#minha linha de raciocínio
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infinitemilk · 2 months ago
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ja tentei muito mas não consigo ser multishiper, tipo pq eu vou deixar de comer um banquete extremamente suculento gostoso cheio de nutrientes e proteína que vai me deixar cheio e feliz pra ir comer uma coxinha de aparência duvidosa na feira
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misspeonirs · 6 months ago
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ㅤ⠀⎯⠀🌷 ⊹ olá olá
divas divonicas, como vocês estão?
vamo seguir minha linha de raciocínio aqui, vm?
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você é o criador da sua realidade
você cria as situações que você vive, você manifesta sua vida inteira, tudo acontece da forma como você manda, olha o tamanho do poder da sua mente. então pq vc culpa tal pessoa por agir daquela maneira cm vc? sendo que você em algum momento manifestou isso, VOCÊ CRIOU ISSO!!!
toma o controle da sua vida, nada é impossível pra você, você é ilimitado.
só pega o controle e transforma sua vida, manifeste o que você quer, para de querer validação de outras pessoas, quem decide tudo é VOCÊ!!! não sua amiga, não sua influenciadora, não sua mãe, seu professor, seu ex. VOCÊ.
não culpe outras pessoas pelos seus pensamentos que se manifestaram, escreva sua história da melhor forma pra vc 💋
é isso, beijos divas e divos, espero que tenham entendido.
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dollechan · 6 months ago
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❝ Now you see me, now you don't! ❞
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vampire!karina, femreader, sobrenatural, não é necessariamente terror (eu acho)
a/n: introduçãozinha do projeto se halloween! espero que gostem meus amores 💋
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Você sempre foi uma criança aterrorizada, medrosa e um pouco covarde, e mesmo sendo adulta agora, continua com esses mesmos defeitos. Mas tudo piorou desde que se mudou para outro país.
Tudo era aterrorizante aqui, desde a arquitetura — que particularmente era linda, mas assustadora — de igrejas antigas às noites que eram mais escuras e barulhentas.
Barulho. Tem ouvido constantemente barulhos estranhos vindo das árvores, de cima dos prédios e de lugares mais escuros, como sombras te perseguindo. Mas mesmo assim, medrosa do jeito que era, se forçava a viver uma vida "normal".
Acordava de manhã e preparava seu café favorito, se arrumava e saia para o trabalho, quando voltava para casa já está tarde e o céu já está escuro, amedrontador. De qualquer forma segue seu caminho até em casa, as vezes sozinha, as vezes acompanhada; mas aquele barulho te persegue, assim como a sensação de um par de olhos te observando a noite toda.
Só de pensar no que poderia ser você se treme toda, pensa em todas as coisas possíveis, lobisomens, fantasmas, vampiros. Não sabe qual te aterroriza mais.
Tentava viver normalmente, mas as sombras te perseguem.
Em uma noite que voltava do trabalho, você viu algo lá, escondido no escuro. Para sua sorte — ou não — estava sozinha naquele dia, era você e a sombra ali naquele beco. Paralisa, não consegue se mexer mesmo que queira muito, olhos vermelhos brilham e depois disso você não se lembra de muita coisa.
Talvez tenha morrido, ou tenha sido raptada, ou comida viva e tenha ido para o cé…
– Acordou? Você fica tão bonitinha dormindo mas já estava ficando entediada. – Sua visão turva não permite olhar para a dona da voz de primeira, se levanta rápido mas logo se arrepende quando sente a pressão abaixar. — Ya, cuidado. Você vê uma garota, cabelo longs, muito longo, e também muito escuro. Ela é pálida até demais, e tem uma aparência fantasmagórica, apesar de parecer uma boneca. – Você tá bem? – Ela se senta na cama em que você está, paralisa ali mesmo, não gosta muito de desconhecidos.
Assente com a cabeça, tem medo do que ela pode fazer com você. – Ya, não se preocupe, não vou te machucar! Vem, vamos descer para o nosso jantar fabuloso.
E ela simplesmente desaparece.
Passa exatos trinta segundos para tentar raciocinar o que você está fazendo ali, o porquê está ali e como foi parar ali. Mas a garota fantasmagórica volta do além te dando um susto.
– Vamos, __, te conto tudo lá embaixo.
Ela te teletransporta junto para o andar de baixo, e só agora para 'pra perceber o quão grande aquela casa era. – Não é uma casa, é um castelo. – Até parece que ela lê seus… – Pensamentos? É eu faço isso também.
Se aproxima da mesa de jantar enorme, acanhada, treme um pouco e sabe que é por causa do medo, mas reúne toda a coragem — que você não tinha — para perguntar algo a garota.
– Quem é você? – A voz sai baixa, medrosa e tímida.
– Karina Yoo, é um prazer! Tenho 124 anos e moro aqui! Não é incrível ter uma casa desse tamanho só para você?!
Okay. Informação demais.
– Por favor não se assuste. Eu não quero te machucar, e nem vou! Pode ficar tranquila princesa. – Você se senta na cadeira mais próxima que estava disposta naquela mesa enorme, o cérebro não processa direito tudo o que estava acontecendo ali.
Foi sequestrada por uma moça muito bonita de 124 anos que mora em um castelo sabe-se lá Deus onde e é estranhamente animada? Uau, parece até loucura… – Mas é loucura mesmo. – fala mais para si do que para a tal Karina, mesmo sabendo que ela acompanhou toda a sua linha de raciocínio.
Ela limpa a garganta para chamar a minha atenção e se senta na cabeceira da mesa. – Come, você ficou muito tempo sem comer.
Realmente estava com fome, por isso o cheiro da sopa te deixa irracional. Não para 'pra pensar que ela pode ter colocado algum tipo de veneno, ou maldição na refeição. Só come.
– Você deve estar se perguntando o motivo de estar aqui… Bom, parabéns, você foi a escolhida para se tornar uma vampira! De vinte em vinte anos meu tio, Drácula, escolhe pelo menos um humano para cada membro da família "possuir". Basicamente a gente pode transformar qualquer humano em vampiro, mas a gente não escolhe qualquer um.
Ela dá uma pausa para tomar mais um pouco da sopa, chega a tremer com a possibilidade de ter os mesmos olhos vermelhos e as presas.
– Bom, você tem escolha na verdade, se quer ou não ser vampira. Mas para isso você vai ter que passar por um desafio. Ou você faz o desafio e tem a oportunidade de escolher, ou eu posso te transformar agora m… – DESAFIO! Q-quer dizer, eu quero o desafio.
O olhar dela se transforma, antes estava animado mas agora, desapontado. Você fica confusa, se perde nos olhos vermelhos e nem percebe quando começou a observá-los, te hipnotizam.
– Desafio? Tudo bem então, vamos começar. Hartford, prepare tudo. – Ela bate palmas e um mordomo aparece do mais absoluto nada, mas tem algo estranho sobre ele, não parece mórbido o bastante para ser vampiro. O tal Hartford apenas acena com a cabeça, e vai para outro cômodo sem falar absolutamente nada. – Ele é mudo, mas escuta muito bem, tome cuidado quando estiver no jardim.
Ela sai da mesa sem mais, nem menos. Some como anteriormente e te deixa plantada ali.
A sopa já está fria, e o pão não está mais apetitoso; vai ter que se preparar para o quê vai vir.
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"Corre!"
Você acorda de repente com uma voz sussurrando no seu ouvido. Não percebeu quando caiu no sono, mas não tem lembranças de ter voltado para o segundo andar e ter deitado na cama que haviam designado a você. Merda, te drogaram e você nem percebeu. Mas agora você observa melhor o quarto, se senta na cama e olha ao redor. Aquele não é o mesmo quarto que tinha acordado anteriormente, aquele lugar não havia paredes, mas sim uma cerca viva gigante; esse é o jardim.
Faz o máximo de silêncio possível, segue a dica que a Yoo tinha lhe dito. Se levanta da cama e…
– Corre!
Suas pernas não respondem mais ao seu cérebro, segue caminhos aleatórios por aquele jardim-labirinto. A voz martela a mesma palavra na sua cabeça, e então ela aparece na sua frente.
Você cai no chão, tenta se afastar da figura feminina que agora está bem mais macabra, olhos totalmente negros, as unhas afiadas e os cabelos caindo como um manto em suas costas.
– O desafio é esse, querida, esconde-esconde. – A voz dela sai distorcida, como tivesse possuída. – Vamos começar?!
Nega com a cabeça, se arrastando no chão lamacento.
– Vamos lá, querida! Agora pode me ver agora, mas em um instante…
Não.
