#realizar faz diferença
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andar em bando é bom, realizar faz diferença
01.07.2024 • comunicação da guilda anansi • escrita por amanda maia
Se nos perguntassem, talvez nos derramássemos em vontade de mútuo entendimento. Abrir a boca e expressar o coração é muito raro. Não há o que esperar. Sabemos que o estranhamento gera medo, há muita necessidade de proteção em um mundo que esfacela a autenticidade pra tornar mais audível a cantilena da docilização. Ninguém ganha nada por seriedade na Dissidência, principalmente quando a repetição mecanicista tornou tudo uma grande banalidade. O mal é matar o que é estranho antes que qualquer convergência possa florescer. E se acontecer? O que se mantém vicejando é a vontade de trabalhar. Sem enganos, ilusões ou deslumbramentos. Mantemos o compromisso com o aprendizado pois assim é a natureza das guildas espalhadas pelo Tempo. Bebemos do cálice do dissenso. Abraçamos o discernimento como princípio. Enxergamos beleza no Movimento. Precisamos da solidariedade silenciosa de cada dia. Carne, osso, sobrevivência, supravivência. Somos como somos porque assim resultamos de todas as aventuras, feitos, trocas, encontros que vivemos. Ouvimos a Terra, as Antigas, o Mundo. Escolhas fundam olhares. Olhares fundam experiências. Assim sendo, não somos mais as mesmas pessoas que aportaram no sul da bahia dos mistérios desde que a Travessia começou. A Encruza é sempre passagem. Essa á graça do caminho. Andar em bando é bom. Realizar faz diferença. É possível fazer pra aprender, não pra mostrar. Tem que ter coragem pra firmar. Nossas ações são incansáveis. Olhos, efeitos, legados, mudanças, crescimentos. Tudo é verificável, visível, perceptível. Você saberia compreender o que nos move? Se e quando houver o fim do medo de perguntar, haverá também a possibilidade do fim de preconceitos colonizadores que geram horrorosos pressupostos e apenas dividem, segregam, apartam quem deveria se saber irmanado tanto pela violência quanto pela urgência da Revolução. E se celebrássemos juntos tanto as batalhas quanto as mandingas?
Quem se gradua nesse país, em qualquer bom mocismo que seja, precisa saber sobre os riscos de endossar fontes imundas de conhecimento contaminado pela agenda adoecedora do sistema vigente. O quão neon é o seu racismo? Se tudo o que se arrota é citação desencantada ou apelo midiático pautado por agendas obscurantistas, eurocentradas, mercadológicas, patricapitalistas, é preciso lavar a boca, o mais breve que se der conta. Esse romantismo pode nos matar. Olhos despertos ousam tentar. É como nos diz o Fio. } 01.07.2024 • comunicação da guilda anansi • artistas multilinguagem incandescendo o mundo • agência antipatricapitalista de resistência cultural comunitária • escrita por amanda maia • lunação de câncer • inverno cardeal • ano da vassoura • serra grande • uruçuca • bahia dos mistérios • exu sabe mais • só a ação salva
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Shifting, depressão e escapismo
- o problema de shiftar pelo escapismo e porque você não está tendo sucesso
Olá, aqui é a S
Já falei muitas vezes brevemente sobre como o que importa quando fazemos algo não é a ação, mas as conotações da ação.
Mais uma vez, discordo da noção generalizada entre os shiftoks de que devemos fazer x ou y, ou não devemos fazer x ou y para shiftar.
Por exemplo, muitas pessoas no shiftok dizem: "Você não deveria dizer: 'Eu vou shiftar pra minha DR', mas sim "Eu shiftei"
A linguagem não importa quando se trata de mudança. Palavras por si só não têm poder algum. E as ações também.
Shiftar por conta do escapismo não é necessariamente ruim
Portanto....
Semelhante a como, por exemplo, "tentativa de shiftar" está subconscientemente associada a um 'fracasso inevitável'; se mudança de realidade significa "um fenômeno de cuja realidade ainda não estou convencido"; não importa o quanto você afirme ou assuma, você falhará, pois está afirmando fundamentalmente:
"Agora vou prosseguir com minha tentativa falha de realizar algo que não existe."
O significado conotativo atribuído a uma ação ou palavra, que é o da LDS, vale mais que o denotativo.
Quando alguém fala, pensa ou faz, está projetando essas suposições subjacentes, que emanam daquelas insinuações e conotações que alguém dá à palavra ou ação mencionada.
Consequentemente, a suposição real é o significado conotativo dado.
É por isso que é importante sempre cuidar da sua mentalidade.
Como isso se relaciona com nosso assunto inicial?
Uma quantidade esmagadora de pessoas shifta por puro ódio por conta das circunstâncias em que vivem.
Se as circunstâncias melhoram, o desejo deles enfraquece, pois quando você constrói seu desejo de shiftar com base em seu desejo de não sofrer mais, seu desejo será inversamente proporcional ao seu sofrimento.
Já vi muitas pessoas falando algo tipo:"por que eu estava mais próximo de shiftar quando estava deprimido e agora que estou em um lugar melhor mentalmente não faço nenhum progresso?"
Pelos motivos expostos anteriormente.
Nada me entristece mais do que uma pessoa infeliz encontrando um conforto amargo em seu próprio desconforto.
Quando você constrói sua identidade em torno disso, você nunca se livrará daquilo que lhe faz mal, pois ficará sem identidade alguma.
Aqueles cujo caráter é o de uma vítima maltratada sempre permanecerão assim, pois eles, como qualquer ser humano, preferem se afogar em seu próprio sangue do que se perder no processo de salvação.
E então eu gostaria de perguntar: quem diabos lhe disse que você pode se redefinir e se salvar no processo?
E preste bastante atenção na minha formulação:
Redefina-se.
Não mude, ou você entrará em uma espiral até começar a se odiar pelas coisas que fazem você ser você mesmo.
Mas não fique estagnado e, mais importante, não confunda amor-próprio com não conseguir enxergar suas próprias falhas.
O momento em que você encontra o ponto ideal onde é capaz de ser crítico consigo mesmo sem destruir a singularidade que lhe foi dada; esse é o momento em que você pode dizer: eu me redefini para melhor.
Seja um estudante perpétuo, mas aja, fale e pense com a sabedoria e a confiança de um professor.
Não confunda arrogância com confiança, pois ser confiante não significa ficar cego diante dos próprios erros.
Em uma palavra, que a sabedoria seja concedida em uma medida que lhe permitirá não mais confundir as qualidades virtuosas da alma com suas contrapartes venenosas e enganosas que para tantas pessoas inexperientes podem parecer iguais.
Eu, como todos vocês, saí da minha realidade original para escapar dela.
Mas uma coisa é dominar o shifting e usá-lo para escapar; enquanto isso, uma coisa muito diferente é escapar shiftando.
Qual é a diferença?
No segundo cenário, a única utilidade do shifting é escapar.
Você não faz isso por um desejo genuíno; o único desejo genuíno que você tem é escapar, enquanto o desejo de shiftar é apenas um mero subproduto do desejo de escapar.
cc: @/petercawkwell no tiktok.
