#símbolo da República
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antonioarchangelo · 1 year ago
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"Androcleptocracia" homenageia obra de José Murilo de Carvalho
O poema “Androcleptocracia”, recentemente escrito por Antônio Archangelo, emerge como um brado apaixonado que ecoa através das páginas da história do Brasil, revelando a voz silenciada e as lutas das mulheres que contribuíram significativamente para o país. A obra literária não se limita a uma mera reflexão sobre o contexto republicano no Brasil e a tentativa dos republicanos de inserir a figura…
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kerolystar · 29 days ago
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Capítulo 5: O Reino dos Machos
A fraternidade de Lee e Jeongin, conhecida como "Os Imperadores de Atenas", era um verdadeiro templo para os homens mais arrogantes e egocêntricos da faculdade. O local, embora imponente do lado de fora com sua fachada em estilo neoclássico, escondia um interior que mais parecia uma mistura de zona de guerra com república abandonada.
O cheiro de cerveja velha, suor e fast food estragado tomava conta do ar. Garrafas vazias e caixas de pizza estavam espalhadas pelo chão, junto com roupas jogadas aleatoriamente. O sofá da sala principal, que outrora fora de couro, agora estava coberto de manchas suspeitas e buracos causados por cigarros. Uma televisão enorme dominava o ambiente, exibindo partidas de esportes ou videogames, enquanto alguns membros da fraternidade gritavam e apostavam entre si.
Aqui, ninguém falava de sentimentos. Mostrar vulnerabilidade era considerado fraqueza, e qualquer um que tentasse quebrar esse código não demorava a ser ridicularizado. "Sentimentos são coisa de mulherzinha," era a regra de ouro, dita e repetida com orgulho. A limpeza? Um mito. Qualquer tentativa de arrumar a casa era imediatamente delegada aos novatos, que mais pareciam empregados não pagos.
Naquela noite, a sala estava lotada. Changbin, o líder da fraternidade, estava sentado em sua "cadeira de poder" – uma poltrona velha, mas ainda assim símbolo de autoridade. Jeongin e Lee estavam ao seu lado, espalhados de maneira desleixada em um sofá rasgado. Seungmin, como de costume, estava mais afastado, tentando parecer útil, mas sem chamar muita atenção.
"Então, seus vermes," começou Changbin, batendo palmas para atrair a atenção dos novatos que estavam enfileirados no centro da sala. "Querem mesmo fazer parte dos Imperadores de Atenas?"
"Sim, senhor!" responderam em uníssono, apesar do nervosismo evidente.
"Ótimo," continuou Changbin, sorrindo com superioridade. "Então, aqui vai o próximo desafio. Vocês vão invadir a fraternidade feminina 'As Divas da Vitória' e roubar... uma peça de roupa íntima. E não é qualquer peça, é algo que prove que vocês estiveram no quarto delas."
Os novatos trocaram olhares assustados, mas antes que pudessem se manifestar, Lee se levantou e acrescentou, com um sorriso malicioso: "E vocês vão fazer isso vestidos de garotas. Quero perucas, maquiagem, salto alto. Se forem pegos, problema de vocês. Se conseguirem, talvez vocês tenham o direito de respirar o mesmo ar que a gente."
A sala explodiu em risadas, enquanto os novatos tentavam entender se era uma piada ou um desafio real.
"Isso é sério?" perguntou um deles, hesitante.
Jeongin cruzou os braços e o encarou. "Você acha que estamos brincando? Aqui não tem moleza. Se não aguenta o tranco, a porta é logo ali."
Antes que o grupo pudesse sair, Changbin ergueu a mão. "Ah, e mais uma coisa. Vocês têm até o amanhecer para voltar com as peças. Se não voltarem, estarão fora da corrida."
Os novatos saíram às pressas, já tramando como iam cumprir o desafio sem serem expulsos ou presos.
Assim que a sala ficou mais tranquila, Jeongin pegou uma garrafa de cerveja e jogou as pernas no encosto do sofá. "Cara, eu queria ver a cara daquelas garotas quando descobrirem que roubaram as roupas delas."
Lee riu. "Elas devem achar que estão protegidas naquele palácio delas. Mas mal sabem que a gente é capaz de tudo."
Enquanto isso, Changbin se inclinou para trás, aproveitando o momento. "Esses novatos precisam aprender que, aqui, o poder é nosso. E se eles não aguentarem, melhor pra gente. Mais espaço e menos idiotas para limpar."
Seungmin, tentando se mostrar útil, comentou: "Falando em limpeza, o que a gente vai fazer com a bagunça? A casa está quase insuportável."
Jeongin gargalhou, apontando para Seungmin. "Você ouviu isso, Lee? O Seungmin quer limpar!"
Lee entrou na brincadeira. "Deixa eu adivinhar, Seungmin. Você quer pegar uma vassoura e passar pano por aí? Vai querer um avental também?"
Seungmin corou, mas tentou disfarçar. "Não foi isso que eu quis dizer. Só acho que devíamos colocar os novatos pra fazer isso."
Changbin, ainda rindo, concordou. "Boa ideia, Seungmin. Vamos deixar a fraternidade brilhando... com escovas de dente."
Os três começaram a rir alto, e Lee completou: "Mas é claro que não vamos fiscalizar nada. Isso é só pra assustar eles. Ninguém aqui tem tempo pra ser babá de escravo."
A fraternidade Imperadores de Atenas continuava fiel à sua reputação: um lugar onde a arrogância reinava, a diversão vinha sempre às custas de outros, e o caos era a única lei.
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viajantesemtempo · 6 months ago
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O óleo sobre tela foi pintado em 1830, inspirado na revolução das "Três Gloriosas" (Revolução de julho). Ela é uma das principais obras do museu do Louvre, juntamente com a Vênus de Milo, A Balsa da Medusa e a Monalisa, de Leonardo Da Vinci. Vejamos um pouco sobre a pintura, que se tornou depois disso um dos símbolos da República Francesa, para que você possa melhor apreendê-la durante sua visita ao Louvre. Esta obra espera por você no Museu do Louvre: o bilhete de entrada permite admirá-la.
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kimberly-ld · 3 months ago
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O desfile de traje de gala da Miss República Checa, Veronika Biasiol, no Miss Grand International certamente deixou sua marca! Ao fazer uma referência à bandeira LGBT+ em sua apresentação, ela trouxe uma poderosa mensagem de inclusão e representatividade para o palco. Esse gesto é especialmente significativo em um concurso de beleza internacional, onde muitas vezes o foco está na estética tradicional, e é inspirador ver uma candidata usando sua plataforma para promover causas sociais.
