#movimento Luta pela vida
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POV: so the lord said to the serpent.
their throats are open graves, they use their tongues to deceive : vipers’ venom is under their lips. — ROMANS 3:13
⚠ TRIGGER WARNINGS: imagem e menção de cobras.
⚲ fenda, acampamento meio-sangue.
A coragem sempre parecia estupidez quando vista de longe.
Santiago sabia o que estava fazendo. Aquela não era sua primeira vez enfrentando campe e, por muito que as anteriores tenham sido apenas em simulações, correu em direção à fenda tão logo avistou a primeira serpente surgir, com a espada ainda por desembainhar. O ferro estígio lhe pareceu gelado ao toque, um lembrete de quem o acompanhava mesmo à distância, enquanto o restante do Olimpo vacilava. Não podiam esperar a ajuda dos deuses, não quando eram os segredos do panteão que os tornava alvo–e não quando era de seu interesse o manter esquecido. Se queriam ter alguma esperança de fechar a fenda e sair vivos, caberia a cada semideus tomar o destino em suas próprias mãos.
Encheu os pulmões e, erguendo Windshadow como um herói em fábula em meio a um grito de guerra, fez o metal e o vento cortarem o ar. Seus movimentos eram ágeis, calculados e precisos: para alguém movido pelo coração, Santi era formidável na luta. Os anos de treino haviam tornado a arma uma extensão de seu corpo, o golpear sua segunda natureza, e o poder de sua herança divina o ajudava a manter as serpentes contidas onde não podiam alcançar os demais campistas.
Por um ou dois minutos, nada que não o monstro existiu em seu campo de visão, e o seu Universo pessoal encolheu até que nada mais importasse. Como se convocada para o lembrar do que era realmente importante, ouviu a voz de Antonia em meio aos sons. Ela estava perto, perto demais–Santiago girou para a procurar com seus olhos, dando as costas a campi para confirmar que a melhor amiga estava em segurança.
E alguns clichês de Hollywood eram verdade, afinal: na fração de segundo entre a vida e a morte, o tempo corria devagar.
Uma das serpentes a quem continha escapou e, testando seus escudos, esperou pelo momento em que estava distraído para o atacar. As presas se afundaram em sua panturrilha, e a dor instantânea fez cada músculo de seu corpo enrijecer. Em um momento tomava a própria vitória como garantida, e no seguinte o controle sobre suas funções motoras parecia escorregar. Não gritou quando veio ao chão, preocupado que o anúncio de sua queda fizesse Tony o notar e correr para tentar salvá-lo.
Já estivera no limiar do aqui e do além muitas vezes antes, sempre guiado pelo impulso que o fazia agir antes de pensar. Naquela ocasião em especial, não se arrependia de suas escolhas. Havia sido criado para acreditar em uma vida após a morte, em um céu que o receberia de braços abertos e em um Deus benevolente que o acolheria como um filho em uma farta mesa de jantar. Há muito já não era um de seus discípulos mas, no momento em que se agarrava à própria vida com o desespero de quem tinha pelo que lutar, foi seu nome que se pegou sussurrando no campo de batalha, o espanhol lhe parecendo a maneira mais genuína de o voltar a chamar.
Sabia que o que esperava era o submundo mas, com o veneno em suas veias, era como se tivesse voltado a ter fé no impossível, a realidade sendo corroída pela lavagem cerebral que tanto o atormentara na infância. Caído às margens da fenda, a cacofonia dos sons da guerra ao seu redor se fizeram a cobertura perfeita e, consigo mesmo, Santiago começou a rezar–não por si mesmo, mas por todas as pessoas que tinha o privilégio de amar, e por quem prontamente daria sua vida se houvesse esperança de salvar.
Padre nuestro que estás en el cielo.
Sua espada pendia inerte ao lado do corpo enquanto a peçonha de campe o paralisava, seu efeito se espalhando com cada batimento cardíaco. Se pudesse erguer as mãos, o faria não em combate, mas em prece–para pedir que o primeiro Deus a traí-lo salvasse o lugar que chamava de lar.
Santificado sea tu nombre.
Havia poder em um nome, e dizê-lo em voz alta era o mais próximo que podia chegar de o invocar.
Venga tu reino. Hágase tu voluntad en la tierra como en el cielo.
Torcia para que a vontade do Deus que abandonara fosse menos volátil da do panteão a quem servia, e que o escolhera abandonar.
Danos hoy nuestro pan de cada día.
E mesmo então tinha algo pelo que agradecer: desde que deixara a família no passado, qualquer deus que por ele olhava nunca lhe havia deixado faltar. Era um privilégio viver em abundância, cercado de quem tinha afeto a dar. Seus vinte e sete anos de vida haviam valido à pena, e como despedida, listou cada um dos nomes de quem lhe importava mentalmente–canalizando a oração para os abençoar.
Perdona nuestras ofensas, como también nosotros perdonamos a los que nos ofenden.
Aquela era a parte difícil: mesmo em seu desespero por um milagre, não era capaz de o perdoar. Deus, deuses–todos sofreriam sua ira se o escolhessem salvar.
No nos dejes caer en tentación y líbranos del mal.
Estava delirando, percebeu–só assim para um Pai Nosso o reconfortar. Quando já não podia se prender ao que lhe restava de consciência, pôde ver uma figura familiar o notando e correndo em sua direção. O nome lhe veio à ponta da língua, mas o que lhe restava se força se esvaiu antes que o pudesse falar.
Amén.
⚲ enfermaria, acampamento meio-sangue.
Ao tentar abrir os olhos, suas pálpebras pareciam pesar, e a luz fria da enfermaria o cegou. O lugar irrompeu em expressões de surpresa e alegria, e soube não estar sozinho antes mesmo de os enxergar. Estavam ali por ele. Para o ver. Para garantir que estava bem. Santiago cobriu os olhos como se os esfregasse de maneira sonolenta por um motivo simples: não queria que o vissem chorar. Com um bocejo e atitude despreocupada, disfarçou a própria vulnerabilidade com a maestria de sempre.
Um a um, fez inventário dos rostos que o cercavam, tentando absorver todas as perguntas e palavras arremessadas em sua direção enquanto assimilava a sensação de despertar. Você ficou apagado mais de 24h, alguém lhe disse. Você é um imbecil, foi a repreensão que recebeu. Precisaram te manter dormindo até conseguirem filtrar todo o veneno, foi a tentativa de o ajudar a fazer com que as peças se encaixassem. Eu achei que ia precisar encomendar o caixã–, o som de um tapa interrompeu. A fenda foi fechada, a única pessoa com bom senso escolheu anunciar.
Um. Dois. Três. Quatro. Cinco. Seis… A contagem não estava completa–com um nó no estômago, percebeu que duas figuras queridas não estavam lá. Quando cada um dos presentes pareceu hesitar ao decidir o que dizer a seguir, soube exatamente o que precisava perguntar.
Sabia com a mais plena certeza que ela estaria ali se a escolha fosse sua. Só havia um motivo para que ela não o fosse visitar.
ʿ Cadê a Kat ? ʾ A pergunta cortou o silêncio como uma navalha. Ninguém teve a coragem de falar. ʿ Cadê a Kat, porra ? ʾ Tentou uma segunda vez, seu temperamento vindo à superfície ao perceber que ninguém sabia por onde começar. ʿ E Melis ? ʾ Acrescentou após checar cada um dos rostos uma outra vez, e novamente nenhuma das vozes ali presente soube como lhe contar. Coube à uma enfermeira arrancar o band-aid de uma só vez.
Elas caíram na fenda. Ao seu redor, o planeta parou de girar.
Melis, sua doce e gentil Melis, estava onde os monstros procuravam jantar. Katrina estava com ela, e com as duas havia mais quatro, mas era só nas amigas que conseguia pensar. Arrancou curativos, fios, monitores–tentou se colocar de pé, tateando na mesa de cabeceira pela carteira onde a dracma que era sua espada o esperava. Mesmo com a agonia e a exaustão de um ferimento não curado, não tinha escolha que não lutar.
Se recusou a ouvir a voz da razão, determinado a partir naquele exato momento para uma missão de resgate–havia desperdiçado horas dormindo enquanto não sabia onde e como elas estavam, e se autoflagelaria por aquilo depois de as trazer para casa em segurança. Pouco importava que quase tivesse morrido bancando o herói–o faria de novo se aquele fosse o preço a pagar, e não havia viva alma naquela enfermaria ou no mundo capaz de o dissuadir.
Foi preciso quatro pessoas ao todo para o restringir, e a única maneira de o manter na cama descansando foi administrar uma dose cavalar de calmantes em sua veia para o apagar.
Em seu sonho, encontrou Katrina e Melis no submundo, onde agora faziam morada. Quando o assunto era salvá-las, não sabia para qual deus rezar.
↳ para @silencehq. personagens citados: @arktoib, @kretina, @melisezgin. disclaimer: se seu personagem e Santiago são próximos, fique à vontade para considerar que elu estava presente para o ver despertar.
#SWF:SUPERFÍCIE#tw: cobra#dei uma gigantesca empolgada...#༄ . ° a safe spot wıthın every tornado. › povs | santıago aguıllar.
