#preso na própria pele
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giseleportesautora · 7 months ago
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Licença Para Viver #Poesia
Licença Para Viver #Poesia Você se acostumou com suas modelos de passarela. Amar coisas e comprar pessoas é tudo que te basta. Sequestrada, longe de minha família, só quero cidadania e minha tela(...) #poema #poesia #liberdade #prisão #sesentirpreso
Você se acostumou com suas modelos de passarela. Amar coisas e comprar pessoas é tudo que te basta. Sequestrada, longe de minha família, só quero cidadania e minha tela. Sou artista, não sou sua peça de arte nada casta. Seu poder financeiro te faz achar que sobre minha vida tem governo. Finjo me comprometer na sua trama, mas busco residência em meus sonhos, lá tento encontrar meu lar eterno. Não…
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hansolsticio · 3 months ago
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oi coisa linda adivinha quem veio te incomodar sobre o capeta(jeonghan)
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todo mundo sabe que esse homem tem um dos melhores, se não o melhor, beijo do svt mas hear me out...... o beijo de pedido de desculpas é melhor de todos.
sabe aquele vídeo do jeonghan performando don't wanna cry? sabe quando ele se ajoelha totalmente desesperado? :)
ele adora os 5 minutos que você consegue se manter brava enquanto ele se humilha pedindo desculpa, se sente um idiota beijando seu pé, ele ama.
ele murmurando "me desculpa, meu amor..." enquanto abraça sua cintura todo mansinho, todo inocente, fica te olhando como se você fosse a única coisa que ele viu na vida, quem que não perdoa?
quando você cede e ele te beija, oque é realmente humilhante é o quão rápido você fica completamente molinha, só deixando ele te levar pra cama devagarinho enquanto faz carinho nos cabelinhos da sua nuca, yoon jeonghan é um demônio.
enfim, fica aí minha foto preferida do capeta 💋
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você me odeia tanto... é desumano
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✦ — say "sorry". ᯓ y. jeonghan.
— 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀: você ficaria brava com um homem que tem esse rostinho??? hein??? ficaria???
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O beijinho que é deixado na sua coxa acompanha mais um suspiro exasperado da sua parte. Jeonghan não sabia ter limite. Já havia perdido as contas de quantas vezes tentou afugentá-lo nos últimos dez minutos, porém todas as tentativas sem sucesso, ele continuava jogado aos seus pés. Também já havia ameaçado levantar-se do sofá, mas ele te manteve ali sob a alegação de que não sairia do lugar até ter o seu perdão — era um insuportável, isso sim.
"Amor?", os dedos pressionaram a carne das suas coxas, tentava chamar sua atenção a qualquer custo. "Bebê, por favor, não faz assim...", a voz se arrastava de propósito — ele sabia que era golpe baixo. "Perdoa, vai? Por favor.", as mãos se arrastaram até sua cintura de maneira vagarosa. Remexeu-se inquieta, aquilo havia sido mais do que suficiente para te fazer arrepiar. Adentrou por baixo do tecido da sua blusa com certa cautela, temia sua reação. "Olha 'pra mim..."
"Sai de perto, Jeonghan.", balbuciou tentando soar irredutível, a visão desfocada tornava mais difícil a tarefa de encarar a porta da cozinha.
"Saio quando você me desculpar.", rebateu, o aperto na sua cintura se fechando entre os dedos esguios. "Meu dengo, perdoa seu Hannie... 'cê sabe que eu não faço de novo.", outro selo casto em um dos seus joelhos enfeitou a promessa. "Bebê?", os beijinhos subiram, tornaram-se mais demorados, mais molhadinhos. A respiração quentinha cortando a pele úmida te fazia arrepiar, era trabalhoso fingir não sentir nada. "Eu amo tanto você... olha 'pra cá...", o tom era charmoso, você quis sorrir — era muito mole com Jeonghan, que inferno.
Sentiu sua cintura ser liberta e, ainda que tenha guardado qualquer tipo de reação para si, quis suspirar em alívio. Mas o homem não sabia te dar descanso, apenas havia mudado de alvo. As mãos ágeis agora tentavam conquistar os braços cruzados a frente do seu peito. Você jura que resistiu, fechando o cerco com toda a força que tinha — só que era Jeonghan ali. Mal raciocinou e já tinha seus dois pulsos presos no aperto das mãos dele, ficou possessa.
"Solta.", ordenou, tão estressadinha que sequer percebeu ter quebrado com a própria estratégia de não olhar para ele. Lembrou-se disso assim que foi recebida por um sorrisinho vitorioso da parte do homem. "Jeonghan!", ameaçou — não sabe o quê. Tentou libertar-se, tudo em vão. Teve suas palmas beijadas com toda a devoção que anteriormente foi oferecida a suas coxas. Jeonghan envolveu as próprias bochechas com as suas mãos.
"Me desculpa, bebê? Por favor...", o biquinho dengoso pedia clemência. Você suspirou outra vez, mas esse suspiro Jeonghan sabia interpretar, era rendição.
"Tá. Mas me solta logo.", fez charme, o sorriso quase saltando da ponta dos lábios.
"Perdoa mesmo?"
"Perdoo.", rolou os olhinhos, ganhando um som esquisitinho de um Jeonghan que quase pulou em cima de você. Viu-se novamente encurralada, mas de um jeito diferente. Tinha Jeonghan praticamente no seu colo, ainda que ele não estivesse sentado. A proximidade te forçou a ficar grudada no encosto do sofá, olhava para cima, o rosto de anjinho tomando sua visão.
"Dá beijo então?"
"Jeonghan..."
"Você perdoou, não perdoou? Quero beijinho.", inclinou o rostinho. E como se o modo de te olhar não te deixasse mole o suficiente, Jeonghan apelou para provocação.
A boquinha roçando na sua te fez sorrir e depois disso foi fácil conquistar seu beijo. Era calmo, nunca ia com muita sede ao pote, mas sabia te deixar sedenta. Fazia a língua dançar entre as bocas de vocês e afastava-se. Você sempre buscava por mais, tanto que precisava cessar a petulância de Jeonghan com as próprias mãos. E não foi diferente das outras vezes, agarrou-o pelo cabelo mantendo-o pertinho de você, ele riu descarado — sempre conseguia o que queria.
Era tão fácil se perder em Jeonghan, assim como era fácil perdoá-lo por qualquer coisa. Ele te confirmava, todas as vezes, que você era incapaz de se manter distante da sensação de alívio que ele te causava. Nunca seria capaz de negá-lo por muito tempo, precisava disso, precisava do seu Hannie. Produzia gemidinhos fracos contra os lábios do homem, era sempre assim quando vocês estavam sozinhos — fazia questão de que ele soubesse o quão gostoso tudo aquilo era.
Jeonghan sabia. Sabia muito bem. Sabia tanto que quase fundia o corpo ao seu, nem parecia se importar muito com o fato de estar praticamente jogado em cima de ti. Ele te soltou aos suspiros, o rostinho corado fazia sua garganta formigar. Queria mais. Avançou nos lábios inchadinhos outra vez, mal deu tempo a si mesma para respirar. Seu namorado soltou um risinho, envolvendo a mão no seu pescoço para te deixar no lugar — ele realmente precisava de alguns segundinhos.
"Você foi mais resistente hoje... da outra vez eu te quebrei em uns cinco minutos.", arfou, o carinho na sua nuca não era suficiente para esconder o cinismo por trás da frase.
"É? Da próxima vez eu não perdoo de jeito nenhum então.", provocou.
"Você é mole demais 'pra isso, bebê. Aceita.", o homem rebateu quase que imediato. Te assistiu virar o rostinho, o bico enorme denunciava a raivinha teatral. "Vai ficar brava só com isso? Vou ter que usar minha boca de novo..."
— 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀²: fofurices pois estou com saudades dele :(
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sunshyni · 1 month ago
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sunsun vi aki q vc ta com os pedidos abertos 👁️👁️
já que vc tá numa era mais atrevidinha.. tem como você escrever algo com religião do Jão e o jisung? TO MALUCA POR ELE
i eu nao esqueci o seu pedido com locadora não ta... ta nos rascunhos Um Dia ele sai 🫢
queimar
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park jisung × fem!reader ⋆ w.c – 0.7k ⋆ sugestivo ⋆ no context
notinha da sun – NUNU 😭 tô obcecada pelo Jão de novo, não sei se em algum momento eu não fui obcecada por ele KKKKKK mas confesso, não sabia muito bem o que escrever pra você, então eu literalmente só escrevi KKKKKK por isso não tem um contexto muito bem elaborado, mas até que não tá tão ruim. Espero que você goste!!
ESTOU ESPERANDO ANSIOSAMENTE 😭 ESSA É UMA DAS MINHAS MÚSICAS FAVS DELE.
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Você observava Jisung sob a parca luz de um abajur de leitura e a luz natural do satélite da mesma categoria — vulgo a lua. Estava de barriga para cima, deitada de cabeça para baixo na cama, enquanto o contemplava em silêncio.
Lindo demais, excepcional. Você se sentia meio tarada por pensar nele a todo momento, por imaginá-lo sobre você em cada instante do dia, por ficar inquieta só porque sabia que, no final, o reencontraria. Sentia a respiração acelerar a cada página que ele virava, vidrado em algum livro da pilha que existia no apartamento. Você desceu a mão, subiu a regatinha do pijama de seda, acariciou a pele da barriga e desceu, adentrando o shortinho devagar.
Jisung ergueu o olhar e encontrou o seu. Viu os cabelos belamente espalhados pelo colchão, as pernas dobradas e a mão direita escondida dentro da peça de baixo.
Ele tirou os óculos, caminhou em direção à cama, e você o acompanhou com o olhar, inebriada, febril de tesão. Jisung fazia aquilo com você. Ele tinha aquela aura fria, distante, intocável, inalcançável — e talvez fosse exatamente por isso que você adorava cada pedacinho dele, cada parte do corpo esculpido e até mesmo sua alma. O adorava com paixão e excelência, sem se importar com as consequências desse sentimento.
— Tá acordada, meu bem? — Ele questionou, colocando um dos joelhos sobre o colchão. Você se remexeu, os olhos presos nele, toda a sua atenção era dele. — Quer que eu cuide de você?
Você assentiu devagar. Nem chegou a adentrar a mão na peça íntima, regressou o caminho. Jisung se juntou a você na cama, ficou por cima, ergueu sua mão, beijou o pulso, a palma, colocou seu polegar na própria boca enquanto os olhos permaneciam fixos nos seus. Ele observava atentamente as suas reações, o seu corpo aceso abaixo do dele. A língua morna circundou sua pele, chupou devagar, e você fechou os olhos numa prece cuidadosa, como se Jisung fosse um deus importante — para você, ele era.
Você elevou o quadril, tirou-o do colchão para tentar encontrá-lo. Jisung sorriu, abraçando-a, sentindo você acariciá-lo nos cabelos macios. Esfregou-se em você, buscando senti-la e fazer com que você o sentisse também. A mão masculina, os dedos longos e belos, raspavam na sua pele, causando arrepios como uma brisa suave de verão.
— O que você estava lendo? — Você questionou num sussurro tão baixo que Jisung teve de aproximar o ouvido da sua boca, fazendo-a repetir a pergunta enquanto roçava os lábios na pele dele.
Jisung se encaixou melhor em você, fez com que o envolvesse com as pernas. Ele a olhou pensativo, reflexivo, mas a única coisa que tinha em mente era você. Cada traço do seu corpo, que os dedos tinham o privilégio de tocar. Você era um altar. Um altar bonito que ele explorava por completo. Tão linda. Tão dele.
— Eu não sei — Ele confessou enquanto escorregava a mão até sua coxa, externa e internamente. Mas adentrou mesmo sua lingerie pelo início. A mão cobriu o meio entre suas pernas, depois o dedo médio adentrou, o que a fez respirar fundo e expirar pertinho dele, que sorriu com os olhos pesados. — Tava pensando em você, nos barulhinhos que faz quando eu tô aqui, bem aqui. Na verdade, eu tava quase te acordando.
Suas mãos, até então nas costas dele, retornaram ao rosto bonito. Encostou os lábios nos dele, de forma tão casta que destoava completamente do que acontecia abaixo do seu quadril. Os próprios dedos dele ganharam um ritmo ideal e fizeram você gemer na boca dele. Foi o passe perfeito para a língua encontrar a sua. A outra mão de Jisung adornou seu pescoço, afastando-a devagar dos lábios dele.
— Acho que eu tava lendo a Bíblia — Ele falou baixo, e você sorriu, tentando alcançar a mão dele, que a tocava tão bem. Sua boca atingiu a forma de um “o” perfeito, mas não conseguiu emitir as palavras que estavam na ponta da língua, presenteada pelo sabor dele.
Jisung, no entanto, lia sua mente. Sabia exatamente cada palavrinha que passava pela sua cabecinha.
— Sim. A gente vai queimar junto por isso.
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tyongbrat · 11 days ago
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Oi, amigos!! Quanto tempo 🦦 Ontem, estava assistindo Uncharted (com o Tom Holland) e uma ideia nova surgiu. Sei que é algo um pouco diferente do que estou acostumada a compartilhar por aqui, mas quero explorar essa estética nova. E, claro, na parte 2, vou voltar ao que sempre faço: um smut.
tentacle girl - jennie (part 1)
Nas brumas de uma ilha esquecida, onde o sol mal ousava tocar e as ondas sussurravam segredos sombrios, nenhum marinheiro ousava ancorar. As areias negras jamais sentiam o peso de botas humanas, mas ali, entre os recifes ocultos e as árvores retorcidas, vivia uma garota singular.
Jennie, como era chamada, era uma criatura tão enigmática quanto a própria ilha. Seus cabelos escuros caíam em ondas suaves, emoldurando um rosto salpicado por sardas de um tom alaranjado, como brasas que jamais se apagavam. Seu corpo esguio parecia pertencer a duas naturezas distintas: uma humana, outra pertencente às profundezas do oceano.
Ao invés de braços, dela pendiam tentáculos elegantes e fortes, que se moviam com uma graça quase hipnótica, como se dançassem ao ritmo das marés. Apesar disso, Jennie era mais humana do que polvo, pelo menos em espírito. Seus olhos carregavam uma melancolia que os outros habitantes da ilha, criaturas completamente marinhas, jamais poderiam compreender. Ela era um elo perdido entre dois mundos que preferiam se ignorar.