Veronika, com seu vestido elegante e a escolha consciente de incluir um símbolo tão importante, reforça que a diversidade tem espaço em todos os âmbitos — incluindo o mundo dos concursos de beleza. Essa atitude pode ajudar a abrir portas para mais diálogos sobre diversidade e inclusão dentro e fora da competição. Será interessante observar como esse ato será recebido, tanto pelos jurados quanto pelo público. Sem dúvida, ela se destacou ao usar a moda para transmitir uma mensagem que vai além da beleza externa.
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reinato · 1 year ago
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ARGENTINA:
A Argentina é um país da América do Sul com uma área extensa que abrange montanhas dos Andes, lagos glaciais e pradarias nos Pampas, ocupadas tradicionalmente por seu famoso gado. O país é conhecido também por sua dança e sua música, o tango. A capital cosmopolita, Buenos Aires, tem como centro a Praça de Maio, cercada por edifícios imponentes do século XIX, como a Casa Rosada, o emblemático palácio presidencial.
Confira algumas curiosidades:
1- Levantamento da World Cities Cultural Forum indicou que a Argentina é o segundo país com o maior número de livrarias por habitantes, ficando atrás apenas da Austrália. São aproximadamente 30 unidades para cada 100 mil pessoas.
2- Os argentinos têm costume de dormir no horário do almoço. Sim, a siesta, costume herdado dos seus colonizadores espanhóis, ainda é uma realidade em alguns cantinhos argentinos.
3- O tango é o gênero musical mais tradicional da Argentina. Inclusive, Buenos Aires é conhecida como a capital mundial do ritmo. Originada no final do século 19, a dança é considerada um importante símbolo cultural desse país e apresenta enorme carga emocional.
4- A Argentina tem cinco Prêmios Nobel, sendo dois de medicina, dados a Luís Federeico Leloir e César Milstein um de química, de Bernardo Houssay e outros dois de Defesa da Paz, entregue a Adolfo Pérez Esquiv, por difundir a Não-Violência Ativa como instrumento de transformação e a Carlos Saavedra Lamad, agraciado com o prêmio da paz por sua participação no fim da Guerra do Chaco.
5- A Argentina já foi campeã de três Copas do Mundo de Futebol (1978, 1986 e 2022), além de possuir vários títulos da Copa América e conquistas nas Olimpíadas. Não é novidade para ninguém que, historicamente, a Argentina é um dos principais rivais da seleção brasileira de futebol.
6- O país foi responsável pelo feito de ter dois filmes latino-americanos premiados com um Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O primeiro foi em 1986, com A História Oficial, de Luis Puenzo, e o segundo ocorreu em 2010, com O Segredo de Seus Olhos, de Juan José Campanella.
7- É o segundo maior país da América Latina em território, com uma área de 2,78 milhões de quilômetros quadrados, e o terceiro em população, com quase 45 milhões de habitantes.
8- O sistema de metrô de Buenos Aires é o mais antigo da América Latina, inaugurado em 1 de dezembro de 1913 – até 2013 era possível viajar pelos vagões originais com bancos de madeira e lustres antigos. Hoje, esses vagões foram declarados Patrimônio Cultural da Cidade de Buenos Aires pela prefeitura local e estão passando por um processo de restauração.
9- A República da Argentina vem da palavra em latim argentum, que significa prata. O país foi assim batizado pois seus colonizadores espanhóis criaram uma lenda de que o território abrigava uma montanha de prata.
10- A bandeira do país tem um sol amarelo com a face humana no meio, que simboliza o Sol de Maio, momento marcante da revolução que visava a independência do país com relação à Espanha.
11- O país foi o primeiro no Ocidente a ter uma mulher como presidente. O feito aconteceu em 1974, com a posse de Maria Estela Martinez de Perón, que assumiu o cargo após a morte de seu marido, Juan Domingo Perón.
12- A Argentina já sofreu cinco golpes militares no decorrer do século 20, sendo a Ditadura Militar Argentina, de 1976 a 1983, a mais violenta da história do país.
13-Buenos Aires tem mais estádios de futebol do que qualquer outra cidade do mundo, abrigando 36 estádios por sua extensão.
14- A capital tem um prédio inspirado na obra de Dante Alighieri, a Divina Comédia. O Edifício Barolo, localizado na Avenida de Mayo, foi pensado nos detalhes: ele é dividido em três fases: inferno, purgatório e paraíso, assim como na obra, tem 22 andares, mesma quantidade de estrofes dos versos da Divina Comédia e tem por toda sua extensão citações em latim. Faça uma visita guiada para se encantar ainda mais.
15- A Argentina é o quinto maior produtor mundial de vinho, segundo dados da Organização Mundial do Vinho, além de ser o maior produtor da América Latina. Atualmente: o país possui aproximadamente duas mil vinícolas.
16- No bairro de Puerto Madero, em Buenos Aires, todas as ruas têm nomes de grandes personalidades femininas como educadoras, políticas e artistas locais, tal como Juana Manso, autora do primeiro livro de história argentina para escolas e Azucena Villaflor, ativista e fundadora do movimento Madres de Plaza de Mayo, criado para denunciar o terrorismo durante a última ditadura argentina.
17- É o lar da cidade mais ao sul do mundo, Ushuaia, conhecida como o Fim do Mundo. Localizada no extremo sul da Argentina, a apenas mil quilômetros da Antártica, é também um prato cheio para os amantes de esportes na neve.
Não o bastante, o pico mais alto das Américas também fica na Argentina, mais especificamente na região de Mendoza, na fronteira entre Argentina e Chile. O Monte Aconcágua tem mais de sete mil metros de altura.
18- O país tem a estrada mais bonita da América do Sul e uma das mais longas do mundo, a Ruta 40. Ela cruza a Argentina de norte a sul por uma extensão de 5,2 mil quilômetros, passando por 11 províncias argentinas, 20 parques e reservas naturais e 236 pontes.
19- A capital argentina possui a avenida mais larga do mundo, a Avenida 9 de Julio, que possui 140 metros de largura, com 12 pistas.
Confira algumas fotos em:
https://www.instagram.com/p/Ck8dDDROApI/?igshid=YmMyMTA2M2Y=
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multlingvulo · 2 years ago
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ABOLISH THE MONARCHY! LET THEM REIGN IN HELL WHERE THEY BELONG!
ENGLISH Recently, Charles III (and last) received his crown of blood and colonization. I don't want this to be just my manifestation against the British monarchy, the House of Lords and the current colonies of the United Kingdom, but also my protest against all royal families: the Dutch, the Norwegian, the Saudi, etc. Let them all rot on their thrones in Hell! The background is inspired by the gates to Buckingham palace. The lion is yet another symbol of the royal leech family's delusions, having a lion as their symbol while there are no native lions in the British Isles. The cat is wearing a Phrygian cap, a symbol for the republic and Jacobinism.