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stuckwthem · 7 months ago
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dreams come true | joel 'de volta aos 15' x reader
contexto: a irmã mais nova de camila e fabrício tem uma paixonite secreta por joel, e em uma das festas na república, ela acaba o beijando.
wordcount: 3k tw: menção de álcool
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sonhos são apenas uma manifestação do seu inconsciente, desvendando seus maiores medos, desejos e perversões enquanto tudo que você pode fazer é ser um mero espectador. é o que eu sei sobre sonhos.
e já estava mais do que acostumada a ter noites assim, onde tudo o que passa pela minha cabeça durante meu sono inquieto é: joel, o melhor amigo do meu irmão. 
mas dessa vez, havia algo diferente, uma sensação tão vivida que eu podia lembrar o gosto amargo da cerveja barata em seu beijo quando sua boca veio de encontro a minha, nos sonhos, é claro. se eu tocar meus lábios consigo ainda experimentar a sensação dos seus. e suas mãos…juro que a pressão de seus dedos em volta de minha cintura pareceu tão real que tenho medo de ter soltado alguns sons enquanto dormia.
apenas quando saio daquele transe adormecido que percebo ao me olhar no espelho, ainda estou com o mesmo vestido da festa de ontem e o gosto amargo de cerveja permeia em minha boca, assim como o borrão do batom vermelho.
e de repente, aquele sonho começa a insinuar na verdade mais uma lembrança. meu deus, eu realmente beijei o joel?
ao meu redor no quarto, anita ainda dorme pacificamente e rafa está laçada nos braços de whisky em um sono profundo demais para perceber que eu estou em absoluto surto no meio do quarto, tentando puxar todas as memórias da noite anterior enquanto meu estômago revira com a súbita realização.
aquilo era completamente normal, não era? todo mundo se pega em festas e a vida segue, mas não quando você, bêbada e passível de dizer atrocidades, beija o cara que tem uma paixonite secreta por anos.
é isso, me trancaria no quarto pelo resto do dia e evitaria a luz do sol tal qual um vampiro debaixo das cobertas, envergonhada demais para lidar com quaisquer que sejam as besteiras ou consequências daquela festa.
e se ele tivesse odiado? e se agora ele me desse um fora? e se ele nem lembrasse? e se de fato, tudo aquilo não passasse de fato de uma projeção no meu sonho e eu estivesse alucinando e nunca mais conseguisse olhar para cara de joel da mesma forma?
tenho que puxar o ar em uma lufada só pra voltar a respirar normalmente até que a linha de raciocínio em minha mente volte a funcionar, mas tudo volta para o jeito que estava me beijando ao som de poker face.
sério, eu estava ferrada. além do beijo, tudo que há em minha mente são borrões embriagados, uma dor de cabeça tremenda e já não me recordo de mais nada.
— amiga, tá tudo bem? — é carol que pergunta, por debaixo da sua cortina da beliche.
ela me olha com uma expressão preocupada, e eu pisco algumas vezes antes de responder.
— tá sim, é só…ressaca. — digo, como se tentasse acreditar em mim mesma e dou um joinha para ela, antes de agarrar minhas coisas no quarto e ir zonza rumo a um banho. 
meus pensamentos ruminam a todo momento para aquele acontecimento, e minha barriga gela toda vez que penso no instante que me depararia com ele. quando tiro meu vestido, consigo sentir o cheiro dele impregnado no tecido assim como o odor da bebida, e rio como uma piada de mal gosto comigo mesma. não poderia ter sido tão ruim assim, podia?
sem dúvidas não poderia ter sido tão ruim, constato isso quando vejo a marca avermelhada se tornando roxa no meu pescoço quando prendo o cabelo.
depois do banho, aproveito o raro momento de tranquilidade e silêncio na república. passo meu café, jogo algumas latinhas de cerveja de cima da pia fora, arrumo uma coisa e outra, e vou descansar.
sinto meu celular vibrar quando me jogo no sofá, empurrando os copos vazios de cima do estofado, e desinteressadamente desbloqueio a tela, esperando uma mensagem de meu pai, me desejando um “bom dia” ou algo do tipo, mas então meus olhos quase saltam para fora.
*sms:* joel: ei, você tá melhor? :p
quase cuspo meu gole de café quando leio a notificação, instantaneamente sentindo meu coração acelerar de tal forma que me sinto tonta. bloqueio a tela do celular rapidamente como se dali ele pudesse me ver, e coloco minha xícara dramaticamente de lado, forçando uma calmaria que não me pertencia naquele momento. quando olho para o lado, vejo a república dos meninos através da janela da sala, e num pulo levanto para fechar as cortinas, num ato de completa paranoia.
melhor? como assim, do que eu estaria melhor? eu tive um pt? ah não, me mataria se descobrir que vomitei na sua frente. não respondo a mensagem, na verdade, coloco meu celular bem longe, escolhendo fugir daquela situação, pelo menos por agora, como se ignorar seu sms mudasse o fato que joel mora a uma travessia de distância.       
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meu plano de fuga estava dando certo. já eram 4 dias desde a festa e joel parecia uma figura quase fantasmagórica, mantida à distância graças à minha meticulosa e detalhada estratégia de evitar qualquer possibilidade de esbarrar com ele, o que me fazia andar pelo menos duas vezes a mais pelo campus em vias alternativas e até mesmo almoçar fora do bandejão. estava suando e me exercitando como nunca, com certeza. até ser, inevitavelmente, confrontada.
— espera aí, onde você vai?  — camila segurou meu ombro antes que eu pudesse desviar dela e de dom no corredor, sentido contrário ao bandejão. — não vai almoçar com a gente?
— é que eu preciso resolver um negócio lá na xerox e…— desenrolei a falar, sem pensar muito, tentando soar convincente.
— é, já faz uns 3 dias que você tá resolvendo um negócio lá na xerox. — ela rebateu, soando acusatória. engoli em seco.
— meu deus, você não tá ficando com o cabra, né? — dom arregalou os olhos, parecendo espantado com a própria suposição.
minha irmã reagiu da mesma forma, logo mudando a feição para um sorriso malicioso.
— não! pelo amor, não…— intervi de imediato, balançando a cabeça. abracei com um pouco mais de força os cadernos contra meu peito, morrendo para poder compartilhar o que estava me corroendo a dias. — o cabra até que é gatinho, mas não tem nada a ver…e ele já ficou com metade da faculdade!
meu rosto se contorceu em uma expressão de desgosto, reprovando completamente a ideia. bufei, agora sem mais saída, e puxei camila comigo para o final do corredor.
— é que… — ponderei as palavras antes de dizer, receosa em soar tão idiota quanto estava me sentindo — eu tô fugindo do joel. 
— do joel? — camila franziu o cenho, claramente surpresa. — o que ele te fez? mas por que você… 
— a gente se beijou na festa e eu tava muito bêbada e agora eu não sei o que fazer — as palavras saíram atropeladas, meu nervosismo se tornando escandaloso — e se o pessoal souber, meu deus, se o fabrício souber...
antes que eu pudesse terminar, minha irmã soltou uma gargalhada.
— cara, todo mundo viu você beijando o joel! — a partir do momento que ela diz essas palavras eu sinto meu rosto absolutamente pegar fogo. — tá de brincadeira? inclusive a hora que…
sua voz parece desaparecer no momento em que meu olhar é magnetizado para atrás dos ombros dela, mais precisamente, para joel que desce a rampa em nossa direção. o mundo ao redor parece entrar em mudo, um mero zunindo no meu ouvido, e em como um filme da sessão da tarde, tudo se move vagarosamente até o garoto estar à nossa frente, olhando em meus olhos, com o cenho franzido. ele com certeza ouviu o que camila estava dizendo e agora podia jurar que seu rosto estava corado como o meu. timing perfeito!
depressa, minha irmã deu um passo para trás, agarrando dom e descendo rampa abaixo para longe de nós, me deixando completamente em choque e desconcertada com aquelas informações, com a pessoa que eu menos tinha coragem de encarar neste momento.
— ahm…— cocei a cabeça, nervosa. minha boca abriu e fechou diversas vezes, mas nada parecia certo a se dizer, e novamente eu era apenas uma pré adolescente na frente do cara que nunca me daria bola. 
nos conhecemos desde sempre. crescemos na mesma rua, frequentamos as mesmas festas de família e éramos próximos o suficiente para ter piadas internas e conversar horas a fio sobre música, mas distantes o suficiente para que meus sentimentos ficassem escondidos.
joel sempre seria o engraçadinho, nerd e irresistível melhor amigo do meu irmão, o garoto que eu admirava em silêncio. e, por anos, aquele carinho havia se transformado em algo mais intenso, algo que mal tinha coragem de admitir para mim mesma.
— oi… — ele disse, com a voz tímida e me olhando de um jeito curioso, quase como se ansioso. — vai ficar fugindo de mim mesmo?
uma risada nervosa escapa antes que eu possa processar qualquer coisa, e eu bato no ombro dele de leve, embarcando naquela péssima mentira que tentava desenrolar a dias novamente.
— fugir? como assim? eu não tô fugindo de você, joel. — respondi, com um sorriso que começava a doer minhas bochechas.
