#língua de vaca
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edsonjnovaes · 9 months ago
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Remédios caseiros para controle de pulgas 1.2
Um remédio caseiro para eliminar as pulgas, tanto nos animais quanto no ambiente. EDSON JESUS – 15 NOV 2011 Ingredientes – 02 copos médios de álcool etílico hidratado 70º INPM;– 01 copo de água filtrada – de preferência um copo de chá de alecrim bem forte;– 03 pedrinhas de cânfora (encontrada também na forma de pedrinhas menores tipo comprimidos – adicionar 5). Preparo – Derreter a cânfora no…
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inutilidadeaflorada · 4 months ago
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Plástico/Quartzo
Órfãos de toda a encenação Películas não nos comovem mais Casas sem contornos visíveis Um signo superior ao significado
Me dê revelações, me dê o valor Hierarquizar vacas leiteiras Garantir corações e mentes Antes que o período seja interrompido
Olha-me com essa feição fugidia Antes de cada encontro Uma cruz orgânica é feita Quase fundando a teologia
Todo o sexo tão requintado e requisitado Teus gestos tão personagem de Fitzgerald O auto teatro, improvisando monólogos Importunará fracassos direto das veias
Afogar os filhos em frases aliciantes Vigiará uma Hera sem obstinação Ao bater cílios contra calcanhares Um fio enfim de ínfimas secreções
Aqui está teu estômago, meu bem Obrigado pela gentileza de cedê-lo a nós Imagino a indecência de encontra-lo exposto Então tomamos a liberdade de guarda-lo entre véus
Os olhos ficam nas bandejas, ao lado da recepção Para as narinas, há um ambiente aromatizado ao lado Aqui você enxergará com o tato Aqui você respirará com o tato
A língua se opõe ao resto da boca Como um anjo caído se opõe ao céu E toda a conspiração é também uma barganha Pelo talento de reconhecer rostos na multidão
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pursimuove · 5 months ago
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E começar assim?
(A Charca de Manuel Bivar, edição Língua Morta)
Era um jardinzinho de carvalho negral, giesta amarela e cebola-albarrã, com granitos, onde as vacas morriam envenenadas com cicuta que comiam na ribeira e onde eram inevitáveis os pensamentos sobre morte e vida, a cada momento, e também sobre a desgraça inequívoca da condição veada neste mundo. O próprio portão de entrada tinha a ofensa gravada e lançava a suspeita, embora todos soubessem que era nome de erva doce e boa para o gado.
Na ribeira havia cágados e ratos de água, rosas-caninas e pereiras que davam umas pêras muito duras sempre devoradas pelas pegas azuis e pelos estorninhos.
Era a época em que os veados berravam e ele andava pelos matos com medo de ser morto por um veado, de ser confundido com um macho e acabar com um chifre enterrado na barriga.
Deitado em cima duma pedra, um ramo de piorno aguçado a raspar-lhe as mamas, e o jacto minguado, nem uma décima parte dos trezentos mililitros que os veados libertavam depois de se montarem uns aos outros, tolhia-lhe a euforia e deixava-o entregue a um vandalismo moral que durava horas. Então, sabia que a condição veada não era nada senão o medo de acabar como um coelho, com a cabeça batida na pedra.
Em volta, os sobreiros morriam, os carvalhos morriam, as raizes atacadas pela fitóftora, a árvore sufocada e o tronco seco, as pernadas que caíam, as bolotas germinadas entre os sargaços e as giestas pisoteadas por vacas enormes.
Agora vacas, como antes o trigo e os porcos, as ovelhas e o girassol. Rolas que bebiam nas barragens, pousadas nos pivots, com o papo cheio de girassol e que levavam chumbadas nas manhãs de verão. O pointer sem nariz que não parava ou comia as codornizes ou que corria espantado dos tiros e que acabava normalmente enforcado num arame pelo vizinho que raspava a erva do pátio e regava a hortelã durante a tarde.
O pátio destruído pela piscina, os canteiros de cal com gladíolos, as alamedas de lírios, o lago dos peixes onde nasciam jarros e donde se regavam os canteiros de tuberosas, zínias e rosas bravas, tudo destruído pela piscina pintada de azul, de água tratada com cloro que quando era despejada matava os favais dos vizinhos e as acelgas. Nada tinha sobrado senão o caramanchão de flores laranja e a grande melia azedarach da porta da cozinha que afastava os mosquitos e resistia às maiores barbaridades e dava umas bagas que tingiam o chão da tijoleira de preto.
Os carvalhos também morriam de cancro, um buraco na base do tronco de um preto brilhante como carvão.
As negaças que não faziam barulho ao levantar voo eram mortas com a cabeça batida no chão, os galgos que não tocavam as lebres eram mortos às dezenas. As azinheiras não eram mais podadas como árvores de fruto e não davam bolota e os porcos que as comiam há muito tinham sido mortos em valas comuns, a tiro e queimados com gasóleo, pilhas de carne gorda a rechinar ao lado das malhadas, à sombra da mata de eucaliptos, os pavões e as fracas a gritar e o fumo da carniça no ar.
Nos pegos matavam-se os peixes com papa de embude e ficavam a boiar com as tripas cheias de veneno e as vacas escavavam em busca da raiz doce e acabavam nos lameiros inchadas de barriga para cima, pejadas de varejeiras, rodeadas de flores brancas de camomila.
Os javalis que não fugiam do cabelo e da naftalina eram mortos em noites de lua cheia, e as abelhas devoradas pelas vespas-asiáticas, comidas por abelharucos, envenenadas com glifosato.
Eram jardins de morte e vida.
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g0r3stff · 1 year ago
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1. Belisque sua coxa e veja como você não precisa de comida, porque você deveria comer sua própria carne toda de dentro primeiro, antes de merecer os verdadeiros legítimos s.
2. Vá para a biblioteca. Você pode pesquisar sobre dietas ou qualquer outra coisa, ou pode ler os clássicos ou parte da literatura mencionada anteriormente. Ou você pode fazer o dever de casa ou escrever cartas, mas a beleza disso é que, como não é permitido comer ou beber, você não terá escolha a não ser se abster de uma refeição.
3. Compre um pouco de gel de dentição para bebês e esfregue-o na língua para anestesiar as papilas gustativas.
4. Se você está pensando em comer, apenas prenda a respiração e conte até 100. As chances são de que você vai convencer você mesmo para não comer o que quer que esteja desejando naquele momento.
5. Foi comprovado que o aroma do café diminui o apetite.
6. Mastigue a comida, mas não a engula. Cuspa no lixo.
7. Se você estiver se sentindo perigoso, planeje as próximas horas para estar ocupado a cada minuto. Escreva uma lista de coisas para fazer a cada 15 minutos. ex.) exercite-se, navegue na internet, envie e-mails para seus amigos, limpe um quarto, leia um livro.
8. Se você estiver se sentindo corajoso o suficiente para enfrentar a cozinha, vá até lá e jogue fora qualquer compulsão alimentar em potencial. Se você deve, despeje alvejante/desinfetante/detergente para lavar louça na comida e depois jogue fora!
9. Belisque sua orelha! Aplique pressão na frente da orelha, uma de cada vez. A frente da orelha é aparentemente um ponto de pressão, na área que controla a fome.
10. Deixe o perfume substituir o chocolate. Toda vez que você tiver um desejo, ou passar por uma padaria, cheire algum Chanel não. 5. Aplique em um lenço de papel e leve com você. O cheiro tem um efeito poderoso sobre o apetite.
11. Limpe alguma coisa. Limpar algo sujo pode fazer você perder o apetite. O banheiro, a caixa de areia,
debaixo da pia da cozinha, esfregando a lata de lixo, qualquer coisa suja ou fedorenta. A confusão, juntamente com o cheiro do limpador, pode fazer você parar de comer por um tempo.
12. Torne-se um artista. Escreva poesia anoréxica. Anoréxicos são criativos. Colecione fotos de garotas magras. Cole-os todos em seu caderno.
Evite esse prato!
Aqui estão algumas coisas para fazer EM VEZ DE comer:
1. Casa limpa! Ocupe-se "capinando e jogando", revire as coisas velhas e elimine o que você não usa, não quer, não precisa mais. Pó. Vácuo. Esfregar. Mantenha-se ocupado! Isso envolve a atenção e mantém os pensamentos longe da comida. Se você for um adolescente, sua mãe ficará surpresa e MUITO grata, tão grata que ela vai esquecer de importunar você por causa da comida! Se você for adulto, agradecerá a si mesmo quando terminar!
2. Continue bebendo água com limão, chá ou pepsi diet enquanto trabalha! Mantém a barriga saciada para não rosnar para você.
3. Coloque uma música e dance! Ou mantenha as músicas rolando enquanto você limpa a casa, isso evita que o trabalho fique chato e você pode dançar enquanto sua!
4. Trabalhe em seu novo site pró-ana ou atualize seu diário online.
5. Faça networking com outras pró-anas por meio de bate-papo, e-mail, messenger ou sites de clubes - obtenha apoio e motivação de suas irmãs/irmãos quando PRECISAR!
6. Monte um álbum pró-ana (ou adicione algumas coisas novas, se você já tiver um) com listas de alimentos seguros, receitas com baixo teor calórico, baixo teor de gordura e baixo teor de carboidratos, colagens de palavras e, é claro, FOTOS DE ACIONAMENTO! !!
7. Navegue na web e faça uma lista de todos os sites pró-ana que você pode encontrar, ou todos os sites de alimentos seguros que você pode encontrar, ou todos os lugares online onde você pode comprar pílulas dietéticas, shakes, etc. são MUITO úteis para pesquisar e compartilhar com outras pessoas!
8. Levante-se dessa bunda de vaca preguiçosa e dê um passeio ou comece a se exercitar! Você ainda tem gordura para queimar, não é???
Pare de ficar sonhando com rosquinhas e pizza e OBTENHA-SE OCUPADO!!! =)
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felccity · 1 year ago
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“If he is a serial killer then what’s the worst that could happen to a girl who is already hurt, I’m already hurt.”
ABOUT ME:
Nascida numa vila bem perto do mar, a pele beijada pelo sol, muitos poucos podiam imaginar o final trágico da bela e alegre felicity, uma das garotas que cresceram para se tornar a mais bela donzela de seu vilarejo, desde muito cedo a morena sempre atraiu muita atenção a beleza combinada com um traço raro naquela pequena aldeia; a bondade. Quando finalmente atingira a idade para se casar a jovem lembrasse de estar tão animada para finalmente servir seu propósito, ser esposa, mãe, criar uma familia e por em pratica tudo que havia aprendido durante sua adolescência, falava as línguas mais românticas, bordava, era ótima cozinheira também e claro, tocava piano e cantava melhor do que qualquer jovem ali e com isso os rumores sobre a noiva perfeita se espalhou por todos os vilarejos, e pretendentes pareciam surgir de quase todos os quatro cantos, de lugares tão distantes que a morena jamais havia escutado falar, e fora assim que conhecera visconde de tenebris com um segredo obscuro, a jovem jamais poderia imaginar que o homem pelo qual se apaixonava era um vampiro. Após alguns meses de cortejo o homem finalmente pedira sua mão em casamento e seus pais encantados com o valor do dote que receberam simplesmente deram felicity para o homem como se vende uma vaca para o abatedouro, e aquela fora a ultima vez que vira sua familia. Em tenebris agora sua vida não era nada do que havia planejado, seu marido era um monstro que coletava donzelas e esposas de todos os lados, e quando felicity ajudara uma delas a escapar o visconde apenas encontrara uma forma de puni-la; transformando-a em vampira a condenando a uma eternidade ao seu lado, destruindo os sonhos de felicity de um dia ter filhos.
PERSONALITY:
+ cuidadosa, amorosa, sensível e caridosa. - desastrada, melancólica, manipulável e desatenciosa.
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maodevenus · 9 months ago
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IV
Todo um dia dourado e luminoso como uma cebola, um dia do qual desfralde o verão sua tórrida bandeira onde se perde quando a noite o amassou como a uma uva e noturno é o vinho da sombra, a taça da noite ficou repleta de sal que brilha no céu e vinho negro Onde está o dia que deve voltar? Onde morreu o navio? Mas para voltar ao número atemos o diamante. E no centro da água como um calafrio desliza e verde é o sussurro do verão que foge das cidades até a selva verde e se detém prontamente na areia: tem mãos de eclipse, rabo de ouro, e segue até que o grande suspiro da noite o venha envolver em sua adega: é um tapete elétrico adormecido por um ano de noites, por um século de relógios escuros e vai caindo cada dia o dia do verão nesta noite aberta e brota o sangue claro da melancia, ressuscita cantando em língua louca até que se adelgace e gota a gota se encha de buracos, de lenta névoa com patas de musgo de tardes vaporosas como vacas molhadas, de cilindros que encham a terra de amarelo, e de uma angústia como se alguém fosse nascer. É o antigo outono carregado com seu saco e que antes de entrar bate na porta e entra a bruma.
parte 4
Pablo Neruda, o grande verão (1961)
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veronicacoelho · 10 months ago
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“Formatcio e carta di cotcina”
Portugal. Perceção e sentimento de pertença.
Um meio-termo entre uma reflexão pessoal e um espaço de "armazenamento" visual e auditivo.
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| PASSE NAVEGANTE |
JANEIRO 2024 "Encontro-me num momento bastante delicado da minha vida: um período de transição, em que uma fase está a terminar e uma nova, desconhecida, tem de começar. Recentemente o meu futuro, por várias razões, foi projetado para Portugal, e foi então que, com ainda mais força do que antes, comecei a pensar no que realmente este país significa para mim..." "Porque é que sempre me atraiu tanto?"
Assim, surgiu a reflexão sobre o tipo de laço que me une a esta terra e a perceção que tenho dela desde criança e a sua evolução ao longo do tempo.
| ORIGEM |
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Filha de mãe italiana e pai português, nasci no nordeste de Itália, numa região que faz fronteira com a Áustria e a Eslovénia. É uma zona “presa” entre o mar e as montanhas, que pouco tem a ver com a imagem estereotipada da terra da pizza e dolce vita, mas que tem um encanto muito próprio.  No específico, a minha cidade, Trieste, tem um carácter austríaco, devido às influências culturais e históricas dos Habsburgos da Áustria.
Lá cresci em duas casas, uma “italiana” e uma “portuguesa”, com duas culturas e maneiras de pensar muito diferentes, mas eu era predominantemente italiana.
Entretanto, a casa “portuguesa”, começava gradualmente a estimular o meu interesse pela sua língua e pela sua cultura.
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SALAME DE CHOCOLATE (2009)
[em português] [em italiano]
Pai: “a Veronica está a…” 
Veronica: “cozinhar”
Pai: “a misturar o chocolate. Vamos fazer um salame…”
Veronica: “de chocolate”
Pai: “de chocolate!”
Veronica: “vamos fazer uma bolinha?”
Pai: “uma bolinha de salame”
Veronica: “è muito pegajoso. Como se diz em português?”
Pai: “pegajoso”
Irene: “como é que se diz em italiano?”
Veronica: “appiccicoso"
Pai e Irene: "APPICCICOSO”
Veronica: “olha, uhhh, bleah! Estou a misturar caquinha de vaca…parece. Caquinha de vaca! Cocó de vaca!”
| IMPACTO |
Dialogo em italiano no aeroporto. Pai: “estamos a ir em…para…onde?” Veronica: “aviãooo” Pai: “avião direto para? Veronica: “Portugaaal” “EM LISBOA!!” Pai: “em casa dos…?” Veronica: “AVÓS!” Pai: “com…?” Veronica: “IRENE!” Pai: “e..?” Veronica: “o pai(?)” Pai: “e a Veronica” Veronica: “então… tu também! Na porta de embarque 38”
Duas semanas por ano, sobretudo no verão, íamos visitar os avós e os familiares portugueses.  Assim, era catapultada para um mundo completamente diferente que, no entanto, atraia-me imenso. A língua era diferente, a comida tinha um sabor diferente (bueda alho), as ruas eram construídas e decoradas de forma diferente. As paisagens pareciam tropicais para mim, o mar era um oceano gelado. Até os cheiros, o ambiente e as pessoas eram um mundo à parte, tudo muito mais multicultural do que aquilo a que eu estava habituada.
| DUPLA CULTURA/DUPLA MÚSICA - COELHINHA - bónus |
Desde a infância a música sempre foi uma parte importante da minha vida, seja como um pano de fundo para ver o mundo de forma diferente ou como uma desculpa para dançar. Tive a sorte de crescer não só com a música americana e inglesa, mas também com vários géneros de música italiana e portuguesa (e com as ‘hits’ estivas italianas, espanholas e latino americanas da ”Hot summer”, os discos que se vendiam nas papelarias e a minha avó italiana tanto adorava).
Deixo aqui uma playlist com as músicas italianas e portuguesas (e brasileiras, e crioulas) que a “Coelhinha” gostava de ouvir:
| MEMORIAS “CHAVE” |
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O que me fica das lembranças de infância e de adolescência de Portugal são muitos pequenos pormenores que, porem, são muito importantes para compreender o tipo de ligação que tenho hoje com este país:
São as horas passadas no sofá, ao abrigo do calor abrasador, a ver o Noddy, o Ruca, e mais tarde a jogar a um jogo da Lara Croft para tv e ver o Domingão (com um volume incrivelmente alto). 
São os gatos no telhado (que ainda assombram o bloco de apartamentos) que eu alimentava às escondidas.
São as festas populares do Lavradio que traíam açúcar e gordura de farturas na boca e música que fazia tremer os vidros das janelas.
São os cheiros a adubo e figos e os barulhos dos cães, das galinhas e dos meus avós a trabalharem na horta (que até hoje, continua a ser um dos meus lugares favoritos para encontrar alguma paz e contacto com a natureza). 
É o falecido cãozinho Tommy, o pincher hibrido que me viu crescer e que quando éramos pequeninos, eu e os meus primos atormentávamos tanto.
São os dias de sol na praia, cheia de areia grossa, coragem para entrar na água gelada, onde me deliciava com sandes, Ucal e bolas de berlim derretidas e onde dormia infinitas sonecas.
São os jogos bizarros: - desfile de moda vestida de “princesa” de High School Musical - "show" de balé com sapatilhas de ponta (que obviamente não sabia usar) e fita roxa de ginástica rítmica - competição de natação e mergulho na piscina da prima Leonor - vestir o Tommy com roupa dos bonecos - rebolar nas colinas do jardim das ondas ao pé do Oceanário - competição improvisada de barquinhos feitos com pedaços de cortiça - Banho no tanque minúsculo no terreno dos avós da Margarida
É o lanche de meia-noite que sabia a cafezinho com chicória para os adultos e a leite morno para as crianças, (e a bolinhos e bolachas para todos, obviamente).
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ATAQUE NOTURNO AO FRIGORÍFICO (2009)
São as horas no carro com a família Porto-Coelho, quando fazíamos viagens para descobrir as diferentes partes de Portugal e da sua cultura (durante as quais tinha que aturar os berros da minha linda prima :) ).
É a minha prima Margarida, a criança que andava sempre de crocs cor de rosa e que adorava brilhantes (e continua a ser obcecada com eles). Uma pessoa que sempre admirei e que agora como nunca tem uma grande importância na minha vida.
São o Gino e a Gina, os macacos de peluche que fugiram para viver o amor deles.
É a baba de camelo.
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[Eu e a minha prima Margarida, o Gino e a Gina (e a Manta), 2009]
| ESCRITÓRIO 2000/MEMORIAS INTERATIVAS - bónus |
Entra no escritório da casa dos meus avós e vai à caça de memórias. :)
| OBSTÁCULO - PORTA SEMIABERTA |
Estava loucamente apaixonada por tudo aquilo, mas na altura não sabia dizer "nem uma palavra"...
Percebia bastante bem o que as pessoas me diziam em português, quando, por exemplo, os avós trocavam palavras no mercado ou com os vizinhos e apresentavam-me a eles, quando a Irene falava comigo, ou quando comecei a conhecer os amigos da Margarida.
Quase sempre conseguia perceber o que se estava a passar, mas nunca tinha coragem de comunicar e estava com medo de cometer erros, por isso, de certa forma, continuava sempre a ser a neta estrangeira que não fala a língua, a filha de mais um português que tinha emigrado em jovem.
Sorria, acenava com a cabeça e pronto.
O resultado era que, infelizmente, não conseguia sentir-me totalmente parte desta cultura que, de certa forma, pertencia-me, mas que ainda me parecia tão distante...
Adorava estar aí, mas não sabia comunicar, exceto com gestos e as poucas frases que conhecia, como "queria um copo de água, por favor" (necessário quando era pequena se estivesse a morrer de sede).
"Poesia para o vento"
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[Texto escrito em italiano entre 2015 e 2016. Tradução feita em 2024.]
| CANTEIRO DE OBRAS |
Em 2017, comecei a tomar consciência da importância que dava ao tempo que lá passava. 
Em 2018, tomei coragem e decidi fazer a minha primeira viagem a solo a Portugal. 
Nos anos que seguiram, voltei várias vezes, nunca saciada das experiências que eu vivia.
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[Eu e a minha prima Margarida em Lisboa, 2021]
Lentamente comecei a falar, a conhecer melhor a minha família portuguesa, a criar uma conexão um pouco mais profunda (até cheguei a discutir com os meus avós).
[Colheita de figos na horta dos avós, 2023]
Comecei a fazer amizades, conheci pessoas que me ajudaram a explorar Portugal com olhos diferentes e a integrar-me na cultura.
Cultura, dos quais elementos interessantes (como respeito pelas artes, integração de tradições de vários povos em novos projetos e ideias e conceito do DIY) os mais importantes para mim (alguns muito "cultos" e "elevados") que representaram uma ponte para a minha integração nos últimos anos foram:
bifana a todas as horas
batata frita e arroz como acompanhamento em todos os pratos
Galão, pingado, garoto
“bueda fixe”
Chamem os amigos
publico interessante nos jogos do Barreirense
Sala 6, "DNA", pequeno-almoço no Barreirense
Croissant misto prensado
“Não estavas capaz, não vinhas”
dedo indicador na cabeça=tens de dar uma voltinha
concerto privado dos BRO-X
prancha com doce de abóbora da Portuguesa para curar o mau-humor
concertos em todos os lados (bênção)
folhetos de médium africanos
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[pessoas lindas do Barreiro e coisas importantes, 2022-2024]
| DUPLA CULTURA/DUPLA MÚSICA- VRONKA - bónus |
Deixo aqui uma ENORME playlist com as músicas italianas e portuguesas (e brasileiras, e crioulas) que a “Vronka" gosta de ouvir:
! CAMPO DE OBRAS !
ABRIL 2024 "Esta terra, que em criança, adolescente e depois em adulta parecia-me tão distante, está agora muito mais próxima. Em pequenos passos, sinto que faço parte dela. Tenho agora a dupla cidadania. Estou agora a viver neste país. Estou feliz".
"Agora, tenho um lindo campo de obras, terra húmida e fértil. Já está lentamente a florescer. Tudo pronto para construir novas ligações e novos projetos interessantes (desde que sejam fixes, pá)".
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["O meu lindo campo de obras", Ilustração animada feita por Margarida Porto ]
| A MINHA MANEIRA DE VER |
Associada a esta reflexão, criei uma mini coleção chamada "A minha maneira de ver". São fotos tiradas durante as minhas férias em Portugal que representam um pouco a evolução, ao longo dos anos, da minha perceção do país e das pessoas ligadas a ele.
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piterkeo · 1 year ago
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Revelados os gostos da língua-de-vaca! Planária gigante é encontrada comendo caracol gigante!