FRANÇAIS Récemment, Charles le III (et l'ultime) a reçu sa couronne du sang et colonisation. Je ne veux pas que ce soit seulement ma manifestation contre la monarchie britannique, la maison des lords et les actuelles colonies du Royaume-Uni, mais aussi mon proteste contre toutes les familles royales: les néerlandais, les norvégiens, les Saoudi, etc. Qu’ils tous pourrissent à l’Enfer! L’arrière-plan est inspiré par les portails du palais Buckingham. Le lion est encore un symbole d’arrogance de la parasite famille royale, ayant un lion comme leur symbole lorsqu’il y a aucun lion natif aux îles britanniques. Le chat porte un bonnet phrygien, un symbole de la république et le jacobinisme.
PORTUGUÊS Recentemente, Charles III (e último) recebeu sua coroa de sangue e colonialismo. Eu não quero que isto seja só minha manifestação contra a monarquia britânica, a casa dos lords e as atuais colônias do Reino Unido, mas também meu protesto contra todas as famílias reais: a neerlandesa, a norueguesa, a saudita, etc. Que todos apodreçam no Inferno! O fundo é inspirado pelos portões do palácio de Buckingham. O leão é mais um símbolo dos delírios da família parasita real, tendo um leão como seu símbolo enquanto não é nenhum leão nativo nas ilhas britânicas. O gato está vestindo um chapéu frígio, um símbolo da república e do jacobinismo.
ESPERANTO Lastatempe Ĉarls 3a (kaj lasta) ricevis sian kronon de sanĝo kaj koloniismo. Mi ne volas, ke tiu estas nur mia esprimo kontraŭ la britia monarĥio, la domo de sinjoroj kaj la nunaj kolonioj de la Unuiĝita-Reĝlando, sed ankaŭ mia malkonsento por ĉiuj reĝaj familioj: la nederlanda, la norvega, la saudia, ktp. Putru ili Infere! La scenaro estas inspirita de la enirejo de la Buckingham palaco. La leono estas plus unu simbolo de la deliroj de la parazita reĝa familio, kiu havas leonon por simbolo kiam ne ekzistas denaskaj leonoj Britie. La kato vestas la frigian ĉapon, simbolo de respubliko kaj ĵakobinismo.
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armatofu · 12 days ago
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15 hechos interesantes que quizás no conozcas sobre Francia
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1. Francia es el país más visitado del mundo, atrae a más de 80 millones de turistas anualmente, gracias a su rica cultura, historia, arte y hermosos paisajes.
2. El francés es el idioma oficial de Francia, pero el país es el hogar de varios idiomas regionales, incluyendo el bretón, el occitano y el corso, algunos de los cuales se han hablado durante siglos.
3. La Torre Eiffel, uno de los monumentos más emblemáticos del mundo, fue diseñada originalmente para ser una estructura temporal para la Feria Mundial de 1889 y fue casi desmantelada después.
4. Francia es conocida por su vino, y es uno de los mayores productores de vino del mundo. El país tiene varias regiones vitivinícolas de renombre, incluyendo Burdeos, Borgoña y Champagne.
5. El Museo del Louvre de París es el museo de arte más grande del mundo y sede de la famosa "Mona Lisa" de Leonardo da Vinci, considerada una de las obras de arte más visitadas a nivel mundial.
6. Francia es el hogar de más de 40.000 castillos, incluyendo el famoso castillo de Versailles, un símbolo del patrimonio real y la grandeza de Francia.
7. La Revolución Francesa, que comenzó en 1789, llevó al establecimiento de la Primera República Francesa e influyó significativamente en el desarrollo de los principios democráticos modernos.
8. Francia tiene su propia cultura del queso distintiva, con más de 1.000 variedades de queso producidas en todo el país, desde el cremoso Brie hasta el pungente Roquefort.
9. El país es un pionero de la moda, y París es considerada la capital mundial de la moda, hogar de prestigiosas casas de moda como Chanel, Louis Vuitton y Dior.
10. La cocina francesa es famosa en todo el mundo, y se ha añadido a la lista del Patrimonio Cultural Intangible de la UNESCO, destacando su significado cultural y el arte involucrado en su preparación.
11. Francia tiene la frontera más larga de Europa, compartiendo fronteras con Bélgica, Luxemburgo, Alemania, Suiza, Italia, España, Mónaco, Andorra y el Océano Atlántico.
12. La Revolución Francesa llevó a la creación del sistema métrico, que Francia introdujo por primera vez en el siglo XVIII y que ahora se utiliza en todo el mundo.
13. Francia tiene una rica historia literaria, con autores de renombre como Victor Hugo, Albert Camus y Marcel Proust contribuyendo a la literatura mundial.
14. El Palacio de Versailles, Patrimonio de la Humanidad de la UNESCO, es conocido por sus magníficos jardines, el Salón de los Espejos, y su papel como residencia real de la monarquía francesa antes de la Revolución.
15. Francia tiene una variedad de festivales únicos a lo largo del año, incluyendo el famoso Festival de Cannes, que celebra el cine y atrae a estrellas de todo el mundo.
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cyprianscafe · 22 days ago
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O exercício físico feminino como um problema da moralidade islâmica
Durante a revolução de 1979 e o início dos anos 1980, enquanto a República Islâmica consolidava seu governo político em casa e travava uma guerra territorial na frente internacional, a corrupção moral era vista como "o eixo central dos desígnios imperialistas". Dentro de tal estrutura, as mulheres eram simultaneamente sujeitas e símbolos da moralidade islâmica; seus corpos estavam no palco e eram palcos nos quais várias políticas e ideologias se desenrolavam. Proteger a castidade das mulheres significava defender a identidade islâmica da cidade e, por extensão, do estado. Houve conflitos entre os revolucionários sobre o quão drásticas as medidas de segregação de gênero deveriam ser. No entanto, "mesmo enquanto a guerra Irã-Iraque se desenrolava, figuras conservadoras proeminentes adotaram a linha de que a luta por questões morais não deveria ficar em segundo plano" (Khatam 2009). De fato, em abril de 1979, o aiatolá Khomeini ordenou que o Conselho Revolucionário criasse um departamento de moralidade que erradicaria hábitos culturais pré-revolucionários corruptos e processaria casos de "atividades proibidas". A polícia da moralidade aplicava rigidamente os códigos de comportamento “islâmicos” nas ruas, locais de trabalho e parques das cidades iranianas (Khatam 2009).
Sob tais circunstâncias, os esportes de lazer passaram a ser considerados desnecessários e anti-islâmicos. O ex-governador de Teerã Hassan Ghafourifard relembrou em uma entrevista de 1986 que "em tal atmosfera, quando eu era governador, lembro que alguém me ligou e perguntou se jogar vôlei era haram [religiosamente proibido]". Os esportes eram considerados haram ou, na melhor das hipóteses, uma forma de farra barulhenta" (Zan e Rooz 1986). Os esportes e as atividades de lazer das mulheres, especialmente, eram vistos como moralmente decadentes e, portanto, eram considerados desnecessários e proibidos. A principal preocupação do regime com relação às mulheres era criar mães piedosas; a questão do lazer e/ou exercício físico das mulheres era abordada de forma proibitiva, determinando onde as mulheres não podiam ir e o que elas não podiam fazer. A visão dominante era que, em uma ordem pública islâmica, o lar deveria ser valorizado como o lugar da mulher, a menos que o "bem comum" exigisse que as mulheres se manifestassem para mostrar seu apoio ao novo regime. Shahla Habibi, conselheira presidencial do Irã para assuntos femininos na década de 1990, relembrou em sua entrevista o quão difícil foi fazer com que autoridades, como Ghafourifard, apoiassem os esportes femininos e os tornassem menos tabu falando publicamente sobre eles.
