#que eu nem preciso olhar pra porta pra ver quem tá entrando
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hansolsticio · 4 months ago
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soso, perguntinha honesta do dia a dia 🫠
não é segredo que os coreanos são marias fumaças (de modo geral), então… como você se sente sabendo que provavelmente alguns membros do svt ou talvez todos fumem?
eu paro para pensar nisso e fico meio (muito) afetada, negativamente no caso, porque nunca achei atraente pessoas que fumam ou charmoso… e sei que tem muitas pessoas que acham “sexy” e tudo mais… mas >>>para mim<<< é bem brochante, na verdade
quem fuma, principalmente em excesso cheira mal, estou sendo bem gentil no uso das palavras… para não dizer que fedem 🥲
sem contar que amarela os dentes e outros N problemas de saúde que não preciso listar, enfim
ai anon, eu não ligo pra isso não, inclusive na minha cabeça todo idol fuma escondidokkkkk
isso de achar sexy ou não é questão de preferência mesmo, eu particularmente não curto muito quem fuma (especialmente se for perto de mim), mas cada um faz o que quer da vida, pô... os problemas de saúde realmente são muitos, mas no fim do dia tá todo mundo morrendo lentamente, algumas pessoas só escolhem apressar esse fato
e, assim, na minha cabeça, eles devem ter algum truque pra despistar o cheiro. afinal eles são idols, então tem gente no pé deles o tempo todo, sendo assim acredito que eles precisam estar cheirosinhos de um jeito ou de outro
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alcoh0lica · 2 years ago
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TENHA BONS SONHOS
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Eu estava namorando o Eddie, mas meus pais não sabiam ainda. Um belo dia, enquanto eles haviam saído pra passear a noite, eu fui com o Eddie até seu trailer para jantar com o Wayne.
Tio Wayne, como ele queria que eu o chamasse, me convidou através de Eddie e fez meu prato favorito: macarronada com almôndegas. Ele foi super gentil comigo e ficou muito feliz de me conhecer.
- Finalmente, eu te conheci Sidney... O Eddie fala tanto de você, até dormindo *risos*
- TIO *Eddie fica vermelho e ri*
- É muito bom conhecer o senhor também, senhor Wayne! *rio vermelha*
- Por favor, me chame de tio! É um prazer recebê-la sempre nessa casa!!
Jantamos e foi tudo perfeito. No final da noite, Eddie me acompanha até em casa e eu digo que vou contar aos meus pais que estamos namorando. Ele me apoia e diz que vai dar tudo certo!
DUAS NOITES DEPOIS
Eu estou jantando com a minha família (pai, mãe e um irmão de 10 anos). Eu estou muito nervosa por causa da reação deles e mal toco na comida.
- Tá tudo bem meu amor? Você quase nem comeu... *minha mãe pergunta desconfiada*
- Tá tudo sim... É... Eu preciso contar uma coisa pra vocês *digo sem deixar de olhar pro meu prato*
- O que aconteceu filha? *meu pai já está mais nervoso que eu*
- Eu... eu to namorando...
- Namorando?? E desde quando você tem idade pra namorar??
- Pai, eu tenho 16 anos!
- Ainda é uma criança!!
- Querido, calma... A gente tinha a idade dela!
- Porque não contou nada pra gente?
- Quem é seu namorado querida... a gente conhece?
- É o Eddie... Eddie Munson
- O SOBRINHO DO WAYNE? AQUELE CABELUDO ESQUISITO?
- Ta vendo, é por isso que eu não contei nada! *digo com lagrima nos olhos*
Todos ficam em silencio e alguns minutos depois eu levanto, digo que estou sem fome e vou pro meu quarto, entro trancando a porta. Pouco tempo depois, escuto batidas na minha janela e quando eu vejo, Eddie está pendurado no meu telhado.
AOS SUSSURROS
- Eddie, o que você tá fazendo aqui?? *abro a janela pra ele entrar, antes que caia do telhado e morra*
- Eu tava com saudades! *ele diz entrando todo desajeitado*
- Você ta louco? Meus pais estão aqui!!!
- Aqui aonde que eu não to vendo? *ele da um giro devagar no lugar*
- Idiota *rio*
Eddie me puxa pela cintura e me leva até minha cama, deitando por cima de mim e me beijando. No meio da pegação, eu escuto um barulho na escada e afasto-o... Na hora que ele vai falar algo eu tampo a boca dele e sussurro em desespero
- Minha mãe!!!!
- Merda, caralho!! *ele levanta em desespero e não sabe o que fazer, fica girando igual um tonto no lugar*
- Entra no armário!!!! RAPIDO
- Filha... Porque a porta ta trancada??
- Eu to trocando de roupa mãe *digo tirando minha blusa e minha calça na frente de Eddie e pegando uma camiseta grande qualquer* só um minuto
Eddie fica de boca aberta, é a primeira vez que ele me vê pelada e começa a cair pra frente pra me beijar... Eu só empurro ele pela cabeça e fecho a porta do meu armário (que era cheio de frisos abertos, então ele conseguia ver e ouvir tudo.)
- Oi mãe *digo abrindo a porta*
- OI... Ta tudo bem? Eu ouvi vozes..
- Tá tudo sim... deve ter sido o rádio, tava ouvindo música...
- É *ela entra e eu vou sentar na minha cama* desde quando você tranca a porta?
- Desde que eu tenho um irmão de 10 anos de idade e eu não quero traumatizar ele se por algum acaso ele entrar aqui e me pegar nua *digo sentando de pernas cruzadas, mas lembro que Eddie está no meu armário e me vendo exposta na região baixa e coloco um travesseiro na frente*
Eddie sufoca um riso e olha pra cima, vendo uma calcinha branca de renda pendura e pegando ela, colocando dentro de sua cueca.
- Tá certa... *minha mãe senta na cama comigo* eu passo tanto tempo no trabalho que nem vi você crescendo...
- Tá tudo bem mãe... Sério!
- Não tá não!! Quando que minha menininha deixou de gostar de bonecas e começou a gostar de meninos?
- Eu cresci mãe *rio* e o Eddie é um garoto incrível tá!
- Você ama mesmo ele?
- Amo!! Acho que nunca me senti tão feliz perto de alguém... Ele é divertido, inteligente, carinhoso...
- Como você conheceu ele?
- Ele... Tá na minha sala de matemática...
- Espera... Ele é repetente??
- É, grandes coisas, o pai também era!! *digo em tom de acusação* e além do mais, eu to ajudando ele a estudar agora e as notas dele estão melhorando consideravelmente!
- Isso é ótimo, filha!! Escuta... Porque você não traz ele aqui amanhã? Pra jantar conosco?
- Sério? *digo com uma ponta de esperança*
- Sério *ela ri*
- Tudo bem!! Mas mãe... eu conheci o Wayne e ele foi incrível comigo, me tratou super bem!! Não deixa o papai estragar as coisas tá...
- Pode deixar meu amor, seu pai sabe que se ele fizer alguma coisa... EU MESMA cuido dele depois *ri e levanta pra sair do quarto* chama o Wayne também... Vai ser bom ter os dois aqui em casa!
- Tudo bem, eu vou falar com eles *sorrio* eu vou estudar um pouco agora, então...
- Já entendi! Não vou mais interromper você hoje *me beija na cabeça* boa noite filha
- Boa noite mãe!! *tranco a porta do quarto e corro pra abrir a porta do armário*
Eddie finge que vai cair em cima de mim, sem ar por ter ficado preso e eu empurro ele de volta.
- Quer dizer que seus pais me querem aqui amanhã? *ele está abraçado em minha cintura*
- É, querem sim *sorrio*
- Bom... Onde é que a gente tava mesmo? *ele olha pra cima em duvida* ah, é *volta a me beijar e me leva pra cama, deitando em cima de mim novamente*
Como estou só de camiseta, ela levanta quando eu deito e minha perna fica levemente curvada ao lado do corpo dele, deixando que sua calça jeans grossa roce em minhas intimidades. Meu coração está disparado no peito, como se eu tivesse corrido uma maratona. Sua mão está na minha coxa e os anéis gelados de metal me fazem arrepiar... Mas talvez não seja só isso que esteja me fazendo arrepiar Tem algo me incomodando ali...
- Eddie *falo entre o beijo* porque você sempre tem algo no seu bolso??
- Querida... Essa calça não tem bolso *ele sorri pra mim*
- EDDIE *fico vermelha e sorrio*
- Talvez... *ele enfia a mão dentro da calça e começa a mexer*
- O que você tá fazendo??? *digo com os olhos arregalados*
- Acho que foi isso que você sentiu *ele puxa minha calcinha*
Eu tento pegar mas ele tira do meu alcance
- EI, é minha!!
- Não, agora é MINHA *ri*
- Eddie, devolve!!
- Não! Já que eu não posso te ter, vou ficar com isso... *me beija novamente e levanta pra ir embora pela janela*
Eu fico sentada na cama observando ele ir embora e chamo ele
- Eddie!
- Oi? *ele olha pra trás*
Eu levanto a minha camiseta e meu sutiã, deixando meus seios a mostra pra ele, que me olha de olhos arregalados.
- Tenha bom sonhos, Eddie!
- Ah, eu vou ter sim, com certeza! *ele suspira* até amanhã meu amor!
- Até amanhã!!
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bts-scenarios-br · 4 years ago
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Reaction  - Você sendo amiga das namoradas dos outros membros.
(gên. feminino)
SEOKJIN
Em um dos shows do grupo, o seu namorado começou a te procurar pelos bastidores antes de dar o horário para eles irem para o palco. Ele estava perguntando para todos e olhando em todos os lugares para tentar te encontrar, mas ninguém sabia dizer onde você estava.
“Hyung.” O Jungkook disse, em um momento em que eles se cruzaram em um dos camarins. “Você viu a Haeun?” Ele perguntou, se referindo à própria namorada.
“Não.” O Jin negou, franzindo a testa. “Mas eu tô tentando achar a S/N, também.”
“Elas tão com a Mina.” O Yoongi, que estava terminando de fazer a maquiagem, disse quando ouviu a conversa, se lembrando que a namorada tinha saído com as duas outras poucos minutos antes. “Saíram daqui faz pouco tempo, devem estar em algum camarim.”
“Ah, obrigado!” O seu namorado disse, sendo acompanhado pelo Jungkook.
Os dois saíram de lá e começaram a literalmente olhar em cada uma das portas pelas quais passavam, se desculpando com várias pessoas por interromper o trabalho delas, ou só as assustar mesmo.
Até que em uma das últimas portas que encontraram, depois de cinco minutos andando, eles ouviram risadas altas vindas do lado de dentro, e trocaram um olhar compreensivo, já entendendo que se tratavam das meninas.
“Achei vocês.” O Jin disse, entrando, e vocês os olharam um pouco assustadas, parando de rir instantaneamente.
“Ai que susto.” Você disse, colocando a mão no peito. “Como acharam a gente?” O olhou.
“O Yoongi nos disse…” Disse, franzindo a testa. “Pera, vocês estavam realmente se escondendo?”
“Se esconder é uma palavra muito forte.” A Mina disse. “E o Yoon realmente precisa aprender a guardar melhor os segredos.” Murmurou a última parte.
“Por que tão se escondendo?” Foi a vez do Jungkook perguntar, tão confuso quanto o Jin.
“A gente não tá se escondendo.” A Haeun disse. “Só queríamos uns minutinhos a sós para conversar algumas coisinhas.” Deu de ombros, descendo da bancada em que estava sentada e começando a puxar o namorado pelo braço. “Mas já acabamos, de qualquer maneira, então vamos lá.”
“Ah, eu também vou.” A Mina falou, levantando da cadeira e indo atrás dos dois. “Preciso falar com o Yoongi, não sei como ele consegue ser tão quieto e falar tanto, sinceramente.” Vocês ouviram ela dizer no corredor, fazendo os dois rirem.
“Aliás.” Seu namorado te olhou, fingindo estar despreocupado. “Estavam falando do que?”
“Tá curioso?” Você levantou uma sobrancelha, se levantando do sofá e indo até ele.
“Não.” Ele deu de ombros. “Só perguntei por perguntar mesmo.”
“Entendi.” Concordou com a cabeça. “Então não liga se eu não te contar.”
“Não, pera.” Choramingou. “Eu quero saber.”
“Desculpa.” Respondeu rindo. “Mas é um segredinho nosso.” Deu um beijo na bochecha dele.
“Vocês estão ficando realmente próximas, né?” Ele perguntou, agora com um leve sorriso no rosto, e você concordou com a cabeça, empolgada.
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YOONGI
Você estava sentada no sofá do estúdio do Yoongi, lendo um livro qualquer que tinha levado, enquanto ele trabalhava na frente do computador. Estavam os dois em silêncio, por isso se assustaram quando ouviram uma batida na porta, de repente, fazendo com que dessem um pulinho em seus lugares e olhassem para a entrada.
“Eu vejo quem é.” Ele disse, se levantando da cadeira e abrindo a porta, dando de cara com a namorada do Hoseok. “Ah, oi Yejin.” Ele disse, e ela sorriu.
“Oi Yoon.” Disse, colocando a cabeça para dentro e te olhando. “Eu vim chamar a S/N pra ir no cinema.”
“No cinema?” Ele franziu a testa para ela. “Agora?”
“Eu topo!” Você disse, se levantando e pegando o seu casaco, e o seu namorado te olhou sério, mas você nem percebeu.
“Tá sem fazer nada também, não é?” Ela te disse, e você concordou com a cabeça, fazendo ela rir. “Faz duas horas que eu tô plantada no estúdio do Hobi também, não aguento mais.”
“Ah, eu acho que a Sunmi e a Eunji também estão aí.” Você disse, se referindo às namoradas do Namjoon e do Jin. “Os meninos estavam trabalhando juntos, não é Yoon?”
“Aham.” Ele respondeu, claramente emburrado, mas de novo, você não deu a mínima, fazendo com que ele soltasse um suspiro um tanto quanto dramático.
“Então vamos atrás delas também, daí depois do filme a gente pode passar naquela cafeteria nova que tem aqui perto.” Ela disse.
“Isso!” Falou, colocando o seu tênis e indo atrás dela, mas antes se virando para o Yoon e se inclinando para o dar um selinho. “Eu te trago um café, não precisa ficar de bico.” Falou baixinho, piscando um olho e saindo, fazendo com que ele soltasse uma risada e esquecesse qualquer birra, ficando feliz por você estar se divertindo assim com as meninas.
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HOSEOK
Os meninos tinham combinado de saírem todos para jantar com suas namoradas naquela noite, depois do ensaio que tinham. Acontece que o ensaio estava sendo mais demorado do que vocês esperavam, por isso que depois de mais ou menos vinte minutos lá, vocês todas simplesmente cansaram e saíram da sala de ensaio sem nem mesmo os meninos perceberem, já que estavam concentrados.
Vocês foram todas para a sala de descanso da empresa, que estava vazia já que estava de noite e não tinha quase ninguém no prédio além de vocês, os meninos, e os staffs que estavam com eles.
“Hey!” A Haru, namorada do Jimin, disse, chamando a atenção de vocês e levantando o celular. “Olhem pra câmera!”
Vocês estavam todas jogadas no sofá e no chão do lugar, distraídas com conversas e os seus celulares, mas assim que a ouviram todas automaticamente sorriram, chegando até a se embolar ainda mais, passando os braços uma na outra em abraços desengonçados.
“Ficou uma bagunça.” A Haru disse rindo, enviando a foto para alguém.
“Ahh, se tava uma bagunça por que enviou?” A Haeun, namorada do Jungkook, falou, com um bico em lábios.
“Foi só pro Jimin, não se preocupe.” A Haru falou. “Só pra eles não acharem que nós fomos sequestradas.”
Enquanto isso, na sala de ensaio, os meninos tinham acabado de ser liberados, e só então perceberam que nenhuma das namoradas estava lá.
“Onde é que elas foram?” O Hobi disse, já um pouco preocupado. “Será que aconteceu alguma coisa?”
“Não, elas estão bem.” O Jimin disse com um sorrisinho, mostrando o celular para os amigos. “Só cansaram de nos ver mesmo.”
“Sempre bom saber que elas estão do nosso lado desse jeito.” O Jin murmurou.
“Eu não julgo elas, pra ser sincero, até eu já tava cansado de nos ver, já.” O Yoongi retrucou.
Enquanto os meninos discutiam sobre se vocês estavam certas ou não por terem fugido, o seu namorado tinha pêgo o celular da mão do Jimin e estava olhando para a tela com um sorrisinho bobo em lábios. Ele estava verdadeiramente feliz por te ver tão à vontade com as meninas, já que sempre quis que todos fossem uma grande família.
“A Haru gosta muito da S/N.” O Jimin disse, pegando o celular de volta. “Sei que sempre se preocupou se ela se daria bem com as meninas, mas pelo o que eu sei todas elas a amam, então não tem com o que se preocupar.”
“Não mesmo, a Haeun também adora ela.” O Jungkook completou, e o seu namorado sorriu de novo, ficando até um pouco orgulhoso de saber isso.
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NAMJOON
Você, assim como outras namoradas do grupo, estavam acompanhando os meninos na turnê deles. Nesta noite, em específico, eles não tinham feito nenhum show, ao invés disso tinham ido até um programa de entrevistas que acontecia tarde da noite.
Você e as meninas estavam todas reunidas no quarto da Yejin, namorada do Hoseok, para assistirem juntas aos meninos na TV. Ficaram quase todas sentadas/deitadas na cama, ficando apenas a namorada do Taehyung no chão, já que estava comendo e não queria correr o risco de sujar uma cama que não era dela.
Enquanto o tempo ia passando, vocês se sentiam cada vez mais cansadas e sonolentas, e aos poucos foram desistindo de continuar lá e começaram a voltar para os próprios quartos. No final, sobraram apenas você, a própria Yejin, e a Bora, que era namorada do Jin.
Vocês três tinham se aconchegado na cama de um jeito que nem se deram conta quando os olhos começaram a pesar. Acabaram dormindo alí mesmo, as três emboladas nos diversos travesseiros da cama, e emboladas umas nas outras também.
Quando os meninos finalmente chegaram no hotel, cada um foi para o próprio quarto, cansados e esperando encontrar suas namoradas para poderem dormir ao menos um pouco.
Mas o Namjoon se assustou quando abriu a porta e não te encontrou na cama, ficando preocupado no mesmo instante. Ele olhou no banheiro, mas não viu nada. Pensou até que poderia ter feito algo de errado que tinha te magoado, mas isso também não faria sentido já que sua mala e bolsas estavam todas lá ainda.
Até que ele sentiu o celular dele vibrar no bolso de trás da calça, e pegou o aparelho para ver uma mensagem que o Hobi tinha mandado.
“Jin hyung e Namjoon, por acaso suas namoradas sumiram?”
Ele perguntou, e tanto o seu namorado quanto o Jin responderam que sim no mesmo instante.
“Achei elas.” O Hobi mandou, enviando uma foto logo em seguida das três dormindo na cama dele. “Não quero ter que acordar elas, estão dormindo tão bem, tem até uma delas roncando.”
“É a Bora” O Jin enviou, fazendo os meninos rirem.
“Enfim, mas como as suas namoradas roubaram minha cama, eu preciso dormir no lugar de uma delas.”
“Pode vir aqui.” O Namjoon enviou, com um sorriso no rosto.
Ele colocou o celular na mesinha do quarto e foi tirar a roupa que estava usando, sentindo um sentimento de felicidade crescer no peito, por algo que não tinha percebido que estava acontecendo até o momento: você estava formando com as meninas uma pequena família, assim como os meninos tinham.
Era bom pra ele saber que vocês teriam uma a outra para o que precisassem, já que se entendiam completamente na grande maioria dos problemas que os relacionamentos poderiam trazer, e ver isso realmente começando a acontecer deixava ele extremamente contente.
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JIMIN
Você estava no dormitório dos meninos, ajudando o Jimin a pegar algumas coisas que ele queria levar para o apartamento para o qual vocês dois estavam se mudando. Ele estava colocando algumas peças de roupa em malas enquanto você o ajudava a separar e dobrar elas.
“Eu acho que vou precisar de uma caixa para colocar mais algumas coisas.” Ele disse, olhando em volta.
“Tem aqui?” Você perguntou.
“Eu acho que tinham umas na sala.” Te olhou.
“Eu vou lá pegar, então.” Ele agradeceu com um sorriso, e você devolveu o gesto, saindo do quarto e indo até a sala.
Enquanto isso, o Jimin continuou organizando e guardando as coisas por alguns minutos. Quando terminou com as roupas, decidiu separar alguns sapatos e objetos que também iria querer levar, como algumas pequenas decorações que tinha espalhadas pelo cômodo.
Depois de mais de vinte minutos alí, o Jimin começou a ficar preocupado com o fato de você não ter voltado ainda. Ele soltou um suspiro tentando pensar no que poderia ter acontecido, e decidiu simplesmente ir atrás de você para ver onde estava.
Assim que ele se aproximou da sala, ele ouviu algumas vozes já conhecidas, e logo entendeu o que tinha acontecido ali. Parou atrás do sofá em que estavam, e deu um leve sorriso observando a cena.
Você estava sentada entre a Mina (namorada do Yoongi) e a Sora (namorada do Taehyung), e as duas estavam praticamente em cima de você, olhando alguma coisa que estava mostrando no celular, e rindo de seja lá o que fosse.
O Jimin achou a cena tão adorável que sacou o próprio celular do bolso e tirou uma foto de vocês três, a mandando no grupo de mensagens dos meninos.
“Minha namorada foi roubada de mim mas eu perdôo porque elas ficam muito fofas juntas”
Olhou mais uma vez para vocês e então viu as caixas do lado do sofá, fazendo ele rir fraco, o que chamou a atenção de vocês três, que viraram para trás assustadas.
“Desculpa.” Ele disse, indo pegar o que tanto queria. “Só vim buscar isso aqui.”
“Ah, eu esqueci!” Você falou, se levantando, mas ele fez sinal para continuar lá.
“Tudo bem, falta pouca coisa.” Você voltou a se sentar. “Fica aí enquanto eu termino.” Você concordou com a cabeça. “Mas eu vou levar ela embora comigo, então vocês duas nem tentem.” Ele cerrou os olhos para as meninas.
“Veremos.” A Sora respondeu, fingindo estar mexendo na unha, e fazendo tanto você quanto a Mina rirem da cara que o Jimin fez.
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TAEHYUNG
Você e algumas das namoradas dos meninos estavam acompanhando eles na gravação de um novo episódio de “Run BTS!”. Ficaram assistindo aos jogos por trás das câmeras, rindo a cada cinco minutos, praticamente, por conta das brincadeiras e palhaçadas que eles falavam e faziam.
Quando as gravações acabaram, os meninos ainda iriam ficar no estúdio por um tempo, então consequentemente você também iriam ficar lá. Vocês todas acabaram se dispersando pelo lugar, algumas conversando com staffs, outras apenas olhando o que tinha lá.
“Hey, S/N.” A Haru, namorada do Jimin, te chamou. “Olha ali.” Apontou para uma máquina de karaokê. “Topa?”
“Óbvio que sim.” Disse, fazendo ela rir e indo até lá.
“Quer cantar o que?” Ele disse, olhando a lista de músicas. “Só tem coisa do BTS, não sei se conhece.”
“É, já ouvi falar.” Entrou na brincadeira.
“Tontas.” Ouviram a Haeun, namorada do Jungkook, dizer atrás de vocês, rindo. “Mas eu acho que vocês deveriam honrar seus namorados.” Falou, se sentando em uma almofada no chão, e vocês a olharam um pouco confusas. “Cantem Friends.” Explicou, fazendo vocês duas soltarem um “Ahhhh” junto.
Vocês acabaram gostando da ideia dela, por isso procuraram qual era o número da música e o digitaram na máquina (com a ajuda de uma staff, porque não conseguiram sozinhas).
Nenhuma de vocês duas era uma cantora profissional, mas mesmo assim deram o seu melhor, começando até a fazer uma dancinha juntas no meio da música, que fez a Haeun rir no chão.
Quando vocês começaram a chegar no final da música, os meninos voltaram para a sala em que estavam, e ambos os seus namorados franziram a testa quando ouviram a melodia.
“Eonjenga i hamseong meojeul ttae stay hey (Um dia quando essa torcida acabar, fique hey)
You are my soulmate (Você é minha Alma Gêmea)
Yeongwonhi gyesok igose stay hey (Para sempre, continue ficando, hey)
You are my soulmate (Você é minha alma gêmea)”
Os dois se entreolharam por alguns segundos antes de abrirem um sorriso empolgado, achando uma das coisas mais incríveis do mundo que vocês estivessem cantando aquilo.