#4d reality#comunidadeshifting#loablr#realidade desejada#reality shifting#shifting community#shiftingbr
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MIYA HORCHER? não! é apenas KATRINA DELA CRUZ, ela é filha de ÉRIS do chalé TRINTA e tem VINTE E SEIS ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL III por estar no acampamento há ONZE ANOS, sabia? e se lá estiver certo, TRINA é bastante DIVERTIDA mas também dizem que ela é MANIPULADORA mas você sabe como é hefesto,, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
! DESENVOLVIMENTO DA PERSONAGEM.
extras: reflexo e força sobre- humanos; bissexual, CONSELHEIRA DO CHALÉ DE ÉRIS; faz parte da equipe de patrulheiros e da equipe azul de luta. aniversário em 24 de outubro, do signo de escorpião; instrutora de sobrevivência em ambientes hostis.
manipulação do ódio; o usuário pode sentir e manipular todos os aspectos do ódio, de si mesmos, pessoas, animais e outras criaturas, quer aumentando, diminuindo, causando ou de outra forma canalizando o ódio, até manifestando a energia emocional ao nível físico. ao encher-se de ódio, é capaz de se fortalecer em vários aspectos. cada coisa que ele odiar será uma fonte a mais para suas capacidades e, com isso, ele se torna mais forte e mais resistente, além de obter vigor e regeneração muito maiores. katrina, também consegue transmitir o ódio através de alguns objetos, o mais costumeiro é sua guitarra; através das notas musicais, consegue expandir o ódio pelo ambiente. nova adição: katrina descobriu que quando utiliza seus poderes, uma marca fica no indivíduo, como um cartão de visita. ela consegue através dessa marca, ver o que cada pessoa fez quando sob influência do seu poder, contudo, quanto mais tempo se passa do uso, essa marca vai ficando mais fraca e perde a eficácia.
asas da discórdia (passivo): assim como sua mãe era uma deusa alada, a prole de éris terá um par de longas asas negras, reptilianas, que podem se mimetizar em uma peça de roupa assim como, em seu corpo; sendo liberta apenas diante da necessidade do portador. até o presente momento, katrina consegue apenas planar, mas possui a habilidade de voar, precisa apenas aprender. imagem de referência.
benção de nêmesis: após se vingar de alguém do seu passado, o matando em nome de um grande amor, a deusa da vingança concedeu a katrina uma benção. a semideusa se envolve em sombras e desaparece da visão, permanecendo invisível até realizar uma ação hostil e ser revelada. no entanto, a benção só funciona se caso houver uma sombra, em dias de muita claridade ou ausência de escuridão no ambiente, não consegue se camuflar.
grilhões da discórdia; um par de pulseiras com vários detalhes de caveiras e espinhos. ao comando do portador torna-se um par de correntes feitas de ouro imperial que prendem-se ao pulso de trina. costuma utilizar das correntes para atingir seus alvos ou prendê-los por um tempo junto a si, mas basicamente, as correntes têm o mesmo efeito que chicotes.
o punhal da dor (arma feita nas forjas de hefesto): é uma arma feito de ferro estígio e ao contrário dos seus grilhões, não tem imagens em sua superfície. a diferença está na bainha que usa para guardá-la, que é preta com rostos em lágrimas. update: em contato com corrente sanguínea, através da ponta do punhal um veneno é liberado; através desse veneno de cor escura, o indivíduo entra em um estado de transe, semelhante a uma tortura psicológica.
brutus, o martelo: arma feita pelos ferreiros, composta de bronze celestial. a arma é feita para ser comparada com a força bruta de katrina; quando não ativa, se transforma em um anel que fica na mão esquerda, simples, se não pela cor roxa. informações e foto do martelo aqui. eco da ruína: o martelo, vibra com uma energia sombria que ressoa com os sons da destruição. sempre que atinge um alvo (podendo ser inanimado ou orgânico, no caso pessoas) emite um eco assustador que abala os inimigos próximos, que desorienta e perturba os sentidos.
anel do desejo (item conquistado): o anel também concede habilidades de persuasão e manipulação para seu portador por 2h; o anel fica na mão direita.
diferente do que é comum acontecer, os fatos que antecederam o nascimento de katrina, em nada são baseados por amor; eles são formados por caos e discórdia, como a própria deusa. éris se mostrou intrigada por como christian (na época um chefe de estado das filipinas) era contra as suas ideias, ideias que incitavam guerra e dor. para christian, a deusa éris não passava de uma conselheira dentro do alto comando do país, em nada ela a cativava. de questionamentos aflorados, discussões que estendiam-se por todos os comandantes, em uma noite, a deusa bateu a porta do homem portando um ser em suas mãos: katrina. a verdade doeu, muito mais porque christian já tinha esposa e outros dois filhos. como poderia explicar o que acontecia? foi cogitado colocar katrina para a adoção, mas a família a recebeu, mesmo que dali há alguns anos fossem se arrepender. a personalidade caótica logo se mostrou evidente, odiava a todos, mas principalmente aos irmãos, que claramente tinha um tratamento melhor que o direcionado a ela. seus dias giravam em torno de os provocar, de os fazer chorar; mesmo mais nova, tinha a capacidade de os irritar, assim como a sua madrasta. na adolescência as coisas se tornaram ainda piores quando os poderes apareceram; katrina foi responsável por pequenos incêndios nas três escolas que passou, responsável por pequenas rebeliões na cidade e por fim, o olocausto, quando um dos irmãos tentou esfaquear a própria mãe. naquela noite, foi expulsa de casa. foram dois anos perambulando pelas ruas, praticando pequenos delitos até que, achou escapatória quando foi alcançada por um sátiro, um que foi enviado pela própria deusa éris; ela nunca acreditou em destino, porém, em silêncio, odiou que seu caminho tivesse sido traçado daquela maneira. a estadia no acampamento se mostrou pior ainda, contudo, o lugar jamais poderia expulsá-la. se mostrou muito mais intensa, mas habilidosa; as poucas missões em que fora enviada, tivera êxito ainda que danos tenham sido causados.
katrina tem poucos amigos, isso porque sua personalidade não a permite deixá-los longe do seu ódio, às vezes não suporta a respiração da pessoa, a fazendo colocar outrem no meio da sua confusão.
se um dia, ousar dizer a ela que o a falta é amor…saiba que você é uma pessoa morta.
se pensar em pisar em seu pé…saiba que é uma pessoa morta.
odeia a tudo e a todos, parte disso, por achar que nada é interessante o bastante.
embora tenha as correntes como arma, também gosta de utilizar espadas ou adagas, estás sempre escondidas em alguma parte do seu corpo.
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"A Princesa e a Tosta de Queijo"
Sɪɴᴏᴘsᴇ Oғɪᴄɪᴀʟ: Lady Camembert quer viver a vida nos seus termos, sem ter de casar, ou melhor, sem ter de casar com um homem. Mas a lei impede as mulheres de herdarem, então, quando o seu pai morre, ela disfarça-se de homem e muda-se para a capital do Reino de Fromage para recomeçar a vida como Conde Camembert. Mas é difícil manter a discrição quando a bela Princesa Brie, com o seu ativismo feroz e grande sentido de moda, chama a sua atenção. Cam não resiste a conhecer melhor a princesa, mas à medida que os dois se aproximam, será ela capaz de manter o seu segredo? Uma comédia romântica em forma de novela gráfica, de temática atual e inclusiva, sobre identidades trocadas, amor verdadeiro e muitas tostas de queijo.
Aᴜᴛᴏʀᴀ: Deya Muniz.
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ALERTA SPOILERS!
