#la carreira
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nominzn · 1 month ago
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Ela quer, Ela adora
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capítulo VI rico bem novin, romântico à moda antiga; é foda ser de alguém que leva a vida como eu levo a vida. sempre que quiser voltar, coração todo seu, bandida.
notas. será que ainda tem gente aqui que se lembra do junin? vai dar tudo certo, gente. hihihihi masterlist
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— Como assim, Jun? Dona de cobertura? Eu? 
Um nó se forma em sua garganta. Quer muito dizer sim, pular nos braços dele e comemorar mais essa conquista. Mas um lado seu te mantém parada diante do MC. 
— Quero te dar uma vida melhor, metida. — suspira, tomando seus dedos nos dele. — Eu sei que tá complicado, a gente tá afastado. Mas meu amor não mudou nada. 
Ouvir aquilo aperta seu coração, porque seu amor também não mudou. Os olhinhos castanhos te miram feito os de um gatinho sem dono. Ainda é o seu Jun, aquele que era cobrador, que era um cafajeste, um simples famosinho em Bangu. A essência dele é a mesma, porém as circunstâncias são outras.
A vida dele está uma loucura, não só pelo trabalho árduo, mas também pela fama. É um mundo ingrato, o do entretenimento, um morde-assopra sem fim. Já tentaram cancelar o rapper diversas vezes, espalhando mentiras, jogando clipes fora de contexto, até mesmo jogaram teu nome no meio. Entretanto, você era a única que mantinha Renjun com o pé no chão. Vê-la fincava seu pé com força na realidade, você é o refúgio do artista mais do que nunca. 
Por isso ele se desespera quando reconhece a expressão no teu rosto. Tem algo de errado. 
— Renjun, — o nome chinês sai da tua boca em anúncio do pior — Eu preciso pensar. A gente… passou um ano sem nem se ver direito. Eu te vi o que, umas dez vezes esse ano? Isso tá acabando comigo. 
— Eu largo tudo. — refuta em desespero. Ele prefere perder a carreira do que perder você, o rumo da conversa não está legal. 
— Não me perdoaria se tu se fizesse de louco assim. — ri sem humor.
Um silêncio recai sobre o cômodo. O coração do rapper bate à mil ao passo que ele agarra suas digitais com mais força. Isso não pode estar acontecendo. 
Você respira fundo. Coragem nunca te falta, por que agora não consegue mandar na lata o que queria dizer? Nos últimos dias se preparou para que ele terminasse contigo, estava quase conformada que o havia perdido. A notícia de que ele tinha comprado um apartamento para os dois te tirou do eixo. Óbvio que aprecia o esforço dele, mas ao mesmo tempo, continuar com o relacionamento à distância te deixaria doente. Viveria sozinha na cobertura luxuosa, o oposto do seu mundo atual, e sem falar que estaria sempre com saudade dele. Prefere continuar em casa, perto da família, então. Nunca esteve ao seu lado por querer algo além de sua atenção. 
— Acho que a gente precisa de um tempo, Jun. 
— Não, linda. Não. — balança a cabeça em negação — Não faz isso com a gente. Não termina comigo. 
— Só preciso colocar a cabeça no lugar. Me desculpa. 
Você não quer chorar na frente dele, sabe onde isso levaria: voltaria atrás, caindo na lábia e no conforto que os braços dele te dariam. Sobe as escadas com pressa para ir até a laje vazia, nem nota sua família escondida atrás da parede. Ouviram a conversa toda de coração partido. 
O MC vai embora muito frustrado, a BMW é a única testemunha de suas lágrimas e da sua angústia. Ele chega no novo condomínio e, de cara, Angenor repara que o moleque não está bem. 
— Qual foi dessa marra aí, Junão? — o senhor de meia idade indaga depois de receber o boa noite mais borocoxô do mundo. 
Como já tinha trocado algumas conversas com o porteiro, Renjun acaba desabafando sobre os últimos acontecimentos. Realmente não sabe o que fazer agora. 
— Irmão, posso falar? Tu tem que lutar, cara. Vai ficar com cara de cu nada. Se ela é esse fechamento todo aí que tu tá falando, essa mulé te quer, não quer tua grana. Isso aqui… — ele aponta para as paredes, se referindo ao luxo que os rodeia — significa porra nenhuma cara. Já viu a quantidade de gente mesquinha que mora aqui? A maioria nem dinheiro tem mais. 
— Vou lutar como? Ela nem quer me ver. 
— Ô, cabaço. Se tem algo que ela quer, cara, é te ver. Dá teus pulo. 
A conversa ecoa na mente do rapper a noite toda. O porteiro tinha razão, não pode desistir, pô, que maluquice. Enquanto aproveita a noite estrelada na piscina aquecida da cobertura, ele resolve negociar com o agente as ideias que teve. Não pode perder tempo, tem que começar a te reconquistar agora. 
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Ficar perto de você estava ficando insuportável. A docilidade que Junin arrancava de você se foi, deixando apenas o seu temperamento forte, a cara fechada e a marra.
Nando reparou bem a mudança no teu comportamento, mas não só ele. O pessoal da van, do trabalho… todo mundo tinha recebido o recado. Seu instagram aberto perdeu as fotos que tinha com o namorado, arquivou todas — ele ficou muito puto, inclusive. Em minutos a notícia do possível término se espalhou pelas redes sociais. O rapper fez questão de não fazer o mesmo, ainda exibe os posts sem vergonha nenhuma, deixando os fãs muito confusos. 
Saltando em Sulacap para pegar o BRT, a figura paterna não diz nada, apenas segura na tua mão quando o entrega o dinheiro da passagem. Nem imagina como é difícil tentar viver uma vida normal sendo que os holofotes sempre te pegam. 
Chegando no trabalho, as colegas cessam a conversa assim que te veem. Sempre assim. Além de se sentirem intimidadas, elas cochicham quase todos os dias sobre tua vida amorosa. Na real, apoiam muito que voltem, mas sabe como você se sente sobre ser o tópico da vez. 
A recepção normalmente fica muito movimentada nessa época do ano, então as primeiras duas horas passam rápido sem que veja. Por volta das dez, no entanto, a correria diminui. As duas outras meninas lixam as unhas enquanto comentam sobre certos clientes chatos que passam por ali frequentemente. 
A voz da Ana Maria Braga faz barulho no fundo enquanto você apenas rola o feed do instagram no celular, sem prestar atenção em nada à sua volta. 
E hoje eu chamei ele, que foi apelidado de príncipe de Bangu, pra tomar um café gostoso comigo. Louro, você sabe de quem eu tô falando? 
É claro que eu sei, Ana. Esse aí tá dando o que falar. Será que ele é príncipe mesmo?
Não dá para acreditar. Todo castigo para pobre é pouco.
A câmera corta para o rapper, que aguarda ser chamado oficialmente pela apresentadora. O sorriso sem graça enfeita o rostinho, você percebe que ele não está muito confortável. Filho da puta desgraçado. 
— Quando você ficar famoso, o que você NÃO quer fazer? Tipo, não faria nunca? — você perguntou curiosa na madrugada de um sábado cansativo; a festa que foram terminou tarde, mas não tinham sono algum. Estavam deitadinhos, grudados, mas a conversa não parava. 
— Acho que se eu for no Mais Você, tu pode me internar.
Você deu uma risada gostosa, tomando cuidado para não ser muito alta. 
— Como assim, Jun? Por quê? 
— Aquela merda daquele pássaro me dá calafrios. Se eu aparecer naquela porra, pode ter certeza que eu tô ficando maluco. 
Junin dá a entrevista da forma mais leve que consegue, também se esbanja nas opções gostosas a sua frente. Já deve ter comido uns cinco waffles. No intervalo comercial, até fez a mulher mais velha rir com os elogios sinceros aos petiscos chiques sobre a mesa. Pelo menos uma recompensa boa por ter ido até ali, perto daquele papagaio horrendo, só para chamar tua atenção sem saber se daria certo. 
— Mas Junin, MC Junin, vamos lá… surgiu uma história aí na internet de que você tá na pista de novo. Contra pra gente se isso é verdade ou não. 
Ele engasga com o suco de acerola com laranja, quase escapa pelo nariz. A produção não tinha lhe avisado sobre essa pergunta, apesar de ser exatamente o que ele queria abordar. Pensando rápido, resolve usar o momento a seu favor: faria o que havia planejado fazer. 
Você ouve os suspiros surpresos das companheiras, porém não se vira para elas. Seus olhos estão fissurados na tela da televisão. 
— Tô nada. Sou homem de uma só, uma específica. — ele coça a nuca, duvida se isso foi realmente boa ideia — A gente namora já faz tempo, mas a correria tá deixando difícil. 
— Por que ela apagou as fotos com você? Os seus fãs estão comentando no X, ó. — indica a tela com os tweets. 
— Posso ser sincero, Ana? — escorre carisma ao pedir. 
Junin precisa saber jogar com a mídia e, ao mesmo tempo, te mandar um recado direto. 
— Visão: ela é a mulher da minha vida. Não importa a distância, o dinheiro, nada… O que eu quero mesmo é ela. A minha metidinha é a minha musa, de fé mermo, sem ela não tem MC Junin. 
Sua respiração desregula e, sob as exclamações apaixonadas das garotas, você foge para o banheiro e se tranca. Não ouve o final da entrevista, quando ele reafirma que tudo vai ficar bem. 
O foda é que não para por aí. Xamã, L7, Ret… todos eles postam story marcando Junin só para zoar ele, chamando-o de último romântico. Um dos stories também te menciona, o que te deixa sem saber onde enfiar a cara. 
@ mdchefe: porra vocês sabem que o tchuco adora uma história de amor. aquelas cenas. 
No fundo, uma televisão de 60 polegadas e a estante famosa de whiskey na meia-luz. Até ele?
Desviar das mil mensagens e perguntas foi muito, muito difícil. Acanhada, disfarça a inquietação com o que sabe fazer de melhor: ser marrenta.
Você se concentra em simplesmente terminar o dia bem e sem ceder às investidas de Jun. Não contava, porém, com a munição insistente do garoto. Mais tarde, outro vídeo entra nos top assuntos mais comentados. 
O próprio, o dito cujo, dedilha umas notas novas no instagram. A legenda do reels diz “spoiler da poesia que vem por aí”. 
Desculpa se sou louco, tão louco
Me deixa ser louco de amor
Eu sei que a vida é um sopro, sou todo seu
Somos como o espinho e a flor
A letra da música atinge seu coração em cheio. Ele também se lembra da conversa que tiveram, onde ele disse que teria algo de errado se aparecesse no programa que foi hoje. A saudade e o coração fraco não te permitem manter a postura por mais tempo.
Sem ser capaz de esperar, envia uma mensagem ao rapper. Ele conseguiu o que queria. 
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cherryblogss · 11 days ago
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CHERRYBLOGSS KINKTOBER
02:00 - Diferença de idade x Fernando Contigiani
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avisos: diferença de idade, tapas, masturbação feminina, penetração vaginal, daddy kink.
nota: realizando meus sonhos através da ficção fodase.
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Era inegável que seu relacionamento com Fernando era polêmico. Ambos se apaixonaram durante uma peça em que interpretavam um casal com um relacionamento abusivo e ainda tinha a significativa diferença de idade. Para os outros que viam de fora, vocês distoavam muito, Fernando com aquele ar de seriedade e uns cabelos grisalhos despontando em meio aos fios pretos, enquanto você era delicada, jovial e tinha um sorriso fácil que encantava qualquer um.
Vocês tinham um companheirismo inigualável, além de se completarem das melhores formas. Admirava a sabedoria e seriedade de Fernando, assim como ele amava a maneira que você deixava a vida dele mais leve, não lembra a última vez que sorriu tanto antes de te conhecer. Não era como se você não fosse uma pessoa séria e ele não fosse engraçadinho contigo, mas o namoro de vocês era o que ambos almejavam em um parceiro e nunca encontraram. Além da experiência de Fernando que te guiava tanto na carreira profissional quanto em outros aspectos mais sentimentais. As pessoas podiam falar o que quiserem sobre como eram inadequados, já que eram quase 16 anos de diferença etária, mas nunca seriam capazes de mentir falando que não havia amor e paixão entre vocês dois.
Realmente, não pareciam ter muito em comum, mas nunca encontrou alguém que te entendesse como Fernando entendia. E que também te desse tanto prazer quanto ele te dava. Fernando tinha um cuidado e atenção diferenciada quando se tratava da sua satisfação e felicidade. Não podia negar que ele te mimava muito até fora da cama, fazia todas as tuas vontades mesmo reclamando e sempre te tratava como uma princesa.
Óbvio que era comum isso quando você se comportava e era uma boa garota, o que não se encaixava no momento atual.
"Papiiiii, por favor." Choraminga quando Fer novamente interrompe os movimentos quando você está prestes a gozar. Seus olhos já estavam cheios de lágrimas acumuladas pela frustração e prazer intenso que as mãos do seu namorado te causava.
"O que eu falei dessa boquinha, princesa?" Fernando rosna segurando suas bochechas firmemente depois de estapea-las pela segunda vez, deixando a pele quente e sua cabeça zonza com o impacto delicioso da mão contra a área sensível. "Só vai gozar se me obedecer, não quer ser minha boa garota mais?" Ele questiona em um tom zombeteiro e falando devagar como se estivesse se comunicando com um ser inferior. E de fato, nesse instante você parecia alguém que acabou de chegar a esse mundo, só conseguindo soltar choramingos e gemidos dengosos.
Você estava no colo dele de costas para o maior com as pernas abertas ao redor das coxas másculas enquanto a outra mão do argentino brincava com a sua buceta. Ou melhor, maltratava sua intimidade. Fernando bulinava seu clitóris inchado a medida que dois dedos te pentravam com força, estimulando todos os seus pontos estratégicos e te fazendo praticamente miar a cada toque. Mas toda vez que você chegava perto de gozar, pulsando e apertando ainda mais os dígitos longos, Fernando retirava-os e estapeava a sua buceta com força. Ele não se cansava de ver seu corpo se contorcer a cada ação e como os sons mais belos saiam da sua garganta, a forma como você ficava manhosinha, esfregando o rosto mollhado e corado na barba dele.
As suas coxas tremiam com a sensação eletrizante dos dedos voltando a invadir sua entradinha e o polegar grande massageando seu clitóris com uma pressão que te fazia morder os lábios para não gritar o nome daquele que te torturava. Uma mão sua segurava os cabelos longos e grisalhos enquanto a outra arranhava a coxa musculosa a cada movimento do argentino.
Tudo tinha começado por uma resposta mal humorada que você deu a ele e aborrecido Fernando guardou a punição para o seu momento mais frágil. Era quase que uma rotina a forma como toda noite antes de dormir, não importa a situação, você implora pelo pau dele. Ele sabia que por ser mais jovem seus hormônios sempre estavam à flor da pele, então o moreno não reclamava em ter uma namoradinha tão safada e sedenta como você. Nunca se cansaria de satisfazer todas as suas vontades.
Fernando acelera os movimentos, sorrindo de lado ao escutar o som molhado da sua buceta sendo fodida por ele. Não demonstrava muito, mas sempre ficava impressionado com o quão desesperada você era por ele. O ego crescia e uma vontade de proteger do mundo inteiro surgia dentro dele, não conseguia nem imaginar uma realidade onde você não pertencia a ele e que ele não pertencia inteiramente a você.
"Pode gozar, minha linda, que o papi quer foder logo essa bucetinha, hm?" Ele sussurra, em seguida rindo soprado ao escutar você murmurar uma sequência incoerente de obrigadas e como seus quadris começaram a se empurrar na direção dos dedos compridos, praticamente se fodendo igual uma putinha na mão dele. "Tá sentindo como eu tô louco pra te encher de porra e fazer um bebezinho?"
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folklorriss · 2 months ago
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so long, lando. | ln4
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{ lista principal }
pov: hora de dizer até logo para o amor.
- avisos: narração em terceira pessoa, angst, sem final feliz, fim de relacionamento, menção a crise de ansiedade.
- wc: 976.
- n/a: estava a muito tempo tentando escrever isso. não sei bem como me sinto sobre, mas... enfim. e sim, é inspirada em so long, london da ts. para melhor experiência recomendo ouvir a música enquanto lê. (não me responsabilizo por lágrimas, i'm sorryyyy)
Imagens tiradas do Pinterest, todo direito reservado ao seus autores. História ficcional apenas para diversão, não representa a realidade e os personagens utilizados possuem suas próprias vidas e relacionamentos, seja respeitoso. 😊
Lando abriu a porta do apartamento e o frio logo o recepcionou. O lugar estava escuro, quieto e muito gelado, como se fantasmas, totalmente sem vida, dançassem no meio da sala.
Ele acendeu a luz e chamou pela noiva. Recebeu silêncio.
Largando a mala no chão e as chaves no aparador ao lado da porta, ele olhou ao redor, a procura de algum sinal de que ela estava ali. Não encontrou nada, então foi em direção ao quarto deles, mas não havia ninguém ali também. Nem no quarto de leitura, nem no escritório, nem em nenhum lugar. Conforme percorria os cômodos, Lando sentiu que algo estava errado e não gostou nada do sentimento de sufocamento que começava a roubar seu ar aos poucos.
Ele e a noiva estavam juntos há sete anos, mas as coisas já não eram as mesmas há pelo menos dois. O pedido de casamento, inclusive, havia sido uma tentativa de salvar tudo. Porém não funcionou. A cada dia, a noiva se afastava mais, parecia mais triste e decepcionada por Lando nunca cumprir tudo que um dia prometeu a ela.
Lando a amava, disso tinha certeza, mas em algum momento começou a se sentir insuficiente, começou a se sentir incapaz de fazê-la feliz. Vozes em sua cabeça gritavam que ele não daria conta de conciliar tudo, que ele precisava escolher entre ela e a carreira, que precisava deixar de ser egoísta e resolver a situação, mas simplesmente não conseguia. Era corajoso o suficiente para dirigir um carro há 300km/h, mas não era para enfrentá-la ou deixá-la ir. Permaneceu paralisado, fingindo estar alheio às mudanças, se afundando cada vez mais em trabalho.
A Formula 1 tomava tanto seu tempo, que quando deu por si, já não era somente o Lando Norris; era o Lando Norris da McLaren. E ele deixou ser assim, se transformou numa pessoa que não reconhecia, se distanciou tanto do que era, que nem se quer enxergava mais o antigo Lando.
Então, não podia a culpar por cansar dele; até mesmo ele estava cansado.
Quando chegou na cozinha e viu o envelope laranja (Há! Grande ironia!) em cima da bancada, nem precisou se aproximar muito para saber que sua vida mudaria e aos poucos, começou a senti-la desmoronar em volta dele.
O piloto se aproximou devagar, como se fosse uma bomba prestes a explodir e o tomou nas mãos com cuidado. Seu nome estava escrito com a caligrafia delicada da amada. Ele sentiu a garganta fechar e os olhos marejarem antes mesmo de abrir.
Puxou uma das banquetas e se sentou, abrindo o envelope com cuidado. Dentro, havia um pedaço de papel, mas também um objeto pequeno, a aliança de noivado. A primeira lágrima escorreu veloz pela bochecha do piloto quando ele segurou o objeto, ele a secou e a perna automaticamente começou a balançar pra cima e pra baixo. Com as mãos trêmulas, abriu a carta.
Além da caligrafia, que perdia seu padrão do início para o final, como se escrita com dor e rapidez, também havia manchas pelo texto. Manchas de lágrimas.
Seus olhos se nublaram ainda mais com as lágrimas que agora escorriam descontroladamente pelas bochechas. Ele respirou fundo antes de começar a ler.
“Querido Lando,
Por muito tempo, você foi minha fortaleza, meu farol em dias nublados e escuros, uma espécie de forte onde eu me abrigava para me esconder das fortes ventanias repentinas que apareciam destruindo minha vida. E você exerceu seu papel tão bem.
Nunca se importou em me ligar; não importava o lugar do mundo que você estava, nunca se importou de me ouvir, de me acolher em seus braços quentes e sempre cheios de vida. Seu sorriso era o que costumava ser meu aquecedor, era instantâneo sentir o calor percorrer meu corpo quando via você sorrir. Quando ele vinha acompanhado de uma gargalhada, era ainda melhor, parecia combustível sendo injetado em minha veias, me fazendo continuar. Não sei para onde, mas eu continuava por sua causa. E eu continuei por muito tempo, por conta dessas pequenas coisas, e aguentei tanto que não consigo organizar meus pensamentos direito quando penso nisso. Mas meus braços cansaram de te segurar, Lando.
Cansaram de te abraçar com força, na esperança de que você ficasse, que me escolhesse mais uma vez. Cansaram de carregar esse relacionamento por aí após ele passar ser um fardo, mas principalmente pra você. Cansei de tentar te fazer rir, de tentar te acessar de todas as maneiras que eu conhecia, de te assistir se tornar o homem da McLaren, não meu.
Não entenda mal, sinto orgulho de você e de ter ver alcançando o que sempre desejou, mas e eu? Assisti tudo de longe e sorrio? Você esqueceu de me levar junto enquanto estava por aí, vivendo sua vida, conhecendo lugares e se tornando o que sonhamos juntos. E eu não entendo por que, sempre remei por você, com você. Deixei de lado coisas que eu conhecia, coisas que eu era, sonhos que sonhava. Por você, Lando.
Sabe quanta tristeza suportei para continuar remando? Para continuar fazendo massagens cardíacas nesse amor, na esperança de fazê-lo ressuscitar? Não, acho que você não sabe e nunca vai saber. Tudo que fiz foi pensando que seria recompensada com a única coisa que me importava: você.
Você pode me acusar de abandonar o navio, mas eu estou afundando com ele e querido, isso eu não posso suportar. Saiba que não estou furiosa com você, estou furiosa porque eu amava o lugar que você era. Você era meu lar, Lando. E agora é apenas um espaço vazio e frio.
Foi bom enquanto durou, um momento de Sol morno. Mas é hora de partir e eu sei que você vai encontrar alguém para habitar sua casa novamente.
Desculpe não esperar para me despedir, sei que não conseguiria e te amar está me arruinando. Eu preciso ir e prefiro não falar para onde, preciso de espaço, mas estou bem, caso isso te importe. Entro em contato para buscar minhas coisas.
Até logo, Lando.”
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eclipsophie · 2 months ago
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☆ The Moon’s Glow;
୨୧ Apresentando a minha DR principal - Laneige Dr !
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°. 𝐋𝐚𝐧𝐞𝐢𝐠𝐞:
Laneige é uma marca de cosméticos sul-coreana lançada em 1994. Seu nome vem do francês "la neige", que se traduz como "a neve".
Sophie Moon é a CEO da marca coreana, sendo uma sucessora escolhida por Lee Yoori e Kim Siwon
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°. 𝐀𝐛𝐨𝐮𝐭 𝐌𝐨𝐨𝐧:
Sophie Moon Gonçalves ou Sosophie, nasceu em 24 de junho de 2001 (22 aninhos), na Zona Sul de São Paulo, capital.
☆! Mora em Seoul, Coreia do Sul, desde 2019.
𝗡𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲: Brasileira - Coreana / 𝗦𝗶𝗴𝗻𝗼: Câncer
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°. 𝐂𝐥𝐚𝐢𝐦𝐬:
𝗙𝗮𝗰𝗲 𝗖𝗹𝗮𝗶𝗺: Lizeth Selene
𝗙𝗮𝘃𝗲 𝘁𝗮𝘁𝘁𝗼𝘀: Oni nas costas, sol e lua nos ombros.
𝗗𝗲𝘁𝗮𝗹𝗵𝗲𝘀: Piercings diversos!! Sardinhas, olhos cor de mel.
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°. 𝐅𝐚𝐦𝐢́𝐥𝐢𝐚:
𝐏𝐚𝐢𝐬 : Maria Gonçalves & Moon Minho
☆! Mamis é médica e o painho é advogado. Eles são a minha base para enfrentar tudo de cabeça erguida.
𝐂𝐨𝐧𝐬𝐢𝐝𝐞𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 : Lee Yoori & Kim Siwon (Meus chefinhos :c)
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°. 𝐏𝐨𝐰𝐞𝐫 𝐓𝐫𝐢𝐨:
─ backstory ; Nathan e Dylan já se conheciam por conta que suas carreiras profissionais são ligadas em certo ponto, desde a primeira produção de Ddy com o Nathan, os dois viraram próximos no mesmo instante. Certo dia em uma festa universitária, um amigo em comum me apresentou os dois, e naquela festa todos beberam muito e foi muito fácil de construir uma amizade. E então os três até hoje não souberam se largar um do outro.
✿ 𝓜𝔂 𝓢𝓸𝓾𝓵𝓶𝓪𝓽𝓮𝓼... ࿚ ♡
─ 𝐍𝐚𝐭𝐡𝐚𝐧: (lado direito >)
𝗡𝗼𝗺𝗲: Nathan Kazumi
𝗜𝗱𝗮𝗱𝗲: 24 anos - 08 de abril de 1999
𝗖𝗮𝗿𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮: Modelo e influêncer
𝗘𝘅𝘁𝗿𝗮: Nath é o mais atentado do grupo, mas também é o mais atencioso.
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─ 𝐃𝐲𝐥𝐚𝐧: (lado esquerdo <)
𝗡𝗼𝗺𝗲: Dylan Yamaoka
𝗜𝗱𝗮𝗱𝗲: 23 anos - 15 de novembro de 2000
𝗖𝗮𝗿𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮: Compositor, Produtor e Editor de grandes artistas
𝗘𝘅𝘁𝗿𝗮: Dylan é mais quieto, mas sempre que está se divertindo vira um papagaio e ri que nem uma hiena.
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°. 𝐇𝐮𝐛𝐛𝐲:
Jay Park. Nos conhecemos da maneira mais engraçada e inusitada possível, mostrando para ambos corações ocupados que pensavam apenas no trabalho, que o amor pode nascer dos lugares mais improváveis e nos trazer uma paz e calmaria imensa para o nosso mundo de agito.
♡! Ficantes to Lovers
- Atualmente ainda somos apenas conhecidos, não temos nenhuma intimidade ou aproximação.
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Espero que tenham gostado! Qualquer dúvida sobre a minha DR podem comentar!
Insp: @delicatears / @multidimensionalslvt
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butvega · 1 year ago
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that gucci, prada comfy
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notas. essa braba aqui é uma junção desses três pedidos, {1, 2, 3}. meio que "baseada" na música sugar daddy, da qveen herby.
avisos. sugardaddy!jaehyun x sugarbaby!op, dinâmica dom!sub, old money au, uso contínuo de "papai", leve age gap, blowjob. desculpem, não sei mais fazer uma vigarice que preste.
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O ar condicionado ligado no máximo no salão de festas de sua casa gela até a pontinha de seus dedos. Pudera, a roupa que você veste não cobre nem a metade de seu corpo. Um vestido despudorado, provocativo, que unido ao salto alto que calça, a torna elegante e sensual.
Óbvio que chama atenção, afinal, você é a filha única de um multimilionário importante do ramo de negócios, e acabara de completar sua maioridade. O resultado disso era: velhotes ricos e desesperados despejando flertes indesejados direcionados à você à todo momento.
Infelizmente — para eles —, seu coração já possuía dono. De muitos amigos, e colegas de profissão de seu pai, você havia elegido seu favorito há algum tempo. Jaehyun Jung era um homem sério, de poucas palavras, mas portador de um doce sorriso presenteado com covinhas profundas e bonitas. Era ele que estava recostado em uma pilastra naquele momento, mexendo o gelo em seu copo de Whiskey pela metade, reparando cada. parte. de. seu. corpo.
Não havia sido fácil convencer Jaehyun de que você poderia ser madura. No auge de seus vinte e poucos anos, sem nenhuma intenção de carreira ou de trabalho, gastava a grana de seu pai de maneira imprudente. Viagens à Paris, passeios de barco em Capri, safari na África do Sul. Você realmente levava a sério quando seu pai dizia que você merecia todas as riquezas do mundo.
Mimada, supérflua, irritantemente infantil. Eram os primeiros adjetivos que recebera de Jaehyun quando deu suas primeiras investidas. Era um homem bonito, mais velho, mais vivido, e incrivelmente nunca havia se relacionado seriamente com mulher alguma. Até você.
Mas a relação de vocês era um pouco mais complicada que o esperado: seus pais não poderiam saber que estavam juntos, afinal, seu pai surtaria, e o grupo de sócios da qual faziam parte não estariam dispostos à um escândalo familiar público. Por isso, assim que Jaehyun cedeu, pediu que a relação fosse um segredo. O segredinho sujo de vocês.
Jaehyun não negava; amava você. Te amava imensamente, te presenteava com tudo que havia de melhor naquele mundo, e prometia que você não iria deixar de ter nenhum luxo quando se casassem. Porque sim, Jaehyun almejava torná-la a esposa oficial dele. Um troféu bonito, uma esposa que ele trataria como uma rainha. Que o apoiasse, e principalmente; que o satisfazesse.
Gosta dos olhares que recebe dele. Enraivecidos com a atenção que seu corpo recebe, duros, o cenho franzido, extrema atenção que dá aos acionistas ao seu lado. Gentilmente Jaehyun pede licença à eles, e caminha em direção à você. Ao menos consegue disfarçar o sorriso debochado direcionados ao ciúme do namorado, e em segundos ele chega até ti, com um aperto em seus braços, fazendo-a caminhar lado a lado com ele, até os corredores enormes da mansão de seu pai.
"Aí, Jae! Assim machuca." — murmura irritadinha, mas ele sim, sente o veneno escorrendo pelos lábios.
"Você não viu nada. Continua flertando com esses velhos 'pra você ver o quê é ficar machucada." — ele te prensa contra a parede do corredor. Você arregala os olhos olhando para ambos os lados, tensa pela possibilidade de qualquer um aparecer, até mesmo funcionários. "Não me provoca, que faço com que você fique sem andar por uma semana."
"Desculpa." — murmura quase hipnotizada, a fala mansa, baixa, apenas reparando o quão forte, alto e másculo Jaehyun consegue ser. Ele fica ainda mais sensual quando irritado.
"Minha menina... Por Deus... Por que você é tão desobediente comigo, uh? Por que tão arisca? O papai não 'tá te comendo direito?" — as mãos de Jaehyun sobem de sua cintura até seu queixo, onde o coloca para cima. Desce as mãos até seu pescoço, ameaça apertar, mas desiste assim que escuta passos pelos corredores.
Novamente Jaehyun está te puxando por aqueles labirintos sem fim, até abrir uma porta qualquer, que você reconhece como o escritório de seu pai. Ele tranca a porta assim que entram, é de imediato que Jaehyun retire o paletó que usa, junto da gravata borboleta. A feição fechada faz sua calcinha melar mais do que deveria. Mas como uma boa menina, você o aguarda.
Já desprovido de ambas as peças, Jaehyun abre alguns botões de sua camisa social antes de se sentar na poltrona que havia no canto daquela saleta. Te encara, aguarda alguma reação sua, e se agrada quando a vê paradinha, obediente como uma boa garota, esperando algum comando.
"Senta no colinho do papai, senta." — você se aproxima dele, vagarosamente, passo por passo, até que se senta nas coxas duras e fartas, sob o olhar felino de Jaehyun. "Vou te explicar direitinho o que você vai fazer, ok? Você vai ajoelhar, e me mamar direitinho, até eu estar pronto 'pra gozar nessa bucetinha gostosa. Ouviu bem?"
Seu corpo arrepia por inteiro assim que Jaehyun profere as palavras com uma malícia impecável. Ele dá dois tapinhas em seu rosto antes que você se ajoelhe, ainda o encarando com devoção.
Desabotoa a calça de alfaiataria dele, que a ajuda levantando levemente o quadril para que você a desça junto com a cueca Tom Ford que usa. Já livre, sua boca saliva só de vê-lo tão imponente, o mastro duro, de pé, a cabeça rosada.
Sem delongas, o põem na boca. Afinal, não seria capaz de desobedecer seu papai.
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amethvysts · 7 months ago
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Opa asks abertas e vim oferecer um cenário que martela na minha cabeça
Enzo ou pipe com uma atriz brasileira de uns 21/22 (daquelas que é atriz desde pequenininha, atuando em filme, novela etc de sucesso no Brasil, protagonista diva meeeesmoo) que é simplesmente uma mistura de morena tropicana com femme fatale. Bonita, cabelo hidratado, cheirosa!!!
Ela dá um show de atuação e entrou em hollywood a pouquíssimo tempo mas fez sucesso (muita gente cadela) imagino ela muuuuito orgulhosa de ser brasileira, cativa todo mundo com beleza e inteligência, além de saber muito de cultura
Imagino eles simplesmente abobados com tudo que ela fala, se eles prestam atenção na beleza, no que ela tá falando ou na aura dela
e se eu te disser que penso nisso todos os dias? é o meu fake scenario favorito pra alimentar antes de dormir ultimamente. e por isso, quero falar sobre os meus pensamentos com os dois!
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com o pipe, imagino que a atriz seja mais antenada nas redes sociais. ela é atriz, e ama o que faz, mas também tem uma comunidade de seguidores muito fiéis em praticamente todos os aplicativos. todo mundo que conhece, é apaixonado – não tem como não se apaixonar pela nossa diva porque além de linda, ela também é extremamente simpática. os tiktoks que ela posta viralizam e ela é uma das maiores it-girls do momento. super consigo ver ele curtindo e, às vezes, até comentando nas fotos dela, mesmo que nunca tenha chamado ela pra conversar ou a conhecido pessoalmente. pipe é muuuito fanboy dela, e ela sempre foi a celebrity crush dele, desde que uma das novelas que ela fez quando era mais novinha passou na argentina. mas assim que ele se tornou mais conhecido, justamente devido a la sociedad, ele passa só a curtir mesmo, com medo da atenção que pode receber. mas, isso não adianta: as fãs, fofoqueiras que só, desenterram os comentários antigos que ele fez nas fotos e vídeos dela e postam em tudo quanto é lugar. acaba que essas interações unilaterais atraem uma manada de gente querendo fazer com que os dois se conheçam, porque eles combinam! os amigos dele começam uma campanha interna pra fazer com que ele finalmente envie uma mensagem.
já com o enzo, eu imagino ele numa situação parecida com a do pipe, mas a única diferença é que ele tem a chance de te conhecer pessoalmente e ele vai com tudo. ele até poderia ter a encontrado durante o festival de gramado, mas como ela é uma international superstar, imagino a querida aceitando muitos trabalhos fora. durante os oscars, ele usa todas as entrevistas pra elogiar a atuação da nossa diva, e o enzo acaba fazendo mais propaganda pro filme dela. e eu juro, a quantidade de vídeos que saem desse homem te encarando de longe no red carpet é impressionante – o tiktok tem uma noite muito animada. tenho pra mim que ele acaba se aproximando dela de mansinho, uma das mãos em cima dos botões do paletó enquanto ele morde o lábio inferior. ele se sente até nervoso, mas só porque é a maior celebrity crush dele – nem ele tá imune desse mal. começa elogiando a atuação dela, dizendo que é um grande admirador dos filmes e novelas que ela já fez, chega até a citar um trabalho que foi muito marcante na carreira dela. e, quando os dois menos esperam, passam até a after-party conversando.
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typegirls · 3 months ago
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→ Rosé x Leitora g!p
→ Palavras: 806
→ Sinopse: Você e Rosé dando uns amassos durante o VMAs.
NOTAS: fluffy, um pouco de angst no início, leitora com pênis.
📌 masterlist
© all rights reserved by @hotlink907
© tradução (pt/br) by @typegirls
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Ela havia lhe dito que a encontraria nos bastidores, mas você ainda não a tinha visto e estava começando a ficar um pouco nervosa. O fato de ser convidada de uma artista famosa significava que você tinha permissão para voltar aqui, portanto, não era isso que estava causando o nervosismo.
Não, foi algo muito mais bobo. Você sabia que era um medo ridículo, mas Rosé era famosa e bonita. Ela podia ter quem quisesse. Então, por que ela escolheria você, quando havia tantas outras pessoas deslumbrantes ao redor?
Taylor Swift estava aqui, entre todas as pessoas, e você sabia com certeza que Rosé tinha uma queda por ela. Quem não teria? Ela era alta, com pernas longas, incrivelmente talentosa...
E você era... Quem exatamente? Apenas a namorada secreta da Rosé.
Você olhou em volta para todas as celebridades que circulavam. O VMAs era um dos maiores shows de premiação. Não deveria ter ficado surpresa com o fato de Rosé estar ocupada. Você suspirou e foi para o canto, fora do caminho de todos, veria Rosé mais tarde, na pós-festa. Ou talvez no hotel, se ela estivesse muito ocupada. Não havia problema, você sabia que ela tinha trabalho a fazer.
Não foi culpa dela, você sabia disso. Então, por que você se sentiu tão...
— Querida, o que você está fazendo aqui?
Você quase se arrepiou ao ouvir a voz de Rosé.
— O quê? – Você girou para o lado para vê-la se aproximando de você, e como sempre, a beleza dela a deixou sem fôlego.
Como uma pessoa pode ser tão deslumbrante?Simplesmente não era justo.
— Bem... Eu estava esperando por você e não queria atrapalhar ninguém. – Explicou, esperando que sua decepção não fosse evidente.
Mas como sempre, ela percebeu imediatamente o que você estava sentindo.
— Ei. – Disse ela com o rosto suavizado, enquanto entrava num canto escuro com você.
Havia muitas pessoas ainda andando por ali, mas nenhuma delas parecia estar prestando atenção. No momento, parecia que vocês duas estavam em seu próprio mundinho.
— Você não achou que eu tinha me esquecido de você, achou?
Você olhou para o chão.
— Não. Quero dizer, não por isso. Quero dizer, só sei que você tem muita coisa acontecendo. Então, não tem problema!
Rosé parecia um pouco triste, ela se aproximou de você.
— Eu nunca me esqueceria de você. Você sabe disso.
Você podia sentir o cheiro de seu perfume, podia ver como o vestido se agarrava ao corpo dela, exibindo cada curva conquistada com muito esforço. Praticamente podia sentir as pernas nuas dela pressionando as suas.
E, de repente, você começou a sentir seu vestido ficando um pouco mais apertado, bem na região da cintura.
— Rosé... – Você sussurrou enquanto ela se aproximava ainda mais de você. — Nós não deveríamos...
— Por que não? – Ela perguntou suavemente. — Quero seus lábios nos meus. Bem aqui.
— Há pessoas ao redor. – Você protestou. — Qualquer um pode ver! E se alguém tirar uma foto?
— Deixa eles. – Disse ela. — Eu não me importo.
E o mais bonito dessas palavras é que elas eram verdadeiras. Rosé teria desistido de sua carreira, de sua reputação e de tudo o que tinha, apenas para ficar com você. Mas você se recusou a ser o motivo pelo qual ela perdeu tudo. Você se afastou, não muito, mas o suficiente para deixar sua cabeça livre da presença inebriante dela.
— Vamos procurar um lugar mais reservado. – Você disse.
— Gosto do som disso. – Ela disse e os seus olhos brilharam.
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Era um armário. Literalmente, apenas um armário, mas tinha fechadura e luz, e havia espaço suficiente para vocês duas.
Rosé estava em cima de você no segundo em que a fechadura se fechou, com os lábios dela contra os seus. Você se entregou totalmente ao beijo, as mãos dela percorrendo todo o seu corpo, os seios, a parte inferior das costas, a bunda, o pênis duro que estava em plena atenção desde o momento em que vocês duas se afastaram.
— Senti sua falta. – Você disse quando teve um segundo para recuperar o fôlego.
— Estou aqui agora. – Disse Rosé. — Vamos aproveitar ao máximo.
Ela se inclinou para frente e a beijou novamente com força.
Você queria arrancar o vestido dela, agarrá-la e deslizar para dentro dela. Queria fazer amor com ela, ali mesmo, mas sabia que isso precisava esperar.
— Eu queria beijá-la a noite toda. – Você disse sem fôlego. — Eu queria beijá-la no tapete vermelho. No palco.
— Um dia. – Disse ela brincando com seu cabelo, a respiração dela fazendo cócegas em sua orelha. — Um dia vamos contar para todos eles. Por enquanto...
Você deu uma risadinha.
— Por enquanto, vamos dar uns amassos em um armário no VMAs.
Rosé riu, aquela risada mágica como um sino que sempre o encantava.
— Bem, você não pode dizer que eu nunca a levei a um lugar agradável. – Você a beijou novamente.
Vocês tinham uma à outra. E, por enquanto, isso era tudo o que você precisava.
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biancavogrincic · 2 months ago
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Prólogo - Ensejo de Paixão
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Sabe quando sua vida perde todo sentido pela falta de uma pessoa? Bem, foi isso que aconteceu com Enzo, depois da morte de sua esposa Carol, ele ficou sem foco algum.
Ele desistiu do maior clube do mundo, o Real Madrid, onde se sagrou campeão de três campeonatos importantes como Mundial de Clubes da FIFA, Champions League e Copa Rei para voltar para a América do Sul com sua filha e sogra.
De forma alguma abrir mão do contrato bilionário com o maior clube do planeta o prejudicou, Enzo possui a própria marca e próprio negócio, ele nunca passaria por dificuldades financeiras mesmo que desistisse da carreira, ele sabe como gerir empresas, foi ensinado a comandar grandes corporações pelos pais ainda na infância, pois seus pais são donos do maior polo de telecomunicações do Uruguai.
Ao contrário de muitos jogadores de futebol, Enzo nasceu em berço de ouro e escolheu a profissão de futebolista por puro amor ao esporte, o jogador nunca passou dificuldades financeiras e sempre foi atrás das suas oportunidades sem precisar se submeter a situações precárias como muitos garotos, ele chegou a jogar no Brasil aos 18 anos, mais especificamente no Cruzeiro, foi onde acabou conhecendo Carol e se apaixonando perdidamente.
Carol era uma mulher negra retinta e os pais de Enzo nunca aceitaram bem o casamento dos dois ou o nascimento da neta e para proteger as duas, ele não hesitou em se afastar dos pais, tudo estava perfeito até o dia em que houve uma tempestade fora do normal na cidade de Madri e ele estava dirigindo para casa, como a pista estava escorregadia, um outro carro conduzido por um jovem alcoolizado bateu no veículo dele ocasionando o acidente que tirou a vida da esposa.
Mesmo usando a raiva de perder a esposa como motivação para entrar em campo e dá o seu melhor, o mesmo estava em luto, pois não estava aguentando mais ficar na cidade que o amor de sua vida faleceu, ele acabou voltando para o Brasil.
Enzo decidiu no dia do funeral da esposa que jamais iria se apaixonar por outra mulher novamente, nem mesmo se casar, ele morreria sendo um pai solo e que não teria nenhuma mulher mais em sua vida, ele detestava que falassem para ele seguir em frente.
Atualmente ele mora em São Paulo, sempre teve estabilidade financeira porque além do futebol investiu em outras áreas, como a de modelo, ele é uma febre entre as mulheres e homens, possui milhões de seguidores nas redes sociais.
Enzo é um dos nomes do futebol que mesmo com pouco tempo de carreira construiu uma fortuna bilionária graças a visão para os negócios.
— Sospecharía del intento de tus padres de acercarse a ti y a Luna. — Giorgian De Arrascaeta, um dos melhores amigos de Enzo comenta pensativo.
Os dois eram da mesma categoria de base no Uruguai e até jogaram um tempo juntos no Cruzeiro antes de Enzo ser vendido para o Real Madrid. Eles sempre conversam por videoconferência, principalmente agora que um está em Minas Gerais e o outro em São Paulo.
— Sé que no lo haré, nunca olvidaré las cosas horribles que le dijeron a Carol el día que la presenté como mi novia. — Enzo murmurou preocupado.
— Pero estuvo bien que vinieras a Brasil, las personas que se preocupan podrían ayudarte más fácilmente, Luna necesita crecer rodeada de todos, mi única preocupación es su padre.
— Lo sé, este intento de acercarlos también me preocupa, algo están tramando y son poderosos, Gio. — engoliu em seco.
— Son poderosos en Uruguay, aquí en Brasil las cosas son muy diferentes. — relembrou tentando tranquilizar o amigo. — Pero ya te estás Tratando de encontrar a alguien con quien sali por ahí?
— No y no lo haré. — disse sisudo.
— Sé que es difícil, pero tener al menos una aventura sin condiciones no te matará y salir con alguien sería bueno para ti en lo que respecta a Luna, ella necesita una figura materna.
— Luna no necesita una figura materna, ya tiene a su abuela.
A lógica de Arrascaeta fazia sentido, mas Enzo era cabeça dura, isso sem contar que mesmo sabendo que sua sogra estava doente devido a um câncer de mama, ele não cedia nem mesmo a ideia de contratar uma babá para cuidar de Luna, ele tinha medo que alguém pudesse machucar.
— La señora Marilene no se encuentra bien, cuidar a Luna la mayor parte del tiempo debe ser agotador, incluso si no vas a tener una cita, busca a alguien en quien confíes.
— ¿Y cómo haría eso?
— Debe haber una mujer en el edificio donde trabajas que conozca a una niñera.
— No confío en nadie para que cuide a mi abejita, no es como si confiara en alguien para que se quede a dormir en mi casa con mi hija mientras estoy fuera por trabajo.
Enzo largou o futebol para cuidar da sogra doente, mas ele sempre precisa viajar por causa dos eventos ou das empresas.
— Tu necesidad no te da opciones. — o moreno deu de ombros. — Piense conmigo, la Sra. Marilene se desmaya durante la noche debido a los medicamentos fuertes, alguien necesita vigilar a Luna al menos en las primeras horas de la mañana.
— ¿Y a quién contrataría para que hiciera esto por mí?
— Ya dije esta parte, lamentablemente eso depende de ti, lo que sea, haz un período de prueba con alguien, estás en São Paulo, la gente dice que es fácil encontrar gente dispuesta a trabajar allí. — o homem riu concordando com o amigo, minutos depois eles desligaram a ligação.
— Papá, faz pipoca doce pra mim. — Luna apareceu na sala e pulou direto no colo do homem.
Enzo falava um "portunhol" quando não estava conversando com seus amigos do Uruguai, mas no normal ele precisa sempre falar em português, já que todos à sua volta só falam a língua oficial brasileira.
— A senhorita precisa ir dormir, não é hora de pipoca não, abejita. — ele sorriu acariciando o rosto da pequena.
Enzo ama os traços da filha, ela é bem parecida com a mãe,a única diferença é o tom de pele de Luna que é mais claro, mas os cabelos crespos cacheados castanho claro, olhos castanhos escuros, lábios carnudos e boca grande, nariz grande, ele acha a filha uma boneca de porcelana e é um pai coruja.
— Mas eu queria tanto.
— Luna, a vovó já tinha colocado você na cama para dormir. — Marilene, a sogra de Enzo, apareceu na sala atrás da neta. — Eu achei que a senhorita estivesse dormindo.
— Minha barriguinha tá querendo "mimida", abuela. — a pequena fez uma careta manhosa. — Queria pipoca doce.
— Isso mesmo, queria, agora não quer mais e você já escovou os dentinhos. — ele abraçou a pequena três anos de idade.
— Eu posso escovar de novo. — argumentou.
— Está tarde para você ficar acordada e comendo besteira, minha princesa.
— Olha, amanhã o papai faz pipoca e assiste A Princesa e o Sapo com você quando voltar do hospital com a vovó, está bem? — a pequena assentiu se empolgando.
Ela deu um beijo no rosto do pai, saiu da sala e voltou para o quarto, a sogra de Enzo sentou-se no sofá e o analisou rapidamente.
— Temos que conversar.
— Se for sobre a enfermeira, eu não abro mão, você vai ter alguém cuidando de você o tempo inteiro e eu matriculei a Luna no ballet, minha filha ficará bem e com a mente ocupada. — ele garantiu, suspirando pesadamente.
— Não é sobre a Luna, confio em você inteiramente, você é um bom pai, quero tratar sobre alguém para poder me ajudar aqui em casa com Luninha e sobre você começar a ver uma forma de seguir em frente…
— Eu estou seguindo em frente, não preciso de ninguém.
Enzo suspirou pesadamente, era um assunto que não poderia fugir, apesar de contratar uma cozinheira e uma faxineira, ainda tinha alguém para poder ajudar com Luna, mas esse assunto era delicado.
Sua sogra estava fazendo tratamento contra o câncer, prestes a fazer uma cirurgia na mama, não consegue fazer muitas atividades domésticas, tendo dificuldade até de fazer coisas básicas, ela precisa de alguém para cuidar da neta.
— Veja com suas amigas do prédio se tem alguém para indicar. Eu pago o que for preciso.
— Tem uma menina chamada Bianca, Isabel a indicou, ela faz faxina na casa desde os 16 anos, é muito dedicada e se dá bem com crianças, posso pedir para ela vir aqui amanhã conversar com você?
Marilene já tinha combinado tudo com Bianca anteriormente, ela viu muito de sua filha e dela mesmo na garota, adorou saber que ela também é baiana, mas precisava convencer Enzo a concordar com a ideia. Bianca foi aprovada na faculdade há poucos dias, mas está procurando um emprego para poder ter estabilidade e alugar um local para morar sozinha durante o curso.
Pelo que ela percebeu ao conversar com a garota, ela é muito doce, mas tem personalidade forte e sempre está disposta a aprender.
— Está bem, pode falar para ela vir aqui. — cedeu suspirando pesadamente.
— É só até eu vencer essa doença maldita, só quero que minha neta seja protegida e cuidada.
— Eu sei, Mari. Eu sei.
Enzo saiu e foi para o quarto da filha, Luna estava sentada na cama brincando com seu ursinho favorito.
— Achei que a abuela tinha sido clara sobre você ir dormir. — ele se aproximou da pequena e deitou na caminha da mesma.
— O Fulipeco queria brincar comigo. — contou se referindo ao amigo imaginário.
Luna começou ir para escola tem apenas uma semana e não tem amigos ainda, para suprir essa solidão, a menina criou esse amigo imaginário.
— Diga a ele que você precisa dormir para ir para escolinha amanhã.
— Está bem. Boa noite, Fuli. Boa noite, Papá.
Ela deitou a cabeça no peitoral do mais e o abraçou apertado, Luna não sabe o que é amor materno desde os 9 meses quando a mãe morreu. Além disso, o próprio Enzo reconhecia que ele entendia muito pouco sobre as experiências da filha sendo uma menina negra.
Na zona norte da capital, em uma realidade totalmente diferente das casas luxuosas de Moema, Bianca, a jovem indicada ao emprego na casa estava chegando em casa após um dia de trabalho fazendo faxina em apartamentos de luxo, já sabendo o que enfrentaria ao chegar na residência suspirou pesadamente e se forçou a pensar que logo as coisas melhorariam para ela, pois logo ela sairia daquela casa para morar na própria casa.
— Isso lá são horas de chegar em casa? — Carlos, esposo da tia de Bianca, perguntou mais uma vez implicando com a garota.
— Eu estava trabalhando, a casa da dona Isabel é longe. — respondeu revirando os olhos internamente e tentando manter o tom cordial para não apanhar dele ou da tia.
— E isso é motivo para chegar às nove horas da noite? — Juliane, prima de Bianca, lhe indagou querendo levianamente que a prima apanhasse dos pais.
— É um apartamento na região do Ibirapuera, hoje o trânsito estava um caos por causa daquele acidente na marginal Tietê, por isso cheguei agora. — explicou, olhando para os próprios pés e rezando para que isso não fosse motivo de implicância e posteriormente uma surra.
— Nossa, nem precisava falar desse jeito ignorante com ela. —  Juliano, primo de Bianca, comentou tentando fazer com que a garota entrasse em problemas.
— Se você falar assim com minha novamente quebro sua cara, Bianca. — Janaína, tia dela, ameaçou.
— Desculpa. — pediu já acostumada com o tratamento injusto e hostil.
Janaína apenas brigou pela guarda de Bianca porque tinha interesse na pensão que a previdência social daria para ela devido a morte da mãe, mas ela nunca gostou da sobrinha, a mesma tem ciúmes, especialmente porque o marido não a procura mais porque encontrou o alvo perfeito para os seus abusos, na cabeça doente e retrógrada da mulher, Bianca tem seu corpo violentado porque quer, ela nem mesmo ver a situação como estupro.
A vida de Bianca se enquadra perfeitamente no que o mundo conhece como violência doméstica e abuso sexual de vulnerável, desde a morte de sua mãe quando a garota tinha 10 anos de idade, ela passou a ser "cuidada" pela tia, irmã de sua mãe, já que seu padrasto a quem a mesma via como um pai não pode ficar com a guarda dela, o mesmo só conseguiu a guarda dos dois irmãos dela que são filhos biológicos dele.
O marido de sua tia é um homem extremamente violento, sua tia mesmo é uma vítima dos abusos constantes dele, embora ele seja o típico retrato do cidadão de bem, que trabalha, vai a igreja e é o chefe de família, em casa ele é um monstro horrível. Bianca é tratada pior que um animal dentro de casa e serve de saco de pancadas de todos dentro da residência, ela não tem vida desde os 11 anos, nunca pôde experimentar nada que uma adolescente poderia viver.
O máximo que Bianca sabe sobre festas e danças se dá porque ela ia catar latinha para vender e conseguir alguns trocados em bailes funks, festas da terceira idade  com samba e algumas festas com tema envolvendo baile charme e forró, ela via os movimentos e imitava de longe até se aperfeiçoar, mas nunca pôde dançar.
Até os namoradinhos eram proibidos para ela, mas isso nunca a impediu, mas depois de ter sido ameaçada de morte pelo tio misógino por namorar escondido um rapaz da escola,  ela nunca mais ficou com ninguém ou se permitiu se apaixonar.
— Tia, a senhora assinou as declarações pra enviar na faculdade? — Bianca questionou esperançosa.
— É para quando?
— O último dia de prazo é sexta-feira agora.
A semana estava apenas começando, mas a burocracia de documentação da Pontifícia Universidade Católica para o programa do governo federal ProUni era complicada e a única coisa que faltava para a garota que acabou de fazer 18 anos eram as declarações assinadas pela tia.
— Não sei porque esse negócio de faculdade, você não vai conseguir ser aprovada mesmo. — Carlos murmurou con segundas intenções, ele não queria isso para que Bianca não mudasse de vida e ficasse sempre sendo abusada por ele.— Você deveria era pensar em trabalhar ao invés de estudar.
— Pensar em trabalhar para ser igual o senhor? — perguntou não aguentando.
Às vezes, Bianca respondia não por malcriação, mas por raiva de ser colocada para baixo o tempo inteiro.
— O que você falou, sua rampeira? — o homem levantou e foi na direção dela. — Você me respeite e procure seu lugar! — ele deu um tapa em seu rosto, isso fez a garota cair no chão com o lábio cortado. — Culpa sua que essa mal agradecida é respondona assim. 
A tia, vendo uma oportunidade de descontar sua raiva do dia, foi até o quartinho no quintal que a jovem dormia, pegou os documentos que faltavam levar para universidade e rasgou, após isso voltou com uma bainha de facão e avançou contra a sobrinha.
A pobre garota só pôde gritar pedindo socorro enquanto ninguém ousava interferir, seja dentro de casa, seja fora de casa, nenhum vizinho interferia, embora discordasse do que faziam com a garota.
— Só porque você foi malcriada, não vou assinar porra nenhuma, sua mal agradecida. — a mulher disse parando de bater na menina finalmente. — E vai lavar a louça logo antes que eu meta a porrada em você novamente, sua preguiçosa.
A garota levantou com dificuldade e assentiu, ela sabia que após todos dormirem, seria pior, pois ela acordaria no meio da noite com o tio fazendo o que não deveria em seu corpo.
No meio desse caos, Bianca se lembrou que Edilene, a mulher que era empregada doméstica há décadas em um condomínio de luxo no bairro de Moema e que era um anjo na vida da garota, uma viúva que batalhou muito para criar filhos e netos que hoje estão todos formados na universidade e com bom emprego, a mulher trabalhava com Isabel que gostava muito de Bianca também.
Bianca fazia companhia de segunda-feira a sexta-feira desde que tinha 15 anos para a patroa de Edilene e ajudava a mulher a limpar a casa e fazer comida, Edilene disse que se a tia não desse as declarações, ela mesma faria isso pela garota e deixaria a mesma morar na casa dela uns tempos até ela conseguir um cantinho.
Isabel era uma mulher de 75 anos que vivia com o neto em um apartamento, ela foi ajudada casualmente por Bianca quando a mesma passou mal na rua, logo ela quis recompensar a garota que explicou que seus tios queriam que ela arranjasse um trabalho, então ela fez a proposta da mesma fazer companhia e ajudar a empregada da casa que já é uma de idade também a limpar o apartamento.
Dona Isabel e dona Edeline, a empregada da casa, logo gostaram de Bianca e viram futuro da menina, então Isabel começou a presentear a garota com livros e ao ver que a menina realmente estava lendo e se interessando pelas histórias, passou a lhe ensinar etiqueta, postura, línguas estrangeiras como inglês, francês e espanhol, a entender sobre cultura erudita e moda.
Enquanto Edilene ajudava a garota a ter o que comer, a conseguir as coisas no mundo quando ela se visse totalmente sozinha, Edilene era única que tinha uma mínima noção de como a vida da menina era complicada e sempre a ajudava como podia para fugir da família abusiva, ela chegou até a denunciar, mas como Carlos tinha contatos por causa de membros da igreja que ele frequenta, nada foi feito.
Nos dias seguintes, Enzo continuou pensando sobre os conselhos de Giorgian, especialmente no dia em que foi conversar com o advogado sobre a liminar que obriga o plano de saúde a cobrir a cirurgia e todo tratamento de câncer da sogra.
— O que eu quero unicamente é que minha sogra faça o tratamento, não existe justiça nesse país? — Enzo esbravejou para o advogado.
— Eles não podem negar, o código de defesa do consumidor proíbe, mas para ser mais incisivo, vou entrar com uma liminar. — o advogado explicou.
— E por que isso não foi feito antes? — Enzo murmurou impaciente. — Cada dia é precioso para saúde da minha sogra.
— Já foi feito. — o mais velho disse calmo. — Mas o juiz não decidiu ainda, infelizmente não controlamos os juízes.
Enzo acabou tendo uma ideia, um de seus amigos aqui no Brasil era desembargador, como um homem criado para ser poderoso, ele sabia que sempre é preciso ser amigo de juízes e desembargadores, ele irá entrar em contato com esse amigo.
Depois da reunião com o advogado, Enzo ligou para esse amigo, que disse que iria conversar com o juiz do caso para agilizar o processo. Ele poderia jantar com o homem, mas preferiu usar o horário de almoço para poder evitar conversar com a babá que seria contratada.
Enquanto isso, Bianca comemorava com Edilene e Isabel a sua aprovação na faculdade, ela era a primeira de sua família a conseguir ingressar no ensino superior, o curso escolhido era Direito, desde criança todos a achavam bem incisiva quando o assunto eram injustiças.
— Eu sabia que você iria conseguir, Bibi. — Edilene abraçou a garota de lado.
— Eu não conseguiria se a senhora não me ajudasse e se a dona Isabel não me desse os livros para estudar para o Enem. — a garota sorriu.
— O esforço não foi nosso, foi todo seu, o mérito da conquista é todo seu, Bi. — Isabel murmurou orgulhosa.
— Mas assim não é porque você conseguiu passar na faculdade que é para nos abandonar, viu, mocinha?
— Oh, dona Edilene, eu nunca vou abandonar vocês, sempre serei extremamente grata e vou vim aqui todos os dias pra te ajudar e fazer companhia para dona Isabel antes de ir para faculdade, quando eu me formar eu quero as duas indo pegar o diploma comigo e quando eu me tornar uma advogada quero mostrar a carteirinha da ordem primeiro para as duas. — a garota murmurou sincera.
— Me deixa tão feliz sabendo que você não vai esquecer de nós, minha filha. — Isabel a abraçou apertado.
— Bem, o que eu perdi? — João Victor, o neto de Isabel chegou em casa depois de passar dias fora de casa indo para festas da atlética da faculdade.
Ele também é um estudante de direito, mas ele já está no terceiro semestre e tem 19 anos, ele está segurando o notebook formatado que será doado a Bianca para que ela possa estudar, desde os 16 anos ele nutre uma paixão secreta por Bianca, mas nunca se aproximou da garota e a mesma nunca o olhou com outros olhos, na verdade, ela nunca teve interesse em ninguém.
— Oi, meu neto. — Isabel disse, se afastando o abraço. — Trouxe o que eu te pedi?
— Trouxe sim. — falou, entregando a caixa com o eletrônico para a mais velha. — Saiu a lista dos calouros das turmas de direito, você passou?
— Sim, meu primeiro dia na faculdade será amanhã.
— Estamos comemorando isso, Bibi passou e vai para a faculdade. — Edilene respondeu orgulhosa.
— Eu sabia que você iria conseguir, sua cara de CDF nunca me enganou. — o garoto disse sincero. — Parabéns, Bi.
A garota estranhou seu comportamento, ele nunca a chamou pelo apelido, mas apenas agradeceu as congratulações.
— Você já tem um vade?
— Ah, ainda não, eu vi que está bem caro, vou juntar dinheiro até conseguir comprar. — respondeu suspirando pesadamente.
— Eu tenho dois um desse ano, posso te dar um, eu nem uso um deles.
— Sério? — o garoto assentiu. — Obrigada mesmo, seu João. Que Deus te abençoe grandemente.
Edilene percebeu mais uma vez que o olhar de João era diferente, um olhar apaixonado e Isabel notou também, a avó do rapaz não aprovava, pois sabia que João não era homem de namorar e iria machucar Bianca.
— Ah, eu tenho um presente para você. — Isabel entregou o caixa com o notebook para Bianca.
Bianca pegou a caixa e abriu vendo o notebook, os olhos da garota brilharam, ela estava querendo comprar um notebook para ajudar nos estudos, mas nunca conseguiu porque o dinheiro que ganha vai todo para a família.
Ela abraçou a mais velha apertado e sorriu.
— Muito obrigada! — ela exclamou. — Eu nem sei como agradecer, Deus te abençoe, dona Isabel. — agradeceu sincera.
— Não é novo, mas por enquanto vai te ajudar. — ela concordou.
— Você tem carona para faculdade hoje? — João perguntou, tentando se aproximar.
— Eu vou de ônibus e metrô.
— Eu te levo de carro.
— Não precisa se preocupar, seu João.
— Eu insisto. — ele sorriu. — Pode ir descendo, eu te vejo na entrada do prédio, vou só trocar de roupa. — ela assentiu.
— Eu tenho que ir, mas amanhã estou de volta para contar tudo. — disse abraçando as duas. — Muito obrigada por serem uns anjos na minha vida.
Ela organizou o que ganhou na mochila e saiu do apartamento, ela pegou o elevador e foi para o térreo, mas acabou sentindo falta do celular e das chaves de casa, então foi procurando na mochila e nem se atentou direito ao caminho.
Nesse momento Enzo estava trocando mensagens com o advogado e também não prestou atenção no caminho enquanto estava caminhando para o elevador.
A desatenção dos dois fez ambos se chocarem, o impacto fez com que Bianca quase caísse no chão, mas Enzo a segurou com firmeza.
Enzo sentiu como se uma corrente elétrica passasse pelo seu corpo, uma energia surreal estava em suas articulações, ele encarou a mulher a sua frente e sentiu seu coração acelerando freneticamente, uma sensação que ele não tinha desde a morte de sua esposa.
Bianca teve uma sensação diferente, medo e dor. Como ele segurou seu braço machucado pela surra que ganhou de seus tios, isso fez a mesma soltar um gemido de dor e o medo da jovem estava atrelado ao fato de que ela tinha medo de toque físico vindo de homens.
— ¿Estás bien? — perguntou preocupado quebrando o silêncio. — ¿Se lesionó? — ele percebeu a inquietude da garota com o seu toque e notou um certo medo.
— Yo estoy bien… — Bia respondeu, soltando o ar dos pulmões que ela nem havia percebido que estava prendendo. — Lo siento, estaba distraída buscando algo en mi bolso. — ela explicou, voltando a procurar o celular e a chave, finalmente achando no meio das nécessaires.
— Yo también estuve desatento, no te preocupes.. — o homem sorriu gentil.— ¿Habla español? — Enzo indagou empolgado.
— Sí, quiero decir, mato mi lengua más de lo que hablo. — ele riu da resposta descontraída dela.
— Se sentir mais confortável, pode falar em português comigo, é que eu fiquei tão preocupado pelo susto que acabei falando espanhol no automático. — explicou, fazendo Bia sorrir timidamente, olhando para os pés. — Eu me chamo Enzo. — Bianca o encarou novamente.
— Eu me chamo Bianca.
— Espera, eu iria fazer uma entrevista de emprego com você hoje. — ele sorriu empolgado, de repente ele quis muito está próximo a ela e ir conversar.
Aquele sorriso fez a garota sentir uma corrente elétrica pelo corpo, dessa vez não tinha medo e sim conforto.
— A dona Marilene falou que o senhor teve um imprevisto hoje e não poderia me entrevistar, aí eu já ia embora.
— Você está disponível agora?
— Não exatamente, eu vou precisar ir para minha faculdade resolver algumas burocracias.
Enzo queria misteriosamente ficar perto da garota, como se seu corpo fosse metal e ela o ímã, algo dentro dele implorava para que ele a protegesse de alguma forma.
— Se você não ver problema, eu posso te levar na faculdade e nós vamos conversando no caminho.
Bianca ponderou muito, ela estava com medo de ficar num carro sozinha com um homem desconhecido, mas infelizmente ela precisava passar nessa entrevista com esse homem desconhecido para poder finalmente sair da casa dos tios.
— Tudo bem…se isso não for atrapalhar o senhor.
— Bi, eu estou te esperando um tempão. — João se aproximou e abraçou a garota de lado marcando território. — O CAA só fica aberto até às 19:30, está trânsito e você vai acabar se atrasando. — o garoto acariciou o rosto de Bianca propositalmente, ela se sentiu desconfortável e o afastou.
João percebeu o olhar de interesse e encantamento vindo de Enzo e o mais velho ficou incomodado com a atitude de João.
"Que desgraçado de sorte, ele namora com ela. " Pensou o homem, encarando fixamente o outro. Enzo não entendia esse sentimento parecido com ciúmes, muito menos a inveja que sentiu ao deduzir isso, ele não poderia sentir isso por ninguém, ele havia prometido a Carol.
— Seu namorado?
— Não. — Bianca respondeu prontamente.
Enzo ficou mais aliviado em escutar isso, enquanto João não gostou muito.
— Seu João, eu vou fazer a entrevista com o seu Enzo, vejo o senhor depois, combinado?
Enzo sorriu inconscientemente ao notar que a relação dos dois era puramente profissional.
— Se você for fazer a entrevista não vai conseguir fazer a carteirinha pra entrar na faculdade e vai perder o primeiro dia de aula amanhã.
— Eu vou levá-la, não se preocupe, Seu João. — Enzo murmurou com um leve tom de deboche.
Internamente ele não entendia porque estava se comportando de uma forma tão infantil por alguém que acabou de conhecer.
João olhou para Bianca pedindo a confirmação e ela assentiu.
— Você vai ficar bem? — ela assentiu. — Te vejo amanhã no campus então. — deu um beijo em sua bochecha. — Cuidado no caminho, Bibi. — ele saiu.
Enzo sentiu uma raiva tão grande vendo a cena, ele realmente não estava entendendo como uma desconhecida estava fazendo ele ter comportamentos de um homem atraído ou apaixonado por alguém e o pior, ele não entendia o fato de ter inveja de um homem que estava tocando uma mulher que ele está encontrando a primeira vez na vida dele.
Algo que ele não entendia de forma alguma era como ele estava sentindo isso por outra mulher após prometer a si mesmo que nunca mais se sentiria atraído, apaixonado ou encantado como nenhuma outra mulher que não fosse sua falecida esposa.
Bianca, por outro lado, estava se sentindo mal, pois a pequena disputa de ego entre Enzo e João fez com que ela se sentisse como se fosse um objeto prestes a ser leiloado, ela não gostou do comportamento dos dois e via um perigo muito grande no futuro chefe claramente tendo interesse nela.
Enzo não tinha maldade dentro de si, ele não via Bianca com desejo sexual embora achasse a jovem muito bonita, ele sentiu mais um sentimento de proteção, cuidado e amor, ele estava com desejo de viver algo romântico e nada sexual com ela, era um desejo subconsciente, mas que a garota de sorriso acolhedor lhe despertou.
Bianca havia sido a razão pela qual ele sabia que claramente não iria conseguir cumprir a promessa que fez a esposa, isso fazia ele se sentir culpado e um ser humano horrível.
A jovem passou a ter medo de que o homem propusesse algo sexual em troca da oportunidade de trabalho, isso fez a mesma ter se arrependido de ter aceitado fazer a entrevista com ele, mas na situação em que estava, ela não tinha muito escolha, era isso ou aguentar mais tempo dentro de um lar tóxico e abusivo.
Ambos estavam em conflito, mas por motivos diferentes.
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dreamwithlost · 3 months ago
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...KIM MINJI É MEU GRANDE AMOR
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Jiu x Fem!Reader
Gênero: Friends to lovers, sáficozinho lindo, agnst
W.C: 4K (VALE A PENA EU JURO)
ᏪNotas: Ultimamente tá sendo difícil escrever KKKKK (ovo ir de camisa de saudade eterna) masss eu lembrei dessa aqui que escrevi a um tempo atrás para o spirit, e como AMO ela, resolvi que seria uma boa hora para traze-la para cá também!!! Espero muito que gostem, e uma boa leitura meus amores ♡
Ps: Obrigada Evelyn Hugo que me deu inspiração para essa história ♡
Ps²: Escutem dreamcatcher.
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Você sempre hesitava em tomar seu cappuccino toda vez que a garçonete o depositava sobre sua mesa, seus dedos deslizavam pela alça de cerâmica, girando a pequena xícara branca, o barulho do atrito sobre o pires da peça ocultado pelo falatório animado de Nabi a sua frente. Você permaneceu focada na conversa com a amiga, um sorriso sincero estampando seu rosto vez ou outra, por mais que estivesse exausta dos ensaios da coreografia de mais cedo.
— Daí eu reencontrei ele! — Nabi contava animada sobre o garoto qual reencontrou na estação de trem, a jovem fez uma careta após bebericar seu café ainda extremamente quente, o seu oposto.
Talvez você sempre hesitasse demais, e Nabi, de menos.
— Eu não acredito — Você riu levando uma das mãos até a boca, se afastando de seu cappuccino — Parece cena de filme — Apesar da fama de suas músicas, era sempre a vida agitada de sua amiga e empresária que lhe animava, saciando qualquer desejo de histórias românticas que pudesse vir a ter.
Talvez você fosse ótima em ouvir histórias de amor, e Nabi, de vivê-las.
— E você? — Murmurou Nabi, apoiando os cotovelos sobre a mesa, seus cabelos loiros balançando em sentido da brisa fresca que entrava na cafeteria favorita da dupla, singela, discreta, rústica, tudo que precisavam em meio a agitação da rotina — Nada para me contar? Eu sei, eu sei — Interveio antes que pudesse dizer qualquer coisa — Você é uma artista, não pode ter relações amorosas no momento, precisa focar na carreira solo e blá-blá-blá — Ela se afastou novamente — Mas não acha que isso pode ser por conta do Taewoo, hm? Ficou com o coração partido sem o seu grande amor — Nabi sussurrou em lamentos, fantasiando a trágica história de sua amiga e seu primeiro namorado.
Que, na verdade, não havia nada de tão trágico assim.
Que, na verdade, nem ao menos era o seu grande amor.
Finalmente levantou sua xícara, sentindo o gosto forte e adocicado da bebida escura descer por sua garganta, você já havia escutado dizer que as pessoas podiam começar a diminuir os níveis de açúcar no café conforme os anos avançavam, mas igual a ti, qual cada vez mais doce desejava a bebida, era novidade para muitos. Você observou o desenho bagunçado na superfície do cappuccino por algum tempo, raciocinando o discurso proferido pela amiga a sua frente, suas mãos não tremiam e seus lábios ainda estavam úmidos, mas mesmo assim sentiu a necessidade de colocar a xícara novamente sobre um local seguro.
Você não era apenas hesitante quanto acabar ou não com trabalhos feitos em bebidas, mas também sobre seus sentimentos. A "solista" esperava que os ignorando pudesse mantê-los escondidos, intactos, como o desenho florido no café, mas, no fundo sabia que o líquido uma hora esfriaria, mesmo que demorasse, uma hora se tornaria inconsumível, estragado, e alguém precisaria fazer algo.
Uma hora seus sentimentos transbordariam, e você precisaria fazer algo.
Você tinha medo deles já terem transbordado há muito tempo, e não ter sido capaz nem ao menos de reserva-los em outro recipiente.
— Nabi — Chamou delicadamente.
Não era a primeira vez que a amiga de longa data tentava entrar naquele assunto, e também não era a primeira vez que se sentia incomodada com aquilo, na verdade, talvez aquela ferida fosse cutucada tão profundamente que já havia até mesmo deixado de ser um incômodo e tivesse se tornado alguma outra coisa. Toda vez que Nabi tentava adentrar o seu passado, você se sentia mais e mais frustrada pelas escolhas que tomou em sua vida, não arrependida, afinal, foram suas decisões que lhe fizeram ter o grande nome qual tinha hoje em dia, mas de fato, frustrada.
Você podia ter tentado um pouco mais, podia ter procurado outros meios, podia ter falado alguma outra coisa.
Podia ter falado algo.
O café ainda estava mais quente do que deveria quando você deu o segundo gole, uma novidade para acompanhar a nova motivação que a cada dia que passava crescia mais sobre o peito, como o nível de açúcar em suas bebidas amargas. Seu peito subiu e desceu em um suspiro profundo, apesar de não estar de fato nervosa com a situação, e se inclinou para a frente, suas madeixas tentando se soltar de trás de sua orelha, atraída pela mesma brisa qual tocou Nabi minutos atrás.
— Taewoo não é meu grande amor.
Taewoo era sem dúvidas o seu primeiro amor, mas não o maior deles, e diferente do que imaginaria que sentiria ao confessar aquilo para alguém, seu peito foi atingido com uma sensação extremamente leve com o início da revelação.
— Então quem é? — Nabi questionou surpresa, também se inclinando para a frente, como quem estivesse assistindo o maior filme de suspense de todos os tempos — Quem foi seu grande amor?
Talvez o sorriso mais bonito que você já tenha dado, e irá dar em toda sua vida, tivesse surgido naquele momento.
Pela primeira vez gostou do medo que cresceu em sua barriga, e desejou até mesmo gritar aquela informação.
— Kim MinJi — Respondeu sem enrolação, desejando tirar o atraso de anos qual já havia tido — Kim MinJi foi meu grande amor.
Fora impossível que as lembranças, tão bem guardadas no fundo, de seu cérebro, invadissem sua mente naquele momento.
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O chão gélido de metal da escadaria sem dúvidas não era o local mais confortável o qual poderia ter escolhido para se sentar, considerando que o seu dormitório ficava literalmente um lance de escadas acima. Já era tarde, as luzes do prédio haviam sido apagadas como de costume, pela pequena janela atrás de si, na plataforma de curva da escada, apenas um pequeno vislumbre da luz da lua iluminava suas mãos. Você observou o líquido amarelado na garrafa de vidro que carregava, sua cabeça encostada de maneira desconfortável do corrimão metálico ao seu lado, a dança descompassada que a bebida fazia contida em suas amarras transparentes prendendo toda sua atenção. Você sentia que sempre soube o que queria fazer com a sua vida, determinada no sonho de se tornar uma cantora de sucesso, assim como as diversas idols que, por qualquer tela a qual ela tivesse a disponibilidade de utilizar, acabavam com seus dias nublados, dando um rumo para o destino incerto da jovem solitária, sabia que não precisava de mais nada a não ser o conforto que a conquista poderia lhe trazer, apesar de vez ou outra dar espaço para algum outro sentimento lhe dominar. Entretanto, naquele momento, quando a coisa mais bela que conseguiu enxergar foi o reluzir da noite diante o vidro espesso em suas mãos, já não teve mais tanta certeza daquilo.
Sabia mesmo o que queria fazer com a sua vida?
— Ei — Uma voz ecoou pelo vazio da entrada, os passos aproximando-se lentamente, sutis, quase como se tivessem medo de poder ser ouvidos, apesar da dona daquela ação sem dúvidas não possuir tal medo.
— MinJi — Você respondeu brincando com a sonoridade do nome em sua boca.
— O que você está fazendo? — A morena questionou, sentando-se ao seu lado, que permanecia com sua cabeça repousada no corrimão, suas madeixas vez ou outra balançavam pelos leves movimentos feitos.
— Eu estou na fossa — Explicou simplista, finalmente arrumando sua postura, suas pernas levemente separadas, a mão que ainda segurava a cerveja suspensa entre elas — Acho que é isso que se faz quando se termina.
Ela não havia certeza se queria fazer aquilo.
— Você e o Taewoo terminaram? — MinJi questionou, levando uma das mãos até a boca, em uma resposta exagerada.
Você apenas balançou sua cabeça positivamente em resposta.
— Por quê? — A jovem indagou novamente.
Por que você estava confusa.
— Porque não posso namorar agora, se quiser crescer nessa empresa — A resposta pareceu perfeitamente correta ao sair pelos seus lábios dentristecidos, apesar de, no fundo, um aperto no peito continuar lhe incomodando, como se desejasse buscar o real motivo daquilo.
Sua carreira seria o único motivo?
Você sempre soube tudo que queria, mas agora, sentia como se não soubesse mais nada.
Nem sabia se estava realmente triste por terminar.
— Oh — A jovem exclamou, não achando melhores palavras para dizer. Você viu de soslaio quando seus olhos desceram até a garrafa em suas mãos — Olha, eu não acho que encher a cara vai resolver alguma coisa, além de que se te pegarem...
— Eu não bebo — Você retrucou novamente, fazendo com que agora uma feição confusa fosse posta em sua direção.
Ousou, após todo aquele tempo de diálogo, olhar para a amiga de longa data preocupada ao seu lado, apesar de uma ação simplista, sentiu como se tivesse levado anos até o momento que seus olhos cruzaram-se com os dela, sentiu seu coração bater mais forte uma única vez, quase deixando escapar o restante de sua fala para um lugar longe demais para que pudesse alcançar novamente.
— Não tem álcool — Explicou levantando a cerveja em mãos — Eu não bebo nada alcoólico — Aquela expressão de confusão insistiu em permanecer sobre a jovem ao seu lado — É sério! — Confirmou novamente — Experimenta — Pediu estendendo a garrafa de vidro para a amiga, que apenas começou a rir com a ação.
— Eu acredito em você — Confessou em meio a um riso, baixo, delicado, mas, ao mesmo tempo, tão cheio de vida que até mesmo as paredes quiseram se aproximar para desfrutar melhor daquilo — Você sabe que não precisa me provar nada.
Você não sabia fazer aquilo, a vida inteira teve que provar algo para as pessoas.
Mas realmente, nunca precisou provar nada para MinJi.
Logo a mais alta cessou seu riso, olhando gentilmente para a garota apática ao lado, ela inclinou seu corpo levemente para frente, pegando a garrafa de suas mãos. O silêncio adentrou o ambiente lentamente, sendo depositado em um pedido da noite escura e densa que cercava os dormitórios, totalmente acatado apenas no momento em que os dedos de MinJi esbarraram sutilmente nos seus, disparando um arrepio que, apesar de não poder ler mentes, soube que havia afetado ambas. Vocês não sabiam dizer em que ponto aquilo havia começado, talvez sempre houvesse sido difícil dizer o que acontecia entre as duas, entre aquela sensação tão confortável e íntima que lhes carregava, chegando a ser assustadora.
A questão era que tanto você quanto MinJi eram ótimas em ignorar certas coisas.
— Vem, vamos subir — Chamou MinJi, levantando-se em um pulo, seu rosto marcado pelo sorriso amigável que normalmente trazia consigo — Já está tarde — Informou, estendendo sua mão.
Você não aceitou aquele ato gentil, ignorando a mão a sua frente quando se levantou com a ajuda da firmeza do corrimão, seu toque ecoou pelo objeto metálico, e o som do líquido escorrendo pela garrafa de vidro foi audível pela última vez segundos depois, quando a garota ignorada lhe tomou de suas mãos e deu o último gole que restava.
— Não entendo o sentido de tomar cerveja sendo que nem o álcool tem — Comentou, seu pé alcançando o primeiro degrau, acompanhando o seu — Ela só fica amarga.
— É só para ter um foco — Confessou, distraída pelos degraus abaixo de si, você sempre teve medo de tropeçar naquela escadaria.
Você sempre teve medo de cair.
— Então... — MinJi começou, sua voz abaixando uma oitava conforme se aproximavam dos quartos — Como foi, sabe, o papo entre você e o Taewoo?
— Foi tranquilo — Respondeu, sentindo pela primeira vez cem por cento de verdade em sua fala — A gente tá de boa.
Taewoo continuaria ocupando um espaço sobre seu peito, aquilo era verídico, o garoto havia sido seu primeiro amor, e acima disso tudo, um amigo qual pode contar. Talvez por isso não estivesse tão entristecida pelo fato de terem se separado.
— Entendi — Murmurou MinJi.
Seus pés finalmente alcançaram o andar superior, o qual após uma pequena curva, logo revelou um longo corredor branco, suas paredes em um tom gélido, apesar das luzes apagadas. As portas metálicas como o corrimão, pintadas no mesmo tom claro do resto do ambiente, fechadas, silenciadas pelo cansaço das demais trainees do local.
O resto da curta caminhada não lhes causou mais nenhum diálogo, confortadas pelo sossego do momento enquanto se dirigiam em direção a seus aposentos. O seu quarto ficava quase ao final do corredor, sendo ultrapassado apenas por de sua amiga, que se encontrava na última porta.
— Ah! — Um grito imprevisível foi solto por MinJi quando chegaram em seu destino.
O som rápido não parecia ter feito grande efeito no local, apesar da mais baixa ter dado um pulo tão involuntário quanto o ato. Fora o tilintar do vidro se chocando com o chão que pareceu ressoar por mais tempo, adentrando os ouvidos das duas de maneira incômoda.
Você se abaixou agilmente, sentindo sua visão ficar turva por alguns segundos com a ação, coisa a qual ignorou, buscando apenas parar a estridência da garrafa, ato o qual MinJi também teve a ideia, descendo seu corpo sincronizadamente com a amiga, suas mãos tocaram-se sobre o material gélido, o choque de mais cedo multiplicando-se em uma quantidade impossível de se contar.
— O que foi? — Você questionou, preocupada demais com a garota a sua frente para notar qualquer outra coisa.
— Barata — Foi tudo o que ela respondeu.
— Barata? — Perguntou novamente, olhando rapidamente para trás de si, em busca do tal inseto em meio a escuridão.
— Sim! — Choramingou, relembrando a cena de segundos atrás, quase como se pudesse senti-lá — Ela entrou no quarto do lado.
— Eu sabia que esse lugar não era um dos mais luxuosos — Comentou, agora levando seu olhar até a porta mostrada por MinJi — Bem, acho que uma das garotas daqui vai ter uma surpresa quando acordar.
Foi impossível para você evitar que um riso soprado escapasse de seus lábios ao imaginar a cena, coisa a qual desencadeou na amiga ao lado uma nova sequência de risos, contagiando todo o seu corpo que se controlava para segurar a risada também. Você voltou a encarar a jovem a sua frente, seu corpo finalmente recobrando os sentidos, apreciando a macieis de seu toque sobre sua mão, que permanecia imóvel acima do objeto vazio, um toque tão suave que parecia até mesmo estar sendo tocada pelas nuvens, apesar de ser apenas ao observar o rosto de MinJi que realmente se sentisse estar ao alcance de alguma delas, seus olhos levemente fechados devido ao grande sorriso posto em seus lábios, seus cabelos longos balançando vez ou outra pela forma como seu corpo tremia pela risada descontrolada, talvez se você pudesse escolher qualquer lugar existente na fase da terra para morar, escolhesse morar exatamente naquela expressão da jovem, tão alegre quanto se não possuísse nenhum problema em sua vida.
O corpo de MinJi pareceu sofrer do mesmo choque de sentidos que o seu, segundos depois, o sorriso tão hipnotizante lentamente sumindo de seu rosto, seus olhos voltando a se abrir, mostrando suas íris acastanhadas, a imensidão do tom de café forte recebendo um brilho distante, apesar de sua face agora possuir uma feição seria, focada na garota a sua frente.
Ela chamou por você, sua voz doce, arrastada, o nome escapando de seus lábios como uma das melhores melodias que já havia escutado, impossível de se encontrar alguém que pudesse pronuncia-lo tão perfeitamente.
— Sim? — Você murmurou em reflexo, sua voz quase não conseguindo sair de suas cordas vocais.
— Tem outro jeito de achar outra coisa para pensar — MinJi informou em um sussurro, citando a conversa que tiveram minutos atrás.
Fora impossível impedir que seu corpo se inclinasse para frente após aquele comentário, seus olhos tão fixos nos da morena agora intercalando entre ele e seus lábios avermelhados, a sombra da noite não sendo o suficiente para impedir que pudesse decorar cada pequeno detalhe.
Talvez houvesse uma coisa a qual tivesse certeza que queria no momento.
Você queria muito ela.
— Me mostra então — Pediu no mesmo tom anasalado que a garota, sua respiração misturando-se lentamente com a dela, a medida que também inclinou-se para frente.
Não houve muito tempo para se pensar após aquela abertura, MinJi apenas tratou de romper os poucos centímetros que as separavam, nem ao menos questionando o fato de estarem do lado de fora dos dormitórios, aquilo não importava, nada era capaz de ser importante o suficiente para superar o desejo que foi cessado quando seus lábios se tocaram. Você retirou sua mão de cima da garrafa, arrastando-a até o pescoço da garota, ela sentiu o corpo dela se arrepiar quando a deslizou dali até seu rosto, acariciando sua bochecha, garantindo de maneira sutil que não iria se afastar. Uma das mãos de MinJi também quiseram ter aquela certeza, agarrando-se a sua nuca, brincando com seus cabelos levemente emaranhados. Os joelhos de ambas repousavam sobre o chão gélido do corredor, mas quando o seu corpo avançou um pouco mais para frente, o contato foi ainda mais forte, entregando-se ao beijo lento e demorado.
Os lábios de MinJi eram macios, sedosos, como se sua boca estivesse tocando uma pétala de rosa recém colhida, talvez a garota fosse realmente como a flor, qual você tinha medo de se ferir nos espinhos, mas estava hipnotizada demais em sua beleza para negar o encontro.
MinJi era bela por dentro e por fora, enquanto você talvez fosse um mero cravo que crescia escondido no canteiro florido.
Você inclinou sua cabeça, a mão da garota repousando próxima a sua orelha, lhe chamando para mais perto, lhe implorando para se aproximar mais, apesar da física não permitir tal ação. Era difícil desvendar o sabor de seus lábios, uma mistura que brincava como as diversas cores as quais uma flor poderia ter, quando suas bocas se afastaram suavemente, recuperando o ar que nem ao menos parecia importar no momento, você precisou, após alguns segundos lhe provar novamente, suas línguas em uma dança coreografada como as sementes que voavam com o vento, procurando um novo lugar para florescer. Também sentiu algo florescer dentro de si quando encontrou o sabor de morango perdido entre tantos outros, era isso, não eram cerejas, tutti-frutti, hortelã, seus lábios tinham um gosto suave de morango, não daqueles do mercado, mas os colhidos na hora nas plantações, um sabor refrescante, viciante. O perfume adocicado de MinJi entrou por suas narinas quando também elevou seu corpo, o toque da garota agora passando por sua cintura, sua mão apertando levemente a região, lhe prendendo junto a si. Mais uma vez, sentiu medo de se machucar com os espinhos quando seu corpo arrepiou-se com o toque.
Você nunca havia beijado uma garota antes, e não era naquele momento que chegaria naquela conclusão, mas logo teria tempo para descrever tal ato. Era diferente do toque dos homens os quais já se envolveu, apesar de considerar ambos bons, o toque feminino, o toque de MinJi, lhe deixava nas nuvens, suas mãos eram tão macias em seu corpo, seu chamado, apesar de firme, era gentil, frágil, quase como se tivesse medo de machucar alguma de suas pétalas, seu beijo se encaixava perfeitamente no dela.
Apesar da demora daquela ação, daquelas carícias, quando se separaram, você encarou a amiga como se não tivesse tido tempo suficiente, quase como se aqueles minutos tivessem tido a velocidade de apenas alguns segundos, a duração curta demais para percorrer todo aquele novo jardim.
Apesar da rapidez daquela ação, daquelas carícias, em uma velocidade mais lenta o seu cérebro finalmente processou tudo que havia acontecido, o seu olhar sobre a garota a sua frente, de tão entregue perante a rosa se tornou surpreso, assustado, percebendo os espinhos quais havia se enfiado.
Você havia acabado de beijar uma garota, havia acabado de beijar a garota qual estava lhe deixando tão confusa ultimamente, e diferente do que queria que acontecesse, havia gostado.
Estava amarrada pelas voltas que aquele caule dava em torno de si. Estava em um belíssimo apuro, sem precedentes do que viria para o futuro.
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Quando você pareceu recobrar a consciência, com seu corpo voltando a sentir o ambiente a seu redor, seu cérebro retornando lentamente ao presente, como quem acabava de descer de um voo, a expressão cômica de Nabi foi a primeira coisa a lhe trazer verdadeiramente para o presente, seus lábios boquiabertos, as sobrancelhas levemente erguidas, os olhos arregalados, em um grande exagero. Sabia que Nabi não a julgaria, sabia que, apesar da mulher amar qualificar qualquer coisa a sua frente, quando se tratava de seus sentimentos, ela jamais faria aquilo.
Nabi apenas garantia que você jamais guardasse para si coisas que a machucassem, e considerando o brilho nos olhos os quais a morena tinha após se lembrar de seu grande amor, estava óbvio que MinJi não era uma delas.
Na verdade, talvez fosse você que machucasse MinJi.
— Eu não acredito — Nabi exclamou após algum tempo, suas mãos agora sobre a mesa a sua frente, pressionadas sobre o material, como se estivesse prestes a embarcar em uma aventura de uma montanha-russa — E então? O que aconteceu? — Questionou afobada — Pelo que eu saiba, você e a “Jiu”, em uma época, sempre eram vistas juntas, como melhores amigas, mas já faz — A garota ponderou um pouco — Uns quatro anos? Que estão afastadas — As palavras saiam rapidamente de sua boca, repassando em sua mente toda a história da amiga, como se dizer aqueles murmúrios fosse mera penalidade pela agilidade de seus pensamentos — O que aconteceu?
Você não teve coragem de amá-la.
Você apenas tinha coragem para ser egoísta.
— Eu não tive coragem de amar ela — Suas cordas vocais pronunciaram pela primeira vez, talvez em sua vida toda, a verdade oculta em sua mente.
— E agora?
— Agora eu tenho — Informou, seus olhos deslizando lentamente para o celular a sua frente. Ela desbloqueou a tela do dispositivo, buscando sua lista telefônica, a qual rapidamente encontrou o número de MinJi ainda guardado da mesma maneira, o coração flutuando a sua frente, como se nunca tivesse tido forças o suficiente para retira-lo, apesar de não saber nem ao menos se ela ainda utilizava tal contato.
— Então o que vai fazer? — Nabi questionou novamente, sua fala ansiosa, diante, do que considerou, a maior obra literária que já viu em sua vida.
Nabi adorava dramas em um romance, enquanto você detestava o gênero, de qualquer forma.
— Eu não sei — Confessou, uma surpresa para as duas garotas solitárias na grande cafeteria, você sempre sabia o que fazer.
Mas nunca soube o que fazer quando se tratava de MinJi.
— Ter coragem não é o suficiente às vezes — Você prosseguiu — Amar — Uma risada sem humor saiu soprada pelos seus lábios — Amar sem dúvidas não é o suficiente — Seus olhos se estristeceram, ainda fixos nos dígitos do contato em seu celular — Eu apenas baguncei a vida dela Nabi, e depois dei o fora.
Você não havia certeza se conseguiria completar aquela frase.
— Às vezes, o melhor que podemos fazer é ficar longe. MinJi está melhor longe de mim.
MinJi estava melhor sem você.
— M-mas — Nabi gaguejou, preocupada, e talvez até mesmo levemente indignada — Amor e coragem são o primeiro passo de muita coisa, não acha? — Questionou — Quer dizer, eles não são tudo, é verdade, mas te fazem... Tentar — Incentivou a amiga — Então, o que você vai fazer?
Você não conseguiria lhe responder aquilo agora.
— Bem — Murmurou, sorrindo para a loira a sua frente, seus olhos finalmente desprendendo-se da tela do celular, um sorriso gentil surgindo em seus lábios, apesar da tristeza que carregava consigo — Vou terminar de tomar o meu café — Completou, fazendo a amiga jogar seu corpo, antes tão atento, quase deitado sobre a mesa, para trás, repousando novamente para sobre o encosto da cadeira.
Agora o seu cappuccino já estava frio demais.
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harrrystyles-writing · 2 months ago
Note
migaaaa, faz um usando as frases:
4. "Nós não somos bons um para o outro.”
10. “Você não entende? Você sempre foi apenas entretenimento para mim.”
20. "Não me ame, por favor! Não faça isso.”
a s/n falando essas frases pra ele. quero ver nosso harryzinho sofrendo 💔🤭
Sinopse:S/n e Harry fingem um namoro para impulsionar suas carreiras. Mas quando sentimentos reais começam a surgir, eles enfrentam um dilema, será que, depois de tanta manipulação e jogo de aparências, ainda há espaço para a verdade?
Avisos: NamoradoFalso!Harry, final feliz?
NotaAutora: Amiga isso acabou de tornando um imagine Aproveitem!
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Fake Contrat
S/n estava sentada no sofá de couro no escritório de seu agente, encarando o contrato à sua frente.  Ser uma das atrizes em ascensão de Hollywood tinha seu preço, e parte disso era saber jogar o jogo da fama. Mas dessa vez, o preço parecia alto demais.
— S/n, isso é o melhor que podemos fazer agora. —  disse Noah, seu agente, enquanto se aproximava e colocava uma mão reconfortante em seu ombro. — Harry precisa de uma nova imagem e você precisa de um pouco mais de mídia, todos saem ganhando.
Ela suspirou, olhando para o nome de Harry Styles no documento. O cantor pop, sensação mundial, com uma voz que fazia corações suspirarem em qualquer lugar do mundo. Ele era o sonho de muitas, mas S/n só via o caos que ele trazia consigo e sempre trouxe em seus antigos relacionamentos.
— Não é só uma jogada de marketing, Noah. É minha vida. Fingir estar com alguém… não estava em meus planos.
— É só por alguns meses. Você finge que está apaixonada, aparece com ele em alguns eventos, e pronto. — Noah riu, tirando os óculos e os limpando com a barra da camisa. — Você não é  uma atriz? Você é boa nisso.
S/n olhou para o contrato mais uma vez. Ela sabia que era verdade. Sabia que, neste mundo de aparências, o que importava era a narrativa. E a dela estava precisando de um pouco de romance, mesmo que fosse de mentira.
— Ok. —  ela disse finalmente, assinando com um traço decidido. — Mas é só por alguns meses, nada mais.
— Ok
Na primeira vez em que Harry e S/n se encontraram para discutir os detalhes do relacionamento falso, eles foram apresentados de maneira casual em um restaurante chique em Los Angeles. Assim que entrou no lugar, S/n o viu de imediato, mas como não notá-lo, cabelo levemente bagunçado e aquele sorriso que parecia capaz de desarmar qualquer um.
— Ei! S/n — Harry disse com aquele sotaque britânico encantador, levantando-se para cumprimentá-la. — A famosa atriz que está prestes a fingir que me ama.
— Parece que esse é o plano. — Disse  apertando a mão dele.
— Vamos direto ao ponto então? — Harry puxou uma cadeira para ela.  — Não precisamos fingir agora,ok? Entre nós podemos ser só nós mesmos, não precisa ser um trabalho chato.
— Você está muito confortável com isso, não está? — S/n o observou por um momento.
— Não é a primeira vez e por experiência própria sei como isso pode ser insuportável ou apenas um trabalho. — Ele deu de ombros.
— Não quero piorar as coisas ainda mais.
— Eu sei que isso não vai ser fácil. Mas... se formos honestos um com o outro, podemos sobreviver a isso. — Harry estendeu a mão e tocou levemente a dela.
— Ok.
Os dois discutiram os detalhes, como apareceriam em público, como manteriam a narrativa convincente para a mídia. Harry, com sua atitude despreocupada, parecia levar tudo numa boa, mas S/n percebeu algo em seus olhos — uma certa exaustão, como se ele estivesse cansado de jogar esse mesmo jogo de aparências.
....
Os meses passaram como um borrão de flashes de câmeras, tapetes vermelhos e entrevistas onde ambos interpretavam seus papéis com perfeição.No início, tudo parecia simples. Harry e S/n sabiam exatamente o que estavam fazendo, tudo estava bem estabelecido, sem riscos, sem sentimentos. Mas a medida que os dias passavam, a barreira entre o acordo e o que eles sentiam um pelo outro começou a desmoronar, lenta e insidiosamente.
Harry era acostumado ao controle sobre sua vida e suas emoções, começou a sentir algo diferente. A princípio, era apenas uma curiosidade, ele se perguntava sobre S/n, sobre quem ela realmente era por trás da fachada de confiança. Mas logo começou  a se transformar em algo mais profundo, algo que ele não conseguia ignorar, em como ela mexia nos cabelos quando estava nervosa, o leve rubor que surgia nas bochechas quando ele a provocava, como ela parecia relaxar quando achava que ninguém estava observando. Ele percebeu que estava prestando atenção em cada detalhe, absorvendo cada pequeno gesto, como se ela fosse um enigma que ele precisava desvendar.
E isso estava começando a ficar perigoso para seu coração.
— Você não cansa de todo esse circo? — Perguntou S/n , exausta.
Eles haviam saido de maís um evento patético que só o que importava eram as aparências.
— Eu cansaria, mas  você está comigo. — Admitiu com o rosto corado, sentindo o coração acelerar, algo que ele não costumava sentir. Harry estava acostumado a conquistar, mas com S/n era diferente, ele se sentia inseguro. — Às vezes, eu até esqueço disso, S/n.
— Mas não podemos esquecer que tudo isso é uma mentira. 
Harry ficou em silêncio por um momento, observando S/n, sua expressão séria e o cansaço evidente nos olhos dela. Ele sabia que ela estava certa, que tudo aquilo era uma farsa bem elaborada, mas as emoções que estavam surgindo entre eles eram reais, intensas e incontroláveis. Ele sentia seu coração batendo mais forte, e, pela primeira vez em muito tempo, estava assustado.
Ele deu um passo em direção a ela, as palavras presas em sua garganta. Ele queria dizer que estava cansado de fingir, que queria que tudo fosse real, mas a lógica e o medo o impediam. Em vez disso, ele se aproximou ainda mais, suas mãos tremendo levemente enquanto as colocava nos ombros dela.
S/n levantou o olhar, surpresa pela proximidade. Ela sentiu a respiração de Harry, quente, e por um momento, o mundo ao redor pareceu desaparecer. Não havia mais tapetes vermelhos, câmeras ou o peso das aparências; havia apenas eles dois.
— Harry... — começou ela, mas a voz falhou.
As palavras fugiram de seus lábios quando ele inclinou a cabeça, os olhos fixos nos dela, sem pensar, sem planejar, ele a beijou. Foi um beijo inesperado, carregado de tudo que eles não ousavam dizer em voz alta. Os lábios de Harry encontraram os de S/n com uma intensidade que os pegou de surpresa. Foi como se todas as emoções reprimidas, todas as dúvidas e medos tivessem sido despejados naquele momento. Não havia mais barreiras, mais mentiras.
Quando se afastaram, ofegantes, os olhos de Harry estavam turvos, uma mistura de confusão e desejo. Ele tocou o rosto de S/n suavemente, como se estivesse com medo de que tudo aquilo fosse um sonho.
— Isso não parece uma mentira, S/n. — sussurrou ele, a voz baixa, carregada de emoção.
E naquele instante, tudo mudou.
O coração dela batia descompassado, e, pela primeira vez, ela se deu conta de que o que sentia por Harry não podia mais ser ignorado.
Ela queria dizer algo, qualquer coisa, mas as palavras não saíam.
Harry,  sabia que estavam pisando em terreno perigoso, que cruzar aquela linha significaria quebrar todas as regras que haviam estabelecido, mas, no fundo, ele não se importava mais.
— S/n... — Ele começou, mas antes que pudesse terminar, ela o puxou para perto novamente, seus lábios se encontrando com urgência, como se ambos estivessem tentando apagar qualquer vestígio de dúvida.
Eles estavam quebrando todas as regras, mas naquele momento, nada mais importava além do que sentiam um pelo outro.
— O que estamos fazendo? — S/n sussurrou.
— Eu não sei, mas eu sei que não quero parar. — Seus lábios voltaram ao encontro dos dela.
Algumas semanas se passaram, e o que começou como um beijo impulsivo se transformou em algo muito mais intenso e secreto. A relação entre Harry e S/n havia mudado drasticamente, mas eles mantinham tudo em segredo, vivendo uma espécie de dupla realidade.
— Isso é loucura, você sabe, né? — S/n disse, rindo levemente enquanto corria os dedos pelo cabelo dele.
Ambos estavam jogados na cama após uma noite intensa de sexo.
—  É, mas eu não consigo parar. — Ele segurou o rosto dela, seu polegar acariciando a pele macia. — Eu quero você de verdade, S/n.
— Harry.
—Eu sei que isso é complicado, mas eu não consigo fingir que nada disso está acontecendo.
Ela sentiu seu coração acelerar, não por causa da proximidade dele, mas por causa do medo que começou a crescer em seu peito.
— Harry... — Sua voz era baixa, quase um sussurro. — Isso... isso está indo longe demais.
— Do que você está falando? — Ele franziu a testa.
— Harry... você está confundindo as coisas. — A voz dela saiu mais firme,mas por dentro lutava contra os sentimentos que diziam para parar.
Que diziam para amá-lo.
— Confundindo? Nós já não fizemos isso? Nós já cruzamos essa linha faz tempo, S/n.
Sabia que ele estava certo, que a linha entre o real e o falso havia sido borrada muito tempo atrás, mas admitir isso em voz alta a assustava.
— Harry, isso está ficando fora de controle. — Suspirou. —Nós precisamos colocar um ponto final nisso antes que...
— Antes que o quê? — Ele interrompeu. — Antes que você admita que sente algo por mim?  — Suas mãos gentilmente foram para cada lado do rosto dela. — Porque, S/n... eu estou me  apaixonando por você. E não vou mentir sobre isso. Não vou fingir que isso aqui é só um jogo ou um contrato. Eu me importo com você, de verdade. — Beijou seus lábios. — O que você sente por mim, S/n?
Ela fechou os olhos, tentando manter o controle, tentando afastar a confusão que surgia dentro dela. Mas as palavras dele ecoavam em sua mente, e a ideia de se abrir para ele, de aceitar o que sentia, a aterrorizava.
— Você não entende? Você sempre foi apenas entretenimento para mim.
S/n quis nunca ter dito aquelas palavras de volta, mas sabia que era tarde demais.
Depois daquela noite tudo mudou. Eles continuaram mantendo as aparências, posando para fotos e sorrindo para as câmeras, mas quando os flashes se apagavam, a distância entre eles se tornava evidente. Harry se afastou, parou de tentar se conectar, parou de fazer perguntas, e ela, por mais que quisesse, não podia consertar as coisas. Suas mensagens agora eram curtas e formais trocadas por meio de suas equipes, ele havia se fechado para ela. Não fazia mais aquelas piadas que costumavam suavizar os dias cansativos. Ele não a olhava mais da mesma forma. Nos poucos momentos em que seus olhares se cruzavam, havia algo frio e distante, algo que ela nunca tinha visto antes.
Ela não conseguia mais fingir, cada dia era insuportável sabendo o que estava fazendo com ele. Encerrar o contrato era a única opção.
— Tem certeza disso? Vocês estavam indo tão bem. — Noah parecia preocupado ao sentar na sala de reunião.
— Você disse alguns meses, já se passaram 10 meses, é o suficiente.
— Tudo bem, se é o que você quer. — Deu os ombros. — Harry chegará em breve.
— Você disse que ele não viria. — O coração dela errou a batida.
— Não tem como encerrar isso sem ele.
O som da porta sendo aberta chamou a atenção, imediatamente S/n virou- se, Harry com um olhar distante passou por ela.
— Noah, certo? — Apertou a mão do homem a sua frente.
— Sim.
— Você pode nos dar cinco minutos a sós? — Harry disse forçando um sorriso.
— Tudo bem.
Assim que a porta se fechou, Harry olhou em direção a ela. S/n tinha sua cabeça baixa.
— S/n, como você pôde?
— Pensei que era o melhor a se fazer. — Ela ainda encarava o chão.
— Você acha que pode simplesmente fingir que nada aconteceu, S/n? — Harry perguntou, a voz  carregada de tensão. — Acha que pode seguir com isso como se não tivesse me machucado de propósito?
— Harry, não foi assim...Eu...
— Não foi? — Ele riu amargamente, cortando suas palavras. — Você olhou nos meus olhos e disse que eu era só entretenimento pra você e agora simplesmente quer encerrar o contrato, acha que isso não importa? Acha que o que eu sinto por você não é verdade?
Ela respirou fundo, sentindo o peso das emoções dele, mas ao mesmo tempo, tentando proteger o que restava de si mesma.
— Eu... eu estava com medo, você ficou muito envolvido, eu não sabia como lidar com isso.
— Com medo de quê? De que eu te amasse? De que eu te quisesse de verdade e não como parte de um contrato estúpido?! — A voz dele subiu, e S/n percebeu o quanto ele estava machucado.
— Eu fiz isso porque não queria que você se machucasse mais, Harry. —. S/n olhou para o chão, incapaz de sustentar o olhar dele.  — Nós  não somos bons um para o outro.
— Não somos bons um para o outro? —  Harry soltou uma risada seca, balançando a cabeça, incrédulo. — Ou você só está com medo de se permitir sentir algo por mim? Você acha que está se protegendo, mas o que está fazendo é destruir tudo que poderia ser... E por que?
— Eu não posso... — S/n  sussurrou, sua voz quebrada, a insegurança tomando conta de si.  — Eu não posso te dar o que você quer.
— Sabe o que é pior? Mesmo depois de tudo isso... mesmo sabendo que você me afastou de propósito, eu ainda não consigo te odiar, eu te amo S/n.
Essas palavras fizeram o coração de S/n apertar. A culpa a corroía, mas ela ainda não conseguia se permitir abrir mão do controle.
— Por favor, Harry. —  Ela sussurrou, sua voz frágil.— Não me ame, por favor! Não faça isso.
— Você realmente acha que eu posso controlar isso?
S/n desviou o olhar, uma lágrima ameaçando cair. Ela sabia que não poderia controlá-lo. E, o mais assustador, sabia que não poderia controlar a si mesma.
— Me desculpe...
— Não! Eu não quero mais ouvir suas desculpas, S/n. Você tinha medo de se machucar? Parabéns, agora eu sou o único quebrado aqui.  — Ele puxou o contrato em cima da mesa assinando seu nome. — Você está livre.
S/n sentiu uma lágrima escorrer por seu rosto, mas não teve coragem de limpá-la. Harry a olhou mais uma vez, uma última olhada carregada de decepção e resignação. Ele suspirou, cansado, e passou por ela sem olhar para trás.
Ela ficou parada, sentindo que, finalmente, tinha perdido algo inestimável. Harry estava se afastando, e dessa vez, talvez não houvesse volta.
Muito obrigado pela leitura! Se você gostou, por favor, considere deixar algum feedback, opinião, sugestão, idea, isso significa muito para mim.💕
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lovehathaway · 2 months ago
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(𝑠𝑎𝑏𝑟𝑖𝑛𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑝𝑒𝑛𝑡𝑒𝑟, 𝟸𝟽 𝑎𝑛𝑜𝑠, 𝑒𝑙𝑎/𝑑𝑒𝑙𝑎) era uma vez… uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! há, sim, estou falando de você 𝑙𝑜𝑣𝑒 𝑙𝑜𝑢𝑖𝑠𝑒 ℎ𝑎𝑡ℎ𝑎𝑤𝑎𝑦. você veio de 𝑛𝑜𝑣𝑎 𝑖𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 e costumava ser 𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜𝑟𝑎 𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 por lá antes de ser enviado para o mundo das histórias. se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava sendo parte de um 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑎̂𝑛𝑑𝑎𝑙𝑜 𝑚𝑖𝑑𝑖́𝑎𝑡𝑖𝑐𝑜, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! tem gente aqui que estava montando em dragões. tá vendo só? você pode até ser 𝑐𝑜𝑚𝑢𝑛𝑖𝑐𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎, mas você não deixa de ser uma baita de uma 𝑖𝑟𝑜̂𝑛𝑖𝑐𝑎… se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de 𝑟𝑎𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑟 na história 𝑜 𝑞𝑢𝑒𝑏𝑟𝑎-𝑛𝑜𝑧𝑒𝑠… bom, eu desejo boa sorte. porque você vai precisar!
wanted connections
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𝜗୧ ℎ𝑒𝑎𝑑𝑐𝑎𝑛𝑜𝑛𝑠
nascida e criada em dakota do sul, nos estados unidos, love enquanto uma criança, levava uma vida sem grandes ambições. o seu maior objetivo quando crescesse era assumir o controle da fazenda da mãe para criar o maior número de galinhas possíveis, seu animal favorito na época e também suas únicas companheiras, já que era tímida demais para brincar com outras crianças da mesma idade.  mas a sua progenitora, linda, tinha outros planos. estava convencida de que a filha de 9 anos, catarrenta e descabelada, tinha uma beleza acima da média, por isso, fazia questão de levá-la em diversas audições diferentes para comerciais e filmes. a primeira aparição foi durante 5 minutos em um filme de qualidade duvidosa como figurante. love odiava a rotina, era desengonçada e pouco desenvolta em frente a milhares de câmeras, entretanto, sempre era convencida com a promessa de que ganharia outro animal de estimação. alguns anos de passaram, linda se tornou cada vez mais insistente e desejando causar orgulho na mulher que a criou sozinha com tantas dificuldades, love cedeu. começou a se dedicar mais em suas audições e descobriu uma paixão adormecida pela música e embora estivesse longe de ser uma pessoa verdadeiramente famosa, ganhava uma quantidade razoável de dinheiro. o suficiente para sustentá-las em uma vida confortável. até ser surpreendida com a proposta de um musical grande. este foi o pontapé que sua carreira precisava e sem hesitação aceitou o papel, tornando-se destaque do elenco. os principais canais de fofoca noticiavam o quão talentosa e carismática ela era e love que nunca se viu como uma mulher bonita, passou a receber elogios assim do público. a partir daí fez diversas participações em filmes e séries importantes, além de lançar o primeiro álbum com músicas que falavam sobre um amor que nunca havia, de fato, experimentado. mesmo anos depois, o talento mirim ainda era admirado e convidado a diversas festas importantes (incluindo as que contavam com a presença do presidente!!). nunca havia se envolvido em qualquer polêmica, sequer sabiam que ela foi criada apenas pela mãe, não por se envergonhar, mas para preservar a imagem de família tradicional (palavras da própria linda). mas isso estava prestes a mudar, graças ao homem que decidiu abandoná-la junto a progenitora a sua própria sorte.  podia contar nos dedos quantas vezes teve contato com o progenitor, o evitava ao máximo, principalmente porque ele insistia em pedir empréstimos a ela desde que a reconheceu pela televisão. dizia que estava passando por um momento difícil e que a abandonou pela necessidade de partir em busca de um emprego melhor (o que a fazia revirar os olhos toda vez). o que love não imaginava é que ser fotografada com aquele homem em um café escondido da cidade fosse capaz de causar tamanho estrago. o homem, no final da costas, era procurado em diversos países por fraude e envolvimento em quadrilhas criminosas, provavelmente pedia dinheiro para despistar a polícia outra vez. os jornais rapidamente noticiaram: impecável love hathaway é vista em momento íntimo com criminoso e a internet especulava sobre um possível relacionamento. o seu mundo ruiu, perdeu papéis importantes, teve shows cancelados e não teve a menor chance de explicar o acontecido a seus fãs, que faziam questão de deixar claro o quão decepcionados estavam por todas as mentiras. não conseguia mais sair na rua, pois, ser reconhecida agora representava um perigo de vida. as pessoas lesadas pelos crimes do seu pai desejavam justiça, desejavam que ela pagasse por aquilo, ainda que não estivesse envolvida. o seu único conforto eram a música, os seus gatinhos e livros. escolheu um da coleção extensa, recém adquirido, com contos que gostava de ler durante sua infância. o abriu em uma página aleatória desejando desaparecer para não ter que lidar com as suas frustrações. foi quando a página se iluminou como mágica e love foi subitamente acometida por um sono pesado, inevitável, acordando em um mundo desconhecido.
  𝜗୧ 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑎𝑠
── love é pansexual e viciada nas cantadas ruins que aprendeu enquanto ainda era moradora do mundo real; ── teve muitos relacionamentos durante a sua vida, embora tentasse sempre escondê-los ao máxido da mídia (aceito conexões de reencontros com os peguetes no mundo dos perdidos); ── adora ser o centro das atenções; ── é fã de tudo o que engloba o universo do terror; ── fofoqueira nata, love sempre terá uma coisinha ou outra para te contar a respeito da vida de alguém.
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lleccmte · 4 months ago
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WOO DOHWAN ? não! é apenas ARTHUR DUNCAN LECOMTE, ele é filho de ARES do chalé 5, e tem VINTE E SETE ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL III por estar no acampamento há DOZE ANOS sabia? e se lá estiver certo, ARTH é bastante CATIVANTE mas também dizem que ele é INESCRUPULOSO. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
cnns.
ABOUT. shirts off, and your friends lift you up over their heads. beer sticking to the floor. cheers chanted, cause they said : ' there is no chance, trying to be the greatest in the league. '
Camile Jeon era uma jovem de família pobre que tinha sonhos de grandeza muito além do que os conservadores de sua pequena cidade diziam que poderia alcançar. Via na televisão, as lindas meninas dançando no gelo e queria ser como elas ; mas era diferente - muito diferente. Filha de um caso do pai, professor do ensino fundamental, com uma mente brilhante e um diploma renomado que não lhe conseguiu muito na vida, com a deusa Atena. 
Sempre soube de sua herança divina, o pai solteiro - muito criticado pelas mesmas bocas que diziam que ela não seria nada na vida - , foi honesto consigo sobre a linhagem especial de qual vinha desde que era criança , em partes porque não sabia como lidar sozinho com a excentricidade da filha. Como sempre tinha feito, Camile tomou conta dos dois, e fez as melhores escolhas para que eles pudessem prosperar - sempre com um plano, sempre estrategista. Aos quinze, era uma das campistas mais celebradas do acampamento, missões bem sucedidas e bênção divina para dizer que foi valente e importante para os deuses. 
Porém, aos dezessete, sabia que seu tempo ali tinha acabado - trabalhou incessantemente para se manter acima d'água, podendo tomar conta do pai, e conseguir treinar patinação. Estava além da idade e sabia disto, mas como sempre ; havia um plano para sua vida, e mesmo que fosse cortando caminhos, ela alcançaria glória. 
Pois dito e feito, aos dezoito anos foi convidada por uma treinadora francesa para se juntar ao seu time, e embora tenha - por um instante, que fosse - hesitado em aceitar, sabendo que o pai tinha dificuldade em se virar sem ela ; o plano era o plano. Desta forma, foi para França e começou a se preparar para as Olimpíadas. Contudo, seu caminho, não foi sem adversidade e reconstrução. Primeiro, a morte do progenitor que a deixou sem família, depois uma fratura que a deixou longe da equipe por um ano. Já tinha vinte, já devia ter alcançado sucesso naquela altura e tudo que parecia acumular desde que deixou o acampamento eram fracassos. Contudo, Camile era esperta e inescrupulosa - qualidades que mais tarde passaria ao filho - , e escreveria seu próprio destino, como bem entendesse.
A sorte mudou completamente quando achou em Alistair Lecomte, sua passagem para o tão sonhado êxito. Alistair era um jogador de hockey, que foi forçado a se aposentar cedo por conta de um ligamento rompido, mas não estava fora de forma e mantinha paixão pelo gelo. A filha de Atena encontrou um técnico para os dois, que os transformou em uma dupla formidável, porém era mais que isto. Além de patinar juntos, os dois mantinham um romance público que gerou inveja em todos na França e ao redor do globo, e fez com que torcessem ainda mais para os patinadores, que eventualmente ganharam medalhas e mais medalhas, troféus e mais troféus, fama e mais fama. Juntos, eram imbatíveis - porém, apesar do que acreditavam os tablóides, Camile e Alistair eram apenas melhores amigos, que fingiam estar apaixonados para esconder a verdadeira orientação de Ali da família afluente. 
Depois de se aposentar no topo de suas carreiras, os dois resolveram se casar . Foi o evento do século, casaram-se uma vez em Las Vegas para manter o pretenso de paixão, depois tiveram cerimônias na França e nos Estados Unidos, a mulher decidida a mostrar para todos que duvidaram de si, exatamente o quão longe tinha chegado. 
Na vida particular, Alistair mantinha o homem que amava em segredo e Camile tinha seus casos sem importância - apesar de serem apenas amigos, Alistair era sua pessoa, sua alma gêmea e tudo que precisava. Ela não contava, no entanto, que o deus da guerra fosse tomar interesse por ela, em uma noite de verão, em um cabaré exclusivo em Viena. 
Nove meses depois, uma criança nasceu desse encontro - com uma colher de ouro na boca, e amado tanto por Camile quanto por Alistair, que já tinha dado seu nome a esposa e fez o mesmo com o filho. Afinal, assim via o pequeno Arthur, como o filho que sempre quis ter. 
Camile fez com Arth, o mesmo que o pai tinha feito consigo - foi honesta sobre quem realmente era. Sobre a existência dos deuses, as guerras que este mundo já tinha enfrentado, e a possibilidade de que iria enfrentar muitas outras, fazendo com que ele tivesse de se proteger quando ela e Alistair não fossem o suficiente para mantê-lo seguro. 
Desta forma, como tinha sido com a mãe, Arthur foi para o acampamento meio sangue aos treze, descobrindo então seu poder que antes se manifestava principalmente quando estava no colégio, envolvido em algum esporte, ou se metendo em alguma briga. Odicinese, era como chamavam, comum aos filhos de Ares - podia manipular os sentimentos mais latentes que vinham da guerra , entre eles, a raiva - sua especialidade. No começo, se sentiu perdido sobre como usar aquilo a seu favor, demorando para sair do nível I em seu treinamento - mas como a mãe, era esperto e inescrupuloso, e depois de certo tempo descobriu que encontrava prazer em ver as pessoas lutando contra aqueles que diziam amar, respeitar e venerar.
Por pouco, antes de ter controle sobre o poder, não destruiu o casamento dos pais. Os dois entrando em combates, às vezes até mesmo violentos, levados à loucura por uma força que não podiam nomear . Apesar de amá-lo, a mãe o ressentiu então, por quase tirar de si , a única pessoa mais preciosa que ele - o melhor amigo que lhe trouxe glória. 
Foi no futebol americano que encontrou uma escapatória de sua própria fúria. Aos vinte e dois, já tinha sido contratado pelos 49ers, e jogado um super bowl. Todos faziam festa quando ele estava em campo, estrategista como era, sempre se destacava nas partidas e mais que tudo, quando pegava na bola, os adversários salivavam com competitividade ; era como se estivessem em um campo de batalha e ele gostava assim. 
Apesar de passar as off seasons no acampamento, ou com o pai e seu namorado, Nick , a quem ele e sua mãe adoram, dando apoio para que um dia Alistair venha a público com a verdade, estava no meio de uma temporada de treinamento quando recebeu o chamado de Dionísio. Tentou convencer a mãe a vir consigo, mas sabia que ela jamais iria abandonar o pai, portanto foi com uma despedida, em sua opinião, excessivamente melosa, que se despediu da família, e da vida que sem saber , estava deixando para trás, os 49ers encerrando seu contrato depois de dois meses fora, causando cólera nos fãs - afinal, ele era o melhor na liga. 
MORE.
PODERES: Odicinese, a habilidade de manipular sentimentos e emoções da guerra, como ódio, raiva e medo. Arthur, em especial, se destaca manipulando a raiva, transformando-a em sua maioria em grande competitividade. 
HABILIDADES: sentidos aguçados e força sobre-humana. 
ARMA: ' basileus ' , rei em latim - uma adaga de ferro estígio que ganhou do próprio pai depois de uma missão bem sucedida onde salvou a vida de um irmão. a arma é intrincada com desenhos de batalha em prata, e afiada como é, corta pela pele de qualquer monstro e também qualquer coração, ele imagina - embora nunca tenha a testado em um humano. no dia a dia, ela se parece com um anel que fica no dedo indicador e tem o formato de uma caveira. 
++
 membro da equipe azul do clube da luta, instrutor de combate corpo a corpo e patrulheiro. 
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cherryblogss · 1 month ago
Note
Cherry, tu leu a revista do Pipe? disseram q ele é timido e sensivel😭😭😭
ele disse varias coisas bonitinhas cherry Q ODIO DESSE HOMEM
"Como é Felipe? 
Felipe é um homem simples e sensível que gosta de conhecer pessoas. Ele se encontra em uma situação de sua vida que nunca considerou, pois em nenhum momento de sua vida disse “Quero ser ator, quero ser famoso, quero isso ou aquilo”. Como se tudo estivesse acontecendo, e do nada, agora com ''The Snow Society'', começou a acontecer com ele ser reconhecido na rua. Uma menina pediu uma foto para ele, deu-lhe um abraço e começou a chorar. É algo com que ele tenta conviver, pois é bastante tímido desde o início, e embora goste de gerar isso em alguém, demora um pouco para se acostumar. No fundo é um menino simples e sensível que gosta de sair com os amigos, está no mesmo grupo desde os 6 anos, é muito familiar e caseiro, mas a vida o está levando em outros rumos."
link da revista, acho q ta no story dele: https://www.folie.es/post/cover-story-felipe-otano
Eu li ainda agora e estou em frangalhos🥲
link da entrevista
Abrindo meu coração aqui pra vcs eu sou uma pessoa bem cínica e não acredito em homem nenhum, mas esse caras me dá uma sensação tão boa de esperança que realmente nem todo homem é igual (apesar de ser branco e argentino ne). É notório que ele é uma pessoa muito sensível e empática que se preocupa com os outros, além de ser super humilde e educado provando todo dia que busca melhorar. Ainda mais depois daquele vídeo que eu compartilhei aqui dele falando sobre a faculdade e ficou evidente que o Pipe ficou meio chateado de não estar conseguindo conciliar a carreira com a educação, demonstrando que ele se importa muito com isso.
Um dia desses eu ate tava vendo uma entrevista em que ele dizia como costuma chorar com facilidade porque se sente melhor se expressando e isso me deixou tão pensativa pq ele é tão maduro pra idade dele e geralmente os homens na faixa dos 20 são insuportáveis ainda mais nessa geração👹 Eu vejo que msm vivendo nesse ambiente artístico que ele tinha tudo pra ser uma pessoa escrota e ruim (ate pelas amizades dele mas isso é outro papo), ele mantém, acredito eu, o modo como foi criado e opiniões sensatas que dá pra perceber que é oq ele defende msm😶‍🌫️😶‍🌫️😶‍🌫️ se um dia sair um podre desse cara eu vo queimar todos os meus dispositivos e viver isolada no mato.
esse texto é algo raro pq eu nunca defendo homem nenhum e já to quase desistindo de me relacionar de vez pq é foda viu
sobre a entrevista
Amei as perguntas! Achei todas pertinentes e que saciaram várias curiosidades minhas hehe. Agora vou deixar minhas partes favoritas😛 nao traduzi pq sou preguiçosa disgurpa
perdao mas aki ele foi o verdadeiro mister buceta (minha top1 resposta)
¿Qué es el amor?
Últimamente estoy redescubriendo el amor de formas muy distintas. Siento que es una palabra con mucho peso, pero a la vez es más cercano de lo que solemos idealizar. Hay muchas formas de amor, y las voy descubriendo poco a poco. Hasta hace un año, pensaba que el amor era algo específico, pero últimamente me voy dando cuenta de que no, que no es por ahí. Hay millones de formas de sentirlo, y es difícil definirlo, pero sé que nace desde el cariño y de una sensación muy linda hacia otra persona. Eso también te pone vulnerable, y las decepciones pueden lastimar. Por eso creo que le tenemos cierto respeto, por el miedo a que un amor no fluya o no sea recíproco.
 ¿Cuándo fue la última vez que lloraste?
Antes de anoche, acababa de terminar de filmar una película en la que lo di todo y que me gustó mucho. Pero las películas tienen algo que es un trabajo muy intenso, en el que uno pone todo desde la actuación. En esta película, entré en estados muy alterados, muy sensibles; me abrí mucho y estuve muy vulnerable. De un día para otro, todo termina y ya está. Hay como un duelo que se transita cuando termina de filmar, porque el personaje terminó, y el equipo con el que estuviste filmando todo ese tiempo también se acabó. Traté de evitar la angustia y sacarla, porque si uno la reprime y se guarda, después viene golpeada por otros lados. Me parece que llorar está buenísimo; no lo veo como algo malo. Me cuesta, me gustaría poder llorar más de lo que lo hago, pero siento que es lo más sano.
¿A qué le tienes miedo?
El olvido siempre me da miedo. Olvidar cosas con el tiempo. Los recuerdos son como momentos y vivencias, y a veces, después de mucho tiempo, se van perdiendo. Por eso trato de escribir y mantener los recuerdos de alguna forma. Creo que por eso saco fotos, como una manera de que eso me lleve a momentos y recuerdos. Soy medio melancólico, entonces el olvido es algo que me angustia bastante.
Si te diese un altavoz para hablar a las 8 billones de personas que habitan en el planeta, ¿qué dirías?
Ámense los unos a los otros, como si tratarnos con cariño y cuidado realmente mejorase todo. Si todos nos esforzamos en hacer eso, las cosas irían mejor. Se trata de intentar vivir sin hacer daño a los demás, buscando la forma de lastimar lo menos posible y llevar nuestra vida de manera que no afecte negativamente a quienes nos rodean.
Cuando conoces a una persona, ya sea como amigo o pareja, ¿cuáles son los valores que más te importan?
Lo que más me importa es sentir a la otra persona honesta y sensible. Me estoy acercando más a gente con la que puedo hablar de verdad, abrirme y sentir lo mismo del otro lado. Entrar en charlas eternas sobre cosas que a veces sirven para pensar y hablar con otro. Vengo conectando mucho por ese lado, a través de la charla, siendo lo más transparente posible con la gente en la que me siento seguro.
eu ri com essa parte pq pensei no plot twist ele sendo o esquerdomacho igual o enzo
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folklorriss · 2 months ago
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feels like home | ln4 + op81
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{ lista principal }
pov: oscar encontra uma equipe pra chamar de casa.
- avisos: bromance! um pouco emocional.
- wc: 1.753.
- n/a: escrevi isso aqui antes da temporada desse ano começar, antes da mclaren virar uma zona e quando éramos uma familia feliz, ok?? simplesmente fofo demais pra descartar, sorry not sorry. ah, é baseada no gp de silvo 23 e não revisei!! desculpa se tiver algum erro.
Imagens tiradas do Pinterest, todo direito reservado ao seus autores. História ficcional apenas para diversão, não representa a realidade e os personagens utilizados possuem suas próprias vidas e relacionamentos, seja respeitoso. 😊
Oscar nunca se sentiu em casa. Ele ouvia as pessoas ao seu redor falarem sobre “estar em casa” com suas equipes, mas ele não sabia, nem conseguia imaginar como era a sensação.
Veja bem, não que ele fosse maltratado ou estivesse indiferente ao seu time, não era isso, era apenas uma relação… Superficial? É, talvez essa fosse a palavra.
Não era por falta da equipe tentar, Oscar reconhecia os esforços de todos para se aproximar dele e abrir a caixinha de segredos da sua mente, mas era algo que já estava enraizado em quem ele era, essa coisa de “ser fechado”, distante, até meio frio, como algumas pessoas costumavam dizer.
Mas nem sempre foi assim, Oscar em algum momento da vida teve amigos próximos, amigos que ele chamou de irmão, amigos que ele confiava sua vida, mas quanto mais crescia e ganhava destaque no esporte, mais descobria sobre a inveja e do pior jeito entendeu que não tinha amigos de verdade.
Por isso, se fechar no seu próprio mundo e criar a máscara de garoto centrado passou a ser uma forma de defesa, foi o jeito que encontrou de evitar a decepção e aquela sensação de ter seu coração esmagado por alguém que tanto adorava.
A adaptação na McLaren vinha sendo um desafio silencioso. Oscar era tímido e introvertido, enquanto Lando, além de ser o oposto dele, era também o queridinho da equipe e dos fãs. O que era compreensível.
Lando era divertido, sabia dizer o que as pessoas queriam ouvir e como faze-las se sentor especial. Oscar o adorava, sempre o adorou. A companhia de Lando era leve e fazia Oscar se sentir à vontade, já que o britânico nunca, nunca mesmo o pressionava para falar ou se enturmar.
Com o tempo e convivência, Lando aprendeu a identificar quando era um bom dia e quando não, e Oscar se sentia grato por ele respeitar isso sem nunca questionar, apenas oferecer palavras de conforto ou piadas inconvenientes, que arrancavam Oscar do lugar escuro que sua mente às vezes ia visitar.
