#rajadas fortes
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Final da semana com chuva e vento forte… e a culpa é da depressão Caetano
A superfície frontal fria associada à depressão vai fazer-se sentir quinta e sexta-feira, mas apenas nas regiões Norte e Centro.
A depressão Caetano, que esta semana afetará sobretudo o norte de Espanha e o Golfo da Biscaia, não terá, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), "efeitos significativos" em Portugal que levem à emissão de avisos meteorológicos, mas vai trazer chuva e vento forte.
A superfície frontal fria associada à depressão deverá atravessar o território continental português na quinta e sexta-feira, provocando "períodos de chuva nas regiões Norte e Centro e vento forte, com rajadas até 70 quilómetros por hora nas terras altas".
Já a agitação marítima nestas regiões do país será de noroeste e não deverá ultrapassar os "três metros de altura significativa".
Em Lisboa, Alentejo e Algarve não se devem sentir os efeitos da depressão Caetano, com o IPMA a prever aguaceiros para estas zonas do país apenas no domingo e segunda-feira.
Leia Também: Barragens do Algarve sobem para 34% da capacidade com últimas chuvas
-Este fim de semana façam uma visita aos meus livros clicando aqui:
Novo separador
António Esperança Pereira
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quando um dia no meio de agosto tem o clima de um dia de janeiro.... algo de errado não tá certo
#tava bem quente durante o dia. e daí agora caiu o mundo no horário de saída da faculdade#veio do nada com tudo de vez. rajada de vento aguaceiro granizo relâmpago#me caguei !#sextou i guess#morrendo de medo do que o verão nos reserva#odeio verão odeio tempestade de verão odeio morar em casa com forro de pvc#odeio morar no sul aqui tem evento climático demais e eu não fui feita pra enfrentar isso#quando deu aquela primeira pancada forte eu só faltava cavar um buraco no chão de medo#e a galera em volta tudo agindo normal falando ahh po bem na hora de ir pra casa. po não vai rolar a balada hoje. fazer oq#e eu >_>#it fucken wimdy tag#<- tecnicamente. se aplica
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─── 𝐖𝐈𝐋𝐃 𝐓𝐇𝐎𝐔𝐆𝐇𝐓𝐒 ֪
→ Jeon Jungkook x Leitora
→ Palavras: 1.7K
AVISOS: exibicionismo, creampie, smut, pwp, fluffy, nsfw, sexo desprotegido, conversa suja, degradação leve, asfixia leve.
📌 ps:. sempre use camisinha, se proteja, se cuide, é a sua saúde que está em jogo.
📌 playlist oficial
📌 masterlist
© all rights reserved by @jjksblackgf
© tradução (pt/br) by @wolvesland
Você ficou de costas para a porta da frente da casa, ouvindo em silêncio o som dos galhos das árvores próximas. A rajada de vento lhe causou arrepios na espinha com a aproximação da meia-noite e trouxe consigo uma brisa fria de verão. Sua rua estava mal iluminada a essa hora e nenhum dos estabelecimentos comerciais próximos estava aberto, mas você confiava em Jungkook. Ele estaria aqui em breve.
A mensagem de Jungkook foi excepcionalmente vaga e distante, aumentando a preocupação e a confusão. Fique na porta de sua casa em 10 minutos, foi tudo o que ele disse. Você não estava acostumada a receber mensagens dele até tarde da noite, pois o trabalho dele o mantém ocupado até altas horas da madrugada, mas hoje foi diferente. Nem uma mensagem de boa noite, nem um aviso de que ele está prestes a usar a chave de sua casa. Estranho.
Mas você não teve tempo de questionar mais, pois ouviu o rugido familiar da moto dele fazendo uma curva na sua rua. Imediatamente estudou a postura dele e percebeu seu estresse. Você foi ao encontro dele, já planejando qual pergunta fazer, mas assim que ele tirou o capacete, você soube do que se tratava. O sorriso envergonhado dele dizia tudo o que você precisava saber.
— Quer dar uma volta? – Ele perguntou.
Ele só queria desabafar. Trabalhar no setor de alimentos não era brincadeira, e muitas vezes ele simplesmente dirigia por Seul sem nenhum destino em mente. Isso o pegava de surpresa, pois ele geralmente ia sozinho. Mas, por qualquer motivo, hoje seria diferente.
— Me passe o capacete. – Você responde.
A bicicleta se movia suavemente pelas ruas vazias. A brisa fluía livremente, especialmente através da saia do seu vestido de verão, fazendo com que ela se agarrasse ao seu corpo em alguns pontos, enquanto expunha um pouco suas pernas. Seus braços nus encontraram um caminho por baixo da jaqueta dele e você se aqueceu enquanto se agarrava ao tronco dele. Jungkook dirigia por ruas vazias, mas você mantinha os olhos fechados, aproveitando a segurança dos braços dele.
De vez em quando, ao fazer uma curva, os músculos definidos do Jungkook ficavam tensos enquanto ele equilibrava a moto, e você podia sentir os músculos definidos dele sob as palmas das suas mãos. Você não pôde deixar de ajustar lentamente as mãos na tentativa de acariciar os músculos dele através da camisa apertada. Sua imaginação se soltou ao imaginar o corpo dele sem camisa. A definição muscular dos braços e do tronco, as tatuagens expostas, a suavidade da pele dele ao ser sentida por seus lábios.
Com a respiração superficial e o coração batendo forte, sua imaginação criou imagens que nenhum cérebro poderia apagar. Um sonho, Jungkook sem camisa, com uma imagem de bad boy, sob o sol quente do verão, ele trabalhava em sua moto, e a intensidade deixava seu torso brilhando de suor. Ele franzia as sobrancelhas e mordia o lábio em concentração. Seus bíceps ficavam tensos enquanto ele passava um pano para frente e para trás no assento de couro. Depois de um bom dia de trabalho, ele se levantava e usava as duas mãos para empurrar o cabelo para trás. Sua bermuda mal escondia a definição de suas coxas.
Jungkook parou a moto de repente e você foi forçada a dizer adeus ao seu sonho antes que ele ficasse interessante. Ele havia estacionado em um parque que você não reconheceu, pelo menos não à noite. Não havia ninguém lá, e os únicos sons que você podia ouvir vinham das pequenas criaturas vivas. Mas se você prestasse atenção, poderia ver a vida noturna ainda agitada alguns metros à sua frente.
Ele tirou o capacete e você suspirou antes de tirar o seu também.
— Você está bem? – Ele perguntou, a ajudando a sair do assento. — Você está suspirando muito esta noite.
— Eu estou?
— Sim... – Respondeu ele, com uma expressão confusa e preocupada no rosto. — A cada dois minutos, ou mais. O que está acontecendo?
Ele pressionou, segurando suas mãos com as dele.
— Está tudo bem, eu me sinto bem... – Você disse. — Foi por isso que você parou?
— Sim, achei que você queria falar comigo, ou algo assim.
— Estou bem, prometo. – Você assegurou com um sorriso, antes de puxá-lo para um abraço. — Mas senti sua falta hoje.
— Ah, é por isso que você estava tocando meus mamilos? – Perguntou ele, tentando conter o riso.
— Do que você está falando? – Questionou, recuando um passo para olhar para ele.
— Você esteve me apalpando durante toda a viagem. – Ele provocou. — Cara, eu preciso de você no banco de trás com mais frequência. O aumento da confiança é...
— Eu NÃO estava sentindo você! – Você o interrompeu. — Não tenho idéia do que está falando.
Você concluiu, cruzando os braços e fazendo beicinho. Você não queria olhar para ele, ou talvez não quisesse que ele soubesse que suas bochechas estavam queimando. De qualquer forma, você se virou para o outro lado enquanto a risada dele enchia o ar.
— Minha bebê está se sentindo tímida? – Ele riu, a abraçando com força por trás.
— Tanto faz. – Você murmurou.
— Quer que eu te apalpe também? Sou bom com minhas mãos... – Ele ofereceu, mas o tom de provocação nunca saiu de sua voz. Você deu de ombros como resposta, e ele riu novamente.
A provocação parou de repente quando você sentiu o nariz dele percorrer os seus ombros até a sua orelha. Ele beijou seu pescoço com paixão até sentir seus ombros relaxarem.
— Pensei que você tinha dito que era bom com as mãos... – Você tentou responder, mas sua voz ficou entrecortada em sílabas estranhas, pois os lábios tentadores dele estavam trabalhando em você.
— Sou um homem de muitos talentos... – Ele sussurrou em seu ouvido, incendiando sua coluna vertebral.
Você gemeu involuntariamente, e isso foi o fim.
Ele a girou para que você ficasse de frente para ele, e os lábios dele se encontraram com os seus ferozmente. Ele não conseguia decidir o que fazer com as mãos, que se moviam dos seus quadris para o seu pescoço e costas, mas os lábios dele ainda estavam colados aos seus. Ele a guiou até a árvore mais próxima que encontrou e pressionou suas costas contra ela. Os lábios dele encontraram seu pescoço novamente, você suspirou de prazer.
— Você adora quando eu apalpo, não é? – Perguntou ele, com a voz baixa e cheia de desejo.
— Sim. – Você sussurrou suavemente.
Em um momento de impulso, você guiou as mãos dele para que pudessem repousar sobre seus seios. Ele os apertou suavemente, você mordeu o lábio inferior para reprimir um gemido. As mãos dele não permaneceram no lugar, elas rapidamente se deslocaram para as bochechas de sua bunda. Outro aperto, mas dessa vez você não conseguiu conter o gemido.
— Sim, querida. Geme para mim. – Ele ordenou.
Você estava prestes a se sentir envergonhada com a rapidez com que ele conseguia molhar sua calcinha, mas a protuberância dele era proeminente e fazia questão de se fazer notar. Você não era a única que estava com vontade de ser travessa. Os lábios dele voltaram ao seu pescoço enquanto ele puxava a barra do seu vestido.
— Sim. – Você sussurrou novamente.
Caindo novamente na impulsividade, você puxou sua perna até que ela chegasse à cintura dele. Ele rapidamente a segurou no lugar com a mão.
— Olhe para minha putinha ansiosa. – Disse ele, abafando seu gemido com outro beijo.
A mão livre dele se fixou em seu pescoço, o beijo ficando cada vez mais apaixonado. Outro gemido saiu de seus lábios e Jungkook pressionou a protuberância dele contra seu núcleo, já apertado pela expectativa.
— Você quer muito meu pau, não é? Quer que eu encha sua boceta?
Você gemeu mais alto com a fricção da calça dele contra você.
— Me implore. – Ele exigiu. — Implore por meu pau.
Você não hesitou. Não queria.
— Por favor. – Sussurrou, bem baixinho. — Por favor, me foda.
Você conseguiu dizer mais alto.
Com um movimento rápido, você estava de pé com as duas pernas novamente enquanto ele abaixava a sua calcinha. Rapidamente, você o ajudou a desabotoar a calça e a tirar a cueca boxer do caminho. Ele agarrou sua perna mais uma vez e provocou sua entrada com a ponta.
— Já está tão molhada. – Ele comentou lentamente. — Você quer ser uma boa menina e gozar no meu pau hoje à noite?
Perguntou ele, mas antes que você pudesse implorar por misericórdia, ele empurrou o quadril para frente e um gemido ficou preso em sua garganta.
— Oh, meu deus... – Você choramingou quando ele retirou quase todo o pau e o empurrou novamente.
Ele tentou continuar com um ritmo lento, para provocá-la até o fim. Jungkook queria ouvir você implorar por mais tempo, mas o aperto de suas paredes era demais para ele, a sensação de seus sucos era demais também, a respiração ofegante era demais para ele. Os golpes dele se tornaram mais fortes e rápidos com o tempo, e a mão dele se viu segurando sua garganta.
— Me sufoque, por favor. – Você sussurrou, com o desespero se infiltrando em sua voz.
Jungkook estava ansioso para atender aos seus desejos. Ele grunhiu enquanto você se apertava mais e mais, ele estava perto. O Jeon tentou se controlar, mas seus gemidos suaves o estavam deixando louco. Ele descansou a cabeça em seu pescoço, pegando a mão dele e engatando a outra perna.
Seus golpes eram controlados, duros e precisos, mas lentos o suficiente para causar impacto. Ele beijou suas clavículas e mordeu seu pescoço na tentativa de manter o ritmo. Você estava ofegante e, dessa vez, não queria ficar calada. Seus braços estavam seguros em volta do pescoço dele para mantê-la no lugar, com uma das mãos, você puxou o cabelo dele.
— Sim, me fode como uma prostituta. – Você choramingou. Isso foi o suficiente.
Com um último golpe, ele grunhiu contra seu pescoço. Os joelhos dele estavam mais fracos por causa da liberação, mas ele a segurou no lugar.
— Porra, você é gostosa. – Ele ofegou.
Antes que qualquer um de vocês pudesse dizer mais alguma coisa, ouviram ruídos seguidos de risadas vindo em sua direção. Depois de se vestir em menos de cinco segundos, Jungkook a levou de volta para a moto.
— Vamos para casa. É sua hora de gozar. – Ele provocou, oferecendo o capacete.
A velocidade da moto indicava que ele não estava mais de mau humor, não estava mais apenas vagando pelas ruas. Ele agora tinha um destino e uma tarefa. Você passou o caminho inteiro discutindo o que era mais excitante. A velocidade da moto, ou a sensação do esperma dele encharcando sua calcinha.
#⠀⠀𖹭 ⠀⠀⎯⎯⠀⠀⠀*⠀⠀𝗇𝖾𝗐⠀⠀𝗆𝖺𝗂𝗅.⠀⠀💌#story © jjksblackgf#tradução © wolvesland#mood © organreeps#dividers © cafekitsune#bts pt br#jungkook#jungkook imagines#jungkook smut#jungkook fanfic#jungkook cenários#jungkook au#jungkook x leitora
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NightDramon
Nível Adulto / Seijukuki / Champion Atributo Vírus Tipo Descendente Dracônico Campo Área Negra (DA) / Soldados do Pesadelo (NSo) / Rugido do Dragão (DR) Significado do Nome Night, noite em Inglês; Dra, vem de Dragon, Dragão em Inglês
Descrição
Um Digimon orgulhoso com velocidade extrema proveniente da amálgama de dados entre dragões e dinossauros raptores que causaram sua evolução.
Conhecido popularmente como Flecha Negra, Nightdramon pode ser visto nas noites do Mundo Digital como uma sombra em movimento que deixa para trás um pequeno brilho azul, um tipo de rastro de energia que implica na passagem deste Digimon pelo local. Apesar da aparência de um espécime caçador, Nightdramon possui uma personalidade heroica e altruísta, embora extremamente egocêntrica, sempre esperando por elogios e agradecimentos dos Digimons que, em suas próprias palavras, "Presenciaram a magnificência das atitudes do Flecha Negra, o herói mais veloz do Mundo Digital".
Assim como Dino V-mon, Nightdramon possui um potencial oculto que ainda há de despertar antes das crises que levarão ao potencial fim do Mundo Digital. Nightdramon nutre amizades com Digimons orgulhosos e sempre desafia adversários que julga serem honrados. Seu forte senso de dever o chama para proteger aqueles que precisam dele, levando-o a se afeiçoar especialmente por Drakainmon, a quem jurou proteger a todo custo.
Suas técnicas especiais envolvem disparar uma rajada de energia de sua boca (Rajada Eclipse), envenenar seus inimigos com uma chama mágica disparada de sua cauda (Lâmina da Lua Crescente), avançar em velocidade supersônica contra seus oponentes (Impacto da Lua Cheia), utilizar técnicas de subterfúgio capazes de enganar até mesmo o olho mais treinado (Ilusão da Lua Nova) ou, por fim, auxiliar na proteção dos Digimons a quem acolhe sob seus cuidados (Benção da Lua Minguante).
