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#qualquer coisa eu mudo viu???
sofialefou-archive · 2 years
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@segaeuikatanajun comentou SUMIDA para ser o primeiro que a soso aborda ao voltar de “viagem” + MALDIÇÃO para se livrarem da maldição da bruxa juntes
"juuuuunnieeeee!” sofia cantarolou alegremente enquanto saltitava na direção do amigo e rodopiava ao redor dele. “olha quem voltoooou!” os braços o rodearam por trás, deixando um beijo estalado na bochecha alheia antes de se colocar na frente do zoldik. “eu adorei, adorei a sua roupa!” disse reconhecendo de imediato o personagem que ele se fantasiara. ambos leitores viciados, - principalmente de obras non-majs - não era de se estranhar que haviam escolhido homenagear livros. era um verdadeiro alívio estar de volta após as longas e torturantes semanas que passara com sua mãe. “já viu muita gente desmaiando por aí? quando cheguei vi uns três correndo pra fora do castelo. acho que o pessoal não aguenta mais nada hoje em dia. tsc. fracos.” os olhos vermelhos rolaram com a breve lembrança. “mas e você, como tem passado, hm?”
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kenjicopy · 11 months
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meu doce, aimeudeus me desculpa mesmo😭😭😭😭 eu já te perguntei tamtas coisas, me perdoe se eu estiver sendo uma pedra no seu sapato e pode mi dar uma bicuda se não quiser respomder, eu vou entender completamente!!
é que eu vi seu cronograma e ele é a coisa mais fofa🥹 e me deu um gatilho para finalmente fazer o meu próprio, mas eu fui mexer no planilhas e buguei toda😭 como você fez pra fazer um tão bonitinho?? vose usou o google planilhas mesmo?
se não quiser responder, por favor ignore mais uma ask minha, eu nãoquero te incomodar!!
oioii, meu anjoo !! que nadaaa, tá tranquilooo <33 desculpa a demora com isso aqui, tava pensando como montar esse tutorial, pois cronograma é uma das coisas que mais tenho dificuldade de fazer hsjsks eu até pensei em reproduzir a mesmo crono q uso, mas tem muita coisa que nem consigo lembrar kkkk então vou tentar especificar com um mais simples, taboo ?? <33
planilha é um negócio chatinho de mexer, mas é nele que fico quebrando minha cabeça hehe mas aqui está o tutoras <3
primeiro, fiz um rascunho básico pelo ps, só pra ter uma idéia de como queria minha crono:
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2. com isso em mente, começo apagando os números que há ao lado da página.
seleciono até onde quero que pare e desço até o último número:
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depois excluo tudo que selecionei:
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3. apago as grades:
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pra ficar assim:
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4. agora é a hora mais chata de todas, que é ficar colocando as linhas e quadros 😔 começo selecionando a primeira coluna superior, clico com o botão de direito do mouse, e vou até redimensionar coluna:
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provavelmente o número estará como 120, então irei diminuir até o tanto que quero. nesse caso, eu só irei deixar um espaço antes colocar as linhas:
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5. já lhe deixo avisado, que daqui pra frente será mais isso, redimensionar colunas e pintar quadrinhos kjskak enfim, com a caixa B irei diminuir bastante, não quero uma linhas muita grossa, então você deixa do tamanho que quiser, é só testar.
nesse caso, o número que coloquei na caixa redimensionada foi 10, e apenas pintei as caixas selecionadas, e não comecei do número 1 e sim do 2 até o 19, pra não ficar tudo grudado:
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6. a letra C vou diminuir também, não quero que fique grudado com a imagem que colocarei. com a a próxima letra farei o contrário, irei aumentar a caixinha, quero um espaço maior para colocar as coisitas:
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viu que fiz o mesmo com a letra E & F? apenas dei um espacinho e pintei a próxima coluna.
6. agora coloco uma imagem no canto superior:
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7. naquele espaço selecionado na imagem acima, vou preencher com alguma cor, e farei uma caixa com linhas logo após:
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brinco com aquelas grades ali em cima, depende muito com o que você colocará em cada "quadrado" que fará, nesse é só um teste mesmo, então vai ficar simples assim
8. agora é a parte para fazer quadros para infos com legendas.
viu que a letra H tá maior e a I está menor? a parte menor é onde você pode por alguma legenda, caso precise de um espaço maior, é só aumentar a coluna:
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fica assim com as grades e tudo mais:
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9. agora adiciono mais umas colunas, só por questão de detalhe mesmo:
lembrando, é só brincar com os tamanhos das colunas, redimensionando o quanto quiser.
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10. agora vem a penúltima parte, que é onde finalizo colocando os negócios da capa.
novamente, mudo o tamanho das colunas:
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adiciono as legendas:
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e as grades, uso aquela ali pra dividir tudo certinho:
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11. o último, é o único que não sei explicar, foi bem complicado para mim fazer no outro :0 é fazer as caixinhas de status ficar automática e precisar só selecionar.
primeiro, seleciono a coluna toda que quero que fique com essas caixinhas, dai eu vou em > dados > validação de dados:
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tá vendo essas opções ali cima? as bolinhas é para mudar as cores, caso queira, e onde tá escrito você pode adcc símbolos:
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dou uma aparada nas rebarbas:
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eeeee finalmente tá prontoooo !!
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espero realmente ter ajudado com esse tutoras, e desculpe se deixei algo passar kkk qualquer coisa é só me chamar, bjss @wukxon <333
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jenniejjun · 2 years
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eu te amo, não é a pior coisa que você já ouviu? ⸺ park jimin.
gêneros: fluff, smut-ish?
contagem de palavras: 40090 palavras.
avisos: esse conto pode conter palavras de baixo calão, cenas com conotações sexuais e alusões ao transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), consumo de remédios controlados, drogas e álcool, você é irmã do jungkook.
sinopse: jimin era apaixonado por você há anos mas nunca foi correspondido, somente quando você começou um relacionamento com johnny suh foi que o rapaz percebeu que estava na hora de seguir em frente. já você, sempre foi apaixonada por jimin, mas nunca reconheceu isso, agora com um relacionamento fracassado e prestes a perder o amor de sua vida, você acaba vendo que a festa de dia dos namorados de seu irmão não pode ser tão ruim assim.
notas do autor: eu fiquei completamente maluca, biruleibe das ideias editando isso mas eu tenho essa história há muuuuito tempo e sempre achei ela um amorzinho! não tem muito smut não viu, é mais sugestiva do que tudo mas eu precisava escrever algo com meu mini querido porque não tem muita fic pt-br do bts no tumblr. tentei deixar o mais amplo possível em características físicas da mc, mas se alguém se sentir desconfortável, pode me avisar que eu mudo! a personagem ter tdah não muda na história, é só um adicional que eu coloquei há um tempo atrás quando descobri que eu tinha! espero que vocês gostem, xuxus.
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Fever dream high in the quiet of the night 
You know that I caught it
Tudo aquilo parecia uma piada de imenso mal gosto quando você virou a maçaneta e a encontrou travada, quase como se estivesse em um sonho febril e clichê no qual ficava trancada com o amor de sua vida num quartinho escuro e de repente tudo ficava bem. O que era estranho porque você gostava desses, normalmente eles eram uma inspiração para qualquer história que estivesse escrevendo, mas não ali com suas costas suadas tremendo pelo vento frio que o vestido aberto e emprestado de Seulgi causava. Não quando os olhos de jabuticaba de Jimin pareciam perfurar sua espinha vertebral. Entretanto, para entender o que estava acontecendo ali, ou pelo menos como chegaram em tal situação, você precisaria repassar os eventos daquele dia por sua mente. Não seria difícil, você acordou e tomou seus remédios antes de se arrumar para a faculdade. O estimulante já fazia efeito em suas veias quando você desceu do pequeno carro sem graça de Jungkook e correu para encontrar Jennie Kim. Sua melhor amiga. Ela conversava com Lisa e... Park Jimin. 
Bruscamente, você se viu parando insegura de como abordá-lo. 
Jimin significava muitas coisas para ti, significava brigas por torta de morango, significava jogar colheres pelo ar numa tarde quente e tediosa, significava amor. Platônico, romântico, qualquer um que tivesse a oferecer. Nem sempre fora assim, mas você já sabia que desde seu namoro com Johnny, as borboletas no estômago, os sorrisos ladeados que faziam suas pernas parecerem geleia, nenhuma daquelas sensações eram vazias. Só gostaria de não ter precisado se envolver com outra pessoa para perceber de que quem precisava, era o rapaz que esteve ao seu lado sua vida toda. Todavia, naturalmente, enquanto sua relação com Suh lhe abria os olhos, você sabia que não podia esperar que Jimin fosse entender. E pelo que via, era injusto atrapalhar sua vida agora que ele parecia ter seguido com ela. No fundo de sua mente, praguejando, você quase podia escutar seu lado irracional brigando consigo mesma. Se ao menos tivesse escutado seu irmão quando ele a avisou sobre os sentimentos de Park. 
⸺ Sabe que vai precisar falar com ele em algum momento, não sabe? ⸺ a voz de Johnny se fez presente e quando se virou, ele estava parado em seu respectivo uniforme. 
⸺ Bom dia para você também, John. 
⸺ Ele está certo, só Deus sabe que não aguentamos mais vocês fingindo que não estão apaixonados um pelo outro. ⸺ Seulgi bufou cruzando os braços, em algum momento que você não soube distinguir ela havia se materializado ali. Toda gélida como gostava de aparentar para as pessoas de fora, a pele pálida mesclava com a camisa de botões da faculdade e os cabelos quase pareciam se destacar com todo o branco que emanava dela. 
⸺ Não ligue pra ela, está chateada que Irene esqueceu do dia dos namorados. ⸺ o garoto deu uma piscadela para a amiga que resolveu ignorar tal feito, você sabia que eles nunca brigavam não importasse o quanto ele conseguisse a irritar. 
⸺ Anotado, e respondendo sua pergunta: sim, eu sei mas não precisa ser agora. E não, 'Gi, ele não está apaixonado por mim. ⸺ a admissão doía e você sentia como se um soco tivesse desabilitado sua capacidade de se mover, não era como se nunca tivesse reconhecido o fato de que Jimin não sentia mais nada por você mas ainda que tivesse, doía da mesma forma. Todas as vezes. 
⸺ Aquele garoto saiu do útero da mãe dele apaixonado por você, vê se acorda. ⸺ você até gostaria de pensar que sim, mas o Park havia sido claro o suficiente quando se afastou.
Você primeiro levou aquilo como ciúmes. Jungkook também ficara uma semana sem falar contigo direito, os amigos dele gostavam da sua atenção e isso sempre o deixava chateado, é claro. Contudo, tudo ao seu redor começou a ter mais sentido no momento em que percebeu seus sentimentos pelo Park.
Talvez fosse demais para ele, vê-la feliz com outra pessoa sabendo que não podia tê-la, sabia que seria para você. 
⸺ Talvez, mas acho que meu tempo namorando Johnny foi o suficiente para que ele pelo menos curasse um pouco a ferida. Veja só, ele está flertando com outra garota. 
⸺ Ela provavelmente só foi desagradável com Lisa e ele está tentando livrá-los dela. ⸺ Seulgi interviu. 
⸺ Ela não é a única com quem ele flerta. 
⸺ Agora, você está sendo boba. ⸺ o tom cortante do seu amigo foi o suficiente para te irritar minimamente e fazer com que o encarasse carrancuda, o Suh deu de ombros como se não pudesse evitar. 
⸺ O que nosso querido Johnny aqui quis dizer é que Jimin é assim, ele flerta com todos. Semana passada, ele flertou com a Rosé e todos sabemos que ele não é o tipo dela. 
⸺ Como você sabe? 
⸺ Porque ela é afim de garotas, minha filha, pelo amor de Deus! A não ser que Jimin se declare uma daqui a uma semana, não acho que Rosie levou o flerte a sério. Muito menos ele. Flerte é tipo um hobby quando se trata de Park Jimin. ⸺ A Kang já parecia exasperada e se quisesse ser sincera, você também. 
Por que era tão difícil apenas dar quinze passos e chamá-lo para uma conversa? Você nunca havia sido o tipo de pessoa que tinha medo de um “não” mas a rejeição vinda dele parecia infinitamente pior, você podia imaginar. Dando mais uma olhada para trás, você o viu. Cabelos marrons brilhando sob o sol enquanto ele ria de algo que Lisa havia dito, a garota desconhecida não parecia estar mais ali, e então você percebeu como os olhos dele aparentavam brilho quando ele ria demais de algo. Era como se eles estivessem rindo junto dele, felizes também pela piada da Manoban. Os ventos da manhã bagunçavam seus fios e você teve de contar a vontade alisá-los em uma forma de arrumá-los no lugar. Subitamente, quis dar um passo e chamá-lo. Talvez Jennie te olhasse como olhou tantas vezes, encorajando-a a fazer algo, e a adrenalina subiria por suas veias como nas suas histórias. Possivelmente, seus amigos se afastariam e vocês ficariam sozinhos e Jimin poderia até fugir de você como você mesma havia feito tantas vezes antes, recusando-se a reconhecer o próprio sentimento, mas, pelo menos, teria tentado. 
Respirando fundo naquele momento, você teria dado o primeiro passo se a voz de seu irmão não tivesse a parado, logo seus braços fizeram o mesmo enquanto ele a prendia e um abraço ladeado. 
⸺ O que estamos esperando? ⸺ Jungkook quis saber risonho. Levantando o olhar, você percebeu que era pelo o olhar amoroso que a namorada dele o lançava. Quase o chamando em silêncio. 
⸺ Por mim, nada. ⸺ disse John. 
⸺ Onde está Irene? ⸺ Seulgi arqueou a sobrancelha, de repente podia ver mais excitação por ver a namorada do que o mal humor anterior. 
⸺ Não me pergunte, a namorada é você. ⸺ seu irmão deu de ombros provocando-a, após desviar de um olhar matador, ele riu. ⸺ Está vindo com Yeri e Joy. Vamos? 
Após um aceno coletivo, todos seguiram para o círculo de amigos que se formava cada vez maior. Kookie e Johnny na frente, discutindo algo sobre o novo jogo de sexta-feira que vem e como o time precisava melhorar suas estratégias, e você e Seulgi para trás. Jimin agora conversava com Rosé, a garota parecia ter se materializado ali também. Como a amiga ao seu lado havia feito segundos atrás. Sentindo seu dedo mindinho ser envolto por outro, você virou a cabeça encontrando ela ali. Uma expressão séria em seu rosto. Uma pergunta muda que você não queria responder, mas o fez mesmo assim.
⸺ Na festa de Jungkook, prometo. ⸺ as palavras rolaram para fora de sua língua mais rápido do que pôde contê-las, pensava que a sequer possibilidade de ter ido falar com Jimin antes de seu irmão chegar fosse ficar escondida mas devia se lembrar de que a Kang podia ser mais esperta do que todos os seus amigos juntos. A morena assentiu, agora mais calma e andando com você em direção a Jennie. Kim as esperava com um sorriso caloroso. ⸺ Finalmente, você lembrou que têm amigas, hein, Jennie Kim!
⸺ Eu tava com meu namorado ontem, você sabe disso!
⸺ Eu não tomo partido, me considerem como a suíça entre vocês dois. 
O grupo explodiu em risadas, em pouco tempo o restante do grupo se juntou e toda a conversa ficou confusa pra você. Barulhenta, mas era um barulho aconchegante. Nada como o desconforto que lhe trazia na maioria das vezes. Você se aninhou nos braços de Lisa enquanto arriscou um olhar para o Park. O uniforme caía perfeitamente bem nele, a gravata azul combinava com o castanho do seu cabelo e os lábios curvados em um sorriso preguiçoso enquanto escutava a baboseira que Jungkook falava sobre o novo cachorro de vocês, Bam. Seus olhares se encontraram por breves momentos, preto no seu mar infinito e então, você sentiu seu estômago dar voltas. Conectados ali por um tempo, o som pareceu diminuir em comparação a tudo e você estava oficialmente desligada do mundo real assim como ele. Tanto que mal perceberam-se quando alguns membros do grupo se entreolharam com sorrisos discretos, alguns até mesmo exasperados mas divertidos. 
Devils roll the dice, angels roll their eyes 
What doesn't kill me makes me want you more
As aulas da tarde eram sempre as mais longas e, infelizmente, você já estava acostumada a esse ponto, enquanto todos reclamavam, repetindo sua rotina todos os dias. Vinte minutos antes da aula se encerrar, você saia para tomar sua primeira dose de Ritalina do dia e quando voltava o sinal já havia batido e seus amigos a esperavam para arrumar as mochilas e saírem dali. Ultimamente, os pensamentos envolvendo Jimin a deixavam mais eufórica do que o necessário. Tiravam seu foco. Entretanto, diferente dos outros dias, Jungkook já segurava seus materiais quando passou pela porta e você não precisou sequer se surpreender para saber o por que. Todos estavam animados pela festa, a faculdade inteira só falava disso. Seus pais haviam ido viajar, o que significava que você e Jungkook tinham a casa para si. E seu irmão pretendia fazer o que bem entendesse com ela. Seus pais nunca foram rudes sobre o assunto, eles acreditavam que você e Kook precisavam de espaço e era melhor cedê-lo de bom grado do que proibi-los. Isso queria dizer que, normalmente, as melhores festas vinham do seu irmão, já que você detestava ter de limpar sua casa depois. Tudo ficava pra ele. Havia algo na sensação de não ser pego a qualquer instante que incitava os adolescentes da sua faculdade. 
Alguns de seus amigos já haviam ido na frente, e as únicas pessoas ali eram seu irmão, a namorada dele e ele. Jimin. Seu uniforme parecia mais apertado com a possibilidade que não havia pensado antes, que se a maioria já havia saído isso significava que vocês precisariam ir no carro de Jungkook. Todos juntos. Imprevistamente, sua respiração falhou e suas entranhas estavam quentes demais para ficar com o paletó da faculdade. Mal precisou andar dois passos até que chegasse a sua cunhada, a peça descartada de seus braços foi tomada por ela quando se aproximou. Jimin até então permanecia quieto e você se pegou ponderando se o caminho para casa seria assim também, considerando que a garota ao seu lado iria no banco da frente era provável que Jimin e você precisassem dividir a traseira do carro.
⸺ Você não está animada para a festa? ⸺ A menina perguntou, provavelmente sem maldade, mas como você podia sentir os olhos de Park Jimin em você, sua carranca não devia estar nada amigável. ⸺ Você não parece muito animada. 
⸺ Não é isso, é que… Não é exatamente animador estar em uma festa onde a maioria vai estar de casalzinho. ⸺ Você disse tentando parecer calma, podia ver a presença do coreano atrás de si enquanto Jungkook abraçava sua amada por trás. 
⸺ Você não parece incomodada com a gente. ⸺ Seu irmão pontuou. 
Se os olhares pudessem matar, você pensou. 
⸺ Infelizmente, acabei me acostumando com a sua personalidade de gado, Jungkook. 
⸺ Bem, você não vai estar sozinha. ⸺ Seu irmão tornou a falar, deixando a namorada subitamente tensa agora mas Jungkook não pareceu tomar a deixa. Normalmente não o fazia quando estava prestes a dizer algo sem filtro, o que fez você fechar os olhos em antecipação e a respiração entrecortada e nervosa de Jimin pinicou seus ombros. ⸺ Jiminie vai estar lá. Podem fazer companhia um pro outro. 
E lá estava, a tensão esmagadora que permeava sua relação com Park Jimin. Vocês não haviam trocado mais do que cem palavras, tinha contado, enquanto seu namoro com Johnny durava e nem mesmo dez depois que este acabara. Ele não queria falar com você, isso já havia ficado claro, então não seria uma surpresa se algum compromisso misterioso aparecesse e o rapaz andasse para fora dali se vendo livre do estranhamento. Mas não foi isso que o fez, na verdade, suas ações seguintes fizeram com que você se sentisse nua. Abraçando o próprio corpo, você franziu o cenho quando viu aquele sorriso sendo direcionado à seu rosto vermelho. Já havia se acostumado com a distância, o sentimento de querê-lo mas não poder tê-lo já tinha se alojado em seu coração. Era algo com que sabia lidar agora. Não fazia ideia do que podia responder. 
Mas não foi preciso. 
⸺ Lisa comprou aqueles Cheetos que você gosta, no caso de ficar entediada com a festa. ⸺ Mal percebeu quando as portas da faculdade se abriram e a luz do dia os tomou por completo, validando ainda mais a postura angelical de Jimin enquanto falava com você como se não estivessem se evitando como a praga. No canto de seus olhos, podia ver a namorada de Jungkook os analisando. 
⸺ Obrigada. ⸺ Sua voz saiu em um sussurro fraco no qual rezou para que seu irmão não notasse. Você não entendia muito bem se Jungkook apenas fingia que não sabia do que estava acontecendo ou se realmente não o fazia mas se fosse a segunda opção, não era assim que você desejava que descobrisse. Jimin, no entanto, pareceu captar a mudança de tom pigarreando. 
⸺ Quem sabe deva agradecer ela também? 
⸺ Eu farei isso. 
Silêncio tomou conta da entrada, que já estava praticamente deserta conforme seus alunos iam para suas casas se arrumarem. Você permanecia observando-o sem cortar contato visual, mesmo quando esse retribuiu fechando os punhos dentro dos bolsos e umedecendo os lábios. Suas pupilas dilataram e sua respiração parecia desacelerar com a intensidade segurada ali, se alguma das presenças ao seu lado haviam notado algo estes não disseram, era como estarem sozinhos em um mundo deserto. Ninguém ali para atrapalhá-los. Poderia estar sendo consideravelmente precipitada por se ver naquela maneira, tão afetada por um simples gesto gentil, mas fazia tanto tempo que não podia deixar de aproveitar o momento raro. Era como estar naqueles dias em que eram apenas Jimin e você, no silêncio do famoso barzinho que seu irmão e os amigos dele costumavam frequentar, sentados em um sofá surrado e rindo das piadas sem graça de Namjoon e Taehyung. Apenas a tranquilidade os envolvendo. 
Jimin foi o primeiro a quebrar aquela bolha de conforto entre vocês, fazendo com que você abaixasse a cabeça para se recompor da vermelhidão em suas bochechas, e podia sentir a vergonha se dissipando no chão delicadamente e sendo substituída por confusão quando viu o sorriso orgulhoso na face de Jungkook enquanto este olhava para o melhor amigo. Seu irmão, decerto, sabia que alguma coisa estava acontecendo. Ele não pareceria orgulhoso da interação, pequena porém significativa, entre os dois por qualquer coisa. Desconfortável com a possibilidade da doçura de Jimin ter sido influenciada por seu irmão, você cruzou os pés esperando que sua cunhada anunciasse a partida de todos ali mas nenhum som veio. Ela brincava com os dedos do namorado, sorrindo boba. Empurrando a felicidade por ambos no fundo de sua mente, você deixou com que seu mau humor viesse a mão. 
⸺ Vamos? Mamãe e papai vão ficar irritados quando perceberem que estamos demorando tanto. Ainda temos que dar comida ao Bam. ⸺ Resmungou, sem se importar se pareceria carrancuda. Aparentemente pareceu, pois ele segurava a risada ao apertar o ombro da namorada em um aceno reconfortante. 
⸺ Não me mate, maninha, mas temos que passar na casa da minha gatinha aqui primeiro. Ela quer que provemos a roupa de padrinho e madrinha para o casamento da mãe dela. 
⸺ Tudo bem, posso esperar. 
⸺ Não, não quero te manter em problemas.
Um momento de escárnio se passou por Jungkook e Jimin e antes que você tivesse a chance de dizer algo, o Jeon sorriu:
⸺ Jimin, se importa de levá-la? 
Você sentia os cacos de sua bolha, antigamente construída para manter distância do Park, sob os sapatos. Era como estar pisando nos vidros de seu coração. No fim das contas, você teria que compartilhar o contempto em um carro com Jimin mas não teria Jungkook ou sua namorada para amenizar. Seriam somente os dois. Sabia o que seu irmão estava querendo fazer, o amava por isso mas não apreciava nem um pouco.
Momentaneamente, chacoalhou a cabeça mostrando que não era necessário. Por Deus, você andaria até sua casa se isso a livrasse de dividir um carro com Park Jimin naquele estado. Jungkook, claramente, não aprovaria aquela ideia e isso só causaria mais uma intriga com o rapaz de cabelos castanhos. Então, ao invés de fazer uma cena como uma de suas personagens em suas histórias, você apenas assentiu e tentou: 
⸺ Tem certeza? Posso ligar para meu pai e minha mãe. 