Oscar sentia que Lando realmente se importava com ele, como um amigo de verdade faria, mas ainda assim, ainda assim, a voz da auto sabotagem gritava em sua cabeça e o fazia recuar, principalmente quando a mídia começava a alimentar uma rixa entre eles.
“Lando Norris deve se preocupar com o novato?”
“A carreira de Norris está ameaçada?”
“Oscar Piastri vai derrubar Lando Norris do trono na McLaren?”
E sempre foi assim, as pessoas criavam rixas entre Oscar e outros pilotos simplesmente por ele ser bom naquilo que fazia. O australiano nunca precisou passar por cima de ninguém pra chegar onde estava, isso nem sequer passou pela sua cabeça e agora ele via a mesma coisa se repetir.
Será que Lando daria ouvidos para as fofocas? Será que Lando se afastaria dele? Será que o veria como um inimigo? O jovem piloto sentia que não importava o quanto nadasse, sempre estaria à deriva, nunca encontraria um lar, fosse ele uma equipe ou uma pessoa, então preferia continuar fechado com suas inseguranças e não se apegar muito a Lando, assim ele não sofreria tanto em ver mais um amigo se afastar quando a hora chegasse.
A home race em Silverstone foi um sucesso. Lando terminou no pódio, segundo lugar, e Oscar em quarto. Havia sido a melhor posição dele desde que iniciou na Formula 1 e também o melhor desempenho da McLaren naquela temporada.
Oscar estava feliz com os seus resultados, sentia um calor gostoso no peito como a tempos não sentia. Mesmo que não tenha terminado no pódio, esteve próximo disso. Havia tirado o melhor do carro e conseguiu trazer insights valiosos para a equipe, dados que ajudariam a continuar na melhoria do carro.
Ele estava aguardando no cercado para dar sua entrevista pós corrida enquanto assistia o pódio. Lando estava prestes a explodir de felicidade, ele conseguia ver.
Um jornalista o chama para a entrevista e ele se aproxima com um sorriso estonteante nos lábios.
“Oscar! P4, que bela corrida, meus parabéns.” o jornalista parabeniza e Oscar sente suas bochechas corarem, agradecendo com um leve aceno de cabeça. “Como você se sente agora que conseguiu um bom desempenho? Não foi um bom começo para você e a McLaren, né?”
“Não foi, mas me sinto aliviado. É ótimo poder finalmente pilotar e ter bons resultados. Nunca duvidei que conseguiríamos alcançar uma melhora, mas inegável que estávamos tensos. Então sim, foi um bom dia e é graficamente poder vir aqui e fazer um bom trabalho, mostrar nosso valor como piloto e equipe.”
“Certamente o desempenho do carro não afetou na sua reputação, todos sabem como você é bom.” Oscar sorri ao elogio. “Quanto ao seu companheiro, quase que tivemos a primeira vitória de Lando, mas sempre tem algo que impede…”
“Max e sua Red Bull, é isso que impede.” Oscar brinca e o jornalista ri.
“Isso também, mas você acha que falta algo pra ele? Algo que talvez você tenha e ele não? Aliás, você acha que é capaz de vencer uma corrida antes dele?”
Oscar consegue detectar a maldade naquela pergunta e isso faz seu sangue gelar. As engrenagens no seu cérebro trabalham rapidamente para responder aquela pergunta sem dar margem para ser distorcida. Na verdade, ele nem queria responder aquilo, que tipo de pergunta era aquela? Ele jamais falaria mal de Lando, muito menos enquanto ele está a metros de distância feliz e erguendo um troféu.
“Eu não… Hm, não acho que falte nada nele, Lando é um piloto excelente e muito capaz.” Oscar pirragueia e cruza os braços. “A hora dele vai chegar, vimos agora pouco como ele tem chances de vencer, nós sabemos disso. Quanto à última pergunta, não acho adequada e prefiro não responder.”
“Mas isso pode ser um problema na relação de vocês num futuro, caso você vença antes, não acha?” o jornalista insiste.
“Estou no meu primeiro ano, tenho muito a aprender, não estou muito preocupado com isso agora.” Oscar respira fundo tentando controlar a voz. “Você tem mais alguma pergunta referente a corrida?”
Droga. Não foi uma boa resposta, aquilo iria repercutir da pior forma. O piloto só queria sair dali, pegar suas coisas e se enfiar no quarto do hotel até aquela sensação crescente de ansiedade parar no seu peito.
O jornalista faz mais uma pergunta sobre o desempenho da McLaren e encerra a entrevista. Oscar volta para a garagem ainda pensando sobre a pergunta e como ela iria repercutir mal, ele sabe que vai. Era sempre isso, o dia não tinha nada ver com a capacidade ou não de Oscar vencer uma corrida, mas claro, claro que todos fariam ser sobre isso, a comparação entre os dois.
“Ei, ei” Oscar está tão concentrado em subir para sua sala que não percebe a presença de Lando, e acaba esbarrando no companheiro. “Vai com calma, novato.” Lando sorri e o segura pelos ombros. Ele está sorridente, leve, radiante e segura o troféu na mão.
“Desculpa. Ei, parabéns, cara. Boa corrida” Oscar oferece a mão e Lando o encara um pouco confuso, mas aceita o cumprimento.
“Tá tudo bem?” o britânico pergunta.
“Claro, sim, só vou subir para arrumar minhas coisas. Nos falamos depois?”
Oscar nem espera por uma resposta e sai apressadamente para sua sala. Trancando a porta atrás de si, ele procura pelo celular e envia uma mensagem para Lily. Mesmo sabendo que não receberia uma resposta imediata, só desabafar com ela conseguiria o acalmar naquele momento.
Seus dedos pairam sob o aplicativo do twitter, pronto para abrir a rede e ver quanto sua fala já havia sido tirada do contexto… Mas não! Aquela era a pior decisão agora, não precisava disso, não mesmo, então ele bloqueia o celular e o joga no sofá, passando as mãos pelo cabelo.
Uma batida leve na porta o tira da sua bolha de ansiedade e ele respira fundo antes de abrir. Lando está apoiado no batente.
“Vi a entrevista.” ele simplesmente diz.
“Ah.” é tudo que Oscar consegue dizer e Lando passa por ele, parando no meio da pequena sala.
“Osc, escuta, eles vão tentar de todas formas abalar essa relação” Lando aponta entre eles. “Fazer parecer que nos odiamos, que estamos competindo internamente, mas não existe isso, ok? Você sabe que não, eu sei que não, toda equipe sabe que não.” o britânico se aproxima e segura Oscar pelos ombros. “Não deixe eles entrarem na sua mente. A Formula 1 é um jogo perigoso e está longe de ser um lugar seguro, não precisamos piorar isso. Eu não estou preocupado se você vai vencer uma corrida antes de mim e vou ficar extremamente feliz se isso acontecer, não vai ser um problema entre nós, hm?” Lando abaixa o olhar para ele, pedindo por uma confirmação e Oscar suspira, desviando o olhar.
“É só que às vezes…” Ele fecha os olhos e balança a cabeça. “Às vezes é difícil não pensar que algumas coisas não vão se repetir, só isso.”
“Acredite, sei bem. Mas também sei que você é melhor que isso, cara.” Lando aperta os ombros dele em conforto. “Todos aqui, antes de te respeitar como piloto, te respeitam como pessoa. Não vamos te abandonar, ok? E além do mais, não sou aqueles caras.”
Oscar o encara surpreso. Ah. Então Lando sabia da puxada de tapete que Oscar levou anos atrás, sabia como era difícil para ele confiar em alguém e sabia do medo de ser enganado de novo, de não se sentir parte de nada.
Lando apenas sorri em conforto. Ele entendia os medos de Oscar e respeitava isso, afinal, também tinha seus próprios demônios e como tinha. Oscar sorri quando sente a sensação incômoda de falta de ar o deixar lentamente.
“Coloca um sorriso nessa cara e vem tirar foto com a equipe. Quero meu teammate do meu lado comemorando esse pódio.” Lando dá um tapinha na bochecha de Oscar e o australiano ri.
Eles descem juntos para encontrar a equipe os esperando, já organizada para a foto em frente a garagem. Lando para atrás da placa que indica um P2 para ele e um P4 para Oscar. O australiano sorri ao ver que foi incluído na placa, e se abaixa ao lado dela, mas Lando cutuca sua cabeça.
“Ei, do meu lado, novato.” ele sorri para o amigo.
Oscar revira os olhos e vai para o local indicado ao lado dele.
“Pode parar de nadar, Osc. Agora você está em casa.”
Lando sussurra e o flash da câmera dispara, mas nada brilha mais do que o sorriso de Oscar que, finalmente, se sentia em casa.
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jenniejjun · 1 year ago
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𝐃𝐎𝐍’𝐓 𝐁𝐋𝐀𝐌𝐄 𝐌𝐄 ‘𝐂𝐀𝐔𝐒𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐌𝐀𝐃𝐄 𝐌𝐄 𝐂𝐑𝐀𝐙𝐘
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PAR: mark lee x leitora!fem
GÊNERO: angst e um tiquinho de smut
avisos: doggy style, masturbação (leitora recebe), um “putinha”, venom!mark, tudo ali é consentido e os dois estão em um relacionamento estável.
culpem a @tyongbrat por me dar o hc de que a posição favorita do mark é doggy porque desde então, eu não durmo bem!! nem tem tanto smut nesse, mas eu amo escrever angst e espero que vocês gostem. fiz só porque tava sentindo uma faltinha de conteúdo do mark por aqui ultimamente
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O som dos seus quadris batendo contra as bolas dele era o suficiente para manda-la em um caleidoscópio de emoções, estava sensível. Aquele já devia ser o seu terceiro orgasmo da noite e tinha certeza de que sua colega de quarto voltaria a qualquer momento da festa de fraternidade de Lee Jeno, mas Mark Lee não parecia inclinado em parar.
Você sabia que naquele momento era a bolinha de estresse dele, não podia levar nada do que ele dissesse ou fizesse a sério. Mas a maneira bruta com que Mark tinha entrado no seu dormitório e usado das teias pra prender suas mãos enquanto metia pra dentro de você fazia você se questionar se a responsabilidade daquele manto não estava começando a afetá-lo.
A verdade é que você sabia que estava, desde que aquele maldito uniforme teria aparecido preto do dia pra noite, você sentiu a mudança no Lee. Mark negava, claro, mas o relacionamento de vocês estava desgastado o suficiente para que você soubesse distinguir a diferença entre um e outro melhor do que ele.
Talvez a mudança de ares fizesse bem a Mark, ele dizia que o uniforme novo significava uma nova era em sua carreira de super-herói mas havia algo mais do que isso. Talvez, você não gostasse do que crescer com aquele fardo significasse para o namoro de vocês. Então, não era surpresa pra você dizer que vinha pensando no término há algum tempo. Apenas não conseguia fazê-lo. Como podia? Encarar aqueles olhinhos de jabuticaba e dizer que deveriam seguir caminhos diferentes a partir dali.
Como proferir tais coisas quando haviam prometido há tanto tempo que seriam o caminho um do outro?
Era louca mas ignorou todos esses pensamentos afundando a cabeça em seu travesseiro quando Mark atingiu um ponto particularmente fundo dentro de você, o pau duro macetando contra sua intimidade sensível e as mãos tão firmes em sua cintura que podiam ver as marcas roxas surgindo no próximo dia.
Realmente, você era louca. Entretanto, era preferível enlouquecer no oceano de amor em que Mark te afogava em dias normais do que deixar com que aquela fase ruim acabasse com os anos de namoro que carregavam entre si.
Sentindo corajosa, você levantou o tronco rebolando junto aos movimentos dele. Suas costas no peitoral firme de Mark, ele tinha os olhos cerrados. Esperando. Uma mão envolveu lentamente seu pescoço fazendo a pressão necessária que você precisava para desengatar as palavras presas.
“Diz pra mim que tá tudo bem entre a gente.”, você implorou ofegante. Mark, ao invés disso, desceu uma das mãos dele até sua buceta. O clítoris inchado agradeceu pela estimulação assim como você, mas isso não fez com que desistisse da afirmação. “Mark.”
Ele riu desacreditado.
“Princesa, que porra é essa que você tá falando?”, circulou com pressão o botãozinho vermelho chupando uma marca roxa em seu pescoço. Você gemeu possivelmente alto com isso. “Ficou doida, foi?”
“Mark!”, você chorou. As mãos presas tentaram pegar o rosto dele mas Mark te inclinou para frente novamente, forçando seus quadris contra os dele de forma rude.
“A putinha tá precisando de reafirmação hoje, é?”
Você assentiu boba, não tinha palavras para descrever o sentimento sufocante que te encheu mas sabia dizer que era um misto de prazer com preocupação. Por isso, deixou com que o cheiro de sexo que preenchia o quarto nublasse seus pensamentos.
“Tá bem, vou te dar um motivo pra se preocupar de verdade.”, Mark ditou fazendo um rabo de cavalo rápido em seu cabelo com a própria mão. A pressão gostosa em seu couro fez com que gemesse.
Ali, você se permitiu entrar na fantasia maluca de Mark de que estava tudo bem com o relacionamento de vocês. Que você estava paranóica atoa. Pela manhã, você podia pensar com clareza e resolver isso. Isso.
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jenovascaino · 7 months ago
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mark lee x reader
inspirado em 500 dias com ela
mark lee tinha certeza de poucas coisas em sua vida. não sabia bem qual carreira seguir, qual apartamento alugar, qual carro comprar e nem mesmo qual seria sua próxima refeição para o jantar. mas ele tinha certeza de que odiava algo. alguém. um momento. uma estação.
o verão e tudo o que a ele remetesse.
havia te conhecido no emprego de merda no qual ambos trabalhavam. a única coisa boa em meio aquela confusão adulta, os colegas falsos e o café gelado. teu sorriso iluminando o ambiente como num dia ensolarado, a pele calorosa brilhando extraordinariamente ainda que refletisse a luz artificial e fria do escritório. teus cabelos abraçavam as bochechas coradas, e a tua voz fazia o coração do lee querer pular do peito.
mark te adorava. na verdade, idolatrava.
e você fez o pobre coraçãozinho apaixonado do lee saltitar ainda mais forte, iludido, quando tiveram sua primeira conversa além de simples cumprimentos. quando “there’s is a light that never goes out” ecoava dos fones de ouvido de mark, tomando conta de todo o elevador que subia até o quinto andar, onde vocês dois trabalhavam.
você, com a tua adorável voz, perguntou se ele estava ouvindo the smiths, e mark teve o prazer de te fazer repetir a pergunta simplesmente para escutar novamente a voz que tanto apreciava, admirado. e seus ouvidos logo foram ainda mais agraciados quando você começou a cantarolar a música, o teu sorriso marcante sempre no rosto, tua língua pronunciando carinhosamente cada palavra. o lee se deleitava com aquilo. e ali, naquele momento, com a tua voz se misturando a do cantor favorito na canção que tanto adorava, podia dizer que gostava ainda mais de você — caso fosse possível.
e a partir dali estavam sempre juntos, um fazendo companhia ao outro, os corações batendo juntos numa mesma melodia. você ia ao pequeno apartamento do lee todos os dias, jogavam e assistiam a filmes juntos, sem se preocupar com o horário de ir ao trabalho no próximo dia. visitam lojas de discos, iam a cinemas e fliperamas. aonde um ia, o outro era sempre bem-vindo.
tinham um romance platônico até você mesma tomar coragem e roubar um beijo de mark, que retribuiu sem pensar duas vezes, talvez com medo de que você mudasse de ideia. e depois do primeiro beijo ficaram mais íntimos ainda, uma mãozinha aqui e outra ali, até finalmente dormirem juntos.
você sentia o nervosismo do lee e a tensão entre os seus corpos. sentia, também, o carinho depositado em cada estocada que invadia teu interior quente, caloroso, confortável. ele beijava com devoção cada parte do teu corpo, lambia teu pescoço, orelhas e selava os lábios macios na tua clavícula, descendo até o colo leitoso, mordiscando a pele sensível. era cuidadoso, as palavras e gemidos chegavam até os teus ouvidos quase num sussurro, quase como se implorasse por você. para torná-la dele. afundava o rosto na curva do teu pescoço, a boca fazendo seu trabalho enquanto o nariz era esfregado ali, louco para sentir teu cheiro gostoso. queria ficar embriagado do teu perfume. desejava guardar eternamente na memória.
vocês dormiam juntos no sofá, no chão, no tapete ou em qualquer lugar próximo a porta de entrada depois de um longo dia de trabalho. tomavam banho juntos, mark sempre lavando teu cabelo carinhosamente, aproveitando para sentir a textura das tuas mechas, e admirando o quão perfeitamente teus fios se enrolavam nos dedos deles. como se vocês sempre tivessem pertencido um ao outro. escovavam os dentes trocando olhares apaixonados, e quando a espuma da pasta de dente caía em seus dedões, o banheiro era preenchido por risadas escandalosas. também preparavam o café da manhã agarradinhos, numa preguiça que só uma boa noite de conchinha proporcionaria.
estava tudo indo bem, perfeita e maravilhosamente bem, até você decidir que não estava pronta para isso. estavam indo rápido demais, sem pensar nas consequências desse relacionamento repentino. você não estava pronta para amá-lo, e havia dito isso corajosamente para o lee antes de sumir totalmente de sua vida como uma covarde.
de um dia para o outro, você desapareceu, nem ao trabalho foi. e quando mark chegou em casa outra vez, os lençóis estavam bagunçados, ainda com o teu cheiro no travesseiro. a louça ainda estava na pia: dois pratos, dois copos, dois talheres. as almofadas fundas, amassadas perfeitamente com o formato do teu corpo. tudo estava exatamente do jeito que você havia deixado, menos o seu próprio coração.
e agora, no primeiro dia de verão, mark lee podia falar com todas as letras que odiava essa estação. odiava a sensação que aquele maldito tempo dava, como se estivesse envolvido num abraço ardente e eterno com a tua pele em brasa, que queimava dolorosamente cada parte de seu corpo. a mesma pele que um dia ele havia beijado tão dedicadamente, teu calor acalentando os lábios devotos.
odiava os fleches de sol invadindo o seu rosto, fazendo com que não pudesse enxergar mais nada ao redor, nem mesmo os malditos chicletes que insistiam em grudar na sola de seu sapato. eles o cegavam da mesma maneira que aquele teu sorriso miserável fazia.
mark odiava todas as coisas sobre você. e te odiava ainda mais por fazê-lo amar todas elas enquanto ainda estava aqui, com ele, nos também malditos dias de primavera.
assim como você, o verão havia chegado para acabar de vez com mark lee, e parecia que nem tão cedo ele se livraria do maldito ardor que em seu coração sentia.
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