Técnicas
Rajada Eclipse (Eclipse Blast) Nightdramon dispara uma rajada de energia super concentrada de sua boca. Para disparar esse movimento com mais poder, ele deve ser realizado enquanto o Digimon está parado no lugar.
Impacto da Lua Cheia (Full Moon Impact) Após entrar em alta velocidade, Nightdramon dispara contra o oponente com suas garras envoltas em chamas, ferindo-o com um golpe fatal.
Lâmina da Lua Crescente (Crescent Moon Blade) Ao girar seu corpo, Nightdramon desprende chamas de sua cauda na forma de uma lâmina, que ao atingirem o inimigo, causam um tipo de queimadura mística em que as chamas continuam a queimar seu corpo magicamente sem cessar.
Bênção da Lua Minguante (Blessing of the Waning Moon) Nightdramon utiliza as chamas em sua cauda para criar um tipo de aura protetora sobre um alvo de sua escolha. Essa chama é capaz de impedir que ferimentos sejam causados e ajudam Nightdramon a ver a localização daqueles a quem protege
Ilusão da Lua Nova (New Moon's Illusion) Ao se movimentar em alta velocidade, Nightdramon cria uma sucessão de clones sombrios feitos de resquícios deixados por seus movimentos. Esses resquícios de imagem se movimentam enganando o oponente e camuflando as ações do verdadeiro Nightdramon.
Informações Adicionais
Chamas Azuis De origem desconhecida, dizem os rumores que a chama que brilha na cauda e no corpo de Nightdramon se originaram da Área das Trevas do Mundo Digital. Embora não tenha certeza, Nightdramon acredita que sua chama esteja se desenvolvendo para o bem, onde usará sua luz para iluminar o caminho que irá trilhar e o caminho daqueles importantes para ele.
Linha Evolutiva
Pré-Evolução Dino V-Mon
Criado por Jonatas Carmona Artista Jonas Carlota Digidex do Orgulho
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LYRICA OKANO? Não! É apenas MARY ANN BISHOP, ela é filha de FOBOS do chalé TRINTA E TRÊS e tem VINTE E OITO ANOS. A TV Hefesto informa no guia de programação que ela está no��NÍVEL III por estar no Acampamento há DEZESSEIS ANOS, sabia? E se lá estiver certo, Bishop é bastante HONESTA, DISCIPLINADA e DETERMINADA, mas também dizem que ela é RECLUSA, AUTORITÁRIA e RÍGIDA. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏TRÍVIA ✦ CONEXÕES ✦ DIÁRIOS ✦ PLAYLIST ✦ TIMELINE ✦ FAMÍLIA
𝖕𝖔𝖉𝖊𝖗𝖊𝖘 —
Materialização do Medo (poder ativo) — Como filha do deus do medo, Bishop é capaz de acessar os maiores temores e os pesadelos mais secretos de seus oponentes. Dessa forma, através das sombras do Submundo, ela consegue materializá-los neste plano para amedrontar, intimidar e, dependendo do caso, atacar seu alvo, como uma espécie de bicho-papão. O medo materializado responde aos comandos de Bishop e possui propriedades e habilidades similares à coisa real que simula, mas é destruído mais facilmente. Por exemplo: caso o maior medo de alguém seja um monstro, Bishop pode fazer com que as sombras o simulem; seus ataques e poder serão parecidos com os do monstro original, mas enfraquecidos, e basta que seja atingido uma única vez por uma arma de algum metal divino para que ele se desfaça em sombras. Esse não é um poder de ataque, mas sim de distração ou manipulação psicológica, pois as materializações do medo não são tão fortes e, quanto maiores ou mais complexas, mais esgotada Bishop fica.
Resistência a Influência Mental (poder passivo) — Bishop é resistente a qualquer tipo de influência ou controle mental, especialmente contra efeitos que induzam medo, ansiedade ou confusão mental. Ela ainda pode ser afetada, mas apenas por criaturas consideravelmente mais poderosas que ela ou caso ela esteja predisposta àquele efeito, por exemplo, caso tentem induzi-la magicamente à raiva quando ela já está se sentindo irritada.
𝖍𝖆𝖇𝖎𝖑𝖎𝖉𝖆𝖉𝖊𝖘 —
Durabilidade sobre-humana e fator de cura acima do normal.
𝖆𝖙𝖎𝖛𝖎𝖉𝖆𝖉𝖊𝖘 —
Conselheira do Chalé de Fobos, instrutora de mitologia grega, aprendiz dos Filhos da Magia e membro da equipe azul de esgrima.
𝖆𝖗𝖒𝖆𝖘 —
✦ Rakshasa é uma nodachi, uma espada japonesa longa, feita de ferro estígio e cuja lâmina retrai-se quando não está em uso. Seu nome está gravado na lâmina, em japonês (ラクシャーサ), e vem de uma criatura do hinduísmo. A arma foi entregue a Bishop como um presente de seu pai divino após ela ser aceita na Universidade de Nova Roma, e possui a propriedade única de temporariamente impedir que uma criatura se regenere após ser cortada por sua lâmina. Assim, até os monstros mais poderosos precisam esperar alguns minutos para se curarem depois de serem atacados por Rakshasa.
✦ Amanozako é uma katana, uma espada japonesa de lâmina curva, feita de ferro estígio. Ela parece uma versão menor de Rakshasa, até mesmo por serem feitas do mesmo metal. Amanozako pode cortar através das sombras e desferir golpes que lançam rajadas de luz através de cortes no ar, e foi nomeada a partir de uma deusa-monstro da mitologia japonesa de mesmo nome (天逆毎). A arma foi dada a Bishop como recompensa após sua equipe cumprir a missão de trazer ao Acampamento Meio-Sangue o Grimório de Hécate, escondido na Caverna dos Sussurros.
𝖍𝖎𝖘𝖙𝖔́𝖗𝖎𝖆 —
Bishop sempre soube que era diferente. Para a maioria das garotas de onze anos, esse “diferente” não passa de uma fase em que elas se gabam por não serem “como as outras garotas” — e todos sabemos que elas são sim —, mas, para a filha de Fobos, era mais sobre sua aura ameaçadora e os pesadelos que deixavam a mãe e o pai de cabelos para cima e olhos bem abertos no meio da madrugada, enquanto a menininha dormia tranquilamente no quarto ao lado.
Semideusa? Que nada. Era só uma esquisita. Isso é, até uma criatura mitológica atacá-la em plena luz do dia.
Bishop foi levada às pressas ao Acampamento Meio-Sangue por um homem engraçado de pernas de bode, que desengonçadamente a explicou que era filha de um deus grego e que seu cheiro atraía quaisquer monstros por perto com a vontade de fazer um lanchinho. Por um lado, descobrir sua herança divina explicara muitas coisas: como afetava os sonhos dos pais, como sua mera presença parecia deixar outras pessoas inquietas e como, às vezes, escutava sussurros em sua cabeça, aconselhando-a e indicando-a o que deveria ou não fazer. Sussurros que, antes, acreditava serem apenas uma manifestação de sua consciência.
Por outro, porém, a traição de sua mãe certamente não foi tão bem recebida, tanto pela própria mulher, que não esperava ter seu segredo revelado depois de tantos anos, quanto pelo pai de Bishop, que trouxe para casa os papéis do divórcio uma semana depois.
Por alguns anos, Bishop foi somente uma campista de verão, passando o resto do ano com sua mãe e tentando camuflar-se entre os mortais (uma vantagem de ser filha de um deus menor? Monstros não estavam tão interessados nela quanto nas crianças dos Olimpianos). Ela sabia, contudo, que a mãe não a via mais da mesma forma, fosse pela descoberta do caso da escritora com o deus do medo ou pela natureza inumana e aterrorizante da filha, e enquanto seu pai — o verdadeiro, não o divino — sempre a recebia de bom grado em sua nova casa, havia uma parte dela que se culpava pelo fim do casamento dos dois. Assim, aos catorze anos, Bishop passou a morar no Acampamento e, aos vinte e cinco, abriu mão do refúgio em Long Island para ingressar na Universidade de Nova Roma.
Poderes divinos à parte, Bishop nem sempre foi o estereótipo cuspido e escarrado de uma filha do Medo, mas o contato com os irmãos de chalé e os anos de autodescoberta na adolescência foram os grandes culpados. Não que sua personalidade correspondesse ao que se esperava de uma cria de Fobos: era quieta, organizada, disciplinada e, na maior parte do tempo, inofensiva (exceto, é claro, se você fosse um monstro). Uma pena sua timidez ser constantemente confundida com antipatia. Todavia, no campo de batalha, era tão assustadora quanto os outros campistas cochichavam quando achavam que ela não estava ouvindo, não poupando violência contra os inimigos.
𝖆𝖌𝖔𝖗𝖆 ... Aos vinte e sete anos, idade dificilmente alcançada por semideuses gregos, Bishop acreditava estar mais o mais próxima possível de uma vida tranquila: estava na universidade, dominara seus poderes divinos quase ao ponto da maestria e, quando decidia fazer uma visita aos pais no mundo mortal, possuía todo o treinamento necessário para evitar e derrotar monstros que tentassem se aproximar. Só gostaria que o pai desse um pouco mais de atenção aos próprios filhos, o que, para um deus, era quase impossível — e, embora Fobos parecesse acreditar nisso, presentinhos esporádicos não eram o suficiente para que merecesse ser chamado de “pai” em qualquer tom que não de indiferença.
No entanto, a calmaria não passara de um prelúdio para a tempestade. Com o chamado de Dionísio, precisou recolher suas coisas da Universidade de Nova Roma e retornar à Colina Meio-Sangue, apenas para descobrir que Rachel Elizabeth Dare entoara uma profecia que talvez significasse a queda do próprio Olimpo. Cansada de, mais uma vez, ser arrastada para a confusão dos deuses, voltou à cama empoeirada no chalé 33 e ao antigo cargo de instrutora de mitologia grega, e só espera não acabar no fogo cruzado de mais uma guerra divina — mesmo que saiba que é altamente improvável escapar ilesa.
𝖒𝖆𝖑𝖉𝖎𝖈̧𝖆̃𝖔 —
Maldição de Fobos — No mesmo dia em que Bishop recebera sua espada, enquanto dormia, ela teve uma visita em seus pesadelos: o presente não era a única coisa que Fobos queria dar à filha. Bishop deu pouco valor ao discurso do pai, que falou sobre lembrar-se de quem é e de sua verdadeira natureza, até, meses depois, seus dedos das mãos começarem a ser tomados por sombras e sua mente inundada por imagens perturbadoras de seus maiores medos e das pessoas ao seu redor. Fobos amaldiçoou a própria filha, sua ideia deturpada de disciplina e dádiva ao mesmo tempo, forçando-a a usar seu poder de materialização do medo contra sua vontade. Quando Bishop passa muito tempo sem usá-lo, o medo se volta contra ela, causando-lhe alucinações dos próprios temores e também das pessoas que estão por perto dela. Fisicamente, a maldição se manifesta a partir das pontas de seus dedos, que escurecem e espalham essa mancha sombria por seu corpo quanto mais tempo ela demora para usar seus poderes, como se as sombras estivessem, lentamente, a devorando.
#swf:intro#como sempre vou considerar like como interesse pra plot#então quem quiser deixa o coraçãozinho que eu corro atrás <3
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𝐊𝐈𝐍𝐍 𝐌𝐀𝐘𝐔𝐑𝐈𝐍 𝐍𝐀𝐑𝐈𝐍𝐑𝐀𝐊 é filha de 𝐓𝐈𝐐𝐔𝐄 e 𝐂𝐎𝐍𝐒𝐄𝐋𝐇𝐄𝐈𝐑𝐀 do 𝐂𝐇𝐀𝐋𝐄́ 𝟒𝟏 e tem 𝐕𝐈𝐍𝐓𝐄 𝐄 𝐎𝐈𝐓𝐎 𝐀𝐍𝐎𝐒. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no 𝐍𝐈́𝐕𝐄𝐋 𝐈𝐈𝐈 por estar no acampamento há 𝐕𝐈𝐍𝐓𝐄 𝐄 𝐎𝐈𝐓𝐎 𝐀𝐍𝐎𝐒, sabia? e se lá estiver certo, 𝐋𝐎𝐕𝐄/𝐊𝐈𝐍𝐍 é bastante 𝐂𝐀𝐑𝐈𝐒𝐌𝐀́𝐓𝐈𝐂𝐀 mas também dizem que ela é 𝐕𝐈𝐍𝐆𝐀𝐓𝐈𝐕𝐀. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
͏ ͏ ͏ ͏⠀ ͏ ͏ ͏ ͏⠀ ͏ ͏ ͏⠀ ◜ ⠀connections, task, timeline, aesthetic, playlist & tags ⠀◞
&. ━━ 𝐒𝐔𝐌𝐌𝐀𝐑𝐘: Love-Kinn é um legado de Nêmesis e filha de Tique. Seu pai morreu antes que ela pudesse conhece-lo e foi criada dentro do acampamento desde bebê. A razão? Ela tem asas desde pitica! Por isso ganhou o apelido de Love. Apenas quando fez dez anos é que foi reclamada e descobriu sobre suas origens, e que tinha uma família na Tailândia pronta pra recebê-la. A família recebeu ela bem porque já conheciam a vida de um semideus, e ela acabou manifestando os poderes de aceleração molecular, então precisou voltar pro acampamento. Após alguns anos decidiu passar um tempo longe. Love virou terapeuta, mas as origens vingativas falaram mais alto e com tantos casos de mulheres sofrendo desilusões amorosas, ela passou a caçar homens que quebravam coração de suas pacientes e de suas amigas. Porém sua família era envolvida em esquemas de lavagem de dinheiro e com a máfia. Os negócios começaram a ir longe demais quando passou a se tornar uma arma para a própria família e a caçada se tornou extremamente pessoal, punindo quem ousava atrapalhar os negócios ilegais dos Narinrak e do cassino. Isso acabou atraindo atenção de monstros e sua família foi morta. Bom, isso foi o que a mente implantou em suas memórias como um mecanismo de defesa. A verdade é que um dia Kinn simplesmente cansou de toda a sujeira que a família fazia e aniquilou todos de uma vez só. O trauma gerado foi tão forte que ela sequer lembra, acreditando fielmente dias depois que sofreu um ataque de monstros. Um dia só sumiu pro acampamento onde está até hoje! Atualmente conselheira do chalé de Tique, aprendiz de curandeiro e também é instrutora de vôo e faz parte do clube de teatro e de artesanato. Também é membro da equipe azul de queimada. Tem um par de leques como arma de ouro imperial chamando de Breaker of Chains and Bonds que se transformam num par de brincos.
Você pode acompanhar o resumo do desenvolvimento dela aqui.
&. ━━ 𝐁𝐀𝐒𝐈𝐂𝐒.
Conselheira do chalé de Tique.
Instrutora de vôo.
Aprendiz de curandeiros.
Membro individual do arco e flecha e membro da equipe azul de queimada.
Parte do clube de teatro e do clube de artesanato.
Aniversário: 20 de agosto. (Apenas considera, não se sabe a verdadeira data)
Local de nascimento: Desconhecido.
MBTI: ENTJ.
Temperamento: Colérico.
Alinhamento moral: Neutral Evil.
+ Paciente, sincera, mente aberta, amorosa e imaginativa.
- Manipuladora, atrevida, exigente, dramática e fatal.
&. ━━ 𝐏𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 & 𝐖𝐄𝐀𝐏𝐎𝐍.