Primeiros registros da planária chilena Polycladus gayi se alimentando na natureza!
por Piter Kehoma Boll Polycladus gayi é uma planária terrestre icônica encontrada no Chile e conhecida localmente como lengua de vaca (língua de vaca). Apesar de ser a maior planária terrestre do chile e uma das primeiras planárias terrestres descritas, ainda em 1845, não sabemos quase nada de sua ecologia. Mas as coisas estão mudando! Nos últimos meses, dois espécimes foram encontrados se…
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sillypoesia · 2 years ago
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o coração bate - tun tun - tun tun - tun tun - sístole diástole - sístole diástole - sístole diástole - perdoem-me o cientificismo.
o sangue corre quente viscoso - dentro - mas é como se jorrasse - líquido - pra fora.
há 30 anos comendo o pão que o Diabo amassou abençoado por Deus, Nossa Senhora e todos os Santos, Orixás e Entidades, Pachamama, Tupan e todas as Divindades já inventadas pela humanidade.
não sei mais se rio ou se choro, mas tenho baixas e cheias e corro e escorro e transbordo...
nunca me conformei, não iria ser ontem que eu conformaria, nem vai ser hoje, duvido muito que amanhã.
ninguém tem a pachorra de me dizer como eu devo ser. o que eu devo ser. como ser.
realmente não topo tudo por dinheiro. estou fadada ao fracasso no mundo capetalista.
eu poderia ser apenas mais uma engrenagem nesse enorme moinho mas resolvi ser vento.
sou força da natureza.
existir é ser - ser já é pertencer - toda tentativa de se encaixar é um aprisionamento.
continuo sim implicante.
e bastante debochada.
mas continuo sobretudo diplomata.
hoje sou também artista, cientista, puta, dona de casa...
e só faço o que eu quero; quando quero; o quanto quero.
tenho consciência de cada decisão tomada afinal aquela velha história: a vida é feita de escolhas.
escolhi.
de tão fraca sou forte.
dói em mim um mundo inteiro.
e uma das últimas coisas que a Fernanda deixou escrito foi:
"As pessoas me acham maluca, mas estou observando tudo - de dentro e de fora. Pensam que não percebo as suas falcatruas, mas ser gentil não significa ser otaria! Trabalho feito uma vaca, pago essas merdas desses impostos, não vejo uso para eles, escuto que mamo em tetas do governo; divirto as pessoas, ofereço poesia, e lido com ignorâncias proferidas por um bando de escroto que mete Deus nos seus discursos hipócritas. Deito e levanto cansada porque nunca peguei um centavo de ninguém e tudo o que tenho é fruto de TRABALHO. Não herdei, não ganhei, nem sou sustentada! Tenho 4 filhos que estão aprendendo a serem éticos e livres. E o que ouço? É louca! O que vejo? A nossa cultura material e imaterial, a nossa língua, a nossa fauna, flora, sendo esganiçada, sacaneada, por ogros maléficos. Estamos virando uma gente porcaria, afinal “piorar é mais fácil”! E fica tão claro o oportunismo das ratazanas sorrateiras, que veem na “loucura do criador”, achando-nos dispersos, irresponsáveis, ricos, nesgas para sermos passados para trás! Comigo, não! Não! Sei reconhecer um lápis meu em meio a um milhão! Não estive “calada nos últimos 14 anos”, não aceito desaforo! Sou uma mulher de 50 anos que sonhou alto e realizou muito. E estou longe de encerrar a minha jornada nessa orbe! Aos que se interessam: bom proveito. Para os outros: estou pouco me lixando!"
e, mesmo que um tanto inflamada, ela estava sim certa de que não encerraria sua jornada nessa orbe, ainda que dias depois seu corpo viesse a óbito por uma "simples" asma.
essa jornada continua em mim e em milhares de outros seres.
hoje me perguntarem se estou feliz. obviamente eu disse a verdade, que não - mas que está tudo bem.
meu critério pra essa decisão é: não estou passando fome nem em situação de rua, então tá tudo bem. mas não significa que estou feliz.
assumo a tristeza, a angústia, o medo.
sonho com o desejo e acordo todos os dias com a necessidade.
mas vem cá, você sabia que cada átomo dos nossos corpos vieram da fusão termonuclear de estrelas ancestrais que explodiram e deram origem aos nosso sistema solare, então não é como se só a gente tivesse vivo perdido aqui nesse planetinha no meio do Universo, mas sim, o Universo está vivo junto e no meio da gente?
como se o próprio Universo tivesse se manufaturado em pequenas partes, que se manufaturam em outras pequenas partes, que se manufaturam em outras pequenas partes ... que se manufaturam em outras pequenas partes.
por isso talvez eu assuste tanta gente, por sentir em mim cada molécula, cada átomo - e ainda assim esse vazio todo do Universo.
e também talvez por isso meu brilho seja tão forte, mesmo que eu nem consiga enxergar.
brilhemos, então.
sou caboclo forte, mulher da vida.
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contosobscenos · 6 days ago
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A casa do pecado 05: A santa e a devassa.
No passado…
Os donos da mansão não estavam lá para ver a quantidade de adolescentes que se divertia na piscina. Eles mesmos compraram a bebida e as carnes para fazer um churrasco para comemorar, o simples fato de os pais de Michele não estarem por lá. Renato, junto à piscina, se exibia no tanto que conseguia beber, sem se preocupar onde estaria a namorada.
Em outro andar, Michele e Rafaela entravam em sua suíte. Risonhas e desequilibradas, andavam com certa dificuldade até o box.
— Sua vaca, você está precisando de um banho — brincou Michele.
— Banho? É você que está bêbada. Bêbada e suja. Eu que tenho que te dar banho — respondeu Rafaela.
— Sei. O que você quer é tirar minha roupa. — disse Michele, enquanto tinha a parte de cima de seu biquíni arrancada.
— Bom, você fica bonita pelada.
As duas caíram na gargalhada e Michele ligou o chuveiro. Com a água caindo, as duas terminam de tirar o biquíni uma da outra. As mãos tocando os corpos provocaram uma troca de olhares, carregada de desejo. Assim, os lábios delas se tocaram pela primeira vez. Os corpos nus se esfregaram, assim como as línguas, em um beijo logo e carregado de volúpia. Aos abrirem os olhos, perceberam Rodolfo do lado de fora do box. Seu corpo musculoso com suas primeiras tatuagens era coberto apenas pela sunga preta. Músculos já bem desenvolvidos ficavam mais evidentes com sua pose de braços cruzados. Exibia um sorriso lascivo.
— Esse é meu banheiro, Rodolfo. Não pode ficar aqui. — disse Michele, enquanto tentava cobrir o corpo.
— Deixa-o ver — disse Rafaela, enquanto a puxava para mais um beijo. A loira se entregou mais uma vez, sendo surpreendida pela ruiva. Rafaela a empurrara para ficar contra a parede e um dedo deslizou até a sua bunda. Michele gemeu manhosa, empinando o quadril.
— Fico tão exitada com ele olhando. Deixe-o ver eu te comendo — sussurrou Rafaela, fazendo um lendo vai e vem de um dedo no cu da loira.
— Pode sim. Me come com ele olhando. — disse Michele, ao começar a rebolar o quadril, enquanto olhava para trás. Para Rodolfo.
Quinze anos depois…
“Hoje tenho que falar sobre um assunto muito sério. Tem pessoas na nossa cidade difamando a nossa Michele. Estão histórias horríveis, sobre obras ou coisas acontecendo em academia, que nem quero citar aqui porque só daria palco para essas pessoas que não têm nada melhor para fazer na vida. Gente, é da Michele que estamos falando. Essa mulher é maravilhosa, ninguém tem uma vírgula para falar dela e, por inveja, inventam essas histórias. Ela é um exemplo para todas nós e não podemos deixar que façam isso com ela.”
Depois da fala, Rafaela abraçou Michele e lhe deu um beijo na testa antes de desligar o vídeo. Usava um vestido longo, pouco comum no seu dia a dia. Normalmente fazia vídeos para seus seguidores usando roupas mais provocantes, eventualmente lingerie. Naquele dia, seria diferente, pois estava gravando um vídeo para ajudar sua melhor amiga, Michele, que teria sido vítima de fofocas, onde ela seria vista saindo correndo de alguns lugares, após ser ouvida gemendo ou gritando descontroladamente.
Rafaela era a melhor amiga de Michele. Desde os tempos da escola, faziam tudo juntas. Quando Michele começou a namorar Renato, Rafaela namorou o melhor amigo, Rodolfo. Eram parceiras nos esportes, nas festas, nos estudos. Quem olhasse as duas juntas, pensaria serem irmãs. Havia, porém, diferenças importantes.
Michele é uma loira de traços angelicais e Rafaela é uma ruiva de um sorriso debochado. A loira teve uma família estável, sendo filha do homem mais rico da cidade, onde nada lhe faltava. Já Rafaela não conheceu o pai, sendo ela sustentada com muita dificuldade pela mãe. Acompanhar a adolescente mais abastarda da cidade gerava conflitos constantes com a mãe, que mal conseguia pagar as contas. Rafaela aprendeu rápido a tirar vantagens de seus relacionamentos, às vezes do namorado Rodolfo, mas principalmente de Michele.
Tinha vergonha no início, mas com o tempo achou justo ser bancada pela amiga em suas saídas. De todas as meninas, era a única que acompanhava a loira em suas loucuras. Isso lhe rendeu a má fama de ser uma influência ruim para a “princesa da cidade”. Isso a chateava, e se tornara mais um motivo para extrair o máximo daquele relacionamento.
Não ter medo do julgamento alheio só ajudou a moldar sua personalidade. Amadureceu, tornando-se uma mulher sensual que não tinha medo de usar sua sensualidade a seu favor. Sem entrar na faculdade, usou de sua habilidade natural para se comunicar e se tornar uma influenciadora digital, a mais seguida na cidade. Seu conteúdo era variado, desde comentários sobre fofocas na cidade até vídeos experimentando roupas.
Seu relacionamento com Rodolfo era mais complicado. Filho de um mecânico, não tinha como bancar seus luxos, como Michele. Mesmo assim, ela não desgrudava dele. Desde jovem, tinha um corpo forte, definido e sua preferência por tatuagens despertava ainda mais interesse. Rodolfo, porém, não tinha interesse por relacionamentos sérios, fazendo Rafaela brigar por sua atenção diversas vezes. Ela, porém, conhecia bem o seu homem e sabia mantê-lo por perto. Vídeos e fotos de lingerie postados em redes sociais despertavam nele um misto de ciúmes e desejo. Ela o conhecia, sabia de seus desejos e anseios e os utilizava para manter sempre por perto.
A kitnet da ruiva tinha poucos móveis, mas tinha lugares específicos bem decorados, como a cama onde tirava suas fotos e o lugar onde fazia suas lives. Havia câmeras, equipamentos de iluminação e microfones espalhados por todos os lados, fora as roupas ainda na embalagem para apresentar em vídeos futuros.
Convidou Michele para se sentar com ela na cama.
— Sinto muito por isso, amiga. Você fez bem em me procurar, pois esse vídeo chegará a todo mundo antes desse boato escroto. Ninguém vai acreditar que você faria esse tipo de coisa.
— Te agradeço muito. Rafa! Onde já se viu falar isso de mim?
— Você sabe quem foi? Não devem ser daqui da cidade.
Michele respirou fundo, olhando pensativa para o chão até encontrar uma resposta.
— Acho que foram o Daniel e a Quitéria. Eles voltaram para a cidade agora. Ela tem uma loja de roupas e ele abrirá alguma coisa naquela casa amaldiçoada.
— Daniel? Aquele viadinho? Deixa só comigo. Quando ele inaugurar, seja lá o que for, eu farei um vídeo lá para garantir que ninguém compre nada com ele.
— Ninguém compra, desde a mãe dele. — Disse Michele, provocando risos e Rafaela.
— Quem é essa Quitéria?
— Eu não lembro direito. É uma pretinha. Disse jogar no time de handball.
— Ahh, lembro quem é. É aquela macaca que dava em cima do Rodolfo. Odeio aquela mulher. Vai ver só. Apronto uma para ela também.
Michele riu dos planos de sua amiga. Sentia-se satisfeita por ter sua amiga ao seu lado, sendo ela uma influência digital para conter qualquer dano à sua imagem. A conversa entre as duas voltou às amenidades, com Michele contando seus planos para futuras viagens internacionais. Rafaela se esforçava para prestar atenção num assunto que pouco lhe interessava. De tempos em tempos, olha no relógio até que, de repente, se levantou e tirou o vestido. De baixo, uma delicada lingerie vermelha. Detalhes rendados adornavam a calcinha, as meias, a cinta-liga e o sutiã.
— Uau, bem que eu estava estranhando você com vestido comprido.
— Preciso parecer uma mulher certinha quando saio no vídeo com você, não é? — respondeu Rafaela, aos risos. — Tem um igual a esse ali naquela bolsa. Coloca e vem tirar foto comigo!
— Tem algum dia que venho aqui e você não me faz tirar foto pelada com você? — perguntou Michele ao se dirigir à tal sacola.
— Nunca! Se você não ficar pelada comigo, a visita não está completa.
Michele riu. Se despiu sem se preocupar em estar sendo observada pela sua amiga. Vestiu a lingerie de desenho igual ao da ruiva, porém na cor branca. As duas amigas tinham corpos muito parecidos e desde a adolescência eram acostumadas a trocar de roupas entre si. Michele foi ao espelho ver como ficou. Fez poses olhando seu corpo, contorcendo-se para olhar como a calcina se ajustava no quadril. Rafaela logo reparou nas manchas vermelhas remanescentes dos tapas de Quitéria na sua bunda.
— Nossa! O Renato fez isso? — Perguntou Rafaela, alisando a bunda de Michele.
— Sim! — mentiu Michele — Ele estava animado na outra vez.
— Que delícia! Não sabia que gostava de apanhar.
A voz de Rafaela lentamente se tornava um sussurro à medida que a ruiva se encostava no corpo de Michele. As mãos não se cansavam de acariciar o generoso bumbum de sua amiga. Fingia ajustar a lingerie no corpo para tocá-la por mais tempo.
— É… foi diferente, mas foi bom de alguma forma. — respondeu, dessa vez com sinceridade.
Rafaela mordeu os lábios, apertou firme a bunda da amiga com as duas mãos e depois pegou o telefone. De frente para o espelho, as duas se fotografaram. Faziam poses sempre juntas e muito próximas. De costas para o espelho, bateram uma foto com as mãos pegando no bumbum da outra. Rafaela tirou outra, ajeitando a calcinha de Michele por trás dela. A loira, por sua vez, fez outra em que descobria o seio da amiga e o segurava com a mão. Rafaela colocou a mão na calcinha de Michele, que na foto seguinte lambeu o mamilo descoberto. As duas se aproximaram mais e se fotografaram beijando na boca.
O celular caiu no chão e as duas se abraçaram. Mãos se apertavam com firmeza enquanto línguas eram chupadas. Com a mão na bunda da amiga, Rafaela deslizou um dedo para dentro da calcinha, entre as nádegas. Michele, porém, a impediu?
— Você contou sobre isso para alguém? — perguntou Michele, com tom de preocupação.
— Sobre o quê?
— Sobre isso… do dedo.
Rafaela apertou o bumbum de sua amiga.
— Jamais, amiga! Esse é um segredinho nosso. Ninguém mais sabe. Por que está me perguntando isso?
— Michele olhou para cima, buscando a resposta mais adequada.
— Não sei bem… acho que fico preocupada porque você tira um monte de fotos nossas e me dá medo de que alguém mais veja.
Rafaela voltou a deslizar o dedo por entre as nádegas de Michele. A loira gemeu.
— Eu nunca mostro fotos nossas para ninguém, nem falo para ninguém que você fica toda piranha quando ponho o dedo no seu cuzinho. — disse Rafaela, enquanto empurrava um pouco mais o dedo, arrancando um sorriso de Michele.
— Tudo bem, meu amor. Eu acredito. Só me parece estranho você tirar tantas fotos nossas, sempre assim, de calcinha.
Rafaela disse a Michele para se olharem no espelho. As duas vestiam lingeries com o mesmo desenho, diferindo apenas na cor. Michele segurava o bumbum de Rafaela com as duas mãos e a ruiva tinha uma mão enfiada na calcinha da loira, com um dedo fazendo um movimento lento de vai e vem. As duas tinham a mesma altura e as mesmas medidas.
— Gosto de olhá-las depois. Nós sempre fomos tão parecidas. Fazíamos tudo juntas. Aprontamos de tudo. Só que para você, olham como uma santa e eu como uma devassa. Tirar essas fotos com você me faz lembrar o quanto somos iguais.
— Sinto muito por isso, Rafaela. Não é minha culpa. Queria poder mudar essas coias.
— Não precisa fazer nada. Só me beija.
Michele passou a língua pelos lábios da amiga antes de invadi-los. As línguas se esfregaram e as mãos apertavam os corpos com firmeza. Foi um beijo longo, lascivo, que durou até o interfone tocar. Rafaela atendeu. — Pode mandar subir — disse, com um sorriso largo no rosto.
— É algum entregador? Perguntou Michele?
— É o Rodolfo.
Michele arregalou os olhos.
— Melhor então eu me vestir.
Rafaela a impediu, abraçando-a por trás e segurando suas mãos.
— Não, você está linda assim.
— Rafaela, não posso deixar o Rodolfo me ver assim.
— Amiga, você sabe que o Rodolfo anda distante e que ele tem aquele fetiche conosco. 
— Pior ainda. Sou casada, Rafaela. O Rodolfo ainda é amigo do Renato. Não posso ficar realizando fetiche de outro homem.
— Ele não quer fazer nada com você. Só quer olhar a gente. Igual foi naquela vez na sua casa, lembra?
— A gente estava bêbada, não teria feito aquilo se estivesse sóbria. Não posso trair meu marido, Rafaela.
— Você sempre vem aqui e me beija.
— Sim, porque a gente é amiga e porque ninguém está vendo. Daqui a pouco, o Rodolfo sai contando por aí que me viu com você.
— Está preocupada só com a sua reputação de princesa? Nas suas redes sociais, não tem uma foto comigo, mas tenho que fazer vídeo para desmentir boatos sobre você. — diz Rafaela, contundente.
— Não é assim, Rafaela. Não te pedi nada de mais.
— Nem eu. Só quero um beijo seu na frente dele para reconquistar meu namorado.
— Rafaela, acho que ele nunca foi seu namorado.
Rafaela alisou o bumbum de Michele. Deslizou mais uma vez o dedo na calcinha da loira, invadindo o bumbum.
— Deixa, vai. É uma fantasia minha, também, usar você para deixá-lo excitado. Quando a gente começar a transar, você pode ir embora. — sussurrou Rafaela, ao ouvido de Michele. A loira tinha os olhos fechados, pois já estava entregue aos carinhos da ruiva.
A campainha tocou e Rafaela saiu correndo para abrir a porta. Michele rapidamente ajeitou sua calcinha, sutiã e meias e sentou-se de pernas cruzadas, como se isso fosse esconder mais do seu corpo.
Pela porta, entrou Rodolfo. O mecânico de pele morena exibia um sorriso lascivo ao ver a namorada de lingerie. Vestia um bermudão e uma camiseta. Tinha ainda mais tatuagens do que quando era jovem. Continuava um homem forte e, apesar dos fios de cabelo branco e alguns sinais da idade, seu corpo continuava musculoso. Rafaela girou em torno de si, sorridente, para se exibir ao namorado e em seguida aponta para Michele. Rodolfo arregala os olhos.
Ele caminha até a loira, com o olhar carregado de desejo. Michele sorri, constrangida. Ela o cumprimenta à distância, sem se levantar, mas antes dele se sentir constrangido, Rafaela o empurra para a cama.
— Você lembra do combinado, seu safado? É só olhar.
Rodolfo apenas sorriu, se ajeitando na cama. Rafaela puxou Michele pelo braço para si. A loira sorria constrangida, enquanto a ruiva lhe segurava pela cintura.
— Não consigo. — disse Michele rindo, com o rosto corado.
— Consegue, sim, meu amor. — Sussurrou Rafaela, antes de beijar o pescoço.
Apesar dos arrepios provocados pelo carinho sensível, Michele ainda não se sentia à vontade. Não tinha intimidade alguma com Rodolfo e o fato de ele ser amigo do marido piorava tudo. Rafaela percebeu isso, e recorreu a um recurso que nunca falhava. A loira deu um gemido longo e manhoso ao sentir a ponta de um dedo se alojar entre suas pregas.
— Golpe baixo. — sussurrou Michele antes de finalmente corresponder àquelas carícias e beijar a amiga.
Rodolfo ficou de pau duro em segundos. Na sua frente, Michele apertava a bunda de sua namorada com desejo. Havia visto as duas juntas no banheiro quando era mais jovem e essa imagem nunca saiu de sua cabeça. Os anos se passaram e a imagem construída de Michele como a princesa da cidade só aumentava o seu desejo secreto de olhar o outro lado daquela mulher. Não foram poucas vezes que, conversando com Renato, tentou tirar informações sobre como aquela loira incrível se comportava na cama. As respostas nunca foram satisfatórias. Nenhuma loucura feita, posição diferente ou fetiche confessado. Renato sempre dava a ideia de uma mulher até sem graça. Até pensava ser uma tentativa de manter a boa reputação da esposa, mas Renato não lhe escondia nada. Sabia, por exemplo, das explosões de ciúme da esposa e o quanto ela o fazia lembrar das brigas dos pais.  O caso com Manuela, por exemplo, também era conhecido por ele.
Michele gostava de mulher e talvez nem mesmo Renato sabia. O beijo das duas não era de duas mulheres experimentando algo. Era apaixonado, carregado de desejo. Os gemidos constantes, abafados, já indicavam que uma já conhecia muito bem o corpo da outra. Os toques eram cheios de apertos, como se cada uma quisesse um pedaço da outra para si. Rodolfo estava eufórico por saber um segredo desse tamanho da mulher mais admirada da cidade e muito excitado por assistir aquelas duas delícias se beijando.
Assim, não se importou em abrir sua bermuda e colocar o pau para fora. Começou a se masturbar. Rafaela olhou o namorado se tocar e sorriu para Michele. A loira, já atiçada pela pontinha do dedo enfiada no cu, olhou aquela rola, admirada. Apertou Rafaela com mais força e a beijou com mais desejo. Mudou sua posição, colocando-se de pernas entrelaçadas com a ruiva.
 — Empurre mais o dedo — implorou Michele.
Sentindo o dedo lhe invadir mais, Michele balançou os quadris, roçando a boceta na coxa de Rafaela. 
— Isso é novidade! — comentou a ruiva ao sentir a loira se esfregar cada vez mais forte no seu corpo.
Da cama, Rodolfo assistia o corpo de Michele se mover graciosamente. O rebolado que a fazia se esfregar na amiga era intenso. A loira esfregava praticamente a boceta pela coxa inteira da amiga, num movimento extremamente sensual. Os gemidos, antes tímidos, ficaram sem controle e cada vez mais altos. Com a intensidade dos movimentos e gemidos aumentando, Michele gozou, se esfregando em Rafaela. Gritou enquanto o corpo tremia e deu um beijo ainda mais intenso na amiga.
Lentamente, sua respiração voltou ao normal e o dedo de Rafaela saiu de si. Cansada, sentou-se na cadeira e, enquanto recuperava o fôlego. Pensava na loucura que fez ao transar com a amiga na frente do namorado dela. Até então, só trocavam beijos escondidos. Sentia sua reputação em risco e, ao mesmo tempo, culpada por trair Renato. Quis sair dali, até por já cumprir sua parte do trato, mas a cena que presenciaria a manteria ali, observando.
