#não deixe nada no seu caminho
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Muralha #Poesia
Muralha #Poesia De um lado está eu na solidão. Do outro, você, de meus sonhos, senhor. Com aquela vontade que parecer explodir meu coração, vou escalar essa muralha, sem ligar para a dor. #poema #sonhos #luteproseussonhos #obstaculos #superação
De um lado está eu na solidão. Do outro, você, de meus sonhos, senhor. Com aquela vontade que parecer explodir meu coração, vou escalar essa muralha, sem ligar para a dor. Cada tijolo aqui é a maldade crua que você construiu ao longo dos anos. Um muro alto, mas não tanto quanto sua hipocrisia nua. Seu trono é testemunho de horríveis planos. Todos os nossos lençóis perfurmados são a corda que eu…
#batalha#dedicação#desistência#empenho#luta#não deixe nada no seu caminho#não desista dos seus sonhos#obstáculos#poema#poesia#problemas#sonho impossível#sonhos#turbilhão
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O ESFORÇO COMO ÚNICA FÓRMULA PARA O SUCESSO. SERÁ?
acredito que a maior "dificuldade" ao descobrir e aplicar a Lei da Suposição é aceitar que você pode conseguir qualquer coisa sem esforço. afinal, somos criados para nos aperfeiçoarmos cada vez mais a fim de mostrar que somos merecedores de algo.
"deus ajuda quem cedo madruga" "dinheiro não cai do céu" "dinheiro não dá em árvore" "a vida não é um morango" "trabalhe enquanto eles dormem" e várias outras frases que crescemos escutando seja de nossos pais, de amigos, de colegas do trabalho ou até mesmo da mídia que consumimos.
o esforço é visto como superação. é exaltado e vendido como a única fórmula para o sucesso. e enquanto sim, todas as pessoas que superaram seus desafios merecem aplausos e cada vez mais vitórias, estou falando daqueles que conhecem a Lei mas que ainda se sentem obrigados a fazer algo para conseguir seus desejos e inconscientemente mostrar que são merecedores destes pois estão afirmando mil vezes por dia, visualizando a todo momento e seguindo uma dieta mental à risca.
como mudar essa mentalidade se somos expostos a ela desde o primeiro momento em que respiramos? como mudar essa mentalidade se todo final de mês vemos nossos pais contando o dinheiro e escolhendo qual conta irão pagar pois os salários não são o suficiente? e assim entra a dificuldade em aceitar que sim, essa situação pode mudar sem qualquer levantar de dedos, apenas com o comando da sua imaginação. é "fácil" assim. porém também ouvimos a todo momento que "tudo que vem fácil, vai fácil". mas será que isso é verdade mesmo? ou será que somos condicionados a continuar acreditando nisso para que possamos nos contentar com a dificuldade em nossa vida pois apenas ela nos torna merecedores de algo? a condição social em que nascemos deve ser a mesma em que morremos? por quê?
é claro que você não deve largar seus estudos ou trabalho pois leu no Tumblr que esforço não leva a nada. este post se trata exclusivamente do esforço em relação a Lei da Suposição e a dificuldade de se livrar da crença de que sem esforço, não somos nada.
é mais do que provável você já ter presenciado alguém se queixando de que trabalha tanto para não receber o suficiente em troca ou se queixando de profissões "mais fáceis" que recebem mais do que profissões "mais difíceis" ou exaustantes. talvez você até mesmo já tenha se queixado disso "fulano ganha dinheiro brincando enquanto eu tô aqui trabalhando duro e não recebo por isso". é claro que sua reclamação é mais do que válida, mas entenda através dela de que o esforço não é o único caminho para prosperarmos na vida.
obviamente não estou falando para se envolver com coisas ilegais. assim como a Lei da Suposição, outras leis existem e devem ser seguidas. o que estou dizendo é que há uma infinidade de opções para que o dinheiro ou o que quer que deseje, venha até você. a mente que busca pela lógica e pensa "isso é impossível" "mas como vou conseguir mais dinheiro se não consigo nem pagar as contas" e honestamente, deixe que a mente pergunte. deixe que ela duvide. deixe que seus pensamentos e emoções fluam e então volte a se lembrar da Lei da Suposição. lembre-se que nada é impossível de acordo com a Lei. lembre-se que há inúmeras possibilidades para seu sucesso, por mais que não possa vê-las ou "imaginá-las". seu "trabalho" não é saber como as coisas irão acontecer, é apenas dizer que elas já aconteceram.
uma vez li o relato de uma mulher que foi roubada e o dinheiro que levaram era o que ela usaria para pagar o aluguel. é claro, ela ficou chateada. mas então afirmou que até o final do dia ela conseguiria dinheiro para pagar suas contas e então a esposa do chefe dela apareceu em seu trabalho e lhe deu a quantia exata do dinheiro que precisava. a mulher sequer pensou nessa possibilidade, mas ainda assim, conseguiu o dinheiro que tanto precisava.
o esforço pode te levar longe na vida. mas você não é mais a pessoa que pensava isso por não conhecer a Lei. você é totalmente capaz de se dar uma vida calma, fácil e próspera sem precisar se esforçar para isso. do mesmo modo que você foi capaz de impressionar seu subconsciente com essas crenças passadas, também é capaz de impressioná-lo com esse novo fato.
eu sei. falar é mais "fácil" do que fazer. mas realmente precisamos viver o hoje já pensando nas preocupações de amanhã? é apenas isso o que está disponível para nós? "eu queria que tivesse um jeito mais fácil" e tem. você está ciente dele agora. sua vida pode ser "fácil" agora. a escolha é sua.
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Querida eu,
Neste instante, observo você, consciente do fardo que carrega. Deitada solitária nessa cama, esse peso em seu peito parece insuportável. Você se sente perdida, não é mesmo? Essa tristeza reflete em seus olhos vazios.
Parece que sua vida é moldada por outros, enquanto suas vontade e anseios são ignorados, como um nada. Mas por que não tomar as rédeas? Está sem forças? Não levante, senta-se, não há necessidade de levantar. Se as lágrimas fluírem, deixe-as cair, mas lembre-se de que será você mesma que as enxugará.
Você anseia por escapar para algum lugar, mas os refúgios que imaginou parecem inalcançáveis no momento. A obrigação de compreender tudo pesa sobre você, mas entender a todos é difícil, quando não fazem questão de te entender.
Neste momento, faça algo por si mesma,minha flor. Toque seu próprio ser, sinta cada centímetro de seu corpo, respire a essência de sua pele. Cante, ouça sua própria voz , dance ao ritmo de sua própria melodia. Não sei ao certo o que te espera, mas desejo profundamente que se sinta viva,mesmo que seja a última vez , que reuna todas suas pétalas perdidas por esse caminho,e se torne completa.
Talvez tenham feito você sentir repulsa por si mesma, mas olhe bem ,agora você é tudo o que tens.
-passosnaareia
#autorais#escrita#meus devaneios#meusescritos#sentimentos#pensamentos#poecitas#amor de verdade#lardepoetas#menteexpostas#mentesexpostas#meus poemas#depressão
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Oferecemos aquilo que temos
Até quando seremos útil na vida de alguém? Até quando precisaram de nós? Somos um prazo de validade na vida das pessoas e só servimos quando precisam de algo que carregamos dentro de nossos corações. Às vezes a nossa essência é tirada através de pessoas que não tem nada para nos oferecermos, mas porque de alguma forma sempre ficamos e tentamos demostrar que valemos a pena? Será que elas pensam da mesma forma que nós? Será que tem a mesma preocupação sobre usar alguém, arrancar a essência de uma pessoa que um dia era importante para ela? Às pessoas tem o péssimo hábito de quebrar alguém quando ver que já teve o suficiente dela e em seguida ‘’não serve mais para nada? Descarta’’. Geralmente pessoas que usam outras pessoas são as que não tem nada para oferecer, mas mesmo assim espera algo em troca, elas se frustram, sentem raiva, decepção, mágoa por carregar um vazio achando que é alguma coisa. Sabe aquela sensação de que oferecemos tudo o que temos e não recebemos na mesma intensidade? É o engano gritando para você sair fora enquanto é tempo e que não tem nada para você naquele lugar, mas somos teimosos, enfrentamos o duvidoso e o desconhecido, preferimos dar a nossa cara para bater a seguir nossa intuição. Sabe aquela mensagem lida e não respondida? Ligação recusada? Mentiras atrás de mentiras? É o coração te avisando que você merece mais apesar de doer ao ser ignorada. É inevitável sermos substituídos, ignorados e esquecidos, mas se a única saída é seguir em frente mesmo quando a outra pessoa te usou, então faça a sua saída da vida dessa pessoa valer a pena, não se torne aquilo que te feriu, aprenda com os erros, sabemos que ser tapa buraco na vida de alguém não é o que desejamos, mas pegue sua melhor versão e tampe os buraquinhos que ficaram no seu coração, pode levar um tempo para sumir com os vestígios, demora um pouco para cicatrizar e não procure entender do porque as pessoas usarem você e depois de descartarem como um brinquedo sem serventia, só oferecemos aquilo que temos, se você carrega amor, irá oferecer amor, se você carregar dor vai oferecer dor, mas isso não quer dizer que você deve desistir de tentar conhecer outras pessoas, principalmente aquelas que passam pela mesma dificuldade que você. Não subestime a sua intuição, não deixe de ouvir seu coração quando ele gritar ‘’fuja’’, não ignore os sinais quando as pessoas demostrarem não precisar mais de você e isso vale para qualquer relacionamento e qualquer situação. A dor ela é passageira, assim como a mágoa, raiva, decepção e medo, nada dura para sempre e você já percebeu que para tudo tem um tempo de acabar e por que não acabar em ser a segunda opção de alguém? Por que não quebrar o ciclo de ir atrás de migalhas e se satisfazer com tão pouco? Não se perca pelo caminho pela falta de reciprocidade e por ter sido a segunda opção de alguém, de meia volta, pegue e aprenda a identificar quando aquele lugar não é mais para você, pegue seu amor-próprio, segure na mão dele e dê meia volta. Foda-se aquelas pessoas que não tem nada para nos oferecer e pela falta de reciprocidade!
Elle Alber
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Não tenho mais nada para entregar nas suas mãos, não quero me desculpar por isso. Nós dois vimos que você teve de mim tudo que eu tinha. Desperdicei o brilho dos meus olhos nas lacunas da sua ignorância que me esvaiu o pouco que eu tinha para reconhecer a mim mesmo. Se em meu coração se percebia alguma poção de amor, definitivamente por você mesma o matou. Nenhum esforço eu fazia pois seguia pela minha galáxia mental o fluxo da consequência de ser, contudo colidindo com sua consciência dormente senti toda a dor que te pertencia. Qual o escravo que fica triste ao deixar as correntes que o prende, esfola sua pele e o faz sangrar em carne viva, decompor em seu ânimo e perder o valor de sua própria perspectiva de vida ?. Este eu não quero conhecer, não deixe-me vê-lo, pois o levarei ao chão junto ao fim de sua lamúria e sofrimento por consideração da ignorância que sua alma foi condicionada a aceitar. Vou envolver seus olhos de ira e suas entranhas com o frio causado pelo mal necessário, antes do seu último suspiro, irei deixa-lo saber que o enganaram forjando verdades que nunca existiram, foram sempre fantasias e caos alheio imprimido no seu caminho, que o subjulgou junto ao seu instinto, o que parecia prazeroso de se conceber, se tornou a sonda que extraiu suas forças, comprimiu sua raiz e colapsou a constância da sua consciência. Quando finalmente levantar sua cabeça e dirigir ao meu rosto seus olhos, verá que sou apenas um lamentável reflexo de uma identidade assombrada pelo desamparo, almejado pelo presente, temido pelo futuro. Você segurou a minha mão até ser apenas cinzas ao vento, sentiu meu perfume até ser mera impressão olfativa, ouviu minha voz até ser apenas uma epifania do desperdício, sentiu meu corpo até ser apenas uma ilusão sensorial nas pontas dos seus dedos.