Edições daquele período da revista Zan e Rooz, fundada em 1964 e uma das mais antigas revistas semanais femininas do Irã, fornecem uma janela para a atmosfera dos parques públicos naquela época. Seus relatórios sugerem que, sob tais circunstâncias, o exercício ao ar livre das mulheres nos parques havia se transformado em uma atividade estressante. Seus exercícios diários eram, portanto, frequentemente realizados sob o olhar desconfiado de guardas homens e da polícia da moralidade, que monitoravam suas atividades para garantir que nenhuma regra fosse violada e que seus movimentos estivessem de acordo com os códigos islâmicos e não fossem provocativos. Durante esse tempo, a regulamentação do estado sobre corpos de gênero apareceu na forma de dominação e proibição, um poder que estava acima e fora de seus cidadãos. O novo estado contava com uma "política de restauração masculinista", que, como afirma Kandiyoti (2014), é uma política que "requer doutrinação [islâmica] sistemática, maior vigilância e níveis mais altos de intrusão na vida dos cidadãos".
Na mesma entrevista, Ghafourifard sugere que novas restrições sociais tornaram necessário que o estado construísse instalações esportivas e de exercícios em ambientes fechados para mulheres: Em geral, três tarefas devem ser realizadas antes que as mulheres possam praticar exercícios: (1) apagar a imagem negativa do esporte feminino que foi herdada do regime anterior, (2) evitar comportamentos extremistas [fundamentalistas], (3) fornecer às mulheres as instalações esportivas necessárias.
Mas as mulheres não podiam esperar até que essas três condições fossem cumpridas e, como o orçamento nacional foi gasto principalmente na guerra com o Iraque (1980-8), havia pouca indicação de que essas tarefas seriam concluídas em breve. Assim, na década de 1980, apesar dos avisos e interrupções frequentes dos guardas, as mulheres que eram entusiasmadas com exercícios em grupo ao ar livre, embora ainda poucas em número, iam aos parques para realizar silenciosamente e secretamente seus exercícios matinais. Essa "invasão silenciosa" (Bayat 2010) por mulheres individuais é evidência da futilidade de medidas proibitivas. Na verdade, como Khatam (2009) aponta, com o passar do tempo "ficou claro que a polícia da moralidade havia perdido seu poder de intimidar".
Na década de 1990, a paisagem de Teerã começou a parecer diferente. As mulheres estavam sendo gradualmente incluídas em espaços públicos — embora espaços que eram segregados — à medida que mudanças em imperativos sociais, políticos e econômicos lenta mas seguramente levavam as mulheres aos espaços de trabalho, educação e consumo, demonstrando o fracasso da "ideologia da domesticidade" promovida pela República Islâmica (Moghadam 1988). Vários fatores contribuíram para essa mudança. Ironicamente, sua mobilidade fora de casa e pela cidade foi parcialmente possibilitada pelos planos iniciais de segregação de gênero na década de 1980. Enquanto isso, "as considerações populistas do estado islâmico, o ideal religioso de caridade, a guerra Irã-Iraque e as sanções econômicas lideradas pelos EUA levaram ao surgimento de um estado de bem-estar social" que fornecia serviços sociais financiados pelo estado em diferentes áreas, incluindo, mas não se limitando a, saúde e educação. Todos esses serviços induziram mudanças no tamanho, estrutura e funções sociais da família (Ladier-Fouladi 2002). A taxa de fertilidade diminuiu, a idade do primeiro casamento aumentou e, após o bem-sucedido programa de planejamento familiar financiado pelo estado, a taxa de crescimento populacional anual caiu de 3,4% em 1986 para 1,5% (Hoodfar e Assadpour 2000). Essas mudanças demográficas facilitaram ainda mais a entrada das mulheres nos espaços públicos da cidade. Além disso, o crescimento da taxa de divórcio e o número decrescente de novos casamentos deixaram muitas mulheres no comando de suas próprias vidas, necessitando ainda mais de sua entrada na cidade. Assim, durante a década de 1990, o enfraquecimento gradual dos laços das mulheres com a esfera doméstica, juntamente com a expansão dos espaços de educação, trabalho, lazer e consumo, tirou as mulheres de suas casas e as levou para escolas, empregos, shoppings e parques.
Muito antes desses acontecimentos, um dos membros masculinos do parlamento iraniano expressou suas preocupações sobre a "ameaça" do trabalho feminino e declarou: "Na sociedade islâmica, a manutenção da mulher é responsabilidade do marido e ela não deveria ter que trabalhar… Se isso mudar, tudo mudará; não haverá submissão das mulheres" (Paidar 2007: 323). Na década de 1990, para consternação do deputado, "tudo [tinha] mudado". Ficou claro para as autoridades estaduais que a proibição como estratégia de governança não teve sucesso. A República Islâmica enfrentou todos os tipos de resistência em matéria de gênero, principalmente porque havia um movimento feminino animado tanto entre os islâmicos quanto entre os mais seculares. O paradoxo da mobilização revolucionária é que ela involuntariamente cria as mesmas condições que estimulam as expectativas por uma cidadania mais participativa que aumentam as apostas na corrida para fabricar o consentimento.
Gender, Governance and Islam (Exploring Muslim Contexts) - Deniz Kandiyoti
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realengonews · 2 months ago
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A Reação de um Povo Órfão
por Joffre Soares
O Brasil viveu sob o sistema monárquico por quase sete décadas, um período de estabilidade que trouxe desenvolvimento e uma organização de Estado pautada nos interesses da nação. No entanto, com o golpe republicano de 1889, arquitetado por forças que buscavam controlar o poder sem compromisso com a estabilidade do país, o povo brasileiro foi abruptamente privado de sua identidade monárquica, deixado sem o referencial de um governante cuja legitimidade se estendia além dos interesses imediatistas. Esta transição, imposta sem consulta popular, afastou a população de suas raízes, criando um povo órfão de seu passado e de sua herança política.
