#james sendo sem noção como sempre
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(🎤) Our muses do karaoke.
Estavam no salão de artes e ofícios do acampamento, que havia sido improvisado para a noite de karaokê organizada pelos filhos de Hermes. O local estava iluminado com luzes coloridas e decorado com fitas e balões, criando uma atmosfera descontraída e alegre. O som da música e das vozes dos campistas cantando preenchia o ambiente, mas James e Pietra estavam em um canto, conversando animadamente enquanto esperavam a sua vez de subir ao palco.
"Eu tenho uma surpresa..." James sussurrou, com um sorriso de quem está prestes a revelar uma travessura. "Coloquei dez fichas de uma vez só com nossos nomes. Vamos dominar aquilo lá." Ele confessou, puxando a melhor amiga com entusiasmo para o karaokê quando ouviram seu nome ser chamado. Com os microfones em mãos, começaram com "Don't Stop Believin'", arrancando aplausos e gritinhos dos campistas. Em seguida, mandaram ver em "Shallow", mantendo a empolgação da plateia.
Quando começaram a cantar "Don't Go Breaking My Heart", alguns campistas já estavam se retirando, desanimados. A energia caiu um pouco com "Summer Nights" e "Endless Love", e começaram as primeiras reclamações. "We're Not Gonna Take It", "Everything Has Changed" e "The Time Of My Life" foram recebidas com vaias e pedidos para que descessem do palco. No entanto, ao começarem "Uptown Funk", a plateia se animou novamente e até cantou junto. Eles encerraram com uma performance de "Shut Up and Dance", com direito a coreografia e tudo, garantindo uma despedida vibrante e cheia de energia. Os campistas até se renderam e aplaudiram a dupla - não sem chamar James de 'sem noção' antes.
#* . ⊹ 𝑀𝐴𝐾𝐸 𝐼𝑇 𝑆𝑂𝑈𝑁𝐷 𝑆𝑂 𝑆𝑊𝐸𝐸𝑇 › answered#with: pietra#headcanons#pra mim é canon é isto vc que lute#essa aqui tava desde o ask game antigo kkk#james sendo sem noção como sempre
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✨️
Peter acabou de descobrir que James foi morto por Voldermort.
Com os olhos marejados e a boca entreaberta em apavoro, Peter não conseguia acreditar no que acabava de ouvir. Seu corpo tremia inteiro, suas mãos soavam, sua garganta doía e o luto aos poucos instaurava-se em seu corpo. James estava morto. Morto. Voldemort ainda não havia retornado de seu triunfo, mas a marca negra recém feita em seu braço ardia de forma fervorosa, porém estava tão devastado que a dor física não era tão incomoda quanto a sentimental.
Um turbilhão de emoções o atingia de maneira avassaladora, inundando sua mente com uma profunda tristeza, sofrimento e o abafado pesar de arrependimento. A incerteza o consumia. Ele se perguntava como isso poderia ter acontecido... como ele havia se tornado o próprio monstro que havia tentado combater anos antes. Ele se viu refletido nas ações cruéis de Lord Voldemort, no seu desejo de poder que acarretava em um sacrifício impiedoso de vidas inocentes. A traição, que antes enxergava como um ato de autopreservação, agora era uma mancha indelével em sua consciência.
Enquanto contemplava o destino cruel que ele ajudou a selar para James, um pesar profundo se apoderou de seu coração... Recordou-se das memórias felizes que compartilharam juntos, das risadas, das aventuras e da camaradagem. Agora, tudo isso parecia um sonho distante, perdido para sempre. Merda, um dia antes mesmo ele estava na sala dos Potter, segurando Harry no cole... O arrependimento fervia em sua alma, atormentando-o a cada respiração. Ele desejou poder voltar no tempo, desfazer seus atos covardes e escolher um caminho diferente.
A descoberta da morte de James abalou o Pettigrew até o âmago de sua existência. As lágrimas rolavam por seus rosto enquanto ele se encontrava imerso em um oceano de sofrimento, vendo-se como um fantasma, condenado a carregar o peso de suas escolhas pelo resto de sua existência.
Ali, um novo ciclo na vida de Peter iniciava. Uma culpa tão avassaladora que iniciou um ciclo interminável de sofrimento. Ali, com um de seus melhores amigos mortos, foi o inicio de seu fim. Wormtail, naquela noite, morreu junto com Prongs. Desassociou.
considerações em ooc: na minha narrativa, penso que Peter era um borra botas para os comensais e Voldemort, sendo tratado por eles da mesma forma que era pelos outros: um zé ninguém. Logo, ele não sabia dos planos de Voldemort. Não sabia que ele queria matar os Potter, não fazia ideia de profecia alguma, afinal, era o fiel de um segredo que nem se quer sabia o motivo, somente boatos. Claro que, não era de todo burro, temia o pior mas queria acreditar que isso nunca aconteceria. Em sua cabeça confusa, no máximo iriam capturar (e ter clemência, pelo fato de serem amigos de Peter) alguns membros da Ordem, e tentariam traze-los para o lado das trevas. Mas isso não diminui sua culpa e o ato horrendo! Egoísta e sem noção, sabia no fundo que mortes aconteceriam, só não queria acreditar para que pudesse ficar melhor consigo e sua consciência.
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Produtores, não consumidores, são o motor do crescimento econômico
Os economistas keynesianos acreditam que as recessões ocorrem devido ao enfraquecimento da demanda agregada. Logo, aumentar a demanda acabará com a recessão. Sempre que uma economia mostra sinais de queda, a maioria dos especialistas acredita que o aumento da demanda agregada evitará que a economia entre em recessão. Como os gastos privados estão diminuindo, os keynesianos dizem que o governo deveria contrabalançar esse declínio aumentando os gastos do governo com bens e serviços.
A demanda é limitada pela capacidade de produzir bens. Quanto mais bens um indivíduo pode produzir, mais bens ele pode adquirir. O mesmo pode ser dito para a economia em geral, porque o que move uma economia não é a demanda, mas sim a produção de bens e serviços.
Os produtores, não os consumidores, são o motor do crescimento econômico. Obviamente, um produtor deve produzir bens e serviços de acordo com o que outros produtores exigem.
De acordo com James Mill:
Quando bens são levados ao mercado, o que se deseja é que alguém os compre. Mas para comprar, é preciso ter meios para pagar. É óbvio, portanto, que os meios coletivos de pagamento que existem em toda a nação constituem o mercado inteiro da nação. Mas em que consistem os meios coletivos de pagamento de toda a nação? Eles não consistem na sua produção anual, na receita anual da massa geral de habitantes? Mas se o poder de compra de uma nação é exatamente medido por sua produção anual, como indubitavelmente é, quanto mais você aumenta a produção anual, mais você, por esse próprio ato, amplia o mercado nacional, o poder de compra e as compras efetivas da nação... Assim, parece que a demanda de uma nação é sempre igual à produção de uma nação. Isso, de fato, deve ser assim; pois o que é a demanda de uma nação? A demanda de uma nação é exatamente seu poder de compra. Mas qual é o seu poder de compra? A extensão, sem dúvida, da sua produção anual. A extensão de sua demanda, portanto, e a extensão de sua oferta são sempre exatamente comensuráveis.
O governo pode realmente fazer crescer uma economia?
A ideia de que o governo pode crescer a economia origina-se da crença de que aumentos nos gastos do governo expandem a produção da economia por um múltiplo do aumento inicial do governo.
John Maynard Keynes, que popularizou essa ideia, escreveu:
Se o Tesouro enchesse garrafas velhas com notas de banco, enterrasse-as em profundidades adequadas em minas de carvão abandonadas, que seriam então enchidas até a superfície com lixo da cidade, e deixasse para a iniciativa privada em princípios bem testados de laissez-faire para desenterrar as notas (sendo o direito de fazê-lo obtido, é claro, por licitação para arrendamentos do território portador de notas), não há mais necessidade de desemprego, e, com a ajuda das repercussões, a renda real da comunidade e também a sua riqueza de capital provavelmente se tornariam muito maiores do que realmente são.
Dada a influência de Keynes, não surpreende que a maioria dos economistas hoje acredite que é possível evitar uma recessão por meio de gastos do governo. Essa noção exige que examinemos o efeito de um aumento na demanda do governo na formação de riqueza de uma economia.
Suponha uma economia composta por um padeiro, um sapateiro e um fazendeiro e suponha que um burocrata do governo entre em cena exigindo mercadorias por meio da força. O padeiro, o sapateiro e o agricultor são obrigados a renunciar a seus produtos a troco de nada, enfraquecendo o fluxo de produção de bens de consumo final. O aumento nos gastos do governo não aumenta a produção geral por um múltiplo positivo; ao contrário, prejudica o processo de geração de riqueza.