— eu posso tá ficando louco mas acabei de ouvir você dizer isso pra camila. — ele refuta de imediato minha alegação, com os olhos semicerrados e uma risadinha sem graça. — você nem respondeu minha mensagem. fiquei preocupado, depois que você bateu a cabeça…
— que? eu bati a cabeça? 
joel acenou afirmativamente, o leve rubor se intensificando em suas bochechas enquanto ele coçava a nuca, visivelmente desconfortável. eu, por outro lado, sentia o chão escapar sob meus pés. 
— você não lembra? — ele perguntou, a voz suavizando com uma preocupação palpável. joel passou a mão pelos cabelos, um tique nervoso que eu já conhecia muito bem. — a gente tava dançando e…hm, se beijamos. e aí você tropeçou e…
claro que eu tinha caído. não bastava apenas beijar o joel bêbada, eu também tinha que me esborrachar no chão logo depois. perfeito. eu estava paralisada a alguns segundos, notando o padrão de decoração do piso do chão, constrangida demais sobre tudo. por onde começaria?
— olha, sobre… — o mais velho começou a dizer novamente, e eu gelei, pressentindo as próximas palavras que sairiam de sua boca.
ele ia me dizer que o beijo tinha sido um erro, que estava tudo bem, que não significava nada. exatamente como eu temia.
— não precisa... — interrompi rapidamente, levantando a mão, tentando salvar o pouco de dignidade que ainda me restava, se é que havia alguma. — a gente tava bêbado, né? isso acontece, e... e... podemos fingir que nunca aconteceu.
eu estava tentando ser direta e racional, engolindo aqueles sentimentos e matando sufocada a pequena fagulha de esperança de que aquele beijo pudesse ter significado algo a mais para ele também, não poderia ficar me enganando com essa quedinha — paixão — para sempre, mas lá no fundo eu queria tanto que joel me provasse o contrário.
seu olhar baixo me fitou confuso, como se não compreendesse o que eu dizia, como se tentasse juntar palavra por palavra. poderia dizer que até houve um vislumbre de decepção em sua expressão, a qual ele se desfez ligeiramente.
— na verdade, eu ia dizer que não rolou mais nada, sabe…quando eu te levei pra cama. — o garoto disse apressadamente, desviando seus enormes globos castanhos da minha direção. — mas você também não lembra disso, né? eu só fiquei te assistindo, tentando não deixar você dormir na primeira meia hora depois do tombo e…fingir que não aconteceu? 
repentinamente, ele repetiu minhas palavras, como se não fizessem o menor sentido, como se estivesse as processando com mais cuidado do que eu havia previsto. ele havia cuidado de mim até dormir, isso ecoa em minha mente como um sino alto e persistente.
um silêncio estranho se instalou entre nós, fazendo cada segundo parecer uma eternidade, os dois desorientados demais para chegar a uma conclusão.
— é... — minha voz saiu baixa e trêmula. eu estava perdendo o controle da situação, e isso me aterrorizava. — sabe, é o que as pessoas fazem nessas situações, né? bebidas, festas... ninguém realmente lembra no dia seguinte.
seus olhos subitamente me encararam com certa determinação, e eu podia sentir a mudança no ar entre nós. joel deu um passo à frente, diminuindo a distância, e de repente, sua presença parecia imensa, quase esmagadora. com o queixo ligeiramente inclinado, ele me olhava com uma intensidade que me desarmava por completo. ele estava ali, tão próximo, tão real, e ao mesmo tempo tão distante de qualquer expectativa que eu pudesse ter.
— mas eu lembro. — suas palavras saíram firmes, diretas, como uma confissão inesperada. — e eu não tô nem um pouco a fim de esquecer. 
o calor de meu rosto desceu por todo meu corpo, me esquentando por inteira numa sensação febril. meus músculos não respondiam mais, inúteis como se feitos de gelatina, e eu apenas conseguia observar por baixo dos cílios, incrédula e intimidada com aquela atitude que nunca havia presenciado antes.
— o que? — balbuciei, sentindo minha pressão se desvanecer. 
joel deu mais um passo, perigosamente tão perto que eu podia sentir o calor que emanava de seu corpo. 
— não foi só a bebida, não foi só o momento. eu te beijei porque eu queria te beijar.
minha mente levou um tempo para processar. a confusão, o medo e o desejo se misturavam em uma tempestade dentro de mim. o que ele dizia não fazia parte do roteiro que eu tinha escrito na minha cabeça. não sabia como reagir sentindo meu coração batendo tão forte contra minhas costelas que temia que ele pudesse ouvir.
— é sério? — o questionei, sentindo a ruga cravar em meio minhas sobrancelhas. o campus parecia vazio agora, como se tudo e todos parassem apenas para aquele minuto. — joel…o que você quer com isso?
eu estava desconfiada, com medo de que fosse abrir os olhos a qualquer momento e descobrir que aquilo também não se passava de outro devaneio. ele tinha um sorrisinho de canto nos lábios, quase tímido, mas como se soubesse de algo que eu não fazia ideia. 
delicadamente, joel levou a mecha de cabelo em meu rosto para trás da orelha, roçando seu dedo por minha maçã do rosto. me senti hiperconsciente de sua presença à minha frente, e agora estava tão perto que a frente dos nossos tênis encontravam-se. a corrente de eletricidade que percorria meu corpo agora poderia acender uma cidade inteira, e eu temia que se o tocasse, talvez lhe causasse um choque. mordi os lábios, resistindo em levar meus dedos até seu rosto apertando ainda mais o caderno em meus braços.
— achei que já estivesse óbvio. — o moreno deu de ombros, sustentando seu olhar no meu. apenas notei que estava sem ar quando tive de respirar fundo, ansiosa por seja lá o que estava acontecendo e seu próximo movimento. meu nome soou como mel em sua boca quando ele o disse antes de prosseguir, grudento e doce. — tô querendo dizer que gosto de você, e há um tempão.
cortem as câmeras, apaguem as luzes. isso era uma pegadinha? não, não era. e eu? eu estava parada ali feito uma idiota esperando as palavras surgirem em minha mente, que soassem a altura do que ele estava me dizendo, mas no roteiro original tudo isso acabava em mágoas e um pote de sorvete assistindo uma comédia romântica qualquer. 
— e você só me diz isso agora? — é a indignação que toma conta da minha linha de raciocínio, depois de toda aquela tensão. ele me olha surpreso, rindo, quebrando aquela sua pose de sedutor. — e eu tô aqui morrendo de medo de levar um fora. porra, joel! 
— isso é um…”bom, eu também gosto de você, maravilhoso e incrível joel”? — ele arqueou uma sobrancelha, a voz carregada de uma provocação leve.
o encaro como se estivesse sendo desafiada, e solto uma lufada de ar. malditos sejam os homens engraçadinhos. 
— não, mas isso aqui é — eu digo sem pensar duas vezes, agarrando a gola de sua camisa entre meus dedos e o puxando para um beijo. 
nossas bocas se encontram de uma vez, e seus lábios são macios e suaves contra os meus, assim como me lembrava daquela noite, apenas um pouco mais gentis. joel parece surpreso de início, mas logo uma de suas mãos faz seu percurso até meu quadril e a outra afaga meu rosto, removendo qualquer vestígio de confusão em minha mente, e eu me entrego a sensação, deixando meu caderno cair entre nós. joel faz menção de abaixar para pegar, mas eu envolvo seus ombros em meus braços, o segurando ali, lhe fazendo sorrir bobo contra meus lábios. havia esperado tanto, tanto tempo para isso.
o gosto de cerveja amarga de antes agora dá lugar ao hálito agradável com sabor de fresh drops de melão, e é um beijo tão gostoso e doce quanto a bala que joel tinha sempre na boca. eu me pego rendida a suas mãos e o jeitinho que sabe me segurar tão bem, movendo o rosto e explorando o beijo com tanta confiança e desejo que quase me sinto entorpecida, me detendo em suspirar seu nome entre seus lábios.
respirávamos ofegantes um contra o outro, as testas coladas, recuperando o ar quando se fez necessário. me sentia tonta, um misto de alívio e euforia me dominando, tão apaziguada quanto joel parecia, com o olhar sereno e perdido, percorrendo todo meu rosto. foi como acordar de um sono logo, sentia meus olhos pesados, a mente em névoas e completamente revigorada.
— e o que que a gente faz agora? — foi a primeira coisa que ele me disse, com os lábios rosados e o peito descendo e subindo acelerado. 
um sorriso escapuliu dos meus lábios, acompanhado por uma risadinha baixa, carregada de expectativa pela ideia que fervia na minha mente. levo minha mão a sua, entrelaçando nossos dedos e deixo um selinho em seus lábios, carinhosamente. 
olho para um lado e o outro no corredor, notando agora as pouquíssimas pessoas a passarem ali, rumo ao bandejão, e sem perder o calor do momento, não hesito em o puxar comigo em direção a uma das salas vazias no corredor.
