#pena que só temos essa cena do Michael com a mãe
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I wish we had seen more of Michael and his mother. You know, the most important woman in his life.
The Godfather: Part II (Francis Ford Coppola, 1974).
#Al Pacino#Morgana King#Michael Corleone#Carmella Corleone#The Godfather#Part II#Nhawwww#pena que só temos essa cena do Michael com a mãe#queria ter visto mais deles
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O ser humano é encantado pelo terror, pelo medo, pelo bizarro. Por mais pacíficos que tentemos ser, todos temos um lado que pede pela violência gratuita e pela maldade expressa em cenas reais ou filmadas em estúdios.
Vale dizer: Alguns desses filmes SÃO BASEADOS EM FATOS REAIS.
E para atiçar em você, caro leitor, esse gosto pelo Bizarro, preparamos uma listinha bem leve e saudável com os filmes mais malditos que pudemos lembrar.
Por quê?
Para você dormir muito mal essa noite.
1. Mártires (Martyrs, 2008)
A busca de uma jovem por vingança contra as pessoas que a sequestraram e atormentaram quando criança leva ela e a uma amiga, que também foi vítima de abuso infantil, em uma jornada aterrorizante em um inferno de depravação.
Nem preciso dizer que o filme inclui sequências insuportáveis de violência sexual, sangue, tortura e afins, certo?
2. Calvaire (idem, 2004)
Não é simplesmente um filme doentio, mas um exercício reflexivo para o espectador! Em minha pesquisa sobre o New French Extremity, acabei me deparando com esta produção belga de 2004, que figura nas listas do movimento. Calvaire tem aquele climão de filme independente, o primeiro do diretor Fabrice Du Welz, que foi bastante elogiado pelo seu recente trabalho, Alleluia.
Marc Stevens (Laurent Lucas), é um cantor de 3ª categoria (tipo aquele seu tio que se acha O CARA só porque canta no Karaokê), e ganha vida cantando em asilos. Enquanto viajava para uma apresentação, sua van estraga. Marc é obrigado a passar a noite em uma pensão do solitário Sr. Bartel (Jackie Berroyer), que gentilmente se propõe a conseguir um mecânico para consertar a van. A pousada fica isolada em um vilarejo, o que, segundo o Sr. Bartel, dificulta para que o mecânico chegue ao local. Com o passar dos dias, Marc vai conhecendo os habitantes da vila, e as reais intenções do Sr. Bartel.
3 – Violência Gratuita (Funny Games, 2007)
Naomi Watts, Tim Roth, Michael Pitt e Brady Corbet no remake norte americano de “Violência Gratuita“, de 2007
Para começar, o nome deste filme é VIOLÊNCIA GRATUITA. Nunca entendi muito bem o porquê da divergência de nomes.
De todo modo, estamos tratando de um filme de Michael Haneke: aquele gênio com problemas mentais sérios que deve ter passado a vida colecionando histórias desgraçadas e, recortes de jornal.
Dois jovens violentos levam uma mãe, pai e filho como reféns em sua cabana de férias e os obrigam a jogar “jogos” sádicos um com o outro para sua própria diversão.
Para você ter uma noção, caro leitor., os rapazes vestem branco e têm uma atitude MUITO próxima dos personagens de Laranja Mecânica.
O filme tem cenas TÃO desnecessariamente violentas que o sentimento, de uma forma geral, é de mal estar antes, durante e DEPOIS da película. Mas vale a pena assistir e saber que nunca se deve emprestar nada a vizinhos.
Nota do editor: Violência Gratuita é um dos raros casos em que o filme original, de 1997, teve um remake norte-americano em 2007 (foto acima) dirigido pelo mesmo diretor. A única diferença foram os atores escalados, por Haneke reproduziu todas as tomadas que usou na versão original.
4 – Boa noite, mamãe (Ich seh ich seh, 2014)
Os meninos gêmeos mudam-se para uma nova casa com a mãe, depois de ela ter mudado de rosto na cirurgia estética. Mas, sob as bandagens, ela é alguém que as crianças não reconhecem.
O filme não tem um plot twist e, devo dizer, essa é a graça. Toda a narrativa é escorada em um misterioso acidente (nunca realmente explicado) e na questão confusa da identidade materna, não apenas pela aparência da mulher de rosto desfigurado.
