#mas calma que vai aos poucos saindo
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cncowitcher · 5 months ago
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80. ENZO VOGRINCIC IMAGINE +18
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ᡣ𐭩 ─ enzo vogrincic × leitora.
ᡣ𐭩 ─ gênero: smut. 🍷
ᡣ𐭩 ─ número de palavras: 794.
ᡣ𐭩 ─ notas da autora: oioi meus aneizinhos de saturno, como vão? espero que gostem viu? se cuidem e bebam água, um beijo. 😽💌
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─ Enzo, pelo amor de Deus, aquieta o facho! ─ A garota fala repreendendo o mais velho.
Já se passavam das onze da noite e como Enzo Vogrincic está acostumado a transar todos os dias antes de dormir, achou que na casa dos seus pais seria assim também.
Ele estava choramingando de tesão, seu pau estava muito duro e latejando dentro da calça moletom. As veias grossas saltavam um pouco pela extensão de seu membro e sua glande se tornou mais sensível do que já é.
O uruguaio pensou em se masturbar, mas ele não sabe controlar seu vocal nessas horas. Sua tesão fala mais alto e ele sente uma enorme vontade de grunhir ou de gemer manhoso ─ se ele estiver muito necessitado, que era o caso.
─ Por favor, cariño. Eu não aguento mais. ─ Enzo sussurra todo desgosto e se aproxima de sua namorada.
Ela respira fundo e se vira para o uruguaio, que estava chorando, mas não de tristeza, e sim, de pura vontade de sentir prazer e se aliviar.
─ Oh meu amor… ─ A garota fala um tom de preocupação enquanto seca as lágrimas dele com o polegar.
─ Me deixa te foder um pouquinho. Papai e mamãe mesmo, vida, por favor. ─ Implora Enzo olhando nos olhos de sua mulher.
─ Você não sabe se controlar, meu bem. ─ S/n sorri fazendo carinho na bochecha dele. ─ E outra, a cabeceira da cama vai ficar batendo na parede e seus pais estão acordados no quarto da frente!
─ É só a gente fazer amorzinho bem devagar. ─ Enzo se aproxima e segura firme na cintura da brasileira, que respira fundo e responde:
─ Está bem, mas depois vamos dormir!
Vogrincic dá um sorrisão de orelha a orelha e começando e tirar o cobertor de cima deles. S/n se arrepiou por completo por conta de seu corpo exposto agora no ar que, em instantes, deixou seus mamilos durinhos.
Massageando um e sugando com força outro, o mais velho gemia manhoso observando sua namorada tombar a cabeça para trás sentindo ele chupar com vontade seu peito. Vogrincic foi para o outro, começando a passar a língua, chupar e mordiscar lentamente logo em seguida, deixando sua mulher louca e reprimindo vários gemidos.
─ Eu vou te foder bem gostoso, mami… Você me acostumou muito mal, sabia? Me deixou viciado nessa sua boceta apertada e agora não consigo viver sem ao menos meter meu pau ou minha língua nela. Você é muito gostosa. A minha gostosa. Só minha.
A brasileira abre os olhos, incrédula e olha para o homem que estava em cima dela, se questionando se ele era realmente o mesmo uruguaio manhoso de minutos atrás.
Como ambos estavam com poucas peças de roupas e excitados, foi fácil para Enzo meter o seu pau em sua garota. Os dois soltaram um gemido juntos e o mais velho não tardou em iniciar com as estocadas. Ele murmurava frases sujas quando olhava para seu pau entrando e saindo rápido da boceta de sua mulher... 
Sussurrava no ouvido dela elogios, falava que naquela posição o mastro dele ia fundo em sua intimidade, que ele ama como a bocetinha de sua brasileira engole o pau dele e por aí vai.
─ Amor, vai com calma. ─ S/n o alerta escutando a cabeceira da cama bater na parede.
─ Eu vou gozar, vida. Vou gozar dentro, tá? Vou encher sua bocetinha com a minha porra. ─ Ele diz ignorando a fala dela, estocando forte enquanto a garota levava suas mãos na boca pra não gemer alto.
De repente, o que já era ─ e não era ─ de se esperar acontece: alguém bate na porta.
─ ¿Enzo, mi hijo? ¿S/n? Está tudo bem aí? ─ A mãe de Vogrincic pergunta batendo na ponta. ─ Eu ouvi alguns barulhos e achei que vocês estavam discutindo, vocês estão bem?
Quando Enzo abriu a boca para responder, seu orgasmo veio em cheio e o de sua namorada também. O uruguaio não parou e continuou estocando seu pau na boceta dela, prolongando o orgasmo de ambos.
Novamente a mãe dele bate na porta.
─ Vocês estão acordados? Oi? Acho que estão dormindo... ─ A senhora sussurra e se distancia do quarto de seu filho, indo para o seu.
─ Não era pra ser um amorzinho devagar? ─ Pergunta a brasileira se levantando mesmo com as pernas fracas e indo ao banheiro, dentro do quarto.
─ Como você mesma disse, chiquita... eu não consigo me controlar. ─ Enzo responde e acompanha ela até o box.
Seu olhar desceu um pouco, observando o corpo de sua garota e um sorriso ladino cresce em sua boca quando nota que sua porra estava escorrendo pelas coxas de S/n.
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tecontos · 25 days ago
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Minha primeira transa após a separação (02-11-2024)
By; Kelly
Te Contos eu me chamo Kelly, tenho 32 anos, fui casada por 20 anos, me separei e cada um seguiu pro seu lado. Ele sempre foi muito carinhoso e era ótimo na cama, me deixava muito satisfeita e me fazia gozar muito. Sempre achei que ele era bem dotado, pois foi meu primeiro e único homem, até que conheci uma rapaz a uns seis meses, quando conheci ele.
Sempre fui muito ativa em matéria de sexo, gosto de tudo e se puder repetir, melhor ainda. Já estava sentindo muita falta de um carinho e da presença de um homem na minha cama, foi quando ele me convidou para sairmos.
Eu já conhecia ele a algum tempo e sabia que era um homem bom. Todos falavam muito bem dele, então não tive receios de aceitar o convite.
No sabado a noite ele me pegou na portaria do prédio, entrei no seu carro e notei que ele estava muito satisfeito com minha presença alí. Fomos ao cinema e depois a um restaurante, tudo muito tranquilo e nos comportamos como pessoas civilizadas. Tudo estava indo muito bem até voltarmos para o carro.
Assim que entrei ele me deu um beijo tão gostoso que amolecida não consegui resistir e retribuí. Podia sentir sua respiração ofegante e seu desejo parecia fluir do seu corpo.
Eu comecei a sentir um calor que não consegui disfarçar, parecia me consumir por dentro. Pedi então que parasse o carro, peguei seu rosto virando ele pra mim e beijei sua boca outra vez.
Nunca consegui resistir a um bom carinho. Nesse momento ele passou a mão na minha coxa e pude sentir minha buceta babando de desejo. Ele não falou nada apenas conduziu o carro direto pra um motel.
Quando entramos no quarto parecíamos dois animais, nos agarramos literalmente, e começou uma seção de verdadeira loucura. Não sei como foi mais quando me dei conta estava peladinha e ele também.
As mãos corriam por toda parte, quando levei minha mão até seu pau foi uma surpresa. Era enorme, bem maior que o do meu ex marido, e sempre achei que ele fosse bem dotado, mas aquele alí era um verdadeiro monstro.
Logo não resistindo mais, me abaixei e o coloquei na boca começando a mamar com muito gosto e prazer. Era realmente enorme tinha que segurar com as duas mãos. Depois de um tempo ele me colocou deitada na cama e começou a chupar minha buceta. Não consegui segurar e fui logo gozando na sua boca.
O desejo estava me dominando, não resisti muito tempo e falei:
-Vem! Quero você dentro de mim, vem me!
Então ele se preparou para me penetrar, apontou aquele monumento bem na portinha e começou a forçar sua entrada, quando a cabeça entrou foi uma satisfação.
Podia sentir minha buceta se abrindo toda de tão grande e grosso que é. A cada estocada era mais um pedaço que entrava, logo estava todinho dentro de mim e comecei a gozar sem parar, nunca tinha gozado tanto em tão pouco tempo.
Ficamos assim por muito tempo até que pedi que ele metesse por trás, pois é a posição que gosto mais, me sinto uma verdadeira cadela sendo possuída assim. Logo estava de quatro e ele socava fundo na minha buceta. Podia sentir seu pauzao entrando e saindo a todo momento me arreganhando toda, estava tão gostoso que eu não queria parar, eu queria tudo e muito.
Comecei a rebolar naquele pauzao gostoso fazendo ele gemer de prazer, sabia que ele não ia resistir por muito tempo então fiz um pedido:
-Agora quero você no meu rabinho. Quero que goze dentro dele!
Na hora ele tirou da minha buceta e começou a chupar meu rabinho para lubrificar, estava uma delícia sentir sua língua no meu rabinho. Logo apontou seu pauzao na entrada e começou a forçar sua entrada.
Quando a cabeça entrou senti uma dorzinha incomoda e vi que não seria fácil recebê-lo alí, então pedi que fosse com calma, e ele o fez.
Aos poucos foi entrando e estourando o restante das minhas pregas, quando senti que estava todo dentro comecei a dar pequenas reboladas para poder acomodado melhor, logo ele começou no vai e vem acabando de arreganhar meu rabinho. Estava tão gostoso que tive múltiplos orgasmos e minhas pernas começaram a tremer. Logo senti seu leite quente inundando meu rabinho e podia sentir ele pulsando.
Dei umas reboladas mais forte deixando ele doido de prazer. Quando ele tirou pude sentir seu leite escorrendo por minhas pernas e pensei…meu rabinho está todo aberto!
Deitei do seu lado de conchinha e cochilando um pouco. Logo tomamos um banho e voltamos para a cama e recomeçamos fazendo tudo outra vez.
To doida pra repeti e dar bem gostoso pra ele.
Enviado ao Te Contos por Kelly
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gimmenctar · 2 months ago
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cherry
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jennie x leitora // wc 1.8k avisos. established relationship, muito melosinho, vanilla sex, uso de brinquedo, oral, dedada. não revisado.
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“Amor, você vai querer que eu faça pipoca doce também?” Jennie grita da cozinha. O som ecoa até você, que está no banheiro secando o cabelo após o banho premium da semana. 
Arrasta os pés até a namorada, o cansaço da rotina batendo no corpo. Ao entrar no cômodo, toma cuidado para não fazer barulho e surpreende a mulher com um abraço delicado, mas ainda assim ela salta nos seus braços. 
“Que susto, amor. Já falei pra não fazer isso.” Jen protesta, sendo calada por seus lábios em selinhos doces. “Hm, o que deu em você?” Ela sorri entre os beijos, sabendo que sua expressão de brava logo viria — você sempre é carinhosa. 
“Não começa, Nini.” Deposita um último selar em seus lábios e faz um pouco de dengo, acariciando a nuca alheia com a pontinha do nariz. “‘Tá cheirosa.” 
“É o perfume que você me deu.” Você dá um pouco de espaço para que ela despeje a pipoca quente no pote que havia preparado. “Vê se tá boa de sal.” 
Depois que ela derrama o tempero, você pega pipocas demais na mão, fazendo sua namorada rir da sua falta de modos — seu amor pelo lanche te impede de ser educada. “Hm, ‘tá perfeita, nossa.”
“Quer a doce também?” 
O sorrisinho no canto dos seus lábios responde a pergunta. Jennie se inclina e te dá outro beijinho, mais rápido desta vez. Não resistiu a sua fofura. “É claro que você quer, nem sei porque eu pergunto.” 
“Você faz a melhor pipoca doce do mundo, como eu vou dizer não?” 
Enquanto ela separa os ingredientes, a lavagem da panela fica por sua conta. Funcionam muito bem juntas, desde que começaram a namorar, sempre cuidam uma da outra com atenção e muito, muito carinho. 
Jennie espera a secagem, e logo inicia a mágica — ela realmente sabe fazer a pipoca doce com excelência. Conversam sobre o filme que estão prestes a assistir, foi indicação de uma amiga que normalmente acerta em cheio. A animação e a expectativa se espalham entre as palavras. 
Volta e meia vocês tiram um dia para ficarem quietinhas em casa, ela na sua ou vice versa, só para aproveitarem a companhia uma da outra. Sempre acaba na mesma, ela toda embrulhadinha no seu colo e recebendo cafuné enquanto o filme ilumina o breu da sala de estar. 
O enredo pegou as duas de jeito, não se ouve nada com exceção de pequenos “tá gostando?” e “calma aí, minha perna tá dormente” e, é claro, as falas saindo no alto-falante da TV. Depois de mais ou menos uma hora, Jennie te cutuca. Ela percebeu que sua mão havia ficado mais pesada e te encontrou cochilando. 
“Aw, tadinha.” 
Como não acordara, ela te deixou dormir até que o filme terminasse. Quem te deu carinho foi ela, deslizando as digitais pela sua pele distraidamente. Assim que os créditos começam, porém, ela se preocupa. Não é bom que durma toda torta assim, ela pensa… 
“Amor, ei. Vamo’ pra cama, vem?” 
Seus olhos se abrem preguiçosamente, nem havia se dado conta do sono. Jennie te conduz até o banheiro para escovar os dentes e ri das suas ações lentas — a preguiça (e a manha) venceram suas energias. 
Ao se deitarem, porém, o cansaço parece sumir. Parecem duas tagarelas, não param de conversar um segundo sequer. O assunto é sempre uma aleatoriedade qualquer, desde fofoca sobre colega de trabalho até tiktok sem noção que apareceu na for you. 
“E aí ela disse que não teve nada a ver com o atraso, mas assim… sabemos, né, linda. Aff.” Você finaliza a história, mas Jennie não responde. 
Achou que ela tivesse dormido, mas ao mover o olhar do teto em direção a ela, encontra-a te encarando em silêncio. “Que foi, gatinha?” Indaga baixinho. 
“Tô com saudade.” Ela confessa, se aproximando mais para envolver sua cintura com uma das pernas. 
“Ei, amor. Tô bem aqui.” Você também se aprochega. Seus rostos estão separados por míseros centímetros, por isso sente a respiração levemente acelerada da namorada no seu rosto. 
“Não, você não entendeu.” 
Sem resposta. 
Não vê outra alternativa senão te mostrar. Jennie começa simples, um selinho demorado. E outro. Ela aproveita o sabor de cereja que seus lábios trocam, acabaram de usar o mesmo hidratante nos lábios. Você pede permissão com a língua, e ela também usa a própria, arfando de satisfação no contato. Deixa que ela sugue o músculo devagar, tomando um de seus lábios entre os dentes depois. 
Uma de suas mãos acaricia a coxa perto do seu quadril e, de surpresa, troca de posição. A namorada se senta em seu colo, e você ameaça levantar o tronco para encontrá-la, mas ela te impede. 
“Deixa eu cuidar de você primeiro?” 
Chega a ser engraçada a forma como a timidez ainda brinca no semblante de Jen, mesmo após se conhecerem de tantos jeitos. Dá para sentir sua quentura e ver os biquinhos duros na camisa fina do baby doll, entretanto, ela ainda queima nas bochechas — estão avermelhadas de vergonha e de expectativa. 
“Deixo, princesa.” Ela entrelaça as mãos nas suas ao receber a permissão, é uma tentativa de se soltar um pouco mais. Não é fácil que ela inicie essas coisas, então você sempre acalma a sua garota, faz questão de deixá-la à vontade. “O que você quer fazer comigo?” Não perde a oportunidade de atiçar. 
Ela remove sua camisa oversized, expondo seu corpo quase inteiro, salvo a calcinha debaixo dela. “Tanta coisa, amor. Vou bem devagarinho.” Sussurra contra seus lábios. “Só relaxa, tá bem?”
Beija seus lábios com mais vontade agora. Suas mãos prendem nos quadris da namorada, puxando-a mais contra si. Ela desce os beijos até seu pescoço e colo, se segurando para não ir direto até onde ela sonhou acordada nos últimos dias. Jennie quer te deixar tão necessitada quanto ela, por isso se demora ali. 