Aceleração molecular: Naturalmente desenvolvida para constante movimento como um gerador vivo de energias biocinéticas, possui a capacidade para absorver formas de energia cinética em si mesma e converter isso em energia combativa como rajadas conclusivas. Quando entra em contato com um objeto, é capaz de "vibrar" suas moléculas, convertendo sua energia potencial em energia cinética criando bombas explosivas.
Sorte Natural: Love possue uma sorte volátil e imprevisível, manifestando-se como fenômenos cinéticos aleatórios que alteram a probabilidade a seu favor. Sem controle sobre essa habilidade, eventos improváveis podem acontecer com ela, garantindo vantagens inesperadas. Sua sorte pode provocar desde falhas no equipamento adversário até acertos milagrosos em situações críticas, beneficiando-a de maneiras surpreendentes e oportunas.
Asas Cinéticas: (AINDA EM NIVEL 1, acompanhe aqui) Capaz de imbuir as asas com energia cinética e voar em distâncias maiores das que já feitas e com velocidade ainda maior. Por estarem imbuídas em energia, possuem uma fina camada de defesa. As pontas das asas possuem lâminas afiadas e podem cortar materiais leves. Através de uma técnica aprimorada, consegue acumular e liberar energia cinética nas lâminas em solo e durante o voo, criando golpes mais poderosos e com maior alcance. Esses ataques podem gerar ondas de choque que empurram ou desorientam os inimigos próximos.
HABILIDADES: Vigor sobre-humano & Agilidade sobre-humana.
ARMAS:
Breaker of Chains and Bonds ou apenas BCB são um par de leques de ouro imperial. Os leques são de aparência normal de seda endurecida, mas contêm uma certa quantidade de lâminas super afiadas que cortam o inimigo facilmente. Fechado pode ser usado como defesa e aberto como arma e sendo projétil que pode ser usado para ferir o oponente. Eles se tornam um par de brincos.
Lifedrinkers são um par de sais feitos de bronze celestial, com lâminas afiadas. Estas armas são capazes de cortar através das sombras e desferir golpes que drenam a energia dos inimigos. Os ganhou após retornar da sua mais recente missão no submundo.
Gravikinetic é uma lança de ouro imperial que controla as forças gravitacionais ao seu redor. Pode aumentar ou diminuir a gravidade no ponto de impacto, esmagando os inimigos ou os lançando ao ar potencializando e utilizando do poder de Love envolvendo energia cinética.
Doomblade é um espadão colossal com uma lâmina longa e pesada feita inteiramente de ferro estígio. A lâmina longa tem uma superfície que brilha em vermelho escarlate no mesmo tom de suas asas, como se estivesse imbuída com o sangue de antigos inimigos. A cada inimigo atingido pela arma, ela acumula uma carga de energia e cada carga aumenta o poder de corte da lâmina, resultando em golpes mais pesados e precisos, lançando faíscas vermelhas que causam dano adicional a inimigos próximos.
ITENS:
Cálice de Dionísio: Um cálice de prata com uvas entalhadas. Quando alguém bebe do cálice, fica embriagado, mas também ganha visões proféticas, o efeito dura 2h por dia.
Bolsa de Expansão Infinita: Uma bolsa aparentemente comum com um forro interior encantado por runas mágicas. Ela possui um encantamento que permite armazenar uma quantidade virtualmente ilimitada de itens sem aumentar de peso ou volume. Quando o usuário coloca a mão dentro e visualiza o item desejado, ele surge instantaneamente na mão.
Pulseira da verdade: Pulseira que concede ao usuário o poder da verdade. Caso o usuário toque em alguém, essa pessoa só conseguirá falar a verdade. O efeito dura três minutos, o contato precisa durar três minutos inteiros pois é cortado o contato do usuário com o alvo, o efeito é interrompido. A pulseira não permite que o alvo seja repetido por pelo menos duas semanas.
&. ━━ 𝐇𝐄𝐀𝐃𝐂𝐀𝐍𝐎𝐍𝐒.
Antes da morte da sua família, todos eram apegados e mimavam Love como uma princesa. Ela sente falta disso, uma pena que não passou de uma mentira para usarem ela como uma arma. Como uma válvula escape, Kinn mantém a ideia para todo mundo que sua família ainda vive e está ótima e que sempre se comunica com todos eles.
Claramente não tem uma mãe presente, mas após sua reclamação, chega a vê-la com uma frequência fora do usual para um semideus. Gosta de acreditar que é porque ela não tem tantos filhos por ai e consegue dar uma atenção maior para si.
Love sempre foi uma boa terapeuta e até gosta de exercer a função hoje no acampamento, mas tende a não se apegar nessa ajuda para não acabar caçando outros semideus problemáticos. Isso também se dá ao fato de se considerar totalmente quebrada por dentro.
Você sempre vai ver ela envolvida com os filhos de Apolo ou Atena, ou qualquer outro que curta artes! Gosta de pintar, decorar, desenhar, cantar e tudo que for lúdico e artesanal ela estará no meio e será bem vindo na vida dela.
Sua família era influente no ramo dos cassinos e apesar de seus primeiros anos após sair do acampamento terem sido passados na Tailândia, Love já morou em diversos locais e viajou para diversos países diferentes.
Kinn não se lembra de absolutamente nada sobre o dia da morte de sua família, mas vez ou outra tem pesadelos com o fatídico dia, o que acarreta em confusão mental já que não sabe exatamente o que houve nesse dia.
&. ━━ 𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍𝐀𝐋𝐈𝐓𝐘.
Love é paciente, capaz de esperar pelo tempo certo para agir e resolver problemas. Sua sinceridade é uma característica marcante até demais porque não sabe a hora de parar de falar, sendo honesta consigo mesma e com os outros, mesmo que isso às vezes a coloque em situações constrangedoras ou difíceis. Assim como seu apelido, é genuinamente amorosa e apegada as pessoas que ama, demonstrando cuidado e afeto, e também por aqueles que estão ao seu redor, sendo bastante acolhedora.
Sua mente aberta a torna receptiva a novas ideias, experiências e pessoas, o que a torna uma excelente companhia e uma pessoa genuinamente empática. Talvez até demais. Detesta injustiças. No entanto pode não ser a melhor para lidar nessa perspectiva. Love pode ser manipuladora quando se trata de descobrir algo ou alcançar seus objetivos. Ela também pode ser atrevida e exigente, especialmente quando sente que suas necessidades não estão sendo atendidas. A famosa birrenta mimada. Sua natureza dramática pode levá-la a exagerar em suas reações, mas num geral ela é alguém que você gostaria de ter por perto.
&. ━━ 𝐇𝐈𝐒𝐓𝐎𝐑𝐘.
Quíron não entendeu muito bem quando a cesta com um bebê chegou ao acampamento meio-sangue. Na cesta, apenas um nome: Kinn Mayurin Narinrak. Com o tempo, o motivo era óbvio: seria impossível criar um bebê com asas perto dos olhos humanos, mesmo com a névoa existindo. A criança foi muito bem acolhida, cuidada e conforme crescia as penas brancas foram ganhando um tom rosado que trouxeram o apelido de Love para a mocinha por ser um docinho de pessoa e associada a algum deus relacionado ao amor. Com tantos deuses e deusas aladas, era difícil delimitar quem poderia ser seu laço divino, mas tinham seus palpites. Sem qualquer sinal de algum deus ou deusa para reclamá-la como filha, seus dias no acampamento eram resultado de viver entre os filhos de Hermes e treinar conforme crescia. O treinamento de suas asas também foi necessário para praticar voo e naquela idade, já conseguia recolher e esconder, mesmo que gostasse de exibi-las por aí. Foi no ano em que completou dez anos que sua reclamação veio: Filha de Tique, e junto mais duas revelações através de sonhos com ela: seu pai era uma legado de Nêmesis e havia falecido pouco antes que chegasse ao acampamento, perseguido por monstros enquanto a levava para lá. No entanto, Tique se certificou de que a filha chegasse ao destino com segurança e sorte. A segunda revelação é que havia uma família na Tailândia esperando por ela caso fosse do interesse dela conhecê-los. Ao ser reclamada as íris também ganharam a tonalidade vermelha, sendo definitivas. Sem qualquer manifestação de poderes, Kinn decidiu que queria conhecer o mundo e, principalmente, a família de seu pai.
Love entendeu no primeiro momento a razão porque Tique tinha se envolvido com seu pai: a família era dona de cassinos e a sorte parecia estar sempre a favor da família, mesmo envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro e com a máfia. Ainda assim, seus avós e tios certamente foram as pessoas mais amorosas e mente aberta que poderia encontrar no mundo consigo. Love foi muito bem acolhida pela família, mesmo na idade que possuía e com a outra parte sendo divina. Tudo por conta de seu pai ser um legado e eles compreenderem a situação muito antes dela nascer. Houveram apenas dois momentos em que acabou sendo atacada por monstros, e considerava pura sorte devido a sua mãe. A verdade é que Kinn pensava que seu poder era realmente manipulação da sorte, mas logo a revelação do verdadeiro poder veio. Tinha 13 anos quando em uma briga na escola e carrega de fúria, os genes de ser um legado de Nemesis surgiram por querer se vingar e ao pensar demais a tailandesa conseguiu vibrar as moléculas a ponto de desintegrar e explodir objetos sólidos dentro da sala de aula, gerando uma grande comoção e evacuamento da escolas. Ninguém desconfiou e com a noção de que poderia ser um problema, ela mesma tomou a decisão de que precisaria passar um tempo no acampamento além das férias de verão para controlar e dominar sua habilidade. Manipular energia cinética demandava tempo e com a necessidade de muito treinamento, Love se viu no acampamento por muitos anos. Nesse período, as asas ganharam a tonalidade oficial: vermelho vinho. Longe dos olhos mortais, as usava o tempo todo, aprendeu a ter facilidade e gostar delas, mesmo que para alguns parecesse algo diferente demais até para um semideus.
Tomou a decisão de retornar para casa e Love decidiu que agora iria viver sua vida longe do acampamento, apenas com visitas esporádicas e focar no seu crescimento pessoal dentro do que podia numa vida mortal. A carreira como terapeuta começou bem, mas o que mais recebia eram mulheres desoladas com seus amores desafortunados. Love passou a entender que homens só eram legais, fieis e correspondentes em histórias e filmes. O que começou apenas como uma brincadeira entre primas, se tornou uma verdade quando Kinn se viu caçando homens e os punindo por machucar suas pacientes e/ou amigas. A coisa escalou rápido demais quando passou a se tornar uma arma para a própria família e a caçada se tornou extremamente pessoal, punindo quem ousava atrapalhar os negócios ilegais dos Narinrak e do cassino.
Mesmo com ciência de que era um uso irresponsável de aprendizado no acampamento, Love surfou na onda. Passou anos assim. Chegou até se envolver em lutas clandestinas e clubes de luta de semideuseus espalhados pelo globo. Gostava de punir, de se vingar e com a sorte ao seu favor, sabia que estaria sã e salva. Até que a atenção voltou para si. Com uma parcela de sua família em uma viagem de comemoração, foi inevitável salvá-los quando lestrigões apareceram e vários deles ceifaram a vida de quase todos os presentes. Love conseguiu sair da situação, mas sentiu que havia focado em usar seus poderes de uma forma errada e muito menos pensou na possibilidade de monstros aparecerem. Bom, isso foi o que a mente implantou em suas memórias como um mecanismo de defesa. A verdade é que um dia Kinn simplesmente cansou de toda a sujeira que a família fazia e em como as atitudes estavam escalando de uma atrocidade pior do que a outra. Love aniquilou toda a família de uma vez só. Com exceção de crianças. O trauma gerado foi tão forte que ela sequer lembra do dia ou do que aconteceu, acreditando fielmente dias depois que sofreu um ataque de monstros. Então um dia simplesmente sumiu e voltou para o acampamento dois anos antes do chamado do Sr. D, permanecendo lá até hoje. Love ficou bastante apreensiva no jantar presenciando a profecia, esperando por outra guerra, afinal essa era a vida de um semideus no fim das contas, o que não diferia muito da sua vida anterior.
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“Honestamente, acho que só precisamos fazer uma loucura”- Logan + Aiden
Conto 62 — Aiden Danvers
Meu coração dispara quando vejo Logan ser arremessado vários metros até bater em um dos postes de luz, após um soco violento de seu adversário. Como estou ocupado com o outro, não consigo ir a seu encontro, então recorro ao comunicador.
— Você está bem? — Pergunto rapidamente, e quando não obtenho uma resposta imediata, tento mais uma vez. — Cara, você tá legal? Fala comigo!
Alguns segundos depois, finalmente ouço a voz dele.
— Ai…. — Logan resmunga, e para meu alivio, posso ver ele se levantando lentamente ao longe. — Olha, eu não queria dizer isso…
— Então não fala.
— … mas talvez a gente devesse deixar os Hulks cuidarem desses dois. — Logan continua mesmo assim, me fazendo revirar os olhos.
Ok, preciso concordar que os Irmãos Blood realmente não são adversários para qualquer um. Pela galáxia afora, onde eles costumam atuar com muito mais frequência, eles são conhecidos por serem imparáveis.
No entanto, Logan e eu podíamos dar conta deles. Especialmente agora que trouxemos a luta para um terreno vazio. Já que não precisamos mais nos preocupar com civis sendo atingidos no meio da briga, podemos nos concentrar em descobrir uma maneira de acabar com essa dupla, sem precisarmos de reforços.
—Vamos lá, garotos, pelos menos nos deem algum tipo de desafio. — E falando na dupla de irmãos, um deles, R'Hos, reclama, me tirando abruptamente de meus pensamentos, quando os dois vem em minha direção ao mesmo tempo.
— Isso aqui não está nem perto de ser minimamente interessante. — O outro, Gh'Ree, tenta desferir um soco contra mim, mas sou mais rápido e desvio. — A gente achou que pelo menos o moleque que costuma viajar com a Capitã Marvel fosse um oponente a altura, mas estávamos errados.
Sua provocações não me irritam realmente, mas pelo menos, me dão a possibilidade de reunir minhas forças e apontar meus dois punhos na direção de cada um deles e atingi-los com rajadas de fótons.
Isso é o suficiente para atordoá-los por um momento, deixando uma distancia maior entre nós e os fazendo calar a boca, finalmente.
— Eles só são super fortes quando estão juntos. — Aviso para Logan quando me coloco ao seu lado. — Só precisamos separá-los de forma definitiva, e aí temos uma chance.
— Como se não estivéssemos tentando fazer isso há praticamente dez minutos.
Lanço um olhar irritado para meu melhor amigo.
— Tem outra ideia por acaso? É só assim que eles costumam ser derrotados, até onde eu sei.
Logan fica em silencio por uns dois segundos. Não posso ver sua expressão, já que ele está de armadura, mas sei que ele deve estar pensativo.
— Na verdade sim, eu tenho.
— Que seria...? — O incentivo a dizer mais, já que não posso ler sua mente para saber qual o tal plano.
— É uma ideia arriscada, não sei se vai dar certo. Mas, honestamente, acho que só precisamos fazer uma loucura.
Reviro os olhos, frustrado.
— Tipo o que?
— Não tenho tempo de explicar agora. Só distrai um, que faço o resto. Cuidado!
O aviso dele veio uma fração de segundo tarde demais. Logan desvia e levanta voo, mas eu sou atingido por um punho enorme, e a sensação é quase pior do que levar um soco do Hulk.
Caio no chão com força, e pelo canto do olho, posso ver Logan atirando contra um dos irmãos. Ouço ele dizer algo como "isso deveria fazer cócegas, humano?" mas não consigo prestar mais atenção na luta deles, já que tenho que me concentrar em meu próprio adversário.