Jennie sabia que não pertencia totalmente a nenhum deles, mas, mesmo assim, caminhava – ou deslizava – pela ilha com uma determinação silenciosa, como se buscasse um propósito entre as sombras que a cercavam.
Naquela ilha esquecida pelo tempo, os dias não faziam sentido. Um ano passava como se fosse apenas um instante, e o mundo parecia preso em um ciclo eterno de monotonia. Nada mudava. Nada havia mudado nos últimos anos. Mas naquele dia, algo diferente aconteceu.
Uma pequena faísca do sol, rara e tímida, atravessou as densas nuvens e tocou a água cristalina. O reflexo dourado dançou na superfície, iluminando brevemente o silêncio da ilha. A areia, antes fria e indiferente, agora grudava na pele como se quisesse se fazer sentir. O vento, quente como nunca antes, trazia consigo um arrepio estranho, um aviso sutil de que algo estava prestes a acontecer.
E então, quebrando a imutabilidade daquele lugar, surgiu uma silhueta no horizonte. Um barco de madeira envelhecida, suas tábuas rangendo contra as ondas, aproximava-se da praia. A bandeira que tremulava no mastro, esfarrapada pelo tempo, ostentava um símbolo inconfundível: uma caveira e ossos cruzados. Piratas.
A embarcação encalhou na areia com um rangido profundo, como se a própria ilha protestasse contra sua chegada. Jennie, escondida entre as rochas e algas, observava com olhos arregalados. O mundo que ela conhecia, feito de marés previsíveis e silêncio eterno, acabava de ser invadido. E, pela primeira vez, algo dentro dela também mudava.
Com um salto ágil e decidido, uma figura feminina abandonou o convés da embarcação, aterrissando na areia com a graça de quem parecia destinada a desbravar territórios desconhecidos. Era uma jovem de aparência singular, com olhos puxados que cintilavam como estrelas guardando segredos, e cabelos levemente tingidos por algo que Jennie não conseguia identificar – algo misterioso e distante, que parecia pertencer a um mundo além de sua compreensão.
As pernas longas da visitante tocaram a areia com firmeza, revelando arranhões e cicatrizes que contavam histórias de desafios enfrentados. Jennie, oculta entre as rochas e algas, observava com atenção cada detalhe de seus trajes. Um pano vermelho, amarrado às madeixas, balançava ao ritmo do vento, como uma bandeira de resistência. A simplicidade de sua vestimenta não escondia a imponência que ela carregava consigo, como se cada pedaço de tecido guardasse memórias de mares distantes e batalhas ferozes.
Porém, o que mais chamou a atenção de Jennie foi a mão direita da garota – ou, mais precisamente, a ausência dela. Em seu lugar, um gancho de metal reluzia sob o brilho fugaz do sol, evocando as lendas que Jennie ouvira em murmúrios entre as cavernas e os sussurros do mar. Histórias de piratas, de navegantes ousados que desafiavam as leis do mundo conhecido.
Embora Jennie não soubesse quem era aquela estranha, havia algo inegável na presença dela. Como um presságio, a chegada da pirata parecia anunciar que o equilíbrio da ilha, há tanto tempo imutável, estava prestes a ser alterado.
— Hoje desbravaremos terras jamais pisadas por pés humanos — disse a jovem, os olhos brilhando com uma mistura de excitação e desafio. Ela levantou o queixo, como se quisesse se afirmar diante do desconhecido, e fez um gesto amplo com a mão, apontando para a vasta extensão da ilha à sua frente.
Homens e mulheres seguiram seu exemplo, formando um pequeno grupo de exploradores. As botas, encharcadas de lama e marcadas pelo tempo, agora tocavam a areia escura — uma terra que, até então, apenas os habitantes nativos da ilha ousavam pisar.
Jennie, escondida entre as rochas e algas, observava em silêncio. Seus olhos ágeis captavam cada detalhe dos recém-chegados, mas foi o ambiente ao redor que mais chamou sua atenção. A ilha, tão viva quanto misteriosa, parecia reagir à presença dos intrusos.
Nas árvores retorcidas, criaturas de formas indefinidas se moviam furtivamente, escondendo-se nas sombras. Alguns pareciam quase humanos, com olhos brilhantes e membros alongados, enquanto outros tinham formas tão místicas que desafiavam qualquer descrição — asas feitas de névoa, corpos translúcidos que refletiam a luz como cristais.
No mar, figuras aquáticas deslizaram para as profundezas, seus movimentos rápidos e precisos, como se temessem ser vistos. Era como se toda a ilha estivesse em alerta, resistindo à invasão silenciosa.
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aguillar · 5 months ago
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ㅤ ㅤ━╋ POINT OF VIEW : despertar dos poderes.
feeling so faithless , lost under the surface .
⚠ TRIGGER WARNINGS: ideações suicidas, ansiedade, afogamento.
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⚲ Após o retorno dos caídos, Acampamento Meio-Sangue.
Era uma piada cruel do Universo que o tivessem deixado para trás. Desde a partida da equipe de resgate enviada ao submundo, sua vida parecia desandar, e não havia uma manhã sequer em que não acordasse com a sensação de algo pesado sobre seu peito, a garganta apertada, a respiração arrancada de seus lábios entreabertos como se um grito tivesse sido interrompido. A criatividade de seus pesadelos não tinha fim, fruto de uma mente particularmente talentosa na autopunição, e por vezes se flagrava sentindo falta da insônia. Todas as noites procurava pela cafeína como antídoto ao tormento, mas Morfeu não demonstrava piedade por quem nada tinha a ofertar. Por mais familiar que fosse, a companhia da ansiedade cotidiana o atormentava de maneiras que não se sentia preparado para contornar. Estava acostumado a temer pela própria vida, acostumado às ameaças tradicionais impostas a cada semideus a quem considerava amigo ou família, mas o domínio de Hades tinha sido território novo, e seu repertório de inteligência emocional não tinha as ferramentas necessárias para o manter funcional em meio ao turbilhão de emoções que tentava e falhava ao processar. Mesmo com o retorno dos caídos, seu corpo parecia preso em modo de sobrevivência, e a presença dos rostos familiares de Katrina e de Melis pouco havia feito para o arrancar do estupor que o fazia reagir mais do que o fazia pensar. O alívio de as receber com abraços havia se esvaído tão rápido quanto chegara, deixando em seu lugar apenas o medo do que viria a seguir.
As meditações matinais traziam poucos resultados, e não importava quantas vezes contasse até cinco ao inalar e exalar: não havia oxigênio suficiente no mundo para acalmar a sensação de que algo parecia prestes a dar errado, e não havia nada que Santiago pudesse fazer para ajudar. A exaustão tornava seus ombros pesados, o sono perturbado não oferecendo descanso algum, e tampouco tinha apetite para fazer mais do que mordiscar uma fruta ou bebericar um ou outro gole d'água. Viver parecia a tarefa mais exaustiva que já havia enfrentado, e por vezes quase considerava simplesmente parar.
Os nomes de cada uma das pessoas a quem queria bem há muito já haviam virado o mantra que repetia como uma âncora. Com Kat e Mel de volta, precisava se manter são por elas e por tantos outros, e se recusava a se tornar o peso que os faria afundar. Fingia todos os dias, não pelo próprio bem, mas pelo benefício de quem o cercava. Sorria como se as deixas fossem indicadas por um script, fazia piadas e arrancava risadas, e olhos menos atentos sequer notariam que era não mais que uma sombra da pulsão de vida que dele costumava transbordar. Parecia bem o suficiente para enganar e aquilo lhe bastava, pois assim não tinha mais um motivo para se culpar. Não queria que ninguém se preocupasse, e temia que pedir por ajuda fosse só o que lhe faltava para o fazer desmoronar.
Naquele raiar do dia, havia acordado como se na intenção de assistir o nascer do sol. Com a ausência de Apolo, sequer tinha a presença reconfortante da estrela tingindo o azul-marinho de laranja para o motivar. Não sabia se era segunda ou terça-feira, ou qual o número que encontraria se olhasse um calendário. A realidade parecia estar se dissolvendo pelas beiradas, tornando difícil acompanhar o passar do tempo, como se estivesse suspenso em um estado de perpétua espera pelo inevitável fim. As mãos tremiam sempre que tentava empunhar uma espada, a brisa suave que tocava a pele de cada campista se tornava vendaval em sua presença, e mesmo a tentativa de oferenda no nome do pai e do tio pouco fez para o apaziguar.
Só havia uma estratégia que ainda não havia testado e, mesmo com o outono engolindo as temperaturas amenas do mês anterior, decidiu que naquela manhã iria nadar. Na mochila trazia uma toalha e uma muda de roupa seca, e a lançou sobre o ombro antes de dar as costas ao Chalé 36, o caminho até o lago ainda deserto graças ao adiantar da hora. Para quem o conhecia bem, o descuido com o próprio bem-estar ficava evidente em detalhes simples, como a falta de agasalho frente ao sopro dos ventos do Norte. Mesmo com a previsão do tempo marcando 10ºC, Santiago sequer parecia perceber que fazia frio.
Tampouco notava que a cada passo seu, a grama sob seus pés parecia crepitar, as gotas de orvalho do sereno transformadas em gelo sob seus pés descalços. Cada respiração sua se transformava em vapor, mas estava absorto demais em sua própria agonia para o notar. Por sorte ou azar, não havia um par de olhos sequer a observá-lo, uma viva alma que o pudesse oferecer um alerta. Imerso no furacão de suas próprias emoções, cada sinal lhe passou despercebido.
Invés de deixar os pertences sobre a grama e entrar na água passo a passo, os trouxe consigo até o píer, de onde planejava pular. A mochila foi deixada sobre as tábuas de madeira surradas, o vento o vindo cumprimentar e fazendo seus cabelos ricochetearem contra o rosto conforme parava diante do espelho d'água. Se tivesse esperado um ou dois segundos, teria notado que não era só o ar que tinha despertado com sua presença. Um mísero olhar mais atento teria sido suficiente para o fazer parar.
Não o fez. Invés disso, saltou de cabeça antes que pudesse mudar de ideia.
O lago o envolveu em seu abraço como um velho amigo, oferecendo um acalento que em nada correspondia às águas geladas que esperava encontrar. Confortado pelo silêncio absoluto, se permitiu afundar até que os pés haviam tocado o solo arenoso, e então o usou para se impulsionar. Ao seu redor, o inverno parecia tomar forma, ignorando a soberania da estação presente como se convocado por uma força divina–a sua força divina, fruto da herança que corria em suas veias. Quando por fim notou que fazia frio, percebeu que este vinha de dentro para fora, e que era a sua causa.
Ao tentar nadar de volta à superfície, descobriu que o espelho d'água até então imperturbado havia se transformado em seu rastro, o aprisionando sob uma camada de gelo grossa o suficiente para se tornar opaca. Já não podia ver o céu, e não importava em qual direção nadasse, não havia uma brecha sequer que o permitisse emergir. Quanto mais o pânico o atingia, mais espesso o gelo parecia se tornar. Não sabia como o desfazer e, atingido pela realidade de que estava prestes a morrer afogado, o golpeou com ambos os punhos. Desarmado como estava, eram ínfimas as chances de o quebrar. A barreira gelada parecia se enrijecer mais a cada segundo, sua mera presença e falta de controle sendo suficiente para a reforçar.
Quando tinha quinze anos, sonhava com aquele dia, e havia certa ironia em perceber que o custo do poder que tanto havia desejado seria sua vida. Como se sua despedida daquele mundo fosse motivo para comemoração, a realização foi suficiente para o fazer gargalhar–a primeira risada genuína dada em dias, silenciada pela água e expressada como bolhas de oxigênio.
Seus pulmões pareciam prestes a se romper, e tampouco lhe passava despercebido que o semideus conhecido por controlar o ar morreria quando este o faltasse. Quando deixou escapar seu último resfôlego, sentiu a vibração de passos apressados correndo sobre o gelo que havia conjurado para se encarcerar.
Pouco podia ver através das pálpebras cada vez mais pesadas pesadas, mas sentiu como se a água despertasse frente à nova companhia, e escutou um e outro golpe contra o gelo até que este cedeu sob a fúria. Um par de mãos apareceu em meio à abertura para o agarrar, tateando às cegas até que todo o torso de seu salva-vidas estivesse submergido, e Santiago reconheceu com gratidão o rosto familiar. Joe o agarrou pelos braços, o puxando consigo para fora do lago, quase o arremessando sobre a superfície congelada tamanha a força necessária para o resgatar. O tridente que era assinatura do filho de Poseidon estava caído ao seu lado, e no meio segundo entre a consciência e o sonho, cada gota de água que havia engolido pareceu ser chamada à sua garganta, o fazendo vomitar.
Com o seu corpo ainda atirado sobre o de Joseph, não sabia se ele estava prestes a oferecer um abraço ou um sermão, e perdeu a consciência antes de ter a oportunidade de descobrir.
↳ para @silencehq. personagens citados: @d4rkwater.
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okeutocalma · 9 months ago
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Padre Taiju Shiba × Male Reader Demon.
Crédito ao artista!
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— P-perdoe-me pai. — Ele sussurrou trêmulo juntando as mãos em oração enquanto olhava para o a cruz pendurada na parede do altar. — Pois eu, ah! 
Em meio a oração falha, Taiju soltou um gemido estrangulado e rapidamente tentou em segurar em algo, foi um erro, já que o mesmo tinha as mãos amarradas pelo terço.
 Ter as mãos de Satanás de volta em seu corpo foi incrível. O padre sentiu o calor acumular-se em sua virilha como lava enquanto o demônio deslizava para frente e para trás com facilidade, 
Seu próprio pau latejava, intocado, entre suas pernas, balançando quando [Nome], o rei do inferno empurrava para frente, porra, estava transando com ele. O pensamento o queimou por dentro, um fogo perverso incendiando seus sentidos com um desejo incandescente. 
As costas do padre arquearam, ele tentava se empurrar contra o demônio e sua pele em carne viva doendo mais com os tapas ininterruptos de seus corpos colidindo. Aquele ser montou nele implacavelmente, como um cachorro, pior, como um demônio no cio que só tinha sua própria satisfação em mente, mas esse tratamento era a tática perfeita neste momento, algo que acalmou a natureza masoquista mais profunda de Taiju. 