Quando sente que está um pouco mais sedenta, ela finalmente chega até os seios que a fizeram imaginar indecências infinitas durante a semana. A primeira delas é como está agora: rebolando lentinho contra sua pelve, sentindo a próprio umidade aumentar enquanto provoca os mamilos que endurecem entre os dentinhos dela. 
Os seus gemidos são como prêmios para Jennie. Ela não se cansa de ouvir os sons que saem da sua boca ao passo que ela se empolga ao mamar seus peitinhos. A saliva se espalha, permitindo que os lábios dela escorreguem com mais facilidade por sua pele. 
“Você é tão gostosa, vida. Hm, como eu esperei por isso.” Sua namorada murmura e explora mais seu corpo. 
A mulher morde o seu baixo ventre, mas também beija a área com carinho e luxúria ao mesmo tempo. A renda preta vai embora e revela seu centro — pulsante e brilhante, seu mel vaza sem parar pelas carícias da outra. 
Antes de te dar o que você precisa, Jen ainda se delicia nas provocações. Lambe sua virilha e os lábios gordinhos, mas ao mínimo sinal do seu gosto, ela não consegue mais se controlar. Desde a entrada até o pontinho avolumado, tudo recebe o toque aveludado da língua de Kim. Você tenta manter os quadris no lugar sem sucesso, ela precisa te segurar firme. 
É tão bom conhecer o seu corpo, saber a pressão, o jeito, em que direção, onde… Jennie faz tudo tão certo, tão gostoso que… “Isso, amor. Porra, você molhou tudo. Tá gostoso?” 
O esguicho arruina os lençóis, mas sua namorada se sente muito poderosa. Se ela pode te satisfazer, pode tudo. 
Ela se delicia com as suas contrações e não desperdiça sua lubrificação. Pára quando percebe que sua sensibilidade causa uma dorzinha, e encontra sua boca num beijo sedento. Os sabores se misturam, e também os fluidos — Jennie pinga de desejo na roupa de cama. 
Sem perder tempo, e aproveitando o corpinho entregue da namorada, você muda as posições. Levanta-se e puxa Kim pelas pernas, abrindo-as assim que atingem a beirada da cama, e então agacha para encaixar perfeitamente a face na bocetinha encharcada. 
“Hm, me chupar te deixou assim, é?” 
Seus dedos recolhem os fluidos que escorreram pela coxa dela, deixando-os cobertos e lambuzados. Não pode deixar nada escapar, por isso leva os dígitos até a boquinha da mulher, que já lhe espera entreaberta. Jennie chupa com afinco e não desvia os olhos dos seus, assemelha-se a uma gatinha carente. 
Retira da gaveta da cômoda ao seu lado o vibrador favorito dela. Os músculos dão um espasmo em antecipação, e você ri do estado da sua garota. 
Primeiro, atiça os nervinhos com a própria língua. Jennie geme alto e leva uma das mãos ao seu cabelo, ela precisa se concentrar para não fechar as pernas. Liga o brinquedo, e ela murmura pedidos de súplica, sabendo o que está prestes a acontecer. 
“Shh, amor, não precisa pensar. Deixa que eu penso, tá bem?” 
Ela deita o tronco, relaxando sob seu toque. Repousa o objeto vibrante sobre a pele, mas circula sem nunca encostar no clitóris. “Por favor, vida. Por favor.” Afasta o brinquedo, e ela protesta, rebolando contra o ar. 
Leva dois dedos perto do canal molhadinho, ameaçando entrar várias vezes, e por fim indo até o fundo. “Ah, tá apertada, amor.” Inicia os movimentos de vai e vem, curvando os dedos para atingir a parede mais sensível de cima. Permite que ela se acostume e que se entregue. 
“Tá indo tão bem, amor. Pode mais?” 
Jennie concorda, só que mal te ouviu. Confia plenamente em você e sabe que vai dar o que ela precisa ardentemente. 
Além de pôr mais um dedo, alargando o buraquinho deliciosamente, voltou a usar o brinquedo. O orgasmo se aproxima rápido, a pressão no baixo ventre é tão familiar e tão intensa. Ela está prestes a explodir e… “Amor! Não!” 
Você interrompe o vibrador de propósito, mas não os dedos. O desespero toma conta da mulher, e ela xinga baixinho, agarrando os lençóis. Sua língua lambe levemente os pequenos lábios, deixando a sensação se desfazer por mais um tempo, ela merece um ápice incrível, e você sabe como entregar. 
“Só mais um pouquinho, vida. Relaxa pra mim.” 
Observa a namorada respirar fundo, uma, duas, três vezes. As suas digitais não cooperam nada, fazendo-a ver estrelas, levando-a para bem longe da realidade. 
Por fim, põe o objeto de volta, mas desta vez é mais precisa. Jennie quase grita, e então a voz trava na garganta. Você acelera o ritmo das investidas, assistindo-a rebolar sem controle na sua direção. 
Um gemido longo deixa os lábios dela quando você a faz esguichar, está no caminho certo. Continua provocando, o ritmo toma uma cadência mais insana e, finalmente, o centro úmido pulsa repetidas vezes — Jen perde a visão uns instantes, sentindo suas ações chegarem ao fim aos poucos. 
Quando ela abre os olhos, você está se deliciando com o resquício dela nas suas mãos. “Você foi perfeita, amor. Tão linda, minha garota.” 
“Te amo tanto.” Ela murmura, sentindo o cansaço voltar ao corpo uma vez que se acalma do paraíso que acabou de conhecer. 
Depois de mais uma sessão de dengo, outro banho e uma troca de lençóis, Jennie dormiu como um anjo nos seus braços. Matou a saudade bem demais. 
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imninahchan · 6 months ago
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𓏲 ๋࣭ ࣪ ˖ 𐙚 ⌜𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: swann arlaud!dilf (como ele tá gostoso nessa ft ali em cima né gnt), relacionamento estabelecido, leitora gravidinha, sexo sem proteção (não pode!), dirty talk, fingering + masturbação feminina, choking. ⁞ ♡ ̆̈꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ para o anon, não sei se tá bom, tô saindo de uma ressaca de escrita, e também não revisei, pode conter errinhos de digitação ─ Ꮺ !
⸙. DEPOIS, A GENTE PRECISA CONVERSAR. Cinco palavrinhas, e ele parece que vai ter um ataque de ansiedade.
Vai buscar o filho na escola, vence incrivelmente rápido a lerdeza do tráfego das vias principais parisienses e retorna pro jantar antes mesmo de você conseguir pensar no que vão comer nesta sexta à noite.
Ele não questiona, não provoca. Recostado na parede da sala de estar, fica observando de canto você e o pequeno ponderarem sobre as opções do cardápio daquele restaurante bacana no arrondissement próximo do apartamento de vocês. E permanece assim até na hora de levar o menino pra casa da mãe, por mais que aquelas palavrinhas tenham dilacerado a mente com as milhares de possibilidades diferentes.
Quando está de volta em casa, você já se ajeita para dormir. 𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 chega quietinho, se aproxima com calma, uma mão descendo pela sua cintura enquanto a outra limpa o caminho da gola do seu pijama cobrindo a nuca para que o nariz possa resvalar na pele nua. O que você queria me dizer?, sopra a pergunta, baixinho.
E você contribui para as paranoias que se passam pela cabeça do francês ao se afastar do abraço para se sentar na beirada da cama. Suspira. Não sabe nem quais palavras escolher para esse momento. Está temerosa, insegura, até um pouco envergonhada, se tiver que ser sincera.
“Hm, qu'est-ce qui s'est passé, mon amour?”, ele se agacha, preocupado, querendo saber o motivo de tais trejeitos aparentes de hesitação. A voz masculina soa doce, acolhedora, te ajuda a se sentir menos tensa e mais acolhida, principalmente ao sentir a palma da mão quentinha acariciando a sua bochecha.
“Preciso te contar uma coisa”, você anuncia, tomando mais coragem.
Ele faz que sim, atento, “qualquer coisa”.
Aí, depois de evitar os olhos azuis fixados nos seus, não pode mais fugir da realidade ou adiar o inevitável. Conta: tô grávida.
A mão que te acarinhava a bochecha escorrega para o seu joelho. As pálpebras piscam diversas vezes diante de ti, angustiantemente atônito, até que o sorriso que vai crescendo nos lábios finos te atinge certeiro em meio ao caos dos sentimentos. “Não ri!”, você rebate, frustrada.
“Eu não...”, ele se apressa pra responder, rindo, “desculpa, foi mal, então, desculpa”, faz de tudo pra impedir que o seu corpo mole vergue pra frente, desmoronando a face nas palmas da mãos. “Você não tá feliz, hm?”, segura nos cantinhos do seu rosto, levantando o seu olhar choroso, “Eu tô feliz.”
“Tá?”
Ele sorri outra vez, de lado. “Claro que sim, meu amor.”, garante. “Por que eu não ficaria feliz de saber que vou ser pai de um filho seu?”
“Sério mesmo?”, você cisma, “porque, tipo, você já tem um filho, e a gente não conversou muito sobre isso no começo do nosso relacionamento... Quer dizer”, se corrige na metade do caminho, “...a gente conversou, mas foi uns quatro anos atrás. Agora, você tá quatro anos mais velho!”
Tipicamente muito expressivo, o esbugalhar dos olhos redondinhos te arranca uma risadinha. 𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 ergue o indicador no ar, pronto para retrucar “ei, eu sei que já não sou mais um garotinho, mas também não estou com o pé na cova, okay?”, faz piada, engraçadinho, “em minha defesa, todo essa cabelo branco é culpa do estresse com o capitalismo.”
Bobo, você murmura, com um sorriso, empurrando de leve o peito alheio. O homem aproveita o impulso das suas mãos para lhe tomar os pulsos, prender num outro abraço, se esbaldando sobre o colchão. O som do seu riso ecoa abafado pelo quarto. Você mesma se pega rendida pela ternura e enlaça uma das pernas ao redor do corpo dele, os dedinhos das mãos logo se perdendo entre os fios grisalhos.
𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 devolve o afago, a palma desliza por cima da sua blusa de pijama para depois se esgueirar por baixo da barra, alisando o seu ventre. Agora, vou começar a comprar menos vinho aqui pra casa.
Você ri, revirando os olhos. “Já tô vendo tudo; vai querer me tratar igual uma boneca. Um velho chato desses...”
Ele ri também, soprado. A pontinha do nariz se esfrega no espacinho inferior ao lóbulo da sua orelha, afetuoso, “Sim, igual uma bonequinha”, reforça, “une petite poupée rose bonbon.” (uma bonequinha cor-de-rosa choque), beija o cantinho da sua boca, “ma petite poupée”, o pronome possessivo soa gostoso ao pé do seu ouvido.
“Vai ter um monte de coisas que eu não vou mais deixar você fazer”, ele continua, a voz, dessa vez, alcançando um nível mais aveludado, charmoso. Ah, é?, você murmura, sem conseguir conter o sorriso. “Com certeza”, é a resposta que obtém. A palma no seu ventre toma um caminho mais sórdido quando escorre pelo cós do seu short, monte de vênus abaixo. “Vou ter que tomar muito cuidado com você, não é? Especialmente porque eu te conheço bem...”
Hm, não tô entendendo, se faz de ingênua, com a carinha boba e tudo. “Sabe do que eu tô falando”, ele sussurra. Sem precisar pedir, a mão dentro do seu short agarra a sua coxa pra te separar as pernas, dobrar pelo menos uma dela. Você apoia a sola do pé esquerdo no colchão, dá ao francês o ângulo que deseja para continuar te tocando. “Não vou mais te foder como fazia antes”, as palavras dele geram um biquinho nos seus lábios, vai me foder com pena? Os dedos masculinos circulam no seu sexo, arrastam a umidade consigo, cada vez mais melzinho babando a pele alheia.
“Não é só pena”, 𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 diz, “é cuidado também. Sei a putinha que você é às vezes.”
“E eu sei o puto que você é. Vai te dar maior tesão me ver grávida, né?”
“Claro”, ele não tem vergonha nenhuma de afirmar, com um sorriso vadio. O carinho dos dedos se concentra no seu pontinho mais doce. Ainda em círculos, habilidoso. O estalinho molhado, por mais discreto, chega aos seus ouvidos, te faz derreter mais sob o corpo do homem. “Impossível não olhar pra ti e pensar no tanto de porra eu te dei pra te deixar assim.”
Você sobressalta, a descarga prazerosa que a carícia precisa no seu clitóris causa um espasmo nos teus músculos. Expele o ar dos pulmões. Olhos cerrados, a bochecha colada no nariz alheio. “E vai me dar mais, não vai?”, sussurra.
Primeiro, a resposta vem no balançar negativo da cabeça dele. Você choraminga. “Não vou mais meter em ti, amor.”
“Nem um pouquinho?”, você ainda tenta, com a voz baixinha, meiga.
Ele levanta o olhar ao seu, umedece os próprios lábios. “Não.” Os dedos deslizam pra baixo, tateiam na entradinha, e quando se afundam, vão dois de uma vez. Você suspira. “Desculpa, petite”, 𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 sopra, lento na pronúncia, “não vou querer te machucar... Mesmo já sabendo que é isso que você vai me pedir. É o que pede, não é? Toda vez.”
Te preenche até os nós entre os dedos finos impedirem profundidade. O polegar paira no seu clitóris, no ângulo certinho pra oferecer ainda mais prazer quando um estímulo se misturar com o outro. “Tamb��m não vou te deixar montar no meu colinho mais”, ele prossegue. A lista de proibições te assola a sanidade.
Swann, você chama, manhosa. Talvez essa seja negação que mais te magoa. Está com os lábios crispadinhos novamente, o cenho franzido, digna de pena. “Só tô tentando te proteger, bebê...”, ele fala, sem nenhum pingo de compaixão no sorriso pequeno.
“E como você vai fazer?”, você pergunta. Toca a braguilha da calça jeans que o francês veste, sente o volume marcado sob o tecido, a dureza. Apalpa, firme, ao ponto de assisti-lo puxar o ar pela boca. “Hm?”
O homem ri, expulsando o mesmo ar que reteve. “Ainda vou poder foder a sua boquinha, não é?”, sugere, simples.
“Não parece justo...”
“É? E se eu prometer não tirar a boca dessa buceta? Parece mais justo pra você, sim?”
Você mordisca o próprio lábio, mascara um sorriso.
𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 te oferece um selinho, se ajeita sobre ti para se colocar melhor entre as suas pernas. “Mas não precisa se preocupar com isso agora, não é mesmo?”, os dedos vêm molhadinhos de dentro de ti, a pele abafada pelo aperto do seu interior quentinho, deslizando ao redor do seu pescoço quando o homem lhe toma a garganta. “Hoje você ainda pode ser fodida do jeitinho que tanto gosta, princesa.”
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groupieaesthetic · 6 months ago
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"O pai mais nervoso que o filho..."
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Já eram 6:15 da manhã. Nem você nem Símon haviam dormido bem.
Tudo começou quando Símon quase chorou com o filho de vocês. O pequeno Juan chorou abraçado no pai, depois de descobrir que eles não passariam o dia seguinte juntos.
Depois, as onze horas da noite, você e seu marido corriam para montar a mochila do filho de vocês para o primeiro dia na creche (porque os dois tinham esquecido de fazer antes).
E para finalizar a noite, o menino lutou com todas as forças para dormir no quarto de vocês, oque para a infelicidade dele não conseguiu.
''Juanzito, acorda filhão. Papi vai te levar pra escola'' Com toda a calma (e sono), Hempe tentava acordar o filho de vocês, que tinham os cabelinhos jogados nos olhos e dormia abraçado ao urso da Patrulha Canina ''Já ta na hora Juan, vamo vai''
Os dois passaram quase cinco minutos nessa situação, até o pequeno Hempe acordar e ir colocar a roupa escolhida.
Estava frio na cidade de vocês naquele dia, então mesmo que contra a vontade, o menino teve que ficar com uma touquinha na cabeça.