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O Mᴇᴜ Rᴇsᴜᴍᴏ: Há meses que a Lady Camembert e o seu pai se debatem sobre a questão do seu casamento, "Tens de te casar" diz ele; "Não quero marido nenhum" responde ela. Cam rejeita vários homens semanalmente, aparentemente sem consequências, mas a situação rapidamente muda quando descobre que o Conde tem pouco tempo de vida à sua frente, e que a sua morte, mais do que uma perda emocional, pode significar uma perda de tudo à sua volta, deixando-a na miséria. As mulheres não podem herdar, a lei está convicta no que diz, e tendo a teimosia de Cam arruinado a opção de arranjar um marido que assegure a transição dos bens, resta apenas uma opção: Cam tem de se tornar no filho que o pai nunca teve para sobreviver. Inicialmente contra, ela acaba por ceder ao último desejo do pai e transforma-se no novo Conde, deixando tudo o que conhecia para trás e mudando-se para a capital, onde ninguém a conhece, com a única pessoa que sabe que não a vai denunciar, a Feta. Passam-se semanas, meses, sem que Cam saia da nova casa para proteger a sua identidade, mas irrequieta como é, a sua paciência chega a fim e, sorte a sua, na única saída que faz, ouve falar do baile real controverso que a Princesa Brie vai realizar no palácio e decide ir. Espalhafatosa como é, Cam decide causar logo impacto e, estupidamente, garantir que todos reparam nela (para que consiga partilhar o trabalho inovador de uma casa de moda, vá lá), chegando a um baile que proibe o uso de peles, com uma estola de pele falsa. Isto evoca imediatamente a raiva, e depois a admiração da Princesa Brie, que a convida para um chá no palácio, onde debatem ideias para o próximo evento e onde Cam conhece as suas amigas mais próximas, Lady Ricotta e Lady Gorgonzola que, olhem a coincidência, é a dona da marca que Cam publicitou e nativa de Gougère, a cidade de onde Cam fugiu depois de o pai morrer. A partir daí, Cam e Brie vão-se aproximando cada vez mais entre bailes, desfiles e chás acompanhados de tostas de queijo, até demais, começando a desenvolver sentimentos que podem arruinar a protagonista. O peso da decisão que tomou começa realmente a afetar Cam nessa altura, impedindo que esteja com a Brie como quer, e a Princesa, sem contexto sobre a situação, assume que a sua contenção tem a ver com a grande diferença hierárquica entre as duas, decidindo então que se quiser estar romanticamente com o Conde, tem de ser ela a pedi-lo em casamento. Mas depois as patilhas falsas de Cam descolam-se e vai tudo por água a baixo. A única coisa mais assustadora para Cam do que ter a identidade descoberta e ser presa é desiludir a Princesa, felizmente, ela tem muita mais raiva a descarregar do que tristeza então Cam nem consegue imaginar o que a espera. As coisas parecem não poder piorar ainda mais, Cam atingiu o fundo do poço, mas, oh, pioram, porque Brie aparentemente está prestes a ficar noiva do Duque mais aborrecido do mundo e não há nada que o nosso Conde possa fazer contra isso. Pronto a fugir outra vez, o Conde concorda em atender um último baile antes de abandonar a capital e tudo o que lá viveu. Será preciso um milagre para as coisas se reverterem...felizmente, a receita para um, não é um mistério: Gorgonzola + Gouda + Feta = Tosta de Queijo/Milagre. Agora só é preciso comer a tosta a tempo.
Cʀɪᴛᴇ́ʀɪᴏs ᴅᴇ Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ:
Qᴜᴀʟɪᴅᴀᴅᴇ ᴅᴀ Aʀᴛᴇ: A arte é DESLUMBRANTE, ADORÁVEL, ah... e TÃO COR DE ROSA, oh meu Deus (agradeçam todas à Brie, vamos). Mas a sério, é literalmente um mimo para os olhos: a palete de cores é felicidade pura, os designs dos personagens são perfeitos, a arte em si é consistente mesmo quando se altera por motivos cómicos...dá para ver que houve um esforço real em fazer algo que dá vontade de olhar durante horas. Ah, e para quem gosta da estética da Disney e de literalmente qualquer programa sobre raparigas com poderes, isto é para vocês.
Hɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ: Já falei bastante no enredo, mas essencialmente ele conjuga a leveza de um conto de fadas romântico com a seriedade da viagem que é descobrirmos quem somos num mundo que não é propenso a aceitar-nos. Além da belíssima arte e dos momentos hilariantes (porque há muitos) a história segue uma protagonista que continuamente se encolhe e se contém devido às normais sociais, porque mesmo num mundo de anacronismos onde existem Nintendos e pijamas modernos, o sexismo e a heteronormatividade prevalecem com toda a sua força. Pode parecer que não, as cores distraem, mas todo o aparato que a maioria das personagens faz, especialmente a Cam, não é simplesmente comédia, muito é compensação pela falta de liberdade de expressão que têm nas áreas onde realmente importa. O livro vai introduzindo situações diferentes dentro do mesmo contexto, como a da Zola, que se opõe à experiência da Brie, e menciona como deve ser para as pessoas nas camadas sociais mais baixas viver num reino que se assenta num sistema tão limitante para as mulheres em particular. Se quisermos abrir os olhos, as mensagens estão todas lá, mesmo as que não são ditas em diálogo direto, e é realmente maravilhoso que se possa incentivar a conversa sobre tópicos tão importantes numa narrativa tão acolhedora como é a deste livro. O final acaba por não ser tão perfeito, apesar de ser o que todos queríamos (e merecíamos), foi apressado e as ações que a Brie teve de tomar para chegar lá foram demasiado abreviadas, fazendo parecer que todos os riscos mencionados a história inteira eram apenas problemas inventados e sem importância, o que acaba por desvalorizar a própria história e as suas intenções.
Pᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs: São todas feitas para ser adoradas, nem dá para contrariar. A Cam é uma bola de energia e entusiasmo, uma conhecedora de moda e um espírito livre que tem a tendência a ignorar a imensidão das suas emoções pelo máximo de tempo possível. Enquanto o humor poder mascarar os seus problemas, a Cam evita-os. Depois perde todos à sua volta e é deixada com a Feta, uma mulher com demasiados instintos maternais, paciência e amor por Cam para o seu bem, que funciona sempre como a voz da razão na sua vida e a puxa a ser a sua melhor versão, desde que essa versão se mantenha nos limites do aceitável para a sociedade. Não é que Feta não adore quem a Cam é, mas sabe que há pouco perdão para pessoas como ela. Durante metade do livro tudo o que vemos da Cam são piadas, excitação e corações nos olhos então parece que a sua vida se encaixou e a perda do pai foi resolvida, mas depois a sua relação com a Princesa complica-se e a Cam perde a maior distração que tinha do seu tumulto interior, obrigando-a a olhar para dentro. Aí percebe que não está tudo bem, que sem a Brie tudo o que sobra é alguém que tem de se mascarar, mentir e comportar de uma certa forma todos os dias até ao fim da sua vida, só para não ser castigada por tomar medidas para sobreviver. Mesmo quando as coisas melhoram, é tarde de mais, a ilusão que a Cam criou dentro de si quando começou a nova vida foi quebrada e por mais que tente já não pode fingir que está feliz, que aceita as condições de nunca se puder apaixonar ou agir como lhe apetece para continuar em frente com uma charada que parecia muito mais simples do que é. Aí vemos lágrimas, raiva e humanidade na Cam, que como qualquer pessoa, começa a questionar a justiça e o sentido das coisas. É nesse momento, em que a fachada cómica cai, que a nossa protagonista começa a crescer, que se permite lidar com o que sente e, depois de ser incentivada pela aceitação da Brie, decide ficar e lutar por uma oportunidade de ser quem quer ser ao lado da Princesa em vez de seguir o primeiro instinto e fugir. Mesmo com as minhas críticas ao último painel da história, ver a Cam num vestido mesmo ao estilo dela com um ar confiante à frente de toda a gente é poderoso, ela parece uma nova pessoa e de certa forma é, conquistou-o. A nível da Brie, também é fantástico ver como evolui do lugar de medo onde acha que tem as mãos atadas em todas as matérias importantes para uma posição de poder onde, depois de processar o conflito interno vindo das crenças que lhe implementaram, percebe que tem de usar os seus privilégios de nascença para o que interessa e defender não só a sua felicidade, mas a de mulheres que possam estar em situações parecidas à sua mas com menos agência. (Ah e ela tem um closet igual ao da Barbie dos filmes antigos, é euforia pura) Ambas as mulheres têm jornadas muito completas de crescimento, o que eu não sabia se ia acontecer numa novela gráfica. Por último, a Zola é uma das minhas personagens secundárias favoritas de sempre: tem uma lealdade incrível, sabe guardar um segredo como ninguém, funciona à base da empatia sem precisar de o exibir, tem os pés na terra, é um génio inovador que lutou por tudo o que queria e não tem medo de colocar os que ama no seu lugar quando é preciso. Ela é complexa, icónica, e estou já a pedir uma novela gráfica sobre ela que fale um pouco mais do seu passado, mostre a sua perspetiva durante esta história e depois lhe apresente um interesse romântico que seja tudo o que ela merece e mais, não para a completar, mas para a complementar, porque não há nada que eu goste mais em termos de romance do que dar a uma mulher fortíssima que batalhou por tudo o que tem alguém que finalmente lhe mostre que ela não precisa de continuar a fazê-lo sozinha e ofereça um ombro para se apoiar. (Porque ser forte não significa não precisar de ninguém) Ah e claro, o Gouda é icónico também, ele também precisa de aparecer na novela sobre a Zola.