⸺ Vamos, você vai chegar mais rápido. Não era isso que queria? ⸺ Kookie tentou, simpaticamente. 
Suspirando uma última vez, você sorriu de orelha a orelha e anuiu outra vez. 
As despedidas foram rápidas, abraços foram trocados. Jungkook e Jimin trocaram um abraço rápido e sorrisos relaxados, e seu irmão sussurrou algo para ele. Sua jugular forte, mas a sombra de um sorriso permanecia em sua boca. Você tentou pensar que ele provavelmente tinha o provocado com alguma coisa que irritara seu ego mas não o suficiente para que ele ficasse bravo. O relacionamento entre os dois era assim, as brigas que vocês não tinham ficavam para Jimin. A entrada da faculdade estava totalmente vazia agora, sem nenhum aluno deixando-a para ir para casa. Só havia você e Jimin. Seu Porsche preto estava estacionado há algumas quadras, mas era visível a cor se destacando na rua cheia de carros opacos.
Há quanto tempo não ficava completamente sozinha com Jimin em qualquer lugar? Não se lembrava nem mesmo de se sentir assim tão estranha quando costumavam ficar horas na sala de estar de sua casa, esperando Jungkook e resto dos meninos descerem. 
⸺ Vamos? ⸺ A pergunta dele cortou sua linha de pensamento e logo sua figura se viu ao lado do garoto, ele havia descido alguns degraus e a encarava sério mas a pontada de acolhimento em suas irises eram inegáveis. Concordando, você desceu a pequena escada e escutou os saltos de seu sapato contra a calçada e asfalto se concentrando apenas neles como uma forma de distração. Era uma das coisas que sua terapeuta dizia para fazer quando sentisse que estivesse nervosa demais demais, mesmo depois dos medicamentos. Agradecia por ainda funcionar. ⸺ Está tudo bem? 
Mesmo que a dúvida ainda tivesse a pego despercebida, respirou fundo, pelo que parecia a trigésima vez no dia, e imaginou que era como uma das personagens em suas histórias. Forte e corajosa. Via-se mais fácil de encarar seus problemas como ela. 
⸺ Sim, por que?
⸺ Você não costuma ficar quieta, só quando tem algo de errado… Bem, aqui. ⸺ Os dois dedos, indicador e médio, batucaram o lado de sua cabeça e logo entendeu o que ele quis dizer.  
Umedecendo os lábios, você negou. 
⸺ Não, está tudo bem. 
⸺ Ok. Pode entrar, se quiser chegar rápido aconselho que faça isso. 
⸺ Certo. 
⸺ Certo. 
Você se amontoou no banco do passageiro, suas pernas debaixo do porta-luvas. O couro preto do Porsche aquecia suas coxas, e conforme passava o cinto por seu corpo escutou a porta do motorista abrir e logo Jimin se juntava à si para que pudesse dirigir. A atmosfera construída no automóvel era caótica, nenhum dos dois falava nada e suas respirações podiam ser ouvidas.
Os acontecimentos daquele dia acabaram passeando por sua cabeça. Desde a conversa que tivera com Johnny e Seulgi, os olhares trocados entre si e Park, até mesmo este momento segundos antes de entrarem no carro. Analisando tudo que Kang Seulgi havia lhe dito, fazia sentido. Parecia bobeira se martirizar por tanto quando Jimin estava ao seu lado para uma conversa. Antes de descobrir amá-lo, Jimin era seu melhor amigo. E sim, você estava assustada de ser tarde demais para que ele pudesse amá-la de volta mas estava ainda mais aterrorizada em perdê-lo.
Teria passado a tarde toda em frente ao espelho, praticando o que dizer à ele na festa como havia prometido a sua amiga mais cedo, mas estava no carro dele. Não precisaria esperar até a festa. 
Você deixou com que a sua forma corajosa falasse por si, pela primeira vez na vida: 
⸺ Na verdade, não. Não está tudo bem. ⸺ O carro havia parado em um sinal vermelho e você tentou não notar na forma como Jimin tencionou ao escutar tais palavras. Voltando sua cabeça levemente para checar se estava tudo bem fisicamente com você antes de relaxar novamente, aproveitando o espaço prévio de tranquilidade do semáforo para fazer isso. A confusão tomou conta da preocupação e então você percebeu que estava tomando tempo demais para explicar, isso era algo que não podia arriscar. A demora lhe tiraria a coragem e seria mortificante ter de explicar que, acidentalmente, havia se esquecido do que ia falar. ⸺ Por que não está mais falando comigo? 
O questionamento aparentou chocar o jovem e desta vez, não pôde esconder tão bem quanto antes o tanto que isso tudo o afetava. Nos olhos escuros de Jimin, você viu o quão sério o assunto parecia prejudicá-lo e sentiu-se péssima por exigir conhecimento de uma forma tão direta e rude. O carro voltou a estar em movimento e ao dar a volta na segunda quadra, o maxilar de Jimin endureceu outra vez determinado a ignorar a pergunta como se fosse apenas um delírio.
Entretanto, o seu olhar gélido e persistente continuou. Como pregos perfurando sua alma com força enquanto exigia uma resposta, como Jungkook fazia com seus olhos âmbar quando nervoso. 
⸺ Não faça perguntas pelo qual você não quer a resposta. ⸺ O tom sério não a assustou nem um pouco, não quando essa versão fodona tomava conta de seu ser e fazia toda a sua insegurança de uma possível rejeição voar para longe. Você já havia lido muitos livros para saber que protagonistas mudavam de sentimentos constantemente, no momento em que poderia estar amando também poderia estar odiando. Sempre achou fascinante a habilidade que o ser humano tinha de mudar de opinião tão rapidamente sobre algo, contudo nunca pensou que fosse acontecer consigo. Era como se sua nova versão estivesse dando ‘tchau’ a da faculdade que abaixava a cabeça quando seus olhares se encontravam e que estava nervosa demais para saber se ele queria falar com ela ou não. Essa, estava irritada porque ele não queria. 
⸺ E aqui estou eu, as querendo. 
⸺ Eu não parei de falar com você, só me afastei. ⸺ Desviou ele. 
⸺ Por que? ⸺ Você sabia o por quê mas precisava disso, precisava ouvir dele. Precisava saber que todas as suas conversas com Jungkook não foram baseadas em especulações, de que toda a situação realmente tinha tomado aquelas proporções pelos motivos de que tinha tanta certeza.
Jimin precisava dizer. 
⸺ Não importa agora. 
⸺ Mas é claro que importa, você para de falar comigo assim que eu começo a namorar mas também quando eu termino, você não volta. ⸺ Sabia que para as pessoas de fora do carro, você pareceria louca. Gesticulava freneticamente devido à frustração. 
⸺ Se terminou com John para que eu pudesse voltar a falar com você, fez errado. ⸺ O Park permanecia sério, o carro diminuía a velocidade indicando a proximidade que estavam de sua casa. 
⸺ Não é sobre isso, Jimin. E você…
⸺ Então já tem sua resposta. ⸺  Cortou-a grosseiramente, se sentindo mal quando pegou o olhar genuinamente surpreso que conseguiu arrancar de você com tal comportamento. De forma mais calma, o moreno inalou o ar profundamente para que pudesse parar de tremer de nervosismo. Você ficaria sabendo mais cedo ou mais tarde, era melhor que fosse por ele. Mesmo que já tivesse ouvido de quase todos. No fundo, detestava admitir isso, mas sabia que tudo que precisava era da confirmação dele. E lhe daria isso. ⸺ Eu passei anos amando você de longe. Me contentando com a ideia de te ter da maneira mais simples e platônica porque eu não posso forçá-la sendo seu melhor amigo, mesmo que quisesse ser isso e ainda mais. Eu sempre te amei, amei como a brisa batia contra seus cabelos quando estávamos no carro e isso criava uma pequena onda como se seus cabelos fossem o próprio mar, sempre amei o som da sua risada quando escutava alguém falar qualquer bobagem que você claramente não concordava mas também não botava energia 'numa discussão. É um porre, mas não podia ver você sendo feliz com outra pessoa e se isso me fez egoísta então tudo bem. Eu sou egoísta, pelo que parece, mas quando você começou a namorar o Johnny, eu não podia interromper vocês. Ele é o melhor cara que você poderia ter e eu precisava seguir em frente, não posso fazer isso com você na minha vida. Pelo menos, não por enquanto. 
Lágrimas a sufocaram e não havia nada no mundo que pudesse esconder isso, sua face era transparente como vidro na forma como seus olhos pareciam o mar numa brisa de verão. E que verão cruel esse era, as ondas grossas d’água e o jeito que o lábio tremia como um barco faria no oceano selvagem. Pensou que a validação dos sentimentos dele a ajudaria de alguma forma, que fariam-na se sentir menos mal consigo mesma por ter esperado tanto. Mas talvez fosse melhor se tivesse se aberto sem suas confissões, pois agora tudo que pensava era na maneira como Jimin deveria ter sofrido com as notícias de seu relacionamento prévio com Johnny.
E ele parecia tão disposto a esquecê-la que assemelhava bobagem admitir que estava perdida e catastroficamente apaixonada por ele. Dessa vez, sua versão fictícia abriu espaço para que demonstrasse suas emoções deixando cair algumas lágrimas. 
⸺ Por que não falou comigo? ⸺ Sua voz abalada conseguiu sair em meio a rouquidão que o choro causava, nunca se sentiu tão frágil. 
⸺ Faria alguma diferença de todas as vezes em que algum de nossos amigos falou com você? 
⸺ Sim, porque seria você falando comigo sobre nossos sentimentos e não ninguém do grupo tentando se meter na nossa vida. 
⸺ Você estava apaixonada por Johnny. 
⸺ Acho que já pode ter percebido que está enganado pelo fato de que não estamos mais juntos, eu apenas confundi as coisas. ⸺ O carro havia parado. Sentindo sua máscara de cílios deslizar por suas bochechas, você fungou suavemente e deixou com que seus olhos queimassem mais uma vez.
Ele não te amava mais, estava seguindo em frente e agora seria sua tarefa passar por tudo que ele havia passado. Todos os anos amando-a em segredo sabendo que não era correspondido. Suportava a dor do estalos em sua alma enquanto ela se partia em duas, e em sua cabeça, mesmo sabendo que aquilo era dramático, nada poderia fazer tanto sentido na mente de uma escritora.
⸺ John e eu tivemos um término mútuo porque descobrimos que não estávamos apaixonados um pelo outro, porque eu estou apaixonada por você. 
Você se recordou de uma pequena peça que montou quando criança. Quando fez Jennie segurar o corpo morto da cruel princesa Lisa, a maneira como descreveu seu coração quebrando enquanto ela gritava por misericórdia pelo amor de sua vida. Da maneira em que detalhou o sangue em sua alma ao se separar de sua amada. Sentia-se assim conforme abria a porta do veículo preto ignorando os chamados de Jimin, humilhada demais para olhá-lo e ver o sentimento de culpa por não amá-la mais agora que ela o fazia.
Cascatas de lágrimas corriam por suas maçãs do rosto e atrás de todo o embaçado de sua visão, você viu o cachorro preto e gigante parado atrás da porta de vidro. Confuso com sua expressão, ao longe o carro de Jimin cantou pneu na rua. 
"I love you, " ain't that the worst thing you ever heard? 
He looks up grinning like a devil
⸺ Tem certeza de que está bem? Cara, até eu me sinto horrível pelo que aconteceu, imagine seu irmão. ⸺ Lisa abraçou a amiga de lado enquanto cutucava Jennie com sua bolsa pontuda e brilhante, a morena não parecia nada sentida pela situação. 
⸺ Não tenho certeza se Jennie compartilha mesmo desse sentimento, mas está tudo bem, Lis. Precisávamos disso, foi bom para limpar o ar. Eu vou ficar bem, ele também ficou. ⸺ Você dizia, embora pudesse sentir seus olhos brilhando outra vez. De forma que sentiu a mão pequena da Kim na sua. Você sorriu. ⸺ Jen. 
⸺ Acho que vocês realmente precisavam disso, como você disse, mas eu desejava que a conversa tivesse tomado outro rumo. Vou confessar. ⸺ A garota deitou a cabeça no seu ombro, assim estando todas as três entrelaçadas do lado de fora de sua casa. O corredor cheirava a maconha e você tinha quase certeza que havia visto Mark Lee acender um baseado com Bambam. 
⸺ Tipo o que? ⸺ Lisa quis saber. 
⸺ Tipo aqueles livros eróticos da Rosé, vou dizer que aquela garota é maluca. 
⸺ Ai meu Deus, não! ⸺ Você exclamou horrorizada, todavia divertida. A porta que dava acesso ao corredor da casa se abriu outra vez, agora um garoto desajeitado entrava por lá com os óculos mal arrumados e você sorriu afetuosa quando viu Jennie o abraçar e se aninhar em seu aperto. ⸺ Eles nunca brigam, né? 
⸺ Não, chega ser assustador como sempre estão em sincronia. ⸺ A tailandesa sussurrou de volta, apertando seus braços em em sua cintura.
⸺ Podemos ouvir vocês. ⸺ Jennie riu. 
⸺ Sabemos. ⸺ Vocês duas responderam. 
Balançando a cabeça, ela voltou para seu mundo confortável com o namorado, deixando você e Lisa em seu silêncio aconchegante. Você ainda não havia avistado Jimin e por um segundo pensou que talvez ele tivesse desistido de vir, tendo mais voz do que você mesma para dizer ‘não’ a Jungkook, mas sabia que isso era improvável considerando que este adorava as festas que seu irmão dava.
Contudo, se via grata por não terem se esbarrado ainda. Estava ciente de que não estava pronta para encará-lo, não após passar uma tarde inteira chorando por sua causa. 
Enquanto a música flutuava sob seus ouvidos, você se recordava dos latidos de Bam ao mesmo tempo que soltava sua alma pelas lágrimas. Tentou se convencer de que a dor do coração partido seria bom para sua escrita, milhares de compositoras usavam-no ao seu favor, então você também poderia. Mas no momento, assemelhava uma realidade diferente da qual vivia. Pensar nele doía, vê-lo a destruiria. Com um estalo, despertou de seus pensamentos quando seu irmão parou ao lado de Lisa com um sorriso travesso que morreu ao vê-la.
⸺ Ei, o que aconteceu? Seus olhos estão vermelhos? Você andou chorando? ⸺ O olhar castanho dele inspecionou toda sua figura, preocupado. Você riu disfarçando.
⸺ Estamos em um corredor fedendo a erva e você me pergunta se eu andei chorando?
⸺ E desde quando você fuma? 
⸺ Ele tem um ponto. ⸺ Murmurou Lis, apertando-a um pouquinho mais.
⸺ Não é nada, Kook, deve ser só efeito de inalar toda essa fumaça. Prometo. Vou ao banheiro lavar o rosto. ⸺ Arqueou as sobrancelhas se separando da amiga, o calor que o corpo dela trazia ao seu trazendo saudades. Ignorando a vontade se aconchegar em Lisa mais uma vez, você meteu um estalo na testa do irmão. ⸺ Vai me ajudar a matar o sono. 
⸺ 'Falô, usa o último banheiro do quarto do quarto de hóspedes. É o único higiênico no momento. ⸺ Ele apontou e com uma careta de nojo, fazendo você assentir e abrir uma das portas da casa sendo encontrada pelo cubículo com pessoas espremidas.
Rosé e Suzy se beijavam em algum canto da sala, Taehyung estava bêbado demais para sequer andar e Jin desenhava um bigode nele. Sorrindo consigo mesma, você empurrou alguns corpos para fora de seu caminho, seguindo para o quarto. A música abafou assim que fechou a porta e o quarto parecia o único cômodo que cheirava bem, diferente da sala podre com o cheiro de vômito, álcool e erva. 
Franzindo o cenho, com as mãos ainda na maçaneta, você reconheceu aquele cheiro. Arregalando os olhos, você se virou e encontrou o dono da fragrância. Jimin estava sentado no fim da cama, uma camisa de botões xadrez que você sabia que ele odiava mas era a sua favorita. 
O que nos leva onde paramos na história, tudo aquilo parecia uma piada de imenso mal gosto. Você tentou virar a maçaneta, travada, e subitamente suas costas suavam com o nervosismo e pelo fato de estarem expostas no vestido de seda que Seulgi havia insistido que usasse. Seus pés também suavam, escorrendo dentro dos tênis preto que não combinava com a seda verde do vestido. Tentando mais uma vez, sem começar o contato visual, você virou a maçaneta da porta.
Nada. 
⸺ Eles não vão abrir até nos resolvermos, princesa. ⸺ Você não precisava olhar para ele para saber que ele continha um sorriso ladeado no rosto.
⸺ Presumo que você sabia sobre isso.
⸺ Eles me deram um ultimato. 
⸺ Você poderia ter negado. ⸺ Cruzando os braços, você se encostou na porta. Olhando para qualquer lugar que não fosse ele, não podia suportar a dor da rejeição. Não queria ouvir da boca de Jimin que ele não te queria, estava contente ignorando toda a situação.
Ele podia ser como você e não falar sobre isso. 
Porém, diferente do que havia imaginado, você não estava se debulhando em lágrimas. Não. Havia algo de diferente no clima daquele quarto, algo que não se igualava a energia negativa que presenciaram no carro. A música abafada havia mudado e você conseguiu identificar alguns versos de uma música antiga da Taylor Swift, rolou os olhos pensando em como aquilo devia ter sido ideia de Seulgi e Jennie.
Jimin também pareceu pegar a ideia, a memória de uma risada saindo brevemente de sua garganta. 
⸺ Era o único jeito de conseguir falar com você sem que fugisse, você tem esse hábito horrível. ⸺ Lentamente, acompanhado pelos seus olhos, ele se levantou da cama e caminhou três lentos passos até sua figura. Não estavam perto, mas não existia mais aquela distância absurda onde conseguia se esconder em um canto do quarto e ele em outro. 
Seu cabelo começara a fazer cócegas em suas costas. O nervosismo comia seu sistema por dentro, tremia e sabia que não era por conta da bebida. Não podia beber hoje por conta dos remédios, quase nunca bebia. E havia mentido quando disse a Jungkook que havia inalado a fumaça da maconha, só havia uma razão para qual estava nervosa. E ela carregava nome e sobrenome. Park Jimin.
⸺ Poderia dizer o mesmo sobre você. ⸺ Beliscou de volta. Jimin parecia confuso, claramente vocês tinham perspectivas muito diferentes do que estava acontecendo ali. ⸺ Se veio aqui dizer que não me ama, não precisava se esforçar por tanto. Já foi bastante claro no carro em suas tentativas de me esquecer, já entendi, Chim. Estraguei tudo, tarde demais. 
A próxima sequência de atos a pegou de surpresa, não podia negar. Desde o pequeno tsk que Jimin soltara até a maneira como o rapaz caminhou devagar até você, suas costas quase virando parte da madeira até que ele estava pouco menos de um passo longe de seu corpo longo e quase descoberto. Você se pegou amaldiçoando Seulgi milhões de vezes pelo vestido. 
⸺ Aí está sua mania horrível de novo, você mal deixou com que eu terminasse a nossa conversa e já saiu do carro correndo. Sabe, pensei que vocês escritores odiassem isso de má comunicação? Não irrita os leitores? 
Mesmo com a confusão nublando seus pensamentos, você conseguiu responder:
⸺ É, mas o drama vende.
⸺ Entendo, então veja só: nossa vida não precisa de mais drama, tá legal? ⸺ Seu dedo indicador partia no espaço entre você dois, e você molhou os lábios com gosto de menta ao olhar para ele em expectativa. Não pôde evitar o pequeno brilho em seus olhos e logo o dele se viu presente. Anuiu. ⸺ Se tivesse ficado, saberia que eu fiquei aliviado de ouvir tudo o que me disse. Saberia que eu ainda amo você e não consegui seguir em frente porque você está sempre na minha cabeça, e então saberia que eu te pegaria nos meus braços e…
Você balançou a cabeça com um sorriso preguiçoso, de repente toda a tristeza em seu corpo e preocupação havia evaporado. Se sentia mais leve, o suor havia parado em partes e nem mesmo o vento frio da janela a incomodava mais. Fechando o espaço do passo que faltavam entre os dois, você riu boba sentindo os braços do Park circularem sua cintura. Mordendo o lábio inferior para tentar segurar o som feliz que sairia de sua boca, você viu o rosto de Jimin se contorcer naquele sorriso que fazia com que os olhos dele sumissem. Tudo agora parecia tão bobo que se sentia estúpida, não da forma pejorativa que algumas pessoas usavam para descrevê-la, mas sim de uma forma apaixonada.
Haviam colocado tantas complicações em um assunto tão simples, detestava admitir mas podia ver seus amigos dizendo que tinham razão. Você transformou seu rosto em um bico pidão.
⸺ O que foi? Disse algo errado? ⸺ Jimin indagou. 
⸺ Não fala tudo também, corta a emoção de quando for fazer e eu preciso ter palavras! A escritora aqui sou eu, a declaração poética precisava ser minha. ⸺ Tentou brigar mas apenas acabou rindo, sendo puxada para mais perto. Você sentiu quando seus pés saíram do chão e seu peso começou a ser sustentado pelo homem. Sua colônia impregnou a camisa dele. Analisando sua expressão tranquila, as pequenas imperfeições que se misturavam com o pálido de sua pele. Os cabelos escuros, dando um destaque a pele amarelada. Sentia como se fosse derreter só por olhá-lo.
Levando um dedo para traçar, agora, suas perfeições, você depositou um beijo suave em seus lábios o pegando desprevenido. Suprindo uma risada, começou começou: ⸺ Eu amo você, sem palavras bonitas ou grandes gestos. Só amo você, Jimin, com tudo de mim. Sempre amei e sempre vou amar. E enquanto isso for suficiente, vou estar aqui. A cada passo do caminho.
Não precisou continuar por muito tempo, sua boca já estava conectada a dele antes mesmo que tivesse energia para respirar. Seus lábios moldaram o caminho perfeito do céu causando choques elétricos por todo seu corpo, a mão dele pousou em seu quadril e você aproveitou sua suspensão do chão para subir uma de suas pernas pela dele. Como já havia lido em livros antes. Beijar Jimin era como cantar com os anjos, ter as mãos dele bagunçando seu cabelo e amassando seu vestido em lugares que seria impossível de um ferro consertar. Você tentava acompanhar o máximo que conseguia, retribuindo os apertos e mordiscando o lugar certo do lábio dele a ponto de fazê-lo parar para arfar.
Só conseguiu se dar conta de que estava sendo carregada quando os joelhos dele cederam para trás na cama e teve de apoiar seus braços do lado da cabeça dele, caso contrário tinha a certeza que seu peso o machucaria. Jogando o cabelo para o lado, o beijo dele desceu por sua traqueia. 
Eram pequenos selinhos que faziam com que borboletas saltassem por seu corpo, deixando-a bamba em todos os lugares. O tronco de Jimin se ergueu e o rapaz se sentou, com você ainda em seu colo e se encararam por vários segundos até sorrirem. 
⸺ Acho que agora sei o que vem depois do beijo. ⸺ Comentou risonha, brincando a gola da camisa dele. Jimin engasgou em uma gargalhada. Seu peito subia e descia com a respiração descompassada. 
⸺ Vai escreve sobre isso, é? ⸺ Pousou uma de suas mãos no interior de sua coxa, o vestido já havia subido demais, todavia, você não parecia se importar. Ainda mais, olhando o sorriso sacana na boca do Park.
⸺ Não, esse é o tipo de memória que eu gosto de manter comigo. Pra lembrar, sabe? ⸺ Piscou, o puxando para mais um beijo. Uma mistura de dentes, sorrisos e selinhos demorados enquanto ele a virava para ficar por cima. Seu tênis surrado roçando contra a calça jeans dele. ⸺ Mas algo me diz que vamos ter várias dessas, né?
⸺ Claro, pô. Uma delas tem que ir pra alguma história sua, sabe como é? Pra aumentar minha fama de fodão.
Ambos riram, entretidos naquela bolha de amor e afeto onde nada parecia perturbá-los. Do lado de fora, meia-noite era dada enquanto os casais se abraçavam e se desejando um feliz dia dos namorados.