— Olha, amor, ela melou a minha coxa inteira. — disse Rafaela, ao exibir a coxa com a mancha úmida na meia.
— Me deixa ver. — disse Rodolfo. Rafaela se aproximou dele, subindo na cama e exibindo a coxa. Ajoelhado na frente dela, ele lambeu o mel de Michele na coxa de Rafaela, olhando para a loira. A calcinha da ruiva foi retirada e, logo em seguida, beijos e lambidas fizeram a ponte entre o mel de Michele e o de Rafaela.
Logo nos primeiros gemidos, a ruiva olhou para trás, procurando a amiga. Segurava Rodolfo pelos cabelos, puxando-o contra si, mordendo os lábios enquanto gemia. Rodolfo a puxou para a cama, a deitando. Voltou a chupar a boceta e depois sua linha se apossou do clitóris dela. Um sorriso brotou no rosto de Rafaela, que, se contorcendo, continuava a buscar o contato visual com Michele. Quando dois dedos lhe penetraram, ela revirou os olhos enquanto suas costas arqueavam. Descobriu os seios e os massageou. Apertava os bicos, aumentando os estímulos enquanto aquela língua roçava em seu grelo. Rafaela gozou, arqueando as costas mais uma vez enquanto prendia a cabeça de Rodolfo entre suas coxas. Ela apertava os seios enquanto gritava, se contorcendo na cama. Seu rosto enrubesceu, quase ficando na cor dos cabelos ao olhar para Michele. Trocavam carícias íntimas, mas nunca gozara na frente dela. A loira apenas olhava, hipnotizada.
— Agora é sua vez. — disse Rodolfo, deitando-se na cama e exibindo o pau duro para Rafaela.
Michele assistiu sua amiga engatinhar na cama até a rola do namorado. A ruiva segurou o membro com uma mão e o masturbou lentamente. Viu Rafaela olhar para ela, provocativa, antes de levar os lábios à glande. Enquanto descia, a boca engolia toda aquela piroca.
Rodolfo fechou os olhos com um sorriso malicioso no rosto enquanto gemia. Rafaela lhe chupava com delicadeza, encostando os lábios o mínimo possível. O vai e vem macio e sutil o fazia se contorcer.
Michele olhava aquilo tudo admirada. Rodolfo gemendo e se contorcendo na boca de Rafaela, que o chupava com extremo cuidado. Olhar no detalhe, aquela rola, abraçada pelos lábios da amiga, lhe dava água na boca. Quando o namorado dela fez sinal para se aproximar, ela não fez objeção. Engatinhou na cama até ficar ao lado de Rafaela, a surpreendendo. A ruiva não esperava que a amiga ainda estivesse ali. O fato dela se aproximar dos dois e ficar tão perto a deixou intrigada. Assim, tomou uma atitude sem pensar.
— Quer? — perguntou Rafaela, oferecendo o pau do namorado para a amiga.
 Com as duas de quatro em frente ao namorado, a ruiva ficou ainda mais surpresa ao assistir Michele abocanhar o pau do seu namorado. A expressão do rosto da loira deixava seu estranhamento evidente, mas lentamente ela ficava mais à vontade. Assistir aos lábios de Michele abraçarem o pau de seu namorado a excitaram de uma forma inesperada.  Rafaela levou a mão à boceta e se tocou, assistindo sua melhor amiga mamar o pau de Rodolfo. As duas, de quatro, chupavam Rodolfo, que se esticava em alisar e apertar as bundas de ambas.
Ser chupado por Michele era a mais profunda das fantasias de Rodolfo. Com Rafaela, falava apenas do beijo que havia presenciado, pois ele mesmo não se imaginava fazendo aquilo com a mulher do seu amigo. Naquele momento, tendo as duas mulheres com seu pau na boca, sentia seu ego num ponto mais elevado.
— Sempre me perguntei se você era tão santinha quando diziam. Não imaginava que fosse tão puta. — Disse Rodolfo, alisando os cabelos da loira.
Michele interrompeu seus movimentos e olhou para Rodolfo. Por um momento, pareceu que iria responder, mas nem chegou a tirar o pau da boca e voltou a chupar. Rafaela engatinhou até a boca de Rodolfo e o beijou.
— Ela é a nossa putinha amor. Só nossa.
Michele parou os movimentos mais uma vez, olhando para sua amiga. Rafaela deitou-se na cama, abrindo as pernas.
— Me chupa também, putinha!
A loira deu uma última lambida no pau de Rodolfo e engatinhou até Rafaela. Passou a língua entre os lábios, arrancando um gemido da ruiva. Assim como foi com Rodolfo, lentamente ela desenvolvia mais seus movimentos, chupando a boceta de Rafaela com mais desejo. A ruiva se contorcia em sua boca. Michele investigava a intimidade de sua amiga, descobrindo de quais carícias vinham os mais intensos gemidos, aprendendo a manipular o prazer. Pôs dois dedos na boceta e Rafaela se contorceu. Parou ao sentir as mãos de Rodolfo em sua bunda.
— Que manchas são essas? O Renato andou trabalhando aqui? — perguntou Renato, de joelhos atrás de Michele, com as mãos lhe alisando a bunda.
Além das mãos, Michele sentia o pau duro atrás de si, a penetração era iminente e, naquele momento, se deu conta de que não queria aquilo.
— Rodolfo, eu sou casada. — disse Michele, em tom sério, como se recuperasse a consciência.
— Você acabou de chupar o meu pau e está preocupada com o casamento? — ironizou Rodolfo.
— Isso mesmo! — respondeu Michele, autoritária.
Rodolfo tinha aquela loira de quatro na sua frente, mas o rejeitando. Olhou para a ruiva de pernas abertas e a expressão dela o convenceu a não insistir. Aquilo tudo já era bom demais.
— Faz ela gozar então — disse Rodolfo, começando a se masturbar.
Michele voltou a excitar Rafaela. Estava mais hábil e conhecia bem o corpo da ruiva. Voltas vagarosas na língua úmida e macia em torno do grelo endurecido provocaram os gemidos mais manhosos de Rafaela. Junto a dedos introduzidos, ela alcançava novos limites de prazer. Rafaela mais uma vez gozou com sexo oral. Dessa vez, segurou nos lençóis com força enquanto suas costas arquearam. Foi um gemido longo, quase um grito, sustentado por Michele, que não lhe tirou a boca da boceta durante todo esse tempo. Quando terminou, uma surpresa. Gotas mornas pingaram em sua bunda e, em seguida, a rola de Rodolfo era esfregada em sua pele. Michele virou o rosto para trás e olhou séria para ele, mas depois mordeu os lábios.
Rafaela trocou beijos apaixonados com Rodolfo, certa de ter realizado a fantasia dele com louvor. Teria seu eterno namorado mais próximo e ficou ainda mais colada com sua melhor amiga.
As duas foram juntas tomar banho. Rodolfo permaneceu na cama, nu, ouvindo os risos e gemidos vindos daquele banheiro. Michele foi a primeira a sair, com passos apressados. Rodolfo, entretanto, ficou na sua frente.
— Não vai se despedir de mim? — perguntou o mecânico.
— Sim… claro. Tchau! — disse Michele, constrangida, abraçando-o.
Rodolfo segurou firmemente a cintura da loira, levando as mãos à sua bunda. Seu pau endureceu rápido mais uma vez.
— Está sentindo o que perdeu? Se quiser mais, me procure na oficina.
Michele tentou ficar séria, mas um sorriso lascivo escapou de seu rosto. Ela saiu dali rápido, com medo de ceder à tentação.
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cherrypiestories · 5 months ago
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Capítulo 2 - Humano, demasiado humano
Sexta-feira, 07:00 AM – Aeroporto Internacional JFK, Queens NY
Mônica já estava no estacionamento do aeroporto, dentro de sua Porsche Panamera; no rádio, Mein Herz Brennt do Rammstein. O solo do Krüspe dava alma à música, e levava as sensações ruins para longe dela. Ela ama seus pais, apenas, detesta a confusão que eles trazem.
Cristina e Raul haviam se separado há mais de dez anos, mas, ainda perrecavam nos encontros familiares; deixando Moe, Marco e Jordie, sua irmã adotiva, bastante desconfortáveis. O ex-casal bombástico já havia reconstruído a vida, mas, ainda mantinham as velhas mágoas fumegando. Assim como o subterrâneo de Sillent Hill, Moe pensa.
Marco estacionou ao lado da irmã, acompanhado de sua cobra em forma de noiva. Moe revirou os olhos, desligou o rádio e desceu. Dirigindo-se à área de desembarque, cumprimentando os dois brevemente por sobre os ombros. Caminhava à passos largos frente deles.
O voo saído de Los Angeles estava atrasado. Moe revirou os olhos e se levantou das cadeiras de espera, caminhando até a cafeteria mais próxima. Cecí sentiu-se incomodada com a indiferença dela, por isso a seguiu.
- Acha que vai ganhar algo agindo assim? – Cecí a indagou.
- E quanto a você, acha que vai ganhar algo vindo me cobrar postura? – Moe disse, tomando o cardápio nas mãos.
- Está chateada com o que mesmo? É tanto drama, não me lembro! – Ela exclamou, abusando do escárnio.
- Algo entre a sua ceninha na boate e sua completa falta de caráter no almoço de terça-feira! – Moe pontuou, revirando os olhos. Cecí não imaginava o quão severa ela poderia ser, isso a amedrontou.
- Por que você ficou tão brava? – Cecí perguntou.
- Porque você soa como uma vaca interesseira, além de tratar a Victória como um cão abandonado. Isso me enoja! – Moe disse, encarando-a em seguida.
- Não precisa ser tão dura! – Cecí disse, parecendo chateada. Moe pediu um café expresso, virando-se para sua cunhada.
- Meu irmão sequer conhece o Menéga? – Ela questionou, bastante aborrecida.
- Claro que conhece, mas, eles não são amigos! – Cecí expôs, sentando-se ao lado de Moe.
- Não quero ser ainda mais indelicada, mas, na atual conjuntura é melhor não esquentar o assento! – Moe exclamou, revirando os olhos. Sua cunhada pediu um café, firmando sua presença ao lado dela.
- Qual o problema com você? – Cecília exigiu, revirando os olhos em seguida.
- Não tenho nenhum, mas, você tem, problemas seríssimos de falta de caráter e bom-senso! – Moe exclamou, encarando-a novamente. – Você não fica nem vermelha, desgraçada!
- Credo, Mônica! – Ela desabafou.
- Você usou o Federico, usou o Menéga e agora está usando o imbecil do Marco. Onde quer chegar com isso? – Moe questionou severamente.
- Não quero chegar à lugar algum! – Cecília esclareceu, mas, obviamente, ninguém poderia acreditar.
- É pior do que pensava. Faz questão de ser nojenta de forma gratuita! – Moe exclamou, recebendo seu café e dando as costas para a víbora a seu lado.
Quando o avião pousou, os três viram pelas enormes janelas do aeroporto. O coração de Moe acelerou e parou várias vezes. Adiantou-se até o portão de desembarque. Sentiu-se bem ao ver Bibi que corria em sua direção, as duas se abraçaram imediatamente.
Moe queria abrir o jogo sobre os acontecimentos da semana, mas, não poderia dizer uma palavra à amiga; não com tanta gente por perto. Cumprimentou seus familiares, deixou o edifício abraçada com sua mãe e melhor amiga. Cecí e Marco caminhavam atrás ao lado de Raul, Denise e Jordie. Antonio chegaria à noite, na hora da formatura.
Despediu-se da mãe com carinho, se encontrariam mais tarde. Raul estava começando a ficar enciumado com a atenção e cuidado extra. – Você tem pai também! – Ele disse, parecendo genuinamente incomodado.
- Pare com isso, falo com o senhor todos os dias! – Moe disse, mostrando a língua.
- Pelo celular, criatura desnaturada! – Raul respondeu, entrando no lado do passageiro da Panamera.
- Não liguem para ele, está cansado! – Denise disse, sorrindo gentilmente.
- É nada, Denise, ele reclama até enquanto dorme! – Bibi respondeu, rindo dele. Jordie riu e concordou.
- Estou ouvindo, cobras! – Ele disse.
- Te amamos, papai! – Moe disse, enquanto guardava as malas na traseira. Ao acabar, encaminhou-se para a direção.
- Ele encheu o saco de todo mundo durante o voo; queria ter atirado nele, mas, isso derrubaria o avião! – Bibi disse, importunando Raul e fazendo todos os ocupantes do carro gargalharem.
- Mal posso esperar pela viagem de volta com vocês. Vai ser um sacão, mas, vou amar! – Moe assumiu, segurando a mão de Raul.
- Palhaças! – Ele disse, rindo ainda mais.
- Meu amor, não seja tão rude! – Denise disse.
- Vou tentar, mas, não prometo nada! – Ele exclamou, revirando os olhos.
- Eu te amo, velho rabugento da porra! – Moe disse, beliscando sua bochecha em seguida.
- É pra rir ou chorar? – Ele questionou, parecendo confuso.
- Fica tranquilo, pai; esse vai ser um final de semana maravilhoso em família! – Moe exclamou, sendo tomada pela empolgação.
- Estou muito suave! – Ele admitiu, rindo e encostando a cabeça no banco, fechando os olhos por um instante.
- Além de chato, é mentiroso. Cuidado pra não roncar muito alto! – Bibi exclamou, importunando-o outra vez.
- A mamãe já sabe que recusei o pedido de Marco e Cecí para ser madrinha? – Moe questionou seu pai, temendo sua resposta.  
- Sabe e falou um bolão pra mim! – Ele expos, sem dar muita importância.
- Coitado do Chatonildo! – Bibi exclamou, rindo.
- Ai amiga, só você mesmo! – Moe exclamou, rindo também.
- Vocês duas vão me deixar cochilar ou preciso dar um tiro pra cima? – Ele questionou, gargalhando.
- Você nem trouxe armas! – Bibi zombou, rindo ainda mais.
13:00 PM – Andar da presidência da P.C Média
Victória estava prestes à ceder seu posto ao Saulo quando o telefone tocou. Ela poderia jurar que conhecia o número registrado no identificador de chamadas. Pensou por alguns segundos antes de finalmente atender.
- P.C Média, andar da presidência, em que posso ajudar? – Ela questionou, temendo.
- Boa tarde, senhorita Chaccón; gostaria de falar com o Gago Maluco, por favor! – Raul zombou, e ela estremeceu ao reconhecer sua voz.
- Boa tarde. Vou encaminhar a chamada! – Ela disse, e sua voz estava falhando.
- Não precisa, boneca. Apenas diga à ele que chego em quinze minutos! – Raul expos, sorrindo enquanto encerrava a chamada.
Ela esperou mais alguns instantes para que sua alma retornasse ao corpo, então, levantou-se e rumou em direção às grandes portas pretas do escritório de Fredo. Bateu três vezes.
- Pode entrar! – Fredo exclamou, sabendo que era Victória.
- O tio Fico está vindo pra cá! – Ela disparou, realmente nervosa.
- E qual o motivo para tanto nervosismo? Ele disse algo? – Fredo questionou, sem entender a raiz de sua inquietação.
- Não, apenas pediu para avisá-lo que estava chegando! – Ela disparou mais uma vez. Victória estava pálida como um fantasma.
- Fique calma, ele não vai fazer nada à você. Provavelmente só quer conversar comigo! – Fredo expôs, enquanto deixava sua cadeira para se aproximar dela.
- Bem, considerando as circunstâncias, eu poderia ir para casa mais cedo? – Ela questionou, vacilando entre as palavras.
- Claro, mas, não se preocupe; vamos ficar bem! – Ele disse, acompanhando-a até a porta.
- Acha que ele pode estar vindo para nos matar? – Vic questionou, e sua expressão era de completo pavor.
- Deixa de loucura, ele veio para a formatura da Mônica. Apenas vai passar por aqui e verificar à quantas anda seu negócio! – Fredo pontuou, rindo.
- Misericórdia! – Vic respondeu, apressando-se para deixar o edifício o mais rápido possível.
Saulo notou a inquietação de Victória, então, encaminhou-se em direção à Fredo. – Quem era no telefone? Ela parecia apavorada.
- Era o tio Fico. Ele está vindo pra cá! – Ele exclamou, rindo amplamente.
- Qual o motivo do frenesi? – Saulo questionou, rindo.
- Acho que ela tem medo dele! – Fredo pontuou, rindo ainda mais.
- Eu também tenho medo dele, nem por isso, saio correndo como maluco! – Ele exclamou, antes de voltar à seu lugar.
- Chame o Caio Valério, ele terá que estar presente nessa reunião! – Fredo exclamou, e ainda ria muito quando adentrou sua sala.
Algum tempo depois, Raul chegou ao andar da presidência, adentrando o espaço com uma placidez invejável. As assistentes dos colaboradores sorriam e torciam seus pescoços para admirá-lo. Apesar de seus cinquenta anos, ele ainda ostentava muita jovialidade e elegância. Além de suas posses, ele tinha muito sex appeal.
- Tarsinho, meu garoto, o que faz aqui? – Raul questionou, aproximando-se para cumprimentá-lo.
- Estou estagiando. O Fredo quer que aprenda à fazer de tudo por aqui! – Ele exclamou, abraçando seu padrinho.
- Gosto dessa proatividade. Já estava prestes à solicitar sua presença nos negócios! – Raul expôs.  
- Estou feliz que tenha gostado, tio. O Fredo e o tio Valê já estão esperando em sua sala, o senhor pode entrar! – Saulo respondeu, sorrindo.
- Obrigado! – Raul exclamou, percebendo a ausência de Victória.
Saulo encaminhou seu padrinho até a sala do presidente. Abriu a porta para ele, o anunciou e se despediu em silêncio, deixando a reunião para os tubarões.
- Gagolino! – Raul exclamou, sorrindo amplamente e abraçando seu afilhado. – Como está?
- Estou bem e o senhor? – Ele respondeu, sorrindo também.
- Tudo certo, mas, onde está o Caíto? O Tarsinho disse que já estava aqui! – Ele disse, procurando por seu sócio.
- Está na sala ao lado, pegando uma boa garrafa de whisky doze anos! – Fredo expos. Raul se acomodou e em alguns instantes, Valê estava de volta.
- Padriño! – Valê exclamou, levantando os braços e sorrindo para Raul.
- Hola, cómo estás? – Raul questionou, levantando-se para cumprimentá-lo.
- Estoy bién y tú? – Ele respondeu, enquanto os servia com generosas doses de whisky.
- Bién! – Raul exclamou, antes de voltar a se acomodar em uma das cadeiras frente à mesa de Fredo.
- Estamos felizes que tenha vindo, mas, o que precisa? – Fredo questionou, observando calmamente, à fim de sentir o clima.
- Só passei para dar um confere e falar com vocês! – Raul esclareceu, tomando um pouco de sua dose em seguida.
- A casa é sua! – Fredo exclamou, rindo.
- Houve algum barulho depois da operação? – Ele questionou seus sócios.
- Por enquanto está tudo quieto. Os cabeça seca e a mídia fizeram um ótimo trabalho ocultando o ocorrido. Não houve alarde entre os civis, e as gangues ainda estão procurando alguma pista para seguir! – Valê exclamou.
- Teremos paz por alguns dias! – Raul pontuou, sacou um charuto da caixa de Fredo e se preparou para acendê-lo.
- O que quer dizer? – Fredo questionou, em um tom respeitoso.
- Vamos derrubar completamente a operação do Ortega em Nova York, ou, terei que tirar meus filhos daqui! – Ele exclamou, calmamente.
- O senhor acha que correm perigo? – Valê perguntou, parecendo espantado.
- Isso depende de quantos amigos suspeitos eles têm! – Raul esclareceu. Fredo e Valério ficaram mudos, imaginando que encontrariam seu fim. – Quero que acompanhem os movimentos das ruas e me informem qualquer coisa que descobrirem. Não há motivos para alarde por enquanto, mas, suponho que o bagulho vá ficar muito louco em breve!
- Claro, o senhor quem manda. Vou falar com o Werneck e organizar tudo! – Valê exclamou, sentindo um frio em sua espinha.
- Não o incomode nesse final de semana, pois, estará com minhas filhas. Faça isso na segunda-feira! – Raul exigiu, puxando para si a densa fumaça do charuto.
- Como quiser! – Ele disse, vacilando em suas palavras.
- Caíto, se não se incomoda, me deixe à sós com Federico. Nos falamos depois, enquanto isso, mantenha a discrição! – Raul pontuou. Valê apenas assentiu e deixou a sala imediatamente.
- Como posso ser útil? – Fredo questionou, dois tons abaixo do normal.
- Ficando de olhos abertos com o Caio Valério. Alguma coisa me diz que ele vai espanar em breve! – Raul exclamou, encarando seriamente seu afilhado.
- O senhor poderia me dizer qual o motivo da suspeita? – Ele perguntou, com espanto em sua voz.
- Quando ele souber que não vou deixar o comando para o Marco, sua lealdade pode desvanecer! – Raul pontuou, rindo.
- Farei o que me pediu! – Fredo afirmou, engolindo em seco a afirmação de seu padrinho.
- Você e a Mônica se entenderam, estou certo? – Raul questionou, rindo ainda mais ao notar a expressão catatônica de Fredo.
- Acho que sim! – Ele exclamou, estremecido.
- Não precisa se preocupar, acho que ficam bem juntos! – Raul afirmou, levantando-se repentinamente. Fredo se assustou.
- Não estamos juntos, apenas estivemos em uma festa na casa do Werneck e conversamos. Acho que foi um começo! – Ele pontuou, temendo que Raul soubesse de todos os detalhes.
- Sim, é um começo! – Raul exclamou, despedindo-se dele brevemente antes de rumar à saída.
16:00 PM
Os posters espalhados pelo quarto de Mônica enchiam-na de alegria. Acordar e dar de cara com o belíssimo baterista do Rammstein em tamanho real, era tudo de bom. Lembrar do dia em que conheceu Christopher Schneider fazia seu coração disparar.
O beijo triplo entre ela, Chris e Paul, o guitarrista base, ficaria em sua memória para sempre, bem como em todas as fotos salvas em sua conta do iCloud.  Moe poderia jurar que os demais integrantes da banda sentiram uma pontinha de ciúmes, e isso a deixava ainda mais alucinada com os momentos mágicos vividos em Berlim.
 Fredo ficaria desconfortável se soubesse, ela imagina; por isso, riu enquanto passava frente ao sorriso sacana de Doom, ao lado de seu espelho. Bibi percebeu.
- Não conseguiu superar o beijo dele, amiga? – Ela perguntou, sacaneando. – Deixa o Fredo saber!
- O Fredo não pode ter ciúmes do Chris. Terá que aceitar, pois, não poderei superar o que aconteceu naquela noite, nem em mil anos! – Moe expôs, gesticulando freneticamente, enquanto tomava seu energético e provava o vestido. Conferindo o look frente ao espelho, confabulando com a foto de Doom.
- O que aconteceu? – Jordie questionou.
- A Moe beijou seus astros do rock favoritos! – Bibi respondeu, situando Jordie.
- Caralho, lacrou! – Ela disse, piscando para Moe.
- Você não está entendendo! – Moe disse, virando-se para encará-la. – Nós conversamos em alemão, e ele disse que eu declinava muito bem no idioma; à ponto de merecer as baquetas usadas no show e um beijo triplo!
- Não conte ao Fredo em hipótese alguma! – Jordie disse, gargalhando.
- Vai ser impossível, eu converso com a foto dele! – Moe admitiu, rindo alto. – Não é mesmo, Doom? Eu precisava me animar, meus amigos maravilhosos arranjaram esse encontrinho dos sonhos! – Ela disse, dispensando totalmente a modéstia.
- Encontrinho dos sonhos com quem? – Raul surgiu e perguntou, assustando as garotas. Ele gargalhou.
- Deixa de ser enxerido! – Moe exclamou, jogando a lata vazia porta afora. Ele foi rápido em desviar.  
- Vou contar ao Fredo sobre seu baterista favorito! – Ele disse, disparando pelo corredor ao perceber que Moe estava correndo em sua direção.
- Se fizer isso, jogo o senhor do terraço! – Ela disse, saltando e derrubando seu pai, antes que pudesse alcançar Denise.
- O que você anda usando, garota? – Ele perguntou, espantado com a força e energia de sua pequena filha. Os dois permaneceram no chão, rindo da cena. Moe o abraçou.
Cristina, Marco e Ceci pontaram no topo da escada à tempo de ver Moe se lançar pelos ares, derrubando Raul como um zagueiro da NFL intercepta um passe. Os três ficaram estarrecidos. Denise diria que ficaram enciumados.
- O senhor criou a Mônica como um animal selvagem, não pode reclamar! – Marco afirmou, acabando com o clima.  
- Cuida da sua vida, moleque! – Ele disse, levantando-se. Moe já estava em pé a seu lado. – O que fazem aqui tão cedo?
- É bom vê-lo novamente, insuportável! – Cristina disse, revirando os olhos e esbarrando propositalmente em Raul, enquanto dirigia-se a filha. – Meu amor, pare de voar. Precisamos que esteja inteira para a formatura. Quanto à vocês, parem de incomodá-la!
Ela conduziu Moe de volta a seu quarto, envolvida em seus braços, como se tivesse cinco anos novamente. Denise conduziu Raul ao chuveiro, dado adianto por parte de seus parentes. Marco foi até a garrafa de whisky mais próxima, Cecí ainda estava ali, em pé, no topo das escadas; não sabia ao certo para onde ir.
Não durou. Otto vinha escada acima, conduzindo a mega equipe de produção até o quarto de Moe. Cecí foi arrastada, isso o divertia. Ele cantava à plenos pulmões o jingle de Eric Cartman: – Eu amo queijitos, vem do leite da vaca; quem não come queijitos, é muito babaca!
Raul apareceu no corredor, envolto em sua toalha. Até mesmo ele estava surpreso com tamanha algazarra. – Mas que porra é essa, Werneck?!
Otto deu passagem ao esquadrão de beleza, logo em seguida, parou frente a porta, ajeitando seu terno Armani sob medida e dizendo: – Que agito, minhas senhoras! – As garotas foram a loucura, indo sobre ele, bagunçando novamente seu figurino.
- Tegridade! – Moe bradou, sacando um baseado, acendendo-o em seguida.
- Você tem Tegridade aí? – Otto indagou, estendendo a mão para receber a vela de sua amiga. Ambos amavam South Park. Era algo canônico para eles.
Bibi aumentou o som; Rihanna possuiu os alto falantes e estrondou todo o prédio, enquanto a densa fumaça subia da vela acesa. Moe, Otto, Bibi e Jordie dançavam. Cristina envolveu-se na vibe, mas, Cecília sentiu-se deslocada.
A festa estava apenas começando. Todos se renderam ao ritmo da Riri. Com toda certeza, o síndico recebeu muitas ligações, mas, assim como a equipe de produção, havia sido esquecido frente a porta da badalada cobertura.
19:00 PM
A mente conturbada de Federico estava a mil, enquanto caminhava de um lado para o outro em sua sala de reuniões. Muitas coisas rondaram seus pensamentos nas últimas horas. Após a confissão de seu padrinho, não restavam dúvidas sobre o porquê das últimas incongruências nos comportamentos de sua ex-namorada.
Saulo adentrou sua sala, pronto para encerrar o dia de trabalho, mas, encontrou o irmão em um estado deplorável. – O que rolou na reunião? – Questionou, tirando-o do transe.
- O tio Fico apavorou geral. Não sei o que fazer! – Fredo admitiu, encarando-o seriamente.
- Como assim? – Saulo questionou, aproximando-se e servindo dois copos de whisky. Entregou um a seu irmão, e tomou um pouco do seu.
- Ele desconfia do Valê, e dadas últimas atitudes da Cecília, também tenho meus motivos para desconfiar! – Exclamou, bebendo sua dose também.
- Puta que pariu! – Ele disse, temendo.
- O que está feito, está feito. Tenho que voltar para casa imediatamente; estou atrasado para a formatura! – Fredo pontuou, apressando-se rumo à saída. Foi seguido por Saulo.
- Não fica triste, Gaguinho. Está tudo certo para dar errado! – Saulo afirmou, rindo de nervoso.
Fredo não conseguia deixar de pensar no quanto a ignorância é uma benção. As descobertas feitas nas últimas horas o deixaram completamente sem chão, pura ansiedade e insegurança. Dentro do elevador, rumo ao estacionamento, sentia seu coração arder.
Quando finalmente chegou em casa, ainda em seu carro, as lágrimas vieram. À seu pedido, Saulo o deixou sozinho. Estava decepcionado com as próprias falhas de julgamento em relação à todos a sua volta. Em um ímpeto de coragem, sacou o celular do bolso, discou o número e ligou. Do outro lado do mundo, em Barcelona, Jorge atende.
- Pai! – Fredo dispara, gaguejando meio aos soluços.
- Leone? – Jorge indaga, completamente surpreso, ao reconhecer a voz do filho mais velho.
- Oi pai! – Ele respondeu, tropeçando em suas palavras.
- O que está acontecendo? Você está bem? Está em perigo? – Jorge exigiu, claramente preocupado.
- Não, eu só precisava ouvir o senhor! – Fredo admitiu, chorando ainda mais.
- Também sinto sua falta, filho! – Ele disse, sentindo alívio.
- Me desculpe pelas coisas que disse na última vez, não era pra valer! – Fredo admitiu.
- Eu sei, não se preocupe. Seus irmãos estão bem? Precisam de algo? – Jorge questionou.  
- Estão todos bem; eu só precisava falar com o senhor! – Admitiu, soluçando.
- O que o Fico fez com você? – Jorge exigiu, sentindo seu sangue ferver.
- Ele não fez nada. Apenas sinto que não posso confiar em ninguém! – Lamentou.
- Filho, independente do que tenha acontecido, estou feliz que tenha ligado. Sabe que pode contar comigo sempre! – Jorge lamentou a distância. – Lucrê, é o Léo! – Ele disse, ao notar que a esposa se aproximava.
O coração de Fredo explodiu contra o peito. Não falava com os pais há anos. Desde o GP de Le Mans em 2013. Durante esse tempo, nunca teve vontade de ligar, ou, estar junto deles outra vez, mas, algumas dores, só o colo dos pais pode amenizar.
- Eu amo vocês! – Fredo disse, mal podendo conter as lágrimas.
- Léo! – Lucrê disse, e Fredo pôde perceber que sua mãe estava correndo em direção ao telefone. Jorge mudou para o alto-falante.
- Oi mãezinha! – Ele respondeu, chorando mais.
- Filho, você está bem? – Ela questionou, vindo ao pranto.
- Agora estou, mãezinha. Sinto sua falta! – Admitiu. – Como vocês estão?
- Estamos bem! – Jorge disse, se emocionando também.
- Graças à Deus! – Ele confessou, sentindo o peso dos anos e da saudade.
- Ligue sempre que puder, meu amor, é muito bom ouvir sua voz! – Lucrê pediu, agarrando-se ao telefone.
- Irei encontrá-los o mais breve possível, venho pensando nisso há algum tempo! – Ele disse, sorrindo, apesar das lágrimas.
- Estamos muito felizes que tenha tomado a iniciativa, mas, não podemos deixar de nos preocupar. O que aconteceu? – Ela exigiu, mudando a ligação para uma chamada de vídeo. – Como está lindo, amor!
- A senhora também é linda, mãe! – Ele disse, sorrindo. Seus pais se acomodaram no sofá, abraçando-se. Lucrê segurava o celular, admirando o filho. – Aconteceram umas merdas, enfim, desculpem por isso! – Eles riram, meio as incessantes lágrimas.
- Tudo bem, amor! – Jorge disse. Deus sabe o quanto desejou ver Fredo novamente.
- Que tipo de merdas, filho? – Lucrê questionou, transparecendo sua preocupação.
- Do tipo que eu não contaria à minha mãe! – Ele admitiu, rindo de nervoso e encaminhando-se para fora do carro.
- Você quer me matar do coração? – Ela indagou.
- Claro que não, mãe. Liguei porque senti saudades! – Fredo expôs, frente à porta do elevador.
- O Tarso continua correndo? – Jorge exigiu, parecendo realmente preocupado. – Vocês três resolveram surtar ao mesmo tempo?
- Como assim? – Fredo perguntou, curioso para entender o grau do problema.
- O Alexandre foi obrigado a abandonar a medicina! – Jorge lamentou.
- Ele me disse que continuaria a residência em Charming, estava mentindo? – Ele exigiu, esperando o pior.
- Claro que mentiu, ele foi pego vendendo receitas! – Jorge exclamou. Fredo ficou perpassado dos nervos novamente.
Ao ouvir, Fredo adentrou seu apartamento como um raio e correu até o quarto do irmão. Foi seguido por Saulo, que aguardava na sala.
- Tá pensando o quê, caralho? – Ele exigiu, arrancando o headset de Alê. Ele saltou da cadeira, assustado.
- Calma, Léo! – Lucrê pediu.
- Mãe? – Alê disse, espantado ao ouví-la.
- Oi amor! – Ela respondeu.
- Como pôde destruir sua carreira assim? – Fredo indagou, completamente inconformado.
- Como pôde abandonar as pistas? Pra você funcionou! – Alê jogou na cara dele.
- Parem com isso agora. Quero ver os três! – Jorge exigiu, e Fredo posicionou o telefone; ele e os irmãos começaram a se empurrar. – Parem!
- Desculpe, pai! – Disseram.
- Os três estão em sérios apuros. Vamos conversar pessoalmente em alguns dias. Não quero nenhum de vocês metido em qualquer merda que seja, entenderam? – Jorge exigiu, bastante aborrecido.
- Sim, senhor! – Concordaram.
- Amamos vocês! – Os dois disseram juntos, antes de desligar.
 - Ligou para o papai para reclamar de nós? – Alê perguntou, parecendo chateado.
- Claro que não! – Ele disse, sentindo o peso dos acontecimentos da semana.
- Então, para quê? – Exigiu.
- Não tenho que dar satisfações à vocês; eles são meus pais também! – Fredo pontuou. – Larguei as pistas porque é perigoso, mas, acabei me envolvendo em algo muito pior!
- Fui expulso do internato! – Saulo admitiu, cabisbaixo.
- Não sei o que fazer com vocês! – Fredo respondeu, deixando o quarto.
- Onde vai? – Seus irmãos perguntaram, seguindo-o.
- Pro banho! – Ele disse.
Ao sair do banheiro, Fredo se deparou com os dois, empoleirados em seu setup. Estavam jogando Call of Duty com o Moretti e o Chalfón. A algazarra era tamanha, que ele poderia jurar que o síndico ligaria em alguns minutos.
- Gago viado! – Chalfón sacaneou, ao ver o amigo passar frente à câmera, atrás de seus irmãos. Tarso e Alê gargalharam.
- Vagabundos! – Fredo respondeu, rindo também.
- Vai pra onde com essa gravatinha borboleta? – Alê zombou.
- Formatura da turma de Adm.! – Ele disse, enquanto sentava-se em sua cama para calçar os sapatos.
- Vai à formatura da Moe, Gaguinho? – Os amigos perguntaram, sacaneando ainda mais.
 - Vão se foder! – Fredo exclamou, passando perfume e colocando seu Rolex.
- Jogador caro! – Moretti exclamou, fazendo todos gargalharem novamente.
- Ele sempre se atrasa, porque fica morgado! – Alê pontuou, sacaneando.
- Acho que vou chegar para a queima de fogos! – Ele disse, mencionando o encerramento do evento, rindo ainda mais.  
- Só as ideia gangrena! – Moretti pontuou, rindo.
- Desliguem a máquina antes de sair, to vazando! – Fredo respondeu, correndo para seu compromisso.
Tarso e Alê amanheceriam jogando com os amigos do irmão. Gostavam disso, sentiam-se ainda mais próximos de Fredo. Assim como seus pais, sentiam muita falta dele.
22:00 PM
Já à caminho do iate clube o celular de Fredo tocou, e para sua surpresa, era Mônica. Ele imaginou que ela estava furiosa com seu atraso. – Oi, boneca, já estou chegando!
- Sim, imagino que seja difícil dirigir de ré! – Ela zombou.
- É difícil sim, mas, eu dou conta! – Ele disse, rindo.
- Não esquenta; só liguei porque o senhor Schneebly está em cólera com seu atraso! – Moe expôs, rindo também. Ele ficou feliz ao notar que ela não estava brava.
- Precisei resolver alguns problemas. Me desculpe! – Ele disse, lamentando.
- Sei como é! – Ela respondeu.
Moe pôde perceber que Fredo estava estranho, relativamente tenso. Não conseguia deixar de imaginar o teor da conversa com seu pai naquela tarde. Ela pensou que ele não fosse aparecer, e não o culparia por isso. Sua família pode ser complicada, ela pensa.
- Estarei contigo em breve! – Fredo disse, acelerando sua Mercedes AMG ONE. Ela reconheceu imediatamente o barulho ímpar de sua máquina.
- Vejo que tem bom gosto para carros! – Ela admitiu, rindo.
- É capaz de determinar qual o carro apenas pelo som do motor? – Fredo duvidou.
- É uma Mercedes AMG, inconfundível! – Ela debochou.
- Espertinha! – Fredo riu, surpreendendo-se.  
- Onde vai com essa monstruosidade? – Moe indagou.
- Te levar pra dar um jet! – Ele disse, rindo mais uma vez.
- Eu vou adorar; te espero no estacionamento, quero ver a cor da pipoqueira! – Ela sacaneou.
- Não chame minha nave assim! – Ele disse, rindo.
- Pipoqueira mesmo, cada reduzida é uma porção! – Moe zombou, gargalhando. Fredo ficou feliz em saber que compartilhava o amor por carros com ela.
- Qual seu favorito? – Ele perguntou.
- Minha pipoqueira favorita é segredo! – Moe disse, rindo novamente.
- Por que o mistério? – Fredo inqueriu.
- Porque a caranga é o maior veneno! – Ela disse, sacaneando outra vez.
- Estou te vendo! – Ele disse, ao entrar no estacionamento.
- Estou sentindo o cheiro da pipoca! – Moe disse, gargalhando.
- Palhaça! – Ele disse, encerrando a ligação antes de estacionar ao lado dela.
- Amarelo ouro, eu amei! – Moe pontuou, abraçando-o e beijando seu rosto.
- É muito especial para mim, pertenceu a um amigo! – Ele expôs, antes de olhar para seu carro.
- Que incrível, é uma máquina foda! – Moe admitiu.
- Desculpe por ter perdido a entrega do diploma! – Ele disse, apertando-a em seu abraço. Seus rostos estavam bem próximos.
- Eu também teria perdido se pudesse! – Moe confessou, rindo.
- Vejo que não economizou na montaria, bom príncipe! – Raul zombou dele, enquanto se aproximava junto com Otto.
- Um homem prevenido, vale por dois! – Fredo respondeu, afastando-se de Moe.
- Por isso, trouxe cerveja! – Otto exclamou, levantando os dois engradados em suas mãos.
- Vai devagar com o andor! – Raul falou, tentando inutilmente conter a filha e o melhor amigo.
Moe atirou uma garrafa de cerveja frente aos pés de Fredo, gritando: – Pula, pirata! – Gargalhou em seguida. Raul e Otto também não foram capazes de se conter.
- Que porra é essa, Mônica? – Ele exigiu, percebendo que ela havia bebido.
- É a comemoração, ora! – Ela disse, rindo ainda mais.
- Agradeça aos céus, pois, está usando sapatos. Quando ela fez isso comigo, estava descalço! – Raul mencionou, se acabando de rir.
- Vocês são completamente malucos! – Fredo disse, recebendo uma cerveja de Otto.
- Esses dois malandrinhos quebram garrafas juntos desde 2012! – Raul expôs, tentando conter o riso.  
- Bebe, fuma, bebe, fuma, pia papagaio, traz as vagabundas! – Otto cantou, completamente embrasado. Fredo e Raul ficaram perplexos, mas, Moe riu, acompanhando-o.
- Deixa o Moretti ouvir isso! – Fredo pontuou, rindo de ambos.
- Quebra, quebra, menorzada, quebra menorzada; eu não sou de agressão, mas ela pede tapa na jaca! – Moe cantou, indo com seu amigo em direção ao barco que aguardava os últimos passageiros. Seu destino era o iate de Fredo.
- Nem tenta entender! – Raul disse, caminhando ao lado de seu afilhado.
Moe e Otto estavam na proa do barco, rindo e cantando, enquanto sentiam a brisa marítima em suas peles. Ao longe, podiam ver as luzes do luxuoso iate de Fredo, e as mini pessoas vestidas em trajes de gala.
- Chegaremos bem à tempo de ver o senhor Schneebly botar um ovo! – Moe exclamou, zombando do mestre de cerimônias.
- Pobre homem! – Raul disse, gargalhando junto aos demais ocupantes do barco. Ele havia notado o desespero de Ned com o atraso do anfitrião.
- Ele deveria estar acostumado à falta de pontualidade do Gago! – Ela disse, bebendo um pouco de cerveja.
- Você não perdoa! – Fredo exclamou, rindo mais uma vez.
Ao desembarcarem no iate, Moe olhou em volta, inspecionando à todos, e sendo inspecionada com certeza. Eles pareciam o centro da festa. Todos os convidados confabulavam com os cantos de suas bocas, olhando cativos em direção à eles.
Ela ajeitou sua postura, tomando o braço de Fredo para si, e isto foi um show à parte para os outros ocupantes da embarcação. As luzes, os sons, as pessoas, parecia um formigueiro. Moe imaginou que o iate poderia afundar com tanto peso, e isso a fez rir como uma maníaca, afinal, amava tragédias náuticas.
- Você está bem? – Fredo questionou, notando que faltavam alguns parafusos à sua acompanhante.
- Estou empolgada! – Moe respondeu, irradiando energia.
- Ela se entupiu de energético. Salve-se quem puder! – Otto exclamou, segurando o outro braço dela. Raul caminhou para junto de seus familiares, e ele ainda estava rindo, pois, sabia o quanto sua filha amava tragédias náuticas.
Fredo e Otto carregavam os fardos de cerveja em suas mãos livres, e Moe saltitava entre os dois. Cecília observava a cena com inveja, franzindo o cenho para os três.
- Leone, há quanto tempo não o vejo! – Cristina chamou Fredo, puxando-o para um abraço.
- Faz tempo mesmo! – Ele exclamou, sorrindo um pouco sem graça.
- Gostaria que conhecesse o Antonio! – Ela o apresentou ao seu novo marido. Antonio Banderas. Raul a imitou com deboche, recebendo uma dolorosa cotovelada de Denise.
- Bem-feito, Chatonildo! – Bibi exclamou, debochando, antes de se inclinar para cumprimentar Fredo também. – Prazer em conhecê-lo, sou a Bianca, mas, pode me chamar de Bibi!
- Prazer em conhecê-la também, Bibi; sou o Federico, mas, pode me chamar de Fredo! – Ele disse, sorrindo gentilmente para ela.
- Eu sei disso. A Moe falou de você pra gente! – Ela exclamou, e Jordie assentiu com a cabeça.
Raul o apresentou à sua esposa e filha adotiva, mas, sem tantos gracejos quanto Cristina. Fredo as cumprimentou devidamente, antes de ser raptado pelo mestre de cerimônias desesperado por sua atenção.
- Agora ele bota! – Otto exclamou, fazendo Moe e Raul gargalharem. Os demais acompanhantes não entenderam a piada interna.
- Onde está a Vic? – Moe questionou, enquanto tentava parar de rir.
- Ninguém a viu depois da entrega dos diplomas! – Jordie exclamou, observando os cantos, procurando por ela.
- Deve estar pentelhando alguém. Vamos procurar! – Otto disse, sacaneando. Os quatro saíram pela festa como em uma caça ao tesouro. Tudo para encontrar a loura bebendo Campari escondida, na proa do iate.
- Por que está se esgueirando pelos cantos? – Bianca exigiu, revirando os olhos.
- Queria beber meu drink sem ser incomodada! – Vic exclamou, lançando um sorriso debochado.
- Nesse caso, deveria ter ido ao bingo! – Bibi respondeu, sentando-se ao lado dela e cruzando as pernas. – Vai nos contar onde arranjou o Campari ou vou ter que torturá-la?
- Basta pegar os copos ali no bar, as garrafas estão aqui no frigobar! – Vic apontou o bar, e depois mostrou a porta do frigobar abaixo do banco. – Vou acabar com o estoque particular do Fredo!
- Esse cara tem bom gosto, amiga! – Bibi disse à Moe, rindo.
- Parece que sim! – Mônica exclamou, rindo também.
Otto e Jordie foram até o bar e trouxeram cinco copos com gelo e rodelas de laranja. Denise jamais aprovaria o que a filha estava fazendo, mas, o que os olhos não veem o coração não sente.
- Será que esses velhos vão ficar a noite toda? Essa música está deixando a festa com clima de funeral! – Bibi exclamou, revirando os olhos. Vic e Moe gargalharam.
- Relaxa, mana, logo eles vão embora e deixam o salseiro por nossa conta! – Vic expôs, rindo ainda mais.
- Finalmente se soltou! – Moe disse à Vic, sorrindo de um jeito sacana.
Victória sacou a garrafa de dentro do frigobar, servindo seus amigos. O espumante servido não embebedaria nem uma criança, por isso, os jovens tinham levado alguns pileques à tira colo.
- O Fredo preparou um after pra galera, logo o defunto será enterrado, e então, poderemos ferver! – Vic exclamou, animando-se.
- O que ele tem em mente? – Bibi questionou, parecendo interessada.
- Vai ser uma mini rave, mana! – Otto exclamou, animando-se também.
- Esse Gago é cheio de surpresas! – Moe pontuou, rindo.
- O DJ já está à bordo, só aguardando o sinal para começar o salseiro! – Otto esclareceu, bebendo sua dose, e lançando um olhar sacana para elas.
- Temos que manter o decoro por algumas horas, depois o chicote estrala! – Jordie disse, antes de brindar com Otto.
- Olha a juvenil se soltando; deixa o Chatonildo ouvir! – Bibi sacaneou, mencionando Raul.
- Vou dar o perdido no papai! – Jordie afirmou, gargalhando.
- Malandrinha! – Moe exclamou, piscando para ela. Vic estremeceu ao se lembrar da presença dele, afinal, estava se esquivando há horas.
O álcool já estava possuindo o pequeno grupo de tagarelas, e do outro lado da proa, Fredo os observava, rindo. Ele estava ansioso para se livrar dos puxa-saco à sua volta; queria poder aproveitar a noite com Moe e seus amigos.
- Eu espero que tenham trazido biquini, porque aquela hidro vai bombar! – Vic afirmou, rindo alto.
- Pra quê biquini? – Moe sacaneou, gargalhando.
- Um brinde ao salseiro! – Bibi puxou, e eles a acompanharam, despertando a inveja e a curiosidade dos demais presentes.
A música melhorou um pouco, então, o pequeno grupo começou a dançar, contagiando à todos. – Acharam meu Campari, não é, seus bandidos? – Fredo questionou, aproximando-se. Moe estendeu seu copo à ele, que não pensou duas vezes antes de embarcar nessa onda.