Rᴏᴍᴀɴᴄᴇ: O que posso dizer? A Brie e a Cam são de sentir borboletas na barriga, de ficar com cáries nos dentes e de querer abaná-las para perceberem que gostaram uma da outra desde o início. Encorajam-se a serem o melhor de si e são as maiores razões por trás do crescimento uma da outra. Têm o romance que todos queremos.
Iᴍᴇʀsᴀ̃ᴏ: Eu li o livro de uma ponta à outra, não o pousei até chegar ao fim, e isso deve dizer alguma coisa. A única coisa que me retirou do que estava a acontecer foi a dúvida sobre a temática do queijo, que apesar de adorável, não é explicada de todo e parece que a autora não se compromete totalmente a ela porque para algo tão presente, eu esperava que houvessem literalmente edifícios em forma de queijo ou feriados nacionais dedicados a tipos dele. Mas isso é algo pequeno. (E não gostei do ataque às couves-de-bruxelas, porquê associá-las com alguém aborrecido quando, e isto não devia ser controverso, sabem bem como tudo?)
Iᴍᴘᴀᴄᴛᴏ: É a minha primeira novela gráfica e sem dúvida o livro mais bonito da minha biblioteca, duvido que o esqueça ou que deixe de pegar nele com o máximo cuidado possível. Além disso, tenho um lugar especial no meu coração para a temática do conto de fadas, então arte maravilhosa e a ideia da troca de género em nome da sobrevivência estilo Mulan tornam este livro um vencedor para mim.
Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: ⭐⭐⭐⭐+ ½
Iᴅᴀᴅᴇ Aᴄᴏɴsᴇʟʜᴀᴅᴀ: Não há nenhum tema particularmente forte nesta novela, mas tem mensagens importantes então a partir dos 12, 13 anos é uma leitura maravilhosa.
Cᴏɴᴄʟᴜsᴀ̃ᴏ/Oᴘɪɴɪᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: Este livro deu-me uma fome imensa por mais novelas gráficas, se forem todas assim, não consigo imaginar como é que conseguirei voltar a adorar um livro normal outra vez. É quase como ver uma animação em papel, RECOMENDO.
Pᴀʀᴀ ᴏʙᴛᴇʀ: A Princesa e a Tosta de Queijo, Deya Muniz - Livro - Bertrand
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
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Ele soprou um dente-de-leão e desejou realizar um sonho do qual não planejou conquistar. Naquele campo aberto era o único que tinha e tal qual seu segredo era o único que podia ser esparso, não havia nada ao lado impedindo de ser o escolhido, e lá se vai o "dente" extrair o que ninguém conseguiu até então... Um assovio se soltou daquele momento, parecia até mesmo um grito de solução, o ar assoprou o dizer "seja quem você não consegue ser" e somente ouviu quem não conseguiu sentia o peso do som de tal assentar! Hoje é difícil saber quem foi o culpado! Não há quem procure o dente-de-leão, nem o expiro e muito menos o desejo de quem já se esqueceu... É estranho saber que o desejo já se realizou e quem o desejou nem ao menos se lembra de ter pedido por isso. Tem tanto tempo... Tanto que não faz diferença pra ninguém, e não, não adianta dizer que eu me importe mais, por apenas me lembrar. É triste saber que tudo foi e irá voltar, mas está tudo "ok". Tantas oportunidades de dizer que "não" desperdiçadas para apenas conseguir dizendo "eu aguento", e no final não sentir brilho qualquer daquela lembrança que senti tanto. Até mesmo o sol refletiu aquela lágrima que não quis soltar, junto aquele ar que não sentiu culpa ao ser expulso e pode ser livre sem saber o que poderia afetar. Pensando bem... Apenas ecoei bastante algo que nunca imaginei que poderia ser, e sem saber nada daquilo, acabei me tornado algo parecido do tal que nunca desejei ser. -Um velho me disse.
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Mira, posso fazer uma pergunta bem honesta e queria muito que me ajudasse (pode julgar também): Se eu tenho personagens homens gays, é fetichismo e sexualização sempre? Porque eu não crio personagem pensando em romance ou em smutar com deus e o mundo. Só que às vezes acontece, seja de envolver-se com homem ou mulher, mas geralmente homens até por serem a maioria. E se for, o que posso fazer pra melhorar? Parar de jogar? (e nem to falando de fc, porque uso vários diferentes, brancos, asiáticos, brasileiros, mas sobre a fetichização em si).
não sempre. inclusive, eu conversei sobre isso com uma amiga que tá mais acostumada a fazer casal mxm no dia de toda a treta.
acaba que muita gente nem percebe essas coisas, por estar tão acostumado a consumir mídia com um fanservice extremo, como kpop. e quando os grupos tipo bts estavam ficando populares aqui, muita mina cis hetero acabou vendo esse fanservice como uma forma de se rebelar contra o padrão da sociedade, que era casal hétero na mídia. muitas acabaram começando a consumir conteúdo mxm não por se identificar, ou por ser algo normal um homem amar e ser próximo de outro; mesmo inconscientemente, queriam ser diferentes do padrão e só consumir conteúdo de homem com homem acabou se tornando uma forma de fazer isso.
aí surgiram as mulheres cis héteros que só consumiam conteúdo gay; só que não lgbtqia+ como um todo, só homens com homens. só liam histórias mxm, escreviam seus próprios mxm (mesmo sem nunca ter tido contato com homens gays reais), assistiam porno gay e se escoravam nos esteriótipos que essas mídias acabava perpetuando. esteriótipos machistas e, pasme, homofóbicos.
era sempre um "ou você é ativo ou passivo. mas passivo tem que ser ultra afeminado, a mulher do relacionamento, e ativo tem que ser extremamente hétero". se você dá, você automaticamente é o inferior da relação, saca? (isso na visão de pessoas que só consomem esse tipo de mídia) acaba sendo muito mais comum de acontecer na krp justamente por causa do fanservice dos boy groups, que criam a ilusão de fulano ser todo fofinho, enquanto ciclano é mais bruto e eles atuarem uma relação de marido e mulher nos conteúdos do grupo. (por exemplo, o jimin ser o twinkzinho soft submisso e o jungkook ser o fuck boy, o "homem" da relação.
você ter mais personagens homens, e esses personagens se relacionarem mais com outros homens, não quer dizer que automaticamente você tá fetichizando relacionamentos entre homens. se você trata esse personagem como uma pessoa normal, com sentimentos e vontades, sem colocar ele em uma caixinha específica onde ele não pode ser nada além daquilo ali pra ter sua existência validada, tá tudo bem. o verdadeiro problema é você bater no peito pra falar "só faço personagem assim e absolutamente me recuso a tentar mudar", que é o que a maioria dessas players (porque quando a gente fala de fetichização, a gente tá falando em específico das players mulheres cis hetero que SÓ jogam com casais gays) faz.
muitas vezes também a pessoa acaba criando um costume maior de fazer personagens homens gays mesmo sendo mulheres cis héteros por causa do machismo que infelizmente todo mundo tem internalizado, como o machismo descarado mesmo da tag, que infelizmente é um ambiente onde personagens mulheres, seja de qual sexualidade for, são excluídas, diminuídas e esquecidas. sei que tem muita player aí que, por causa de péssimas experiências em jogos passados, acabou começando a fazer só personagens homens gays como forma de tentar evitar que essas experiências se repetissem (ser ignorada na comunidade, ou ter seu personagem perseguido apenas pra realizar os desejos da outra player).
no fim, cada um precisa analisar o próprio comportamento pra entender de onde isso vem; e, assim, vai de você quebrar qualquer ciclo vicioso em que se encontra. pode ir aos poucos, fazendo aquele personagem que acabou te traumatizando com alguém em quem você confia, experimentando coisas novas e percebendo a diferença entre o costume e o desconforto. percebeu que só tem personagem do gênero x e sexualidade a? tenta fazer um esforço pra criar um personagem com gênero y e sexualidade b, explorar novos mares. e assim, aos poucos, você sai desse ciclo vicioso que nem tinha notado antes.