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Por que você se esforça tanto? Por que dá tudo de si? Por que tudo precisa ter uma finalidade? Precisamos falar sobre o quão libertador é a desimportância, a ausência de um significado universal. Pode parecer contraintuitivo, mas chegar à maravilhosa conclusão de que você não precisa corresponder a expectativas tão altas, a padrões tão inalcançáveis, a verdades universais, abre caminho para contemplar a beleza da vida com todas as suas contradições, sombras e luzes. O sofrimento é inevitável, e claro, quando falamos de um sistema de opressão do homem pelo homem, esse sofrimento ganha recortes específicos em que a materialidade da vida se presentifica ainda mais intensamente. O esforço, a luta coletiva por uma realidade melhor são sim muito válidos e representam, às vezes, uma necessidade de sobrevivência imediata, mas para além disso, quando o esforço ganha contornos de uma cobrança demasiada e de um ideal de perfeição que influencia uma disputa interna do eu consigo mesmo, marcada pela autoaversão e ansiedade, vale à pena falarmos de conceitos tão vazios quanto o da busca desenfreada por um autodesenvolvimento ilusório? Não somos máquinas, não somos seres perfeitos que vão evoluir eternamente. Somos a síntese do que vivemos, com toda a riqueza e desgraça que isso possa representar, somos um pequenino pedaço do universo tentando construir um sentido que nos guie nos movimentos da vida; e é justamente aí que está a beleza: contemplar esses movimentos e agir a partir das nossas possibilidades.
➡️ Psicóloga Joyce Severo Soares | CRP 07/40411
➡️ Atendimento online para todo o Brasil
➡️ Voltado às mulheres
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CHAY SUEDE? não! é apenas VICTORIO BERNARDES, ele é filho de NIKE do chalé DEZESSETE e tem 26 ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL 3 por estar no acampamento há ONZE ANOS, sabia? e se lá estiver certo, VICTOR é bastante GENTIL mas também dizem que ele é ORGULHOSO, ARROGANTE, PRESUNÇOSO. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
BIOGRAFIA . CONEXÕES DESEJADAS
SOBRE . . .
Filho de um corredor de F1, fruto de uma competição entre o pai dele e o pai do @santoroleo, presentes de NIKE.
Cresceu como estrela prodígio das corridas, ascendendo com facilidade (além de ser nepobaby) e virando bff do Leo.
Vem no acampamento nas férias mas odeia, prefere ficar em Mônaco bebendo e festando.
Teve um acidente há uns 3 anos que acabou com a carreira dele, além de deixar ele sem perna também.
Ele lida com isso bebendo e festando.
PODERES . . .
MANIPULAÇÃO DE ENERGIA CINÉTICA -> Ele controla energia cinética, ou seja, energia de movimentação, bem como a energia potencial de um objeto. Era muito útil nas corridas, quando podia entrar em túneis de vento criados pelos demais carros e amplificar a velocidade do veículo, mesmo que ligeiramente, mas também funciona igualmente bem com outras habilidades atléticas, conferindo agilidade em seus movimentos, seja em corridas ou lutas corporais.
Nas lutas corporais, ele é adepto de um estilo mais aéreo que lembra capoeira e o aikido, reforçado pelos seus poderes, colocando distância e agilidade nos golpes, o que tende a fazer um estilo marcial muito visualmente bonito.
ARMA -> facas de arremesso de bronze celestial com pequenas asas no cabo, símbolo de Niké. Victor as controla, principalmente, por meio de seu poder cinético, ampliando ou alterando seu curso de movimento. Ele tem um conjunto completo com 26, que ficam presas ao torso dele.
BÊNÇÃO -> Após seu acidente, Victor se viu despido de propósito de vida— crescera certo de que seria um vencedor, tão acostumado com o pódio, com as vitórias, com a vida que fora tudo que conhecera enquanto filho de Tomás. Ele se viu afundado na mais profunda depressão. Seu pai, então, em desespero, retornou às pistas depois da aposentadoria. Correu uma última corrida em homenagem à deusa Nike, e venceu contra os maiores corredores da atualidade, muito mais jovens e preparados. A deusa, conquistada como fora anos atrás pelo seu querido corredor, concedeu uma bênção ao filho em nome do pai, embora não fosse o que o homem tinha em mente. Victor foi agraciado pela mãe com a capacidade de dar discursos motivadores, capazes de inspirar e dar um boost (muito mais psicológico que físico) num exército com imagens de vitória.
PERSONALIDADE . . .
Victor tem uma personalidade envolvente e avassaladora, que atrai as pessoas da melhor (e pior) maneira possível. Comunicativo, engraçado e extrovertido, embora muitas vezes isso seja uma máscara para tudo que pensa e sente de verdade---algo que pouquíssimas pessoas têm acesso. Orgulhoso e arrogante, embora consigo mesmo mais que com outras pessoas. A vida toda, lidou com um ego gigantesco e uma autoconfiança excessiva, e pagou o preço por isso (aparentemente, uma perna). Agora, Victor lida com uma insegurança que nunca sentiu na vida causada pela perda de propósito, e mascara tudo com a personalidade magnética, fazendo as piores escolhas possíveis e aprendendo absolutamente nada, porque ele é persistente até (e principalmente) nos próprios erros.
#swf:intro#deem amor ao meu filho#ele bebe e festa#eh o filho de dionísio q eu nao posso deixar a xan ser
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O controle de Hécate: O confronto final
A noite estava enegrecida por nuvens densas e caóticas. Raios cortavam o céu como lanças de fogo, iluminando brevemente o campo devastado do acampamento. No centro de tudo, a fenda -- um corte pulsante de energia no tecido da realidade -- estava cravada como uma ferida aberta, expelindo luz púrpura e sombras mosntruosas. As criaturas que saíam da fenda eram ilusões, mas ilusões que feriam, rasgando carne e provocando gritos de desespero. Hidras, empousas, campe... Todas criaturas nascidas do poder de Héktor, moldadas pela magia de Hécate.
Os semideuses lutavam desesperadamente, mas seus esforços pareciam inúteis diante das ilusões que se tornavam cada vez mais reais. Tentáculos de sua magia escarlate serpenteavam pelo campo, prendendo braços e pernas, envovlendo os semideuses em uma prisão arcana.
E, acima de tudo, Héktor flutuava.
Seu corpo, rígido e etéreo, pairava no ar como um espectro de destruição. Um manto negro, agora parte de sua própria aura, cobria-lhe os ombros, agitado pelo vento que dançava ao seu redor. O grimório de Hécate, a fonte de sua prisão e de seu poder, flutuava ao seu lado, aberto, as páginas brlhando com palavras antigas e perigosas.
Os olhos de Héktor, antes castanhos serenos, ardiam uma luz dourada intensa. Mas quem olhava de perto -- quem o conhecia de verdade -- sabia que ele não estava presente. Hécate dominava sua mente, usando seu corpo como marionete em um teatro de horrores. A marca de Hécate, gravada na palma de sua mão, brilhava em um dourado ardente, pulsando como a magia da deusa.
Dentro de sua própria mente, ele corria por corredores de sombras. As paredes vibravam com uma energia sinistra, e o chão tremia sob seus pés. Ele sabia que estava dentro da sua cabeça, mas tudo parecia distorcido, como um pesadelo do qual não conseguia despertar. A presença de Hécate estava por toda parte, uma força invisível que tentava controlá-lo em cada movimento.
À frente, as projeções de Hécate aguardavam. A Deusa havia dividido sua consciência em três partes, cada uma comandando uma porção da mente de suas três vítimas. Ela era uma presença avassaladora, uma sombra colossus em cada canto de sua mente. O riso da Deusa ecova por todos os lados, uma melodia de loucura que corrompia o próprio ar.
- Você acha que pode me vencer? - A voz de Hécate soou como uma trovoada. - Eu sou a Senhora da Magia. Tudo o que você é, tudo o que você sabe, veio de mim. Você não passa de uma extensão da minha vontade!
Héktor cambaleou, o peso daquela força divina pressionando sua mente, tentando esmagá-lo. Mas ele não podia ceder. Ele não cederia.
- Essa é a minha mente! - Ele gritou, sua voz reverberando pelas paredes sombrias. - Eu... Não... Sou... Peão! - Ele ergueu as mãos novamente, desta vez conjurando uma imagem poderosa: o prórpio Acampamento Meio-Sangue, vibrante e cheio de vida, suas torres e chalés e os campos verdes que conhecia tão bem. Foi essa memória, essa visualização, que deu a Héktor a força que ele precisava.
Ele sabia que tinha a vantagem -- a consciência da Deusa estava dividida entre suas três vítimas, e o controle dela, embora vasto, não era absoluto. Ele podia sentir as rachaduras no poder divino alheio. Precisava apenas forçar... Romper o domínio.
Com esforço, ele começou a moldar o espaço ao seu redor. Ele sabia que, em uma batalha mental, ele poderia dobrar as regras, forçar as sombras a se dissiparem. E assim fez. As paredes negras se dissolveram em campos vastos e iluminados pelo sol, recriações das antigas batalhas mitológicas que cresceu com Quíron contando. Héktor ergueu suas mãos, concentrando sua magia, conjurando adagas de pura energia escarlate que cortavam o ar como rel��mpagos.
Lá fora, no campo de batalha, os efeitos da luta mental de Héktor eram visíveis. Seu corpo tremia violentamente enquanto ele flutuava. Sua magia vacilava, e por um breve momento, os tentáculos que mantinham os semideuses presos enfraqueceram, afrouxando suas garras. Mas era apenas temporário.