Sábado, 01:30 AM
Victória se dirigiu às cabines para usar o banheiro da suíte presidencial, sem notar que um dos caras da turma de formandos a seguia. Raul percebeu a cena, disfarçando e se esgueirando, os seguiu. Alguns diriam que era ciúme, mas, outros diriam que era cuidado. Vic podia ser bastante avoada, e ele sabia.
Ao adentrar a suíte, ele viu o maluco forçando a porta do banheiro. Victória empurrava de volta, gritando para que fôsse embora. Instintivamente, Raul foi pra cima dele, arrancando-o da porta como um pedaço de papel. – Vaza daqui, arrombado! – Bradou, antes de socar a cara do moleque, que saiu cambaleando com o nariz quebrado, jorrando sangue.
Após alguns segundos, ela abriu a porta, deparando-se com Raul. – Você está bem? – Ele questionou, observando-a atentamente.
- Sim, só um pouco assustada! – Ela exclamou, respirando fundo.
- Ele te machucou? – Raul questionou, bastante aborrecido.
- Não, você chegou bem à tempo! – Ela esclareceu, encarando-o de volta.
- Vou passar aquele merdinha! – Ele expôs, esfregando o rosto nervosamente.
- Não precisa se sujar com isso, eu estou bem! – Vic pontuou, aproximando-se dele.
- Pesadelo do sistema não tem medo da morte! – Raul exclamou, rindo nervosamente.
Victória o puxou para si, envolvendo-o em seu abraço, tentando dissuadi-lo do instinto homicida; mas, toda aquela confusão e o cheiro dele a estavam deixando excitada. Ele afrouxou a gravata, sentindo seu sangue esquentar ainda mais, e um sorriso sacana se formou em seus lábios. A ascendência espanhola ajudava muito nisso, com toda certeza.
- Sabemos o que acontece quando me aperta assim! – Ele disse, rindo. Vic também riu, pois, sabia como as coisas terminavam.
Vic o encostou contra a parede ao lado da porta do banheiro. Uma fúria sexual tomou conta dela, que acabou agarrando o membro dele em sua mão, fazendo-o gemer. Cuidadosamente abriu seu sinto, mantendo contato visual todo tempo. Seus olhos estavam famintos, e ele com certeza já estava pronto, quando ela finalmente o expôs, massageando-o. Seus gemidos estavam aumentando o desejo dela, que o puxou para um beijo.
Ela aumentou a velocidade dos movimentos de sua mão, fazendo com que Raul suspirasse entre os beijos. Ela podia imaginá-lo penetrando-a e a ideia parecia boa demais. Com a outra mão, tirou a calcinha, entregando-a na mão dele, que começou a rir e a puxou para seu colo. O vestido dela subiu, e ele a penetrou com facilidade.
Ele estava faminto, movimentando-se intensamente por entre as pernas dela, gemendo contra seu pescoço. Agora era ela quem estava sendo colocada contra a parede, aumentando a profundidade das penetrações. Sua intimidade estava pulsando, então, ele suspirou e levantou o rosto para encará-la, enquanto aumentava ainda mais a velocidade. O cabelo bagunçado e seu cheiro de perfume importado a deixava ainda mais feroz.
Ela estava gemendo e puxando-o para si. Ele não era louco de recusar; puxou um dos seios dela para fora do vestido; em seguida, abaixou-se para sugar seu mamilo, fazendo-a arquear a coluna com a sensação. – Quero te ver gozando! – Ele disse, suspirando, antes de se voltar para o outro seio dela e repetir todo o processo.
Suas mãos se agarraram firmemente aos quadris dela, puxando o violentamente para si. Outro suspiro rouco veio, e Vic estava adorando a sensação de ser fodida por ele; isso a fez gozar, desencadeando o mesmo nele, que a puxou para um abraço, antes de finalmente colocá-la no chão em sua frente. – Mulher, você tem todo meu coração!
Vic mordeu o lábio inferior enquanto olhava para a cena. – Você é um amor, Juju! – Ela suspirou, arrumando sua roupa e se preparando para sair da suíte.
- Se falar assim, vou ter que te comer outra vez! – Ele disse, olhando desafiadoramente para ela, enquanto avançava em sua direção, trazendo em sua mão a calcinha de renda preta dela. Vic o puxou para um beijo, tentando recuperar sua lingerie. Isso o fez rir, agarrando-a em seus braços, encarando seu rosto; aqueles olhos castanhos e safados incendiavam o interior dela. – Você só vai ter sua calcinha de volta no final, gatinha! – Ele disse, tomando-a em seu colo novamente, encaminhando-se para a cama.
Raul a penetrou com força novamente, e eles se consumiram ali mesmo. Seus movimentos eram intensos, profundos e muito rápidos. Antes que pudessem se dar conta, ela havia gozado outra vez, se apertando intensamente em torno de seu membro. Ele cumpriu o prometido, devolveu a lingerie a ela, que vestiu e voltou a ajeitar sua roupa. – Bandido! – Ela exclamou.
- Do jeito que você gosta! – Ele disse, enquanto ajeitava sua roupa e rumava para sair das cabines.
A maioria dos pais dos formando já tinha deixado a festa. Mas, Raul e Denise ainda estavam lá. Ela fingiu não ter notado o sumiço do marido, e nem tão pouco o pileque em que sua filha se encontrava. Cristina, Antonio, Marco e Cecília conversavam com um casal de empresários podres de ricos, que gostariam de aproveitar o hype trazido pela estrela de cinema casada com a ex-mulher de Raul.
Otto e Fredo haviam se afastado de seu grupo por um instante para admirar a bela vista da noite em alto mar. Bebendo suas doses e sentindo a brisa salina em seus rostos. O set do DJ convidado era cabuloso, então, a vibe bateu.
- Você parece um tanto perdido, estou certo? – Otto questionou, olhando para o amigo com o canto dos olhos.
- Digamos que não foi a semana mais fácil da minha vida! – Fredo expôs, bebendo um pouco de sua dose.
- O Treze me disse que você e o Menéga eram próximos, mas, foi há um tempo! – Otto pontuou, percebendo que isso mexia com ele.
- Não é só o lance do Menéga, tem o lance com a Mônica também. Sinceramente, acho que não estou sabendo lidar! – Ele expôs, e Otto sentiu a tensão crescer. – Meu humor está oscilando entre o céu e o inferno, não consegui beijá-la ainda!
- Sei que não pediu minha opinião, mas, acho que deveria deixar rolar e ver onde isso vai dar! – Otto exclamou, bebendo sua dose também.
- Temo que ela pense que não estou interessado, mas, sinceramente, não estou preparado para lidar com as implicações de me relacionar agora! – Fredo pontuou, virando-se de volta para festa e encostando-se novamente ao corrimão. A uma certa distância, estava Mônica, dançando com suas amigas. Victória estava se aproximando delas.
- Cara, ela sabe que seu trabalho consome suas energias. Ela vive isso com o tio Fico há anos, está mais que acostumada! – Otto esclareceu, virando-se para observar os outros também.
- Meus irmãos estão me causando muita dor de cabeça. Estou pra lá de perdido, mano! – Fredo exclamou, esfregando o rosto nervosamente. – O Fagner tem sorte em tê-lo como irmão!
- O Fafá é firmeza demais, igual à você. Seus irmãos vão se encaminhar, basta dar tempo ao tempo! – Otto expôs, acendendo um baseado. Tragou profundamente antes de passar para Fredo.
- Mudando de pato para ganso, o tio Fico me disse que não quer o Marco no comando, tem alguma ideia do motivo? – Fredo questionou, rindo, antes de tragar também.
- Cara, o Marquinho é playboy demais; nunca conseguiria lidar com os perrecos do comando! – Ele exclamou, rindo também.
- Nós nunca conversamos, mas, posso imaginar! – Fredo pontuou, virando-se novamente para o isotrópico oceano à sua frente.
- A noite em alto mar inspira reflexão. Pena não podermos dar um mergulho noturno! – Otto expôs, virando se também.
- Quem disse que não podemos? – Fredo indagou, livrando-se de seu celular, antes de subir no corrimão e atirar-se ao mar. Alguns segundos depois, surgiu das águas negras. – Se joga, moleque! – Otto se livrou de seu celular também e o seguiu em seu mergulho lancinante. O baseado foi perdido, mas, isso não importava para eles.
- Esse DJ apavora! – Otto exclamou, cuspindo água.
- Do Tomorrowland pra vida! – Fredo pontuou, rindo.
- Burguês safado! – Otto zombou, nadando de volta para a parte de trás do iate. Fredo o seguiu, rindo ainda mais.
Em alguns minutos, ambos estavam junto das garotas, fritando ao som daquele set. A bruxaria estava rolando solta; a luz negra e as pinturas neon aumentavam a brisa. Free Tibet começou a tocar, contagiando o grupo mais animado de todos. Fredo sentiu sua pele estremecer. – Essa é pedrada no capacete. Solta logo, porra! – Ele exclamou, fritando ainda mais e sendo transportado à outro mundo.
Moe se aproximou dele, e ambos se envolveram seriamente na curtição. Ele abandonou seu blazer e sua camisa. A gravata havia sido tragada pelo oceano. Fredo cantava à plenos pulmões o corte indígena da música, sentindo a conexão com os melhores momentos de sua vida. O beijo deles se tornou inevitável.
Adhana veio logo em seguida, sacudindo o iate. – Solta, porra! – Otto gritou.
Em segundos, eles estavam pulando novamente. O vale dos fritos estava completo. Um mar de braços erguidos, dedicando suas doses aos céus. Pistolas de água disparando para todos os lados. Piromantes estruturavam o cenário, cuspindo fogo. A farofa estava pronta.
Otto rodou sua camisa no ar, antes de mandá-la para longe. Ele, Jordie, Vic e Bibi fritavam juntos, movimentando todo o corpo. Não havia espaço para energia ruim. Uma música mais pedrada que a outra; e eles jamais poderiam resistir. Bruxaria pura.
Mandala explodia os alto falantes, enquanto Moe e Fredo revezavam entre beijos e fritação. À certa altura, nada mais importava, mas, Raul não deixou de notar o entrosamento entre eles. Seus olhos atentos captavam a movimentação do grupinho feliz.
Marco e Cecília resolveram se aproximar, tentando absorver um pouco da vibe, mas, acabaram dançando sozinhos. Jamais conseguiriam escalar a lombra dos demais. Um baseado surgiu meio aos amigos mais animados. Denise estava em cólicas, percebendo que sua filha estava jogada na esbórnia.
- Relaxa, deixa ela curtir! – Raul disse, bebendo um pouco de Campari também. O estoque de Fredo acabou se espalhando pela festa.
- Bebida e maconha? – Ela exigiu, parecendo aborrecida.
- Até parece que nunca teve essa idade! – Ele exclamou, rindo.
- Você não era tão liberal na minha época! – Cristina se aproximou, alfinetando-o.
- Me esquece! – Ele respondeu, dando de ombros e lançando um sorriso sacana à ela e Antonio.
Raul era rato de festival, assim como suas filhas. Por isso, se afastou dos idosos e se juntou ao grupo mais animado da festa. Denise e Cristina surpreenderam-se ao vê-lo fritando com os moleques.
- Que pique! – Antonio exclamou, realmente perplexo ao vê-lo dar o sangue na farofa. Toda festa seguia os passos daquele grupo. Realmente, quando o assunto era fritar, eles dominavam o rolê.
- Ele domina o pico, não adianta! – Denise exclamou, sendo obrigada a dar o braço à torcer. Cristina sentiu ciúme.
- O que você acha que sabe sobre isso? – Cristina questionou, querendo gerar com ela.
- Ela tem toda razão, meu bem, ele domina mesmo! – Antonio foi obrigado a admitir, enquanto observava Raul destruindo tudo no Psy trance. Ambas ficaram em choque com a afirmação.
Victória finalmente soltou as balinhas. Os ânimos cresceram ainda mais. O interior deles vibrava com a batida da música. Marco foi surpreendido com o gás de seu pai, pois, estava perdendo feio para ele. Uma montanha russa de emoções os rodeava, e as luzes deixavam tudo mais palpável e insinuante.
Mais embrasados do que nunca, mal puderam notar a madrugada os deixando e a manhã rompendo o horizonte. Ante aos primeiros raios de sol, correram para a hidro, continuando o salseiro vip. Os idosos se foram, junto com Marco e Cecí, os amargurados do rolê. Eles não foram capazes de acompanhar.
O incansável DJ arrebentava em seu set, fazendo os festeiros de plantão viajarem. Campari e espumante voavam das taças e copos, lavando o piso do iate mais badalado dos Hampton’s. – Churrasco por conta do pai! – Fredo gritou. Inimigo do fim como sempre, não podia deixar a vibe morrer. Mais balinhas surgiram, e a bebida se multiplicava como um milagre messiânico.
O Burning man parecia uma feira de domingo frente ao salseiro que estavam aprontando ali. Uma lancha se aproximou, trazendo Moretti, Alê e Tarsinho, para curtir os embalos daquela boemia lancinante. Jordie e Tarso engataram em beijos quentes, incendiando a hidro. Raul não se importou com a pegação, afinal, ele e Vic curtiram a madrugada toda juntos, e esse envolvimento não tinha hora para acabar.
As consequências viriam, mas, se questionados, os festeiros diriam que isso era apenas um detalhe bobo. Moe e Fredo fugiram para a proa novamente, aproveitando para se curtir. Sobre os estofados, se comeram ao vivo, nus, como vieram ao mundo. Todos estavam na mesma, ninguém ali poderia julgá-los.
Algumas lanchas próximas resolveram se achegar, ao ver que ali as coisas estavam acontecendo de verdade. A festa saiu do controle. Formandos e milionários, strippers e mercenários, do jeitinho que o diabo gosta.
Pouco tempo depois, helicópteros da imprensa apareceram, revelando ao mundo a festa de arromba. Nem mesmo a guarda costeira poderia dissipar a multidão ou calar os falantes do DJ mais fodástico do século. Gente transando, gente cheirando, gente bebendo, gente fervendo, como um apocalipse psicodélico em curso.
Nem mesmo Quentin Tarantino poderia idealizar algo dessa magnitude. Em seus respectivos pousos, Denise, Cristina, Antonio, Marco e Cecí assistiam ao noticiário, escandalizados com tamanha algazarra. A festa de formatura da turma de administração de Columbia entraria para os anais da história.
Dada lotação do iate, mais lanchas se aproximaram, parando ao lado e aproveitando o set demoníaco para curtir também. Nas primeiras horas do dia, os Hampton’s haviam pegado fogo em alto mar.
Todas as tribos se juntaram, formando a maior festa não planejada já vista por Nova York. A guarda costeira chegou, sendo incapaz de contar as milhares de pessoas pirando nas águas daquele oceano de badalação.
Cocaína e êxtase eram mato. Tiros eram ouvidos da orla. Não havia uma alma sã naquele meio. A praia estava forrada de viaturas da polícia, impedindo os banhistas de se aproximar da água. Toda a criatura festeira daquela cidade caiu nas graças da rave envolvente, anunciada aos quatro cantos do globo.
- Nós quebramos a banca! – Vic gritou, contagiando os presentes.
- O Gago não brinca em serviço! – Alê exclamou, levando à hola toda aquela multidão.
Raul acendeu um baseado e começou a mostrar o dedo para as câmeras. Rapidamente, ganhou notoriedade mundial. Sua irmã, Rebeca, o via pela televisão em Madrid. O mundo parou frente àquela reuniãozinha. O DJ foi substituído por outro ainda mais bravo. As coisas estavam tomando proporções jamais vistas. As pessoas mais influentes do Estado estavam ali, curtindo a maresia.
17:00 PM
Trevor pousou o helicóptero no heliporto do iate. Raul e suas filhas já o aguardavam. Eles estavam completamente esgotados; enquanto a aeronave ganhava altitude, podiam ver os bêbados e chapados desmaiados, espalhados por toda a embarcação. Parecia um cenário de guerra. O piloto lamentou não ter participado do evento.
Ao chegar no prédio onde Mônica morava, o helicóptero pousou novamente. Raul agradeceu a presteza de seu velho amigo, e observou enquanto este partia. Desceram as escadas e tomaram o elevador até o andar do apartamento.
Moe destrancou a porta, imaginando que teriam o descanso devido, mas, ao entrarem, deparam-se com sua mãe, irmão e cunhada, que os aguardavam na sala, como inquisidores da idade média.
As garotas driblaram os carolas como zagueiros em meio a um passe, rumando para o quarto, onde tomariam um belo banho e dormiriam até a próxima era do gelo. Raul achou por bem servir-se com uma dose de whisky.
- Não acha que já bebeu demais? – Marco o questionou, abusando da aspereza.
- Você é fiscal de copo? – Raul debochou, antes de matar a dose.
- Pare de se comportar como um viciado de merda! – Marco exclamou.
Antes que pudesse se dar conta, Raul o acertou com um soco cruzado no queixo e Isso o fez cair, completamente atordoado. Ele foi pra cima de Marco novamente, e o levantou pela gola da camiseta.
- Acha que está falando com quem? – Raul questionou, trazendo-o para perto de seu rosto, encarando-o com fúria em seus olhos. Cristina e Cecília estavam implorando para que o soltasse, mas, ele não deu ouvidos. Marco cuspiu sangue, chorando copiosamente.
- Você é louco! – Marco exclamou e mais uma vez foi derrubado por um soco. Dessa vez, ele ficou no chão. Cecília se aproximou, tentando levantá-lo.
- Não fode, caralho! – Raul disse, tirando a camisa manchada de sangue.
- Você está se comportando como um animal, pare por favor! – Cristina gritou, empurrando-o, antes de se abaixar para examinar Marco.
- Claro que estou, vocês invadiram minha casa, achando que têm moral para me dar sermão, vão se foder! – Ele exclamou, completamente fora de si.
- Você fez um motim, apareceu em todos os jornais do mundo! – Cristina exclamou, tentando encará-lo.
- E a senhora certinha está envergonhada? – Raul questionou, debochando.
- Todos estamos! – Cristina pontuou, insinuando que o nome da família seria jogado na lama.
- Vão tomar no cu, porra! – Raul gritou, e à esta altura, os vizinhos já estavam à par de toda situação.
- Eu vou embora para a França com a mamãe! – Marco exclamou, soluçando.
- Claro, porque o marido dela vai aceitar seu jeito vagabundo de ser! – Raul bradou, fazendo-os estremecer. – Quero ver quanto tempo vai durar!
- Era isso que você queria? Prejudicar sua família? – Cristina exigiu.
- Tem certeza de que sou eu quem prejudica essa família? Toma vergonha nessa cara, Cristina! – Raul esclareceu, mostrando que não estava para brincadeiras.
- Nós ficamos preocupados! – Cecília achou prudente falar.
- Não se mete nessa porra! – Raul bradou, fazendo-a recuar imediatamente. – Sumam da minha frente, antes que eu os mate! – Ele estava explodindo de raiva.
- Calma amor! – Denise veio correndo em direção à ele, colocando-se em sua frente.
- Saiam daqui, cambada de filhos da puta! – Raul gritou novamente, fazendo com que os três dessem linha imediatamente. Com muito custo, Denise conseguiu conduzi-lo ao banheiro, mas, ele continuava a xingar.
A água quente estava caindo sobre ele enquanto Denise examinava os dedos de sua mão direita. Alguns cortes e hematomas se insinuavam. Ela nunca havia presenciado uma cena como essas.
- Arrombados do caralho! – Raul exclamou, bufando de raiva.
- Eles já foram embora! – Denise disse, passando a mão pelo rosto dele. Sua pele estava ardendo em brasa.
- Se eu falasse uma merda daquelas pro meu pai, ele atiraria em mim, porra! – Raul pontuou, encarando-a.
- Você bateu nele? – Ela questionou, transparecendo espanto.
- Muito menos do que ele merecia! – Raul expôs.
- Mas, o que aconteceu? – Denise não havia escutado o início da briga.
- A Cristina encheu de merda a cabeça do moleque, e ele chegou aqui achando que tinha bala na agulha para me enfrentar! – Raul esclareceu, e ainda estava muito puto.
Domingo, 13:00 PM
Raul estava em seu quarto, assistindo Game of Thrones, quando a campainha tocou; ele revirou os olhos antes de pausar e ir atender à porta. As garotas saíram para almoçar, mas, ele preferiu ficar e aproveitar um tempo sozinho. Obviamente, não o deixariam em paz.
Olhou pelo olho mágico, viu Cristina, com os braços cruzados, aguardando impaciente ser atendida. Ele rezou à todos os santos, pedindo paciência, e então, atendeu. – Fala aí, encrenqueira!
- Por que demorou tanto? Estava dormindo? – Ela questionou, revirando os olhos.
- Como vocês entraram aqui ontem? – Raul questionou, transparecendo seu incomodo.
- Eu tenho a chave do apartamento da minha filha! – Cristina exclamou, em tom de deboche.
- Por que não usou hoje? A vergonha bateu? – Ele zombou, dando as costas e se encaminhando para o quarto.
- Não sabia se estavam dormindo! – Ela exclamou, seguindo-o.
- Onde pensa que vai? – Raul inqueriu.
- Onde você for! – Ela pontuou.
- Entendi, mas, mantenha distância, ainda estou puto contigo! – Ele sacaneou com ela.
- Onde estão as pessoas dessa casa? – Cristina questionou, adentrando o quarto.
- As meninas saíram para almoçar! – Ele pontuou, voltando para a cama. Cristina parou e cruzou os braços, encarando-o.
- Sem chances de você voltar à assistir sua série! – Ela expôs.
- Quer ter outra D.R? – Raul questionou.
- Você passou dos limites ontem. Que merda foi aquela? – Ela exigiu.
- Sou eu quem pergunta, que merda foi aquela? – Ele questionou, revirando os olhos.
- Nós ficamos preocupados com vocês! – Cristina exclamou, mas, não conseguiu convencê-lo.
- Não mete essa pra cima de mim. Você queria fazer uma cena, pagar de dona do pedaço, mas, não colou! – Raul expôs, levantando-se para encará-la.
- Você sempre atende à porta nu? – Ela questionou, mencionando o fato de ele estar completamente à vontade, usando apenas uma bermuda de praia.
- Não devo satisfações da minha vida à você; estou em minha casa, me visto como achar melhor! – Ele exclamou, transparecendo aborrecimento.
- Você está ficando com a Victória? – Ela questionou, tentando se aproximar.
- Ciúmes, à essa altura do campeonato? – Raul inqueriu de volta, rindo de nervoso.
- Eu quero saber; está ou não? – Cristina exigiu, encarando-o.
- E por que isso seria da sua conta? – Ele contra-argumentou.
- Você sabe que ainda te amo! – Ela expôs, cabisbaixa.
- Caralho, você só aparece pra me irritar. Não fode! – Ele disse, revirando os olhos.
- Raul Julian, você está ou não ficando com a Victória? – Ela questionou mais uma vez, alguns tons acima.
- Baixa a voz pra falar comigo, senão essa porra vai azedar! – Raul pontuou, tomando certa distância.
- Está ou não? – Ela perguntou mais uma vez, abrandando o tom.
- Não vou responder, não é da sua conta. Era só isso? Já pode ir vazando! – Ele exclamou, perdendo a paciência.
- Fala logo, desgraçado! – Ela exigiu, com lágrimas em seus olhos.
- Por que você está fazendo essa cena? Bagulho escroto do caralho! – Raul disse, se aproximando para secar suas lágrimas.
- Eu quero saber, maldito! – Ela gritou novamente.