Sinto meu corpo todo dolorido, mas me coloco de pé antes que Gh'Ree possa chegar perto o suficiente para continuar me espancando. Ele tenta me acertar mais uma vez, mas consigo bloquear seu ataque, e revido com um soco. Isso o faz cambalear um pouco para trás, mas vejo que não tira o sorrisinho arrogante de seu rosto.
— Aposto que sua avó bate mais forte do que isso.
— Ah, cala a boca, cara. Você é irritante pra caramba. — Me lanço para a frente, me impulsionando com um voo rápido, e tento derruba-lo. O ataco várias vezes, mas por mais que eu o atinja, ele não parece estar ficando mais fraco, ou machucado, ou cansado, mas eu também posso continuar pelo tempo que for preciso.
Medimos forças até que, por um pequeno deslize meu, acabo dando a ele a oportunidade de passar seu braço ao redor do meu pescoço, e então, me vejo preso enquanto ele começa a colocar muita pressão, me fazendo perder o ar.
Tento me soltar e também tento olhar para a direção onde Logan está tendo que lidar com R'Hos. Ainda tentando me soltar de meu oponente, vejo o momento exato em que Logan decide atirar uma rajada de energia concentrada em R'Hos bem na cara, e então, uma pequena explosão acontece.
Fico cego por alguns segundos, mas sinto Gh'Ree me soltar, e eu caio no chão, a tempo de ouvi-lo dizer:
— Mas que merda foi.....?
Pisco rapidamente algumas vezes e vejo, agora que a poeira está abaixando, que Logan continua de pé. Não há sinal do outro Irmão Blood.
Logan não diz nada, apenas olha para Gh'Ree e para mim. Fico tão surpreso e confuso, que mal tenho tempo de reagir ao que se seguiu.
Irado pelo que acabou de acontecer, Gh'Ree, que até então tinha sua atenção total em mim, se lança contra Logan de forma brutal.
— Eu vou matar você! — Ele berra, no exato momento em que começa a esmurrar a armadura, com tanta violência, que ela parece como uma latinha de refringente vazia, sendo amassada com uma facilidade assustadora.
Entro em pânico no mesmo instante. A armadura não está aguentando todos aqueles ataques, isso quer dizer que Logan não tem a mínima chance de sobreviver aquilo. Ainda tentando recuperar o folego depois de quase ter sido estrangulado, me coloco de pé e ignoro toda a dor que estou sentindo. Eu preciso fazer alguma coisa antes que seja tarde demais, Isso é, se já não é.
No entanto, antes que eu possa agir, ouço a voz de Logan pelo comunicador.
— Não, deixa ele bater. Olha pra trás.
Me viro imediatamente, dando de cara com meu amigo, agora sem armadura, mas vivo. Tirando pequenos arranhões, ele está ótimo. Melhor do que eu, com certeza.
— Como... o que...?
— Disse que faria uma loucura, e fiz. — Ele apronta para onde um dos brutamontes espanca a armadura dele. — Olha só.
Quando me viro, vejo que a armadura está no chão, e Gh'Ree olha para ela, em choque. Ele para de bater e se levanta.
— Não... não pode ser... R'Hos!
É só então que percebo que dentro da armadura de Logan, está um dos irmãos Blood, que o outro, sem saber, acabou socando até nocauteá-lo. Isso deixa o agressor completamente paralisado, ao ver o irmão caído e completamente destruído a sua frente.
— Você tinha razão, Soldado Estelar. Juntos, os poderes deles os fazem quase invencíveis... — Logan faz um sinal para mim, e entendo que é nossa hora de atacar. — Quer dizer, invencíveis para todos menos para eles mesmos. Aí é só tirar um da equação, que o outro não é mais problema!
No momento em que ele disse isso, nós atacamos. Logan usando uma manopla diferente para atingir Gh'Ree com um raio de plasma e eu, com um soco carregado de energia. Nosso adversário restante estava tão atordoado que mal reagiu, e apagou no momento em que bateu contra o chão.
Quando vejo que os dois estão desacordados e incapacitados, me sento no chão, e Logan faz o mesmo.
— Você usou aquela distração pra colocar sua armadura nele. Pensou rápido.
Levanto uma das mãos para um high-five.
— Sou um Stark, sempre tenho um plano, mesmo que seja arriscado. — Ele sorriu, mas fez uma careta. — Ai, acho que vou ficar dolorido pelo resto da semana.
— Dessa vez, acho que somos dois. — Brinco com ele, e damos risada. Depois de um breve suspiro, Logan olha para os dois alienígenas caídos no chão.
— O que vamos fazer com eles? Não acho que a Balsa vai dar conta desses dois.
— Vou chamar a Eirian e o Renly. Os Novas podem cuidar deles.
— Ótimo. — Logan dá uma rápida olhada para os restos de sua armadura. — Lá se vai outra armadura. Mas ei. — Ele olha pra mim e sorri. — Essa aqui vai ser uma história e tanto pra gente contar.
NOTA: Tá aí mais um conto com esses dois, esse aqui já tá na inbox faz um tempinho, mas finalmente tá escrito e postado :D Tem mais um da lista mais recente que eu postei ( do soldado invernal ), e é aquela coisa, se eu não me distrair muito, sai logo. E eu to sempre aceitando mais propostas, então se quiserem mandar dessa lista ou das mais antigas, pode mandar !
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❝ have you ever had something…missing? like something just doesn’t feel right inside you but you don’t know what it is. ❞ / nora & jace.
― ❛ inbox ❜ ↬ jace & nora !
❝ have you ever had something…missing ? like something just doesn’t feel right inside you but you don’t know what it is. ❞
now playing : us by gracie abrams.
ouvindo sua questão, ele pausou a leitura do relatório médico & hesitou apenas um momento antes de dizer : ' receio que não entendo ' , assistindo a face alheia cair em decepção e tentando não pensar muito sobre as palavras que pareciam tão certeiras, como se ela pudesse ver além da fachada . a mandou para casa com um sorriso que parecia forasteiro em suas feições , estranho nos traços bem definidos de seu rosto . um curvar de lábios que buscava aplacar danos mais do que ser agradável. talvez por isso se sentiu errado ao oferecer aquela pequena falsidade dentro das muitas que disseminava, e apesar de se esforçar para não focar na sua pergunta, ela o perseguiu até em casa , os céus parecendo descontentes com sua falta de honestidade como se buscassem o punir .
mais tarde naquela noite, certamente o fizeram.
não houve nenhum aviso para tempestade, e após um banho que parecia quente demais para ser confortável, ele se entregou ao sono de forma tão profunda que a janela do quarto foi deixada aberta, tornando-se uma perfeita oportunidade para o vento, com uma rajada forte do ar gélido derrubar o vaso de lírios do piano, e finalmente o acordar. fechou o vidro depressa, e encarou o estrago antes de realmente se mover para fazer algo sobre - ele fazia isso as vezes, encarava o acidente até que lhe surgisse a força de lutar . ultimamente, encarava o acidente por tempo até demais.
finalmente se agachou, começando a pegar partes do destroço em mãos, quando por um susto do clima raivoso fazendo barulhos enlouquecidos, jace se inclinou para frente em descuido , e as palmas abertas se encontraram diretamente com os cacos no chão. foi imediato que o líquido vermelho viscoso começasse a jorrar e se misturar a água que antes dava vida as flores. enquanto encarava mais aquele acidente, a mão completamente dormente, como era de costume consigo quando devia sentir dor , ele voltou a sentença de nora mais cedo no consultório.
o ex soldado era apenas uma sombra de tudo que já foi e um eco do que podia ter sido ; é claro que ele entendia, intimamente como seria - sentir que algo estava faltando por dentro. ele interpretava uma versão diminuta de si, e dizia que era para o bem de todos. temeroso que fosse deixar um rastro de destruição por onde passasse , ele achava ter muito em comum com a mutante. ela apenas não sabia ainda, do potencial para desastres que tinha , enquanto jace estava dolorosamente ciente do seu. ele tinha visto, em campos de batalha e quartos de hospitais depois de fazer o impossível - sobreviver . tudo que sobrava no seu rastro eram famílias que jamais se recuperavam, pessoas que jamais seguiriam em frente , morte, morte , morte & mais morte. que direito ele tinha ? de viver ? de ser completo e feliz quando suas vítimas jamais seriam ? o irmão mais novo que foi criado sem os pais, e com o lembrete de que algo injusto sempre os acharia , de que alguma coisa ruim sempre iria alcançá-los , os tios que tiveram de abdicar da própria vida para cuidar de duas crianças amaldiçoadas com luto - claro, pode-se fazer o argumento de que nada daquilo era sua culpa , que ele não podia evitar um acidente , apenas encarar o mesmo .
mas então, ele tocou em uma arma pela primeira vez, ele atirou das trincheiras, ele prescreveu uma dose forte demais - e de repente, era sua culpa, não tinha como discutir diferente. as escolhas que fez tinham tanto peso quando as que foram feitas por ele. graças a deus ? ao destino ? quem sabe, a sorte ? e se sim, era apenas sua sorte passar o resto da vida com um vazio refletido em seus olhos, pelas feridas infligidas em sua alma ? e era apenas a sorte dela estar presa com ele ? os dois longe de quem realmente eram ? bem, talvez fosse.
talvez fosse apenas a sorte e nada fosse mudar chorando sobre, mas naquela noite - palmas sangrando , desastre eminente - , ele chorou.
se deixou cair, apertando contra a pele mais profundamente aqueles pedaços estilhaçados, onde antes - algo bonito residiu. apenas chorou, lamentando por si mesmo e por ela, e por todos que feriu , por qualquer um que cruzou seu caminho. e quando as lágrimas secaram, ele não se moveu, ficou sentado , sangue na madeira , e então veio a manhã. seguiu imóvel. o telefone tocou, e tocou de novo, ele permaneceu no lugar.
na semana seguinte, mãos enfaixadas, ele diminuiu uma das doses - desobedecendo sua primeira ordem. tinha sim, algo faltando, mas ele pensou que se ela pudesse se encher de paixão pela vida , talvez nos olhos da outra não veria a imitação de seu próprio olhar vazio e um dia, quando estivesse chorando debruçado sobre uma poça do próprio sangue pensando que merecia cada coisa infeliz do mundo - pudesse se lembrar dela, e sentir algo menos miserável. não algo que preenchesse as lacunas da psique estragada, da personalidade podre , mas - algo. algo , além do nada que sentia agora. e então seria menos sombra, então - de alguma forma - , a pessoa que poderia ter sido, deixaria de ecoar em seus ouvidos. era uma chance em um milhão , mas bem - talvez essa fosse sua sorte.
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SAS - SERVIÇO AÉREO ESPECIAL - NORTE ÁFRICA 1942 - BREVE HISTÓRICO
SERVIÇO AÉREO ESPECIAL
SAS
“Era noite de 26 de julho de 1942. A pista era iluminada pela lua. O aeroporto do campo alemão de Sidi Ennich estava em atividade como de costume. A lua desapareceu sem atrapalhar as nuvens. A luz de um bombardeiro que ia pousar ali procurava a pista. A noite transcorreu silenciosamente como se não tivesse sido em tempo de guerra. Era inacreditável que a base alemã localizada longe da frente estivesse à beira de um grave desastre. Não havia sentimento de inquietação. Levantando uma poeira seca, as rodas do bombardeiro tocaram o solo, quando metralhadoras pesadas de repente produziram ruídos ensurdecedores e os motores dos carros começaram a rugir. A pista foi tomada por uma violenta rajada negra e jogada em desordem. O SAS sob o comando de David Stirling iniciou um ataque surpresa. Eles tinham vindo aqui de além do mar de deserto a dezenas de quilômetros de distância. Sidi Ennich foi um dos aeródromos mais importantes para Rommel. Havia ali um grande número de Stukas, Junkers JLJ52s, Heinkels quase metade dos aviões de Rommel.
Disparando suas metralhadoras, 18 jeeps em formação próxima cortaram o caminho pela pista. Aviões alemães pegaram fogo um após o outro e seus tanques de combustível explodiram. As chamas avermelharam o céu sobre Sidi Ennich e dezenas de aviões alemães impiedosamente destruídos foram deixados no chão. O SAS é a abreviação de Special Air Service. Esta foi uma unidade de serviço especial organizada em 1941 pelo jovem oficial britânico David Stirling e esteve em atividade no deserto do norte da África. A única missão do SAS era enfraquecer o inimigo, infiltrando-se profundamente através das linhas inimigas e assediando a retaguarda. O SAS fez movimentos evasivos. Eles se moveram além do deserto que se estendia por centenas de quilômetros e atacaram o inimigo em momentos inesperados de maneiras inesperadas. Chegaram a saltar de paraquedas à noite. Foi relatado que alguns estabelecimentos militares e aeródromos dos alemães localizados na retaguarda estavam em constante medo e tinham que forçar todos os nervos a todo momento.
Nunca foi fácil para o SAS atravessar o deserto que se estende por centenas de quilômetros. A natureza severa do deserto rejeitava positivamente os homens e estava cheio de perigos para a vida. Durante o dia, o sol escaldante queimava as areias e a temperatura muitas vezes eram altas demais. Não havia árvores para proteger os homens do sol. À noite, o solo rapidamente se tornava tão frio quanto o gelo e a temperatura muitas vezes caiam abaixo de O° C. Uma vez que uma tempestade de areia caiu, os homens tiveram que se deitar no chão e esperar na areia até que ela findasse. Epidemias e insetos venenosos eram outra ameaça para os homens. Muitas vezes infligiam um golpe de morte àqueles que estavam enfraquecidos pela natureza severa. Era quase impossível encontrar água no deserto e só podia ser obtida em locais limitados. Mesmo quando uma fonte era encontrada, sua água às vezes não era boa para beber porque estava muito contaminada pelos corpos podres de soldados e animais que vagavam em busca de água e morriam ali. Além disso, o inimigo, ou seja, o alemão do Afrika Korps e as forças italianas, estavam em alerta para o SAS.
Naturalmente, o SAS era composto apenas por membros bem escolhidos, tinham um corpo forte endurecido por treinamento em luta real, bem como um espírito indomável, cada um deles era um verdadeiro profissional de guerra no deserto. Dizia-se que o SAS se comparava favoravelmente com uma brigada blindada em habilidade.
JEEP
O jeep que a SAS utilizava como principal meio de transporte era o Chevrolet 30 CWT 3.ton Truck, ele foi usado na fase inicial da guerra antes de aparecer no demais campos de batalha e mais tarde na fase posterior, principalmente para transporte. Apesar de inferior ao Chevrolet Truck em capacidade de carga, o Jeep com capacidade cross-country superior era o mais adequado para a missão do SAS. Para suportar e sobreviver sob a natureza severa do deserto, eles tributavam sua engenhosidade em com adaptações de várias maneiras. A água não tinha preço no deserto. Se seu motor refrigerado a água superaquecesse, o Jeep pararia nas areias e a água inestimável no radiador evaporaria em ar seco à toa. Era muito difícil obter a água para o radiador. Assim, eles cortavam todos as partes da grade dianteira, exceto duas, para facilitar a entrada de ar e obter maior eficiência de resfriamento. Na frente da grade eles fixavam uma pequena lata cilíndrica, que era conectada ao radiador por uma mangueira. Isso foi para evitar o desperdício de água. A lata sempre continha um pouco de água, e a água do radiador fervida e evaporada passava pela mangueira, entrava na lata, era resfriada ali e depois retornava ao radiador novamente. Esse dispositivo foi chamado de condensador.