Por meio da tributação, o governo força os produtores a se desfazerem de seus produtos em favor de serviços governamentais que provavelmente são de baixa prioridade. De acordo com Ludwig Von Mises, “é preciso enfatizar o truísmo de que um governo só pode gastar ou investir o que tira dos cidadãos, e de que o que gasta ou investe diminui, na mesma medida, o gasto e o investimento que seriam feitos pelos cidadãos”.
O fomento monetário e os gastos do governo não podem remover a dependência da demanda da produção de bens. Ao contrário, políticas fiscais e monetárias frouxas empobrecem os geradores de riqueza real e reduzem sua capacidade de produzir bens e serviços, enfraquecendo assim a demanda efetiva por outros bens.
Portanto, é necessário conter os gastos do governo para reanimar a economia, não aumentar os gastos e a criação monetária para impulsionar a demanda agregada. Limitar os gastos do governo permite que os geradores de riqueza reavivem a economia. Assim, ao fortalecer a capacidade da economia de produzir bens e serviços, também fortalecemos a demanda geral.
O que causa recessões?
Os keynesianos acreditam que as recessões são o resultado de eventos inesperados que afastam a economia de uma trajetória de crescimento econômico estável. Os choques enfraquecem a economia e causam menor crescimento econômico.
Em contraste, sugerimos que as recessões ocorrem devido às políticas monetárias do banco central, nas quais as autoridades monetárias primeiro inflacionam a moeda e depois reduzem o crescimento da moeda. Políticas monetárias frouxas levam a uma forte taxa de crescimento monetário que, em última análise, causam inflação, incitando o banco central a reverter o curso.
Essas atividades não podem se sustentar sozinhas; elas sobrevivem porque o aumento da oferta monetária as fornece suporte. O aumento da oferta desvia dinheiro de atividades geradoras de riqueza para atividades improdutivas, enfraquecendo o processo de geração de riqueza. A partir daí, a postura de aperto monetário acaba com o mau investimento de recursos, levando à recessão.
Assim, atividades não produtivas e não lucrativas não podem se sustentar uma vez que a taxa de crescimento da oferta de moeda cai. Políticas fiscais agressivas, adotadas para apoiar atividades improdutivas, continuam minando o processo de geração de riqueza, prejudicando assim as perspectivas de recuperação econômica.
Conclusão
Durante uma crise econômica, o governo não deve intervir. Quando não há adulteração monetária ou fiscal, os geradores de riqueza podem reter e até expandir sua riqueza.
Um estoque maior de riqueza torna muito mais fácil absorver vários recursos desempregados e eliminar a crise. Políticas fiscais agressivas, porém, prejudicam o processo de geração de riqueza e pioram ainda mais as coisas.
Por Frank Shostak
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OOC
Nome/Apelido: Cady
Pronomes desejados: femininos
Idade: +18
Triggers, se há algum: -
IC - VAMPIROS
Parece que WARREN GRANT foi confundido com THEO JAMES enquanto passeava pelas ruas de Eden essa noite. Pertencendo ao clã BRUJAH, da Seita CAMARILLA, foi transformado em vampiro há 20 anos, mas ninguém diz que ele tem 56 ANOS, já que aparenta ser bem mais novo. Ganhou fama pela cidade não apenas por ser um MEMBRO DA GANGUE BABEL, mas por se mostrar IDEALISTA e ÁCIDO. De qualquer forma, eu só me importaria em não estar por perto quando o sol se pôr…
HABILIDADE
Potência. Força bruta é um dos atributos mais necessários para aqueles que desejam se destacar entre os Brujah. Warren pode não ter sido, enquanto mero humano, uma montanha de músculos, mas seu condicionamento físico foi ampliado com o Abraço, o que pode ser visto em suas raras demonstrações na Rocky. Enquanto na presença de humanos, o vampiro evita empregar a força, já que a mínima pressão é capaz de despedaçar objetos de materiais pouco resistentes e entortar aqueles de metal. Como muitos membros de seu clã, sua fraqueza é o descontrole em momentos de raiva, nos quais acaba ferindo não apenas o oponente, mas também a si mesmo pela liberação da Besta.
DIETA
Nos anos mais caóticos após sua transformação, chegou a se alimentar de outros vampiros, e a sede por tal tipo de sangue é algo que lhe atormenta diariamente, mas que ele se esforça para evitar, já que não quer sofrer represálias por ser um diablerista, muito menos ser conhecido como um. Assim, se contenta com bolsas de sangue furtadas pela Babel do banco de sangue da cidade. Esporadicamente, quando sua fome torna-se insuportável, recorre a humanos desavisados que andam pelas noites escuras de Nínive.
HEADCANONS
Sua vida antes do Abraço foi uma sucessão de erros, de tal sorte que ninguém sentiu falta quando sumiu da noite para o dia – exceto, talvez, seus credores. A família não fazia questão de saber se estava vivo ou morto; e a ex-mulher definitivamente o queria morto. Não foi nada difícil deixar Liverpool para trás, especialmente quando praticamente arrastado por aquele que se dizia seu mestre de uma cidade a outra – lugarejos dos quais nunca ouvira falar, nos confins do mundo, onde matar humanos não era um problema, vez que a polícia local não funcionava e a mídia não chegava, mas, principalmente, onde a Camarilla não os encontrava.
Porém, os Brujah são famosos por ignorar a tradição da progênie - não à toa são estereotipadamente a fonte para a maioria dos Caitiff. Assim, a negligência acabaria alcançando Warren também, e Reed deve ter se cansado dele em algum ponto, porque nunca mais deus as caras. Dependente de direcionamento e sem noção das normativas da seita que mais se importava em manter a Máscara intacta, os anos seguintes foram os mais caóticos da não-vida de Warren. Entre os Sem Clã, a disputa por território era uma constante, e ele não tinha pudores quando se tratava de matar outros vampiros, sempre nas sombras, longe do mundo humano, já que incapaz de sair na luz solar. A justiça da Camarilla eventualmente chegaria até ele, contudo, e após intensa caçada, ao se ver entre a não-vida e a morte definitiva, o vampiro acabou fugindo para o outro lado do oceano, onde esperava que perdessem seu rastro.
A idílica e isolada Eden parecia um bom lugar para se misturar e buscar por proteção – um nome do qual lembrava vagamente das menções de seu mestre em meio ao frenesi. A menção ao nome Reed Shaw foi o suficiente para que não o matassem de imediato, mas sua dívida com os Brujah o transformou em verdadeiro escravo do clã e de Jack Romero, sendo seu vínculo com a Babel inquebrável até que o vampiro deixe de existir. É o que obriga o Grant a cometer todo tipo de atrocidade em nome da Máscara e que seja visto com desconfiança pelas autoridades – sejam elas humanas ou vampiras.
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“ let’s just call this what it is… just really close talking. ” // jimi&elsie
caso elizabeth tivesse de descrever o relacionamento que mantinha com o líder de sua banda, a mulher teria dificuldades em encontrar uma resposta precisa. uma vez que nada era simples, direto e sincero quando ele estava em questão, acreditava ser até impossível entregar uma explicação curta. mesmo que removesse uma parcela de sentimentos daquele turbilhão, aqueles responsáveis por fazê-la se revirar na cama sem conseguir pregar os olhos ao relembrar dos toques das mãos dele nas curvas de seu corpo e daqueles lábios que estava certa de envolverem os de outra ao retornar para casa, não conseguiria tornar singela a maneira de explicar como o enxergava. não quando parecia que tudo fora complexo ao envolvê-lo desde o princípio, em que ainda acreditava que o teria apenas de maneira passageira em seu cotidiano. um pensamento comprovado como enganoso, contudo, não tinha uma resolução exata de se deveria ceder ao lado seu que se encantava com a presença constante dele, e se deixava envolver com facilidade somente por estar em seu entorno, ou se estava em seu outro lado a noção de que não deveria estar tão contente com alguém de que não conseguiria se livrar tão cedo. era um conflito estressante, entre o sentimentalismo e a racionalidade, que elsie nunca soubera separar da maneira que deveria. sempre que estava sem james, a racionalidade parecia assumir com maior força, a levando a considerar uma realidade mais próxima daquela de seu relacionamento; no entanto, era só estar em seu entorno que tudo parecia ir pelos ares e tudo o que conseguia pensar era nele. no quão bom era estar com ele, quando realmente acontecia. em como parecia que ele ainda iria a deixar louca e, de certa forma, ainda conseguia gostar de toda a tempestade que os envolvia.
os encontros com o mais velho no estúdio não eram um hábito recente de ambos, alimentado por uma mútua necessidade de estarem juntos e de simplesmente terem um momento em que poderiam desligar a si próprios do restante do mundo e existir como se somente houvessem eles no mundo. e elsie amava isso, por mais que não admitisse e constantemente se encontrasse tentando negar ao mais velho que ela sequer dava tanto valor assim para quando ele a chamava para encontrar-se com ele durante a noite, ou em períodos livres para ambos. embora passasse o restante de seu dia aguardando a hora em que teria a liberdade de estar com ele, por mais irritante que jimi soubesse ser quando desejava. exatamente como estava sendo naquele instante, enquanto os poucos centímetros que os separaram não eram o suficiente para impedi-la de revirar os olhos com suas palavras. “nossa, como você é previsível.” murmurou, as orbes castanhas se fixando novamente no semblante masculino. “pode dar o nome que quiser, se vai te fazer dormir de noite. até porque foi você quem chegou tão perto assim depois de me pedir pra vir te encontrar aqui.” deu de ombros, endireitando a postura e cruzando os braços em frente ao peito. não tão mais próxima assim dele, mas ainda o suficiente, considerando que dividiam um mesmo sofá no cômodo no qual frequentemente ficavam quando a sós. e elsie conhecia jimi o suficiente para não se deixar levar o mesmo que anteriormente poderia com suas palavras.
“tá achando que eu vou sair falando pros outros se você falar com todas as letras que tá louco pra me beijar? nem tenho pra quem contar.” bom, a conway possuía dois amigos próximos na banda, mas não era como se fosse compartilhar aquilo com eles. talvez com mallory, algum dia poderia, só não era o momento. e estava certa de que a amiga tinha somente fingido que não sabia dos dois nas ocasiões em que reclamou para ela do cara com quem saiu, assim como elizabeth agia como se não soubesse que era eric que visitava o quarto da harlot quando as duas dividiam um apartamento. também existia a esposa dele, contudo, nem elsie era louca o suficiente para estar a disposta a criar uma dor de cabeça daquelas em sua vida. e não estava afim de estragar o clima falando justo de alicia com o homem. “se me chamou aqui pra não fazer nada, é bom que esteja com uma ideia ótima de música que não vale a pena perder o tempo antes de trabalhar. é a única exceção que eu posso te abrir hoje, porque o david me avisou que iria estar na the central hoje e, se eu sair agora, vai dar tempo de achar ele ainda.” o integrante de outra banda em ascensão não era uma má companhia, e já achava melhor jogar essa carta na mesa antes que jimi começasse a enrolá-la. era óbvio que preferia estar com ele, mas também não queria se sentir feita de idiota. esticando uma mão até o rosto dele, tocou com suavidade a pele de seu maxilar com o indicador. o deslizou, então, até o queixo masculino, o erguendo levemente para os olhares se encontrarem. “o que você acha?”
#character: elsie conway.#partner: andy.#in character: answers.#⧽ ⠀ ⠀ ── ⠀ ⠀ we could be lovely if this could get ugly ⠀ ⠀ ﹕ ⠀ ⠀ elsie & jimi.#depois de sei lá quanto tempo dessa ask empacada aqui#é até surpreendente ela não ter sa��do ainda pior do que já tá
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.。.:*☆ 𝓣𝓱𝓸𝓾𝓰𝓱𝓽𝓼 𝓪𝓷𝓭 𝓮𝓶𝓸𝓽𝓲𝓸𝓷𝓼 𝓽𝓮𝓪𝓻 𝓶𝓮 𝓮𝓿𝓮𝓻𝔂 𝓼𝓮𝓬𝓸𝓷𝓭 ☆ POV
Lavar o cabelo era como uma terapia, a água quente do chuveiro relaxava todos os seus músculos, escorrendo por todo seu corpo como se lavasse sua alma e pensamentos. A noite fora longa e os pensamentos e sentimentos brigavam dentro de si. Doces memórias da noite anterior se misturavam ao horror da realidade, antes de tomar banho tinha tido um pesadelo terrível. Não temia mais apenas pela sua família, seus pesadelos ganharam agora novos rostos, Sirius, Dorcas, Lily e Harmony, mas haviam outros amigos a preocupando. Morgan, James, Remus, Yon e tantos outros... Ver seus amigos sendo torturados em seus pesadelos não era nada agradável. Fechou os olhos e balançou a cabeça respigando água por todo o boxe. Talvez não devesse recapitular todos os acontecimentos em sua mente, mas era exatamente isso que Marlene Mckinnon estava fazendo.
As primeiras lembranças eram doces, uma noite que prometia muita diversão. Dançara sensualmente com Dorcas, tinha até mesmo flertado por diversão com Declan, tudo parecia ir bem, inclusive seu objetivo da noite. O sorriso se alargou quando sua mente focou em Sirius Black. Típico dele se vestir como um Deus Grego, não que ele não fosse lindo e sexy, mas Marlene se divertia com seu ego, ele e Greegrass disputavam firme para ver quem era o mais convencido e talvez até mesmo James estivesse nesse meio. Ela não conseguiria dizer quem era mais. Descobrir o lado sensível e adorável do moreno estava acabando com pouco autocontrole que tinha de seus sentimentos. Lembrava-se de como o álcool ingerido a tornou um pouco mais ousada e apesar de sentir que flutuava, foi quando seus lábios se encontraram que a grifana teve certeza de sair do chão.
Puf, a lembrança do beijo se foi rapidamente, correria pelos corredores, um grito que jamais imaginou ouvir. Sua atenção se voltou para Dorcas e foi a visão do abalo da amiga que deu forças para Marlene superar o que estava acontecendo, sem se deixar abater pelo medo acolheu sua melhor amiga e cuidou dela com todo o carinho que ela merecia.
Acontecimentos como aquele eram capazes de quebrar o emocional de qualquer um, torcia para que Ted Tonks não se deixasse abater e continuasse o mesmo de sempre, mesmo sabendo que era difícil. Marlene já tinha passado por algo daquela magnitude de impacto, fosse a maldição lançada por Snape ou seus familiares desaparecidos durante o verão, ela não quebraria novamente. Sim, estava abalada, mas usaria a situação para estar com seus amigos, para se fortalecer, para ajudar quem precisasse. Marlene usaria sua experiência para ajudar os outros e dar o suporte necessário, ela já havia decidido lutar até o fim, não iria desistir agora ou se deixar abater.
A determinação lhe deu um choque de adrenalina, finalmente terminando seu banho e terminando de enxaguar o cabelo. Se secou com calma e sem pressa, pensava agora no interrogatório que ao qual seria submetida aquela noite. A situação era grave, será que seu pai estaria entre os aurores? Tinha pensado em enviar uma carta para ele naquela manhã, mas foi surpreendia com uma carta de seu irmão para que agisse de forma discreta. Infelizmente ele não poderia lhe passar mais informações, mas pedia para que ela tomasse cuidado e ficasse em alerta. Só isso era o suficiente para que Marlene tivesse noção da gravidade da situação, a ponto de se questionar se havia acontecido mais alguma coisa que ela não sabia, o que era óbvio que sim.
Suspirou e começou a se vestir, pelo menos estaria limpa e preparada para o interrogatório.
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Capítulo 4
Thunderstruck
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“Ninguém pode decidir se alguém está bem, forte ou inteiro. As pessoas têm que decidir por conta própria e você tem que deixá-las.".
Amanda Waller
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ARGUS
Martin torcia para a união de grupos, ARGUS se aliando com a Liga e com o governo, era o passo que ele considerava que faltava para a melhorar da segurança mundial.
Para Martin não existiu dificuldades em trazer Superman e Mulher-Maravilha para aquela sala, conhecia o ponto fraco dos heróis, porém não usaria aquilo contra eles, não era o jeito de iniciar uma aliança. Não quando ele desejava confiança.
— Imagino que querem saber o motivo de oferecer minha ajuda. — Martin iniciou. — Não confiam em mim…
— Não confiamos no que ARGUS representa, Senhor Waller. — Mulher-Maravilha corrigiu.
O Agente abriu um largo sorriso para a mulher, sabia que seria difícil convencê-los.