— a gente descobre. 
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estou completamente apaixonada pelo joel e vocês vão ter que se apaixonar por este homem nerdola engraçadinho também!
me arriscando com personagem novo por aqui! espero que tenham gostado <3
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thebrigantia · 3 months ago
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Olhei para o céu tentando me concentrar e manter uma linha lógica de raciocínio. Sempre fiz isso, desde pequena. Costumava olhar o céu para ver se encontrava respostas nas nuvens, se é que isso pode fazer algum sentido. Estava um dia lindo, ensolarado, com pouquíssimas nuvens no céu. Me concentrei em minha respiração sentindo meus olhos arderem pela quantidade de claridade, e como se fosse um sonho, meus olhos se desfocaram, fazendo com que eu pudesse ver uma forma que se destacava no meio das nuvens. De início achei que era um tipo de pássaro, mas a forma não se mexia como se estivesse voando, parecia flutuar. Tentei focar minha visão mas os raios solares me atrapalhavam e com muito esforço vi, uma forma humanoide que parecia olhar exatamente em minha direção. Um arrepio subiu a minha espinha, acho que minha expressão de choque era evidente, pensei estar alucinando mas não conseguia me mover. Quanto mais eu olhava aquele ser ficava nítido no céu. Uma mulher, de pele bronzeada, cabelos castanho chocolate formando cachos incrivelmente sedosos que caiam por seus ombros. Foi ficando difícil de respirar quando percebi que aquela entidade se aproximava. Aquilo não podia ser real. A mulher abriu os braços no céu de forma angelical, mantendo uma expressão de seriedade em seu rosto. Repentinamente percebi a semelhança que ela tinha com a minha mãe. Aquilo me assustou. Ela aterrissou bem na minha frente, à poucos metros de distância, me encarava de forma dura. Usava um vestido longo tão branco que brilhava e tinha consigo apetrechos dourados. Minha cabeça estava uma confusão. A presença dela era surreal, dava para sentir uma áurea fortíssima saindo de seu corpo. Conforme caminhava, a ventania se intensificava, como se tivesse controle daquilo. Ao chegar perto o suficiente, inclinou a cabeça para o lado, amenizando sua expressão com um pequeno sorriso. Senti minhas pernas ficarem fracas, meu corpo parecia chumbo. Elas eram idênticas. Será que ela era mesmo a minha mãe? Não podia ser. Estendeu o braço em minha direção, encostando a mão quente em meu rosto, o toque fazendo todo o meu corpo se relaxar, como se fosse o melhor dos tranquilizantes, como se transmitisse cura. — Minha querida filha... — Disse ao acariciar meu rosto. sua voz reduzia todo o barulho externo, abrandava, transparecendo maternidade. Aquela não era exatamente a minha mãe, mas sim um reflexo de tudo o que a minha mãe representava. Aquela era Hera, a rainha do Olimpo, Deusa das mulheres, do casamento e protetora da família.
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agsbf · 2 months ago
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Death No More
Stardust Crusaders x Isekai! Leitora
Capítulo 10: Alibi
Capítulo Anterior - Masterlist
“Se o conhecimento do futuro não é uma bênção, por qual motivo suas escolhidas possuem essa vantagem?” –Desamparo.
“Considera isso uma vantagem?” –Compadecida.
Na manhã seguinte, sentiu os raios solares baterem em seu rosto, te obrigando a abrir os olhos, sua visão ainda desfocada, te fazendo piscar repetidas vezes para se acostumar com a claridade. Usou o antebraço para se apoiar enquanto levantava, tentando fazer dos movimentos os mais delicados possíveis para evitar uma tontura. Encarou o travesseiro que dormiu, seu lábio se erguendo em nojo ao perceber uma pequena mancha presente na área próxima onde sua boca havia estado. Não poderia esquecer de consertar isso mais tarde. Observou o cômodo, a sobrancelha franzindo ao notar a falta do colega de quarto, perguntas surgindo em sua mente sobre o paradeiro do ruivo, porém antes de criar hipóteses precipitadas, a porta do cômodo foi aberta: Kakyoin, com o cabelo já penteado, entrou no quarto, batendo palmas ao ver sua figura acordada, comentando:
—Finalmente, Bela Adormecida! Mais um pouco eu podia ligar para a ambulância e avisar do seu coma. —O ruivo sorriu. Ele continuava com o pijama da noite passada, porém o futon dele estava arrumado, indicando ter levantado há bastante tempo. —Holly já preparou o café da manhã e todo mundo está na mesa.
—Que horas são?
—Oito e cinquenta.
—Puta merda! —Exclamou.
Você se levantou da cama em um piscar de olhos, materializando o Crazy Diamond na velocidade de um raio, usando os poderes do próximo protagonista para dobrar o conjunto de cama da mesma forma que a loira havia feito ontem na hora de entregar, assim te poupando tempo (também utilizando o Stand para apagar aquela baba.). Noriaki soltou uma pequena risada pela sua pressa, dizendo:
—Se isso te deixa mais calma, a casa do Jotaro fica a menos de 15 minutos da universidade. Temos quase duas horas sobrando até a primeira aula de hoje.
Não podia culpar o ruivo por imaginar que a sua preocupação fosse a faculdade, seria a linha de raciocínio mais lógica, pois além da importância do conhecimento, imaginava não ter sido fácil para sua versão desse mundo ter conseguido bolsa em outro país, a chance de perdê-la por causa de advertências soando um pesadelo. Entretanto o rapaz não poderia estar mais errado sobre sua inquietação: com a doença do Dio desenvolvendo em Holly, um futuro acidente de avião, o primeiro combate usando a manifestação de alma (a batalha com o estudante não contava, o usuário do Hierofante Green é um aliado no final das contas.), a vida de duas pessoas e um cachorro na suas mãos. Se existia uma coisa incapaz de te fazer arrancar os cabelos hoje, essa coisa é a universidade. Porém, não falou nada relacionado a isso, preferindo dar uma resposta vaga com um sorriso forçado: 
—A vida ajuda quem cedo madruga. —Piscou.
—Então está fudida. —Jotaro interrompeu, entrando no quarto.  —Embora eu não esteja surpreso que durma tanto, cobras hibernam no fim das contas.
Você revirou os olhos, o protagonista ficava usando o Star Platinum para escutar a conversa e  aparecer? Independente da resposta, uma coisa era fato: o Kujo poderia fazer qualquer observação espertinha, reencarnou pronta para retrucar.
—Fica de quatro para ver se minha anaconda está hibernando. —Argumentou. O projeto de fã do Bob Esponja contraindo o rosto, antes de responder:
—Por causa desses seus comentários imaturos, não tem amigos.
Você levantou uma das sobrancelhas, seus lábios erguendo em escárnio, virou seu rosto para Noriaki.
—Somos amigos, Kakyoin?
O rapaz arregalou os olhos, antes de assentir:
—Sim, somos amigos.
—Então, acabou de ser refutado, Jojo. — Para irritar mais o esboço de emo, aproximou-se do ruivo, apoiando o braço no ombro dele, perguntando:
—Quer ser meu MELHOR amigo, Kaky?
O universitário acenou a cabeça.
—Sim, seria uma honra.
O homem de cabelos pretos soltou o bordão típico, junto a um suspiro irritado. Era impressionante como a simples tarefa que a mãe havia dado de: “chamar os amiguinhos para comer”, conseguia ser cansativa quando incluía uma certa garota. Entretanto, em despeito, o usuário do Star Platinum fez questão de substituir a expressão de raiva por um sorriso empático, dando alguns tapinhas leves nas costas do colega, acompanhado de um olhar compreensivo:
—Entendo… ela está te ameaçando para falar isso. —Ele parou com a mão no outro ombro de Kakyoin. —Se estiver precisando de ajuda, pisque três vezes.
Em resposta a ofensa do protagonista, você puxou o Noriaki mais perto, tirando as patas imundas do Jotaro de seu novo melhor amigo.
—Não ligue para ele, Kaky. O Kujo tem inveja. Para manter a fachada de “Ain, eu sou um lobo solitário, auuu!”, ele não pode ter amigos tão legais como a gente.
O mal-humorado revirou os olhos com sua imitação, correndo o risco de dar um 360 nas órbitas oculares.
—Pense o que quiser. Minha mãe está chamando vocês para virem comer, enfie essa conversa fiada no seu rabo, puta.
—Eu não. Enfia no seu que cabe mais. —Segurou as mãos de Noriaki, caminhando para fora junto ao ruivo. —Venha Kaky, não se misture com essa gentalha. —Comentou de cabeça erguida, fazendo questão de encarar o rapaz de cabelos pretos de cima a baixo, soltando um grunhido esnobe ao sair do quarto para provocá-lo.
