#sinuoso
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La Geria by Para ver en mi Web: Aquí
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Sinuoso, Macri pidió más controles al presupuesto de la UBA pero no dijo si apoya el veto
El ex presidente Mauricio Macri dijo este domingo que “la UBA enfrenta una crisis de transparencia” porque “desde 2015 no ha presentado ni una sola factura” y “que acá no se está discutiendo la autonomía universitaria”. Sin embargo, no dio indicios sobre el apoyo del bloque de PRO al veto de Javier Milei contra la ley que dispuso la ampliación del presupuesto universitario en un 0,14 por ciento…
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El flujo de la existencia
La vida es como un río,
que fluye sin cesar,
a veces tranquilo y sereno,
otras veces con fuerza y caudal.
Es un camino sinuoso,
con subidas y bajadas,
pero siempre hay esperanza,
y luz en las madrugadas.
La vida es una aventura,
llena de alegrías y dolor,
pero siempre hay un propósito,
y un camino que seguir con amor.
A veces nos sentimos perdidos,
y no sabemos qué hacer,
pero siempre hay un camino,
y una luz que nos hace crecer.
La vida es una bendición,
un regalo del cielo,
y aunque a veces sea difícil,
siempre hay un camino hacia el cielo.
Así que vive con pasión,
y sigue tus sueños con tesón,
porque la vida es una oportunidad,
para amar y ser feliz sin condición.
M. L. Morpheus
#lean0mar#marzl#amor#razon#vida#sereno#fluir#dejar fluir#alegrias#dolor#esperanza#luz#madrugadas#sinuoso#aventura#filosofía de vida
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"Are you comfortable like this? I can switch arms." @ baizhu, jeje
PROMPTS FOR CARRYING/BEING CARRIED 🍃 @ghostlyanon
"I am actually feeling much better." Baizhu said, with a chuckle.
The bushes and stalks of herbs, growing on both sides of the stone staircase that led to Qingce, two witnesses to the way one of his hands reached up, to adjust his glasses. "Well. truth is—, you've already gone to a lot of trouble for me."
Baizhu stated as he rejected the notion of snatching another second of her time. "Let me try to go the rest of the way on my own." He insisted. Practically accelerating the process of regaining that shred of trust he had lost earlier in his own footing. To give her peace of mind.
"If I get dizzy again" The doctor began adding, in a promise. ", I will have no choice but to swallow my.. pride, as Changsheng calls it, and return to your arms."
#ghostlyanon#v: the doctor ✦ main#.//los caminos de liyue son sinuosos por donde se los mire. bring a friend#.//bring an Annie✨
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SER O NO-SER, pero si se es, a por todas.
La existencia es una vereda sinuosa con una diversidad de ramales por los que es posible transitar. El camino principal es el normalizado, aquel por el que tendemos, por la presión externa, a seguir, aunque las curvaturas son ineludibles ya que son fluctuantes, imprevistas y no dependen de nosotros. No obstante, la capacidad y la decisión para optar por esas derivaciones dejan el rastro de…
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UPDATE:
been writing some things for stray kids and ateez cause not only im into kpop but im so lucky (read as unlucky) to be minho and mingi bias. i don't know if y'all into kpop rabbit hole as much as i am but yeah, my style hasn't changed, you know I love character analysis and deep dive into their psyche 🫶🏼
#in spanish cause yeah. es terreno sinuoso escribir de personas reales y es medio raro (aun me siento medio raro al respecto) pero no ->#<- escribiendo cosas sexuales o demás. es mas muchas cosas las he sacado de videos de ellos y demás para experimentar#blah blah
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Rio Tietê e seu curso original, ainda sinuoso, em fotografia de 1905.
Autor: Guilherme Gaensly Acervo do Instituto Moreira Salles
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I told him to come only in his gray trench coat; Under her she was wearing a thin and delicate black lingerie, her underwear and her stockings, without panties or bra; I took her by the hand and brought her to my bed, I laid her face down and began to tie her wrists, then continued with her ankles, placed a small pillow under her pelvis to raise her buttocks and have better access to her. I took out my camera and photographed her, I told her that I would not take her face, I did not want these photos to reach her husband. I undressed and placed myself on top of her. I kissed her and licked every pore on her back, sliding downwards in a sinuous and lascivious path...
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le dije que viniera solo con su gabardina gris; bajo ella llevaba una fina y delicada lenceria negra, su ligero y sus medias, sin bragas ni sujetador; la cogí de la mano y la acerque a mi cama, la tumbe boca abajo y comence a atar sus muñecas, luego continue con sus tobillos, coloque bajo su pelvis una pequeña almohada para levantar sus gluteos y poder acceder mejor a ella. Saque mi camara y la fotografié, le dije que no sacaria su rostros, no queria que estas fotos pudieran llegar a su marido. me desnude y me coloque sobre ella. La fui besando y lamiendo cada poro de su espalda, deslizandome hacia abajo en un recorrido sinuoso y lascibo...
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× Open Starter no Baile das Sombras (closed)
A música alta embalava o corpo do demônio em meio a multidão. Já havia bebido um copo ou cinco de algum veneno especial do bar, e as batidas animadas pareciam no ponto certo para fazê-lo esquecer de todo o resto. Não poderia dizer que não gostava de uma boa festa, e uma na qual era o anfitrião era ainda melhor. Certamente, aquele não era um fato explícito para todos, mas o prazer de receber era todo seu. O Sortilégio era sempre exuberante mas aquela noite estava remetendo tempos imemoriais, e isso deixava Nero provando de um deleite ímpar.
Não era qualquer bebida que poderia lhe derrubar, e isso quase nunca era uma opção quando era colocada à sua disposição, afinal, precisava estar atento. Entretanto, excessões poderiam ser abertas pontualmente e essa era uma delas. MUSE feliz ou infelizmente era a pessoa na qual o príncipe acabou por esbarrar na pista cheia, e o sorriso levemente ébrio foi sinal o suficiente de que algo vinha por aí. Ainda no balanço sinuoso, Nero tomou a mão de muse e olhou por um momento como se pedisse permissão com o olhar, para rodopiar-lhe em seu próprio eixo e trazer para um pouco mais perto. "Dizem que não é bom ir a um baile e sair sem uma dança." Murmurou com a voz levemente arrastada e um sorriso espertinho.
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Oração.
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sinopse: Padre Charlie Mayhew vive um conflito interno ao se apaixonar por Maria, uma mulher que, apesar de ser sua perdição, também representa a sua salvação. Entre momentos de prazer e dor, a relação deles desafia os votos e as responsabilidades de Charlie como sacerdote.