Os meninos, de apenas oito anos de idade, começam a ter problemas sérios em lidar com o que lhes parecem duas mães diferentes: Uma real e uma falsa.
Isso faz com que eles precisem lidar com o duro problema da identidade, o terror do luto e o medo do desconhecido.
O tipo de filme que vai fazer você tomar Rivotril por duas semanas.
5 – Polytechnique (idem, 2009)
Uma dramatização do Massacre de Montreal de 1989, onde várias alunas de engenharia foram assassinadas por um misógino instável.
Diante de todos os problemas que vivemos (até aqui no Brasil) com maníacos que entram em instituições de ensino para matar gratuitamente, esse filme não deixa de ser um toque numa ferida aberta.
O Massacre da Escola Politécnica de Montreal, também conhecido como Massacre de Montreal, foi um evento ocorrido em 6 de dezembro de 1989 na Escola Politécnica de Montreal, em Quebec, no Canadá. Armado com uma espingarda Ruger Mini-14 e uma faca de caça, Marc Lépine, de 25 anos, atacou 28 pessoas, matando 14 mulheres antes de cometer suicídio.
O ataque começou numa sala de aula no segundo andar da faculdade, onde ele separou os alunos por gênero. Afirmando estar “lutando contra o feminismo“, ele atirou em todas as nove alunas que se encontravam no local, matando seis delas. Ele, então, andou pelos corredores, pelo refeitório e entrou em outra sala de aula, alvejando principalmente mulheres.
Ao todo ele matou 14 mulheres e feriu dez outras e quatro homens no decorrer de 20 minutos, antes de dar um tiro na própria cabeça. Sua carta de suicídio afirmava que o ataque tinha motivações políticas e que as feministas destruíram sua vida. A nota incluía uma lista de 19 mulheres que Lépine considerava ser feministas e que ele desejava matar.
Leituras recomendadas:
Serial Killers – Anatomia do Mal
Arquivos Serial Killers. Made in Brazil e Louco ou Cruel
Lady Killers: Assassinas em Série
American Crime Story. O Povo Contra O.J. Simpson
Confissões do Crematório – Lições Para Toda a Vida
Casos de Família: Arquivos Richthofen e Arquivos Nardoni
O Segredo dos Corpos
Manson. A Biografia
Ted Bundy – Um Estranho Ao Meu Lado
Psicose
O Demonologista
O Massacre da Serra Elétrica
Amityville
Ed & Lorraine Warren – Demonologistas: Arquivos Sobrenaturais
Ed & Lorraine Warren. Lugar Sombrio
Esse post foi patrocinado pelo Laboratório ROCHE
Raquel Pinheiro (Raposinha) é míope profissional, CANCERIANA, redatora, revisora, tradutora, escritora, professora de língua inglesa, viciada em café e artista plástica. Além disso, é troll nas horas vagas e é viciada em cheirar livros.
[TOP 5] CINCO Filmes malditos que você PRECISA ver (+18) O ser humano é encantado pelo terror, pelo medo, pelo bizarro. Por mais pacíficos que tentemos ser, todos temos um lado que pede pela violência gratuita e pela maldade expressa em cenas reais ou filmadas em estúdios.
#abuso infantil#Alleluia#assassinato#aterrorizante#baseado em fatos reais#Baseado em uma história real#bizarro#Boa noite mamãe#calmante#cinema#Clonazepan#crianças#depravação#desgraçado#diazepan#dormonid#dramatização#Fabrice Du Welz#feminismo#filme indie#frontal#Horror#identidade#inferno#Jackie Berroyer#laranja mecânica#Laurent Lucas#Lexotan#lorazepan#luto
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…circula no whatsapp - 66 …
QUEM AQUI É PRECONCEITUOSO?
Não, não é porque ela é negra. Nem tampouco porque foi favelada. Nem muito menos porque canta funk. Nem ainda porque representa um gueto social que é a periferia da zona oeste carioca. Não, não é por isso que eu não gosto de Jojo Todynho. Billie Holiday era negra, marginalizada, viciada e maravilhosa. Idem para uma Nina Simone, Ella, Sara etc. Amy Winehouse era branca, mas pobre, viciada, marginalizada. Morreu da mesma forma que uma Elis Regina. E Sandra Sá que é negra, gay, suburbana? E daí? Daí que eram excelentes! Ninguém tem nada com a vida sexual de Madonna.