Um protetor de areia foi fixado no carburador para evitar que a areia entrasse no motor. O para-brisa foi removido para evitar o reflexo da luz solar. O jipe que atravessava o deserto sem caminho era como um pequeno barco navegando pelo oceano. Um movimento na direção errada significava a morte. Para encontrar seus rumos, eles fixaram um dispositivo chamado Sun Compass no quadro de instrumentos. Indicava a direção pela posição da sombra de um fio de piano no centro projetada pelo sol na face de um mostrador marcado em rolamentos. O dispositivo simples foi muito útil enquanto o sol brilhava no céu. Eles também usaram um teodolito para encontrar seus rolamentos com mais precisão. Canais de areia também eram indispensáveis para o jeep no deserto. Eram placas de ferro em forma de U de cerca de 1,5m de comprimento. Quando o Jeep era pego pelas areias, eles as colocavam sob as rodas para que ele pudesse se mover facilmente. Vários tanques e bolsas de couro contendo água para beber e tanques de combustível sobressalentes eram montados no capô, na traseira, nas laterais e em outras possíveis partes da carroceria. Uma rede de camuflagem para esconder o veículo do inimigo e um mapa também eram itens necessários. O pequeno veículo também transportava todos os itens de primeira necessidade, como sacos de dormir, cobertores e alimentos. Cada veículo do SAS estava equipado com todos os itens necessários, mas em nenhum caso agiu de forma independente. Para evitar perigos e contingências, eles sempre atuavam em um grupo de pelo menos dois ou três veículos.
Uma metralhadora Browning e uma única ou duas armas Vickers 'K' eram montadas geralmente no escudo e na parte traseira da carroceria, sendo qualquer uma delas montada adicionalmente na lateral de alguns veículos como uma terceira arma. Schmeissers, Lugers, etc. e carregadores de metralhadora foram colocados à mão. Naturalmente, o SAS usou plenamente tais armas capturadas dos alemães. Os membros do SAS usavam uma camisa com mangas de meia distância, calças de joelho, casaco de babado, roupa de aviação, turbante, etc., de acordo com sua preferência. O armamento e os equipamentos dos jeeps também variavam de acordo com a finalidade das operações e a preferência dos integrantes. Não havia veículos que transportassem o mesmo armamento e equipamentos da mesma forma. Eles pareciam ter sido colocados no veículo de maneira desordenada, mas na verdade estavam dispostos da maneira mais razoável, com facilidade de uso. Esta era a sabedoria combinada daqueles que tiveram que lutar sob as condições desfavoráveis do deserto.
No próximo post o início de um novo trabalho!
Forte Abraço
Osmarjun
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Por Glinda e sua varinha mágica! Olha só se não é LI LIANG caminhando pelos corredores da torre TORRE DAS NUVENS. Por ser filho de MULAN E SHANG, é previsto que ele deseje seguir caminhos parecidos com o dos pais. Ao menos, é o que se espera de alguém com VINTE E SEIS ANOS, mas primeiro ele precisará concluir o MÓDULO II, para depois se assemelhar como um conto de fadas.
Conto: Adônis, o tritão.
Características físicas: por ter treinado a vida inteira, Li tem um porte atlético e músculos bem definidos. com 1,90 de altura pode ser considerado quase uma muralha, mas apesar da altura e dos ombros largos, está longe de ser considerado um bombado.
Traços de personalidade: peculiar... na presença dos pais ele até finge se importar com um possível reerguer dos mocinhos, mas a verdade é que ele não tá nem aí. na academia seu comportamento é de profunda indiferença, não se mistura muito com os vilões e tampouco se esforça para estreitar laços com os mocinhos. costuma ficar na dele a maior parte do tempo, estuda o que é do seu interesse e ironicamente continua os treinamentos passados pelo pai, sua desculpa é que precisa estar sempre forte para alimentar seu dragão, mas talvez no fundo ele goste.
Daemon: uma dragão fêmea de coloração malhada (jade e branco) com aproximadamente dois anos desde sua eclosão chamada Yu. a dragão tem um humor ácido e um olhar julgador, seu comportamento ás vezes é apático, costuma sempre manter uma postura séria e quase perfeita ao lado de seu descendente. costuma bufar quando não gosta de alguém, então antes de cair nas graças do Li é melhor conquistar a Yu. por ainda ser jovem, Yu tem aproximadamente 4 metros de altura atualmente.
poder: sopro elemental - é a capacidade de gerar e manipular elementos dentro de si mesmo de modo que lhes permita moldar a expiração do efeito, ou seja, ao respirar o indivíduo manipula esse ar e o transforma de modo que ao expirar (soltar o ar) o ar se torne outra coisa. o ar elemental pode ser expelido pelo nariz ou pela boca, o sopro pode ser transformado em rajadas, esferas ou névoa elementares. a parte elemental desse poder varia de acordo com a vontade do portador: ácido, bolhas de água ou de ar, fogo normal e azul ou negro, fumaça, terra, calor, frio, vapor, sombra e gelo. não é possível controlar ou manipular o ar antes da inspiração, a manipulação só ocorre quando o ar entre em seu organismo. também não é possível manipular mais de um elemento de uma só vez.
resumo: filho mais velho de Mulan e Shang, tem mais quatro irmãos mais novos (com o condado em ruínas, só resta treinar e procriar), duas meninas e dois meninos. foi forçado pelo pai a treinar desde muito novo, para Shang e o povo do condado Liang é a esperança de que o bem voltará a vencer o mal, ou seja, acham que ele tem que ser o herói e salvar os mocinhos. o Li não quer nada disso, não quer nem um conto próprio para si, duvida que isso vai lhe trazer algo de bom. agora que está na academia, vai enrolar o máximo que puder para adiar não só sua formação "acadêmica", como também o futuro desconhecido e já estabelecido. não é que ele não tenha recebido amor e afeto durante a infância, mas... Liang não é dado a grandes demonstrações de afeto e carinhos, ele não gosta de ser tocado sem permissão ou por pessoas com quem não tem um certo nível de intimidade.
bio completa
ser o filho mais velho de um casal de heróis não foi nada fácil, principalmente depois da mudança. o peso de salvar os mocinhos recaiu sobre os ombros de Liang, não que fosse sua responsabilidade realmente, mas ao menos era o que Shang exigia do filho.
homem e primogênito, para Shang aquela havia sido uma benção dos ancestrais, não deixando seu filho em paz um dia sequer desde o seu nascimento. horas intermináveis de treinamento desde muito cedo e constantemente, um dos motivos de Liang ter ido relativamente tarde para a academia, inclusive.
por mais que Mulan sempre incentivasse o filho a seguir seu coração e "ser" o que ele quisesse, não era como se algum dia tivesse de fato perguntado ao rebento o que ele queria de fato.
Liang nunca quis nada daquilo e ainda não quer, não tem a menor pretensão de se tornar um herói, nunca teve. só treinava para não ouvir reclamação do pai, o lado bom era o porte físico e o fato de saber lutar mais do que bem, assim como o uso de espadas.
estava cansado de ser considerado uma esperança por seus pais e pelas pessoas do condado. de fato, estava tudo em ruínas... mas porque tinha que ser sua responsabilidade? era o que se perguntava desde sempre.
nem mesmo ter seu próprio conto era algo que queria, pra quê? os mocinhos estavam definhando, o que um conto lhe traria de bom? claro que não dava para as coisas continuarem como estavam, reconhecia isso, só não acreditava que uma batalha ia resolver tudo. a verdade é que o Li não tinha qualquer esperança ou perspectiva de vida.
ir para a academia tinha seu lado bom, ficar longe dos pais e do contado. porém, talvez o lado bom não compensasse o ruim, já que estava ali com um monte de prole dos outros contos e no final teria seu próprio conto, algo que não estava ansioso e tampouco pretendia colaborar para acontecer logo.
ao receber o ovo de dragão fez questão de cuidar com maestria e grande empenho, por mais que não quisesse certas coisas era assim que o Li fazia quando se comprometia com algo. mesmo depois da eclosão, continua se esforçando diariamente para fortalecer seu dragão, a única coisa que não faz é se alimentar de qualquer tipo de animal, já que é vegetariano.
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Belo Desastre - Sinal de alerta
Era como se tudo naquela saída berrasse para mim dizendo que ali não era o meu lugar. As escadas se desfazendo, aquele alvoroço de clientes briguentos, e o ar, uma mescla de suor, sangue e mofo. As vozes viravam borrões enquanto as pessoas gritavam números e nomes, num constante vaivém, acotovelando-se para trocar dinheiro e gesticulando para se comunicar em meio a tanto barulho. Passei espremida pela multidão, logo atrás da minha melhor amiga.
— Deixe o dinheiro na carteira, Mila! — Dinah gritou para mim.
Seu largo sorriso reluzia mesmo sob aquela fraca iluminação.
— Fiquem por perto! Vai ficar pior assim que começar! — Normani avisou, bem alto para ser ouvida.
Dinah segurou a mão dela e depois a minha, enquanto Normani nos guiava em meio àquele mar de gente.
O som agudo de um megafone cortou o ar repleto de fumaça. O ruído me deixou alarmada. Tive um sobressalto e comecei a procurar de onde vinha aquela rajada sonora. Um homem estava em pé sobre uma cadeira de madeira, com um rolo de dinheiro em uma das mãos e o megafone na outra, colado à boca.
— Sejam bem-vindos ao banho de sangue! Se estão em busca de uma aula de economia... estão na merda do lugar errado, meus amigos! Mas se buscam O Círculo, aqui é a meca! Meu nome é Adam. Sou eu que faço as regras e convoco as lutas. As apostas terminam assim que os oponentes estiverem no chão. Nada de encostar nos lutadores, nem ajudar, nem mudar a aposta no meio da luta, muito menos invadir o ringue. Se quebrarem essas regras, vocês serão esmagados, espancados e jogados pra fora sem nenhum dinheiro e isso vale pra vocês também, meninas. Então, não usem suas putinhas para fraudar o sistema, caras!
Normani balançou a cabeça.
— Que é isso, Adam! — ela gritou para o mestre de cerimônias, em clara desaprovação à escolha de palavras do amigo.
Meu coração batia forte dentro do peito. Com um cardigã de cashmere cor-de-rosa e brincos de pérola, me sentia uma velha professora nas praias da Normandia. Eu havia prometido a Dinah que conseguiria lidar com o que quer que acontecesse com a gente, mas, naquele lugar imundo, senti uma necessidade urgente de agarrar seu braço magro com ambas as mãos. Ela não me colocaria em perigo, mas estar em um porão com mais ou menos cinquenta universitários bêbados, sedentos por sangue e dinheiro... Bem, eu não estava exatamente confiante quanto às nossas chances de sair dali ilesas.
Depois que Dinah conheceu Normani durante a recepção aos calouros, com frequência ela a acompanhava às lutas secretas que aconteciam em diferentes porões da Universidade Eastern. Cada evento era realizado em um local diferente, que permanecia secreto até exatamente uma hora antes da luta.
Como eu frequentava círculos bem mais comportados, fiquei surpresa ao tomar conhecimento do submundo da Eastern; mas Normani já sabia daquele mundo antes mesmo de ter se juntado a ele. Lauren, a prima e colega de quarto dela, participara de sua primeira luta sete meses atrás. Como caloura, os rumores diziam que ela era a competidora mais letal que Adam tinha visto nos três anos desde a criação do Círculo.
Quando começou o segundo ano, Lauren era imbatível. Juntos, ela e Normani pagavam o aluguel e as contas com o que ganhavam nas lutas, fácil, fácil.
Adam levou o megafone à boca de novo, e os gritos e movimentos aumentaram em um ritmo febril.
— Nesta noite temos um novo desafiante! A lutadora de luta livre e astro da Bastem, Marek Young!
Seguiram-se aplausos e gritos eufóricos da torcida. A multidão se partiu como o mar Vermelho quando Marek entrou na sala. Formou-se um círculo, como uma clareira, e a galera assobiava, vaiava e zombava do concorrente. Ela deu uns pulinhos para se preparar e girou o pescoço de um lado para o outro; o rosto estava sério e compenetrado. A multidão se aquietou, só restando um rugido abafado. Levantei as mãos depressa para tampar os ouvidos quando a música começou a retumbar, altíssima, nos grandes alto-falantes do outro lado da sala.
— Nossa próxima lutadora dispensa apresentações, mas, como eu morro de medo dela, vou apresentar a mulher mesmo assim! Tremam nas bases, rapazes, e fiquem de quatro, meninas! Com vocês, Lauren “Cachorra Louca” Jauregui!
Houve uma explosão de sons quando Lauren apareceu do outro lado da sala, relaxada e confiante. Foi caminhando a passos largos até o centro do círculo, como se estivesse se apresentando para mais um dia de trabalho. Com os músculos firmes estirados sob a pele tatuada, cumprimentou Marek, estalando os punhos cerrados nos nós dos dedos do oponente. Lauren se inclinou para frente e sussurrou algo no ouvido de Marek, que fez um grande esforço para manter a expressão austera. Ela estava muito próxima de Lauren, pronto para o combate. As duas se encaravam. A expressão de Marek era assassina; Lauren parecia achar um pouco de graça em tudo aquilo.
As adversárias deram uns passos para trás, e Adam fez o som que dava início à luta.
Marek assumiu uma postura defensiva e Lauren partiu para o ataque. Fiquei na ponta dos pés quando perdi a linha de visão, apoiando-me em quem quer que fosse para conseguir enxergar melhor o que estava acontecendo. Consegui ver alguns centímetros acima, deslizando por entre a multidão que gritava. Cotovelos golpeavam as laterais do meu corpo e ombros esbarravam em mim, fazendo com que eu ricocheteasse de um lado para o outro, como uma bolinha de pinball. Quando consegui ver o topo da cabeça de Marek e Lauren, continuei abrindo caminho na base do empurrão.
Quando enfim cheguei lá na frente, Marek tinha agarrado Lauren com seus braços grossos e tentava jogá-la no chão. Quando ela se inclinou para fazer esse movimento, Lauren deu uma joelhada no rosto de Marek. Antes que ela pudesse se recuperar, Lauren a atacou repetidas vezes, os punhos cerrados socavam o rosto ensanguentado de Marek.
Senti cinco dedos se afundarem em meu braço e virei à cabeça para ver quem era.
— Que diabos você está fazendo aqui, Mila? — disse Normani.
— Não consigo ver nada lá de trás!— gritei em resposta.
E então me virei bem a tempo de ver Marek tentar acertar Lauren com um soco poderoso, ao que esta se virou. Por um instante, achei que ela tinha desviado de outro golpe, mas ela fez um círculo completo e esmagou com o cotovelo o nariz do adversário. Cotas de sangue borrifaram o meu rosto e se espalharam no meu cardigã. Marek caiu no chão de cimento com um som oco, e, por um breve momento, a sala ficou totalmente em silêncio.
Adam jogou um quadrado de pano vermelho sobre o corpo caído de Marek, e a multidão explodiu. O dinheiro mudou de mãos novamente, e as expressões se dividiam entre orgulhosos e frustrados.
Fui empurrada com todo aquele movimento de gente indo e vindo. Dinah gritou meu nome de algum lugar lá atrás, mas eu estava hipnotizada pela trilha vermelha que ia do meu peito até a cintura.
Um pesado par de botas pretas parou diante de mim, desviando minha atenção para o chão. Meus olhos foram se voltando para cima: jeans manchado de sangue, músculos abdominais bem definidos, um peito tatuado ensopado de suor e, finalmente, um par de cálidos olhos verdes. Fui empurrada, mas Lairen me segurou pelo braço antes que eu caísse.
— Ei! Cuidado com ela! — ela franziu a testa, enxotando qualquer um que chegasse perto de mim.