As campanhas antimonárquicas foram cuidadosamente implantadas e reforçadas ao longo das décadas, moldando a opinião pública e distorcendo a percepção da monarquia. Escolas, livros e mídias incentivaram a ideia de que a monarquia era um atraso, enquanto os verdadeiros inimigos da liberdade e da justiça social, os que se opunham à abolição da escravatura e sustentavam estruturas de poder exploratórias, foram disfarçados de republicanos idealistas. A verdade, porém, é que muitos desses homens não buscavam o progresso do Brasil, mas apenas a preservação de privilégios que lhes garantiam uma posição de poder.
O golpe contra a monarquia foi executado por um grupo minoritário, apoiado em uma figura militar, Marechal Deodoro da Fonseca, que, embora próximo do imperador Dom Pedro II, foi manipulado por aqueles que, mais do que instaurar uma república, queriam consolidar um modelo de poder alheio ao interesse popular. O próprio Deodoro, já fragilizado, veio a lamentar o papel que desempenhou, chegando a querer renunciar antes mesmo de completar seu mandato. Sua atitude expressa a profundidade da traição e a falta de coesão nas bases dessa nova república.
A monarquia brasileira, ao contrário do que se disseminou após o golpe, nunca se opôs ao fim da escravidão. Ao contrário, foi sob o reinado de Dom Pedro II que as bases para a abolição foram concretizadas, resultando na Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel, um dos maiores marcos de avanço social do país. Esse passo, porém, desafiava os interesses de uma elite que via na escravidão uma ferramenta de perpetuação de poder, e foi contra essa monarquia abolicionista que se voltou o desejo de um novo regime que protegesse tais interesses.
Com o passar dos anos, a ausência de uma figura monárquica deixou o povo brasileiro em um estado de apatia política e desconexão com suas raízes. Sem um governante que represente a continuidade e o respeito pela história, os valores e a identidade cultural se diluíram em sucessivos governos de curto prazo, comprometidos mais com a sobrevivência política do que com o bem-estar da nação. A república, ainda hoje, enfrenta o desafio de suprir essa lacuna deixada pela monarquia, sem conseguir recuperar a confiança e a unidade que o sistema monárquico proporcionava.
Hoje, o povo brasileiro começa a questionar essa ausência, refletindo sobre a verdadeira intenção dos que construíram a narrativa republicana como única via para o progresso. A monarquia, vista por muitos como uma recordação nostálgica, emerge como um símbolo de estabilidade e de compromisso com o bem comum. Resta a pergunta: o Brasil estaria realmente órfão, ou estará pronto para reatar os laços com uma história que lhe foi usurpada?
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capitaisbrasileiras · 3 months ago
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Brasília - DF
15 - Brasília - DF 18 a 20 de outubro de 2024.
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Brasília, inaugurada em 1960, é a capital do Brasil e um marco da arquitetura moderna. Planejada pelo urbanista Lúcio Costa e com edifícios desenhados por Oscar Niemeyer, a cidade foi construída com o propósito de interiorizar o desenvolvimento do país e descentralizar o poder político. Seu plano piloto tem a forma de um avião, com áreas específicas para os setores governamentais, comerciais e residenciais, além de ser reconhecida pelo uso extensivo de espaços abertos e monumentais.
Patrimônio Mundial da UNESCO, Brasília é famosa por sua arquitetura futurista e pela disposição organizada das avenidas. A cidade é o centro administrativo do Brasil, abrigando os principais órgãos do governo, como o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Com uma população em crescimento e diversos setores econômicos em expansão, Brasília se destaca como uma metrópole de relevância nacional.
CONGRESSO NACIONAL:
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O Congresso Nacional do Brasil é o órgão legislativo federal, composto por duas casas: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Localizado em Brasília, sua função principal é debater e aprovar leis que regulam diversos aspectos da vida pública e privada no país. A Câmara dos Deputados representa o povo, com deputados eleitos proporcionalmente à população de cada estado, enquanto o Senado representa as unidades federativas, com três senadores eleitos por estado. Juntas, essas casas trabalham em conjunto na criação de leis, na fiscalização do Poder Executivo e na defesa dos interesses da população.
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A sede do Congresso Nacional é um dos símbolos mais icônicos de Brasília, projetada por Oscar Niemeyer e inaugurada em 1960. O edifício é composto por duas cúpulas – uma convexa, que representa o Senado, e uma côncava, que representa a Câmara – além de duas torres que abrigam os gabinetes dos parlamentares. A estrutura é famosa pelo seu design moderno e é um ponto turístico importante da cidade, refletindo a ideia de transparência e equilíbrio nos processos democráticos.
CÂMARA DOS DEPUTADOS E SENADO FEDERAL:
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A Câmara dos Deputados é a casa legislativa do Congresso Nacional responsável por representar o povo brasileiro. Ela é composta por 513 deputados federais, eleitos a cada quatro anos por voto direto, em um sistema proporcional à população de cada estado. A principal função da Câmara é a criação e a revisão de projetos de lei, além de fiscalizar as ações do Poder Executivo. Os deputados discutem e votam sobre temas que afetam a vida pública, como a economia, educação, saúde e segurança, atuando também na aprovação do orçamento federal e na abertura de investigações parlamentares.
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O Senado Federal, por sua vez, representa os estados e o Distrito Federal no Congresso Nacional. Cada uma das 27 unidades federativas do Brasil elege três senadores, independentemente do tamanho da população, o que garante uma representação igualitária. Os senadores têm mandatos de oito anos, e uma das principais atribuições do Senado é revisar as leis aprovadas pela Câmara dos Deputados. Além disso, o Senado desempenha um papel fundamental na aprovação de tratados internacionais, na nomeação de autoridades indicadas pelo Presidente da República e na condução de processos de impeachment.
PALÁCIO ITAMARATY:
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O Palácio Itamaraty, também conhecido como Palácio dos Arcos, é a sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, localizado em Brasília. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e inaugurado em 1970, o edifício é um dos exemplos mais notáveis da arquitetura modernista da cidade, sendo cercado por arcos monumentais e um espelho d'água que acentua sua elegância e leveza estrutural. Seu interior é igualmente impressionante, com salões amplos decorados com obras de arte de artistas brasileiros renomados, e um famoso jardim interno criado pelo paisagista Roberto Burle Marx.
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O Palácio Itamaraty desempenha um papel crucial na política externa brasileira, sendo o local onde são conduzidas as relações diplomáticas do Brasil com outros países. É ali que ocorrem reuniões com representantes estrangeiros, assinatura de acordos internacionais e recepção de chefes de Estado em visita oficial ao Brasil.
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O edifício é um símbolo da diplomacia brasileira, refletindo a importância do Brasil no cenário global e o compromisso com o diálogo e a cooperação internacional.
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Brasília, com sua arquitetura singular e planejamento urbano inovador, é um marco da modernidade e da política no Brasil. Como capital federal, ela não só abriga as sedes dos três poderes, como também simboliza a ambição do país em integrar suas diversas regiões e promover o desenvolvimento. Reconhecida como Patrimônio Mundial pela UNESCO, a cidade destaca-se pela harmonia entre seus espaços monumentais e seu papel como centro de decisões políticas e diplomáticas, consolidando sua relevância histórica e contemporânea no cenário brasileiro e internacional.