Tudo muda quando Maria, o amor de sua vida, se afasta, deixando Charlie devastado e perdido. Contudo, o destino, impiedoso, o puxa para uma realidade ainda mais cruel, desafiando suas crenças e sua fé. Agora, ele precisa confrontar não apenas o amor que perdeu, mas também os próprios demônios internos e os desígnios de um Deus que parece testar sua alma a cada passo.
Oração é uma história de amor proibido, pecado e redenção, onde as fronteiras entre o desejo e a moralidade se confundem.
nota da autora: SEM REVISÃO. continuando essa historinha, agora começamos a aprofundar nos sentimentos e pensamentos dele e de Maria.
aviso de conteúdo: tá levinho esse.
idioma: português (Brasil) | pt-br
contagem de palavras (no total): 4640 palavras
"Olhos de Jabuticabas"
PARTE IV
Consternado.
Era assim que Charlie sentia ao chegar em casa após aquela Santa Missa. Seus olhos estavam injetados de ira e tristeza ao deparar-se com a realidade.
A crueza da verdade o perturbava como um demônio pinicando seus pensamentos, o fazendo se lembrar de dias do passado que não voltam mais – de tempos nefastos onde o pecado fez moradia na sua carne. Agora, sozinho como de costume na casa paroquial, indo de um lado para o outro naquele maldito quarto que fedia ao perfume dela, impregnado nas paredes das lembranças dele, Charlie ptomava consciea que o pecado se fez vivo em carne.
Ele precisava conversar com Maria. Era uma questão de vida. Sua reputação e seu legado estavam em linha de risco agora. Suspirou fundo, começou a contar até dez, mas a cada número que tentava contar, era uma memória perdida voltando com socos contra sua mente. Parou, levou as mãos até a cabeça, segurando-a como se assim ele contivesse os pensamentos tumultuosos que confundiam a sua razão. A melhor forma de tirar a questão à limpo a história toda seria indo atrás de Maria. Ponto final. Por sorte ainda era dia lá fora, um belo domingo ainda lhe restava, talvez conseguisse achar onde Maria morava por meio do bom e velho pitaco com os fofoqueiros de plantão da comunidade. Vestido de preto dos pés às cabeças, ainda com seu uniforme de pároco, ele passou no banheiro para realinhar os cabelos volumosos no clássico topete que gostava se usar, alinhou a clérgima no pescoço, se encarou profundamente no espelho enquanto dava uma rápida escovada nos dentes para refrescar o hálito seco.
Murmurou para si mesmo:
— Você só vai descansar quando souber de toda a verdade, Charlie.
Saiu num impulso, obstinado com o que poderia encontrar por aqueles sinuosos caminhos.
✟
O portãozinho branco de metal foi aberto pela mulher de meia-idade, cabelos grisalhos curtos, vestido modesto no corpo magro, um cardigã rosa-escuro de lã cobrindo-lhe os ombros. Um sorriso amistoso fazia com que as linhas de expressão acentuaram no seu rosto, sua voz era um tom de surpresa:
— Padre Charlie! Há quanto tempo meu filho! Entra, entra — gesticulou para que ele entrasse na pequena varanda da sua casa: — a que devo a sua visita nessas horas de um domingo?
— Tava de passagem pelo bairro, então resolvi parar aqui para tomar aquele cafezinho que só a senhora sabe fazer… Se não for pedir muito!
— Que nada! Você sempre será muito bem-vindo na nossa casa Padre! — A mulher respondeu sorridente, colocando uma mão gentil no seu ombro, o guiando pelo caminho de pedrinhas até a porta da sua casa aberta: — E você chegou na hora! Acabei de passar o café!
— Eu faregei a quilômetros! — Brincou o homem tentando manter o bom-humor, mascarando as dúvidas se Maria estaria ali.
A sala da casa dos pais de Maria continuava a mesma coisa pelas vagas memórias do homem: pequena, tipicamente familiar, tinha uma parede repleta de quadros pendurados com fotos da família – entre os rostos, o inconfundível semblante de Maria, desde quando era uma bebe até adulta, estava espalhada pelos cantos, misturados entre fotos de seus tios e avós. Um raque enorme com uma televisão grande, cheio de quinquilharias desde estátuas decorativas, até aparelhos de vídeos ultrapassados juntavam poeira, dois sofás com um pano azul e almofadas feitas com retalhos de malha, o mesmo padrão dos tapetes ovalados davam uma mistura de cores vibrantes, contrastando com o azul-claro e o piso de cerâmica bege do cômodo. Pelo corredor podia ver a cozinha do outro lado através do arco.
Charlie conhecia cada cômodo dali: no corredor pequeno, à direita ficava o quarto de Maria, consideravelmente grande, com uma cama de casal e móveis de madeira que eram de uma tia dela, antigos porém intactos. Lembrava até do cheirinho de maciez e flores que sua roupa de cama tinha. Já no canto esquerdo, a porta do meio era para o banheiro simples com vaso sanitário e pia em cerâmica branca e uma banheira com um chuveiro feita de ladrilhos verdes. O último quarto era dos pais dela. Na cozinha havia uma porta que dava para os fundos da casa: um pedaço quadrado onde ficava o varal, uma cabaninha que servia de casinha dos acúmulos, e uma pequena horta que sua mãe cultivava. A casa tinha aquele mesmo cheirinho que ele sentiu na última vez que esteve ali: café coado na hora, amaciante suave e desinfetante de capim-limão. Sorriu nostálgico. Nem se ele quisesse, ele conseguiria reproduzir exatamente aquele cheirinho de casa de família que Maria tinha quando vinha aos seus braços diretamente da casa dela.
Ele amava aquele cheiro, sentia ele apossar de seu coração e abraçar sua alma.
— Sente-se e sinta-se à vontade, Padre! Vou trazer nosso café… Aceita algo para comer? Fiz um bolo de fubá maravilhoso!
— Eu agradeço… E pode me chamar de Charlie, como já te falei outras vezes!
— Desculpa, Charlie! Mas sabe como é o tal do costume né? — Rindo, ela entrou na cozinha. Charlie ficou quieto, tentando ouvir algum ruidinho vindo dos outros cômodos. Nada. Estava quase levantando-se para ir bisbilhotar o corredor, porém voltou para trás com a figura da senhora vindo na sua direção, segurando uma bandeja de treliça com duas xícaras e pedaços de bolo amarelo. Sentou-se na sua frente, oferecendo uma xícara de café.
— Obrigada! — Bebeu um pouco do café doce da mãe de Maria, relembrando através do sabor gostoso de café passado, os velhos tempos. Sorrindo nostálgico, ele perguntou com o tom mais casual que ele conseguia perguntar: — Por acaso a Maria está por aqui…?