A mudança irritou Hécate. A sombra colossal hesitou momentaneramente, suas formas tremulando como fumaça à mercê do vento. Mas, logo em seguida, ela investiu com fúria renovada. Um dos aspectos de Hécate se lançou para frente, com garras espectrais que brilhavam com uma luz negra, atravessando o ar em direção à ele. Héktor desviou por pouco, rolando no chção, antes de disparar uma rajada da sua magia escarlate contra a proeção. O ataque fez a sombra recuar, mas não a dimiminuiu.
- Você é meu, Héktor. - Hécate gritou, sua voz reverberando como um trovão. - Cada vez que você usa magia, você se torna mais parte de mim. Não pode escapar.
Dentro da sua cabeça, a batalha se intensificava. Hécate atacava com fúria reovada, mas Héktor permaneceu firme, mesmo quando cada golpe fazia seu corpo estremecer. Pensou em seus amigos. Pensou em suas irmãs. Pensou, sobretudo, em Maxime e no acampamento que tanto amava. E o semideus se ancorou nesses pensamentos, usando essas memórias como escudos contra a presença esmagadora da Deusa.
O ataque seguinte veio de outro aspecto da Deusa, uma figura com asas feitas de chamas púrpuras que varrera o ar com violência. Héktor ergueu suas mãos e conjurou uma barreira translúcida com sua magia escarlate. As chamas colidiram com o escudo com uma força explosiva, empurrando-o para trás. Ele sentiu seus músculos queimaram de esforço, mas manteve o escudo firme. Quando as chamas finalmente cessaram, ele desfez o escudo e lançou uma onda de choque mágica que desfez a figura flamejante em uma tempestade de luzes cintilantes.
Mas a luta estava longe de acabar. O terceiro aspecto de Hécate, a mulher de cabelos negros, sorriu enquanto conjurava ilusões poderosas. O céu cima de Héktor escureceu, e figuras familiares começaram a aparecer ao seu redor. Seus amigos, suas irmãs, Eloi... Todos olhavam para ele com os olhos cheios de desprezo e acusação.
- Você os traiu. - A projeção sussurrou. - Você permitiu que eu os machucasse. Você permitiu que o acampamento caísse em ruínas. Por sua causa, eles sofreram.
Héktor hesitou, seus olhos escaneando os rostos familiares. As ilusões pareciam tão reais, tão cheias de dor. Ele sentiu o coração vacilar, mas, no fundo de sua mente, uma voz mais forte ecoou: Não são eles. Ele sabia que era Hécate tentando quebrar sua vontade, distorcendo suas emoções.
Com um rugido furioso, Héktor levantou os braços, e as ilusões se despedaçaram em milhares de fragmentos.
- Isso não vai funcionar, Hécate. Eu sei quem sou. Eu vou lutar por eles. - Ele investiu com uma fúria descomunal, canalizando a magia escarlate em suas mãos disparando contra as três projeções de Hécate.
A energia do semideus agora era pura e concentrada, como lanças de luz que cortavam o ar, atingindo os aspectos da deusa com força imensa. A primeira projeção, a sombra colossal, foi a primeira a cair, desintegrando-se em uma nuvem de névoa negra que se dispersou no vento. A figura flamejante explodiu em uma chuva de fagulhas enquanto Héktor aingia com uma rajada dupla de energia.
Restava apenas a mulher de cabelos negros. Ela sorriu novamente, mas desta vez havia algo de desesperado em seu olhar.
- Você nunca será livre de mim. - Ela sibilou.
Antes que ela pudesse conjurar outro ataque, ele reuniu toda sua força e liberou uma explosão massiva da sua magia escarlate. A onda de choque reverberou pela mente dele, causando um terremoto psiquico que fez com que o próprio espaço começasse a colapsar ao redor deles.
No mundo exterior, a onda de choque mental se manifestou como uma explosão de energia. Uma luz escarlate irrompeu o corpo de Héktor, derrubando monstros, ilusórios e libertando os semideuses dos tentáculos de magia. As criaturas criadas por Hécate se dissiparam em poeira, deixando apenas o campo de batalha vazio.
A última projeção de Hécate gritou enquanto era desintegrada pela luz vermelha da sua magia, sua força se despedaçando em fragmentos de sombras que foram sugados pelo vácuo da mente do semideus.
Agora, o campo de batalha estava em silêncio. Os semideuses, antes presos e aterrorizados, começavam a se recompor. Héktor caiu do céu. Seu corpo, exausto pela batalha mental e física, desbou no chão com um baque surdo. Seus olhos, que outrora brilhavam com a intensidade da magia de Hécate, estavam fechados, sua respiração fraca e irregular.
A fenda, que antes pulsava com uma energia sombria e caótica, agora parecia adormecida.
Bônus para a leitura (uma música diferente) Campistas citados @maximeloi Inspirado no plot original A última noite Uma história que se passa no @silencehq
#héktor:o controle de hécate#héktor:traidor da magia#héktor:o confronto final#héktor:drop5#finalmente chegando ao fim desse arco \o
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01. O reencontro inesperado
O sol poente pintava o céu de tonalidades alaranjadas, enquanto S/N avançava cautelosamente pelas ruas desertas da cidade abandonada. O vento sussurrava entre os escombros, trazendo consigo o eco do passado. Seu coração batia em um ritmo acelerado, sentindo medo, em cada passo, sendo uma luta contra o silêncio opressivo que pairava sobre o lugar.
Com sua mochila pesada pendurada sobre as costas, S/N avançava com seus olhos atentos a qualquer movimento suspeito. A memória da pandemia que havia devastado a humanidade ainda ecoava em sua mente, a lembrando constantemente de tudo o que ela havia vivido no passado, e dos perigos que ainda a cercava.
De repente, um ruído distante quebrou o silêncio, fazendo com que S/N parasse subitamente. Seus dedos cerraram-se em torno do cabo da faca que mantinha à mão, pronta para atacar, caso necessário. Lentamente, ela se aproximou do beco estreito de onde o som parecia vir, com seus sentidos alertas para qualquer ameaça iminente.
Foi então que ela o viu – O homem solitário emergindo da escuridão do prédio, com seus passos cautelosos, ecoando pelo chão de concreto dilacerado. Seus olhares se cruzaram e por um breve momento, o tempo pareceu congelar pelo medo.
— Quem é você? — S/N perguntou, com sua voz ecoando no ar.
O homem não respondeu imediatamente, apenas a analisou com cautela. Mas ao soltar a sua voz áspera carregada de um sotaque sulista que ela reconhecia bem, a mesma perguntou:
— Joel é você?
— S/N? — Ele respondeu, mantendo sua faca erguida, pronto para se defender se necessário.
Um momento de silêncio se seguiu, antes que Joel finalmente relaxasse ligeiramente sua postura defensiva e abaixasse a faca.
— Céus! O que está fazendo aqui sozinha? — Perguntou ele, saindo por completo da escuridão, e se aproximando da mesma, a encarando com seus olhos em busca de respostas. — Está infectada?
— Procurando suprimentos! — S/N respondeu, com sua voz séria. — Claro que não! E você? O que está fazendo aqui?
Joel apenas deu de ombros. Seus olhos desviaram-se por um instante antes de retornarem aos dela.
— Também não! — O homem a respondeu também num tom sério. — Buscando pela minha liberdade! Ninguém merece viver à mercê de um bando de militares malucos.
À medida que a conversa avançava, uma sensação de entendimento mútuo começou a se desenvolver entre eles. Apesar de suas desconfianças iniciais, S/N e Joel perceberam que estavam lutando contra inimigos comuns — a fome, o medo, as criaturas e a solidão.
Os dois decidiram então unir forças, pelo menos temporariamente, compartilhando de recursos e informações enquanto exploravam as ruínas da cidade juntos. A cada passo, sua conexão se fortalecia, cada um encontrando conforto na presença do outro.
S/N contou a Joel sobre as dificuldades que enfrentou, desde que a pandemia começou – Os amigos e a família perdidas, os desafios de encontrar comida e água, a constante luta para se manter viva. Joel por sua vez, revelou pouco sobre seu passado, mantendo-se reservado e misterioso sobre algumas questões, relacionadas à tudo o que ele deve ter feito para chegar onde chegou.
...
Enquanto a noite caía sobre a cidade, os dois sobreviventes decidiram descansar em um abrigo improvisado, compartilhando histórias de suas vidas antes da pandemia e permitindo-se momentaneamente, a esquecer os horrores que os cercavam, no que acabou resultando em sacar alguns risos e sorrisos de seus rostos.
Enquanto o fogo crepitava à sua frente, S/N olhou para Joel, vendo mais do que apenas um conhecido de zona de quarentena. Ela viu alguém que entendia suas lutas, alguém que oferecia conforto em meio a todo aquela situação. E apesar das sombras do passado de Joel pairarem sobre eles, S/N sentiu um pingo de esperança se acender em seu coração.
— E aí, vai ficar me encarando mesmo, ou vai terminar de comer? — Joel encarou S/N, soltando um pequeno riso.
— Ãn? — S/N saiu de seus pensamentos.
— Você me encarando... Parecia tão distante. — Joel seguiu a olhando. — Está tudo bem?
- Ah... Está sim. — S/N afirmou com um sinal. — Eu só estava me lembrando de algumas coisas.
— Quer conversar? — Joel se ajeitou mais próximo da fogueira, para se manter aquecido.
A moça pausou por uns instantes, soltando um longo suspiro e voltou a encará-lo.
