinto nem um pouco "crescida", ainda me vejo como uma criança grande. Era sempre "ah, quando acontecer x vou me sentir mais adulta", mas não. Já tenho um bom emprego, ganho ok, tenho uma graduação e estou na segunda, sou praticamente casada, tenho contas no meu nome, tenho dívidas e até agora nada do sentimento de "ser adulto".

Uma coisa curiosa é que poucos que conheço tiveram filhos. E esse também é meu plano. Quanto mais você conhece do mundo, menos tem vontade de colocar alguém aqui. O sistema é simplesmente anti-filhos. As pessoas que continuam tendo filhos são as que menos deveriam seja por questão financeira ou mental/afetiva. Boa parte da vida é trabalhar, ninguém tem tempo mais para dedicar ao cuidado de filhos. Por que colocar alguém no mundo pra repetir esse ciclo de cobrança e escravidão moderna? O tanto de criança suicida e que se corta que anda me aparecendo não é brincadeira.

Ainda vou chegar em casa e atender particular, sorte que comi um bolinho no trabalho porque foi aniversário da B*****, minha amiga extrovertida. Ela ganhou vários queijos, eu nunca vi alguém tão feliz de ver queijo!! Se bem que eu também ficaria, kkk

[mahfilhadedeusblog]

Das vantagens de ser bobo

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar no mundo.

O bobo é capaz de ficar sentado, quase sem se mexer por duas horas. Se perguntando por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem.

Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas.

O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver.

O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro.

Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado.

O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo nem nota que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros.

Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com suas palhaçadas, devem estar todos no céu.

Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.

Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos.

Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham vida.

Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas.

É quase impossível evitar excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector