#lavação

[tedio-com-p]

Aquele choro adulto nos intervalos entre a lavação de roupa e a de pratos

[fefernis-escritoura]

Chamava ela de besta, mas de forma carinhosa. Sempre de forma carinhosa, eu nunca seria agressiva com o amor da minha vida.

— Eu tenho uma proposta — ela me falou.

— Diga, besta — retruquei. Eu lavava os pratos na hora, então não vi o sorriso safado que provavelmente devia estar estampado no rosto dela.

— Vamo casar.

Eu larguei a lavação e me virei. Ela estava de joelhos no sofá, o corpo projetado para frente, quase saltando o encosto; os olhos brilhando como duas pérolas negras.

— Enlouqueceu? — perguntei.

— De amor — ela respondeu com ternura.

Precisei me segurar para não me derreter ali mesmo.

— Casar? — Eu sentia minhas palpitações acelerando e uma coceira muito profunda na linha do ventre, o tal do tesão apaixonado. Por fora eu estava neutra, meio indiferente. — Não sei pra quê.

— Pra gente viver juntas pra sempre, ora.

— Precisa casar pra isso?

— Ah precisa! — ela falou séria.

— Não sei, a gente tá junto faz tempo e não é casada.

— Não uma com a outra…

Por que isso fez aumentar meu fogo? Ah sim, foi assim que a gente veio parar aqui para início de conversa.

— Por isso mesmo, seu marido ia achar estranho e tenho quase certeza que a minha esposa também não ia gostar nada disso.

— A gente não precisa convidar eles.

— Seria falta de educação.

— Nada, eles são bem grandinho, iam entender.

Relaxei meu corpo apoiado na pia e deixei escapar uma risada. Eu podia mover a realidade toda por ela.

— Vamos então — respondi enfim.

Com um sorriso enorme, ela pulou do sofá e correu para os meus braços, enchendo-me de beijos por todo meu rosto. Não fugi de nenhum, deixei meu corpo ser preenchido por todo aquele amor. Depois de algum tempo entrelaçada no calor dela, deixando nossos desejos se misturarem, segurei sua mão e a levei para fora.

No nosso quintal já estava tudo pronto: o portal de madeira adornado por rosas, a mesa para o cerimonialista com três velas — duas acesas —, as cadeiras brancas ao redor e o tapete florido por onde entraríamos. Do outro lado dos muros que nos cercavam, vi de relance que passavam os tanques de guerra, recolhendo os corpos remanescentes. A fumaça lá de fora também quase invadia nosso lugarzinho, mas eu não permitia.

— Esse é o dia mais feliz da minha vida toda — ela disse, colocando na cabeça um véu longo, preso por uma coroa de flores silvestres que ela mesma tinha colhido.

— É o meu também — sussurrei, apertando forte sua mão.

Eu atravessei a passarela primeiro. Acho que eu estava com um vestido rosa claro e longo, admito que esqueci e os eventos que se seguem explicarão o porquê. Coloquei-me logo abaixo do arco de nosso improvisado altar e esperei ansiosa pela entrada dela.

Talvez, se eu não estivesse tão nervosa, teria ouvido o som da marcha nupcial misturada com o som dos mísseis, mas minha atenção foi toda sugada pela imagem da minha amada. Ela entrou, o sorriso de orelha a orelha, os passos lentos e coreografados. Nas mãos, um buquê maior do que sua coroa e com flores que expunham seus ramos, denunciando a forma agressiva e repentina na qual haviam sido arrancadas nesses últimos minutos. Ela foi olhando de um lado para o outro — os convidados todos imaginários, já que nossos amigos estavam mortos — e quando se aproximou, virou o rosto com os olhos fechados, acho que recebia o beijo do pai. Em resposta, abaixei a cabeça, aceitando a bênção dele.

Segurei a mão dela e a conduzi aos últimos passos para debaixo do portal. Fizemos a cerimônia com o que lembrávamos, fazia muito tempo desde que tínhamos assistido a um casamento — ou que tivemos nossos próprios. Só me lembro de terminarmos acendendo juntas a terceira vela e dando um beijo tão longo que as coisas esquentaram na mesma hora.

Minhas roupas já não estavam mais comigo e nem as dela — mantive a coroa e o véu, porém, porque gostava de como ficavam nela. Possuímos uma a outra ali mesmo, sob o arco onde prometemos nosso amor eterno. Eu a ouvia gemer junto dos rangidos da atmosfera, sentia seu corpo tremer sobre meus dedos junto do tremor da terra, e engolia o suor de sua nuca com a chuva mais ácida que já havia sentido. Quando atingi o ponto alto do orgasmo, encarei o céu vermelho e o meteoro que vinha em nossa direção.

— O que eu não faço por você, besta…

Respirei fundo e olhei uma última vez para o rosto dela, dando sua gostosa gargalhada, antes de sumir com o resto da existência.

- fernis

[decentreseacher]

Fragilidade Humana: Reflexões sobre Ilhados com a Sogra

A segunda temporada de Ilhados com a Sogra nos oferece muito mais do que entretenimento. Em um cenário paradisíaco, onde genros e noras competem ao lado de suas sogras em busca de um prêmio em dinheiro, o programa vai além das provas e desafios físicos. Ele expõe, de maneira crua e reveladora, a complexidade dos relacionamentos humanos e as tensões emocionais que tantas vezes carregamos em silêncio. O que poderia ser apenas uma disputa pelo prêmio torna-se um espaço de terapia involuntária, em que a convivência e as dinâmicas de grupo intensificam os dramas pessoais, criando um verdadeiro microcosmo da sociedade brasileira.

Durante as provas e atividades propostas, não são apenas as habilidades físicas que são colocadas à prova. Ilhados com a Sogra é um palco para a “lavação de roupa suja”, onde mágoas há muito reprimidas e ressentimentos acumulados vêm à tona. Essas interações nos lembram que, em uma sociedade como a nossa, muitas relações estão sufocadas por um silêncio corrosivo. A ilha funciona como um catalisador para esses conflitos, permitindo que as emoções explodam e, ao mesmo tempo, criando oportunidades para a reconciliação.

O programa é um espelho da nossa realidade social, expondo como ressentimentos e sentimentos negativos podem desmoronar estruturas familiares e sociais. Em um Brasil onde muitas vezes nos calamos diante das tensões, a ilha força seus participantes – e, por extensão, o público – a encarar o peso dessas emoções reprimidas. À medida que vemos genros, noras e sogras se enfrentarem em momentos de grande vulnerabilidade, percebemos que a fragilidade não é apenas individual, mas também coletiva.

Esse desmoronamento de relações familiares diante das câmeras não é apenas doloroso de assistir, mas incrivelmente humano. O programa revela como as relações são delicadas e como a convivência intensificada pode tanto desgastá-las quanto fortalecê-las. Quando um participante encontra coragem para expor suas inseguranças ou oferecer um pedido de perdão, o impacto emocional transcende a tela, mostrando que, mesmo na fragilidade, há espaço para crescimento e reconexão.

No fundo, Ilhados com a Sogra nos lembra que ninguém está imune às dores e desafios dos relacionamentos. Seja na ilha ou no cotidiano, as mágoas guardadas por anos não desaparecem sozinhas; elas exigem coragem para serem confrontadas. O reality reflete uma sociedade brasileira que vive sufocada em silêncios, mostrando que, para que esses silêncios se transformem em diálogos, precisamos primeiro admitir nossa própria vulnerabilidade.

Mais do que um reality show, Ilhados com a Sogra é uma metáfora para o Brasil contemporâneo: um país onde os laços familiares e sociais são frequentemente marcados por tensões, mas onde também reside uma incrível capacidade de reconciliação e resiliência. Assim como na ilha, nossa sobrevivência como indivíduos e como sociedade depende da disposição de enfrentar as feridas, reconhecê-las e, acima de tudo, tentar curá-las.

No final das contas, a verdadeira vitória não está no prêmio em dinheiro, mas na coragem de transformar fragilidades em força, silêncios em palavras e conflitos em entendimento.

[gazetadoleste]

Lula fica irritado com brigas no PT e cobra freio de arrumação para disputa de 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a interlocutores, segundo informações da Coluna do Estadão, do jornal Estado de São Paulo, que está preocupado com a “lavação de roupa suja” no PT e o futuro do partido, como no atrito recente entre Gleisi Hoffman e Alexandre Padilha. O receio é de que esse estica e puxa tenha impacto na construção de uma nova fisionomia da sigla, mais ao centro, para…

[schoje]

Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom Com as altas temperaturas e tendência de alto consumo, a Casan orienta uso consciente da água na cidade de Xanxerê. Uma das principais orientações é evitar a lavação de calçadas com água tratada, para que seja priorizada em atividades de higiene e alimentação. Como o chuveiro é um dos equipamentos com maior consumo de água (cerca de 75% da água é gasta nos banheiros), a orientação é tomar banhos breves. A Companhia também alerta para a importância de que os imóveis tenham a sua caixa d´água, fundamental para garantir o abastecimento nos momentos de redução no abastecimento, como o conserto de redes. A orientação da Casan, assim como da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), é de instalação de caixa d´água suficiente para 24 horas de consumo pelos usuários na edificação. Como o consumo médio em Santa Catarina é estimado em 153 litros/dia/pessoa, para residências de cinco a seis usuários, por exemplo, o indicado é o reservatório ter pelo menos 1.000 litros. A caixa d’água tem duas finalidades básicas. A primeira é garantir a continuidade do abastecimento quando há interrupções no fornecimento pela Casan. A outra é diminuir a pressão de água que entra no imóvel, evitando sobrecargas nas tubulações internas e proporcionando um uso mais econômico.  Dicas de boas práticas para uso da água Não lave calçadas, telhados e pátios com água tratada Evite lavar o carro com mangueira Priorize banhos breves Não use o vaso sanitário como lixeira, exigindo várias descargas Mantenha a torneira fechada ao fazer a barba e ao escovar os dentes Utilize a máquina de lavar louças e roupa somente quando estiverem em sua capacidade total Clique no folder para ampliar Fonte: Governo SC

[empregosnobrasil]

Descrição da vaga:

Vagas de emprego Auxiliar de Limpeza (Lavação)

Queremos pessoas que amem trabalhar com amor e dedicação e que entendam que cada detalhe faz toda a diferença. Nós somos perfeccionistas, idealistas e inovadores, buscando sempre o melhor. Como auxiliar de limpeza você será responsável por nos ajudar a manter um ambiente limpo e organizado. Se você possui essas características, venha fazer parte do nosso time!

Responsabilidades e atribuições

Recolher utensílios no laboratório para efetuar a lavagem;

Lavar utensílios e equipamentos do laboratório com detergente neutro e alvejantes e sanitizar com álcool, conforme normas internas;

Colocar secar nas secadoras;

Guardar em locar apropriado, visando manter os materiais limpos e organizados;

Manter estoque de utensílios e equipamentos limpos e secos;

Efetuar a limpeza de pias, paredes e equipamentos do setor;

Cumprir as normas internas e de segurança e higiene no trabalho.

Requisitos e qualificações

Ensino fundamental;

Experiência anterior em limpeza.

Informações adicionais

Benefícios

Vale-Alimentação ou Refeição (sem desconto de 20%);

Vale-Transporte ou Vale combustível (sem desconto de 6%);

Plano de Saúde Unimed (mensalidade coberta pela empresa);

Plano Odontológico Uniodonto;

Bônus de Merecimento;

Seguro de Vida;

Desconto em nossos produtos (Essentia Pharma, Essential Nutrition e Noorskin);

Rede de descontos em lojas, restaurantes e academias;

Presente de final de ano;

Área de confraternização com churrasqueira;

Sala de meditação;

Sala de descanso;

Programa de promoção à saúde com atendimento médico e pediátrico;

Programa de promoção à qualidade de vida com terapeutas, coachings e psicólogos, incluindo técnicas de mindfulness, wellness e manejo do estresse;

Projeto Be Generous – suplementação para as colaboradoras durante a gestação;

Ginástica laboral;

Convênio com faculdades, cursos de idiomas e escolas educação infantil;

Bolsa de Auxílio Educação de até 50% do valor do curso;

Curso de Desenvolvimento da Inteligência Emocional;

Cursos de capacitação profissional;

Produtos da linha Essential Nutrition disponíveis nos refeitórios;

Estacionamento gratuito;

Ambiente de trabalho acolhedor – Cultura Essentia.

Nascida em 2004, a Essentia Pharma é a primeira empresa do Essentia Group. Uma farmácia de manipulação idealizada para levar mais qualidade de vida para as pessoas e promover o bem-estar. Nos especializamos na medicina preventiva, ortomolecular e nutrologia. Somos referência na produção de hormônios transdérmicos e reconhecidos pelas soluções no tratamento de pacientes autistas.

A partir da expertise farmacêutica e com o sonho de propagar ainda mais o desejo de bem, surge a Essential Nutrition focada em nutrição funcional. Nossos produtos refletem a nossa essência. Em cada um deles estão os benefícios e desejos reais que queremos oferecer.

Em 2019, devido a nossa paixão por tecnologia criamos a Essentia Technologies, onde buscamos novas soluções voltadas para a área da saúde. Atualmente, nosso principal produto é o Easy Health, um software voltado para o gerenciamento de clínicas, que busca melhorar a experiência do médico e seus pacientes.

Lançada em Junho de 2022, Noorskin é uma marca do Essentia Group que cria fórmulas eficientes, livres de carga tóxica e com nutrientes que ajudam a restabelecer a resiliência natural da sua pele e do seu corpo e que o reconectam com a sua beleza essencial.

Juntos formamos o Essentia Group e desenvolvemos soluções dentro de uma mesma filosofia, criadas com muito amor, a partir das melhores matérias-primas do mundo, para que cada ser humano chegue mais perto do seu propósito e para que possa desfrutar a arte de viver.

São mais de 100 produtos. 1.200 colaboradores.

Levamos saúde em mais de 10 países.

Trabalhar no Essentia Group é trabalhar em busca da perfeição. Acordar todos os dias nos perguntando como podemos melhorar. Como podemos encantar ainda mais nossos clientes? Quais soluções podemos criar para melhorar a vida do paciente? Como podemos quebrar paradigmas e realizar o que, até então, era tido como impossível?

Temos muito orgulho de toda nossa equipe, também conhecida como Família Essentia, que faz com que esse sonho se torne realidade diariamente.

Venha fazer parte você também!

Cidade: Palhoça

[ocombatenterondonia]

Após formação de Paredão envolvendo Big Fone e Prova, BBB tem bate boca: ‘Tenso’

Depois de uma tensa formação de Paredão envolvendo Big Fone e Prova Bate e Volta, os ânimos falaram mais alto e teve lavação de roupa suja com direito a plateia, na madrugada desta segunda-feira (29). Na Prova do Bate e Volta, Davi e Pitel levaram a melhor e escaparam do Paredão; O motorista de aplicativo comemorou pulando na piscina e depois afirmou que quiseram ver a sua derrota. MC Bin Laden…

[swjohn]

Evangelho do dia 17 de outubro terça feira 2023

17 outubro – Sejamos gratos ao Deus bendito que, pela sua misericórdia, sempre nos oferece novos meios de salvação. (L 64). São Jose Marello Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 11,37-41 “Enquanto Jesus estava falando, um fariseu o convidou para jantar em sua casa. Jesus foi e pôs-se à mesa. O fariseu ficou admirado ao ver que ele não tinha feito a lavação ritual antes da refeição. O…

[orlandoguarizi]

TÉCNICA EM EFERMAGEM COM DISIDROSE SEVERA NAS MÃOS TEM AUXÍLIO-DOENÇA RESTABELECIDO

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O TRF determinou que o INSS restabeleça o auxílio-doença de técnica de enfermagem de UTI pediátrica residente em Blumenau que sofre de disidrose severa e teve o benefício cancelado. A profissional desempenha a mesma função há 25 anos e buscou auxílio-doença quando passou a sofrer da enfermidade que ataca a pele das mãos e seria causada por contato de substâncias químicas como níquel. Conforme atestado médico, ela precisa evitar atividades que exijam lavação de mãos ou uso de luvas.

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A técnica apelou ao tribunal após ter o pedido negado pela 3ª Vara Federal de Blumenau com base em perícia do INSS, que atestava inexistência de incapacidade laboral, propondo reabilitação profissional para exercício de atividade mais leves. Ao analisar os autos, o relator do caso ressaltou que "a perícia médica realizada pelo INSS pode ser eliminada diante de fundados elementos de prova em contrário, ainda que consubstanciados em atestados e laudos médicos particulares".

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Quanto aos requisitos da tutela antecipada, o desembargador afirmou que “o perigo de dano está caracterizado pela impossibilidade de o segurado exercer suas atividades habituais e, consequentemente, prover o próprio sustento”. “Havendo necessidade de se sacrificar direitos, que recaia o sacrifício sobre o direito menos provável ou sobre o sujeito da relação processual que tenha maior fôlego para suportá-lo. Em outras palavras, é preferível que o juiz erre para obrigar a pagar alimentos aquele que não os deve, do que negar a tutela liminar e privar o alimentando do mínimo existencial”, finalizou Brum Vaz.

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Fonte: TRF4

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Professor ORLANDO GUARIZI JUNIOR

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[erikahespanhol]

MARIA LAVADEIRA

"A mão que afaga é a mesma que apedreja"

Acima da cabeceira da minha cama, havia uma imagem de Jesus crucificado. Eu gostava de ficar olhando para Ele. Às vezes me imaginava em seu lugar, mas, em maioria, imaginava os homens da comunidade. Um a um. Eu lembrava de todos. Todos os rostos. Todos os cheiros. Todas aquelas vozes que muito falavam e nada diziam. As risadas... Do que eles tanto riam? Qual era o motivo de tanta graça?

Eu havia passado por muitas casas. “Garota difícil”, eles diziam. Me viam como desafio. Tentei fugir (sete vezes) e matei alguns maridos (quatro). Claro, meus métodos eram discretos, ninguém desconfiara de mim, preferiam me ver como amaldiçoada, principalmente a partir do terceiro que partira (pelas minhas mãos).

Quatro fora meu número máximo, pois, a partir disso, começaram a temer a própria morte. Não me queriam mais por perto, adentrando suas casas como se fosse um “mal agouro”. Me impressionava a capacidade que os homens tinham de ver as mulheres como um ser amaldiçoado ao invés de mau, forte, rápido ou inteligente. E, assim, cheios de medo, preferiram me isolar com as velhas lavadeiras. Se fosse para mais alguém ser amaldiçoado por mim, que fossem as próprias mulheres. Obviamente, ninguém mais morrera a partir disso, infelizmente, mas a minha vez haveria de chegar rápido.

Eu já havia perdido a garra pelas fugas. A vida de lavadeira aquietara minha mente. Gostava de imaginar uma vida diferente enquanto batia as saias na beira do rio, mas, assim como os pássaros presos por anos na gaiola, eu não saberia mais bater as asas ao encontrar a liberdade de voar.

Às vezes, as mulheres das casas de famílias se juntavam a nós. O único barulho era o das roupas sendo batidas. Não conversávamos, não com os lábios. Não precisávamos deles para nos comunicar. Quando um grupo de pessoas pensa e sente as coisas de forma igual, um olhar basta para transmitir qualquer informação e, mesmo sem os olhares, o grupo sabe o que se passa na mente de cada um.

No último dia em que coloquei as mãos em uma peça suja no rio, não consegui finalizar a lavação. Ela acabou saindo mais suja do que quando havia chegado. Não tive muito tempo para entender o que aconteceu. Um homem de fora aparecera armado. O que ele pretendia? Matar o corpo físico de mentes que já nasceram mortas? Olhei para ele esperando que sorteasse alguém. “Tomara Deus que seja eu”, “puxa o gatilho logo”, “tanta coisa para fazer”, “qual o problema dele?”, “está nervoso” ...

Mentes mortas, bocas cerradas, olhos fixos, pensamentos compartilhados. Muitas Marias, muito barulho interno e, então, um disparo seguido do eterno silêncio. Mais uma história resumida a uma saia suja de sangue.

CONTINUA...

[kimocchi-diary]

atualizações da vida corrida de sofia akemi r.

oi, diário! quanto tempo que não escrevo por aqui. não sei bem por que hoje me deu vontade, mas lembrei que já faz tempo desde a última vez em que escrevi meus pensamentos neste blog. o intuito, desde que o criei, é externalizar minhas emoções. normalmente eu não falo com ninguém as palavras que aqui guardo. ficam somente para eu mesma (e para a sofia do futuro que lerá depois).

bom, por onde começar? acho que pela parte boa, né! finalmente, posso dizer que tenho alguma independência financeira! sempre sonhei com isso, e agora me sinto muito feliz mesmo por essa conquista. como já disse aqui, eu me formei na faculdade este ano e, desde dezembro do ano passado, quando saí dos meus estágios, eu estava desempregada. por muitos meses me senti desamparada, confusa e perdida acerca do meu futuro. eu gosto da profissão que escolhi, amo os animais (muito mais que pessoas), mas, ainda assim, sentia que algo não estava bem certo. devido à pandemia e inseguranças pessoais, nunca me senti verdadeiramente apta em seguir rotina clínica, atendendo tutores e pacientes. não sinto que possuo a confiança necessária e, bem por isso, está nos meus planos desde metade da faculdade cursar uma residência, para que eu possa me especializar e, finalmente, ganhar a autoconfiança que eu preciso pra crescer profissionalmente e pessoalmente também.

nossa, já estou me perdendo do assunto. fato é que, por eu ter esses sentimentos, fazer plantão estava em último lugar nos meus planos. se eu não conseguisse passar no programa de trainee do hospital Animal Clinic, aqui de Curitiba (não passei), ou não passasse no programa de aperfeiçoamento da Tuiuti (não passei), ou não passasse na prova de residência de Lages (não passei), ou não passasse em nenhum dos trocentos concursos que fiz (adivinhe: também não passei!), aí sim eu seguiria pra labuta dos plantões. mas, inesperadamente, outra oportunidade surgiu: a de trabalhar, como bolsista de apoio técnico, no laboratório de experimentação animal da fiocruz aqui do paraná. quando eu vi o nome da instituição, fiquei em choque. será mesmo que A fiocruz, centenária e pioneira em tantos avanços com relação à saúde no país, colocaria anúncio de vaga em um site simples de emprego? fiquei com essa dúvida; essa incredulidade, mas me inscrevi. e fui chamada para entrevista. e no mesmo dia, alguns momentos depois, disseram que eu tinha sido selecionada para a vaga! eu mal pude acreditar.

a partir disso, teve início o processo de contratação, que foi bem demorado. mas no fim, tudo deu certo. comecei a trabalhar no biotério da fiocruz-pr no dia 10 de julho, e hoje, 30 de agosto, já completei mais de um mês nessa função.

no geral, o trabalho tem mais altos do que baixos. resumidamente, eu mexo com animais de laboratório (camundongos), realizando os experimentos de outros pesquisadores/instituições. desde que entrei, já acompanhei os experimentos de covid-19, lúpus, leishmaniose, criptococose, toxoplasmose e câncer. a adaptação foi desafiadora; na verdade, até hoje tem muitas coisas que eu me sinto insegura em realizar. tudo lá é muito caro, muito importante. não são admitidos erros, por mais que eles aconteçam (inclusive da parte das pessoas que estão em posições de chefia). também tem muita cobrança, pouco reconhecimento. mas agora me sinto melhor com tudo isso, pois estou aprendendo a lidar com o ambiente auspicioso do mercado de trabalho.