Ele precisava ser arruinado, ele precisava ser oprimido, ele ama isso. Ama ser usado como estoque do esperma grosso de Satã, ama ser estimulado em meio a missa, ama sentir aquele pau o preenchendo mesmo quando a igreja estava cheia, ama as mordidas, ama quando aquela língua o invadia.
Que Deus o perdoasse, mas porra, ele sabia que o inferno o aguardava quando [Nome] o banhou com a água benta e o fodeu tão forte na mesa a qual ficava a grande estátua de Maria.
Quando Satã acelerou, quase o derrubando do altar, o arrancou gritos incoerentes e Taiju tentou acalmar segurando com toda força o local de madeira a qual colocava a bíblia. A contínua queimação de prazer o estava matando, todo o seu corpo tremia. 
A pele de sua bunda estava em carne viva pelas estocadas que o rei do inferno o dava, o ritmo tão rápido que parecia como se ele nunca tivesse puxado para fora, uma vibração contínua melhor do que qualquer brinquedo que ele já usou.
 O padre se sentia tão aberto, cheio o tempo todo, apenas as pulsações e apertos de suas entranhas anunciando os movimentos do pênis empurrando para dentro e para fora. Taiju estava pingando, o próprio sêmen escorregadio nas coxas, o esperma esguichando pela sexta vez em quanto tempo?
Ele estava preso nessa sensação, viciado no prazer a qual [Nome] o fazia sentir. Sentia seu cérebro se derretendo, nada estava o impedindo de cair nesse abismo de loucura, de prazer e êxtase sem fim. Satã deu um tapa na barriga, o golpe da palma da mão ressoando alto em sua pele. O arroxeado gritou e se animou com aquela sensação nova e dolorosa, seu interior apertando com força o pau grosso que socava suas entranhas sem dó nenhuma.
— Porra, padre! —  exclamou surpreso. Quando o arroxeado abriu os olhos bem fechados e tentou focar o olhar no ser, o demônio estava olhando para ele com uma mistura de choque e admiração. 
Taiju choramingou baixinho, suplicante, e massageou a barriga novamente, tocando suavemente desta vez, sentindo a pressão de um pau duro abaixo de sua pele e músculos, profundamente dentro dele, movendo-se rápido demais para distinguir e separar cada um dos órgãos. 
Ele se arrepiou a todo momento quando sentiu as unhas afiadas rasgarem sua roupa caindo em uns farrapos no chão, deixando o tronco nu. 
— S-satã! — O padre deu um grito estrangulado quando sentiu os dedos do rei infernal passarem suavemente sobre o pênis rígido. Ele gritou quando outro orgasmo o atingiu, seu corpo se destruindo e suas entranhas quentes pulsando com sua liberação. 
Taiju começou a chorar dessa vez, as lágrimas queimavam seus olhos. Você soltou um som de choque e seu pênis parou em seu ritmo e latejou enquanto enchia seu belo brinquedo com outra carga de sêmen, o suficiente para deixar a barriga estufada e o cremoso líquido branco começar a escorrer para fora do buraco, mesmo com seu falo latejante lá dentro.
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maodedefunto · 2 months ago
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Especial de Natal 🎄
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A arte de amar segundo A.B
Notas da autora: No início era para ser uma fanfic com Ale Sater (Terno Rei), mas eu mudei de ideia e virou um conto experimental, contradizendo Ovídio em “A arte de Amar”
Número de palavras : 2096
A luz da manhã rebelava-se contra as cortinas brancas e translúcidas, deixando entrar um brilho suave. Os acordes graves eram quase um murmúrio, e a voz dele guiava seus dedos pelo instrumento, tão baixinho que parecia quase imperceptível. Ele estava sentado no chão, em busca de novas composições, no entanto, antigas em sua alma. Enquanto os raios de sol que atravessavam as cortinas, aqueciam gentilmente os tornozelos de sua amada, deitada na cama a ler as notícias mais recentes no celular.
Era vinte e quatro de dezembro, cortante e cru. O som em seus ouvidos já anunciava o fim do ano, junto à movimentação habitual que marcava uma transitoriedade em suas vidas. Seria o último Natal com o estado civil de solteiro. Ah, sim… Não posso esquecer que, seis meses atrás, ele havia pedido a mão de sua amada, e o casamento logo aconteceria em sete de janeiro. Por isso, escolheram comemorar as festas de fim de ano longe de amigos, familiares e trabalho, num apartamento na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema. Embora vivessem em São Paulo, presos aos laços invisíveis do trabalho, era no Rio que algo neles se alinhava, como uma maré que os entendia sem perguntas. A maresia, as músicas flutuando das praias próximas, até o som do trânsito, tudo se tornava uma típica harmonia, suave como um murmúrio interno. Era ali que seus pensamentos se encontravam, sem esforço, como se o próprio ar os reunisse, silenciando a inquietação.
Num gesto quase distraído, ela bloqueia a tela do celular, estende os braços e desliza os dedos pelo lençol, sentindo a textura lisa, firme, como se ali, naquele toque, houvesse algo que pudesse alcançar. Mas era além, sempre além, um lugar onde a própria pele respirava. Com um movimento bruto e preguiçoso, ela inverte o corpo, deixa os tornozelos onde antes estava a cabeça, e assim o observa, aquele homem, tão próximo e tão seu. Um afeto morno a invade, e ela ouve, mais de perto, as melodias desordenadas que ele dedilhava. Para ele, novas; para ela, velhas conhecidas. Eram cantorias suaves, doces, doces, lembravam o gosto de bolo de laranja com calda escorrendo. Algo que, se pudesse, ela provaria todos os dias, manhã, tarde, noite. Mas sabia, sabia que eram sons que a vida em São Paulo roubava dele.
Na expressão dele havia uma espécie de quietude intensa, como se ele estivesse sentindo o dizer mais antigo de seus ossos, mas preferisse o silêncio que ele havia construído. Era um rosto que trazia nuances de conforto. O olhar era direto, mas com uma névoa de contemplação daquele pequeno instante, algo que ela lia como cansaço. A luz rebelde parecia dançar junto aos sons graves e a sombra repousava nos cabelos dele,castanhos e curtos, como um carinho oculto.
–Querida, você precisa de alguma coisa? – ele pergunta, mas continua buscando o que é novo para si próprio, e ela fecha os olhos fazendo sinal negativo com a cabeça.
— Não… eu só estou assistindo você fazer o que mais gosta.
Eles sorriem. Então, os sons graves mudam para sons baixos, e bem mais experimentais. Ele começa um ritmo um pouco diferente, enquanto olha nos olhos da mulher que ele escolheu amar. Ela sente certeza nos olhos dele, algo que ele não ousa dizer em palavras, mas que se traduz no toque das cordas, na maneira como seus dedos passeiam, buscando. Ele parece compor como quem tenta revelar um segredo, e cada nota é uma grande investida. E, naquele instante. Ela sorri, e seu rosto parece iluminar-se suavemente com a música. Há uma intimidade ali, tão profunda que não pede explicações. Entre uma melodia e outra, ele murmura, quase em um sopro:
— Você sabia que eu nunca toquei assim antes?
Ela o observa, as palavras dele se aninhando dentro dela. E responde, baixinho:
— Eu sabia.
Naquele silêncio compartilhado, sentiam-se confortavelmente eternos, como se o amor fosse uma música inacabada, sempre prestes a recomeçar.
Dó, ré, mi… fá. Ela não sabia nada sobre teoria musical, mas deixava as cordas vocais dançarem em seu próprio ritmo, desajeitadas e livres. Os acordes vinham pesados, de combate, e ela estava a um passo atrás de cantá-los. Havia algo de cômico, algo sem rumo naquela tentativa de imitar o que ele tocava. Mas, de algum jeito, o som assentava, como se ela pertencesse também ao metrô dessa cantoria, caótica e doce. E o sol lá fora, impassível, poderia rir a qualquer instante. Ele a observa, brincando:
— Quem foi que te concede, ó mulher cruel, o dom do canto? — o tom era de piada, mas havia um traço de admiração nos olhos dele.
Ela ri, um riso claro e seguro, e, sem dizer nada, agarra o instrumento, como uma provocação, uma pequena rebeldia entre os dois. E por um segundo, ele imagina que talvez fosse mesmo ela quem lhe ensinava a música. Porque o som, o toque, o riso, tudo se misturava em algo que ele mal podia nomear. Era amor, sim, mas um amor que vibrava, indomável, quase absurdo.
Ele deixa que ela ganhe. Os braços dela puxam o instrumento suavemente, posicionando-o na cama, enquanto ele permanece sentado no chão, soltando um suspiro exagerado, como quem carrega o peso de uma “derrota” dolorosa.
— Ah, o que será de mim agora? — murmurou, fingindo tristeza, com um toque teatral nos olhos semicerrados.
Ela ri, aquele riso fácil que ele adorava arrancar, e estica uma mão para tocar seu rosto, como se dissesse, sem precisar de palavras, que sabia da farsa. Ele se deixa vencer, sim, e na verdade gosta disso. Entre eles, essas pequenas vitórias e derrotas viravam uma dança silenciosa, um jeito de tocar o amor com as pontas dos dedos.
— O meu futuro marido há de estar presente no mesmo banquete que nós; seja essa a última ceia para você, meu noivo, e amante.
As palavras dela pairam entre os dois como uma calda de laranja sobre o bolo, carregadas de um tipo de açúcar que ele ainda não tinha conhecido. Havia um tom de brincadeira, mas também algo solene, como se ela estivesse selando uma espécie de pacto, uma despedida antecipada. Ele sorri, um sorriso alegre, sem esconder a inquietação que aquilo lhe causava.
— Então será nossa última dança? — ele pergunta com um tom leve, e ela apenas o encara, como se já soubesse a resposta. — Estou com inveja dele.
Ele se levanta devagar, como se cada gesto precisasse de um último instante de despedida. Guarda seu instrumento com cuidado dentro da mala grande, o som do fecho quebrando o silêncio como um ponto final. Ela já está de pé, esperando por ele na porta do quarto, as mãos escondidas atrás do corpo. Seus cabelos caem livres sobre os ombros, capturando e desfazendo a luz que escapa entre as cortinas. Ele a observa discretamente com um carinho tímido, como se estivesse vendo-a pela primeira vez.
Quando termina, fecha a mala com um gesto firme e vai até ela, sentindo o peso de tudo o que ficou não dito. Ela o acolhe com um olhar terno, e os dedos dele, quase sem querer, encontram os dela. De mãos entrelaçadas, ela o guia em silêncio até a cozinha.
Ali, naquele breve trajeto, há uma cumplicidade tácita, uma compreensão tão profunda que não precisa de palavras. Os dedos dela o seguram com leveza, mas ele sente a firmeza, a promessa sutil que cada toque carrega. Na cozinha, o mundo se desfaz por um instante, e eles se entregam a esse pequeno ritual, como se fosse o último de uma série que nunca precisou de explicações.
Ela abre a geladeira, observando o interior como quem busca uma função escondida entre os ingredientes. Ao lado da janela, ele acende um cigarro, encarando o horizonte onde a praia encontra o céu. A pergunta silenciosa dela paira no ar: o que seria a ceia de Natal? Ele não tem uma resposta precisa; a ideia de um banquete elaborado parece distante, quase irrelevante. Em sua mente, só uma certeza persiste, límpida: no próximo Natal e em todos os outros que viriam, aquela mulher ao seu lado seria sua esposa.
Com isso, entende que o que desejava não era uma ceia farta, mas uma ceia suficiente. Algo pequeno, íntimo, capaz de refletir o que compartilhavam e o que estava por vir em janeiro, quando dariam o próximo passo. Ele desejava apenas o essencial — que aquela noite fosse uma celebração da promessa invisível que agora sustentava cada olhar entre eles. Ela fecha a geladeira lentamente, compreendendo o gesto não dito. Juntos, escolhem itens simples: pão, queijo, vinho. A noite pede pouco, apenas o suficiente para que, naquele momento, eles celebrem um ao outro.
Ela senta numa cadeira e anota no celular tudo o que pretende comprar no mercado. Ele se aproxima e, com os dedos sujos de cinzas, nicotina e tabaco queimado, passa entre seus cabelos. Ele sabia que aquilo a irritava, mas ela responde sarcasticamente: "Hahaha! Eu vou lavar o meu cabelo depois de ir ao mercado", enquanto faz a dancinha da vitória, a mesma pela qual ele se apaixonou antes mesmo de serem namorados. Vingativo, ele apaga o cigarro na pia úmida da cozinha, sob o olhar de reprovação dela. Sem hesitar, ele a beija, prometendo que limpará depois. Tudo naquele instante parecia acontecer em uma lentidão quase intencional, como se o tempo decidisse expandir só para eles, dando espaço para um raro conforto.
E talvez seja exatamente isso, conforto, que busco ao escrever este texto, mas posso ser sincera? Eu não quero estender muito, pois se estender posso acabar invadindo a intimidade desse casal tão real e tão sinceroso. Me sinto mal por ter contado a você, meu leitor, essas breves brincadeiras deles. Só que decidi contar para que nós não desistíssemos de encontrar essa sorte, a sorte de encontrar um amor morno, um amor confortável, tão confortável que em seus dias mais agitados e cheios de deveres você, eu,iremos correndo para o ninho desse amor. Bem…vou retornar à narrativa.
Aquele beijo demorado era suficiente para que dissolva qualquer possibilidade de raiva. E… ela poderia se perguntar… qual é o ponto de vista que a faz tomar aquele homem como seu futuro, e eterno,marido? Qualquer que fosse esse olhar soberano, era um olhar adulto, feminino, e anti-platônico. Ah… é um olhar que escolhe o que enxerga e o que não enxerga. Que desfaz, que molda. Que pega o que não entende. — a ele, por exemplo, o homem que toca suas notas e diz uma língua sem regras — ele se esforça para ser, um terço, digno de receber o amor dela. Eles se escolheram, pois os demais adultos reduziram até o que é estranho. Os outros no mundo reduziram até o que pulsa nas cores. E esse casal,antes de se encontrarem, pensavam: “que esquisito, que frágil, esse domínio humano”.