“Ilgop beonui yeoreumgwa chuun gyeoulboda
Orae (Mais longo do que sete verões e invernos frios)
Sumaneun yaksokgwa chueokdeulboda
Orae (Mais longo do que inúmeras promessas e memórias)”
Assim que terminaram, eles, assim como a Haeun e o Jungkook (que já tinha se juntado a ela no chão) começaram a aplaudir de uma maneira um tanto quanto dramática, que fez vocês duas se assustarem. Você ficou levemente envergonhada por ter sido pega, ao contrário da Haru, que começou a rir instantaneamente e foi falar com o Jimin.
“Wow.” O Tae disse, se aproximando. “Isso foi tão legal!”
“Sim.” Você deu um sorrisinho.
“Ei, não fique com vergonha.” Ele falou, rindo fraco. “Eu adorei.” Arrumou uma mecha do seu cabelo que tinha caído no rosto. “E agora que eu parei para pensar, seria muito legal se vocês duas fossem almas gêmeas.” Ele disse, fazendo cara de pensativo. “Daí nós quatro poderíamos ser almas quadrigêmeas.”
“Meu Deus, Tae.” Você falou, rindo.
“Ah, eu gostei.” O Jimin disse, aparecendo do seu lado de repente.
“Eu também!” A Haru completou, piscando um olho para você que te fez rir.
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JUNGKOOK
Você tinha combinado de encontrar o Jungkook na empresa naquela noite para irem em um tipo de encontro duplo com o Namjoon e a namorada dele, Sunmi. Você cumprimentou alguns funcionários que encontrou no caminho até o estúdio do seu namorado, arrumando algumas coisas na sua bolsa enquanto isso.
“Oi S/N!” A Sunmi disse, parada na porta.
“Oi!” Sorriu para ela. “Por que está aqui fora?”
“Ah sim, sobre isso.” Ela começou, soltando um suspiro. “Os dois acabaram se empolgando com uma música e não acho que pretendam sair de lá tão cedo.”
“Sério?” Perguntou, e ela concordou com a cabeça, com uma expressão entediada no rosto. “Eu me arrumei pra nada, então.” Reclamou baixinho, e ela soltou uma risada.
“Não precisa ser pra nada!” Te disse, olhando para alguém atrás de você. “Aqui, Sora!” Chamou a namorada do Taehyung, que sorriu para vocês. “A Yejin também está vindo.” Te disse.
“Sim, o Tae e o Hobi também nos trocaram pela música.” Ela disse, te puxando para um abraço. “Mas nós já sabíamos que isso ia acontecer quando aceitamos namorar eles, então não podemos nem reclamar.”
“Por sorte eles são sete então temos outras pessoas na mesma situação e que nos entendem.” A namorada do Hoseok disse, chegando por trás de você e colocando um braço no seu ombro. “E que aceitam ir jantar com a gente no lugar dos nossos namorados.”
“Então vamos todas juntas?” Você perguntou, já empolgada de novo.
“Com certeza.” A Sunmi falou com um sorriso. “E eu estava pensando no que a S/N disse.” Olhou para as meninas. "Nós realmente estamos arrumadas demais para passar uma sexta feira apenas comendo.”
“Vamos passear no centro depois, então.” A Sora falou, e você e as outras duas concordaram.
“Vamos logo então, fiquei empolgada!” A Yejin falou. “Acredito que até a gente ficar cansada eles já tenham terminado.” Começaram a andar.
“E se não tiverem, tudo bem também, os sofás dos estúdios são bem confortáveis.” Você completou, fazendo elas concordarem e começarem a falar das vezes que passaram a noite neles, e deram graças a Deus por não serem apenas enfeites.
Enquanto isso, você tirou seu celular da bolsa para mandar uma mensagem para o Jungkook.
“Eu vou sair com as meninas, tudo bem?”
E ele respondeu em segundos.
“Claro que sim, a Sunmi já me informou dos planos.” Ele te mandou, sorrindo enquanto digitava. “Divirtam-se, e não faça nada que eu não faria!”
“Pode deixar” Você respondeu, rindo fraco e voltando a guardar o telefone.
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Oiee, como estão?
Bom, espero que tenham gostado, e me desculpe por qualquer erro! 
Até mais!
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anncleaveley · 5 years ago
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Faz tanto tempo que eu não leio, que eu não escrevo, que nem sei como vai ser esse texto. Porém se fosse para falar seria um desastre. Hoje, dia seis de abril de dois mil e vinte.  Em meio a uma bagunça que tá o mundo. Em meio a uma pandemia real. Eu vivo momentos tão meus, que eu juro, que tô até agradecendo ao coronavirus. Ok, beeeem egoísta isso. Porém é como eu me sinto. Bom, digo isto, egoistamente (ressalto novamente), porque este é um tempo de reflexão. Em outros tempos eu estava vivendo uma vida frenética pelo trabalho eu sou totalmente workaholic (viciada em trabalho), se for preciso eu trabalho 20 horas por dia e durmo 4, vivendo a base de red bull e muita comida para gerar energia. Eu cheguei em Milão com todo esse gás, de recomeçar e fazer tudo acontecer! E vou dizer que no início foi assim, já estava com um freela que me ajudava muito, e um contato na manga que eu sei que me faria ganhar muito dinheiro. Eu sei do meu trabalho, eu sei que sou boa no que eu faço. E por isso eu vim com toda essa convicção. Em meio a toda essa obsessão por trabalho, estava em busca de melhorar meu italiano então busquei um curso gratuito dado pela igreja perto da minha casa com uma colega que mora comigo. Antes de ir pegar informações do curso ela estava falando com a vizinha sobre um trabalho que as duas fariam na parte da tarde, e eu acabei entrando na casa dessa mulher acompanhando minha colega, ao entrar e olhar no sofá vermelho vi que tinha um menino sentado, ele me olhou eu olhei pra ele, me assustei e dei um passo atrás e fui saindo da casa discretamente enquanto as duas terminavam de conversar. O que foi aquilo? Que sentimento estranho que eu senti quando eu o vi? Não sei, só sei que o alerta de ficar longe tinha acendido na minha mente e eu daria um jeito de ficar longe. Passaram alguns dias, e em uma terça feira eu recebo uma mensagem no meu celular.  “Olá Karem Anderson q mora na casa da Zélia” -Ah, que ótimo! Agora no meu celular também, escrevendo meu nome errado. ótimo.- “Oi tudo bem?” “Sim e vc? Intão vamos q hr amanha?”
-Até aí beleza, ele tava falando do curso, acho que se mantivermos assim tá tudo certo, engano meu, ele continuou: “Mas peguei seu número não só para te perguntar, mas porque queria conversar melhor contigo. Se não tiver problema” Claro que tem. “Tem não” Ele continuou: “Tá ocupada? Podíamos falar pessoalmente hoje se você quiser. Eu queria” Vácuo. “? Parece que não né. Sem problemas. Tá ocupada?” Sim, to ocupada tentando te evitar. Eu não sei o que falar nem fazer. Mas não queria não responder: “Oi baby, to assistindo série” “Desculpa, não vou te atrapalhar. Só pensei que podíamos conversar melhor.” Ignorado.  Os dias passaram, e uma tarde eu estava voltando do estúdio e por um acaso ele estava bem no portão de entrada. Eu já fui caçando a chave pra não dar conversa e entrar rápido. Em vão. Ele ficou bem na porta, e na hora que eu fui entrar ele disse “E aí? Amanhã vamos estudar juntos no curso?”, eu bem seca respondi “Podemos ir juntos, mas estudar juntos não vamos! Eu estou no b1, salas diferentes!”, ele sem graça fez cara que não entendeu eu disse “é que eu já sei um pouco, então to em uma sala avançada” (e pra ajudar minha chave tava fazendo o favor de emperrar e não abrir o portão!), ele então disse “Ah eu vou começar do zero, pq eu não sei nada nada!”, enfim o portão abriu e eu entrei. Não sabia o que falar, eu tava morta de vergonha, e sendo muito arrogante pra tentar manter ele longe. No dia seguinte, a minha colega falou “vamos passar lá na Zélia pro menino ir com a gente!”, meu pensamento foi “Ótimo, quero só ver como vou manter ele longe”, o que na real nem precisou, pois ele não tinha acordado pra ir com a gente pro curso. Confesso que fiquei aliviada em saber que ele se enrolou. Eu realmente não sabia o que tava acontecendo comigo quando ele chegava perto, eu não sabia controlar minhas emoções, e não conseguia entender o que eu tava sentindo e isso me deixava irritada. Ok. Um pouco mais tarde recebo uma mensagem: “Oi desculpa, ontem tomei um remédio pra dormir e não sabia que era tão forte. Não tinha como ir, acordei agora.” -Ok, mais uma mensagem. Não vou responder- No dia seguinte: “Olá Karem, quais são os dias do curso?”  Juro que to quase desistindo do curso. “Oii, é quarta e sexta!”  “Ah sim, quarta que vem vou com vocês então. To passando um pouco mal por esses dias. Mas obrigado!” “Ah, belê! Melhoras aí pra você!” “Valeu!” O que será que ele tem? Ai, espero que ele esteja bem, e que melhore rápido. Aii, pq eu to pensando isso?  Ficamos mais alguns dias sem nos falar. 3, pra ser exata. Acho que ele desistiu de falar comigo. Não nos encontramos novamente. Menos mal. No domingo, eu acordei tarde e a minha colega disse “Vamos em um churrasco comigo?”,  “Mas eu nem conheço ninguém!” “Ah, mas vamos comigo!!” “Ok, vamos!!!” Mas por um minuto passou pela minha cabeça: “Mas quem vai?”  ”Ah, não sei se arruma aí!” Por algum motivo senti que o menino estaria, meu coração já disparou. Mas caramba!! Que saco! O que tava acontecendo comigo?? Não deu outra. Botei o pé pra fora e o menino tava. Pronto. Coração tava saindo pela boca. Mas ainda tinha que fazer a plena. Não podia perder o foco. E pra ir, sentamos no banco de trás do carro Katrine, eu e ele. Ótimo. Como ficar longe? Sem como. Mas me joguei mais pro lado dela, pra tentar manter a distância. Ok. Chegamos no lugar, que lindo que era!! Um rio, com umas árvores ainda secas do inverno, sério um cenário maravilhoso. Tipo filme. Os meninos montando a churrasqueira, abrindo a mesa portátil. Sério, mó legal mesmo. E a tarde foi bem legal, consegui evitar o menino a maior parte do tempo. Dancei um monte com um outro menino que estava lá. Mas tudo começou a ficar chato, pq o menino que eu tava dançando começou a passar dos limites e ficou realmente insuportável. Não bastando isso, ouvi uma conversa do Anderson com esse menino onde o Anderson disse “Ah cara, fica sussi. Não dá pra mim mas dá pra você. Certeza que ela fica com você”, nossa me subiu uma raiva quando eu ouvi isso, tipo objeto? Não rola pra mim mas rola pra vc! Nisso, eu já estava meio alterada e já não quis mais ficar perto de nenhum dos dois. Já nem tava falando muito com o Anderson, e o outro chegou a hora de eu começar a ser cavala pra ele parar de chegar. Mas parecia que quanto mais eu tentava ficar longe mais esse sem noção me agarrava. Comecei a ter ranço federal. E não via a hora de ir embora. Quando finalmente chegou a hora de ir embora o mala sentou do meu lado atrás. E ficava me agarrando, e eu tentando fugir. Sério. Péssimo. Se arrependimento matasse eu tava morta feat.enterrada. Pq eu tava ali? Por sorte paramos na entrada do lugar pra tirar foto da cachoeira. Só de olhar a cachoeira me veio uma pontinha de felicidade pq lembrei dos meus amigos e do passeio crazy da cachoeira em curitiba. Muito bom. Tiramos algumas fotos, o mala do piá fazendo graçinha, querendo mais cerveja, tipo mala mesmo. E então nos armamos pra ir embora e por milagre divino o Anderson resolveu de ir atrás. GRAÇAS A DEUS. Aquele mala não estaria mais me agarrando. Nessa volta eu tava mau humorada, meio tonta, e ainda por cima comecei a ficar enjoada por causa do balanço do carro. O que na ida eu tava afastada do Anderson, na volta voltei encostada nele. Galera falando de continuar indo no bar quando chegasse em casa, e eu só queria uma coisa. Paz. E eu tava, na paz. Encostada no Anderson. Aquele perfume maravilhoso dele, o corpo bem quente, a respiração constante. Cochilei. Acordei quando estávamos quase chegando em casa. E a galera frenética querendo ir pra outro bar, ir pra frente. Disse que não queria. Não queria só minha casa. O Anderson me olhou dentro dos meus olhos e falou “Você não quer ir pq está enjoada ainda?” - MILHÕES DE PENSAMENTOS. Não pelo enjoo, já tava melhor pq eu tinha pego um ar. Mas aquele piá bêbado e sem limites estava me incomodando. A presença dele me incomodava. E por outro lado, eu queria ficar mais com o Anderson, mas ao mesmo tempo não queria. Não queria pq eu já estava evitando há um tempo, e queria pq eu já estava evitando pq eu queria estar com ele. Mas fui pra casa. Ele disse que qualquer coisa era só chamar. Meu coração não aguenta. Fui pra casa, e em casa deitei e já fiquei bem bem. Minha vontade era de voltar correndo e beijar ele. Eu ainda recebi mensagem dele, perguntando se ele podia vir aqui conversar. Eu disse que já estava deitada. Depois disso, as conversas começaram a ser um pouco mais frequentes, ele sempre me chamando pra ir correr e eu sempre fugindo, achando desculpas, e ele falava do curso e como tava com o coronavirus não tinha como ir pq tudo tava começando a parar. Ele chegou a me chamar pra um café, eu tinha topado porém não falei mais nada no dia seguinte. Porém Katrine teve a ideia de comprar umas cervejas pra gente tomar, e chamou ele. Eu saí pra comprar cerveja e ele foi junto, fomos conversando o caminho todo, eu já estava menos nervosa perto dele porém o friozinho na barriga ainda tava ali. Foi bem delícia a noite. Ficamos na cozinha da minha casa dando risada, conversando e tomando cerveja. No final, eu e ele fomos levar as garrafas de vidro no lixo, e na volta nos beijamos. Cara. Dá até um frio na barriga de lembrar. Melhor beijo, melhor sentimento, eu tava de fato na lua. No dia seguinte trocamos uma meia duzia de palavras, ele disse que noite passada tinha sido a melhor noite dele em Milão. Ler aquilo me deixou nas alturas, e ainda me perguntava o que tava acontecendo comigo. Porém, ainda estava fielmente tentando evitar o que obviamente já era inevitável. Recebi uma mensagem da dona da casa dizendo que é proibido ficar beijando no corredor comum do condomínio. Cara, que vergonha. Eu nunca tive esse tipo de constrangimento nem quando eu tava morando com meus pais!! E isso que eles são beeeeeeeeeeem conservadores. Eu tava me sentindo muito mal por isso. Falei com ele, e ele disse que também recebeu a mesma mensagem mas que não se importava e que esperava que não mudasse nada entre nós.  -Pera, mudasse nada entre nós? A gente tinha alguma coisa? Não tinha sido só um beijo?? To perdida.- Virou a maior falação no prédio sobre nós. E aquilo me deixou me sentindo muito, mas muito mal. Óbvio que é normal, mas aquilo me deixava sentir que não era normal vc beijar alguém que tava afim.  Nossas conversas acabaram sendo mais frequentes, mas eu ainda evitava ficar muito próximo. Saímos ver um edredom pra mim, e depois fomos pro bar tomar umas cervejas. Eu adorava estar com ele, ele me fazia um tanto bem. Eu dava risada. E aqueles beijos? Pqp. Que beijos.
Chegamos a ir num barzinho, eu Katrine e ele. Então ele deu uma rosa, pra mim e pra Katrine. Obviamente que, pra ele pode não ter sido nada de mais, mas aquilo mexeu comigo, mesmo que tenha sido pra nós duas. 
E então já comecei a me afastar de novo. E achei que tava conseguindo, só respondia o bom dia e trocava umas três palavras e pronto. Nada de prolongar o assunto. Até que chegou uma hora que ele parou de mandar mensagem. E tava tudo bem. Achei que assim seria melhor. A semana passou. Ele ficou sem mandar mensagem por 4 dias. No sábado a noite, ele mandou um “Tá viva?” quase morri do coração, real oficial! Tinha A CA BA DO de falar pra Katrine, “Nossa, me deu uma saudade do Anderson!”. E então fomos pra casa dele beber. E então tudo aconteceu. Daquela noite em diante eu desisti de resistir. Começamos a passar mais tempos juntos, a quarentena chegou e ficamos quase todo tempo juntos.
Ele é uma pessoa incrível, aquele tipo de pessoa que se tem vontade de colocar em um potinho e não deixar que ninguém pegue, machuque ou faça qualquer coisa. Ele é perfeito! E não perfeito pq não tem defeitos! É perfeito pq os defeitos são complementos das qualidades! E é isto. Ele me faz um bem do caramba!
E cnós omemos pizza, jogamos, damos risada, assistimos filmes, 2 and a half man. Ele faz chá pra mim sem eu pedir, me manda mensagem todo dia de bom dia, e geralmente de boa noite também, pq ele dorme antes que eu. Em uma crise de ansiedade minha ele tava do meu lado, e assistimos chaves juntos. Gostei de cozinhar pra ele e até pegar pra estudar o italiano com ele. Esses dias atrás ele colocou um lacre da garrafa de água no meu dedo, e eu tenho guardado. Assim como as pétalas da rosa que ele me deu. Cada pipoca estourada, ida no tabbacaio. E assim tem sido minha quarentena, cheia de detalhes, cheia de coisas boas e lembranças. Óbvio, que sempre tem gente botando defeito nisso tudo. Tem gente dizendo que ele tem dito coisas sobre tudo isso, coisas que são bem negativas. Mas, tudo bem. Boa parte do que eu recebo tento filtrar e entender as entre linhas e então acho algum significado. O segredo é aproveitar cada dia como se fosse o último, não é mesmo? Ainda mais com essa pandemia louca, que um dia tu tá vivo e no outro pode ser que não. Então, cada um desses momentos tem sido únicos. E verdadeiros. E digo que minha quarentena tem valido a pena por ter ele todos os dias. 
Se vai durar depois desse período? Não sei. Mas pelo menos vivemos. 
E depois de tanto tempo, eu realmente estou me permitindo.
Seja o que Deus quiser.
Ps: O sotaque, o cheiro, o sorriso e o abraço dele são as melhores coisas de uma Itália 2020.
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sleeploverss · 5 years ago
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Elastic Hearts (Easiest to pull) - Part II
Trigger Warning: Menções de abuso físico, Homofobia
》 Parecia uma bomba relógio. Uma bomba que um daltônico tentava desatar o fio vermelho. É claro que recuaria e não imaginava o contrário, mas manter a calma e incisão quando minha amiga ainda estava contraditória era uma tarefa difícil. O toque dos lábios rachados tocando foram suaves, gentis e angustiantes. Uma analogia melancólica, lá no fundo.
— Isso não é opcional, Bev. Você vem comigo. - Não, nunca permitiria, não sob sua observação que voltasse pra sua casa. Não era uma questão de permissão, mas pareceu. Por favor, bom Deus, que ela não me odeie, mas Bev não vai mais pisar naquele apartamento sujo com ele dentro. — A melhor coisa que podemos fazer é limpar esses machucados hoje, e amenizar a dor. Vamos fazer isso juntos,tá? Um dia de cada vez, em passos de bebê, se quiser, mas eu preciso que você me deixe te ajudar.
》 Não queria discutir, nem tinha cabeça para isso, decidiu apenas ceder para o garoto das palavras tão acolhedoras.
— Está bem, eu deixo você me ajudar, Eddie. Eu deixo.
Ela confiava nele, realmente confiava, mesmo sendo alvo de abuso da pessoa que mais deveria a proteger, sua confiança nos losers continuava intacta. Bom, pelo menos com eles, sim. Só Deus sabia como seria dali para frente em relação à confiança. Uma certeza que Beverly tinha era de que demoraria um grande tempo para ela conseguisse lidar com as pessoas sem medo de todas a maltratarem e a abusarem. Por favor, tenha piedade.
– É bom que esteja malhando, Eddie, eu não tenho condições de andar sozinha, então terei que me apoiar em você. Já vou avisando, eu não sou muito magrinha. - Diz, com o sorriso triste estampado. Ela queria, realmente queria liberar algum tipo de humor. Dissera isso mais para provar pra si mesma que ela não estava morta por completa, tinha forças ainda para aguentar. Provavelmente não teria graça, mas era apenas seu mecanismo de defesa. A ruiva tentou manter o sorriso, mesmo sentindo mais algumas lágrimas correndo por suas bochechas, como se estivessem apostando uma corrida para ver quem chega mais rápido em seu ombro.
》 — Tá brincando, Marshall? Eu posso te levar nas costas. - Ofereceu a mão para guiá-la a escadinha e subiu em seguida, esperando dar apoio uma vez que estavam na parte de cima. — Sobe. Minha casa fica longe e não tô com a minha bike.
Eddie deu duas batidinhas nos próprios ombros. Ainda tinha um humor no fundo, como o seu, para não deixá-la sozinha. Não tinha conversa pelo caminho e não era necessário, também temia tirar sua lamentação; Queria poder calar os pensamentos – os dela e os seus – com qualquer coisa. Uma piada, droga, um conselho. Não tinha.
"Você não a deixaria, não é?"
"Mesmo ela fazendo tudo isso"
— Eu preciso te colocar no chão, ma cherie. - Avisou, assim que chegaram na porta dos fundos. Ele atravessou o braço por um dos vidros estourados cobertos com papelão rasgado e fita adesiva e virou com um olhar cúmplice de "Não conta pra ninguém"; girar a maçaneta nunca trancada foi tiro e queda, e rezei em silêncio para minha mãe não estar no caminho. Pelo som da televisão, poderia ter apagado na sala de estar, e Eddie focou em levar um braço da ruiva ao redor dos ombros em direção ao quarto, acompanhando seu ritmo.
— Viu só? Não foi tão difícil. - Atreveu soltar o ar em diversão. — Se eu passar cinco minutos no banheiro arrumando seu banho e preparando as coisas pra limpar você, promete ficar longe do meu Xscape? Eu literalmente acabei de comprar.
》 Beverly custou a subir as escadas do clube. Sentia que suas pernas iam cair, e logo veio um baque grotesco em sua cabeça quando saiu completamente do lugar. Não sabia quanto a conversa durou, tinha a impressão de que ficara lá em baixo o dia inteiro. Não quis omitir a fraqueza física, seu rosto exalava incômodo e angústia. Ela ficou com receio de subir nas costas do garoto, mesmo sabendo que ele a aguentaria com facilidade. Sorri uma última vez, apoiando os braços nos ombros dele e entrelaçando as pernas em sua cintura.
A garota apoiou o queixo no ombro dele, apertando os braços e deixando a brisa forte daquele dia bater contra o rosto. As lágrimas em baixo de seus olhos se tornavam mais geladas com o vento, e a garota passou a fechá-los até chegar na casa do garoto.
Ela abriu os olhos apenas quando finalmente chegaram. Franziu as sobrancelhas com o vidro estilhaçado, pensando em como estaria a situação de Eddie. Ele estava literalmente preso na casa, conseguiu confirmar isso com a trancas e cadeados que vira nas janelas da casa. Não queria imaginar o que acontecia quando ele fugia, só sabia que ela sentiu uma certa preocupação pesar em seu corpo.
— Eu não prometo nada. Sabe, esse é um dos meus álbuns favoritos dele, irei me esforçar o máximo para não levar pra minha casa. - Ela piscou, continuando em pé na porta de seu quarto, tentando fazendo o mínimo barulho possível para não acordar Sônia.  — Não se preocupe, vá tranquilo, manterei distância. Afirmou, demonstrando um sorriso e logo vendo o garoto se afastar.
Beverly deu mais um suspiro naquela tarde, levando a mão até a testa e massageando suas têmporas por alguns instantes. Começou a observar atentamente o quarto de Eddie. Passou os olhos por cada coisa, sorrindo ao se lembrar de vários objetos lá. Cada coisa que tinha lá mostrava claramente a personalidade do garoto, chegava a ser engraçado. Fitou os funkos que estavam apoiados na prateleira perfeitamente colocada na parede, logo sorrindo quando seus olhos, dessa vez, pousaram na prateleira de discos que ele tinha. Ela se aproximou do grande móvel, passando a ponta dos dedos delicadamente por eles, puxando dois deles – Abbey Road e Magical Mystery Tour – se lembrando perfeitamente de como os dois conseguiram ambos os discos. Era uma história bem engraçada, na verdade.