MAPA DISTRITO FEDERAL:
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geekpopnews · 3 months ago
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"Política: Decifra-me ou te devoro": Livro reflete sobre eleições
"Política: Decifra-me ou te devoro". A frase símbolo do enigma da esfinge é o ponto de partida do livro de Edson Gabriel Garcia. O autor busca explicar a política como assunto do cotidiano, frente a sua complexidade. #Política #Decifra-meoutedevoro
2024, ano de eleições municipais. Assim como a cada dois anos os eleitores fazem uma análise de quem escolher para ocupar os cargos do legislativo e executivo. No entanto, tanto nas eleições municipais, quanto estaduais, ou até mesmo na escolha para Presidente da República, o excesso de informações deixa o eleitor confuso e dividido. Pode até mesmo fazer com que ele se torne resistente a ideia de…
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vampire-rio-1980 · 4 months ago
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O Rio de Janeiro dos Anos 80
Nos anos 80, o Rio de Janeiro pulsava com o vigor febril de uma cidade que dançava à beira do abismo. Uma década de extremos, onde a luz das festas e da exuberância tropical contrastava com a escuridão das vielas, das favelas e dos becos encharcados de segredos. Era uma cidade que respirava com o peito apertado, o coração inquieto e os olhos sempre abertos para o horizonte incerto.
Contexto Histórico e Político
Os anos 80 no Brasil foram um eco distante da ditadura militar, mas o país ainda estava preso em sua sombra. A queda do regime autoritário se anunciava como uma aurora distante, porém a cidade permanecia no limbo entre a repressão e a liberdade. O Rio de Janeiro, uma vez a capital do império e da república, agora lutava para encontrar seu lugar na nova ordem, dividida entre a ostentação dos bairros nobres e o caos que crescia nas periferias. As eleições diretas eram um clamor distante, mas a voz do povo subia como um trovão, reverberando nos protestos, nos teatros de rua, nas canções de protesto que ecoavam pelas ladeiras de Santa Teresa.
A cidade era um palco de luta, onde as sombras das lideranças políticas e militares ainda pairavam sobre a vida noturna e os bastidores da política, manipulando cordas invisíveis, influenciando decisões e mantendo segredos sombrios.
Movimentos Sociais e Culturais
Mas era na cultura que o Rio realmente vibrava. O palco da resistência era também o palco da expressão criativa, onde a juventude encontrava no rock nacional uma voz desafiadora, rebelde, que incendiava as ondas do rádio. A MPB se misturava ao rock, ao funk e à soul, criando novas identidades, enquanto as ruas da Lapa, Ipanema e Copacabana dançavam ao som de guitarras distorcidas e tambores de batuque.
Os grafites começavam a colorir as paredes antes cinzentas da cidade, como murmúrios visuais de um inconformismo latente. O teatro, a poesia marginal e o cinema independente eram armas contra o silêncio imposto. Era uma época de libertação, onde as pessoas desafiavam os limites do que era aceitável, explorando sua sexualidade, identidade e sonhos em bares apertados e boates iluminadas por néons. A rua era uma tela aberta, onde cada esquina revelava uma nova forma de expressão, uma nova maneira de gritar ao mundo sua existência.
Eventos Marcantes da Década
A década trouxe também os grandes eventos que marcariam o destino da cidade para sempre. O colapso da economia brasileira, a hiperinflação que devastava o bolso dos cariocas e a violência crescente se misturavam à eleição de governadores civis, à redemocratização e à promulgação da Nova República. Mas para além das crises políticas, os eventos culturais pareciam ofuscar os desafios do cotidiano.
O Rock in Rio de 1985 emergiu como um hino de libertação para uma juventude que ansiava por novos ventos. O maior festival de música que a América Latina já havia visto trouxe bandas e artistas de todo o mundo, transformando o Rio em um epicentro global de cultura e energia criativa. Era um marco, um símbolo de que a cidade ainda respirava ares internacionais, mesmo em tempos difíceis.
O Carnaval, por sua vez, era a válvula de escape definitiva. As escolas de samba da Marquês de Sapucaí competiam não apenas por títulos, mas pela alma da cidade. As baterias ecoavam como corações de vampiros antigos, pulsando com a energia que só o sangue carioca poderia proporcionar. As fantasias, as cores e os corpos dançantes eram a prova viva de que, mesmo sob a escuridão, a cidade nunca deixava de brilhar.
A Vida Noturna Carioca
Se o Rio de Janeiro era uma cidade dividida entre a luz e as trevas, era na noite que essas duas forças se encontravam. A vida noturna da cidade era tanto um refúgio para almas perdidas quanto uma armadilha para os incautos. Nas boates de Copacabana, a elite bebia e se envolvia em intrigas políticas e romances proibidos. Nos becos da Lapa, poetas marginalizados, músicos de rua e criaturas da noite se misturavam, criando uma tapeçaria viva de histórias entrelaçadas, enquanto os becos da Glória e os salões de dança escondiam mistérios que nem a luz do amanhecer poderia dissipar.
A cidade nunca dormia. De bares como o Canecão, onde as maiores lendas da música se apresentavam, às festas clandestinas nas coberturas do Leblon, a vida noturna do Rio de Janeiro era um jogo perigoso de máscaras, tanto para os mortais quanto para os imortais. A cidade pulsava ao ritmo de uma música que nunca cessava, uma melodia feita de samba, suor, sangue e segredos.
Para os vampiros, essa era a década perfeita para se misturar entre os vivos. A febre do hedonismo, do excesso, permitia que seus predadores se movessem nas sombras sem chamar atenção. O Carnaval, os shows de rock, os bailes funk nas favelas – tudo isso criava o ambiente ideal para que os filhos da noite se alimentassem sem serem percebidos. As boates, com suas luzes estroboscópicas e sons pulsantes, eram o campo de caça perfeito.
O Rio de Janeiro dos anos 80 era um lugar onde tudo parecia possível. Onde os sonhos mais loucos e os pesadelos mais profundos coexistiam em um delicado equilíbrio, enquanto as noites tropicais eram banhadas por uma lua cúmplice, que velava tanto os amantes quanto os monstros. Era uma cidade viva, selvagem e perigosa – um lugar onde vampiros poderiam caminhar livremente, pois na noite carioca, todos usavam máscaras.