Seus olhos eram duas jabuticabas lustrosas por cima da xícara. A senhora a sua frente mastigou o bolo, o olhar sorridente para ele, engolindo e bebendo do seu café antes de responder:
— Há, sabia que você veio aqui por ela — um soco seria melhor no coração do padre, que gelou diante aquele comentário: — mas não. Faz um tempinho que Maria não mora mais aqui…
— E cadê seu esposo? — Charlie tentou disfarçar seu único interesse na conversa, pegando um pedaço do bolo que molhou seus dedos com a gordura, levando-o até a boca para mantê-la ocupada.
— Hoje ele foi ajudar o esposo de Maria com umas coisas de marcenaria dele… Sabe como ele é né? Sempre muito solícito com os outros… Mas padre, por que você sumiu? Desde que Maria foi embora de casa, você sumiu dessas bandas… Sentimos sua falta!
— Sério? — Pigarreou, bebendo o resto de café junto ao resto do bolo. Empurrou garganta adentro os grãos de milho sovado como se fossem pedrinhas que arranharam seu interior. A mulher tinha o ar leve:
— Seríssimo! Maria um belo dia chegou em casa e disse: mãe, pai, eu vou me casar! E quando vimos, ela já estava de mala e cuia debaixo dos bracinhos indo morar lá do outro lado da cidade, quase na divisa com o município vizinho… Faz pouquíssimo tempo que eles vieram mais pra perto. Mas só depois de muita insistência minha e do meu marido para que ela viesse pra cá, pra perto de nós — suas expressões era incerta, os vincos acentuando-se mais: — era como se ela tivesse com medo, mas medo de quê, Padre!? Uma menina tão comportada e boa filha como Maria sempre foi! Só foi um baque saber que ela casou grávida mas ao menos… Bem, ao menos ela casou com o pai do filho dela—
— Eu vi mesmo — imediatamente Charlie quis cortar sua própria língua atrevida, mas já era tarde, a senhora o olhou curiosa, um sorrisinho suspenso nos seus lábios, sem saída ele complementou tentando soar descontraído: — hoje mais cedo na missa. Estavam ela, esse moço, uma senhorinha segurando um bebê… E o bebê.
— Miguel. O nome do meu neto é Miguel! — Ela prontamente falou, abrindo um sorriso orgulhoso que iluminou seu rosto. Num pulo ela se levantou sumindo para dentro do corredor.
O coração de Charlie acelerou dentro do seu peito, uma sensação que misturava o amargor adocicado que o café deixou em sua boca com uma sensação de uma paixão descabida o encheu por inteiro. Miguel. Era um nome lindo, significativo até demais para ele. Lembrando-se do anel que sempre usava, seus dedos tateiam os relevos da imagem gravada na prata de São Miguel Arcanjo. Miguel, meu filho se chama Miguel, foi a voz interior reverberando entre as paredes do que era certo e errado falou para ele.
Desfez o sorrisinho bobo que surgia em seus lábios quando a mãe de Maria chegou segurando um albúm de fotos grande nas mãos. Afastou a bandeja de lado, sentou-se bem próxima de Charlie, pousando o pesado albúm com capa em tecido entrelaçado branco, com detalhes em renda no colo dele. Abriu o albúm cheios de fotos, passando-as até mais da metade onde os olhos curiosos do homem viram as recém-fotos anexadas nos vincos das páginas: Maria bela em seu vestido de noiva, sua eterna noiva, véu e grinalda, uma expressão melancólica no olhar e no sorriso forçado, distante em uma beleza de uma estátua. Era bela, cheia de detalhes perolados e brilhantes, mas inflexível. Sem vida. Seu coração retorceu de remorso por saber que se fosse ele – ah se fosse eu, com certeza ela estaria com o sorriso mais belo neste rosto!
Ao lado dela o homem que viu na missa. Alto, esguio, pele bronzeada, olhos amendoados, estava com um terno ridiculamente branco, Charlie torceu o nariz, não foi com a cara do indivíduo… Parado com as mãos possessivas nos ombros da sua Maria, ele tinha um sorriso largo de denters alinhados e muito brancos. Os cabelos castanhos médios eram encaracolados, o nariz arrebitado, a postura de um galã de novelas antigas. Charlie questionou genuinamente curioso:
— Como Maria conheceu ele…? Digo-ela nunca me disse nada sobre estar conhecendo ninguém.
— Esses são um dos mistérios de Maria, Padre! Quando nós vimos ela já tinha noivo e casa para morar. Não deu nenhum sinal à nós… Sabe Padre, Deus me perdoe, a mim e a meu marido mas — ela parou, a mão suspensa entre virar a página, olhos profundos nos de Charlie que prendeu sua respiração: — desde a ida dela e seu sumiço, nós-oh meu Deus, nos perdoa-nós pensamos que ela havia se apaixonado pelo senhor e tido ficado desiludida, por isso decidiu sumir de tudo. Mas é óbvio que o senhor é santo e ela também, por isso ela acabou tendo rolo com esse homem, um bom moço, não irei mentir, tendo o Miguel, um anjinho nesta terra! Olha só Padre! — Virou a página. Charlie porém ficou uns segundos com a cabeça virada na direção da mulher, retornando o fôlego prendido, um suor frio escorrendo pela testa, pensando que eles realmente tinham razão. Na verdade, não faziam ideia da história completa e era melhor continuarem pensando aquilo.
Seu olhar voltou gradativamente para ver a foto que ela apontava. Imediatamente todos aqueles pensamentos despencaram e ele sentiu um amor profundo. Miguel recém-nascido enrolado em uma mantinha cor creme, todo roliço com os olhos de jabuticaba que herdou dele. Sorrindo feito um bobo, sentindo a cara arder de carinho, ele apontou para o pequenino:
— Ele é uma gracinha! Tem quantos meses…?
— Miguel completou onze meses esses dias atrás. Dezembro agora ele completará um ano de idade… Acredita que ele nasceu na Véspera do Natal!? Um milagre!
— Sério? — Charlie indagou, seu olhar cheio de amor mudando da foto para a mulher: — É uma verdadeira benção mesmo… — Sua voz foi sumindo entre os pensamentos tempestuosos que formavam através do seu olhar. A mulher começou a tecer comentários sobre a vinda do menino, sua voz soando como um rádio distante na mente do homem que fez rapidamente as contas, ligou pontos, tentou buscar no fundo dos alçapões da memória os indícios que Maria lhe deixou.
Repentinamente entre as palavras da mulher que estava comentando sobre o casamento de Maria, ele a atropelou ao questioná-la:
— E onde atualmente eles moram?
Aquela necessidade pungente acabou escapando para fora, recebendo um olhar de curiosidade da senhora, ele teve consciência que estaria se arriscando. Porém ele necessitava de corpo e alma, carne e sangue, ir atrás daquela verdade.