Eles souberam que teria algum concurso para ganharem quatro discos dos Beatles, e era em dupla. Na hora os dois pegaram suas bicicletas e pedalaram até o tal lugar, e, chegando lá, descobriram que seria uma competição e perguntas e respostas para ver quem conhecia melhor a banda. Pfff, fácil, eles com certeza ganhariam aquilo.
E realmente, os dois foram os finalistas. Estavam na frente de dois garotos, liderando por alguns pontos, mesmo se os dois acertassem as últimas perguntas, Eddie e Beverly venceriam e levariam os discos. Porém, em uma delas a pergunta era quem fora a esposa mais famosa de John Lennon. Sem exitar, os dois responderam na hora era foi o Paul McCartney. Sabiam que aquela não era a reposta, mas como eles estavam bem na frente, ganhariam da mesma maneira. Na hora que eles disseram aquilo, porém, as expressões de todos que estavam lá eram de puro desgosto e, de certa forma, pavor.
Nervoso, o garoto que fazia as perguntas tomou os discos e deu para os outros dois garotos, alegando que aquilo era nojento e inadmissível. Os dois amigos gritaram que aquilo era extremamente injusto, mas apenas os ignoraram e mandaram eles calarem a boca. Beverly e Eddie olharam um para o outro e, como se compartilhassem o mesmo neurônio, abriram um sorriso. Enquanto a ruiva inventava algo de improviso para ganhar tempo, o menor se agachou atrás do menino mais velho, fazendo assim, a garota empurrá-lo e o mesmo cair em cima de Eddie. Ele pegou dois discos da mão dele, e os dois tornaram a correr como se suas vidas dependessem daquilo. Tiveram uma crise de riso quando se deram conta do que tinham acabado de fazer. Eddie e falou para cada um ficar com um, mas seu pai a mataria se soubesse o que havia acontecido, então ela disse para ele ficar. A garota ficou rindo sozinha, por um momento, se esquecendo de sua situação.
》Uma coleção intacta e recém-abandonada de rótulos e embalagens preenchiam as prateleiras superiores do armário do banheiro. A primeira era reservada para analgésicos e sedativos, uma quantidade deles, junto com uma ou duas cartelas de antibiótico. Deslizou os dedos pela madeira até encontrar a caixa de Nimesulida e separar um comprimido. A segunda era de prontos socorros, que aprendeu a manter à mão depois do verão de 2015 – e um espasmo subiu da coluna até o pescoço com o pensamento –. Ataduras suaves, gazes, bolas de algodão guardadas em um pote de acrilico do lado de dois rolinhos de esparadrapos. Alcançou junto o vidro de Álcool Iodado. Tinha três caixinhas de band-aids dispostas. Eddie separou três compressas de gazes e deixou sobre a bancada da pra coberta com uma toalha descartável. Sabia fazer o procedimento de olhos fechados, de trás para frente. Isso não significa que gostava de saber. Ou que se tornava mais fácil.*
Quando a banheira encheu, despertou da espécie de transe enquanto estudava o rótulo guardado no fundo do armário quase escondido dos outros. A mão tinha tremido ao alcança-lo.
Kaspbrak, Edward
(pla-ce-bo)
— Merda. Merdinha. - Murmurei, atirando para o fundo de uma das gavetas para girar a torneira. Tinha espuma e água morna, com a luz tímida dos raios de sol no inverno entrando pela janela. Dobrada sobre o outro canto do armário, peças de roupa uma muda de roupas limpas e secas, contando com uma camiseta gigante e um short jeans – seu short, para começo de conversa.*
O garoto tirou a cabeça para fora do banheiro, encontrando uma Beverly entretida com os discos. Nossos discos. Sorriu imensamente, involuntariamente olhando para o chão, lembrando do fatídico dia que tinham conseguido o álbum. Precisou de dirigir até ela, segurando uma das suas mãos para cima e a girando.
— Little darling, it's been a long cold lonely winter.
Eu poderia me apaixonar por ela saiu no fundo da mente, e não entendia da onde viera. Beverly era linda, em todos os seus sentidos, uma mulher linda. Ela não podia saber da força que tinha, essa era a única explicação. Se soubesse, se ela soubesse, seria imbatível. Mais do que já é, hoje. Se soubesse, os otários talvez não seriam os únicos a conhecer seu poder. E isso despertou uma ponta de ciúme.
— Sabe o que eu acho? Eu acho que deveria arrumar o seu cabelo, hoje.
Provocou, tentando ao máximo afastá-la do acontecimento anterior. Sua vida era mais do que aquele capítulo. Valeria qualquer esforço. Acenou brevemente pro banheiro, em sinal para seguir. — Eu tenho uma coisa pra você, mas vai ter que me prometer que não vai contar para os outros.
》 A garota virou o rosto quando ouviu Eddie cantando, sorrindo, verdadeiramente, enquanto girava com ele. Aquilo tudo lhe trazia uma sensação boa, um sensação muito boa. Beverly, enfim, se pegou pensando que aquele seria o melhor lugar em que ela poderia estar. Ver Eddie em sua frente, cantando para a mesma, fizera ela confirmar tudo aquilo.
— Está dizendo que eu ando desarrumada, Eddie? - Se pegou questionando como ela mesma conseguia manter algum senso de humor mesmo com toda aquela angústia a correndo por dentro. E por fora também.
Ela coloca os discos de volta, entendendo que ele também se lembrara aquele dia. A garota caminha até o banheiro, encostando na banheira e levou os braços pra trás do corpo, entendendo que a mesma teria que mostrar os machucados.
Uma espécie de sentimento ruim subiu pelo seu corpo. Seria constrangimento, talvez? Expor seus hematomas e cicatrizes que ela tanto tentara esconder desde sempre? Não era algo no qual ela queria fazer, mesmo que soubesse que aquele era o Eddie, e não qualquer estranho. Estava longe de ser um estranho, muito longe. Talvez fosse coisa da sua cabeça, mas teve a leve impressão de que suas bochechas se ruborizaram com aquilo.
— Tem uma coisa para mim? - Franziu as sobrancelhas, tentando não aparentar o nervosismo. —  Eu prometo não contar. - O fitou, atentamente, sendo tomada pela curiosidade.
》 — É isso mesmo que eu quis dizer. Sua franja está tampando seus olhos.- Retrucou, mexendo com seus fios. Acompanhá-la até o cômodo fez com que uma linha de adrenalina cruzasse o estômago até a garganta. Se não havia caído a ficha antes, havia criado uma concussão e conseguia sentir a dor de cabeça crescer. Porra, não sabia como agir ou até onde agir.
— Eu vou te dar depois, se você sobreviver ao iodo. Ele dói um pouquinho, tá?
E tentou ao máximo não tremular a voz com o choque de realidade.
— Beverly, você tem que tirar a blusa?
Perguntou receoso, deixando a abertura caso recusasse ou mandasse sair. Entenderia, claro, mas preocupava a quantidade de hematomas ainda visíveis e daqueles que não estavam.
— Eu posso me virar, se quiser.
》 Naquele momento tivera certeza que, sim, seu rosto estava interno ruborizado. Sim, ela teria que tirar a blusa. Sim, ela teria que tirar sua calça também. Sim, haviam muitos hematomas. Não respondera com palavras, apenas dera um breve aceno com a cabeça, não conseguindo sustentar o olhar e tornando a fitar os próprios pés.
— Não precisa, Eddie, eu não tenho vergonha de você. - Realmente, não tinha. A vergonha era dela mesma.
Suas mãos, trêmulas como nunca, foram até a barra de sua camiseta de manhas e gola comprida. A peça de roupa subiu por sua cabeça, mostrando, enfim, novos hematomas que nunca foram vistos por ninguém que não fosse seu pai. Haviam pequenas marcas de unha pela sua barriga. Não eram muito profundos, se cicatrizariam rápido. Em seu tórax, uma marca roxa era visível, não muito grande, mas estava lá. Seu pescoço também não tinha nada muito grave, apenas marcas de dedos que sumiriam em poucas horas. Em seus braços estavam as mais "graves". Uma mancha esverdeada tomava conta da parte de cima do braço esquerdo de Beverly, enquanto no outro haviam marcas de mãos em seu pulso. Não olhou para Eddie, não tinha coragem.
Lentamente, encolhendo o corpo num estúpido ato quando achava que estava se expondo de mais, a garota retirou sua calça, novamente mostrando outros machucados. Sua cena estava rodeada se hematomas roxos, sendo extremamente sensíveis quando algo os tocavam. Ambas as pernas estavam assim. Não eram hematomas novos, estava acostumada com aqueles, sempre eram iguais. Enfim, a garota estava apenas com suas peças íntimas.
(Você está tão crescida, seu corpo está mudando muito, Bevvie)
As palavras voltaram a atormentá-la.
(Só eu que vejo isso, não é, Bevvie? Você não fica despida para mais ninguém, certo?)
Fazendo uma pequena contagem mentalmente, subiu seu olhar para Eddie. Era um olhar despertador, angustiante, um pedido de socorro.
— Pronto. - Atreveu dizer, crispando os lábios e prendendo o ar involuntariamente, sentindo a garganta se fechar.
》 A forma com que seu cérebro era incapaz de processar todas as informações era insigne. Tinha assentido com a cabeça, mas não manteve o olhar direto enquanto Bev se despia.
Soltou o ar pelos lábios, suprimindo todas as possíveis reações. A realidade muda, a realidade que todo o grupo conhecia parecia me assombrar. Todas as lembranças de que era real – e o mundo real não pode ser vencido acreditando que ele não existe. Existia e parecia rir da sua cara em uma exposição.
Se não se atravesse a segurar, o que aconteceria? Choraria em desespero e a faria se arrepender de ter confiado? Ou entraria em uma crise que o faria perder o foco, derrubando as coisas ao meu redor e gritando demais? Não podia descobrir.
Precisava descobrir como ser o elo forte daquela relação, e visualizou cada marca ao seu corpo com uma ansiedade descomunal. Marcas de unhas, cicatrizes recentes e hematomas cobriam seu corpo pálido. Sentiu uma parte da vitalidade se dissipar. Deus o ajude, como não preferia ter visto as marcas do pulso.
— Eu vou começar, tá? Me diz se quiser que eu pare. - Pediu, mantendo um contato visual confortável e dirigiu à bancada. Duas bolas de algodão foram embebidas em iodo para limpar as feridas abertas. Ardia como o inferno e o garoto foi cauteloso enquanto tocava a pele, manchando de cor de cobre. Caminhava em uma corda bamba percorrendo os mesmos caminhos do corpo que fora tão violentado pouco antes. Por favor, por favor que não esteja a assustando, implorei em silêncio, com dois dedos lambuzados de pomada anti-inflamatória com toques suaves nos hematomas dos braços. A parte mais difícil era a seguir, no tórax, e no pescoço, e com um timbre rasgado, pediu para que sentasse na privada, com a tampa fechada, antes de alcançar as suas pernas. Ele concebeu um padrão de levar a mão devagar o suficiente para certificar que ela pudesse recuar ou impedir se fosse demais. Apoiou uma das suas pernas no joelho, depois a outra.
A mente percorreu à lugares obscuros. "E ses" atormentavam a paz. _E se não tivesse a encontrado? E se ela não tivesse saído de casa? E se não tivesse pedido ajuda? Balançou a cabeça. "E ses" não iriam ajudar.
Entregou em sua mão dois comprimidos de relaxante muscular, para cessar a dor junto a uma garrafa d'água. Conhecia aquele bem o suficiente para saber que iria fazê-la dormir depois de algumas horas.
— Deveríamos fazer aqueles testes bobos depois. Eu tenho um monte de revistinha no fundo do armário — e não ouse fazer piada sobre o armário.
De novo, se amaldiçoou. Não era racional e manter o silêncio, quebrar o gelo com uma piada ou dar um conselho decente. Estendeu a mão novamente, para ajudá-la a entrar na banheira. — Tinha um patinho de borracha, em algum lugar, quando eu era mais novo. Vou ficar devendo essa.
》 A garota manteu o olhar firme sobre Eddie, evitando olhar para o espelho. Não queria olhar seu próprio reflexo, não quero olhar para seu corpo da perspectivas de outras pessoas, não queria ver os machucados que ela deixara que fizesse com ela.
Beverly afastou o braço bruscamente quando Eddie segurou o pulso para passar o remédio. Fora um ato de puro reflexo, não pensara antes de fazer, recuou rapidamente. Era estranho sentir alguém tocando tal área de seu corpo que vivia de machucados sem a intenção de realmente a machucá-la.
— Desculpe... vá em frente. - Porra, Beverly, precisava fazer esse show? É o Eddie, você confia nele, ele não irá te machucar. Ele já está cuidado de você, não seja uma estúpida mal agradecida. Ia continuar se culpando de estar agindo como uma criança indefesa – talvez, no momento, realmente fosse uma – quando sentiu a ardência dos machucados abertos por conta do remédio.
Isso fez a garota dar um pequeno grunhido de dor, trincando os dentes e fechando forte os olhos.
— Porra... isso arde, Eddie. - Resmungou, cerrando forte os punhos e fazendo uma careta de incômodo. — Arde pra caralho.
Tornou a dizer, mas logo se calando, deixando Eddie terminar de limpar os machucados.
A garota estava tensa. Não podia evitar, estava realmente muito tensa. Era muito contato e, bem, ela estava com poucas roupas, isso era.... errado.
(Eles não te tocam, não é, Bevvie?)
Beverly, pela última vez, você confia no Eddie, só não enxerga isso pois está cega pelas mentiras de seu pai. Ele está tentando te ajudar, francamente!
(Você sabe que só eu posso te tocar, querida)
Pare com isso. Disse para si mesma e se concentrou na sensação do remédio limpando os cortes. Era um incômodo muito grande, o que também o trazia algumas certezas. Quer dizer, como já pensara antes, nunca alguém tocou aqueles hematomas na intenção de ajudá-la. Nunca. Pode apreciar, por um momento, o quanto era algo... bom? Se sentir acolhida, ter alguém para cuidar dela era gratificante, era tão... verdadeiro.
— Eu não ia fazer, não se preocupe. - Realmente, não ia, não tinha muito raciocínio para pensar numa piada naquele momento. Porém, ela dissera aquilo com um pequeno sorriso.  — Eu gosto de coisas bobas, acho que será divertido.
Tomou o remédio que ele lhe dera, fazendo uma careta quando o sentiu dissolvendo em sua boca.
》Deixou que Bev mergulhasse na água e encostou a porta para fora, encarando os próprios dedos. Foi uma longa arfada de ar antes de correr para a primeira gaveta e alcançar a bombinha, apertando o botão e inalando. Duas, três vezes.
Eddie esperou que saísse do banheiro, vestida e limpa. Ofereceu o mínimo dos sorrisos à ruiva, jogando a bombinha de volta na gaveta quando a porta se abriu.
Acabou. Acabou. Ela está segura, agora. Ela vai ficar bem.
Vai?
Ela está longe do pai doentio, ela vai ficar bem.
Vai?
— Posso-
Não, não pode.
— Posso fazer uma pergunta?
Não. Não faça perguntas que não quer ouvir as respostas.
— Deixa pra lá
》 No momento em que Eddie saiu, Beverly deu um suspiro. Mergulhou mais o corpo e deu um longo suspiro, jogando um pouco de água em seu rosto. Permaneceu na mesma posição, serena, pensativa, olhando para o teto. Tendo um momento sozinha, ela tornou a chorar, era um choro de alívio, soltando coisas que a ruiva nunca imaginou sentir.
Pela primeira vez não tremera por uma pessoa simplesmente tocar em seu corpo. Não desejara arrancar sua própria pele por puro nojo de dedos – que não fossem dela – a tocasse. Era libertador, não ia mentir.
Não soube quando tempo ficou lá, mas puxou a toalha e se enrolou, sem se olhar no espelho, saindo do quarto com cautela para não escorregar.
— É claro que pode fazer, Eddie. - Franzira as sobrancelhas com tamanha curiosidade, inclinando a cabeça para o lado. — Vamos, você já começou, agora termine, quero saber o que é.
》Eddie, O que você está procurando?
(Eu não sei. Porra, para com isso)
Mas no fundo sabia, como um embrulho de Natal guardado no sótão esperando ser aberto por uma criança travessa, que não deveria estar ali para começo de conversa.
Havia começado quando foi arrastado para fora do quarto do hospital implorando para não ser deixado.
(Não me deixa com ela.)
Mas deixou, porque a morte não escolhia suas vítimas nos dados. E era idiota, muito idiota, a forma que esperava que Frank fosse diferente dos outros pais que já conheceu.
Não podia ser pior, ou era o que precisava acreditar.
O que você está procurando?
Lembra de como sua mamãezinha lhe sedava por dias para não sair?
Lembra de como ela te fez engolir seis pílulas diárias até seus treze anos?
Lembra de como ela fez você achar que era um fraco? Lembra disso?
Lembrava. Lembrava todos os dias. E doía lembrar como era consciente, como supostamente deveria odiá-la, mesmo que não houvesse forças. Eles não entenderiam.
Porque ainda queria sua aprovação. Porque ainda queria seu reconhecimento.
Porque ainda queria ser um bom filho. E bons filhos obedecem seus pais, não obedecem?
"Ele se deitou com um garoto, Doutor." Foi a primeira vez que não havia um escarcéu. O tom de voz era muito mais baixo do que já tinha ouvido. Constrangida, enojada, e podia jurar que os olhos vermelhos. Teria sido melhor se gritasse, porra, preferia que tivesse gritado. "Com aquele garoto imundo. Meu garotinho tem dezesseis anos e vai definhar como um aidético."
Aquele dia, a enfermeira a esperou sair.
"Sua mãe te bate, Edward?"
"Não!"
"Ela já te machucou?"
"Não!"
"Tem certeza?”
Ela não o batia, claro que não.
Ela só jogava peças de louças na cozinha quando chegava tarde em casa.
Ela não me batia.
Ela só apertava seu pulso até o meu quarto e me deixava pensar no que tinha feito.
Ela não batia. Ela só exagerava quando não obedecia suas ordens.
"Sim."
Mas o primeiro tapa veio, aos dezessete, no rosto. A humilhação havia ardido mais. Mas ela pediu desculpas, e ele havia passado dos limites. E não havia o porquê compartilhar. Eles não entenderiam. Nunca entenderam.
"Promete que vai ser um bom menino?"
"Prometo, mamãe."
Não cumpriu. Outro tapa veio, queimando a maçã do rosto em resposta a quando lhe respondia mal, quando pulava a janela, quando saía com as más influências.
Bill havia levantado uma sobrancelha no último encontro.
"Você enfrentou ela, não é? As coisas mudaram.
(Não)
"Sim"
Então houve a última discussão. Houve a última vez que voltara para casa.
“Ela só tá nervosa.”
"O que ela fez, agora?." 
(Nós vamos para Nova Iorque e esquecer essa bagunça…)
"Por que você não volta?"
(…Ou você vai pra terapia e terei uma conversa com os pais dos seus amigos.)
"Não tem essa de não ter escolha."
(O que os pais deles diriam, hein? Eles se importam o bastante com seus filhos para saberem das imundices que fazem juntos? E com aquela menina? E aquele judeu?)
"Eu vou resolver, sim"
(É isso que você quer?)
Não. Não é.
(Nós vamos, mamãe. Nós vamos ficar juntos, do jeito que a senhora queria.)
“O que você está procurando?”
*Ele queria fugir.*
— Como você conseguiu? Como você conseguiu correr?
》Foi pega de surpresa pela pergunta. Saberia responder qualquer uma, menos aquela. Abriu a boca para tentar dar uma reposta imediata, mas não sabia realmente o que falar. Assentiu com a cabeça, dando um sorriso pequeno e pegando o roupão de Eddie para se enrolar. Beverly segurou as mãos do garoto, o puxando para se sentar com ela na cama. O fitou, não mudando o olhar.
Com aquela pergunta, com aquela simples pergunta, Beverly conseguiu ver um pedido. Ele não perguntara aquilo apenas para puxar assunto ou algo do tipo, seus olhos diziam isso. As castanhas íris do garoto entregavam dor. Entregavam sofrimento, aclamavam por ajuda. Céus, como ela iria ajudá-lo se nem ao menos sabia o que fazer com a sua própria vida?
— Como eu consegui correr. - Repetiu as palavras para si mesma, tentando expressar o batalhão de coisas que sentia em palavras. A questão era: Ela não via aquilo como se tivesse conseguido. Ela não enxergava aquilo como uma coisa boa, uma conquista, um ato de coragem e exemplo. Beverly realmente via tudo aquilo como covardia, não havia aguentado o trampo, então fugiu de medo, era uma covarde. — Eu só... não queria morrer. - Nem de maneira física e nem de psicológica. — E-Eu não sei, eu só... pensei que eu merecia viver. -Dissera com cautela, receando dizer algo que só piorasse a situação.
— Eddie... - Fechou os olhos, suspirando fundo e finalmente organizando as coisas. — Foram 17 anos disso. 17 anos de pura tortura. Eram todos os dias, todo o santo dia, chegou uma hora que eu não aguentava mais. Eu não suportava olhar meu reflexo no espelho, porque eu simplesmente via as marcas da mão dele por toda parte. Eu andava pelas ruas mais perigosas de Derry quando eu voltava da escola porque elas eram as mais longas e eu demorava mais tempo para chegar em casa. Eu tenho medo até hoje de tocar no meu próprio corpo, Eddie... - Ela se assustou por estar falando aquilo em você alta. Se fosse dias atrás, estaria se culpando por pensar daquela maneira, mas as palavras apenas saíam, e a culpa que sempre sentia agora não era tão grande assim. — Eu arranco meu próprio cabelo porquê eu sei que é o que ele mais gosta em mim. - Era difícil falar aquilo, mas acha necessário, faria de tudo para ajudar Eddie. De tudo mesmo.  — Hoje, quando eu cheguei em casa, eu achei que eu fosse morrer. Quando ele disse que me viu entrando no Fliperama com vocês, eu vi algo aterrorizante nos olhos dele. Nunca senti tanto medo na minha vida quanto hoje. Fora que, os socos e chutes que eu levei não se comparavam à humilhação. Eu me sentia pequena a cada ardência em meu rosto, a cada chute em minhas pernas, a cada aperto em meus pulsos. Eu não tive outra escolha a não ser... fugir. Era isso ou eu morreria, e por pouco isso não aconteceu. Eu não sei o que teria acontecido caso você não tivesse me encontrado hoje. Eu provavelmente teria voltado pra casa e deixado ele terminar o trabalho. - Doía, realmente doía.
— Nos últimos segundos lá, eu percebi que eu merecia viver, Eddie. Nós merecemos viver. Poxa, você não acha que tudo o que eu passo, ou mais importante, tudo o que você passa, tem que um dia acabar? - Realmente tinha? Ela merecia ter sossego? Aquele sossego era necessário? Deus aprovaria aquilo?  — Você mesmo me disse, Eddie, pais não deviam fazer isso, isso não é amor.
(Eu faço isso porquê te amo)
Não é mesmo?
》 As mãos de Beverly entrelaçando as suas sempre foram reconfortantes. Tinha a menor da alteração em seu semblante que quase o tranquilizou.
Então o corpo do garoto enrijesseu quando ouvia sua voz, melódica, em contrapartida com a dureza do que dizia. Sentia o metal na base da língua quando a garota se referia.
Eddie afastou uma das mãos e levou à uma das maçãs do rosto, afastando as lágrimas involuntárias enquanto a ouvia.
Estava certa. Merecia viver, meu bom Deus.  Eddie não conseguia imaginar como seria acordar em uma realidade em que não a encontrasse. Era a mulher invencível de Derry e sequer sabia disso.*
"Nós merecemos."
E ele soube.
— Você não sabe o quanto eu tenho orgulho da sua força, Bev. Você merece viver longe desse inferno. Queria que nunca tivesse passado por isso.
Entrego um sorriso triste. Fechado e genuíno.
— Mas eu não passo por nada.
Levantou da cama até a penteadeira, hesitante em soltá-la. Uma caixinha pequena ainda guardava o que lhe queria entregar: A moeda de um quarto de dólar, que Beverly havia deixado com Eddie para começo de conversa.*
Começou da forma mais óbvia que deveria: uma competição boba, iniciada em uma tarde ensolarada de verão em um momento que sequer eram próximos. "Tá com medo de perder para uma garota?" ela perguntou com um sorriso imenso enquanto segurava um dos pés atrás do corpo antes da corrida. "Tá com medo de perder para um asmático?”