#lardepoetas#projetoalmaflorida#projetocartel#projetoflorejo#projetovelhopoema#projetoversografando#meusescritos#my writing#project writes#projetocores#projetomardeescritos#projetosautorais#novos projetos#clubepoetico#clubedaleitura#novosautores#novosescritores#novospoetas#meus pensamentos#meustextos#novostextos#mentesexpostas#resilienciado
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“Se situar que nada é definitivo. Tudo muda, se transforma, se destrói, e se cria. Diferenciar o válido do valioso. É válido que não te amem do mesmo modo que você ama. É válido que não se importem tanto assim com os seus devaneios. É válido se acostumar com algo que não se possa mudar. Mas é valioso que te amem na mesma intensidade, algumas vezes. É valioso encontrar alguém que possa divagar contigo sobre as loucuras tuas. E é ainda mais valioso não se acomodar com tantas coisas que já não te preenchem mais. Passar de fases. Passar por ali e por aqui. Sempre à procura de algo novo, que te tire do eixo e te faça mudar caminhos. Num corte de linhas imaginárias que te mantinham presa sem ter porquê, você descobre que o mundo vai além do que dizem, vai além do que se vê, sente, ou pensa. Vai além, com ou sem fronteiras. Com a fidelidade que se deve ter aos desejos da tua alma, caminhar na direção que o teu coração mandar, sem deixar de lado que deves ofegar de prazeres constantes. Nas circunstâncias da vida, criar escapatórias em labirintos invisíveis, que te faziam caminhar as mesmas rotas que não chegavam a lugar algum. Partir para não continuar em partes de algo que deverias ser, mesmo que sintas dor por ter que deixar coisas para trás. Pesos mortos devem ser descartados. Conspirar se deve, a favor dos que têm bom coração, no impetuo de não desistir em frente à maldade alheia. Em meio às tormentas da vida, não deixar de superá-las. Em meio às crises existenciais, procurar maneiras de descobrir o motivo pelo qual vale a pena viver. Não crucificar-se por omissões no passado, por escolhas mal feitas, ou por ter tomado atitudes erradas. Pois, a vida, a gente vive assim mesmo: em meio aos erros e acertos. E é assim que se aprende a viver. E na constante tentativa de consertar esses erros é que nos tornamos fortes. Pois, não nos tornamos fortes apenas quando aprendemos a lidar com as dificuldades, mas também quando aprendemos a reverter os caminhos errados que tomamos na vida. Do toque de mãos erradas, que te sufocam, que te tapam a boca. Grite! Grite, e faça seu grito ecoar o mais longe possível. Grite de formas diversas. Grite por meio da escrita, grite por meio de desenhos, ou pinturas. Grite por meio da dança, música ou fotografia. Grite! Grite e use a sua arte para ecoar esse grito. Grite e faça esse grito chegar aos ouvidos dos que não querem te escutar. Faça latejar na mente daqueles que não acreditavam, e que ainda não acreditam que você seja capaz de alcançar tudo que almeja e realizar teus sonhos. Crucifique teus medos, teus preconceitos, tua falta de esperança no futuro e na humanidade. Acredite que existam mais de você lá fora, perdidos nesse mundo, e que, assim como você, sofrem ao ver o sofrimento alheio, que sonham e rezam por um mundo melhor. O mundo está repleto de guerra, sim. Mas também está repleto de mãos sendo estendidas àqueles que precisam de ajuda. Acredite que, mesmo em meio à maldade, sempre irá existir uma luz. Sempre irá existir um Deus que ainda acredita em nós, e que continuará nos acompanhando em nossa jornada, e nos encaminhando para a evolução. Nunca se deixe esmorecer perante às adversidades da vida, e procure não ligar para as energias negativas vindas de almas que estão em um nível de evolução inferior. E acredite que existe um Deus que torce por nós, que sabe o tanto de luz que cada alma carrega em si. Se localize, e localize essa luz que há em você e saiba transmití-la para o mundo. Faça o seu lado bom prevalecer, seja a bondade que você quer para a humanidade. E na cor do teu olhar deixe a esperança brilhar.”
•(Christiellen Pinto, Elucubrar em Palavras Escolhidas.)
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Death's Lover - Chapter 6
Eu tenho uma desculpa pro atraso dessa vez kk, tava pronto há dias, jurei que tinha postado já 🥺
Eu tava lendo algumas fics readerio e ou o autor escreve "você" (2° pessoa) ou "S/n" (3 pessoa). Eu usando os dois ao mesmo tempo e ninguém me avisa que tava errado vei 😭. Mantive só "você" nesse capítulo. Me digam se tá mais coerente agora ou vocês preferem a mistura de antes kkkk
Chapter 5
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Vidal te pegou antes que você fosse ao chão. Ela não entendia o que aconteceu, como você e Lília estavam aqui, como ela mesma estava aqui. Como esse lugar está vivo? O caminho das bruxas nada mais é do que uma mentira fajuta de Agatha Harkness.
Rio apoiou sua cabeça no colo, nervosa. Lágrimas começaram a brotar dos olhos dela, mesmo que ela repetisse a si mesma que isso poderia estragar sua segurança. Rio não sabia das intenções dessas pessoas. Bem, ela conhecia Agatha, mas isso só provava o ponto da questão, já que a mulher te mataria se soubesse que você era casada com Rio.
A bruxa verde analisou seus ferimentos, querendo descobrir o que havia de errado com você. Você estava com um corte feio no rosto...Lília deveria te proteger, como você ficou nesse estado? Rio deveria estar furiosa com vocês duas por se colocarem em perigo, porém ela só estava desolada. Não podia te perder, ainda mais tendo te reencontrado há poucos minutos.
Se você estivesse consciente, teria visto como ela murmurava seu nome constantemente, querendo que você acordasse logo e a perdoasse por não estar aqui para você antes.
Sua esposa estava de costas para todo mundo. Ninguém se aproximou, mas ela sentiu os olhares curiosos sobre vocês. Ela se virou na direção de Lília, tentando obter alguma informação útil, mas a velha somente deu de ombros e avisou sobre as Sete de Salém, com um sussurro
Então, de certa forma, a culpa era dela. Ela que mandou as entidades atrás de Agatha e você foi pega no fogo cruzado. Rio sentiu o coração pesar com você naquele estado. Ela nunca quis te machucar.
Pelo menos, agora ela sabia o necessário para te curar, somente um pouco de saliva. Ela não ia lamber seu rosto na frente de toda essa gente. Não que a Dona Morte tivesse um pingo de pudor ou coisa parecida, mas você não gostaria da exposição. Rio te respeitava demais para ir contra isso, mesmo que fosse mais rápido.
Sr. Scratchy, porém, tinha outros planos. Ele tinha ficado por perto, quando você desmaiou, pois não confiava em Rio Vidal. Quando viu a mulher pronta para encostar a mão babada em seu rosto, o coelho prontamente deu um pulo e cravou os dentes na mão dela.
"Ai, Scratchy" Rio chiou, puxando a mão com força. Scratchy a encarava com desconfiança. Ele nunca gostou dela, mesmo quando ela namorava Agatha, sempre teve ciúmes. Agora, ele aparentemente te adotou também.
Perfeito, mais um problema para a vida dela; Rio pensou.
"Eu não vou machucá-la, sua bola de pelos insuportável." Reclamou, enquanto estancava o sangue da mão. "Eu só quero curá-la, tá bom?" Tentou enxotar o coelho com as mãos, mas ele não saiu do lugar. Se um animal de estimação pudesse estreitar os olhos, é o que ele estaria fazendo agora.
Rio suspirou, tentando manter a calma. Se demorasse mais alguns minutos, nem mesmo a bruxa verde original poderia te livrar desse destino.
"Eu a amo, ok?" Sussurrou, para que ninguém ouvisse. "Me deixe salvar meu amor, por favor." Rio não acreditava que estava implorando para um coelho deixar ela se aproximar da esposa, mas essa era sua vida agora.
Scratch pareceu analisar a situação e se afastou, se contentando em lamber seus pés.
Rio agradeceu silenciosamente aos deuses e passou a mão delicadamente pelo seu rosto. Ela esperava que não fosse tarde demais, mas se ela não sentiu um chamado, você ainda teria uma chance.
Sua esposa assistiu enquanto seu rosto ia voltando ao normal, sem rastro de veneno ou cicatriz; sua respiração ia se regulando também. Ela pegou sua mão e acariciou, dando vários beijos em sua palma. Vidal estava feliz, ela lidaria com a plateia depois.
Durante as décadas, Rio sentiu seu amor chamando-a o tempo todo e se sentiu um fracasso por não poder te consolar; ela esperava reparar esse erro quando saíssem de onde quer que fosse. Ela só precisa ligar os pontos para descobrir que lugar era esse. Mesmo assim, a bruxa mais velha achou que você ficaria feliz em vê-la, depois de tanto tempo sofrendo pela ausência dela.
Ledo engano.
A última pessoa que você queria ao seu lado agora, era Dona Morte, mesmo que ela fosse sua esposa.
Você abriu os olhos vagarosamente, recobrando a consciência aos poucos. Ao se sentar, você sentiu alguém te abraçando forte e você se permitiu um minuto de paz, abraçando-a de volta. Deuses, como você sentiu a falta dela.
Mas como tudo que é bom dura pouco, você abriu os olhos e viu Lilia, Billy, Alice Agatha te encarando. Sua mentora tinha um misto de alívio e pena no olhar, Billy e Alice estavam curiosos e Agatha encarava seu pescoço com muito interesse, demonstrando que queria te matar.
Você logo observou que a mulher estava sendo segurada por Lilia. Agatha tentou impedir Rio assim que ela gritou seu nome. E pelo que você viu, Lilia estava segurando com minha força, porque Agatha continuava se debatendo.
Vê-los como uma plateia de um momento tão íntimo, como um abraço saudoso de anos, fez sua mente resetar e você estremeceu, se afastando de Rio.
Além disso, você precisa se recordar que agora é uma assassina. Pessoas que matam não têm direito de momentos felizes, mesmo que Harkness faça o contrário. Vocês não eram iguais nesse quesito. Você faria jus à morte de Sharon.
Não havia tempo para pensar em Rio ou em seus sentimentos, nem em como seu coração pareceu reacender na presença da mulher, reconhecendo Vidal como sua metade há muito perdida; muito menos em como você queria dar um beijo de cinema na boca dela.
Rio percebeu sua mudança de comportamento e segurou seu rosto com delicadeza. "Está tudo bem, meu amor?"
Tinha tanto amor, tanta devoção, tanto carinho aqueles olhos castanhos e você sentiu vontade de chorar novamente. Seu coração voltou a bater forte, mas era apenas ansiedade. Você não podia lidar com isso agora.
Sharon. Sharon. Sharon.
Você repetia o nome dela como um mantra, tentando se lembrar de seu propósito.
"Eu... Eu não posso lidar com isso, não agora." Você sussurrou, sem olhá-la.
Rio franziu o cenho e tentou se aproximar de você. Não fazia sentido para ela que você não quer falar com ela. Rio sabe que deveria ter voltado antes, entrado em contato com você ou Lília, mas não foi possível. Se Vidal pudesse te explicar...
"Não, Rio!" Você implorou, se afastando, meio que engatinhando com as mãos na terra. "Por favor." Você sentiu seus olhos lacrimejando, mas se impediu de chorar.
Você não ia chorar na frente da ex-mulher da sua esposa, muito menos quando ela estava tão perto de vocês.
"S/N, te fizeram alguma coisa?" Perguntou preocupada. "Fala comigo..."
Você negou com a cabeça, aumentando a distância entre vocês duas. Scratchy sentiu sua mudança de comportamento, e se colocou entre Rio e você.
Vidal revirou os olhos. Que coelhinho petulante...
"Bem," Agatha chegou até vocês com uma leve corrida, finalmente conseguindo se soltar de Lilia. "Muito lindo seu altruísmo, amor." Ela enfatizou o título. "Sempre soube que você tinha um bom coração."
Enfim, bateu palmas chamando a atenção de todos. Você franziu o cenho. O que essa louca planejava com tudo isso? Até onde você sabia, Harkness nunca perdoou Rio por ter levado a alma de Nicky. Rio também se encontrava em confusão, não entendia o comportamento da bruxa sem coven e muito menos o seu. Ela queria respostas.
A verdade é que Agatha perdoou Rio faz um tempo. Após séculos possuída pelo Darkhold, sem conseguir trazer Nicky de volta, ela começou a entender que Rio só fez o trabalho dela. Por muito tempo doeu a ela admitir, mas a mulher sabe que teve tratamento especial. Como filho da morte, Nicholas nasceu natimorto, mas sua esposa deu a Agatha anos de vida, tantos anos quanto conseguiu, porque ela amava a bruxa roxa, de verdade.
É muito provável que Vidal não tenha sofrido nas mãos dos superiores, só porque Agatha matava várias bruxas todo dia, criando assim algum tipo de equilíbrio... Até o dia que Nicky pediu para não.
Harkness agora tem certeza que Rio sofreu por Nicky tanto quanto ela, e se arrependeu de todas as palavras duras que usou para com seu amor. Ela queria se desculpar, fazer tudo melhorar, mas não sabia como.
Quando Agatha se libertou do feitiço de Wanda, ela agarrou a oportunidade. No momento em que viu a morte na frente dela, ela sabia que faria de tudo para ter Vidal de volta, ela só precisava dos poderes de novo.
Agatha pensava que o coração preto no papel com os nomes era de Rio Vidal. Mas como a balada era apenas uma canção de ninar e Rio não estava em bons termos com ela, a mulher sabia que sua esposa não aceitaria um passeio na floresta com ela e um coven desajustado. Ela admitiria tudo apenas para ferrar com a outra mulher, acabando com a farsa e Agatha não conseguiria os poderes dela de volta.
Então, ela pegou Sharon para compor o grupo, apenas para passar credibilidade. Depois, ela mataria todos, recuperaria o roxo dela e jogaria todo o charme quando a Morte viesse recolher os corpos. Mais tarde, teriam uma conversa sincera onde Agatha pedia perdão e elas viveriam felizes para sempre.
E seria simples assim. Agatha acreditou fielmente que daria certo.
Porém, aconteceu a grande falha no plano. E Agatha tinha certeza que tinha a ver com um dos dois sigilos que estavam andando com ela por aí. Ela só precisa de mais um tempo para descobrir quem é o causador da ilusão. Ela chuta no garoto.
Como uma mulher não é uma mulher completa sem o jogo do improviso, Agatha já estava pensando em como trazer Rio para onde vocês estavam. Pouco se importava com as Sete de Salém ou as acusações do grupo, mas ela se sentiu verdadeiramente agradecida por você ter salvo Sr. Scratchy. Somente por isso ela não pegaria tão pesado com você, mesmo que ela não gostasse de você desde que te viu pela primeira vez.