Ela, ele, decidiram olhar para as coisas normais, ou estranhas, como crianças que olham para um reflexo imperfeito. E é curioso, não é? Assim… eles decidiram fugir para o Rio de Janeiro, como se vivessem num universo secreto só deles, sem regras, onde são conduzidos por forças naturais de seus espíritos. E aí, param de fugir da rigidez, abraçam a liberdade anárquica que cada um estimula no outro. Sabe, meu leitor… é um equilíbrio tão difícil, quase impossível. Eu os invejo tanto que precisei prender-los nessa narrativa. Só que, em meu esforço falho por controlar, ou libertar,esqueço simplesmente de ver o que pertence só a eles.
É a partir dessa perspectiva dela que o envolve em seus braços, ali, naquela cozinha de um apartamento alugado. O cheiro de cigarro e sabonete dele, o perfume de cereja e avelã dela. Precisavam ir ao mercado o mais cedo possível; afinal, era vinte e quatro de dezembro, e todos os despreocupados agora estavam apressados, correndo para preparar a ceia de Natal. Mas, por alguma razão, esse casal não.
Esse “envolver” dos braços dela transformou-se num “amassar” dos corpos. Melhor dizendo, ele deu nela uns amassos — amassos amorosos. Ele a amava há mais de quatro anos, ela o amava há mais de quatro anos. Ela deu nele uns amassos, amassos amorosos ... E juntos, eles se amassaram, assim, um no outro. E, talvez, só talvez, seja exatamente isso que escrevo: que essa mulher, que há pouco cativou o homem ao seu lado, ou o ame ou o faça, misteriosamente, amar-se nela. Aceita, meu leitor, aquele que há de servir-te em silêncio, sem grandes gestos — aceita aquele que saberá amar-te com a leveza de quem compreende e a lealdade de quem não se assusta com o íntimo.
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chupa-essa-buceta · 2 months ago
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Uma manhã dessas queria ter o privilégio de observá-la dormindo, deitada de bruços, as pernas assim meio abertas, shortinho enterrado, fazendo par com a blusinha do pijama, cuja alcinha desliza pelo ombro quando, devido a um sonho intranquilo que não a desperta, mas a obriga a procurar uma posição mais confortável, você acomoda o corpo à cama como um quebra-cabeça, por fim respirando fundo nos braços de Orfeu.
Lá estaria eu, feito um esfomeado, água na boca, desfrutando como que da entrada de um banquete, ansiando o prato principal. Sobre os cotovelos, tomaria todo cuidado para não despertá-la, afundando o corpo entre suas pernas, a dois palmos do shortinho agora frouxo, dando a ver uma nesga de pele, fresca e saborosa, cujo aroma aspiro sob efeito de feitiço, embalado como um aventureiro em busca da Terra Prometida. Cheiro de buceta pela manhã, assim temperado, não tem coisa melhor.
E foi inconsequente o meu gesto, esse de afastar o pano do short com o dedo, pra chegar mais perto e cheirá-la direto na fonte, a pontinha do nariz resvalando pelos lábios sequinhos, como desvendasse o segredo de um tesouro nunca encontrado. Qual não foi minha surpresa ao vê-la reagir então, ainda sonolenta, à minha investida, procurando nova posição com a qual pudesse acomodar os sonhos que a mantinham presa noutro estado de consciência. Dessa vez, sem se mexer tanto, você encontrara a posição perfeita para nós, permitindo tanto o sono quanto minha incursão.
Talvez tivesse mesmo descoberto algum mistério com o nariz curioso, ou quem sabe realidade e sonho se sobrepuseram: o corpo indicando ao inconsciente qual passo a ser dado em seguida. Sei que me preparava pra continuar, a ponta da língua pra fora, feito cobra atrás da caça, arrepiando-me inteiro ao primeiro contato, resistindo a forrar com a língua inteira pele, lábios, pelos, tomado que fui pela lascívia ao recender em minha boca o sabor do seu corpo.
Quem sabe com medo de acordá-la antes da hora, dediquei-me ao exercício comedido de quem vela o sono, afastando todos os infortúnios que poderiam incomodá-la. E lá estava eu, afeito apicultor, colhendo-lhe com esmero o tímido mel, tomando-a nas mãos como a uma flor, sem apressá-la o desabrochar, mas, ao mesmo tempo, desenhando com os polegares toda a extensão de seus lábios, mapeando com destreza o melhor jeito de decifrá-la. Promessa de prazeres sem fim.
E vem vindo fininho, lá do fundo, maturado, o visgo a saciar minha sede, escorrendo cada vez mais abundante conforme minha língua mergulha entre seus lábios, subindo e descendo, por vezes desviando-se do caminho e indo desbravar outros segredos, também com suas próprias intemperanças e cheiros, os quais incendeiam o corpo com vigor renovado, acrescendo à fome inicial um misto de fúria e lasciva, a que meu pau mal se aguenta de tanto tesão, preso sob a cueca, a cabecinha toda babada. Que cuzinho delicioso, tão bom que nem sei onde me demorar mais, então revezo, subo, desço, a língua preguiçosa se alongando por todo caminho, do grelinho ao cuzinho, parando às vezes à entrada da buceta, penetrando-a tão fundo quanto conseguisse, pra em seguida retomar ao cuzinho e rodeá-lo com delicadeza.
Então você começa a despertar, meio sonolenta, empinando a bunda por instinto, enquanto solta um gemido moroso, e eu, faceiro, aproveitando-me da ocasião, acaricio seu grelinho e meto os dedos na sua buceta a um só tempo, e minha língua lá, enterrada no cuzinho, fazendo festa. Daí não demorou muito, eu sei que esse é seu ponto fraco, e veio como onda crescente, teu corpo chacoalhando feito maremoto interminável, enfraquecendo apenas pra retomar mais uma vez o abalo sísmico, um gozo que não cessa, acumulado, desses que extinguem a vida por minutos a fio, sem fim, até não aguentar mais e, em desespero, se debate pra desvencilhar minha boca e meus dedos de você, pra então amanhecer mais um dia já tendo morrido — de tanto gozar.
E essa é a delícia de acordar te mamando. Mesmo que não obtivesse êxito, me condenaria à eternidade a este ofício, sem o qual não saberia viver, não apenas pelo prazer de fazê-la gozar, mas, sobretudo, pelo ardente olhar que me lança ao despertar com minha boca em você.
wow!! que semana inspiradora estou amando os textinhos continuem... eu gosto de saber que vocês ficam latejando por minha causa .
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sigridz · 3 months ago
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𖤓 Those who follow you sing to you with joy, and they bow down their foreheads to the earth In gratitude for your radiant blessings.
:・ Sigrid Briarsthorn point of view | the dying sun — II.
O seon Trevo desparece por mais tempo do que o comum e Sigrid o encontra em uma situação lamentável, o que significa apenas uma coisa: tragédia.
Sigrid e Trevo constantemente não estavam juntos. Apesar dos seons representarem a conexão de khajol e deuses, muitas vezes Trevo estava atrás de suas próprias coisas (changelings de quem gostava, dragões pelos quais possuía curiosidade ou suas próprias aventuras secretas), no entanto ele sempre retornava para Sigrid em algum momento. Sempre. Naquele final de tarde, após todo um dia desaparecido, Trevo não retornou. E dado aos desaparecimentos recentes, a preocupação invadiu Sigrid como uma onda sufocante. Não achava que Trevo seria vítima de tal acontecimento, mas a irracionalidade da apreensão pouco permitia que pensasse com sensatez.
Então se pôs a procurá-lo, estranhando a fragilidade da conexão que sentia com ele. O coração começou a se rebelar no peito, torturando a caixa torácica e parecendo diminuir como uma ervilha. Dentro de si a conexão divina e com Trevo sempre pareceu brilhar forte, mas nos últimos tempos parecia mais diminuta. Culpava o roubo da pira e a aflição pela presença dos khajols, sem querer pensar como Rá parecia mais distante do que o habitual e na frieza do sol que tocava a pele pelas manhãs. Tudo parecia meio errado, mas não queria ser um poço de negatividade ao imaginar o pior... porém o sumiço repentino de Trevo ligava um alerta na cabeça. E ele aprecia estar em lugar nenhum. Sigrid não conseguia senti-lo, o que era ainda mais desesperador.
Não estava na biblioteca. Ou em seu quarto. Ou na estufa. Ou na capela. A ansiedade misturava-se a agonia em um enlace de inquietação no estômago de Sigrid, que fazia com que quisesse colocar o almoço para fora. O coração parecia pesado, como se desejando parar aos pés. Tudo ao redor parecia sem cor ou brilho enquanto a cabeça latejava ao procurar pelo seon. Lugar nenhum. Ele não estava em lugar nenhum. Não conseguia se recordar de ninguém que tivesse perdido o seon, fosse por falta de cuidado ou com uma conexão enfraquecida. Em desalento, precisava constatar um terrível fato: se a conexão com Trevo estava enfraquecida, a conexão com Rá estava mais frágil do que antes julgava. Por que? Por que? Não conseguia encontrar razões, uma parte de si perguntando-se qual ofensa tinha feito a divindade enquanto outra parecia prestes a desmaiar de apreensão por conta de Trevo. Era mais do que apegava a bola brilhante: Sigrid o amava.
Por fim o encontrou na cripta. Parecia um ironia trágica ele estar em um local dedicado a enterrar mortos. Trevo estava flutuando baixo em um canto escuro e Sigrid o encontrou apenas por conta do zumbido baixo que emitia, diferente do de costume e que parecia quase um... lamentar? A khajol sentiu o coração partir em mil pedaços quando se agachou perto dele, o soluçar preso na garganta ao perceber que não apenas o brilho estava mais fraco, mas que ele parecia piscar. Estava doente? Não. A veracidade do momento desesperador pareceu sufocá-la por um breve momento.
Sua conexão com Rá estava instável, pelo que aprecia. Já que não conseguia contato com a divindade, Trevo era sua maneira de comunicação. E se ele estava mal, tudo devia estar mal. Isso parecia explicar sua própria fraqueza. O roubo da pira tornou-se então mais pessoal do que era antes: sem aquilo, não poderia fortalecer sua conexão. Sem aquilo, não conseguia indagar Rá sobre o que estava acontecendo. Com lágrimas enchendo os olhos, mas tomando cuidado para não derramá-las, Sigrid acolheu Trevo em seus braços e se levantou, sentindo o peso leve e a quentura do ser mágico. Tudo parecia convergir ao fato da instabilidade de sua relação com Rá. E ela sabia, acima de tudo, que se o seon se apagasse, significaria para sempre a perda de Rá.
Se Trevo se apagasse por completo, não seria apenas a morte dele. Seria a rejeição da divindade. Sem hospedar um deus, não era uma khajol. Não era digna de Hexwood.
Não era digna de nada.
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trinity2k · 4 months ago
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Enforcando
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Rio Vidal x Fem!Reader
Gatilhos: Enforcamento (é feito na intenção de machucar, mas a Rio adora), Invasão, Facas.
● Esse post é apenas o começo de um capítulo que eu vou postar em breve lá no wattpad!
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Você deitava calmamente em seu sofá quando sentiu um metal frio sendo pressionado em sua garganta. Não foi preciso abrir seus olhos para saber de quem se tratava, o aroma da morte era inconfundível. Seus olhos se abrem te dando a visão do traje preto de Rio, por um momento você suspira de alívio ao ver que não era alguém desconhecido invadindo a sua casa, era uma ceifadora de almas.
Mas veja pelo lado bom, pelo menos você a conhecia.
Em um movimento rápido você a empurra contra o chão da sala, enquanto uma de suas mãos enforcava a garganta da mulher a outra procurava a adaga preta que tinha caído com o impacto. A sua vontade era de ignorar a presença dela e voltar a dormir, porém sua vida estava muito calma ultimamente e você acreditava que brigar com a personificação da morte seria um bom jeito de animar seu dia.
Seus dedos apertavam a garganta de Rio, que sorria como se aquele fosse o momento mais feliz da vida dela. Aquela mulher conseguia ser estranha até nos momentos mais improváveis, e isso te deixava ainda mais atraída. Você sabia que ela tinha a capacidade de te empurrar para longe, mas ela parecia não querer fazer isso, te machucar não estava nos planos da mulher quando ela invadiu sua casa, ela possuía coisas muito mais interessantes em mente. — Você ama isso, não é? — Ela permanece sorrindo em resposta, o ar preso em sua garganta não permitia que ela fosse capaz de formular uma frase. Os olhos dela começam a marejar, algumas veias saltam sobre a pele de Rio e te fazem soltar o pescoço da mulher, que começa a tossir e buscar desesperadamente por ar. Você aponta a adaga preta na direção de seu rosto, com medo de um possível ataque, e observa ela rir com dificuldade enquanto passa a mão na região que estava sendo apertada, notando a marca de seus dedos ser acompanhada por diversas manchas vermelhas. — Por que você parou? — A bruxa diz calmamente. Você tentava ao máximo manter sua postura ameaçadora, mas a forma que ela reagia a toda aquela situação te desestabilizava fortemente. Rio estava se divertindo com tudo aquilo, saber que mesmo depois de tanto tempo você permanecia com o mesmo temperamento irritado, controlador, procurando dominância em todas as situações, mesmo que para isso tivesse que enfrentar a própria morte. Para a sua sorte, a morte estava ao seu favor, mas ela não deixaria que você controlasse tudo dessa vez. Basta um piscar de olhos para que ela troque suas posições, chocando suas costas contra o chão frio da sala enquanto se ajeita em cima do seu corpo. É nesse momento que você se arrepende de não ter continuado em seu sofá quando a viu. — Minha vez. — Ela sussurra, o sorriso vitorioso não saía de seu rosto. Você estava fodida. Literalmente.
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A/N: Comentem se tiverem ideias pra one-shots com o coven, eu tô MUITO obcecada com essa série. Vocês não tem noção.
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taikixakari-blogs · 14 days ago
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Hogwarts: The Ivermorny Misterys (Capítulo 2)
Anos se passaram após Eva entrar para a família dos Potters. Agora, ela não era mais aquela menina de 7 anos que Harry encontrou na neve nas ruas de Londres, e sim uma menina de 11 anos que estava carregando um malão em uma estação de trem cheia de passageiros.