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Me and my sister🤍
Eu e minha irmã somos pessoas que se completam, é engraçado dizer isso mas eu não vivo sem ela, por mais que a gente brigue em todos os momentos é com ela que eu quero dividir minhas coisas, e todos os meus momentos.
Ela sempre foi a irmã mais próxima de mim, temos 3 anos de diferença e crescemos lado a lado, a gente tinha uma rotina onde fazíamos tudo juntas, agora que ela começou a trabalhar ficou um pouco complicado, mas nada mudou, ela sempre foi a minha pessoa, ela sempre influenciou nos meus gostos de música, filmes e coisas do tipo.
É sempre pra ela que peço as coisas, que pego roupa emprestado e tá tudo bem. Por mais que brigamos sempre, eu nunca consigo ficar longe dela, e ela me faz bem, quero realizar minhas conquistas e sempre ter ela para contar.
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❀°• Back to the Future ᴶᴼᴱᴸ •°❀
Sᴜᴍᴍᴀʀʏ: Jᴏᴇʟ ɢᴏsᴛᴀ ᴅᴇ ᴄᴏɴᴠᴇʀsᴀʀ sᴏʙʀᴇ ᴠɪᴀɢᴇᴍ ɴᴏ ᴛᴇᴍᴘᴏ
Tᴀɢs: ғʟᴜғғ, ʀᴇғᴇʀᴇ̂ɴᴄɪᴀ ᴀᴏ ɴᴀᴛᴏʀᴀ ᴅᴀ ᴜғᴍɢ, ᴀʟᴄᴏʜᴏʟ, sʟɪᴄᴇ ᴏғ ʟɪғᴇ?, Fᴀʙʀɪ́ᴄɪᴏ ᴅᴇ ᴠᴇʟᴀ
Wᴏʀᴅ Cᴏᴜɴᴛ: 1.7ᴋ
(ᴅɪᴠɪᴅᴇʀ ʙʏ ᴀɴɪᴛᴀʟᴇɴɪᴀ)
As quintas feiras, geralmente no começo do semestre ou ao final desse, acontecia uma festa pública dentro do campus da UFCAF. No começo, alguns alunos se reuniam para realizar uma festa clandestina, sem permissão da reitoria, na área mais florestal da universidade, com música alta e venda de bebidas alcoólicas para os universitários. Com o tempo, houve a disseminação em massa dessa festa, que quadruplicou o número de alunos, bebida e música, carregando seus rádios e caixa de som altíssimos com CDs variados – ainda sem a permissão da reitoria, então tudo era feito às escondidas e a organização fluida, sem que pudessem encontrar um “culpado” e expulsá-lo.
Atualmente estava em uma dessas festas, com um grupo que escutava um CD de hip-hop a qual não tinha nenhum conhecimento da existência – nem ao menos tentei adivinhar o que poderia ser com o risco de errar drasticamente. As pessoas à volta conversavam alegres e faziam passos de dança daqueles que se viam na MTV, rodando em cima da grama e arrancando essa do chão. Os mais ousados, que se denominavam “bboys”, tentavam dançar break na terra, contando que poderiam se machucar menos lá do que no asfalto.
Já estava na minha terceira garrafa de cerveja quando um outro grupo universitário chegou até perto do nosso. O da frente, aparentemente liderando os outros, estava com uma garrafa de vodka na mão.
– Um shot por 1 real, dois por 1,50 – ofereceu.
Olhei para a cerveja em minha mão, pensando se valeria a pena lidar com a ressaca da manhã seguinte – sempre fui fraca para destilados –, mas decidi aceitar. Dois ou três amigos meus foram primeiro e, na minha vez de aceitar o shot, ouvi o garoto sussurrar “o seu é por minha conta”. O garoto ao seu lado revirou os olhos e eu quase cuspi o líquido por causa disso. Ele já havia dado essa cantada em quantas naquela noite? E seu amigo estava ao seu lado quantas vezes? Engraçado.
– Sentem aí – convidei-os para que se juntassem a nós.
Eles se entreolharam e sentaram perto do nosso grupo, puxando o cooler de bebidas para nosso meio – até nos ofereceram, mas já tínhamos o nosso. O garoto chamado Dom foi aprender alguns giros de break e os outros começaram a puxar assunto com minhas amigas, sempre se certificando que seus dedos estivessem sem anel de compromisso.
Os assuntos tiveram o mesmo início de sempre, com “já veio na festa antes?”, “tá gostando?”, “o que você faz?” – na universidade, quando é sua primeira vez conhecendo alguém, essas questões costumam ser o ponto inicial da conversa. Porém, dessa vez, quando cada um falou sobre seu curso, levantou-se a questão: qual a diferença entre um bacharelado e uma licenciatura.
– E quem faz Física pode trabalhar em quê, além de dar aula? – perguntei, curiosa.
Na situação, apenas consegui pensar no meu professor de física do ensino médio irado conosco por termos tirado péssimas notas na prova. O que outros formados em física podiam fazer além de dar aula? Joel tinha interesse nisso? Se ele fosse professor de minha turma nessa época, teria dezenas de adolescentes babando nele.
– Até parece que o Joel vai dar aula – Fabrício o interrompeu, com um sorriso. Usou um braço para abraçar o amigo de lado e, com o outro, levou a cerveja a boca. – Ele vai montar uma máquina do tempo e sair por aí viajando.
Não entendi porque o garoto revirou os olhos quando o amigo disse aquilo, soltando uma bufada de insatisfação. Era uma piada interna? Deveria perguntar sobre, para me fazer a par do assunto? Ou era um código entre eles? Ou uma cantada pra mim? É, no final do rolê, ele poderia dizer que gostaria de ter uma máquina do tempo para voltar e passar a noite inteira me beijando.
Ri sozinha. Se eles tivessem criado uma cantada tão bem planejada daquela maneira, com densidade o suficiente para durar a noite inteira e falarem em código para indicarem interesse em mim, com certeza cairia em seus encantos. Me inclinei para frente, apoiando os cotovelos no joelho.
– Usaria o que de máquina do tempo? – testei-o.
Joel cerrou as sobrancelhas e me encarou desconfiado. Também se inclinou para frente, na minha direção, me desafiando.
– Não acho que necessariamente tenha que ser um veículo, tipo um DeLorean – disse, testando as águas da conversa. Não sabia se eu
– Não disse que precisava ser. Wells fala de uma máquina do tempo, mas poderia facilmente ser um relógio de bolso – dou de ombros e me reclino novamente contra o morro a qual estava apoiada – ou um computador, a depender da análise.
Suas sobrancelhas levantaram ao momento que citei Wells, apontando uma mudança de atitude. Havia percebido que eu não era leiga no assunto e que não zombaria de suas opiniões. Porém, ao invés de se reclinar novamente e relaxar, continuou me encarando fixamente. Mordeu o lábio inferior.
– Não acho que elas ocorreriam por veículos físicos – balançou a cabeça e eu espremi os olhos.
– Como assim?
– Wells fala de veículos como modo físico, por exemplo, fazendo com que dois de você ocupem um espaço no mesmo momento. Não acho que seria possível isso acontecer, mas talvez a consciência sim.
– O que? – Fabrício exclamou com a feição mais confusa que eu havia visto. Um sorriso se formou em meus lábios.
– Tipo Efeito Borboleta – ele continuou sem entender a referência. – O filme. Já viu? – Fabrício balançou a cabeça negativamente e eu tentei explicar: – A consciência do Ashton Kutcher volta no tempo, pro corpo do seu eu mais novo, e consegue mudar o passado desse jeito. Só que, quando ele volta pro presente, qualquer coisinha que ele tenha mudado lá atrás causa um efeito enorme no futuro – parei um momento, refletindo sobre o que tinha dito, antes de me virar pra Joel. – Você acha que existem universos alternativos?
Ele tombou a cabeça e pensou por um momento.