Ainda pensando em como reaver a ex-mulher, ela inventou rapidamente sobre as provações perigosas e o risco de morte, aí era só matar alguém. Algum dos humanos seria a presa mais fácil. Quando você fez o antídoto, ninguém se lembrou que Sharon tomou duas doses de vinho, mas Agatha sim. E ela, só... não disse nada. Era perfeito. Rio estaria aqui e ela nem precisou sujar as mãos para isso.
Harkness percebeu que vocês já se conheciam de antes e ela vai fazer de tudo para que você não se aproxime de Rio, enquanto também faz de tudo para reconquistar sua ex. E claro, como esse Caminho das Bruxas parecia real, talvez ela pudesse ter Nicky de volta; eles seriam uma família novamente. E não seria uma pirralha como você que ficaria entre elas, Agatha não permitiria isso.
Haveria uma leve mudança de planos, sua possível história com Rio e o fato de Scratchy gostar muito de você estavam incomodando bastante a bruxa verde. Nesse caso, Agatha precisa que você morra o quanto antes, mas pode ser de forma indolor. Afinal, ela não é uma carrasca.
"Agora que a Coisinha está curada, temos que ir, a estrada nos espera", disse ao mesmo tempo em que puxava Rio pelo braço e a levantava do chão. Agatha não deu tempo para sua ex reagir, e prontamente entrelaçou seus braços.
"Tenho que te dizer, querida, amei a flor que você me deu. Você me conhece tão bem." Agatha disse isso para Rio, mas ela olhou para você enquanto falava.
Rio, por outro lado, estava atordoada demais para responder. Apenas se deixou levar pelo aperto de Agatha. Logo elas se distanciaram da sua presença, Harkness falando alguma bobagem, e sua esposa claramente sem prestar atenção, mas a bruxa roxa sorria como em noite de natal e se virou para você, te dado uma piscadela.
Calma, espera aí, essa sonsa queria te fazer CIÚMES? Você riu do absurdo da situação e encarou Scratchy quando ele pulou em cima de você, se aninhando em seu colo.
"Como você aguenta essa louca como dona, Fofinho?" Você perguntou retoricamente, alisando seus pelos. Mas o coelho te olhou como se entendesse sua pergunta e daria de ombros se pudesse.
Interessante. Você não sabia que coelhos entendiam humanos. Bem, esse era o coelho de uma bruxa secular, talvez ele soubesse um truque ou dois.
"Quer ajuda, querida?" Você olhou para cima e viu Lília. Os olhos dela ainda te viam com pena. Tudo que você precisava. Argh.
Você suspirou, aceitando seu braço estendido. Se sentindo quebrada, você se joga nos braços da sua mentora - quase mãe - e ri um pouquinho quando Scratchy reclama do aperto.
"Sinto muito pelo negócio da flor, querida" Ela te soltou. "Não queria que você passasse por isso. Eu vou matar aquelas duas. Se Vidal acha que pode te machucar, ela está muito enganada"
Ah, sim... a flor... Rio sempre te acordava com uma flor diferente toda manhã, e você adorava, principalmente porque pensava que era algo só delas. Como você se enganou. Era uma coisa dela e da ex também.
Você é a segunda opção, não é? Como você nunca percebeu isso? Será que tinham outras coisas que vocês faziam e que ela fazia com Agatha?
No fundo, lá no fundo, você torceu para que ela tivesse apenas provocando a ex, porque era da natureza de Rio provocar as pessoas. Doeria menos do que ter sido feita de idiota desde o começo, sendo feita de tapa buraco de Agatha Harkness. Você sorriu um pouco lembrando das brincadeiras bobas que Rio fazia e que tiravam Lilia do sério, no curto tempo em que eram vocês três morando juntas.
Alice e Billy ainda te olhavam com curiosidade quando vocês retornaram para a estrada, mas não falaram nada sobre o assunto e todos voltaram a caminhar.
Agatha e Rio estavam bem mais à frente, Agatha segurando forte o braço da ex-mulher, enquanto falava alguma amenidade dos anos que passaram, rindo alto para chamar sua atenção. Rio não ouvia nada, a cada poucos segundos olhava para trás e encontrava seus olhos, tentando transmitir seus pensamentos e o quanto ela te amava.
Você sentiu suas bochechas esquentarem quando encarou o rosto pelo qual se apaixonou e desviou olhar para Scratchy, o acomodando melhor em seu corpo. Você sabe que ele aguenta andar entre vocês, mas você meio que precisa de algum aterramento.
"Ela meio que é gata, não é?" Alice disse, para ninguém em específico. "Esquisita, mas gata. Acho que vou pedir o número dela".
Se fosse para disputar sua esposa com Agatha E ALICE, você gostaria de ser morta na próxima provação, obrigada.
"Rio Vidal já tem dona" Lilia cortou o assunto com raiva.
"Esse é o nome dela? Diferente. De onde você a conhece mesmo?" Alice perguntou ao mesmo tempo que Billy.
"Quem é a dona dela? Agatha?" Billy riu da própria pergunta, se lembrando do encontro delas na casa da bruxa, e agora, da interação na frente deles.
Você fuzilou os dois somente com o olhar, e todos voltaram a andar em silêncio. Apenas os sons das vozes de Agatha e Rio eram ouvidas ao fundo.
"O que é que você olha tanto pra essa menina, meu amor?" Agatha segue o olhar de Rio, quando ela vira a cabeça para trás pela vigésima vez.
Não é possível que Rio tenha se interessado por você, não é?
Agatha espera mesmo que não.
"Querida, olhe para mim quando eu falo com você." Agatha segurou firme o queixo de Rio, mantendo o rosto da bruxa verde de frente com o dela. Ela logo percebeu que o rosto de sua ex estava bem mais jovem. Estranho. "Qual é a desse rostinho jovem, meu amor?"
"Me larga, Agatha." Rio finalmente conseguiu se desvencilhar do aperto dela e pôs um espaço seguro entre elas. Não queria que você pensasse em coisa errada, Rio só precisa fazer umas perguntas pertinentes.
Dona Morte mudou de forma um pouco depois que Agatha começou a falar sozinha. Nenhuma das duas percebeu isso na hora. Rio sorriu com a mudança, feliz que o corpo dela ainda te reconhecia por perto.
Agatha arqueou uma sobrancelha. "De onde você conhece essa menina?" Perguntou novamente, ela estava começando a desconfiar de você.
"Não vejo como isso é da sua conta, Harkness" Rio disse o sobrenome com desprezo.
Agatha ergueu os braços em sinal de rendição. Estava perdendo terreno por aqui, melhor tentar uma abordagem diferente.
"E vem cá, que lugarzinho é esse?" Vidal questionou, cruzando os braços "Você e eu sabemos que o Caminho das Bruxas é uma farsa sua, sempre foi." Acusou.
"Ai, amor." Agatha segurou no peito, com horror. "Assim você me magoa," sorriu cinicamente, se aproximando.
Rio revirou os olhos, colocando mais distância. Pelo canto do olho te viu cabisbaixa e Lília tentando te animar. Foi então que um pensamento cruzou a mente dela. Você achava que ela queria Agatha de volta? Por isso estava agindo assim? Rio nunca faria isso com você! Ela precisava te dizer isso. E faria isso agora, mas Agatha a impediu, segurando o braço dela de novo.
"Ah, não. Querida, é muito feio ignorar uma conversa, sabia?" Agatha estava adorando te irritar, mostrar que ela conhecia Rio com a palma da mão e que elas eram feitas uma para a outra. Rio não percebeu o motivo de todo esse joguinho, ela só queria estar ao seu lado.
"Mas sobre esse lugar, eu realmente não sei onde estamos. Talvez no subterrâneo de Westview?" Perguntou para si mesma, mas logo descartou a ideia. "Pense nisso como uma imersão 3D." Ponderou animada, enquanto passava as unhas pelo antebraço da entidade da morte.
Rio estremeceu com o toque. Agatha interpretou isso como tesão, um vislumbre dos velhos tempos. Já Rio ficou enojada com Harkness a tocando de uma maneira tão íntima. Só você podia tocá-la assim. Rio se afastou a passos largos. Se Agatha não lhe daria respostas, não tem motivo para continuar na presença dela. Ela precisava se concentrar em descobrir o que tinha acontecido com você.
Se você não conta, talvez Lilia possa esclarecer a mente dela. Ou o garoto Maximoff. Ela pode descobrir alguma coisa dele, antes de levar sua alma embora.
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o melhor presente - PARTE 2/3
numa cabine da casa de banho, tiro o vibrador dentro de mim, coloco dois dedos bem fundo e envio-lhe um vídeo a mostrar o quão molhada estou. responde no segundo e diz para eu voltar imediatamente para ele, para a mesa. sorri pela pequena transgressão mas decidi aceder: volto a colocar o vibrador dentro de mim, lavo as mãos, retoco o rosto e retorno à mesa. ao chegar, vejo que se está a controlar para não sorrir e diz que aquela manobra me vai sair cara - ainda bem, não fiz por menos.
chega a sobremesa, dividimos com toda a ternura e amor que nos envolve, dá-me um beijo e diz que me ama - é um romântico - , diz que vai pagar mas que espere por ele na porta. vou andando e fico a ver as pessoas que vão passando por mim sem imaginar a sorte que tenho mas logo a minha mente vagueia, quando tusso e me relembro que hoje a sorte é dele. quando chega ao pé de mim, dá-me uma fita acetinada grossa, preta, e diz para eu guardar.
voltamos ao carro mas, antes de entrar, encosto-o contra a porta, abraço-o e beijo-o intensamente para que saiba que estou agradecida. empurro o meu corpo contra ele e sinto-o ficar duro. tento alcançar o seu volume com a minha mão mas ele agarra-a antes de eu conseguir e diz para entrar no carro. bem, tentei. dentro do carro, pede-me a fita e pede que me vire: venda-me, chega o meu banco para trás, inclina-o um pouco e põe-me o cinto.
começamos a andar e eu não vejo absolutamente nada. não sei onde vamos e ele não me está a tocar. tento ir ao encontro da mão dele mas afasta-se e diz que não. volta ao seu tom rígido e diz que tenho sido indisciplinada e que tem de corrigir isso. coloca uma mão entre as minhas pernas e afasta-as com força. pede que suba o vestido e fique à mercê dele e de quem consiga ver lá fora e que remova o vibrador. obedeço quase sem respirar.
assim que o tiro, sinto a mão dele fria a encaixar-se na minha cona quente. arrepiei-me e ele bate-me levemente. solto um gemido e ele ordena que me cale, que me silencie. volta a bater, belisca-me a coxa e eu abafo o som, que de mim sai, com as mãos. desnuda-me um peito e depois o outro. bate-me nas mamas, belisca-me os mamilos e busca a minha boca. a mão dele cheira a mim, beijo-a e afoga-me dois dedos na boca. faço questão de os deixar bem lambuzados quando me deslizam pela língua. a mão dele desce novamente e, com os dois dedos, vai circulando o meu clitóris, abrindo-me como se de uma flor me tratasse, batendo gentilmente, esfregando-me até a minha respiração ficar rápida, pondo um e dois dedos para garantir que me mantenho molhada. estou encharcada, desejosa dele, a gemer baixinho para que não me castigue.
o caminho vai-se fazendo assim até que me agarra na mão, para que o sinta duro, por baixo das calças. começo a massajá-lo e a despi-lo devagarinho. apalpando o meu caminho na escuridão da fita acetinada. procuro o pescoço dele para o beijar enquanto o vou masturbando. imploro-lhe ao ouvido que me deixe chupá-lo e aceita com desprezo. passo a minha língua na cabeça e cuspo. volto a masturbá-lo com vigor e ouço-o gemer baixinho. vou acompanhando o ritmo e profundidade da minha boca com as minhas mãos e vou cada vez mais fundo.
já o consigo sentir na minha garganta e fico cada vez mais molhada de imaginar o seu prazer em sentir-me quente. vou alternando a velocidade para que me deixe ficar ali o resto da viagem, a desfrutar dele. enquanto o chupo e lambuzo todo, vai me colocando os dedos, como pode, batendo no rabo e apertando-o. tentando chegar ao meu clitóris para me ouvir gemer.
de repente, pede que pare e que me volte a sentar. tenho o queixo todo babado e saliva a escorrer pela cara e pelas mãos. encosta-me ao meu banco, puxa-me o decote do vestido para cima e pede que me componha rapidamente. o carro pára e temos um compasso de espera, ouço-o falar no intercomunicador com alguém mas não percebo bem. o carro avança um pouco mais e estaciona. diz-me que já chegámos e que já me vem buscar, depois sai do carro, ouço a mala a abrir e a fechar e abre-me então a porta. como cavalheiro que é, ajuda-me a sair, fecha a porta e o carro e leva-me pela mão.
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Acalme o seu coração!
Fique sozinha por algum tempo, até finalmente se reencontrar. Pare de insistir, de tentar entender ou implorar pra que essa pessoa volte.
Respeite decisões que estejam além do seu controle e simplesmente DEIXE IR. Nada que você precise implorar, forçar ou se despedaçar pra ficar valerá a pena.
Dói, eu sei, não é fácil.. Mas confie!
Quanto menos tentar controlar e mais deixar as coisas fluirem, mais livre estará para enxergar melhores caminhos e seguir em frente.