— Conhecem a história de minha família, os motivos que fizeram minha mãe chegar nessa posição, que hoje eu ocupo. Embora minha mãe tivesse boas intenções o mundo não melhorou. Criminosos ainda andam por essas cidades, matando sonhos. Ninguém aqui vai assumir, mas eu vou. Liga da Justiça não representa a justiça, vocês representam a esperança. Quando o mundo parece estar a beira do colapso… lá estão vocês lutando contra o inimigo, colocando suas vidas na linha. Só que um herói de vocês caiu, um dos mais importantes. Alguns de vocês já caíram antes, houve enterros. Só que dessa vez foi diferente, ele mostrou para o mundo J’onn J’onzz indefeso. Sou casado com um soldado, vocês já devem saber disso. — Um pequeno sorriso passou por seu rosto, mas logo se recompôs. — Quando ele parte para uma missão espero que volte bem, junto com seus companheiros. Já vi tantos soldados sendo executados e grupos terroristas divulgando online como se fosse algo para ser celebrado. O vídeo de J’onn despertou o mesmo sentimento dentro de mim, como sei que despertou em várias outras pessoas. Libra matou um pedaço da esperança. Por isso quero ajudar, queremos trazer justiça. Trazer esperança novamente para as pessoas. Mostrar para nossos inimigos e as pessoas do bem que podemos trabalhar juntos por uma causa maio.
— Não teremos Libra se tornando um membro do Esquadrão Suicida?
— Não vai ter. Podem até mandar para uma prisão de sua escolha. Só queremos impedir que ele seja um novo Prometheus.
O nome de Prometheus vinha acompanhado com os nomes de suas vítimas. Como também lembrava que não queriam deixar o passado se repetir, eles não podiam cometer os mesmos erros.
— Sei que precisa se reunir com todos da Liga e tomar uma decisão que a maioria concorde. Entendo, é assim que as coisas funcionam aqui. Só carrego o título de diretor e assino os papéis, mas no final a maioria tem que aprovar. — Martin levantou da cadeira, olhou para os heróis e depois para um quadro na parede em homenagem à Amanda Waller. — Mas ainda aprecio o fato de terem vindo, talvez isso já seja uma mudança para ambos os lados.
— Sempre respeitamos sua mãe. Tivemos opiniões diferentes em diversos assuntos ou em modo de agir, mas de certa forma o nosso objetivo sempre foi o mesmo. Vamos avaliar com cuidado.
Martin sorriu para Diana, as palavras o tinham atingindo de maneira positiva. Porém era o Superman pensativo que o pegava de guarda baixa, não sabia o que esperar.
— Agradeço pelo seu tempo. No entanto, tenho alguns negócios para tratar. — Olhou para o guarda perto da porta. — Foi um prazer.
Começou a andar, eram assuntos que sabia que nenhum membro da Liga da Justiça gostava de tratar, e gostariam muito menos se soubessem quais eram os assuntos que seriam tratados naquela sala. Se a Liga aceitasse o acordo existiria a possibilidade dele contar o grande segredo que envolvia o governo. Mas não era uma possibilidade naquele momento.
— Todos estão na sala?
— Sim.
— Então vamos começar antes que eles se matem. — Martin respirou fundo, arrumou sua gravata e entrou na sala. As pessoas ali não causavam boa impressão em ninguém, era previsível que as pessoas nas telas se sentissem incomodada. — Senhores, senhoras. É bom ter vocês aqui para essa reunião.
Homens e mulheres de vários governos, pessoas que estavam na televisão quando a situação se complicava, pessoas da política e de vários lugares do mundo. E junto deles criminosos notórios, O Esquadrão Suicida.
O esquadrão não era a formação original, todos os membros haviam sido escolhidos a dedo por Myrina, de acordo com ela cada um teria sua função na morte de Darkseid. No total se resumia em cinco membros.
Matthew Reid – Charada –, Owen Mercer – Capitão Bumerangue –, Rose Wilson – Devastadora –, Sebastian Faust e Michael Lane – Azrael –.
— Podemos começar. — Olhou para Myrina que assentiu.
A mulher tomou um passo adiante na câmera, se tornava mais fácil para todos do outro lado da tela enxergarem melhor.
— Passei anos planejando o plano certo para acabar com Darkseid, conhecendo seus prontos fracos. Existe uma profecia, a única que o assusta. Darkseid só pode ser morto por seu filho. Esse é o maior medo de Darkseid, seu ponto fraco e isso que temos que explorar.
— Então deseja proteger o filho de Darkseid? — Um dos homens do outro lado falou.
Myrina abriu um sorriso.
— Não. O filho de Darkseid já está condenado. O que posso é que o corpo seja entregue para mim.
Todos não escondiam a dúvida em seu rosto, tentavam entender a lógica naquele plano. Menos Matthew que parecia acompanhar cada palavra de Myrina, um largo sorriso nasceu em seu rosto.
— Isso pode funcionar. Mas qual é nossa função aqui? Você tem o governo, soldados, não precisa da escória.
— Vocês vão saber, no momento certo.
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Old Five Points
O clima era pesado, de um canto era possível escutar alguma banda de Heavy Metal preenchendo o ar, porém ninguém se incomodava com o barulho. Significava que tudo estava em ordem e que John não estava presente.
— Onde está Joker? — A voz era fria, distante. Paige apenas revirou o olho.
— Ele prefere ser chamado de John. — Comentou se virando para o morcego. — Está em Central City… ainda. John sempre fica uns dias mais que o planejado.
Paige não tinha interesse de contar os verdadeiros motivos que faziam John ficar mais em Central City, talvez Batman já soubesse, ou talvez não tivesse noção de todos os segredos que John mantinha. Por isso naquele momento, qualquer coisa que envolvesse Dea estava longe de ser assunto daquela conversa.
— Mas disse que poderia vir me procurar...
— O que aconteceu?
— Vários vilões estavam lá, peixe grande. Luthor, Talia, Savage… — Paige sentou na cadeira, começava a tirar a maquiagem do rosto. Odiava se tornar Harley Quinn, nunca seria igual Harleen Quinzel, nunca iria se acostumar com aquelas coisas. — Libra ofereceu a oportunidade de governar o mundo. Ninguém aceitou a oferta dele, no momento. Libra vai continuar com plano e tentar provar seu valor para eles.
— John respondeu o que?
— Recusou o convite. — Ela percebeu a expressão de Batman se alterar um pouco. — John sempre recusa, se ele respondesse que sim atrairia uma atenção que você não quer. Ele não gosta de se associar com vilões.
— Ele recusa, mas monta uma equipe de assassinos psicopatas.
— Eu não sou uma assassina psicopata.
— Não. Você é Paige Bevis, policial infiltrada. John sabe disso?
Claro que Batman saberia disso, seus arquivos poderiam ter sido apagados do banco de dados da polícia de Gotham City, mas sempre imaginava que o Batman ou a Liga da Justiça deveria ter seus próprios arquivos.
— Ele sabe. Vai se surpreender com as coisas que ele sabe.
Tinha certeza que Batman não sabia sobre o Diário de Prometheus.
— Então é verdade que se apaixonou pelo Coringa?
Paige só queria sua cama, deitada e ter uma boa noite de sono, longe daquela música que Duela sempre colocava. Voltou a se focar na retirada de maquiagem.
— Eu não me apaixonei pelo Coringa. Você já teve sua resposta. Não precisamos falar sobre minha vida pessoal. Eles me colocaram aqui, me disseram para fazer o que fosse necessário. Só estou fazendo meu trabalho. É só isso?
Fechou os olhos, começava sentir uma pontada em sua cabeça, porém reprimiu o pensamento de tomar algum remédio. Esses, pequenos, detalhes faziam ela se lembrar quem realmente era.
Não sentia a presença do morcego, junto com a brisa fria da janela. O que considerava um alívio.
No entanto, percebeu que não tinha mais música, Duela devia ter desligado e ela nunca fazia isso sem um bom motivo.
— Sem problemas, por favor.
Levantou com esforço, mas não antes de pegar a arma na gaveta. O Pacto tinha feito inimigos consideráveis, nunca se sabia quando um deles bateria na porta.
Ouviu uma conversa quando abriu a porta, desceu as escadas como se estivesse tranquila.
O rapaz parado no meio tinha o cabelo loiro e usava óculos, tentava olhar para todos como se estivesse procurando sua salvação. Para Paige isso significava que tinha ido para o lugar errado, esse lugar estava longe da salvação, ele apenas servia para corromper a alma.
— Quem é você?
— Michael… Gordon. Michael Gordon!
Ela entendeu a hesitação de todos. Gordon se tornou uma lenda no GCPD, o grande herói de Gotham e o aliado de Batman.
Porém o garoto era novo demais para ser filho de James Gordon. Ele poderia ser filho de Barbara Gordon, mas a cor de cabelo eliminava aquela possibilidade.
Sobrava apenas um nome, filho de James Gordon Junior. Diferente do pai, ele era um psicopata e havia deixado uma trilha de corpos por Gotham. Como também poderia ter deixado uma trilha de filhos por todo lugar.
— Por quê? — Ela perguntou. Se aproximava de Duela, a garota parecia curiosas e não preocupada com o que ele poderia fazer. Diferente dos outros que só queriam um motivo para matar o jovem.
— O quê?
— Por que veio aqui? Não é lugar para garotinhos.
— Eu… eu… eles falam que vocês são um clube de… renegados… achei que poderia fazer parte.
Marian aproximou do garoto, Paige percebeu a navalha em sua mão. Ela levantou delicadamente a navalha e deixou o metal frio percorrer com cuidado sobre o pescoço de Michael.
— Então acha que é assim? Você vem em nossa casa e acha que já pode fazer parte? Nop, garoto. Existe uma votação, somos da velha escola. Além que você é um Gordon. Não gosto dos Gordon’s.
— Meu pai era…
— Um policial? — Norman perguntou em ironia, porém deixou seu sotaque francês aparecer mais que o usual, sempre fazia isso quando tinha um interesse maior.
— Um assassino. — Paige completou. — filho de James Gordon Jr.
Ele assentiu, o que pareceu suficiente para Marian se afastar, mas não antes de lançar um olhar para Paige.
— Tem um lugar para ficar essa noite? — Ele negou. — Tudo bem. Tem um sofá ali, pode dormir. Amanhã ele deve voltar e podemos tomar uma melhor decisão sobre você.
— Vai deixar essa aberração dormir aqui? — Joe perguntou, ela sabia que ele só queria provocar o rapaz. — E se ele tiver pulgas?
— Ele deve ter menos pulgas que você. — Suspirou, olhou para Duela. — Tenho que sair. Fica de olho para ninguém matar o garoto, por favor.
Duela concordou, olhou para os outros.
Paige não devia satisfação para ninguém ali e nunca iria.
— Se cuida. — Duela sussurrou. — As ruas parecem seguras demais ultimamente.
— Isso é algo ruim?
— Talvez.
Sentia o olhar de Joe e Marian sobre ela, seus dois inimigos naquele lugar e ambos por motivos, muito, diferentes.
♦
Metrópolis
— Tem certeza que está pronta para continuar com isso? — Sookie perguntou, não escondia a preocupação em seu tom de voz. Se preocupava com Antíope e o peso que ela poderia carregar devido toda aquela situação.
— Estou bem, Sookie. Claro que ainda estou de luto pelo J’onn, só que não tenho tempo para o luto. — Olhou para o homem do outro lado da rua tomando um café. — Não quando caras como ele continuarem existindo.
O homem era um dos chefes de pesquisa da CADMUS, levaram meses até chegar nele. Só esperava que ele revelasse os novos planos da CADMUS e que a Liga fosse capaz de ajudar as pessoas.
— Então vamos ficar aqui vigiando um cara… tedioso e esperando que em algum momento ele faça algo realmente interessante e útil. — Antíope comentou levando o copo do seu suco até a boca.
— Vocês sempre falam que ficar de tocaia é entediante.
— É que esses caras são ruins, fazem coisas ruins. Mas durante o dia eles são…
— Normais? — Antíope assentiu. — Não é esse o ponto? Eles tem que ser normais, se esconder no meio das pessoas comuns e continuar com suas atrocidades. É quase o mesmo que vocês, heróis. Ter uma vida normal para não levantar suspeitas.
— Hm, então se alguém tiver me vigiando nesse momento pensará pensando como minha vida é entediante? Só que em minha defesa eu não fico sentada tomando café sem fazer nada. Estaria escrevendo minha próxima matéria ou conversando com alguém.
— Entendeu meu ponto, Antíope.
— Entendi. Qualquer pessoa com um segredo tem altas chances de ter uma rotina normal. Só que a dele passa de entediante. Na festa da Kat e Martha eu conheci uma Trevor.
— Descendente de Steve Trevor? — Antíope assentiu. — Como foi?
— Legal. Tracy é legal, vive aqui em Metrópolis, é advogada. Conversamos sobre se encontrar algum dia ou até mesmo no casamento da Kat e Martha.
Sookie viu um pequeno sorriso nascer no rosto de Antíope, junto com um brilho no olhar. Um brilho que tinha sumido de seu olhar.
— É bom saber que não vai ficar presa no passado.
A garota abriu um sorriso, sabia do que Sookie estava falando. Ela não havia pensando em iniciar um relacionamento com Tracy, para isso precisava saber muito mais sobre a Trevor.
— O que aconteceu entre mim e Deborah aconteceu. A traição machucou? Muito. Só que não posso esperar que cada pessoa seja igual ela. Ela está lá vivendo sua vida e eu não posso ficar aqui cheia de mágoa. — Olhou para uma mulher se aproximando de seu alvo. — É como a gente diz: nós caímos para aprendermos a levantar. E que se foda Deborah!
Começou a se focar na conversa do casal, poderia surgir algo útil. Só que o assunto principal parecia sua vida pessoal e o divórcio, coisas que Antíope não estava interessada em escutar. E fazia aquilo tudo parecer uma perda de tempo.
— Você já teve a impressão que os caras maus estão calmos demais? — Antíope começou. — Como se eles estivessem com medo de algo.
— Ou de vocês. — Sookie respondeu, percebeu a expressão confusa de Antíope e decidiu continuar. — Alguns desses caras maus já eram nascidos quando Prometheus atacou a Liga. Então eles devem ser lembrar do sentimento que aquilo causou. E talvez o principal, ninguém quer acabar igual ao Coringa.
Ela sabia que alguns deles poderiam ficar mais violentos ao buscar respostas, só que não imaginava alguém se tornando igual Magog.
— Magog sempre foi violento, meu pai sempre falou isso. Não somos igual a ele.
— Não falei que são. Só que caras como eles não te conhecem, e a única coisa que eles muitas vezes têm são o que os outros criminosos falam e sabemos que eles gostam de aumentar as histórias.
Antíope voltou sua atenção para o suco, realmente esperava que não repetisse os passos de Magog.
♦
Mansão de Lex Luthor
Lena e Lex Jr. estavam sentados lado a lado na mesa, enquanto Lex Luthor e Andora estavam em cada ponta. Era notável como o jovem rapaz ficava nervoso na presença do pai, todos esperavam que ele seguisse os negócios da família, mas em cada ano que passava ficava claro que Lana era a opção mais confiável do Luthor mais velho.
— Como foi o encontro? — Andora perguntou, sabia que era aquilo que todos queriam perguntar.
— Interessante. Mas esconde muitas coisas, o suficiente para não me aliar com ele.
— Então vai colocar seu plano em prática? — Lena perguntou, olhou para a porta para ter certeza que ele não estava perto.
Luthor entendeu a pergunta.
— Ainda não. Não sei qual é realmente o plano de Libra, trazê-lo cedo demais pode ser um erro agora. E esperei muito tempo para cometer erros bobos.
A garota assentiu. Não fazia ideia de quando seu pai colocaria o plano BB em ação, nem mesmo Luthor sabia quando utilizaria.
Existiam várias variáveis, por isso utilizar sua arma no momento certo se tornava essencial.
O rapaz entrou na sala de jantar, tomou seu lugar sentado de frente para Lena e Lex. Olhou para o Luthor mais velho e continuou com um sorriso.
— Espero não ter atrasado o jantar de vocês. — Comentou como se fosse um pedido de desculpas. — Estava cuidando de alguns assuntos da Lex Corp.
— Tudo bem, William, — Andora respondeu, encontrou o olho castanho do rapaz.
William Batson, também conhecido como Shazam.
Eu fui pego
No meio de uma ferrovia
Olhei ao redor
E sabia que não havia volta
Minha mente acelerou
E pensei no que poderia fazer
E sabia
Que não tinha ajuda, nenhuma ajuda vinda de ti
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The Monkees (1967-1969)
“Hey, hey, somos os Monkees E o povo diz que a gente fica de macaquice, Mas estamos ocupados demais cantando pra fazer mal a alguém”.
Tema de abertura da série The Monkees.
Dando sequência ao setembro dançante, chegou a vez de falarmos sobre um live-action. Chegou a vez de The Monkees. Ontem, a série completou 55 anos de sua primeira exibição, no dia 12/09/1966. E é ai que te perguntamos: Lembra disso? Dependendo da sua idade, você não vai ligar o nome à pessoa, mas cresceu ouvindo “IAM a Believer”, uma música deles na trilha sonora de Shrek. A banda era composta por: Micky Dolenz, Davy Jones, Michael Nesmith e Peter Tork. E bem… eles eram atores interpretando uma banda.
A idéia é anterior a A Hard Day´s Night, mas o filme dos Beatles acabou sendo uma grande referência importante.