A expressão séria se derreteu em um sorriso quando ela viu minha blusa. Limpando meu rosto com uma toalha, ela me disse:
— Desculpe por isso, Beija-Flor.
Adam deu uns tapinhas na nuca de Lauren.
— Vamos lá, Cachorra Louca! Tem uma galera esperando por você!
Os olhos dela não se desviaram dos meus.
— Uma pena ter manchado seu suéter. Fica tão bem em você...
No instante seguinte, ela foi engolfada pelos fãs, desaparecendo da mesma maneira como tinha aparecido.
— No que você estava pensando, sua imbecil? — gritou Dinah, me puxando pelo braço.
— Vim até aqui para ver uma luta, não foi? — respondi, sorrindo.
— Você nem devia estar aqui, Mila — disse Normani em tom de bronca.
— Nem a Dinah — retruquei.
— Mas ela não tenta pular dentro do círculo! — disse ela, franzindo a testa. —Vamos!
Dinah sorriu para mim e limpou meu rosto.
— Você é um pé no saco, Chancho, mas mesmo assim eu te amo! – Ela me abraçou e fomos embora.
Dinah me acompanhou até o quarto, no dormitório da faculdade, e olhou com desprezo para minha colega, Ariana. Imediatamente tirei o cardigã e o joguei no cesto de roupa suja.
— Que nojo! Por onde você andou? — Ariana perguntou, sem sair da cama.
Olhei para Dinah, que deu de ombros.
— Sangramento de nariz. Você nunca viu os famosos sangramentos de nariz da Camila?
Ariana ajeitou os óculos e balançou a cabeça em negativa.
— Ah, então vai ver — ela disse, dando uma piscadela para mim e fechando a porta depois de sair.
Nem um minuto tinha se passado e ouvi o som indicando uma mensagem de texto no meu celular. Como de costume, era Dinah me enviando uma mensagem segundos depois de nos despedirmos.
vou ficar com o shep t vejo amanhã rainha do ringue!
Dei uma espiada em Ariana, que me olhava como se sangue fosse jorrar do meu nariz a qualquer instante.
— Ela estava brincando — falei.
Ariana assentiu com indiferença e depois baixou o olhar para a bagunça de livros espalhados na cama.
— Acho que vou tomar um banho — falei, pegando uma toalha e meu nécessaire.
— Vou avisar os jornais — ela respondeu, sem emoção alguma na voz e mantendo a cabeça baixa.
No dia seguinte, fui almoçar com Normani e Dinah. Eu queria ficar sozinha, mas, conforme os alunos foram entrando no refeitório, as cadeiras à minha volta foram ficando cheias de amigos da fraternidade da Normani e de membros do time de futebol americano. Alguns estavam na luta, mas ninguém mencionou minha experiência na beira do ringue.
— Mani — disse alguém que passava.
Normani assentiu, e tanto Dinah quanto eu nos viramos e vimos Lauren se sentando em um lugar na ponta oposta da mesa. Duas voluptuosas loiras tingidas com camiseta da Sigma Kappa o acompanhavam. Uma delas se sentou no colo dela, e a outra lhe acariciava a camisa.
— Acho que acabei de vomitar um pouquinho — murmurou Dinah.
A loira que estava no colo da Lauren se virou para ela:
— Eu ouvi o que você disse, piranha.
Dinah pegou um pãozinho e o jogou, errando por muito pouco o rosto da garota. Antes que a loira pudesse dizer mais alguma coisa, Lauren abriu as pernas e a garota caiu no chão.
— Ai! — disse ela em um grito agudo, erguendo o olhar para Lauren.
— A Dinah é minha amiga. Você precisa encontrar outro colo pra se sentar, Lex.
— Lauren! — ela reclamou, esforçando-se para ficar em pé.
Ela voltou à atenção para o prato, ignorando a garota, que olhou para a irmã e bufou de raiva. As duas foram embora de mãos dadas.
Lauren deu uma piscadela para Dinah e, como se nada tivesse acontecido, enfiou mais uma garfada na boca. Foi aí que notei um pequeno corte na sobrancelha dela. Ela e Normani trocaram olhares de relance, e então ela começou uma conversa com um dos caras do futebol do outro lado da mesa.
Embora a quantidade de pessoas à mesa tivesse diminuído, Dinah, Normani e eu ficamos lá ainda um tempo para discutir nossos planos para o fim de semana.
Lauren se levantou como se fosse embora, mas parou na nossa ponta da mesa.
— Que foi? — Normani perguntou em voz alta, colocando a mão perto do ouvido.
Tentei ignorá-la quanto pude, mas, quando ergui o olhar, Lauren estava me encarando.
— Você conhece ela, Laur. A melhor amiga da Dinah, lembra? Ela estava com a gente na outra noite — disse Normani.
Lauren sorriu para mim, no que presumi ser sua expressão mais charmosa. Ela transbordava sexo e rebeldia, com aqueles antebraços tatuados e os cabelos castanhos jogados sob os ombros. Revirei os olhos à sua tentativa de me seduzir.
— Desde quando você tem uma melhor amiga, Dinah? — perguntou Lauren.
— Desde o penúltimo ano da escola — ela respondeu, pressionando os lábios enquanto sorria na minha direção. — Você não lembra, Lauren? Você destruiu o suéter dela.
Ela sorriu.
— Eu destruo muitos suéteres.
— Que nojo - murmurei.
Lauren girou a cadeira vazia que estava ao meu lado e se sentou, descansando os braços à sua frente.
— Então você é a Beija-Flor, né?
— Não — respondi com raiva —, eu tenho nome.
Ela parecia se divertir com a forma como eu a encarava, o que só servia para me deixar mais irritada.
— Tá. E qual é seu nome? — ela me perguntou.
Dei uma mordida no que tinha sobrado da maçã no meu prato, ignorando-o.
— Então vai ser Beija-Flor — disse ela, dando de ombros.
Ergui o olhar de relance para a Dinah, depois me virei para a Lauren:
— Estou tentando comer.
Ela topou o desafio que apresentei.
— Meu nome é Lauren. Lauren Jauregui.
Revirei os olhos.
— Sei quem você é.
— Sabe, é? — ela falou, erguendo a sobrancelha ferida.
— Não seja tão convencida. É difícil não perceber quando cinquenta bêbados entoam seu nome.
Lauren se endireitou na cadeira, ficando um pouquinho mais alta.
— Isso acontece muito comigo.
Revirei os olhos de novo e ela deu uma risadinha abafada.
— Você tem um tique?
— Um quê?
— Um tique. Seus olhos ficam se revirando.
Lauren riu de novo quando olhei com ódio para ela.
— Mas são olhos incríveis — ela disse, inclinando-se e ficando a pouquíssimos centímetros do meu rosto. — De que cor eles são? Castanhos?
Baixei o olhar para o prato, criando uma espécie de cortina entre a gente com as longas mechas do meu cabelo. Eu não gostava da forma como ela me fazia sentir quando estava tão perto. Não queria ser como as outras milhares de garotas da Eastern, que ficavam ruborizadas na presença dela. Não queria que ela mexesse comigo daquele jeito. De jeito nenhum.
— Nem pense nisso, Lauren. Ela é como uma irmã pra mim — Dinah avisou.
— Baby — Normani disse a ela —, você acabou de lhe dizer não. Agora é que ela não vai parar.
— Você não faz o tipo dela — Dinah disse, mudando de estratégia.
Lauren se fez de ofendida.
— Eu faço o tipo de todas!
Lancei um olhar para ela e sorri.
— Ah! Um sorriso. Não sou uma canalha completa no fim das contas — ela disse e piscou. — Foi um prazer conhecer você, Flor.
E, dando a volta na mesa, ela se inclinou para dizer algo no ouvido de Dinah.
Normani jogou uma batata frita no primo.
— Tire a boca da orelha da minha garota, Laur!
— Conexões! Estou criando conexões — Lauren foi andando de costas, com as mãos para cima em um gesto inocente.
Algumas garotas a seguiram, dando risadinhas e passando os dedos nos cabelos na tentativa de chamar sua atenção. Ela abriu a porta para elas, que quase gritaram de prazer.
Dinah deu risada.
— Ah, não. Você está numa enrascada, Mila.
— O que foi que ela disse? — perguntei, temerosa.
— Ela quer que você leve a Camila ao nosso apartamento, não é? — disse Normani.
Dinah confirmou com um sinal de cabeça e ela negou com outro.
— Você é uma garota inteligente, Mila. Estou te avisando. Se você cair no papo dela e depois acabar ficando brava, não venha descontar em mim e na Dinah, certo?
Eu sorri e disse:
— Não vou cair na dela, Mani. Você acha que eu pareço uma daquelas Barbies gêmeas?
— Camila não vai cair na dela — Dinah confirmou, tranquilizando Normani e encostando no braço dela.
— Não é a primeira vez que passo por uma dessas, amor. Você sabe quantas vezes ela ferrou as coisas pro meu lado por causa de transas de uma noite com a melhor amiga da minha namorada? De repente, vira conflito de interesse sair comigo, porque seria confraternizar com o inimigo! Estou te falando, Mila — ela olhou para mim. — Não venha me dizer depois que a Dinah não pode ir no meu apartamento nem ser minha namorada porque você caiu no papo da Lauren. Considere-se avisada.
— Desnecessário, mas obrigada — respondi.
Tentei tranquilizar Normani com um sorriso, mas o pessimismo dela era resultado de muitos anos de prejuízo por causa da Lauren.
Dinah se despediu de mim com um aceno, saindo com Normani enquanto eu seguia para a aula da tarde.
Apertei os olhos para enxergar sob o sol brilhante, segurando com força as tiras da mochila. A Eastern era exatamente o que eu esperava, desde as salas de aula menores até os rostos desconhecidos. Era um novo começo para mim. Finalmente eu podia andar em algum lugar sem os sussurros daqueles que sabiam — ou achavam que sabiam — alguma coisa do meu passado. Eu era tão comum quanto qualquer outra caloura ingênua e estudiosa, sem ninguém para me encarar, sem boatos, nada de pena ou julgamento. Apenas a ilusão do que eu queria que vissem: a Camila Estrabão que vestia cashmere sem nenhum resquício de insensatez.
Coloquei a mochila no chão e desabei na cadeira, me curvando para pegar o laptop na mochila. Quando ergui a cabeça para colocá-lo na mesa, Lauren se sentou sorrateiramente na carteira ao lado.
— Que bom. Você pode tomar notas pra mim — disse ela, mordendo uma caneta e sorrindo, sem dúvida com o máximo de seu charme.
Meu olhar para ela foi de desprezo.
— Você nem está matriculada nessa aula...
— Claro que estou! Geralmente eu sento lá — disse ela, apontando com a cabeça para a última fileira.
Um pequeno grupo de garotas estava me encarando, e percebi que havia uma cadeira vazia bem no meio delas.
— Não vou anotar nada pra você — eu disse, ligando o computador. Lauren se inclinou tão perto de mim que eu podia sentir sua respiração na minha bochecha.
— Me desculpa... Ofendi você de alguma maneira?
Soltei um suspiro e fiz que não com a cabeça.
— Então qual é o problema?
Mantive o tom de voz baixo.
— Não vou transar com você. Pode desistir.
Um lento sorriso se formou em seu rosto antes de ela se pronunciar.
— Não pedi para você transar comigo — pensativa, os olhos dela se voltaram para o teto — ou pedi?
— Não sou uma dessas Barbies gêmeas nem uma de suas fãs ali — respondi, olhando de relance para as garotas atrás de nós. — Não estou impressionada com as suas tatuagens, nem com o seu charme de garotinha, nem com a sua indiferença forçada, então pode parar com as gracinhas, ok?
— Ok, Beija-Flor.
Ela ficou impassível diante da minha atitude rude, de um jeito que me enfureceu.
— Por que você não passa lá no meu apê com a Dinah hoje à noite?
Olhei com desdém para ela, que se aproximou ainda mais.
— Não estou tentando te comer. Só quero passar um tempo com você.
— Me comer? Como você consegue fazer sexo falando assim?
Lauren caiu na gargalhada, balançando a cabeça.
— Só vem, tá? Não vou nem te paquerar, prometo.
— Vou pensar
O professor Chaney entrou a passos largos, e Lauren voltou à atenção para frente da sala. Resquícios de um sorriso permaneciam em seu rosto, tomando mais nítida a covinha da bochecha. Quanto mais ela sorria, mais eu queria odiá-la, e no entanto era esse o motivo pelo qual odiá-la era impossível.
— Quem sabe me dizer que presidente teve uma esposa vesga e feia de doer? — perguntou Chaney.
— Anota isso — sussurrou Lauren. — Vou precisar saber disso pra usar nas entrevistas de emprego.
— Shhh — falei, digitando cada palavra dita pelo professor.
Lauren abriu um largo sorriso e relaxou na cadeira. Conforme a hora passava, ela alternava entre bocejar e se apoiar no meu braço para dar uma olhada no monitor do meu laptop. Eu me concentrei, me esforcei para ignorá-la, mas a proximidade dela e aqueles olhos tornavam a tarefa difícil. Ela ficou mexendo na faixa de couro preta que tinha em volta do pulso até que Chaney nos dispensou.
Eu me apressei porta afora e atravessei o corredor. Justo quando tive certeza de que estava a uma distância segura, Lauren Jauregui apareceu ao meu lado.
— Já pensou no assunto? — ela quis saber, colocando os óculos de sol.
Uma morena baixinha parou à nossa frente, ingênua e cheia de esperança.
— Oi, Lauren — ela disse em um tom cantado e brincando com os cabelos.
Parei, exasperada com o tom meloso dela, e então desviei da garota, que eu já tinha visto antes, conversando de maneira normal na área comum do dormitório das meninas, o Morgan Hall. O tom que ela usava lá soava muito mais maduro, e fiquei me perguntando por que ela acharia que a voz de uma criancinha seria atraente para Lauren. Ela continuou tagarelando uma oitava acima por mais um tempo, até que Lauren estava ao meu lado de novo.
Puxando um isqueiro do bolso, ela acendeu um cigarro e soprou uma espessa nuvem de fumaça.
— Onde eu estava? Ah, é... você estava pensando.
Fiz uma careta.
— Do que você está falando?
— Já pensou se vai dar uma passada lá em casa hoje?
— Se eu disser que vou, você para de me seguir?
Ela ponderou sobre a minha condição e então assentiu.
— Sim.
— Então eu vou.
— Quando?
Soltei um suspiro.
— Hoje à noite. Vou passar lá hoje à noite.
Lauren sorriu e parou de andar por um instante.
— Legal. A gente se vê depois então, Flor — ela me disse.
Virei uma esquina e vi Dinah parada com Finch do lado de fora do nosso dormitório. Nós três acabamos ficando na mesma mesa durante a orientação aos calouros, e eu soube na hora que ele seria o providencial terceiro elemento da nossa amizade. Ele não era muito alto, mas passava bem dos meus 1,62 metro. Os olhos redondos equilibravam as feições longas e esguias, e os cabelos descoloridos geralmente estavam espetados na parte da frente.
— Lauren Jauregui? Meu Deus, Mila, desde quando você começou a pescar nas profundezas do oceano? — Finch perguntou, com um olhar de desaprovação.
Dinah puxou o chiclete da boca, fazendo um fio bem longo.
— Você só está piorando as coisas ao rejeitar o cara. Ela não está acostumada com isso.
— O que você sugere que eu faça? Durma com ela?
Dinah deu de ombros.
— Vai poupar tempo.
— Eu disse pra ela que vou lá hoje à noite.
Finch e Dinah trocaram olhares de relance.
— Que foi? Ela prometeu parar de me encher se eu dissesse que ia. Você vai lá hoje à noite, não é?