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Yes, Sir! —Capítulo 19
Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 23 anos e Harry tem 35)
Aviso: O capítulo terá o ponto de vista de Aurora e Harry.
NotaAutora: Finalmente saiu a reescrita do capítulo espero que gostem.
Aurora
Era inútil tentar escapar. A dor era intensa, esmagadora, como se meu coração estivesse sendo esmagado, tornando impossível respirar. As lágrimas fluíam livremente dos meus olhos, enquanto meus dedos tremiam incontrolavelmente, incapazes de realizar qualquer tarefa simples. Tentei me manter em pé, mas falhei. Caí de joelhos na grama fria, sem me importar se alguém me visse naquela condição.
Por quê?
Por que ele fez isso comigo?
Por que ele tinha que ser casado?
Por que ele me fez sentir algo por ele?
Sentia meu coração se partir em milhares de pedaços, como um vidro frágil estilhaçado no chão. Minha cabeça girava, e a sensação de desmaio se aproximava novamente. Fechei os olhos, deixando meu corpo se afundar na grama úmida, tentando encontrar algum conforto na frieza do solo. Encolhida, fiquei ali por alguns minutos, enquanto as lágrimas continuavam a cair, molhando meu rosto e a terra abaixo de mim.
Uma mão tocou meu ombro suavemente, interrompendo meu turbilhão de pensamentos.
— Ei, está tudo bem com você? — A voz masculina era baixa e preocupada. — Moça?
Abri os olhos com esforço e olhei para cima.
— Nick?
O universo só podia estar de brincadeira comigo. Ele, de todas as pessoas, tinha que me encontrar assim?
— S/N! O que faz aqui? O que aconteceu? — Ele se abaixou, seus olhos me analisando com preocupação genuína. — Você se machucou?
— Não, eu não estou bem, mas não estou machucada.
Não queria falar sobre isso, muito menos com o cara que trabalhava para o meu pai. Era humilhante ser vista nessa situação.
— Precisa de ajuda? Quer que eu te leve para casa? — Ele insistiu, claramente desconfortável com meu estado.
— Não precisa — murmurei, abaixando a cabeça para evitar seu olhar.
— Eu não posso te deixar aqui assim — Nick disse, sua voz tão gentil. — Aurora, tem certeza que não precisa de um hospital?
— Não — eu disse, tentando soar mais convicta do que realmente me sentia.
Ele hesitou por um momento, mas então disse suavemente:
— Por favor, deixe-me te levar para casa?
Suspirei, sabendo que ele não desistiria.
— Ok — respondi finalmente, aceitando a ajuda.
No caminho de volta, o silêncio entre nós era pesado. Olhei pela janela, tentando controlar as lágrimas, mas falhei. Acabei desabando no banco de trás do carro de Nick, soluçando baixinho. Ele me olhava pelo retrovisor, visivelmente aflito, mas não disse mais nada.
Assim que o carro parou na frente da minha casa, eu corri para dentro, sem me despedir. Nem respondi meus pais, que apareceram na porta, visivelmente preocupados. Nick provavelmente já havia mandado uma mensagem para eles. Minha mãe veio atrás de mim, mas fui rápida em trancar a porta do quarto e me joguei na cama, desejando poder esquecer tudo o que acabara de acontecer.
Meu telefone começou a tocar, me arrancando do sono inquieto. Não sabia quanto tempo havia passado. Olhei para a tela e vi que eram 4 horas da manhã. Quem em sã consciência me ligaria a essa hora?
Minha respiração ficou presa na garganta quando li o nome na tela.
H.
Meu coração acelerou, uma mistura de dor e esperança brotando em mim. Por que ele insistia em me machucar? Eu queria atender, queria ouvir sua voz, mas a dor era insuportável. Ele havia partido meu coração há menos de 24 horas. Como eu poderia suportar ouvir qualquer coisa que ele tivesse a dizer? E se ele dissesse que sentia muito? E se ele finalmente dissesse as palavras que eu tanto almejei ouvir naquele verão?
Não, eu não podia fazer isso. Eu não suportaria. Com mãos trêmulas, apertei o botão de ignorar a chamada.
Harry:Aurora! Me atende, por favor.
Harry:Aurora, me desculpe.
Harry: Aurora, podemos conversar?
Harry: Aurora? Eu só quero poder explicar tudo a você.
Harry:Sinto sua falta.
As lágrimas voltaram a escorrer pelo meu rosto, queimando minha pele. Meu peito se apertava mais e mais. Eu queria que tudo aquilo não fosse real, que nada tivesse acontecido. Sem pensar, bloqueei o número dele antes de colocar o telefone no modo silencioso e jogá-lo para o outro lado do quarto.
Mas não adiantava. Meu cérebro estava preso em um loop infinito, repetindo cada momento doloroso. Um nó de ansiedade crescia no meu estômago, nauseante e constante, como se nunca fosse desaparecer.
O dia finalmente amanheceu, mas eu não podia dizer que acordei, porque não dormi. Chorei até meus olhos arderem e meu rosto ficar inchado. A vontade de gritar estava lá, mas minha voz já não existia. Meu coração estava em pedaços, espalhados por todo o quarto. Nada mais seria como antes.
E eu o odiava.
Odiava-o por ainda amá-lo. Odiava-o por ter mentido. Odiava-o porque nunca mais poderia confiar em alguém.
Odiava-o porque ele nunca foi verdadeiramente meu.
E odiava-o porque, mesmo depois de tudo, eu ainda sentia sua falta.
Ouvi a porta do quarto sendo aberta. Minha mãe devia ter uma chave reserva.
— Bom dia — Georgia sentou-se na beirada da cama, sua voz suave e preocupada. — Está melhor? Trouxe seu café da manhã.
Olhei de relance para a bandeja que ela segurava. A comida estava exposta de forma bonita, mas a simples visão dela fez meu estômago se revirar.
Levantei-me rapidamente e corri para o banheiro.
— Ei, está bem? — Ela perguntou, a preocupação em sua voz crescendo.
— Sim, eu só não estou com fome — respondi, minha voz ecoando pelo banheiro.
— Podemos conversar? — Ela perguntou, cautelosa.
— Não estou afim — respondi, voltando para a cama e me encolhendo sob as cobertas.
— Aurora, o que aconteceu? Alguém machucou você? Por que Nick a encontrou chorando em um gramado? O que aconteceu na casa dos Styles?
Uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto. Antes que eu pudesse detê-la, comecei a chorar novamente, os soluços escapando antes que eu pudesse conter.
— Fale comigo, por favor, Aurora — ela disse suavemente, me puxando para um abraço. Eu desabei em seus braços, a dor transbordando. — Ei, calma, vai ficar tudo bem.
— Eu não posso, eu não posso lidar com isso agora, dói muito — soluçava, as palavras mal saindo entre os soluços.
— Só me diga, alguém fez algo com você? Não nos deixe preocupados assim — ela insistiu, o medo em sua voz.
— Eu estou bem, ninguém fez nada comigo, não fisicamente — respondi, tentando tranquilizá-la, mas falhando miseravelmente.
— Então me conte o que aconteceu — ela pediu, sua voz cheia de uma paciência dolorosa.
— Eu… — Tentei achar forças para dizer, mas as palavras ficaram presas na minha garganta, incapazes de sair.
— Tudo bem, eu espero — ela disse suavemente, me abraçando novamente. — Eu estou aqui, vai ficar tudo bem. Talvez não agora, mas você vai ficar bem.
Já fazia alguns dias que eu não saía da cama. Desisti de trabalhar com meu pai, e ele, obviamente, ficou furioso. Mas eu não conseguiria encarar o Nick depois de tudo. Minha mãe e Georgia têm sido atenciosas comigo, o que é estranho. Mesmo sem eu comer, elas sempre trazem comida para mim. Ainda não contei nada à Georgia, mas acho que já consigo fazer isso sem desmoronar de novo.
Hoje, Georgia resolveu deitar comigo à noite para vermos algum filme. Ela tem feito isso em várias noites, quando me ouve chorar.
— Já escolheu? — diz ela, enchendo a mão de pipoca.
— O Massacre da Serra Elétrica — respondi, apertando o play.
Assim que o filme acabou, ela já estava sonolenta.
— Acho que vou indo dormir. Amanhã é um dia longo no escritório do papai.
Ela estava se levantando quando segurei sua mão. A hesitação pesou no ar, e senti meu coração acelerar.
— Espere. — Minha voz saiu trêmula. — Eu... Eu estou pronta agora.
Georgia se acomodou novamente ao meu lado, o olhar dela era uma mistura de curiosidade e preocupação.
— Você quer conversar? Sobre aquela noite? Tem certeza?
Eu respirei fundo, tentando encontrar as palavras. Não sabia como começar. As memórias se formavam como um nó em minha garganta, dificultando a fala.
— Sim, mas... — minha voz fraquejou. — Eu... Eu nem sei como começar...
A dor das lembranças ainda era tão nítida, cada palavra carregava um peso esmagador.
— Eu me apaixonei... — comecei, sentindo uma pontada no peito. — Por alguém que eu não devia... Era o meu professor, Georgia. Eu sabia que era errado, mas... aconteceu.
Minha voz falhou de novo, e uma sensação de sufocamento tomou conta de mim. Continuei, mesmo que cada palavra fosse uma luta.
— Tentamos nos afastar, mas... foi inútil. — As lágrimas começaram a escorrer, eu mal conseguia respirar. — Ele era... incrível. Fazia-me sentir única. Nunca gostei de alguém tanto quanto gostava dele. Eu... eu pensei que estávamos felizes, mas... eu não sabia... juro que não sabia...
Fechei os olhos, tentando conter o choro. Quando os abri, encarei Georgia, que me olhava com uma mistura de choque e apreensão.
— Ele é casado, Georgia. — Sussurrei, a dor transbordando nas minhas palavras. — Casado com a amiga da Jane.
O choque estampou o rosto de Georgia, os olhos dela se arregalaram, e ela levou a mão à boca.
— O quê?! — A voz dela saiu num sussurro incrédulo. — Que... Que filho da puta! Eu não acredito... Como ele pôde...?
— Eu juro que não sabia. — Sussurrei de volta, sentindo o desespero me tomar novamente. — A Lily tentou me avisar, mas eu não quis acreditar. Brigamos por isso, e agora... agora me sinto uma idiota.
Georgia se aproximou de mim, a raiva e a frustração misturando-se com uma dor silenciosa.
— Você não tem culpa, Aurora. Ele... ele te enganou, ele é o culpado nessa história. Não você.
— Por favor, não conte à Jane. — Minha voz estava quase inaudível. — Eu não quero que a esposa dele saiba. Sei que ele merece, mas... gostei tanto dela, Georgia. Ela foi tão amável comigo... Eu me sinto ainda pior por isso.
— Tudo bem, eu não vou contar. — Georgia me abraçou, sua voz era gentil, mas firme. — Mas não se sinta assim, ok? Estou aqui. Sei que passamos por muita coisa e nos afastamos, mas eu sempre estarei aqui por você.
No dia seguinte...
— Bom dia. — Minha mãe passou pela porta, mas desta vez não havia uma bandeja de café da manhã. — Querida, não acha que está na hora de você sair desse quarto?
— Talvez... — murmurei, cabisbaixa.
Estava exausta de sofrer por Harry Styles. A dor era insuportável, mas eu sabia que não podia mais continuar me escondendo na segurança dessa cama que se tornou meu refúgio.
— Então vamos, filha. Tome um banho. O café da manhã está posto na mesa da cozinha, vem tomar café conosco. — Ela me lançou um sorriso encorajador antes de sair.
Esforcei-me para levantar da cama. Parecia que aqueles lençóis tinham se fundido à minha pele, uma proteção contra o mundo lá fora. Mas assim que fiquei de pé, a familiar sensação de náusea voltou. Tenho sentido isso todas as manhãs desde aquela noite. Corri para o banheiro. Quando saí, o mundo parecia se mover em câmera lenta. Estava ficando tonta, as paredes do quarto pareciam se aproximar. Tentei alcançar a maçaneta da porta, mas minhas pernas cederam, e meu corpo colidiu com o chão.
Acordei sob uma luz branca e fria, que parecia penetrar diretamente nos meus olhos, cegando-me momentaneamente. O cheiro de desinfetante preenchia o ar, e o ambiente era esterilizado e sem vida.
— Ela acordou, chame o médico. — Ouvi alguém dizer, a voz abafada pelo zumbido em meus ouvidos.
Pisquei várias vezes, tentando focar. O teto branco e liso do hospital me dava uma sensação de vazio, de desconexão. Eu estava perdida, sem saber como havia parado ali.
— Ei... — Senti uma mão quente tocar a minha. — Como está? — Virei-me para encontrar os olhos marejados de Georgia. Ela parecia ao mesmo tempo aliviada e apavorada.
Antes que eu pudesse responder, um médico alto, de cabelos escuros e olhar profissional entrou no quarto, começando a me examinar rapidamente.
— Você parece bem. — Ele disse, olhando para o monitor ao lado da cama. — Mas teve sorte. Mais um dia daquele jeito poderia ter sido muito prejudicial... para você e para o bebê.
As palavras dele me atingiram como um soco. Minha mente se recusava a processá-las.
— O que...? — Balbuciei, a boca seca. — Bebê?
— Como assim, bebê? — A voz de Georgia saiu quase num grito, cheia de surpresa e preocupação.