✟
Quando saiu da casa o sol já estava se pondo. Levava uma vasilha com o bolo depois de muitas insistências da mulher. Seu coração carregado de questionamentos, no bolso da camisa um pedaço de papel onde a mãe de Maria lhe anotou seu endereço – e ainda comentou por alto o horário que ela estava sozinha com o filho.
Chegando no portãozinho quase trombou com o homem esguio que estava ao lado de Maria naquela manhã. Seu marido. O homem o olhou com profunda curiosidade, estava suado, a camisa branca levemente encardida. Sorriu sem jeito para o Padre, seu hálito fedia a cachaça:
— Padre! Que coisa te ver por aqui!
— Estava visitando velhos amigos… Como se chama mesmo? — Ergueu uma sobrancelha, parado ainda na frente do portãozinho, bloqueando a passagem do outro, atrás dele ele escutou a voz da mãe de Maria se despedindo dele de dentro da casa:
— Meus modos! Sou Vicente! Prazer Padre, sou novo na cidade… Daqui só conheço Maria e os pais dela… — Abriu seu sorriso que revelava dentes manchados. Charlie abriu um sorriso ensaiado, sentindo um profundo desgosto por Maria ter trocado ele por aquilo. Mas manteve a postura, estendendo sua mão para um aperto.
— Mãos macias Padre!
— Eu já vou indo… — Charlie ignorou o comentário debochado do homem cuja mão era áspera feito uma lixa. Abriu passagem para o outro subir, já do lado de fora se virou para Vicente, falando com um tom suave:
— Aliás se não for pedir muito — sorriu singelo? — mande um beijo e um abraço à Maria e a Miguel. Pode dizer que fui eu que lhe mandei.
Com isso virou de costas, indo até seu carro, determinado mais do que nunca a confrontar a mulher.
✟
Nos seus sonhos inquietos, Charlie tinha lapsos de imagens de Maria segurando o bebê em seus braços, coberta do véu celestial azul com estrelas douradas brilhando ao seu redor. Ela sorria para ele, misericordiosa, e o chamava como um clamor. Ele, nu, completamente frágil naquela floresta escura, cheia de espinhos e galhos retorcidos, tentava alcançá-la com p��s furados, mãos sujas de sangue, testa vincada com ranhuras onde versos bíblicos deslizavam feito água. Ela era uma luz imaculada naquele mundo terrível de dor e escuridão. E parecia tão distante de si.
— Maria!
Gritou num pulo, o peito subindo e descendo freneticamente. Pregado de suor, nem mesmo o ventilador ligado era capaz de dissipar aquela onde quente que rastejava por seu corpo. Quando passou a mão no rosto, sentiu as bochechas e olhos molhados de lágrimas que chorou durante o sono. Deitou com tudo na cama, porém durante o resto daquela madrugada não voltou a pregar os olhos – não por ter perdido o sono, que hora ou outra voltava tentando agarrá-lo de volta ao véu escuro do sono –, mas sim com medo de sonhar com Maria e Miguel. Com medo de encarar aquela realidade mais uma vez.
✟
A segunda o recebeu com uma dor de cabeça latente pela noite mal dormida.
Só conseguiu sentir-se confortável para voltar a fechar os olhos quando o sol raiou através da janela, iluminando seu quarto. Tirou um cochilo antes do despertador tocar no fundo da sua cabeça. Tomou seu banho gelado de costume, penteou os cabelos para trás, se encarou no espelho mais uma vez recitando seu monólogo matutino, rezando e pedindo muita luz de Deus nos seus caminhos.
Quando a tarde chegou, deu um jeito de escapar das suas obrigações para resolver seus próprios assuntos.
Estacionou o carro em frente a casa de muro alto, pintado de um laranja desbotado, um portão cumprido que servia como entrada principal de um vermelho mais vivo, enferrujado na borda, com outro maior que era da garagem. Uma típica casa familiar num bairro mais familiar ainda, quase parado, com casas médias e grandes naquele quarteirão, muitas árvores e pouquíssimo movimento. Estava trajado com sua farda diária: a calça social preta, as botas de couro, a camisa social em um tom de azul-marinho, a clérgima no pescoço. Saiu com as mãos munidas da sua desculpa: a vasilha que a mãe de Maria lhe entregou no dia anterior e uma bíblia desgastada.
Seu coração dentro do seu peito estava acelerado, quase escapando pela boca seca. Tocou o interfone. Esperou segundos que pareciam minutos. A voz eletrônica o fez tremer de ansiedade:
— Quem é?
Se aproximou do interfone, limpou a garganta antes de falar com a voz grossa?
— Maria, sou eu…
Silêncio. Por um momento ele jurou que ela iria mandá-lo embora. Mas ele recebeu apenas o silêncio como resposta. Até cogitou voltar atrás, que aquilo era um tremendo erro – mais um para sua coleção… Mas antes que pudesse refazer seu caminho, ouviu de dentro passos e um tilintar de chaves. O portão abriu-se e a figura de Maria apareceu feito um sonho. Seus olhos brilharam ao vê-la tão de perto após todo aquele tempo. Mesmo vestida da forma mais caseira possível com um vestido simples e um avental, ela estava resplandecente. Sua expressão era séria:
— O que veio fazer aqui?
— Bem — retornou a órbita, estendendo a vasilha: — vim te entregar isso e —
— Tudo bem, obrigada. — Cortou ela pegando a vasilha das suas mãos. Charlie ficou parado sem reação. Maria o encarava de volta quase em tom desafiador. Entrelinhas ela estava dizendo para ele: “o que mais você quer?”. Ela já ia fechando o portão na cara dele quando ele decidiu agir, impedindo que ela fechasse, praticamente clamando:
— Não, por favor! Deixa eu entrar… Eu preciso conversar com você!
Maria parou, encarando-o com um profundo ódio na sua expressão. Suspirou, a clemência vindo do rosto daquele homem tocou em um ponto que ainda era extremamente vulnerável dentro dela. Deu espaço para que o homem entrasse, sentindo o cheiro dele quando o mesmo passou por ela, ressuscitando emoções passadas. Ela poderia ter dito um não mas era impossível dizê-lo quando tinha aquele par de olhos escuros pedindo com uma fragilidade por ela.
Entraram na sala da casa dela. Arejada, um sofá azul, o raque com a televisão, alguns quadros pendurados na parede. Os olhos de Charlie buscaram por algum rastro do bebê pela casa. Maria parou no batente do corredor, braços cruzados, tomando uma distância segura do homem, que indagou com as mãos na cintura:
— Onde está o bebê?
— Que bebê?
— Por favor Maria — sua voz era um sussurro, se aproximando a passos lentos da mulher, um olhar de piedade para a expressão séria da mulher: — não finja de boba. Eu o vi. Ontem na missa, você, aquele seu marido, o bebê…
— E o que você quer com ele? — Questionou, virando o rosto quando Charlie se aproximou dela, as mãos dele ergueram no ar, na direção do rosto dela, como um reflexo antigo que não conseguiu conter, porém manteve as mãos suspensas no ar. Sua respiração quente batendo no rosto da mulher. Charlie sussurrou?