— Tudo o que aconteceu nesses últimos anos... Perdi a minha família, amigos, carreira, tudo! Você tem noção do que aconteceu com a gente, Joel?
O homem então voltou seu olhar para a dilacerada janela do segundo andar do prédio, fitando a chuva forte que caía na escuridão da noite.
— É, eu sei sim... — Foi a vez dele suspirar pesadamente. — Me custaram muitas coisas também, pessoas. Mas a vida tem que seguir, S/N, ou pelo menos o que restou dela...
Mais uma vez, o silêncio se instalou ali.
— Acho melhor descansarmos um pouco. Com essa chuva não iremos á lugar algum. — S/N falou, quebrando o silêncio.
— Tem razão. Vamos nos ajeitar então. — Joel levantou-se e recolheu as latas de feijão em conserva que haviam aberto, para se alimentarem.
...
Enquanto adormeciam lado a lado, os sonhos de S/N foram povoados por visões de um futuro incerto, onde ela e Joel enfrentavam juntos, os desafios que os aguardavam além das ruínas da civilização. E assim, o primeiro capítulo dessa grande jornada, chegava ao fim.
CONTINUA...
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⠀‹⠀𝑚𝑜𝑚𝑜 𝘩𝑖𝑟𝑎𝑖⠀›⠀alto , quem vem lá ? oh , é a 𝒑𝒓𝒊𝒏𝒄𝒆𝒔𝒂 do 𝒋𝒂𝒑𝒂̃𝒐 de 𝒗𝒊𝒏𝒕𝒆 𝒆 𝒔𝒆𝒊𝒔 anos , como é bom recebê-la ! está gostando da frança ? tenho certeza de que será muitíssimo bem tratada por nós aqui , sendo tão 𝒃𝒆𝒏𝒆𝒗𝒐𝒍𝒆𝒏𝒕𝒆 e 𝒅𝒆𝒔𝒕𝒆𝒎𝒊𝒅𝒂 . só não deixe transparecer ser 𝒄𝒂𝒃𝒆𝒄̧𝒂 𝒅𝒖𝒓𝒂 e 𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒔𝒐𝒄𝒊𝒂́𝒗𝒆𝒍 que sua estadia será excelente . por favor, por aqui , estão todos esperando !
mais informações abaixo
𝐈𝐍𝐅𝐎𝐁𝐀𝐒𝐄 ﹕𝒏𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 japonesa . 𝒆𝒕𝒏𝒊𝒂 japonesa . 𝒈𝒆̂𝒏𝒆𝒓𝒐 mulher trans . 𝒑𝒓𝒐𝒏𝒐𝒎𝒆𝒔 femininos . 𝒔𝒆𝒙𝒖𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 demissexual . 𝒔𝒊𝒈𝒏𝒐 capricórnio . 𝒂𝒏𝒊𝒗𝒆𝒓𝒔𝒂́𝒓𝒊𝒐 dezembro, 28 . 𝒐𝒍𝒉𝒐𝒔 castanhos escuros . 𝒄𝒂𝒃𝒆𝒍𝒐 castanho escuro . 𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 magro atlético . 𝒂𝒍𝒕𝒖𝒓𝒂 165 cm . 𝒆𝒔𝒕𝒊𝒍𝒐 casual / clássico / romântico .
⠀‹⠀𝑎 𝑏𝑖𝑜𝑔𝑟𝑎𝑓𝑖𝑎 𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑢𝑖 𝑖𝑛𝑠𝑖𝑛𝑢𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠 𝑎 𝒂𝒃𝒐𝒓𝒕𝒐 𝑒 𝒕𝒆𝒏𝒕𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂 𝒅𝒆 𝒉𝒐𝒎𝒊𝒄𝒊́𝒅𝒊𝒐 𝑛𝑎̃𝑜 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑐𝑜𝑚𝑒𝑛𝑑𝑎𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝘩𝑎𝑗𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑓𝑜𝑟𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑜𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑎𝑠 𝑐𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠.⠀›⠀
• a coroa - fisicamente falando - não pesa tanto quanto as algemas - metaforicamente falando - que todos da realeza têm desde o nascimento. desde muito cedo hirose precisou lidar com as expectativas de ser a herdeira do trono murasaki, sendo a primogênita sua vida toda fora dedicada ao povo e não que visse como uma obrigação lutar pelas causas de um futuro mais justo para todos, era um prazer, sendo a típica princesa que amava seus súditos e fazia todo o possível pelos mesmos até entrar em discussões com o imperador - seu pai - em prol de causas sociais.
• o japão entretanto mantinha o seu foco em investimentos em tecnologia, estar frente a outros no mercado ao ponto de ser uma grande potência de vendas de produtos e armamento de alto nível, se tornando o país que os outros países queriam como aliado e não como inimigo. infelizmente as guerras que se sucederam os fizeram precisar daquele jogo de medo mas o medo era uma ferramenta muito perigosa, volátil e facilmente poderia transformar o império japonês em uma tirania. hirose via isso sem conseguir fazer muito além de existir como mais uma peça em um jogo de shogi - xadrez japonês.
• hirose é algum tipo de marco na historia da família imperial japonesa sendo uma ativista de movimentos sociais por todas as lutas por igualdade e direitos dos cidadãos sem distinção de qualquer espécie - raça, cor, classe social, gênero, sexualidade, nacionalidade - futuramente sendo a primeira imperatriz japonesa, já que apesar das mudanças na lei imperial, que anteriormente deixava explícito que era necessário um imperador homem, os últimos imperadores faziam questão de ter filhos homens chegando a descartar quando tinham mulheres antes mesmo do nascimento - e sinceramente era provável que fizessem o mesmo com hirose se ela fosse uma mulher cis.
• acompanhar a seleção era só mais um dos papéis que precisava cumprir como parte da realeza, conseguir acordos, firmar os já existentes e talvez com sorte conseguir um bom casamento. hirose estava animada e nervosa com a ideia de estar em um lugar tão cheio, era boa com diplomacia mas um completo desastre em interações sociais ainda assim daria seu melhor. os planos porém foram adiados após um atentado a princesa ao qual a deixou gravemente ferida. acreditavam que fosse referente a uma tentativa de golpe de estado vinda dos próprios atuais governantes - seus pais.
• ir para a frança se tornou então uma necessidade e um refúgio - apesar dos pesares em que o país se encontrava - o japão se encontrava pior, em caos, o sistema tentando antecipar a coração de hirose mas precisavam de provas contra o atual imperador e sua ligação com atentado, enquanto havia investigações a princesa havia sido enviada para assistir o evento da seleção ao qual já tinha confirmado presença. entretanto os sentimentos agora eram diferentes, após a quase morte, hirose queria aproveitar o máximo da vida como nunca conseguiu.
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blood, sender cleans blood off of receiver. (demir)
bonnie estava em um estado de intensa euforia, um sorriso maníaco espalhado pelo rosto enquanto ela cuspiu o sangue no chão. seus olhos brilhavam, cada músculo de seu corpo preparado para o próximo movimento. a luta clandestina era uma válvula de escape para uma vida que parecia agora insuportavelmente pacífica em des moines. viver em paz não era uma opção para ela; ela ansiava pela sensação crua e primitiva de estar em perigo iminente. ela atacava com precisão cirúrgica, mas suas táticas eram sujas e implacáveis. usava cada oportunidade para lutar de maneira desleal, aproveitando qualquer brecha para golpear com rapidez e precisão, frequentemente visando áreas vulneráveis e usando o ambiente a seu favor.
ao final da luta, recusou o dinheiro, afirmando que merecia uma luta mais desafiadora. quando estava prestes a sair, sentiu alguém puxando seus cabelos, sendo arrastada até a parede. sua cabeça bateu com força na superfície dura. o homem, com um sorriso debochado, murmurou: ❝ o que disse, vagabunda? ❞ ele a levantou do chão, suas mãos apertando seu pescoço com força. ela, por outro lado, apenas riu, um som quase frenético que misturava prazer e desafio. ❝ eu disse que você é frouxo e um péssimo perdedor ❞
antes que ele pudesse levar seu ataque mais longe, alguém interveio, acertando a cabeça do homem com um golpe forte. bonnie caiu no chão, ofegante e com as mãos imediatamente indo para seu pescoço, tentando aliviar a dor e recuperar o fôlego. demir, com um olhar determinado, deixou o homem desacordado no chão e puxou bonnie para longe da multidão. bonnie, encostada em sua moto, resmungou com uma expressão de desdém: ❝ eu não precisava de ajuda ❞ ele limpou um pouco do sangue de seu rosto, revelando a lateral de sua cabeça rasgada pela pancada contra a parede. ❝ cuidado, eu vou começar a achar que você se importa comigo, grandão ❞
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Demónio Gato Fantasma
Casal: Hoshina Soshiro x Leitor Fem.
Aviso: Conteúdo +18, protagonista com vocabulário de baixo calão.
Capítulo XI
Seus membros pareciam ainda nadando em um mar profundo, acordando aos poucos e notando que não se passava mais que três horas da madrugada. Algumas das mulheres que dividia o dormitório jogadas de qualquer jeito em suas camas, o sono e ronca inundando o ar do local.
Ao lado de sua cama havia uma caneca cheia de chá, ele não mais fumegava anunciando que a pessoa dona dela havia partido a um certo tempo. Mayoi ponderou antes de beber o líquido, era pecado o desperdiçar. Ela conhecia bem aquele sabor, aquela marca de açúcar que ficava no fundo quando seu coração dizia que ela precisava beber das exatas três colheres.