Sem nenhuma surpresa, o rascunho de metaleiro os seguiu, também indo tomar o café da manhã, conforme você andava, podia ouvir os resmungos reclamões do protagonista atrás. As pessoas costumam dizer: “dê poder a alguém e verá sua verdadeira face.”, indicando que uma pessoa com extrema autoridade é capaz de ser corrompida pela soberania passada a ter. Diante disso, jamais imaginou ser aquela quem passou a ser desvirtuada pelo controle obtido, entretanto estar ciente de algumas falas infantis serem o bastante para acabar com o estoicismo do “durão” e ”infame” Jojo, reduzindo o universitário delinquente a uma criança mal-humorada, era uma informação valiosa demais, um vício mesquinho que não pretendia parar de abusar tão cedo, apesar de saber a seriedade necessária em sua jornada. 
Quando chegou na cozinha, quase como uma prova do seu ponto sobre mesquinhez e criancice, a loira e o pai estavam tendo uma discussão acalorada sobre qual a forma correta de chamá-la:
—Se está no Japão, vai se comportar como japonês! Só atendo se me chamar de Seiko! —A dona de casa cruzou os braços, olhando para Joseph.
—Holly é um belo nome que escolhi para você! Eu o uso desde o seu nascimento! Não vou mudar por causa de uns xing ling!
—Não fale assim dos japoneses!
Enquanto o bate-boca acontecia, Abdul se servia com o chá e torradas , desfrutando o sabor adocicado da bebida enquanto as sobrancelhas estavam posicionadas em uma linha reta, agindo como se o som na sala de jantar fosse de uma música clássica, não um “Casos de Família” ao vivo. O egípcio, ao perceber a chegada dos amigos do Kujo, deu um aceno para o grupo, cumprimentando-os:
—Bom dia, Kakyoin. Bom dia, senhorita S/n. 
A dona de casa virou a cabeça com a menção a garota, um sorriso aparecendo para substituir a expressão anterior, ignorando o drama do pai que continuava a reclamar das exigências da loira. Imediatamente Seiko perguntou:
—Como foi a noite? Dormiram bem?
—”Nhé, nhé, nhé, dormiram bem? Eu me chamo Holly, mas quero ser chamada de Seiko” —O idoso cruzou os braços, ficando com um beicinho.
—Papai! Vê se cresce!
—Filha, você não está conseguindo ser sensata! 
Enquanto a discussão voltava, Jotaro bufou, se sentando próximo a Abdul para evitar a família. Pela deusa acima, o rapaz possui um grande senso de dever com seus parentes, disposto a ir até os confins da terra para protegê-los, porém odiava tanto ser associado a eles em momentos como esse, onde os familiares não agem como deveriam. O Kujo gosta de pensar que não se importa com opiniões, mas, na realidade, o jovem só não liga para os rótulos construídos por ele mesmo: alguém o vê como uma pessoa rude? O protagonista tem grande orgulho em mostrar o dedo do meio como resposta; o comportamento dele o lembra de um marginal? Ótimo, é melhor sair de perto antes de realmente vê-lo agindo como um delinquente. Entretanto, quando as pessoas geram uma idealização do rapaz baseado no modo de agir, isso o tira do sério. Ocorre na universidade com frequência, todas as garotas com uma queda pelo estudante não o conhecem, exceto por boatos e eventos descontextualizados, nunca o enxergando por quem ele é, mas pela forma como elas o fantasiaram baseado na própria convicção. Nesse faz de conta, o sentimentalismo sempre está presente, havia ouvido universitárias cochicharem, várias teorizavam o comportamento frio ser uma fachada dedicada para desconhecidos, onde o jovem mudaria da água para o vinho com pessoas próximas, agindo como o ser mais afetuoso do mundo, usando como argumento para essa hipótese o comportamento meigo de Holly. Ele odiava como a imagem da família refletia tão erroneamente nele.
Kakyoin se sentou ao lado de Jotaro, a cadeira restante sendo próxima à mãe do protagonista, a loira sorrindo para você. Apesar de te conhecer há pouco tempo, ela tinha uma grande afeição pela sua pessoa. Como não poderia? Em menos de 48 horas você mostrou gentileza, proatividade e carisma, sendo o tipo de amizade que Holly esperava para o filho. A dona de casa nunca falaria em voz alta, mas tinha medo do caminho o qual Jojo seguiria após o ensino médio. Na infância, o pequeno Kujo era uma criança quieta, jamais deu qualquer tipo de trabalho para a Joestar, porém conforme crescia: passou a cabular aulas, sair tarde da noite, desenvolveu um vício em cigarros e recentemente foi preso por uma briga no campus. Sendo mãe, a loira temia a possibilidade do filho acabar hospitalizado, ou pior, ao mexer com a pessoa errada em uma discussão. Entretanto, ao te conhecer, Holly não conseguiu evitar a sensação de alívio no peito ao ver que, na universidade, o Jotaro estava cercado de boas influências, o pensamento constante onde o destino do rapaz seria matar ou ser morto diminuindo, substituído pela esperança de ter um jovem formado na área sonhada desde criança.
Estranhamente, a visão da Joestar começou a ficar turva, a sala de jantar girando enquanto uma dor aguda surgia no crânio da filha de Joseph. Ela apoiou a cabeça nas mãos e fechou os olhos por algum tempo, torcendo para o ato trazer alguma estabilidade ao corpo, mas em vão. A expressão alegre usual falhou, o cenho da mulher enrijecendo antes dela obrigá-lo a relaxar, forçando um sorriso no rosto em meio a dor repentina. Esperava que ninguém houvesse percebido essa oscilação, com tantas coisas acontecendo, a saúde da mulher não mostrava-se uma prioridade, apesar de estar ciente do crescimento de vinhas nas costas não ser – na mais leviana hipótese – uma coisa boa, a doença misteriosa presente no corpo era um fardo para Holly lidar sozinha. Suor frio escorreu pela testa da mulher, os membros da loira ficando fracos e a conversa ao fundo parecendo distante, como se estivesse ouvindo-a submersa na água. Sem chance de assimilar, o corpo da loira cedeu, quase colidindo com o chão se não fosse pelo reflexo do Crazy Diamond:
—Holly! — Você gritou, todos virando em direção a mulher pelo mal-estar repentino.
—FILHA! —O mais velho se levantou da cadeira, quase derrubando o assento durante a ação devido a rapidez. Ele segurou a figura da dona de casa, o Stand de Josuke desmaterializando para dar espaço à mãe desacordada.
Você viu a testa do Joseph franzir ao agarrar a loira desmaiada, sem dúvidas o pai sentiu as videiras mágicas encravadas na pele da descendente, ciente do desmaio não ser originado de um vírus ou bactéria, mas daquilo que o homem tanto temia:
—Holly desenvolveu um Stand. —A frase teria sido inaudível se não fosse pelo silêncio na sala. O idoso colocou a figura da filha deitada no chão, lágrimas ameaçando escorrerem. —Holly desenvolveu um Stand que pode matá-la!
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erradamenteerrado · 4 months ago
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Te amar torna minha linha de raciocínio mais coerente com os meus anseios.
Com ardor, John
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andorinha-tdah · 1 year ago
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É muito estranho pegar o celular, entrar em todas as redes sociais e não ter nada, não tem você lá.
Eu queria compartilhar momentos da vida com você, queria tua presença, tua linha de raciocínio, teu colo, mas teu ventre também.
Queria ser a conchinha do lado de dentro hoje, sentir tua respiração na minha nuca, tua mão no meu peito, e as pernas entrelaçadas. Eu queria afeto, mas não qualquer afeto, eu queria você aqui comigo me afetando.
A maré dos meus olhos transborda agora, vira rio e escorre.