''Você quer mesmo levar ele?'' Você perguntou a Símon enquanto colocava o leite no copo do filho de vocês e misturava um pouco de achocolatado
''Amor, se você for não vai deixar ele entrar. Vai chorar mais que o menino''
Apenas revirou os olhos e se sentou para tomar o café.
Enquanto o menino comia e bebia o leite com achocolatado você e Símon tentavam falar coisas boas sobre a escolinha.
"Se lembra que a gente viu eles brincando e desenhando aquele dia que fomos lá?"
Falou olhando para Juan que sinalizou 'que sim' com a cabeça.
"Então hoje você também vai. Vai brincar, comer um lanche delicioso e de tarde conta tudo pra mamãe e pro papai"
Juan sorriu animado e começou a fazer perguntas para vocês. Símon falava com animação com o filho, mas nunca respondia sobre as perguntas que envolviam se você ou Hempe ficariam com seu filho lá.
Após tomar o café, pegar a mochilinha e se certificar que estava tudo certo, resolveram ir os três juntos.
Enquanto seu filho olhava admirando para a paisagem, você e Símon conversavam.
"Me sinto meio mal" Você comentou enquanto dirigia "A gente devia ter colocado eles antes, não agora"
"Não pensa isso vida" Símon disse tentando te confortar. Afinal não era o final do mundo. Juan tinha apenas 4 aninhos, e apenas não havia ido para escola antes porque você e Símon conseguiam adaptar suas rotinas a rotina de criar uma criança "Ele ta em uma idade ótima para isso. A diretora da escola disse isso, nossos pais... até a pediatra dele"
É, talvez fosse drama seu. Síndrome do ninho vazio.
Quando você parou na frente da escola respirou fundo. Símon percebendo seu nervosismo pediu para que ele fosse levar o menino. Mas mesmo concordando você desceu do carro e deu um abraço e um beijo em Juan, enquanto dizia o quanto o amava.
Após tudo isso Símon pegou o filho pela mão e entrou na escola. E assim se foi.
Cinco minutos. Dez minutos. Doze minutos e nada!
Quando você estava quase saindo do carro viu Simon com os olhos vermelhos vindo pro carro.
"Amor, que foi?" Perguntou assim que ele entrou no carro
"Ai ele chorou tanto (seu nome)! Me abraçou e me pediu pra ficar com ele" Simon estava quase chorando. Olhou para trás e viu o ursinho do filho... ai sim começou a chorar "Ai agora ele se acalmou e só foi. Nem olhou pra trás, só soltou minha mão e foi brincar com uns muleke. A diretora disse que era bom assim, que ele nem me visse indo embora... Oque que aquela vagabunda sabe sobre mim e o meu filho?!"
Você não sabia se dava risada, chorava abraçada a Símon ou corria pra buscar o filho. No final escolheu apenas beijar a testa do seu marido e ligar o carro.
"Relaxa amor. Logo ele ta em casa tá? Ai voce fica com nosso filho, pensa que agora ele ta bem. Ta feliz, brincando" Disse tentando acalmar seu marido que ficou com a cabeça encostada na janela do carro, enquanto abraçava o ursinho do filho "Imagina quando esse muleke for pra faculdade" Você sussurou baixinho
"Eu ouvi!"
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littlewritergreatgirl-blog · 8 months ago
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casos ilícitos
Matias Recalt x f!Reader
Cap. 4
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Depois de dias de camisas xadrez e noites em que você me tornou sua. Agora você envia minhas coisas de volta e eu caminho para casa sozinha.
Muitoooo animada pra esse capítulo, dessa vez irá ser pelo ponto de vista do Matias pra gente entender um pouco a perspectiva dele. Esse também é o primeiro capítulo com cenas mais explícitas. Matias com ciúmes? Teremosss!!!! Espero que gostem ☺️.
Obs: algumas notas explicativas no final!
Avisos: Smut, fingering, linguagem imprópria, ciúmes, possessivo, angst.
Palavras: 7 k **Já peço desculpas pelo capítulo extenso, os próximos vou tentar fazer menores, mas aproveitem 🙌 !!! **
A noite do restaurante só poderia ser descrita como um desastre absoluto, confuso e inquietante. Assim que você saiu pela porta do banheiro, chateada e apressada, o garoto não soube direito como reagir. Ou melhor, ele não soube como reagir ou o que pensar a respeito da conversa inteira que tiveram. Então só ficou calado, com medo de dizer a coisa errada, te deixando pensar, e assumir o pior da situação e dele. Você era sempre tão calma e racional, então não esperava que iriam ter uma discussão tão acalorada, e ainda mais em um lugar público, com todos os seus amigos do lado de fora os esperando. Ele considerou se deveria te seguir, se deveria tentar te acalmar, e explicar as coisas, mas na promessa de que? O que ele te diria que você já não soubesse? Ele era um idiota e tinha te decepcionado, não tem muito mais o que dizer sobre isso.
Mesmo não querendo que a noite terminasse nesses termos, também não queria te pressionar, e arriscar piorar ainda mais a situação. Então achou melhor te deixar ir embora, e tentar falar com você em um outro momento. Ele te daria espaço se era isso o que você queria, e precisasse. Mas ele não aceitaria o fim de tudo. Preferia acreditar que você estava exaltada e não pensou direito no que disse. Ele precisava acreditar nisso, se não perderia a sanidade ali mesmo.
Após alguns minutos de debate interno, considerando todas as suas opções, inventou algo para os meninos, dizendo que você saiu às pressas porque estava indisposta- o que eles fingiram acreditar, e não questionarem nada, vendo o desespero na cara do garoto – e quinze minutos depois se encontrava na frente de seu prédio. Não ousou interfonar ou pedir para subir, só queria ver se você tinha chegado em casa bem, e em segurança. Não gostava muito da ideia de você entrar no carro de um desconhecido para ir embora, não importasse a quão brava você estivesse com ele, sua segurança deveria vir em primeiro lugar. Então precisava constatar se estava tudo certo, e vendo a luz saindo por sua janela, a qual correspondia ao seu andar, ficou mais tranquilo. E agindo como o mesmo covarde que foi a noite toda, ele dá as costas, e vai embora.
Ele não conseguiu dormir direito aquela noite, só repassando a cena em sua cabeça repetidamente, de novo, e de novo. Se perguntando como um jantar agradável, chegou a aquele ponto. Para começar, não esperava que Malena fosse aparecer lá, não mesmo. Não foi o que ele queria quando mencionou casualmente que sairiam pra comer no mesmo lugar de sempre – após ser questionado se teria planos para aquela noite - Achou que havia ficado explícito a falta de convite, mas obviamente não foi claro o bastante, já que apareceu lá de qualquer maneira.
Ele ficou afetado em vê-la, é óbvio. Desde que a mesma voltará de viagem, a alguns dias atrás, eles só trocaram mensagens, e foi a primeira vez que ele a viu pessoalmente em anos, desde o término. E ela estava tão linda quanto ele se lembrava. Mas a situação saiu de controle conforme conversavam, e ele via o quão desconfortável você parecia, tendo que presenciar uma estranha o tocando, e ele não a afastando. Nunca haviam definido o que tinham, mas sabia que você não ficava com outras pessoas, e esperava que você soubesse que ele também não. Então porque ele afastava todas as garotas que flertavam com ele, mas não essa em específica? Ele não queria pensar no motivo, ou que você soubesse agora.
Malena sempre foi de toque físico, e ele não queria constrangê-la naquele momento, dizendo para manter a formalidade, mas também não queria te chatear, então disse para ela, que eles poderiam conversar melhor em outra hora, só os dois. Sem seus amigos, ou você olhando. Então se despedem, e ao contrário do que imaginou, com a partida da garota mais velha, as coisas só pioraram. A briga no banheiro, seu olhar de mágoa e decepção, e as palavras lançadas impiedosamente, em um momento de raiva.
Ele queria de verdade se acertar com você, mas não sabia como se sentir no momento. Vocês tinham algo especial, ele sabia disso, mas será que era o bastante para firmarem em um relacionamento? Ele tinha medo de se envolver com outra pessoa, e mesmo com você tendo sido paciente, muito mais do que ele poderia pedir, ele sabia que isso não duraria por muito tempo. Eram claras as intenções da Malena ao ir encontrá-lo, e querer vê-lo, e mesmo se odiando, ele estava dividido.
Com Malena, ele saberia o rumo que as coisas tomariam. Continuariam de onde pararam, e ele permaneceria em sua zona de conforto. Com o mais do mesmo, com o conhecido, e usual. Tendo a mesma rotina monótona de sempre. Já com você, seria completamente diferente. Você era um livro de mistérios, o qual ele descobria um novo capítulo toda vez que te via. Se perdia em você, se maravilhando com cada nova coisa aprendida a seu respeito. Ele se desafia, e descobre mais coisas sobre si mesmo quando estão juntos, e detesta isso. Você não deveria fazê-lo se sentir desse jeito, fazê-lo se sentir especial ou importante. Ele estava acostumado a ter o controle da situação, mas com você, era impossível. E enquanto tenta se decidir se isso é realmente algo bom ou ruim, ele cai no sono, esperando que o dia seguinte seja melhor.
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Ele acorda se sentindo um lixo, seja por causa da briga, ou pelas poucas horas de sono que teve aquela noite. O sentimento de preocupação em saber como você estava, ainda era presente, mas ao mesmo tempo, estava hesitante se deveria te mandar uma mensagem, e questionar, ou até mesmo arriscar te fazer uma visita, o que duvidava que você iria apreciar neste momento. O único alívio que sentiu, foi quando alguns minutos depois, olhou no grupo de mensagens, e viu que você havia respondido os garotos, dizendo que estava bem. Dando sinal de vida. Mas só isso. Ele queria te dar um tempo, e até mesmo organizar os próprios pensamentos, mas era difícil. Se acostumou tanto com sua presença, que não sabia como ficar sem você. Mas no momento, isso era o melhor, e ele sabia. Então o resto do domingo foi gasto tentando ter concentração o bastante para adiantar alguns trabalhos da faculdade, vendo algum filme, que ele não se importou em lembrar o nome, e ignorando as notificações da garota mais velha, que insistia em enviar mensagens a ele. Não queria responder, ou falar com ninguém no momento. Só se esse alguém fosse você.
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Na manhã seguinte, com quase nenhuma vontade, ele se levanta, e se prepara para o treino. Não tem ânimo para planejar ataques, ou motivação para se exercitar hoje, e até pensa em não comparecer, mas então lembra, que se ficasse em casa, provavelmente a vontade de te ver só iria piorar, e dessa vez ele não iria pensar no seu espaço, ou a quão possessa você deveria estar ainda com ele. Só iria pensar em te encontrar e te ter pra ele.
Duas horas depois, com um bufo de irritação, ele deseja consigo mesmo que tivesse ficado em casa. Ele foi uma droga no treino, não conseguindo se concentrar, e inerte o tempo todo. É meio idiota, mas ele sempre desviava o olhar para as arquibancadas para ver se você estava lá. Se iria acenar pra ele, dar um grito de motivação, ou até mesmo só ficar assistindo quieta, e com um olhar de preocupação toda vez que ele errava uma jogada, ou acabava no chão. Mas toda vez que ele olhava, o lugar estava sem ninguém. Não tinha você, não tinha gritos, risadas ou motivação. Só um grande vazio.
Isso com certeza não colaborou para que seu humor melhorasse, tirando o fato dos outros jogadores do time, e amigos dele, zombarem do quão péssimo seu desempenho havia sido. Ele estava estressado, e com um pesar, se lembrará que normalmente após o treino, ele seguiria para sua casa. Iria para desfrutarem de um tempo juntos, antes de suas aulas começarem. Comeriam alguma coisa, depois ele te comeria, conversariam sobre algo até dar o horário, e você ter que despachá-lo para ir embora. Mas hoje não seria assim, e ele não queria lembrar de sua ausência, ou o quanto está sentindo sua falta agora.
Assim que chega em casa, deixando suas coisas esparramadas pelo lugar, se dirige até a cozinha, procurando algo para comer. Estava faminto. Assim que começa a consumir a primeira coisa que encontra pela frente, nota alguém se aproximando, e Fran aparece, com um olhar zangado e fechado:
- Como foi o treino? – Diz com a voz sem transparecer emoção alguma.
- O mesmo de sempre. - Responde, não querendo entrar muito no assunto, e explicar a grande perda de tempo que ele passou ao se obrigar a entrar naquele campo.
Tentando mudar o tópico da conversa para outra coisa, não querendo focar nele, ou no grande dia de merda que estava tendo, acha que encontrou uma boa o bastante ao avistar uma caixa de tamanho médio, encostada ao canto, e pergunta:
- Chegou alguma coisa? – Diz apontando com a mão desocupada, enquanto começa a guardar os restos do que estava comendo.
- Chegou sim, é para você – Matias não consegue deixar de notar o tom ácido que sai da boca do garoto. Estranhando, pois normalmente Fran é calmo pela manhã. Na verdade, ele é calmo o tempo todo. Ele quem costumava ser o invocado dos dois.
Decidindo ignorar o comportamento inusitado de seu colega de quarto, segue em frente em direção à caixa, tentando se lembrar de quando, ou o que ele havia comprado, pois não estava esperando nada. Quando finalmente abre, e vê o que tem dentro, seu coração erra uma batida:
- O-o que? – Solta gaguejando, sem conseguir formular uma frase.
Com as mãos trêmulas, abre totalmente o embrulho, quase rasgando toda a caixa no processo. A primeira coisa que avista, são algumas peças de roupa. Não é nenhuma peça em especial, mas ele se lembrava delas bem o bastante para saber que eram as que estavam guardadas em sua casa. O que droga elas estavam fazendo aqui?
Como se estivesse em um transe, começa a retirar rapidamente tudo do interior do pacote, sem se importar com a bagunça que a pilha de roupas está formando ao seu redor, até que ele para abruptamente. O moletom dele também está aqui. Aquele que você adorava, e se recusava a tirar do corpo em dias frios. Ele pega o agasalho e olha desacreditado para aquilo. Por que essas coisas estavam aqui? Você tratava aquela peça como o seu bem mais precioso, como se fosse algo novo e supercaro, não como o tecido super gasto que era, então por que isso estava na frente dele agora?
Vendo a cara de confuso do rapaz, e se compadecendo, Fran decide dar um contexto, e explicar o que aconteceu:
- Ela veio aqui mais cedo, para devolver suas coisas - Diz, e com nenhuma resposta do outro, continua - Disse que você tinha esquecido na casa dela.
Matias só continua olhando repetidamente para suas coisas, tentando assimilar tudo, e aparentemente, não estava conseguindo O garoto de olhos claros, solta um suspiro cansado.
- Vocês estavam ficando, não é? – Questiona finalmente, querendo acabar com a enrolação.
- Nós estamos ficando, no presente – Responde rapidamente, retrucando, e com um leve tom de raiva em sua voz. Vocês não terminaram, e mesmo com as palavras ácidas expelidas de sua boca, ele sabia, ou pensava que sabia, que vocês iriam se acertar. Precisava acreditar nisso.
- Não é o que parece, ela veio devolver as suas coisas, cara! – Rebate com sarcasmo e desdém.
- A gente resolve isso. – Vocês poderiam resolver, certo?
- É por causa da Malena, não é? Vocês vão voltar? – É possível notar o quão hesitante o garoto de olhos claros está em saber a resposta.
É a primeira vez que alguém o questiona isso em voz alta. Obviamente essa possibilidade passou pelos garotos, e por você também, devido ao jantar desastroso, mas ninguém, inclusive você, o questionou diretamente. E ele gostaria de saber pra poder responder, mas ele não sabe. Ele gosta de você, e muito. Mas Malena já é alguém com quem ele teve algo, e não consegue deixar de pensar, se ele queria tanto a garota mais velha, então porque simplesmente não respondia as mensagens dela, e te deixava partir de vez?
- Eu... eu não sei. – Conclui por fim.
E com isso, o outro garoto só lhe lança um olhar reprovador e o dá as costas, indo em direção ao quarto, fechando a porta bruscamente, causando um barulho alto, e o deixando sozinho com seus pensamentos e agonia.