— O que eu quero com o meu filho?
Maria finalmente o encarou.
O olhou. Suas pupilas se dilataram, sua reação foi imediata: desgrudou da parede, descruzou os braços, uma expressão de susto tomou sua face enquanto se distanciava mais uma vez do homem. Charlie deixou que os braços caíssem nas laterais de seu corpo, virando-se para fitar a mulher que estava no meio da sala, desnorteada. Ele impôs:
— Maria, eu só te peço a verdade. Nada mais que isso… — Tomado de coragem se aproximou dela novamente, os passos cautelosos para não espantá-la mais uma vez para longe dele. Maria ficou estática, como se o aguardasse. Charlie finalmente colocou suas mãos nos ombros dela, para impedi-la de sair correndo mais uma vez, sua voz era convicta: — Além de eu poder conhecer o menino. Meu filho. Só te peço isso. Por favor.
A mulher lentamente aceitou aquele abraço, as mãos do homem deslizando e encaixando-se perfeitamente em suas costas, abraçando-a com seu corpo quente, alimentando sua alma novamente com as esperanças de encontrar um lugar divino. Com lábios singelos, Charlie beijou-lhe o ombro, enterrando-se mais uma vez naquela mulher. Sua Madalena. O passado agora parecia o dia anterior que apenas dobrou e nada mudou entre eles.
✟
Maria preparou um café para eles. O relógio marcava as três da tarde. Miguel dormia num moisés que foi colocado na cozinha, Maria terminava de mexer em uma penela onde um recheio de bolo engrossava, comentando com casualidade que estava vendendo bolos, doces e salgados para festas por encomenda – algo que surgiu no ano anterior, por sugestão do homem que sempre a viu tão imersa e fascinada naquele mundinho, e que deu certo.
Charlie que estava sentado quase colado ao moisés, estava perdido em admiração pelo bebê rechonchudo que dormia angelicalmente naquela caminha, sentindo o peito em chamas. Chamas de amor paternal que ele mal fazia ideia que habitavam sua alma. Sua mão que suava frio encostava a borda do moisés, mexendo-o com suavidade, buscando de alguma forma tocar seu filho. O bebê de onze meses era grande, roliço, as bochechas rosadas, o nariz era um pontinho arrebitado, os lábios eram rosados, entreabertos com um pouquinho de saliva escorrendo, as sobrancelhas eram bem definidas e escuras, os cabelos era levemente enrolados e de um dourado-acobreado que o relembrou das fotos de infância. Miguel era praticamente um outro ele, um pedaço dele que se multiplicou. Não havia milagre mais sublime que aquele.
Maria terminou com o recheio, deixando-o preparado num canto. Trouxe para a mesa quadrada de tampo de mármore com uma toalha de mesa de plástico por baixo da de pano bordada os biscoitos que sobrou da última bandeja. O cheirinho de baunilha e canela preencheram as narinas de Charlie que agradeceu a mulher pelo lanche. Os dois se serviram naquele silêncio aconchegante da casa dela, logo atrás dele a porta do quintal estava aberta, onde os passarinhos que faziam ninho na enorme árvore central cantavam. Era um pedacinho gostoso da paz.
Maria decidiu começar a falar antes que os próprios pensamentos a comessem viva:
— Você por algum acaso me procurou depois que eu fui embora? — Charlie olhou para a mulher com o peito carregado de culpa. Com a voz pesarosa ele respondeu com toda sua verdade:
— Não. Quando você decidiu dar um ponto final eu sofri, calado, porém não fui atrás de você. Tanto em respeito a sua decisão quanto a minha vontade em me redimir com Deus, com meus votos…
— Tudo bem — ela respondeu tentando manter a cordialidade na voz, sorriu para ele do outro lado da mesa: — tudo bem mesmo Charlie. Imaginei isso mesmo, eu não poderia ser egoísta ao ponto de desejar o contrário… Seria hipocrisia da minha parte, imagine — deu de ombros soltando uma risadinha: — decidir que iria te deixar e simplesmente desejar que você viesse atrás de mim…? Não. Não faz sentido. Não fazia sentido na época…
— Naquela época você já estava grávida, né?
— Sim. Tinha acabado de descobrir — seus olhos caíram em Miguel, sereno em seu sono, Charlie acompanhou o olhar dela: — que estava grávida. Foi até engraçado, sabe? — Riu das lembranças:
— Não é motivo de risada por causa das circunstâncias mas… Um dia antes de nos encontramos, eu tinha feito um teste de farmácia escondido. Já tinha uma desconfiança e bem… Deu positivo! Eu fiquei em estado de choque.
— Você cogitou abortar? — A pergunta repentina veio de um medo distante desta possibilidade. Maria negou com a cabeça:
— Nem se fosse seu desejo… Era o que você iria me pedir, caso eu te contasse?
— Não — Charlie respondeu, sério: — isso só caberia a você.
— Mas abortar não é um assunto espinhoso para a Igreja, passível a condenação eterna…?
— É. Mas sinceramente… Para mim, não é da minha conta se alguém vai querer abortar ou não Maria. Isso no final das contas é problema dessa pessoa com Deus. Mas se você quer mais sinceridade de mim — coçou a sobrancelha: — eu ficaria bastante magoado se soubesse que você interrompeu a gravidez do nosso filho.
Maria não quis demonstrar muito a surpresa com a resposta do homem mas não conteve o sorriso que emoldurou seu rosto. Charlie notou aquele brilho no olhar dela, sentindo-se mais confortável. Virou-se para Miguel mais uma vez, completamente encantado com seu filho:
— Sua mãe me contou um pouco sobre sua história…
— Ah é? E o que ela te disse?
— Me lembro dela contar que você sumiu de repente e voltou barriguda e noiva. Que esse tal de Vicente — torceu o nariz ao relembrar do sujeito: — te levou pra cidade dele, que é vizinha da nossa, e que Miguel nasceu na Véspera de Natal.
— Uma benção. — Os dois falaram a palavra em uníssono, rindo logo em seguida da coincidência.
Maria remexeu na cadeira, abrindo seu sorriso:
— Sim, sim… Minha história se resume a basicamente ter surtado e ido embora daqui, ter me esbarrado com o Vincente que me deu um ombro amigo e um apoio, daí ele me pediu em noivado e nos casamos, voltamos para cá e estou recomeçando minha vida. Simples.
— Ele pensa que Miguel é o filho dele?