e o salário? assim, não é lá aquelas coisas, mas dá pro gasto. eu recebo todo dia 20, R$ 2156,00. como não tenho muitos gastos (voltei a morar com a mari), essa quantia me permite até poupar um pouco. e finalmente eu consigo realizar o que eu sempre quis: posso comprar coisas pra minha família! é tão bom esse sentimento. mês passado eu saí com meus pais e disse que eles podiam escolher qualquer móvel/estante da loja que eu daria de presente pra eles. era algo que minha mãe queria muito, uma estante pra lavação, e eu consegui realizar. pode parecer uma coisinha besta, simples. mas pra mim foi tudo.

o trabalho me proporciona alguns sentimentos ambíguos na maior parte do tempo. meu lado racional me permite ponderar a situação e o contexto da necessidade de haver testes em animais. o avanço da ciência ainda é muito pautado em cima disso. no entanto, meu lado emocional é conflitante. os camundongos são tão adoráveis. minhas linhagens preferidas até agora são a ot-1 e nzbw. são dóceis e gostam de receber carinho. me sinto mal todas as vezes que preciso realizar algum procedimento doloroso ou incômodo, como coletar sangue, urina ou fazer inoculações. só espero que Deus possa me perdoar por toda maldade que eu causo pra esses animais na minha rotina.

por causa disso, o cansaço mental me pega de jeito, às vezes. eu tento não trazer a rotina do biotério pra casa, quando eu chego, mas as vezes é difícil não me deixar afetar pelas coisas que faço lá. mas tem lados bons também! eu estou aprendendo tantas coisas interessantes... descobri que é legal manusear micropipetas, preparar soluções e realizar análises. também aprendo muito sobre os procedimentos e as doenças estudadas pelos pesquisadores. de maneira geral, esse trabalho está sendo muito enriquecedor para mim, e sei que terei (já estou tento) muita evolução pessoal/profissional.

como estou aqui na mari, e trabalho de segunda a sexta até as 17h, fica difícil ir pra casa e aproveitar a minha família. das últimas vezes que fui, a visita foi muito rápida. não deu pra fazer nada direito. sempre que volto pra cá, pra curitiba, não posso evitar me sentir triste. sinto muita saudade de casa todos os dias. dos meus pais, irmãos e gatos. e da hanna. agora ela vai se aposentar! o pessoal do projeto cão-guia vai castrar ela e cortá-la do programa. nossa hanna vai ser só nossa filha labradora de estimação <3

estou me esforçando muito todos os dias. e é difícil sair de cama, no frio, com tantos pensamentos turbilhando. sabendo que a rotina do dia será extremamente exaustiva. mas estou dando jeito. e por isso tenho muito orgulho de mim. de quem eu me tornei.

aqui em curitiba, tenho o gabriel como companhia. é com ele que converso todos os dias e passo os finais de semana, quando ele não está ocupado no trabalho. agora que ele trabalha à noite e de sábado também, não temos mais nossos finais de semana juntos. não posso dizer que isso não afetou nossa relação, pois afeitou. sinto saudades dele, e parece que estamos um pouco mais afastados. mais frios até. quero acreditar que isso é normal, que é só uma fase, mas não posso evitar ficar preocupada. ainda mais quando ele vem com uns papos bem deprê pra cima de mim. eu não sei o que fazer, não sei como ajudar. às vezes sinto que ele simplesmente não quer aceitar que já é adulto e que a vida é difícil mesmo. não tem muito o que fazermos quanto a isso. eu também me sinto triste (com bastante frequência, diga-se de passagem). mas nem por isso eu fico me autodepreciando e reclamando o tempo todo. eu vou lá e faço. acho que nisso eu sou mais madura do que ele.

também vem me incomodando que ele nunca tem dinheiro. eu sei também que isso é uma fase, mas está cada vez mais frequente de nós sairmos e eu pagar tudo. o lanche, a entrada do cinema, a gasolina. desde que começamos a namorar, não houve uma fase em que ele estivesse plenamente bem de dinheiro. acho que ele esteve mais desempregado do que empregado. e no caso dele é preocupante, penso eu, porque ele ainda é muito perdido no que quer fazer da vida. eu sei que aos 22 anos ninguém sabe de nada, mas eu não posso evitar esperar mais maturidade da parte dele. mais vontade e ação de mudar. tento não ser chata, não cobrar demais, mas se continuar assim não sei o que posso fazer pra ajudar.

do mais, acho que é isso. já escrevi muito, até cansei a mão hahaha. vou me preparar pra dormir que amanhã é sexta, finalmente!

ass,

AKEMI.