Mas quando sua mão deixou a caneca onde estava anteriormente, ponderou pela segunda vez se era destinada a outra pessoa que não ela. Mayoi olhou para suas roupas, as mesmas que vestiu durante a festa e uma lembrança tão vaga de alguém a acompanhando até o quarto correu por sua mente.
Álcool era a pior decisão dela, Mayoi lembrava bem como era fraca e ao mesmo tempo uma bêbada compulsória. Foi sua forma de escape um dia, deveria abandonar, apenas beber uma caneca com todos para comemorar, maneirar, sua vida era outra.
Caminhando pelos corredores, pensou que talvez fosse bom treinar um pouco, liberar a mente dessa estranha sensação de que precisava se recordar de algo. Mayoi tinha sorte que o Kaiju lidava bem com aquele veneno líquido, ela deveria ser condenada a uma ressaca feia, mas lá estava sua mente pronta para trabalhar.
A porta do estande de tiro não estava tão longe quando uma luz no corredor a atraiu, talvez alguém tenha a esquecido ou um bêbado apagou lá achando que era sua cama. A passos rápidos e decididos a poupar tempo — apenas iria conferir o que era aquela luz acesa— suas pernas travaram com o som de lâminas inundando seus ouvidos.
Era possível reconhecer de longe, só tinha uma pessoa que lutava usando espadas e o coração de Mayoi errou as batidas quando ele veio em mente. Hoshina Soshiro estava treinando, ela podia o encarar da porta em silêncio enquanto seus músculos se contraiam e libertavam com maestria um executar de manobras de luta.
Vezes a lâmina riscou o chão, ele tinha olhos fechados e respiração focada, a platinada pode entender que ele estava naquele exato segundo recriando uma luta. Mas ela não sabia exatamente qual, não por aqueles movimentos soltos e fluidos, divinos que percorria o espaço.
Quando menos notou, Kafka estava ao seu lado, diferente de Mayoi, ocupando quase que completamente o meio da porta. Ele se mantinha boquiaberto com o Vice Comandante, os olhos seguindo a luta como quem sabia o que estava acontecendo...
Ah... Então ele está recriando a luta com o Kafka. Pensou Mayoi, um pequeno sorriso sem abandonar o rosto avermelhado. É bem interessante, a luta deles deve ter sido divina de se observar.
Porém, quando menos esperou o homem pulou de maneira mais bruta, o corpo desviando de algo invisível antes dele mostrar se tratar de Mayoi em sua mente, a forma Kaiju esquelética e tóxica. Soshiro trancou a respiração e continuou a se mover, ele parecia estar contando os segundos enquanto os movimentos em sua mente deveriam ser precisos, cada gota de esforço era determinante, ele tinha um tempo até seus pulmões implorarem por ar.
Finalmente ele parou, o espirar mais ríspido mostrando a exaustão de seu peito. Suor deslizava por seu corpo até que ele finalmente absorveu a presença de uma dupla que o encarava.
— Ah, Kafka? Mayoi? Chegaram tarde demais novamente.
— E você? Tá fazendo o que aqui tão tarde? — Kafka questionou enquanto a mulher apenas confirmava com a cabeça de maneira ansiosa.
— Criando uma estratégia para o número oito. Para poder corta-lo ao meio com um golpe só da próxima vez— Seus olhos se abriram, uma feição extremamente séria que fez a coluna da dupla congelar— Ele e aquele Kaiju estranho...
Kafka se contorceu deixando muito óbvio que estava sentindo a indireta, Mayoi por outro lado corava violentamente enquanto um pequeno soluço escapou de seus lábios. Fodeu! Fodeu! Fodeu! Pensava, mais soluços de nervosismo.
— Eu fiz bobagem no começo, né? — Hoshina parecia não ter notado o comportamento estranho dos dois, na verdade, estranho era o normal daquela dupla— Se eu tivesse ido com tudo de cara, teria cortado a cabeça deles fora.
Kafka caiu no chão e tudo o que a mulher fez foi chutar suas costas antes de mais um soluço ansioso escapar.
— E... Se eu tivesse usado o número seis, ao invés do cinco, teria fatiado o núcleo deles inteiro— Novamente aquele olhar violento, as orbes tão vermelhas e afiadas encarando seus telespectadores amedrontados— Você tá se assustando demais.
— Sabe o que é, o Kafka é um inútil— Mayoi falou dando outro chute nas costas do mais velho, um soluço escapando pela milésima vez.
— Nenhum soldado normal daria conta deles— Soshiro estava sério, mas pensava em seus subordinados acima de tudo. A forma que ele falou fez Mayoi se questionar, recordar de como ela se sentiu quando a voz dele a questionou pela primeira vez em sua vida— E o número nove deve ser tão forte quanto. Então... Eu mesmo preciso resolver.
— Vice capitão! — Kafka gritou por ele assim que o homem deu as costas seguindo em frente. Agora, com Hoshina o encarando, tomou uma posição de saudação antes de continuar— Vou dar o meu melhor para conseguir ajudar na missão.
Tanto Mayoi quanto Soshiro o encarou em silêncio, a platinada querendo chutar o meio das pernas do idoso espalhafatoso idiota. Porém, Hoshina fez a ação por ela o prendendo entre seus braços em um golpe de mata leão.
— Abaixa essa bola, cabeção— Ele disse enquanto Mayoi gargalhava ao lado.
— Ele é um perdedor maluco— Repetia entre risadas altas e aos poucos sem fôlego.
— Não espero nada de um cara com um por cento de força! Isso serve para você também, Mayoi! Mas bem... Pelo menos vocês tem um por cento de esperança — A garota o encarou, um pequeno sorriso em seus lábios, algo mais tranquilo enquanto seu rosto se mantinha vivido e vermelho — Bem, vou voltar para meu escritório. Vocês deveriam dormir, os dois!
— Sim, comandante! — Kafka falou saindo antes que o de patente maior o fizesse, a sala ficando apenas as duas figuras em silêncio.
— Precisa de alguma coisa? — Questionou o Vice Comandante, o rosto se negando a encarar Mayoi naquele momento, não sozinhos.
— Eu quero agradecer— Seu rosto a encarou, ele podia esconder muito bem seus sentimentos, mas seu coração aumentou a batida pensando no que ela iria dizer— Por confiar em mim, mesmo que apenas um por cento... Farei de tudo para mostrar que valorizo essa confiança, Vice capitão! Bem, tenha um boa noite, senhor!
E antes que ele tivesse tempo de responder, os fios platinados voaram ao céu enquanto a mulher corria para fora da sala. Hoshina a observou uma última vez sumindo pelo corredor escuro, não muito atrás de Kafka que voltava ao dormitório.
Observar a dupla atrapalhada era de fato engraçado, foi uma boa decisão os colocar na equipe, ajudava o clima não se tornar tão pesado. No entanto, quando tudo se tornou tão quieto e sozinho, seus lábios relaxaram, se lembrando que não precisava daquela máscara descontraída quando estava só.
— Eles dão uma dor de cabeça— Hoshina disse em um murmúrio enquanto passava a mão entre os fios de seu cabelo, a lembrança de seu beijo indo a mente como um lembrete de seu erro— Ela ainda mais.
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Por que uma guilda de artistas resolve dançar com a dimensão partidária?
06.05.2024 • carta-manifesto da guilda anansi
Se a Revolução nasce dos pequenos gestos, é preciso assumir-se a tal flor que brota do asfalto. Encher o peito entre os tempos, depois das calmarias, para além dos cinismos e das covardias, inventando o próprio presente com o coração batendo asas rumo ao futuro que irrompe da esperança vertida em ação.
Pouco a pouco, e sempre mais, reconhecemos o intrinsecamente mutável tabuleiro das tensões entre os acordos comuns de realidade. Despertamos para assim jogar no solo da disputa de imaginários e cultivar o Bem Viver.
Dia a dia, aprendemos a navegar pelas perigosas águas das pulsões de um lugar em que o permanente é a disputa de narrativas. Rua é mar. Mar é mundo. Mundo é rua.
Se o palco dessa guerra é a Linguagem, enxergamos as fendas sagradas em meio a um sistema embrutecedor, buscando as rasuras e frestas pra mirar e acertar no horizonte das primaveras. Tilintamos nossos cálices em festa de sorriso largo a cada frente da mais árdua luta. Somos da sabedoria dos botecos, das sarjetas, das dissidências, dos cruzos, dos silêncios que gritam em cada esquina esquecida pelos poderes dinheiristas.
Sabemo-nos território-encruzilhada, filhotes da caboclagem, corpos preenchidos da mandinga antiga que corre no mapa de nossas veias. Despertamos da memória de nossas Antigas. Reencantamos as porções perdidas que nos negaram em nome da fétida escravidão maquinicista. Somos a antinomia da dependência tecnológica. Somos a magia que exala no Agora.
O que o Desejo é capaz de fazer brotar além dos muros de asfalto que se estendem devastando a Vida sob nossos pés? No vai e vem do Movimento, a pergunta arde e provoca, inflama e instila, combustível e alimento, tinta indelével pra marcar o Sim e riscar o Não. Somos multiplicidades variantes de imprevisíveis possibilidades. Somos jorro de caos nas tempestades. Compreendemo-nos assim nas sutis forças da coletividade.