-- --
A semana se passa lentamente, cada segundo demorando uma eternidade, e os dias parecendo durar meses. Ele tentar ocupar esse tempo sem pensar em você, e mesmo com trabalhos, treinos, e provas, ele não consegue. Ele realmente tinha achado que em algum momento, você iria se arrepender, e ir procurá-lo, o que óbvio, não aconteceu. Ele sabia a quão persistente, e obstinada você poderia ser, o que ele sempre achou um traço incrível de sua personalidade, mas estava começando a odiar à medida que usava isso contra ele.
Quando finalmente o final de semana chega, ao contrário do que pensava, ele não estava com ânimo para nada, e os outros garotos pareciam compartilhar desse mesmo sentimento. Sem maiores planos, decidiram se reunirem todos no apartamento, para beberem, e jogarem alguma coisa enquanto conversam. Mas assim que chegam, se surpreendem ao não verem a mesma garota sorridente de sempre pela casa.
- Ela não tá se sentindo melhor ainda? – Enzo questiona. Normalmente você era uma das primeiras a chegar, sempre tentando ajudar em tudo e ser útil.
Matías já esperava que você não fosse aparecer, já que nem se dignou a responder as mensagens no grupo, quando foi feito o convite. Isso não significa que doeu menos.
- Desde sábado que ela ficou estranha, e acho que é por causa da sua ex - Aponta Steban, enquanto se dirige a cozinha e começa a guardar as bebidas que trouxera consigo na geladeira.
Que ótimo, tudo o que ele precisava para melhorar a sua semana caótica, era que trouxessem à tona justamente o assunto do qual ele estava tentando não pensar.
- Quer dizer, eu entendo que ela gosta do bocó aqui, mas ficar bravinha só porque a ex dele apareceu? É ridículo! Eles nem tem nada. – Diz Simon em tom de deboche.
Vocês não têm nada. Nada. Ele odeia essa palavra, e não está gostando nenhum pouco da forma como estão falando ao seu respeito. Para os olhares alheios, até pareceria que você estava exagerando, mas não era uma reação infundada. Tinha algo entre vocês, e mesmo não concordando com a discussão, sabia que era um direito seu se sentir como quisesse nessa relação, se é que ainda tinha alguma. Ele está chegando ao seu ponto de ebulição e não sabe como fazer parar. Sente como se pudesse explodir a qualquer momento.
- Dava pra ver que ela queria ficar com o Matias, só não sabia que ela era tão obcecada, e grudenta assim – Continua Simon com ironia.
- Não fala dela assim! – O garoto perde a postura e solta as palavras sem pensar. Ele não conseguiria ficar ouvindo alguém te criticando, e não interromper imediatamente - A gente tava ficando, satisfeitos? Por isso ela ficou brava. – Admite finalmente, querendo logo acabar com a discussão.
Está feito. Está tudo as claras agora, e estranhamente, ele se sente aliviado, como se tivesse tirado um grande peso das costas. Mas ao ver o olhar dos outros, percebe que está cedo demais para sentir qualquer tipo de alívio.
Enzo, é o primeiro a se pronunciar em meio a todos:
- Peraí, vocês estavam ficando todo esse tempo? – Diz em tom indignado.
- Sim – Confirma – Na verdade, ainda estamos. – Explica, tentando se convencer.
Fran, o qual o ignorou a semana toda, acha que esse é um bom momento para aparecer, e decide entrar na conversa:
- Não tenho tanta certeza disso, ela veio aqui segunda e devolveu as coisas dele – Conta ao resto do grupo - Ah mais uma coisa, ela também devolveu a cópia das chaves. - Termina dizendo com aborrecimento.
Fran retira o pequeno objeto do bolso, e joga em direção a cara de Matías, que o pega um pouco antes que atinja o seu rosto. Isso é mais sério do que ele pensava, se você devolveu sua cópia, era tentando dizer que não planejava mais voltar aqui. Ele ainda está inerte pensando nisso, quando é acordado pelos garotos e suas perguntas.
- Há quanto tempo isso? É recente? – Steban pergunta, enquanto retira um isqueiro, e acendo o cigarro que tem entre os dedos. Todos na sala dirigem seu olhar para o garoto, impacientes, para saberem logo a resposta.
E com muita vergonha ele fala a verdade. Ele já começou, então agora vai até o fim.
- Nós já estávamos saindo quando apresentei ela pra vocês. – Não demora muito para que todos façam as contas.
- Mas isso foi a meses! – Enzo retruca descontente.
Ele murcha em seu lugar.
-É, eu sei. – Responde com o olhar baixo.
Todos estão com expressões desapontadas nos rostos. Vocês dois vem mantendo segredo do restante do grupo, e eles não conseguem parar de questionarem o motivo. Se era porque não confiava neles, se não queriam estragar a dinâmica da amizade, ou se havia outra razão, ou mais especificamente, um outro alguém. Eles estiveram presentes em todo o relacionamento com Malena, então sabem do afeto que o garoto, e a ex tinham um pelo outro.
- Você ainda tem aquele acordo com a Malena? Por isso não assumiu a garota? – Enzo está possesso agora. Ele foi o que mais havia se afeiçoado a você.
O acordo. Ele nem imaginava que os meninos ainda se lembrassem disso, mas sim, foi esse o fator principal dele não querer levar as coisas entre vocês para frente. Não é preciso ele dizer nada, o silencio já fala por si só. Enzo fecha os olhos, tentando manter a calma, e diz por fim:
- Ela gosta de você, de verdade. O mínimo que você deveria fazer, é ser honesto com ela. – Ele é repreensivo e firme em sua afirmação.
Matias só acena com a cabeça em concordância com o mais velho. Você merece ao menos saber o que aconteceu, e o motivo do comportamento dele, mesmo sabendo que você não vai gostar nenhum pouco. E mesmo com medo de você julgá-lo, e odiá-lo mais ainda, ele tem que fazer isso, e depois dos recentes acontecimentos, não tem hora melhor do que agora. Mas quando anuncia sua decisão de sair pra te procurar, e tentar se resolver, Enzo diz com fervor:
- Você não está indo lá pra voltar com ela, e sim para se desculpar, e ser honesto. – Informa á ele, como se estivesse dando uma bronca, um aviso de que não deveria ultrapassar nenhuma linha. - Se não quiser ficar com ela, então a deixe em paz depois disso, e siga em frente – Diz duramente, mas ficando com pena do mais novo, e deixando a raiva de lado, prossegue - E vê se não estraga tudo. – Adverte por final.
E assim, se despedindo do grupo, sai a sua procura, esperando voltar com boas notícias. Com esperanças de que talvez você fosse compreensiva, e o perdoasse, podendo realinhar tudo o que sentem um pelo outro.
-- --
Estacionando a alguns metros de distância do seu prédio, ele fica empacado no mesmo lugar, com os olhos fixos no volante, sem coragem de deixar seu assento. Ele saiu de casa com tanta determinação, mas conforme se aproximava de seu destino, se perguntava cada vez mais se essa era mesmo a decisão mais correta. Será que você ao menos o deixaria subir quando o interfone tocasse? Mas já se passou uma semana, sua raiva deve ter diminuído um pouco, e ele não acha que possa aguentar mais tempo do que isso separado de você.
Com um suspiro resignado, decide soltar o cinto, se libertando. E quando está prestes a abrir a porta do veículo, ele te avista, paralisando. A primeiro momento, ele aperta mais os olhos, tentando focar melhor, para ver se realmente era você, e não algo que ele estava projetando ou confundindo. Mas era você, tão perto, e ainda assim tão longe.
Você está saindo de um carro desconhecido, e enquanto ele está nervosamente tentando abrir a porta, e sair o mais rápido possível para te abordar, ele para ao perceber que você não está sozinha. E fica curioso ao ver você com um homem. Um homem mais velho, alto, e que ele amarguradamente tem que admitir, poderia ser considerado atraente.
Você está parada ao lado da porta do passageiro, encostada no carro. E o sujeito, dando a volta no veículo, se junta ao seu lado, enquanto te encara e começam a conversar. Ele está muito perto. Mais perto do que um colega ficaria. Quem era ele? Do que estão falando? E por que precisam conversar tão perto um do outro? O espaço pessoal existe para um motivo.
A mente do garoto corre solta, imaginando várias possibilidades, e ele acha que pode literalmente queimar de raiva quando você abraça esse estranho, ficando com o rosto escondido no pescoço dele, e ele passando a mãe em suas costas. É bom que aquela mão fique só ali, e não tente nenhuma gracinha, ele pensa irritado.
Quando pensa que não pode ficar pior, é surpreendido com o homem se afastando, e pegando um buque de flores, te presenteando. E ao contrário de você, a reação dele não está nenhum pouco feliz, ou satisfeita. Quem ainda faz isso?! É brega pra caralho! E não pode acreditar na quão animada você ficou com essa merda. Radiante e alegre, o completo oposto de quando o viu pela última vez. E mesmo sendo torturante, continua vendo a cena se desenrolar a sua frente.
Você não tem paciência para esperar que ele te entregue aquela porcaria, e corre para o abraçar – Outra vez! - Por pouco amassando as flores que estavam na mão do babaca. O garoto aperta o volante com força, até os nós dos dedos ficarem completamente brancos, e quando a exibição de cafonice acaba - Finalmente! – Vocês entram no carro, se dirigindo a garagem do prédio e sumindo de vista.
Ele tenta assimilar o que acabou de presenciar. Você estava trazendo homens pra sua casa? O lada dele na sua cama nem tinha esfriado e você já estava o substituindo? Não. Você não era assim, e ele não queria tirar decisões precipitadas, mesmo sendo difícil enxergar a situação de outra forma.
Mais frustrado, e confuso do que estava quando veio, ele dá meia volta com o carro e volta para casa, e quando passa pela porta com a expressão de poucos amigos, nenhum dos garotos precisa lhe perguntar nada para saber que independente do que aconteceu, não havia sido nada bom.
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Passando o domingo se recusando a falar com alguém, Matias é grato pelo chegar da segunda-feira, e poder ir ao treino de Rugby. Assim, ao menos teria no que descontar sua frustração, e poder redirecionar toda a sua raiva em algo produtivo, e tentar ser bom em favor de seu time.
Quando o treino chega ao fim, todos vão se trocar no vestiário, substituindo os uniformes surrados por suas roupas cotidianas. Apenas Simon, que insiste em usar a jaqueta idiota do time, pois gosta de exibi-la com orgulho no Campus para qualquer indivíduo do sexo feminino. Mas o resto, está como sempre, e desta vez, parecem mais satisfeitos com a desenvoltura do garoto com as melhores pernas do time, mas preocupados também. Ele estava quieto, o que é muito incomum, e se recusava a contar o que havia acontecido no sábado. Não querendo que ele ficasse sozinho naquele estado, se afundando mais em sua autopiedade, decidem ir todos juntos ao apartamento de Fran, para tentarem animá-lo e almoçarem juntos. Você não vai comparecer, é claro, e ele não gosta de como a sua ausência está se tornando cada vez mais constante.
Ele não precisa de babá, e também não está contente com a imagem frágil, de coração partido que deve estar passando, mas realmente queria pensar em outra coisa, e quem sabe um tempo com seus amigos o ajude um pouco. Então concorda, e todos, sendo eles, Matias, Enzo, Steban e Simon, entram no carro de Fran, quem fez o favor de lhes dar uma carona até sua casa.
Eles tentam engatar em uma conversa sobre o jogo, contando a Fran, já que o mesmo não fazia parte do time, em como o garoto de cabelos compridos havia se saído bem, uma tentativa falha de tentar animá-lo o bajulando. Mas nem isso foi o bastante para acabar com o mau humor dele.
No meio do trajeto, decidem que estão com muita fome, e não vão ter paciência de prepararem, ou pedirem algo e ter que esperar chegar em casa.
- Cara tô com fome pra caramba, vou desmaiar se não comer alguma coisa – Reclama Simon dramaticamente no banco de trás.
- Vou parar pra abastecer, se quiserem algo vão na loja de conveniência. – Responde Fran, já dando uma alternativa para o problema.
Enquanto Fran abastece, o restante dos rapazes vai até a loja, se preparando pra pegarem o máximo de coisas possíveis, alguns salgadinhos, bebidas e cigarros. Normalmente ele também estaria faminto, mas no momento ele só quer ir para casa, só desceu do carro, pois sabia que se ficasse esperando do lado de fora, os outros iriam se distrair, e demorar mais ainda.
Assim que entra, automaticamente vai em direção aos doces, já acostumado, pois eram os seus favoritos, e o que você sempre pedia. Mas quando chega, ele pensa que finalmente perdeu a cabeça e enlouqueceu de vez. Ele te avista parada bem ali, segurando duas barras de chocolates, e tentando decidir qual delas levar. Você está linda. Ele te viu a apenas dois dias atrás, mas foi de longe, e dessa vez, estava tão perto, mas não o bastante, e antes que ele possa impedir a si mesmo, ele caminha até você. Não é preciso te chamar, ou algo do tipo, pois você instintivamente já se vira, e encontrando o olhar dele, ele paralisa, sem saber o que fazer. Então diz a primeira coisa que vem em sua mente:
- Oi – Solta simplesmente.
Ele se xinga mentalmente, ele pensou em tantas coisas que queria te falar e te explicar, mas assim que te vê, perde a postura e todo a linha de raciocínio. Você parece surpresa, mas fecha o semblante quase que imediatamente, tentando controlar suas emoções. Antes que você possa responder alguma coisa, os garotos te veem, e se aproximam também.
- Ei sumida, vem cá – Enzo te puxa para um abraço apertado, assim como todos os outros a seguir, quando ele dá um passo para frente na mesma intenção, Fran aparece, e rouba sua oportunidade:
- Olha quem apareceu! – E se joga em você, te envolvendo nos braços, e te girando, o que arranco um riso sincero de você. Mas assim que te põe no chão, e seu olhar se encontra com o dele, fica uma tensão pairando no ar. Só os dois se olhando, sem saber o que fazer. Ele odeia, que a uma semana atrás, ele era o quem mais te tocava e tinha contato com você, e agora, era o único quem não podia te dizer oi, sem ficar tudo estranho. Quando ele vai recomeçar e dizer algo, o cara de sábado aparece:
- Ei gatinha, tem vinho tinto, vai querer levar? Eu sei que é desse que você gosta. – Afirma, sem desviar os olhos da garrafa, e perceber os outros presentes.
Fechando os punhos, em sinal de raiva, ele tenta se controlar. Agora, ele consegue examinar esse homem com mais clareza do que da vez passada. Ele é uns bons anos mais velho do que você, tem ombros largos, braços fortes, e parado em frente á ele, consegue notar que também é alto. Basicamente falando, era o total oposto dele, ele não imaginava que esse seria o seu tipo. E que raios de apelido é esse? Já são um casal? com intimidade pra ficaram trocando nomes carinhosos? Você nem parece se incomodar com o modo ridículo que ele te chamou, e ele pensa com raiva, que deve ser porque de onde vieram esses, tem muito mais.
Com a sua falta de resposta, o sujeito retira a atenção da bebida, buscando o seu olhar, a procura de algo errado, e então seguindo o mesmo, repara os meninos parados em sua frente. O homem dá uma olhada rápida em todos de cima a baixo, e ao invés de ficar incomodado ao ver você rodeadas de caras, ele abre um sorriso, e questiona com ânimo:
- Que legal, vocês são do time de Rugby da faculdade dela? – Diz apontando para a jaqueta de Simon, a qual contém o emblema da instituição, e com a escrita do time.
Enzo responde por todos:
- Que observador, somos sim! – E antes que note, estão todos os garotos engatados com esse estranho em uma conversa sobre o esporte. Já não basta você, agora todos tem que gostar desse cara também? Matías está com ainda mais raiva, e tirando o foco dessa discussão besta, sobre ataques, ou qual posição em que cada um atuava, ele nota que você também está bem desconfortável com essa interação entre eles.
E ele queria saber o porquê. Você não queria que o seu príncipe encantado o conhecesse? Era o típico nervoso do atual conhecer o ex? Ele odiava essa linha de pensamento.