Nada tenho contra o pop, contra o popular. Michael Jackson vivia na Neverland dele sabe-se lá de que jeito e era bom, desde pequeno. Não sou preconceituoso com a Broadway ou com a off-Broadway. Gosto de coisas boas de Boal e gosto do Fantasma da Ópera. Há coisas péssimas em Augusto Boal e Gerald Thomas e coisas péssimas em cartaz em NY. Aliás, acho mesmo que temos aqui em MT grandes artistas sem oportunidade: pintores que fariam sucesso em Paris, fotógrafos que deixariam Berlim de boca aberta, músicos que roubariam a cena nos porões do jazz americano. No Brasil todo, talentos encobertos pela fábrica de sucessos instantâneos do pop.
Por que acontece uma distorção dessas? É fácil entender: um estrupício artístico como Jojo Todynho aparece, mais como a celebração do exótico do que a certificação da burrice, abocanha o horário comercial do rádio e da tevê como animal em extinção para, depois, os intelectualóides tentarem “decifrar” o fenômeno com base em teorias sofisticadas. Querem nos fazer engolir uma "representatividade" que não existe. É apenas burrice. Nada mais do que burrice, uma catarse coletiva em que se opta pelo menor esforço. Reconheço que a arte é, também, entretenimento. Deus me livre se não fosse. Ninguém merece um Tchaikovsky num churrasco à beira da piscina. Evidente que esse padrão de sofisticação demanda atenção máxima como o próprio compositor demandou na criação. Nada mais sacal do que um cara metido a culturete no meio de uma farra, ouvindo Paganini. Nem Sonrisal dá jeito em um porre desses. Deve haver uma música dessas? Deve! Claro que deve. Há espaço para tudo, para todos! Mas não me digam que é boa, que é representativa, que é simbólica, que é identidade de um gueto. Isso é mentira!
Na literatura, há muita mistificação e celebração da burrice. ”Fala sério, mãe!” é tão ruim quanto a péssima produção marginal que certos intelectualóides querem fazer acreditar que é boa. Não é. Tem gente que parou no tempo e não faz nada de novo, desde a década de 70. Para ser Leminski é preciso comer muito feijão com arroz. De vez em quando vejo um dinossauro que ainda está lendo Marx como se fosse um achado teórico. Discriminam os “burgueses capitalistas” quando, na maioria, o que mendigam é uma boquinha por falta de talento. Na pintura, por exemplo, a máxima sofisticação é ser simples, mas há aqueles que são simplórios dizendo-se "naïf". Me engana que eu gosto! São coisas muito diferentes: ser simples por opção ou por falta de opção... Aqui no Brasil, um grupelho acha que é preciso ter tuberculose para fazer poesia ou escrever sobre as misérias de catadores de lixo para o reconhecimento literário. É a mentalidade da “reserva social” da arte, uma estupidez inominável. Precisamos escrever sobre a pobreza, a miséria, a humilhação, a violência. Do contrário, não entra no pequeno círculo iluminado dos intelectuais.
De qualquer maneira, é insólito permitir que Ludmila, Jojo Todynho, Pablo Vittar e essa intrépida trupe roube o tempo em que poderíamos ouvir um funk melhor, um rap melhor, um punk melhor, uma música popular melhor. A arte de rua tem qualidade, assim como o samba, o sertanejo, o siriri, o cururu, o funk, enfim, tudo tem uma escala. Ora, ora, Ney Matogrosso já nos apresentava um requebrado de muito mais qualidade nos Secos & Molhados do que um Vittar e o seu horrendo K.O. Aliás, adoro o Johnny Hooker com sua provocação brega, gay e inteligente. É mara!, como se diz. Até mesmo no brega, um Rossi é melhor que um Odair José. Isso para não falar do Lupicínio no melhor da fossa. No axé, por exemplo, há letras maravilhosas, consistentes que nos são queridas até hoje. A questão aqui não é preconceito por ser Jojo Todynho negra ou Pablo Vittar, LGBT. Há qualidade nos diversos gêneros, sejam eles populares ou eruditos. Estou falando apenas de negros? Negativo. Há os estrupícios musicais como Luan Santana, Latino, além dos branquíssimos KLB, todos numa mesma categoria - a dos péssimos.