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the-wizard-cat-lair · 4 months ago
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Turmish
Explorando a Estrutura Governamental e Cultural de Turmish: Uma Jornada pela República do Vilhon Reach
Turmish, uma nação vibrante localizada no coração do Vilhon Reach, possui uma história rica e uma cultura dinâmica que evoluíram ao longo dos séculos. Desde a queda de sua antiga monarquia até o estabelecimento da Assembleia das Estrelas, Turmish se transformou em uma república onde a diversidade de seus povos e a complexidade de suas tradições se encontram. Neste overview, mergulharemos na estrutura governamental que rege esta terra fascinante, explorando como as influências de antigas famílias nobres, comunidades não-humanas, e o legado de figuras lendárias moldaram a política, a cultura e a vida diária em Turmish. Acompanhe-nos nesta jornada para descobrir o que faz de Turmish uma joia única dentro do cenário de Faerûn.
Explorando a Estrutura Governamental e Cultural de Turmish: Uma Jornada pela República do Vilhon Reach
Turmish, uma nação vibrante localizada no coração do Vilhon Reach, é uma república marcada por uma história rica e uma cultura dinâmica. A antiga monarquia foi substituída pela Assembleia das Estrelas, um corpo governante que reflete a diversidade de seus povos e a complexidade de suas tradições. Neste overview, mergulharemos na estrutura governamental que rege Turmish e exploraremos como influências de antigas famílias nobres, comunidades não-humanas e o legado de figuras lendárias moldaram a política, a cultura e a vida diária desta fascinante região.
Estrutura Governamental de Turmish
Visão Geral: Turmish é uma república governada pela Assembleia das Estrelas, composta por representantes eleitos de várias regiões. Este sistema foi estabelecido após a dissolução da monarquia em 1248 DR, após a queda do dragão Anaglathos e o breve reinado de Corwin Freas, que desempenhou um papel crucial na derrota do dragão.
Assembleia das Estrelas: A Assembleia serve como o corpo governante central, com representantes eleitos localmente. O Protetor de Turmish, escolhido entre os membros da Assembleia, atua como chefe de estado e de governo, responsável pela defesa nacional, relações diplomáticas e aplicação das leis. Outros papéis importantes incluem o General-Chefe das Espadas Espectrais, responsável pela supervisão militar, e o Grande Almirante da Marinha, que comanda as forças navais.
A Assembleia também desempenha funções legislativas, decide sobre leis nacionais, conflitos e declarações de guerra, além de ratificar tratados. Embora não seja um corpo judiciário, ela nomeia juízes e supervisiona a justiça em grandes julgamentos. No campo econômico, a Assembleia regula políticas fiscais, comerciais e de alocação de recursos para obras públicas.
Governança Local: Cada cidade em Turmish tem um grau de autonomia, com governos locais geralmente liderados por um conselho ou líder eleito. Estes são responsáveis por assuntos cotidianos, aplicação de leis locais e arrecadação de impostos. Alaghôn, a capital, é um exemplo de governança local influenciada por famílias mercantes e guildas. Nonthal, que foi a capital durante os Anos de Lamento, mantém tradições políticas fortes, e Gildenglade reflete sua população mista com um conselho que inclui anões e elfos.
Influência da Antiga Nobreza: O legado das antigas famílias nobres de Turmish persiste, com muitas se transformando em dinastias mercantes poderosas que dominam a política local, apesar de não possuírem títulos oficiais. O bastão de caminhada, antes símbolo da nobreza, voltou a ser popular entre essas famílias, simbolizando tanto o legado aristocrático quanto o poder econômico emergente.
Cultura e Tradições
Arte e Cultura: A arte e a cultura de Turmish são influenciadas por sua história e geografia, refletidas na arquitetura ornamentada, no trabalho em metal e nos vibrantes mercados das cidades costeiras. Música, dança e narração de histórias são componentes essenciais da cultura turmishana, com festivais que celebram heróis como Corwin Freas e a queda de Anaglathos.
Estrutura Social e Familiar: Turmish tem uma sociedade relativamente sem classes, com foco no mérito e na conquista pessoal. As famílias extensas, com várias gerações vivendo juntas, são comuns. Os casamentos podem ser complexos, especialmente nas áreas rurais influenciadas pelas tradições de Chauntea, com casamentos em grupo sendo praticados. A antiga nobreza, agora transformada em poderosas casas mercantes, continua a exercer influência significativa.
Diferenças Regionais: As práticas culturais variam entre as diferentes regiões de Turmish. As cidades costeiras, como Alaghôn, têm um ambiente cosmopolita devido ao comércio marítimo, enquanto as regiões montanhosas são mais isoladas, focadas na autossuficiência e defesa. Áreas como o Vale das Estrelas mantêm fortes tradições druídicas e uma conexão profunda com a natureza.
Educação e Conhecimento: A educação é altamente valorizada em Turmish, com uma tradição de aprendizado transmitida por famílias, guildas e templos. A fundação da Academia Vilhanus em 1492 DR marca uma nova era na educação formal, complementando as antigas academias de magia que competiam ferozmente entre si.
Festivais e Celebrações: Os festivais de Turmish refletem seu rico patrimônio cultural e histórico. Entre eles, a Festa da Lua celebra o amor e a prosperidade, enquanto o Reinado do Desgoverno inverte temporariamente as normas sociais. O Festival Anual da Fundação homenageia Tyr e marca a fundação de Turmish.
Economia e Defesa
Impacto Econômico e Comércio: A economia de Turmish é robusta, com comércio, agricultura e mineração como pilares. As cidades costeiras conectam Turmish a outras regiões através de rotas marítimas, enquanto as áreas montanhosas fornecem minerais valiosos. O comércio com regiões vizinhas enriquece ainda mais a sociedade turmishana.
Militar e Defesa: Turmish mantém uma forte presença militar, com as Espadas Espectrais como guardas de elite e a marinha protegendo as rotas comerciais. Mercenários e aventureiros também ajudam a manter a segurança nas regiões fronteiriças e áreas selvagens.
Religião e Vida Diária
Religião e Rituais: A religião é central na vida em Turmish, com templos servindo como centros de adoração, educação e comunidade. Os rituais marcam eventos importantes da vida, e a influência druídica é forte em áreas rurais, orientando práticas de sustentabilidade.
Vida Diária e Normas Sociais: A vida em Turmish é orientada pelo trabalho, família e comunidade, com normas sociais que enfatizam respeito, praticidade e harmonia. Saudações e gestos refletem esses valores, e hierarquias sociais sutis existem, principalmente em relação à riqueza e herança familiar.
Em resumo, Turmish é uma sociedade dinâmica que combina seu legado histórico com influências contemporâneas, moldada por sua geografia, história e pelos diversos povos que a habitam, tornando-a uma região única e vibrante dentro do Vilhon Reach.
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viajantesemtempo · 6 months ago
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A Liberdade Guiando o Povo, de Eugène Delacroix, representa uma cena de barricadas. As torres da Notre-Dame, no fundo da perspectiva, indicam claramente que os confrontos acontecem em Paris. Delacroix, testemunho do acontecimento, decidiu pintar esta tela - que se tornou um dos símbolos da República Francesa. Aliás, esta obra-prima serviu como modelo a diversos selos e às antigas notas de 100 francos.