Você toma uma atitude, e limpando a garganta bem alto, interrompe o debate:
- Foi muito bom ver vocês – Diz com um sorriso casto, olhando para os meninos a sua frente, menos para ele – Mas a gente tá meio ocupado agora – Vira o rosto para o seu acompanhante, e continua em um tom autoritário, mas disfarçado com falsa simpatia - Vamos? - Parece mais uma ordem do que uma pergunta.
- Claro – Concorda prontamente, entendendo o sinal de que você não quer prolongar esse encontro acidental. Mas algo muda, e de repente, ele parece se lembrar de algo, e com um olhar zombeteiro solta: - Mas tem certeza? Achei que você ia querer pegar camisinha, não foi pra isso que veio aqui? – Te provoca.
Que porra é essa? Matías acha que pode ter soltado um rosnado nesse momento, com essa nova informação. Não interessa se esse homem é maior que ele, ele vai arrebentar o sujeito aqui mesmo, e agora. Que merda de conversa é essa de comprar preservativos? A mera imagem de você embaixo desse cara, enquanto ele estoca profundamente dentro de você, o deixa com náuseas. Ele precisa fazer algo. Os outros devem perceber o quão exaltado ele está ficando, pois Esteban segura seu ombro o impedindo de avançar, e Fran lhe lança um olhar do tipo: se acalme!
O seu rosto fica vermelho, parecendo um tomate. Ele odeia, que esse imbecil esteja espalhando a intimidade de vocês assim, e repudia o fato de você ao menos ter intimidade com esse babaca. Você se engasga ao responder:
- Não quero mais, vamos! – E puxando o homem pela mão, dá meia volta, começando a se afastar.
Nessa hora ele fica furioso. Se pensava que o fato de você transar com esse estranho era nojento, a imagem só piora mil vezes mais quando pensa nele terminando dentro de você. Sem proteção nenhuma, pele na pele.
- Tchau rapazes! – Você se despede enquanto vai com pressa até a fila do caixa, ainda de mãos dadas com o sujeito.
- Foi bom conhecer vocês, boa sorte aí nas próximas partidas.
- Valeu cara. – Responde Enzo, enquanto os outros acenam, e se despedem também.
Ele só pode observar enquanto os dois ficam um ao lado do outro na fila. Parecendo um típico casal fazendo compras, e passando o dia juntos.
- Acho que ela já te superou, agora já sabemos por que ela estava tão ocupada esses dias – Simon brinca, mas o olhar fuzilador de Fran, é o bastante para calá-lo.
- Ele tava na casa dela – Fala. E os garotos o olham sem entender – No sábado, quando fui ver ela. Ele estava lá, vi os dois parados na entrada do prédio. – Explica. – Ele tinha comprado flores pra ela, nem tive como interromper o novo casal - Diz com amargor.
Seus amigos o olham, sem saber o que dizer ou fazer. Não tem como consolar alguém quem acabou de descobrir que a pessoa que ela gosta, está com outra. Não tem nada o que fazer sobre isso. Mas ele não pode ficar parado, vendo você ir embora assim. Sem nem ao menos falar nada, e agora ele quem se sente o trouxa aqui. Ele não foi embora com a Malena no restaurante, ele ficou com você. E agora você, quem está o dando as costas para ficar com outro. Ele tem que fazer algo:
- Eu vou falar com ela, distraiam o velhote enquanto isso.
Fran está prestes a interromper, para dizer que é uma má ideia, mas Enzo o impede. Mesmo não sendo as melhores das situações, vocês precisam conversar, e dúvida muito que você vai querer encontrar o garoto em outras circunstâncias.
Matias vai até você, dessa vez com atitude, certo do que quer fazer:
- Ei, a gente pode conversar? – Diz com convicção.
-Eu..eu…- Você não sabe como negar, sem ficar uma situação chata na frente do seu acompanhante.
- Pode ir, eu me viro aqui, te encontro depois no carro. – Responde o mais velho em seu lugar, e pela primeira vez, Matias gosta de algo que esse imbecil diz.
Você o lança um olhar mortal, e sem ter como escapar, concorda com o mais novo.
- Tudo bem, mas não aqui. – E assim os dois seguem para fora da loja, indo ao lado, onde tinha um estacionamento mais afastado e alguns banheiros. Quando já estão fora de vistas, sem pensar muito, ele te agarra pelo pulso e te arrasta para dentro de um deles. Poderia não ser o lugar mais romântico ou até limpo do mundo, mas teriam privacidade.
Ele não diz nada, só olha brevemente para o lugar, e ao constatar que se encontra vazio, te empurra contra a parede, colocando a mão em sua nuca para que não te machuque no processo.
- O que você tá faze… - Ele te corta, se lança sobre você, e juntando os lábios nos seus agressivamente, te beija. Você solta um som assustado, devido ao movimento inesperado, e tenta afastá-lo pressionando a mão contra o peito dele. E quando ele pensa que foi demais, e que é melhor te soltar, você amolece, cedendo nos braços dele. Soltando um gemido de satisfação, e levando as mãos que estavam o distanciando de você, a cabeça do rapaz, correndo os dedos por seus cabelos, e retribuindo o beijo com fervor. O puxando ainda para mais perto, se é que isso era possível.
Vocês são uma bagunça desesperada de grunhidos, e mãos percorrendo um ao outro incansavelmente. Cada movimento de seus corpos é carregado de eletricidade, se livrando da tensão dos últimos dias, e tentando recuperar o tempo perdido. Tentando absorver o máximo possível um do outro nesse breve momento. Cada toque, cada fricção de suas peles, e o calor que irradia sendo algo sagrado nesse instante.
Relutante, ele se afasta de você quando a falta de ar é presente, separando suas bocas e sentindo sua respiração falha. Com o rosto ainda próximo do seu, ele se curva, e rasteja uma trilha de pequenos beijos molhados até o seu ouvido, mordiscando de leve a orelha direita no processo, te causando arrepios.
- Eu tava com saudades – Sussurra em um tom baixo, quase como se estivesse te confessando um segredo. E desce os beijos em torno de seu queixo, pescoço e ombros. Rodeando toda a área e se dedicando a lamber e dar a devida atenção a cada uma dessas partes. Ele queria deixar marcas em tua pele, e poder sentir o seu gosto, te marcando como dele. Você inclina a cabeça pro lado, o dando mais acesso ao seu colo, se oferecendo a ele, o incentivando a continuar e te fazer se sentir bem.
E ele aceita a missão com prazer, se deixando levar e te atacando ferozmente. Mas em meio a sensação de prazer, de sentir seu calor, seu cheiro, depois de tanto tempo. Ele não consegue parar de pensar, no que você poderia estar fazendo mais tarde com o homem lá fora. Um do qual ele nunca ouviu falar, não sabe como você o conhece, ou o vínculo que tem. Ele odeia não saber nada, não saber o que fizeram quando ele foi a sua casa. O que fariam quando saíssem daqui. E há quanto tempo isso estava acontecendo. Ele não consegue se controlar mais:
- Você tá trepando com ele? – Pergunta com o rosto ainda enterrado em seu pescoço, mas cessando os beijos, ele sabe que é seu ponto sensível, e que quando te provoca ali, você não consegue se concentrar ou sequer pensar direito. E ele quer que você o responda.
Sua expressão é de confusão, tentando se situar e entender sobre quem ele está falando. E quando chega a conclusão, fica em choque e surpresa. Mas você não nega, em nenhum momento, e isso o deixa mais louco ainda.
- Ele te fode como eu? – Desce o rosto, roçando o nariz no vão entre seus seios, no decote de sua blusa. Você não diz nada, e ele dirigindo o olhar a você, responde - Não, ninguém pode te foder como eu, você sabe disso. – Afirma convencidamente, se pressionando ainda mais contra você, querendo te mostrar como o deixa maluco, e sua ereção está ali para provar isso.
- E se eu estiver? – Você desafia - Talvez seja isso que eu precise – Faz uma pausa dramática – Um homem, pra me mostrar o que eu estava perdendo, esse tempo todo.
Com isso, algo estala nele, e completamente fora de si, ele não perde tempo em agarrar suas coxas, entrelaçando suas pernas em volta da cintura dele, te prendendo. E quando faz um movimento brusco de fricção para frente, você solta um gemido abafado.
- Você não parece me achar menos homem agora, não é? – Pressiona seu sexo contra o seu, coberto apenas pelos tecidos de suas roupas. Ele ergue sua saia, a deixando na altura dos quadris, apertando suas coxas. Descendo as mãos até seu íntimo, não se surpreendendo ao te encontrar já úmida, estando tão excitada quanto ele.
- Porra, você tá tão molhada – Puxa a sua calcinha para o lado e continua – Eu preciso que você fique quieta agora – Te diz, e sem mais nenhum aviso, insere dois dedos de uma só vez dentro de você, o que resulta em um gemido alto, quase pornográfico – Quieta! – Te repreende. Colocando uma mão para tampar sua boca e abafar os sons indecentes que você solta. E a outra, permanece no trabalho contínuo de realizar movimentos circulares, e fundos para atingir o seu ponto sensível.
É tão bom. É bom pra caralho. É só o que ele consegue pensar. Está amando sentir em sua palma, as arfadas de ar provocadas pelos gemidos que ele consegue arrancar de você. Em como consegue fazer você se contorcer e arquejar para ele. Sentindo suas paredes se apartarem e estremecerem em seus dedos, ele sabe que você está perto:
- Goza pra mim- Ele acelera os movimentos – Mostra pra mim a garota boa que você é, e goza nos meus dedos – E só com essas palavras, ele escuta a sua lamentação com a sensação avassaladora, e sente quando você vem.
Não é um orgasmo calmo, relaxante ou até mesmo renovador. É forte, rápido, e apressado devido as circunstâncias. Se afastando, ele volta as suas pernas ao chão. Ainda te segurando e dando apoio, vendo como elas estão trêmulas e sensíveis.
Você tenta regular a sua respiração, para que ela volte ao ritmo normal. Ele nunca te achou tão linda. A cara de quem acabou de gozar, com as bochechas coradas, cabelo bagunçado e lábios inchados. Você está perfeita. E tão dele.
- Isso não significou nada, eu tenho que ir.
O encanto é quebrado com suas palavras diretas. Você desce sua saia, ajustando sua calcinha encharcada e arruinada. Se vira para o pequeno espelho do lugar, tentando ajeitar o cabelo, e lavando o rosto, para amenizar o rubor em sua face.
Sem mais nenhuma palavra, você sai, o deixando para trás. Sem despedida ou nada. Do lado de fora, a alguns metros de distância, o seu acompanhante está terminando de guardar as coisas no carro, o qual você entra apressadamente. E em menos de um minuto, ele se junta a você, e ambos vão embora, sumindo de vista.
É estranho, por mais que vocês tenham ficado, e ele tenha te feito gozar, ele se sente usado, e ainda mais distante de você. Você foi embora com outro! Com outro! Ele não consegue acreditar nisso.
Em meio a seu surto de raiva, ele não consegue se controlar. Lança a mão no bolso, e agarrando o aparelho, envia a mensagem que vem evitando a semana toda:
- Oi, posso ir te ver?
Não demora muito para que a garota mais velha o responda, e eles combinem de se encontrarem daqui a pouco. Ele ainda estava duro de sua sessão de amassos, e se você não queria ajudá-lo com isso, outra iria querer, e se você queria ficar com outra pessoa, então ele também iria querer.
Talvez seja assim que as coisas devam ser mesmo. Você ficar com alguém legal e doce, que goste de te dar flores e comprar o seu vinho favorito. E ele, mereça voltar ao seu passado.
— —
Notas: Eu me inspirei no filme para usar o esporte Rugby na minha história, e sei que nem todos os personagens citados, são os que respectivamente faziam parte do time no filme, mas lembrando!!! A obra é baseada nos ATORES e não no filme, seria até um desrespeito fazer isso com a história trágica que tem por trás. Só queria deixar isto claro. Tchau e até o próximo 🩵😙😙
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meuemvoce · 7 months ago
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Devolução de cartas
Sexta-feira, 19:00
O carteiro bateu na minha porta com uma pilha de cartas em mãos, mas assim que as vi, reconheceria em qualquer lugar porque elas são minhas, pensei comigo mesma ‘’será que coloquei o endereço errado? Escrevi o nome dele errado?’’, mas então observei que elas nunca foram abertas e como o esperado a pessoa que deveria recebe-las mandou elas de volta e como em todas as vezes você me decepcionou e é um verdadeiro covarde de merda que não teve a capacidade lê-las e me dar algum retorno. Ignorada, completamente ignorada por alguém que não vejo a anos e muito menos converso, agora me pergunto o que devo fazer com essa pilha de cartas não lidas, lidar com essa situação exige calma e paciência porque não esperava que esse momento acontecesse, não tão rápido por mais que tivesse os meus receios da possibilidade, mas olhar para elas e para mim é uma vergonha passada no débito, mas estava esperando o que? Uma carta cheia de amor e arrependimentos? Claro que não, não é do seu feitio. Sabe uma combinação perfeita para abrir todas essas cartas e rir da própria desgraça? Vinho, ou melhor Vodca e se for os dois? É, vai dar merda, mas não tem problema. Quando tive a iniciativa de escrever e abrir meu coração não esperava que me sentira tão mal porque já senti isso demais e por muito tempo, era para mim ter te superado, seguido em frente, saindo com outras pessoas e fazendo um sexo casual por uma noite, mas acontece que estou revivendo as nossas memorias e passei tudo para o papel e lembro que as folhas quase rasgaram quando tentava escrever porque elas estavam molhadas de tantas lagrimas que caíram, cada página era uma mar de dor ou melhor uma folha de dor, soluçava igual uma criança perdida dos pais, gritava e parava de escrever, parava de gritar, respirava e voltava novamente a escrever, era um ciclo sem fim e fiquei dessa forma por semanas, escrevia a cada hora do meu dia para não perder ritmo e esquecer de alguma palavra. Você ter ido embora dilacerou meu coração, me partiu ao meio em uma facilidade que pensei que estava rasgando uma folha, quando cheguei na papelaria e comprei uma quantidade razoável de papel e embalagens de cartas a moça do balcão me olhou de uma forma estranha e questionadora, olhei para ela com um sorriso amarelo e disse ‘’ as cartas são para o meu Ex amor que tenho certeza que não vai responder nenhuma delas, mas mesmo assim vou envia-las’’ e em seguida apareceu aquele olhar de pena que dizia ‘’sinto muito’’, mas a vontade de responder era ‘’não sinta, porque já sinto por nós duas’’, IDIOTA! e para completar a minha idiotice passei na perfumaria e comprei o cheiro que ele amava em mim e borrifei em TODAS as cartas, me deu uma vontade de dar na minha cara por tamanha burrice, mas do que adianta ficar lamentando né? Não adianta de nada. Agora nessa noite fria e silenciosa me encontro segurando-as e pensando no que devo fazer com elas já que todas foram devolvidas e muito menos lidas e acho que vou pegar uns aperitivos e uma garrafa de vinho mais cara, vou me sentar no tapete da sala de frente a lareira e deixar o fogo queimar todas essas malditas cartas escritas a mão, cada envelope que irei jogar será uma dose de vinho e detalhe, não estou nem metade da primeira pilha de cartas, sabe o que estou achando? Que um dia vai ser pouco para queima-las, levará o ano inteiro e pensando pelo outro lado, vou acabar nos Alcoólicos Anônimos de tanto vinho que irei ingerir. Um brinde para mim e pela vergonha!
Elle Alber
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skzoombie · 4 months ago
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temas: perseguição, obsessão e medo
sinopse: quando você só deseja se livrar do menino que dormiu a duas semanas atrás, mas ele não parece tão disposto a desistir.
artista: lando norris
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-Qual a porra do seu problema? - a primeira coisa que falou quando atendeu o ligação que chamava por um número desconhecido para o celular, não para você.
-Calma gatinha, só quis fazer um agrado - o menino do sotaque britânico respondeu do outro lado da linha.