Tinha sido a última modalidade depois de tiro ao alvo, tomba-lata, uma partida de ping-pong escalada. Beverly tinha fôlego e apresentou bem quando mantinha um ritmo decente – Provavelmente, não exímio por conta dos cigarros – pelo menos, até entrar no caminho da gangue do Bowers. Foi uma simples troca de olhares para girarem os calcanhares e desistir da meta de chegada só pra fugir.
Graças ao destino, o beco que pararam foi próximo o suficiente da sorveteria e ele se dispôs a pagar um milk shake. Quando ousou usar uma das moedas conquistadas no jogo, foi impedido.
—  Essa é uma moeda da sorte, você não pode se desfazer dela.- Ela soou chocada e Eddie encarou incrédulo aquele centavo com um navio estampado. Quando a garota pagou, sentaram no meio fio, recuperando o fôlego da fuga, não conteve em comentar.
—  Você devia andar mais com a gente. Não fica com medo do Stan, às vezes eu acho que ele não gosta de ninguém. - deu de ombros.  — Mas o Richie falou que você é legal. E o Bill tá feliz em fazer aquela peça com você.  E viu o rosto de Beverly ficar tão corado quanto o seu cabelo ao citar o último. Foi engraçado, apesar de não tocarem no assunto pelo resto da tarde.
Ele não pode deixar de sentir um desconforto quando disse que precisava ir, mas assentiu; também tinha um toque de recolher mais cedo que os demais.
— Não perde essa moeda, cabeçudo. Você vai precisar dela se quiser me vencer ainda. E sumiu correndo rua abaixo. A primeira vez que veria. Esperava que a tarde passada fora a última.
— Acho que você precisa disso, agora.
》 E, novamente, as palavras de Eddie tocaram profundamente a garota. Ela se sentia grande com ele. Sentia que poderia mover montanhas, sentia que poderia enfrentar qualquer um que fosse, ele lhe passava confiança, coragem e esperança, algo que nunca tivera vindo de seu pai.
Eram tão bonitas que ela pensava que suas próprias palavras não faziam o menor efeito nele, nunca daria conselhos ou diria coisas tão bonitas quanto ele. Era por isso que sempre preferiria agir, ela se garantia mais nas ações do que nas palavras. Quando implicavam com ele, ao invés dela dar conselhos, ela socava as pessoas. Se os losers o o irritasse, ao invés de dar história de moral, puxava as orelhas dele.
Se o garoto ficasse triste, ao invés dela tentar dizer coisas que fizesse sentido, colocava um filme ou suas músicas favoritas no volume máximo. Era a coisa que mais admirava em Eddie, e esperava ter aquilo para sempre.
"Mas eu não passo por nada."
Ela se viu no garoto. Não era como se fizesse muito tempo, até dois dias atrás ela dissera para o garoto que o hematoma amarelo em sua bochecha era por ter batido na maçaneta. Não iria insistir, sabia como podia ser exaustivo e desconfortável, Eddie teria sua hora, um dia entenderia, e, céus, fosse mais fácil do que foi pra ela. A única certeza de Beverly é que ela só pararia quando o ajudasse completamente, e ficaria do seu lado quanto tempo precisasse, não seria tão fácil assim se livrar dela.
A ruiva franziu sorriu quando viu a moeda na mão de Eddie. Novamente fora pega pela nostalgia, levando a mão ao peito quando dava um sorriso singelo e simples. Sorria com os olhos. Franziu as sobrancelhas quando o mesmo a estendeu, fazendo um gesto de negação com a cabeça.
— Nada disso, Eddie. - Abriu a mão, recusando a moeda do garoto.  — Você ainda não a usou para me vencer. Só irei ficar com ela quando competirmos num próximo festival.
》 — Do que você tá falando?
Franziu o cenho em confusão, com meio sorriso no rosto. A breve lembrança de outro festival esquentava um lugar no seu peito e doía. Se tivesse uma lista de todas as coisas que queria fazer pela última vez em Derry, o festival estaria em primeiro lugar, como se, parte de si, estivesse pronta para se despedir. Não estava.*
Imaginava um cenário antigo, onde conseguia deixar tudo para trás, não olhar pelo retrovisor e sumir pela fronteira; Não existia mais.
Queria garantir que sim, ganharia no próximo festival, sem nem pestanejar; Por outro lado, não conseguiria pestanejar e mentir.
Será que algum momento naquelas semanas seria capaz de aprender? Ou se tornaria menos doloroso? A resposta era um imenso não no clarão da mente, mesmo que garantia a melhor das opções.
Em um súbito consciente, refletiu o seu sorriso, porque não havia semblante negativo que pudesse deixar que lhe marcasse, da mesma forma que lembraria diariamente do seu, doce e energético, e preferia assim manter.
Balançou a cabeça em negação, tirando a moeda do seu leito almofadado e pousando em sua mão, fechando-a sob a sua.
— Você venceu, sim.
Part I
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lmagines1d-blog · 6 years ago
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Imagine Louis Tomlinson
• Quero um do Louis em que ele é amigo do noivo dela, no dia do casamento deles ele larga ela no altar pra fugir com a amante, a sn fica desolada, e o Lou que conforta ela e tal, no final eles ficam juntos, ela grávida, e o namorado arrependido.
 “Você está linda.” Minha mãe diz fazendo um carinho gostoso em minhas bochechas. “Nem acredito que o meu bebê está prestes a se casar.” Seus olhos estão marejados e se ela se começar a chorar sei que não conseguirei me segurar. 
 “Mãe, por favor não chora, vai me fazer chorar também.” 
 “Eu estou tentando, mas não é todo dia que você vê sua filha se casar. Ainda mais sua única filha.” Ela me abraça e tenho que me segurar ao máximo para não me debulhar em lágrimas.
 “Estão prontas?” Meu pai pergunta entrando no quarto em que estávamos. “Nada de choro, vocês me fizeram prometer que só iria chorar após o sim, então podem ir parando.” Ele fala se aproximando e nos fazendo rir. “Você está linda, minha princesa.” Beija minha testa. 
 “Está na hora. Vamos?” Mamãe pergunta alisando meu vestido e o dela.
 “Vamos.” Sorrio para eles e saímos do quarto, indo para o elevador para poder ir à garagem. 
 Demoramos alguns minutos para chegar até a igreja e a cada esquina em que o carro virava meu coração dava um salto. 
 Conheci Derek, meu noivo, no meu primeiro dia na faculdade. Havia me perdido no caminho da biblioteca para o dormitório e ele acabou me ajudando. Depois, como se o destino quisesse nos unir, acabávamos por nos esbarrar sempre e isso foi nos aproximando. 
Começamos a namorar três meses após nosso primeiro encontro de verdade. E agora, quatro anos depois, estou prestes a subir ao altar e dizer o tão famoso sim para o homem que eu amo.
 “Pronta?” Meu pai pergunta e assinto com a cabeça e enlaço meu braço ao dele. Ele faz um gesto para um dos organizadores e ele posiciona as daminhas de honra para que elas entrem na igreja e logo ouço a tão famosa marcha nupcial. 
 Caminho lentamente até o altar, vendo meu noivo parado me esperando. Minhas madrinhas, com seus vestidos em tons de rosa pastel e os padrinhos com gravatas combinando com os vestidos, sorriam largamente para mim. Vejo Louis, melhor amigo de Derek, ao seu lado e ele faz um joizinha com a mão para mim.
 A cada passo meu sorriso aumenta e quando finalmente chego ao altar já estou com as bochechas doendo de tanto sorrir. Derek cumprimenta meu pai, que deixa um beijo em minha testa antes de seguir para o seu lugar ao lado de minha mãe.
 O tempo foi passando e logo já estávamos na parte final, aperto a mão de Derek e viro de frente a ele. Procuro seus olhos, mas ele está olhando para os convidados. Sigo seu olhar e sorrio para todos.
 “Derek Antony Fox, você aceita S/N/C como sua legitima esposa? Para amá-la, respeitá-la e honrá-la na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?” Padre Phil pergunta e eu sorrio para ele. 
 “Eu... eu.” Sinto meu coração apertar ao vê-lo olhar para todos, fixando seu olhar em uma garota sentada ao fundo da igreja. “Eu sinto muito.” Seus olhos verdes se focam em mim e já não consigo segurar as lágrimas. “Não posso fazer isso. Eu não te amo mais” Ele solta minhas mãos e sai correndo pela igreja, indo de encontro a garota que parece uma Barbie e saindo de mãos dadas com ela. 
 Todos estão chocados, um burburinho começa entre os convidados e eu sinto o ar começar a faltar. Minha cabeça começa a girar, eu quero gritar e chorar. Isso não pode estar acontecendo, é um pesadelo. Eu preciso acordar! 
 “S/A! Querida, olhe para mim.” Ouço minha mãe me chamar, mas não consigo desviar o olhar da porta da igreja. “Frank!” É a última coisa que escuto antes de tudo escurecer. 
 Abro os olhos lentamente e vejo que estou em um quarto de hospital. Como cheguei aqui? Tudo que lembro é de.... sinto um nó se formar em minha garganta e logo começo a chorar descontroladamente. Alguém me dê um sedativo, por favor!!
 “Oh minha querida, eu sinto tanto.” Sinto braços me abraçarem e pela voz reconheço por ser minha mãe.
 “Eu juro que vou encontrar aquele verme e vou quebrar a cara dele.” Ouço a voz de meu pai e choro ainda mais. 
 “Frank! Controle-se, por favor.” Mamãe pede e me abraça mais.
 Como eu não conseguia parar de chorar, minha mãe pediu para uma enfermeira me dar um calmante e logo peguei no sono. Quando acordei novamente, tudo que conseguia sentir era um vazio enorme no peito.
 Passaram-se duas semanas, eu estava morando novamente com os meus pais. Não consegui voltar para meu apartamento. Eram muitas memórias dolorosas. Tudo que eu queria era poder entender o porque de Derek ter me abandonado assim, ele dizia que me amava. Iriamos nos casar e começar a nossa família, mas parece que os planos dele mudaram, ou talvez nunca tenham existido de verdade. 
 Nessas duas semanas eu descobri que a garota com que ele fugiu se chama Rebecca e que eles estavam saindo juntos a pouco mais de um ano. A um ano eu estava cultivando um par de chifres em minha cabeça e não fazia ideia.
 “Oi.” Levanto a cabeça e vejo Louis parado na porta de meu quarto. “Seus pais me deixaram subir.” É claro que deixaram, meus pais adoram Louis, mesmo ele sendo melhor amigo daquele que partiu meu coração.
 “O que faz aqui?” Pergunto deitando novamente e puxando o edredom até o pescoço. 
 “Vim ver como você está. O que o Derek fez, eu não sei nem o que dizer. Eu sinto muito, muito mesmo.” Ele suspira e eu fungo alto. “Se precisar de alguma coisa pode contar comigo. Eu sou seu amigo também.”
 “Se você é meu amigo, por que nunca me contou sobre a Rebecca?” Pergunto sentando rapidamente e o encarando. Meu rosto deve estar todo inchado devido ao choro, mas não me importo mais com isso. 
 “Por que eu não sabia sobre ela. Eu juro a você por tudo que é mais sagrado.” Seus olhos azuis parecem sinceros, mas não sei se posso confiar. “Se eu soubesse teria te falado, você me conhece, sabe que eu falaria. Nunca deixaria que ele fizesse o que fez com você, você é a mulher mais incrível e bela que eu conheço. Não merece isso, muito pelo contrário, merece alguém que saiba valorizar e apreciar cada pequeno detalhe seu.” 
 Em um impulso abraço Louis e choro em seu ombro, ouvindo ele falar que ficaria tudo bem e que ele estaria ao meu lado sempre que eu precisasse. 
 Dois anos depois
 “E então, chegaram a uma decisão?” Dra. Lisa Hayes pergunta. 
 “Sim, queremos saber o sexo.” Louis responde, apertando minha mão mais forte. 
 “Até queríamos que fosse surpresa, mas eu não conseguiria lidar com a ansiedade para saber se nosso bebê será menino ou menina.” Digo sorrindo para minha obstetra e amiga.
 “Entendo.” Ela sorri e passa o gel pela minha barriga já bem evidente devido aos cinco meses de gestação. “Vamos ver então. Preparados?” Ela pergunta e respondemos com um sim animado. “Olhem aqui.” Ela vira a tela e nos mostra nosso bebê tão amado. Ela aperta algum botão no monitor e o som de um coração batendo rápido inunda a sala.
 “O coração do nosso bebê, amor.” Viro para Louis e ele já está chorando, assim como eu.
 “É sempre emocionante poder ouvir o som das batidas do coração do nosso filho.” Ele seca suas lagrimas e sorri.
 “Ou filha.” Encaro a doutora. 
“E então?” “Meus parabéns papais, vocês serão pais de um menino.”
 “Meu menino!” Acaricio minha barriga.
 “Hey filhão, papai tá te esperando ansioso, ok?” Louis conversa com a minha barriga, beijando-a em seguida.
 “Eu te amo tanto. Obrigada!” Louis me beija.
 “Se tem alguém que tem que agradecer aqui sou eu.” Dou um selinho nele e seguro suas mãos. “Eu te amo Lou!”
 “Vocês são tão lindos juntos! Tenho certeza de que serão ótimos pais!” Lisa diz e me abraça.
                                                           ........... 
 “Amor, eu tenho que buscar uma encomenda para a Lottie ali no segundo andar.” Louis diz olhando em seu celular e revirando os olhos. “Me espera aqui? Ou quer ir comigo?” 
 “Acho que vou esperar, estou com os pés inchados e doloridos já.” 
 “Ok, eu já volto. Você nem vai ter tempo de sentir minha falta.” Ele ri, deixa um selinho em meus lábios e sai correndo. Eu amo esse idiota.
 Estava sentada esperando Louis voltar quando ouço alguém me chamar.
 “S/N?” Viro e encontro Derek. “Que surpresa em te encontrar. Como está?”
 “Ótima.” Respondo.
 “Eu estava pensando em você esse dia. Sabe que eu sinto muito sua falta.” Ele senta ao meu lado. “Me arrependo muito do que fiz.” Ele tenta segurar minha mão que estava livre e eu recuo, me levantando. 
 “O que pensa que está fazendo?” 
 “Tentando ter uma segunda chance. Eu sinto sua falta S/A, e eu te amo.” Só pode ser brincadeira.
 “Você só pode estar brincando comigo! Quem ama não trai, quem ama não faz o que você fez! E eu estou ótima sem você!” A vontade que eu tenho agora é de chutar a bunda desse cretino até o inferno, mas lembro que tenho que manter a calma por causa do bebê. Automaticamente coloco a mão sobre a barriga acariciando-a.
 “Você está grávida?” Derek pergunta notando pela primeira vez o volume de minha barriga.
 “Sim, ela está.” Louis responde atrás de Derek que se vira para olha-lo.
 “Louis?” 
 “Ele está te incomodando, amor?” Lou me pergunta e eu aceno com a cabeça.
 “Amor? Você está com o meu melhor amigo?”
 “Eu não sou seu amigo. E sim ela está comigo. Agora se nos der licença temos que planejar o enxoval do nosso filho. Passar bem!” Louis passa seu braço pelos meus ombros e começamos a caminhar para fora do shopping. 
 “Mas eu te amo S/N!” Derek para a nossa frente e sinto Louis me abraçar mais forte. 
“Que pena, pois eu não sinto nada por você.” Respondo e continuo a caminhar com Louis para fora do shopping. 
 “Espero nunca mais encontrar com ele, pois da próxima não vou me controlar.” Louis diz abrindo a porta do carro para mim.
 “Espero que não tenha uma próxima, não quero que você se envolva com aquele escroto.” Dou um selinho nele. Em seguida me ajeito no banco e abro a sacola com os presentinhos que havíamos comprado para nossas famílias para anunciar que teríamos um menino e começando a imaginar meu futuro ao lado de Louis e de nosso filho. 
 “Próxima parada, casa.” Louis diz dando partida no carro.
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mateus-meu-colibri · 5 years ago
Conversation
O amor não tem DNA - 74
- Mamaaaaãe -nós ouvimos a Júlia entrar chamando pela Gi e sua voz fazia eco enquanto vinha no corredor dos quartos- Cadê vocês? -ela indagou e eu e a Gi nos olhamos rindo dentro do nosso quarto-
- Aqui no meu quarto meu amor -a Gi disse e foi até a porta do quarto e antes que ela abrisse do outro lado nossa filha estava ansiosa por encontrar com ela- Nossa que susto -a Gi disse e riu- Tá tudo bem meu amor? -elas se abraçaram-
- Sim -a Júlia disse e saiu do abraço e veio até a cama onde estavam eu e o Joel- Estavam escondendo minha mãe, né? -ela disse e ficou com as mãos na cintura nos olhando e o Joel não estava entendendo nada e só ria-
- Mais ou menos -eu disse e ri- Vem aqui conosco, vamos aproveitar esse finalzinho de tarde já que você nós abandonou a tarde toda -eu bate na cama e ela logo subiu e me abraçou-
- Como foi lá na casa da tia Rafa? -a Gi perguntou e sentou na cama-
- Foi divertido, eu brinquei muito -a Júlia sorriu-
- Olha que legal -eu falei-
- E vocês o que fizeram sem mim? -ela perguntou e olhou pro Joel- Você mocinho como já aproveitou a mamãe, agora ela vai ser só minha -a Júlia disse e se sentou no colo da Gi- Tá mãe?!
- Tá meu amor -a Gi disse rindo e abraçou a Júlia- Hoje a mamãe vai te colocar pra dormir igual quando você era bebê.
- Tá bom -a Júlia disse e riu-
[...]
- O Joel já dormiu, agora vou lá com a Júlia -a Gi disse ao entrar no quarto- Daqui a pouco eu volto -ela me beijou-
- Leve o tempo que precisar -eu disse e a abracei- Eu lhe aguardarei.
- Tá bom -ela me beijou e saiu do quarto-
Narrado por Giselle
Eu tava entrando no quarto da Júlia e quando eu abri a porta vejo ela já descendo da cama.
- Eu já ia atrás da senhora -ela disse ao me olhar-
- Não precisa mais ir mocinha -eu disse rindo- Eu já estou aqui -eu fui em direção a cama e deitei junto com ela-
Ela se acomodou em meu colo e eu por hora viajei no tempo ao lembrar de quando ela era só um bebê, pensei em como que seria minha vida se o João estivesse vivo, se eu estaria aqui com a Júlia ou se eu teria conhecido o Mateus, são perguntas que eu jamais saberei a resposta e a única coisa que sei é que eu amo a família que eu construí, eu amo viver esse amor de mãe e de mulher.
- Mãe -a Júlia chamou minha atenção-
- Diga -eu perguntei e acariciei seus cabelos-
- Eu amo muito a senhora -ela me apertou- Você foi a melhor mãe que podia ter.
- Eu também amo muito você -eu beijei sua cabeça e quis chorar- Você e seus irmãos foram as melhores coisas que Deus poderia ter me dado.
- Eu queria ter conhecido o João -ela disse- Eu acho que a gente ia brincar muito.
- Sim, vocês iriam -eu sorri- Mamãe ia amar ver vocês três brincando.
- A senhora sente falta dele? -ela perguntou-
- Sinto meu amor, todos os dias -eu comentei- Da uma dorzinha aqui no fundo do peito todos os dias quando lembro dele, mas eu preciso aceitar que seu irmãozinho teve que ir fazer companhia pros avós dele, lembra que eu disse isso a você?!
- Lembro -ela disse e me olhou- Quando der a dorzinha a senhora chama eu e o Joel pra gente abraçar a senhora até a dor passar, tá bom? -ela perguntou-
- Tá bom -eu disse e a abracei deixando escapar uma lágrima- Eu amo muito você, tá bom?
- Tá bom -ela riu- Eu também lhe amo.
Eu permaneci ali por mais algum tempo cantarolando algumas cantigas para que ela dormisse e assim que isso aconteceu eu voltei para meu quarto com o Mateus, ele estava usando o laptop e assim que me viu entrar no quarto o fechou e me olhou sorrindo.
- Dormiu? -ele perguntou e deixou seu equipamento na escrivaninha-
- Sim -eu sorri e caminhei até a cama-
- Vem aqui -ele me chamou para seus braços- Agora é minha vez de mimar você -ele sorriu e me cheirou o pescoço-
- Eh coisa boa -eu sorri e lhe abracei- Obrigada por tudo o que você me proporcionou durante todos esses anos, obrigada por ter me dado essa família maravilhosa -eu disse e queria começar a chorar-
- Você não precisa me agradecer em nada, nós dois ganhamos com essa história toda -ele me beijou- Nós dois ganhamos.
- É -eu sorri fraco- A Júlia disse que queria ter conhecido o João, que queria que ele estivesse aqui pra brincar com ela.
- Ah meu amor -ele me abraçou- Eu também ia amar que ele estivesse aqui conosco.
-Ela perguntou se eu sentia falta dele e eu disse que sentia todos os dias e que dava uma dorzinha no fundo do peito e ela disse quando der essa dorzinha era pra eu chamar ela e o irmão pra eles me abraçarem até a dor passar -eu ri um pouco- Tem como não amar?!
- É, não tem -ele riu-
- Mas mudando de assunto, o que mais você e a Carla conversaram? -eu indaguei e vi ele mudar a fisionomia-
- Eu não quero falar disso -ele disse me beijando a fonte-
- Mas vocês falaram sobre a paternidade da Júlia? -eu indaguei e sentei olhando pra ele-
- Sim, ela disse que não tem certeza se eu sou o pai -ele disse e desviou os olhos dos meus- Eu disse que já sabia e que já havia falado com a Rafa e pedido uma audiência pra decidirmos sobre isso e com quem a Júlia vai ficar, se conosco que somos a família dela, com ela que a abandonou ou com o possível pai que nem sabe que ela existe.
- E ela? -eu perguntei e lhe encarei- Olhe pra mim Mateus, o que ela disse?
- Ela disse que não teve mais contato com o Marcos, que nem sabe por onde ele anda -ele disse e me olhou-
- Marcos? -eu perguntei espantada-
- Foi o que ela disse -ele segurou minha mão- Mas fica calma, pode não ser ele.
- Tem que não ser ele, a Júlia não merece ter ele como pai -eu disse triste- Ninguém merece ser filho dele -eu fechei minhas mãos nas cobertas da cama e as rodei com tanta raiva que senti naquele momento ao lembrar do que aconteceu comigo e com meu filho por culpa do Marcos-
- Calma -o Mateus disse e fez eu largar as cobertas e me levou outra vez para seus braços- Nós nem sabemos se é ele.
- Tamara que não seja -eu pedi e me deitei em seu peito-
- Não vai ser -ele disse e me beijou- Vamos dormir que hoje o dia foi longo.
- Tudo bem -eu concordei-
Após termos um momento nosso de carinho e afeto dormimos tranquilamente, eu acordei uma vez na noite pra dar de mamar ao Joel e trocar sua frauda mas logo voltei pra dormir ao lado do homem da minha vida.
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tothamonfaruk · 6 years ago
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 𝙋𝙧𝙞𝙣𝙘𝙚 𝙏𝙤𝙩𝙝𝙖𝙢𝙤𝙣 𝙘𝙤𝙪𝙡𝙙𝙣'𝙩 𝙢𝙖𝙣𝙖𝙜𝙚 𝙩𝙤 𝙖𝙫𝙤𝙞𝙙 𝙩𝙝𝙚 𝙢𝙤𝙨𝙩 𝙖𝙬𝙠𝙬𝙖𝙧𝙙 𝙡𝙞𝙫𝙚 𝙮𝙤𝙪𝙩𝙪𝙗𝙚 𝙞𝙣𝙩𝙚𝙧𝙫𝙞𝙚𝙬 𝙚𝙫𝙚𝙧: "𝙁𝙧𝙞𝙚𝙣𝙙𝙨𝙝𝙞𝙥 𝙘𝙤𝙢𝙚𝙨 𝙛𝙞𝙧𝙨𝙩!"
Aprendera com o grande Faruk a sempre ser comedido diante dos olhos do público, pois uma palavra errada poderia causar uma catástrofe e, obviamente, era impossível voltar atrás. Por tais razões, Toth preferia se manter longe da mídia o máximo possível, exceto pelas redes sociais que ele usava raramente e com muito cuidado.
Entretanto, após o ataque em Shangri-la e a notícia de que o príncipe estivera presente na tragédia ativamente ajudando as vítimas ter se espalhado, convites e pedidos para entrevistas bombardeavam seus agentes todos as horas desde que ele retornou ao Egito naquela curta semana de férias. Tanto que os responsáveis por sua imagem haviam chegado a conclusão de que cedo ou tarde o egípcio teria que falar sobre o ocorrido. E melhor seria se fosse cedo.