Ao seu lado estava o próprio Harry junto com Gina, um garotinho de quatro anos, que segurava a mão da ruiva com uma das mãozinhas, e um garoto da mesma idade de Eva que possuía os cabelos azuis e olhos bem claros.
Os dois jovens estavam sendo acompanhados pelos dois adultos e pela criança até uma parede entre as plataformas 9 e 10 da estação.
-Pronta?- perguntou Harry para Eva na qual ela acenou -certinho então.
Então, ele logo a ajudou a empurrar a mala e os dois foram correndo até a parede, a atravessando e indo parar em outra plataforma onde ficava uma enorme locomotiva a vapor com vários alunos entrando no trem, se despedindo de seus pais ou procurando por seus animais de estimação.
Enquanto Eva crescia sobre os cuidados de Harry e Gina, ela cresceu em um lar super amoroso e acolhedor, no qual os dois cuidaram dela como se ela fosse filha deles próprios, apesar de sua amnésia.
Ela cresceu ouvindo as histórias que Harry contava sobre o seu período escolar em Hogwarts, desde quando Hagrid o encontrou junto aos Dursleys e contou para ele que ele era um bruxo até a derrota de Voldemort, onde o Lorde das Trevas caiu duro no chão após Harry derrotá-lo.
E agora, estava na vez de Eva ter suas próprias histórias para poder contar.
Vendo o enorme expresso de Hogwarts, a garota sorriu e logo foi correndo para se juntar a Teddy Lupin, o afilhado de Harry que cresceu junto dela desde quando os dois eram crianças.
Antes de ir, ela logo se virou para trás e viu Harry e Gina olhando para ela e Teddy e sorrindo pelos dois garotos nos quais cuidaram, sentindo muito orgulho de ambos.
-Boa sorte lá- disse Harry sorrindo para Eva. Que antes de partir, foi correndo até ele e o abraçou sorrindo.
-Muito obrigado por ter cuidado de mim quando ninguém mais podia- disse ela sorrindo no qual Harry retribuiu o sorriso e o abraço antes dela soltar ele e ir até o trem com o garoto -vamos?
-Vamos- respondeu Teddy sorrindo antes de acenar para Harry e Gina e os dois subirem no trem, prontos para embarcar.
Harry olhava para os dois irem sorrindo feliz, orgulhoso e emocionado. Ele havia cuidado e amado aqueles dois garotos da forma de como sempre sonhou que fosse cuidado e amado.
E agora, estava vendo os dois irem. Irem para um lugar onde tinha certeza de que eles estariam bem, um lugar que seria como uma casa para ambos assim como foi para ele.
Já no trem, Eva acenava para Harry e Gina por uma das janelas da locomotiva e logo foi procurar um lugar para se sentar com Teddy.
Ela está a muito grata por eles terem a acolhido e a amado quando ela perdeu sua memória e não se lembrava de nada. Sua amnésia ainda continuava, e ela ainda não sabia quem ela realmente era.
Mas estava feliz por ter tido duas pessoas nas quais considerou como sua mãe e seu pai por muitos anos, já que os seus verdadeiros nunca apareceram procurando por ela.
Ela sempre achou que um dia, eles apareceriam em sua porta perguntando por ela, prontos para explicar quem era ela e de onde ela veio, mas nada. Nunca sequer deram as caras.
Harry sempre a consolou por isso, pois ele entendia muito bem pelo o que ela estava passando por causa de ter crescido com os Dursleys, que também o privaram de saber de onde ele era e de sua origem.
Um entendia bem a dor que o outro sentia por ter crescido longe dos pais.
Logo, os pensamentos de Eva foram interrompidos quando dois estudantes acabaram esbarrando nela sem querer, um menino e uma menina.
O menino era bem alto, tinha os cabelos loiros bagunçados e as roupas usadas de forma relaxada. Tinha olhos cinzas e um sorriso brincalhão no rosto.
Já a menina possuía a pele negra, cabelos blancos cacheados que estavam presos em um rabo de cavalo, usava óculos que refletiam os seus olhos azuis claros como o céu. Ela usava suas vestes de forma mais organizada e arrumada e parecia se divertir com o menino.
-Desculpa- disse a menina com um sorriso tímido, e logo voltou a correr junto do garoto enquanto os dois riam de qualquer bobagem que diziam.
Depois de ver os dois, Eva foi se sentar junto a Teddy em um dos vagões que estavam vazios. Logo, o trem começou a andar e as paisagens foram mudando conforme eles iam se aproximando da escola.
Durante a viagem, os dois compraram Sapos de Chocolate e Feijãozinhos de Todos os Sabores da senhora do carrinho. E, enquanto Eva olhava a paisagem de um campo verde na janela, Teddy abriu uma nova embalagem dos sapos, mostrando uma a figurinha de um homem bem velho, barbudo e com óculos de meia-lua.
-Dumbledore? Denovo?- indignou Teddy colocando a figurinha na mochila -eu queria a do Moody.
-Não se preocupa, você consegue na próxima- disse Eva calmamente -quantas você já tem?
-Eu tenho 34 do Dumbledore, 20 do Harry, 40 do Rony e 12 do Merlin- respondeu ele contando as cartas no dedo -Eu queria a do Moody, a do Newt Scamander, e a....
O garoto parou de dizer quando se lembrou de quem era uma das figurinhas nas quais ele mais queria. Não para colecionar, mas sim como lembrança.
Eva olhou para ele por um tempo, sabendo perfeitamente quem era a pessoa na qual o amigo estava se referindo.
-Da sua mãe, não é?- ousou perguntar ela na qual o garoto acenou.
-Eu queria ter uma foto dela.... de recordação- comentou ele meio triste -tipo, tem fotos dela na casa da minha avó.... mas não é a mesma coisa.
-Eu entendo, Teddy...- disse Eva realmente entendendo o que o garoto estava sentindo, já que Teddy também cresceu sem os pais.
Ele era órfão porque seus pais, Remus Lupin e Ninfadora Tonks, perderam suas vidas durante a Segunda Guerra Bruxa. Ele tinha menos de um ano quando aconteceu e foi criado por sua avó, Andrômeda Tonks, e por Harry.
Por isso, Teddy nunca conheceu seus pais e nem sabia como eles eram. Assim como Eva.
Era por esse motivo que os dois se entendiam e eram tão próximos. Eles perderam uma parte muito importante deles e, mesmo com o amor das pessoas ao redor de ambos, se sentinham vazios e sentiam como se uma peça muito importante deles estivessem faltando.
Eram órfãos e não tinham o privilégio de ter um pai e uma mãe, mas um tinha o outro para compensar.
-Tanto faz.... eu não me lembro dela mesmo- respondeu ele em um tom triste e olhando para a janela, não querendo falar mais sobre esse assunto.
Eles passaram o resto da viagem sem mexer nos Sapos de Chocolate e, quando finalmente estavam chegando, ele foram correndo se trocar e colocar suas vestes pretas que haviam comprado no Beco Diagonal com os Potters.
Já estava noite quando eles chegaram no castelo. E quando desceram no trem, ouviram uma voz alta e grossa gritando:
-"Alunos do primeiro ano, venham por aqui"- gritou a enorme voz grossa na qual Eva e Teddy seguiram junto com os restos de sua turma.
Quando eles chegaram no local onde estava tal voz, viram um enorme homem barbudo e com olhos de besouro. Ele estava trajado com um grande casaco de pelos e estava acompanhado de um cachorro.
Eva sorriu ao ver aquele homem, Rúbeo Hagrid, o Guarda-Caças da escola e professor de Trato com Criaturas Mágicas, matéria que ela e Teddy só teriam no terceiro ano.
Hagrid também era um amigo muito próximo de Harry, por isso Eva o conhecia perfeitamente. Tendo várias as vezes que o meio-gigante apresentou muitos animais exóticos (e perigosos) para ela.
-Eva!- exclamou Hagrid após notar a menina ali -como você está?
-Animada para ver você na escola, Professor Hagrid- respondeu ela sorrindo de forma educada para ele.
-Não serei seu professor esse ano- respondeu ele -mas você me verá muito pelos corredores, estou sempre fazendo trabalhos para escola. Principalmente, para honrar a memória do Professor Dumbledore, o homem mais inteligente e extraordinário que já conheci. Então, nos veremos muito.
A garota sorriu com a notícia e acenou para ele antes de voltar para o resto da turma.
-Alunos do primeiro ano, por aqui!- afirmou ele no qual todos os alunos o seguiram pela floresta até dar à um lago cheio de barquinhos nas águas.
Mas o que mais chamou a atenção dos alunos e os impressionaram foi a visão do enorme castelo de Hogwarts, que era enorme, cheio de luzes acessas pelas janelas.
O castelo era incrível e de tirar o fôlego de qualquer um que o via. Eva não teve palavras com relação ao quão formidável aquele cenário era para ela.
E não era uma visão incrível somente para os olhos dela, vários dos alunos ali ficaram simplesmente de boca aberta ao ver a maravilhosidase do local.
Cada aluno subiu em grupos de dois em cada barquinho, e Hagrid subiu sozinho em um maior que era perfeito para o tamanho dele, indo em direção ao castelo. Quanto mais eles se aproximavam, mais as paredes de concreto ficavam maiores.
Eva também pode ver que o castelo era muito antigo e que parecia ter sido feito a muito tempo atrás, como se tivessem sido construído em uma época em que a magia era muito desconhecida e os primeiros feitiços estavam sendo criados pelos maiores bruxos da história.
Ao subirem as escadas e entrarem no castelo, os alunos ficaram de frente para uma enorme porta feita de concreto, na qual estava na frente uma bruxa velha que parecia ter muitas experiências de vida e muitas histórias para contar.
-Boa noite- disse a bruxa para os estudantes -sou a professora Minerva McGonagall, professora e diretora da escola de magia e bruxaria de Hogwarts.
-Eita nominho difícil de pronunciar- susurrou o garoto loiro que esbarrou em Eva mais no expresso, o que chamou a atenção da professora McGonagall e fez ele fechar a matraca imediatamente.
-Hogwarts será a casa de vocês- continuou ela ignoranto o sussurro do loiro e o assustando -e, enquanto estiverem aqui, vocês serão divididos em quatro casas: Grifinória, Sonserina, Lufa-Lufa e Corvinal. Suas casas serão suas famílias, seus companheiros de casas serãos seus amigos,e vocês devem acumular pontos para cada uma delas durante as aulas para o Campeonato das Casas. A Casa que tiver mais pontos ganha o Troféu das Casas.
Quando a professora terminou de falar, todos os alunos ficaram tensos e olharam um para o outro. Eva podia jurar que viu e garoto e a garota que viu antes segurando as mão um do outro.
-Esses pontos serão dados por bom comportamento, disciplina, boas notas e trabalho em equipe- terminou de dizer a professora McGonagall -a seleção para cada casa de vocês vai começar em breve, boa sorte para todos aqui. E bem-vindos à Hogwarts.
Logo, após a professora sair, os alunos começaram a teorizar para saber como era a seleção para cada casa, uns achavam que teriam que lutar contra um trasgo, outros acharam que tinham que resolver um enigma super difícil.
Eva viu a garota do trem decorando todos os feitiços que aprendeu nos livros e manuais de iniciação que vieram pelo correio ou pelos livros que comprara no Beco Diagonal. O garoto loiro preparava o punho e a varinha caso tenha que realmente enfrentar o trasgo. Já Teddy estava extremamente nervoso enquanto sua perna não parava de tremer.
Quando a professora voltou, ela guiou os alunos para o Grande Salão, que estavam cheios de estudantes mais velhos já sentados nas mesas das quatro casas (que eram enormes). O teto era enfeitiçado com um feitiço que permitia imitar o céu da noite do lado de fora do castelo, mostrando nuvens e pincos nele e indicando que estava chovendo do lado de fora.
Na frente do salão, também podia-se ver uma mesa bem grande onde todos os professores estavam sentados, inclusive Hagrid. Somente a cadeira do diretor estava vazia.
Os alunos do primeiro ano ficaram perto da porta de entrada do salão e a professora McGonagall pegou um chapéu de bruxo velho e esfarrapado e colocou em um banquinho na frente do salão, indo de encontro para os alunos do primeiro ano logo em seguida.
-Vocês serão selecionados pelo Chapéu Seletor, ele decidirá qual será a casas de cada um de vocês- disse a bruxa -vou chamar o nome de cada um por um pergaminho, aguardem seus nomes, por favor.
Logo, ela foi até ao lado do banquinho onde estava o chapéu e algo ocorreu que surpreendeu os alunos do primeiro ano, as dobras dele se transformaram em olhos e o rasgo que havia nele se transformou em uma enorme boca, fazendo com ele ganhasse vida.
E logo, ele começou a cantar.
"Mas um ano começando
Mais amigos se formando
Mais um ano batalhando
Onde a luz se há
O sonho se criará
Na amizade há esperança
A força nos avança
Tendo nela, nossa confiança
Não importa de onde você veio
Nem quem é
Só importa os laços que fizeeeeer"
Após a cantoria, todos os alunos aplaudiram. Exceto os alunos do primeiro ano, que estavam de boca aberta.
-O chapéu acabou de cantar?- perguntou Eva sem acreditar no que acabou de ver.
-Meu santo Yggdrasil...- disse a menina do trem, não entendendo nada.
-Escola de magia, né? Acho que isso é normal aqui- disse Teddy tentando se conformar.
-Chapéu é cantor! Isso sim!- afirmou o menino loiro sorrindo e aplaudindo -deveria começar a escrever um sertanejo!
-Podem vir!- afirmou a professora McGonagall do outro lado do salão -venha o aluno no qual eu falar o nome.
Logo, todos os alunos do primeiro ano voltaram a ficar tensos e olharam um para o outro.
-Mandy White- chamou a professora na qual uma menina de cabelos curtos, pálida ao ponto de ser branca e com um sorriso convencido no rosto foi para lá de nariz empinado e se sentou no banco, no qual a professora McGonagall colocou o Chapéu Seletor em sua cabeça.
-Hun, vamos ver- pensou o Chapéu Seletor por um momento -muito bem, Grifinória!
Logo, Mandy sorriu e suas vestes de cores pretas foram mudando para as cores vermelhas enquanto ela caminhava alegremente para a mesa da Grifinória, que a recebeu de muito bom grado e super feliz.