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conjugames · 7 months ago
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Little Girl Blue
Não de forma premeditada tenho consumido bons conteúdos sobre viagens no tempo, linhas temporais, realidades paralelas, passado e futuro. Sempre me atraiu esse assunto como algo bastante possível, nada de surpreendente para quem prefere viver no mundo das ideias ao invés da realidade esmagadora que se encontra por ai. Pois fui fazer o jantar, dia de massa por ter tido um dia cansativo, por ser simples, rápido, por eu ter prazer em comer massas como forma de consolo em dias estressantes, ainda não aprendi deixar de comer minha emoções. Seguindo o mesmo raciocínio o vinho me xavecou quando fui pegar o molho na geladeira, servi uma taça e coloquei Janis Joplin para tocar. Foi ali, naquele exato milésimo de segundo que puder dizer "fica tudo bem." para eu mesma que fazia o jantar tão perdida e decepcionada com a própria realidade ali por volta de 2017, também fazia massa naquela noite e me lembro de sequer ter tido tempo de lavar o cabelo, ocupada com tudo menos com minhas próprias vontades. Capturando aquele segundo em minha mente tudo que eu desejava era silêncio, uma taça de vinho, luzes amarelas dessas que traz conforto para a casa em belíssimas luminárias, aconchego, andar descalça me atentando a sentir o chão frio em meus pés, o cabelo solto sem preocupação com o alinhamento dos fios, uma blusa duas vezes o meu tamanho, uma calcinha confortável, meus livros e quinquilharias expostas pela casa para que em cada centímetro estivesse espalhado vestígios meus, comprovando que naquele lugar eu existia por ser meu e não por ser útil. Tudo isso parecia tão longe e distante, inalcançável como a paz era para aquela noite em 2017. Não tinha apenas imaginado, tinha visto minha casa, isso mesmo! A que hoje habito e tem meu cheiro por todos os cômodos e também meus livros e quinquilharias. Só me dei conta quando estava exatamente na cena que tanto almejava com a taça de vinho na mão direita, desconectada com a realidade e pensando sobre qualquer outro artigo que vai fritar meus neurônios. O lapso de percepção só me veio quando Janis sussurrou em meu ouvido novamente "oh minha menininha triste [...] ". Consegui chegar onde pude me encontrar novamente e essa tem sido minha maior conquista, espero nunca mais me perder de vista.
terça-feira, setembro.
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talkmeforme · 24 days ago
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Eu perco a linha de raciocínio quando você invade os meus pensamentos.
Eu perco a linha de raciocínio quando lembro dos seus olhos cor de brilhantes, do seu beijo sabor chocolate, do seu toque sabor céu.
Eu perco a linha de raciocínio quando me lembro que do meu lado, você não mais está.
Eu perco a linha de raciocínio quando eu penso em você. Porque você é assim. Vem leve, como a calmaria do mar, mas agressiva como o vento em furacão. Bagunça todo o meu ser, toda a minha existência, tudo o que eu sou. E o que eu faço com isso, a não ser, escrever?
Você bagunça tudo dentro de mim e eu perco a linha de raciocínio quando eu penso em você.
Porque você é assim.
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gerthys · 10 months ago
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ㅤㅤ˙   ✧    ៹ desabafos & pensamentos intrusivos.
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sabe quando você cansou de guardar uma informação para você com medo do que as outras pessoas vão pensar se começar a dizê-la em voz alta?
então, faz anos que tenho guardado pra mim muitas questões que se repetem e acho humanamente impossível que apenas eu me sinta assim, ainda mais com os acontecimentos recentes. e aproveitando a onda de desabafos, vou jogar o meu também.
sei que todo mundo tem uma opinião sobre tudo e nem sempre querem ouvir. mas eu quero falar rs. é um blábláblá sincero, extenso e com muitas voltas. se você se identificou e quiser conversar, ótimo. se achou tudo baboseira, ótimo também só não venha me encher o saco.
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fico muito triste em perceber que tudo o que era para ser um hobbie e um espaço de colaboração, tem se tornado um caos generalizado a cada ano que passa — o que me preocupa demais, visto que todos nós estamos envelhecendo e esperava-se, no mínimo, mais sensatez.
me perdi na linha do raciocínio quando rpg começou a ser competição e não um espaço para destravar a criatividade e escrever mesmo que isso não seja o seu dom, a gente não precisa ser profissional em todos os nossos hobbies.
é claro que isso não quer dizer que não precisamos ter um pouco de determinação e compromisso com eles, afinal, se é o seu hobbie, não deve ser difícil praticá-lo, apesar de não precisar fazer isso todo dia.
o que me leva ao primeiro ponto do meu desabafo. da mesma forma que existem extremos em todos os lugares, na tag não é diferente, tem gente que joga demais e tem gente que joga de menos, mas essa não é a questão.
me incomoda muito ver pessoas de todas as comunidades engajadas, respondendo pesquisas, interagindo em enquetes e, quando é pra valer, mal aparecem no campo das interações. já passei isso como moderação, já passei isso como player e acho que essa fórmula nunca vai mudar.
aqui, o comprometimento com o hobbie me pega de um jeito específico. uso do rpg para me distrair, para esquecer os problemas da vida e ter um escape na minha rotina que não é das mais interessantes, a vida adulta é uma merda. mas saber que não posso contar nem com os verdadeiro interessados para fazer rolar, é muito complicado.
não, não sou a melhor partner de 1x1 e que dá devolutiva para todo mundo, xô hipocrisia, mas o assunto me deixa extremamente chateada quando trata-se de rps de grupo. talvez seja pelo meu apego emocional de sempre ter jogado com muita gente, talvez seja pelo meu costume que prefere rps grandes aos menores, mas ainda assim é triste acompanhar como todos se empolgam e poucos se esforçam para colocar o personagem dentro do plot.
na maioria das vezes você se esforçou para criar um background, escolheu seu fc e o nome com cuidado, fez uma ficha completa para largar por aí????? não faz sentido.
da mesma forma que não faz sentido para as moderações abrirem um jogo e deixarem ele para trás. mas, como quem vive dos dois lados, infelizmente só a moderação não motiva player a jogar. e a falta dela, depois de um jogo bem desenvolvido, impacta sim no ânimo e ritmo de jogo. é uma faca de dois gumes e mesmo assim uma andorinha sozinha não faz verão, independente do lado em que ela está.
e não estou falando de players com vida corrida ou problemas reais, mas sim de gente que insiste, está jogando em milhares de outros lugares e some.
o que me leva ao segundo ponto que é quando as pessoas se tornaram tão preguiçosas para plotar e usar a criatividade para transbordar nos personagens.
está cada dia mais difícil desenvolver personagens em grupos ou 1x1 pela baixa disponibilidade de criar dos outros. nunca se acrescenta nada em plots, lista de conexões que servem como base, muitas vezes, são usadas como absolutas e já que você angariou o lugar nas conexões daquele char, satisfeito você fica e o desenvolvimento pouco importa.
entre tantos discursos de panelinha que estão surgindo e sempre vão surgir, também existe o lado de quem não entra com panela nos rpgs, tem facilidade de conversar e mesmo assim precisam se apegar nos três ou quatro disponíveis para plots, já que muita gente se fecha para conexões além das panelas.
inclusive, apesar de todo o estardalhaço e o meu ranço pelas panelinhas que já coexistiram nos mesmos jogos que eu, por incrível que pareça, sempre consegui interagir com pelo menos um dos personagens que compunham essas panelas. tem gente no meio que quer sim interagir, mesmo que o estilo de jogo não faça sentido com o seu.
mas do que adianta formar panela ou reclamar de panela se nenhum dos dois lados se predispõe a quebrar um ciclo vicioso? ninguém é obrigado a interagir com personagem que não gosta, assim como ninguém é obrigado a plotar com player merda só por estarem no mesmo grupo, a questão do fair play é ser justo em não excluir as pessoas que você deliberadamente não gosta e também não se irritar o suficiente para estragar a sua diversão.
eu mesma já abri mão do meu bem-estar para plotar com players que me fizeram muito mal quando nos encontramos em rpg de grupo por burrice e ingenuidade de manter um jogo minimamente respeitável e andando.
nem todos os players precisam virar nossos amigos, as vezes um plot básico e rápido para o desenvolvimento do seu personagem funciona. e ainda vou longe: players que sempre estão envolvidos em dramas geralmente escrevem bem e são bons com palavras, são bons de jogo e por isso a confusão também se eleva a outro nível.
não é sobre jogar com eles, mas admitir que também são parte essencial no jogo querendo você ou não. inúmeros rpgs morrem quando as panelas se desfazem e geralmente são os players mais ativos e eu nunca nem fiz parte delas para defender desse jeito.
e também já passou da hora de distinguir panelas tóxicas e que segragam as pessoas da panelas normais de amigos que gostam de jogar entre si e incluem sim outros jogadores. ou é crime jogar com seus amigos na mesma central?
e tem gente que é ruim de jogo sim, mas volto a minha máxima lá de cima, isso aqui é profissão ou hobbie?
as camadas são tantas, sem certo ou errado, que fica difícil não culpar todo mundo por ser conivente nesse ambiente em que vivemos e insistimos em criar juntos. enquanto ninguém parar de pensar nos interesses próprios, a tag vai continuar recortada e desestabilizada.
volto a minha máxima, não precisamos amar uns aos outros, mas comunidades geralmente se apoiam e se respeitam, o que me leva ao tópico final e a falta de vergonha na cara descarada das pessoas.
ninguém é obrigado a existir em centrais com moderação que não gosta, do mesmo jeito que você pode criar milhares de tramas do jeito que quiser, afinal, todo mundo aqui já leu um livro, viu um filme ou teve qualquer outra referência e quis jogar. louvável.
mas quando não existe nenhum rp sobre o tema na tag e, logo depois da primeira promo e a demonstração de interesse, você que não quer jogar naquela central se propõe a abrir um rpg com a mesma premissa e plot levemente modificado, sinceramente? melhore!
a central não tem o fc que você quer? o skeleton que se interessou já foi ocupado? quer fazer uma ocupação que já excedeu o limite? bom, são várias questões que podem te levar a conversar com a moderação e não sair usando inspirações de plot e justificar que mudou a merda da forma de aplicação para dizer que não copiou.
qual é, todo mundo é grandinho por aqui e é extremamente chato ver coisas iguais o tempo todo. e falo isso sim por mim e por outro rpg na tag que já participei e está sendo copiado com a desculpa que tudo se inspira e blablabla.
gente, desculpa, mas apesar da internet parecer terra de ninguém e a tag rp br supostamente ser gigante, são as mesmas pessoas sempre. as mesmas que moderam, as mesmas pessoas que se interessam por temas específicos e até aí tudo bem. mas não te dá o direito de ser um canalha e se esconder na máscara de "ai, usar o mesmo tema de inspiração não faz do rpg o mesmo. ai, mudamos a quantidade de ocupações disponíveis", é de cair o uc da bunda.