Assim sendo, uma entrevista rápida foi planejada com um canal do youtube extremamente famoso no país. O responsável pelo mesmo era um amigo próximo do próprio Tothamon, justamente para deixá-lo mais à vontade aos olhos do público e também para ser um bate papo mais casual.
A entrevista foi ao ar no dia 1º de Abril. E parte dela está aqui fielmente traduzida e transcrita.
𝐈𝐧𝐭𝐞𝐫𝐯𝐢𝐞𝐰 𝐰𝐢𝐭𝐡 𝐓𝐡𝐞 𝐂𝐫𝐨𝐰𝐧 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞 𝐨𝐟 𝐄𝐠𝐲𝐩𝐭, 𝐓𝐨𝐭𝐡𝐚𝐦𝐨𝐧 𝐅𝐚𝐫𝐮𝐤.
Toth estava sentado em uma cadeira alta no meio do que seria o porão/estúdio de gravação do amigo. Por sorte era Mohammed quem ocupava o outro assento na frente e quem o estaria entrevistando. Eram amigos desde pequenos quando compartilhavam as aulas no palácio do Cairo. E apesar dos seus pais também serem amigos, o Faraó não via o youtuber com bons olhos atualmente, pois o achava muito espalhafatoso no seu canal. Mas oras, essa era a melhor parte de estar na companhia do outro.  Os dois trocaram algumas caretas para ficarem mais à vontade antes de ser anunciado que as câmeras estavam ligadas e que a gravação havia se iniciado. “Depois de muita insistência e HQs perdidas... É um enorme prazer ter a sua ilustre presença aqui hoje, Vossa Alteza!” o entrevistador deu início, sempre sincero e arrancando um riso curto do príncipe. Era estranho ouvir uma pessoa com quem tinha tamanha ligação o chamando de Vossa Alteza. “O prazer é todo meu, especialmente por poder revê-lo, Mohammed. E prometo que vou fazer bom uso das edições limitas que você me presenteou.” deu um sorriso divertido, juntando as palmas das mãos e cruzando os dedos. Automaticamente se preparando para o turbilhão de perguntas que se iniciaria. “É bom mesmo! Não imagina a luta que tive para conseguir aquelas belezinhas. Mas, isso não importa agora. Vamos ao que interessa.” Toth assistiu com ansiedade as fichas de perguntas na mão do amigo enquanto ele as embaralhava.
“Primeiro o mais importante. Qual a sua banda preferida?”
“Queen.” respondeu sem nem precisar pensar.
“Eu já sabia, mas ok. Continuando...  O mundo inteiro se comoveu com a catástrofe de Shangri-la e suas vítimas. Só que para o público as coisas ainda estão meio confusas, justamente pelo o que ocorreu ter sido tão i-na-cre-di-tá-vel. Você pode nos dizer o que estava fazendo quando viu ou presenciou o que teria sido “o anúncio” do terrível episódio? Mas, se estava fazendo algo constrangedor, por favor... Nos conte também.”
“Não estava fazendo nada de mais, garanto! Eu me recordo de estar no evento da Pitonisa, bebendo champanhe com uma recém conhecida e conversando.” umedeceu os lábios com o olhar distante, tentando se lembrar o mais precisamente do que vivenciou. “Então teve um barulho enorme, que eu achei fazer parte da comemoração. Mas depois percebemos que a cidade estava em chamas e que tinha criaturas gigantes sobrevoando ela.”
“Parece assustador! Mas, mesmo diante desse quadro terrível, você chegou a sair do Hotel em que o evento estava acontecendo, certo? Nós temos até algumas fotos das câmeras de segurança ao redor da cidade, que mostram você no meio de todo aquela destruição.”
“Eu não poderia ficar de braços cruzados diante de tamanha necessidade e muito menos ir me esconder como os meus guardas insistiram tanto para que eu fizesse. Seria ir contra a minha própria natureza.” era impossível imaginar que poderia ter tido uma atitude diferente, mesmo que o Faraó discordasse. “Lembro que, graças a Seth, consegui orientar algumas pessoas a irem para o subsolo, onde era mais seguro. Então, depois de verificar que minhas irmãs estavam bem - ao menos uma delas porque Neftis tem o talento de sumir nas horas erradas -, fui correndo para a cidade na intenção de ajudar os moradores.”
“Muito corajosa a sua atitude, Alteza. E o que exatamente você viu quando chegou no centro de Shangri-la? “
“Só vi fogo, destruição e morte. O ar estava repleto de fumaça negra e a carbonização humana não é nada agradável de inspirar.” reviveu a memória como se tivesse voltado no tempo, incapaz de impedir um tremor que lhe tomou a espinha. “Haviam muitas pessoas feridas e sofrendo pelas perdas que tiveram. Todos com medo dos dragões que apareceram do nada e os atacavam sem a intenção de parar. Um tremendo caos!”  era inevitável também não recordar da tristeza que sentiu ao ver tais cenas. “ Mas, é preciso dizer, que também vi muita bondade naquela noite. Pessoas ajudando seus vizinhos ou até mesmo desconhecidos. E todo mundo se unindo para enfrentar aquele mal em comum, sem ligar para as diferenças. Inclusive, pensando nisso agora, chega a ser muito comovente. Ainda podemos ter esperança na humanidade, meu amigo.”
“Pelo menos uma coisa boa é que essas situações conseguem liberar o melhor das pessoas.  E... ainda sobre a sua presença na batalha, nós gostaríamos do seu comentário a respeito de duas pessoas com as quais você foi visto por lá. Primeiro, o Princípe Australiano, Aaron Rutherford ( @srvivcr ). Você e ele foram vistos saindo de uma casa em chamas e lutando com um dragão enquanto tinham uma criança no colo. Para quem ouve isso parece até cena de cinema. Como isso aconteceu? É por isso que você cortou o cabelo?” 
Soltou um riso curto com o último questionamento, jogando os cabelos negros e agora mais curtos para trás instintivamente. “Foi sim! Nunca é uma boa ideia enfrentar o fogo quando você tem o cabelo muito comprido. Ficou bem chamuscado, então tive que cortar. Pelo menos minha mãe ficou feliz, ela sempre quis que eu fizesse isso.” revelou com um dar de ombros antes de seguir para a próxima fala. “ Aaron é muito corajoso! Ele se mostrou prestativo a me ajudar a derrubar uma porta, depois que percebi haverem uma mulher e uma criança trancados lá. Assim que nós conseguimos entrar, o dragão derrubou o teto e nos atacou. Acredito que, naquele momento, nossa maior preocupação era manter o bebê a salvo e o levar para um lugar seguro. Aaron é um ótimo parceiro, muito centrado e lúcido nesses momentos de crise!”
“E a segunda pessoa que preciso comentar é a princesa do Canadá, Madelynn Beaumont. ( @mcdelynn ). Vocês pareceram muito próximos e...”
“Você “precisa” comentar? Fala sério, Mohammed!” interrompeu o outro com um tom divertido, porém deixando claro que o assunto não lhe dava conforto. Fizera o máximo para não comentar a respeito da princesa desde o início, mas agora se via emboscado. Talvez ter mencionado ela antes para o amigo não tivesse sido uma boa ideia.
“Sim, sim. Eu preciso graças aos seus fãs que lotam nossas redes sociais implorando para que eu pergunte sobre isso. Então culpe a eles, Toth, e não a mim... Digo, “Alteza”! “
“Ok, eles podem sempre perguntarem o que quiserem. Estou aqui pra isso.”   suspirou em sinal de desistência, logo dando de ombros e só torcendo para o questionamento não ser nada muito constrangedor.
“Muito bem então. Bom, você foi visto com a princesa canadense por muito dos moradores que se refugiaram no túnel de entrada da cidade. Eles falaram que você demonstrou enorme preocupação com a princesa, inclusive que a carregou nos braços depois que o nariz dela sangrou... E por isso só espero que se eu bater a minha cara naquela porta agora e meu nariz sangrar, você também me carregue nesses seus braços fortes e reais. Seria um sonho virando realidade, Alteza. Mas, por favor, nos conte o que aquelas pessoas não conseguiram ver entre vocês. ”
Sua expressão se congelou momentaneamente no que seria uma mistura de surpresa, vergonha e de quem achou graça da pergunta. “Você nunca muda, não é?”  semicerrou os olhos para o amigo, acusatório. “ A princesa estava dando tudo de si para ajudar aos feridos e, claramente, todo mundo tem um limite. Ela acabou passando mal pelo cansaço e quase desmaiou bem na minha frente. Eu fiz apenas o que qualquer outro teria feito: fui ajudar. Exceto por isso, não tem nada para contar. ”
“Uhum, sei. Ajudar. É disso que vocês jovens chamam agora?”
“Ah, dá um tempo! Eu conheci a princesa canadense naquele dia no evento. Não posso respirar perto de alguém e você já cria conspirações.”  o tom era sério, apesar de suas sobrancelhas levantadas e o olhar cômico que lançava para o entrevistador. Não tinha como ficar nervoso com o amigo por algo do tipo.
“Conheceu ela naquele dia? Ora, você disse que estava bebendo champanhe com uma recém conhecida antes do acidente... Eram a mesma pessoa? Se sim, imagino que isso pode significar alguma coisa.” 
“O começo de uma grande amizade, sem dúvidas.”
"Hum, já percebi que o assunto te deixa um pouco desconfortável, então vamos pular para o próximo... Já sabe o que vai fazer quando voltar para Agartha? Além de me ligar todos os dias, é claro. Digo, você tem intenção de se voluntariar para algo? Por exemplo, ajudar a construir novas casas, já que você tem uma habilidade maravilhosa com areia e poderia produzir rapidamente muito cimento.”
“ Com certeza Seth não poderia ter me presenteado com uma habilidade melhor do que produzir cimento.” comentou com ironia e entrando na brincadeira. “Mas sim, tenho intenção de ajudar no que for possível.  O próprio Faraó irá encaminhar um grupo de ajuda humanitária para Shangri-la e eu também vou me certificar de que tudo o que o Egito enviou e enviará para auxílio na reconstrução da cidade chegue nas mãos certas.”
(veja o resto da entrevista no canal oficial do youtube.)
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fanficclanessa-vivalavida · 6 years ago
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Amor de outras vidas-Capitulo 80
Vanessa: Bom dia Paulinha.(entrando)
Paula: Bom dia Van.(sorrindo)
Van: Então, como estão as coisas?
Paula: Os dados foram retirados de todos os acessos dos sócios, mas você sabe que será questão de tempo até eles perceberem e virem atrás.
Van: Eu sei..(preocupada)
Paula: Já sabe o que fazer?
Van: Não faço ideia...(suspirando) mas eu vou descobrir, por enquanto, apenas mantenha a discrição, e certifique-se que nada sairá daqui, nesse momento ninguém é confiável.
Paula: Pode deixar Van.(sorrindo)
Fui para a minha sala olhar tudo o que havia sido levantando, nada daquilo fazia sentido, havia ainda uma esperança se levarmos em conta a suposição levantada por May, mas ainda sim, os documentos pareciam inalterados, eu tinha funcionários capacitados para fazer esse trabalho, mas nesse momento, eu não podia confiar em nenhum deles, pois se alguém fez aquilo, esse alguém estava lá dentro.
~Abrem a porta~
Van: Bebê, achei que viria mais tarde.(de costas)
Sérgio: Achei que assim como ela, eu tinha o livre arbítrio para entrar aqui, quando eu quisesse.
Van: Pai! (Assustada)
Sérgio: Calma, não precisa se assustar...(se aproximando)
Van: Isso é um sonho...
Sérgio: Não, e não sou um fantasma...(sorrindo) mas há uma ligação forte entre você e esse plano, e você pode entrar contato com quem você ama, mesmo que não queira.
Van: E o que faz aqui? Além de, claro, ver a sua empresa desmoronar em cima de mim.(suspirando) perdão pai.
Sérgio: Não, você não precisa me pedir perdão...(acariciando seu rosto) eu vim te alertar filha, sobre tudo o que está acontecendo e o que está para acontecer.
Van: Pai, eu nem sempre sonho com você, gostaria que fosse diferente.
Sérgio: Vanessa, isso não é um sonho, o seu espírito está desse lado agora...
Van: Como isso é possível? Uma transgressão? Mas essa é...
Sérgio: A sua vida atual...sim, porque tudo o que está acontecendo agora, já aconteceu em sua vida passada, eram outros problemas, outros momentos, mas você lutava contra a mesma coisa...
Van: Isso é um sonho, não é real...(fechando os olhos)
Sérgio: Não adianta filha, seu corpo está no plano real, mas o seu espírito está aqui, e você voltara para ao seu plano real, assim que conseguir conversamos.
Van: E o que tanto quer me falar?
Sérgio: Você libertar seu espírito daquele que sempre quis a destruir.
Van: Como assim?
Sérgio: Além de você e Clara...algo muito forte de sua vida está reencarnada, e mais uma vez, ela quer destruir você...(Enfraquecendo)
Van: Pai...(estranhando)
Sergio: Tome cuidado! Ela é o motivo para todos os seus problemas, escreva um final diferente.(desaparecendo)
No quarto
Clara: Vanessa...(a chamando) Van, Vanessa.
Van: Pai...(assustada)
Clara: Meu amor sou eu! (Preocupada) o que aconteceu?
Van: Clara...eu tive um sonho estranho.(ofegante)
Clara: O que foi?
Van: Meu pai, estava lá, e...e na verdade não era uma sonho, eu estava apavorada.
Clara: Calma meu amor.(a abraçando) eu estou aqui com você.
Van: Eu achei que não voltaria.(a abraçando forte)
Clara: E quem disse que voltou?(sussurrando)
Van: Clara! (Saindo do abraço)
~Despertador~
Acordei um pouco atordoada, aqueles sonhos haviam sido assustadores, ao meu lado Clara dormia tranquilamente, eu parecia que não havia pregado o olho, só havia uma pessoa que podia decifra-lo para mim, mas eu ainda tinha o problema na empresa para resolver, mas se meu pai tivesse certo? E se todos os meus problemas girasse me torno do meu passado? Como eu ia muda-lo?
Na casa da May
Lu: Bom dia bebê.(sonolenta) acordou cedo.
Fernanda: Pois é.(lhe entregando uma bandeja) aproveitei para lhe preparar um café.
Lu: O que aconteceu? (rindo)
Fernanda: Quer parar de implicar, e apenas aceitar isso como um ato romântico.(revirando os olhos)
Lu: Tem razão bebê...(sorrindo) obrigada.
Fernanda: Tenho que ir pra empresa daqui a pouco.(lhe dando um beijo) e levar minhas coisas para o meu apartamento.
Lu: Porque bebê? ta tão bom ficar com você aqui...(sorrindo) além do mais me prometeu que passaria as férias comigo.
Fernanda: Eu sei Lu...(suspirando) mas sua irmã também mora aqui, e eu tenho meu apartamento e você pode ficar lá comigo também, eu não sei quando teremos dias tranquilos novamente.
Lu: Está preocupada não é?(acariciando seu rosto)
Fernanda: Eu estou a muito tempo na CIA Mesquita...(suspirando) é impossível não me preocupar, são 7 anos lá, eu deixei minha cidade natal, pra construir a minha vida, e eu consegui, graças a esse trabalho, e ao longo do tempo, algumas pessoas ali, tornaram os meus dias menos solitários e eu não sei como fazer se...
Lu: Hey, vai ficar tudo bem...(a abraçando) isso vai passar, e da melhor maneira, tenho certeza.
~mensagem~
Vanessa: Fe, bom dia, preciso que vá fazendo os cálculos sem mim, Clara está indo para te ajudar, preciso fazer uma coisa antes.
No AP da Van
Clara: Amor, você tem certeza que não quer que eu a acompanhe?
Van: Tenho meu amor.(lhe dando um beijo) preciso fazer isso sozinha.
Clara: Van, você tá bem?
Van: Estou amor.(sorrindo) tá tudo bem, eu vou falar com uma pessoa que eu conheço, ele me ajudou uma vez e acho que pode me ajudar novamente.
Clara: Tudo bem, eu vou indo pra empresa então, May também está indo pra lá.(lhe dando um beijo) se cuida, e me liga.
Van: Pode deixar meu amor.(sorrindo)
Na empresa
Lisa: E então, alguma novidade?
Júnior: Bom dia para você também.(arqueando as sobrancelhas) e não, novidade nenhuma, pelo que eu tô vendo, Vanessa não vai explodir a bomba para todos.
Lisa: Já desconfiava, Mayra está junto com ela, e ela é muito esperta.(pensativa) talvez até já desconfie do que está acontecendo.
Júnior: Isso é ruim?
Lisa: Num primeiro momento não, mas não podemos deixar que desmascarem antes, precisamos de informações sobre o que está acontecendo, as consiga.
Júnior: Vanessa nunca foi com a minha cara, mesmo eu sendo casado com a Thaís, ela confiaria em qualquer outro menos em mim.
Lisa: Aí que está o ponto, ela e sua esposa são melhores amigas, e fazem parte da mesma panela, Thaís com certeza sabe o que está acontecendo, tire as informações dela.
Júnior: Ela voltou estranha dessa viagem, mal falou comigo, ela tá mudada e...
Lisa: Júnior, me poupe do seu drama matrimonial, apenas consiga o que eu te pedi.(saindo)
Não contei para Clara onde estava indo e nem sobre meu sonho, fazia tempo que eu não os tinha, pra falar a verdade eu mesma já havia quebrado a ligação, não sei se Eli poderia me ajudar, mas não custava tentar.
Van: Com licença...(entrando)
Eli: Vanessa...(surpreso)
Van: Porque a surpresa, você não é um vidente?(arqueando as sobrancelhas) achei que saberia que eu estava vindo até você.
Eli: Esqueça tudo o que leu e viu sobre videntes, é mais que ler uma mão ou prever futuros.
Van: De qualquer não foi pra isso que vim aqui.
Eli: Eu imagino que não, o que aconteceu?
Van:, Tive um sonho essa noite, com meu pai, e outro na sequência.(suspirando) com a Clara.
Eli: Tudo bem, me conte o que viu.(pedindo para que se sente)
Van: Bom...
Contei para Eli tudo o que havia acontecido em meu sonho, que de acordo com o meu pai não era um sonho, e sim que eu havia sido levado para um outro plano astral, parecia muito real, meu pai havia me dito aquelas coisas e parecia que ele sabia exatamente como eu estava me sentindo e pelo o que estava passando.
Eli: Uau, Vanessa, você entendeu o recado que o seu pai tentou lhe passar?
Van: Não, eu suponho, que tenha a ver com o meu passado, mas eu não faço do que isso signifique.
Eli: Sua vida nesse plano, está ligada a outra vida, que você teve, e agora que reencarnada, precisa consertar as coisas, para que consiga a paz.
Van: Isso significa que...
Eli: Você precisa voltar ao seu passado, transgredir novamente.
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luprtt · 3 years ago
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Flutua
Amanhã a noite eu vou cantar no restaurante do irmão de Giulia, ela me disse que ele era extremamente conservador e provavelmente não permitiria um gay tocando em seu estabelecimento mas amanhã a noite ele estará ausente e portanto será seguro. Eu não deveria nem cogitar a possibilidade de cantar lá mas eu preciso dessa grana mais do que tudo.
Giu disse que só quem vai estar presente será ela e seu sobrinho que é dois anos mais velho que eu e segundo ela, ele não diria nada para o pai e que inclusive ele não se importa de eu cantar lá, assim espero.
Hoje a noite vai ser longa, a ansiedade para o evento de amanhã me consome completamente mas vou me revirar para os lados até pegar no sono.
O som agudo e estridente desse maldito despertador invade meus ouvidos logo de manhã cedo, sou obrigado a levantar para desligar e começar novamente a rotina.
No primeiro instante que lembro que hoje é o dia da apresentação, a ansiedade toma conta do meu corpo, lidar com isso em plena manhã não é tão fácil, eu queria uma xícara de café para começar bem mas definitivamente não é um boa ideia. Ao invés disso, opto por um banho gelado e um chá quente de camomila para aliviar um pouco o surto.
Já são 8:30, Giu disse que tenho que estar lá às 10:00 para me preparar e começar logo as 10:30.
Como Giulia me convenceu de cantar lá mesmo? A claro, o acampamento que nós fizemos no sábado. Foi divertido, fomos para uma cachoeira com um grupo de pessoas completamente estranhas que tinham um conhecido em comum, Jorge, ou como eu chamo, Quindim.
Quindim é meu amigo de infância, a gente sempre faz tudo juntos e quando ele sugeriu que fossemos para essa cachoeira montar acampamento com amigos dele para mim fazer novas amizades, eu não pensei duas vezes, eu estava realmente precisando depois dos últimos acontecimentos.
Foi lá que eu e Giulia nos conhecemos e ela me convenceu de cantar no restaurante do irmão homofóbico.
Estávamos naquela rodinha clichê com o violão nas mãos de Quindim quando ele mandou eu escolher uma música pra cantar enquanto ele tocava. E a opção da vez foi Flutua - Johnny Hooker com a participação de Liniker e Os Caramelows. Após cantarmos Giu deu seu surto dizendo que eu deveria cantar no restaurante no dia em que ela estivesse lá cuidando junto de seu sobrinho, disse que me pagaria uma quantia boa se eu aceitasse e que me daria almoço também, e eu lá sou de recusar comida?
São 9:10, seria muito incoveniente aparecer lá 50 minutos antes do combinado? Vou esperar até 9:45 para ir, 10 minutos até chegar lá, 5 para encontrar Giulia e começar a checagem do som e equipamentos.
O motorista de aplicativo chegou, ele tem boas notas, mas sempre sento no banco de trás do motorista pra caso precise eu possa enforcar ele com o próprio cinto, não que isso vai funcionar mas não custa nada prevenir, e também é um local estratégico para fugas e provavelmente o mais seguro dentro do carro. No caminho tento não pensar em tudo o que está acontecendo e o que está por vir ainda olhando as pessoas pelas ruas da cidade, sempre me divirto e me distraio com isso.
São 10:00 em ponto, o restaurante ainda está fechado ao que parece, será que Giulia está aí dentro?
- Posso ajudar?
Ouço uma voz de um tom grave logo atrás de mim, me viro rapidamente para ver quem é.
- Oi, eu sou o José, a Giulia me chamou pra cantar aqui hoje e-
- Oi Zé!
Ouço Giulia gritar perto dali.
- Oi Giu
Me sinto envergonhado e sem jeito ainda perto daquele rapaz ali na minha frente, pouco mais alto que eu, me olhando confuso com seus olhos castanho escuros penetrantes.
- Vejo que já conheceu o Luiz.
Giulia diz se aproximando de mim e do rapaz ali comigo.
- Luiz, esse é o Zé, ele vai cantar aqui hoje, eu te falei sobre isso ontem não falei?
- Falou sim Giu, olá, muito prazer, eu sou Luiz o sobrinho da doida aqui.
Ele diz se dirigindo a mim, com um sorriso tão simpático que me fez fraquejar, eu sem jeito sorrio de volta mas antes que possa me apresentar, Giulia me interrompe.
- A doida aqui manda em ti hoje, vamos entrando todos os dois que a gente tem coisa pra fazer antes de abrir.
- Oi eu sou o Zé.
Falo em resposta já sendo empurrado por Giulia enquanto adentro o restaurante.
***
Giulia já chegou dando ordens a seu sobrinho enquanto me mostrava o local onde me apresentaria. Ela logo me puxa de canto.
- Zé não precisa ficar com vergonha de Luiz não viu, eu sei que tu é tímido e tudo o mais mas ele é super tranquilo.
- Tudo bem, posso fazer uma pergunta Giu?
- Claro bobo!
- Ele é...
- Gay? Não sabemos e se for não creio que ele diria, afinal o pai dele é um homofóbico de merda, eu sei que ele já namorou uma menina, eu até já perguntei uma vez se ele já tinha ficado com alguém do mesmo gênero, ele não confirmou mas também nunca negou, afinal a bissexualidade e pansexualidade existem não é mesmo? Mas por que a pergunta?
- Curiosidade.
- Já ficou fraco das pernas né gay? Eu admito, ele é bonito mesmo, mas cuidado onde você se envolve viu?
- Eu não vou me envolver em nada Giulia!
- Uhum tô sabendo, eu vou lá ver se já tá tudo pronto na cozinha, 10:30 você começa viu?
- Viu...
***
Começo a fazer as checagens do som e dos equipamentos, aparentemente tudo em ordem, faz tempo que não canto em público, estou um pouco nervoso mas o medo de palco já perdi faz tempo.