-Victorie Weasley- chamou a professora, surpreendendo Eva.
Ela nem sabia que a menina na qual considerava sua prima estava entre os estudantes e que iria estudar no mesmo ano que ela.
Vai ver, as duas não se encontraram no trem e nos barcos devido ao tumulto que foi.
Teddy também não sabia que a filha de Gui Weasley e Fleur Delagour estaria lá, ele olhou para todos os lados para ver de onde ela saiu e descobrir o do porquê não ter visto ela antes.
Eva deu um sorrisinho de lado para o amigo, pois sabia que ele nutria sentimentos muitos fortes por ela desde a infância quando os dois iam passar o Natal na Toca com toda a família Weasley.
O Chapéu Seletor pensou um pouco mais a respeito antes de gritar -Corvinal!
Victorie sorriu com a afirmação, deu um sorriso educado enquanto se levantava e ia até a mesa da Corvinal educadamente enquanto suas vestes assumiam as cores azuis.
Teddy também sorriu pela amiga e logo viu Eva olhando para ele com aquele sorriso provocativo, fazendo ele bufar e revirar os olhos.
-Henry Malfoy- chamou a professora Minerva e logo todos os alunos de todos os anos e todas as casas colocaram os olhos no menino loiro do trem, que parecia nervoso com todos aqueles olhares.
Todos olhavam para ele se lembrando de todos os feitos malignos que toda a família Malfoy fez durante as duas Guerras Bruxas, torturando Trouxas e Nascidos-Trouxas por eles não serem de "Sangue-Puro", sendo considerados pela família "Sangues-Ruins".
Aquela família matou milhares de bruxos inocentes e separou muitas famílias pelas mortes e pelas torturas. Serviam à Lorde Voldemort, ou seja, eram Comensais da Morte.
E lá estava lá, um membro daquela maldita família que muitos acham que deveria estar em Azkaban, parando em pé com todos olhando.
Antes que o garoto pudesse ir, sentiu alguém segurando em sua mão. Quando ele se virou para trás, viu sua amiga olhando para ele.
-Fica tranquilo, eu tô aqui- disse ela em um tom de voz de compreensão, tranquilidade, calma e companheirismo. Os sentimentos que o garoto precisava naquele momento.
Ele acenou levemente com a cabeça e sorriu, mostrando para ela que estava tudo bem. Soltou a mão dela e foi até o banco.
Nem precisou que a professora McGonagall colocasse o Chapéu Seletor na cabeça do garoto antes do objeto gritar -GRIFINÓRIA!
Isso deixou Henry em êxito enquanto um enorme sorriso aparecia em seu rosto, surpreso, animado e extremamente feliz.
-Grifinória?! E não Sonserina?!- gritou ele perguntando em completa animação antes de correr para a mesa da Grifinória enquanto suas vestes assumiam as cores vermelhas.
A professora McGonagall não parava de aplaudir o garoto com um sorriso no rosto feliz pelo novo membro de sua casa, enquanto os outros membros da Grifinória não sabiam direito como reagir aquilo. Eles somente aceitaram.
Já Mandy não gostou nada daquilo, ele simplesmente achou um absurdo um Malfoy, alguém com as mãos sujas de sangue, estar na Grifinória.
-Billia Fireburn- chamou a professora McGonagall, na qual a menina do trem foi até a banco meio receosa e tímida, sendo colocada o Chapéu Seletor em sua cabeça.
-Hun......- O chapéu demorou um bom tempo para pensar a casa dela, fazendo os alunos cochicharem entre si até ele tomar sua decisão -Corvinal!
Os alunos da Corvinal aplaudiram enquanto ela ia para a mesa deles com suas vestes assumindo as cores azuis. Victorie a aplaudiu muito e a recebeu na mesa de muito bom grado. Mas o que mais aplaudia ela, extremamente feliz pela amiga, era Henry, que pulava do assento de felicidade.
-Teddy Lupin- chamou a professora e Teddy foi indo para o local, mas antes de ir, Eva colocou a mão no ombro dele.
-Boa sorte- disse ela sorrindo, no qual ele sorriu e acenou antes de ir até o banco e ter o chapéu colocado na cabeça.
-Hun, esse tem a personalidade do pai- disse o chapéu -mas o espírito e energia da mãe. Lufa-Lufa!
Teddy sorriu ao ver que foi selecionado para a mesma casa de sua mãe e foi até a direção da mesa da Lufa-Lufa, que aplaudiu muito ele e o recebeu com muita alegria e acolhimento.
Porém, o último nome da lista fez a professora McGonagall olhar para o pergaminho por um tempo, o analisando antes de olhar diretamente para Eva -Eva Potter.
Todos do salão inteiro, até os professores, olharam para Eva, que agora entendia a sensação de desconforto que Henry sentiu com os olhares, na qual ela atravessou o salão com todos olhando para ela e foi até o banco. Recebendo o Chapéu Seletor em sua cabeça.
O chapéu ficou muito, mas muito tempo pensando na possibilidades em que poderia escolher antes de gritar com firmeza -SONSERINA!
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hansolsticio · 4 months ago
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as vezes me pego pensando o quão bem o cheol deve beijar
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꒰ 🍒 ꒱ — 𝐜𝐡𝐞𝐫𝐫𝐲 𝐥𝐢𝐩𝐬 ᯓ csc.
𝓑𝐞𝐢𝐣𝐢𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝓒𝐡𝐞𝐨𝐥𝐥𝐢𝐞
— 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀: já viu o quão linda a boca dele é? fim de papo.
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Vamos de frio para quente:
✦ — beijinho na testa:
— Olha no meu olho e me diz que esse homem não exala a energia de quem dá beijinho na sua testa sempre que te vê. Sim, ele sabe o quão íntimo isso é e sabe que beijinho na testa NÃO se dá em qualquer pessoa, por isso mesmo que faz contigo.
— Tá dentro dos 1001 modos de te tratar como a princesinha dele. É basicamente uma promessa, um lembrete: ele é o único homem 'pra você, fim de história.
— Faz quando um de vocês precisa sair e também lembra de fazer quando vocês voltam um para o outro. Além disso, sempre faz antes de dormir, quando vocês dois estão de chamego, bem agarradinhos e prestes a cair no sono.
— É lentinho, bem demorado. Faz carinho na sua nuca enquanto sente o calorzinho da sua pele contra os lábios dele, vocês sempre ficam presos nessa bolhinha por uns bons segundos — não importa quem esteja em volta.
✦ — beijinho na mão:
— Ele parece nunca perceber quando faz. É um ato totalmente distraído, num momento vocês estão vendo um filminho de mãozinhas dadas e no outro ele já puxou sua mão 'pra boca dele e você nem viu quando.
— Faz muito quando está dirigindo, ainda nesse lance de estar distraído.
— Além disso, faz para pedir desculpas também. Em situações nas quais ele erra contigo, beijinho na mão vira outro sinal de promessa.
✦ — beijinho no pescoço:
— Eu vou desmaiar.
— Por incrível que pareça eu não vejo ele fazendo isso com frequência, sabia? Pois quando ele faz é com um propósito só: te deixar maluca.
— Não curte fazer esse tipo de coisa em público (ahem... ciumento), então segura mesmo que esteja se mordendo de vontade.
— Se estiver com paciência e vontade de te provocar de verdade sempre apela para um teatrinho patético: diz que vai arrumar algo no seu vestido, ou que adorou o cheirinho do seu perfume e quer sentir mais de perto...
— Começa tão calminho, com um ou dois selinhos aqui e ali... e quando você vai ver já está quase derretendo nos braços dele, porque o Cheol não sossega até acabar com todas as suas forças. Parece preso num eterno desafio com a própria mente, convicto de que precisa te impressionar constantemente e fazer você sentir como se estivesse experimentando tudo pela primeira vez com ele.
— Suga sua pele com gosto, usa muito a língua porque gosta de ver você se contorcer. A respiração quentinha entra no combo, porque ele sabe que te faz arrepiar. Te morde, te aperta, puxa seu cabelo para conseguir mais acesso... a intenção é realmente te deixar maluca.
✦ — beijinho na boca:
— Isso vai ser uma longa jornada.
— Eu vejo o Cheol como aquele tipo de cara. Beijar geralmente não é só beijar. E dependendo do clima entre vocês dois, na maioria dos casos, acaba virando algo a mais.
— Porém, em momentos de amor & denguinho os beijos do Cheol conseguem ser muito doces. Ele não abre mão da intensidade, nunca. Mas sabe usá-la para te passar um sentimento de proteção também.
— Acho que ele curte muito ficar agarradinho no sofá, sem nada para fazer ou para falar — especialmente em dias que ele tira para descansar. As mãos quase não saem do seu rostinho, te moldando do jeito que ele precisa. Beija sua boquinha com cuidado, como se você fosse quebrar, bem lentinho e preguiçoso. Ama receber cafuné nessas horas — tanto que suspira dentro do beijo todo dengoso. Nessas momentos usa a língua de um jeito meio tímido, pois não quer macular o clima de fofura entre vocês dois.
— Outro ponto é que ele não sabe beijar só com a boca, sempre te beija de corpo todo. Quer te tocar, sentir que vocês de fato estão juntos. Então tem sempre colinho ou uma conchinha bem apertada.
— Algo que está me atazanando nesse exato momento: beijo pós-discussão.
— Tudo depende de como a discussão foi resolvida. O senso de liderança vai incentivar o Seungcheol a ir atrás da solução mais coerente, mas o orgulho talvez complique muita coisa entre vocês. De um jeito ou de outro, com chororô ou não, vocês se resolvem.
— Ele é orgulhoso, mas é o primeiro a ir atrás da sua boca quando tudo se acalma. Quer a certeza de que o conflito foi realmente resolvido e sabe que te beijar é o jeito mais eficaz de sentir se você ainda está ressentida. Dentro do beijo dele você perde a capacidade de mentir.
— Se ainda houver hesitação sua parte, ele sempre avalia a situação 'pra te fazer voltar ao normal do melhor jeito que dá. Seja conversando mais um pouquinho ou aprofundando o beijo para expulsar o ressentimento do seu corpo por meios não convencionais.
— Mas não fique aí achando que só ele sabe te sondar através de beijinhos. Seungcheol também te "fala" muita coisa quando a boca dele toma a sua. Inclusive sabe falar quando te quer e como te quer.
— Seungcheol por vezes é desesperado. Força os lábios contra os seus como se quisesse se fundir à você, chupa com gosto, a língua atrevidinha não consegue acompanhar a fome que ele sente... faz uma bagunça na sua boca, sequer quer te deixar respirar. É assim que ele te deixa saber que precisa de alguma coisa, na verdade, qualquer coisa. Qualquer coisa que você esteja disposta à fazer para aliviá-lo antes que ele exploda. Daí só se tiram duas conclusões: ou ele tá puto com alguma coisa e precisa de você ou é simplesmente desejo acumulado.
— A coisa muda um pouquinho se você for o motivo do estresse dele. Seja por uma discussão mal resolvida, seja porque você simplesmente quis testar a paciência dele. Se torna controlador, quer que você se submeta já no beijo. As mãos vão para o seu cabelo, seu maxilar, sua nuca... qualquer lugar que ofereça a chance dele ditar exatamente o que vai fazer contigo. Ainda não tem a capacidade de ser menos desesperado, mas ainda assim consegue ser cruel. Se afasta do nada, te deixa sempre querendo mais.
— Mas ele também consegue ser lento e sensual mesmo quando tá quase explodindo, okay? Especialmente para fazer amorzinho, aqui a energia de vocês é totalmente diferente. Tem sim muita intensidade, mas é mais descontraído, com mordidinhas brincalhonas, suspiros manhosos e tudo que vocês têm direito.
✦ — outros beijinhos:
— Se você conhece o Cheol a mais de três dias você sabe que ele faz birra. Igual criança mesmo, faz bico e tudo. Pois então, boa sorte com isso. Ele ama receber atenção até quando está "de mal", por isso vai te negar beijinho só para te manter por perto implorando.
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— 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀: absolutamente do nada... é isso, um beijo!
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buenadicha · 4 months ago
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DE GAULLE NO AROUCHE
Um conto de ficção científica e erotismo sob um cenário de distopia, no centro de São Paulo arrasado após uma pandemia devastadora.
Escritor: Flávio Jacobsen
Ilustrações: Ana Lúcia Penteado Bueno
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O estalo do açoite de Celeste Guimarães às costas de Alfredo Mesquita fez-se audível pela primeira vez à vizinhança do largo. Desde antes do início da peste, não faziam neste horário. Aos fins de tarde, normalmente o aparelhamento ruidoso da cidade abafa o som de seus segredos. Agora, o silêncio do confinamento durante a quarentena torna quase um tiro de calibre 22 o ruído do chicote de três pontas. Peça adquirida por Celeste em Paris, de couro legítimo, bolinhas de prata nas pontas e esmeralda encravada ao cabo. Um clássico para as brincadeiras que empreende com Alfredo. Amigos de longa data, há cinco décadas mais um punhado de anos ele recebe seus castigos diretos pelas mãos da amiga. Alfredo Mesquita ainda recorda o instante exato em que sentiu na pele as infalíveis humilhações e chicotadas, tapas na cara, queimaduras de cigarro, entre outras injúrias físicas. Sem escatologias. Sadomasô tradicional, de humilhação, dor e algum sexo. Mulher ativa, dominadora; homem passivo, dominado. Um clássico.
Conheceram-se em um café na praça Roosevelt. Ainda um garoto imberbe, com o exemplar de “A Vênus das Peles” recém retirado à biblioteca pública, despertou o interesse da mulher madura que desfrutava seu café a la crème. Tímido, lia o livro, escolhido à revelia. Sob este cenário, foi pronta e inapelavelmente abordado por Celeste, sem diligências maiores. Foram ao apartamento que acabara de adquirir à época, 1968. De retorno da França, onde a turbulência e os humores políticos davam às ruas. De natureza inábil a tormentas de toda sorte, despachou-se de volta ao país de origem. Desde aquela tarde, ao longo de cinco décadas a dor vem sendo o norte de Alfredo.
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— Patroa, não quero contaminá-la com o maldito vírus. Eu lhe peço encarecidamente. Não me toque!