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neogotmycolors · 9 months
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oioi, boa noite, tudo bem? então, simplesmente amei sua conta e os filtros que vc faz, seu trabalho é incrível e eu fiquei super empolgada quando vi que era br, já me vi na expectativa de poder enviar minha ask. cheguei agora e já vou ser um pouquinho folgadinha, cê perdoa, viu? 🙈
então, eu tenho visto uns icons por aqui com esse filtro das fotos abaixo (ou talvez acima😅🤌🏻), um deles é do @/aracnista, os outros eu nem tenho como dizer pq realmente não lembro. acho esse filtro incrível, mas não acho code dele disponível em lugar nenhum, nem aqui, nem no pinterest. não sei nome, estilo, nadica de nada. queria saber se haveria a possibilidade de você fazer um assim, claro, só se puder e quando puder. caso não for possível, queria saber se você sabe o nome, alguma referência para achá-lo, e se souber, se pode dizer. gostei demais do teu trabalho e acho que um filtro assim feito por vc ficaria lindo!
mais uma vez, perdão a folga, viu? e me desculpe pelas fotos não tão nítidas, é que os designers disponibilizam no tamanho 120×120, e aí olhando assim, realmente não fica tão visível.
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olá anjo, tudo ok comigo e contigo? fico feliz que tenha gostado do caos daqui e sinta-se livre para mandar ask sempre que precisar.
então, eu não tô por dentro de tudo que tá rolando, mas já vi alguns icons assim. só explicando mesmo, eu acredito que as pessoas pegam algum psd e assim usam uma action por cima com esse efeito 3d. eu só fiz pegar um outro filtro que eu já tinha feito há séculos e adicionei as "franjas" do polarr. obviamente não fica 100%, não sei se é uma pessoa específica que começou a fazer esse tipo de filtro, mas a prática de colocar action 3d por cima é bem comum, só a distância das camadas que está maior, então eu só fiz isso mesmo. inclusive, tem como vc colocar as franjas em qualquer tipo de filtro.
fiquei em dúvida se você queria a coloração ou o efeito 3d no icon, por isso peguei um filtro mais quente e que não mude tanto assim a foto (como não sei exatamente o que queria), também porque as franjas do polarr são meio chatinhas, se eu mudo hsl e as cores da imagem as franjas também mudam e se perdem na imagem.
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por isso, deixei aqui duas versões. é o mesmo filtro, mas o segundo é menos vibrante que o primeiro, para fotos que já são quentes originalmente. tenho outros filtros que também tem esse efeito, mas não tão explícito assim porque, como eu disse, a coloração do filtro muda ele. ambos filtros estão abertos, ou seja, ao salvar você pode fazer qualquer alteração, então fique tranquila quanto a isso e se sinta livre.
enfim, espero que goste e perdoe qualquer coisa. pode me mandar ask para qualquer dúvida ou pedido, assim como minha dm também. agradeço pelo pedido bye.
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jxngwho · 1 year
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a gentle cuddle between our muses turns sexual || prompt
↳ prompt :: 002.
a vida com minho era totalmente diferente, inovadora, pacífica, feliz. era definição de conforto, de lar, de saber que é acolhido e amado, era tudo isso e muito mais. mas, ainda assim, existiam muitos momentos em que jungwoo caía em velhos hábitos. no início isso era muito mais recorrente, mas com o passar do tempo, conseguiu ir dosando e equilibrando toda a tristeza de sua vida, porque agora conhecia um outro lado dela. porém, suas recaídas ainda tinham a necessidade de um cuidado especial. e as últimas semanas estavam sendo tão difíceis para o lee que acabou não conseguindo evitar, não quis correr para minho por achar que seria bobagem o que estava sentindo e apenas atrapalharia o loiro, e antes que pudesse pedir ajuda, foi derrotado.
então, nos dias que se seguiram aquela fatídica noite em que chegou ao apartamento e viu o ex-grifano machucado tentando limpar a bagunça que havia feito, minho tomou todo o seu tempo para ajudar o namorado a se recuperar. eram dias como aqueles que o ambiente tomava um ar diferente, não ruim, do contrário, apenas mais cauteloso. o ex-lufano fazia tudo que estava ao seu alcance, especialmente com palavras gentis e dóceis que sempre encorajavam o moreno a se reerguer, isso era muito importante para ele, uma vez que sua mente sempre o importunava com a ideia de que uma hora o shin se cansaria dessa rotina e o abandonaria, como todos já havia feito. e essa ideia o assolava, e o assombrava muito.
o medo de perder o loiro era muito real, e era visível esse pavor que tinha na forma como estava encarando-o; seu olhar o acompanhava a cada segundo enquanto o shin fazia qualquer coisa pelo apartamento e quando sumia de sua vista, jungwoo rapidamente procurava pela figura do namorado. esse seu comportamento já era familiar para minho, que reparou na ansiedade que o coreano estava, mas havia algo de diferente e ele não sabia identificar o quê exatamente. determinado a descobrir o motivo da inquietação alheia, sugeriu que assistissem a algum filme e pediu ao oriental que escolhesse enquanto tomava seu banho, mas ao entrar no quarto novamente, encontrou jungwoo na mesma posição que havia visto antes de ir para o chuveiro.
sentado na cama, com as mãos cruzadas e os olhos fixos na porta em que o loiro teria saído, seus olhinhos brilharam imediatamente ao ver a silhueta do outro. - você quer ajuda para escolher? - inquiriu min, esboçando um sorriso e recebendo um ‘sim’ com a cabeça, observando como jung remexeu-se na cama para que pudesse ir se acomodar ao seu lado. antes de aceitar de bom grado o convite mudo, ele foi apagar a luz e o quarto inteiro ficou no escuro, o que apavorou completamente o ex-grifano, que teve uma reação imediata em se sentar na cama sobre os joelhos e segurar o edredom com força. “min?” sua voz saiu baixo, mas era notório o medo que transpareceu em seu timbre vocal, seus olhos estavam arregalados enquanto tentavam se ajustar a falta de iluminação em busca do outro. 
- eu estou aqui, woo. - assegurou-o ao puxar o edredom e aconchegar-se embaixo deste. jungwoo engoliu a saliva e sentiu-se acalmando aos poucos, voltando a ajeitar-se em sua posição inicial. ele queria muito tocar no namorado, queria sentir que não iria ser deixado e que ainda era amado pelo loiro, e para sua felicidade o shin pareceu ter lido seus pensamentos ao deitar em seu peito. era um toque muito singelo mas de alguma forma deu um certo conforto ao moreno. a luz da tv sendo ligada logo invadiu o cômodo, minho concentrado em buscar um filme enquanto jungwoo estava concentrando nele. já fazia algum tempo que queria falar com o namorado sobre certos assuntos, coisas que vinha sentindo, mas tinha um certo receio e sentia a necessidade de sondar o solo antes de apenas se abrir, por alguma razão, sentia que seria naquela noite.
min se remexeu para encontrar uma posição mais confortável e o coreano viu a oportunidade perfeita para o que queria: timidamente envolveu seus braços em torno da figura do namorado abraçando-o e sentindo o calor do corpo alheio, como muitas outras vezes, fazer seus pelos se arrepiarem. não era a primeira vez que tinham um momento como aquele, mas todas as vezes eram especiais e tinham um lugar muito especial na memória do lee. minho começou a brincar com os dedos do ex-grifano enquanto assistia ao filme, contudo, ao decorrer deste, sua atenção foi automaticamente interrompida quando sentiu jungwoo puxar sua mão e levar seus dedos até os lábios, uma ação tão inesperada e incomum do coreano.
ele desviou o olhar da tela para encontrar o par de olhos curiosos e surpresos de shin, que o encaravam. as bochechas do moreno coraram imediatamente e ele encolheu os ombros, talvez não deveria ter feito aquilo. apesar de estarem namorando a alguns anos, a cabeça de jungwoo não funcionava direito e ainda não entendia muitas coisas, especialmente o fato de ser comum essas trocas de carícias em um relacionamento, então, para ele, havia atrapalhado o filme do loiro. “desculpa... e-eu...” completamente envergonhado o coreano estava prestes a desvencilhar-se quando, ao invés de vergonha, ficou desnorteado ao sentir um beijo sendo depositado em seus lábios. shin roçou a ponta do nariz ao dele e estava voltando a sua posição anterior para ver o filme quando, tomado por uma coragem inusitada, jung o chamou.
“é qu-que.. eu.. e-eu qu-... ah, deixe para lá...” ele estava em um misto de emoções, suas bochechas estavam vermelhas, seu coração palpitava, os olhinhos brilhando como se fossem duas estrelinhas perdidas, as sobrancelhas franzidas, as mãos suavam e se encontravam geladas assim como seus pés, reações muito normais quando jungwoo queria alguma coisa. - woo... - shin chamou sua atenção, segurando gentilmente a face do namorado para si e esboçando um sorriso totalmente amoroso e incentivador. - você sabe que pode me contar tudo... me diga o que você quer, por favor? quero ajudar você. - assegurou-o gentilmente, apertando a mão do moreno. jungwoo debateu consigo mesmo durante alguns segundos antes de tomar coragem, evitando olhar na face do loiro pois temia que fracasse em falar o que queria. “eu sinto sua falta... estou com saudades sua.."
apesar de se verem todos os dias, a presença do loiro em sua vida era muito necessária e ele sentia muito a falta do outro quando não estavam juntos, mas colocar isso para fora era algo que o deixava assustado na mesma medida que inseguro. - eu estou aqui, woo... sempre vou estar.. - o loiro respondeu dando um aperto na mão alheia e depositando um beijo na bochecha do lee, que esboçou um sorriso completamente amável para minho. mas ao se dar conta de que estava sorrindo ele acabou voltando ao seu estado normal, o que chamou a atenção do outro. - eu amo seu sorriso, jungwoo. e amo quando você sorri, por favor, sorria mais. - as palavras foram certeiras em si, fazendo com que o coreano corasse e quisesse esconder sua face, mas não o fez, na verdade, impulsionou-se para frente e beijou-o. 
o beijo era calmo, não havia nada maldoso, apenas um toque puro e repleto de sentimentos bons, mas aos poucos deixou de ser apenas um beijo; min começou a se remexer e quis sentar em seu colo, o que foi perceptível a jungwoo, que puxou-o delicadamente e para sentar em cima de si. o shin começou com um passar de mãos nos braços alheios, acariciando o outro por cima do pijama que este usava, então começou a distribuir beijos pelo pescoço do namorado, nunca deixando de falar coisas para ajudar a deixá-lo confortável. - eu amo o seu cheiro, woo... - a cada movimento do ex-lufano, jungwoo sentia seu corpo se acender ainda mais. porém, quando minho aproximou as mãos da barra do pijama do lee, o oriental acabou gemendo baixinho e segurou o outro. 
o shin rapidamente parou e encarou-o em busca de alguma resposta, seu olhar em completo alerta na face do namorado. - está tudo bem, woo.. - sua fala não era para forçar o coreano a algo, do contrário, era uma afirmação de que não havia nada para temer, que apesar dos machucados, minho ainda assim o amaria, que ele ainda seria lindo aos seus olhos, que estava tudo bem permitir que o shin visse o que quer que fosse que estivesse por baixo do tecido. respirando fundo, ele permitiu que a peça de roupa fosse tirada de seu corpo. se fosse a primeira vez muito provavelmente pararia e tentaria conversar e entender os motivos que o levaram a fazer aquilo, mas a diferença era que min sabia o porquê, ele, de alguma forma, já estava mais familiarizado a ver a pele magoada do namorado. - você é tão lindo, woo... você me faz tão bem... - enquanto falava, seus lábios tocavam propositalmente cada corte na derme do outro.
jungwoo sentia cada átomo de seu ser reagir ao contato, seu corpo inteiro estremecia e arrepiava-se com os toques e beijos delicados em si, fazendo arfar e desejar por mais. - min... - ele gemeu baixinho o nome alheio ao sentir sua pele ser levemente sugada ao mesmo passo que seu membro era apertado por cima da calma, os estímulos simultâneos juntos dos elogios o fizeram arquear as costas. o lee levou ambas as mãos, que antes seguravam os braços do namorado, para a barra da blusa alheia e com a ajuda do outro, retirou-a e jogou a peça em qualquer lugar. ele procurou pela face do loiro e o beijou, gemendo baixinho em meio ao beijo quando minho começou a roçar seu pênis ao dele. quando o beijo cessou, devido ao shin interrompê-lo ao começar a gemer, jungwoo o encarou profundamente e permitiu que as palavras que tinha tanto medo de pronunciar, escapassem por seus lábios como se fossem mel escorrendo por eles. 
“min.. e-eu... eu amo você.” e a confissão fez com que o loiro petrificasse, encarando-o por longos segundos, o que começou a causar um leve pânico dentro de jungwoo, e se tivesse falado demais? ele o encarou desesperado, querendo entender o que se passava na mente do namorado.
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2024trying · 4 months
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Hoje eu tirei ele do pedestal. As vezes não sei o que acontece que parece que me dá uns 10 segundos e eu mudo meu comportamento brutalmente entre “eu me importo MUITO com isso” e depois “eu NÃO me importo em nada com isso”. E não sei bem em que momento eu liguei o segundo botão dentro de mim. Talvez pelo cansaço que eu estou me colocando ultimamente ou talvez porque ontem eu fiquei tão chocada de me sentir rejeitar por mim mesma que eu pensei simplesmente: se ele não se importa, não serei eu que vou me importar. Bom não sei, só sei que hoje eu cheguei pronta pra fazer meus exercícios, fiz o máximo que eu pude e não me importei exageradamente com a presença dele. E foi bom, porque me deu mais um senso de clareza sobre os meus sentimentos. Foi como se eu pudesse ver as coisas de forma mais fria e menos carregada de emoções ansiosas. Ai eu fiquei pensando comigo mesma: e se o meu medo dele for simplesmente um trauma que eu carrego internamente, sobre minha adolescência que me faz acreditar em coisas agora, que não são reais?
Quando eu tinha uns 15 anos viram minha calcinha e me zoaram por isso, porque não era sexy o suficiente e parecia ser feia. Eu me senti exposta e ridicularizada, mas demonstrei não me importar. Mas por dentro eu me senti como se eu olhasse pra qualquer um deles, automaticamente eles iriam apontar o dedo e dizer que eu era gorda e estranha…. Bom, ninguém nunca me disse diretamente que eu era gorda e estranha. Podem ter pensando e em algumas várias vezes eu me senti muito diferente de todas as outras meninas, pela minha roupa, minha cara e meu comportamento. E também pelas pessoas que eu andava. Então eu não lembro de nenhuma situação em que eu fui rejeitada de forma explícita ou continua ou intensa, ou seila, que fosse algo de exposição bizarra. Na verdade eu sempre procurei me esconder e sair fora do holofote e de pessoas que poderiam me colocar nessa posição. Mas mesmo a situação nunca tenha acontecido na vida real, na minha cabeça eu sempre me julguei com a gorda esquisita. Isso é estranho porque minha infância eu fui magra e na minha adolescência eu não era tão ruim, além de ser pobre e não ter boas roupas. Mas não era tão absurdo. Acho que eu nunca me enxerguei de verdade, eu não lembro de ter uma visão sobre minha autoimagem e quando eu formava alguma opinião era negativa, e das poucas opiniões externas que eu recebia, também era meio que de indiferença ou desvalorização. Então, eu cresci com esse auto conceito bem baixo de que eu não sou muita coisa e quando sou é com muito esforço.
E agora eu cresci, agora eu sou mulher, eu tenho corpo, tenho uma consciência muito mais abrangente sobre quem eu sou e sobre minhas limitações. Caí bastante nos últimos anos presa a essa pobreza de imagem sobre mim mesma. E estou tentando construir uma melhor.
Nesse intervalo me deparo com ELE e aí a minha primeira reação foi de pensar “nossa ele me notou, viu que eu sou feia e agora tá me ridicularizando” e eu fiquei muito constrangida de ele ter visto que eu estava vendo ele, porque na minha cabeça eu tinha sido exposta a esse holofote em que todos iriam apontar o dedo na minha cara e rir de mim. E a cada vez que eu queria muito chegar perto dele, eu me sentia brutalmente compelida a nos fazer porque se não eu poderia ser mais exposta ao ridículo.
Mas engraçado, que ao mesmo tempo que eu em sentia um medo brutal de ser exposta eu ainda sim queria muito a qualquer custo chegar nele. E isso me martiriza um pouco em certa frustração, porque o meu querer batia de frente com o meu medo de não ser aceita. Ai eu meio que dei uma desviada, não fui mais, parei de olhar. Mas ainda sim, esse querer ele não foi embora e fica nessa nuvem na minha cabeça, como distração e etc
Mas agora, pensando em todas essas questões e muitas outras. Não consigo me convencer ou que outras pessoas possam me convencer de que ele realmente não gostou. É estranho, dentro de mim eu acredito que ele curtiu a conexão comigo. Mas aí meus traumas dizem que não, que eu tô inventando coisa e me expondo gratuitamente. Mas quem tá dizendo que eu tô sendo ridícula é essa versão antiga minha de que tem um autoconceito muito baixo. Mas quem tá de frente pra ele agora, não é aquela menina desajeitada de 15 anos, é uma mulher de 26 anos, que é muito bem arrumada, tem dinheiro, tem corpo e consegue tudo que quer. Tem um espaço entre essas duas versões minhas gigantescoooooo. Eu tô com um pensando super atrasado em relação ao que eu sou, porque eu mudei muito. E quem ele está enxergando, não é aquela menina, é uma mulher de curvas, sensual que pode ser muito pra ele, principalmente porque ele não sabe nada dessa história da minha cabeça.
Quando eu me dei conta disso, eu fiquei pensando, Poutz então eu não estou louco e as pessoas realmente estão me confirmando a verdade, ele me curtiu mesmo e o fato de ter ficado nesse negócio estranho, foi porque seila, por outros motivos que não estão relacionados a rejeição. Talvez os amigos dele até estejam incentivando ele conhecer outras pessoas e chegar junto só pra saber qual é a minha, ao invés de ser uma piada.
E a pergunta: e se eu realmente insistir? O que acontece? E se eu ficar muito em cima dele? Ele corresponde ou ele foge?
Não sei, minha mente ainda tá meio divagando, ainda fica um ponta de receio de ser motivo de piada, de talvez o interesse não ser tão genuíno
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waynegirl · 4 years
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@redheadarcher​ disse: “I’m good! Just almost died.” @ stephanie
levando a mão até o peito, não conseguir evitar o riso soprado que acompanhava a expressão de alívio estampada na face. ao seu lado, dentro da mochila, o uniforme roxo fora empurrado para o fundo com um soco, por puro reflexo. o milkshake ao lado da mochila também não teve tanta sorte assim, considerando o modo como havia caído no chão, sem qualquer chance de recuperação. tsc. já deveria estar acostumada com esse tipo de coisa. acontece que, quando se tem dezoito anos e uma série de atividades além de seu trabalho como vigilante numa cidade horrorosa, existem certas preocupações que dificilmente saem conta da sua mente. — então só mais um dia comum? não posso dizer que a minha calça teve tanta sorte, além de ter ficado toda melada de sorvete, agora tá gelado.  — comentou, embora não estivesse realmente irritada. além disso, não podia negar seus recém-adquiridos instintos de enfermeira do primeiro semestre da faculdade. — quebrou alguma coisa? aliás, o que diabos tava rolando agora há pouco? eu preciso, sei lá, me preocupar? pegar uma arma?
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nakakitty · 2 years
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mia escreve smut c o kun qualquer coisinha pfvvv
Pelo motivo de eu não estar com a cabecinha no lugar, optei por esse hard hour curtinho aqui, perdão vius anon, mas vamos lá porque estou até empolgada para falar de QIAN KUN
Você não conseguia ver nada. Kun disse que queria experimentar algo novo desta vez, e você já até sabe que tudo o que o Qian te oferece é prazeroso.
Seus outros quatro sentidos estavam aguçados, o coração batia descontrolado dentro do peito, ansioso pelo que estava por vir. Você estava completamente nua, os pulsos presos por algemas que estavam conectadas à cabeceira da cama. Quando Kun colocou a venda sobre seus olhos, a última coisa que viu foi a cama, com pétalas de rosa vermelha sobre ela, e o quarto iluminado apenas por velas. Ao ver a cena você até suspirou. Kun era sempre tão romântico.
Você sentiu a cama afundar em seus pés. Kun estava ali. Ele subiu então até a altura de suas panturrilhas. Você não podia ver, mas ele se abaixou, e pôde sentir os beijos molhados por suas coxas, até a virilha. Suas pernas foram abertas delicadamente, seu íntimo exposto estava encharcado. O chinês sorriu, e passou a língua em seu clitóris. O contato a fez tremelicar e soltar um gemido manhoso porém baixo.
"Quer mais rápido, meu amor?" Kun perguntou.
Kun, então, deslizou a língua até sua fenda, saboreando seu líquido que deixava o redor da boca brilhando. Ele levou o indicador até seus lábios, e o pedido mudo logo foi atendido. Você chupou o dedo dele, sugou, faminta, tal como faria se fosse o pau dele ali, e quando julgou que foi o suficiente, Kun retirou o dedo de sua boca e contornou sua entrada, por fim enfiando-o dentro de você. Ele movimentou o dedo devagar, num ritmo tortuoso, que a fazia resmungar.
"S-sim...", sua resposta saiu entrecortada devido ao gemido que escapou de seus lábios.
"Eu vou colocar mais um e vou mais rápido, mas não goze ainda, querida. Quero você gozando no meu pau junto comigo"
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tecontos · 3 years
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Na adolescência ganhava punhetas diárias da minha tia.
By; Paulo
Meu nome é Paulo, tenho 22 anos, sou moreno e tenho 1,70 de altura.
O que contarei foi o que aconteceu comigo na melhor época da minha vida, foi a melhor porque durante quase 3 anos eu fui presenteado com muito tesão, na época que começou eu tinha 16 anos e sempre foi segredo.
Com 16 anos, eu ainda estava no colégio e estudava de manhã, chegava em casa por volta do meio dia, morava eu e minha mãe que era separada do meu pai, ela trabalhava o dia todo, até hoje ela trabalha, e só chegava em casa no começo da noite, e quem tomava conta da casa e fazia todo o serviço era minha tia, que morava perto de casa (na mesma rua) e também trabalhava em casa, ela trabalhava somente depois do almoço, chegava entre o meio-dia e as 13:00 horas.
Nessa época minha tia estava com uns 29 anos, era uma pessoa muito rígida de poucas palavras, era ela que praticamente me educava, ela tinha total liberdade de me repreender, de me castigar e até de me bater, pois ela convivia mais comigo do que minha mãe, sempre que minha mãe chegava ela perguntava a minha tia seu eu tinha feito algo errado ou respondido a ela, eu sempre tive muito respeito por minha tia, e até medo.
Eu chegava e já ia tomar banho, mas sabe né, moleque com 16 anos, qualquer coisa, já deixava de pau duro, e quase todo dia eu chegava e ia pegar umas revistas pornôs no meu guarda roupa pra bater aquela punheta, e nesse dia foi o que fiz...
Cheguei no meu quarto tirei a camisa e já fui logo pegando as revistas no guarda roupa, peguei uma ou duas e já estava indo pro banheiro, quando vi minha tia na porta do quarto, fiquei mudo, tentei esconder as revistas mas era impossível pois ela sabia que eu tinha todas aquelas revistas, ela conhecia a casa melhor que minha mãe, ai ela disse:
- Uma hora dessas e vc já vai bater punheta? Por isso que demora a vida toda dentro desse banheiro.
Quando ela me deu essa bronca eu voltei diretamente para o guarda roupa e guardei as revistas, e ela continuou a me dar bronca:
- É bom mesmo vc guardar essas poucas vergonhas ai ! Onde já se viu ficar gastando o dinheiro que sua mãe lhe dá, pra ficar comprando essas porcarias.
Eu estava indo pro banheiro e ela me acompanhou, entrou no banheiro comigo deixou a porta aberta e falou:
- Arranque toda essa roupa, até as meias que agora eu vou bater uma punheta pra vc e sem essas revistas ai.
Quando ela terminou de falar eu já estava tirando a roupa, ela ficou segurando meu pau com a mão e apertando sem mexer a mão, ele foi ficando duro sem ela fazer nada, só de segurar, quando já estava bem duro, coisa que não demorou nada, ela me posicionou na frente do vaso sanitário, e ficou atrás de mim com as duas mãos no meu pau, ela se abaixou e deu uma cuspidinha bem no buraquinho, e com uma mão ela o segurava na base e com a palma da outra mão ela esfregava somente na cabeça, eu juro tive que me segurar para não gozar, tamanho era o tesão que ela me proporcionava.