Com tudo preparado, voz aquecida, faltando 5 minutos pras 10:30, vejo Luiz se aproximar cauteloso.
- Oi.
Ele diz ainda com cautela.
- Oi.
Respondo sem olhar em sua direção por vários motivos, um é estar concentrado organizando a playlist da apresentação e dois, bem, olhos castanhos penetrantes.
- Tudo bem?
Dessa vez olho em sua direção e ele está com um olhar curioso.
- Tudo sim e contigo?
Respondo tentando decifrar sua curiosidade.
- Vai cantar o que hoje?
- Eu preparei algumas músicas aqui mas Giu exigiu que eu cantasse pelo menos uma vez Flutua.
- Hm, não conheço, é boa?
- Como assim não conhece? É linda, é Johnny Hooker com Liniker, é perfeita.
- Liniker? A Liniker?
- Você conhece alguma outra Liniker cantora lendária maravilhosa?
- Eu amo a Liniker!
Ele diz abrindo um sorriso no rosto.
- Pois trate de ouvir Johnny Hooker também e a apreciar essa obra de arte.
- Eu vou, afinal você vai cantar ela hoje não é mesmo?
Ele diz me olhando com um sorriso de canto de boca, me perderia facilmente naquele olhar por horas, dias, semanas.
- V-vou sim.
Digo claramente envergonhado, acho que ele notou isso, claramente ele notou isso, mas não importa, não vou me envolver com ele de qualquer maneira.
- Boa sorte então!
Ele diz e sai em direção a porta do restaurante, abre as portas e declara oficialmente aberto para o expediente de hoje. Depois ele vai até o caixa que é o seu cargo principal.
Giulia faz de tudo um pouco, recebe, atende, organiza, direciona, comanda e tudo em perfeita ordem e harmonia, ela lida bem com pessoas.
A medida que o restaurante começa a encher ela me dá um sinal para começar. E vamos de cantoria.
Giu não me repreendeu em nada na questão de o que cantar então fiz minha playlist da forma que me senti mais confortável, começando com Oasis - Potyguara Bardo.
Enquanto canto consigo perceber os olhares das pessoas sobre mim, alguns olhares de aprovação, alguns de surpresa, alguns de desaprovação, nada que eu já não estivesse acostumado, mas um olhar me chamou atenção, um olhar de encanto vindo dos olhos castanho escuros de Luiz.
Seu rosto abria um sorriso a medida em que eu ia cantando a música, seus olhos brilhavam e eu ficava sem chão ao ver aquele sorriso, que, ao que tudo indicava era para mim.
***
Chegou o momento que Giulia estava esperando, ela até parou de fazer tudo para prestar atenção e não só ela mas Luiz também parecia atento para ouvir a tão esperada música do dia.
Comecei a cantar Flutua e o já esperado da plateia acontecia, alguns admirando, outros conversando entre si, normal.
"- O que vão dizer de nós?
Seus pais, Deus e coisas tais
Quando ouvirem rumores do nosso amor"
Vejo Giulia olhando para mim com um sorriso enorme e um brilho intenso no olhar, ela realmente gosta dessa música pelo jeito.
"- Baby, eu já cansei de me esconder
Entre olhares, sussurros com você"
Giulia ao perceber que eu estava a encarando direciona seu olhar para onde está Luiz e eu sigo a olhar naquela direção.
"- Somos dois homens e nada mais"
Nossos olhares se encontram em meio aquela multidão, fixos, interligados, contínuos, emocionados.
"- Eles não vão vencer baby
Nada há de ser em vão
Antes dessa noite acabar
Dance comigo a nossa canção"
O que era aquilo? Aquele desejo entre olhares, aquele sentimento, aquele nervosismo, aquela fixação, não conseguia tirar os olhos dele e ele não parava de me olhar.
Ele abre um sorriso e logo em seguida eu abro também, éramos só nos dois em meio multidão.
"- E flutua, flutua
Ninguém vai poder, querer nos dizer como amar
E flutua, flutua
Ninguém vai poder, querer nos dizer como amar"
É Johnny Hooker, eu acho que estou flutuando.
***
O expediente acabou, o restaurante foi sendo fechado aos poucos, meu trabalho já acabou.
Mas o que foi aquilo? Eu senti como se estivesse cantando no espaço, sem gravidade, não conseguia tirar o olho de Luiz.
Vejo ele se aproximando aos poucos de mim e já começo a ficar sem jeito.
- Você... foi incrível!
- O-obrigado.
Digo rindo sem jeito, ele continua parado me encarando sem dizer nada por um tempo até que continua.
- Eu nunca tinha ouvido essa música antes mas que ótima hora para começar a ouvir, eu amei, muito boa e na sua voz ficou melhor ainda.
A essa altura eu já não sabia mais como responder, eu só queria ficar olhando pra ele feliz o dia inteiro.
- Obrigado, modéstia sua falar isso.
Digo rindo sem jeito.
- Que nada, o jeito como você sentiu aquela música, eu consegui sentir o que você sentia.
Será que ele conseguiu mesmo? Duvido muito.
Ele segura minha mão suavemente, olha no fundo dos meus olhos e diz:
- Obrigado por aquilo.
- Aquilo?
- É você sabe, eu senti o que você sentiu, de verdade.
Ele solta minha mãe e sai em direção a cozinha. Será que ele realmente sentiu? Aquilo. Não é hora de pensar nisso, é melhor eu ir pra casa, mas... mas nada.
Procuro Giu para me despedir mas ela insiste que eu almoce antes de ir então eu nem me oponho por que estava realmente com fome e comida a gente não nega.
Percebo que Luiz sumiu desde aquele momento. Será que ele já foi pra casa? Será essa a única vez que nos veremos? A última vez que nos falamos?
Ele surge do meu lado me causando um pequeno pulo de espanto.
Enquanto ri do meu susto e quase engasgo com a comida ele me passa um papel e uma caneta.
- Anota seu número aí por gentileza? Ou você prefere que eu anote o meu e você me manda mensagem depois?
Ok, talvez não seja a última vez que vamos nos falar.
- Eu anoto o meu.
Anoto meu número no papel e entrego de volta para ele junto com a caneta.
- Ele lê o papel rapidamente, guarda dentro da capinha do celular e fala:
- Vou guardar aqui dentro pra não esquecer e não perder, agora eu tenho que ir, a gente se fala viu? Foi ótimo te conhecer.
Ele abre um sorriso tranquilo.
- Foi ótimo te conhecer também.
Digo meio sem jeito, ele estende a mão para um aperto de despedida e eu retribuo.
Ele sai animado enquanto eu vejo ele sair pela porta dos fundos do restaurante e um capacete de moto pendurado no braço. Ele pareceu feliz com aquele papel na capinha do celular, mas pode ser só impressão minha.
Olha para frente e vejo Giu me encarando com um sorriso malicioso.
- Que foi?
- Acho que alguém tava feliz demais com um número de telefone.
- Nada a ver Giu.
Eu digo desviando o olhar.
- Será que não tem nada a ver mesmo? Ein? Muita gente reparou naquele momento, vocês se olhando.
Não consigo responder, apenas lembrar daquele momento, foi ótimo, mas será que as pessoas reparando não poderia causar algum tipo de problema com o pai dele?
- Giu, será que as pessoas podem comentar sobre tudo o que rolou hoje com seu irmão? Afinal são os clientes dele.
- É possível, mas com aquele homofóbico de merda eu sei lidar pode ficar tranquilo, enquanto ao Luiz, problema pra ele acho que não vai causar não pode ficar tranquilo.
Me sinto menos preocupado mas não aliviado. Ficamos por ali mais um tempo jogando conversa fora até a hora em que decidimos ir embora, ela faz um pagamento generoso pela apresentação, não desvalorizando minha arte mas aquilo era realmente generoso. Fico relutante em aceitar tudo mas ela é convincente.
Resolvo voltar pra casa de ônibus pois o ponto era perto e o ônibus que vai pro meu bairro já estava chegando.
Andando pela cidade até a minha casa reparo nas pessoas na rua como sempre faço imaginando suas histórias. Não consigo tirar aquele momento da cabeça. Será que Giu estava certa? Não posso confirmar isso, além do mais eu não quero me relacionar com alguém agora ainda mais alguém não assumido.
Chego em casa cansado, deito logo na cama com o celular prontamente em mãos para checar as mensagens que não tive tempo de checar antes.
Uma mensagem de um número desconhecido.
"Oi, é o Luiz, adiciona meu número aí. Sabe, eu sei que já disse isso, mas você estava lindo cantando lá hoje."
Ele definitivamente não tinha dito aquilo antes, eu lembro de "foi maravilhoso", "emocionante", mas "você estava lindo" não.
"Oi, vou adicionar sim e a propósito, obrigado kkkkk"
Respondo e bloqueio a tela do celular, rapidamente ele apita.
Outra mensagem de Luiz. Ele respondeu rápido.
"Então, você tem alguma coisa pra fazer amanhã a noite?"
Ué, isso foi um... não, acho que não.
"Tenho não, por que?"
"É que eu recebi a notícia agora que meu pai vai viajar amanhã cedo e só volta semana que vem e eu sei que a gente se conheceu hoje e tudo o mais mas você não quer vir aqui em casa não? Tipo, não precisa se não quiser, mas se quiser a gente pode fazer umas coisas legais sabe? Eu sei cozinhar muito bem."
José tira esse sorriso bobo da cara agora, ele está te chamando para um programa de amigos, A M I G O S.
Nossa mas ele me chamou de lindo. Mas isso não quer dizer muita coisa também né?
"Olha, kkkkk posso ir sim, que horário? É pra mim levar algo?"
"Só traga você, pode vir lá pelas 18:00, essa hora eu já vou ter voltado do restaurante e pelo menos ter tomado um banho kkkkk."
"Ok então, combinado."
"Combinado."
Ai ai Johnny Hooker, acho que eu tô...
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contosts · 4 years ago
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A menina que sonhei ...XIII
Não sabia distinguir qual era o significado daquele olhar, embora se imagine que eles já desconfiavam de minhas tendências de ser menina, eles não imaginariam eu em público e com o apoio das outras duas mulheres da família. Não via-se nada ali de diferente o que três mulheres felizes em encontrar os meninos.
Não foi desconfortante, apenas um choque que para o mais velho passou rápido, pois estando em Resende, com idas aos finais de semana ao Rio, imagino que as variedades de combinações de gênero seja maior e muito mais comum, para ele soou indiferente. Já meu irmão Nerd, de alguma forma eu sei que mexi com ele, acho que nunca imaginou seu irmão uma menina, bonita e simpática.
Não conversei nada com eles até chegar a casa, era um misto de respeitar o espaço e o tempo deles e realmente sentir-me em um campo confortável que seria nossa casa.
Eles rapidamente subiram, foram matar a saudades do quarto e da casa, enquanto isso nós as meninas fomos preparar o lanche com as coisas que tínhamos comprado. Mamãe a sua maneira ficou na retaguarda, acolhendo a todos, atenta a qualquer atitude que pudesse ferir a qualquer um de nós. Sabia lidar muito bem com situações de risco e limites entre as variações de humor, amor e ódio.
Terminado de fazer o lanche ela olhou para mim e disse.
- Princesa, ela já achava um jeito carinhoso de me chamar, minha irmã ela chamava de Soberana. Vai lá sem gritar da escada e chame cada um dos seus irmãos para o lanche/jantar.
- Mas mãe, você viu eles nem falaram comigo!
- Eles não falaram ou a mocinha que se fechou em um casulo, vamos lá dê a eles uma chance de conhecerem a Simone.
Eu subi, pensei melhor o mais velho. Bati na porta e ouvi, tá aberta entre.
Abri e da porta falei, a mamãe pediu pra chamar vocês para o lanche. Ele olhou para mim e disse.
- Entre, você mudou muito estes últimos quatro meses, está tudo bem com você, não tem sofrido algum booling dos valentões do colégio?
- Não, eu não vou assim para o colégio, não este ano. Mamãe achou melhor eu me manter como menino até o fim das aulas, mas às vezes um ou outro tenta insinuar algo mas mamãe deu ordens pasta nossa irmã assumir a função de guardas costas e tem sido tranquilo. Mas obrigada por perguntar, desculpe não te receber melhor ou te falar nada, na verdade eu fiquei com medo de sua reação, espero poder ser sua irmã no futuro.
- Que nada, eu já li sobre isso, entendo que não temos o que fazer a não ser ajudar e compreender, se não te der apoio aqui, a rua será um ambiente pior.
- Jura, Você não esta decepcionado comigo?
- Não maninha, mas me diga como posso te chamar?
- Nossa que falha a minha, prazer eu sou Simone, sua nova irmã! A seu dispor! E fiz uma referencia com a saia que ele deu risada levantou-se e deu-me um abraço bem forte que quase me quebrou, era o jeito meigo dele me dizer que me amava. Pegou-me pela cintura, levantou e girou e disse.
- Simone, estou aqui pra cuidar de você é só dizer e caio matando quem te machucar. Vamos lá lanchar que estou um touro de fome.
Realmente acreditava totalmente nele, mas antes pedi para ele ir comigo chamar nosso irmão.
Bati na porta e disse pra vir lanchar, não ouvi nada, bati novamente e meu irmão abriu rapidamente a porta, deu tempo apenas de meu irmão Nerd fechar a tela do computador de um site com uma mulher, ajeitar-se e falar mal ele.
- Escuta aqui o aprendiz de Tom Cruise, não sabe respeitar o espaço dos outros e ia falar mal quando me viu na porta e perdeu-se todo na fala, olhou rapidamente no vídeo, pra ver se não tinha ficado nenhuma outra tela e puxou o cabo de força desligando tudo.
- Já vou lá, podem descer.
Meu outro irmão falou, eu e Simone iremos te esperar, venha.
- Simone? Quem?
Ai novamente me desculpei.
- Desculpa, não conversamos direito, meu nome é Simone! Pelo menos aqui em casa, sei, não faça essa cara é uma longa historia e depois posso conversar com vocês dois, mas acho que mamãe fará isso antes, se não descermos agora lanchar.
Eles podiam ser o que fossem, mas as ordens da Mãe eram lei marcial, não pensavam duas vezes antes de obedecer e assim descemos nós três, mas com o meu irmão mais velho à frente comigo, enganchado em minha cintura como se eu fosse irmã dele desde que nasci. Antes teríamos descido ate o jantar um dando socos nos outros, realmente as coisas mudam rápido.
Na mesa minha mãe esperava e já foi falando.
- Vejo que Simone foi eficaz em chamar vocês, sentem-se. Vamos lanchar primeiro, depois temos alguns pra tratar e piscou para mim.
O lanche foi normal, fora que o Nerd volte e meia me olhava de canto de olho, mas foi praticamente como antigamente. Terminado eles já foram se levantando quando mamãe disse.
- Princesa, dê-me licença, quero conversar em particular com seus irmãos, faça-me um favor, se vista como naquele almoço, sei que saberá exatamente o que estou querendo dizer. Chamo-te quando terminar ok, estaremos ali na sala.
Ai só ouviu, o guardar das coisas em geladeira e pia e logo mamãe começou a conversar.
EU subi e fui rapidamente para meu quarto. Já tinha uma parte do armário só minha e uma penteadeira reformada. Fui me preparar sabia que tinha pouco tempo.
Primeiramente, tranquei a porta, nem sei por que. Tirei toda a roupa, escolhi uma conjunto preto, aquele com arco, e realmente era colocar e meus seios ficavam redondos e pontiagudos. Sentir a renda neles me deixava alucinada.
Vesti a calcinha fio dental, ajustei firmemente na frente puxando o minúsculo clitóris para trás rsrs, e deixei-a bem encaixada em minha já avantajada bunda.
Sentei na escrivaninha/penteadeira e fui fazendo a sombra suave, cremes na pele, pó, passei o lápis. Escolhi um batom bem sensual rosa. Já estava de unhas rosa apenas coloquei mais dois anéis. Mudei o brinco e já tinha mais dois furos que completei com outros dois brincos. Modifiquei meu cabelo deixando ele caído em um dos lados e preso no outro de forma a dar um olhar fatal rsrs.
Tínhamos reajustado o tubinho, agora ele mostrava muito mais de meu decote, principalmente com este soutien. Coloquei uma gargantilha com meu nome escrito em letras miúdas. Umas 10 pulseiras em um braço um bracelete no outro e vesti uma meia com desenhos que suavizavam e destacavam minhas pernas. O vestir meia era o maior prazer para mim, era uma corrente pura de excitação. Sentiam no bojo meus bicos explodindo, mesmo sabendo que era para meus irmãos verem a mulher que estava me transformando e tirar qualquer dúvida de minha feminilidade.
Passei um perfume Paris, que tem uma fragrância marcante, fiquei treinando um andar marcante, para minha entrada na sala.
Parecia uma eternidade, logo ouvi Princesaaaaaaaaa! Preciso de sua ajuda.
Desci o toc toc do salto já dava o ar de que não era apenas a irmã transexual deles vindo e sim uma mulher elegante e de passo marcante. Realmente Mamãe tinha a arte da sedução e da marcação do território feminino.
Quando entrei na sala, ambos me olharam, mamãe fez um sinal e eu passei por eles e me sentei ao lado dela que se levantou, deu-me um beijo e disse já volto. Eu fiquei esperando ela sair e disse.
- Oi meninos, está aqui é a irmã de vocês, pretendo a partir de primeiro de dezembro assumir-me completamente. Seu irmão deixará de existir, gostaria de contar com a ajuda e apoio de vocês e saibam que amo vocês mais ainda. Não procurei estar assim, foi acontecendo e me descobri amando ser mulher, o que me dizem.
Meu irmão mais velho levantou-se, deu-me a mão para levantar e com um beijo na testa disse.
- Simone, como já havia dito, vou te respeitar e proteger como faria com todas as mulheres desta casa, para mim você já é oficialmente minha irmã. Amo-te e me abraçou longamente. Pude perceber ele sentindo meu corpo junto ao seu, passou levemente a Mao em minhas costas sentindo o soutien, colocou a mão na minha cintura, me fez dar um giro e deu um novo beijo na testa e sentou-se. Essa cena foi para ele perceber que eu estava de calcinha fio dental, já sabia destas artimanhas dos homens (tinha lido nas revistas de moda).
Meu outro irmão levantou-se, aproveitou que já estava de pé e abraçou-me, mais demorado ainda, o senti cheirando meu pescoço, suas mão percorreram toda a minha costa, uma delas a do lado de meu irmão parou na cintura, mas a outra subiu até os seios, os apertou suavemente, desceu até a cintura, mexeu em minha bunda sem antes contornar toda minha calcinha com o dedo, sem que seu irmão percebe-se e disse.
- Simone, você esta linda, uma mulher atraente, quisera eu poder namorar alguém com sua beleza, conte comigo, estarei sempre a te ajudar, não se preocupe, posso não demonstrar, mas também te amo, apenas entenda que ainda não me acostumei totalmente em você ser minha irmã.
Confesso que ambos foram elegantes, o ultimo com uma sensualidade que não esperava de um Nerd, mas acho que ele era exceção.
Nisso ouço um barulho de estouro e é mamãe já entrando com uma champagne, só depois percebi na mesa de centro umas taças e assim brindamos a minha vinda a família.
Mamãe saiu da sala, subiu e disse que iria deitar-se que o plantão foi cedo demais. Ficamos nós três conversando, perguntei se eles tinham alguma curiosidade e fui respondendo, quando a champagne terminou, eu que não estava acostumada já estava mais solta. Meu irmão mais velho despediu-se ao receber ma chamada no celular de sua namorada carioca, pediu licença e saiu.
Nisso ficamos eu e meu irmão ali. Ele perguntou se eu estava com sede, foi até a geladeira e pegou um vinho espumante mais simples. Abriu me serviu e brindou dizendo.
- A minha irmã especial, que eu amo de paixão. Brindamos e viramos o copo, pois foi isso que ele disse logo ao brindarmos.
Acabamos aquela taça e eu já estava tonta, fui me despedir dele e abracei para dar tchau, ele novamente fez o mesmo, agora com as duas mãos, aquilo me deixou meio perdida, senti meus seios furando o soutien e cutucando ele que olhou e logo em seguida senti seu penis duro de encontro a minha barriga.
Não sabia se saia ou se ficava. Era algo diferente. De repente ele falou.
- Sei que não é certo, mas você esta linda, gostaria de te dar um beijo.
EU boba e tonta fiz beicinho e virei o rosto, mas ele foi rápido e deu-me um beijo selinho. Parou e ficou me olhando.
Não sei por que, retribui e disse. Desde o dia em que perdemos papai, queria te agradecer por ter me colocado ao seu lado e de nosso irmão, foi muito importante para mim, às coisas mudaram, mas queria te agradecer de coração.
Ele disse.
- Queria te beijar de novo.
- Eu também, mas acho que já passamos dos limites, não é certo e preciso subir.
- EU te ajudo.
- Não precisa, falei isso e dei as costas, como que querendo mostrar que era forte.
Ele aproveitou minha baixa de guarda, encostou-se atrás de mim e disse, deixa eu te levar.
Quando virei o pescoço para dizer não ele me deu um segundo beijo, mas desta vez bem longo, pegando em minha cintura. Fiquei em choque, meu corpo tremia, palpitava. Senti que ele realmente me desejava como mulher. Senti toda sua masculinidade quase furando minha saia e calcinha.
- Não podemos, sou teu irmão.
- Meu irmão não existe mais, vejo um Princesa em minha frente, estou apaixonado por você Simone, desde que te vi no saguão do aeroporto.
- Vamos dormir o álcool esta me afetando, nem deveria ter tomado este vinho e subi rapidamente, do alto da escada virei para trás e o vi me olhando. Ali do alto vi que meu irmão era um gato, mas dei um beijinho, entrei no meu quarto e girei a chave para ele entender que tudo não passou de uma loucura.
Na cama, fiquei pensando e sentindo o cheiro dele em minha boca, tirei o vestido e seminua, procurei tocar em todo meu corpo e tive um orgasmos que ate então não havia sentido, realmente aquele diabinho provocou o que de melhor/pior poderia existir em uma mulher quando se sente desejada. Acordei no outro dia sabendo exatamente tudo o que tinha ocorrido, mas prometi me comportar. Pelo menos era o que meu consciente dizia, logo perdi meu pensamento lembrando que Lorena viria visitar meus irmão e havia se esquecido de dizer a eles que eu tinha uma namorada.
A primeira imagem que veio no sonho foi o meu primeiro beijo em um homem, meu irmão a poucos minutos na sala, assustei-me e pulei da cama, a imagem agora de Lorena vinha a minha mente dizendo. “Eu serei sempre sua mulher! A cena daquela noite juntas foi o suficiente para eu saber que amava Lorena, mas tinha um outro tipo de tesão pelo meu irmão!”
https://www.casadoscontos.com.br/texto/202105262
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ricofog23 · 4 years ago
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   - Vai, diz logo?
   - Problema com a morango, esta causando de novo, no sinal.
   - Deixe comigo, vou disso agora, afinal se depender de vocês tudo vai para o brejo, agora vão.
   - Sim.
   Ela sai dali, na parede a foto, de uma mulher bem diferente dela com duas crianças ao lado.
                                          25112020.............…
                         Assim que Jarbas sai, Glads surge na rua, junto Arlete.
   - Bom dia Glads, dona Arlete.
   - Oi, bom dia seu Vanderlei.
   Vanderlei entrega o bilhete para Glads, Arlete olha para o homem.
   - Seu Vanderlei, aquela continha que eu te devo, amanhã eu irei.........
   - Não se preocupe dona Arlete, seu filho já pagou.
   - Pagou?
   Arlete olha para Glads ali que lhe sorri.
   - Olhe gente, vou ter de sair, preciso comprar algumas coisas e mandar lá para o clube.
   - Pelo jeito, gostou muito do serviço hein?
   - Serei sempre grato ao senhor, seu Vanderlei que Deus lhe abençõe e muito viu.
   - Eu, nada, você que é um bom funcionário, qual empresa não gostaria de te-lo em seu quadro.
   Arlete vibra ao ouvir aquilo do filho, Glads se despede, Arlete olha para Vanderlei.
   - Seu Vanderlei, já que o meu filho pagou será que eu posso...........
   - Lógico dona Arlete, ele já deixou tudo certo comigo, o que precisar é só vir.
   - Muito obrigado seu Vanderlei.
   - Vem dona Arlete, chegou umas frutas que só vendo de belezuras.
   - Que bom, as crianças precisam de frutas e o velho também.
   Arlete segue o homem para dentro do comércio, Lourival termina as suas obrigações no altar dos santos, uma criança chega a ele.
   - Vô, estou com sede.