Exu nos sabe. Das mais improváveis flores nascem os mais deliciosamente perigosos frutos. É preciso revirar o complexo da diversão até reunir as forças sinceras pra mover a Vontade. Daí, agir. Agir com coragem, audácia, determinação, resiliência, solidariedade, destemor. Só a ação salva. O poder é exatamente esse. Dançar.
} 06.05.2024 • carta-manifesto da guilda anansi • artistas multilinguagem incandescendo o mundo • agência antipatricapitalista de resistência cultural comunitária • escrita por amanda maia • lunação de gêmeos • outono cardeal • ano da vassoura • serra grande • uruçuca • bahia dos mistérios • exu sabe mais • só a ação salva
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SAS - SERVIÇO AÉREO ESPECIAL - NORTE ÁFRICA 1942 - BREVE HISTÓRICO
SERVIÇO AÉREO ESPECIAL
SAS
“Era noite de 26 de julho de 1942. A pista era iluminada pela lua. O aeroporto do campo alemão de Sidi Ennich estava em atividade como de costume. A lua desapareceu sem atrapalhar as nuvens. A luz de um bombardeiro que ia pousar ali procurava a pista. A noite transcorreu silenciosamente como se não tivesse sido em tempo de guerra. Era inacreditável que a base alemã localizada longe da frente estivesse à beira de um grave desastre. Não havia sentimento de inquietação. Levantando uma poeira seca, as rodas do bombardeiro tocaram o solo, quando metralhadoras pesadas de repente produziram ruídos ensurdecedores e os motores dos carros começaram a rugir. A pista foi tomada por uma violenta rajada negra e jogada em desordem. O SAS sob o comando de David Stirling iniciou um ataque surpresa. Eles tinham vindo aqui de além do mar de deserto a dezenas de quilômetros de distância. Sidi Ennich foi um dos aeródromos mais importantes para Rommel. Havia ali um grande número de Stukas, Junkers JLJ52s, Heinkels quase metade dos aviões de Rommel.
Disparando suas metralhadoras, 18 jeeps em formação próxima cortaram o caminho pela pista. Aviões alemães pegaram fogo um após o outro e seus tanques de combustível explodiram. As chamas avermelharam o céu sobre Sidi Ennich e dezenas de aviões alemães impiedosamente destruídos foram deixados no chão. O SAS é a abreviação de Special Air Service. Esta foi uma unidade de serviço especial organizada em 1941 pelo jovem oficial britânico David Stirling e esteve em atividade no deserto do norte da África. A única missão do SAS era enfraquecer o inimigo, infiltrando-se profundamente através das linhas inimigas e assediando a retaguarda. O SAS fez movimentos evasivos. Eles se moveram além do deserto que se estendia por centenas de quilômetros e atacaram o inimigo em momentos inesperados de maneiras inesperadas. Chegaram a saltar de paraquedas à noite. Foi relatado que alguns estabelecimentos militares e aeródromos dos alemães localizados na retaguarda estavam em constante medo e tinham que forçar todos os nervos a todo momento.
Nunca foi fácil para o SAS atravessar o deserto que se estende por centenas de quilômetros. A natureza severa do deserto rejeitava positivamente os homens e estava cheio de perigos para a vida. Durante o dia, o sol escaldante queimava as areias e a temperatura muitas vezes eram altas demais. Não havia árvores para proteger os homens do sol. À noite, o solo rapidamente se tornava tão frio quanto o gelo e a temperatura muitas vezes caiam abaixo de O° C. Uma vez que uma tempestade de areia caiu, os homens tiveram que se deitar no chão e esperar na areia até que ela findasse. Epidemias e insetos venenosos eram outra ameaça para os homens. Muitas vezes infligiam um golpe de morte àqueles que estavam enfraquecidos pela natureza severa. Era quase impossível encontrar água no deserto e só podia ser obtida em locais limitados. Mesmo quando uma fonte era encontrada, sua água às vezes não era boa para beber porque estava muito contaminada pelos corpos podres de soldados e animais que vagavam em busca de água e morriam ali. Além disso, o inimigo, ou seja, o alemão do Afrika Korps e as forças italianas, estavam em alerta para o SAS.
Naturalmente, o SAS era composto apenas por membros bem escolhidos, tinham um corpo forte endurecido por treinamento em luta real, bem como um espírito indomável, cada um deles era um verdadeiro profissional de guerra no deserto. Dizia-se que o SAS se comparava favoravelmente com uma brigada blindada em habilidade.
JEEP
O jeep que a SAS utilizava como principal meio de transporte era o Chevrolet 30 CWT 3.ton Truck, ele foi usado na fase inicial da guerra antes de aparecer no demais campos de batalha e mais tarde na fase posterior, principalmente para transporte. Apesar de inferior ao Chevrolet Truck em capacidade de carga, o Jeep com capacidade cross-country superior era o mais adequado para a missão do SAS. Para suportar e sobreviver sob a natureza severa do deserto, eles tributavam sua engenhosidade em com adaptações de várias maneiras. A água não tinha preço no deserto. Se seu motor refrigerado a água superaquecesse, o Jeep pararia nas areias e a água inestimável no radiador evaporaria em ar seco à toa. Era muito difícil obter a água para o radiador. Assim, eles cortavam todos as partes da grade dianteira, exceto duas, para facilitar a entrada de ar e obter maior eficiência de resfriamento. Na frente da grade eles fixavam uma pequena lata cilíndrica, que era conectada ao radiador por uma mangueira. Isso foi para evitar o desperdício de água. A lata sempre continha um pouco de água, e a água do radiador fervida e evaporada passava pela mangueira, entrava na lata, era resfriada ali e depois retornava ao radiador novamente. Esse dispositivo foi chamado de condensador.
Um protetor de areia foi fixado no carburador para evitar que a areia entrasse no motor. O para-brisa foi removido para evitar o reflexo da luz solar. O jipe que atravessava o deserto sem caminho era como um pequeno barco navegando pelo oceano. Um movimento na direção errada significava a morte. Para encontrar seus rumos, eles fixaram um dispositivo chamado Sun Compass no quadro de instrumentos. Indicava a direção pela posição da sombra de um fio de piano no centro projetada pelo sol na face de um mostrador marcado em rolamentos. O dispositivo simples foi muito útil enquanto o sol brilhava no céu. Eles também usaram um teodolito para encontrar seus rolamentos com mais precisão. Canais de areia também eram indispensáveis para o jeep no deserto. Eram placas de ferro em forma de U de cerca de 1,5m de comprimento. Quando o Jeep era pego pelas areias, eles as colocavam sob as rodas para que ele pudesse se mover facilmente. Vários tanques e bolsas de couro contendo água para beber e tanques de combustível sobressalentes eram montados no capô, na traseira, nas laterais e em outras possíveis partes da carroceria. Uma rede de camuflagem para esconder o veículo do inimigo e um mapa também eram itens necessários. O pequeno veículo também transportava todos os itens de primeira necessidade, como sacos de dormir, cobertores e alimentos. Cada veículo do SAS estava equipado com todos os itens necessários, mas em nenhum caso agiu de forma independente. Para evitar perigos e contingências, eles sempre atuavam em um grupo de pelo menos dois ou três veículos.
Uma metralhadora Browning e uma única ou duas armas Vickers 'K' eram montadas geralmente no escudo e na parte traseira da carroceria, sendo qualquer uma delas montada adicionalmente na lateral de alguns veículos como uma terceira arma. Schmeissers, Lugers, etc. e carregadores de metralhadora foram colocados à mão. Naturalmente, o SAS usou plenamente tais armas capturadas dos alemães. Os membros do SAS usavam uma camisa com mangas de meia distância, calças de joelho, casaco de babado, roupa de aviação, turbante, etc., de acordo com sua preferência. O armamento e os equipamentos dos jeeps também variavam de acordo com a finalidade das operações e a preferência dos integrantes. Não havia veículos que transportassem o mesmo armamento e equipamentos da mesma forma. Eles pareciam ter sido colocados no veículo de maneira desordenada, mas na verdade estavam dispostos da maneira mais razoável, com facilidade de uso. Esta era a sabedoria combinada daqueles que tiveram que lutar sob as condições desfavoráveis do deserto.
No próximo post o início de um novo trabalho!
Forte Abraço
Osmarjun
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Meninas desejam voar
Cada linha firmada
expressa o grito
impregnado da vontade de
viver em liberdade.
Quantos significados posso enxergar nessa imagem?
Uma jovem moça firmou as dobraduras que deram vida a este pequeno pássaro. Ela abriu momento no tempo-espaço e o entregou em minhas mãos depois de tudo que ouvimos e construímos em uma roda que fez confluir no mesmo ambiente histórias nossas, tão semelhantes e dolorosas e aprendizados necessários e fundantes para seguir nos dias mais seguras pois quando tomamos consciência de nossos direitos, da luta de nossas mais velhas ao longo do tempo para nos encaminhar até este ponto na história, também nos tornamos agentes dessa revolução. Movimento ascendente que cresce de dentro pra fora.
Agora carrego comigo o símbolo de algo que a minha mestra me ensinou no início dessa jovem caminhada:
Toda vez que mulheres se encontram e se conectam, um fenômeno de cura começa a acontecer. Somos como árvores organizando a vida dentro de um ecossistema.
Ao mesmo tempo que grita em minha retina a certeza de outro ensinamento:
A luta pela liberdade é uma causa coletiva. Só seremos livres quando todas as gaiolas deixarem de existir, quando todas as asas se articularem para alçar voo.