Só depois disso é que ela começou a me punhetar bem devagar, pois ela sabe mesmo bater uma punheta, ela sabia que se acelerasse o movimento eu gozaria e ela queria mesmo era me judiar um pouco, depois ela enfiou a mão debaixo de minha bunda e ficou brincando com meu saco e na região entre o ânus e o saco, e com a outra mão me punhetando, sem dizer uma palavra e eu só gemendo, hora que ela percebia que eu ia gozar ela parava a punheta e apertava fortemente o meu pau com as duas mãos, acho que era pra porra não sair, se era ou não, eu não sei, só sei que eu não gozava quando ela fazia isso, ela conseguia controlar até a hora que eu ia gozar, só gozava quando ela queria, a única coisa que ela disse foi quando ela me deixou gozar:
- É! acho que eu já fiz vc acumular bastante porra, vou fazer vc gozar que eu quero ver o tanto de porra que vai sair desse pau.
Quando ela terminou de falar, ela acelerou a punheta com uma mão e a outra mão ela colocou na frente da cabeça do meu pau acho que para aparar a porra, como ela estava atrás de mim, ela colocou a cabeça em baixo do meu braço, ai eu podia ver seu rosto, quando ela acelerou a punheta eu já comecei a gozar, ela tentou aparar com a mão, mas não conseguiu, espirrou porra na parede toda e enquanto não saiu a ultima gota ela não parou de me punhetar.
Quando ela viu que eu tinha parado de gozar ainda apertou umas quatros ou cinco vezes meu pau, acho que pra tirar até a porra que estava no canal.
Eu olhei pra ela, que estava sorrindo com uma cara de satisfação enorme, ela soltou meu pau e já foi lavar a mão no lavatório ao lado, meu pau deu uma amolecida, e eu permaneci ali esperando ela lavar a mão, e parede toda suja de porra, acho que ela deve ter demorado uns 2 minutos para lavar as mãos, e eu já fui me aproximando do chuveiro para tomar banho, ai ela disse:
- Depois vc toma banho vem cá que eu vou lavar seu pau.
Quando ela disse isso meu pau deu uma leve reagida, eu fiquei olhando para as mãos dela ainda molhadas e ela disse:
- Vamos logo, vem!
O lavatório desse banheiro é somente uma pedra de granito, com a torneira e a cuba, não tem armário embaixo, o lavatório é um pouco baixo, então eu me aproximei e coloquei meu pau praticamente debaixo da torneira, ela ligou a torneira jogou um pouco de água no meu pau, pegou o sabonete e esfregou nas suas mãos, guardou o sabonete e com as mãos cheias de sabonete pegou meu pau e começou a esfrega-lo, ela fez meu pau ficar duro novamente em segundos, dava pra ver a cara de satisfação dela, ela esfregava meu pau com as duas mãos e jogava água, quando ela viu que meu pau estava ficando duro, ela disse:
- Acho que vou ter que fazer vc gozar de novo.
Ai com uma das mãos ela arregaçou bem a cabeça do meu pau até onde ela conseguiu e ficou segurando ela arregaçada até a base do pau, e com a outra mão toda cheia de sabonete, começou a me punhetar, eu estava ficando zonzo de tanto tesão e ela percebeu que naquele ritmo eu não aguentaria muito mais tempo, mas ela não parou e continuou segurando meu pau com uma mão e com a outra mão me punhetava e hora jogava água e outra hora passava sabonete no meu pau, me deixando fora de mim, eu não aguentei e ela também não me segurou”para não gozar, ela me fez gozar novamente, só que dessa vez na dentro da cuba do lavatório, logicamente que saiu um pouco menos de porra, mas a intensidade do gozo e tesão que eu senti foi o mesmo da primeira punheta, ao terminar ela disse:
- Agora pode ir tomar banho.
Eu já entrei dentro do box e liguei o chuveiro, ela lavou as mãos abriu o box e me perguntou seu eu tinha gostado, eu disse que sim, então ela falou que não era pra falar pra ninguém que ela iria me punhetar mais vezes, e eu prometi que jamais falaria.
E passou a toda tarde, chegando do colégio minha tia vinha e me batia varias punhetas, nunca houve penetração ou oral, somente punheta, mas foi uma melhores das fases da minha adolescência, pois o tesão era incalculável.
Obrigado tia.
Enviado ao Te Contos por Paulo
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Too Much To Ask - with Niall Horan
Pedido: Oiiiii, bom, então, eu pensei em dois mas como eu não sei qual eu quero e os dois são meio que parecidos, você pode escolher o que vc tiver mais vontade ou mais inspiração, com o Niall, onde ele toca a musica Too much to ask na sala de um amigo, estão todos lá, mas eles terminaram, mas todos sabem que se amam e qnd ela ouve ela fica emocionada, final feliz, ou eles estão um pouco distantes ou com problemas e no quarto ele toca Flicker, final feliz e cute
Oi, meu amor! Foi difícil escolher entre as duas ideias maravilhosas que você ofereceu mas - depois de pensar muito hahaha - optei pela primeira opção. Adorei demais o pedido e espero que goste do resultado! Obrigada por mandar a ask, e se der, manda a sua opinião depois de ler, pode ser?
Boa leitura 💞
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- Vamos, S/A! Já são nove horas! - a voz alta vinda da sala de estar da casa da moça soou como um ruído que ela não gostaria de ouvir. Ser apresada para qualquer lugar que fosse possivelmente estava no topo da lista de coisas que odiava.
De frente para o espelho grande de seu banheiro, a garota ajeitou o elástico preto que prendia seu cabelo em um rabo de cavalo alto, deixando os cachos feitos com babyliss na sobra que compunha o penteado. Nos olhos, uma maquiagem carregada destacava a cor das íris penetrantes da mulher, a qual disfarçava a verdadeira dor de um coração quebradiço com sombras esfumadas entre preto e azul escuro, em uma efusão de cores que acompanham um delineado forte. A roupa que vestia era um tanto quanto simples, visto que a atenção estava marcada no olhos e boca definida com um batom nude. Uma segunda pele preta e transparente cobria o tronco e um vestido de alcinha justo, da mesma cor da peça anterior mas com detalhes brilhosos por todo ele combinou de forma harmoniosa com o salto prateado. O toque final para que o look estivesse pronto foi o brinco de argola dourado e um conjunto de colares de diferentes tamanhos porém com a coloração idêntica, variando apenas os pingente que iam de estrelas, cristais e o maior deles: um sol, mais para baixo dos outros. Com toda certeza, a mulher estava pronta para “matar” alguém com aquele visual e o perfume intenso e adocicado que borrifou no pescoço e pulso antes de sair do cômodo.
- Uau! Que tiro! - o amigo brincou ao vê-la daquela forma, aparecendo na sala. - Não é um casamento, você sabe, né?
- Acha que exagerei? - questionou apreensiva. - Eu troco de roupa ou mudo a maquiagem se for o caso. - o polegar apontando para o corredor que levava ao seu quarto mostrou que a moça poderia voltar para lá e transformar-se novamente se Lewis dissesse que ela havia exagerado.
- Não, não! Você tá perfeita! - respondeu sorrindo assim que se levantou do sofá. - E eu não quero esperar mais quatro horas para você se arrumar. - a fala saiu em volume mínimo porém o riso nos lábios dela, junto de uma balançada negativa da cabeça foi um sinal de que S/N escutou o que ele havia dito.
- Vamos então, antes que eu desista de ir a essa tal festa. - empurrando Lewis até fora de casa, S/N trancou a fechadura e caminhou com o ruivo para o carro.
O trajeto feito à residência de Ashlyn foi divertido por conta das músicas que saiam das caixas de som e o papo descontraído que os jovens tiveram, arrancando gargalhadas que seguiram festa a fora, até ela enxergar entre a multidão no jardim, uma pessoa em específico, depois de duas horas na casa da amiga e colega de trabalho.
A respiração profunda e lenta saiu pelas narinas de S/N ao ver o ex-namorado a alguns metros de distância. Niall, sentado no banquinho de madeira e com uma garrafa de cerveja na mão, ria para a rodinha de amigos, totalmente despreocupado, chateado ou triste. Ele estava diferente desde a última vez que ela o viu. O corte de cabelo era outro, o semblante risonho, mesmo que fosse o favorito dela, de fato não era a expressão que S/N estava acostumada a ver quando ainda namoravam, cerca de quatro meses atrás. O rapaz parecia outra pessoa, alguém mais feliz e aparentemente curado após tantas porradas, fruto de um namoro que, apesar de não ter sido perfeito, assim sim lhe trazia uma saudade tremenda. Não era à toa que quando estava sozinho, a tristeza pegava-lhe de um jeito que nem mesmo a bebida mais forte de todas apagaria a sensação de solidão que o acorrentava dia após dia, ao lembrar-se de que ela não estava com ele quando fechava os olhos.
- Por que você não me falou que o Niall viria? - de forma inesperada, S/N puxou, sem machucar, o pulso de Ashe assim que a encontrou na cozinha, colocando mais alguns petiscos na tigela amarela de vidro. A garota olhou assustada.
- Se eu falasse, você não viria.
- Exatamente! - arregalou os olhos, um pouco brava. - Eu não queria ver ele tão cedo, ainda mais todo feliz e de bem com a vida enquanto eu ainda penso nele como se estivéssemos juntos.
- Amiga, curte a festa. Esquece que ele está ali e aproveite os últimos dias comigo porque vou embora, lembra? - S/N não queria, mas infelizmente o pensamento de que a melhor amiga não estaria mais ali presencialmente quando o pequeno mundinho dela desmoronasse, já que se mudaria para outro continente no mês que vem, vagava pela cabeça dela todos os instantes. O peito chegava a rasgar quando a notícia vinha à tona, e a vontade de chorar era inevitável.
- Tudo bem.. - disse com uma entonação triste, tentando ao máximo não derramar uma gota de choro para não estragar a maquiagem. - Mas vou fazer isso por você, ouviu? - em um ato fofo, S/N abraçou a loira de lado, que sorriu ao sentir a demonstração de um carinho verdadeiro e finalmente viveram aquele momento como se fosse o último, com muita dança, bebidas e diversão, sem ao menos perceberem que o relógio andava e então permanecerem somente os cinco amigos mais próximos de Ashlyn, todos na sala. Incluindo S/N e Niall.
O ex-casal estava longe um do outro. Ela, sentou-se no sofá, e ele optou pela poltrona na diagonal de onde a moça estava. Embora S/N tivesse esquecido, ou pelo menos omitido de seus pensamentos a presença do moreno na festa, assim como Niall, que a viu minutos depois de quando a mesma encontrou-o no jardim. Ela dançava com um rapaz desconhecido quando Horan foi à cozinha. Para ele, a garota parecia ter seguido em frente, sem olhar para trás em momento algum. O corpo dela colado ao daquele sujeito causou-lhe arrepios dignos de ciúme. Mas infelizmente ele não podia fazer nada a respeito, a não ser trocar o aparência entristecida por uma alegre. Por essas razões e as tantas outras que sentiam desde que encontraram-se aquela noite, a troca de olhares rápidas, curiosas e saudosas eram inevitáveis de acontecer, principalmente agora, que estavam no mesmo ambiente.
- Vocês sabiam que o Horan está compondo? - Lewis, um pouco bêbado, disse quando retornou a sala e bateu de leve nos ombros do amigo mencionado.
- Tô nada. - ele mentiu. O rapaz não podia ou então queria cantar palavras tão íntimas para ele quando a responsável por elas e os demais sentimentos que moravam dentro de si estava a poucos metros dele.
- Tá sim! Não dê uma de mentiroso só porque S/N está aqui. - naquele momento Niall abaixou a cabeça e levou uma das mãos até os olhos, não escondendo a risada baixa e apavorada pelo amigo ter explanado o seu segredinho. S/N por sua vez, sorriu de leve ao olhar para os outros amigos, interessada em saber qual era a música em questão.
- Canta aí, Niall! - exclamou Kate.
- Não tem um teclado por aqui.
- Não seja por isso.. - em um minuto Ashe levantou-se do sofá e correu para o quarto, voltando com o teclado preto, e a estrutura para colocá-lo em cima, nas mãos. - Prontinho!
- Vocês me pegam.. - disse ele, rindo fraco no segundo que pegou o instrumento e começou a montá-lo. - Já vou avisando que não é nada impressionante. Apenas escrevi e.. - a pausa entre uma fala e outra surgiu quando o moreno olhou para a figura ainda amada por ele no sofá, que o fitava atenciosamente. Ele poderia estar delirando ao ficar mais de cinco segundos encarando ela, mas enxergou um brilho no olhar de S/N nos instante em que se comunicavam através da visão. - Enfim! Vocês entenderam.
- Toca logo! - falou um dos amigos, arrancando algumas gargalhadas altas dos outros pela impaciência.
E assim o moreno pôs-se a apertas as teclas firmes do teclados em uma melodia calma e relaxante. S/N acompanhava a cena com a paixão e saudade ardendo em seu coração, como se fossem fogos de artifício em lançamento. O frio na barriga e as famosos borboletas no estômago vieram em seguida, principalmente quando ele soltou a doce voz.
Esperando aqui por alguém
Ainda ontem estávamos fugindo
Você sorri de volta para mim e seu rosto ilumina o sol
Agora estou aqui esperando por alguém
E, ah, amor
Você sente que está difícil?
Por que é só em você que eu penso?
Minha sombra está dançando
Sem você pela primeira vez
Meu coração está esperando
Que você entre aqui esta noite
E me diga que se arrepende de algumas coisas
Porque, sendo sincero, eu ainda não superei você
É tudo o que eu estou pedindo
Isso é pedir demais?
Isso é pedir demais?
Alguém está passando lá fora
As luzes acendem e apagam no caminho
Eu esqueço que você não está aqui quando fecho os olhos
Você ainda pensa em mim às vezes?
E, ah, amor
Veja o sol nascer
Não é uma droga não estarmos apaixonados?
Minha sombra está dançando
Sem você pela primeira vez
Meu coração está esperando
Que você entre aqui essa noite
E me diga que se arrepende de algumas coisas
Porque, sendo sincero, eu ainda não superei você
É tudo o que eu estou pedindo
Isso é pedir demais?
Isso é tudo o que estou pedindo
Isso é pedir demais?
Algumas lágrimas involuntárias escaparam dos olhos da moça quando escutou certas partes que mexeram demais com seu pequeno coração. Embora ele não cantasse olhando diretamente para ela, Horan arriscava, uma vez ou outra, em uma estrofe específica que o fazia lembrar dela, encarrar a mulher de sua vida e cantar a letra com toda a sinceridade que não teve com ela. E ao final das notas, os olhos azuis fixaram em S/N, para deixar mais do qur claro que ‘Too Much Too Ask’ era exclusivamente sobre eles.
Os aplausos vieram assim que os dedos tocaram as últimas teclas brancas e pretas do instrumento. Elogios a respeito da voz linda e o talento escondido do rapaz foi o assunto em alto durante bons minutos do diálogo pós cantoria. Contudo S/N não conseguiu ficar no cômodo com aquela enxurrada de novidades a partir dos sentimentos do ex, vindas em forma de música. Portanto, a garota levantou-se disfarçadamente do sofá e se dirigiu até o quintal, a fim de tomar um ar e olhar para o céu a procura de um sinal. E ele veio.
- Você gostou? - a voz, já escutada tantas vezes a beira do ouvido, foi reconhecida assim que saiu da garganta. E ao virar-se, ela viu Niall com as mãos dentro do bolso da calça jeans, um tanto quanto tímido, tendo a primeira conversa depois da briga que arruinou e deu fim ao relacionamento deles.
- É muito bonita. - disse, dando um sorriso fraco.
- Não foi isso que eu perguntei. - S/N demorou alguns segundos para finalmente assentir com a cabeça, afirmando que gostou da música. - Escrevi um mês depois que terminamos. - contou, sem que ela olhasse para ele. - Fui sincero em cada linha da canção. Coloquei meu coração e honestidade quanto aos meus sentimentos nas notas que ouviu. - a pausa foi necessária para Niall se recompor e então S/N encará-lo desta vez. - Eu ainda não superei você.
- Hoje pareceu que sim, pelo jeito que ria por aí.
- Sabe que eu finjo muito bem. - era verdade. Quando o assunto era emoções, ele escondia muito bem. - E você acha que vestida desse jeito, com essa maquiagem que deixa qualquer um com os olhos vidrados em você, não quis dizer nada para mim? - a mulher ficou quieta, esboçando um sorriso sutil. - Ouvi de uns dez caras diferentes que a minha ex estava linda hoje. E eles enchiam a boca quando diziam isso. - a risada sem graça não fez questão de ser omitida. - Você chamou a atenção de muita gente aqui... inclusive a minha.
- O visual inteiro é só uma máscara.
- Como assim?
- Porque por dentro eu estou destruída. - concluiu sem jeito e com um riso falho, porém os olhos focaram em outro lugar, sem ser a figura masculina a sua frente. - Sinto sua falta.. - ela não queria mostrar-se vulnerável, no entanto, após ter escutado a canção e ter Niall tão próximo depois de meses longe, o caminho em que demostrava a real sensação que lhe agarrava durante todo o tempo foi o melhor a se tomar.
- E eu mais ainda. - S/N esperava essa resposta, mas ainda sim a leve supresa veio quando redescobriu, no mar azul dos olhos dele, o amor que foi enterrado pelo tempo. O abraço forte significou bem mais que um acolhimento ou então um refúgio que os livrasse da saudade. Ter de novo o corpo envolto nos braços da pessoa amada teve sim o papel de um pedido de desculpas.
- Me perdoa por ter sido tão insensível. Você não sabe como estou arrependida de ter dito palavras duras e vazias durante boas semanas.
- Tá tudo bem, S/A.. eu é que peço desculpas pelos meus surtos de ciúmes. Sei muito bem que foram totalmente desnecessários.
- Eu ainda te amo tanto, Ni.. - ainda abraçada a ele, a mulher inclinou a cabeça a fim de ver o rosto do moreno apaixonado. - É pedir demais para voltarmos?
- De maneira nenhuma.. - respondeu entre sorrisos e olhos marejados, ouvindo a garota rir fraco e então ver que as lágrimas no canto dos olhos maquiados dela. - Isso é tudo o que eu mais quero desde que você foi embora.
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Se possível, deixe seu feedback na ask! Adoraria saber o que achou :)
xoxo
Ju
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brucewxyne · 2 years
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[ STRIP ]: sender removes their own clothes, either before or after the receiver removes theirs.
Bruce não sabia como terminaram daquele jeito depois do encontro no restaurante, mas sabia que talvez tivessem exagerado um pouco na bebida depois que Bruce a convidou para mansão Wayne… e então estavam na sala, assistindo qualquer coisa na televisão, que terminou no mudo. E talvez não fosse inteligente a beijar enquanto a apenas alguns andares abaixo estava o seu esconderijo de Batman, mas ele tinha uma ótima desculpa pra isso… foi ela quem o beijou primeiro. Agora, as mãos do homem rodeavam a cintura da mulher ao seu lado no sofá, desejando fazer tudo que não conseguiu na noite em que fugiu antes que as coisas ficassem mais sérias. E deveria fugir agora de novo, já que Selina começava a tirar seu paletó, usando as mãos ágeis para desfazer sua gravata também. Bruce não poderia se livrar da blusa quando tinha tantas cicatrizes que gerariam perguntas demais, então se afastou do beijo, desacelerando o ritmo que as coisas aconteciam antes que Selina começasse a desabotoar a blusa social que Bruce vestia. — O que foi? — Selina perguntou com a voz rouca, necessitada e quase com medo que Bruce parasse ali, então ele soube que não conseguiria se afastar de vez. Seu estômago embrulhou, sentindo que o beijo já era o suficiente, mas ambos estavam tão embriagados que o homem se viu reaproximando-se, ignorando todos os alertas que seu próprio cérebro martelava na sua cabeça. A ponta de seus dedos subiram pelo braço de Selina, parando quando chegou à lateral do pescoço da mulher, descansando a palma no local enquanto o polegar acariciava a mandíbula da Kyle, contornando seus traços. “Você é linda.” Foi o que disse, usando aquele momento para repousar a mão livre na perna dela. Tinha que parar. Poderia arranjar uma desculpa sobre resolver algum trabalho urgente, mas Bruce ignorou as próprias súplicas quando observou Selina começar a se desfazer do próprio vestido, passando os braços pelas alças para revelar os seios. Bruce voltou a se aproximar, agora inclinando-se para deixar novos beijos pelo pescoço de Selina, praticamente hipnotizado pela pele exposta da mulher. Os dedos de Selina afundaram nos fios de Bruce, puxando-o consigo ao se deitar no sofá. Tudo bem, agora ele tinha que parar, já que as pernas de Selina começavam a rodear o quadril do homem para que ele permanecesse em cima do corpo da mulher gato. Seus lábios voltaram a procurar os dela, movendo a cintura contra a dela para que Selina sentisse o quanto ele a queria, tocando um de seus seios para incitar a mulher ainda mais, até que ambos desejassem livrar o resto dos panos. Estava perdido, envolvido demais no toque da mulher para sequer raciocinar sobre o jeito inconsequente que estava agindo. “Katherine…” Bruce chamou-a pelo nome falso, fazendo-a grunhir contra os seus lábios, o que trouxe um sorriso mínimo a Bruce, que sentia que ela estava odiando aquele disfarce naquele segundo. Sob a luz da televisão, algo o chamou a atenção na tela no mudo. As palavras Batman e Milionário escritas na tela surpreenderam Bruce, que saiu de cima de Selina rapidamente para ter certeza do que estava vendo… e então a foto de Dario apareceu na televisão. Selina pareceu confusa com o ocorrido, mas assim que ela olhou pra TV, a surpresa também foi óbvia, fazendo a mulher procurar o controle para aumentar o volume. Puta merda, parecia que Dario estava disposto a interrompê-los de qualquer jeito. E pior. Estava disposto a irritar Batman. “Ele tem que estar de brincadeira.” Bruce bufou, assistindo estupefato enquanto o Ricci criava uma coletiva de imprensa revelando ser o vigilante. Podia sentir o próprio peito queimar com resquícios do seu desejo por Selina e agora o desejo de socar a cara de Dario. — Eu tenho que ir… desculpe. — Selina disse enquanto ajeitava o vestido e pegava outros pertences do chão. “Ok, eu… eu te ligo.” Mas seria a mulher que ligaria primeiro, já que o telefone especial de Batman começou a tocar não muito tempo depois.
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um-so-proposito · 3 years
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O Chamado de Deus
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Quantas vezes nos sentimos pequenos e inútil, achando que jamais conseguiremos cumprir o propósito de Deus para nossa vida e atender o Seu chamado de forma completa e abundante? E realmente estamos certos, caso acharmos que depende apenas de nós. Jamais conseguiremos cumprir o propósito de Deus e Seu chamado sem estarmos completamente entregues a Ele e em submissão total à Sua vontade.
É difícil O Caminho? Muito! Você já deve saber que Jesus jamais disse que seria fácil, pelo contrário, com Sua própria vida Ele nos deixou claro que fácil não tem nada. Cara, o Filho de Deus enfrentou a maior perseguição e morte de uma forma que nenhum outro homem na face da terra enfrentou. "... ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades. (Isaías 53:5). Qual homem na face da terra morreria por uma humanidade orgulhosa, egoísta, ingrata e cheia de maldade? Para ser sincera, eu não morreria, e você?
Ele pagou uma dívida que nos levaria para condenação eterna, sem conversas, sem negociação, era direto para o inferno, sem misericórdia ou pedido de desculpas. E fez tudo isso por amor, compaixão, bondade... E Ele deseja que não venhamos a viver uma vida cheia de nós mesmos, pensando o que farei para mim, o que conquistarei para mim. Ele não quer que vivamos uma vida em torno de nós mesmos, pois se Ele vivesse em torno de si mesmo quando veio ao mundo, estaríamos perdidos da mesma maneira.
Atender nosso chamado é duro, trabalhoso, às vezes frustrante, e podemos ver isso na Bíblia través da história de Moisés, que recebeu o chamado de Deus em uma sarça ardente para libertar o povo de Israel. (E que chamado!) Deus estava colocando sobre Moisés uma responsabilidade muito grande e já logo de início Moisés sentiu o peso desse chamado e por isso tentou, diversas vezes, recusar. Isso porque ele olhava para suas imperfeições que poderiam atrapalhar o propósito de Deus. Mas Deus insistiu, pois Ele não estava olhando para as imperfeições de Moisés, mas Ele estava olhando para quem Moisés se tornaria lá na frente.
Moisés teve medo (Êxodo 3:6); Sentiu-se incapaz (Êxodo 3:11,13 ; 4:1); Não sabia falar (Êxodo 4:10).