   - Ficou maluco garoto, eu lá sou seu avô, vai e beba na torneira, se quiser, afinal quem cuida de vocês é a Arlete não eu, onde ela esta?
   - Ela saiu vô.
   - Logo ela vem, vai e beba na torneira.
   Nisso surge ao lado do garoto um homem velho, barbas brancas e traz na mão um machadinho.
   - Xangô, meu pai.
   Lourival se apressa e atende o pedido do garoto lhe dando água gelada na cozinha, ainda em assombro ele olha da porta para o quintal, outras duas mulheres ali paradas ao lado do velho.
   - Salve, Oxum e Iansã.
                                           25112020..........…
    16
                        Glads e Elis é só beijos e caricias em meio a tanto amor.
   - Se receber tanto carinho assim for perigoso, vou morrer disso com você.
   - Você é meu anjo.
   - Lindo.
   Glads paga a conta na lanchonete e Elis abre a porta do carro.
   - Ainda não entendo por que você, tão lindo não tem carteira de habilitação?
   - Tudo a seu tempo, primeiro tenho outras prioridades.
   - Tipo?
   - Te fazer muito feliz.
   - Seu bobo.
   - É verdade, eu te amo.
   - Vai, amanhã vamos resolver isso, faz assim vou te dar a carta de presente, tá bom?
   - Não, por favor amor, não estou contigo por isso.
   - Não Glads, nunca pensaria isso de você, eu te amo cara, só te quero assim com mais oportunidades.
   - Eu vou conseguir, acredite terei tudo o que for preciso para te fazer feliz comigo, só que no meu tempo, amor.
   - Tá, tudo bem, te amo gato.
   - Eu é que te amo, agora vamos.
   - Onde?
   - Na minha casa.
   - Assim, amor, eu não me arrumei direito, ai amor.
   - Vai, vem comigo, todo mundo esta te esperando.
   - Sério mesmo?
   - Sim.
   - Tudo bem, vamos.
   Glads vai orientando Elis e em menos de 20 minutos eles param frente a casa do homem.
   - É aqui.
   - Nossa amor.
   - Sei, muito humilde, eu te disse sou pobre.
   - Não, é lindo o lugar.
   Elis desce junto de Glads e logo no portão as crianças os recebe, eles entram, Elis recebe abraços destes até que Arlete surja.
   - Crianças, deixem a moça.
   - Oi.
   - Oi, sou Arlete a mãe do Glads.
   - Oi, dona Arlete.
   - Deixe a dona, pode me chamar de Arlete.
   - Arlete.
   Arlete leva Elis para dentro, na sala fora colocado alguns lençois e toalhas para servir de forro nos sofás, Elis senta ali e fica a olhar tudo ao redor.
   - Não liga não doutora, aqui tudo é bem simples, mais é limpo.
   - Não sou dessas Arlete, eu gosto do seu filho e já gosto de vocês.
   - Que bom.  Arlete faz sinal a uma das crianças que traz suco para eles.
   - É de caja manga.
   - Mãe.
   - O que foi filho, a doutora deve estar com sede.
   - Estou sim, obrigada.
   Elis bebe o suco sem cerimônia, que faz Arlete muito alegre ali, Lourival surge.
   - Oi.
   - Oi senhor.
   - Lourival, a seu dispor.
   - Senhor Lourival.
   - Pode me chamar de Lourival, finalmente estou conhecendo, bem que o Glads diz, você é a perfeição em mulher.
- Obrigado, nossa fiquei sem jeito.
- Vô.
   - É serio, muito linda.
   - Obrigada.
   Arlete tossi e assim o assunto vai para outro rumo, Lourival senta na poltrona de frente a Elis e não para de olhar.
   - Você tem mais irmãos fora estes?
   - Não, eles ficam aqui, são tipo adotados por minha mãe.
   Lourival entra no assunto.
   - Ele teve um irmão, gêmeo com ele.
   - Onde está?
   - Morto.
   Todos ficam em silêncio estranhando Lourival ter trazido este assunto que ele por tanto tempo insistiu em não tocar.
   - Me perdoe por ter tocado nisso, de verdade.
   - Nada, faz muito tempo.
   Arlete começa a tremer e logo derruba seu copo, sai correndo para o seu quarto, logo retorna com o boneco nos braços.
   - Olha, filho a moça que namora seu irmão veio nos visitar.
   Lourival diz.
   - A louca iniciou o show, vamos ver se agora a doutora ainda vai querer qualquer coisa com meu neto, vai querer doutora?
   Elis recebe o boneco de Arlete e ali o conforta, a mulher vem até ela e Elis a recebe com um abraço, Arlete fala frases desconexas, logo vai se acalmando, Glads a leva para o quarto onde ela repousa.
   Elis ainda fica alguns minutos e logo sai junto de Glads.
   - Até logo.
   - Até, volte sempre.
   Lourival diz para ela.
   Dentro do carro, Glads fica desconcertado com o acontecido.
   - Me desculpe, mais eu já havia te explicado tudo isso, sei que ver é bem pior, só entenda, não somos ruins, é que minha mãe é um tanto.......
   - Amor, tudo bem, vou arrumar um psicólogo para ela, se quiser, vai ficar tudo bem.
   - Ela não tem isso tantas vezes, quase nunca, mais quando minha tia nos visita.
   - Tia?
   - Sim, minha tia Luciana, trabalha no hospital, ela é quase chefe lá.
   - A Luciana, chefe da enfermagem?
   - Acho que sim, é isso.
   - Nossa, eu a conheço ela ajudou muito a uma família conhecida.
   - Ela tem um coração muito bom.
   - Glads, por que ela não levou vocês para morar com ela?
   - Não, ela já ajudou muito a gente, nem nós queremos isso, sabe, ela tem de ter a privacidade dela.
   - Entendo.
   Elis sai com Glads para outro lugar, beijos e mais caricias e eles terminam num motel.
                                                       26112020...............…
                  Marcelo atende uma paciente, ao entregar a receita ele a acompanha até a porta, a mulher sai e ele procura por um novo talão do receituário, sem encontrar ele sai do consultório.
   A namorada dele entra no consultório e já vai mexendo em tudo a procura de algo, até ficar frente a mochila e a pasta do doutor, ela abre a mochila vasculha e nada, parte para a pasta mais esta tem segredo no cadeado, ela tenta por duas vezes e não consegue na terceira ela abre.
   - Aconteceu algo?
   - Doutor.
   - Esta procurando algo querida?
   - Me desculpe amor, estava aberta e eu ouvi um celular tocando, só quis........
   - Eu sei amor, estou de brincadeira, confio em você.
   - Ai, cruzes, olha me gelei, achei que estivesse pensando em mim como uma ladra ou coisa assim.
   - Jamais querida, agora já que esta aqui que tal eu medir sua temperatura?
   - Adoro dr.
   Marcelo tranca a porta e vai para a mulher ali sentada na mesa, logo aos beijos ele iniciam os exames.
   Tereza entra no hospital, Luciana a vê e logo vai atende-la.
   - Tereza, aconteceu algo?
   - Oi querida, Lú estou um tanto indisposta, sei lá, acho que fiz alguma extravagância, sei não, meu doutor esta atendendo hoje?
   - Hoje ele não veio, mais fique tranquila vou te passar por um tão bom quanto ao seu ultimo.
   - Sei que vei, você é formidável querida.
   - Obrigada.
   Luciana pega o telefone no balcão e logo recebe a resposta.
   - Ele já a aguarda no consultório, vou leva-la.
   - Obrigada querida, você sempre cortês e altamente educada, uma verdadeira profissional no que faz com excelência.
   - Obrigada Tereza, vamos?
   - Sim querida.
   Tereza acompanha Luciana até o consultório de Cristiano, Lú bate a porta de leve, o doutor vem até a mesma recebe-las, Tereza entra e Lú sente o olhar da mulher para com Cristiano, nisso por trás de Tereza ela olha para o doutor.
   - Boa tarde, entre por favor.
   - Boa tarde, obrigada.
   Tereza entra sendo levada por Cristiano que segura a mão da mulher, Luciana fecha a porta e segue para sua sala e seus compromissos.
   Minutos depois Tereza vai até Luciana.
   - Obrigada querida.
   - Nada.  Após as praxes ali, Tereza sai mais antes confidencia a Luciana que o doutor é muito lindo e que quer novas consultas com o mesmo, o que faz Luciana garantir que as terá sem problemas.
   - Segurou o melhor doutor pra você hein.
   - Me desculpe Tereza, fique tranquila, terá seu tratamento com ele.
   - Agora sim, fiquei mais aliviada, afinal um gatão daqueles não é sempre que temos nos examinando, concorda?
   - Sim, com toda certeza ele é lindo, mais um excelente profissional também.
   - Isso não se discute, sua beleza e seu profissionalismo são magnificos.
   Logo Tereza se despede entrando no carro, Luciana segue para o consultório de Cristiano.
   - Conseguiu hein doutor.
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Capítulo 68
Ainda estava no caminho pra delegacia quando Bruna me ligou
-oi bruubs -disse
-oii nat sumida, eu estou em SP, borra pegar uma balada hj? Tem show do Henrique e Juliano
- pensei em recusar, mais como já fazia um bom tempo que eu não saia me distrair resolvi aceitar- tá boom, bora , as 22 passo no teu hotel,
-vou mais cedo, vai direto pra lá, te passo a localização e coloco seu nome na lista
-ok ok então, uma 21 hrs to lá
- a tarde passou voando, cheguei em ksa era uma 6 da tarde
-chegueiii - disse gritando abrindo a porta
-maee - clara veio correndo e me dando um abraço
-oii amor, oque fez a tarde inteira?
-eu brinquei muito,
-aonde está a Nick?
- tá tomando banho,
-claraa, está pronto seu lanche - disse a Maria da cozinha
-vai la comer amor,- disse pra ela enquanto subia pro quarto da nick
-filhaa, disse entrando ,
-Banheiro- ela gritou
- eu vou sair com sua tia Bruna viu? Maria vai ficar aí com vocês
-ok ok mãe, vai lá divirta-se
- beijoos-disse saindo do quarto
-fui me arrumar, tomei um banho , sequei meu cabelo e fiz uma maquiagem mais pesada, com um olho preto e um batom marrom, olhei no espelho e gostei do que vi, fazia tempo que eu não me via tão arrumada assim,
- abri o guarda roupa para escolher a roupa e dei de cara com uma camisa esquecida do Luan, me fazendo chorar, porque essa casa tinha que ter tantas lembranças?
Postei uma foto do meu guarda roupa, rezando para que ele entendesse a indireta, porquê eu tinha que ser tão orgulhosa desse tipo?
@naahNS estou com tudo no lugar de sempre
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Retoquei a maquiagem e coloquei um tubinho azul marinho e um escarpim preto e desci era umas 8:40, a essa hora Nick e clara já estavam assistindo TV
-mamaee, você tá muito linda - disse clara assim que me viu descendo a escada
-mae, que é isso hein? Tá muito gata -disse a nick
-obrigada meninas, disse chegando perto do sofá, eu vou indo, se comportem, sem brigas e bagunça aqui viu?
- tá bom , elas falaram juntas, dei um beijo em cada uma e sai
Enquanto estava no UBER fuxicando no Instagram vi que Luan postou uma foto
@Luansantana : foi fácil, mais ficar sozinha aí como e? Que tal por tudo no lugar de sempre as coisas as fotos as roupas e a gente? , bora SP que hoje eu sou todo de vocês
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Pelo visto alguém tinha entendido a indireta, socorro kkkkk.
LUAN NARRANDO
Meu show hoje era no festival sertanejo, então foi mais cedo, logo depois vinha Henrique e Juliano e eu fui junto com a Bruna pro camarote curtir um pouco a noite, já que estava cedo e ela não ia me deixar em paz enquanto não fosse.
Cheguei no camarote pedi um drinks e Bruna foi dançar enquanto eu sentei em uma mesa, não demorou muito a mesa já enxeu de mulher, mais do que adiantava , se a que meu coração quer eu não posso ter, foi quando olhei pra entrada do camarote Natacha apareceu, um olho preto esfumado montada num salto 15, eu nunca tinha visto ela tão linda daquele jeito, isso me fez pensar o porque nós brigávamos tanto?porque não dávamos certo? Será que o nosso destino era esse? Nunca dar certo?
FIM LUAN NARRANDO
Cheguei no camarote e assim que entro meu sangue ferveu, luan rodeado de piriguete, mais eu sabia bem como pôr elas em seu devido lugar, já que também sabia que Luan nunca gostou desse tipo de mulher
Cheguei passei por trás do Luan passei a mão em seu cabelo e sentei do lado dele bebendo um gole do drink dele,
-oi pessoa disse dando um beijo na bochecha dele
-Oi delegada, que isso hein? - ele disse retribuindo o beijo
as 3 que tavam na mesa ficaram se ação e logo sairam
-Sacas o poder da delegada, Luan falou, expulsou 3 só no olhar
- mexe comigo pra tu ver, eu disse analisando o luan de cima a baixo , que homem senhor que homem, e falando nisso, vou ali pegar um drinks e procurar a sua irmã
-Foi ela que te chamou? Luan pediu
-sim, me ligou hoje de tarde
-huum , interessante - disse Luan como se acabasse de entender alguma coisa
-peguei meu drinks e fui para onde Bruna estava,
-chegou chegando em delegada- ela disse me abraçando
-se não for pra causar eu nem vou kkkkkk, Luan logo se juntou a nós e ficamos ali conversando
- já volto gente disse Bruna saindo , e naquela altura do campeonato, eu já estava no meu 3° BLUE Ice e desejando que Bruna voltasse logo para eu não fazer merda kkkk
Ainda bem que não tô de plantão amanhã falei dando uma golada no drink,
-pse, pq você já tá no 3° né? Disse luan me olhando enquanto dava um gole no dele
-vou dar PT desse jeito, quando terminei de falar essa frase notei o quão junto eu e luan estávamos,
-isso não vai dar boa coisa - suspirei e quando dei por mim estávamos no meio de um beijo e minha mão brincado com a pontinha do seu cabelo na nuca
-eu te amo Luan disse em um sussurro
-eu muito mais -disse olhando pra ele- não me deixa nunca mais ?
-nunca mais - ele disse me puxando pra mais perto para outro beijo.
Que coisa mais bonita brassiil - disse Bruna chegando
-aii meu Deus lá vem - disse rindo
- logo começou o show do Henrique e Juliano quando deu 1 hora da manhã Luan falou : borra dar uma passada no camarim deles pra dar um oi e bora ? Ele disse pegando na minha mão
-bora luuh, KD a Bruna?
-bruna vai voltar de taxi
- e nós também pq eu vim de Uber
- eu também vim com a produção, mais foi todo mundo embora já.
-quando estávamos indo em direção ao camarim choveu flash ,
- as fãs vão pirar - eu falei,
-hahahah , momento de alegria total no fadom vai ser amanhã com essas fotos em TDS os sites kkkkkk
Chegamos no camarim deles, só demos um alô e logo chamamos o UBER
- cada um pra sua casa?- Luan me pediu
- sim, se amanhã ainda quisermos voltar, conversamos - disse, não queria voltar agora e amanhã me arrepender e me machucar ainda mais , era uma decisão muito importante para nós decidimos bêbados.
- durmo no quarto de visitas- Luan disse enquanto me dava um selinho
-chegamos em ksa
- entrei tomei um banho para tirar a maquiagem e o suor do corpo e adormeci , rezando pra não acordar com uma das piores resacas amanhã, que e a moral.
- acordei ouvindo as meninas se arrumando para ir para a escola.
-desci e elas estavam tomando café
- bom dia meus amores , disse dando um beijo em cada uma, Nick estava mexendo no celular sentada na mesa e clara tentava convencer Maria de que não estava com fome
-bom dia mãe , Nick disse não desgrudando o olho de uma matéria que estava lendo.
- Dona Natacha , clara não quer comer - disse Maria
- clara, pelo menos um tody vc tem que tomar
- tá bom disse clara indo tomar um leite emburrada
Nick narrando
- acordei de manhã com meu celular tocando no despertador.
Vesti meu uniforme peguei minha coisas e desci , comecei a tomar meu café e dar uma espiadinha nas minhas redes sociais quando chega mensagem da minha tia bruna
-e aí , como tão as coisas aí ?
- bem ua? Oque teria de diferente?
- vc ainda não sabe?
- não!
-olha isso , ela disse me passando o link de uma matéria
-NATACHA E LUAN SANTANA REATARAM? CASAL FOI VISTO JUNTOS EM SHOW SERTANEJO
- estava lendo quando nat desceu e deu bom dia
- continuei lendo e soltei uma indireta pra ver se colava
- como foi a festa? - pedi como quem não sabia de nada...
- Boa, Deu pra curtir - ela respondeu olhando o relógio- já não estão atrasadas bonitas?
- quase- vou subir pegar só uma coisa que esqueci e já vamos
- a vã vai pegar vcs, preciso resolver umas coisas, busco vcs de meio dia ok? - ela disse mexendo o café com um sorriso idiota no rosto que eu sabia bem quem era o motivo dele
-ok, já volto - subi no segundo andar a procura de algum vestígio de que meu pai estava em casa
- passei no quarto de Natacha e não tinha ninguém lá, mais uma coisa me chamou a atenção, o banheiro do quarto de visitas tava funcionando,
-acheiii- esclamei - mandei mensagem pra tia bruna
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mateus-meu-colibri · 5 years ago
Conversation
O amor não tem DNA - 63
Narrado por Giselle
O sábado chegou e era dia do aniversário da Júlia e eu ainda estava na dúvida se deveria ir ou não. Já passam das 15h quando a Thaís entrou na sala e ela já estava começando a se arrumar pra ir ao aniversário acompanhando o Lucas.
- Gi, você não vai mesmo pro aniversário da Júlia? -Thaís indagou-
- Não sei se devo, Thaís -eu fui sincera-
- Como assim não sabe se deve? Hoje a Júlia só está fazendo aniversário por causa de você -ela disse-
- Não é por causa de mim, Thaís e você sabe disso -eu disse levantando do sofá-
- Se não é por causa de você é por causa de quem? Da mãe dela que a abandonou quando ela mais precisou de proteção e cuidado? -a Thaís disse vindo atrás de mim-
- Você me entendeu, Thaís -eu disse e entrei no meu quarto-
- Não, eu não entendi você e creio que nem a Júlia a entenderia, afinal ela nem tem culpa pelo o que acabou acontecendo, mas eu creio que hoje era um dia que ela gostaria de ter você do lado dela -a Thaís disse impedindo que eu fechasse a porta-
- Thaís, a Júlia nem entende e vai ter tanta gente lá que se quer vai notar que eu não fui -eu disse e queria que realmente isso fosse mentira, afinal eu sentiria muito se a Júlia deixasse de lembrar de mim- A Vanessa vai estar lá para ocupar o lugar ao lado do pai dela no momento das fotos.
- Ah tá explicado -a Thaís riu- Você não quer ter que ver a Vanessa lá, é isso.
- Não, não é nada disso -eu tentei reverter a situação- o João também agora que fez um mês Thaís, tá muito recente.
- Para de colocar a culpa da morte do João pra você deixar de fazer as coisas, Gi. Ele foi muito importante, nos ensinou muitas coisas mas ele partiu, ele está em um lugar muito melhor do que aqui e eu tenho certeza que se ele estivesse aqui ele gostaria que você fosse viver sua vida, pare de se esconder atrás do seu luto, está na hora de você reagir, tá na hora de voltar a viver Gi. -ela disse-
- Eu estava tentando, Thaís -eu disse chorando- Mas você viu agora mais essa rasteira da vida?
- Vi Gi, mas você precisa levantar outra vez e bater a poeira do corpo e se erguer e mostrar que não importa quantas vezes a vida lhe derrube, você sempre vai levantar uma vez mais -ela segurou na minha mão- Eu estarei aqui como sempre estive -ela me puxou para um abraço- Vamos, se arrume que o Lucas deve está vindo me buscar.
- Obrigada -eu disse disse com a voz embargada- Tudo bem, eu irei me arrumar -eu sorri-
- Isso, vai lá -ela riu- Você precisa ocupar o lugar que agora é seu.
- Tá bom -eu disse sorrindo-
Narrado pelo Mateus
Estava maior correria em casa e a Júlia escolheu justo hoje para não estar no seu melhor dia, ela só queria ficar no colo, estava chorosa por tudo e ninguém estava sendo o suficiente pra ela, exceto eu. Ela estava comendo pouco naquele dia o que dificultava tudo, eu e minha família fizemos malabarismos para que ela comesse e tomasse o leite que já estávamos tentando inserir na alimentação dela, mas nada chegava e era suficiente pra ela e eu tenho certeza que tudo isso era pela falta que a Giselle estava fazendo na vida dela, afinal já era rotineiro a Gi está aqui o tempo todo e a Júlia já estava acostumada com isso.
- Desse jeito que ela tá esse aniversário vai ser um fiasco -a Vanessa disse ao observar a Júlia chorar em meu colo- Se fosse você cancelava.
- Eu não irei cancelar nada, o aniversário foi pensando justamente pra comemorarmos o dia em que ela nasceu e vai ser isso que vai ser feito -eu disse tentando acalmar a Júlia-
- Mas olha o estado que essa menina tá, vai sair com cara de choro em todas as fotos -ela disse num tom sarcástico-
- Que saia -eu disse pouco me importando com as fotos-
- A Gi ainda não apareceu? -minha mãe perguntou entrando na sala vendo meu enrasque com a Júlia no colo-
- Parece que a Júlia é prioridade só na sua vida -a Vanessa cochichou baixo, mas não tão baixo que eu não pudesse ouvi-lá-
- Eu vou fingir que não ouvir isso -eu disse e eu podia perceber o quão minha mãe estava incomodada com aquilo tudo-
- Me da ela aqui -minha mãe pegou a Júlia do meu colo- Eu vou dar uma volta com ela pelo condomínio, ela precisa sair desse ambiente pesado que ela tá vivendo -minha mãe olhou de rabo de olho pra Vanessa- Logo voltaremos.
- Tá bom -eu concordei-
Assim que minha mãe saiu a Vanessa me olhou rindo bateu no lado do sofá que estava livre me convidando para sentar.
- Vem fazer carinho no seu outro bebê, Mateus -ela passou a mão em seu ventre-
- Você está forçando a barra mais do que deve, Vanessa -eu disse-
- Nossa, Mateus -ela disse em um tom áspero mas decepcionada-
- Tudo bem -eu me rendi e sentei ao lado dela-
Ela pegou minha mão e colocou em sua barriga e como ainda estava no início da gestação a criança não mexia, mas já sentia a presença de quem estava por perto e era uma sensação boa saber que ali dentro tinha um filho meu e que logo eu estaria com ele nos braços.
- Você deveria nos dar um pouco mais de atenção -a Vanessa disse e acariciou meu rosto- Mesmo que essa casa seja confortável, que sua família esteja sempre por perto, ainda falta alguma coisa e é você mais próximo de nós dois -ela disse e me encarou- Eu sinto falta de você -ela se aproximou de mim- Você não sente falta da gente? -ela disse colocando sua mão em meu rosto e aproximando o seu do meu-
- Mateus, cadê a mamãe? -o Heitor nos interrompeu e eu dei um salto pra longe da Vanessa e olhei surpreso pro Heitor-
- É... Ela... -eu disse tomando fôlego e passando a mão nos cabelos-
- Vai dizer ou não? -o Heitor disse me lançando um olhar de reprovação-
- Ela foi dar uma volta com a Júlia no condomínio -eu disse- O que você queria com ela?
- Eu e a Rafa íamos levar a Júlia pra ver a Giselle -o Heitor disse- Achamos que ela poderia melhorar um pouco, pelo menos até o aniversário.
- Liguem pra ela -eu disse e meu coração aqueceu por pensar na possibilidade da Júlia ver a Giselle- Eu acho que vou com vocês.
- Creio que não será uma boa ideia -o Heitor disse e intercalou os olhos entre eu e a Vanessa-
- Por qual motivo? -eu indaguei-
- Eu acho que não preciso desenhar, Mateus -o Heitor disse e a Rafa vinha descendo a escada-
- Acharam a sogra com a Júlia? -a Rafa perguntou-
- Vamos procurá-la no condomínio -o Heitor disse- Vamos -ele pegou na mão da Rafa e saíram de casa-
Eu olhei pra Vanessa e tinha um ar de felicidade em seu rosto pelo o que tinha acontecido ainda pouco, eu não quis falar nada mais pra não dar continuidade no assunto, eu apenas subi e fui para meu quarto.