— Quem disse que quero encostar minhas mãos em um porco sujo como você, seu maldito? — e desce-lhe o relho. — De joelhos! Já! De quatro!
— Ai! Sim, patroazinha! Sim, sim, minha rainha! — Alfredo chora, beijando-lhe os pés. Um sapato salto-agulha de imediato lhe pisa o pescoço.
— Toma, cachorro! Desgraçado. Ordinário. Toma! — era mesmo teatral e uma deusa do sadismo, Celeste.
Ambos estranham no ato o resultado dos próprios estalidos. Notam o pequeno estrago. Falatórios se fazem audíveis. Sons de janelas que se abrem. Alfredo pede que pare, pela senha que adotaram há anos.
— De Gaulle! — grita Alfredo. “De Gaulle” é a senha para parar.
Pouco afeitos a interrupções de natureza que não a própria dor excessiva, ou falta do furor pretendido, param. Alfredo ainda de quatro, preso por coleira ao pé da cama. Celeste vai ao velho aparelho de som e coloca um vinil de Edith Piaf, riscado. La vie en rose. Recolhe o chicote, apertando-o contra o peito, mordendo os lábios, em gesto de frustração. Lentamente, Alfredo se refaz da posição canina e toma o rumo do lavabo. Celeste vai à janela e com a ponta do instrumento abre levemente a cortina, ver a rua. Pessoas em máscaras médicas passam pedalando sob o viaduto. Um carro-forte com alto falante veicula mensagens para impedir circulação. Somente o necessário, é a ordem. O recado: “fiquem em casa”, “evitem contato, lavem as mãos”. Uma ou outra alma passa apressada. Mendigos já não são vistos em grandes grupos sob o minhocão. A higiene social da prefeitura já proveu o serviço. Corpos empilhados foram levados aos cemitérios às escondidas, madrugadas a fio.
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Alfredo Mesquita é mais conservador que Celeste Guimarães, em que pese Celeste ser de família tradicional, de quatrocentos anos. Solteiro, mora com a mãe, bancário de raso escalão, quase aposentado, morador do outro extremo do viaduto. Pervertido de ocasião. Só faz com Celeste. Ele sai do lavabo, já trajado de máscara médica, luva cirúrgica e seu terno de segunda mão, de corte inexato. Celeste deixa cair a cortina. Volta-se.
— Bem, senhora. Peço licença para me retirar — Alfredo, solene.
— Vá — monossilábica. — Volta semana que vem?
— Ao seu chamado, senhora.
— Eu te procuro.
— Ao seu dispor, senhora.
Alfredo Mesquita gira sobre os calcanhares e toma o rumo da porta, sem serviçal que o conduza. Celeste mantém distância de criadagem desde que os filhos foram embora, casados, da mansão do Morumbi, vendida ao ver-se viúva do industrial que a desposou. Retornou ao pacato, amplo e simples apartamento do Arouche, onde vivera solteira e bela os loucos anos de 1970, tendo sempre Alfredo como escravo favorito e o discreto local como garçonnière, agora novamente moradia. Hoje velhos. Ele 69, ela cumprirá 80 ao fim do ano. Ainda muito bela, parece bem mais nova que o pobre Alfredo. Despida dos apetrechos, coloca o robe de cetim vermelho e senta-se ao piano Steinway & Sons, de cauda, onde acompanha solitária o disco de Piaff em dedilhado suave e preciso.
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Alfredo ainda no elevador observa mensagem ao celular. Tem apontamento com um sujeito sob o viaduto, perto de seu prédio. “Confirmado, me aguarde no local indicado, já estou indo”. Algumas quadras a pé, o sujeito está lá, em roupa de proteção completa, parece um astronauta. Alfredo nota a presença do carro-forte da polícia e passa reto, disfarçando. O carro passa, Alfredo posta-se atrás de uma pilastra do viaduto, e volta pelo outro lado.
— Está aqui, senhor, conforme o pedido. Cinco litros cada. Ácido fluorídrico e soda cáustica.
Alfredo recolhe a encomenda, pesada. Entrega furtivo o dinheiro, acrescido de uma nota de cem, pelos serviços e o provável silêncio do fornecedor. Vai-se com os dois pesados galões. Entra no antigo prédio sem portaria, onde vive. Sobe com dificuldade pela escada até o primeiro piso, atrapalhado com os pesos. Adentra o apartamento, atravessa a sala, abre a porta do banheiro, onde jaz à banheira o corpo nu da mãe, vitimada pelo vírus. Morta.
Vestindo roupa de proteção, feito astronauta, esparrama sobre ela o ácido, depois a soda. A cena é terrível. O corpo derrete em sangue e entranhas. Uma densa fumaça toma conta do recinto. Ele sai, enojado e confuso. Retira a máscara, ofegante. Está feito. Sobrará pouco a que limpar. Livre do que restou da velha, ainda desfrutará de sua aposentadoria por um ano mais, pelo menos. Até que a previdência social a descubra falecida. Não pensa nas consequências, já que tanta gente morreu empilhada. Um desaparecimento a mais não causará barulho futuro. Averigua sobre a mesa da sala os documentos, mais o cartão de banco da defunta. É tudo que necessita. Na cozinha, abre uma lata de ração e dá ao gato preto, que assiste a tudo em blasé felino. Prepara uma omelete e come à mesa, com pedaço de pão e uma taça de vinho tinto. Utiliza o banheirinho da varanda de fundos. Deixa pra limpar o banheiro principal no outro dia, sem deixar vestígio do que possa ter sobrado na banheira. Restos de tripas e ossos. Deita no sofá, liga a tevê. Dorme acariciando o gato.
Despertado às sete, Alfredo se apruma para cumprir expediente na agência, das nove da manhã às quatro da tarde. Apesar do isolamento, o banco mantém seus funcionários aos atendimentos básicos, mascarados. Alfredo não pediu aposentadoria, apesar da idade. Agora vai pedir. Com o traje de proteção, se desfaz de parte dos restos da mãe, mais algumas vestes, objetos pessoais e tudo o mais que lhe cause lembrança, em sacos grandes de lixo. Atira em uma lixeira junto à ciclovia sob o viaduto, e volta. Troca a roupa e vai trabalhar. Repete a operação diversas vezes ao longo da semana. O cheiro do apartamento é insuportável. Alfredo passa a dormir no quarto de empregada, isolado.
Semana seguinte. Ao final do turno, o celular de Alfredo Mesquita aponta mensagem de Celeste Guimarães. “Quero você hoje, às 17h, procedimento de sempre”. Excitado, vai direto ao caixa eletrônico, onde saca toda a aposentadoria mensal da mãe, de cujo cadáver já não há mais vestígio, e pode abrir as janelas do apartamento sem causar impressão. Veste-se do terno mais bonito.
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Ao interfone, para anúncio de sua presença. Toque.
— Alfredo.
— Pode subir.
O ritual cinquentenário se repete como sempre. Poucas variáveis. Alfredo encontra a porta da sala aberta. Ingressa solene, encontra Celeste vestida de salto e cinta-liga, corpete, máscara e quepe militar. O som ligado com Debussy, muito alto. Solução que evita a percepção de seus ruídos proibidos. Sem palavra, Alfredo vai ao lavabo, de onde sai trajando sunga de couro, em torso desnudo e máscara negra também de couro, que lhe cobre todo o rosto menos os olhos, e um zíper na região da boca. Por esse orifício, Celeste introduz um cassetete, fazendo-o engasgar, já de joelhos ante a patroa deusa. Ela retira o objeto de sua boca. Por orifício semelhante, na sunga, Alfredo de quatro, introduz o instrumento. Ele grita.
— Toma no cu, desgraçado! Toma! Cachorro!
Tudo corre normalmente. “Nunca fui tão feliz”, pensa Alfredo. Agora livre da mãe, entregue apenas a seu amor eterno, Celeste. Até que, no exato instante em que silencia a sonata, Alfredo inadvertidamente solta um espirro. Um “atchim” onomatopaico, bruto, seguido de tosse. Celeste abrupta interrompe o rito.
— Coloque suas roupas e retire-se imediatamente daqui! — ela diz, colocando a agulha do disco em repouso.
— Ma… ma… madame… por favor… — Alfredo, em soluços.
— Já!
Resignado, Alfredo se recolhe ao lavabo, de onde sai repetindo a cena da semana anterior. Encontra Celeste já com o robe, máscara médica e borrifando a sala com álcool gel.
— Saia já! — resoluta.
Sem palavra, Alfredo Mesquita vai. No elevador antigo, o peito apertado. Esboça um sorriso. Chora. “Nunca fui tão feliz em toda minha vida. Vou voltar, Celeste, minha senhora! Vou voltar…”.
— De Gaulle! — grita, quando a porta do elevador se abre, chamando atenção do porteiro. Alfredo ganha a rua. E tosse.
No apartamento, em seu robe vermelho, Celeste transmite uma live aos amigos da internet, mais seus filhos e netos, acerca dos cuidados durante o isolamento pelo vírus. Após a edificante mensagem, brinda a todos com uma peça leve de Chopin, ao piano Steinway & Sons, Model D, de cauda.
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conversacomsmaug · 2 months ago
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PRESOS ENTRE LUZ E TREVAS - parte do cap. 3 (AO3, Wattpad e Spirit)
(...)
“Porque ainda insistes em manter-me aqui, mais pelo orgulho do que pela minha transgressão?” Ela indaga olhando nos olhos dele, azuis nos verdes, lágrimas ainda rolando por seu belo rosto.
As palavras de Tauriel parecem penetrar através das defesas de Thranduil, suas feições traçando uma linha tênue entre autoridade e vulnerabilidade. Em um movimento impulsivo, ele dá um passo à frente, rompendo o resto da distância que havia entre eles.
“Talvez...” – Ele começa com um sussurro rouco, a respiração tensa. – “Talvez porque é... aquilo que não consigo dominar. Meu desejo, um enigma que recuso a resolver.”
Num instante de tensão e desejo reprimido evidente em suas majestosas feições, Thranduil agarra o ombro de Tauriel, trazendo-a para mais perto ainda. Seus lábios encontram os dela em um beijo impetuoso, necessitado, carregado de emoções contraditórias – obsessão, frustração e algo semelhante a carinho com uma boa dose de desejo.
Ele não tem cautela, é firme em sua reivindicação e exige passagem com a língua, algo que Tauriel não consegue negar-lhe. Não obrigada pela força, mas pela intensidade de sua própria paixão. Ela sente um arrepio subir por sua espinha até o coro cabeludo e pela pele de seu ombro e rosto que ele toca enquanto ela dá passagem para que ele continue explorando sua boca e aprofundando ainda mais o beijo avassalador. Ele geme vibrando em sua boca ao sentir Tauriel duelando com ele com sua própria língua, tentando explorar cada parte dele também. Assim segue até que ambos precisam do ar novamente em seus pulmões.
Eles se afastam brevemente para recuperar o ar, suas respirações rápidas e curtas.
Tauriel o olha surpresa, não se afastando imediatamente, as pupilas dilatadas em seu desejo liberto, os lábios inchados e vermelhos como cereja madura pelo ataque dele, entreabertos. “És louco... isso não mudará nada, Thranduil.”
“Talvez eu seja, mas, neste momento, percebo que o que sinto por ti é mais complicado do que permitiria admitir.” Ele ainda está tão perto... seus olhos azuis normalmente gelados brilhando com um fogo até então totalmente desconhecido por ela. Seus lábios e pescoço vermelhos pelo esforço. Thranduil bebe cada gesto, cada detalhe do rosto dela. Ele então desce sua mão direita do ombro à cintura dela, queimando em brasas a pele dela pelo caminho. Ele faz seu aperto firme lá e encaixa melhor sua grande mão esquerda entre as bochechas e pescoço dela. Ambos estão ofegantes. Ele então a traz mais pra si, apertando ainda mais, reivindicando sua posse dela e fazendo ser conhecido seu desejo por ela entre eles. Thranduil então desce seu rosto, respirando o cheiro inebriante entre o pescoço e o maxilar dela. – “Ainda sim... não posso perdoar tão facilmente.” – Ele diz pontuando com uma leve mordida na dobra de seu pescoço, traçando varias outras e beijos pelo caminho provocando um gemido rouco e requintado dela, fazendo-a fechar os olhos, o que só deixou seu desejo por ela mais evidente e latejante entre eles.
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“Why do you still insist on keeping me here, more out of pride than because of my transgression?” She asks, looking into his eyes, blue in green, tears still rolling down his beautiful face.
Tauriel's words seem to penetrate through Thranduil's defenses, her features drawing a fine line between authority and vulnerability. In an impulsive movement, he takes a step forward, breaking the remaining distance between them.
“Maybe…” – He begins with a hoarse whisper, his breathing tense. – “Maybe because it’s… what I can’t master. My desire, a riddle I refuse to solve.”
In an instant of tension and repressed desire evident in his majestic features, Thranduil grabs Tauriel's shoulder, bringing her even closer. His lips meet hers in an impetuous, needy kiss, filled with contradictory emotions – obsession, frustration and something akin to affection with a good dose of desire.
He is not cautious, he is firm in his claim and demands passage with his tongue, something that Tauriel cannot deny him. Not bound by force, but by the intensity of your own passion. She feels a shiver run up her spine to her hairline and across the skin of her shoulder and face that he touches as she gives way so he can continue exploring her mouth and deepening the overwhelming kiss even further. He moans vibrating into his mouth as he feels Tauriel dueling him with her own tongue, trying to explore every part of him too. This goes on until they both need air in their lungs again.
They pull away briefly to catch their breath, their breaths quick and short.
Tauriel looks at him in surprise, not pulling away immediately, her pupils dilated in her freed desire, her lips swollen and red like a ripe cherry from his attack, half-open. “You’re crazy… that won’t change anything, Thranduil.”
“Maybe I am, but right now I realize that what I feel for you is more complicated than I would allow myself to admit.” He's still so close… his normally icy blue eyes shining with a fire previously completely unknown to her. His lips and neck red from the effort. Thranduil drinks every gesture, every detail of her face. He then runs his right hand from her shoulder to her waist, burning her skin to hot coals along the way. He makes his grip firm there and fits his big left hand better between her cheeks and neck. They are both panting. He then brings her closer to him, squeezing her even tighter, claiming his possession of her and making his desire for her known between them. Thranduil then lowers her face, breathing the intoxicating scent between her neck and jaw. – “Still… I can’t forgive so easily.” – He says, punctuating with a light bite on the crook of her neck, tracing several others and kisses along the way, causing a hoarse and exquisite moan from her, making her close her eyes, which only made his desire for her more evident and throbbing between them. (...)