– Ainda não pensei sobre isso. Acho que sim, mas se esse fosse o caso, provavelmente já teríamos tido contato com algum viajante ou, pelo menos, teríamos indícios dessas viagens. Não acha? Algum objeto que se perdeu ou memórias que não fazem sentido. Não sei, ainda não pensei realmente sobre.
Tentou contornar sua resposta, porém, nitidamente, já havia pensado sobre. Ao lado, Fabrício parecia mais confuso que nunca e se ocupava tomando a cerveja em sua mão; parecia falta de educação ir embora ou conversar com outras pessoas enquanto todos já estavam conversando entre si. Na verdade, ele poderia sair a qualquer momento, mas algo em seu subconsciente o fazia ouvir mais, mesmo que não entendesse completamente.
– E qual seria outra opção? – perguntou.
– Tudo que aconteceu, sempre acontece e não há como evitar – Joel respondeu ao amigo.
– Prefere a teoria de que se tentamos evitar algo, ela sempre arranja um jeito de acontecer ou de que tudo já aconteceu? – questionei.
– Isso não é a mesma coisa? – Fabrício perguntou.
– Não – respondemos em uníssono.
Nos encaramos por alguns segundos, um pouco constrangidos pela situação – não pelo conteúdo da conversa ou por termos falado juntos, não. Estávamos nos sentindo atraídos um pelo outro e eu pude sentir um leve rubor subir as minhas bochechas naquele momento, sendo a primeira a desviar o olhar. Era bom poder conversar com alguém que gostava das mesmas coisas que você – e, além de tudo, era bonito.
– Eles podem ser interpretados da mesma maneira, mas ocorrem com paradoxos diferentes. Por exemplo, em uma das ocasiões você volta ao passado e tenta matar Hitler, fazendo com que ele nunca vire o líder nazista, mas outra pessoa acaba entrando no seu lugar e tudo acontece da mesma maneira. Por outro lado, se você volta ao passado e tenta matar Hitler, na verdade isso sempre aconteceu e você só tá repetindo o ciclo que vai acontecer de novo e de novo – expliquei.
– Prefiro as opções em que temos livre arbítrio – Joel respondeu, me olhando nos olhos. Engoli em seco.
– Vocês são meio nerds, né? – Fabricio riu e se levantou. – Vou pegar outra cerveja.
Joel aproveitou o momento e se aproximou de mim, substituindo o lugar do amigo.
– Achei que você fazia humanas. Por que é tão interessada em viagem no tempo?
– É que eu sou do futuro, 2024 pra ser exata – disse séria e ele riu. Passei a rir também. – Na verdade, eu tinha um blog sobre minhas opiniões fictícias sobre viagem no tempo, como ela é abordada em série, filme, livro; o que mais se assemelha a física conhecida e o que desrespeita mais. Fiquei viciada nisso depois de ver Doctor Who.
Pude ver seus olhos brilharem a minha frente, encantado com a revelação. Respirou fundo, tentando buscar confiança para sua próxima frase.
– O Fabrício tava me zoando por causa de um trabalho que eu fiz no primeiro período enquanto tentava dar em cima de você – franzi o cenho, como quem diz “o que?” e ele riu. – Mas graças a deus ele me zoou, porque acho que tô apaixonado.
– Você tá bêbado, isso sim – desconversei sua confissão, mas ainda com um sorriso no rosto. Era bom saber que alguém gostava das minhas ideias e que, uma conversa que havia sido tão legal, num dos momentos menos propícios para esse tipo de assunto, poderia se transformar em algo a mais.
Pensei que ele recuaria, mas meu sorriso parecia mais instigante do que penoso. No fundo, sabia que estava tentando-o, ao invés de negar que tinha um interesse recíproco ao seu sentimento, mas não diria isso com todas as palavras. Tombei a cabeça e o encarei, esperando que respondesse.
– Então, se eu te ver no bandejão amanhã, completamente sóbrio, e chamar você pra sair… você vai aceitar?
Um sorriso se formou em meu rosto e eu tive que desviar o olhar, para que não ficasse totalmente explícito todos os meus sentimentos por ele.
– Não sei. Vamos ver como meu livre arbítrio decide amanhã – brinquei, sabendo muito bem que, naquele momento, eu já havia decidido sair com ele.
Aᴏ3
Wᴀᴛᴛᴘᴀᴅ
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A Rua sempre me liberta
reflexão desde o solstício de inverno no ano da vassoura
Quando regressei para o sul da Bahia, após 13 anos residindo em Salvador, um grande nó surgiu. Meu coração sabia todos os porquês, muito embora ainda não houvesse naquele momento a transdução certa em palavras e ações que dessem conta de expressar para o mundo os mais radicais desejos que me moveram.
Lá se vão 08 anos que voltei, migrei de volta ao, até aquele ponto, misterioso lar, onde cresci e aprendi a escrever, me machucar, me curar. No Agora posso mirar de peito aberto, prismado e cristalino, o encontro mais sublime, sincero e transformador que me faz retumbar de paixão, cada vez mais e mais, pela existência poética que escolhi como salto diante do Abismo. Hoje brindo com toda a intensidade à maior das mestras, a mais generosa e justa, a Rua.
E o faço irmanada a seres extraordinários, artistas da aventura imensa que é viver o que se diz ser, todos os dias, com todos os percalços e alegrias e revoluções diárias pra sagrar Tempo como a maior das grandezas. Cada integrante da Guilda Anansi é universo inteiro e complexo, com suas origens, razões, forças, potências e apetites, somos plantinhas no jardim brotando do asfalto, essa é a maior das graças de viver coletivamente.
Percebo que esse tem sido meu tema mais recorrente nos últimos tempos, pra onde tudo converge, cada ação artística libertária, cada hibridismo imbricado nas fronteiras da mística, cada desenredo, cada desvelamento. O véu cai e o barco voa, e assim é porque tudo aqui é fonte, manancial incessante, abrigo e desafio, divindade e construção.
Estou nos braços da Mãe do Mar. Encantada na Floresta. Lendo sopros da Grande Aranha. Enraizando na Vontade as escolhas que brilham na Encruza. A Rua sempre me liberta. Continuarei daí.
Como digo sempre, ser artista e agente cultural ainda não é pleonasmo, é necessidade. Há trabalho e não cessa. Longe da ilusão de salvar ou prover, estou aqui dedicada ao Bem Viver, aquele que só alcançamos quando nos certificamos de que também o sentem as pessoas que vivem e morrem, a comunidade que nos abraça e nos enxerga em nossas peculiaridades, sem fingimentos ou rapapés, nos nota como diferentes que somos e nos lança as demandas do Jogo.
Exu sabe. A gente adora jogar. Rumar interessa mais. Realizar faz diferença.
.xxx.
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BASHAR prevê a grande mudança da humanidade em 2024! Prepare-se AGORA! |...