Há excelência em tudo na vida, da mesma forma como há porcaria. Quer escrever? Dedique-se como a negra, pobre e magica Carolina de Jesus! Quer pintar? Vá aprender a técnica de um Caribé. Quer dançar? Horas de treino como o negro Sammy Davis Jr. Não há quotas para ter talento. Talento não vem na pobreza, nem na riqueza, nem com a negritude, nem com otipo caucasiano. Não somos obrigados a admirar algo ou alguém por pena, por consideração ou por justificativas sociais. Não podemos nos constranger de dizer que uma cantora é ruim por ser pobre, negra, ou por ser gay, marginalizado, ou mesmo branco, rico, lindo, cool. Nada mais burro do que lavar as mãos e dizer a milhões de brasileiros: não escute. Ora, isso é muito cômodo, mas impossível num país de semi-analfabetos que assiste majoritariamente a um só canal de televisão. Esses alienados não conhecem o território nacional onde apenas 58% da população tem acesso à internet.
Essa história de julgar a obra de acordo com a classe social do autor é o que há de mais idiota neste mundo. Como se apenas um grupo de “eleitos” tivesse a legitimidade para a arte. Volto a dizer: não é pela cor, nem pelo estilo, nem tampouco pela forma de se vestir. Cada macaco no seu galho. Gosto não se discute, lamenta-se. Absurdo mesmo é celebrar a mediocridade. Fiquem absolutamente tranquilos: se não gostam de Jojo e Cia, não é porque são preconceituosos. Já basta de constrangimento, de patrulhamento, de filosofia barata. Não vamos cair na tentação de encontrar explicações de ordem sociológica a legitimar o que é, no fundo, uma merda.
Eduardo Mahon é escritor e advogado.
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#Papo1 - Tina
Tenho chamado de papo, pois acredito que a palavra “entrevista” soa demasiado profissional e não me interessa aqui o rótulo de jornalista profissional... “tô fora”. Como diz Clarice Lispector: “Faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade”. Então, prefiro continuar amador, seja na música ou no jornalismo. Leio e escrevo, mas não quero carregar este trabalho de conotações profissionais. É algo totalmente amador.
Com esse sentimento, quis começar a série de papos (ou conversas) com Tina Paulo. Ela é produtora antes de ser produtora, independente na “linha Maracanaú”, “do rock”, mãe de gêmeas, guitarrista, trabalhadora da cultura e da música. Melhor dizendo, esteve nos mais diferentes graus de envolvimento com a cena da música independente. Atualmente trabalha como Supervisora de Economia Criativa e Oportunidade do CUCA Mondubim. Em suas palavras, sua função é buscar: “formas de auxiliar os jovens artistas a trabalhar o empreendedorismo e empregabilidade. Tu sabe, né? Tem artista que quer ser artista e tem artista que quer ter emprego”.
A conversa com Tina foi temperada com nostalgia. Lembramos diversas vezes de alguns lugares que frequentávamos no mesmo período em Fortaleza: Hey Ho, Metrópole, Galeria do Rock e outros ambientes de rock e heavy metal. A divulgação na época se dava de forma muito precária e limitada, distante de rádios, jornais, internet, atingindo apenas guetos específicos.
“A gente aprontava um cartazim merreca e ia colar em canto onde tinha todos os cartazes de shows, festivais e outras coisas, que era na Galeria do Rock (Pedro Jorge - R. Senador Pompeu, 834) e também lá no conjunto a gente espalhava pelos mercantis... Não dava pra saber se a galera ia passar lá pra ver, né? (risos) E colava também na pracinha, lá tinha o mural do rock”. Essa fala dela me fez lembrar de quando era meninote em Messejana. Meus tios Dinho e Ricardo (gêmeos) gostavam de rock-pink-floyd-pop-funk-freestyle-michael-jackson e de vez em quando andávamos juntos pelas ruas do bairro. Víamos bandas de rock tocando em garagens abertas ou em varandas. Meu irmão Vítor tinha uma banda e também colava cartazes na praça de Messejana e em colégios próximos de casa. Esses cartazes serviam tanto para divulgação dos shows quanto para buscar baterista ou outros integrantes interessados. Se a colagem de lambes fosse feita em avenidas muito movimentadas, era necessária certa tática: Saíamos à noite e agíamos com discrição e rapidez, pois poderia aparecer o “dono” do muro ou um policial mais rígido. Fortes emoções.