-Não preciso dos seus agrados, só preciso que me deixe em paz - rebateu seca.
Desligou a chamada sem querer escutar mais a voz do menino, colocou o celular com força em cima da mesa do escritório e ficou observando por segundos a cesta de doces, salgadinhos e vinho que estava na sua frente.
-Que inferno! - murmurou e sem pensar duas vezes levantou da cadeira, caminhou até próximo da janela de vidro que ocupava uma parede inteira do escritório que ficava no prédio comercial de luxo da cidade.
Passou o olhos pelas pessoas, carros e objetos que ficavam distante do oitavo andar, até que finalmente encontrou ele, parado com sua mclaren do outro lado da rua mas pouco mais distante do prédio.
Estava escorado naquele coisa laranja chamativa, enquanto trocava palavras com policial que parecia estar admirando o carro milionário que o menino dirigia.
Você não sabia mais o que falar para ele largar do seu pé. Duas semanas que vem encontrando o menino te observando do lado de fora do prédio do seu trabalho, próximo da sua casa e até no supermercado que você vai.
"Enquanto não me dar uma segunda chance, não vou ir embora"
Odiou essa frase no momento que escutou saindo da boca daquele menino imaturo e sem noção.
Tentando encontrar saídas para a situação, caminhou novamente até a mesa e agarrou a cesta que havia sido presenteada. Respirou fundo e saiu da sala.
Percebeu os olhares na sua direção e os sussurros distante dos funcionários, todos estavam curiosos com as constantes flores, caixas de presentes e até refeições que chegavam todos os dias para você.
-Estão sem demanda por acaso? - questionou alto virando repentinamente na direção de todos que estavam sentados em suas mesas quase grudadas.
Os funcionários negaram rapidamente e fingiram voltar para suas tarefas de trabalho. No silêncio do ambiente se escutava apenas duas coisas, o salto em seu pé batendo repetidamente no chão enquanto esperava o elevador chegar em seu andar, e brevemente alguns teclados de computador.
Saiu do elevador e caminhou pelo saguão movimentado, passou pela porta giratória e sentiu o calor extremo da rua entrando em choque com seu corpo na temperatura ambiente do prédio.
Parou na esquina e viu o garoto do outro lado da rua na mesma posição, ele sorriu levemente quando teve um deslumbre seu de longe, desencostou do carro e finalizou a conversa com o policial na sua frente.
Parou na frente dele, ficou o encarando por segundos, caminhou para bem perto parecendo que iria abraçar ou beijar ele, mas apenas deixou a cesta em cima do capo do carro.
-Lando, preciso que pare com isso - tentou falar com o tom de voz mais educado possível.
-Meu nome fica lindo no seu sotaque latino - primeira coisa que ele respondeu olhando sem piscar, para seus lábios.
-Você pode por favor, tentar ao menos ser minimamente maduro e ter uma conversa descente? - cruzou os braços e viu ele trocar o olhar para os seios que se avantajaram com o seu movimento e a blusa que usava com um decote leve - Meu rosto está aqui.
Lando concordou e voltou os olhos no seu rosto, sorriu carinhoso e pegou uma das suas mãos e fez carinho nas costas.
-Quer almoçar comigo hoje ou prefere que eu te busque para jantarmos juntos? - ele questionou com tom de voz doce.
-Qual a dificuldade de você entender que foi um lance de uma noite só? - perguntou perdendo a paciência e puxando sua mão.
-Eu sou escorpiano, meu amor - ele respondeu divertido - Comigo não existe sexo de apenas uma noite, se eu gostei, eu vou ter de novo.
Você franziu a testa, abriu a boca chocada e institivamente bagunçou o próprio cabelo, parecendo incrédula com o que havia escutado.
-Menino do céu - falou o ditado em português sem se importar se ele entenderia - Só me deixa em paz e vai conhecer outras pessoas, por favor.
Lando gargalhou e puxou você pela cintura, passou as mãos na suas costas e tentou beijar sua boca, você empurrou o rosto dele rápido e afastou o corpo.
-Não quero que minha mulher seja mal falada, então não vou atrapalhar mais no trabalho e vou te buscar no fim do dia, ok? - ele questionou sorrindo e pegou a cesta de cima do carro, deixou nas suas mãos novamente e roubou um selinho seu rápido. - Depois podemos ir para minha casa aproveitar.
Lando piscou um dos olhos, sorriu e entrou dentro do carro, acelerou indo para longe e deixando você estática quase no meio da rua.
Sem conseguir se conter, você gritou alto e jogou a cesta no chão, pisou em cima várias vezes e chorou de raiva.
-EU TE ODEIO - berrou sem se importar com as pessoas passando na rua e observando tudo com olhares de julgamento.
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okeutocalma · 1 year ago
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Simon "Ghost" Riley. — child male reader.
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Os membros do Tf141 estão em uma missão.. enquanto eles limpam um bairro residencial destruído, um dos recrutas encontrou uma caixa quebrada, há alguns ruídos estranhos saindo dela, eles olham para dentro e o que vêem é de tirar o fôlego ausente..
— Ei, Ghost! Acho que você deveria dar uma olhada nisso! — Ele grita para Ghost, que se aproxima rapidamente.. Ao notar você dentro da caixa, uma criança pequena, coberta de sujeira e poeira, os olhos dele se arregalaram em choque. A única coisa visível eram apenas seus grandes olhos [claros/escuros].
O garotinho segurava suas próprias roupas esfarrapadas, olhando para os estranhos com seus grandes olhos verdes. Seu corpo tremia e seu pequeno peito se encheu rapidamente, puxando ar para seus pulmões.
Ghost se aproxima do garoto rapidamente para ver se ele estava bem, seus olhos se arregalaram em choque enquanto ele encara o garoto incrédulo. Ele se ajoelha e fala com uma voz calma na esperança de fazer o garoto se sentir seguro..
— Ei, amigo.. Está tudo bem.. Não vou te machucar.. viemos ajudar, ok? Você tem pais? — Perguntou, a voz banhada em ternura quando falava com a criança, ainda sem acreditar de como tinha sobrevivido.
— Estão lá. — Sussurrou, a voz trêmula e rouca. Ele balançou a cabeça em negação, apontando para os escombros a alguns metros de distância.
Ghost sente seu coração se partir ao ouvir as palavras tristes do menino, ele se ajoelha para ficar na altura da criança e tenta tranquilizá-lo.
— Sua mãe está debaixo dos escombros, amigo? Não se preocupe… Nós vamos te ajudar, mas você tem que esperar aqui. Há muito perigo. Nós vamos tirá-la e então nós dois podemos ir… Tudo bem? — Ele faz o possível para deixar o menino à vontade e tranquilizá-lo de que tudo vai ficar bem, enquanto seus pensamentos se voltam para perigo que correm no momento. Qualquer soldado poderia chegar e os pegar desprevenidos.
— Ela morreu... A pedra a fez explodir. — As palavras saíram em um sussurro, os olhos [claros/escuros] se fecharam e assim ele ficou por alguns segundos. As mãozinhas apertando a própria roupa suja, os lábios dele começaram tremer indicando um choro próximo. Ghost começou a se desesperar, não sabia como acalmar uma criança, a situação piora quando é lembrado que estão em meio a um campo de guerra!
Tiros ainda eram escutados a distância em meio a cidade destroçada, gritos de cidadãos inocentes e os gritos de soldados.
— Sinto muito, amigo… quantos anos você tem? Qual é o seu nome? E me diga.. o que aconteceu..?
O garotinho abriu os olhinho, e logo levantou os cinco dedos. — Hoje completei cinco anos. — Ele disse pegando um papel que estava dentro da caixa, era uma folha de calendário, suja, um pouco queimada, mas o número 21 estava circulado em vermelho. — Aqui, mamãe tinha falado que eu nasci um dia depois do feriado! — Mostrou para o homem.
Ghost olha para o círculo vermelho desenhado na folha do calendário, seus olhos parecem focar nisso enquanto tenta descobrir o que a criança quer dizer com isso, mas ele rapidamente muda seu foco para algo mais importante naquele momento, a criança, gentilmente faz mais perguntas ao menino.
— Obrigado amigo e qual é o seu nome?
— [Nome]!
— Sinto muito, [Nome]. Parece que você e sua mãe moraram aqui sozinhos.. Você sabe onde seu pai está?
— Papai deixou mamãe. — Ele sussurrou. — Papai saiu com uma menina, pois ela estava grávida do papai.
Os olhos de Ghost lentamente se enchem de tristeza enquanto ele tenta controlar suas próprias emoções.
— Você vai ter que vir embora comigo. — Sussurrou, olhando o garotinho arregalar os olhinhos e caçar algo dentro da caixa, logo se levantando com um gatinho de pelúcia sujo e encardido em mãos. — Qual é o nome dele? Pequenino.
— Milk!
Ghost suspira com a resposta de dp garotinho, há algo um pouco perturbador em ouvir essas palavras de uma criança. Ele só consegue adivinhar o que o menino pode ter passado para poder dizer algo assim, mas ele tenta não colocar pensei muito nisso, tentando colocar seu foco no garoto..
— Podemos levar Milk conosco, amigo? O que você acha?
— Adoraria.
Ele pegou a criança suja no colo e começou a correr em direção à própria equipe. Parece que agora ele tinha um filho.
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svmuraii · 1 year ago
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for aeri's haunted mansion, october 3rd 2023 somewhere around the night hours, seoul, south korea possíveis trigger warnings do pov: nenhum.
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ㅤ Kaito ajustou a gola de sua jaqueta, sentindo a aragem gélida da noite enquanto se aproximava da entrada de Aeri's Haunted Mansion. O céu noturno estava nublado, contribuindo para a atmosfera sombria que pairava sobre o parque temático. Seu coração pulsava um pouco mais rápido, não tanto pelo medo, mas pela empolgação de enfrentar os mistérios e sustos que aguardavam dentro da atração. Como um bom fã de terror, esse tipo de experiências sempre foram vistos como algo a se antecipar mais que temer, ansioso para testar os seus limites. Não sem antes fazer uma pausa para ajeitar os cabelos diante das câmeras, o japonês atravessou os portões pesados do local e se viu imerso em uma penumbra assustadora, iluminada apenas por luzes fracas e sombras dançantes. A trilha sonora sutil, composta por murmúrios e rangidos, aumentava a tensão no ar. Ele notou os primeiros atores caracterizados como fantasmas e criaturas horripilantes que se esgueiravam pelas sombras.
Com passos firmes, ele adentrou os corredores sinuosos da mansão, decorados com teias de aranha falsas e retratos que pareciam seguir seus movimentos. "Bem feito até", pensava enquanto seus olhos varriam o ambiente, absorvendo cada detalhe, enquanto mantinha uma expressão serena no rosto. Um ator encapuzado saltou de um canto escuro, emitindo um grito estridente. O idol não vacilou; sua reação foi um calmo sorriso, como se estivesse assistindo a uma apresentação teatral. Ele admirou a maquiagem detalhada do ator, as sombras habilmente aplicadas para intensificar a atmosfera macabra. Acabou saindo com uma reverência esquisita, dando boa noite ao ator fantasiado e depois gargalhando consigo mesmo pela ação esquisitíssima que acabara de ter.
Continuando sua jornada pelos corredores apertados, o ambiente começou a se transformar. Efeitos especiais criavam ilusões de movimento nas sombras, enquanto luzes intermitentes e sons estranhos preenchiam o ar. Kaito notou o cuidado com que cada cena foi projetada para surpreender e entreter os visitantes. Ao passar por uma sala com paredes que pareciam se fechar, ele manteve a calma. Seu rosto permanecia impassível, apesar da pressão psicológica induzida pelos efeitos visuais e sonoros. "Relaxa, é só efeito especial" pensava "nada vai te machucar". Apesar de parecer duro como um boneco, rígido pela tensão, ele sabia que estava seguro, mas ainda assim apreciava a maestria por trás da criação de uma experiência tão envolvente. Conforme se aproximava do fim da atração, uma cortina de névoa surgiu, criando um ambiente etéreo. Sombras dançavam ao redor dele, e figuras fantasmagóricas emergiam da penumbra. Seus olhos captavam cada movimento, e seu sorriso persistia, uma mistura de admiração e diversão.
Se aproximando da saída da mansão assombrada, Kaito respirou fundo, sentindo a adrenalina diminuir. Ele aplaudiu internamente a equipe por trás da atração e deu um high-five aos managers que o receberam ao sair, reconhecendo o esforço e a criatividade investidos na criação de uma experiência memorável. Para o rapaz, cada susto, cada detalhe, era uma forma de arte que ele apreciava profundamente, mesmo que sua expressão tranquila não revelasse totalmente a excitação que pulsava em seu interior.
⸻ Não é que eu não tenha sentido nenhum medo, é só questão de ponto de vista. ⸻ Explicou às câmeras, provavelmente de algum vlog enquanto se envolvia num casaco pesado pelo frio, cruzando os braços. ⸻ Não sei nem se bati algum recorde, mas... Não importa. Foi divertido pelos sustos. ⸻ Completou com um sorriso, sendo sincero. Sua contagem talvez teria dado pelo menos uma hora ou uma hora e meia dentro do local, mas havia valido a pena e, secretamente, não via a hora de ver o restante dos membros e outros artistas tomando susto dentro da casa.
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apcomplexhq · 1 year ago
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— SUPERSTIÇÕES AO PÉ DA LETRA.
Quando pensamos na crença das pessoas, há aqueles que consideram como um ponto necessário para que o ser humano possa prosseguir com a vida, seja por medo, costume, histórico ou conforto, todos precisam acreditar em alguma coisa. Por muitas vezes, essas questões podem parecer bobas ou sem sentido, mas, para aquele ser em específico, carrega toda a verdade que um dia poderia existir no universo.
E, talvez, sejam esses os motivos que fazem Park Hoo-jae, o dono do mercado, que se localizava no exterior do condomínio e, também, sendo o proprietário e abastecedor das conveniências, crer tanto em superstições. Sexta-feira 13, em pleno mês do horror, essa data estava sendo bem sobrecarregada de energias pessimistas do empreendedor, ao qual se sentiu obrigado a encaminhar um e-mail para nosso tão conhecido grego, a fim de desabafar em relação às complicações que tem envolvido seu dia e solicitar a ajuda do complexo.
“Assunto: Vai, Safadão! Promoções IMPERDÍVEIS para animar o seu dia! De: [email protected] Para: [email protected] [13/10/2023 - 10:55.] Caro Nikos, bom dia. Venho através deste belíssimo e-mail, te fornecer informações valiosas sobre o meu dia. CALMA!!!!1111!1! Perai, não para de ler, eu sei o que você está pensando, “o título do e-mail foi só pra chamar minha atenção” e sim, foi. Consegui? Deu certo né? Se ainda continua lendo, é porquê deu ㅋㅋㅋㅋㅋ continuando, lembra daquele papinho tooodo de que eu & você, você & eu, melhores amigos pra sempre, ninguém solta a mão de ninguém… Preciso descarregar todo esse mal olhado que estão jogando na minha vida!