Transcrição do vídeo:
Então a ideia é, quando você está em uma certa frequência que é movendo-se em uma direção positiva, quando você está navegando em um direção positiva, quando você está realizando ações que são representativo do tipo de mundo que você preferiria viver em diante, estão se movendo nessa direção. Então a terra que você enrola lá em cima já é uma Terra que não experimenta a ideia de a destruição de que você está falando. Mas você tem que realizar ações que dêem a outras pessoas a chance de também ver em você é um exemplo vivo de como compartilhar essas ações as informações dão opções às pessoas, como o que estamos fazendo agora, eles podem decidir se querem aplicar isso tipo de informação em suas vidas, que faz a diferença em como eles vivenciam a ideia de sua mudança para diferentes versões da Terra, ou podem ignorar tudo. Não é nenhum dos nossos negócio o que eles fazem, porque não sabemos o seu caminho. Eu gostaria de dar as boas-vindas ao campeão Darryl Anka. Obrigado Alex, é sempre um prazer estar aqui. Oh, muito obrigado por voltar ao programa. Como Quem é Darryl Anka? disse, temos que fazer isso pelo menos trimestralmente agora. Porque todos simplesmente adora quando sentamos e começamos a conversar. Este é número quatro para você. Então você está no número quatro, o quarta vez que você está no programa. E o nosso outro as conversas têm corrido muito bem. Então pessoas, pessoas são realmente interessado não apenas em nossas conversas, mas por alguma razão, a magia que você e eu temos juntos, senhor. Então, para pessoas que nunca te viram antes, não sei quem você é, você pode dar a todos um pouco como um uma pequena introdução rápida sobre quem você é e o que você faz? Bem, nos últimos 40 anos, tenho sido um canal para um entidade que chamamos de Bashar que se apresenta como um ET consciência e ser. Então esse tem sido meu foco principal. Mas, Eu também tenho feito filmes, tenho escrito livros, minha esposa e agora sou proprietário e operador de uma Escape Room em Los Angeles. Portanto, qualquer tipo de esforço criativo, muitos diferentes tipos de direções. Então você sabe, qualquer coisa que eu sou realmente super apaixonado pelo que faço. Isso mesmo. E foi assim que nos conhecemos originalmente no cinema mundo. Tudo há tantos anos. Apenas um, então não Uma vez, então o que é. Então hoje queria conversar um pouco com você a Conexão entre Física Quântica e Consciência um pouco sobre física quântica e espiritualidade e como nos combinamos os dois e quero ouvir o ponto de vista dos chars sobre isso. Você pode explique ou como Bashar explica a conexão entre física quântica e consciência humana? Bem, acho que a física quântica está começando a se aproximar da ideia de poder quantificar o conceito de espírito que ele é realmente não é uma coisa sobrenatural, mas apenas outra expressão de natureza. E outra coisa natural que estamos no limite de, de codificar e quantificar para o nosso entendimento. E então é realmente uma extensão do nosso compreensão da física, acredito, e Bashar fala sobre é assim. É um espectro, faz parte do espectro de realidade física no mesmo sentido que você tem, você sabe, um espectro de energia eletromagnética que é luz visível ou invisível, claro, vermelho, laranja, amarelo, você sabe, no espectro vibracional. Então ele está basicamente dizendo que é físico a realidade é uma frequência particular. E se você simplesmente continue aumentando a frequência, você encontrará o que basicamente chamamos de realidade não física ou reino espiritual. Então eu acho que é apenas uma transição fluida de um nível para o próximo. E portanto, a física pode ser ligeiramente diferente no espírito reino, mas, no entanto, é, como ele acredita, ainda um extensão do que já sabemos, e estamos começando a entender na exploração da mecânica quântica. Quando você acredita nisso ou quando Bashar acredita que somos realmente vou começar a entender a mecânica quântica porque existe há mais de 100 anos, mas houve tem sido lento por causa de tanta resistência a isso. Sim. Bem, acho que uma das principais coisas que ele fala é que quando começarmos a incluir a consciência nas equações, então realmente faremos algum progresso acelerado. E nós não posso deixar isso de lado. Quero dizer, isso sempre foi uma espécie de das, digamos, hesitações ou resistências, na ciência, é tirar a emoção e a consciência dos experimentos que eles fazem. Mas acho que isso é um erro crítico. Porque muito da realidade física depende do nosso estado de consciência, nosso estado de percepção e consciência. E então acho que alguns físicos quânticos de ponta estão começando para ter uma ideia disso. E eu acho que eles vão aceitar isso mais adiante, espero. Mas acho que assim que o fizermos, realmente iremos fazer alguns progressos incríveis em nossa compreensão de como reagem, como funciona a realidade, como funciona o universo. Então, falando em realidade, o que Bashar tem a dizer sobre A Teoria da Simulação, teoria da simulação? E que estamos todos no sonho? E isso é meu, e todo esse tipo de coisa? Sim, bem, ele diz que é uma simulação, mas é o nosso simulação. Não é uma simulação, de fora estamos criando-o. Porque a realidade física é uma projeção de consciência. É uma ilusão. Basicamente, ele está dizendo, espírito é o nosso estado natural. Estamos lá agora, nunca deixei. A ideia de que você deixa o espírito para entrar no físico a realidade diz que é um mal-entendido. Você é focando uma parte de sua consciência espiritual, em um tipo de sonho em um tipo de simulação que chamamos de física realidade. Mas a maioria de vocês ainda está em espírito, e ainda ciente do fato de que você está em espírito, a forma como representamos isso ou se relacionar com aquela parte de nós mesmos como seres físicos, nos referimos a isso como a mente superior, a parte não física de nós mesmos que guia a mente física que nos guia em realidade física. Então nós é como se tivéssemos nos dividimos, nossa alma em física e não física componente, e use o não físico para guiar o físico, porque é como se o físico estivesse no vale da realidade física. E a mente superior, a não a parte física está no topo da montanha. Então tem uma visão mais ampla visão do que estamos vivenciando como seres físicos, e pode basicamente ver qual é o nosso caminho...
Sigam e assistam o restante do vídeo à partir do minuto 7:19
#youtube#conhecimento#metafísica#fisicaquântica#espiritualidade#vida#extraterrestres#sairdailusão#despertar#realidade#consciência#bashar
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O sentido que eu busco, a conexão, o partilhar.
Nem todo dia faz sentido, mas alguns fazem mais.
Desde da semana tenho recebido pequenos presentes: lembretes. São simbólicos e gigantescos para a alma. Papel impresso nenhum quantifica.
Eu sou boa no que eu escolhi fazer. Nunca tive um lapso de dúvida de que sou capaz de realizar bem o que tenho feito. Os resultados tem sido expressos. E é meio louco. Eu aprendo junto, meus olhos brilham.
Eu acredito, e isso faz toda diferença quando eu recebo alguém desacreditado de si. Se importar. alinhar conhecimentos com o desejo real de ver mudanças. Isso movimenta.
Movimenta fora, movimenta dentro.
#acalmaraalma#pensologoexisto#sentimentos#reflexões#leiologopenso#trechosdavida#trabalho#workout#work#work in progress#to be continued#aprenderaaprender#descansar#sentir#darsentido#resultado#resultados#Psicoterapia#terapia#terapêutico#rascunhos#2022#lembranças#resgates
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O Desafio de Voltar a Fazer Algo por Mim
Esse ano foi o que eu mais vi evolução em mim mesma. Tanto em questões como aparência e sociabilidade quanto em coisas mais profundas como espiritualidade e saúde mental. Me acomodei a uma rotina corrida cursando informática em uma instituição renomada, ue mal me deu tempo para simplesmente ficar atoa, lendo ou assistindo algo. Porém agora nas férias esse tempo se tornou disponível, e me sinto totalmente perdida.
Não que eu não goste de estar de férias. É divertido não ter grandes obrigações. Porém me deixa aflita ter desaprendido a fazer coisas que não se relacionam a estudos. O fato de que me peguei deitada na cama, rolando aquela timeline infinita do tiktok enquanto me irritava com questões idiotas e pessoas mais idiotas ainda me fez perceber o quão desacostumada com ter tempo eu estou. Me considerei alguém até que decentemente disciplinada ao longo do ano, mas acho que era muito por necessidade, não porque eu realmente quisesse fazer as coisas na hora e do jeito certo. Se eu não fizesse eu rodava, simples. Então me dei alguns tapas na cara (literalmente) e resolvi que iria desinstalar aquele raio de aplicativo como iniciativa na jordana de me tornar alguém que realmente faz algo da vida. Desde então fazem uma semana, o que é pouco tempo, eu sei, porém quero registrar aqui as minha evolução no ritmo em que ela for acontecendo, e só agora, uma semana depois, que eu de fato vi melhoras em mim mesma.
Melhora 1: Paciência
Eu sou alguém paciente para a grande maioria das coisas, porém de um tempo pra cá notei o quanto pessoas burras simplesmente me tiravam do sério. E com burras, quero dizer aquelas pessoas que falam uns claros absurdos em busca de atenção, mas que são especialmente insuportáveis fazendo isso. Eu me irritava ao ponto daquilo me deixar de mau humor pelo resto do dia, murmurando para lá e para cá o quão idiota o ser humano pode ser. Não posso dizer que eles magicamente deixaram de me irritar, mas o simples fato de não ter mais tanto acesso a eles assim já me ajudou bastante. Claro que esses seres de baixa massa cefálica existem em todas as plataformas, porém nas de vídeos curtos eles acabam ganhando uma atenção a mais até mesmo de quem não os suporta, pois é bem fácil falar abobrinha em 30 segundos, e mais fácil ainda assistir alguém falando abobrinha just for the sake of it. Então essa semana passei bem menos estressada com coisas banais, o que pra mim já é alo suficientemente bom.