— É, vou — disse Dinah. — Você vem mesmo?
Sorri e fui andando. Passei por eles e entrei no dormitório, me perguntando se Lauren cumpriria a promessa de não flertar comigo. Não era difícil sacar qual era a dela: ou ela me via como um desafio, ou como sem graça o bastante para ser apenas uma boa amiga. Eu não tinha certeza de qual das alternativas me incomodava mais.
Quatro horas depois, Dinah bateu à minha porta para me levar até o apartamento da Normani e da Lauren. Ela não se conteve quando apareci no corredor.
— Credo, Mila! Você está parecendo uma mendiga
— Que bom — eu disse, sorrindo para o meu visual.
Meus cabelos estavam aglomerados no topo da cabeça em um coque bagunçado. Eu tinha tirado a maquiagem e substituído às lentes de contato por óculos retangulares de aros pretos. Vestindo uma camiseta bem velha e gasta e uma calça de moletom, eu me arrastava em um par de chinelos. A ideia me viera à mente horas antes: parecer desinteressante era a melhor estratégia. O ideal seria que Lauren perdesse instantaneamente o interesse em mim e colocasse um ponto final em sua ridícula persistência. E, se ela estivesse em busca de uma amiga, meu objetivo era parecer desleixada demais até para isso.
Dinah baixou a janela do carro e cuspiu o chiclete.
— Você é óbvia demais. Por que não rolou no cocô de cachorro para completar o visual?
— Não estou tentando impressionar ninguém — falei.
— É óbvio que não.
Paramos o carro no estacionamento do conjunto de apartamentos onde a Normani morava e segui América até a escadaria. Ela abriu a porta, rindo enquanto eu entrava.
— O que aconteceu com você?
— Ela está tentando não impressionar — disse Dinah.
Ela seguiu Normani em direção ao quarto dela. Elas fecharam a porta e eu fiquei ali parada, sozinha, me sentindo deslocada.
Sentei-me na cadeira reclinável mais próxima da porta e chutei longe os chinelos.
Em termos estéticos, o apartamento delas era mais agradável do que eu imaginava. Sim, os previsíveis pôsteres de mulheres seminuas e sinais de rua roubados estavam nas paredes, mas o lugar era limpo, os móveis, novos, e o cheiro de cerveja velha e roupa suja notavelmente não existia.
— Já estava na hora de você aparecer — disse Lauren, se jogando no sofá.
Sorri e ajeitei os óculos, esperando que ela recuasse diante da minha aparência.
— A Dinah teve que terminar um trabalho da faculdade.
— Falando em trabalhos de faculdade, você já começou aquele de história?
Ela nem pestanejou ao ver meu cabelo despenteado, e franzi a testa com a reação dele.
— Você já?
— Terminei hoje à tarde.
— Mas é pra ser entregue só na próxima quarta-feira — falei, surpresa.
— Achei melhor fazer logo. Um ensaio de duas páginas sobre o Grant não é tão difícil assim.
— Acho que sou dessas que ficam adiando — dei de ombros. — Provavelmente só vou começar no fim de semana.
— Bom, se precisar de ajuda, é só me falar.
Esperei que ela desse risada ou fizesse algum sinal de que estava brincando, mas sua expressão era sincera. Ergui uma sobrancelha.
— Você vai me ajudar com o meu trabalho?
— Eu só tiro A nessa matéria — ela disse, um pouco ofendida com a minha descrença.
— Ela tira A em todas as matérias. Ela é uma droga de um gênio! Odeio essa porrra — disse Normani, enquanto levava Dinah pela mão até a sala de estar.
Fiquei olhando para Lauren com uma expressão dúbia e ela ergueu as sobrancelhas.
— Que foi? Você não acha que uma menina cheia de tatuagens e que ganha dinheiro brigando pode ter boas notas? Não estou na faculdade por não ter nada melhor pra fazer.
— Mas então por que você tem que lutar? Por que não tentou uma bolsa de estudos? — perguntei.
— Eu tentei. Consegui meia bolsa. Mas tem os livros, as despesas com moradia, e tenho que conseguir a outra metade do dinheiro de algum jeito. Estou falando sério, Flor. Se precisar de ajuda com alguma coisa, é só me pedir.
— Não preciso da sua ajuda. Consigo fazer um trabalho sozinha.
Eu queria deixar aquilo pra lá. Devia ter deixado, mas aquele novo lado dela me matava de curiosidade.
— Você não consegue fazer outra coisa para ganhar dinheiro? Menos... sei lá... sádica?
Lauren deu de ombros.
— É um jeito fácil de ganhar uma grana. Não conseguiria tanto assim trabalhando no shopping.
— Eu não diria que é fácil apanhar.
— O quê? Você está preocupada comigo? — ela deu uma piscadela. Fiz uma careta e ela deu uma risadinha abafada. — Não apanho com tanta frequência assim. Quando o adversário dá um golpe, eu desvio. Não é tão difícil como parece.
Dei risada.
— Você age como se ninguém mais tivesse chegado a essa conclusão.
— Quando dou um soco, elas levam o soco e tentam me bater de volta. Não é assim que se ganha uma luta.
Revirei os olhos.
— Quem é você... o garoto do Karate Kid? Onde aprendeu a lutar?
Normani e Dinah olharam de relance uma para a outra e depois para o chão. Não demorou muito para eu perceber que tinha dito algo errado.
Lauren não pareceu se incomodar.
— Meu pai tinha problemas com bebida e um péssimo temperamento, e meus quatro irmãos mais velhos herdaram o gene da idiotice.
— Ah.
Minhas orelhas ardiam.
— Não fique constrangida, Flor. Meu pai parou de beber e meus irmãos cresceram.
— Não estou constrangida.
Fiquei mexendo nas mechas que se desprendiam do meu cabelo e então decidi soltar tudo e fazer outro coque, tentando ignorar o silêncio embaraçoso.
— Gosto desse seu lance natural. As garotas não costumam vir aqui assim.
— Fui coagida a vir até aqui. Não me passou pela cabeça impressionar você. — respondi, irritada por meu plano ter falhado.
Ela abriu aquele sorriso largo dela, divertido, meio infantil, e fiquei com mais raiva, na esperança de disfarçar minha inquietação. Eu não sabia como as garotas se sentiam quando estavam perto dela, mas tinha visto como se comportavam. Eu estava vivenciando algo mais parecido com uma sensação de náusea e desorientação, em vez de paixonite mesclada com risadinhas tolas, e, quanto mais ela tentava me fazer sorrir, mais perturbada eu ficava.
— Já estou impressionada. Normalmente não tenho para que as garotas venham até o meu apartamento.
— Tenho certeza disso — falei, contorcendo o rosto em repulsa.
Ela era o pior tipo de pessoa confiante. Não era apenas descaradamente ciente de seu poder de atração, mas estava acostumada com o fato de as mulheres se jogarem pra cima dela, de modo que via meu comportamento frio como um alívio em vez de um insulto. Eu teria que mudar minha estratégia.
Dinah apontou o controle remoto para a televisão e a ligou.
— Tem um filme bom passando hoje na TV. Alguém quer descobrir o que aconteceu a Baby Jane?
Lauren se levantou.
— Eu já estava saindo para jantar. Está com fome, Flor?
— Já comi — dei de ombros.
— Não comeu, não — disse Dinah, antes de se dar conta de seu erro. — Ah... hum... é mesmo, esqueci que você comeu... pizza, né? Antes de sairmos.
Fiz uma careta para ela, pela tentativa frustrada de consertar a gafe, e então esperei para ver a reação da Lauren. Ela cruzou a sala e abriu a porta.
— Vamos. Você deve estar com fome
— Aonde você vai?
— Aonde você quiser. Podemos ir a uma pizzaria.
Olhei para minhas roupas.
— Não estou vestida para isso...
Ela me analisou por um instante e então abriu um sorriso.
— Você está ótima. Vamos, estou morrendo de fome.
Eu me levantei e fiz um aceno de despedida para Dinah, passando por Lauren para descer as escadas. Parei no estacionamento, olhando horrorizada enquanto ele subia em uma moto preta fosca.
— Hum... — minha voz foi sumindo, enquanto eu comprimia os dedos dos pés expostos.
Ela olhou com impaciência na minha direção.
— Ah, sobe aí. Eu vou devagar.
— Que moto é essa? — perguntei, lendo tarde demais o que estava escrito no tanque de gasolina.
— É uma Harley Night Rod. É o amor da minha vida, então vê se não arranha a pintura quando subir.
— Estou de chinelo!
Lauren ficou me encarando como se eu estivesse falando outra língua.
— E eu estou de botas. Sobe aí.
Ela colocou os óculos de sol, e o motor da Harley rugiu ao ser ligado. Subi na moto e estiquei a mão para trás buscando algo em que me segurar, mas meus dedos deslizaram do couro para a cobertura de plástico da lanterna traseira.
Lauren agarrou meus pulsos e envolveu sua cintura com eles.
— Não tem nada em que se segurar além de mim, Flor. Não solte — ela disse, empurrando a moto para trás com os pés. Com um leve movimento de pulso, já estávamos na rua, disparando feito um foguete. As mechas soltas do meu cabelo batiam no meu rosto, e eu me escondia atrás de Lauren, sabendo que acabaria com entranhas de insetos nos óculos se olhasse por cima do ombro dela.
Ela acelerou quando chegamos na frente do restaurante e, assim que diminuiu a velocidade para parar, não perdi tempo e fui correndo para a segurança do concreto.
— Você é louca!
Lauren deu uma risadinha, apoiando a moto no estribo lateral antes de descer.
— Fui no limite de velocidade.
— É, se estivéssemos numa estrada da Alemanha! — falei, desfazendo o coque para separar com os dedos os fios embaraçados.
Lauren me olhou enquanto eu tirava o cabelo do rosto e depois foi andando até a porta, mantendo-a aberta.
— Eu não deixaria nada acontecer com você, Beija-Flor
Passei por ela pisando duro e entrei no restaurante. Minha cabeça não estava muito em sincronia com meus pés. Um cheiro de gordura e ervas enchia o ar enquanto eu o seguia pelo carpete vermelho, sujo de migalhas de pão. Ela escolheu uma mesa no canto, longe dos grupos de alunos e das famílias, e então pediu duas cervejas. Fiz uma varredura no ambiente, observando os pais que tentavam persuadir os filhos barulhentos a comer e desviando dos olhares curiosos dos alunos da Eastern.
— Claro, Lauren — disse a garçonete, anotando nosso pedido. Ela parecia um pouco exaltada com a presença dele ali.
Prendi os cabelos bagunçados pelo vento atrás das orelhas, repentinamente com vergonha da minha aparência.
— Você vem sempre aqui? — perguntei em tom áspero.
Lauren apoiou os cotovelos na mesa e fixou os olhos castanhos em mim.
— Então, qual é a sua história, Flor? Você odeia pessoas em geral ou é só comigo?
— Acho que é só com você — resmunguei.
Ela riu, divertindo-se com meu estado de humor
— Não consigo sacar qual é a sua. Você é a primeira garota que já sentiu desprezo por mim antes do sexo. Você não fica toda desorientada quando conversa comigo e não tenta chamar minha atenção.
— Não é uma manobra tática. Eu só não gosto de você.
— Você não estaria aqui se não gostasse de mim.
Involuntariamente, minha testa franzida ficou lisa e soltei um suspiro.
— Eu não disse que você é uma má pessoa. Só não gosto de ser tratada de determinada maneira pelo simples fato de ter uma vagina.
E me concentrei nos grãos de sal na mesa até que ouvi um ruído vindo da direção da Lauren, parecido com um engasgo.
Os olhos dela estavam arregalados e ela tremia de tanto rir.
— Ah, meu Deus! Assim você me mata! É isso aí, nós temos que ser amigas. Não aceito não como resposta.
— Não me incomodo em sermos amigas, mas isso não quer dizer que você tenha que tentar transar comigo a cada cinco segundos.
— Você não vai pra cama comigo. Já entendi.
Tentei não sorrir, mas falhei. Os olhos dela ficaram brilhantes.
— Eu dou a minha palavra. Não vou nem pensar em transar com você... a menos que você queira.
Descansei os cotovelos na mesa para me apoiar.
— Como isso não vai acontecer, então podemos ser amigas.
Um sorriso travesso ressaltou ainda mais suas feições quando ela se inclinou um pouquinho mais perto de mim.
— Nunca diga nunca.
— Então, qual é a sua história? — foi minha vez de perguntar. — Você sempre foi Lauren “Cachorra Louca” Jauregui, ou isso é só desde que veio pra cá?
Usei dois dedos de cada mão para fazer sinal de aspas no ar quando mencionei o apelido dela, e pela primeira vez sua autoconfiança diminuiu.
Lauren parecia um pouco envergonhada.
— Não. Foi o Adam que começou com esse lance do apelido depois da minha primeira luta.
Suas respostas curtas estavam começando a me incomodar.
— É isso? Você não vai me dizer nada sobre você?
— O que você quer saber?
— O de sempre. De onde você veio, o que você quer ser quando crescer... coisas do tipo.
— Sou daqui, nascida e criada, e estudo direito penal.
Com um suspiro, ela desembrulhou os talheres e os endireitou ao lado do prato. Olhou por cima do ombro com o maxilar tenso. Duas mesas adiante, o time de futebol da Eastern irrompeu em uma gargalhada.
Lauren pareceu incomodada pelo fato de eles estarem rindo.
— Você está de brincadeira — eu disse, sem acreditar.
— Não, sou daqui mesmo — ela confirmou, distraída.
— Não, eu quis dizer sobre o seu curso. Você não parece o tipo de pessoa que estuda direito penal.
Ela juntou as sobrancelhas, repentinamente focado em nossa conversa.
— Por que não?
Passei os olhos pelas tatuagens que cobriam seus braços.
— Eu diria que você parece mais do tipo criminosa.
— Não me meto em confusão... na maior parte do tempo. Meu pai era muito rígido.
— E sua mãe?
— Ela morreu quando eu era criança — ela disse sem rodeios.
— Eu... eu sinto muito — falei, balançando a cabeça. A resposta dela me pegou de surpresa.
Ela dispensou minha solidariedade.
— Não me lembro dela. Meus irmãos sim, mas eu só tinha três anos quando ela morreu.
— Quatro irmãos, hein? Como você os mantinha na linha? — brinquei.
— Com base em quem batia com mais força, que era do mais velho para o mais novo. Thomas, os gêmeos... Taylor e Tyler, depois o Trenton. Nunca, nunca mesmo fique numa sala sozinha com o Taylor e o Ty. Aprendi com eles metade do que faço no Círculo. O Trenton era o menor, mas ele é rápido. É o único que hoje em dia consegue me acertar um soco.
Balancei a cabeça, chocada só de pensar em cinco versões da Lauren em uma única casa.
— Todos eles têm tatuagens?
— Quase todos, menos o Thomas. Ele é executivo na área de publicidade na Califórnia.
— E o seu pai? Por onde ele anda?
— Por aí — disse Lauren.
Seu maxilar estava tenso de novo, e sua irritação com o time de futebol aumentava.
— Do que eles estão rindo? — perguntei, fazendo um gesto para indicar a mesa ruidosa.
Ela balançou a cabeça, claramente não querendo me contar do que se tratava. Cruzei os braços e fiquei me contorcendo, nervosa de pensar no que eles poderiam estar dizendo para deixá-la tão irritada.
— Me conta.
— Eles estão rindo de eu ter trazido você para jantar primeiro. Não é geralmente... meu lance.
— Primeiro?