Hoje essas memórias parecem distantes, quase perdidas no tempo, descoladas do nosso cotidiano. São atividades e aventuras que não nos vemos mais a realizar. Todos sabemos que a tecnologia alterou quase tudo, inclusive a maneira de uma pequena banda se relacionar com o mundo. As formas de comunicação são inúmeras e as informações correm. Internet. 3G. Smartphones. Apps. Redes socias... Basta pelo momento.
E a cidade de Fortaleza acompanhou tais transformações. Afinal, o desejo de ser global é antigo.
Meu interesse por rock e pelas bandas locais se deu bem na época em que meus pais contrataram serviços de internet pela primeira vez em nossa casa. Na escola, vários amigos já falavam de internet, do que viam e procuravam. Em famílias de classe média, o acesso a computadores nessa época, entre os anos 1999 e 2003 era ainda escasso. A internet me abriu um novo mundo ou o próprio mundo ou o que dizem que é a realidade do/no mundo. Uma das descobertas foi o IRC (Internet Relay Chat), que na época era a forma mais rápida de se comunicar via texto. Pra quem não sabe, trata-se de um programa que permitia a conexão entre computadores, ou seja, você podia se comunicar como também transferir arquivos. Demorava, mas funcionava. Um colega podia enviar para outro arquivos de imagem, música e, raramente, vídeo.
A parte mais divertida do IRC eram os canais. Todos que usaram sabem o quanto era novidade. Havia canais de rock da cidade como o #RockCE ou #RockNScene, o que dinamizava a cena e ajudava as bandas a se fortalecerem, a buscarem produtores interessados de outros lugares. Desejávamos saber quem eram os operadores de cada canal para lhes pedir que destacassem informações. Isso para shows e festivais era muito bom. Valia a pena entrar nos canais e observar o que estava rolando. Foi quando perguntei à Tina: “Vocês usavam alguma ferramenta digital, como o IRC?”, ela respondeu: “Não... De jeito nenhum! Na época não tinha isso não! Tou falando ainda na linha do Maracanaú. O que tinha mesmo era cartaz e os amigos que circulavam!”. Essa era a busca principal. Fazer cartaz bonito, imprimir e divulgar. Seja colando ou distribuindo. Era obrigação e, se houvesse orçamento, muitos panfletos.
Todos, envolvidos na música independente, temos a noção do quanto precisamos ralar para conquistar objetivos traçados. Nesse panorama, quando se é mulher e mãe, a ralação é bem maior. “Existe diferença no tratamento com bandas compostas só por mulheres?”, pergunto. Tina responde: “Exiiiiste! Senti muita coisa na pele até em casa. Todo show a galera fica olhando pra ver se erra, se tá afinado mesmo, se tá tocando no tempo. Os técnicos não acreditam no que a gente quer. Quase todo show eu digo: Dá pra aumentar? O cara vai lá e finge. Coloca mais médio? O cara diz que tá bom. Não! Não ta, cara!”. E completa: “A gente tem um posicionamento político. Tem que ter! As meninas do the Knickers passaram por muitas coisas. Imagina uma banda de heavy metal só de mulher... mas, as meninas se posicionam muito bem!”. É uma realidade pela qual banda composta só por homens não passa. Assim como outras histórias ridículas envolvendo produção de shows e festivais, envolvendo diversos tipos de agressão.
Tina é mãe de gêmeas. Logo existe a cobrança de ser mãe e proteger as duas meninas diante de tantas ideias que chegam à cabeça das filhas. Muita vezes a criança já ouve desde a barriga da mãe frases como: “Mãe de gêmeas?! Eita, vai fazer filho para os outros!” Para Tina, “é um processo muito difícil, porque trabalho aqui emponderando as mulheres aí, quando chega em casa, tem alguém já fazendo a cabeça das suas filhas... e o mais difícil é na família!”.
Pelo que conheci de Tina, tanto por termos trabalhado juntos quanto pelo que soube nesse papo, sua função no trabalho vai além de um emprego para pagar as contas e pôr comida na mesa. É uma atividade que só uma pessoa com a história dela poderia ocupar. Mulher, mãe e trabalhadora da cultura de Fortaleza rala muito e sua história de guitarrista e produtora é fato heroíco. Por mais Tinas no mundo.
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