— Em partes o menino é filho dele, Charlie. Desde quando tava barriguda ele sempre ajudou muito nós dois… Nunca questionou do por que do filho dele ter nascido um mês e meio adiantado. Muito menos dele não ter um pingo de semelhança com ele ou com alguém da família dele. Ele é na dele.
— E isso te conforta? Isso é o suficiente?
— Isso é o bastante para mim Charlie. Eu não poderia simplesmente brincar de mula-sem-cabeça até morrer. — Maria falou com um tom bem-humorado na voz, porém Charlie ficou sério com a resposta dela. Aquilo entrou na mente dele e cravou espinhos no seu ego. Antes que ele repetisse, Miguel balbuciou uma reclamação chamando a atenção de ambos.
O menino acordou. Maria ia se levantando para acudir o filho, porém Charlie foi mais rápido pegando o bebê em seu colo, começando a ninar ele, o sorriso bobão em seus lábios. Por aquele momento, ambos esqueceram o passado, as farpas trocadas, as mágoas guardadas em cantinhos de suas almas – por aquele momento único, eles se permitiram aproveitar um instante de afetos velados. Charlie olhou orgulhoso para Maria que estava parada em pé na frente dele, ambos sorrindo.
Emocionado com lágrimas silenciosas nos seus olhos, ele sussurrou:
— Ele realmente têm os meus olhos Maria! Isso é tão lindo… Meu filho…
✟
— Me prometa que irá sempre me ligar se precisar de algo?
— Não que eu precise de caridade — começou Maria com os braços cruzados, encostando-se no portão entreaberto de sua casa: — mas sim. Irei te informar caso algo ocorra.
— Irei te rever nas missas dominicais? — Charlie questionou, a bíblia debaixo de um dos braços cruzados, expectativa iluminando seu rosto. A tarde caía ao redor deles, a rua permanecia parada. Maria revirou os olhos:
— Sim, eu e Miguel iremos às missas. Pode ficar tranquilo!
— Que bom — falou, aliviado, um peso saindo de seus ombros. Olhou para dentro da casa dela, a vontade de ficar e fazer moradia naquele lar expostos na sua hesitação em ir embora.
— Obrigada por ter me aceitado na sua casa Maria. Por ter deixado eu conhecer o me-o Miguel.
Maria queria responder o que veio na sua mente de imediato: “Para você eu nunca falaria um não.”, mas se contentou em responder:
— De toda forma você daria seu jeito em conhecê-lo…
— Tem razão. Você me conhece como ninguém — riu: — então eu vou nessa… Fiquem com Deus e dê um beijinho de boa noite nele por mim.
— Tudo bem, Charlie. Tchau!
— Até logo Maria! Até logo…
Ele se recusava a se despedir em definitivo. Se afastou do portão, Maria sumiu quando o mesmo fechou-se atrás dela, um sentimento de vazio o assolando enquanto ele caminhava até seu carro.
Sentado dentro do veículo uma mistura de sentimentos transbordavam de si. Um recomeço parecia querer se firmar entre o Céu e a Terra diante de si.
"Aproveitem ao máximo todas as oportunidades nestes dias maus." (Efésios 5:16)
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De todos modos nunca sabrás las muchas maneras que he intentado, pero todavía me llevan de regreso al largo y sinuoso camino, me dejaste esperando aquí hace mucho, mucho tiempo, no me dejes parado aquí, guíame a tu puerta.
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Ratti auguri di buon Rattale!
A Vienna si calcola esistano una cosa come tre milioni di ratti che vivono nel sottosuolo della città. C'è un tour che ti fa esplorare le complesse linee fognarie dove ti raccontano di tutti questi ratti che girano. Tre milioni di ratti sono quasi due ratti a testa per ogni abitante della città. Quindi, in un mondo perfetto, questo Natale in casa saremmo in quattro: io, Ernesto e due ratti. I due ratti durerebbero poco. Uno Ernesto se lo mangerebbe in un secondo. L'altro lo difenderei a spada tratta e diventerebbe il mio alleato eterno e lo chiamerei Ratteo, così, per avere un essere vivente a cui tramandare quello che ho imparato durante la mia esistenza.
Ho deciso di passare il Natale lontano dall'Italia perché negli ultimi mesi sono stato troppo in giro e mi stavo dimenticando di uno dei valori principali su cui è fondata la mia stabilità: la solitudine. Ho fatto in modo di andare a cena da mio fratello molto molto presto, per essere in grado di finire prestissimo e tornare a casa quando il resto delle famiglie si stanno sedendo a tavola. È stupenda Vienna quando in giro non c'è anima viva. O per meglio dire, quando in giro ci siamo solo noi immigrati, senza famiglia, senza nessuno. No ok io ho un gatto e un ratto a cui sto insegnando tutto di me e che spero un giorno prenda il mio posto nella società. Lo vestirei con i miei stessi abiti. Forse gli farei pure gli stessi tatuaggi.
Vienna di per sé non è mai troppo affollata, c'è da dire. Ma vederla ancora più deserta del solito è rinvigorente. La solitudine che tanto mi manca è ovunque. Il bus si muoveva sinuoso tra le strade senza l'ombra di una macchina in movimento. I semafori lampeggiavano sincronizzati con le luci degli alberi negli appartamenti di chi non vedeva l'ora di festeggiare. Tante lingue diverse. Del tedesco neanche una lontana eco. Prima di rientrare sono passato dal supermercato turco, loro sono sempre aperti. Ecco un altro pilastro della mia stabilità. Due ragazzini prima di me stavano comprando quella che penso fosse la loro cena natalizia. Una confezione di pane da toast, del formaggio già tagliato a fette, del prosciutto, qualche sacco di patatine e una marea di coca zero. Quanto li ho invidiati. Non dovevano essere di qua, intendo abitanti della zona. Avevano l'aspetto dei turisti. Erano giovani, vestiti male, capelli orrendi, con pochissimi soldi ma stavano avendo la serata che vorrei tanto aver avuto io con te. In una città di cui non sappiamo niente, in un momento in cui tutti si ricongiungono con i familiari, noi, andare via da tutto e avere tutto quello che ci serve tra i filamenti del formaggio sciolto del toast. Unica differenza, lo si farebbe senza prosciutto, che lo diamo a Ernesto e Ratteo.
Quando ottieni quello che hai sempre voluto è il momento in cui ti rendi conto di quanto era bello semplicemente desiderare, senza le responsabilità che derivano dall'ottenere. La felicità è un atto di responsabilità e va difesa. Devi lavorare ancora più di prima per mantenerla. Consuma un sacco. Ha sempre fame. Ci mette un attimo ad ammalarsi e deperire e mutare e non appena diventa anche solo di un gradiente meno luminosa ecco che pensi di averla persa. Sono successe tante cose in questo anno terribile che mi hanno reso felice e solo dire la parola "felice" mi fa sentire sporco perché quella voce che costantemente urla in testa "tu non meriti di essere felice!!!" non è che ha smesso di urlare eh, continua a farlo, ma vedendo che un pochino io sono sereno ha fatto il broncio, incrociato le braccia, sbattuto forte i piedi per terra e si è andata a mettere in un angolo del cranio a escogitare un piano per farmela pagare.