Sorry, English is not my mother tongue, I didn't proofread the text in English.
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lisaalmeida · 11 months ago
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não partas
Se partires, não me abraces – a falésia que se encosta
uma vez ao ombro do mar quer ser barco para sempre
e sonha com viagens na pele salgada das ondas.
Quando me abraças, pulsa nas minhas veias a convulsão
das marés e uma canção desprende-se da espiral dos búzios;
mas o meu sorriso tem o tamanho do medo de te perder,
porque o ar que respiras junto de mim é como um vento
a corrigir a rota do navio. Se partires, não me abraces –
o teu perfume preso à minha roupa é um lento veneno
nos dias sem ninguém – longe de ti, o corpo não faz
senão enumerar as próprias feridas (como a falésia conta
as embarcações perdidas nos gritos do mar); e o rosto
espia os espelhos à espera de que a dor desapareça.
Se me abraçares, não partas.
Maria do Rosário Pedreira
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lynksu · 11 months ago
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PART 1 : POV ━━ baltimore, maryland. with: @amaechigaze, @krasivydevora : to @silencehq
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤthere's nothing wrong with just a taste of what you paid for.
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sair do acampamento pela primeira vez desde o chamado de dionísio vinha acompanhado de sentimento agridoce que parecia tomar o peito a ponto de bagunçar um tantinho sua respiração. era bom estar fora do acampamento, ver que ainda havia vida do lado de fora e que tudo parecia exepcionalmente normal, como se tivesse algo para o qual voltar. todavia, nada daquilo era realmente por ele. só esperava que seus pais estivessem vivendo normalmente e bem. assim, a ideia de tudo estar aparentemente bem o confortava até certo ponto. não queria pensar no acampamento, porque ficava apreensivo. receoso que algo mais fosse acontecer enquanto estavam fora. e seu irmão também estava fora. e seus amigos também estavam. todavia, lynx precisava manter-se focado em sua própria missão, se quisesse ter sucesso. havia sido nomeado líder daquela equipe e precisava manter sua atenção neles agora.
assim, confortavelmente recostado no banco do carona do carro que devora conseguia, enquanto a loira dirigia, lynx tinha a janela aberta e um cigarro entre os dedos do braço que estava apoiado na janela. o vento bagunçava os cabelos longos, mas a sensação não o incomodava daquela vez. os olhos negros indo da mulher ao seu lado, para tadeu no banco de trás, pelo retrovisor, como se tentasse ler a mente deles e descobrir o que pensavam de tudo aquilo. se achavam que teria sucesso na tarefa da qual foram incumbidos.
apesar de quase cinco horas dentro de um carro parecer cansativo, lynx podia dizer que mal tinha sentido o tempo passar. estava com a cabeça tão cheia que parecia não sobrar tempo para ver o tempo passar. o que era bom por um lado, ruim por outro. como ainda não tinham um destino certo, parte do tempo também foi analisando mais a fundo pistas que tinham juntado ainda no acampamento, a fim de encontrar um norte por onde pudesse começar. então, quando a noite caiu e a equipe encontrou um hotel beira de estrada à entrada de baltimore, foi lynx quem sugeriu que saíssem para tomar alguma coisa. não tinham chegado a nenhuma conclusão ainda, todos estavam cansados da viagem, com muita coisa na cabeça. parecia uma boa ideia relaxar um pouco antes de voltar ao trabalho. com cautela, é claro. no fim das contas, ainda eram semideuses em missão e precisavam estar atentos.
por isso, a decisão de se camuflar entre os universitários bastante animados com o que parecia ser o time de futebol da casa, que tinha ganho alguma coisa. lynx tinha sido jogador de futebol americano na escola, sempre gostou muito de esportes, também. além de que não deveria ter uma diferença de idade tão grande e seu estilo com certeza ajudou-o a se camuflar. então foi relativamente fácil se enturmar entre os rapazes no bar, puxar assunto e se aproveitar da quantidade de álcool que eles consumiam para disfarçar seu cheiro. ainda que quisesse estar consumindo a mesma quantidade de cerveja e na mesma velocidade, estava pegando leve.
um deles pediu que fosse ao bar buscar mais cervejas e o fizera. e aquela foi a primeira vez que notou a maneira como a bartender o olhava. todavia, não havia nada suspeito. ela era uma mulher bonita, longos cabelos em um laranja flamejantes presos em um rabo de cavalo alto. olhos verdes, como esmeraldas, lábios cheios e tingidos pelo batom vermelho, pele alva, como se não visse sol há muito tempo e o uniforme abraçando a figura curvilínea, até onde podia ver. de fato, era uma mulher bonita. porém, lynx apenas tinha registrado a informação, sem qualquer interesse. voltou para a mesa com as cervejas, voltou para a conversa. mas não conseguia mais voltar a se interar totalmente, porque a tal bartender não parava de olhar.
e era o tipo de olhar que parecia capaz de hipnotizar qualquer um que olhasse por muito tempo. e ela só estivera esperando que lynx a olhasse por tempo o suficiente. mordiscar, lamber os lábios cheios, sorri de canto. mexer no cabelo com as longas unhas também vermelhas. demonstração de interesse, como bem foi pontuado por um dos novos colegas, que dava tapinhas nas costas de jake (o primeiro nome que conseguiu pensar quando perguntaram como se chamada) com bastante animação. ao notar o que acontecia, os outros começaram a incentivá-lo a ir falar com ela. entretanto, deixou claro que era comprometido. o que pareceu empecilho o bastante unicamente para ele.
acontece que, quando se é semideus e alguém olha para você com tanta intensidade, o tipo de interesse não era exatamente o que aqueles humanos estavam pensando que era. e foi aí que as sirenes começaram a soar em sua mente, os sinais de alerta sendo enviados para todo corpo, afastando quase imediatamente a sensação de estar começando a ficar bêbado. por instinto, as mãos tocaram um pulso e depois o outro, sentindo os braceletes que adornavam os braços e que se tornavam suas espadas, só por via das dúvias. ainda que estivesse meio alheio ao que os rapazes diziam, conseguiu processar os incentivos para que fosse até lá falar com a moça. claro, havia a chance dele estar paranoico e ela só ser uma mulher humana demonstrando interesse daquela maneira. todavia, não tinha treinado e estudado monstros todos aqueles anos a troco de nada. confiava muito em sua intuição, no fim das contas. por isso, a decisão de levantar e ir até o bar.
cw: sangue.
uma cerveja por conta da casa e longos minutos de conversa mole. a mulher, diana, enchia lynx de perguntas. de onde era, o que fazia, o que estudava e ele mentia sobre tudo, mantendo sua atenção nela, tentando vender o falso interesse na figura feminina. queria olhar ao redor, queria encontrar tadeu ou devora, porque podiam estar em problemas, mas não queria dar na cara. aquele seria um erro ridículo. então, lynx permaneceu ali, dando trela para aquela conversa enquanto ela atendia um cliente ou outro que vinha atrás de mais bebidas. inegavelmente, chegou àquele ponto em que se perguntou se não estava mesmo sendo paranoico e se metendo em problemas desnecessários. até porque podia imaginar com enorme distinção o tipo de expressão no rosto de tianyanite se soubesse daquilo.
e foi só quando teve a mente preenchida pela imagem do filho de íris que lynx percebeu que tinha perdido uma grande lacuna de tempo. quando deu por si, não estava mais no bar. estava em uma rua lateral, particularmente escura, com diana ao seu lado. o braço dela ao redor de suas costas e o seu nos ombros dela. lynx não sabia onde estava, nem para onde estava indo. ainda assim, tentou não demonstrar qualquer alarde, apenas continuando andando ao lado dela, mesmo com o coração disparado dentro do peito. os olhos passaram a esquadrinhar os arredores em uma tentativa de reconhecer o lugar, mas nunca estivera em baltimore antes. mesmo assim, tentou procurar por um ponto que pudesse usar como referência para voltar. todavia, foi interrompido pela voz feminina:
━━ você parece assustado de repente. ━━ ela disse, com enorme calmaria. nem mesmo chegando a desviar os olhos do caminho que fazia.
━━ hm? ━━ lynx soltou, porque não conseguiu pensar em nada melhor para dizer. diana pareceu ignorá-lo de propósito e continuou:
━━ acho que você tem bastante força de vontade, não é? para quebrar o feitiço tão rápido… não tem nem cinco minutos que saímos do bar. ━━ não precisava ser um gênio para notar que a chateação na voz dela era puramente teatral.
lynx engoliu seco. feitiço. sua mente começou a trabalhar rápido demais, tentando entender o que ela queria dizer, mas, de novo, decidiu tentar não fazer qualquer alarde da situação.
━━ feitiço? ━━ perguntou, tentando soar confuso. ━━ do que você está falan…
todavia, sequer teve tempo para terminar a frase. foi empurrado contra a parede lateral de um prédio, com força o bastante para fazê-lo arfar. as mãos de diana subiram para a frente de sua jaqueta, o rosto dela perto demais do seu, segurando-o no lugar com uma força descomunal. por sua vez, lynx subiu as mãos para segurar os pulsos dela, tentando impedir que as mãos fossem para seu pescoço. ainda estava com as marcas presenteadas por pietra, não queria novas.
━━ eu sei o que você quer, semideus. ━━ ela sussurrou, com os lábios quase tocando os do filho de ares, de tão perto que estava. o que o fizera segurá-los em uma linha fina e firme, na tentativa de mantê-lo fora de alcance. era perigoso demais simplesmente virar o rosto. não era idiota o bastante para deixar-se vulnerável daquela maneira.
e ouvi-la chamando-o de semideus fizera um arrepio de terror subir pela espinha. mas ele não vacilou a expressão.
━━ semideus? ━━ lynx riu, de novo, se fazendo de desentendido. ━━ tipo hércules? ━━ na tentativa de completar o teatro, as mãos soltaram os pulsos de diana, mesmo que relutantemente, e desceram para cintura dela, puxando o corpo dela para junto do seu. ━━ quer que eu te chame de megara ou o quê? ━━ continuou, bem humorado, referenciando o filme da disney, imaginando que seria a primeira coisa que passaria na mente de um humano.
seu coração ainda martelava dolorosamente dentro do peito, por medo. mas não dela, fosse ela quem fosse. lynx não tinha medo de qualquer oponente em potencial. seu medo era de ter metido os pés pelas mãos logo no primeiro dia fora do acampamento. seria ridículo, para dizer o mínimo. felizmente, todo o seu empenho pareceu ter resultado. viu a expressão de diana vacilando, o cenho franzido enquanto o olhava, como se estivesse questionando alguma coisa. pensou que aquele era um bom momento para atacar, mas algo havia prendido sua atenção: "eu sei o que você quer". não importava como ela sabia, não fazia diferença. entrentanto, se ela tinha mesmo aquela informação, ele a queria.
então, a expressão de diana se firmou novamente. e ela riu. a respiração cortando a de lynx.
━━ gostei do seu comprometimento com a cena… ━━ ela começou, claramente divertida, ao que a unha longa do indicador passava por seu rosto e descia para o pescoço com força o bastante para deixar um arranhão. ━━ uma pena que não vai dar em nada… o que você quer está muito longe e você não vai passar daqui. ━━ ela continuou, segurando seu rosto e forçando-o a virar o lado para que pudesse sussurrar em seu ouvido. ━━ ela voltou para casa.
━━ e o que é que eu quero? ━━ perguntou, tentando arrancar algo de útil daquele diálogo vazio.
diana não respondeu. apenas riu de novo e pregou um beijo em seu pescoço, que o fizera se arrepiar, encolher os ombros e precisar lutar contra a vontade de empurrá-la. se já tinha sentido o beijo da morte alguma vez, aquele devia ser o mais perto que tinha chegado, porque agora ele sabia. sabia o que ela queria dizer com "feitiço". era o charme dela, que usava para encantar suas vítimas, levá-las para seu covil ou seja lá como chamava. sabia que se havia uma, deveria haver mais. e que deveria voltar logo, avisar tadeu e devora que estavam com problemas.
então, foi em milésimos de segundos que tudo aconteceu: sentiu os dentes de diana em sua pele, o mero roçar fazendo o coração falhar uma batida de maneira dolorosa. fechou os olhos com força, porque sabia o que viria a seguir e não podia deixar acontecer. se aquela empusa revelasse sua forma verdadeira, se a visse, era seu fim. seria a próxima refeição dela antes que pudesse formar o próximo raciocínio. aproveitando das mãos ainda na cintura dela, girou os pulsos, fazendo os braceletes saírem do modo disfarce e se transformarem em suas espadas de bronze celestial. sem qualquer hesitação, apunhalou diana em ambos os lados do corpo, no mesmo instante em que ela revelou sua verdadeira forma. os dentes não chegaram a afundar na pele do filho de ares, mas abriram um rasgo suficiente para fazer o sangue correr para as roupas. porém, não podia se dar ao luxo de se preocupar com isso no momento.
assim que a forma da empusa se desfez à sua frente, voltou as espadas para o modo disfarce e soltou a respiração que nem sabia que estava segurando. estava repentinamente ofegante, talvez pela adrenalina de toda a situação. então, deu a si mesmo um segundo ou dois para recuperar o fôlego antes de sair correndo pela rua, no caminho contrário que estavam indo. diana dissera que não tinham nem cinco minutos que tinham saído do bar, então não deveria estar longe. no caminho, tentava repassar o que ouvira dela. "ela tinha voltado para casa". mesmo que não fizesse sentido ainda, parecia importante guardar a informação.
lynx riu, de alívio, ao ver-se á frente do maldito bar de novo. sequer precisou entrar para procurar os companheiros de missão porque eles já estavam do lado de fora, perto do carro que estavam usando. deveria ter tirado um momento para prestar atenção no que via, mas estava tão afoito que apenas começou a matracar quando os viu: ━━ temos que dar o fora daqui! empusas! elas sabem o que estamos procurando! e eu sei onde está!
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