O médico olhou de um para o outro, percebendo a incredulidade em nossos rostos.
— Você não sabia? — Ele perguntou, a surpresa refletida em sua voz. — Parabéns, você está grávida, três semanas. Está bem no início, então tome bastante cuidado.
O mundo parou. As palavras dele ecoavam na minha cabeça, mas eu me recusava a aceitá-las.
— Não... — Minha voz era um sussurro trêmulo. — Não, isso não pode... Eu não posso estar... Não...
Senti um pânico esmagador tomar conta de mim. As paredes do quarto pareciam se fechar, e o ar ficou pesado, difícil de respirar.
— Deve haver algum engano... — Eu implorava, agarrando o lençol com força. — Eu não estou grávida. Não pode ser verdade.
O médico olhou para mim com compaixão, mas não hesitou.
— Fizemos o teste duas vezes. Não há engano. Você está grávida.
Eu sentia que o chão tinha sumido debaixo dos meus pés. O mundo que já estava caótico agora parecia desabar completamente. Georgia, ao meu lado, ficou pálida. A surpresa deu lugar a uma preocupação profunda, e ela estendeu a mão para segurar a minha.
— Aurora... — A voz dela estava cheia de medo. — Vamos dar um jeito nisso, ok? Você não está sozinha.
Mas eu não conseguia responder. Tudo o que conseguia pensar era em como isso não podia estar acontecendo. Como meu mundo havia virado de cabeça para baixo tão rapidamente.
Harry
— Tudo certo, querido? — Violeta tinha aquele olhar de esperança assim que entrei em casa. — Querido? — Eu passei por ela sem dizer uma palavra. — Harry? — Subi as escadas. — Harry!? — Ela me seguiu, segurando meu braço. — O que foi? Aconteceu algo?
— Eu quero...
— O que você quer?
— Eu quero o divórcio.
— Do que você está falando? — A confusão tomou conta dos seus olhos, enquanto ela tentava processar minhas palavras.
— Não dá mais. — Entrei em nosso quarto, e ela me seguiu, fechando a porta atrás de nós.
— Harry, pare de brincadeira, isso não é legal. — A voz dela estava embargada, uma risada nervosa escapando como se ainda esperasse que tudo fosse uma piada de mau gosto.
— Não estou brincando.
— Acabamos de ter uma noite incrível e agora você quer o divórcio? — Perguntou num tom que oscilava entre incredulidade e pânico, o sorriso hesitante ainda presente em seus lábios.
— Exatamente por isso, nós estávamos bem só hoje! Porque, antes disso, quando foi que estivemos bem? Eu nem me lembro. — Minha voz saiu mais ríspida do que eu pretendia, carregada de frustração.
Seu semblante começou a mudar, como se a ficha estivesse caindo aos poucos. Ela parecia desnorteada.
— Você nem estava aqui, como poderíamos estar bem se você se recusava a encarar sua família? — A dor em sua voz era palpável, cada palavra carregada de um peso que eu conhecia bem.
— Nós estávamos mal, bem antes disso. Nós não somos mais aquele casal apaixonado, eu não te amo como antes, talvez eu já nem te ame mais... — A confissão saiu amarga. — Eu estou confuso, talvez eu só esteja me agarrando à ideia de como nós éramos, da nossa família feliz desde o dia que você me destruiu.
— Harry... — Ela olhou para mim, incrédula, a esperança se esvaindo rapidamente de seus olhos. — Pensei que já tivéssemos superado isso. Você me perdoou, você disse que me perdoou...
— Eu menti! — O peso da verdade me atingiu com força. — Eu não posso ignorar tudo o que senti naquele dia, eu não consigo mais. Você transou com meu melhor amigo, porra, como se supera isso? — Senti meus olhos arderem, mas forcei as lágrimas a ficarem onde estavam.
— Eu não sei mais o que posso fazer para você me perdoar... Eu não falo mais com ele, eu mudei, você sabe disso. Desde aquele dia, tudo que tenho feito é tentar me redimir pelo que fiz. — A voz dela estava embargada, a culpa evidente em cada palavra.
— Nada, você não precisa fazer mais nada, porque nós dois não temos mais conserto. Eu não quero mais fazer você sofrer, eu não quero mais sofrer também. — Minhas palavras saíram firmes, mas por dentro eu sentia o vazio crescer.
— Harry, eu não quero que a gente termine, por favor, não termine... Eu te amo! — Ela veio até mim, me beijando desesperadamente, como se tentasse me convencer com seus lábios, mas eu só a deixei. — Nós podemos superar isso. — Seus lábios novamente foram de encontro aos meus, mas dessa vez eu a afastei.
— Não, não podemos. — Minha voz saiu mais firme do que eu esperava.
— O que mudou? O que mudou desde o dia em que você me disse que queria voltar para casa, para nossa família, para mim? — A dor em sua voz era evidente, mas eu precisava dizer...
— Eu... Eu dormi com alguém.
— O quê? — O choque em seu rosto foi imediato, seus olhos arregalados, como se ela estivesse tentando processar o que eu havia dito.
— Sinto muito...
— Tudo bem. — Ela me interrompeu, segurando meu rosto entre suas mãos trêmulas. — Tudo bem.
— Tudo bem?
— Eu... Se você fez isso como uma forma de se vingar de mim, eu entendo. — Sua voz tremia, mas havia uma aceitação amarga em suas palavras.
— Eu não fiz isso para me vingar, eu realmente queria muito isso, mas só aconteceu... Eu não planejei isso. — Minhas palavras saíram apressadas, tentando justificar o injustificável.
— Tudo bem, eu perdoo você. — Ela acariciou minha bochecha com uma ternura que só me fazia sentir mais culpado. — Eu amo você, Harry, mais que tudo nesse mundo, eu amo você, eu amo você e não importa o que aconteceu, eu vou continuar amando você.
— Não está tudo bem! Não é assim que um casamento deveria ser! — Tirei suas mãos de mim, a frustração explodindo de uma forma que eu não conseguia controlar. — Olha, acho melhor eu ficar na casa em que ainda estou, e você e as meninas na nova casa. — Pisquei rapidamente, tentando afastar as lágrimas que ameaçavam cair.
— Espere, você não vai conosco para a nova casa? Vai nos deixar assim? Tão rápido? Você nem ao menos cogitou a ideia de que podemos superar isso, juntos? — O desespero em sua voz era evidente, sua necessidade de segurar algo que já estava escorregando por entre seus dedos.
— Você não liga de eu ter traído você? Você não sente raiva de mim? Você quer viver o resto da sua vida assim? — Minhas palavras saíram cheias de incredulidade, tentando entender como ela podia aceitar algo que eu mesmo não conseguia.
— É lógico que eu ligo! A dor da sua traição é enorme, mas eu não posso te julgar depois do que eu fiz. Eu sou a culpada de tudo isso, mas só de saber que vou perder você, a dor é insuportável... Eu não quero te perder. — A voz dela estava embargada, suas palavras eram uma mistura de tristeza e desespero.
— Eu não posso... — suspirei, cansado. — Eu não consigo viver com isso.
— Você a ama? — A pergunta saiu baixa, quase um sussurro, mas a intensidade em seus olhos me prendeu no lugar.
— O quê? — Meu coração acelerou, e eu senti uma onda de culpa me consumir.
— Essa mulher com quem você ficou... Você está apaixonado por ela? — Sua voz tremia, a insegurança se infiltrando em cada palavra.
— Por que está me perguntando isso?
— Porque você mudou... — A dor em seus olhos era evidente. — Você mudou desde que foi morar em Boston, eu consigo ver isso no seu olhar. — Ela hesitou por um momento antes de continuar, a voz quase se quebrando. — Você está, não está?
— Não falei besteiras, Violeta... — As palavras saíram baixas, carregadas de arrependimento.
— Harry, você não pode deixar a gente, não agora. — Ela se ajoelhou aos meus pés, e eu senti meu coração se partir mais um pouco.
— Violeta, por favor... — Me ajoelhei em sua frente, e ela me abraçou com tanta força que doeu, mas não tanto quanto meu peito. Por mais que amasse Aurora, uma parte de mim ainda se importava com Violeta. Ela é mãe das minhas filhas, e ela sempre estará em minha vida. Vê-la sofrer me machuca profundamente.
— Eu estou grávida. — Ela suspirou em meu pescoço, sua voz carregada de uma emoção que eu não estava preparado para enfrentar.
— O que disse? — Minhas palavras saíram fracas, quase inaudíveis.
— Eu estou grávida, Harry.
— O quê?! Não! — O pânico começou a me dominar. Um turbilhão de emoções tomou conta de mim— choque, medo, descrença. Eu recuei, tentando processar o que acabara de ouvir. Ela só podia estar mentindo, manipulando a situação, tentando me segurar de alguma forma.
— Sim! — Ela afirmou, a voz carregada de uma certeza que eu não queria acreditar.
— Violeta, não mente pra mim... — Minha voz era um misto de descrença e desespero.
A dúvida me corroía por dentro, e a primeira pergunta que surgiu em minha mente foi: "Esse bebê é realmente meu?"
— Quer ver o ultrassom? — Ela foi até a gaveta e pegou um pequeno envelope, entregando-o em minhas mãos. — É um bebê real e é seu.
NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! ISSO SÓ PODE SER MENTIRA!
— Como isso aconteceu? — Perguntei, ainda incrédulo. O pavor crescia dentro de mim, alimentado pela incerteza que eu tentava sufocar.
— Você sabe como aconteceu, caso haja alguma dúvida, você pode ir comigo na consulta essa semana.— Ela disse quase em um sussurro, o olhar fixo no chão, como se sentisse o peso da minha suspeita.
— Isso é impossível, nós não transamos faz muito tempo.
— Aquele dia que fui te visitar em Boston... Quando fomos tomar café em família e colocamos Aurora para dormir, tomamos banho juntos, bem, você sabe o que aconteceu depois. — Sua voz estava carregada de tristeza, a lembrança daquele dia trazendo de volta uma onda de emoções que eu pensava ter enterrado.
— Mas eu... — As palavras travaram em minha garganta, a realização me atingindo com força. — Não pode ser...
— Mas é, Harry. Eu também estou muito confusa com a nossa situação, mas isso é verdade, eu estou grávida e é seu. — Ela se aproximou novamente, tentando tocar meu braço, mas eu recuei, meu corpo reagindo antes da minha mente.
Eu me afastei, uma mistura de emoções me consumindo— confusão, raiva, medo. Meu mundo estava desmoronando mais rápido do que eu podia processar, e tudo o que eu queria era fugir, escapar da realidade que estava me esmagando.
Violeta ficou parada, sozinha no meio do quarto, enquanto eu saía, sem olhar para trás.
Eu dirigi por horas, sem rumo, os faróis cortando a escuridão enquanto minha mente rodava em círculos. A revelação de Violeta sobre a gravidez ainda me atormentava, mas havia algo mais pesado em meu peito: Aurora havia descoberto tudo. A culpa me consumia, e eu precisava desesperadamente me explicar.
O tempo passou sem que percebesse, e quando olhei para o relógio, já eram 4 horas da manhã.
Eu parei o carro em um estacionamento deserto, o motor ainda ronronando suavemente enquanto desligava as luzes.Peguei meu celular e disquei número de Aurora. O som do toque ecoou no silêncio, cada segundo aumentando a minha ansiedade, até que a ligação caiu na caixa postal.
Aurora não queria falar comigo...
Sentindo o peso do desespero, eu decidi enviar uma mensagem:
Aurora! Me atende, por favor. Aurora, me desculpe. Aurora, podemos conversar? Aurora? Eu só quero poder explicar tudo a você. Sinto sua falta.
Mas meu celular permaneceu em silêncio. Aurora não respondeu. Eu olhei para a tela por um longo tempo, esperando que ela piscasse com uma resposta, mas nada. Em um suspiro, deixei meu celular de lado e inclinei o banco para trás, fechando os olhos.
Mas o sono não veio.
Horas depois...
E com o amanhecer já iluminando o horizonte, decidi que não podia mais fugir. Precisava encarar a realidade. Com o coração pesado, dei a partida e voltando para casa.
Violeta estava sentada no sofá da sala quando entrei. Ela parecia exausta, como se não tivesse dormido a noite inteira. Quando me viu, seus olhos se encheram de esperança e medo ao mesmo tempo.
— Onde você esteve? — A voz dela saiu baixa, mas cheia de uma preocupação que não esperava.
Eu não respondi de imediato, fechando a porta atrás de mim fui me aproximando lentamente. Sentei-me ao lado dela, o silêncio entre nós gritando mais do que qualquer palavra.
— Eu precisava pensar. — Finalmente disse. — Precisava de um tempo para processar tudo.
Violeta assentiu, o olhar fixo em suas mãos trêmulas.
— Eu não quero que você vá embora, Harry. — Ela murmurou, sua voz quase se quebrando. — Eu sei como tudo ficou tão complicado, sei que a culpa é minha, mas eu... eu não quero que isso acabe assim.
— Eu também não quero que tudo termine assim, Violeta. — Suspirei, passando as mãos pelo rosto cansado. — Mas eu preciso ser sincero com você... Eu estou confuso. Quando você me disse que está grávida, tudo ficou ainda mais complicado. — Fiz uma pausa, as palavras que viriam a seguir eram extremamente difíceis de dizer. — Eu preciso saber se esse filho é realmente meu.