Ho lavorato tanto in questi anni e neanche me ne sono reso conto. Tutte le volte che venivo qua a scrivere mi stavo preparando per fare qualcosa che non avrei mai pensato potesse accadere. Non ho la forza ahimè, per raccontare la mia storia a tutti, ancora, cosa che dovrei fare dato che devo andare in giro e promuovere la mia carriera di autore e spiegare pure tutte le altre attività che svolgo e cercare di sembrare interessante e intelligente e sagace e invece sono solo a pezzi e la socialità mi esaurisce.
Questo Natale lo sto passando come John McClane. Decisamente lurido e unto, senza scarpe, con un gran mal di testa, chiuso nel condotto di areazione mentre scappo da tutti. Mi farei portare di tanto in tanto qualche biscottino da Ratteo ma poi come cacchio riesco a strisciare fuori da qua dentro. La mia pancia ha raggiunto livelli che mai avrei pensato potesse raggiungere e il bello è che non mi interessa minimamente. Solo quando mi allaccio le scarpe dai, lì un po' intralcia. Non mi interessa perché sono entrato nei quaranta e finalmente "ho dato". Posso dirlo con fierezza. Ho dato. Ora tocca a qualcun altro darsi da fare ed essere bello e atletico e magro e muscoloso e pieno di talento io, ho dato. C'ho provato. Ha funzionato per un frangente e poi ha smesso e ho passato anni a cercare di rimanere come nei miei ricordi finché non mi sono reso conto che ero rimasto fermo. Bloccato. E non nel sistema di areazione come questa notte.
Ernesto non è più abituato a guardarmi scrivere, in effetti sono passati parecchi mesi. Non riuscivo più ad avvicinarmi a una tastiera se non per piccoli frangenti di tempo. Per rispondere a delle mail o per digitare nel motore di ricerca la categoria con la quale mi piacerebbe masturbarmi. Ernesto mi ha attaccato un piede, segnale che non accetta io sia distratto e che non lo stia degnando delle attenzioni che ritiene di meritare e meno male che non mi stavo adoperando per masturbarmi altrimenti sai che dolore se mi avesse addentato altro. Tipo il piccolo Ratteo che ho tra le gambe e che, nonostante la pancia sia cresciuta, resta sempre delle stesse dimensioni contenute.
Lo psicologo l'altro giorno mi ha chiesto cosa vorrei fare se scoprissi che in sei mesi tutto sarebbe finito. Gli ho chiesto cosa intendesse con tutto. Ha risposto tutto. Tu, il mondo. L'umanità: tutto. Anche la mia famiglia? Sì, anche la tua famiglia. No aspetta ma quindi anche mio nipote? Sì, anche tuo nipote. Cercherei di salvare la mia famiglia. Ha detto che non potrei farci nulla. Allora ho detto che andrei per strada e urlerei a tutti che il mondo sta per finire e che mancano solamente sei mesi anche se poi sembrerei uno di quei pazzi che urlano che siamo fottuti con un cartello scritto male e un cappello di stagnola e che quando li becchi mica gli dai retta, pensi che siano pazzi e torni a casa e te ne dimentichi mentre cerchi qualcosa di nuovo con qui masturbarti. Mi ha detto che non posso dirlo a nessuno, che sono l'unico ad essere informato e devo tenermelo per me. Allora ho pensato davvero a cosa avrei voluto fare, ma c'era un'altra domanda da porgli. Dovrei continuare a prendere farmaci oppure sarei senza la mia malattia? Ci ha riflettuto un attimo e poi mi ha fatto un grande dono. Saresti senza. Allora ho elencato tutti i posti che vorrei vedere e le cose che vorrei fare e il Giappone e nuotare con le balene e i cibi che vorrei mangiare e le droghe che vorrei provare per poi finire dicendo che un mese lo vorrei passare abbracciato a mio nipote, che non capirebbe e anzi, probabilmente mi caccerebbe via dicendo "zio Pattejo coza fuoiii" però a me andrebbe bene lo stesso. Voi cosa fareste, se rimanessero solo sei mesi?
Mi mancava la solitudine e sentirmi solo e parlare da solo e scrivere in questa condizione di silenzio totale. Nel palazzo di fronte non c'è nessuna luce accesa. Forse sono tutti usciti per cena o forse sono tutti rientrati nei loro paesi di appartenenza. Se ancora sono a Vienna è per questo motivo, da nessuna altra parte del pianeta riesci a sentirti così solo come qua. Per questo poi ti affidano due ratti.
Ernesto si è appallottolato sul divano. Ratteo si è addormentato sulla mia spalla. Spengo le luci, apro i regali che mi sono fatto e aspetto sia domani. È un Natale bellissimo ma sarà ancora più bello quando potremo farci dei toast insieme e raccontarci cosa ci ha insegnato il silenzio.
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𝐓𝐑𝐘 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐋𝐔𝐂𝐊𝐘: ──── LOVE-KINN's point of view ;
Chegar à Ilha de Circe não trouxe nenhum alívio imediato. Love estava imersa em seus pensamentos, desejando ficar sozinha. Estava mais sociável sim, mas ainda ressabiada em excesso. Os últimos dias haviam sido cheio de reflexões dolorosas sobre tudo o que tinha acontecido em sua vida, sobre o dialogo que tivera com com amigos e ainda mais sobre quando se deu conta do quanto estava perdida na própria vida e em sua narrativa. Cada memória parecia ser uma punhalada, lembrando-a das coisas que preferia esquecer e se arrependendo de coisas que fez ou deixou de fazer.
Ao desembarcar, ela mal notou a beleza serena da ilha. Em vez disso, se trancou no quarto que estava dividindo com Veronica e Evelyn. Enquanto as amigas foram aproveitar do clima paradisíaco, Mayurin ligou a televisão e ali ficou imersa em séries por algumas horas curtindo sua solitude presa no quarto. Determinada a passar o tempo sozinha, ela se trancou em no quarto, recusando-se a interagir com os outros campistas ou explorar a ilha. Poderia muito bem sair por ai exibindo seus novos fios descoloridos e em tons avermelhados, talvez numa tentativa boba de recuperar o tom de suas asas que agora mal as exibiam por ai. Ela sabia que sua guerra interna a seguiria para onde quer que fosse, e o melhor que podia fazer era canalizar sua energia em algo produtivo.