Mas depois de Moisés contar para Deus todas as suas imperfeições e limitações (com coisa que Deus já não sabia de tudo), Deus disse à ele: "Quem deu boca ao homem? Quem o fez surdo ou mudo? Quem lhe concede vista ou o torna cego? Não sou eu, o SENHOR? Agora, pois, vá; eu estarei com você, ensinando-lhe o que dizer." (Êxodo 4:11,12). Mesmo depois do SENHOR falar isso a ele, Moisés não queria aceitar [de jeito nenhum] (Êxodo 4:13).
Quantas vezes não fomos teimosos igual Moisés? Muitas, milhares.. até chegar a um ponto de que, se Deus não estiver conosco, não iremos. Antes, Moisés não queria ir em nenhum lugar com Deus, até que ele passou a não querer ir mais em nenhum lugar sem Deus (Êxodo 33:15). Moisés passou a ver que com Deus tudo era possível, mas sem Ele, tão dificilmente chegariam em algum lugar.
Todos nós já ouvimos sobre a história de Moisés de diferentes formas, ele não foi perfeito, mas liderou uma nação escolhida por Deus. Muitos citam seus erros e suas falhas, porém a declaração final é a mais impactante: "Em Israel nunca mais se levantou profeta como Moisés, a quem o SENHOR conheceu face a face." (Deuteronômio 34:10). Cara, que legado! Foi isso que Deus olhando para ele viu: perseverança, fé, fidelidade, confiança, amor. Deus sabia que todas as suas imperfeições e limitações deixaria a glória dEle ainda maior.
E é assim que Ele deseja fazer em nossa vida. Podemos até pensar que Deus não deve ter percebido que não cantamos bem, que não sabemos nem memorizar a escala de Dó maior direito, que somos tímidos diante de uma meia dúzia de pessoas,... Mas Ele percebe, Ele sabe e mesmo assim te chamou. O que devemos fazer é nos entregar completamente à Ele. Devemos confiar a nossa vida à vontade Soberana dEle. Afinal, se Deus não pode mudar, transformar ou fazer uma reviravolta em nossa vida, nós poderemos? Com toda certeza que não! Então, o que custa deixar tudo para Ele cuidar?
Comece, apenas comece com o que pode, com o que sabe. E lembre-se: você não está fazendo para o homem, você não deve estar fazendo por si mesmo, você jamais deve achar que é sobre você, pois tudo é por Ele, por meio dEle e para Ele TODAS as coisas (Romanos 11:36).
Querida alma, antes de tudo, busque a Ele, busque O único que pode te ajudar a fazer qualquer coisa, por menor ou maior que seja. Não comece sem Ele. Esteja sempre com Ele. Coloque Ele em primeiro lugar e o fim nunca existirá.
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b-armysilusion · 4 years
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Você bêbada e provocando
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Jin:
Era aniversário da sua melhor amiga e era óbvio que você não ia deixar de comparecer nesse evento épico. Ia rolar um festão na casa dela com tudo que tinha direito, comida gostosas e drinks deliciosos. Você se arrumou com tanta pressa e chegou lá em um instante, você não esperava que sua amiga chamasse o seu até então crush, Kim Seokjin.
Você não tinha coragem de falar com ele então teve que tomar uns bons drinks para ao menos fazer contato visual com ele. Só que você acabou passando dos limites e exagerou muito na bebida. Sua cabeça já estava rodando mas não pôde deixar de ver o olhar do rapaz sob você, claro que você iria se aproveitar daquela situação.
Começou a se mexer no ritmo da música enquanto olhava nos olhos do rapaz. Jin começou a analisar cada movimento dela, ele não se aproximou mas a olhava de onde estava. _____ virou de costas e Jin conseguiu olhar todas as suas curvas, ele mordeu os lábios na mesma hora.
Você conseguiu o que queria, Jin agora lhe olhava com tanto tesão que você sabia que ele queria você também. Sua provocação deu certo e o álcool que você tomou valeu a pena. Jin estava de olho em você a noite toda.
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Yoongi:
Você estava em uma balada com o seu melhor amigo, Min Yoongi. Ele havia te chamado para uma nova que havia aberto recentemente, mas tudo estava indo por água abaixo quando ele conversava com uma garota perto do bar, isso te deixou muito irritada.
Você já estava meio alterada devido ao álcool que ingeriu, você ficou ainda mais indignada porque ele deixou você sozinha, não ia deixar barato. A questão era que você e Yoongi tinham uma amizade colorida e claro, você iria provocar ele até quando desse.
Foi até o bar e Yoongi olhou de relance para você, você pediu uma bebida e começou a encarar ele, brincava com o canudo por entre seus lábios e você sabia que ele logo olharia para você. E ele olhou, a garota agora parecia distante e Yoongi foi até você.
– Vem comigo. – ele só fez te puxar pelo braço, te levando para algum banheiro, a noite seria longa.
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Hoseok:
Você ficou um final de semana inteiro sozinha em casa, resolveu fazer uma festa apenas com alguns amigos próximos. Você nunca foi muito radical mas hoje sua vontade de festejar era maior. Chamou seus colegas e principalmente sua dupla na faculdade, Jung Hoseok.
Você tinha uma leve queda por Hoseok desde que ele entrou na faculdade, você simplesmente surtou quando o professor sorteou duplas para ficarem pelo menos um semestre para adquirir experiência, essa foi a melhor coisa que poderia ter acontecido.
Você bebeu boas doses de tequila e caminhou até Hoseok, segurou os ombros do rapaz e riu abobada. Começou a descer na frente de Hoseok e passou as mãos pelos braços fortes do rapaz.
– Espera você ficar sóbria. – ele sussurrou em seu ouvido, fazendo você se arrepiar inteira.
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Namjoon:
Você e Namjoon eram ex ficantes, tudo acabou porque ele não queria nada sério com você e isso te deixou com muita raiva e então decidiu que não iria insistir e foi isso que você fez. Tudo mudou quando você foi para um bar perto da sua casa depois do trabalho, você estava com suas amigas e até alguns rapazes que suas amigas insistiram em levar junto.
Namjoon estava lá também com seus amigos e também acompanhando com algumas moças, você decidiu então que iria provocar Namjoon, seu sangue estava circulando muito rápido por conta do álcool. Você tomou várias doses depois que viu ele de charme com outra.
Você começou a provocar ele com o rapaz que uma das suas amigas levou, você começou a abraçar ele e beijar levemente sua bochecha, isso pareceu atrair a atenção de Namjoon que te olhava profundamente e com a testa franzida. Você chamou ele com o dedo e ele imediatamente foi.
– Você vai ver. – ele silabou mudo e em seguida arqueou a sobrancelha, mas você entendeu cada sílaba dita.
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Jimin:
Era aniversário de Jimin mas vocês não se conheciam direito, na verdade ele disse que queria chamar todo mundo da faculdade e que qualquer pessoa poderia aparecer lá, com muita insistência da sua melhor amiga você acabou indo. Você achava Jimin bonito — muito bonito — mas sabia que ele era um tremendo mulherengo.
Durante o aniversário você viu Jimin lhe lançando olhares sugestivos e pensou "por que não retribuir?" Claro, depois de uns bons drinks você cogitou essa ideias. Você começou a encarar ele dá sorrisos provocativos e ele logo entendeu que estava sendo provocado.
Ele te puxou pelo braço e caminhou com você até o outro andar da casa dele, prensou você na parede e você sentiu o ar mentolado misturado com álcool de Jimin.
– Então você estava me provocando? – ele disse retoricamente, você apenas mordeu os lábios em resposta. – Vamos ver quem provoca mais.
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Taehyung:
Taehyung era o seu chefe e por tantas vezes você quis mandar ele ir se ferrar. Ele era tão exigente e parecia que marcava sempre você para irritar ou brigar logo de manhã, mas hoje parecia diferente de todas às vezes. Estava acontecendo uma comemoração na empresa pelas vendas que subiram, Taehyung colocou champagne à vontade e comida também.
Claro que você foi, afinal, bebida de graça e comida também. Você encheu a cara de champagne e então isso te deu coragem de ir brigar com Taehyung, mas ele parecia estar bem despreocupado com isso, já que olhava pra você e começava a rir todas as vezes que você ficava brava e ameaçava ele.
Você se aproximou de Taehyung e começou a se esfregar discretamente nele só que óbvio que ele percebeu. Você podia não ir com a cara dele, mas não podia negar que ele era muito bonito e uma delícia. Ele chegou bem perto do seu ouvido e sussurrou, fazendo você se arrepiar.
– Eu sei o que está tentando fazer. – soprou perto do seu ouvido. – Pode continuar.
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Jungkook:
Jungkook era seu coreógrafo e vocês sempre tiveram uma relação amigável. Hoje seria a grande apresentação do seu grupo de dança, você estava tão nervosa que acabou tomando soju antes de subir no palco para você perder mais a vergonha.
Quando a apresentação acabou Jungkook foi te parabenizar e você não soube dizer o que aconteceu com você, mas você teve a coragem de começar a dançar para Jungkook uma música totalmente provocativa.
O que você não esperava era que ele fosse retribuir da mesma forma, segurando sua cintura fortemente e te acompanhando nos movimentos. A bebida realmente te deu coragem de fazer muitas coisas.
– Vamos sair daqui. – ele puxou seu cabelo de leve para falar perto do seu ouvido.
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Amor, teria como fazer um concept com o Louis, usando os diálogos 1 e 3? 🙏🏾
Amore sei que você não está no Tumblr agora mas eu vou deixar guardadinho pra quando você voltar aqui pro Tumblr possa ler . Então espero que esteja melhor meu amor♥️ e que goste
Número 1 “ Deixe-me chupa-lá por favor” Número 3 “ Tudo que você precisava fazer era pedir.”
Masterlist • Cronograma
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Louis Concept # 5 “ the class”
Passar a quarentena com o Louis era algo que ela estava amando dadas as circunstâncias, eles dividiam o pequeno apartamento dela, ele era mais perto de tudo para Louis que sua própria casa, então a decisão de escolher o minúsculo apartamento ao invés da mansão foi pensada cautelosamente, mas o lugar tinha seus privilégios afinal não precisava de muita coisa para duas pessoas apaixonadas viverem juntas.
Lá estava S/n em mais uma de suas aulas da faculdade, continuar a estudar em casa trouxe uma carga enorme sobre seus ombros mas seu namorado sempre a apoiava e ajudava no que podia como agora que se encontrara na sala assistindo pelo menos era o que deveria estar fazendo.
Ao entrar no quarto, ele pôde ouvir sua risada abafada e algumas conversas sobre a aula, ele entrara sorrateiramente onde ninguém pudesse vê-lo pela câmera, queria pega-lá completamente desprevenida, a porta aberta facilitou seu plano. Ele a viu sentada em sua cadeira, fixada ao monitor a sua frente. Vendo a total atenção a sua aula lentamente gatinhou em direção a sua cadeira agachado o suficiente para que a webcam não a visse, S/n quase gritou quando sentiu uma mão em seu tornozelo ela silenciou o microfone, o coração batendo forte quando viu seu namorado de joelhos.
“Que porra é essa Louis?! O repreendeu. “ Quase me matou de susto.”
“ Desculpe, não queria te assustar.” Tinha um sorriso maldito no rosto rindo baixinho.
"Oh, claro porque chegar escondido desse jeito não assusta qualquer um ." zombou.” O que faz aí embaixo?”
“ Estava com saudades.” Fez um biquinho.
“ Amorzinho sabe que estou na aula.” Ele passou as mãos dela coxa desnuda dela pelo shorts que usava, as alisando. “ Louis.” O repreendeu.
“ Deixe-me chupar você por favor?” Ele implorou.
Ela sabia o quanto isto era loucura mas ao mesmo tempo aquilo a intrigou de uma maneira excitante.
“ Eu posso sair se você quiser.” Louis disse “ É que eu estava com tanta vontade hoje de te chupar minha gostosa aí você veio pra aula.”
“ Não... eu quero que fique.” Olhou-o mordendo os lábios “ Tudo que você precisava fazer era pedir.”
Ela então ajeitou-se a cadeira ainda incrédula que seu namorado se ajeitava entre suas pernas, Louis para provocar pediu para ela tirar do mudo e se concentrar em sua aula,ela o obedeceu e recebeu como recompensa uma mordida em sua coxa a fazendo soltar um gritinho histérico, S/n pôde ouvir seus colegas perguntando se estava tudo bem. “ Sim, não foi nada.” Foi sussurrado pela moça ao fone de ouvido,não perdendo tempo, Louis a ajudou a tirar seu shorts e calcinha e lambeu os lábios com a visão.
Louis abriu as pernas dela chegando perto o suficiente para fazer prender um gemido por antecipação, ela sentiu o calor da língua dele ir direto para onde mais precisava, deixando escapar um suspiro com o contato quando sentiu a boca dele sugar seu clitóris movendo direções diferentes. Foi inevitável não agarrar seu o cabelo para se apoiar, tentando conter outro gemido, por precaução de não ser a garota da sala que fez um sex tape ao vivo, desativou o som do microfone, vendo que agora que ninguém poderia ouvi-lá a pressão começou a aumentar, às lambidas rápidas, Louis colocou dois dedos em sua entrada para meter dentro dela enquanto chupava, S/n estava desesperada pra gozar, apertando-se contra ele. Isto estava deixando seu pau tão duro que estava começando a doer dentro de sua cueca mas não era sobre ele. Agora tudo era sobre ela, de como ela tentava não transparecer nenhuma emoção suspeita à câmera.
Louis rapidamente metendo os dedos dentro dela a fez encolher-se internamente quando ele encontrou o ponto G, começando a estimula-lo, lentamente roçando seus dedos ali enquanto sua língua circulava em seu clitóris e alguns segundos depois S/n não aguentou mais tamanho prazer fechando os olhos jogando-se para frente fechando o Laptop quando um orgasmo avassalador tomou conta de seu corpo, ela sentia sua boceta apertando cada centímetro nos dedos do Lou, tentando recuperar-se, ele lambe seu clitóris mais uma última vez antes de afasta-se dela.
“ Meu amor, acho que está foi sua melhor aula de EAD na sua quarentena.” Riu orgulhoso.
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elijaheverhart · 3 years
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Chapter 11
Elijah Mikkel Everhart
Elijah não sentia as pernas, não sentia os braços, mas tremia muito mais do que parecia ser possível para um ser humano. Aquele era o modo de recusa de seu corpo ao que ele estava ouvindo e uma vez que não poderia responder o que gostaria, só lhe restava tremer: de raiva e de medo. Conor finalmente tinha ligado, finalmente o pedira para dar continuidade com o plano; não havia nenhuma informação que poderia tirar de Nina, aceitara que ela era apenas uma pessoa no lugar errado e na hora errada, não alguém que tinha conhecimento dos assuntos que fora tratar naquela noite, então não era mais necessário mantê-la viva. Elijah ainda tentou argumentar sobre a opção de não fazer aquilo, uma vez que Nina não era um risco para eles, mas Conor foi curto e grosso: – Você irá matá-la. Tem 4 dias para fazer isso e irá me mandar a foto como prova. Se não o fizer, Elijah, eu darei o meu jeito e não serei rápido ou piedoso. – O telefone, então, ficou mudo, com o tradicional toque rápido para informar que a ligação havia sido terminada. Elijah o manteve no ouvido, incapaz de se mover ou de pensar. 4 dias. Ele tinha 4 dias para tentar, de alguma forma, salvar Nina de Conor e dos outros. Não duvidava em nada da afirmação do homem, sabia o quão cruel ele poderia ser e seria, não com ele, mas com Nina por ele não ter feito o que havia sido pedido. E esse seria seu castigo, seu maior pesadelo, antes de também terminar morto. O celular caiu de sua mão, atingindo o chão de madeira com um som alto e forte que acabou por tirá-lo do transe em que tinha entrado por conta do medo. Eles precisavam sair dali, precisavam sair agora. Correndo, Elijah foi até o guarda-roupa e pegou suas malas, jogando tudo de qualquer jeito dentro delas até não restar nada dentro do móvel. Pegou também a arma dentro da gaveta e o celular descartável – o que usava para se comunicar com a polícia, não o seu de fato, esse poderia apodrecer no chão daquele quarto –, os quais enfiou de qualquer maneira dentro das calças que vestia. Em seu desespero, não se preocupou em ser silencioso ou cuidadoso, apenas rápido e eficiente. Em 5 minutos, tudo o que tinha estava dentro das malas e ele às jogou no corredor antes de correr para o quarto de Nina, onde sabia que a mulher estava. Ele correu direto para o armário dela e começou a tirar as roupas, jogando-as numa poltrona que havia próxima à janela. Eles precisavam fugir, precisavam sair dali o mais rápido possível, antes que o prazo acabasse, antes que quem quer que estivesse ali os vigiando viesse resolver a situação. Se tivessem sorte, o dinheiro que guardara juntamente com o que tinham acabado de receber para aquela quinzena seria o suficiente para levá-los até a Croácia ou Hungria e de lá eles dariam um jeito, falsificando documentos para poderem continuar por ali até um plano melhor surgir. Com azar, teriam o suficiente apenas para ir até a Suécia, que é país vizinho da Noruega, mas dariam um jeito, teriam de dar. – Rápido, Nina, pega suas malas e guarda tudo o que tem! Precisamos fugir daqui agora! Rápido! – Gritou enquanto continuava a jogar tudo que ela tinha para fora do armário com suas mãos trêmulas.
Nina Faigel
Depois de tomar banho e se vestir, ao invés de correr de volta para o quarto de Mikkel, onde os dois passavam a maior parte do tempo agora que a sua cama havia quebrado, Nina tirou da gaveta o caderno que tinha usado como diário nas suas primeiras semanas ali. Fazia tempo que ela não escrevia nele, até porque seus dias eram ocupados com coisas bem mais interessantes do que escrever agora, mas ela não pôde deixar de sorrir ao reler as próprias palavras. Era incrível como as coisas haviam mudado desde que chegara ali com Mikkel, seu então guarda-costas mal humorado e mandão. Bem, mandão ele ainda era, às vezes, mas agora de um jeito que Nina gostava, principalmente quando estavam na cama. Ela folheou as páginas, pensando em talvez começar a escrever uma nova "carta" para sua mãe que explicasse como ela terminara namorando o homem de quem tanto reclamara quando tivera que se mudar para Alesund. Nina não tivera coragem de contar isso à mãe na última vez em que haviam se falado ao telefone, mas quem sabe se articulasse seus pensamentos em forma de texto primeiro, ficaria mais fácil da próxima vez que a deixassem entrar em contato com a mãe. Mikkel não tinha vindo atrás dela ainda, o que a fez imaginar que ele também resolvera tomar um banho ou então estava preparando algo para eles comerem no andar debaixo, então aproveitou para pegar uma caneta e sentar-se sobre o colchão, que continuava no chão do quarto, para começar a escrever. Estava tão concentrada no que escrevia que só percebeu a movimentação de Mikkel quando ouviu o barulho de algo sendo jogado no chão do corredor. No instante seguinte, o namorado abriu com tudo a porta de seu quarto, indo direto para o armário e começando a tirar suas roupas de lá, gritando para ela que precisavam fugir dali. Nina se levantou em um pulo, o coração praticamente saindo pela boca. Soltou o caderno e a caneta sobre o colchão e pulou a estrutura quebrada da cama, indo até ele. - O quê? O que foi que aconteceu? - Gritou também, mas Mikkel estava completamente fora de si, como se uma bomba fosse explodir sobre suas cabeças a qualquer momento. Nina nunca o vira dessa forma antes e o desespero começou a tomar conta dela. Com a voz tremula e os olhos começando a encherem-se de lágrimas, ela o segurou pelos braços, precisando usar toda a sua força. - Mikkel! Mikkel! - Gritou com ele até conseguir fazê-lo para e olhar para ela. - O que está acontecendo?? Pelo amor de Deus, me explica o que está acontecendo!
Elijah Mikkel Everhart
Ele não conseguia ouvir, não conseguia parar. Seu foco estava completamente em tirar as roupas de Nina do armário e tentar enfiar nas malas para que pudessem ir correndo até o aeroporto e fugir daquela cidade, daquele país. Estava quase terminando de jogar tudo sobre a poltrona quando a mulher o agarrou com força – muito mais do que ele sabia que ela tinha – pelos braços. A adrenalina correndo por seu corpo continuava a todo vapor, mas com ela o segurando, Elijah não ousou se mover, mas sua voz saiu tão alta quanto antes: – Eles querem que eu te mate! – Assim que a verdade saiu de sua boca, porém, Elijah perdeu toda a força que tinha e seus olhos encheram de lágrimas. Aquele era o momento que ele vinha temendo há meses. Deveria ter se preparado, deveria saber o que dizer de uma maneira que não fosse fazê-la sair correndo dali, mas fora burro. Acreditara que deveria se preocupar apenas quando o momento chegasse e agora ele tinha apenas 4 dias para salvar Nina ou tudo estaria acabado. Ele era, ao mesmo tempo, a pior e mais burra pessoa do mundo. – Eu não sou quem você pensa que eu sou, Nina. – Confessou, de repente em tom baixo e com a voz trêmula. – Meu nome é Elijah... Elijah Mikkel Everhart, não Mikkel Baxter. Eu não sou policial, não sou seu guarda-costas. Eu conheço Conor, trabalho com e para ele desde que saí da escola. Depois do assassinato ele pesquisou sobre você, infiltrados no FBI ajudaram-no a saber tudo sobre a operação e ele me enviou para matar você. Descobrir o que quer que soubesse e matar você. E agora que ele percebeu que você não sabe nada, ele quer que eu der fim em você e volte para casa. Mas eu não posso fazer isso, Nina, não vou fazer! Você é a única coisa que importa pra mim, é quem deu sentido à minha vida, é tudo para mim, não vou te machucar. Mas ele me deu um prazo e prometeu resolver se eu não for capaz e, Nina, ele é terrível, eu sei disso, então a gente tem que sair daqui agora. Antes que ele apareça ou mande alguém. A gente tem que fugir agora! – Ele tentou manter a voz em um tom menos desesperado para que ela o entendesse, mas ainda assim seu coração batia acelerado e ele não conseguia ficar parado, seu corpo inteiro ainda tremendo enquanto a olhava.
Nina Faigel
"Eles querem que eu te mate!", Mikkel gritou para ela, e Nina se sobressaltou, quase soltando seus braços com o susto. Mas do que diabos ele estava falando? Com o cenho franzido ao ponto de sua cabeça começar a doer, ela assistiu ao corpo de Mikkel, que antes parecia vibrar de adrenalina, enfraquecer sob seu toque, os olhos dele enchendo-se de lágrimas como ela jamais vira. Ela simplesmente não tinha palavras. Seu cérebro não conseguia nem começar a imaginar o que de fato estava acontecendo ali. E então Mikkel começou a falar, uma enxurrada de informações saindo de seus lábios em um tom baixo e com a voz trêmula. Nina o ouviu, mas absolutamente nada do que ele dizia parecia fazer sentido. "Meu nome é Elijah", "eu não sou seu guarda-costas", "eu conheço Conor" - ao som daquele nome, Nina se encolheu, sabendo a quem ele se referia -, "ele me enviou para matar você". Nina balançou a cabeça, descrente. - Isso não tem graça nenhuma. - Disse entredentes. Que tipo de brincadeira cruel era aquela? Seu coração, no entanto, começou a acelerar no peito, e não de um jeito bom, mas da mesma forma que acelerara no dia em que ela presenciara o assassinato que a tornara uma testemunha protegida pelo governo. Era como se seu cérebro gritasse para ela: "perigo! Corra! Se esconda!", exatamente como naquela noite, quando ela ouviu o barulho do tiro e viu seu chefe tombar no chão pela fresta da porta, a cabeça estourada sobre uma poça cada vez maior de sangue. Nina engoliu em seco, seus braços tremendo enquanto olhava para Mikkel e tentava desassociar as imagens do assassinato com o que ele dizia. Não podia ser verdade. Simplesmente não podia. Aquele era Mikkel, o seu Mikkel. Mas o desespero na voz dele era real, seu corpo trêmulo era real, e ele definitivamente não parecia estar brincando. Olhando em seus olhos, Nina viu a verdade, e foi como se subitamente ela tivesse caído em um pesadelo, um do qual não podia despertar. Sem que percebesse, ela começou a dar passos lentos para trás, os olhos agora arregalados de pavor. Suas mãos o soltaram e passou pela sua cabeça que ela nunca conseguiria escapar. Ela sabia quão forte e rápido Mikkel era. Ele havia sido treinado, se não pela polícia, pela gangue da qual estava confessando fazer parte. Nina não tinha a mínima chance. Ainda assim, seus instintos falaram mais alto, seu corpo assumindo o controle e a fazendo correr até o banheiro do quarto, no qual se trancou o mais rápido que pôde, as mãos tremendo ao ponto de quase não conseguir girar a chave. Lá dentro, ela olhou em volta, lembrando das instruções que o próprio Mikkel lhe dera em uma de suas lições sobre defesa pessoal que ele insistira que ela tivesse nas últimas semanas - o que simplesmente não fazia o menor sentido se, no fim das contas, era dele de quem ela deveria se defender. Ainda assim, Nina segurou o secador de cabelo que usara há poucos minutos e deixara sobre a pia. Aquilo não adiantaria de nada, ela sabia. Não quando Mikkel tinha uma arma, mas era melhor do que nada. Sentindo o mesmo medo que sentira no dia em que se escondera de Conor após vê-lo matar seu chefe, Nina tentou controlar a respiração e conter os soluços enquanto esperava pelo assassino que fora enviado atrás dela.