Vemos que este quadro foi pintado em forma de pirâmide. Eugène Delacroix pintou, no topo desta torre de corpos mortos, a bandeira francesa - azul, branco, vermelho balançando fielmente ao vento. Ela é carregada pela figura da Liberdade, representada pela mulher.
O gorro frígio o qual a personagem feminina colocada no centro do quadro santifica era, no passado, usado pelos escravos libertados do Império Romano. Assim, ele teria siso usado pelos revolucionários oriundos do sul do país, em sinal de libertação. Hoje, ele faz parte dos símbolos fortes da República Francesa e dos atributos da Marianne, que representa, desde então, os valores da República: "Liberdade, Igualdade, Fraternidade". Ela é considerada como um ícone da liberdade e da democracia e é por isso que seu busto figura nos imóveis oficiais da República. Em sua representação, Marianne tem, com frequência, os mesmos traços do personagem pintando do centro do quadro de Delacroix, com os seios aparentes.
Trata-se, desta forma, de uma obra de arte que coloca em cena os símbolos de poder da República Francesa. Seu título começa a fazer sentido ao conhecer a representação do personagem central: A Liberdade Guiando o Povo.
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todonumismatica · 5 months ago
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Portugal 2.5 Euros 2014 Marcos Portugal. Músico. 5,00 €. Esta moneda forma parte de la Serie Europa, que en 2014 eligió a los compositores europeos como tema. Marcos Antonio da Fonseca Portugal (Lisboa, 24 de marzo de 1762 – Río de Janeiro, 7 de febrero de 1830) fue un músico y compositor portugués de música clásica. En su época, sus obras fueron conocidas por toda Europa, siendo uno de los más famosos compositores portugueses de todos los tiempos. En el anverso se muestra el retrato de Marcos Portugal y el escudo de la República de Portugal. Y en el reverso se muestra una lira envuelta con ramas de laurel, símbolo de la grandeza de su música. Peso: 10 gr. Diámetro: 28 mm. Material: Cuproníquel. Tirada: 100.000 Categoría: Monedas euros de Portugal. Más información en: https://www.todonumismatica.com/portugal-25-euros-2014-marcos-portugal-musico-16272.html
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gonzalo-obes · 5 months ago
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IMAGENES Y DATOS INTERESANTES DEL 13 DE AGOSTO DE 2024
Día Internacional de la Zurdera, Día Internacional del Armadillo, Año Internacional de los Camélidos.
San Hipólito, San Casiano, Santa Calefagia y San Benildo.
Tal día como hoy en el año 2004
Con la presencia de 202 países, se inauguran en Atenas (Grecia) las XXV Olimpiadas de la Era Moderna. Habrá 301 pruebas en 28 deportes. Se clausurarán el 29 de agosto. (Hace 20 años)
1961
En la República Democrática Alemana, al incrementarse el ritmo de huidas a la zona occidental se da orden de iniciar la construcción de un muro que delimite ambas zonas de la ciudad a la vez que aisle completamente el Berlín occidental. El "muro de la vergüenza", como será llamado por la indignación que causará en Occidente, se convertirá en doloroso símbolo de la Guerra Fría y de la opresión comunista. El muro de hormigón tendrá 5 metros de altura y estará coronado por alambre de espino electrificado y vigilado por torretas con guardias y ametralladoras. En sus cercanías se colocarán minas antipersona y con el tiempo se extenderá más de 120 kilómetros, dividiendo Berlín en dos y rodeando completamente la zona occidental. El muro se derribará el 9 de noviembre de 1989. (Hace 63 años)
1905
Tras aproximadamente un siglo de unión, en el que Noruega siempre ansió su independencia de Suecia, tiene lugar un plebiscito por el cual se decide la separación de ambos países por una abrumadora mayoría del 99,95 % a favor de la separación contra el 0,05 % en contra. (Hace 119 años)
1814
Tras años de disputas, la colonia holandesa de Ciudad del Cabo (Sudáfrica), se cede a Gran Bretaña por una indemnización de seis millones de libras esterlinas. A partir de entonces se enviarán muchos colonos desde Inglaterra a El Cabo para equilibrar la mayoría de población holandesa y para imponerse a los feroces cafres. (Hace 210 años)
1787
Turquía declara la guerra a Rusia, tras el rechazo de Catalina II al ultimátum dado por Turquía para que abandone su "protectorado" de Crimea. (Hace 237 años)
1762
La Habana (Cuba) cae en manos inglesas tras cuatro meses de asedio. España pierde su plaza más importante en las Antillas. (Hace 262 años)
1704
Durante la Guerra de Sucesión Española (conflicto internacional que va de 1701 hasta la firma del tratado de Utrecht en 1713, originado principalmente por la muerte sin descendencia de Carlos II de España) tiene lugar la Segunda Batalla de Höchstädt, o Batalla de Blenheim (Alemania), en la que los ejércitos de la Gran Alianza (Inglaterra, Austria, las Provincias Unidas, Prusia, Dinamarca, Hesse y Hannover) comandadas por el Duque de Marlborough y el Príncipe Eugenio de Saboya, se enfretan a las fuerzas franco-bávaras dirigidas por el Elector de Baviera, el Duque de Tallard y el Conde de Marsin. Combaten más de 100.000 efectivos de ambos bandos y su balance es de unas 12.500 bajas, entre muertos y heridos, para la Gran Alianza, y 20.000 para los franco-bávaros, además de 14.000 prisioneros. La victoria del Duque de Marlborough significará el fin de las intenciones francesas de ocupar territorios alemanes, la salvación de Viena, y el fin de cuarenta años de supremacía militar francesa en el continente. (Hace 320 años)
1553
Es detenido en Ginebra el teólogo y científico español Miguel Servet, por orden de Juan Calvino. Será juzgado por hereje, al negar la Trinidad y por su defensa del bautismo a la edad adulta. Morirá en la hoguera el 26 de octubre. (Hace 471 años)
1521
Tras casi 80 días de asedio por las tropas de Hernán Cortes, unos 80.000 soldados en su mayoría indígenas, cae la ciudad de Tenochtitlán, más por el hambre y la sed, además de una epidemia de viruela, que por las armas, y se apresa al joven Cuauhtémoc, último emperador azteca, cuando trata de huir hacia Texcoco. La ciudad es devastada y la población masacrada. Las crónicas futuras relatarán que las aguas del lago de Texcoco se tiñeron de sangre. La conquista de México ha terminado. Más adelante, en febrero de 1525, Cuauhtémoc será torturado, para que revele el escondiete del tesoro real, y muerto en la actual región de Chiapas (México). (Hace 503 años)
335
En Jerusalén, el Emperador Constantino el Grande consagra la Basílica del Santo Sepulcro, cuyas obras comenzaron en 325. Al día siguiente, se mostrará a la veneración pública la Vera Cruz. (Hace 1689 años)
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