é claro que vai acontecer uma movimentação manada de pessoas saindo do primeiro rp já que o segundo tem novidades ( o que também diz muito sobre a determinação em insistir no jogo dos players, mas isso já foi dito acima ), é da mesma temática e até tenha melhorado alguns aspectos que ficaram em aberto da outra central — será que você não pode conversar com a moderação e fazer o trabalho em conjunto? ou o surto coletivo é que você precisa ser dono de alguma coisa para se sentir validado dentro da tag e com algum poder no jogo?
entre tantos descontentamentos, é difícil não desanimar de jogar ou de dar vida para personagens já que isso aqui parou de ser sobre contribuir em grupo para um contribuir às minhas necessidades pessoais.
o que era para ser uma diversão com muita surpresa e mudança de planos, se tornou um espaço quadrado, mesquinho e difícil de conviver com o passar dos anos e a tendência é piorar.
estou longe de ser a mais sensata, tenho certeza que devo ter sido horrível com alguém em algum momento ou que tem gente que não gosta de jogar comigo — ninguém é perfeito e se todo mundo gostasse de maçã, ninguém de fato gostaria de maçã.
mas isso não tira o meu direito de ficar irritada sim com tudo o que vem acontecendo, principalmente por ter optado me adaptar e mudar meu estilo de jogo e a forma como socializo exatamente por saber que as coisas mudam, nem tudo precisa ser um inferno pelo resto da vida.
talvez você também se sinta assim, talvez você nem ligue para tudo o que eu escrevi e tudo bem também.
só sinto falta de criar com pessoas que estavam aqui por um motivo em comum, diversão.
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imninahchan · 2 months ago
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esse é um post para uma amg querida que recentemente foi promovida a amg premium que tem acesso a minha vida dupla de fanfiqueira. Você sabe que eu tô falando de você🫵 vc disse q ia acessar meu blog, seja bem-vinda, minha fic sáfica não concluída (pq eu não concluo nenhuma linha de raciocínio) está aqui, leia com moderação pq eu escrevo só p*t*r*a
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umemailpravoce · 2 months ago
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e se eu entrasse em um avião e fosse pra irlanda dizer que eu não consigo superar você?
Oi, como vai?
Queria começar a reflexão do dia com uma pergunta importante: você já amou alguém de um jeito que achou que o seu peito fosse explodir como se, sei lá, fosse a porcaria da queima de fogos de ano novo em Copacabana?
Pois é, eu já.
Talvez pareça nostálgico da minha parte guardar essa sensação em um espaço de destaque dentro de mim mas, não ironicamente, foi o sentimento mais avassalador, irracional e bonito que já tive o prazer de experimentar.
Já me perguntei um milhão de vezes sobre o que o amor significa, se podemos medi-lo com uma régua, lhe dar volume, lhe dar uma cara, um sorriso, um olhar...
E cada vez eu tenho uma resposta diferente pra essa pergunta.
Nem sempre a que eu gostaria, é verdade, mas independente disso tenho uma resposta de um jeito ou de outro. Pra vocês entenderem o que quero dizer, vou contar uma história rápida que ninguém quer saber, porém é importante pra entender a minha linha de raciocínio.
Ok, prontas?
Amei alguém muitos anos atrás. No passado mesmo, por que é lá que essa pessoa vive atualmente. Só que eu nunca superei tudo o que ele me fez sentir e demorei tempo demais pra entender que, talvez, de forma bem honesta tendo essa conversa agora, eu nunca fosse superar mesmo.
Algumas coisas na vida não precisam ser superadas simplesmente por que foram incríveis.
A vida não parou por que meu coração chegou na conclusão que uma parte de mim sempre vai amar esse cara que atualmente mora do outro lado do oceano.
E tudo bem.
Mas por quê estou contando isso?
Por que ele me ensinou que o amor é grande o suficiente pra caber a liberdade, pra caber um oceano, pra caber dez anos sem o seu abraço. Algumas coisas, pessoas e situações vamos amar para o resto da vida e somos nós que escolhemos o que vamos fazer com isso, se vai virar troféu ou se vai virar fardo.
Eu tive o privilégio de fazer a escolha consciente de guardar essa coisa toda que eu sinto em um lugar muito bonito dentro de mim, mesmo com tudo o que me aconteceu e que não cabe no corpo dessa mensagem.
Guardei sem rancor nenhum e isso, minhas queridas, fez milagres na forma que eu enxergo o amor hoje.
Com o tempo a gente percebe que o amor é um vento gelado no rosto, uma palavra dita em espanhol, um par de olhos castanhos que te atravessam a alma, mas que o amor também é uma mensagem inesperada, também é a liberdade, também é escolher ficar.
Eu não tenho uma passagem de avião para cruzar o Atlântico e, mesmo que tivesse, ele não seria meu, mas me receberia de braços abertos pra mais um abraço depois de tanto tempo.
É por isso que escrevo histórias de amor, para fazer você ter certeza que essa coisa bonita que se parece com uma queima de fogos no ano novo em Copacabana existe e, quando a gente ama sem exigir nada em troca, deixamos um espaço aberto dentro da gente pra se surpreender.
Caso se perguntem se eu já disse tudo isso pra ele, saibam que eu disse. Algumas diretamente, outras de diversas formas, em várias situações, mas nem sempre com palavras.
Nunca achei que isso mudaria alguma coisa e, tudo bem, o grande ponto é que eu não precisava que nada mudasse, só queria que ele soubesse que alguém do lado de cá guarda a lembrança dele com muito carinho e que lhe deseja sucesso na jornada maluca de encontrar o amor novamente de forma que todos os dias sejam sempre ano novo.
Não tenho medo de sentir sozinha.
Isso não me faz acreditar menos no amor por que, apesar de não estar do meu lado, eu tive certeza dias atrás que ainda me olha com os mesmos olhos gentis e atenciosos de quem se interessa por tudo o que eu tenho a dizer.
O que, sinceramente, tem sido muito mais importante pra mim do que me prometer o mundo.
Então, pra terminar: onde quer que esteja, com quem quer que volte pra casa, não me importa. Pra mim é o suficiente saber apenas que também sente minha falta.
Com mais amor do que nunca,
C
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sunnie-aes · 5 months ago
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d i á r i o d e um a r t i s t a
escrevi isso aqui enquanto pensava, seguindo a minha linha de raciocínio, então pode haver inconsistência de falas sobre o mesmo assunto.
edit: eu tô muito frustrado pq tinha escrito outros dois parágrafos gigantes para finalizar, sobre conceitos de arte e arte escolas, mas perdi os dois pq sem querer cliquei em "deletar" ao invés de salvar, então vai ficar assim mesmo, bjs 👹
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f r i e z e e b r a i n s t o r m
No mês passado eu tive a oportunidade de visitar uma exposição gigantesca que aconteceu em Londres chamada Frieze, e tinham inúmeras galerias, artistas de vários lugares diferentes, e devo dizer que as primeiras duas horas foram interessantes e eu realmente gostei de estar lá, mas à medida em que o tempo foi passando tudo começou a ficar muito cansativo. E isso não foi uma coisa individual, eu tinha alguns colegas que também cursam artes e uma professora lá, e a melhor palavra para descrever a forma como nós estávamos nos sentindo é "overwhelmed", que não existe no português mas é algo como "sobrecarregado".
E eu achei isso no mínimo curioso, pois mais tarde, no mesmo dia, eu estava conversando com o meu irmão mais velho sobre, e ele não é muito do ramo da arte, mas pelas fotos que eu tirei ele ficou impressionado com a beleza das obras de arte e disse que era tudo muito interessante, uma oportunidade incrível. E realmente, eu concordo plenamente, mas depois eu fiquei pensando sobre o motivo para aquele ambiente ter drenado minha energia com tanta força.