Hoje, que eu estava totalmente preparado pra lidar com qualquer sinal de onda de azar POSSÍVEL, fui abordado mais cedo por uma velha, velha feeeeeia, caduca, pele enrugada, dentadura saindo da boca, parecia minha bisavó de Busan, a que tem uma loja de antiguidades, sabe? Até pedi bença ㅋㅋㅋㅋㅋ voltando, ela chegou literalmente DO NADA falando que tinha um futuro incrível me esperando, mas pra chegar nele, eu precisaria tomar cuidado com cada passo que dou, pois alguém tem trabalhado muito pro meu mal, foi complicado ouvir isso, até me arrepiei. Contou toda uma história, mas, o problema foi que, no final, ela quis me cobrar W55.000,00 SENDO QEU EU NEM TINHA PEDIDO POR ISSO?!! Neguei, claro e é aí que a jiripoca começou a piar. Tenho certeza que ela jogou algum tipo de feitiço em mim! Tudo começou a dar errado, acabei passando por baixo de uma escada enquanto mexia no celular, no caminho de volta pra casa, no mesmo momento, surgiu um garoto na bicicleta esbarrando em mim, me fazendo soltar e meu celular cair no bueiro que estava destampado 😭😭… No almoço, quando fui levantar pra sair, o saleiro caiu e derramou tudo pela mesa, até tentei correr pra jogar um pouco pelo meu ombro, porque sabe que isso reverte o azar, né? mas não deu, minha blusa enganchou na cadeira e acabei puxando ela junto, caiu, rasgou minha blusa e atraiu a atenção de um monte de gente, fiquei sem saber o que fazer! E AGORA EU ESTOU CHEIO DE AZAR!!!!! Estava rotulando alguns preços produtos do mercado e a máquina simplesmente parou de imprimir as etiquetas, de ruim demais, tentei ligar na loja que eu comprava antes, mas disseram que foram viajar e só voltarão mês que vem, EU NÃO POSSO FICAR UM MÊS SEM PREÇO NOS MEUS PRODUTOS!😭😭😭😭 Mas, ok, até aí TUDO BEM, né? O problema foi que me informaram que algumas conveniências do condomínio estão dando problema com o código de barras, provavelmente é erro do próprio leitor, além disso, algumas encomendas pra reabastecimento do mercado foram canceladas por EXTRAVIO DE MERCADORIA. ATÉ AÍ, TUDO BEM TAMBÉM. O pior vem agora… Nikos… Eu estava andando tranquilamente paranoico pelas ruas de Gangnam… E um pombo… Um pombo defecou em cima da minha cabeça… Estou até agora tentando tirar esse cheiro terrível do meu cabelo, já passei tanto shampoo que perdi as contas. Agora, me diga, me diga que eu não sou o único maluco passando por uma situação tão deprimente como essas? Não é possível que eu seja o único azarado, a mãe natureza me pegou pra acabar com minha vida hoje, só falta eu quebrar um espelho! Dai já seriam mais 7 anos assim na minha vida, isso que não faz tanto tempo desde os meus anos de azar pelo último espelho que eu quebrei. SIM, ESTOU IMPLORANDO PRA VOCÊ ME CONTAR ALGO QUE ME FAÇA SENTIR QUE NÃO SOU O ÚNICO, ASSIM POSSO FICAR MAIS CALMO. CORDIALMENTE E DESESPERADAMENTE (MINHA CAIXA ALTA NÃO ESTÁ MAIS FUNCIONANDO PRA DESATIVAR), PARK HOO-JAE.”
Pftt… É claro que o estrangeiro ficou horas e horas rindo de todo o desabafo do parceiro de negócios e, acima de tudo, amigo. Como alguém poderia atrair tanta coisa negativa dessa forma? Talvez por acreditar tanto assim, a ponto de torná-las reais? Si próprio se desatentar aos detalhes ou ficar ainda mais desastrado do que já é simplesmente por crer nessas superstições? Tinha tantas perguntas, mas, ainda assim, aquilo lhe trouxe uma ideia.
Pensando em acolher, não apenas o dono do mercado, como também todos os moradores que poderiam, em algum momento, sentir-se sozinho nessas fases em que tudo parece dar errado, publicou em sua rede social a tarefa em que consistia nos moradores encaminharem para si, um e-mail, contando alguma situação de superstição, azar, ou, que tenha proporcionado alguma cena embaraçosa, a fim de, em seguida, realizar a exposição de um gigantesco mural de compartilhamento, onde todos poderiam ler os relatos para aprenderem mais sobre seus vizinhos, se identificarem e compreenderem que todos possuem seus dias ruins.
OBSERVAÇÕES OOC!
✦ Essa é uma TASK OBRIGATÓRIA com o prazo para postagem até às 23h59 do dia 25/11; ✦ Vocês deverão postar um selfpara/pov com as hastags #APTASK e #APSELF; ✦ O selfpara pode ser escrito como um flashback ou como um e-mail mesmo, coisa simples, boba, no formato que o amigo do Nikos, senhor Hoo-Jae, fez. Cada player pode decidir o modo que achar melhor; ✦ Aproveitem pra inventar um endereço de e-mail para o seu personagem. Mas calma, ninguém precisa criar nada no gmail não! Inventem mesmo, com o formato "@ ap.com”, apenas para interpretação, coloquem lá no início, como se enviasse mesmo um ao sr. Nikos, sendo um endereço interno de cadastro: Para falar com a portaria, solicitar reparos, mandar reclamações, etc, podendo ser cômico ou não; ✦ A situação para ser descrita pode ter acontecido nesta sexta-feira 13 de outubro, como também pode ocorrer em qualquer outro momento antes ou depois da data inicial da contagem do prazo da task (desde que seja até o dia 25/11); ✦ Damos toda a liberdade para que vocês inventem situações envolvendo a senhora vidente descrita no e-mail, levem como desenvolvimento para o seu personagem, além, também, de poderem criar momentos com os nossos demais NPC’s; ✦ Não precisa ser uma narrativa séria, brinquem o quanto quiserem; ✦ Qualquer dúvida é só nos chamar pela DM ou através de ask!
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tecontos · 2 years ago
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Tomando bem gostoso no cú
By; Regina
Oi, me chamo Regina, tenho 43 anos, fui casada por 20 anos, perdi meu marido na pandemia. Ele sempre foi muito carinhoso e era ótimo na cama, me deixava muito satisfeita e me fazia gozar muito. Sempre achei que ele era bem dotado, pois foi meu primeiro e único homem, até que conheci uma rapaz.
Eu tinha ficado viúva a uns seis meses, quando conheci ele. Sempre fui muito ativa em matéria de sexo, gosto de tudo e se puder repetir, melhor ainda. Já estava sentindo muita falta de um carinho e da presença de um homem na minha cama, foi quando ele me convidou para sairmos.
Eu já conhecia ele a algum tempo e sabia que era um homem bom. Todos falavam muito bem dele, então não tive receios de aceitar o convite.
Na sexta feira a noite ele me pegou na portaria do prédio, entrei no seu carro e notei que ele estava muito satisfeito com minha presença alí. Fomos ao cinema e depois a um restaurante, tudo muito tranquilo e nos comportamos. Tudo estava indo muito bem até voltarmos para o carro.
Assim que entrei ele me deu um beijo tão gostoso que amolecida não consegui resistir e retribuí. Podia sentir sua respiração ofegante e seu desejo parecia fluir do seu corpo.
Eu comecei a sentir um calor que não consegui disfarçar, parecia me consumir por dentro. Pedi então que parasse o carro, peguei seu rosto virando ele pra mim e beijei sua boca outra vez.
Nunca consegui resistir a um bom carinho. Nesse momento ele passou a mão na minha coxa e pude sentir minha buceta babando de desejo. Ele não falou nada apenas conduziu o carro direto pra um motel.
Quando entramos no quarto parecíamos dois animais., nos agarramos literalmente, e começou uma seção de verdadeira loucura. Não sei como foi mais quando me dei conta estava peladinha e ele também.
As mãos corriam por toda parte, quando levei minha mão até seu pau foi uma surpresa. Era enorme, bem maior que o do meu marido, e sempre achei que ele fosse bem dotado, mas aquele alí era um verdadeiro monstro.
Logo não resistindo mais, me abaixei e o coloquei na boca começando a mamar com muito gosto e prazer. Era realmente enorme tinha que segurar com as duas mãos. Depois de um tempo ele me colocou deitada na cama e começou a chupar minha buceta. Não consegui segurar e fui logo gozando na sua boca.
O desejo estava me dominando, não resisti muito tempo e falei:
-Vem! Quero você dentro de mim, vem!.
Então ele se preparou para me penetrar, apontou aquele monumento bem na portinha e começou a forçar sua entrada, quando a cabeça entrou foi uma satisfação.
Podia sentir minha buceta se abrindo toda de tão grande e grosso que é. A cada estocada era mais um pedaço que entrava, logo estava todinho dentro de mim e comecei a gozar sem parar, nunca tinha gozado tanto em tão pouco tempo.
Ficamos assim por muito tempo até que pedi que ele metesse por trás, pois é a posição que gosto mais, me sinto uma verdadeira cadela sendo possuída assim. Logo estava de quatro e ele socava fundo na minha buceta. Podia sentir seu pauzao entrando e saindo a todo momento me arreganhando toda, estava tão gostoso que eu não queria parar, eu queria tudo e muito.
Comecei a rebolar naquele pauzao gostoso fazendo ele gemer de prazer, sabia que ele não ia resistir por muito tempo então fiz um pedido:
-Agora quero você no meu rabinho. Quero que goze dentro dele!
Na hora ele tirou da minha buceta e começou a chupar meu rabinho para lubrificar, estava uma delícia sentir sua língua no meu rabinho. Logo apontou seu pauzao na entrada e começou a forçar sua entrada.
Quando a cabeça entrou senti uma dorzinha incomoda e vi que não seria fácil recebê-lo alí, então pedi que fosse com calma, e ele o fez.
Aos poucos foi entrando e estourando o restante das minhas pregas, quando senti que estava todo dentro comecei a dar pequenas reboladas para poder acomodado melhor, logo ele começou no vai e vem acabando de arreganhar meu rabinho. Estava tão gostoso que tive múltiplos orgasmos e minhas pernas começaram a tremer. Logo senti seu leite quente inundando meu rabinho e podia sentir ele pulsando.
Dei umas reboladas mais forte deixando ele doido de prazer. Quando ele tirou pude sentir seu leite escorrendo por minhas pernas e pensei…”meu rabinho está todo aberto!”
Deitei do seu lado de conchinha e cochilando um pouco. Logo tomamos um banho e voltamos para a cama e recomeçamos fazendo tudo outra vez. Desse dia em diante passei a ser sua mulherzinha, adoro aquele pauzao e deixo ele fazer de mim o que quiser.
Enviado ao Te Contos por Regina
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klimtjardin · 1 year ago
Note
será q posso tentar tbm?
bom...
isa, gosta de falar, sempre gostou. gosta de escutar música, escrever e abraços. ela ama dançar, ama sua família e ama fazer os outros rirem. as vezes ela pensa que talvez essa seja sua vocação? provocar risadas. seu amor pelos sorrisos alheios começou na infância, quando ela fazia sua mãe gargalhar com suas palhaçadas e seu coração ficava quentinho ao escutá-las. seu pai também têm influência por essa paixão, um pateta nato.
((tenho orgulho de ser a 'amiga' engraçada do meu grupinho de amigo
mas apesar de as vezes se questionar, ela sabe que nasceu para trabalhar com os animais. sempre foi assim, seu amor verdadeiro são os animais... na verdade sua alma gêmea é uma gatinha, chamada Jean:)
isa, atualmente, é mais calma, e aprendeu a filtrar suas palavras, mas ela já foi uma borboleta social sem papas na língua... o tempo e as vivências ensinam coisas valiosas as vezes. mesmo que de forma difícil...
ela tem dificuldade de conversar sobre seus problemas, nunca sente que deve compartilhar eles, pq as outras pessoas tem problemas maiores pra se preocuparem. e vai parecer surpresa pra vocês, mas ela é a irmã mais nova, a caçula da família.
nunca se sentiu verdadeiramente apoiada em nada, não confia muito em si mesma.
não gosta de sair de casa, não tem muitos amigos e é muito presa a família... sua mãe é a pessoa que ela mais ama em todo o mundo, sua verdadeira melhor amiga, ama beber junto com ela e falar mal de todos.
tem dificuldades em manter relacionamentos. gosta da sensação do palavrão saindo de sua boca. tem uma dicção horrível. gostou da mesma pessoa por quase 6 anos.
tem sangue frio pra algumas coisas...
mas é mais de encher o saco por coisas trivias do que querer arranjar briga por coisas sérias, e não costuma chorar em frente de outra pessoa, as vezes as pessoas abusam um pouco e jogam tudo pra cima dela como se ela tivesse que aguentar tudo sorrindo, como se ela também não estivesse machucada.
é a neta favorita da sua vó favorita;)
isa, não acredita que é feliz, mas sabe que houve muitos momentos de sua vida no qual ela esteve feliz, e é profundamente grata por todos eles.
eu acho q escrevi muito, mas ao mesmo tempo acho q foi tão mal feito😭😭😭😭 oq vc acha?☺️
Acho que deu pra captar bem o que você quis trazer!
Você foi escrita pelo Chenle! Como alguém quem ele queria ouvir e fazer amizade.
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pequenagarotaaleatoria · 2 years ago
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Todos dias antes dormir eu simplesmente me encolho até conseguir me acalmar, nem sempre resolve, aperto a almofada cada vez mais perto, e nada. Meu coração bate cada vez mais rápido e mais forte, e eu começo a simplesmente me tremer e meus dentes pressionando um com outro. Um medo toma conta de mim que nem eu mesma sei exatamente o porquê, apenas está ali.
A noite passa, e vejo meu quarto clareando aos poucos...
E quando eu consigo dormir, e acordor, até levantar é isso tudo de novo.
Palpitação, tremedeira, as vezes vontade chorar, me perguntando se realmente preciso levantar da cama, e o coração quase saindo pela boca.
Tento respirar com calma, mas nem sempre resolve.
Tento me manter calma, tbm não resolve
As vzs levanto e vou beber água, mas tbm nem sempre resolve
Um cigarro as vzs tbm não resolve.
As vezes parece a única opção é deixar acontecer, deixar doer, bater, e aí vai parar, eu simplesmente tenho tentar me acostumar, pq simplesmente virou uma frequência, inclusive uma frequência não curti muito, sinto cada dia eu vou indo aos poucos, cada dia um pequeno pedaço se vai.
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nota-de-rodape · 1 month ago
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Bença
Deus te abençoe. Deus te proteja. Deus te faça feliz.
Desde que me entendo por gente, minha avó paterna diz essas três frases toda vez que vou me despedir e peço sua benção.
Quando eu era ainda bem pequena, minha avó materna foi diagnosticada com Alzheimer, o que me roubou anos de convivência e momentos com ela. Então, naturalmente, minha referência de o que é ser neta veio de Dona Ana.
Tardes com meus primos, sonecas na sua cama que eu ainda sinto o cheiro do travesseiro na ponta do nariz, carambolas colhidas do pé, seu corpo esguio no portão vendo a gente soltar pipa na rua. Tudo foi com ela.
Quinze dias atrás fui em sua casa pedir que ela escrevesse sua benção num papel para que eu e uma prima pudéssemos tatuar. A sua dificuldade em lembrar das letras e da junção delas em palavras me fez estremecer. Logo ela, professora... A fragilidade da sua velhice me acertou em cheio. “Não sinto dor em nenhum lugar, mas minha cabeça está muito ruim, minha filha”, ela me diz, toda vez que a vejo.
Hoje, saindo do estúdio de tatuagem, decidimos ir até sua casa para que pudéssemos mostrar nossa homenagem. Ela acha tatuagem uma coisa muito desnecessária, então já sei que ela não vai ter grandes reações. Chegamos e ela demora a abrir a porta. Vejo a maçaneta girar uma, duas, três vezes. Sei que ela está agoniada e também sei, embora não veja, que minha tia que mora com ela está pacientemente esperando ela lembrar de como destranca. De novo sou acertada pelos sinais de um tempo impiedoso.
Quando finalmente consegue destrancar, a porta de madeira revela seu rosto emoldurado por um diadema preto, algo muito característico da sua identidade visual. Ela usa uma blusa rosa e saia cinza e abre um sorriso enorme assim que nos vê. Eu sempre me pergunto qual a sensação de ver seus netos adultos, quando eles vêm visitar sem os pais. Fico pensando como é saber que você continua vivendo através de tantas pessoas. Mas tenho certeza de que minha avó jamais pensou nisso, porque ela é simples demais para ter essa vaidade.
“Minha filha, nunca pensei que chegaria a essa idade”, ela diz em um dado momento que estou no sofá, com as mãos em cima das suas, depois de me contar repetidamente que anda esquecida. Se eu perguntar, eu sei que ela não lembra meu nome, nem de qual filho seu sou filha. Mas eu vejo em seus olhos que ela sabe quem eu sou. Sem rótulos, há algo ali que faz ela saber quem eu sou. Será que é isso que chamam de alma, então? Essa essência que vence o tempo? Pergunto-me num segundo.  