Bob Rafelson e Bert Schneider formaram a Raybert Productions pra entrar de sola em Hollywood. A ideia deles era produzir uma comédia moderna e dinâmica recheada de cortes “frenéticos” que quebra a quarta parede de tempos em tempos. Quando os Beatles fizeram A Hard Day´s Night, os dois tiveram um estalo e transliteraram para a compreensão americana o conceito de uma banda de Rock jovem vivendo aventuras completamente non sense e a introdução de clipes no meio dos episódios. https://www.youtube.com/watch?v=1tu1hlNyX-Q&ab_channel=DaHawk A dupla conseguiu que a Scren Gems, uma subsidiária da Columbia Pictures desse sinal verde para que a série fosse produzida.
Após 450 testes, eles encontraram os quatro atores que procuravam.
O interessante é que cada ator da paródia era e não era ao mesmo tempo o espelho de algum dos garotos de Liverpool. Dolenz tinha as atitudes mandonas sem noção de John Lennon, Nesmith tinha a seriedade estranha de George Harrison, Tork era meio tapado como a caracterização de Ringo Star, e Jones era o bonitinho, papel que cabia a Paul McCartney. Curiosamente, essa era a personalidade real de praticamente todos, a única diferença seria Tork, que na vida real, era um intelectual caladão. Com esses quatro estereótipos na mão, coube a James Frawley, um diretor novato na época, ensinar técnicas de improviso e stand-up comedy para os quatro atores. O episódio piloto foi gravado com todas as restrições financeiras possíveis. Os atores usaram suas próprias roupas. A coisa meio que assustou o público, que deu pra trás e o piloto precisou ser reeditado para se tornar mais agradável. Acabaram inserindo os testes dos atores e outros elementos e transformaram o piloto no décimo episódio da primeira temporada da série, que durou de 1966-1968. Como no piloto Micky Dolenz foi creditado como Micky Braddock, o nome foi mantido nos créditos do décimo episódio.
Uma banda de verdade:
Para reforçar a fama do seriado, a banda ganhou discos. O primeiro foi The Monkees (1966), que além do tema da série, continha a famosa Last Train to Clarksville. Já a icônica I’M a Believer, surge no álbum seguinte: More of The Monkees, de 1967. Os Monkees davam o seu primeiro concerto ao vivo apenas três meses após a estreia da série. A teoria oficial é que The Monkees foi uma banda produzida para uma série de TV que parodiava os Beatles. E, se por algum tempo, eles realmente foram uma fraude, obrigados a dublar as músicas e os instrumentos que supostamente tocavam, até o dia que se rebelaram. No segundo álbum, eles começaram a colocar as próprias vozes e a partir do terceiro, a tocar os instrumentos, uma vez que o fato dos chefes terem decidido que eles não deveriam fazer algo além de interpretar, não necessariamente significava que eles não tivessem essas habilidades. A série foi um sucesso estrondoso, mas... O interesse do público pela série foi rapidamente desaparecendo e após enfrentar o popular western Gunsmoke (que era exibido no mesmo horário) Os Monkees só durou duas temporadas, encerrando-se em 1968, no mesmo ano em que foi lançado no cinema o primeiro longa-metragem dos rapazes. Os Monkees foram redescobertos nos anos 80, quando a MTV passou a exibir seus vídeos. Em 1987, a Nickelodeon começou a exibir a série, que se tornou o show mais popular do canal. Então, também em 1987, a Warner Brothers tentou uma nova série para TV chamada The New Monkees. Mas essa tentativa não deu em nada.
E como dizem por aí… o resto é história.
A série foi cancelada em fevereiro de 1968, mas após isso, ainda tivemos 1969, o filme 33⅓ Revolutions Per Monkee e Head, cujo roteiro foi de Jack Nicholson e os nove discos com músicas inéditas da banda, que ainda retornou por um tempo após 17 anos de hiato. A banda sempre esteve ao lado de músicos famosos, o que reforçou sua fama. Uma das turnês da banda foi aberta por um tal de Jimi Hendrix, que foi convidado porque a banda acreditava que o músico lhes traria alguma credibilidade. The Monkees passou por alguns recessos, mas atualmente, a dupla sobrevivente ainda toca juntos. Agora, em 2021, Nesmith e Dolenz estão fazendo a turnê de despedida.
O show deve continuar:
Sim, assim como aconteceu com os Beatles, dois Monkees já fizeram a passagem. São eles: Davy Jones (1945-2012) e Peter Tork (1942-2019). É interessante pensar no quanto essa banda foi importante para o mundo musical nas décadas seguintes. Além dos clipes que são parte do DNA da série, também tinha o Monkeemobile, a máquina quente que levava os músicos para todos os lugares. Não sei se você já viu essa série, mas ela é atemporal. É muito engraçada. Tem aquele esquema solto de episódio bobo do dia que funciona bem demais com o humor camp que estava na moda. Uma diferença perceptível era que enquanto os Beatles ainda eram retratados na fase Mod, os Monkees pegaram carona no segundo visual dos Rapazes de Liverpool e cada membro da banda se vestia conforme a personalidade de seu personagem, o que facilitava demais a identificação. Como o visual não era engessado, eles podiam criar gags visuais e até se autoparodiar e a série só ganhou com isso. E tinha essa coisa de exalar juventude por todos os poros. Os personagens se permitiam ser idiotas, geniais e iam na contramão do que se esperava dos astros que viriam a se tornar.
Começo de carreira, né?
No Brasil:
A série estreou no Brasil pela TV Excelsior em junho de 1967 com o lançamento da nova programação da emissora. Ficou no ar até 1968, quando a série foi finalizada nos Estados Unidos. Em 1969 figurou nas tardes da TV Tupi e voltou à televisão brasileira já 1970 pela Rede Globo, sendo exibida às 14h. Na emissora de Roberto Marinho ficou no ar por 5 anos, chegando a fazer parte da programação do Globo Cor Especial. Em 1977 foi a vez da TV Bandeirantes exibir o seriado até 1979. Já em 1980 a TV Gazeta colocou os Monkees na sua programação noturna. A última exibição da série no Brasil foi pelo canal 21 em 2005. Read the full article
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Dedico ao Charlie, só pra não te perturbar mais.
Eu tento a vida normal.
Ou eu morro de fome.
Sempre escolho morrer de fome.
Mas é morrer de fome no sentido empírico de não tentar ser nada daquilo que no fundo eu sou.
Meio que me escoro numa luz que não é exatamente a minha, sabe? Especialmente para mostrar as piores partes de mim. Isso se torna um vício. Um gosto por foder as coisas.
O sucesso parece vir sempre do fracasso em tentar amar as pessoas que não estão nem aí pra quantidade de importância que finalmente consigo dar a elas.
É difícil, é muito difícil.
É tipo subitamente começar a se orgulhar das derrotas.
Daí começo a escrever sobre elas, em todos os formatos e narrativas, como um pedido de "pare, não faça mais isso comigo".
Os fatores mais decisivos da vida tem de estar num bloco de notas de alguém como eu, afinal. Qualquer coisa escrita.
Imagino que eu esteja escrevendo um livro. Um livro que representa todas as minha ramificações, escolhas, amores, tragédias, partos, infartos, pequenas síncopes e grandes marcos.
Esse livro pode ser chamado de: a porra da minha vida,
mas ainda é muito amplo e já não tenho tempo suficiente para dizer se ele será bom para você ler...
Eu só posso torcer.
É loucura e profundidade demais pra eu ser mapeada enquanto você analisa os melhores capítulos somente folheando com o polegar. Sem parar pra ler nada direito.
Deixa eu sinopsciar então:
A gente pode chamar esse livro também de: os 5 anos.
Os cinco anos que você vive ciclicamente por alguma coisa, podem ser considerados climaxes divisores.
Vamos imaginar que a cada cinco anos você coloca um objetivo à sua frente.
É o tempo que você tem para se estabilizar. O tempo de não morrer na escola em que você estuda.
O tempo para encontrar uma carreira. De uma faculdade....
O tempo ideal para se apaixonar e também pra ter seu coração partido em dezoito mil pedaços.
O tempo de escrever e publicar algo e isso ser lido, o tempo de ler mais livros... Tempo pra escrever uma nota de dedicatória.
Veja bem. Foque nessa parte.
Você termina uma parte da sua vida e engata na outra, é normal.
Alguns dizem que cada capítulo é um capítulo individual, mas eu cito James Joyce, que ensinou a todos que nossas vidas podem ser épicas mesmo sendo banais e cheias de reticências, mesmo se acompanharmos 24 horas a nossa própria inércia por todo canto.
Então aqui, estou estendendo para 5 anos. Não dá pra ser mesquinha também né.
Tô tentando explicar que esses cinco anos definem o que você fez. Eles são a balança. A balança onde você cuidadosamente pondera o que você fez com a sua alma na essência dela, e como ela foi reagindo...
É aí que a coceira começa e só para quando arranca fora a pele.