Quando eu digo que a exibição era gigantesca, ela era realmente gigantesca, só a construção principal tinha 40,500m², além do jardim onde as esculturas estavam – que eu inclusive eu nem sabia da existência até depois de ter ido embora, e eu não consegui explorar nem metade do lugar, e foi muito mais por cansaço mental do que físico.
A imagem da esquerda é um mapa da construção principal, cada quadradinho é uma galeria. E na direita está o mapa do jardim das esculturas, só para vocês terem noção da dimensão do lugar.
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Isso tudo me fez pensar sobre como talvez a visão crítica de um artista às vezes "estraga" (entre muitas, muitas aspas) a experiência de estar em um lugar tão incrível como esse.
Eu pensei na possibilidade do motivo de isso ter sido tão cansativo para mim possa ter sido pelo fato de que esse meu censo crítico sobre todos os aspectos da arte estar se desenvolvendo mais recentemente, inconscientemente o ato de olhar para uma obra tenha virado quase que um teste, onde eu estou aplicando meus conhecimentos para tentar entender o que o artista quis que aquilo significasse, até o mínimo detalhe, e isso provoca uma brainstorm muito grande. Porém, depois de ouvir o relato não só das minha professoras, como também de outros artistas que disseram já ter trabalhado nesse evento, eu vi que o cansaço mental não era um sentimento exclusivo meu.
Depois daquele dia, o meu irmão foi na exposição e disse que adorou a experiência num todo, e eu tenho que admitir que me senti meio mal comigo mesmo por não poder dizer a mesma coisa de forma tão leve, já que aquilo era algo que eu gostava de verdade, por que eu não aproveitei da mesma forma? Eu senti vontade de ser leigo e interpretar uma obra de arte apenas com meus próprios instintos e sentimentos que os estímulos visuais me passam, ou só poder olhar pra um ponto preto em uma tela branca, me perguntar o motivo para aquilo ser arte, e ir ver outra coisa. Não ironicamente, eu fiquei muito tempo encarando cuecas brancas jogadas no chão e pedaços minúsculos de papel alumínio no cantinho da sala, analisando e me perguntando qual poderia ser o significado daquilo.
Por um lado isso é muito bom, significa que eu estou aprendendo sobre o conceito da arte moderna e suas diversas formas, mas também é um pouco cansativo ficar quebrando a cabeça com coisas tão abstratas em um lugar grande como aquele.
Enquanto eu escrevia isso tudo, meus pensamentos foram direcionados à vários tópicos diferentes, e minha opinião sobre esse assunto mudou mais de uma vez. Acho que escrever me ajudou a olhar através de diferentes pontos de vista para as coisas, acho que vou continuar postando sobre para esclarecer meus próprios pensamentos.
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dollechan · 10 months ago
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alguém aqui já assistiu arcane????
conteudo longo, se não quiser não leia!
eu simplesmente n consigo acreditar que depois de tantos anos finalmente a segunda temporada estará entre nós. mas não vou julgar a demora, se a primeira temporada demorou tanto e foi tão boa não espero menos da segunda.
acho que nunca falo muito de series/filmes que assisto aqui, mas é pq tudo que eu assisto geralmente são coisas mainstream que a maioria já assistiu e como eu amo me pagar de doferentona acabo não falando, mas eu preciso falar sobre arcane....
quando eu vi pela primeira vez não botava fé nenhuma, não sou fã de LoL, definitivamente não, mas depois de ver o trailer da primeira temporada fiquei intrigada pela estética. sou fã do universo do sci-fi e das suas vertentes no punk e cara, o steampunk caiu como uma luva nessa série, simplesmente chef kiss.
mas n era nem disso que eu ia falar, pera que eu volto pra minha linha de raciocínio.
bom, voltando aqui; eu não sou uma pessoa tão inteligente assim pra ficar extraindo coisas de series/filmes, claro que alguns ensinamentos são tão óbvios que a gnt pega, assim como algumas filosofias e confesso que apesar da história intrigante e animação espetacular arcane ficou naquilo mesmo para mim.
assisti pela segunda vez depois de ter visto um vídeo da Laura Lua falando sobre similaridades entre arcane e akira, e depois desse vídeo meus olhos (e mente) abriram para coisas que não tinha percebido; e foi aí que a chave virou na minha cabeça e comecei a achar arcane ainda mais genial.
e tudo isso foi só pra falar que eu ao mesmo tempo sei do que esperar da segunda temporada (como a luta final entre as irmãs e zaun vs. piltover) mas também não sei como vou processar esse final, esse encerramento. tenho medo de ficar emotiva como fiquei no final de tlou2 e também tenho um medo da poxa de não extrair nada. enfim, a segunda temporada sai no meu mês, novembro, e eu tô muuuuito ansiosa pra sair logo.
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spacebetweenx · 9 months ago
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𝟖 𝒅𝒆 𝒋𝒖𝒍𝒉𝒐 𝒅𝒆 𝟐𝟎𝟐𝟒.
Toni, devo admitir que comecei isso um pouco tarde porque dormi o dia todo, mas antes tarde do que nunca??? Eu estava pensando e — sei que vai parecer uma desculpa, mas você vai entender!! — acho engraçado que, quanto mais tempo de amizade e confiança tenho com alguém, parece que eu realmente paro de dar tanta importância para essas coisas de criar tumblr, textos e derivados. E juro que não é (somente) por preguiça, mas sim pelo fato de que chega um momento que eu sinto tanta verdade naquela relação que eu nem vejo por que continuar afirmando tudo isso em um texto. Faz sentido? Pois, honestamente, é assim que me sinto com você. Sinto que 40 linhas de frases prontas jamais terão o mesmo significado do que uma simples mensagem boba nossa. Tudo na nossa amizade está sempre tão banhado de amor e carinho que, no fim do dia, temo que esses textos soem rasos. Mas, enfim, estou aqui para tentar, afinal você FINALMENTE atingiu a maioridade. Parece até uma miragem.
A real é que a minha ficha nem caiu. Esses dias eu falei até mesmo pro meu pai que te vejo como uma irmã mais nova e, por mais que você esteja cansada de ouvir isso, quero te relembrar que é a mais pura verdade. E nada, NADA, me deixa mais feliz do que saber que estamos passando essa data juntinhas. E, é engraçado, mas eu não me lembro exatamente quando conhecemos. Isso porque, na minha cabeça, não houve um espaço de tempo em que você não estivesse ao meu lado. Quando te encontrei, eu descobri a melhor metade de mim e depois de tantos anos (e algumas brigas) simplesmente não consigo imaginar uma realidade em que não fosse assim. E por falar em realidade, eu decidi criar nós duas no The Sims hoje e comemorar seu aniversário lá, afinal a gente se diverte a beça por lá. Considere um segundo presente, porque certamente vai me dar trabalho! Enfim, acho que me perdi no raciocionio, mas não vou editar isso pois assim soa mais sincero.
Eu quero dizer, mais uma vez, o quão orgulhosa estou de você. Sempre falo que amo acompanhar o seu amadurecimento, mas acho que esse ano foi o mais chocante pra mim, afinal até o metrô você aprendeu a pegar!!!! Eles crescem rápido demais, realmente... Mas sério, amiga, eu estou TÃO feliz por poder acompanhar essa sua nova fase. E eu sei que ela pode ser meio confusa, afinal aos 21 ainda é, mas quero que você seja justa consigo mesma e saiba que não existe um tempo pré-determinado para as coisas, apenas o tempo certo pra você. E eu tenho uma certeza, do fundo do meu coração, que o futuro guarda as coisas mais lindas, emocionantes e incríveis para você, independente do rumo que ele tome. E eu sei disso porque você é uma das pessoas mais incríveis, criativas e inteligentes que já conheci. E também sei que sempre estarei ao seu lado para te apoiar no que der e vier.
Novamente, sei que não estou seguindo uma linha de raciocínio aqui, mas queria dizer também o QUÃO feliz me faz ter você mais pertinho agora e saber que você sempre será a melhor companhia para dates cinéfilos e descontroles financeiros influenciados pelo tiktok. Sinceramente, acho que nem em meus sonhos mais malucos eu imaginava isso, mas agora só posso desejar que esses encontros se tornem cada vez mais constantes (queremos você estudando em SP, por favor!), porque os dias ao seu lado são sempre os mais bonitos — mesmo que o tempo da cidade não seja dos melhores.
Enfim, Toni, vou terminar isso da forma clichê de todos os textos: te desejando, hoje e sempre, as coisas mais incríveis desse mundo. Que você seja a pessoa mais feliz de todo esse universo e que sua vida seja sempre tão linda quanto você. Saiba que estarei ao seu lado independente de qualquer coisa e que nessa nova fase você pode mudar seu cabelo e até mesmo suas roupas, mas você sempre encontrará seu caminho de volta pra casa.
Feliz 18 aninhos, e por favor sem porres e bebedeiras até que eu esteja emocionalmente preparada pra isso.
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