Elijah Mikkel Everhart
Era óbvio que tudo daria errado, Elijah tinha sido inocente demais ao pensar que havia uma saída para aquela situação, principalmente uma que não envolvesse Nina magoada. Fora burrice, ele sabia, e a dor em seu peito era a prova de que este era o maior erro de sua vida. Ele assistiu a feição e postura da namorada mudar de preocupação com ele para medo dele e isso, mais que qualquer outra coisa, partiu seu coração. As roupas em suas mãos caíram e ele deu um passo para frente, para ficar mais perto, para consolar e explicar que jamais a machucaria, mas agora era tarde demais, Nina já tinha mudado sua visão sobre ele e tudo o que lhe restava era aceitar as consequências. Ele não se aproximou mais enquanto Nina se afastou tanto quanto pôde dele antes de correr e se trancar no banheiro. Elijah a acompanhou com o olhar enquanto as lágrimas em seus olhos escorriam por seu rosto como uma cachoeira. Não lembrava a última vez que chorara em sua vida, mas sabia que dor igual a que sentia agora jamais sentira igual. Era como se alguém segurasse seu coração e o apertasse enquanto fazia o mesmo com sua garganta. Elijah chorava tanto que chegava a soluçar, mas merecia a dor, merecia tudo de ruim que pudesse vir a acontecer com ele. A única pessoa ali que não deveria passar por nada que fosse minimamente ruim era Nina e o que conseguiu motivá-lo a se mover e ir até a porta foi o desejo de salvá-la, de tirá-la dali mesmo que isto custasse sua vida. – Nina, por favor, me escute. – Começou a falar com a testa encostada na porta. – Eu sou uma pessoa terrível, não mereço nem um fio de cabelo seu, mas preciso que você saiba que meus sentimentos por você são reais. Sempre foram. Convivendo com você, eu me apaixonei pelos seus olhos, pela sua risada, pelo seu sorriso... Até mesmo a sua competitividade eu amo. Não vim para cá com essa intenção, mas ainda assim meu coração se entregou completamente para você, sem possibilidade de retorno. Você se tornou minha melhor amiga e confidente, a primeira pessoa em que penso quando acordo e a última em minha cabeça quando vou dormir. Você vive nos meus sonhos e me ensinou a ver outra vez a beleza no mundo, algo que eu não enxergava há muito tempo. Você mudou minha vida por completo nos últimos meses e nada me fez mais feliz do que poder te beijar, segurar sua mão e poder te chamar de namorada. Eu só menti meu nome e o que faço da vida, Nina, o resto foi tudo real, era eu o tempo todo. Sei que não posso te pedir para que ignore o que eu acabei de falar e saia daí feliz, mas, por favor, acredite em mim quando digo que não vou te machucar. Eu me mataria antes de fazer qualquer mal a você. – Sua voz saia embargada e era difícil respirar quando fungava por conta do nariz trancado pelo choro. Elijah simplesmente não conseguia fazer nada que não fosse chorar e implorar. Fraco, ele ajoelhou-se no chão, sem forças para sequer se manter em pé. – Por favor, Nina. Por favor. Eu só quero tirar você daqui, te levar para o mais longe e seguro possível para que nunca te achem. Por favor. Lembre do que eu disse: eu não quero obedecer mais ninguém que não seja você, não quero nada que não seja você. Eu só quero te proteger, Nina. Por favor, acredite em mim. Por favor. Por favor. – Pediu, desesperado.
Nina Faigel
A voz de Mikkel - Elijah, ou quem quer que ele fosse - soou através da porta, muito perto, como se ele estivesse colado nela, e Nina se encolheu contra a parede oposta, segurando com força o secador nas mãos. Ele começou a se declarar para ela e Nina balançou a cabeça repetidamente em resposta, as lágrimas ensopando seu rosto e a gola de sua camisa. Seu cérebro parecia ainda não ter assimilado direito o que estava acontecendo, a mudança súbita que a acometera. Há pouquíssimos minutos atrás, ela estivera escrevendo sobre as últimas semanas que passara ao lado de Mikkel, o guarda-costas que virara seu melhor amigo logo antes de se tornar seu amante, seu namorado. Que fizera os dias em isolamento naquela cidade, naquela casa, tornarem-se uma espécie de paraíso particular. E, de repente, ela descobrira que tudo aquilo fora uma mentira, e que todo esse tempo ele estivera ali para matá-la. Agora ela entendia o que as pessoas queriam dizer com "coração partido". Era como se conseguisse ouvir o som do próprio coração se partindo dentro do peito, em um milhão de pedaços que jamais conseguiriam ser reparados. A imagem que tinha de Mikkel parecia ter se desfeito em sua mente e agora só restara a de um criminoso igual a Conor, mas então por que ele estava insistindo em dizer que estava apaixonado por ela, que o que os dois tinham era real, quando absolutamente nada do que vivera ao seu lado fora? Por diversas vezes, Nina pensara que aquilo tudo era bom demais para ser verdade, mas doía demais saber que estivera certa. "Acredite em mim quando digo que não vou te machucar. Eu me mataria antes de fazer qualquer mal a você", ouviu-o dizer, a voz parecendo carregada de choro, e sentiu vontade de gritar para que ele parasse de mentir. Qual era o seu problema, afinal? Por que ele precisava fazer aquilo com ela? Será que se divertia em torturá-la antes de matá-la de uma vez? Ela simplesmente não conseguia entender por que ele a enganara tanto, quando tudo o que precisava fazer era tirar a sua vida. De toda forma, ninguém jamais a machucara tanto quanto ele estava fazendo, então metade de seu trabalho já poderia ser considerado cumprido. "Por favor. Lembre do que eu disse: eu não quero obedecer mais ninguém que não seja você, não quero nada que não seja você. Eu só quero te proteger, Nina. Por favor, acredite em mim", ele continuou implorando, e Nina se lembrou daquelas palavras. Foram as mesmas que ele usara no dia em que haviam se declarado um para o outro. Ela se lembrava da urgência em seu tom então, da súplica no seu olhar. Ele parecia ter sido sincero, mas como ela podia saber? Se desde que o conhecera ele mentira sobre absolutamente tudo para ela. Sentindo-se fraca, Nina acabou perdendo o equilíbrio e deslizou até o chão, sua mente escolhendo aquele momento para fazer uma retrospectiva de cada dia que vivera ao lado de Mikkel até ali: os desafetos constantes no início, o começo da cumplicidade, a amizade que fora se fortalecendo até que ela se tornara incapaz de resistir aos próprios sentimentos por ele. O primeiro beijo, a primeira vez e todas as outras vezes que vieram depois. Ela estava completamente apaixonada por aquele homem. Até pouco tempo atrás, jurava que faria qualquer coisa por ele. Mas e agora? Não era justo que aquilo tivesse sido tirado dela. Não era justo que tivesse presenciado um assassinato, sido levada até ali por estar sendo percebida, e agora tivesse descoberto que a única coisa boa que surgira daquilo - a melhor coisa que parecera já ter acontecido a ela -, não passava da pior de todas as mentiras. Nina nunca fizera nada para merecer aquilo. Ela só queria fechar os olhos e, quando os abrisse, despertar desse pesadelo terrível. Voltar para a casa de sua mãe, esquecer que tudo aquilo acontecera. Mas, se ao menos as últimas coisas que Elijah dissera tivessem sido verdade, ela não conseguiria fazer nada daquilo. Seu tempo estava contado. Logo, tudo acabaria. Sem saber de onde conseguiu juntar coragem ou mesmo forças para fazer aquilo - para sequer dirigir a palavra a ele -, Nina perguntou, com a voz trêmula e embargada: - Quanto tempo eu tenho?
Elijah Mikkel Everhart
Ela não o respondia, Elijah não conseguia ouvir nenhum som que pudesse vi de dentro do banheiro, e o desespero que sentia estava começando a triplicar. Se Nina não acreditasse nele, o que aconteceria? Tinham apenas 4 dias para fugir e se não o fizessem logo, seria tarde demais. Qualquer segundo perdido agora era de extrema importância, principalmente quando eles já tinham todas as informações de localização deles no momento. Se quisessem achá-los naquele instante, saberiam exatamente onde procurar devido à troca de informações no início de toda aquela operação. E ele não fugiria sozinho, não sem ter certeza de que ela estaria bem e salva, não antes de ter certeza que estava bem cuidada e assistida. Depois disso, ele poderia fugir. E provavelmente teria de fugir porque Conor jamais descansaria até encontrá-lo e fazê-lo pagar por aquela traição. Mas ele não se importava. Por tanto tempo temera o que poderia acontecer, mas agora qual seria o seu fim não era uma preocupação. Se fosse necessário, ele mesmo se tiraria do caminho se isso a fizesse se sentir melhor. Não seria trabalho algum puxar o gatilho em sua direção depois de toda a mágoa que causara na única pessoa que amava de verdade. Mas não faria isso antes de tentar tirá-la dali, antes de levá-la a um lugar seguro. – Nina, por favor. Eu não estou pedindo para me perdoar, não estou pedindo para que continue gostando de mim, sei que isso é impossível agora. Tudo o que eu quero é salvar você. Preciso tirar você daqui, agora. Eu prometo que não te machucarei nem deixarei ninguém te machucar. Nunca vou deixar nenhum deles encostar um dedo sequer em um fio de cabelo seu. Por isso preciso te tirar daqui agora. – Implorou novamente para que ela o ouvisse. Seu rosto agora estava completamente molhado e sua respiração ainda mais difícil uma vez que estava usando a boca tanto para falar quanto para respirar. Iria começar a implorar novamente quando ouviu Nina falar e o som da sua voz o fez erguer a cabeça e olhar para a porta como se pudesse vê-la. – 4 dias, Nina. Só temos 4 dias. Preciso tirar você daqui agora. Por favor, me escute. Você pode me odiar o quanto quiser depois, mas agora eu preciso te levar para um lugar seguro. Por favor, saia daí, me deixe te proteger.
Nina Faigel
4 dias, ele respondeu. 4 dias para que a sua sentença de morte fosse cumprida. Nina tentou respirar fundo, mas parecia que ar nenhum conseguia preencher seus pulmões. Mais lágrimas escorreram por seu rosto enquanto Elijah insistia que eles precisavam sair dali, que só queria protegê-la, até que Nina chegou ao seu limite. - Me proteger? - Gritou, bem mais alto do que ela própria imaginara. - Como você pode dizer isso sendo que esse tempo todo, em que eu pensei estar segura, na verdade estava correndo perigo por causa de você? Eu nem mesmo sei quem você é! Como vou saber que posso dar um único passo para fora dessa porta sem estar ameaçada, sendo que a pessoa que está me esperando do outro lado não é quem eu pensei que fosse esse tempo todo, mas sim um assassino que enviaram para me matar?! - Naquele momento, o ódio que sentia falou ainda mais alto do que o medo e, sem pensar, Nina arremessou o secador de cabelo com toda a sua força na porta, que se chocou contra ela com um estrondo antes de cair, quebrado, no chão. Os soluços voltaram logo em seguida e ela deslizou um pouco mais em direção ao chão, as mãos puxando os próprios cabelos. Ela genuinamente pensara - fora iludida o suficiente para pensar - que algo de bom surgira da situação em que fora colocada. Que o universo ou alguma força maior a tivesse recompensado pelo mal que estava injustamente vivendo. Mas a realidade é que estivera condenada esse tempo todo. Desde que presenciara o assassinato de seu chefe, mesmo tendo se escondido, ela não escapara. Mesmo fugindo para o fim do mundo, ela não tivera como escapar. De que adiantava tentar agora? Porque mesmo se saísse dali, mesmo se Elijah estivesse falando a verdade e não fosse matá-la, não conseguiria voltar para a sua vida normal, para a casa de sua mãe - como desejara há um minuto atrás -, e seguir em frente como se nada daquilo tivesse acontecido. Sem o homem - o único homem - por quem se apaixonara, sem o amor que pensara que tivessem construído juntos, sem o futuro que começara inconscientemente a planejar para os dois. Aquilo fora arrancado dela, sem dó nem piedade, e era só mais uma prova de que estava, sempre estivera, condenada. Então o que faria agora? Esperar ali para morrer em 4 dias, ou sair para encarar o que quer que a esperasse do lado de fora? Não importa, pensou. Nada mais importa. E foi com esse pensamento que ela se levantou, desviando do secador de cabelo no chão ao ir até a porta e abri-la. Do outro lado, Elijah estava ajoelhado no chão, o rosto tão ensopado de lágrimas quanto o dela, e mesmo sem querer, Nina sentiu o coração se apertar no peito. Ela nunca imaginara vê-lo daquele jeito, nunca teria desejado aquilo; teria, ao contrário, feito qualquer coisa para impedir que algo o deixasse assim. Sabia que o que sentia por ele era verdadeiro, tão verdadeiro quanto a dor em seu peito agora e, por um momento, ao vê-lo no chão, destruído assim como ela, Nina acreditou - ou quis acreditar - que o que ele dizia era verdade. Que apesar de sua "missão" ali, ele de fato se apaixonara por ela; que o que viveram havia sido real e ele faria de tudo para protegê-la. Mas, novamente, depois de tantas mentiras... Ela não conseguia se permitir acreditar. - Eu não vou fugir. - Declarou, desviando o olhar por não suportar mais a imagem dele daquele jeito. - Não adiantou fugir para cá, não vai adiantar fugir para outro lugar. Se você for me matar - ela engoliu em seco, apertando as mãos em punho para não tremer -, então faça isso logo. Se não, deixe que me matem.
Elijah Mikkel Everhart
Ele merecia os gritos que vieram, merecia o ódio, merecia tudo de ruim que pudesse vir a acontecer com ele, mas ainda assim doeu ouvi-la chamá-lo de assassino e duvidar do que estava dizendo. Não que ele não fosse exatamente isso, mas ouvir a mulher que amava o chamar assim era terrível. E ele realmente amava ela, com todo seu coração. Já tinha um bom tempo que ele sabia disso, que sentia o coração tão cheio de amor que parecia prestes a explodir, mas nunca havia falado nada por termer justamente este momento. Não queria que, caso falasse aquelas palavras, ela pudesse acusá-lo de mentir sobre quando descobrisse a verdade. E ele percebeu que havia feito bem, pois se Nina lhe chamando de assassino era horrível, ouvi-la duvidar do seu amor seria o mesmo que matá-lo ali mesmo. – Nina, por favor... – Implorou outra vez e a resposta que recebeu foi uma pancada contra a porta que o fez se afastar, instintivamente, por temer ser atingido. Mas se ele tivesse sido atingido, teria sido melhor, pois a visão que teve minutos depois, de Nina saindo do banheiro com o rosto inteiro molhado e vermelho o fez se odiar muito mais que qualquer outra pessoa no mundo poderia, muito mais do que Nina poderia odiá-lo no momento. Na mais sincera das verdades, sua vontade foi pegar a arma em seu cós e atirar em si mesmo por fazê-la sofrer daquela forma, por fazê-la pensar que tudo não havia passado de uma maneira de passar o tempo enquanto não chegava a hora de matá-la. Seu único desejo há semanas era fazê-la o mais feliz possível, enchê-la de amor e carinho, e agora ele era o responsável não apenas pela destruição de todo o relacionamento dos dois, mas por Nina enfim desistir. Não dele, não de seu futuro, mas de si mesma, da possibilidade de sair dali a salvo em algum momento. Sua fala o colocou de pé em segundos, ainda mais desesperado que antes. Ele não iria matá-la e morreria a protegendo desse fim, morreria para que ela pudesse viver. – Eu não estou mentindo ao dizer que não irei te matar, Nina. Nuca faria isso. Tudo o que vivemos foi real, o que eu sinto por você é real e eu não faria mal algum a você. – Explicou novamente, mantendo a distância entre eles quando tudo o que queria fazer era correr para a abraçar. – Mas eu não vou deixar que matem você. Mato cada um deles se for necessário, mas te manterei viva, protegida. Eles não tocarão em um fio de cabelo seu e isso é uma promessa. Posso ser um assassino, mas estou dando a você a minha palavra de homem que morrerei te protegendo se for o caso. – Elijah olhou para as roupas dela na poltrona, para a sua mala no corredor, e tudo em si o implorava para que corressem dali para o lugar mais longe possível, mas concentrou-se no que ela lhe dizia. Se tinha uma coisa que aprendera sobre Nina, era que as vezes a melhor forma de lidar com algo era estar dentro dos limites dela, fazer o possível dentro das opções que ela lhe oferecia. E ele sabia que aquela seria sua sentença final, a última coisa que faria como um homem livre, mas ainda assim escolheu ela, escolheu Nina. Sempre a escolheria, sempre seria ela a qualquer outra coisa. Ela era a sua escolha ao invés de sua liberdade. – Tudo bem, você não quer fugir, então não vamos fugir. Mas não vou deixar que te encontrem, não vou deixar que cheguem perto de você. Então tome aqui – em um movimento lento para não assustá-la, ele tirou o telefone descartável do bolso e estendeu para ela –, ligue para a polícia, conte tudo. Se precisar que eu fale com eles, eu falo. Conto tudo o que souber, me entrego sem pensar duas vezes. Faço qualquer coisa para te proteger, Nina. Eles podem olhar tudo: o outro telefone, meus documentos, até minhas roupas. Podem me prender, eu não me importo. Só me importo com você e se isso vai significar que você está bem, então é isso o que vou fazer.
Nina Faigel
Elijah se levantou e Nina teve que olhar para cima, para compensar os vários centímetros que ele era mais alto do que ela. Ela aprendera a gostar dessa diferença de altura - de como o corpo dele conseguia cobrir o seu com facilidade, de como ele precisava erguê-la nos braços para que pudessem se beijar -, mas agora só a fazia se lembrar da própria fragilidade diante dele. Tentando manter-se firme, ela esperou pelo que ele faria, mas Elijah apenas repetiu que nunca a faria nenhum mal e que o que sentia por ela era verdadeiro. Seu queixo começou a tremer, ameaçando um nova onda de choro, mas ela trincou os dentes. Queria tanto que o que ele dizia fosse mesmo verdade, mas se sentia a pessoa mais imbecil do mundo por desejar isso. Elijah literalmente confessara que aquele tempo todo estivera ali para matá-la, como ela ainda podia desejar por algo assim? Ele também não concordou com a outra opção que ela lhe dera, no entanto, prometendo que não deixaria que tocassem em um único fio de cabelo seu e que morreria para manter sua promessa se fosse preciso. Nina sentiu o coração se apertar mais uma vez com o peso daquelas palavras, e principalmente por não desejar de modo algum que aquela sentença se cumprisse, temendo pela vida dele mais ainda do que temia pela própria, mesmo com todas as mentiras. Ela dissera que não fugiria, no entanto. Não via sentido em fugir. Só queria que aquilo terminasse de uma vez. Mas Elijah lhe deu uma terceira opção. Devagar para não assustá-la, ele tirou do bolso um objeto que Nina logo percebeu ser um celular descartável, como os que ela costumava usar para falar com a mãe. Então fez o que ela já não pensava ser possível àquela altura: deixou-a de queixo caído, completamente surpresa. Ligar para a polícia? Mesmo sabendo que eles estavam em uma caçada voraz atrás de Conor e qualquer um que pudesse estar remotamente ligado à sua gangue? Aquilo significaria a salvação de Nina, mas um fim desastroso a Elijah. Ele estaria mesmo disposto a se entregar por ela, ao invés de fugir como pretendera fazer? Quando deu por si, Nina estava erguendo a mão em direção ao celular, e só quando o tinha em sua palma foi que entendeu o porquê: quando Elijah disse que se entregaria à polícia, a centelha de esperança que havia dentro dela se acendeu com força renovada. Fugir podia ser uma desculpa para outro de seus planos secretos, mas ficar significava encarar as consequências do que ele fizera e, pela primeira vez, agir com honestidade. Se ele era capaz de fazer isso, talvez nem tudo tivesse sido uma mentira. Nina nem sequer havia cogitado aquela possibilidade, frente a tantas descobertas terríveis. Não pensara que seria possível pedir por socorro. Mas agora, talvez pelo que sobrara de seu instinto de sobrevivência, somado à sua nova esperança, ela se agarrou àquela oportunidade. Com o celular em mãos, ligou para a polícia. *** A tarde deles fora desgastante, mas menos desesperadora depois disso. Elijah se manteve longe dela, mas sempre à sua vista, para que ela pudesse ter certeza de que cada movimento seu não representava nenhuma ameaça para ela. Aos poucos, Nina se acalmou e, após falar com a polícia, foi assegurada de que enviariam imediatamente uma equipe para resgatá-la. O problema maior foi com Elijah. Ele precisou se confessar, e apesar de não poderem prendê-lo naquele exato instante, ficou claro que o fariam assim que conseguissem por as mãos nele, independentemente de sua colaboração. Mas Elijah apenas concordou com tudo, de cabeça baixa, e acatou imediatamente as instruções que recebeu: ele deveria deixar a casa com Nina e levá-la a um lugar cuja localização Conor desconhecesse, mas estava expressamente proibido de deixar Alesund. Cada passo que eles dessem agora seria monitorado pela polícia até que a equipe de resgate chegasse ali, o que ainda levaria algumas horas. Então, foi decidido que passariam a noite em um pequeno hotel da cidade, sem chamarem muita atenção, o que significava levar a menor quantidade de pertences possível. No fim das contas, suas roupas continuaram amontoadas sobre a poltrona em que Elijah as jogara. Nina só pegou uma muda para trocar e seus objetos pessoais. Até mesmo os livros teriam que ficar, mas ela não se importava mais com livro nenhum agora. A única coisa que não conseguiu deixar para trás foi seu caderno. Havia muitos pensamentos pessoais ali que ela não queria que ninguém mais visse além dela, apesar de ser pouco provável que a polícia ou os membros da gangue de Conor fossem parar para ler aquelas páginas em algum momento. Mesmo assim, Nina levou o caderno consigo, e ela e Elijah, sem trocar uma palavra, desceram para pedir um táxi que os levasse até o hotel.
Elijah Mikkel Everhart
Diante de uma opção por ela não pensada e que provavelmente considerava impossível de ser real, os olhos lindos de Nina, agora vermelhos por conta do choro, ganharam um leve brilho que Elijah, ao ver, considerou como se fosse o resultado de uma nova esperança para si. Isso acalmou um pouco seu coração e apesar de não saber o que seria feito com ele, agradeceu por ela ter pego o telefone. A ligação foi longa e dolorida, ao falar com os policiais, Elijah não conseguiu conter as lágrimas, mas contou a eles tudo, confessando seu crime. A polícia do outro lado da linha foi a loucura, tanto por não terem dando mais atenção à escolha do guarda-costas de uma testemunha protegida deles como com o fato de finalmente ter algo que os levaria diretamente a Conor e o restante da gangue. O que eles exigiram saber, Elijah contou e no fim pediu várias vezes para que protegessem Nina de verdade, o que provavelmente os fez confiar minimamente nele a ponto de pedirem para tirá-la dali e levá-la a um lugar seguro, um escolhido por eles. Elijah não demorou a obedecer, com o dinheiro guardado em mãos e o telefone descartável no bolso, pegou apenas roupas para trocar quando chegassem ao hotel e desceu para pegar um táxi. O caminho até o hotel foi longo, pois ele era em uma parte bem distante da cidade, o mais longe possível de onde ficava a casa em que eles tinham morado nos últimos meses. Diferente de todas as vezes em que tinha pego táxis nas últimas semanas, a viagem foi terrivelmente silenciosa e a distância entre eles, dolorosa. Mas Elijah aceitou, era o seu castigo por ser uma pessoa terrível. Quando chegaram ao hotel, ele pagou o motorista e saiu do carro ainda mantendo distância de Nina até terem que parar na recepção. – Um quarto, por favor. – Pediu e no mesmo segundo virou-se para ela, para se explicar. – É mais seguro ficarmos em um quarto, posso ficar atento a noite inteira caso algo aconteça. Posso te proteger até a polícia chegar. Vou manter distância, não se preocupe. Ficarei no chão, no canto do quarto. – Tudo o que falou foi em sussurros para que o recepcionista que fazia o check in deles não ouvisse nada.