Quando me dei conta do que se passava e isso ficou claro na expressão do meu rosto, Lauren se encolheu, mas eu falei sem pensar:
— Eu aqui, com medo de eles estarem rindo por você ser vista comigo vestida assim, e eles acham que eu vou transar com você — resmunguei.
— Qual é o problema de eu ser vista com você?
— Do que estávamos falando? — perguntei, afastando o calor que subia pelo meu rosto.
— De você. Está estudando o quê? — ela me perguntou.
— Ah, hum... estudos gerais, por enquanto. Ainda estou indecisa, mas estou pensando em fazer contabilidade.
— Mas você não é daqui. De onde você veio?
— De Cuba. Que nem a Dinah.
— Como você veio de Cuba pra cá?
Comecei a puxar o rótulo da garrafa de cerveja.
— Só queríamos fugir.
— Do quê?
— Dos meus pais.
— Ah. E a Dinah? Ela tem problemas com os pais também?
— Não, o Mark e a Pam são o máximo. Eles praticamente me criaram. Ela meio que me acompanhou, não queria que eu viesse pra cá sozinha.
Lauren assentiu.
— Qual é a do interrogatório? — perguntei.
As perguntas estavam passando de uma conversa sobre assuntos gerais e partindo para o lado pessoal, e eu estava começando a me sentir desconfortável.
Diversas cadeiras bateram umas nas outras quando o time de futebol levantou. Eles fizeram mais uma piada antes de irem andando lentamente até a porta e aceleraram o passo quando Lauren se levantou. Os que estavam atrás empurraram os da frente para fugir antes que Lauren conseguisse alcançá-los. Ela se sentou, fazendo força para espantar a frustração e a raiva.
Ergui uma sobrancelha
— Você ia me dizer por que optou pela Eastern — Lauren continuou.
— É difícil explicar — respondi, dando de ombros. — Só parecia certo.
Ela sorriu e abriu o cardápio.
— Sei o que você quer dizer.
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Vamos parar pra pensar sobre segurança... A nossa segurança não está no fato de inexistirem problemas à nossa volta. A nossa vida não se desenrola numa estufa espiritual. A vida cristã não é uma sala vip. Não vivemos em uma colônia de férias nem em um parque de diversões. A vida cristã é como uma viagem por mares revoltos, sob fortes rajadas de vento. Ondas encapeladas se atiram contra nós com fúria indomável. O que nos mantém seguros nessa terrível tempestade é a âncora que está bem firmada nos rochedos invisíveis nas camadas abissais do mar. O que mantém o navio fora do perigo de naufrágio é a âncora. Ela parece invisível, mas segura o navio. Embora não possa ser vista, constitui-se na segurança da embarcação. Calvino, com palavras fortes, descreve essa realidade da seguinte forma: Enquanto peregrinamos neste mundo, não temos terra firme onde pisar, senão que somos arremessados de um lado para o outro como se estivéssemos em meio a um oceano atingido por devastadora tormenta. O diabo jamais cessa de acionar incontáveis tempestades, as quais imediatamente fariam submergir nossa embarcação, se não lançássemos nossa âncora, com firmeza, nas profundezas. Olhamos, e nossos olhos não divisam nenhum porto, na verdade, só vemos gigantescas ondas a nos ameaçarem. Mas assim como se lança uma âncora no vazio das águas, a um lugar escuro e oculto, e, enquanto permanece ali, invisível, sustenta a embarcação que se encontra exposta ao sabor das ondas, agora segura em sua posição para que não afunde, assim também nossa esperança está firmada no Deus invisível. Mas há uma diferença: uma âncora é lançada ao mar porque existe solo firme no fundo, enquanto nossa esperança sobe e flutua nas alturas, porquanto ela não encontra nada em que se firmar neste mundo. Ela não pode repousar nas coisas criadas, senão que encontra seu único repouso no Deus vivo. Assim como o cabo, ao qual a âncora se acha presa, mantém o navio seguro ao solo de um profundo e escuro abismo, também a verdade de Deus é uma corrente que nos mantém juntos a Ele, de modo que nenhuma distância de lugar e nenhuma escuridão podem impedir-nos de aderir a Ele. Quando nos sentimos unidos assim a Deus, mesmo que tenhamos de enfrentar as constantes tempestades, estaremos a salvo do risco de naufrágio. Eis a razão por que o Hebreus 6 nos diz que a âncora é uma esperança segura e firme. É possível que uma âncora se quebre, ou que um cabo se rompa, ou que um navio se faça em pedaços pelo impacto das ondas. Isso sempre sucede no mar. Mas o poder de Deus, que nos protege, é algo completamente distinto, bem como também é a força da esperança e a plena estabilidade de sua palavra. Nossa âncora não está nas profundezas do mar, mas nas alturas do céu. Nossa esperança é como uma âncora que penetra além do véu e nos dá segurança na longa viagem rumo ao porto divinal. Severino Silva, nessa mesma linha de pensamento, diz que a diferença entre a âncora do navio e a âncora do cristão é que a âncora do navio aponta para baixo e, quanto mais os ventos sopram e as ondas movimentam o navio, tanto mais ela vai se enterrando no fundo e lhe oferecendo segurança. A âncora do cristão aponta para cima e, quanto mais as tempestades da vida lhe sobrevêm, tanto mais sua âncora (esperança) vai se fixando no trono de Deus, que lhe oferece uma proteção inabalável. Uma âncora invisível está segura ao fundo do mar; nossa esperança invisível está nos altos céus.
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Shrieking Shack ── Hogsmeade, 1978.
You bleed just to know you're alive ── ⋅⋅⋅
Remus respirou fundo. Ergueu a varinha e o enorme Salgueiro Lutador paralisou-se em um movimento interrompido no ar, domado e inofensivo, suas folhas secas sibilando um murmúrio constante através de fortes rajadas do vento. Em passadas largas, ele então atravessou o gramado seco e, por força do hábito, deu uns tapinhas afetuosos no tronco da árvore antes de escorregar pela passagem entre as raízes.
Já havia se passado muitos anos desde que ele tinha feito isso sozinho pela última vez. Tinha sido uma grande dificuldade convencer seus amigos a não o acompanharem naquela noite, precisando recorrer a todo tipo de chantagem e ameaça de azaração para impedi-los de segui-lo quando deixou o Salão Comunal ao final da tarde. Sabia muito bem que não seria perdoado tão cedo por causa disso, mas seria mais fácil lidar com a mágoa dos amigos do que com a raiva de si mesmo caso fizesse James, Sirius e Peter perderem o primeiro dia de festival, que já aconteceria logo no dia seguinte.
Com as vestes tomadas pela poeira, Remus avançou pelo breu da passagem até encontrar a velha porta de entrada para a Casa dos Gritos, a qual ele empurrou sem dificuldade para se lançar na sala empoeirada daquele casebre que ao longo dos anos tinha se tornado seu porto-seguro e sua prisão. A pouca luz que ainda incidia pelas janelas rapidamente ia se desfazendo em sombras, anunciando a chegada silenciosa da noite que vinha rastejando pelas paredes. Já sentindo o coração palpitando, Lupin tirou a jaqueta e a camisa sujas de terra e atirou-as para dentro de uma das cômodas, fechando a gaveta com violência em um estrondo que repercutiu em ecos assombrados pelos andares acima.
Remus soltou um grunhido insatisfeito. Odiava a acústica daquele lugar e agora percebia que havia passado tempo demais sem se lembrar daquele detalhe simplesmente porque havia se habituado a passar aqueles últimos momentos antes da transformação com uma boa dose de distração e até um certo bom-humor.
Posicionando-se no centro da sala, no mesmo ponto onde o tablado exibia uma coleção de arranhões, Remus flexionou os dedos das duas mãos repetidas vezes, tentando aliviar a tensão enquanto sentia a adrenalina vagarosamente envenenando seu sangue e dilatando suas pupilas. A essa altura já conseguia ouvir os próprios batimentos cardíacos, que rugiam agressivamente como tambores sob suas orelhas.
C’mon, Remus, you can do this.
Podia fazer isso sozinho de novo, sabia que podia; só precisava se lembrar como. Sabia que não teria os amigos ao seu lado para sempre, sabia que o último ano estava voando a alta velocidade e sabia também que, como quase tudo na vida, aquela era uma sorte que estava fadado a perder. Eventualmente teria de se acostumar à mesma velha solidão da qual tinha sido resgatado pelos amigos, a mesma velha solidão que agora lhe rodeava naquela casa vazia como um fantasma. Era apenas questão de tempo; mais cedo ou mais tarde precisaria começar de algum ponto.
Mas o primeiro passo é sempre o mais difícil.
Respirando fundo, Remus fechou os olhos e esperou. Foi tentando se distrair pensando em coisas banais, conversas indistintas e tarefas desimportantes, mas não conseguiu deixar de notar o silêncio impositivo e foi pouco a pouco se sentindo cada vez mais dominado por aquele vazio, incapaz de se botar para prestar atenção em qualquer coisa senão no momento em que a lua cheia finalmente cruzaria a linha do horizonte.
Remus não tinha como enxergar o céu lá fora, mas algo dentro de si sempre sabia quando a hora chegava e dessa vez não foi diferente. Abrindo os olhos novamente, ele teve apenas alguns segundos para encarar o próprio reflexo no espelho estilhaçado antes de uma dor violenta e familiar lhe tomar todo o corpo como um relâmpago. Suando frio e curvando-se de agonia, levou as mãos aos olhos e um uivo dolorido lhe escapou pela garganta, um som que em nada se parecia com sua própria voz.
Era insuportável.
Apertando mais os dedos contra as órbitas, começou a implorar em silêncio para um deus em que não acreditava, tentando sumir na própria cegueira, desaparecer naquele mar de breu. Mas logo sentiu as pontas das unhas começarem a se afundar em seus olhos e precisou afastar as mãos do rosto, quase muito certo de que já não conseguia mais respirar.
Mesmo assim, antes de perder completamente a consciência, Remus achou que viu as silhuetas de um cervo, um cão e um roedor cruzarem correndo a porta que ele tinha se esquecido de trancar.
Mas então ele já não era mais humano e tudo ficou preto.
#ᴇᴠᴇɴᴛᴏ 2#tava inspirada ontem e sobrou logo pra quem? rs#── ⋅⋅⋅ ──── ᴘᴏᴠ; ᴛʜᴇʀᴇ ᴀʀᴇ ɴɪɢʜᴛꜱ ᴡʜᴇɴ ᴛʜᴇ ᴡᴏʟᴠᴇꜱ ᴀʀᴇ ꜱɪʟᴇɴᴛ ᴀɴᴅ ᴏɴʟʏ ᴛʜᴇ ᴍᴏᴏɴ ʜᴏᴡʟꜱ.#── ⋅⋅⋅ ──── ᴍᴀʀᴀᴜᴅᴇʀꜱ; ᴛʜᴇ ᴡᴏʟꜰ ɴᴇᴠᴇʀ ᴡᴀʟᴋꜱ ᴀʟᴏɴᴇ - ʜᴇ ᴀʟᴡᴀʏꜱ ᴄᴀʀʀɪᴇꜱ ʜɪꜱ ᴘᴀᴄᴋ.#── ⋅⋅⋅ ──── ᴀʙᴏᴜᴛ; ʟᴏɴᴇ ᴡᴏʟꜰ
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Rajadas fortes de vento sul agitam a costa da orla do Guaíba hoje no final da tarde, o calor é intenso e no céu, os vários tons de cinza chumbo, mesclados com os azuis, são sinais prováveis de tempestades... Uma boa chuva agora seria muito bem vinda... Boa noite a todos! Paz e bem! Lucas Lima
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Galateamon
Nível Adulto / Champion / Seijukuki Atributo Dados Tipo Cavaleiro Mágico Campo Salvadores das Profundezas (DS) Significado do Nome Galatea, nome de uma das Nereidas da Mitologia Grega.
Descrição
Galateamon é uma Cavaleira Mágica respeitada pelos grandes magos de Witchelny e admirada por muitos aprendizes, isso porque é dotada de uma conexão elemental poderosa com a Feitiçaria da Água, do Clã Aquary, além de ter uma índole exemplar e forte desejo em pesquisar, estudar e aperfeiçoar suas técnicas visando o progresso da Magia em sua terra natal.
A mente disciplinada e temperamento calmo demonstrado por ela em sua infância chamaram a atenção de Hexeblaumon, o Lendário Cavaleiro Mágico, que a fez sua aprendiz ainda nesse período e lhe ensinou sua habilidade de manipular o frio e criar armas mágicas, despertando, assim, esta nova evolução que reflete o apreço dela por seu mestre.
Aliás, não é só apreço, mas sim uma verdadeira paixão que Galateamon nutre por Hexeblaumon, por isso quando está interagindo com outros Digimons é comum que ela o evoque algumas vezes em suas frases, principalmente se estiver mais relaxada, e faz questão de deixar claro que as Arête, espadas feitas e presenteadas a ela por seu professor, são símbolo do amor entre eles.
Porém, quando é necessário, ela deixa seus devaneios de lado e se foca completamente no que exige sua atenção, seja em um treino, estudo ou no combate, onde analisa e executa tudo de forma bastante metódica, sempre em busca da resolução mais perfeita possível. Essa maneira de agir contribuiu para sua admirável reputação e é o motivo pelo qual todos confiam cegamente nela, afinal sabem que estar ao seu lado é sinônimo de sucesso.
Técnicas
Exécution d'Aquary (Execução de Aquary) Une as lâminas que empunha em uma só, então concentra sua magia e imbui água nessa espada para executar um corte horizontal giratório, criando uma onda que varre tudo por onde passa. Também pode congelar a água para gerar uma lâmina de gelo poderosa o bastante para bater de frente com Cromo Digizoide.
Valse Martiale (Valsa Marcial) Desfere uma série de golpes com as Arête, com movimentos belos e coordenados que simulam uma dança.
Plongeon de Galatée (Mergulho de Galateia) Dispara suas espadas através de sua magia, cravando as lâminas na pele do adversário e congelando a ferida para causar pane nas funções do Digimon.
Invoquer des Cristaux (Invocar Cristais) Baseado na técnica Invocar Geada de seu mestre. Ela lança uma rajada de ar frio que deixa os adversários completamente congelados por alguns segundos, dando brecha para um ataque direto. Também pode ser concentrada em algum local específico para que o congelamento dure mais tempo.
Charme d'Écume (Encanto da Espuma do Mar) Gera espumas em suas mãos e as assopra, espalhando suas partículas pelo ar. Quando elas entram em contato com algum oponente, causa delírio, fazendo-o se apaixonar por Galateamon e obedecendo suas ordens por um breve período.
Voile Cristallin (Véu Cristalino) Cria uma barreira feita de água que reflete ataques mágicos.
Linha Evolutiva
Pré-Evolução Clearmon
Digidex Empírea Artista Jonas Carlota
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Eu estava acostumada viver numa tempestade com ondas gigantes, raios, relâmpagos, trovões e rajadas de vento. E eu seguia lá firme no meu barquinho, onda atrás de onda, eu secava o barco e aguardava novamente outra tempestade. Mas um dia um raio de sol forte e quente atingiu o mar que eu costumava navegar, e as águas se acalmaram o vento era suave, pássaros pairavam sobre o céu, que era azulado e cheio de lindas nuvens brancas que lembravam algodão. E eu aprendi a amar essa calmaria, eu aprendi a navegar em águas calmas, eu me senti aquecida por esse raio de sol, e agora a tempestade que eu tanto conhecia me assusta, por que depois que se conhece a calmaria e o brilho de um dia ensolarado, você não quer uma tempestade, eu tenho medo de perder a calmaria, eu temo que meu raio de sol vá embora. Eu aprendi a navegar em águas calmas.
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