Violeta engoliu em seco, sentindo o peso daquela dúvida cair sobre ela como uma tonelada de tijolos.
— Eu entendo por que você tem dúvidas, mas eu não mentiria para você sobre isso. — Ela respondeu com a voz baixa, o olhar finalmente encontrando o de Harry. — Eu sei que fiz coisas imperdoáveis no passado, mas eu juro que esse bebê é seu, Harry.
Eu a observei por um longo momento, tentando decifrar a verdade em seus olhos. Eu queria acreditar nela, queria desesperadamente confiar em suas palavras, mas a dor do passado ainda me segurava com força.
— Eu quero acreditar em você, Violeta. — finalmente disse, minha voz quase um sussurro. — Mas a confiança entre nós está tão quebrada que eu nem sei mais o que é verdade ou mentira.
As lágrimas voltaram para os olhos de Violeta.
— Eu não sei como consertar isso, Harry. Eu não sei o que mais posso fazer para você confiar em mim novamente. — A voz dela falhou no final, e ela desviou o olhar, incapaz de suportar o peso da situação.
Suspirei sentindo o cansaço emocional começar a pesar sobre mim novamente. Eu não queria brigar mais, não queria aumentar a dor que nós já estavam sentindo.
— Talvez... talvez eu precise de mais tempo para pensar. — Sugeri, tentando encontrar alguma solução que não causasse mais sofrimento imediato. — Mas eu prometo que não vou abandonar você e as meninas, Violeta. Eu só... eu só preciso de um tempo para processar tudo isso.
Violeta assentiu, aceitando a resposta, mesmo sabendo que de fato eu não mudei de ideia sobre o divórcio e que o tempo poderia nos afastar ainda mais. Mas naquele momento, ela não tinha forças para lutar mais. Eu sei que tudo o que ela queria era que as coisas voltassem a ser como eram antes, mas sabia que isso era impossível.
Então nós permanecemos sentados em silêncio por um longo tempo, cada um perdido em seus próprios pensamentos, tentando encontrar uma maneira de seguir em frente
Obrigado por ler até aqui 💗 O feedback através de uma ask é muito apreciado! Também como um reblog para compartilhar minha escrita com outras pessoas!
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O LOBO E A BRUXA
O lobo, cansado de ser o mau da fada, farto de ser visto como o vilão da história, foi percorrer novos caminhos, onde ninguém o conhecesse, onde ninguém tinha preconceito contra ele, queria poder começar uma nova história onde ele não fosse o odiado, onde ninguém foi odiado.
Depois de muito caminhar, depois de passar muito tempo sozinho, então encontrou-a sentada em uma rocha no caminho, com as mãos cobrindo o seu rosto, o seu vestido preto, lindo mas não tão vistoso, o seu cabelo emaranhado, com uma beleza nada comum, os seus sapatos, também pretos, algo poeirento por tanto andar.
Ele perguntou-lhe:
- Olá, o que fazes aqui tão sozinha?
E ela, surpreendida, disse-lhe:
- Estou aqui tentando me afastar da maldade alheia, que só enxergam seu exterior e te julgam pela sua aparência sem sequer tentar descobrir ou conhecer mais nada sobre você, me afastar daqueles seres que dizem ser bons mas agem contra as suas palavras, seres cheios de hipocrisia e falta de compaixão.
O lobo olhou para ela, sabendo claramente o que ela queria dizer, aproximou-se um pouco sabendo que não seria rejeitado pelo que é, desejoso de companhia e sentindo a necessidade de dar companhia.
- Queres companhia? Posso acompanhar-te um pouco?
Ela, enxugando suas lágrimas e deixando ver seus lindos olhos, olhou para ele e disse:
- Claro que podes, para mim seria um prazer, só te peço que me acompanhes, não por pena, mas porque nasce do teu coração, quero me sentir amada pelo que sou sem que me apontem ou continuem estereótipos de bondade que acabam sendo cruéis e, portanto, muito mais Malvados.
- Eu fico porque quero, porque, como você, eu sou um incompreendido e porque, no meu coração, eu sinto que podemos derrubar barreiras e sermos felizes juntos. Ela riu enquanto ele se aconchegou aos seus pés.
- Você é muito querido, aparentemente sua aparência é apenas uma couraça, uma pétreia couraça, mas dentro de você é mole e carrega doçura, eu posso sentir isso. Ele olhou para ela com um olhar que desprendeu amor.
- Então eu ficarei ao seu lado até que a lua deixe de ser motivo de poemas e as estrelas não espreitem mais no céu noturno.
- Sente-se perto de mim, não aos meus pés mas ao meu lado, disse ela enquanto acariciava sua cabeça.
- Não posso recusar seu convite, mesmo que quisesse, há algo em você que me enfeitiça, acho que são seus olhos profundos ou sua voz que soa a poesia. Ela corou, mas ele mal percebeu, ela estava escondida debaixo do seu capuz e a lua mal deixava ver um pouco do seu rosto que na verdade era lindo, não a beleza que você pode encontrar na maioria, era a beleza que lhe davam aqueles olhos tão expressivos, esse sorriso Tão eloquente, sem nenhuma maquilhagem, ela brilhava de beleza.
- Você sabia que as estrelas mais brilhantes nem sempre são as mais próximas? - perguntou ela - às vezes simplesmente as mais distantes brilham com tanto brilho que se deixam ver de longe.
- Bem assim acontece com tudo, há seres que brilham tanto que não conseguem esconder a sua beleza mesmo que queiram - disse isso enquanto colocava a cabeça no colo.
- Você não me conhece completamente, não pode saber como eu sou.
- Já conheço o suficiente sobre ti para saber que és alguém especial. Ambos olharam para o vazio, como procurando as palavras certas para continuar a conversa mas já estavam tão conectados que não precisaram de mais palavras por um bom tempo, ambos se perderam em seus pensamentos que se entrelaçavam.
- Sempre fui temido - disse ele quebrando o silêncio - minhas mandíbulas, minhas garras e minha aparência em geral fazem qualquer um fugir e me fazem ser odiado.
- Algo parecido acontece comigo, aparência é o que mais importa para a maioria, parece que uma mulher sempre deve usar tons pastéis para ser boa.
- Adoro a sua aparência, o comum não é o meu estilo, e posso ver que você é uma linda mulher, não me refiro apenas ao exterior.
- Mas eu insisto, você não me conhece completamente, você tem que conhecer minhas loucuras, meu lado mais diabólico e não tão belo.
- Isso não é preciso, somos seres muito parecidos, conheço-te porque me conheço, amo-te porque me amo, olho nos teus olhos e posso me perder neles, têm um brilho que nunca vi, posso ficar e viver no teu sorriso para sempre. Desde então uma nova história foi escrita, sem estereótipos nem preconceitos, no qual importa mais o interior do que o exterior, um verdadeiro conto de amor.
E dizem que desde então, em noites de lua cheia, ela se torna loba para percorrer a floresta ao lado dele e amar-se completamente, mas em outras noites ela, sendo bruxa, prepara alguma bebida para que ele possa tirar a pele de lobo e vestir-se de homem, não de um príncipe encantado montado em um brioso corcel branco, mas de um plebeu comum, com olhos brilhantes como estrelas, com braços fortes para poder carregá-la até seu leito de amor, porque quem disse que os vilões não sabem amar....
- desconheço autoria...
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two days after Cora's party; football team locker room w/ @jacobisalive Theodore adentrou o vestiário com uma sensação de familiaridade, mas logo percebe que algo estava diferente. O treinador Edward estava lá, cercado pelo restante do time, e uma tensão pairava no ar, como se todos estivessem à espera de algo. "Theodore, que bom que chegou, acho que agora estamos todos aqui." Disse Edward, treinador tinha o olhar fixo no quarterback com uma seriedade incomum, despertando a curiosidade e a apreensão de Theo. "Rapazes, quero que prestem atenção no que vou dizer a vocês..." a expectativa pairando no ar como uma nuvem carregada de incerteza. Theodore busca o olhar de seus companheiros, encontrando apenas confusão espelhada em seus rostos. "Este é o último ano para alguns de vocês e este ano é o ano em que podemos sair vitoriosos, por isso quero reforçar que todos precisam dar cento e cinquenta porcento de sí ou esta não será uma realidade."
Theo caminha sorrateiramente até Jacob e sussurra para o amigo. - Jacob, o que é que está acontecendo aqui? - Mas percebe que o mesmo desconhecimento habita os olhos do outro. Antes que pudesse organizar seus pensamentos, um homem até então desconhecido entra no vestiário, sua presença imponente preenchendo o espaço com uma autoridade imediata. "Esse foi um discurso bonito, Edward, mas eu assumo daqui." Imediatamente o vestiário inteiro fica em pavorosa com o reconhecimento de quem estava ali. Theo buscou imediatamente pelo olhar de Edward, mas o homem tinha os olhos fixos no chão, uma expressão de derrota em suas feições. "Sou Simon Towley e pelas caras de espanto vou presumir que sabem exatamente quem eu sou, o que não sabem é que deste momento em diante serei o novo treinador de vocês." Mais expressões de espanto pelo vestiário quando Simon se apresenta como o novo treinador, lançando um arrepio de choque e perplexidade entre os presentes. - Desculpe, mas isso é algum tipo de brincadeira? - Theo questionou perplexo, interrompendo o homem mais velho. - Você não é o nosso treinador, você é o treinador dos Trojans, o senhor Edward é o nosso treinador. Simon olhou Theodore de cima a baixo. "Desculpe, mas você é?" Theo o encarou com o queixo erguido. - Sou Theodore Clarke, Quarterback deste time. - Respondeu imediatamente, cruzando os braços diante da clara tentativa de intimidação do homem. "O Quarterback, muito bem, está é uma ótima observação senhor Clarke, significa que não é o acéfalo que imaginei que era quando pus os olhos no senhor." Disse o mais velho sem o maior pudor. "Sim, eu era o treinador dos Trojans, mas por grandes reviravoltas da vida, aqui estou..." E continuou, desta vez falando a todos os jogadores. "Meus caros atletas, hoje é um dia de mudança. Um dia em que devemos olhar para o futuro com olhos despidos de ilusões e enfrentar a realidade de frente. Como seu novo treinador, é meu dever anunciar que grandes transformações estão a caminho para este time.
Não se enganem, o caminho para a grandeza não será fácil. Não será um passeio no parque. Mas é a partir dos desafios que nos tornamos mais fortes. E é por isso que a partir de agora, todos vocês serão submetidos a testes rigorosos. Testes para suas posições. Testes para sua relevância neste time.
Deixe-me ser claro: ninguém está a salvo. Não importa seu histórico ou seu status neste time até agora. Todos estarão sujeitos à avaliação. Pois a grandeza não conhece complacência. Não conhece favores. A grandeza é conquistada com suor, sacrifício e determinação.
Então, preparem-se. Preparem-se para provar seu valor. Para mostrar que merecem estar aqui. Porque a partir de hoje, nada será dado de graça. Nada será garantido. Aqueles que não estiverem à altura do desafio serão deixados para trás. E apenas os mais fortes, os mais determinados, os mais capazes, permanecerão.
Este é um novo capítulo para este time. Um capítulo de mudança, de crescimento, de evolução. E eu estarei aqui para liderá-los, para desafiá-los, para moldá-los em verdadeiros campeões.
Que comecem os testes. Que comecem as transformações. E que apenas os melhores sobrevivam."
O discurso do novo treinador era uma mistura de promessas e desafios, suas palavras estavam carregadas de determinação e rigor. Ele tinha acabado de anunciar uma reviravolta radical, declarando que todos os jogadores teriam que passar por testes para manterem seus postos no time. O quarterback e seus colegas são pegos de surpresa pela magnitude da mudança imposta, a notícia ecoando como um trovão no silêncio tenso do vestiário. O que antes era familiar e estável agora se torna um terreno desconhecido. Theodore tinha a mais absoluta certeza de que aquilo não fazia parte da linha do tempo original, alguma coisa estava imensamente errada e um novo capítulo que se abre diante dele, repleto de desafios e incertezas estava prestes a começar.
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Começando no meio
Se você não sabe como começar uma história, experimente contá-la a partir do meio.
Existe uma técnica narrativa chamada in media res que significa "no meio das coisas". Ela é usada quando você inicia uma história a partir do seu desenvolvimento e não segue a comum linearidade, como é o caso de narrativas que começam pelo backstory, pela descrição dos personagens e do cenário que permeará os acontecimentos.
O benefício dela é introduzir o leitor diretamente no que está acontecendo. Quando usado corretamente, o in media res tem muito sucesso em chamar a atenção da pessoa que está lendo, justamente por criar curiosidade, identificação e imersão.
Para fazer um bom uso dela, aqui vão algumas dicas:
Selecione uma cena chave para iniciar sua narrativa, aquela que seja ideal para mostrar como as coisas funcionam. Tem que ser uma cena em que você pega o leitor pela mão para mostrar como é que as coisas funcionam na sua história. Você pode escolher aquele dia do personagem em que as coisas estão prestes a mudar. Ou simplesmente "o meio de um acontecimento".
Certifique-se de que essa cena inicial não esteja sobrecarregada de informações ou o leitor pode ficar confuso e desistir. Escolha algo que possa criar um tipo de conexão, alguma coisa que seja capaz de despertar um sentimento de identificação. Porque aí vai ser muito mais simples de despertar as perguntas que motivarão a continuidade da leitura.