A ideia de preparar a ilha para possíveis ameaças externas lhe dava uma sensação de propósito, mesmo que temporária, por isso acabou saindo do quarto apenas horas depois. Quando finalmente saiu para explorar a ilha, com um olhar atento para os detalhes que pudessem passar despercebidos pelos olhos destreinados. Não era instrutora de furtividade e espionagem atoa. Além de todo o histórico dos Narinrak. Bem, ela tinha experiência. Cada local e caminho eram analisados meticulosamente. Ela sabia que as armadilhas precisavam ser eficazes, não apenas contra homens, mas também contra qualquer tipo de criatura mítica que pudesse aparecer. O que fez se perguntar porque uma deusa como Circe queria tanto essas proteções. O que estava a caminho que até mesmo deuses estavam temendo?
Ela encontrou um local perfeito perto de uma densa floresta, onde a vegetação poderia facilmente esconder armadilhas mágicas. Outro ponto estratégico estava próximo a um riacho, onde qualquer invasor teria que passar para alcançar o centro da ilha. Love anotava mentalmente cada local, já visualizando como as armadilhas poderiam ser dispostas. Mesmo com seu plano claro, ela sabia que não poderia executar tudo sozinha. Precisaria de mais voluntários para ajudar a instalar as armadilhas e vigiar as áreas estratégicas. Esse pensamento a deixou ainda mais carrancuda. Pedir ajuda não era algo que ela fazia com facilidade, especialmente agora, quando se sentia mais vulnerável do que nunca. Ela não queria contato.
O peso das últimas semanas era visível em seus olhos, e ela colocou óculos de sol quando retornou ao local onde alguns ferreiros estavam se reunindo. A mulher solicitou por algumas armadilhas depois de explicar os locais e o que poderia ser posto onde avistou pontos estratégicos. Precisou de algumas instruções sobre como instalar as armadilhas. Quanto às mecânicas, saberia lidar com elas, ou tentaria. Após alguns minutos, ela já se sentia confiante para começar.
Armada com um saco cheio de armadilhas, Love se dirigiu ao primeiro local estratégico que havia identificado horas antes. O caminho para a floresta era sinuoso, mas ela o percorreu com facilidade. Ao chegar ao local, ela começou a trabalhar. A primeira armadilha mecânica foi instalada perto de um grupo de árvores densas. Love cavou um buraco no chão e cuidadosamente colocou a armadilha, cobrindo-a com folhas e galhos para ocultá-la. A filha de Tique testou a instalação, assegurando-se de que a armadilha se ativaria corretamente. "Isso deve funcionar," pensou, satisfeita com seu trabalho.
Em seguida, passou a instalar as armadilhas mágicas. Um dos filhos da magia havia fornecido runas encantadas que precisavam ser ativadas com palavras específicas e posicionadas em lugares-chave. Ficou insegura já que não possuía magia mas foi lhe assegurado que apenas iria precisar em cada local. Kinn encontrou um tronco de árvore caído e prendeu a primeira runa nele, quando colocado a runa brilhou por um momento antes de se fundir com a madeira, ficando praticamente invisível. A tailandesa continuou esse processo em vários pontos estratégicos da floresta, perto do riacho e em outras áreas onde os invasores poderiam passar. As instalações foram feitas com precisão e cuidado, garantindo que as armadilhas fossem eficientes e difíceis de detectar. Instalando as últimas armadilhas perto do riacho, Love sentiu uma pequena sensação de alívio. Pelo menos aqui, ela podia fazer algo útil, algo que protegesse seus amigos e o acampamento.
Ao cair da noite, Love estava exausta retornando da floresta para o hotel quando saiu próxima da praia. Com os fones de ouvido ainda firmemente colocados, ela os retirou para observar a cena dos mais diversos semideuses brincando e se divertindo. Outros estavam espalhados por áreas próximas, jogando vôlei, fazendo piqueniques e simplesmente aproveitando. Kinn parou por um momento, observando a alegria contagiante ao seu redor. Ela notou um grupo de crianças correndo pela areia, perseguindo-se e soltando risadas altas e despreocupadas. Mais adiante, viu alguns adolescentes mergulhando nas ondas, desafiando-se a quem conseguia ficar mais tempo debaixo d'água. A atmosfera era tão diferente do ambiente tenso e hostil do acampamento, que quase se sentiu deslocada.
Suspirando, ela pensou em como deveria estar mais aberta para conhecer a ilha e tentar aproveitar melhor sua estadia ali. A verdade era que, apesar de todo o caos e a dor que vinha enfrentando, ela merecia um momento de paz e descanso. A ilha de Circe oferecia uma oportunidade rara para relaxar e se recuperar, mesmo que por um curto período. Caminhando em direção ao mar, sentiu a areia quente sob seus pés e o cheiro salgado do oceano encher seus pulmões. Por um momento, Love permitiu-se sorrir de maneira sincera como não havia feito nas últimas semanas.
Talvez ela devesse mesmo se divertir um pouquinho. Talvez esse fosse o primeiro passo para se reconectar com o lado mais leve e alegre de sua vida, aquele que tinha sido enterrado sob camadas de dor e arrependimento. Enquanto o som das ondas quebrando na praia a acalmava, Love decidiu que, pelo menos naqueles dias, ela iria permitir-se aproveitar o paraíso ao seu redor.
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Subida a Treviso, Cantabria.
Es el pueblo más aislado de Cantabria
Ese sinuoso sendero es el único acceso desde la propia comunidad Cántabra.
Durante muchos años se utilizó para bajar hasta el río Deva, en el Desfiladero de la Hermida, el mineral de cinc que extraían en las minas de Andara
Desde Sotres, en Asturias existe el único acceso por carretera, que no es que sea mucho mejor que esa senda, pero por lo menos subes sentado.
Para que os hagáis una idea de lo aislado que puede llegar a estar, en 2015 y tras unas buenas nevadas, estuvieron “incomunicados “ durante algo más de 1 mes y los suministros y víveres tanto para las gentes que allí viven como para su ganado, fueron llevados por aire con helicópteros.
Iba a decir que está donde Jesucristo perdió la zapatilla, pero no, el Yisus cuando se vio delante de esa subida dijo
— Ya subirá mi Padre en forma de paloma o si eso me espero a que pongan teleférico
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To walk through your winding corridors with the care of a snail on my back to reach the center of your labyrinth free from falls and wounds and love you until life in the face of death surrenders.
Andar por tus sinuosos pasillos con el cuidado de un caracol a cuestas para llegar al centro de tu laberinto libre de caídas y heridas y amarte hasta que la vida, ante la muerte se rinda.
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Tus pecas se juntaron como nubes en el cielo, cayeron como tormenta sobre mis ojos hasta inundarme, y si me ahogo que sea en tus ríos y arroyos que circunscriben tus territorios sinuosos que son mi delirio.
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