Eu sei, eu sei que ninguém vive sozinho, blá-blá-blá...
Que o meu trabalho é graças ao meu patrão. Que o meu amor só existe se ele for direcionado ou retribuído (quiçá os dois).
Que não morrer na escola depende de eu não levar um tiro. E aí, qual seria minha dedicatória no bloco de notas desses últimos cinco anos?
A quem eu dedicaria, por exemplo, tudo que eu faço de arte?
Isso é um mártire! Às vezes me ocorre como um choque. Às vezes consigo até ouvir uma voz concreta me questionando a cada final de capítulo que a ninguém dedico...
E por mais que eu dependa de algumas pessoas nos conectivos reais e normais de uma vida humana, eu talvez dedique alguns momentos que foram indispensáveis e mágicos pra mim, obviamente nunca sozinha.
Frases de efeitos também, obviamente por causa de alguém.
Talvez eu dedique todas as minhas verdades e fraquezas também, se eu me sentir segura.
Bem, entenda: é porque quase nenhuma pessoa merece uma dedicatória. Um texto, dois ou três, até vai. Mas uma dedicatória?
É muito! Tem que ser foda pra caralho.
Pra escrever uma dedicatória é preciso levar a parte mais leve e linda de tudo, em consideração.
É um dom! É como fazer alguém brilhar através do que se escreve sobre ela, igual quando se põe fogo numa folha com o reflexo de uma lupa no sol.
Podemos argumentar que talvez eu faça uma dessas, um dia...
Ou já até tenha feito sem saber.
E isso seria um grandioso mérito pra você.
Tem uma frase numa redação minha, que é a frase do primeiro livro que li do Bukowski, que me ensinou sobre essa merda de dedicatória.
Ele tinha sacado qual era o objetivo de tudo. Acho que bem velho já, mas ele descobriu.
Aquela frase é de um romance que é autobiográfico. Tem noção?
Ele diz que o merecedor da dedicatória acaba vindo.
Sim, ele vem. Chega apresentado como um trabalho da escola, um filme no cinema, uma onda de lança perfume, ou no ônibus de volta pra casa... Ele aparece!
Charlie diz que nossa vida nada mais é que um show de interpretações teatrais verdadeiras, com protagonistas e antagonistas que ficam e que vão embora, e são eles que nos fazem narradores de nossos livros.
São eles os motivos de nossas possíveis raras dedicatórias.
Charlie Bukowski já tinha entendido e por mais que digam que ele era um bêbado, ainda bem que ele existiu.
"de manhã ainda era manhã e eu ainda estava vivo. talvez eu escreva um romance, refleti. então o escrevi.”
Então, eu escrevi.
Se um dia você receber uma dedicatória de alguém, vai ser essa minha
pra você.
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Capítulo 3 - Capitão América: Nunca diga nunca. #1
Nova Iorque. - 1942
Aurora entrou no cinema, seguida de sua adorável companhia. Mesmo que Kalie não fosse muito de falar, ainda era uma ótima companhia para a mais velha que não lhe impedia de ir a lugar algum com ela, estando as duas mulheres sempre unidas.
Se sentaram em duas poltronas logo atrás de uma fileira de pessoas, com uma vista para dois rapazes que também haviam acabado de se sentar. Um era baixinho, mais baixo até que Aurora, mas poucos centímetros, loiro e de olhos azuis. Não que ela tivesse tido a oportunidade de ver a cor dos olhos dele, mas ela sabia bem quem ele era e no que iria se tornar um dia. Ao lado dele estava um moreno alto, estava usando farda de militar do exército e se encontrava completamente distraído olhando para uma garota ah duas fileiras a frente da sua.
- Quem estamos procurando agora? - Kalie sussurrou para Aurora, olhando envolta como se procurasse algo que realmente valesse a pena ali.
- Nós já encontramos. - Aurora respondeu no mesmo tom de voz, esboçando um largo sorriso de alegria. - Está vendo o loiro logo a nossa frente? - A morena olhou na mesma direção que a mais velha e assentiu. - Ele vai se tornar um dos heróis mais conhecidos do mundo, um super soldado.
- Mas ele é tão pequeno e fraco.
- Mas em poucos dias vai se tornar muito grande. Literalmente.
Kalie olhou para Aurora que tinha acabado de encher a boca com pipoca, se não a conhecesse poderia adivinhar que ela estava falando no sentido sexual. Não que já tivesse visto ela flertar com alguém, pelo contrário. Os homens eram quem flertavam com ela, caiam aos seus pés como mágica. Era impossível resistir a beleza e o fogo da Fênix, até mesmo Kalie já havia se pegado com certa inveja de sua tutora, queria ser tão bonita e chamar tanta atenção quanto ela, mas já havia superado essa fase. Tinha apenas de agradecer a Aurora as oportunidades que ela lhe dera.
- Você pode ficar com o moreno se quiser. - Aurora sussurrou um pouco antes das telas do cinema se iluminarem.
- É um pouco difícil sair com homens, quando eu estou congelada no tempo com 16 anos.
- Eu sei que você consegue se virar.
Kalie apenas sorriu e balançou a cabeça concordando, pegou um pouco de pipoca e levou a boca no mesmo momento em que começava a passar propagandas sobre alistamento no exército e como estava sendo a guerra contra os nazistas.
Houve um comentário explícito e mal humorado de um dos telespectadores que não estavam gostando nem um pouco da propaganda que passava, ele queria apenas ver o filme e estava irritando a todos os outros que queriam apenas prestar atenção.
- Será que você pode ter um pouco de respeito? - O loiro baixinho se levantou, mesmo que ele estivesse falando sério, ninguém lhe daria bola.
O homem que gritava no cinema se levantou e olhou para o loiro com certo divertimento e desafio. Kalie se virou para observa-lo, ele era muito grande e musculoso. Mataria o loiro se eles se metessem em uma briga, mas foi isso o que aconteceu. O loiro saiu de seu lugar e seguiu para a saída do cinema, com o brutamontes logo atrás dele.
A morena temeu pelo mais baixo, não conseguia acreditar que Aurora havia dito que ele se tornaria um grande Capitão. Por acaso ele iria dizer uma frase de impacto antes de sua morte e seria recordado por anos?
Estava prestes a chamar Aurora para que fossem atrás deles para impedir uma possível morte, mas a loira não estava mais ali. Kalie olhou para todos os lados procurando pela mulher, mas não havia vestígio dela em lugar algum do cinema. - A morena se levantou de seu lugar no momento em que o filme havia começado, atraindo a atenção de todos para a enorme tela. Passou rapidamente na frente de três cadeiras e alcançou o corredor, estava um pouco escuro a não ser pela claridade das imagens que passavam na tela, o que fez com que Kalie apenas sentisse seu corpo bater contra algo.
Ela resmungou baixo e ergueu a cabeça para descobrir quem era o intrometido em seu caminho. Mas ela não pode ver muita coisa a não ser o chapéu do uniforme do exército. Com certeza deveria ser o amigo do loiro suicida que havia acabado de sair.
- Desculpe.
Foi a única coisa que ela pode ouvir, aquela voz suave por um instante quase a fez perder um pouco seu foco. Mas que logo a trouxe de volta, quando o soldado passou por ela e seguiu em direção às portas dos fundos do cinema. Kalie correu na mesma direção, e quase caiu por sobre o soldado, no instante em que ele abriu a porta e parou para ver a cena que ocorria ali. O soldado deu um passo a frente e Kalie alcançou o batente da porta, na mesma hora de ver Aurora levar um soco no rosto do homem que havia saído do cinema com o loiro. A mulher caiu no chão e Kalie se pôs a correr na direção dela. Era a primeira vez que via Aurora apanhar de alguém, geralmente ela só batia. E aquele homem não parecia ser tão ágil como ela.
- Por que não aprende a bater em pessoas do seu tamanho e em homens seu covarde?
Kalie ergueu a cabeça para ver no instante em que o soldado havia acabado de socar a cara do brutamontes e o feito correr. - Do outro lado do beco estava o loiro caído no chão, tendo em mãos a tampa da lixeira como se tivesse usado para ser seu escudo protetor.
- Isso realmente dói. - Aurora passou o polegar sobre seu lábio que sangrava.
- Por que deixou ele te bater?
- Pra entrar no clima. - A loira sussurrou e então se levantou com a ajuda da morena.
O loiro se levantou com a ajuda do amigo dele e ambos olharam para as duas garotas paradas na frente deles.
- Apanhar sozinho já é vergonhoso, deixar que uma mulher apanhe por mim é muito pior. Já posso me considerar um nada? - O loiro lamentava enquanto se aproximava de Aurora. Tirou um lenço do bolso e estendeu para ela. - Me perdoe por isso, você não devia ter vindo atrás de mim.