A partir daí, você introduz as informações gradualmente. Fale um pouco sobre os personagens essenciais, deixe pistas, faça uso dos flashbacks. Não dê todas as informações logo de cara! A vantagem da técnica é justamente a de proporcionar certo mistério, já que eu estou no meio da história e posso acrescentar as informações conforme elas forem relevantes.
É uma técnica bastante comum no meio literário (e da dramaturgia), se você notar. Existe até uma discussão sobre não existir quem não use essa técnica, mas o ponto central sobre ela é optar pelo movimento no lugar da exposição. Em vez de começar fornecendo informações sobre o mundo, eu coloco o leitor dentro dele sem explicar nada a priori.
No meio das fanfics eu vejo muito o pessoal que está começando optar por esse caminho de descrever o cenário, as pessoas, mas talvez essa seja uma preocupação desnecessária e pode te impedir de quebrar a estrutura narrativa para conhecer uma nova forma de contar sua história.
Começar no meio te proporciona uma possibilidade de desenvolver a ideia de uma forma mais dinâmica e convidativa. Também pode te aliviar do sufoco de fazer uma introdução enfadonha e te põe para escrever aquilo que movimenta e dá vida à narrativa.
Você evita de se preocupar com muitos detalhezinhos logo no começo, sabe? E o seu leitor pode ficar mais interessado, já que vai ver a si mesmo envolvido pela trama (em vez de se sentar numa salinha de espera enquanto você cita a introdução da sua história). Não que isso seja uma regra universal e um truque infalível. Existem histórias que se dão super bem com a lineariedade. Por isso tenha em mente o seu propósito ao escolher uma técnica. Lembre-se: tem que fazer sentido!
Vou colocar aqui uns exemplos para você se inspirar:
"Um cão galopa pelas ruas, e atrás dele corre um rapaz. Uma longa corda une os dois e se embaraça nas pernas das pessoas, que ficam passando de um lado a outro, e se irritam e xingam; o rapaz murmura sem parar: 'Desculpe, desculpe', e, em meio às desculpas, grita para o cachorro: 'Pare! Stop!', e uma vez, cúmulo da vergonha, escapa-lhe também um 'Porra!'. E o cachorro continua correndo." - Alguém para correr comigo, David Grossman.
Nesse primeiro trecho, temos uma cena que aparentemente não tem nada de esquisito ou chamativo. A princípio, não parece nada demais, mas o título do livro leva o nome "Alguém para correr comigo", o que cria uma conexão com o que está sendo contado nas primeiras linhas. E aí, logo em seguida, quando você se pergunta "por que isso está acontecendo? Por que eles estão correndo?", você descobre que o rapaz sequer sabe o nome desse cachorro, de onde ele veio, etc. Com essa curiosidade, o leitor desbrava as próximas páginas, pois esse primeiro acontecimento desenterra uma série de informações que são fornecidas em um ir e vir na linha do tempo.
"O ceifador chegou no fim de uma fria tarde de novembro. Citra estava na sala de jantar, enfrentando um problema muito difícil de álgebra, baralhando variáveis, sem conseguir encontrar o X nem o Y, quando aquela variável nova e muito mais fatal entrou na equação de sua vida. Visitas eram frequentes no apartamento da família Terranova; por isso, quando a campainha tocou, não houve nenhuma suspeita - nada encobriu o sol, não houve nenhuma suspeita da morte à sua porta. Talvez o universo devesse oferecer esses avisos, mas os ceifadores não eram muito diferentes dos cobradores de impostos no esquema geral das coisas. Eles apareciam, cumpriam sua função desagradável e iam embora." - O Ceifador, Neal Shusterman.
Nesse exemplo, temos um dia normal interrompido por um acontecimento fora do comum: a visita de um ceifador. Isso também cria uma ligação muito boa com o título do livro e a sua sinopse, que explica que a humanidade venceu todas as mazelas: pobreza, doença, fome e até mesmo a morte. Mas ainda havia um desafio: o da superpopulação. Para isso, foi criada uma organização de ceifadores, que seriam os únicos responsáveis por tirar as vidas humanas. Quando a primeira cena que introduz o livro te coloca no cenário para te mostrar como isso acontece, você é transportado para dentro da história de uma forma muito natural.
Muito bom, né? Eu amo essa técnica.
Agora pense sobre isso: em que momento da sua história seu leitor vai ficar mais atraído por ela? Como você gostaria de mostrar sua história ao seu leitor?
É isso. Se inspire e pratique! ☕
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Aprenda que a nossa fé é totalmente dependente do Senhor. Paulo nos revela que: “Quando sou fraco, então é que sou forte”. Seja dependente de Deus em tudo que fizer e diga: “Se o Senhor não for, eu não vou, se não me der, eu não tenho; se não falar, eu não faço”. A Palavra de Deus diz que: “Bem-aventurado, feliz, o homem cuja força está em ti, em cujo coração os caminhos altos”. Sem JESUS esquece, nada podemos. Pare de achar que ‘você’ é bom em alguma coisa que faz, você só será bom quando Deus te capacitar, tá na Bíblia - “Sem mim nada podeis fazer”. João 15:5! Você pode até viver alguns momentos de felicidade, mas a verdadeira felicidade está em JESUS... Ele nos disse que no mundo teremos aflições, mas disse também para termos bom ânimo, pois Ele estaria junto de nós. Chega de andar fora da vontade de Deus, faça tudo para a glória DEle. Seja dependente DEle, precise DEle, e reconheça que sem Ele você nada pode fazer. Eu creio que a sua vida não será mais a mesma! Guarde esta palavra em seu coração: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?”. “Quero trazer à memória aquilo que me dá esperança”. Não importa as circunstância que você esteja vivendo, coloque a sua confiança em DEUS, deixe Ele acalmar seu coração com confiança e força. Diante das diversas situações diárias que enfrentamos, firmarmos sempre a nossa fé no Senhor, deixando sempre o nosso coração em Deus. Descanse, espere, e confie. Amém? - Ministério de Evangelização Fala DEUS 📖🔥 - #bomdia #palavradedeus #bibliadiaria #deusébom #jesus #maravilhosagraca #salvacao #sabedoria #espiritosanto #jovemsabia #devocional #milagre #jesusteama #versiculo #reinodedeus #pensenisso #ministeriofaladeus https://www.instagram.com/p/CpxFuOKLfX4/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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Uma pedra em meio a dois caminhos. em que momento o nosso querer fez a gente se meter em uma história que não é só nossa? não há explicação ou base cientifica que a felicidade se dará o início no momento em que deixarmos alguém pra trás para amar outro alguém. o que nos leva ser a terceira pessoa em meio a um amor desgastante entre duas pessoas onde existe a possibilidade de um novo recomeço mesmo com as idas e vindas? não é confortável ser a plateia ou a protagonista de uma história com dois atores principais. não é agradável ficar esperando a ligação de alguém quando se sabe que está com outro alguém. não existe a menor possibilidade de ser feliz com pouco ou só quando esse alguém está disponível. o que nos leva achar que a tentativa de fazer algo certo é persuadindo ela deixar esse alguém pra ficar conosco? é uma história como qualquer outra. são pessoas como qualquer outra. são fases ruins que acontece em qualquer relacionamento. por mais que você ache que será a escolhida, você não vai. se você acha que ela ou ele está pensando em você, não estão, porque isso só acontece quando a dificuldade existe. não tem como ser amor em algo que já existia entre duas pessoa. pode existir algo entre os três, mas alguém vai sobrar, alguém vai ter que se retirar, alguém vai sair quebrado e adivinha? Será você, não eles, você é só um pretexto pra aliviar a dor de uma relação fodida mais sem chance de um término.
Será que vale a pena acabar com uma vida ou uma história por outro alguém? será que vale a pena ficar se encontrando as escondidas pra ninguém descobrir? será que é satisfatório o telefone tocar e saber que existe outro alguém te esperando voltar pra casa? quando ela não puder a mensagem não vai aparecer e a ligação não vai acontecer, só se for escondido. chegará o momento que não haverá encontro as escondidas ou ligações a base de mentira dizendo que é do trabalho. você sonha com o fim pra ser feliz com alguém que não é seu. você espera que ela te escolha e deixa tudo pra trás pra ficar com você. você sonha em ser assumida pra poder andar de mãos dadas sem julgamentos, mas em algum momento tudo caíra por terra e saberá que ali não é o seu lugar e não merece ser meio termo ou segredo sujo de alguém. tudo no início é bom. tudo no começo é prazeroso e gostoso de se sentir. a mensagem não lida, a ligação recusada, dias sem ver, semanas sem notícias, tanta loucura pra nada. tanto esforço pra algo completamente errado que só descobrimos depois da queda.
Não alimente aquilo que não vai saciar a sua fome. não deixe que crie raiz em lugar que não é seu, porque não vai crescer e muito menos terá frutos. não espere que tudo irá terminar bem, porque não vai. não ache que as promessas feitas em meio ao tesão é um compromisso sólido, porque não é, é apenas pó. não ache que uma linda história irá ser escrita depois que acabar com a história de alguém, porque não haverá. ir ou ficar? lutar ou desistir? ser a segunda a pessoa em meio a outra? dar continuidade mesmo sabendo que no final será apenas você por você e que terá apenas lembranças de algo que não sobreviveu? A dúvida e a incerteza são os inimigos pra fazermos a escolha certa ou errada, porém deis do início sabemos as respostas e como irá acabar. sabíamos que alguém iria estar sobrando na história. sabíamos de tudo e um pouco mais, o problema é que não queríamos ver e muito menos deixar de viver uma fantasia mesmo sabendo que não irá se tornar realidade. em um quarto com uma cama escolhida pra vida inteira sabemos que só cabe duas e não três e você ficará apenas de fora observando, porque nunca houve uma escolha, você nunca foi escolhida, era uma apenas uma opção.
Elle Alber
#usem a tag espalhepoesias em suas autorias 🌈#espalhepoesias#lardepoetas#lardaspoesias#lardospoetas#lardepoesias#meuemvoce#escritos#pequenosescritores#pequenos textos#pequenospoetas#autorias#pequenosautores#versoefrente#pequenosversos#pequenasescritoras
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Death No More
Stardust Crusaders X Isekai! Leitora
Capítulo 4: A Amizade é Mágica
Capítulo Anterior - Masterlist
Tudo que você queria fazer agora era gritar de aborrecimento, como se acabar com suas cordas vocais fosse capaz de reverter esse erro. Deveria ter seguido sua intuição de não o ajudar para acabar assim, graças a sua vontade de proteger o protagonista iria apanhar do mesmo. Você respirou fundo, embora sua relação com o Kujo não fosse boa e ele estivesse desconfiado, ainda havia como reverter a situação ao seu favor, bastava usar as palavras certas de maneira convincente:
- Seu mal-agradecido do caralho! Esse cara estava controlando um negócio verde e branco, fazendo aquela enfermeira quase te deixar cego com a caneta, eu dou um soco que nem o mata e você vem com esse papinho de "alinhe-se para eu te meter a porrada."?! -Gritava, usando toda a raiva que tinha acumulado na discussão passada. -Namoral meu amigo, por que "tu" não vai colher um canavial de rola com a bunda?!
Julgadores dirão que foi uma escolha horrível xingar alguém com capacidade de acabar com sua vida em segundos, ainda mais se essa pessoa te achasse ser uma das culpadas pela ruína de toda sua vida, porém não foi tola ao ponto de só distribuir ofensas gratuitas para o Jotaro, sua nova ideia para provar inocência seguia uma rota diferente:
Se apenas dissesse: "Eu estava te protegendo!" com uma voz defensiva; ou então "Noriaki é o usuário!" Provavelmente o Kujo não acreditaria em você, visto que enquanto a primeira impressão de Kakyoin foi de alguém querendo ajudá-lo com o machucado, a sua foi um "Está com um corte na perna? E o Quico?", em paralelo, tendo em vista o privilégio do protagonista, onde todos no campus o adoravam ou o temiam, estava contando com a sorte para que sua explosão gerasse choque nele ao ponto de considerá-la genuína demais para ser uma simples atuação.
Ideias no calor do momento são as melhores ou as piores, não existe meio termo; esse sendo um exemplo de quando elas dão certo, dado que pela primeira vez conseguiu deixar o filho de Holly atordoado, não sabia se era pela rica quantidade de palavrões ditas em segundos, sua raiva, a criatividade para ofensas, ou uma mistura de ambos, mas conseguiu levar as coisas para o caminho que queria, algo digno de fazer uma dancinha mental da vitória.
-Mas que saco. -O neto de Joseph soltou seu bordão enquanto arrumava o chapéu com a cara de bunda característica, os olhos se desviando para o corpo desacordado do ruivo enquanto tentava raciocinar:
Você poderia estar falando a verdade, entretanto havia a possibilidade de estar mentindo e querendo que o homem baixasse a guarda. Uma situação de merda para Jotaro devido a sua natureza solitária, se fosse alguém com melhor capacidade social conseguiria dizer com mais precisão qual dos casos estava correto. Na possibilidade de a estudante estar sendo verdadeira, serviria como um sinal de alerta para ficar mais atento, dentre os vários alunos que poderia ter acusado de ser um inimigo, Kakyoin seria um dos últimos, em razão do único contato que tiveram não ter sido nada mais que amigável, enquanto a garota seria uma das primeiras, tanto pela briga na entrada, quanto por ter descoberto que ela consegue ver Stands, implicando que possui um.