- Baixa a voz! – Raul disse mais uma vez.
- Você está apaixonado pela Victória? – perguntou, parecendo bastante aborrecida.
- Você veio aqui para falar da Victória? – Ele questionou, tentando se afastar, mas, ela o agarrou.
- Eu quero você de volta! – Ela pontuou, ficando na ponta dos pés, tentando beijá-lo.
- Calma aí, não faz isso! – Ele disse, rindo, enquanto tentava se livrar dela.
- Eu sei que você quer! – Cristina o provocou, tentando novamente.
- Pro seu azar, eu não quero! – Ele lamentou, rindo e balançando a cabeça em negação.
- Não seja cretino! – Ela disse, revirando os olhos.
- Na moral, eu to falando sério! – Raul pontuou, segurando os braços dela, antes que pudesse agarrar seu pescoço.
- Você está apaixonado pela Victória, sim ou não? – Cristina exigiu, tentando medir forças com ele.
- Pare de falar sobre a Victória, porque a Denise vai chegar daqui à pouco e você vai acabar me ferrando! – Ele exclamou, ainda tentando contê-la.
- Ela está apaixonada por você, eu sei disso! – Cristina disse, antes de morder o peito dele.
- A Denise vai surtar comigo, por causa disso! – Ele exclamou, tentando evitá-la. Cristina começou a estapeá-lo e ele apenas riu da situação.
- Pare de rir, seu abusado! – Cristina exigiu, arranhando-o.
- Você fica muito bonita quando está brava! – Ele zombou, recebendo outra mordida.
- Eu vou me ferrar por causa dessas mordidas! – Ele exclamou, gargalhando.
- Que se foda, você é meu! – Ela pontuou.
- Não sou de ninguém; eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também! – Ele cantou, tentando desviar dos tapas. Cristina estava furiosa.
- Eu vou te matar! – Ela disse, revirando os olhos, enquanto avançava ainda mais sobre ele.
- Calma! – Ele exclamou, rindo alto.
- Eu te quero, porra! – Cristina exclamou, tentando mordê-lo novamente.
- Que delícia! – Ele disse, gargalhando. Ela ficou ainda mais irritada, voltando a bater nele.
- Por que você é assim? – Cristina questionou, encarando-o.
- Assim como? – Raul questionou, observando-a também.
- Bicho solto! – Ela admitiu, rindo.
- Você está cheia de elogios pra mim, que fofinha! – Ele exclamou.
- Idiota! – Cristina pontuou, desistindo de seu intuito, sentando-se na cama.
- Você é mãe dos meus filhos, sempre vou te amar, mas, nós dois não damos certo juntos. É melhor deixar como está! – Ele pontuou, agachando na frente dela.
- Como vou te levar a sério com esse shortinho do Patrick estrela? – Ela questionou, sorrindo para ele, sentindo seu rosto corar.
- Imagine que estou sem ele, ora! – Raul pontuou, rindo e fazendo-a rir ainda mais.
- Você é impossível, não acredito que disse isso! – Cristina exclamou, encarando os olhos dele.
A campainha tocou novamente, obrigando-o a se levantar e rumar à porta de entrada. Dessa vez era Victória, também impaciente, aguardando ser atendida. Raul gargalhou quando percebeu o tamanho da enrascada em que havia se metido. Abriu, e ela adentrou como um raio. Cristina aguardava atrás dele.
- Quero ver como vai sair dessa, bonitão? – Cristina inqueriu, transparecendo seu aborrecimento.
- Eu não fiz nada, tô isento, cara! – Ele exclamou, levantando os braços em sinal de rendição.
- Cretino! – Victória pontuou, encarando-o também, com a maior cara de assassina.
- Eu sou muito sortudo, tô contando as gatas! – Ele disse, tentando correr para o quarto, mas, ambas caíram de tapa em cima dele, impedindo-o de fugir. Sua única saída era rir. – Tem Juju pra todas, fiquem calmas! – Ele pontuou, e isso as irritou ainda mais.
- Babaca! – Cristina exclamou, tentando evitar que Victória tocasse ele, mas, não foi capaz de contê-la.
- Vocês estão me deixando excitado! – Ele exclamou, apanhando ainda mais. Ele ria à plenos pulmões, com seu shortinho do Patrick.
- Você é muito cretino! – Victória pontuou, parando de atacá-lo e caindo na gargalhada. – Até que foi divertido. Onde estão as meninas?
- Foram comer um japa! – Ele pontuou, enquanto segurava as mãozinhas de Cristina. – Para, baby, não aguento mais! – Victória ouviu e sentiu ciúmes, voltando a bater nele imediatamente. – Ainda bem que a Denise não está aqui, senão eram três me estapeando! – Elas ficaram ainda mais furiosas.
- Ainda bem que não estou onde, Julian? – Denise questionou, adentrando o apartamento e flagrando a cena.
- Vamos estapear o Chatonildo! – Bibi disse, rindo e puxando as três para a pancadaria também. Eram cinco contra um.
- Isso é covardia! – Raul exclamou, tentando escapar ao mar de mãos a atingi-lo. Por um segundo de vacilo por parte delas, ele conseguiu escapar, escondendo-se no quarto. – Malucas! – Ele gritou, encostando-se à porta, antes de começar a gargalhar novamente.  
- Eu trouxe seus hot rolls, papai! – Mônica expôs, rindo.
- Pode deixar aí, quando for seguro, sairei para comer! – Ele exclamou.
- Pode vir, papai, trouxemos sua cerveja! – Jordie disse, rindo também.
- Vocês estão possuídas, Deus me livre! – Ele respondeu, sem abrir a porta.
Algum tempo depois, ele saiu do quarto, vestido. Sentou-se na cozinha para comer e beber sua cerveja tranquilamente. Cristina e Denise estavam na sala, trocando olhares ameaçadores. Isso sempre acabava acontecendo, mas, essa situação não o deixava satisfeito. Moe se aproximou.
- Senti sua falta! – Ela disse, sentando-se ao lado dele.
- Eu também senti, meu amor! – Raul exclamou, limpando a boca antes de beijá-la na testa.
- Vou ficar alguns dias com vocês em Charming, tudo bem? – Moe perguntou, encarando-o.
- Claro filha, é sua casa, pode ficar o quanto quiser! – Ele pontuou, sorrindo.
- Tem gergelim no seu dente! – Moe disse, rindo alto.
- Não conte à sua mãe, mas, às vezes parece a Denise! – Ele exclamou, rindo também.
- Fique tranquilo, será nosso segredo! – Ela disse, roubando um hot roll do prato dele.
- Você e o Fredo estão juntos? – Raul questionou, olhando com o canto dos olhos.
- Nós ficamos, mas, não estamos juntos. Estamos nos conhecendo! – Moe pontuou, sem dar muita importância.
- O Federico é um bom rapaz, diferente de sua cunhada! – Ele expôs, tentando manter a cabeça fria.
- O senhor está preocupado com o Marco, não é? – Moe questionou, encarando-o, antes de abraçá-lo.
- Vocês são tudo o que tenho! – Raul exclamou, apertando-a junto a si.
- Nós sabemos, papai. Desculpe se não nos comportamos bem, mas, nós o amamos, nunca deixaremos de amar! – Ela pontuou, beijando a testa dele.
- Que cena linda, mas, está na hora de se despedir da sua mãe, bonequinha! – Cristina disse, interrompendo-os.
- A senhora precisa ir hoje? – Moe questionou, levantando-se para abraçá-la.
- Sim, meu amor, preciso voltar para o hospital. Você deveria vir nos visitar, o Antonio ficaria feliz em recebê-la! – Ela exclamou, e Raul a imitou, debochando.
- Claro, irei assim que possível. Prometi passar alguns dias com o papai, depois combinamos os detalhes sobre a França! – Moe disse, tentando se esquivar do convite.
- Está bem, filha, esperamos você! – Cristina pontuou, dando um beijo no rosto dela.
- Façam boa viagem, mamãe. Eu te amo! – Moe se despediu.
- Você pode nos levar ao aeroporto? O Marco quer se despedir! – Cristina exclamou, aguardando impacientemente a resposta.
- Posso! – Raul disse, sem se prolongar. Levantou-se e rumou à sala de estar.
Denise não gostou nada do pedido de Cristina, mas, não disse uma palavra à respeito. Ela não gostaria de se indispor, muito menos, se colocar entre ele e os filhos.
Ambos desceram até a garagem, pegaram um dos carros de Mônica e rumaram até o apartamento de Marco e Cecília. Raul detestava essa situação entre sua esposa e sua ex, mas, tinha que tentar segurar as pontas pelos filhos. Por um instante, ele pensou se não era assim que seu pai se sentia.
- Você e o Marco precisam se entender! – Cristina pontuou.
- Vai ser impossível, não entendo a arrogância dele! – Raul exclamou, revirando os olhos.
- Eu acho que entende, ele herdou de você! – Ela zombou.
- Você está enganada, minha querida; eu não me acho, eu sou! – Raul expôs, rindo da ousadia dela.
- Aí está, depois diz que não é arrogante! – Cristina exclamou, revirando os olhos também.
- Cristina, meu amor, lhe faltam alguns parafusos. A definição de arrogância é agregar valor à si mesmo, geralmente, um valor que não se tem! – Raul pontuou, rindo.
- Cretino! – Ela desabafou.
- Eu não quero brigar; pensa que gostei de socar a cara do moleque? Queria ele ao meu lado, se preparando para assumir os negócios da família, mas, o desgraçado não gosta de trabalhar. Ele é um playboyzinho babaca, isso me deixa muito puto! – Ele esclareceu, apertando o volante.
- Achei que não quisesse brigar! – Cristina disse, encarando-o severamente.
- E não quero, mas, se o Marco continuar assim, será morto. O que fiz à ele ontem não foi nada perto do que pode acontecer nesse ramo! – Raul exclamou, e ao parar no sinal vermelho, encarou-a também.
- O Marco não quer cuidar dos negócios! – Cristina exclamou, parecendo aborrecida.
- Mas, ele adora o dinheiro, não é? Ele não se importa com quantas pessoas eu preciso matar, desde que receba os depósitos! – Raul expôs, aborrecendo-se também.
- À esta altura você não precisaria mais matar ninguém, faz isso porque gosta! – Cristina exclamou, tentando importuná-lo.
- Você deve estar esquecida devido aos anos vivendo de champanhe e caviar, mas, vou lhe relembrar uma coisa: No dia em que eu me aposentar, serei morto. Todo e qualquer filho da puta nos guetos vai querer exibir minha cabeça! – Raul esclareceu, e Cristina ficou estarrecida com suas palavras. O semáforo abriu.
- A Denise sabe disso? – Ela questionou.
- Deixa ela fora do assunto, porra; estou falando com você! – Ele exclamou, aborrecendo-se ainda mais.
- Nós só queremos que você pare! – Cristina expôs, revirando os olhos.
- Puta que pariu, qual parte do “eu não posso parar” você não entendeu? Não existe essa história de sair do negócio! – Ele exclamou, antes de estacionar frente ao prédio de Marco.
- Você não vai subir? – Ela questionou, preparando-se para descer do carro.
- Não estou com cabeça pra essa porra, vai apressar o moleque! – Ele disse, revirando os olhos e socando o volante. Ela sempre soube o que ele era, mas, tinha a mania de tentar corrigi-lo.
Meia hora depois, os bacanas desceram, abarrotados de malas. Antonio já havia partido. Raul abriu a tampa do porta-malas, sem dar muita importância. Entraram, se acomodaram e começaram a falar. Marco estava com o lado esquerdo do rosto inchado e roxo, e isso o fez sentir mal.
- Oi pai! – Ele disse, olhando pelo espelho interno do carro.
- Oi filho, como está? – Raul questionou, sentindo um nó se formar em sua garganta.
- Vou sobreviver! – Ele respondeu, tentando rir.
- Isso é muito bom! – Raul expôs, sorrindo e arrancando com o carro.
- Vocês são muito estranhos! – Cecília disse, revirando os olhos.
- Não mais do que você, cara nora! – Raul pontuou, zombando dela.
Cristina se acomodou ao lado de seu ex-marido e acendeu um cigarro. Ele não sabia, mas, ela gostava de deixá-lo irritado, pois, assim, se lembrava do dia em que o conheceu. Sua fúria a deixava completamente excitada.
Ao chegarem na área de embarque, Raul se despediu brevemente de sua ex e de sua nora, mas, demorou-se com o filho. Ele não costumava pedir desculpas pelas coisas que fazia, mas, dessa vez, abriu uma exceção.
- Me perdoe por ter batido em você, não é assim que resolvo as coisas com minha família. Você e a Mônica são tudo pra mim e não gostaria de perdê-los! – Raul exclamou, parecendo chateado.
- Fique tranquilo, eu meio que mereci; jamais deveria falar com o senhor daquela maneira. Me perdoe! – Marco pontuou, e ele também estava chateado.
- Posso lhe pedir uma coisa? – Raul questionou, encarando-o.
- Claro, o que precisa? – Marco se prontificou.
- Quero que tome mais cuidado com suas companhias; preciso de você, vivo e inteiro. Se tiver que fazer algo, faça, sempre vou estar ao seu lado! – Raul exclamou, segurando o ombro dele.
- O que está rolando? – Ele questionou, parecendo preocupado.
- Temos ratos à mesa, mas, ainda não estou certo sobre quem. Apenas, tenha cuidado. As cobras mais traiçoeiras se escondem sob nossos pés! – Raul exclamou, olhando para Cecília.
- Acha que devo romper? – Marco perguntou, olhando para sua noiva também.
- Por enquanto não, vamos aguardar; digamos que tem algumas peças que não se encaixam! – Raul pontuou.
- Deixa comigo. Até a volta, te amo! – Marco exclamou, abraçando seu pai.
- Também te amo, moleque. Se cuida! – Ele disse, antes de voltar para seu carro.
Raul tinha o costume de confundir à todos em seu redor, e geralmente o fazia para testar sua lealdade. Mas, uma coisa era certa, ele não fazia jogos com os filhos; sempre fazia questão de ser o mais franco e aberto possível, ainda que fosse algo parecido com a briga do dia anterior. Ele se odiava por ter se estranhado com Marco, mas, não faria diferente.
Segunda-feira, 00:00 AM
Mônica desceu as escadas nas pontas dos pés, fumando um baseado e trazendo em mão a chave de seu Nissan 370z Nismo. Ela havia acabado de receber o convite para um evento de drift na zona portuária, e não seria louca de recusar. Otto já aguardava no local de encontro dos pilotos, enviando fotos à todo momento.
Ao chegar na sala, deparou-se com Raul, deitado no sofá, mofando, enquanto via mais um episódio de Game of Thrones. – Onde vai à essa hora? – Ele questionou alguns tons abaixo do normal e sorriu de um jeito sacana.
- Vou à zona portuária, está rolando um evento de drift. Quer ir também? – Moe convidou, notando a animação repentina que o tomou.
- Bora! – Ele sussurrou, saltando do sofá, desligando a tv e calçando seus Vans. Pegou sua carteira, o celular, o maço de cigarros e alguns pinos.
- Não vai avisar a Denise? – Ela questionou, sorrindo também.
- Não nasci grudado nela, vamos logo! – Raul respondeu, se encaminhando para a porta de entrada. Ambos se esgueiraram até a garagem, parando frente à máquina. Eles se entreolharam, tentando decidir quem conduziria a nave. – Eu piloto! – Ele interpôs, pegando a chave e assumindo o comando.
O Nissan vermelho perolado era rebaixado e todo mexido, seu ronco rouco fez com que o coração dos dois tamborilasse. Arrancaram, e o motor bi turbo estremeceu os grandes portões. – Quando foi que comprou essa beleza? – Raul perguntou, completamente enebriado.
Moe tragou profundamente antes de responder. – No começo do ano, mas, ainda não tive tempo para testá-lo!
- Vamos bagaçar hoje! – Ele exclamou, dando a primeira chamada em uma curva, fazendo com que o carro ficasse no ângulo de quarenta e cinco graus.
- Aquece os pneus, delinquente! – Moe exclamou, gargalhando antes de passar o baseado para ele.
- É o que estou fazendo! – Ele pontuou, segurando o cone em sua boca, chamando outro grau na esquina seguinte.
- Nesse ritmo vamos levar os botas direto pro evento! – Ela sacaneou.
Raul subiu a rampa de acesso da autoestrada deslizando. A fumaça e o cheiro de borracha queimada subjugaram o cheiro de maconha. Os dois sempre aprontavam alguma quando estavam juntos, e essa era baderna da vez.
Na reta, à caminho do porto, alcançaram os inacreditáveis 345km/h, e a força G os colou no banco. Moe confiava plenamente em seu pai, não era a primeira vez que atingiam velocidades tão altas. A adrenalina os fazia esquecer de tudo e todos, os prédios e luzes são abandonados tão rapidamente que mal podem se fazer notar.
Ao chegarem no evento, encontraram várias raridades. Alguns competidores já estavam deslizando entre os galpões e contêiners. Moe revirou os olhos ao passar por um Skyline parecido com aquele do Velozes e furiosos. Ela gostava dos filmes, mas, não achava a menor graça em Brian.
Estacionaram ao lado do Audi TTS de Werneck. Ele e Tarso estavam encostados ao capô, fumando e bebendo horrores. Ambos desceram, e a surpresa dos garotos foi notável ao ver seu padrinho.
- Caralho tio, o senhor por aqui? – Tarsinho questionou, antes de cumprimentá-lo.
- Eu não perderia essa porra por nada! – Raul exclamou, tragando antes de passar o baseado para Moe e dirigir-se para cumprimentar Werneck. – Fala, moleque!
- Satisfação total meu tio! – Otto exclamou.
- Kali, meu amor, vem até aqui, quero que conheça essa lenda! – Tarsinho convocou a organizadora do evento. A ruiva perfeita se aproximou, e o coração de Raul quase parou.
- Prazer em conhecê-la, boneca! – Raul exclamou, beijando o rosto dela. Moe viu a cena e riu discretamente. Ela conhecia a personalidade dele, sabia que não adiantava dizer nada.
- O prazer é todo meu! – Kali respondeu, piscando e sorrindo de um jeito sacana. Em alguns instantes, ela se debruçou sob o capô do Nissan e anotou seu telefone em um pedaço de papel. Raul deu uma bela olhada, ela não estava usando calcinha. – Me chame mais tarde! – Ela entregou o telefone à ele, e os moleques enlouqueceram.
- Como você faz isso? Todas se abrem pra você! – Tarsinho disse, rindo amplamente e dando uns tapinhas no ombro de seu padrinho.
- Relaxa, você vai chegar à esse patamar um dia! – Raul exclamou, guardando o contato da gata em seu bolso.
- Espertinho! – Moe disse, se aproximando e rindo.
- Não vai me entregar, docinho! – Raul exclamou, rindo também.
- Faz o que tu queres, há de ser o todo da lei! – Ela pontuou, apagou a ponta na sola de seu tênis e se livrou da baga.
- É a nossa vez! – Otto pontuou, jogando a chave de seu Audi nas mãos de Moe.
- Vou acabar com vocês! – Raul pontuou, encaminhando-se para a direção do Nissan. Antes que Tarso pudesse pensar, Kali passou à sua frente e entrou no carro, tomando seu lugar no banco do passageiro.
- Não fique triste, Tarsinho! – Otto exclamou rindo, do lado do passageiro do Audi. Moe e seu pai dariam aula naquela porra, e todos ficariam espantados com sua performance.
Denise, Victória e Cristina dormiam tranquilamente, sem sequer imaginar o que seu amado estava aprontando naquela fatídica madrugada de segunda-feira. A música alta estrondava os falantes nas traseiras dos carros, os outros competidores e espectadores vibravam ao notar tamanha habilidade. Kali admirava Raul, que vez ou outra, lançava olhares sacanas com o canto dos olhos para ela.
Ao final da prova, Raul fez o carro entrar deslizando na vaga. Moe parou ao seu lado. Primeiro e segundo colocados respectivamente. Ambos desceram dos carros vibrando e sendo aplaudidos. – Além de gostoso manda muito bem no drift! – Kali exclamou, roubando um beijo de Raul.
- Você me deu sorte! – Ele exclamou sorrindo, ainda atordoado com a pegada da ruiva.
Alguns copos de whisky com energético surgiram, a festa estava apenas começando. Devido barulho de motores, pneus fritando, gritaria e som alto, Raul não podia ouvir seu celular tocar. Moe achou por bem não atrapalhar a curtição dele, e ignorou propositalmente as chamadas de sua madrasta. A casa poderia até cair no final, mas, eles teriam aproveitado a insanidade do momento.
Kali arrastou Raul para trás de um dos contêiners, e a pegação esquentou de vez. Ela se abaixou na frente dele, abriu a braguilha de sua calça e o massageou. Os olhos dela estavam curiosos e sua boca faminta, aguardando a aprovação para prosseguir. Ele apenas assentiu.
Ela o expôs, lambendo os lábios antes de começar a chupá-lo. Os dedos dele se enredaram no cabelo dela, aprofundando as coisas. Ele jogou a cabeça para trás e fechou os olhos, curtindo seu prêmio. As unhas dela cravaram nas coxas dele quando seu membro alcançou a garganta. Ele suspirou, antes de soltar o cabelo dela, permitindo que pudesse recuperar o fôlego.
Kali se levantou, parando na frente dele, lacrimejando. Ela não esperava que ele fosse tão grande. Raul arrancou o vestido dela com um movimento único, e a apertou contra o metal frio do contêiner, separou suas pernas e a penetrou por trás. Os gemidos dela o fizeram arrepiar e acelerar seus movimentos. Ele afastou o cabelo dela, enfileirou uma carreira em seu ombro direito e cheirou.
- Me fode, caralho! – Ela pediu e com certeza foi atendida.
A intensidade das penetrações a estavam enlouquecendo, e ela estava se apertando em volta dele. Ele deu um tapa caprichado em sua bela bunda, deixando seus dedos marcados na pele dela. Quando estava próximo do fim, ele a agarrou pelo cabelo e a fez se abaixar novamente. Ela engoliu tudo.
- Que delícia! – Kali exclamou, pegou seu vestido e se levantou. Ele segurou o rosto dela e a encarou por um instante.
- Gostosa! – Ele disse, rindo de um jeito sacana, enquanto guardava seu membro e fechava a calça.
Quando ela se vestiu, ambos voltaram para a festa. Moe estava competindo mais uma vez, e Tarsinho podia ser visto enlouquecendo no banco do passageiro do Nissan. Kali deu um beijo no rosto dele e se afastou, rebolando, levando-o à loucura novamente.
- Tava onde, maluco? – Otto perguntou, sacaneando.
- Fui dar um trato na ruiva! – Raul exclamou, rindo.
- Você é foda! – Ele pontuou, rindo também.
Alguns instantes depois, Lucas se aproximou, cumprimentando Otto e Raul. Ele era o mecânico dos competidores, e havia preparado a máquina de Moe. – Satisfação, meu parceiro! – Otto disse, entregando um copo de whisky e energético para Lucas.
- O Nismo da Moe está amaçando! – Lucas exclamou, vibrando à cada passada que a morena dava.
- Esse é o pai dela! – Otto disse, apontando Raul.
- É você quem está envenenando as máquinas da minha boneca? – Raul questionou, ficando animado ao conhecer o artista.
- Pode acreditar, é uma honra, ela tem muito talento! – Lucas disse, rindo.
- Satisfação, menor! – Raul exclamou, dando uns tapinhas no ombro dele.