[iluminaipai]

Evangelho do DIA 07/02/2023

Evangelho do DIA Marcos 7,1-13 Os fariseus e alguns escribas vindos de Jerusalém ajuntaram-se em torno de Jesus. Eles perceberam que alguns dos seus discípulos comiam com as mãos impuras — isto é, sem lavá-las. Ora, os fariseus e os judeus em geral, apegados à tradição dos antigos, não comem sem terem lavado as mãos até o cotovelo. Bem assim, chegando da praça, eles não comem nada sem a lavação…

[misshcrror]

❝ ― Então você é uma garota do interior? ❞ — A pergunta foi retorica, arrancando um riso de Yas que entendeu melhor o jeitinho de Pietra depois daquela revelação. Ou parte da personalidade dela, pelo menos. A ruiva ficou feliz com o presente sendo bem recebido e que levasse um pouco de alegria na vida da outra. O que era um tanto quanto estranho já que geralmente gostava mais de causar o pânico. No entanto, toda a expressão divertida da turca foi se desfazendo ao ouvir sobre Joseph. Não que estivesse ainda na lavação de roupa suja com ele, mas falar sobre a relação dos dois, se é que poderia chamar de relação, bem... Era complicado. ❝ ― Bom, ele tentou me jogar na fenda. Isso é diferente pra você? ❞ — Perguntou de forma irônica, mas sabia que onde a filha de Hecate queria chegar. ❝ ― Mas... ❞ — Pausou mais uma vez, criando expectativa de maneira proposital. ❝ ― Estamos bem. Já nos resolvemos e agora tá tudo bem. Só isso, nada demais acontecendo. Voltamos a treinar e tudo nas conformidades. ❞

"Olha, eu cresci no interior então por mais que eu não seja semideusa em tempo integral posso dizer que já fiz muita merda em cima do cavalo que oh! Só os milagres e as orações da nonna" respondeu com bom humor. Lembrar-se de casa era uma das formas que ela usava para dar esperança, voltar para lá bem era uma meta custasse o que custasse. "E agora meu presente?" brincou fazendo uma carinha digna de cachorro esquecido na mudança. Os olhos de Pietra chegaram a brilhar ao tirar as velas aromáticas da caixa "Yas, as nossas velas são para rituais. Isso daqui é poesia perto delas" respondeu toda da animada se esticando pra pegar seu grimório na cabeceira da cama. Com uma curta frase uma chama apareceu na ponta do dedo de Pietra e ela pode acender a vela, coisa que a fez fechar os olhos pelo cheiro delicioso que subia. "Eu sou de baixa manutenção mulher. Só o churros já seria um presente maravilhoso. Se bem... Tem uma coisa que to querendo saber a tempos mas vou aproveitar o aniversário para perguntar... Como tá tu e Joseph? Digo, ele andou meio estranho mas... sei lá! Com você é diferente"

[snowflakes-ctba]

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[schoje]

A Prefeitura de Blumenau, por meio da Secretaria de Educação (Semed), iniciou as obras de melhorias e readequação da cobertura, ampliação de sala, cozinha e refeitório, além de instalação elétrica do CEI Profª Martinha Régis Moretto, localizado na Rua Engenheiro Odebrecht, 961, bairro Garcia.  As obras iniciaram na primeira semana de março, contemplando uma série de melhorias para o CEI, entre elas a reforma da cobertura com telha fibrocimento, reforma e ampliação da lavação, instalação de calhas e rufos. Com prazo de execução em quatro meses, o valor total da obra será de aproximadamente R$ 210 mil, provenientes de recursos próprios e de Emenda Impositiva Parlamentar nº 115. A reforma beneficiará mais de 130 crianças e a Unidade Avançada de Saúde (UAS) Léo de Carvalho que funciona no mesmo prédio. postada em 29/03/2021 12:05 - 15 visualizações FotosFonte: Prefeitura de Blumenau SC