Melhora 2: Disciplina por autocuidado.
Acordar ás oito, tomar café da manhã, escovar os dentes, pentear o cabelo e aí sim pegar no celular. Por incrível que pareça, eu não conseguia fazer isso a até uma semana atrás. Eu acordava e já ia para o tiktok, e ficava lá até minha mãe começar a bater na porta me mandando arrumar casa pois já passou da hora. Fazer essas coisas que listei não demoram nem uma hora, e já aumentam totalmente a qualidade das minhas manhãs. Detalhes como esses fazem total diferença. Agora consigo ficar de humor bom logo de manhã, já que consigo focar em fazer o que tenho que fazer.
Melhora 3: Prontidão.
Esse se liga com o último, mas basicamente prontidão é fazer as coisas que você deve fazer assim que te for proposto fazer. Como por exemplo responder a pergunta de alguém ou realizar uma tarefa, sem aquela enrolação toda de "já tô indo!"
Acho que até agora é isso. Se alguém leu até aqui, obrigada :) espero poder relatar mais melhora com o passar dos dias.
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Por que Veronica Dantas é a especialista em imóveis de referência
Quando se trata de navegar pelas complexidades do mercado imobiliário, é essencial encontrar o especialista certo para orientá-lo. Quer esteja a comprar a sua primeira casa, a vender um imóvel ou a procurar um investimento imobiliário, a experiência e o atendimento personalizado do profissional certo podem fazer toda a diferença. Veronica Dantas conquistou uma excelente reputação como especialista em imóveis, oferecendo insights valiosos, estratégias personalizadas e compromisso inabalável com o sucesso do cliente.
Veja por que Verônica Dantas deve ser sua primeira escolha quando o assunto é imobiliário.
Profundo conhecimento do mercado e experiência local
Uma das qualidades que fazem de Veronica Dantas a especialista imobiliária de referência é o seu profundo conhecimento do mercado local. Compreender o panorama imobiliário é crucial para a tomada de decisões informadas, e Veronica Dantas passou anos mergulhando nas complexidades do mercado. Ela tem um profundo conhecimento das tendências de mercado, valores de propriedades e bairros emergentes, proporcionando aos seus clientes uma vantagem distinta na compra ou venda de imóveis.
Quer pretenda comprar uma casa num bairro desejável ou queira vender o seu imóvel ao melhor preço, a experiência local de Veronica Dantas garante que os seus clientes estão sempre bem informados e capacitados para tomar as melhores decisões. Ela sabe quais áreas oferecem maior potencial, o que procurar em um imóvel e como garantir os melhores negócios para seus clientes.
Abordagem personalizada para cada cliente
Ao contrário de muitos profissionais do setor imobiliário que adotam uma abordagem genérica e única, Veronica Dantas entende que cada cliente é único. Ela dedica tempo para entender as necessidades, preferências e objetivos específicos de cada indivíduo com quem trabalha. Esta abordagem personalizada permite que Veronica Dantas crie soluções imobiliárias personalizadas e adaptadas às necessidades exatas do cliente.
Quer você seja um comprador de casa pela primeira vez, um investidor experiente ou alguém que deseja reduzir o tamanho, Veronica Dantas cria uma estratégia que reflete suas prioridades. Seu profundo compromisso em entender o que é importante para você é o que a diferencia de outros corretores imobiliários. Isso a torna a especialista preferida para quem procura soluções imobiliárias adequadas ao seu estilo de vida e objetivos financeiros.
Expertise em Negociação e Estruturação de Deal
As transações imobiliárias são muitas vezes complicadas e a capacidade de negociar de forma eficaz pode ter um impacto significativo no resultado final. Veronica Dantas se destaca nesta área, com anos de experiência negociando negócios que beneficiam seus clientes. Quer se trate de garantir um preço competitivo para uma casa ou de estruturar um negócio que se alinhe às suas necessidades, Veronica Dantas utiliza as suas capacidades de negociação para garantir que obtém as melhores condições possíveis.
Ela entende a importância da flexibilidade, criatividade e comunicação em negociações bem-sucedidas, garantindo que cada negócio seja estruturado para atender aos objetivos financeiros e pessoais de seus clientes. Sua experiência em navegar em transações complexas faz dela a especialista ideal para quem deseja aproveitar ao máximo seus negócios imobiliários.
Histórico comprovado de sucesso
Não há melhor prova da experiência de Veronica Dantas do que o seu comprovado histórico de sucesso. Ao longo dos anos, ela construiu uma base de clientes fiéis, entregando resultados consistentemente e prestando serviços excepcionais. Seus clientes anteriores elogiaram seu profissionalismo, confiabilidade e capacidade de superar as expectativas. Seja ajudando compradores de primeira viagem a encontrar a casa dos seus sonhos ou auxiliando investidores na localização de propriedades lucrativas, Veronica Dantas construiu uma reputação por realizar o trabalho.
Seu extenso portfólio inclui transações bem-sucedidas em diversos setores imobiliários, desde residências até propriedades comerciais e empreendimentos de investimento. Essa experiência diversificada permite que ela atenda a uma ampla gama de clientes, tornando-a a especialista imobiliária de referência para quem busca o sucesso no mercado imobiliário.
Transparência e Integridade
Uma das principais razões pelas quais as pessoas recorrem a Veronica Dantas para as suas necessidades imobiliárias é o seu compromisso com a transparência e a integridade. Comprar ou vender um imóvel pode ser uma experiência emocional e estressante, e ter um corretor em quem você pode confiar faz toda a diferença. Veronica Dantas é conhecida pela sua honestidade e abertura durante todo o processo. Ela fornece informações claras e precisas, garantindo que os clientes estejam totalmente informados em todas as etapas da transação.
Seja explicando as letras miúdas de um contrato, aconselhando sobre tendências de mercado ou oferecendo insights sobre riscos potenciais, Veronica Dantas prioriza os melhores interesses de seus clientes. Esta dedicação à integridade conquistou-lhe a confiança de inúmeros clientes que a procuram para futuras necessidades imobiliárias.
Compromisso com a educação do cliente
As decisões imobiliárias podem ser esmagadoras, especialmente para quem não está familiarizado com o mercado. Veronica Dantas vai além ao educar seus clientes, garantindo que eles não apenas tomem decisões informadas, mas também capacitando-os com o conhecimento necessário para se sentirem confiantes no processo.
Desde fornecer recursos valiosos até explicar as etapas envolvidas na compra ou venda de um imóvel, Veronica Dantas garante que seus clientes entendam todos os aspectos de sua transação imobiliária. Seu compromisso com a educação do cliente promove relacionamentos de longo prazo, pois os clientes se sentem confiantes no processo e confiam que estão tomando as decisões certas.
Uma reputação baseada na confiança
Afinal, Veronica Dantas é uma especialista imobiliária que construiu sua carreira com base na confiança, transparência e uma abordagem que prioriza o cliente. A sua reputação fala por si, com uma longa lista de clientes satisfeitos que continuam a recomendá-la a familiares, amigos e colegas. Os relacionamentos que ela constrói com seus clientes são baseados no respeito mútuo e no compromisso compartilhado com o sucesso.
Conclusão
Num mercado imobiliário competitivo, ter uma especialista como Verónica Dantas ao seu lado faz toda a diferença. Seu conhecimento de mercado, abordagem personalizada, habilidades de negociação e compromisso com o sucesso do cliente a diferenciam como profissional do setor imobiliário de referência. Seja você comprador, vendedor ou investidor, Veronica Dantas é a especialista de confiança que pode ajudá-lo a navegar no mercado com confiança e atingir seus objetivos imobiliários.
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