Moe voltou para junto deles, carregando uma mala de dinheiro. Ostentando o primeiro lugar. Antes que pudessem conversar, avistaram as luzes vermelhas e azuis das viaturas da polícia. Raul tomou a direção do Nissan e Moe correu para o lado do passageiro, acomodando o malote em seu colo. Tarso e Otto adentraram o Audi. Era a hora do pinote.
- Segue o Lucas! – Moe exclamou, e seu pai saiu louco atrás do Skyline dele.
Através das ruas, os carros deslizavam, cheiro de borracha queimada era mato. As viaturas não tinham torque suficiente para pegá-los. Otto estava bem atrás do Nissan. Tarsinho colocou metade do corpo para fora e começou a mostrar os dedos do meio para os cabeça seca. Werneck cortou a brisa dele rapidinho, obrigando-o a voltar para dentro e fechar os vidros. Os Cortez e os Caparrós ateavam fogo em Nova York, isso não era uma novidade.
Algum tempo depois, conseguiram despistar a polícia. Seguiram Lucas até a oficina, escondendo seus carros dentro do prédio. – Caralho, que viagem! – Tarso exclamou, completamente energizado.
- Meu cria! – Raul disse, dando uns tapinhas na cara dele.
- Moleque louco da porra! – Werneck disse, gargalhando.
- Do jeitinho que o diabo gosta! – Moe disse, se aproximando deles.
- O Gaguinho vai surtar! – Werneck exclamou, mostrando o noticiário. Tarso sentado na porta do carro, mostrando os dedos para os oficiais.
- Falando nele! – Tarso disse, mostrando a chamada de seu irmão.
- Deixa eu falar com o vagabundo! – Raul exigiu, pegando o telefone.
- Eu vou te matar, moleque do caralho! – Fredo bradou, fazendo todos gargalharem.
- Se tu tiver culhões, pode até tentar! – Raul exclamou, rindo ainda mais.
- Padrinho? – Fredo questionou, vacilando ao reconhecer a voz.
- Fala cachorro! – Ele respondeu, recebendo uma dose de whisky vinda de Lucas.
- Até o senhor está nessa maloca? – Fredo perguntou, rindo um pouco sem graça.
- Estou e sugiro que você venha voando pra cá. A festa vai continuar na oficina do Luquinha! – Raul pontuou, observando o embrasamento dos presentes. – A Moe está aqui também!
04:00 AM
Fredo adentrou o estacionamento da oficina com os faróis apagados. Desceu do carro, contornou o prédio e usou a porta dos fundos para acessar o lugar. A intenção era não chamar muita atenção sobre a movimentação do local. Do lado de fora era impossível ouvir a música ou a conversa dos ocupantes.
Ao entrar, deparou-se com os carros dos competidores, e os mesmos estavam encostados aos capôs, bebendo e conversando. Fredo nunca havia participado de uma festa como aquela. Ele andou um pouco mais e viu Raul no andar de cima, debruçado sobre o corrimão, conversando com Lucas.
Ele jamais poderia supor que seu padrinho participaria de algo assim, de certa forma, estava surpreso à ponto de não se preocupar tanto com Tarso. Apesar de ter se exposto ao perigo, ele não estava dirigindo, logo, não havia descumprido suas ordens totalmente.
Otto, Moe e Tarso conversavam e bebiam whisky sobre o capô do Nissan quando Fredo se aproximou. – Arruaceiros! – Ele exclamou, rindo.
- Somos nós! – Moe exclamou, abraçando-o e beijando seu rosto. Isso o fez sorrir ainda mais.
- Toda vez que os encontro estão metidos em alguma coisa! – Fredo exclamou, revirando os olhos só de sacanagem.
- Somos a alma dessa cidade! – Tarso pontuou.
- Cada dia que passa, você e o Alexandre ficam mais parecidos! – Fredo disse, rindo de nervoso.
- Herdamos esse potencial do seu Jorge! – Ele exclamou, zombando.
- Tenho certeza que sim! – Fredo concordou, deixando o sermão de lado.
Enquanto os três tentavam aclimatar Fredo, no segundo andar, Raul e Lucas conversavam sobre a vida, negócios e possíveis parcerias.
- Você tem um negócio promissor aqui! – Raul disse, olhando em volta e dando uma bela conferida na oficina. – Já teve algum sócio?
- Nunca tive, é um negócio familiar, mas, pra falar a verdade, gostaria de poder me dedicar a mexer em carros de competição, como os que viu hoje! – Lucas exclamou, bebendo um pouco de sua dose.
- Minha filha e o Otto são apaixonados por corridas, assim como eu, imagino que uma parceria entre nós viria muito à calhar! – Ele pontuou, acendendo um baseado. Todo o lugar podia ser visto dali.
- Está falando sério? – Lucas questionou, encarando-o.
- As corridas clandestinas são um negócio muito lucrativo, apesar dos perrecos com os cabeça seca. Então, sim, estou falando sério! – Raul exclamou.
- Eu to dentro! – Otto disse, aproximando-se e pegando o baseado de Raul.
- Você nem sabe do que estamos falando, malandro! – Lucas sacaneou.
- Não preciso saber, se meu padrinho está envolvido, eu assino embaixo! – Otto exclamou, rindo.
- Vamos filiar o Lucas e a oficina ao esquema das corridas, obviamente, vamos repartir os lucros com ele e garantir que os carros sejam mexidos aqui! – Raul esclareceu. – Traz o malote que está no Nismo!
Werneck se adiantou para pegar os duzentos e cinquenta mil que Mônica havia ganhado com a corrida. Raul não falava da boca pra fora, queria firmar o acordo o quanto antes.
- Onde vai com a minha grana? – Moe questionou, rindo.
- Seu pai acabou de se associar ao Lucas e ao nosso esquema de corridas, acho que vai dar um sinal em dinheiro, para firmar o trato! – Werneck exclamou. – Tudo bem pra você?
- Claro cara! – Ela pontuou, voltando à conversar com Fredo e Tarso.
- O que tá rolando? – Fredo perguntou, parecendo interessado.
- Meu pai é um visionário! – Moe exclamou, apontando para os três no andar de cima. Raul entregou o malote para Lucas, selando o acordo.
- Ele vai se envolver no lance das corridas? – Fredo questionou, realmente espantado.
- Com certeza vai, ele curte essas paradas. Além disso, você deve imaginar o quanto ele gosta de fortalecer os aliados! – Moe exclamou, bebendo sua dose.
- O tio Raul é chave demais! – Tarso disse, vibrando.
- Pode controlar sua animação, moleque, você não vai participar das corridas; não até ter me provado que merece! – Fredo exclamou, cortando o barato dele. Moe preferiu não se meter.
- Qual é? – Tarso lamentou, revirando os olhos e se afastando dos dois.
- O pirralho me deve quinhentos mil por causa de uma apreensão na terça passada. Não posso aliviar, ou, ele jamais vai aprender a ter responsabilidade! – Fredo disse, puxando Moe para um abraço.
- Sei que não deveria me meter, mas, o que acha de deixar ele ficar nos bastidores? Ele ama carros, corridas, além disso, é um ótimo garoto. Deveria dar uma chance à ele! – Ela expôs, fazendo-o pensar.
- Ele é um ótimo garoto mesmo! – Fredo admitiu, antes de beijá-la.
- Eu e o Otto vamos ficar de olho nele, prometo à você. Ele só precisa de uma oportunidade para se ajustar! – Ela exclamou, retribuindo o beijo.
- E quanto à nós dois, acha que também precisamos de uma chance? – Fredo questionou, sorrindo e encarando os olhos dela.
- É cedo para dizer, mas, acho que estamos caminhando para isso. Sem cobranças, sem acelerar as coisas; estamos indo bem! – Moe pontuou, sorrindo de volta.
- Se você está dizendo, vou confiar! – Fredo exclamou, dando um selinho nela.
- Eu não mentiria sobre isso, estamos construindo uma amizade, confiança é importante! – Ela esclareceu, e ele não poderia discordar.
- Eu aceito isso! – Fredo concordou, beijando-a mais uma vez.
- Precisamos ir, boneca. Acabei de ver que a Denise me ligou cinquenta e cinco vezes, o prédio pode ter sido incendiado ou algo assim! – Raul exclamou, se aproximando. Fredo soltou Moe, pois, não gostava de agarrá-la na frente de seu pai. Parecia errado para ele.
- Ela esperou até agora, vai ter que esperar um pouco mais; quero passar no Burger King! – Ela disse, pensando em matar a larica com um delicioso combo de Whooper furioso.
- Maconheira! – Raul zombou. – Até mais, Gaguinho!
- Acho que isso é uma despedida, nos vemos em breve! – Ela disse, beijando o rosto dele antes de sair.
Lucas abriu uma fresta na porta e o Nissan deixou a garagem. Raul parou ao lado de uma lata de lixo, abriu o vidro do carro, pegou o contato de Kali em seu bolso e o amaçou antes de jogar fora.
- Vai dar adeus à Kali tão rápido? – Moe questionou, rindo dele.
- Já vou ter que me explicar por causa dessa madrugada, não quero mais complicações! – Raul admitiu, rumando ao Burger King mais próximo. Ele também estava com fome.
Eles pararam na garagem do prédio para comer em paz. Não poderiam dar bobeira com o carro na rua. Já estava amanhecendo, mas, os policiais estavam alucinados, procurando pelos arruaceiros.
- Vamos ter que dar um jeito nos botas antes de oficializar o lance das corridas! – Moe exclamou, pegando uma batata frita e passando no ketchup antes de comer.
- Posso lhe contar uma coisa? – Raul questionou, parecendo um pouco aéreo.
- Claro que pode! – Ela disse, atentando-se às suas palavras.
- Sentia falta de viver algo assim. Acho que esse lance de marido, pai de família e chefe de cartel consome muito de mim. Não estou reclamando de você, meu amor, não me entenda mal. Nós somos amigos antes de tudo, sei que posso ser eu mesmo ao seu lado, mas, não sinto isso quanto aos demais membros da nossa conturbada família! – Raul desabafou.
- Somos mais parecidos do que imagina! – Moe exclamou, sorrindo.
- O que você faria se estivesse em meu lugar? – Ele questionou, realmente interessado em sua opinião.
- Inventaria um bom motivo para fazer uma viagem, viria para cá e curtiria minha própria companhia por um tempo. Faz bem se desligar de tudo às vezes, dá a clareza necessária para tomar a decisão correta! – Ela expôs, e ele notou que estava coberta de razão.
- Quero desmantelar as operações do cartel, mas, sinceramente, não sei por onde começar! – Raul exclamou. Moe ficou muito surpresa, ela nunca pensou que ouviria isso dele.
- Aconteceu alguma coisa? – Ela questionou, preocupando-se.
- Não aguento mais ter que lidar com traições, decretos, cobranças e a sua mãe falando merda pra mim! – Raul desabafou, parecendo chateado.
- O que foi que ela disse à você? – Moe perguntou.
- Que eu mato as pessoas por prazer! – Ele disse, encarando-a em seguida.
- Nossa pai, que pesado! – Moe lamentou. – Não dê ouvidos à ela!
- Essa porra mexeu comigo. Não gostaria de ter ficado tão encanado, mas, foi o que rolou! – Raul exclamou.  
- Claro que mexe, não tem jeito. A mamãe só fala merda, mano, pelo amor de Deus! – Moe exclamou, parecendo aborrecida.
- Não gostaria de deixar esse legado para você e o seu irmão, mas, essa porra também caiu no meu colo. Não têm muito o que eu possa fazer! – Ele lamentou novamente.
- Acho que o vovô também se sentia assim em relação à você e a tia Rebê! – Moe expôs, pensando no quanto as coisas podem ser complicadas se analisadas por uma ótica mais longínqua.
- Pensei sobre isso ontem à tarde! – Ele admitiu, repousando a cabeça no encosto do banco.
- Acho que encerrar as operações daria mais trabalho do que mantê-las! – Moe disse à contragosto, mas, sabia que era a mais pura verdade.
- Nós temos dinheiro suficiente para quinze gerações, mas, não podemos parar porque dá muito trabalho. Isso é uma merda! – Raul exclamou, aborrecendo-se também.
- Os viciados nos matariam se parássemos de entupi-los de coca! – Ela zombou, rindo de nervoso.
- Eu te amo tanto, você nem faz ideia! – Raul exclamou, gargalhando.
- É sério, esses nóias são piores do que os federais, carteis rivais e a dona Cristina falando merda juntos! – Moe pontuou.
- O que vamos fazer, minha joia? – Ele questionou, voltando a encará-la.
- Ficaremos trilionários e seremos mortos em uma plantação de coca em Cochabamba! – Moe exclamou, rindo alto.
- Que mórbido! – Raul lamentou, rindo também.
- Papai, preste atenção ao que vou dizer. Nós vamos morrer de qualquer jeito, então, relaxe e aproveite a viagem! – Ela disse, antes de beber sua Pepsi.
- Quando foi que você deixou de ser minha garotinha e se tornou essa mulher estoica? – Raul questionou, admirando-a.
- Quando o senhor teve de pagar um resgate milionário para minha mãe devolver minha custódia! – Moe admitiu, sorrindo um tanto sem graça.
- Você sabia o que estava acontecendo? Por que nunca me contou, amor? – Raul perguntou, parecendo realmente preocupado.
- Não queria que ficasse ainda mais magoado com essa história. Além disso, sabia que nunca me deixaria sozinha, então, farei o mesmo por você. Estamos juntos nessa história do comando! – Moe exclamou, tentando evitar lágrimas e lamentações.
- É muito bom saber que tenho você à meu lado. Isso é o mais importante! – Raul admitiu, sentindo-se aliviado após a conversa.
Após algum tempo, ambos subiram até o apartamento, entrando furtivamente para não acordar as garotas. Moe beijou o rosto de seu pai e rumou à seu quarto. Raul se encaminhou para o banheiro, preparando um banho quente de banheira. Sua cabeça parecia mais leve, mas, ainda assim, estava perturbado.
- Onde você esteve? – Denise questionou, adentrando o banheiro. Parou e cruzou os braços.
- Na zona portuária, bebendo, cheirando e fazendo drift com minha filha! – Raul exclamou, deixando-a espantada com sua resposta. – Pelo amor de Deus, descruze esses braços, isso me dá gatilho!
- Sabe o que me dá gatilho? Você sumir por horas e essas marcas de mordida no seu peito! – Denise exclamou, com chateação em sua voz. Ela descruzou os braços.
- Entra aqui e eu te explico o que aconteceu, pode ser? – Ele tentou apaziguar a situação. Ela tirou sua camisola e entrou na banheira com ele. – Chega mais perto, amor! – Raul disse, colocando-a entre suas pernas, repousada em seu peito.
- O que aconteceu? – Ela perguntou, dessa vez com mais calma. Ele a envolveu em seus braços.
- A Cristina veio aqui ontem à tarde, com uma cobrança sobre minhas atitudes na formatura. Como se não bastasse, meteu o louco, falando que ainda me amava e que queria voltar. Eu tentei contornar a situação, mas, ela veio pra cima de mim, e como não poderia reagir, apenas tentei contê-la. Ela acabou me mordendo algumas vezes, como pôde ver! – Ele esclareceu, torcendo para que fosse suficiente.
- Por que a Victória entrou no meio? – Ela questionou.
- Ela apareceu aqui também e a Cristina deu uma surtada básica, fez uma cena de ciúmes. A Victória só estava tentando me ajudar a amenizar o clima! – Raul exclamou.
- A Cristina estava com ciúmes dela? Por quê? – Denise exigiu, parecendo desconfiada.
- Eu não sei, amor. Não entendi qual a pira dela! – Ele esclareceu.
- Essa cena não está fazendo sentido. A Cristina nunca agiu assim! – Denise pontuou e ele sabia que a casa estava pra cair.
- Como disse, não sei explicar por que ela entrou nessa pira, amor! – Raul disse, beijando o pescoço dela.
- Você comeu a Victória na festa e ela viu, talvez tenha sido isso! – Denise exclamou, parecendo calma demais para o gosto dele.
- Nossa, essa doeu! – Ele disse, sentindo o baque.
- Você é muito cretino! – Denise pontuou, revirando os olhos.
- Espero que saiba que não foi nada calculado! – Raul admitiu, apertando-a contra seu peito.
- Qual parte? Tê-la seguido até o banheiro ou comê-la? – Denise questionou.
- Preferia que você estivesse enfiando a porrada na minha cara do que falando com esse desdém! – Ele pontuou, lamentando.
- Não quero essa garota na minha casa e nem perto da minha filha! – Denise esclareceu, calmamente.
- Você quem manda, amor! – Ele disse, aceitando o desastre.
- Pensei que fôsse negar tudo, mas, é mais cínico do quê poderia imaginar! – Ela exclamou, revirando os olhos outra vez.
- Prefiro o título de sincerão! – Raul exclamou, rindo.
- Cala a boca! – Denise exigiu, rindo também. – Eu deveria cortar o seu pau!
- Você está chateada, não é? – Ele questionou, virando o rosto dela para beijar.
- Se isso for suficiente para fazê-lo andar na linha! – Denise pontuou, parecendo decepcionada.
- Prometo que não vai se repetir; sei que estou errado e você não merece uma coisa como essas! – Raul exclamou, beijando-a outra vez.  
- Posso confiar? – Ela questionou sinceramente.
- Claro que pode. Você me perdoa? – Ele perguntou, acariciando o cabelo dela.
- Já perdoei! – Denise exclamou, virando-se sobre ele e beijando sua boca.
- Não sei o que faria sem você! – Ele admitiu, sorrindo.
- Comeria todo mundo! – Ela disse, sacaneando com ele.
- Eu tô fodido! – Ele exclamou, gargalhando.
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venusimmer · 5 months ago
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Tradução Desafio Pacote em Ordem Alfabética
Olá Simmers, hoje vim trazer a tradução deste desafio de legado (ou não). Ele foi orginalmente postado no Pinterest da Am ← (clica no link para ir direto ao perfil dela). Lembrando: tem algumas coisas na TRADUÇÃO que não contém no desafio ORIGINAL, isso foi avisado a criadora. Esse desafio foi traduzido manualmente por mim, mas em algumas partes que eu não tinha o conhecimento foi feito pela internet, tentei deixar o mais coerente para a minha língua materna e que ficasse fácil de entender. Peço encarecidamente para que não se a aproprie dessa tradução como sua e é claro dando os créditos á sua criadora original do Desafio.
OBSERVAÇÃO: O Desafio está em ordem alfabética no ORIGINAL, não mudei a ordem para o PTBR
Desafio Pacote em Ordem Alfabética! 
Esta é a sua chance de jogar todos os pacotes e aproveitar ao máximo o que pagou! Você nunca tocará em alguns elementos dos pacotes. O objetivo desse desafio é focar em um pacote de cada vez, na esperança de que você possa fazer coisas que talvez nunca tenha feito antes! 
Se você não tiver todos os pacotes, não se preocupe, faça apenas as gerações que puder! Algumas gerações têm mais tarefas do que outras devido à natureza dos pacotes. 
➾ Regras Gerais:
- Deve começar com o jogo básico.
- O nome do herdeiro começa com a próxima letra do alfabeto.
- A casa deve ser decorada com itens do pacote que você está criando. Você pode usar alguns itens de outros pacotes, mas a maior parte deve ser do pacote daquela geração.
- O mesmo vale para o CAS, os trajes devem ser, em sua maioria, do pacote em questão. 
- A duração da vida pode ser definida como você quiser. O ideal seria normal, mas tente não apressar cada geração! Uma vida longa ou até mesmo uma vida curta também é aceitável! 
- Jogue a última geração até que o último Sim da casa morra. (Concluindo toda a árvore genealógica/linhagem de sangue da família) 
- Você pode adicionar muitos desafios se quiser! Há vários que são de pacotes. 
- Proibido cheats para facilitar o desafio, apenas para comprar a primeira casa.
• ━━━━━━❪ Jogo Base ❫━━━━━━ •
O início de tudo, não poderia ser mais novo do que isso. Bem-vindo ao mundo! 
Características: Totalmente aleatórios!
Aspiração: Queijo grelhado
Trabalho: Um trabalho básico do jogo que você nunca fez/concluiu
Objetivos:
Comece com a quantia de dinheiro da casa inicial e mude-se para uma casa inicial do jogo básico! (Pode ser algum save reformulado desde que caiba no orçamento)
- Obter uma vaca plantada 
- Tornar-se um SimPlanta usando feijões mágicos.
- Colecione todos os 14 cartões postais.
- Case-se com seu Townie favorito do Base.
- Ir para a Clareira Sylvana.
- Ir para a Gruta Esquecida.
• ━━━━━━❪ Vida Campestre ❫━━━━━━ •
Você teve uma infância difícil e nunca mais quis sair de Avelândia do Norte. A ideia de ir para a cidade é um pensamento aterrorizante. Você tem dificuldade para encontrar um emprego de verdade, por isso depende do ponto cruz e de fazer recados. Mas não se importa, pois seus melhores amigos são galinhas, vacas e lhamas.
Traços: Entusiasta de animais, solitário, adora atividades ao ar livre 
Aspiração: Cuidador do campo 
Trabalho: Trabalhar para os moradoes
Objetivos:
- Morar sua vida toda em Avelândia do Norte.
- Participar das Competições todos os sábados.
- Completar Aspiração.
- Ter um grande jardim 
Alcançar o nível 10:
Jardinagem
Culinária
IMPORTANTE: NUNCA SAIR DE AVELÂNDIA DO NORTE 
• ━━━━━━❪ Diversão na Neve ❫━━━━━━ •
Você é um empresário que adora a emoção dos esportes. Você quer ter sucesso em seu trabalho, mas também arrisca sua vida em aventuras. Você se mudou para o Monte Komorebi para encontrar esse equilíbrio em sua vida e esperar alcançar tudo o que deseja na vida.
Características: Aventureiro, Ativo, Malvado
Aspiração: Entusiasta de Esportes Radicais 
Trabalho: Assalariado 
Objetivos:
-  Morar no Monte. Komorebi 
- Suba até o topo da montanha 
- Colete todos os 12 estímulos
- Vá a todos os festivais 
- Completar a Aspiração 
Alcance o nível 10: 
Esqui
Snowboarding 
Escalada 
• ━━━━━━❪ Vida Sustentável ❫━━━━━━ •
Você quer viver uma vida plena e fazer a diferença pelo meio ambiente. Você quer fazer o máximo possível para mudar o mundo. Ao fazer isso, você terá um pouco mais de trabalho do que pode suportar, mas é isso que acontece quando você quer mudar o mundo. 
Características: Criador, Freegano, Perfeccionista 
Aspiração: Mestre da Criação ou Inovador Ecológico
Trabalho: Designer Civil 
Objetivo:
- Morar em Evergreen Harbor 
- Ter uma casa totalmente sustentável
- Morar em uma casa pequena
- Passe a maior parte do tempo ajudando a vizinha a conquistar a “Pegada Verde”
- Complete a aspiração 
- Maximize a carreira
Alcance o nível 10:
Lógica
Carisma
Fabricação 
• ━━━━━━❪ Vida Universitária ❫━━━━━━ •
Ir para a universidade sempre foi um objetivo para você desde criança. Agora que você está lá, você percebe que as pessoas nem sempre são quem você pensava que seriam. Você conhece alguns amigos e fez alguns inimigos no caminho para se formar e começar o emprego dos seus sonhos. 
Características: Maligno, Devorador de Livros, Alegre 
Aspiração: Acadêmica
Trabalho: Educação
Objetivo:
-  Morar no campus em Britechester.
- Complete a faculdade, aspiração e carreira.
- Faça melhores amigos e arqui-inimigos.
- Junte-se à sociedade secreta. 
Alcance o nível 10:
Pesquisa e Debate
Lógica 
EXTRA: SEMPRE DÊ UMA FESTA ANTES DAS PROVAS FINAIS!