Sigo fincando os passos no caminho e ouvindo o sussurro palpável dos ensinamentos da mais velha que me guia toda vez que me deparo com a verdade.
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Revérbero de um momento importante para jovens mulheres e moças do território de Serra Grande. Uma formação para o Grupo das Meninas: Vivências Femininas, que reuniu jovens do território com o intuito de disseminar informações e gerar aprendizados sobre os direitos das mulheres e meninas na sociedade brasileira.
Ao longo de três encontros, aconteceram rodas com a presença de mulheres ativas na luta da causa das mulheres, e/ou no inicio de sua caminhada, para partilhar conhecimentos e aprofundar os temas escolhidos.
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18.05.2024 no Barracão de Seu Lito Bairro Novo, rua Beira Rio Serra Grande, Uruçuca, Sul da Bahia
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Vivemos num mundo #diverso, cheio de vidas únicas, #sonhos, desafios e #superações. Pense num #líder que admira. Essa pessoa, que inspira com sua #liderança, não nasceu pronta. Ela se movimenta, cresce e se transforma, impulsionada por #dedicação, #treino, #superação e #oportunidades.
O dono de um negócio de sucesso trilhou um caminho cheio de #obstáculos e aprendizados. Cada passo, cada escolha, foi parte da sua #jornada. A disponibilidade de recursos e oportunidades, aliados ao esforço pessoal, foram cruciais.
A mesma lógica aplica-se àquela pessoa #famosa na TV ou redes sociais. Antes dos holofotes, houve um caminho, persistência, esforço e aproveitamento de oportunidades, muitas vezes em meio a adversidades e dores.
Os #profissionais especializados tbém se movem e se transformam, alimentados pela #prática contínua, pelo #aprendizado e pelas chances de desenvolver e aperfeiçoar suas habilidades.
E você, de onde começa? Quais são suas oportunidades? Reconhecer a diversidade de pontos de partida é o primeiro passo para a #equidade. Cada um de nós se move a um ritmo diferente, influenciado por circunstâncias únicas.
A superação é um esforço #coletivo, e igualdade de oportunidades deve caminhar junto com a equidade. O #progresso real ocorre quando todos têm a chance de se mover e se transformar, independentemente de sua origem, e quando conseguimos oferecer mais apoio àqueles com maiores desafios, garantindo que todos alcancem seu potencial.
Cabe a nós #questionar diariamente como podemos contribuir para um mundo mais justo e equitativo. Como nossa luta pode ser não só pela superação individual, mas coletiva? Como criar um ambiente onde todos possam se mover, crescer, transformar e superar? Essas questões guiam nossa jornada, enquanto seguimos adiante, movendo-nos e transformando-nos, por todos nós.
Agende sua sessão de terapia com nossos #psicólogos e psicólogas. Movimente-se. Supere-se. Mude de caminho. Ainda assim, persista apesar dos pesares, faça valer a pena suas conquistas sejam elas do tamanho que forem.
#psicoonline #psicologia #motivacao #movimento #trabalho #desenvolvimentopessoal #recursoshumanos #força #esperança #admiração
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Hoje é terça-feira. O dia foi longo, subi e desci de tecidos, desdobrei e dobrei outros tecidos, e dá-lhe ofícios disso e daquilo, mensagem daqui, mensagem de lá, esquenta feijão, faz conta pra passar tudo no mercado, bota roupa no varal e sim, também dá tempo de se juntar com quem mais chega esbaforido dos próprios corres pra cantar sobre raízes e árvores bonitas. Fôlego também é questão de cultivo.
Mas hoje só é terça porque ontem foi segunda e se tive pernas pra correr hoje certamente foi porque ontem eu fui alimentar minha fé e tive minha cabeça cuidada pela minha guia.
Às vezes me perco nos labirintos da minha própria mente. Mercúrio em aquário pode matar porque pode fazer você esquecer de respirar, ar fixo que é. E aí o corpo vai ficando dormente e é daí que vem, creio eu, aquela sensação de estar impermeável.
Ontem fui pra gira ainda assim, movida pelo fio de luz da Lua que cresce no oposto de aquário, o fixo do fogo. Fui aprender, lembrar que mesmo quando é fixa, a Lua faz movimento.
E dentro do templo, de frente para o fogo, dissolvi os labirintos na dança, percebendo o que a chama me dizia e o que o meu corpo respondia: se me balanço fazendo vento, a língua de fogo ondula. Se repouso ela me deixa ver seus azuis brilhantes e assim posso sentir seu calor. Nenhum pensamento sozinho move a chama de uma vela, mas um sopro sim.
Senti a velha necessidade da repetição, pois fora desta abertura somos todas violadas, jogam lixo sobre nós o tempo inteiro. Por qual outro motivo meus braços estariam tão pesados ao ponto de se recusarem a subir ou expandir para os lados? Como posso buscar mínimas aberturas ao longo dos dias, entre uma segunda-feira e outra? E aquela velha pergunta que sempre tem lugar, como manter a bendita chama acesa? Como cuidar de mim como “altar imanente” para não mais me perder em labirintos e engodos?
No solo da Bruxaria Mariposa aprendi que, da zero à vinte e um, muitos são os destinos possíveis e ontem lembrei que fechar um ciclo significa necessariamente abrir outro ciclo, assim se dá com a Lua e com as cartas. E o portal que tirei ontem na sorte de Luna eu já tinha visto antes quando, enquanto aguardava a noite virar, lembrei da Lição Zero, desenhar e ser o desenho do circumponto, “pedir pelo presente de despertar o Presente”. Assim fiz, e assim fui dormir acordada. E na terça-feira, uma vez acesa, levantei para a luta da vida que vale ser vivida. É assim que a bruxaria me enraíza.
>> considerações e viagens sobre o primeiro carrossel hierofante da noite de 13 de maio, 2024, lua côncava crescente em leão.
#bruxaria mariposa#carrossel hierofante#revérbero#fogo#astrologia#zero#vinte e um#mundo#bruxaria de gira
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A Odisseia de Kehinde | Um Defeito de Cor - Ana Maria Gonçalves
"Um Defeito de Cor" é um romance histórico escrito por Ana Maria Gonçalves, publicado em 2006, que acompanha a jornada de Kehinde, uma africana escravizada no Brasil do século XIX. Trazida ainda criança da África, a história da protagonista é marcada por uma série de eventos traumáticos, desde a sua separação da mãe até os abusos e injustiças que enfrenta ao longo de sua vida como escrava no Brasil. Através dos olhos de Kehinde, somos confrontados com questões de identidade, pertencimento e justiça num contexto completamente desfavorável. Sendo uma personagem com uma forte ligação com o espiritual, e este definindo o caminho longo que ela deveria seguir, o livro é dividido em cinco partes, cada uma marcando uma fase significativa da vida da protagonista, Kehinde, e sua jornada através da escravidão no Brasil. Essas partes são:
Infância na África: parte inicial que retrata a infância de Kehinde em sua aldeia na África, juntamente com sua mãe, avó e irmãos, antes de ser capturada e vendida como escrava.
Ilha de Itaparica: recém chegada na Bahia, é levada para a Ilha de Itaparica, onde conhece e entende não apenas a brutalidade do sistema, mas também a humanidade e a resistência dos escravizados. Aqui, mesmo diante dos abusos, sua base familiar brasileira é formada.
Salvador: na grande capital, Kehinde amplia seu conhecimento a respeito do mundo em quem vive e seu amadurecimento imposto e natural encontra lugar para ela se estabelecer como alguém importante na sociedade e na luta pela liberdade através de sua participação em movimentos de resistência contra a opressão dos senhores de escravos.
Jornada pelo Brasil: após diversas perdas, Kehinde viaja para os demais estados do Brasil, entre eles Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão e Minas Gerais, para se reconectar com suas raízes espirituais e a busca pelo filho perdido. Nessa vigem, que parece ser eterna, vive novas experiências e encontra novos desafios em sua luta pela liberdade e dignidade.
Reencontro e Redenção: Kehinde retorna à África em busca de quem era para poder retornar ainda mais forte na sua busca pelo filho amado perdido.
Essas partes estruturam a narrativa do romance, proporcionando uma visão abrangente da vida de Kehinde e das condições sociais e históricas do Brasil durante o período da escravidão, e nos dá dimensão da grandeza da história de uma mulher que, ao longo do retrato de sua vida, resgata a história do povo afro-brasileiro, tirando os da passividade e trazendo personagens resilientes que anseiam a liberdade e luta contra as adversidades. O romance foi inspirado na vida de Luísa Mahin, uma revolucionária brasileira no século XIX, mãe do advogado abolicionista Luís Gama, e que pouco sabendo sobre sua história real, muitas foram as possiblidades. Não procurei saber além disso para não lidar com spoilers, principalmente sobre a vida do Luís antes dele se tornar advogado, e recomendo que façam o mesmo. Diante de tudo isso, confesso: a leitura não foi nada fácil. O romance revela ao longo das mais de 800 páginas a brutalidade do sistema, e acompanhar isso acontecendo das formas mais perversas, é devastador. A resistência e luta por liberdade é muito bem explorada, mas nenhuma vitória é conquistada sem grandes perdas, e a Kehinde sabe bem disso. Essa é a história de uma mãe em busca do seu filho, mas também a história de uma vida que buscou ir além da sobrevivência num contexto onde a existência era vista como nada. A Kehinde é uma personagem cheia de defeitos e não esconde nenhum, até justificando ser por isso que perdeu tanto na vida. Mas o que pôde fazer para ter controle sobre a própria vida e ser vista como uma pessoa de respeito, ela fez. Nesse meio, mostrou que a vingança vem, e é merecida, e que qualquer lição necessária não precisa ser acompanhada de tanto horror, pois ela nasceu para a grandeza.