Volto minha atenção perdida momentaneamente quando ouço ela dizer “eu estou com 88, mas me sinto bem, não sinto dor, acho que consigo sim chegar aos 90”. Não gosto dessa conversa. Olho em volta, minha tia e minha prima mudam o semblante. Não gosto mesmo dessa conversa. Sei que nunca estarei pronta para me despedir. Sei que isso vai devastar minha família. Afasto o pensamento e aperto sua mão de novo, não sei o que dizer, então digo “não se preocupa com isso vó, vamos um dia de cada vez”. Ela me olha com calma e acena, concordando.
Tenho vontade de dizer que ela esteve inteira em toda a sua vida, inclusive agora, experimentando essa angústia. Perceber que não lembra, experienciar em seu âmago as informações se misturarem, como se seu HD estivesse cheio demais do tanto que ela viveu. Muita gente não passa por isso, apenas esquece e se torna inconsciente. Mas ela está plenamente consciente, ela está vendo a vida ir se esvaindo. Deve ser uma experiência aterrorizante, mas que a proporciona uma completude e presença que poucos tem acesso.
Mas então eu lembro que ela sabe quem eu sou. Ela fala do meu avô, que morreu 10 anos atrás, me fazendo pensar em como o amor deixa uma impressão permanente em nós, como a tatuagem que eu fiz. Me conta da hidroginástica, da cachorrinha do meu tio, de um casamento que foi na semana passada. Porque a vida é essa flor bonita que nasce no asfalto. Que insiste, insiste e insiste. E minha avó tem uma rede de apoio que vai regar essa flor até o último momento, porque, na verdade, ela que plantou essa semente lá atrás.
Mostramos a tatuagem e, como imaginamos, ela não se empolga muito. Vejo passar pela cabeça dela uma frase que ela me disse outras vezes “por que vocês ficam se riscando?”.  Falo “lembra, vó, que a senhora escreveu?”, ela demora e sorri dizendo “sim, lembro, é isso o que eu sempre desejo pra vocês, minha filha”. Precisamos ir embora, está tarde e ela está com sono, mas não estou pronta para me despedir. Quero ficar um pouco mais. Quero que ela fique muito mais.
A abraço apertado, me curvando um pouco pela nossa diferença de altura, dou um beijo estalado na sua bochecha, sinto o cheiro do seu cabelo. “te amo, vó, bença”, eu digo só para ela ouvir.
E, sabendo quem eu sou e exatamente o que dizer, ela diz. Sem esquecer, ela diz.
Também te amo muito, muito. Deus te abençoe, Deus te proteja, Deus te faça feliz.
-AQ
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marianeaparecidareis · 1 month ago
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ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA.
“Recolhendo os braços sobre o peito, abaixando as pálpebras sobre os doces olhos, fúlgidos de amor, [Maria] diz a João que está curvo sobre ela:
- Eu estou em Deus. E Deus está em mim. Enquanto Eu O contemplo e sinto Seu abraço, diz os Salmos e as outras páginas da Escritura que se referem a Mim, especialmente nesta hora.
..........
E [João] finalmente entoa o ‘Magnificat’. Mas ao chegar ao nono versículo percebe que Maria não está respirando mais, mesmo tendo ficado em sua posição natural e com as mesmas feições, sorridente, calma, como se não se tivesse dado conta de que chegara ao fim de sua vida”.
GLORIOSA ASSUNÇÃO DE MARIA SANTÍSSIMA.
8 de dezembro de 1951.
Quantos dias se passaram? É difícil definir com segurança. A julgar pelas flores que fazem uma coroa ao redor do corpo exangue, poderia se dizer que se passaram poucas horas. Mas a julgar dos ramos de oliveira sobre os quais foram colocadas as flores, ramos com folhas já murchas, e pelas outras flores secas, apoiadas como relíquias sobre a tampa do baú, dá para concluir que já se passaram muitos dias.
Mas o corpo de Maria está como se Ela tivesse acabado de expirar. Nenhum sinal de morte há em seu rosto nem em suas pequenas mãos. Nenhum cheiro desagradável se sente no quarto. Pelo contrário, paira no ar o cheiro de um perfume desconhecido, que parece de incenso, de lírios, de rosas, de lírios do vale e de ervas das montanhas, tudo misturado.
João, que talvez já esteja velando há uns quatro dias, pegou no sono, vencido pelo cansaço. Ele está sentado no escabelo, com as costas apoiadas na parede, perto da porta aberta que dá para o terraço. A luz da candeia, que está posta no chão, o ilumina de alto a baixo, e permite que se veja o seu rosto cansado, muito pálido, exceto ao redor dos olhos, que estão avermelhados pelo choro.
O alvorecer já deve ter começado, porque uma fraca claridade já torna visíveis o terraço e as oliveiras que rodeiam a casa, uma claridade que vai se tornando sempre mais forte, e que, penetrando pela porta, torna sempre mais nítidos os objetos do quarto, aqueles que eram vistos com dificuldade por estarem longe da pequena candeia.
De repente, uma grande luz inunda o quarto, uma luz prateada, mesclada de azul, quase fosforescente, e que cresce cada vez mais, anulando a luz da aurora e a da candeia. É uma luz igual àquela que inundou a gruta de Belém no momento da Natividade divina. Depois, nessa luz paradisíaca, evidenciam se algumas criaturas angélicas, luz ainda mais esplêndida na luz já tão potente que apareceu antes. Como aconteceu quando os anjos apareceram aos pastores, uma dança de centelhas de todas as cores emana das asas deles, que se movem docemente, das quais vem uma espécie de murmúrio harmônico, harpejado, doce.
As criaturas angélicas se dispõem em círculo, ao redor da pequena cama, curvam se diante dela, levantam o corpo imóvel e, com um forte bater de asas, que aumenta o som que já se ouvia antes, vão embora por uma passagem que se abriu prodigiosa no telhado, como também prodigiosamente se tinha aberto o Sepulcro de Jesus; e lá se vão eles, levando consigo o corpo de sua Rainha, santíssimo, é verdade, mas não ainda glorificado e por isso ainda sujeito às leis da matéria, sujeição essa à qual não estava mais sujeito o Cristo, porque Ele já estava glorificado quando ressurgiu dos mortos. O som produzido pelas asas angélicas aumenta, e agora já está tão forte como o som de um órgão.
João — que, mesmo continuando adormecido, já havia se mexido duas ou três vezes no seu escabelo, como se fosse perturbado pela grande luz e pelo som das asas angélicas — desperta totalmente por aquele som potente e por uma forte corrente de ar que, descendo do teto aberto e saindo pela porta aberta, forma uma espécie de redemoinho que agita as cobertas da cama agora vazia e as vestes de João, apagando a candeia e fechando a porta aberta com uma forte batida.
O apóstolo olha ao redor de si, ainda um pouco sonolento para perceber o que está acontecendo. Aí ele vê que o leito está vazio. E logo intui que um prodígio aconteceu. Corre para fora por sobre o terraço e, como por um instinto espiritual ou por um chamado celeste, ele levanta a cabeça, fazendo um anteparo com a mão para poder olhar sem ter o obstáculo que vem do sol nascente sobre os seus olhos.
E vê. Vê o corpo de Maria, ainda sem vida e em tudo igual a uma pessoa adormecida, subindo cada vez mais para o alto, sustentado pela escolta celestial. Como para dar uma última saudação, uma borda do manto e do véu se movem, talvez por causa do vento suscitado pela rápida assunção e pelo movimento das asas angélicas, e das flores, aquelas que João havia colocado e renovado ao redor do corpo de Maria e que certamente ficaram entre as pregas de sua veste, e que agora caem no terraço e na terra do Getsêmani, enquanto o hosana potente cantado pela escolta celestial se torna cada vez mais distante e, portanto, mais leve.
João continua a olhar fixamente para aquele corpo que vai subindo para o Céu e, certamente, por um prodígio a ele concedido por Deus, para consolá-lo e premiá-lo por seu amor à Mãe adotiva, ele vê, distintamente, que Maria, envolta agora pelos raios do Sol que já surgiu, sai daquele êxtase que lhe havia separado a alma do corpo, volta à vida, põe se de pé, porque agora ela também já goza dos dons que são próprios dos corpos já glorificados.
João olha, olha. O milagre que Deus lhe concedeu, dá lhe o poder, contra todas as a leis naturais, de ver Maria como Ela está agora enquanto vai subindo, arrebatada, para os Céus, rodeada pelos anjos que cantam hosanas, mas não mais ajudada por eles a subir. E João também está agora arrebatado por aquela visão de beleza, que nenhuma pessoa humana, nenhuma palavra, nenhuma obra de artista poderá nunca descrever ou reproduzir, porque é de uma beleza indescritível.
João, estando sempre apoiado na mureta do terraço, continua a olhar para aquela esplêndida e esplendente forma — pois realmente se pode dizer assim de Maria, formada de um modo único por Deus, que quis que Ela fosse imaculada para que assim pudesse ser uma habitação para o Verbo Encarnado — que sobe sempre mais para o alto. E um último e supremo prodígio Deus Amor concede a este que lhe tem o perfeito amor: o de ver o encontro da Mãe Santíssima com seu Santíssimo Filho, que, sendo Ele também esplêndido e esplendente, belo de uma beleza indescritível, desce do Céu, chega até sua Mãe e a aperta ao coração; e juntos, mais fulgentes do que os dois astros maiores, volta com Ela para o lugar de onde tinha vindo.
A visão de João termina. Ele abaixa a cabeça. No seu semblante cansado estão presentes a dor pela perda de Maria e a alegria pela sua sorte gloriosa. Mas a alegria supera a dor.
E ele diz: – Eu te agradeço, meu Deus! Obrigado! Eu bem que pressentia que isto teria de acontecer. E queria velar, a fim de não perder nenhum dos episódios de sua Assunção. Mas já havia três dias que eu não dormia! O sono, o cansaço, unidos à pena, me abateram e venceram, e isso justamente quando a Assunção já estava iminente… Mas talvez Tu mesmo o tenhas querido assim, ó Deus, para que eu não me perturbasse naquele momento e não sofresse demais… Sim. Certamente Tu o quiseste, como agora quiseste que eu visse o que eu não teria podido ver sem um milagre teu. Tu me concedeste vê la ainda, ainda que tão longínqua, mas já glorificada e gloriosa, como se estivesse perto de mim. E tornar a ver Jesus! Oh! Visão felicíssima, improvisa e inesperada! Ó dom dos dons de Jesus Deus ao seu João! Graça suprema!!Tornar a ver o meu Mestre e Senhor. E vê lo perto da Mãe! Ele semelhante ao sol e Ela, à lua, esplendidíssimos os dois, e gloriosos e felizes por estarem reunidos para sempre! Como será o Paraíso agora que vós ali resplandeceis, Vós, os astros maiores da Jerusalém celeste? Qual não será a alegria dos coros angélicos e dos santos? E é tal a alegria que eu tive ao ver a Mãe com o Filho, algo que anula todos os sofrimentos deles, a tal ponto que os meus também cessam e em mim penetra a paz. Dos três milagres que eu havia pedido a Deus, dois já foram feitos. Eu vi voltar a vida a Maria, e sinto a paz voltar a mim. Toda a minha angústia cessa porque eu vos vi reunidos na glória. Obrigado por isso, ó Deus.
E obrigado por ter me permitido, mesmo para uma criatura, santíssima mas sempre humana, de ver qual é a sorte dos santos, como será depois do último julgamento, e a ressurreição da carne, e a sua recomposição, a sua fusão com o espírito, que subiu ao Céu na hora da morte. Eu não precisava ver para crer. Porque eu sempre acreditei firmemente em cada palavra do Mestre. Mas muitos duvidarão que, depois de séculos e milênios, a carne, que virou pó, possa voltar a ser um corpo vivente. A estes eu posso dizer, jurando sobre o que há de mais excelso, que não só Cristo voltou a viver, pelo seu próprio poder divino, mas que também a sua Mãe, três dias depois de morta, se morte pode se chamar a sua morte, retomou a vida, e com a carne reunida à sua alma Ela foi para a morada eterna no Céu, ao lado do Filho. Poderei dizer: ‘Acreditai, ó cristãos todos, na ressurreição da carne, no final dos séculos, e na vida eterna, da alma e do corpo, vida beata para os santos, horrenda para os culpados impenitentes. Crede e vivei como santos, como viveram JESUS e MARIA, para ter a mesma sorte que a deles. Eu vi os corpos Deles subirem ao Céu. Isso eu vos posso testemunhar. Vivei como justos para poder, um dia, estar no novo mundo eterno, de alma e corpo, junto a JESUS SOL e junto a MARIA, Estrela de todas as estrelas’. Obrigada ainda, meu Deus!
E agora vamos recolher o que resta Dela.
As flores que caíram de suas vestes, os ramos de oliveira que ficaram em seu leito, e os conservemos. Irão servir… Sim, irão servir para ajudar e consolar os meus irmãos, em vão esperados. Um dia ou outro eu os tornarei a ver… –
Recolhe também as pétalas de flores desfolhadas ao cair, entra no quarto, mantendo as numa dobra da veste.
Então, ele nota a abertura do teto e exclama: – Um outro prodígio! E uma outra admirável proporção nos prodígios da vida de JESUS e de MARIA! Ele, Deus, ressurgiu por Si, e com a sua vontade derrubou a pedra do Sepulcro, e só com o seu poder subiu ao Céu. POR SI SÓ. MARIA, Santíssima mas filha do homem, com a ajuda dos anjos teve uma brecha aberta para a sua assunção ao Céu. E, sempre com a ajuda dos anjos, foi assunta para lá. Em Cristo, o Espírito voltou a animar o Corpo enquanto este estava ainda na Terra, porque assim devia ser, para silenciar os inimigos e para confirmar na fé todos os seus seguidores. Em MARIA, o Espírito voltou quando o Corpo santíssimo estava já nas soleiras do Paraíso, porque para Ela não era necessário mais nada. Potência perfeita da infinita Sabedoria de Deus!… –
João, agora, está recolhendo em um lençol as flores e os ramos que ficaram sobre a cama; Une a eles os que recolheu fora e os põe todos eles na tampa do baú. Depois abre o e coloca ali o travesseiro de MARIA, a colcha da cama; desce até a cozinha, recolhe os objetos usados por Ela — o fuso e a roca, as suas louças — e junta as às outras coisas.
Fecha o baú e se senta no escabelo, exclamando: – Agora tudo está feito também para mim! Agora posso ir, livremente, lá onde o Espírito de Deus me conduzir. Ir! Semear a divina Palavra que o Mestre me deu para que eu a dê aos homens. Ensinar o Amor. Ensiná lo para que creiam no Amor e na sua potência. Fazer com que eles conheçam o que Deus Amor fez pelos homens. O seu Sacrifício e o seu Sacramento e Rito perpétuos, pelos quais, até o fim dos séculos, nós poderemos estar unidos a JESUS CRISTO pela Eucaristia e renovar o rito e o sacrifício como Ele mandou fazer. São dons do Amor perfeito! Fazer com que o Amor seja amado, para que creiam Nele como nós acreditamos e cremos. Semear o Amor para que a messe e a pesca sejam abundantes para o Senhor. O amor obtém tudo, disse me MARIA no seu último discurso, a mim, que Ela justamente definiu, no Colégio Apostólico, como aquele que ama, o amoroso por excelência, a antítese de Iscariotes que foi o ódio, como Pedro foi a impetuosidade e André a mansidão, os filhos de Alfeu a santidade e a sabedoria unida à nobreza dos modos, e assim por diante. Eu, o amoroso, agora que não tenho mais o Mestre nem a Mãe para amar na terra, irei para espalhar o amor entre os povos. O amor será a minha arma e doutrina. E com ele vencerei o demônio, o paganismo, e conquistarei muitas almas. Assim, continuarei JESUS e MARIA, que foram o amor perfeito na terra.
O EVANGELHO COMO ME FOI REVELADO - MARIA VALTORTA.
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