• ━━━━━━❪ Ilhas Tropicais ❫━━━━━━ •
Sua vida era uma brisa e você quer continuar suas férias sem fim. Você nunca foi do tipo que quer ficar sentado em um escritório o dia todo, mas mais ainda, quer fingir que o mundo real não existe. Conhecendo TODOS os habitantes locais e abraçando a cultura, sua vida em Sulani é melhor do que imaginava. 
Características: Filho da Ilha, Desajeitado, Ama o Ar Livre
Aspiração: Vida na Praia
Trabalho: Conservacionista
Objetivos:
- Deixar a família quando adolescente
- Morar em Sulani 
- Casar com uma sereia
- Complete a aspiração 
- Maximize a carreira
• ━━━━━━❪ Rumo à Fama ❫━━━━━━ •
Quando criança você era obcecado em assistir TV e queria se tornar ator. Você abriria mão de tudo para se tornar famoso, dos valores, da família e até da alma. Essa é a única coisa que você deseja na vida e nada o impedirá de se tornar o ator mais famoso que existe. 
Características: Egoísta, Criativo, Materialista 
Aspiração: Celebridade Mundialmente Famosa 
Trabalho: Ator
Objetivos:
-Morar no Del Sol Vale
-Junte-se ao clube de teatro quando criança
-Torne-se uma Celebridade Mundial
-Torne-se inimigo de outra celebridade  
- Complete a Aspiração 
- Maximize a Carreira 
Alcance o nível 10:
Atuação 
Carisma
• ━━━━━━❪ Estações ❫━━━━━━ •
Os feriados sempre foram seus favoritos enquanto crescia, então você queria manter as tradições vivas. Você é uma pessoa caseira que adora jardinagem, mas também sabe dar uma boa festa. Os eventos sociais são a sua maior prioridade quando se trata de férias, você sempre quer garantir que as pessoas se divirtam. 
Características: Ama o ar livre, extrovertido, infantil 
Aspiração: Animal de Festa 
Trabalho: Jardineiro 
Objetivos:
- Deve comemorar todos os feriados/aniversários 
- Tenha uma grande estufa
- Ter um filho com o Pai Inverno 
- Completar Aspiração
- Maximize a Carreira
Alcance o nível 10:
Arranjo de Flores
Jardinagem
Carisma
• ━━━━━━❪ Gatos e Cães ❫━━━━━━ •
Sua mente é consumida pelo pensamento de animais. Desde criança tudo o que você queria era cuidar dos animais e ser o melhor dono possível. Você não se preocupa muito com sua qualidade de vida, mas apenas deseja oferecer o melhor para seus animais de estimação e outros animais. 
Características: Amante (cão ou gato), Vegetariano, Ambicioso
Aspiração: Amigo dos animais 
Trabalho: Proprietário de Clínica Veterinária
Objetivos:
- Deve possuir um gato e um cachorro em todas as fases da vida
- Morar na Baía de Brindelton 
- Colete todas as 12 penas
- Complete a Aspiração 
- Tenha 5 estrelas na Veterinária
Alcance nível 10:
Treinamento 
Veterinária 
Opcional:
- Cultive todos os tipos de ervas de gato
• ━━━━━━❪ Vida na Cidade ❫━━━━━━ •
A vida agitada da cidade sempre chamou seu nome. Você tem muitos amigos, mas sempre voltou para aquela vida de solteiro, morando sozinho, mas saindo o tempo todo para se distrair do fato de não conseguir encontrar um parceiro. 
Traços: Não Paquerador, Engajado, Cleptomaníaco 
Aspiração: Cidade Nativa 
Trabalho: Mídia Social 
Objetivos:
- Morar em San Myshuno 
- Concorde em sair sempre que alguém te convidar
- Saia duas vezes por semana depois do trabalho 
- Nunca se case, mas tenho um filho.
- Aprenda todas as 24 receitas 
- Complete a Aspiração 
- Maximize a Carreira 
- Tenha 1M de seguidores
• ━━━━━━❪ Junte-se à Galera ❫━━━━━━ •
Você nunca se adaptou quando adolescente, mas agora é o chefe de um clube e sai o tempo todo. Antes deste clube ninguém queria ser seu amigo, mas agora você criou um grupo forçado de amigos que irão aonde você quiser! 
Características: Máquina de Dança, Engajado, Extrovertido 
Aspiração: Líder do grupo 
Trabalho: Artista
Objetivos:
- Morar em Windenburg 
- Saia pelo menos duas vezes por semana com seu clube
- Engravide o maior número possível de Sims
- Diga sim para tudo!
- Complete a Aspiração 
- Maximize a Carreira
Alcance o nível 10:
Dança
Mixagem de DJ
(Sugestão: Viva apenas das gorjetas de DJ)
• ━━━━━━❪ Ao Trabalho ❫━━━━━━ •
Você foi obcecado por livros durante toda a sua vida. Seus pais sempre falaram sobre o quão inteligente você é e como você é inteligente o suficiente para ser médico, então foi isso que você se tornou! Sua vida não é tão divertida, mas você sempre encontra uma maneira de apimentar as coisas. 
Características: Gênio, Cleptomaníaco, Asseado
Aspiração: Cérebro Nerd
Trabalho: Médico
Objetivos: 
- Casar com 2 Sims diferentes, ambos são colegas de trabalho 
- Pelo menos uma vez por semana roube alguma coisa 
- Complete a Aspiração 
- Maximize a Carreira
Alcance o nível 10:
Confeitaria
Lógica
Mecânica
• ━━━━━━❪ Decoração dos Sonhos ❫━━━━━━ •
Agora é sua hora de redecorar tudo! Sua casa significa tudo para você e você espera levar essa mesma sensação a todos os seus clientes. Tudo tem seu lugar e a bagunça é sua Kriptonita, tudo deve estar perfeito.
Características: Criativo, Asseado, Errático 
Aspiração: Barão da Mansão 
Trabalho: Designer de Interiores 
Objetivos:
- Reforme sua casa 3 vezes
- Casar com um sim com traço Relaxado
- Ser demitido por um cliente 
- Complete a Aspiração
- Maximize a Carreira
Alcance nível 10:
Carisma
Mecânica 
• ━━━━━━❪ Reino da Magia ❫━━━━━━ •
Bem-vindo ao mundo mágico de Glimmerbrook! Com tanto para aprender, você está ansioso para aprender tudo! Você adora conversar com todos os seus colegas conjuradores e se tornou um bom amigo de alguns deles. Em breve o mundo de possibilidades mágicas será seu!
Características: Devorador de Livros, Desajeitado, Extrovertido 
Aspiração: Feitiçaria e Magia
Trabalho: Sem Restrições
Objetivos:
- Morar em Glimmerbrook 
- Seja um feiticeiro
- Tenha um familiar 
- Colete todos os 26 Artefatos Mágicos 
- Faça o prato de Ambrosia
 - Completar Aspiração
• ━━━━━━❪ StrangerVille❫━━━━━━ •
Você se muda de sua família para uma cidade muito estranha, quer se juntar ao exército e se tornar o herói que sempre admirou. Algo está um pouco estranho com seus vizinhos e você está determinado a ajudar! (A geração pode ser baseada no programa de TV Stranger Things!)
Características: Paranoico, Bondoso, Seguro de Si
Aspiração: Mistério de StrangerVille 
Trabalho: Militar 
Objetivos:
- Morar em Strangerville  
- Cure a doença estranha
- Maximize a Carreira
Alcance nível 10:
Ginástica
Programação
• ━━━━━━❪ Aventuras na Selva ❫━━━━━━ •
É hora de explorar! Você ouviu rumores sobre a selva quando estava na escola e queria ser o único a encontrar todas as relíquias! Embora você não tenha certeza se os rumores são verdadeiros, você dedicou sua vida para descobrir. 
Características: Ativo, Solitário, Gênio 
Aspiração: Acadêmico de Arqueologia e Explorador da Selva 
Trabalho: Sem restrições
Objetivos:
- Complete ambas as aspirações! 
- Explore a selva e colete artefatos!
- Junte relíquias 
- Colete todos os 16 artefatos antigos de Omniscan
Alcance nível 10:
Arqueologia
Cultura da Selva Dourada
• ━━━━━━❪ Vida em Família ❫━━━━━━ •
Você admira seus pais e deseja ser o melhor pai possível para seus filhos. Seu único desejo na vida são filhos, seu único objetivo na vida são filhos, a única coisa em que você pensa são em seus filhos. 
Características: Pateta, Legal, Soturno
Aspiração: Super Pai
Trabalho: Trabalhe em casa
Objetivos:
- Tenha de 6 a 7 filhos morando em casa ao mesmo tempo. 
- Use o quadro de avisos.
- Tenha pelo menos um filho que te odeie.
- Faça com que 5 crianças diferentes completem um dos 5 valores de caráter diferentes.
Alcance o nível 10:
Criação e Educação
• ━━━━━━❪ Vampiros ❫━━━━━━ •
Você caiu na tradição sombria da vida dos vampiros. Você começou a pesquisar sobre a vida quando era mais jovem e assumiu como missão se tornar um vampiro. Você adota um estilo de vida maligno e nunca mais voltaria atrás. 
Características: Errático, Odeia Crianças, Cleptomaníaco
Aspiração: Mestre Vampiro 
Trabalho: Vender itens que você rouba 
Objetivos:
-Viva em Forgotten Hallow
-Torne-se um Vampiro Mestre 
- Derrote o Mestre Vampiro anterior a você.
Alcance o nível 10:
Órgão de Tubos
História Vampírica
• ━━━━━━❪ Escapada Gourmet ❫━━━━━━ •
Cozinhar é amor, cozinhar é vida. Você adora toda e qualquer comida. Você sempre quis cozinhar para o resto da vida e assim faz! 
Características: Gastrônomo, Perfeccionista, Glutão 
Aspiração: Chefe Mestre
Trabalho: Dono de Restaurantes
Objetivos:
- Ter um restaurante 5 estrelas
- Colete as 20 fotos experimentais de comida
Alcance o nível 10:
Culinária
Mixologia
(DICA: Você pode instalar o > Mod < de ser o Chefe do seu próprio restaurante)
• ━━━━━━❪ Dia de Spa ❫━━━━━━ •
Você é totalmente contra ficar estressado, quer ficar em paz com seu corpo e mente. Seu único objetivo na vida é relaxar e se sentir confortável. 
Características: Asseado, Exigente, Materialista 
Aspiração: Especialista em Cuidados Pessoais 
Trabalho: Trabalhar em um Spa 
Objetivos:
- Frequente diariamente o Spa
-Você é uma pessoa calma, não se estresse!
- Complete a Aspiração
Alcance nível 10:
Bem Estar
Ginástica
• ━━━━━━❪ Retiro ao Ar Livre ❫━━━━━━ •
Acampamento! Acampamento! Acampamento! Fogueiras, caminhadas, marshmallows, ferraduras, nada melhor do que atividades ao ar livre! 
Características: Nauseento, Adora o Ar Livre, Solitário 
Aspiração: Entusiasta do Ar livre
Trabalho: Depende de você!
Objetivos:
- Faça amizade com o eremita 
- Colete todos os 21 insetos 
- Vista uma fantasia de urso durante um dos dias de acampamento (assuste outros Sims!)
Alcance nível 10:
Herbalismo 
Pesca
• ━━━━━━❪ Paranormal ❫━━━━━━ •
O medo de filmes de terror e fantasmas sempre foi intrigante para você. Mesmo que seja um pouco assustador e sua família não acredite que seu trabalho seja real, você não mudaria sua carreira, não importa o que acontecesse. Mesmo que isso resulte em morte. 
Características: Maligno, Infantil, Geek 
Aspiração: Amigo do Mundo 
Trabalho: Investigador Paranormal 
Objetivos:
- Morar em uma casa Assombrada
- Convoque a Ossilda
- Colete todos os 9 crânios de açúcar 
Alcance nível 5:
Medium
• ━━━━━━❪ Truques de Tricô ❫━━━━━━ •
Desde criança, você amava agasalhos de tricô e então, na adolescência, descobriu que tinha uma 'alma de velho'. Assim, decidiu que se tornaria a melhor no ramo do tricô e que assim ganharia sua vida, sendo reconhecida pelo seu trabalho.
Características: Criativo, Ciumento, Amante da Arte 
Aspiração: Senhor/Senhora do Tricô 
Trabalho: Vendedor do Plopsy
Objetivos:
- Deve ganhar dinheiro apenas com suas criações
Alcance nível 5:
Trico
• ━━━━━━❪ Vida Compacta ❫━━━━━━ •
Você não vê sentido em morar em uma casa tão grande, então prefere a sua mini casa com seu toque bem minimalista, até porque quanto menor a casa, menos contas e mais habilidades! Além de que não há nada melhor que saber de tudo!
Traços: Esnobe, Chegado, Alegre 
Aspiração: Amor do Mal
Trabalho: Escritor
Tarefas:
-Morar em uma micro casa
-Seja minimalista 
Alcance o nível 10:
Escrita
9 habilidades
• ━━━━━ ❪ Histórias de Casamento ❫━━━━━━ •
Você sonha com esse momento desde pequeno. Você sempre quis um casamento dos sonhos. Entre todos os acontecimentos e uma vida cheia de planejamento esse casamento vai ser perfeito! (Ou será…)
Características: Romântico, Leal, Esnobe
Aspiração: Alma Gêmea 
Trabalho: influenciador de estilo 
Tarefas:
- Realize todos os eventos de casamento
- Prove bolos
- Escolha flores do buquê 
- E tenha ouro em todos os eventos!
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angelanatel · 7 months ago
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Um raro texto hieroglífico em Luwian   - O idioma luwiano, também chamado de luviano ou luish, é um dos vários idiomas antigos extintos da Anatólia. A língua é preservada em duas formas intimamente relacionadas, mas distintas, uma usando escrita cuneiforme e a outra usando escrita hieroglífica. O uso mais antigo atestado do luwiano hieroglífico é a forma escrita de nomes e títulos em selos pessoais no período hitita antigo (1650-1580 AEC.), mas os primeiros textos reais aparecem somente no Novo Império e são exclusivamente luwianos. Parece certo que os hieróglifos foram inventados na Anatólia durante o segundo milênio AEC., mas a hora e o local exatos permanecem desconhecidos. As inscrições escritas em hieróglifos hititas geralmente começam no canto superior direito. Embora a maioria dos sinais seja ideográfica, alguns deles são sinais silábicos fonéticos. Evidências internas de acrofonia (uso secundário de um sinal de palavra para o som de sua primeira sílaba) argumentam que os hieróglifos foram criados principalmente para escrever em luwiano (e, portanto, não estão diretamente relacionados aos hieróglifos do Egito). Por exemplo, o sinal para /u/, a cabeça de uma vaca ou touro, reflete o luwiano uwa/i- 'vaca'.
Se você deseja explicação, orientação, recomendações bibliográficas personalizadas ou aulas específicas, entre em contato pelo e-mail [email protected] e solicite um orçamento. Terei prazer em atender, esse é o meu trabalho. Não atendo através de minhas redes sociais. Valorize o trabalho de professores. Hora/aula - R$ 100,00 Pacote de 4 horas/aula - R$ 300,00 FORMAS DE PAGAMENTO: 1. Pix: [email protected] 2. PicPay: @angelanatel 3. Mercado Pago: link.mercadopago.com.br/angelanatel (nesse caso acrescentando 5 reais ao valor total) 4. PayPal - [email protected] (nesse caso acrescentando 7 reais ao valor total) 5. PagSeguro: 1 hora/aula - https://pag.ae/7YYLCQ99u Pacote de 4 horas/aula - https://pag.ae/7YYLEGWG8 Sobre mim e meu trabalho: https://linktr.ee/angelanatel
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amor-barato · 8 months ago
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que feno era esse que me guardava em repouso, entorpecido pela língua larga de uma vaca extremosa, me ruminando carícias na pele adormecida? que feno era esse que me esvaía em calmos sonhos, sobrevoando a queimadura das urtigas e me embalando com o vento no lençol imenso da floração dos pastos? que sono era esse tão frugal, tão imberbe, só sugando nos mamilos o caldo mais fino dos pomares? que frutos tão conclusos assim moles resistentes quando mordidos e repuxados no sono dos meus dentes? que grãos mais brancos e seráficos, debulhando sorrisos plácidos, se a varejeira do meu sonho verde me saía pelos lábios? que semente mais escondida, mas paciente! que hibernação mais demorada! que sol mais esquecido, que rês mais adolescente, que sono mais abandonado entre mourões, entre mugidos!
Raduan Nassar (Lavoura Arcaica)
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reinato · 9 months ago
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Índia
Índia é um extenso país do Sul da Ásia com geografia diversificada, incluindo desde os picos do Himalaia até a costa do Oceano Índico, e uma história que remonta a cinco milênios, com uma população de 1,428 bilhão de habitantes distribuída em um território de 3.287.000 km². A Índia é um dos países fundadores do grupo BRICS+ tendo um PIB de US$ 3,73 trilhões [dados de 2023]. No norte, alguns dos monumentos do império mogol são o complexo do Forte Vermelho, em Délhi, e a imponente mesquita Jama Masjid, bem como o clássico mausoléu Taj Mahal, em Agra. Os peregrinos tomam banho no Ganges, em Varanasi. Rishikesh é um centro de ioga que serve de base para trilhas no Himalaia.
Confira algumas curiosidades:
01. A Índia é o país mais populoso do mundo, deixando para trás a China que tem atualmente 1,425 bilhão de pessoas.
02. Há cerca de 400 idiomas e línguas faladas na Índia, sendo o inglês e o hindi os mais falados;
03. A religião oficial da Índia é o hinduísmo, a terceira maior religião do mundo, ficando apenas atrás do cristianismo e islamismo. Também é uma das religiões mais antigas do mundo de acordo com os registros históricos;
04. Cerca de 3 mil deuses são adorados no hinduísmo;
05. 70% das especiarias utilizadas no mundo vêm da Índia. A comida indiana é a mais temperada do mundo!
06. Uma das sete Novas Maravilhas do Mundo, o Taj Mahal, é uma linda prova de amor. O templo foi construído pelo rei Shah Jahan para a rainha Mumtaz Mahal;
07. Bollywood é a principal indústria de cinema indiano, que movimenta bilhões de dólares todos os anos;
08. A cordilheira do Himalaia passa pela Índia;
09. Diferente da maior parte do mundo em que há 4 estações no ano, no calendário Hindu há 6. São elas: primavera, verão, monções, outono, prevernal e inverno;
10. Na Índia, é costume comer sempre com a mão direita. Talheres quase não são utilizados por lá;
11. O tradicional festival das cores, Holi, é indiano. A celebração é realizada anualmente entre fevereiro e março;
12. Varanasi é a capital espiritual da Índia e uma das cidades mais antigas do mundo. Por lá existem mais de dois mil templos, além de ser cercada pelo rio Ganges;
13. Por falar no Ganges, ele é o rio mais sagrado do mundo. É costume se banhar nas águas sagradas do rio, além de realizar ritos funerários nele;
14. A Índia possui mais de dois milhões de templos hindus. É o país perfeito para conhecer mais sobre a espiritualidade não ocidental;
15. Na Índia há um templo para os ratos, localizado a 35 km de Bikaner;
16. O tigre-de-bengala é um dos maiores felinos do mundo e é o animal oficial da Índia. Mais da metade deles atualmente vive na Índia;
17. A vaca é um animal sagrado para os hindus. Ela representa a fertilidade e a prosperidade. Por ser um animal sagrado para mais de 80% da população, o abate é proibido, de acordo com os preceitos da religião;
18. O álcool é proibido em algumas regiões por motivos religiosos;
19. A Índia abriga a estátua mais alta do mundo: a estátua da Unidade. Trata-se de um monumento dedicado ao político Sardar Vallabhbhai Patel;
20. Na índia, acontece o festival que mais reúne pessoas no mundo. A festividade hindu Kumbh Mela acontece quatro vezes a cada 12 anos e reúne cerca de 100 milhões de pessoas em cada edição.
21. A Agência Espacial Indiana (ISRO) foi a primeira a pousar um foguete no lado sul da Lua.
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baeksu-krp · 1 year ago
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Nome: Kim Donghyuk Faceclaim: Hongjoong, ATEEZ Data de nascimento e idade: 07.11.1997 — 26 anos Gênero: Masculino Etnia e nacionalidade: Sul-coreano, Coreia do Sul
Moradia: Mapo-gu Ocupação: Gerente, Pet Shop Art & Paws Qualidades: Organizado, Focado Defeitos: Estressado, Reclamão User: @bks_donghyuk
TW: N/A
Donghyuk se sente o próprio dr. Dolittle quando afirma que se dá melhor com os animais do que com pessoas ao seu redor, o que pode ser verdade (ou pelo menos é o que gosta de pensar). Grande fã de locais pouco movimentados, é até inusitado pensar que mora justo em Mapo-gu, mais especificamente na área de Hongdae – mas a mudança pra lá foi feita pensando somente no trabalho, visto que a clínica onde trabalha não fica tão longe de onde vive e os aluguéis por lá estavam muito mais em conta… por mais que muitas vezes durma xingando quem passa buzinando horrores ou falando alto na frente do seu apartamento.
Nascido em Incheon, a mudança pra capital do país foi somente quando deu início à vida universitária. A intenção era voltar após formado, juntar todas as economias de um digno jovem mão de vaca pra abrir a própria clínica, porém ainda na graduação o Hyuk se encontrou apaixonado por uma área específica e que não era lá muito aclamada: a dos animais tidos como exóticos, os pets não muito convencionais. Cobras, lagartos, furões… you name it. O retorno pra sua terra natal foi adiado ao emendar uma especialização depois de pegar o diploma na mão e, bom, até agora continua em Seoul. Talvez tenha se apegado demais na cidade, ou só foi a praticidade de ter tudo por perto numa caminhada de até dez minutos. Era muito mais fácil se manter por ali pra atuar na área em que se especializou, também. No fim das contas, ele foi de estagiário pra veterinário e de veterinário pra gerente do Art & Paws, atendendo somente em casos de emergência.
Além do trabalho, Donghyuk gosta de reformar roupas e acessórios, fotografar bichinhos, tomar chá às duas da manhã enquanto reclama do barulho na rua, pintar o cabelo com cores não consideradas como “padrão”, colocar um novo piercing ou mudar os brincos (e ele faz isso com frequência, assim como a sessão de reclamações noturnas), andar de moto – irônico pra quem vive falando sobre coisas barulhentas – e, claro, dos seus fiéis roommates: a cobra de estimação que comprou enquanto estava na metade do curso de medvet, o dragão barbado que veio aí no ano passado e o gecko fofinho que “adotou” no final de janeiro.
No quesito personalidade, o Donghyuk sempre foi meio estressadinho, sem papas na língua e muito do reclamão. Tem uma incrível capacidade de reclamar de tudo que vê pela frente quando tá de mau humor e isso tem seus prós e contras (a segunda opção é a mais recorrente). Ele é extremamente organizado e pontual, o que consequentemente lhe faz odiar atrasos e desorganização. Costuma gostar de estar no controle e não é muito fã de receber ordens, a não ser que a ordem venha de algum superior no seu trabalho. Hyuk também é muito transparente e não sabe disfarçar quando alguma coisa não é do seu agrado, o mesmo vale pra quando adora algo. Às vezes pode parecer insensível ou ter uma pose de durão, mas ao criar intimidade com alguém mostra ser o contrário disso (quando quer).
OOC: +18 Triggers: N/A Temas de interesse: Angst, Crack, Fluff, Friendship, Hostility, Shipping, Smut
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