-Deixe-me ver sua perna. -Você ordenou, fazendo com que Jotaro erguesse as sobrancelhas, confuso sobre por qual razão gostaria de ver a perna dele, as suspeitas aumentando. Rapidamente explicou seu raciocínio. -Você pensa que fui eu quem estava controlando aquela enfermeira. Explicando de maneira bem preguiçosa, meus poderes restauram coisas. Na discussão me disse que havia se machucado, posso te curar, se quiser.
Ele ponderou sobre isso, além do fato de odiar sentir estar em dívida com alguém, ainda não tinha total certeza da sua inocência, verbalizando sem enrolação tais coisas:
-Eu posso até te deixar me curar, mas saiba que meu stand vai ficar ao seu lado, qualquer movimento levemente suspeito, eu quebro sua mandíbula. -Respondeu, te ameaçando.
Sua reação foi revirar os olhos, não conseguindo evitar de comentar:
-Está devendo para agiota? - Gerando um bufo irritado no homem sem senso de humor.
Assim como o Jotaro disse, Star Platinum foi materializado ao seu lado, seu punho erguido a centímetros de distância da sua jugular, provavelmente para fazer do golpe o mais potente, caso fosse necessário. O stand, assim como o dono, era alto e musculoso, o olhar que te dedicava sendo nada menos que mortal, um indício da desconfiança que o filho de Holly tinha em relação a você. A figura humanoide, da mesma forma que no anime, possuía violeta em seu tom de pele, acompanhado de linhas douradas traçadas em seu peitoral e um pano branco cobrindo a virilha. Se não fosse pelo fato de saber que o usuário não tem o costume de bater primeiro e perguntar depois, pelo menos não quando há incerteza sobre o culpado, teria ficado intimidada com a possibilidade de virar uma polpa sangrenta por cometer algum deslize, mas como não estava com medo, sua maior preocupação era segurar a língua, não o provocando sobre porque a manifestação da alma dele andava seminua.
Usando uma força sobrenatural, conseguiu abster-se de fazer algum comentário imaturo.
Crazy Diamond foi invocado, todo o esplendor do stand rosa e azul com uma temporada de antecedência. O Kujo abriu a boca, porém fechou logo em seguida, ele estava surpreso por você estar falando a verdade e embora nunca fosse admitir em voz alta, maravilhado com seu stand. Uma onda de faíscas amarelas percorreu por todo o corpo do homem de forma rápida, o tecido de pele rasgado voltando ao estado inicial assim como sua calça, não deixando nenhum sinal do ferimento exceto pelas memórias.
Star Platinum sentiu a calmaria do dono, por consequência se desmaterializando. Não importava o quanto Jotaro tinha dúvidas da sua índole, não te agradecer seria uma grande falta de respeito, pois não havia nenhuma obrigação de curá-lo.
-Obrigado.
Tudo que recebeu foi uma pequena palavra de gratificação em tom estoico após todo o perrengue, nem um "Muito obrigado!" ou então "Valeu!", a falta de reconhecimento digna de trazer uma sensação de injustiça para qualquer pessoa normal, mas essa simples paroxítona de 4 sílabas foi como receber o melhor agradecimento do mundo, uma vez que sinalizava a pequena evolução no seu relacionamento com o rapaz de cabelos pretos. Não pôde deixar de sorrir de orelha-a-orelha, contente com seu feito.
-Cara, será que tem algum comprador de órgãos aqui? Eu venderia um rim para adquirir um gravador de voz e reouvir você falando isso.
Jotaro revirou os olhos, não te fazendo nenhum comentário zombeteiro como resposta, pois havia preocupações maiores na cabeça:
Aquela enfermeira.
Era uma situação revoltante, por causa da ganância de um lacaio de Dio, uma funcionária inocente seria prejudicada, uma vez quando os boatos da insanidade percorreriam o campus em questão de segundos se não conseguisse convencer os outros dois alunos presentes na briga. A sorte não estava ao seu lado, um deles ficou cego por causa do ataque, algo muito difícil de perdoar; mas a ideia de alguém ser preso de forma imerecida é digna de gerar fúria e no caso de Kujo, uma culpa avassaladora, devido a ser o responsável de certo modo, porque é graças a sua rivalidade com Dio que tudo isso aconteceu.
O rapaz gostaria de socar algo, quebrar tudo ao redor para tentar acalmar sua fúria, contudo isso adiantaria alguma coisa? Os eventos não seriam alterados; a visão do paciente jamais voltaria, nem a antiga imagem da enfermeira. Inferno! Não era possível sequer criar uma história condizente, o que diria? "Minha família possui inimizade com um vampiro, por causa disso o arrombado mandou servos para me atacar e esse lacaio utilizou o Stand para controlar a mulher. Inclusive, sim, poderes existem."? esse tipo de desculpa soava irrealista, embora fosse a verdade.
Mesmo não tendo ideia do que fazer ou como convencê-los, Jotaro colocou o estudante desacordado em seus ombros enquanto abria a porta do local onde foi atacado. Passos femininos foram ouvidos atrás dele, sem dúvidas sendo você.
-Eu já te agradeci, não espere mais que isso.
O comentário seco do filho de Holly não te intimidou nem um pouco, com um grande sorriso dizendo:
-Você não deve ter sido o único atacado a julgar pela sua cara preocupada e suponho que vai tentar provar a inocência da mulher. Cometi algum equívoco? -Piscou, confiante do quão certeira foi.
Kujo dificilmente mostra qualquer emoção, a exatidão com que consegue lê-lo chega a ser impressionante, mas jamais te deixaria saber quanto isso o deixa abalado, logo a única resposta foi:
-E? -Não sabendo onde a figura atrás dele queria chegar.
- Provavelmente quem foi atacado não possui poderes, qualquer explicação sua vai soar lunática, entretanto fica mais fácil acreditar em "coisas de maluco" quando presencia o milagre da cura na sua frente, não é?
Jotaro entendeu seu ponto agora, a habilidade de seu stand poderia fazer a visão do rapaz voltar, como não haveria nenhuma explicação condizente para o retorno abrupto, ambos se sentiriam compelidos a crer na história que contasse, mesmo sendo inimaginável. Porém tinha uma coisa que não saía da mente de Kujo:
-O que você ganha com isso? -Mulheres nunca se aproximavam dele sem segundas intenções, as fangirls sendo uma boa prova, devido à má experiência não pôde deixar de te questionar. -Você gosta de mim ou algo assim?
Uma risada zombeteira saiu dos lábios da garota, fazendo com que o homem erguesse uma das sobrancelhas.
Conhecendo o protagonista, era óbvio que faria essa pergunta em algum momento, a principal motivação para ajudá-lo era o remorso pela última vida, a necessidade de fazer pelo menos uma mísera mudança no mundo para se tornar um lugar melhor, evitando a morte de pessoas boas como Kakyoin, Abdul e Iggy, todavia não poderia passar essas informações para o estudante devido a sua situação ser mais estranha que a dele; dizer algo como: "Nem todos querem algo em troca, Kujo. Te ajudo porque é o certo." pareceria uma síndrome de herói, logo só havia uma fala correta nesse momento.
-Sim. Fique de quatro, princeso. Você será o jantar hoje.
O estoico parecia não estar acostumado com ser provocado, nem mesmo o flerte de suas seguidoras parecia ser tão desavergonhado, um pequeno vermelho foi visível nas bochechas do homem, antes de dizer:
-Vadia nojenta. -Enquanto escondia o rosto com o chapéu, fazendo com que a universitária tivesse uma crise de riso.
Provocá-lo era seu novo passatempo favorito.
A mente de Jotaro possuía dúvidas sobre as motivações da garota, a falta de interesse romântico foi tão clara quanto a luz do dia. O que estava acontecendo não era problema seu, não havia razão nenhuma para ajudá-lo, a primeira impressão de ambos foi horrível, vocês não são nem conhecidos, quem dirá amigos. Estar perto dele significava perigos constantes, grande chance de ser morta ou ferida a um ponto que nem seu stand consiga te curar, como já deve ter percebido após o evento do Noriaki, ainda assim a estudante internacional não parecia desistir.
-Vamos. -Essa pequena palavra sem entusiasmo foi a única coisa que saiu da boca do homem que carregava Kakyoin.
Você o seguiu com um sorriso de ponta-a-ponta, entrando na enfermaria.
O odor de cobre devido ao sangue derramado na sala contrastava com o cheiro esterilizado típico de qualquer ambiente hospitalar. A funcionária estava desmaiada com a forma seca do fluído, oriunda de quando o stand adentrou seus lábios. Em uma das macas se encontrava o estudante com o olho perfurado pela caneta, ao seu lado o amigo presente na situação.
Foi um evento traumatizante e desesperador para eles sem sombra de dúvidas.
O filho de Holly se aproximou dos rapazes.
-Vocês dois, a garota vai curar com poderes seus olhos, foi tudo um mal-entendido. -O protagonista comentou, tal como o assunto fosse o clima, não a vida de duas pessoas abaladas com toda a situação.
O fato de Jotaro ser tão sem noção na hora de falar é algo impressionante, nem tentando deixar as coisas mais leves, uma vez que um dos alunos ficou sem o globo ocular.
-QUAL SEU PROBLEMA?! -Com razão o rapaz machucado estava enfurecido, a forma leviana que seu problema foi tratado e desprezado geraria insatisfação em qualquer um. A promessa de "Não se preocupe, poderes mágicos vão reparar sua cegueira" soando como zombaria. O medo do homem pelo Kujo não importava nesse ponto, havia a necessidade de verbalizar todo o descontentamento. -VOCÊ ME CRITICA POR GRITAR DE DOR, SE VÊ NO DIREITO DE MANDAR OS OUTROS CALAR A BOCA E AINDA FAZ CHACOTA?! -O punho do estudante cerrou, um golpe seria desferido no Jojo, era uma boa hora para intervir.
- Espere! - Exclamou, fazendo com que a figura virasse para você, a expressão de fúria presente. -Sua vontade de bater no Jotaro é mais que justificada, mas essa maluquice que ele está dizendo é a verdade.
Uma zombaria saiu da boca do estudante, incrédulo em como alguém se juntou ao Kujo na brincadeira vil.
Era óbvio que somente acreditariam presenciando a cena, logo se aproximou do rapaz cego.
-Crazy Diamond! -Invocou a manifestação da alma novamente.
Para pessoas normais, Stands não costumam ser visíveis, então para os dois alunos nada havia mudado no cenário, embora a figura rosa e azul esteja do lado do homem prejudicado.
O processo se repetiu, raios amarelos passando pelo corpo do estudante, voltando ao estado inicial, a visão curada.
-Eu voltei a enxergar! -O jovem comemorava enquanto o amigo dele encarava chocado, descrente de todos os acontecimentos ao mesmo tempo que buscava alguma explicação lógica, mas não achando nenhuma.
- Stands são manifestações do espírito de luta, nem todos os possuem, fazendo com que ações que os envolvem não sejam visíveis. A enfermeira é uma vítima assim como vocês, foi controlada pelo usuário que nos atacou. -Jotaro explicou aos estudantes, desinteressados pela nerdês do assunto e mais focados na volta abrupta da visão.
Com o primeiro problema resolvido, questionou ao protagonista:
- Jojo, gostaria que eu curasse a mulher completamente?
Ele franziu a testa, confuso sobre por qual razão você estava perguntando isso.
- Tem um aluno desacordado nos seus ombros e eu julgo que vai levá-lo a algum lugar, meio que se enquadra em sequestro. Nenhum funcionário te deixaria sair nessas condições. -Explicou, recebendo um aceno de cabeça como resposta.
-Faça eu ter alguns minutos antes que a enfermeira acorde. -Exigiu.
A garota lançou um joinha com as mãos, Crazy Diamond mudando o alvo de cura, caminhando em direção a funcionária.
Assim como em Jotaro, uma onda de faíscas amarelas percorreu o corpo da mulher, curando as feridas internas que Hierophant Green gerou ao possuí-la, impedindo qualquer tipo de dano, entretanto diferente do rapaz, não deixou o processo de restauração acabar, desmaterializando seu Stand enquanto o estudante de cabelo preto conversava com os outros dois pacientes, instruindo-os a agir de forma que pareça não ter acontecido nada. Você também conversou com eles, embora sobre algo mundano:
-Antes da doutora acordar, coloque o termômetro perto da lâmpada do abajur e faça compressa quente de algo na testa, vai aumentar sua temperatura corporal de uma forma que vai parecer ser febre, por consequência vão conseguir o atestado que queriam.
Ambos te olharam surpresos por conseguir deduzir que o objetivo deles era faltar aula, antes de agradecerem a ideia genial. Kujo lhe deu um olhar reprovador, o qual você respondeu com um balançar indiferente de ombros, o sujo criticando a mal-lavada.
O neto de Joseph pulou a janela, usando o Star Platinum para conseguir levar o desacordado Kakyoin.
O protagonista tinha muitas dúvidas referentes a Dio, esperava que o tal Noriaki conseguisse responder algumas delas, tendo em mente já ter se encontrado com o loiro em algum momento, pois era seu servo.
Os passos da garota continuaram sendo ouvidos, mais uma vez você estava indo atrás dele.
-Mas que saco.
Agora era a hora da cobra fumar.
Pensamentos Aleatórios Durante a Escrita:
Jotaro: Você gosta de mim?
SN:
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