Com o passar dos anos, o tom da narrativa também vai amadurecendo, e foi muito interessante acompanha-la sendo mais verdadeira com ela mesma e com o mundo. Ela não faz rodeios quanto aos seus pecados e aos dos outros e, mesmo sentindo certa culpa em viver diante da busca, não se arrepende. Quando ela cita que toda a história é uma carta escrita para que o filho a conheça, o coração vai apertando com a possibilidade dela nunca o encontrar para poder dizer tudo pessoalmente, e tudo acaba até de forma abrupta. Muitas vezes parei a leitura e considerei que muita coisa ali poderia ter sido descartada, mas depois de viver de forma tão grandiosa, superando os obstáculos colocados na vida terrena e espiritual, não julgarei muito a falação de uma idosa nas últimas. O fim não me deixou desolada - apesar de não ter terminado com a visão que ela tanto queria - porque o destino do filho se provou e ele foi feliz. Diante disso, só me resta sonhar com ele lendo a vida da mãe e se orgulhando de ter em tão pouco tempo juntos, tanto dela para construir tudo que ele construiu e foi.
Recomendo!
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Por Glinda e sua varinha mágica! Olha só se não é VITANI LEONS caminhando pelos corredores da torre DOS PESADELOS. Por ser filho de SCAR, é previsto que ele deseje seguir caminhos parecidos com o dos pais. Ao menos, é o que se espera de alguém com 29 anos, mas primeiro ele precisará concluir o módulo ESQUADRÃO VIL para depois se assemelhar como um conto de fadas.
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Por anos Vitani havia nutrido a falsa esperança de que havia uma possibilidade do pai estar vivo, mesmo após tantos anos de exílio. Movido pelas boas memórias que possuía da convivência que havia tido com o mesmo e das crenças da própria mãe, o Leons mais velho estudava dia e noite todas as magias, portais e quaisquer outras coisas que pudessem lhe conferir alguma informação sobre como chegar até o pai, ou, até mesmo trazê-lo de volta. Entretanto, a inocência é uma característica de curta duração, especialmente em seu mundo.
Conforme adquiriu idade, passou a enxergar o acontecimento de forma mais clara, vendo que, na verdade, a crueldade cometida contra seu pai havia sido permitida pelos vilões, e que, acima de tudo, depois de tantos anos, era muito improvável que ele ainda estivesse vivo. Apesar de entender a manobra de guerra feita, não foi capaz de ignorar o sentimento de revolta causado.
Quando criança, sonhava em trazer seu pai de volta e mostrar a todo o reino a injustiça feita contra ele. Agora que havia se tornado adulto, sonhava com o dia em que colocaria fogo em toda Tremerra e assistiria de longe sua ruína, desfrutando de um bom vinho. Porém, mesmo ele não se mostrando mais tão obcecado com a possibilidade vida do pai, sua mãe nunca abandonou as tentativas de nutrir a esperança no filho. No entanto, também pedia que tivesse cuidado, afinal, olhos de pessoas importantes estavam sobre eles, esperando qualquer brecha para fazerem com ele o mesmo que havia sido feito com Scar.
Mesmo sentindo que a qualquer momento poderia explodir, tal qual uma bomba, seus objetivos eram muito mais importantes, ainda mais quando haviam coisas não completamente formuladas em sua mente. Precisava ser paciente. Por isso que, por hora, mantém-se em sua posição de superioridade habitual, com notas excelentes e um talento único de pôr lenha na fogueira e observar o circo pegar fogo.
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P O D E R: FISIOLOGIA FELINA -> descobriu ser capaz de se transformar em um felino total ou parcialmente ainda criança, durante os passeios que dava com seu pai, e, após seus dezoito anos, conseguir se aprimorar a ponto de conseguir escolher entre um felino normal ou antropomorfizado. Como tal, possui agilidade, equilíbrio e, por vezes, força acima do nível natural, podendo realizar movimentos rápidos, precisos e letais para atingir seus oponentes ou desviar de seus golpes. Além disso, ele é dotado de garras extremamente mortais que, em níveis mais altos de força, podem até mesmo cortar metais. Ele também possui grande capacidade de saltar e escalar superfícies íngremes.
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DAEMON: ASTAROTH. Um daemon de escamas completamente pretas com um reflexo verde esmeralda e olhos igualmente verdes. Costuma brincar que o dragão poderia ser facilmente confundido com um gato caso não pesasse mais de uma tonelada. Tal qual um felino, o dragão é extremamente ágil, certeiro e muito inteligente, o que facilita muito a vida de Vitani quando está jogando dragonball. Ambos possuem uma conecção muito mais forte do que gosta de admitir, o que faz com um seja extremamente fiel ao outro, o que, em outras palavras, significa dizer Vitani é capaz de matar qualquer pessoa que fizer algo contra Astaroth e vice-versa.
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HEADCANONS + TRIVIA.
É muito preocupado com sua aparência física. Facilmente pode ser encontrado em uma academia ou praticando algum esporte (geralmente lutas). Também é bastante preocupado com suas roupas e tem como marca registrada seu perfume;
Ao mesmo tempo que é orgulhoso, ambicioso, instável, calculista e teimoso, também é inteligente, bem humorado, leal (apenas com quem realmente gosta), resiliente e empático (novamente, apenas com quem gosta);
Como lê bastante, se cobra muito no quesito acadêmico, se obrigando a manter um padrão de excelência autoimposto, tendendo a ficar bastante estressado quando não atinge seus objetivos;
Tem muito orgulho de sua posição no time dos escorpiões, mesmo não sendo seu esporte favorito, é orgulhosos demais para não dar tudo de si nos jogos, e, claro, o reconhecimento compessa o esforço;
Tem uma quantidade boa de seguidores nas redes sociais, mesmo não dando muito atenção para tais coisas. Apenas faz o suficiente para mantê-los por ali;
Gosta muito de artes, no entanto, não tem muito habilidade em nenhuma.
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@manifestosimaginarios e @thinkingjasico uma humilde contribuição para esse pequeno fandom... a ideia é que o Diadorim sobreviveu a última batalha.
Inspirado nesses trecho do livro: "Mas, dois guerreiros, como é, como iam poder se gostar, mesmo em singela conversação – por detrás de tantos brios e armas? Mais em antes se matar, em luta, um o outro. E tudo impossível."
...
O lago estava calmo e inquieto. Patos entravam, nadavam e saiam voando dele. Prestando atenção era possível ver os peixes indo de um lado pra o outro, sendo assustados por qualquer movimento, e os cágados quase disfarçados em seu habitat natural. Os mosquitos em nuvens as vezes incomodavam os presentes me busca de alimento. Uma brisa refrescante fazia com que folhas caíssem em direção à água. O Sol brilhava fortemente, daquele jeito que fazia suar só por estar parado. O céu coberto de nuvens indicava uma chuva que podia não se formar. As árvores faziam uma sombra tão necessária, e seus tons muitos tons de verde refletidos no lago davam uma beleza a mais para o afastado local.
As margens do corpo d’água, Riobaldo e Diadorim estavam sentados ligeiramente afastados. Era como se a brisa conseguisse apagar todo o calor gerado pelo clima abafado. Estavam silenciosos, de modo que poderia se pensar que tinham feito um pacto de não falar nada e somente apreciar a natureza.
Esse acordo não dito foi quebrado por Diadorim. Franzia suas sobrancelhas, como se incomodado pela paz do local que estava.
“Engraçado. Nunca imaginei que viveria para ter uma vista dessa como minha realidade todo dia. Sempre achei que morreria antes que tivesse a chance de aposentar como jagunço, não chegaria a ser velho.” Uma risada amarga foi com a mesma rapidez com que chegou. “Mas agora aqui estou eu, novo e incapaz de ser jagunço.”
Riobaldo olhou para o seu estimado e querido amigo com preocupação e carinho. A dor física e emocional de Diadorim era visível e ele não sabia como retirá-la ou diminui-la. Ele também não tinha ideia de como lidar com seus próprios pensamentos negativos que muitas vezes olhava a vida como se ela fosse um pesadelo onde tudo dava errado.
Sem saber o que mais poderia fazer para mostrar apoio pelo Diadorim, Riobaldo segurou sua mão. Imediatamente, com surpresa, Diadorim olhou para Riobaldo. Seus olhos verdes eram mais bonitos que qualquer um presente nas plantas ao redor deles. Riobaldo sempre se perdia e se apaixonava por eles. Ambos mal sentiam que respiravam, só sentiam suas mãos juntas.
“Diadorim.”
Quase disse meu amor, entretanto conseguiu conter o instinto, e para o Riobaldo Diadorim significasse mais, transmitia mais. Teve medo, mais do que o presente nas batalhas onde quase morreu, mas reuniu toda a frustração de todas as vezes que se acovardou diante daqueles olhos.
“Como você acha que dois guerreiros podem se amar? Com tanto sangue, lutas, armas em seus passados, em suas mentes?”
“Eu gostaria de saber o mesmo, Riobaldo.”
#grande sertão veredas#riobaldo e diadorim#mas assim escrever sobre esses dois depois da poesia que foi escrita pelo guimarães rosa é puxado
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