Nina Faigel
Nina vira o céu escurecer pela janela do táxi enquanto se dirigiam ao hotel, sem trocar uma palavra com Elijah. Quando chegaram, o silêncio entre eles só foi quebrado no momento em que ele pediu apenas um quarto para os dois e virou-se para sussurrar para ela que assim seria mais seguro, mas que ela não precisava se preocupar pois manteria distância. Nina assentiu lentamente e ficou se perguntando o que significava o fato de não ter sequer cogitado ficar em um quarto separado do dele, apesar de tudo. Era óbvio que não o via mais da mesma forma que o vira até aquela manhã; Elijah parecia um completo desconhecido para ela agora e só o fato de não pensar mais nele como Mikkel já dizia muito. Mas, ainda assim, não se sentiria segura sem ele por perto. Os dois então pegaram o elevador até o seu andar novamente em silêncio e entraram no quarto. A polícia ligou para confirmar que estava tudo bem e Elijah pediu comida para os dois em algum momento, mas Nina não estava com fome. Ela se sentou na cabeceira da cama, descalça, e trouxe as pernas para perto do corpo, olhando para um ponto fixo na parede enquanto Elijah se mantinha o mais distante possível dela. Pelo tempo que ficou assim, Nina tentou organizar seus pensamentos para que as coisas voltassem a fazer sentido em sua cabeça depois de toda aquela bagunça. Tudo mudara subitamente demais e, apesar de já ter aceitado que essa era a sua realidade dali para frente, ainda era difícil se desapegar da vida perfeita que estivera vivendo até poucas horas atrás. Talvez por saber que não conseguiria dormir, talvez por terem poucas horas antes que a polícia chegasse e Elijah fosse preso - o que, mesmo sabendo que era o certo, a enchia de agonia só de imaginar -, Nina por fim resolveu quebrar o silêncio e falar com ele. Ela queria, ao menos, esclarecer as coisas, então foi direta ao virar o rosto em sua direção: - Qual é a sua história verdadeira? Quero que me conte tudo o que o fez chegar até aqui, e sem esconder nada de mim dessa vez.
Elijah Mikkel Everhart>
Nina não o respondeu, apenas aceitou o que ele dizia como se qualquer coisa que dissesse pudesse fazê-lo mudar de ideia sobre o que tinha decidido. Mas isso jamais aconteceria, Elijah a protegeria com sua vida e trocaria sua liberdade pela dela sem sequer questionar. Suspirando, virou-se para o recepcionista, que lhe estendeu uma chave e falou o andar e número do quarto. Os dois, então, subiram pelo elevador e ao chegar ao quarto, Elijah manteve sua palavra. No canto mais distante do quarto, ele se sentou e ficou olhando pela janela do outro lado do cômodo, assistindo o céu mudar de cor e a lua aparecer para iluminar a cidade. Após uma hora, no entanto, ele sentiu o estômago roncar e usou do telefone para pedir comida para os dois, mesmo sabendo que Nina provavelmente não comeria nada, assim pelo menos a comida já estaria ali caso ela quisesse. Sentada na cama, Nina parecia uma estátua, agarrada às pernas enquanto olhava para um ponto fixo na parede. Elijah queria poder confortá-la e dizer que tudo ficaria bem, mas não tinha como confirmar isso, não até que a polícia conseguisse prender Conor e os outros. Queria poder mudar as últimas horas por completo. Mas não era possível, nunca seriam, então lhe restava somente admirá-la a distância enquanto ainda podia, guardar na memória cada da traço perfeito de seu rosto para que, quando preso, pelo menos ter com o que sonhar acordado, ainda que lembrar do que viveram juntos fosse matá-lo aos poucos, mais lento do que a cadeia o faria. Já haviam passado algumas horas e ele estava se preparando para deitar no chão quando Nina lhe dirigiu uma pergunta, a qual ele não entendeu muito bem no início, já havia contado sua história. Mas aquele dia tinha colocado dúvida em tudo, ele se recordou, principalmente sobre ele e sua vida verdadeira. – Eu não menti sobre nada da minha história. Sou órfão, nunca tive mãe ou pai, vivi em uma casa com outras crianças até meus 18 anos, quando fui considerado maior de idade e não poderia mais continuar ali. Sempre fui apenas o Elijah, sem nome do meio ou sobrenome. Quando fiz 18 anos, escolhi qual seria meu nome completo, procurei por nomes fortes e legais: Mikkel e Everhart foram os mais bonitos, então escolhi eles. Elijah Mikkel Everhart, esse é o meu nome. – Começou, tentando não se entristecer com o que contaria a seguir. – Na escola que frequentava, eu tinha alguns amigos e eles eram legais, mas acabaram se misturando com quem não devia na época. Eles gostavam da emoção de estar fazendo algo errado ou qualquer merda parecida com isso, mas estavam sempre com dinheiro no bolso. No meu último ano, um deles se ofereceu para me ajudar porque sabia que eu logo não teria onde morar ou o que comer, então me apresentou ao cara para quem "trabalhava". Conor foi esse amigo. Se tive para onde ir depois da escola, foi porque ele providenciou que eu teria e em troca eu tinha apenas que fazer algumas coisas que me pediam. No início era só levar algo até alguém, passar um recado, levar drogas. Mas aos poucos Conor foi subindo na hierarquia e me levando com ele, até o ponto onde ele assumiu e fez de mim o faz tudo dele. Ele não me pedia muitas coisas, mas quando pedia... Já matei duas pessoas para ele, você deveria ser a terceira. Os outros eram inimigos dele, estavam dentro de tudo isso também, mas você... Me irritou muito o fato dele ter me colocado para vir até aqui ficar de olho em você, alguém que não era uma ameaça, enquanto ele pesquisava sobre sua vida e sua relação com o seu chefe. Mas ele tem infiltrados na polícia, foi muito fácil para ele fazer documentos e registros falsos e me empurrar para essa "missão" e eu achei que seria algo rápido, mas pelo visto ele se empenhou em tentar descobrir algo. Ou só me queria distante por um tempo. O que eu nunca imaginei foi que eu acabaria me apaixonando por você. Nina, você tem todo o direito de me odiar e de duvidar do que digo, mas não estou mentindo quando digo que sou apaixonado por você. Você me fez sentir como há muito eu não sentia, fez meu coração bater de felicidade e amor, me fez sentir amado e cuidado. Não lembro sequer a última vez que alguém se preocupou comigo antes de você. Se duvidar, foi o próprio Conor no tempo da escola. Mas aí era diferente, acho que ele só olhou pra mim e viu que eu me encaixaria bem no grupo e que não tinha nada a perder. Literalmente. – Elijah desviou o olhar, a vergonha de sua história o consumindo por dentro a ponto dele se sentir enjoado. – Eu sinto muito por tudo, Nina. Por tudo que você passou e pelo que eu fiz você passar. Prometo que farei de tudo para te proteger, pagarei por tudo que fiz sem reclamar se isso significar que você estará a salvo e vivendo sua vida como deveria ter sido desde o começo se Conor não fosse um imbecil. Prometo que você nunca mais vai ter que se preocupar com nada disso outra vez. Vai todo acabar logo, garanto a você.
Nina Faigel
Depois de alguns segundos ainda em silêncio, talvez processando o fato de que Nina finalmente lhe dirigira a palavra, Elijah começou a falar. O início era o mesmo da história que ele já havia contado para ela: um garoto órfão que viveu em um lar para crianças até os 18 anos. Seu nome completo, o que ele próprio escolhera, era Elijah Mikkel Everhart - ele já havia dito aquilo também, mas em meio a informações mais perturbadoras, ela havia se esquecido. Sentiu um alívio estranho ao saber que "Mikkel" não era um nome falso, no fim das contas. Não deveria fazer diferença para ela, mas fez. Era como se o seu Mikkel ainda estivesse ali, em algum lugar, e seu coração idiota se encheu de esperança com isso. A parte que ele omitira anteriormente se referia ao que acontecera no seu último ano do ensino médio. Ele havia mencionado amigos que tinham o ajudado, mas agora Nina descobrira que um deles era ninguém menos do que o próprio Conor, e sua influência fizera Elijah se envolver com a gangue. Ela conseguia entender, até certo ponto, como aquilo acontecera. Não seria incomum que um garoto órfão, sem nenhuma base que o amparasse e nem perspectiva de futuro acabasse se envolvendo com a criminalidade - acontecia o tempo todo, e achar culpados para isso era sempre uma história muito mais complicada do que aparentava ser. O Estado? A sociedade? O sistema econômico? O próprio trauma de uma criança que crescera sem família? Ela não o culparia por ter escolhido o caminho que, na época, provavelmente parecia o mais fácil para ganhar dinheiro e ter alguma estabilidade. Mas ainda assim, saber que ele era mais próximo do que ela imaginara de Conor, amigos desde o colégio, a fez se encolher mais na cama e pressionar os olhos fechados por um segundo, tentando novamente se livrar das imagens de morte e terror que sempre preenchiam sua cabeça ao ouvir aquele nome. Elijah confessou que já matara outras pessoas, o que não a surpreendeu. Na realidade, ela imaginava que ele poderia tê-lo feito mesmo quando ainda achava que era apenas um guarda-costas do governo. Era óbvio que ele sabia usar uma arma e isso teria feito parte de seu trabalho. Mas agora era diferente. Como guarda-costas ele teria sido obrigado a matar criminosos. Mas até que ponto os inimigos de Conor poderiam ser inocentes? Seu chefe, aparentemente, tinha se envolvido com coisas que não deveria e acabara se encrencando com a gangue de Conor. Mas ainda assim, ele merecia ter sido assassinado daquele jeito? E ela, que jamais fizera nada, mas também havia se tornado uma "inimiga" do homem por tabela? Elijah disse que se irritou por Conor tê-lo dado a missão de ficar de olho nela, mas que achara que, ao menos, seria algo rápido - o que novamente a fez se encolher -, só não esperava ter se apaixonado por Nina. Considerando que ele havia deixado ela chamar a polícia e estava colaborando com eles, disposto a se entregar e continuar protegendo-a enquanto podia, foi mais fácil dessa vez ouvi-lo repetir que não mentira sobre aquilo. Ainda era difícil, claro, pensar que seu namorado Mikkel era o mesmo que Elijah, o homem mandado para matá-la, mas sua prova de honestidade funcionara de algo, afinal. Quando ele disse, no entanto, que a única outra pessoa que se preocupara com ele antes dela fora Conor, Nina fechou a cara, enojada por ser comparada a ele, mesmo que minimamente. No fim, Elijah disse que sentia muito por tudo, e seus olhos ainda vermelhos depois de horas de choro carregavam toda sua tristeza ao dizer aquelas palavras. Reiterou sua promessa de que a protegeria, de que estava disposto a pagar pelo que fizera, e garantiu que aquilo tudo iria acabar logo, então ficou em silêncio novamente. Nina suspirou profundamente, o maior suspiro que já dera na vida, e deitou a cabeça contra a cabeceira da cama, olhando para o teto. Ela também sentia muito que tudo aquilo tivesse acontecido. Queria que houvesse alguma forma de fazer com que tudo voltasse a ficar bem, mas não havia. Ainda tinha uma coisa a perturbando, porém, e mesmo que fosse se sentir pior ainda com a resposta que receberia, ela precisava perguntar: - Se você não tivesse... Se apaixonado por mim - disse em tom baixo, tendo que forçar aquelas palavras para fora de sua boca por serem a confissão de que, no fundo, ela acreditava nele -, você teria me matado, então? Se não precisasse ter vindo para Alesund comigo, se eu fosse só uma pessoa andando na rua que Conor tivesse apontado para você e te mandado matar, você teria feito isso? Porque você pode dizer que tudo mudou quando começou a ter sentimentos por mim, mas eu ainda era inocente antes disso, e mesmo assim, você se infiltrou no governo e na polícia para garantir que a minha vida estivesse à mercê dos desejos de Conor, podendo acabar a qualquer momento, independentemente de quem eu sou ou do que eu fiz. Eu consigo entender, até certo ponto, por que você se juntou a ele e à gangue em primeiro lugar. Mas nunca conseguiria entender isso. Como a vida de pessoas inocentes poderia significar nada para você.
Elijah Mikkel Everhart
Após contar toda a sua verdade, o silêncio se instaurou no quarto e embora ele quisesse implorar pelo perdão de Nina, Elijah manteve-se calado, respeitando o tempo e espaço dela. Não era algo fácil de ouvir, ele sabia, não havia sido fácil viver tudo aquilo também, mas ele era o errado ali, nada do que disse jamais justificaria tudo o que tinha feito com ela e com outros a mando de Conor. Talvez se pudesse voltar no tempo... Mas tudo aquilo ainda aconteceria, ele imaginou. A diferença seria que ele não estaria ali para salvar Nina de uma sentença que não merecia. Talvez seu propósito na vida fosse salvar Nina de Conor, ele ponderou, e se fosse realmente isso, então tudo valeria a pena no fim. Após alguns minutos, Nina voltou a falar, dessa vez o indagando sobre sua índole, basicamente. Se a mataria se não tivesse se apaixonado por ela, se tivessem na rua e Conor a apontasse como alguém que queria morta. Ele mesmo já havia se perguntado aquilo antes e a resposta era sempre a mesma, mas na situação em que se encontravam era possível que ela não acreditasse. – Eu nunca mataria alguém inocente, Nina, e Conor sabe disso. Talvez me mandar pra cá tenha sido uma espécie de provação para ele, para ver se eu consigo ser seu braço direito de verdade, como ele tem desejado há um tempo, não sei. Eu nunca quis matar ninguém, mas as pessoas que eu matei me matariam sem pensar duas vezes só para atingir Conor, então foi bem mais fácil cruzar esse limite. Mas com você... Eu não queria vir, não queria matar alguém só por ele ter sido burro o suficiente para matar seu chefe dentro da empresa. Mas precisava obedecer, ou não teria sequer um teto sobre a minha cabeça. Entrar nisso é muito fácil, mas sair... Ele arranjou tudo com os infiltrados dele e quando vi, já estava em uma avião vindo pra cá. Desde o início, eu relutei quanto a obedecer e depois que me apaixonei por você, ignorei totalmente qualquer mensagem e ligação. Quando era obrigado a responder, não contava nada que ele realmente quisesse saber, dizia que você era fechada e não conversava, mas acho que ele percebeu tudo e agora me deu um prazo para saber a quem vou ser leal no fim das contas. – Olhando-a nos olhos novamente, Elijah sorriu com tristeza, os seus cheios de lágrimas outra vez. – Não é uma decisão difícil, já falei a você que não quero obedecer mais ninguém que não seja um de nós dois. É com você que minha lealdade permanecerá. É você quem eu escolho.
Nina Faigel
Ele respondeu que nunca matara alguém inocente e que relutara em assumir aquela missão mas fora obrigado por Conor, provavelmente como uma forma de testá-lo. Nina quis questionar por que ele não se opusera àquela ordem, então, mas antes que tivesse a chance, Elijah disse que entrar naquela vida era muito fácil, mas sair já era outra história. Quando ele contou sobre as ligações, os olhos de Nina se arregalaram levemente em reconhecimento. Era com Conor ou um de seus comparsas que Elijah estivera falando há alguns dias atrás, quando ela o flagrara ao celular, então. Ele dissera ser a polícia - mais uma mentira para a sua conta. Ela queria odiá-lo por isso, mas a raiva que sentira no banheiro ao jogar o secador de cabelos na porta se fora completamente, deixando apenas tristeza em seu lugar. Elijah a olhava nos olhos do outro lado do cômodo, os dele voltando a encherem-se de lágrimas, quando disse que escolhia a ela, que sua lealdade permaneceria com ela. Sem conseguir se conter, Nina também voltou a chorar, esfregando as costas da mão no rosto e sentindo os olhos arderem pela quantidade de vezes que fizera aquilo nas últimas horas. - Sabe o que é o pior? - Perguntou antes de pensar melhor nas próprias palavras. - É que eu quero acreditar em você. Quero tanto acreditar. Porque o que vivemos juntos foi real para mim, e não apenas isso, como até hoje de manhã eu acreditava ter sido a melhor coisa que já me aconteceu. Eu nunca senti o que sinto por você por ninguém, nunca me abri ou me entreguei para alguém da forma como o fiz para você e você sabe disso. Consegue imaginar o quão estúpida eu me sinto agora? Por que você tinha que mentir para mim e estragar tudo? - Perguntou, aos prantos, mas sabia que, ao menos aquela última pergunta, não era justa. Se Elijah tivesse confessado a ela quem realmente era antes, quando decidira que não iria matá-la, os dois nunca teriam se envolvido. Ela teria ligado para a polícia e ido embora dali. Será que deveria agradecê-lo, então? Por ao menos tê-la proporcionado quase dois meses de felicidade, de um relacionamento que ela duvidava que poderia ter vivido em toda a sua vida se não fosse por ele? - Eu não quero perder você. - Confessou por fim, soluçando, e escondeu o rosto nas mãos como se assim, ao fechar os olhos, pudesse fugir de toda a dor que sentia.
Elijah Mikkel Everhart>
Nina começou a chorar outra vez e a dor no peito de Elijah foi tão grande que ele teve se segurar o peito com a mão enquanto as lágrimas escorriam por seu próprio rosto. Ele forçou-se a assistir o que causara nela, no entanto, aceitou aquilo como seu castigo. Era tudo culpa sua, o sofrimento e choro de Nina eram seu castigo por ter permitido tudo aquilo ir longe demais. As palavras dela, para completar, destruíram o que restava dele por dentro. Ela era a mulher mais inteligente que ele já conhecera e agora estava ouvindo-a se chamar de estúpida porque ele era um idiota mentiroso. Ela não tinha nada de estúpido em sim, ele que era terrível e merecia apodrecer na cadeia por fazê-la pensar assim. Sem consegui se conter, por querer mais que qualquer outra coisa no mundo que a dor que Nina sentia sumisse, ele se levantou e foi até os pés da cama, onde sentou-se outra vez e esticou a mão para tocar a dela, tirando ambas de seu rosto. – Tudo o que vivemos foi real para mim também, Nina. Pela primeira vez na minha vida, pude viver de verdade, amar e ser amado, tudo por sua causa. Nunca me senti assim antes, eu juro a você. E eu queria muito ter te conhecido em uma situação diferente, queria mesmo, mas infelizmente foi nessa que pude. Tudo o que disse a você nesses dois meses foi real, foi de coração. Não estou pedindo para que me desculpe ou perdoe, muito menos que fique comigo, só quero que acredite quando digo que sinto muito e que realmente sou apaixonado por você. – Pediu, apertando a mão dela levemente. Fez questão de guardar na mente como era sentir o toque dela contra sua pele, o calor de sua palma contra a dele. – Eu também não quero te perder, Nina, é por isso que estou fazendo isso agora. Tenho medo do que vai ser de mim quando a polícia chegar, mas tenho muito mais do que poderia acontecer se não tivéssemos ligado para eles. Eu quero que você seja livre, Nina, que aproveite a sua vida, que viva. Você merece isso mais do que ninguém. Saber que estará a salvo terá de ser o bastante para mim. E eu serei para sempre seu, estando do seu lado ou não, vivo ou morto. Meu coração é todo seu, para sempre.
Nina Faigel
Sentiu o peso da cama mudar e soube que Elijah tinha vindo até ela, mas não se afastou - ao contrário, sentiu uma onda de alívio ao senti-lo tocá-la, tirando suas mãos do rosto. Ela continuava chorando e tudo o que queria era o conforto dos seus braços, mas se conteve, deixando apenas que ele apertasse a sua mão. Ouvindo-o falar, Nina chegou à mesma conclusão que chegara quando estivera trancada no banheiro, a mesma que a levara à decisão de entregar a própria vida. Ela jamais conseguiria “aproveitar a vida” dali para frente, como ele dizia, sem tê-lo ao seu lado. Jamais conseguiria superar o que os dois haviam tido e seguir em frente. Estar a salvo não seria o suficiente para ela, muito menos com a agonia de saber que Elijah estaria preso ou coisa pior, não importava o quanto ele havia mentido para ela, pois o que havia sido verdade a fizera não somente se apaixonar por ele, mas amá-lo. “Meu coração é todo seu, para sempre”, ele disse, e Nina apertou a mão dele com mais força. - Assim como o meu pertence a você. - Sussurrou, e deixando de lado toda a cautela que sabia que deveria ter, mas já não se importava, Nina o puxou para perto. Com a outra mão, ela tocou seu rosto molhado de lágrimas, olhando em seus olhos tão familiares para ela, e encontrou Mikkel neles. Impulsionando-se para frente, Nina o beijou.
Elijah Mikkel Everhart
Assim como o meu pertence a você. Foi essa frase que Elijah, já entregue ao seu futuro incerto e doloroso, viu uma pequenina luz no fim do túnel. Nina apertava sua mão com força e ele retribuiu o aperto, feliz por ter certeza de que ela acreditava em seus sentimentos e, apesar de tudo, ainda os retribuía. Apenas aquilo, quele gesto, seria o suficiente para mantê-lo firme até a polícia chegar, mas então Nina o puxou para perto e tocou seu rosto enquanto o olhava nos olhos. Elijah deixou que ela visse a vulnerabilidade que sentia e a sinceridade de tudo que havia dito antes, deixou que ela encontrasse ali o que procurava para se sentir bem de alguma forma. E ela viu e encontrou, pois logo em seguida impulsionou-se para frente e o beijou. Por um segundo, ele se surpreendeu com aquilo, mas logo estava beijando-a de volta e puxando-a para o seu colo. Seus braços envolveram com carinho e ele a beijou até o ar em seus pulmões faltar, mas mesmo ao se afastar, não demorou muito que voltasse a beijá-la, emendando um beijo ao outro e ao próximo e ao seguinte por um longo período de tempo. – Você é tudo para mim, Nina. – Disse em um breve momento em que suas línguas e lábios pararam de se tocar. – O amor da minha vida.
Nina Faigel
Demorou apenas um segundo para que Elijah retribuísse seu beijo, puxando-a para seu colo como sempre fazia. Nina se acomodou na posição já familiar sobre ele, conseguindo o conforto de que precisava ao ser envolvida carinhosamente por seus braços. O beijo, no entanto, foi tão intenso quanto se fosse o último - e estava bem próximo de ser, mas enquanto podiam, eles foram iniciando um novo beijo após o outro, sem terem a coragem de se separarem. Nina deixou qualquer pensamento que não tivesse a ver com o que sentia por Elijah de lado, esquecendo-se de sua tristeza e do medo do que o futuro reservava aos dois por alguns minutos e entregando-se completamente ao beijo e às suas carícias. "Você é tudo para mim, Nina", ele disse, "o amor da minha vida", e seu coração pareceu se expandir em três vezes o seu tamanho. Pela primeira vez depois de horas de choro, Nina sorriu levemente, segurando seu rosto entre as mãos. - E você é o amor da minha. - Respondeu, roçando o nariz e os lábios nos dele, mas não parou de beijá-lo, porque enquanto o beijava, parecia que tudo ficaria bem. Ela queria tê-lo consigo para sempre, não queria que se separassem de jeito nenhum. E, perdida nos beijos como estava, sua cabeça começou a fantasiar como seria viver uma vida em que nenhum dos dois precisasse ter medo, pois Conor e qualquer outra ameaça estaria fora do caminho e Elijah não precisaria ser preso por, no fim das contas, ter provado que estava do lado certo. Foi então que ela se tocou. Talvez aquilo fosse possível. Afastando-se subitamente dele, Nina assentiu para si mesma enquanto seu cérebro terminava rapidamente de amarrar os últimos pontos da ideia que tivera. Com um plano formado, ela olhou em seus olhos antes de dizer: - Eu não vou deixar que esse seja o fim de nós. - E de fato se decidira quanto àquilo. Se Elijah podia desistir da própria liberdade e segurança por ela, para protegê-la, então ela também lutaria pelos dois. - Eu vou falar com a polícia e nós vamos negociar sua liberdade. Pense bem: você é mais do que um mero infiltrado no sistema, você é um agente duplo que conhece todos os pontos fracos de Conor e sua gangue, pode repassar todas as informações que forem necessárias para que a polícia orquestre a prisão de todos eles, e isso vale muito. Já ouviu falar de delação premiada? Eles têm que te conceder benefícios que podem encurtar a sua pena se você colaborar com informações tão valiosas quanto essas. Além disso, o único crime de que podem de fato te acusar é falsidade ideológica e, talvez, formação de quadrilha, mas ambos tem penas curtas e nós ainda podemos argumentar quanto ao último relatando a sua história de vida e as dificuldades que precisou enfrentar. E eu vou contribuir com a última cartada: se não aceitarem essa negociação, vou expor a incompetência de todos eles para o mundo e revelar como o governo e a polícia dos Estados Unidos colocaram uma testemunha protegida em uma situação tão perigosa quanto essa. Tenho certeza de que não vão querer deixar isso vazar e é o mínimo que podem fazer para me recompensar. - Nina sabia que a negociação seria complicada e que Elijah ainda seria preso de qualquer forma, ao menos no início, mas finalmente parecia haver uma luz no fim do túnel e ela estava completamente decidida: iria fazer tudo o que estivesse em seu alcance para que sua ideia desse certo e ela o libertasse da prisão o mais rápido possível. - Está me ouvindo, não está? Nós vamos ficar juntos. Isso é uma promessa.