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cafe-e-escrita · 7 years ago
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                      C A P Í T U L O   T R I N T A & O I T O
"Quando eu perguntei  Pra onde é que eu ia Desacreditei Foi tão fria Nem me ouvia Só dizia "vai" E que já não dava mais Como não? Se é separação De onde é o trovão Que anuncia quando a chuva vem Hoje eu saí sem me despedir  Só porque eu achei que estava tudo bem” (Trovão — Dilsinho ) 
CHEGUEI em Recife à noite e a primeira coisa que fiz foi pegar um Uber para a casa de César. Eu não quero mais morar com meu pai, e eu espero realmente que os pais de César me deixem ficar por alguns dias. Assim que toquei a campainha e César a abriu, ele estranhou. Ficou parado me analisando, como se eu realmente não estivesse ali à sua frente e fosse apenas uma miragem. Eu larguei a minha mala e puxei-o pela camisa para abraçá-lo, e quando seus braços envolveram a minha cintura, eu comecei a chorar novamente, molhando toda a sua camisa.
— O que houve, Lu? – ele perguntou baixinho. Funguei antes de responder. — Gael me expulsou da sua fazenda. — O quê? César se afastou de mim para me analisar melhor, visivelmente irado. — Ele acha que o trai. João deve ter colocado alguma coisa no meu suco e aí eu desmaiei, e quando acordei estávamos sem roupa na cama. Aí Gael chegou e nos viu e não acreditou em mim. Ele me mandou sair da sua vida, e disse que não me queria mais na fazenda também. — atropelei as palavras. — Mas que filho de uma puta! — Eu não quero ficar na casa do meu pai, César. Será que seus pais me deixam ficar aqui? — Claro que sim, Lu. — É só por alguns dias, eu tenho um dinheirinho guardado na minha poupança e logo vou encontrar uma casa para alugar, e vou procurar um emprego também. — Pode ficar o tempo que quiser, Lu! Vamos entrar!
Fui bem recebida na casa de César. Seus pais me disseram que eu poderia ficar o tempo que quisesse, mas eu não pretendia incomodá-los por muito tempo. Assim que Camille ficou sabendo, ela veio ao meu encontro, me dando apoio, e disse que se eu quisesse poderia ficar na sua casa também, mas a verdade é que não me sinto tão bem na casa dela como me sinto na casa de César. Nos dias que se passaram, as coisas foram ficando mais difíceis. Se é verdade que o tempo cura tudo, então eu devo ser paciente e esperar porque as coisas realmente estão ruins para mim. A sensação do “coração esmagado” continua e eu não consigo parar de chorar quando as cenas de Gael me expulsando da sua vida aparecem em minha memória. Eu estava bem triste, era verdade, mas a dor que eu sentia era mais de mágoa do que mesmo de tristeza. Pedi a César para comprar um novo chip para mim e assim ele o fez. Parti meu chip em pedacinhos porque não aguentava mais ver mensagens de toda a família de Gael perguntando onde eu estava e se eu estava bem. E só depois de alguns dias, resolvi sair do escuro e liguei para Ariane. — Oi Ari. – falei assim que ela atendeu. — Lu? É você? — Sou eu sim, minha irmã. Mudei o número do meu celular. — Ai Lu porque você fez isso? — Porque é melhor assim. — Como você está? — Como acha que estou? – perguntei, mas a resposta não veio. — Eu estou sobrevivendo. — Como eu queria estar aí para cuidar de você, minha irmã. — como eu queria que estivesse aqui também. — A propósito, onde você está? — Não vou te falar, Ari. Não posso falar agora. Não quero que ela, nem ninguém saiba onde estou. — Lu... — Ari, só te liguei para que saibas que eu estou bem, tá? E vou te fazer um pedido, não dê meu número para ninguém desta casa, ouviu? — Catarina, Teresa e seu Júlio me perguntam por você todos os dias. Fecho os olhos para não chorar. Eu sinto tanto a falta deles! — E o que você diz? — Que não tenho notícias suas. — Ótimo! Continue fazendo isso. — Mas Lu... — Por favor, Ari, me prometa que não vai dizer a eles que te liguei. – ela ficou calada. – Me prometa ou eu nunca mais te ligo! — Está bem, Lu. Eu não direi nada. — Ótimo! Agora preciso ir. Te amo, minha irmã. — Também te amo, Lu. Se cuida! — Era a Ariane? – César me pergunta sentando-se na cama ao meu lado. Eu nem ao menos havia percebido a sua presença ali. — Era. — Contou para ela sobre a sua gravidez? — Não! — Porque não? — Porque ela não precisa saber sobre isso agora. – coloco uma mecha do cabelo para trás da orelha — Além disso, a gravidez está nas primeiras semanas, nem sei se vou conseguir prosseguir com ela. — Está pensando em abortar? — Claro que não! Mas muitas gravidezes são interrompidas no início porque a mãe não consegue segurar o bebê, é normal. — É, você tem razão. – César pegou em minha mão — Mas você vai ter esse bebê sim, Lu! E se você continuar como está, sem se alimentar direito, ele realmente não vai nascer, e não é isso que você quer, é? Balanço a cabeça em negativa. Este bebê é tudo o que mais quero. Fui sozinha por muito tempo e não quero mais estar assim, ele será a minha companhia para o resto da minha vida.
                                         GAEL
Passei dias trancafiado em meu chalé. Como Joaquim estava com Catarina no dia em que peguei João e Anna no chalé, não me preocupei com ele, pois sabia que estava sendo bem cuidado. Não tinha bebida em casa, mas se tivesse eu tenho certeza de que já teria consumido tudo no mesmo dia. Há dias que não paro de pensar na cena que vi neste mesmo quarto. Quando Anna foi embora, eu derrubei tudo o que vi em minha frente. Eu gritei, esmurrei as paredes e por fim me deixei cair ao chão chorando como uma criança. Sinto o meu coração sangrar só de pensar nela. Porque ela faria isso comigo? Não dei motivos para que me traísse, dei? Como se alguém realmente precisasse de motivos para trair alguém. – minha consciência me lembra. Eu não queria expulsá-la, mas a dor era tão grande que eu fiz a primeira coisa que me veio a cabeça. Meu irmão e meu pai vieram me ver, mas eu não abri a porta para eles. Deixei que batessem e fossem embora depois de muito tentarem. Não quero conversar com ninguém agora, só quero entender a merda que vi em meu quarto há alguns dias.
Dias depois, decido que não posso ficar me lamentando pelas amarguras da vida e saio para trabalhar, mas antes vou até a casa do meu pai, entrando pela cozinha, para comer alguma coisa, já que há dias que não me alimento. Encontro Teresa na cozinha, tomando o seu café da manhã e penso se é uma boa ideia me alimentar agora. — Gaelzinho, você emagreceu! – ela coloca as mãos em seu rosto visivelmente assustada com a minha aparência. – Venha comer meu filho. — Estou bem Teresa. Só vou tomar um pequeno. — Um pequeno nada! Quem já viu um homem desse tamanho se sustentar apenas com uma xícara de café? Vai sentar aqui e comer! — Tudo bem, Teresa. – dou um longo suspiro e me sento ao seu lado, me servindo das comidas que tem sobre a mesa. — Bom dia Teresa. – Ariane entra na cozinha e eu desejo morrer nessa hora — Vim pegar uma fatia do seu bolo de... Ela para a sua frase no meio e me encara. Sua expressão muda e eu não posso julgá-la, eu tratei a sua irmã mal, mas ela também deveria ver o meu caso, ela me traiu. — O bolo de laranja? – Teresa pergunta, certamente percebeu o olhar que ela me lançou. — Gael, nós precisamos conversar. – ela ignora a velhinha. — Não posso agora, Ariane. — E quando você pode? – ela vem em minha direção. – Saiba que eu não gostei do que você fez a minha irmã! — E do que ela me fez, você gostou? — Ela não te traiu, seu ogro! — Não foi o que eu vi. — Além disso, você a expulsou daqui. Essa fazenda ainda não é sua! — Bem, tenho certeza de que você disse isso para ela. – me levantei e peguei meu chapéu, colocando-o de volta a cabeça – Tudo bem, desde que eu não cruze com ela, sua irmã pode ficar onde quiser. Não era verdade. Eu quero vê-la mais que tudo, nem que seja para matar a saudade de ver o seu rosto e de ouvir a sua voz. — AAAH, agora você vem me dizer isso? Depois que ela foi embora sabe-se lá para onde? — O que disse? — Isso mesmo que você escutou! – sua voz sai embargada – Minha irmã foi embora desta fazenda e não sabemos para onde. Se acontecer alguma coisa a ela, eu juro Gael, eu te mato! E dizendo isso ela pegou a fatia do bolo que Teresa cortou para ela enquanto discutíamos e foi embora. Olhei para Teresa buscando respostas, e ela entendeu. — É verdade, Gael. A menina foi mesmo embora. Estamos todos preocupados. Segundo Catarina, ela mudou de número de telefone. — Porque ela acha isso? — Porque o celular só dá fora de área. Ou ela mudou de número ou alguma coisa de muito grave aconteceu. Senti a vista escurecer e o mundo girar. Isso não podia estar acontecendo. Eu não achei que Lu fosse embora no mesmo dia, achei que pelo menos ela esperasse alguns dias para sair daqui ou que sei lá, nem sei o que eu estava pensando quando sugeri que ela fosse embora da Fazenda. Sai da cozinha depressa e caminhei para uma área restrita. Retirei meu celular do bolso e apertei em seu contato na agenda, mas o telefone nem sequer discou. Fiz o mesmo pelo menos umas cinco vezes, mas em todas não obtive sucesso. Guardei o aparelho no meu bolso e passei as mãos pelo rosto. Retirei o chapéu da cabeça e o coloquei novamente, num gesto de nervosismo. Puta que pariu! O que eu fui fazer? Onde essa garota se meteu? Se aconteceu alguma coisa a ela, eu não sei se quero mais viver. Preciso encontrá-la o mais rápido possível, preciso encontrá-la para ter pelo menos paz de espírito.
                    Os Capítulo serão diários a partir de hoje! Teremos maratona  até o domingo ♥
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tgtexto · 5 years ago
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Aquele Segredinho 7
- Amor! Como eu te amo! Queria tanto dar pra ti!
- Nem pensar!! Lembra do que aconteceu? Depois que eu comi o meu ex ele nunca mais foi o mesmo, ele só queria dar. Eu tenho medo que aconteça o mesmo contigo. Esquece!
- Mas eu não sou como ele!
- Marcelo, tu não tem ideia de quão gostoso é o teu pau, é o paraíso, se pudesse eu ficaria com ele dentro de mim pra sempre! Por que tu precisa de outro?! Eu detestei ficar metendo aquele pau de borracha no Douglas, eu só me cansava, ficava lá vendo ele se divertir e eu não sentia nada!! - disse a Ângela.
- Mas…
- Mas nada, agora para com isso e me come!
Então ela se virou pro lado e esfregou aquela bunda em mim. Meu pau cresceu instantaneamente. Eu fiz ela ficar de bruços e montei nela prendendo as mãos delas com as minhas ao lado de sua cabeça. Ela enpinou o bumbum e deu uma reboladinha safada. Na hora que eu fui meter ela disse:
- AIAI CALMA CALMA! LUGAR ERRADOOOO!
A Ângela é uma deusa na cama, ela geme gostoso, rebola com meu pau fincado na xana, faz um boquete que até parece que ela sabe como é ter um pau. E é taradinha! É raro ela não querer fazer. Só tem dois problemas: ela não quer dar o cu e ela não quer comer o meu. Eu sei, eu devia agradecer por tudo que ela tem de bom e deixar pra lá o resto, mas…
Eu sabia que era perda de tempo insistir então mirei mais em baixo e meti. Pensa numa buceta bem molhadinha e quentinha, imagina você olhando o teu pau entrando logo abaixo daquelas nádegas fofas que você sente encostar na parte de baixo da tua barriga. Imagina aquelas costas macias e você beijando aquele pescoço enquanto ela geme e pede mais. Vai dizer que não é a coisa mais linda que existe! Eu sempre gostei de dar uns tapas na bunda das minas e agarrar dos cabelos, mas a Ângela é mimosa de mais pra se fazer isso. Teve só umas duas vezes que ela me pediu, então eu bati. É tri legal ver a onda de choque que se propaga após um tapa bem dado naquela bunda macia, é como gelatina.
Acontece que, geralmente, as minhas ex namoradas sempre faziam alguma coisa que eu não gostava ou que me irritava. Assim eu achava justo e merecido dar uns tapas bem dados, mas a Ângela é super querida, é um anjo! Eu não me sinto bem nem de pensar em fazer isso!
- Vira, amor! - pedi eu
Ela virou de barriga pra cima. Pensa naqueles seios fartos e macios que sobem e descem com as socadas, aquela boca que ora morde o lábio, ora fica aberta e aqueles olhos semi fechados. É, ela está um pouco acima do peso, não é nada demais, mas tá. Tomara que ela não leia isso kkkkk!
De repente ela agarra os teus peitos com força cravando as unhas, a testa franze, a bochecha fica vermelhinha e ela começa a gemer a todo o volume! E ainda por cima se contorce um pouco no fim! Ela faz eu me sentir um deus! E não tem como não gozar com isso!
A gente vinha transando todos os dias, umas duas vezes pelo menos. E estávamos muito felizes juntos.
Até que um belo dia nós estávamos andando de mãos dadas na calçada quando eu avistei a Júlia. Ela estava estranha. O cabelo estava todo desarrumado e as roupas não combinavam. Aquilo não fazia sentido numa mina tão vaidosa quanto a Ju.
- Ju?! - disse eu
Ela me olhou e logo seus olhos se encheram de lágrimas. Ela estava com uma maquiagem forte, mas dava pra ver que seu rosto estava inchado.
- Você está bem?!
Ela balbuciou alguma coisa e saiu o mais rápido possível. Tentei ir atrás, mas a Ângela não me deixou. Ela estava louca de ciúmes! Agarrou o meu braço com força e começou a me xingar!
Então nós voltamos pra casa com ela me xingando o caminho inteiro. Logo que ela se acalmou um pouco eu peguei meu telefone
- Pra quem tu tá ligando?
- Pra Ju, preciso saber o que aconteceu!
- ELA NÃO É MAIS TUA NAMORADA, EU SOU…
- TU NÃO VIU COMO ELA ESTÁ?! EU PRECISO FALAR COM ELA!
Com os olhos cheios de lágrimas ela foi para o banheiro. Eu tentei ligar 5 vezes mas ninguém atendia. Então decidi ir ao ap dela. Antes de sair, no entanto, passei na frente da porta do banheiro e vi a Ângela chorando sentada no vaso. Eu não sabia o que fazer pra não magoa-la ainda mais. Entrei de mansinho.
- Ângela, amor…
- Vai embora!
Apesar de ela me mandar embora repetidas vezes eu insisti em ficar e comecei a explicar o que eu estava sentindo. A Ângela tem um ciúmes terrível e volta e meia tem essas crises, mas ela também tem um grande coração. Eu expliquei que eu estava preocupado com a Ju, porque ela não tem família e é orgulhosa demais pra pedir ajuda a algum amigo. Aos poucos ela foi entendendo e, por fim, secou as lágrimas e me disse.
- Ok! Mas eu vou contigo.
Pegamos um UBER e logo estávamos na frente do prédio da Ju. Eu devo ter tocado o interfone umas 15 vezes e ninguém atendia. Então decidi apertar no número da dona Lurdes. A dona Lurdes mora no ap do lado do da Ju, ela é uma velhinha aposentada, muito religiosa, simpática, mas também metida e adora uma fofoca. Ela não deve saber até hoje que a Júlia é travesti.
- Oi!
- Oi dona Lurdes, aqui é o Marcelo, eu…
- Oi meu filho! Que bom que você está aqui! Já vou descer pra abrir.
- Por que ela vai descer, não dá pra abrir de lá? - perguntou a Ângela
- Dá, dá pra abrir! Sei lá...
Alguns minutos depois ela chegou
- Que bom que tu está aqui! Não imagina o quanto eu rezei a Deus pra tu voltares! Eu sei que não é da minha conta, mas eu fiquei tão triste quando vocês brigaram. Vocês formavam um casal tão lindo! Uma vez eu disse pra Júlia nesse elevador que ela te cuidasse bem que, na minha opinião, tu deve ser o homem da vida dela! Deus sabe que eu nunca tinha visto ela tão feliz quanto quando ela estava contigo. Eu sei que jovem só quer curtir, como vocês dizem, mas depois a gente envelhece e precisa de um companheiro. E vocês parecem que foram feitos um para o outro.
Imagina a cara da Ângela ouvindo isso tudo. Ela agarrou minha mão pra mostrar pra velha que eu era dela agora, mas dona Lurdes parasse que não percebeu nada disso.
- Mas o que aconteceu?
- Ah meu filho, foi horrível! Ela chegou com um moço alto e forte. Eu subi com eles no elevador. Senti que aquilo ia terminar mal, mas o que eu podia fazer? Pedi a Virgem que nada de mal acontecesse. Mas, logo depois que eles entraram no apartamento eu ouvi uns gritos, tapas e objetos quebrando. Eu peguei o telefone pra chamar a polícia, mas antes que eu conseguisse ligar ele saiu batendo a porta e foi embora.
Ela foi conosco até a porta do ap e tocou a campainha.
- Júlia, querida, é a dona Lurdes, minha filha.
Fiquei olhando surpreso. Desde quando a dona Lurdes tinha essa intimidade com a Ju? Ela abriu a porta, mas quando me viu fez menção de fechar de novo. Quem impediu foi a dona Lurdes.
- Minha filha, de uma chance pra ele. Ele é um bom moço e está preocupado contigo!
Ela hesitou, mas por fim acabou deixando a gente entrar. Estava com o olho roxo e com a bochecha inchada.
- Se precisarem de mim não hesitem em me chamar, que Deus os abençoe! - disse a dona Lurdes se despedindo.
Quando entrei ela me abraçou com força e começou a chorar. O apartamento fedia a comida estragada. Tinha vidro quebrado no chão, objetos caídos e roupas espalhadas pelo chão. Enquanto eu e a Júlia sentávamos no sofá a Ângela resolveu arrumar as coisa e foi pra cozinha, voltou com uma vassoura e uma pá pra tirar aquele vidro quebrado do chão. A Júlia chorava que nem criança e não conseguia nem falar. Enquanto isso a Ângela voltou pra cozinha e dava pra ouvir ela lavando a louça. Pelo tempo que ela demorou devia ter uma pilha bem grande de louça suja. Depois ela foi pro quarto e voltou com uma trouxa enorme de roupas sujas. Eu ainda me espanto com o comportamento da Ângela, eu achei que ela fosse ficar emburrada o tempo todo de ciúmes, mas acho que o lado humano dela falou mais alto. Deu pra ouvir quando ela ligou a máquina de lavar. De volta a sala ela falou:
- Deixa eu dar uma olhada nela.
Eu levantei a blusa um pouco. Ela não conseguia levantar os braços direito. Aquilo parecia um filme de terror, tinha hematomas em tudo.
- Marcelo, a gente tem que levar ela pro hospital!
- NÃO, HOSPITAL NÃO!
- Júlia tu precisa! Eu sou técnica em enfermagem, fiz estágio no HPS, eu conheço os médicos de lá, eles vão cuidar de você!
- Não, não!
- Vamos Júlia, levanta! - disse eu - levanta Ju! Eu não vou te deixar assim!
Ela levantou e fomos, ela estava mancando mas conseguia andar. No corredor eu ouço a dona Lurdes.
- Ai, graças a Deus vocês convenceram ela pra ir no hospital! Marcelo, meu filho, tu sabes dirigir?
- Sei, por quê?
- Pega aqui, é a chave do carro do meu filho. Não te preocupa, pode pegar. Pega e leva ela lá.
Eu fiquei muito surpreso com a dona Lurdes naquela noite, não esperava isso dela. A gente sempre imaginava que aquela senhora católica, que às vezes parecia censurar nossa vida com o olhar, nos visse como adoradores do demônio, impuros e, até, perigosos. A surpresa foi tanta que, por fim, quem pegou a chave foi a Ângela
- Obrigada dona Lurdes! Logo mais a gente volta.
Já no hospital, eu estacionei o carro e disse
- Beleza, vamos lá!
- Não Marcelo, tu fica aqui! - disse a Ângela.
- Como assim!
- O pessoal lá dentro vai olhar pra ela e vai ver que foi violência doméstica, aí eles vão olhar pra você. O que tu acha que eles vão achar?
- Absurdo, eu jamais faria isso!
- Eles não te conhecem, até tu explicar eles chamam a polícia e aí só Deus sabe. Eu vou com ela, tu espera aqui.
Foi a espera mais longa da minha vida. Quando elas voltaram a Ângela já foi dizendo.
- Ela teve sorte! Não quebrou nenhum osso. Eles fizeram os curativos e mandaram ela tomar esses medicamentos. O dano é mais psicológico que físico. O médico disse que … ela precisa de muito amor nessa hora.
Nós voltamos pro ap da Ju. Ela sentou no sofá, estava cansada. Então a Ângela foi em direção a porta pronta pra ir embora
- Ângela! Onde tu vai?
- Vocês não precisam mais de mim aqui.
- Como assim?
- É óbvio que tu gosta dela, Marcelo. Eu só sou uma intrusa aqui. Estou indo. Seja feliz!
- Espera aí Ângela! - disse a Júlia.
Ela se levantou, foi em direção a Ângela e a abraçou forte.
- Eu não sei como agradecer vocês dois! - falou ela já chorando - não desista dele assim. Tu não sabe como eu me arrependo de ter mandado ele embora.
Ela falou uma coisa no ouvido da Ângela. A única coisa que eu consegui entender foi:
- Lembra do que eu te falei no hospital…
A Ângela começou a chorar também e logo estávamos os três abraçados e chorando.
A gente ficou a semana toda lá sempre revezando, quando um tinha que sair o outro ficava e vice versa, nunca deixávamos ela sozinha. Arrumamos o ap, limpamos, a Ângela cuidou dos curativos. A dona Lurdes fez uma feijoada e doces pra gente, parecia que era a nossa avó.
Eu entrei em contato com vários amigos da Ju, sem ela saber, pra contar o que tinha acontecido. Logo estavam todos lá pra ajudar. Ela ficou muito emocionada com aquilo, não esperava toda aquela demonstração de carinho. Mas o que mais emocionou ela foi quando eu tomei o telefone dela pra atender. Ela não queria atender aquele número que já tinha ligado umas 3 vezes naquele dia. Era o patrão dela querendo saber o que tinha acontecido que ela não ia mais trabalhar. Quando eu contei pra ele, no início me pareceu duvidar, mas logo depois, falando com ela, ele adiantou o salário pra ajudar e disse que qualquer coisa era só ligar.
Nesse meio tempo a Ângela e a Ju ficaram muito amigas. Era tão grande a afinidade entre elas que agora era eu que estava com ciúmes. Frequentemente eu me sentia excluído da conversa.
Ela se recuperou rápido, logo voltou a trabalhar e nós pudemos voltar pra casa.
Alguns dias depois eu estava transando com a Ângela no meu ap quando ela disse
- Ai, mete Juuuuu!
Ela nem percebeu o erro! Eu fiquei incomodado com aquilo! Como assim "mete Ju"!? Depois da gente terminar a transa ela me disse.
- Celo, preciso te contar uma coisa!
- Hmmm?
- Eu e a … aí… Eu e a Ju transamos!
- O que? Como assim?!
- Foi naquele dia que tu saiu pra aquela prova, lembra? Eu estava trocando os curativos dela e quando eu vi ela teve uma ereção. Eu não sabia que ela gostava de mulher. Aquilo me deixou excitada também e eu não resisti. Não teve como evitar!
Eu fiquei revoltado! Imagina que você vai ajudar um amigo e leva a tua namorada. Tu faz de tudo, cuida dele, se sacrifica e depois descobre que ele comeu ela nesse meio tempo pela tuas costas! Náo vai me dizer que tu ia achar isso lindo! Por outro lado, eu também estava com raiva da Ângela, não só por ela ter me traído, mas por ela ter feito o que eu também queria fazer com a Ju e que só não fiz por respeito a ela.
Alguns minutos depois a campainha tocou. Eu abri a porta e era a Ju. Apesar da raiva eu me controlei e deixei ela entrar.
- Oi Celo! - disse ela com um semblante sério e um pouco nervoso.
Ela esperou a Ângela chegar perto de nós e disse
- A gente precisa conversar
- Eu já contei pra ele o que aconteceu.
- Celo! - ela pegou a mão da Ângela com uma mão e a minha com a outra. Olhou bem para os meus olhos com aqueles olhos azuis e perguntou - Quer namorar com a gente?
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