Elijah Mikkel Everhart
Ela também se declarou, afirmando que ele era o amor de sua vida e o sorriso que surgiu aos poucos nos lábios de Elijah foi o primeiro e mais verdadeiro sorriso daquele dia. Se Nina, apesar de tudo, ainda era apaixonada por ele, então tudo valeria a pena, sentia-se até mais corajoso para enfrentar tudo no dia seguinte. Eles voltaram a se beijar e Elijah concentrou-se apenas naquilo, retribuindo cada movimento com paixão e carinho, as mãos firmes ao redor dela para mantê-la perto de si pelo máximo de tempo até ser obrigado a se afastar dela para sempre. Ele estava decidido a aproveitar cada segundo, cada toque, cada beijo e não queria se afastar, mas de súbito Nina o fez, assentindo como se ele tivesse dito algo. Elijah esperou que ela falasse algo e quando o fez, ele lhe deu um sorriso triste. – Eu também não quero que seja o fim, Nina, mas não vejo como poderia ser de outra forma. – Mal terminou de falar e Nina já estava falando outra vez, explicando como poderiam conseguir uma diminuição de pena ou a liberdade dele em troca de informações sobre a gangue. Elijah daria qualquer informação sobre eles se a polícia prometesse deixá-la em segurança, nunca imaginara que poderia ter algo para si em troca disso. Ele tentou acompanhar o raciocínio dela, admirando outra vez toda a sua inteligência e garra, mas ainda assim não poderia dizer que achava que daria certo. – Não acho que eles vão querer me ajudar depois do que fiz aqui, amor, e também não acho que vá ser surpresa nenhuma que os policiais daqui são péssimos em seu trabalho, não acho que vão se importar com essa má propaganda. – Argumentou, mas Nina estava decidida: iria fazer de tudo para que eles pudessem ficar juntos e em liberdade. As mãos dele subiram devagar para o rosto dela e ele lhe deu um selinho enquanto assentia. Ficar com Nina era tudo o que ele mais queria e faria qualquer coisa para tornar isso possível. Nina era a pessoa inteligente dos dois, se ela dizia que havia um jeito, é porque deveria haver. – Ok, tudo que for preciso fazer, eu faço. Faço qualquer coisa por você. – A beijou outra vez, carinhosamente, e sussurrou: – Prometo que vamos ficar juntos, não importa como. O que você me mandar fazer, eu faço.
Nina Faigel
Elijah sorriu para ela, mas de forma triste, sem parecer acreditar que o que ela dizia poderia dar certo. Disse que não achava que iriam querer ajudá-lo depois do que fizera, mas esse não era o ponto: Nina faria com que o ajudassem. - Pois eu acho que eles vão se importar, sim, porque é um caso que pode tomar proporções enormes, e é exatamente o que vai acontecer se eles se recusarem. - Insistiu, falando com firmeza. Elijah ergueu as mãos para o seu rosto e lhe deu um selinho, por fim assentindo. Nina suspirou, aliviada, ao ouvi-lo concordar em fazer o que fosse preciso, e fechou os olhos ao ser beijada, mantendo-os assim em uma espécie de oração quando ele prometeu que ficariam juntos, fortalecendo a própria convicção através de sua promessa. - Ótimo. - Respondeu ao abrir os olhos novamente. - Porque eu não vou desistir. - Ela finalmente tinha algo a que se prender agora, quando o restante do mundo parecia sucumbir à sua volta. E se agarraria àquilo com unhas e dentes. Se havia a mínima chance de que pudesse ter um futuro ao lado do homem que amava, ela não a deixaria escapar. Nina queria ligar para a polícia naquele instante para que pudessem fazer um acordo, e não deixar que ninguém encostasse um dedo em Elijah antes que tivesse a confirmação de que sua liberdade poderia ser negociada o mais rapidamente possível. Mas, no fim das contas, eles acabaram concordando em negociar apenas quando a polícia já estivesse ali, para que não houvesse suspeitas de que Nina estava agindo sob ameaça ou algum tipo de influência. Restava, então, algumas últimas horas que poderiam passar juntos até que a polícia chegasse no outro dia de manhã. Ela estava mentalmente exausta após o dia que tivera, mas nada a impediria de aproveitar até o último segundo nos braços de seu Mikkel, beijando-o e acariciando-o e admirando cada detalhe de seu rosto como que para memorizá-lo para sempre. Eventualmente, os dois acabaram se deitando na cama, de frente um para o outro, mas mesmo cansada, Nina dificilmente conseguiria dormir naquela situação. Então eles conversaram, depois de fazer ele jurar que nunca mais mentiria para ela, sobre histórias de seu passado que não haviam sido compartilhadas e sobre pedaços frágeis porém minimamente palpáveis de um futuro juntos. Segurando uma de suas mãos, Nina beijou os nós de seus dedos com calma, como se tivessem todo o tempo do mundo, fingindo - enquanto era possível - que o amanhã não existia. - Eu sempre gostei muito do nome Mikkel. - Confessou. - E é claro que me acostumei com ele. Mas sabe de uma coisa? Acho que Elijah combina muito mais com você. - Sorriu de leve para ele.
Elijah Mikkel Everhart
Apesar de, no fundo, achar que a polícia não faria o que Nina dizia, Elijah escolheu acreditar no que ela prometia e lutar por ela tanto quanto sabia que ela lutaria por ele. Não seria fácil, mas se o futuro que queria se tornaria realidade, ele precisaria acreditar com toda sua alma e coração nela, na mulher que amava. Após concordarem com isso, ele não precisou mais se afastar dela, como mais cedo havia prometido que faria. Os dois ficaram na cama, juntos, um de frente para o outro e assim permaneceram pelo restante da noite, conversando. Era estranho estar naquela posição, sabendo o que aconteceria assim que o sol surgisse no horizonte, mas Elijah aproveitou cada segundo, saboreando tudo como se fosse a última vez que veria aquele rosto lindo, os olhos azuis encantadores, os lábios vermelhos macios e deliciosos, Nina por completo. Repetia para si mesmo mentalmente que aquela não seria a última vez, mas ainda assim guardou cada traço da mulher na memória e rezou, em silêncio, para que jamais esquecesse deles, pois sabia que seriam o que o manteria são a partir do dia seguinte. Em um dado momento, Nina o fez prometer que nunca mais mentiria para ela novamente, o que, com toda sua sinceridade, ele o fez. Não queria esconder nada dela, não queria causar mais dor e estrago do que já tinha feito, sequer desejava por perdão, apenas queria que Nina fosse feliz e estivesse a salvo, que acreditasse em seu amor e que por ela faria tudo. E a partir dali, a conversa mudou, como se silenciosamente os dois tivessem concordado em esquecer de tudo o que acontecia e apenas focar neles, como se não estivessem correndo perigo e contra o tempo. Era apenas os dois naquela cama e o mundo ao redor deles não existia mais. Por isso, ao ouvir seu primeiro nome sair dos lábios dela, ele pôde sorrir um sorriso enorme de felicidade ao passo que cada pelo em seu corpo se eriçava, como que animados por finalmente poder ser ele, de verdade, com ela. – É mesmo? É porque combina mais com a minha aparência de nórdico mandão? – Conseguiu brincar. – Bem, eu amo como ele soa na sua voz. Amo ouvi-la me chamar por ele. Se antes já gostava, agora o acho perfeito. *** De mãos dadas, incapazes de dormir, e olhando um para o outro, Nina e Elijah viram o sol nascer. Pela janela, o céu azul bebê estava lindo, com poucas nuvens, e o sol iluminava a cidade fria com perfeição. Se deixasse se levar pela imaginação, aquele jamais seria o dia em que tudo daria errado. Seria mais um dia ao lado da mulher perfeita, que mudara completamente sua vida. Seria mais um dia feliz, onde levantaria e prepararia o melhor café da manhã para ela e a teria em seus braços pelo tempo que quisessem, sem qualquer preocupação se não em que parte da casa seus corpos se uniriam em demonstração de todo o amor e paixão que sentiam um pelo outro. Se deixasse se levar pela imaginação, as batidas na porta jamais teriam feito seu coração acelerar e seu corpo encolher minimente, em medo. Mas nada, há muito tempo, era como ele imaginava que seria, nada era como ele queria que fosse. Então ele se inclinou para frente e a beijou uma última vez enquanto do outro lado da porta a voz de um homem soou, mandando-o abrir e não fazer nada além disso ou iria se arrepender. Ao afastar seus lábios dos dela, tinha lágrimas nos olhos outra vez, mas não permitiu que elas deslizassem por seu rosto, apenas sorriu para a mulher e se levantou, indo até a porta. Mal terminou de destrancá-la e os policiais entraram todos no quarto, dividindo-se entre ir até Nina e separá-lo dela. De imediato, ele colocou as mãos para cima, em rendição, e se virou. O policial mais próximo dele segurou suas mãos e as colocou para trás, prendendo seus pulsos com algemas apertadas e recitando o Aviso de Miranda para ele. Mas ele não se importava se usariam o que ele poderia dizer contra ele, afinal era culpado e já tinha confessado muito mais antes disso. A verdade era que tinha apenas uma coisa que ele queria dizer e ele de repente percebeu que talvez não tivesse outra oportunidade para isso. Ao se dar conta, as lágrimas em seus olhos escorreram sem que ele pudesse controlá-las. – Nina. – Chamou e o quarto do hotel ficou completamente silencioso enquanto ele se virava para ela, a mulher que ele não queria como sua missão, a mulher que trouxera cor para a sua vida, a mulher que o fizera sorrir outra vez. O amor de sua vida. – Eu amo você. – Declarou. Nada mais importava, Nina estava segura, seria cuidada, seria livre. Então ele se permitiu falar o que ambos já sabiam, mas ainda não tinham tido coragem de dizer. – Eu amo você. – Repetiu e então o policial que o segurava o puxou para fora do quarto e começou a empurrá-lo pelo corredor até o elevador, e depois do elevador até a viatura que o esperava em frente ao hotel.
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depositodamaria · 4 years
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Nova função (Kylo X Leitora)
Resumo: o temido rei Kylo Ren faz uma visita durante a noite a você, uma serva, que mora no castelo.
Alertas: linguagem explícita, bondage leve, infidelidade/traição, anti-reylo, uso inadequado do brasão da família lol mesma putaria de sempre no fim das contas fazer o que. Rei!Kylo X Serva!Leitora
Quando um barulho perturbou seu sono, você acordou assustada e se sentou num impulso, com a respiração ofegante e os cabelos desalinhados.
Os raios de luz lunar entravam através das cortinas brancas, que balançavam com o ar frio, tão pálidos que não ajudaram seus sentidos a captarem nada além da escuridão que a madrugada lançava sobre o pequeno cômodo.
Mas sua intuição, em contrapartida, sussurrou que você não estava só.
-Quem está aí?- você perguntou com firmeza em direção ao vazio, tentando distinguir seu punhal em meio ao breu. Por precaução ele sempre ficava em lugar de fácil acesso, ainda que você morasse dentro do castelo (pois os soldados e demais servos não eram tão amigáveis com as mulheres).
Ao ver que sua arma repousava no criado-mudo, você a agarrou, pronta para se defender se fosse necessário.
-Esses aposentos são propriedade da rainha! Quem quer que você seja, não tem permissão para estar aqui!
Uma voz masculina familiar surgiu de um dos cantos encobertos pela penumbra.
-Eu não teria tanta certeza.
-Vossa majestade, eu...
-Solte isso.
Você obedeceu de imediato, tentando adotar uma postura de total subserviência conforme Kylo Ren emergia das sombras, se aproximando com passos lentos e pesados.
Centenas de questionamentos invadiram seu cérebro, entre eles as regras sobre se levantar e se curvar perante o rei sempre que o cumprimentasse. Você não soube se deveria levar a regra em conta agora, pois estava em seus trajes noturnos, e nenhum espectador do sexo masculino poderia te ver assim em hipótese alguma.
Como também não era o ideal que você o visse, você pensou, ao se dar conta de que ele também usava os dele. E Kylo parecia tão encantador que você abaixou os olhos contra a sua vontade e para seu próprio bem, se perguntando como um homem poderia ser tão pecaminosamente bonito.
Por outro lado, o olhar dele não desviou de você um segundo sequer. E isso te deixou tensa, afinal a presença de Kylo era por si só intimidadora em qualquer que fosse o ambiente, se tratando de seu quarto então, podia ser o você chamaria de desesperador.
Suas mãos começaram a suar, seu coração desencadeou um bombear frenético de sangue pelo seu corpo. Você ficou feliz pela pouca iluminação ser uma aliada para encobrir seu empasse.
Temendo a resposta, você articulou a única pergunta que conseguiu.
-P-por que o senhor está aqui? Eu fiz algo que o desagradou?
Se sentindo nada além de um alvo, você começou a repassar tudo o que fizera durante o dia em busca de algum possível erro que poderia lhe render um castigo, afinal Kylo Ren estava lá com um objetivo, e a julgar pelo quanto você conhecia sobre ele, certamente não era bom.
-Essa é uma maneira adequada de receber o rei?
Você lentamente escorreu dos lençóis, se colocando de pé e se curvando em reverência, fingindo não notar a forma como ele encarou seu colo nu ao voltar a sua postura normal.
-Minha presença te incomoda?
A voz dele atingiu direto seus ossos, sombria como a noite. Sensual, você poderia dizer, se não fosse loucura demais. A pergunta era perigosa, Kylo Ren era um homem extremamente temido por sua crueldade. Mas de certo modo ele estar ali não a incomodava totalmente.
Deveria.
E talvez esse fosse o maior problema.
Você se viu presa num dilema, pois qualquer coisa que respondesse poderia soar inadequado.
A única opção restante era o silêncio.
Você juntou as mãos na frente do corpo e apoiou o peso na outra perna, ficando de repente consciente do roçar do seu vestido em cada centímetro de pele e do suor que começava a brotar nos poros. Você engoliu em seco.
Nenhum movimento passou despercebido por Kylo.
-Eu te fiz uma pergunta, serva. E não se atreva a mentir.
-Eu... Não, senhor... Na verdade... Não me incomoda. - você admitiu, já sentindo o peso das possíveis consequências.
- Isso é bom...- Ele olhou ao redor do pequeno quarto, analisando a pouca decoração e alguns móveis de madeira, que consistiam basicamente em uma penteadeira rústica, uma escrivaninha, um baú grande de roupas, sua cama desarrumada e por fim se demorando mais no brasão da família, pregado acima da cabeceira.
Ele admirou o desenho das duas lanças douradas cruzadas em X sobre o fundo vermelho sangue, com um elegante R no centro, antes de se aproximar de você, andando ao redor e parando próximo às suas costas.
-A rainha não iria gostar de saber que o senhor está aqui.... Então, talvez... Isso seja inadequado. Senhor.
Ele riu baixo, agora tão perto do seu pescoço que você sentiu um calafrio estremecer sua espinha. Algo se contraiu dentro de você.
-Você não parece se importar com o que é adequado... - uma das mãos dele tocou sua cintura, seu corpo enrijeceu imediatamente -...Visto que se insinua para mim o tempo todo... Constantemente, sempre que me vê. Acha que eu não percebo?
Medo e vergonha enfraqueceram seus nervos, você não esperava que seu desejo fosse tão óbvio, e muito menos que você fosse diretamente confrontada com isso.
Seus pensamentos se confundiam entre querer desaparecer e querer se entregar de uma vez, como fantasiou dezenas, centenas, milhares de vezes desde que conseguiu seu cargo no castelo.
-S-senhor, me desculpe, n-não é o que parece.
Você sentiu a muralha do corpo dele se encostar em você, uma fonte de calor firme e sólida. A outra mão passeou por seu cabelo e inclinou sua cabeça, expondo seu pescoço.
Você deixou escapar um gemido, mal percebendo como já havia começado a ceder sob sua influência.
-Não?- ele passou os lábios pela sua pele, a voz vibrando em suas veias -Então me diz o que significa quando você me olha sem pudor algum pelos corredores... Quando esbarra propositalmente em mim durante os jantares... Quando se mostra tão vulgar nessas vestes, sem ao menos pensar duas vezes... Você não consegue mesmo evitar, não é?- os dedos dele aplicaram mais força em seu couro cabeludo, fazendo sua cabeça se apoiar no peito dele. Kylo se elevou sobre você, olhando direto em seus olhos, antes de agarrar sua garganta com a outra mão. -Você não consegue evitar se comportar como uma meretriz na minha presença.
Outro apelo baixo escapou de seus lábios entreabertos, você já estava se esfregando em Kylo descaradamente a essa altura. Sua resposta saiu como nada mais do que uma faísca distante de voz.
-Não, senhor... Eu não consigo.
-E por que você acha que eu me deitaria com você? Porque acha que é digna da minha atenção?
-Porque eu sei que posso ser melhor do que ela, senhor. Melhor do que a rainha.
Sua ousadia, que te surpreendeu assim que as palavras foram ditas, pareceu enfurecer Kylo. Ou excitá-lo. Bastante. Visto que lhe rendeu um aperto intenso na traqueia, obstruindo a passagem de ar quase completamente.
-Aposto que sim. Não deve ser tão difícil para mulheres como você.
Kylo capturou seus lábios com os dele, rosados e carnudos num encaixe imperfeito devido ao ângulo, mas extremamente lascivo.
Sua mão se ergueu até seus cabelos, estimulando para que o beijo se aprofundasse. Você poderia dizer que se aproximava do paraíso a medida que as emoções explodiam em suas entranhas. Kylo facilmente se passaria por um anjo, sua beleza era injusta demais para um mortal. Mas seu coração em contrapartida o desmentia, tão negro quanto um abismo, te puxando mais e mais desde que encarou seus olhos castanhos pela primeira vez.
Você sabia que não foi somente sua aparência de traços fortes e enigmáticos, ou seus cabelos negros como a noite que caíam nos ombros largos que só poderiam ter sido esculpidos por uma divindade. Havia mais. Era essência dele. Suas trevas, sua maldade, seu caos, que te fizeram uma vítima entregue de boa vontade às suas garras.
Tudo isso podia ser sentido naquele beijo que você não soube quanto tempo durou, até que Kylo subitamente se afastou e sem aviso prévio te empurrou contra a cama. Você caiu com as mãos no colchão, um pouco surpresa com tudo aquilo.
Você poderia ser morta se alguém descobrisse.
Ao se dar conta do que estava prestes a acontecer, o nervosismo pesou seu estômago.
Você recuou quando viu que ele pegou seu punhal e subiu de joelhos na cama.
-Senhor...
-Silêncio.
Com um movimento preciso ele cortou um pedaço do brasão. Você arregalou os olhos.
-Senhor!
-Eu te mandei ficar em silêncio!- Kylo juntou seus pulsos e usou o tecido para amarrá-los na cabeceira da cama -Eu não quero ouvir um único som saindo dessa boca impura enquanto eu dou exatamente o que você merece. Entendeu?
Você concordou com a cabeça, chocada com o quão audacioso ele era. A maneira como Kylo estava te tratando sem dúvidas era tão humilhante que qualquer mulher que não fosse de fato uma cortesã a teria como inaceitável.
Mas no seu corpo isso resultava em uma onda de desejo intenso, e no momento era tudo o que você queria.
As mãos dele subiram o vestido pelas suas pernas, todo o seu corpo se arrepiou com o toque. Quando chegou no quadril, ele te puxou para baixo e afastou seus joelhos, se colocando entre eles. O ar frio te deixou consciente da umidade em seu sexo, e Kylo murmurou em aprovação quando puxou seu membro para fora da calça e o deslizou entre suas dobras.
-Repulsivo... É assim que deve se comportar uma serva do rei?
Seu útero se contraiu. Você negou com a cabeça, seu rosto queimando de vergonha e de desejo conforme ele estimulava seu clitóris. Você começou a se contorcer em busca de mais e mais prazer.
Não gemer era a parte mais difícil, porém você não queria desobedecê-lo e muito menos ser pega, então você usou todas as suas forças para ficar em silêncio.
Quando ele empurrou dentro de você, entretanto, foi inevitável. O resultado da colisão de prazer e dor se verbalizou num quase grito agudo.
-Merda!- Kylo cobriu sua boca, resmungando entre os dentes -Eu não esperava que uma prostituta como você fosse tão apertada.
Você o encarou lacrimejante, seu corpo se contorcendo embaixo dele, certa de que nunca havia se deitado com um homem tão grande antes.
Você imaginou que teria pelo menos alguns segundos para se acostumar antes que ele começasse a se movimentar, mas Kylo se retirou até o fim e empurrou com mais força, de novo e de novo, garantindo que você sentisse cada centímetro de seu comprimento.
Seus gritos viraram grunhidos abafados pela mão de Kylo, a doce mistura de dor e prazer fazendo seus olhos se revirarem. Você queria tocá-lo, puxar sua blusa para fora do corpo e cravar as unhas nos músculos fortes que você sabia que estavam lá, forjados em lutas e incontáveis guerras.
Mas o símbolo da realeza te relembrava em forma de restrição que você não podia.
Kylo não tirou os olhos de você, castanhos e brilhantes, captando suas reações por trás das mechas soltas caídas em seu rosto, que balançavam conforme ele te penetrava.
Ele batia os quadris nos seus com força implacável, a outra mão apertava seus seios por cima da roupa quase dolorosamente, enquanto você parecia afundar no colchão com seu peso. O ranger ritmado da cama e os sons do impacto da pele preencheram o silêncio que parecia pairar sob todo o castelo, qualquer guarda que passasse pelos corredores poderia escutar as evidências da sua má conduta.
Com o pouco de sanidade que lhe restava, você pedia aos deuses que isso não acontecesse, pois seria sua ruína ser pega amarrada tomada de prazer embaixo do rei.
Não que eles fossem te escutar, você era uma traidora.
Mas parte de você adorava isso, você pensou, quando notou a aliança pressionada em seus lábios. Você sentiu suas paredes pulsando, anunciando a aproximação do seu orgasmo.
-Mantenha os olhos abertos- Kylo ordenou em meio as estocadas - Quero você olhando pra mim enquanto goza.
Você concordou exageradamente, sentindo maravilhada o prazer explodindo e se espalhando pelo seu corpo.
-Isso mesmo... Eu esperei isso por tanto tempo.
Com os olhos fixos nos de Kylo, você viu os cantos dos lábios dele se curvarem para cima num sorriso malicioso, e logo suas palpitações o levaram a se derramar dentro de você também, expelindo xingamentos e maldições que um rei jamais deveria dizer.
Você estava sem fôlego quando ele saiu de cima de você e libertou seus pulsos, descartando o pedaço do brasão no chão como se fosse um trapo qualquer.
Você caiu mole no colchão e o observou enquanto se levantava, se perguntando como as coisas seriam dali por diante. Ele pareceu ler a dúvida em seu rosto.
-Não se preocupe com isso. Eu estou prestes a dar um jeito.
-O que o senhor quer dizer?
Ele olhou ao redor.
-Apenas acostume-se com sua nova função. E se certifique de não estar usando nada quando eu retornar amanhã.
E então ele saiu, um brilho estranho em seus olhos indicava que algo muito ruim estava prestes a acontecer, e você, naquela noite, tentou não pensar demais até dormir novamente.
Somente anos depois, quando ocupasse seu lugar ao lado dele no trono, você viria a entender.
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