- Eu só queria ajudar. - Aurora sorriu enquanto passava o lenço sobre seus lábios para limpar o sangue. - Eu vou sobreviver, não se preocupe. Aliás, me chamo Aurora. - Estendeu a mão para o loiro.
- Steve. - Ele esboçou um meio sorriso enquanto segurava a mão dela no cumprimento. - Essa é minha amiga Kalie. - Apontou para a morena ao seu lado.
- Eu sou James. - O soldado estendeu a mão para a morena e esboçou um largo sorriso. Só agora ela pode ver a intensidade de seus olhos azuis e sorriu com isso. Ele era muito mais bonito do que ela imaginava.
- Vocês vão a convenção do Howard Stark amanhã? Eu e Kalie estávamos procurando alguém que quisesse ir conosco. - Aurora olhou para Steve que pareceu ter ficado corado. Era difícil naquela época, aceitar uma mulher que tomava suas decisões sozinha. - Nós não aceitamos “não” como resposta. - Completou ao ver que ninguém havia se manifestado.
- Claro, você já tem suas companhias senhoritas. - James sorriu exclusivamente para Kalie.
- Ótimo, nos vemos amanhã, às sete em ponto em frente ao evento. Vamos Kalie. - A loira passou o braço pelo da morena e a puxou pelo beco. Se não tomasse e essa atitude, sabia que a garota não iria parar de babar no soldado em nenhum segundo. - Você podia ser pelo menos discreta. - A mesma riu.
Kalie ainda olhou para trás e encontrou os olhos do soldado sobre ela, sentiu suas bochechas corarem e se virou para frente, afim se ver o caminho pelo qual a mais velha a puxava. Realmente estava parecendo uma tonta apaixonada e havia acabado de conhecer o soldado, mas claro que era a primeira vez que ela se sentia nervosa com um homem. Sinal de que havia algo de especial nele e naqueles olhos azuis tão intensos.
- Você sabe dizer se eu vou me casar com ele? - Kalie acabou rindo com sua própria pergunta. Devia estar parecendo uma idiota, mas Aurora não a condenaria por tal atitude. Ainda mais que a morena já sabia sobre o grande amor dela.
As duas entraram em uma cafeteria na esquina da rua que dava acesso ao beco aonde estavam antes. Aurora se afastou de Kalie e seguiu até o balcão para pedir dois cafés e bolinhos de mel. A morena deu um longo suspiro e tratou de se sentar em uma das diversas mesas vazias ali na cafeteria. Odiava quando ficava sem respostas, nem sempre conseguia tirar tudo o que queria de Aurora, achava que elas deveriam compartilhar mais informações, a Fênix tinha a responsabilidade do mundo todo em seus ombros e isso não era legal para ninguém, mesmo que ela fosse uma criatura muito poderosa.
Mas olhando da visão periférica de Kalie, aquela garota que não parecia ter mais de vinte anos, olhos intensamente verdes e um sorriso maroto de uma simples menina que não precisava se preocupar com nada ao seu redor. Nem de longe poderia ser considerada a fênix que daqui há cem anos poderia destruir o mundo todo. Ela era uma assassina, uma entidade que estava tentando pagar por seus pecados e Kalie sabia que Aurora não tinha a mínima noção do que estava fazendo.
- Sabe que não sei nada sobre você, Kalie. - Aurora pousou uma bandeja com dois cafés e um prato com bolinhos de mel na frente da garota, antes de sentar na cadeira vazia do outro lado da mesa. - Você não estava nos meus planos, eu te encontrei por acaso.
- Mas você não acha que seria legal saber seu próprio futuro? Saber se realmente vai se casar, se vai ser feliz ou…. morrer.
- Não, isso não é nada legal. Agora coma e depois vamos voltar para a pensão. - Respondeu brandamente de forma mais seria enquanto bebia um pouco do café.
A morena resolveu se calar, tinha conseguido irritar sua amiga e aquilo era uma das coisas mais difíceis de se fazer. Pegou um dos bolinhos e comeu em silêncio, mantendo os olhos sobre a loira a sua frente.
*****
- Você não vai?
Kalie questionou assim que saiu do banheiro, estava usando um vestido azul que pendia até seus joelhos em uma saia de babados. Seus cabelos estavam presos na parte superior, com algumas mechas caindo sobre seus ombros. Um vermelho escarlate estampado em seus lábios o que dava mais destaque as iris azuis dela.
Aurora estava jogada em uma das camas de solteiro do quarto, usando uma camisola comprida que chegava aos seus tornozelos. Com a cabeça apoiada no travesseiro, ela tinha em mãos um livro de Shakespeare ao qual lia de forma meticulosa.
- Howard vai apresentar um carro do futuro, ele flutua. - Respondeu sem desviar os olhos do livro.
- Eu já sei que você sabe sobre o futuro. - Kalie deu um longo suspiro.
- Não, o Howard me mostrou na semana passada quando me convidou para o evento. - O sorriso nos lábios de Aurora parecia cheio de divertimento.
- Mas e quanto ao Steve? Você combinou de ir com ele.
- Steve vai me agradecer depois pelo fora que estou dando nele.
A morena pensou em argumentar, mas não tinha nada para dizer a Aurora. Apenas pegou sua bolsa sobre o criado mudo e saiu do quarto, se sentia mal por saber que Steve ficaria sem companhia, pelo que via, ele com certeza não tinha muita sorte com as mulheres. Queria ao menos saber o que aconteceria com ele para que se tornasse um super soldado como a Fênix havia dito, mas conhecendo sua amiga como a conhecia, teria de sentar e esperar acontecer.
A garota entrou no táxi que já a esperava em frente a pensão, pegou o batom e espelho em sua bolsa para retocar enquanto não chegava ao seu destino. Fazia pouco tempo que ela é Aurora haviam chegado em Nova Iorque, mas a loira sempre foi boa em fazer com que as duas se encaixassem perfeitamente em um ambiente, de forma a conseguirem tudo o que quisessem com quem desejassem.
Ao terminar de retocar seu batom, Kalie viu pelo reflexo de seu pequeno espelho, um símbolo nazista desenhado no teto do carro. Desviou seus olhos para o motorista e viu o mesmo símbolo em seu pescoço, acompanhado pelo desenho de um polvo. - Guardou o espelho na bolsa e respirou fundo enquanto se remexia no banco de certa forma incomodada com aquilo.
O carro dobrou em uma rua diferente ao trajeto do evento. - Aquilo com certeza poderia ser considerado um sequestro.
- Você é alemão? - A morena questionou com a melhor calma que poderia aparentar.
- Sim. - Foi a única coisa que o homem respondeu. O que a surpreendeu, não esperava por uma resposta.
- Deixa eu adivinhar. Você é da Hidra.
- A senhorita não parece surpresa com isso.
Kalie viu o sorriso dele pelo retrovisor e o olhar escuro dele sobre ela. Deixou sua bolsa ao lado sobre o banco e inclinou o corpo pra frente.
- Na verdade eu sempre quis conhecer vocês. - A garota sorriu e tocou de leve no ombro do motorista.
Ele arqueou uma sobrancelha com a atitude dela.
Kalie voltou seu corpo pra trás e contou até três mentalmente, observou o homem tremer no banco da frente, seus olhos escuros ficaram vermelhos como se estivessem em chamas. O carro foi parando aos poucos e a garota tratou de descer logo. Fechou a porta de trás e olhou pela janela do motorista.
- Manda lembranças ao diabo por mim. - Sussurrou antes de se afastar do carro e o corpo do homem começar a se incendiar.
A morena cambaleou alguns passos, até alcançar o muro de uma casa, onde se encostou e se permitiu respirar fundo. Seu coração estava quase saindo pela boca, a Hidra já deveria saber onde ela e Aurora estavam e deveriam estar atrás das duas, se tudo o que sua amiga tinha dito sobre essas pessoas era verdade. Elas estavam muito encrencadas.
Kalie queria correr de volta para a pensão e avisar a Aurora, mas sabia que sua amiga iria saber se defender. Isso se ela já não soubesse que a Hidra estava atrás delas. Mas era difícil adivinhar isso, até por que Aurora não parecia saber exatamente sobre tudo, sabia o básico baseado na vida dos outros e não na dela. - Olhou na direção da rua que a levaria de volta a pensão e depois para a rua que a levaria até o evento.
- Você sabe se cuidar Aurora. - Sussurrou para si mesma, enquanto voltava a andar, em direção ao evento do Stark.
Conseguiu chegar ao local uns dez minutos atrasada, mas James e Steve se encontravam em frente ao local esperando por ela, pelo menos James a esperava. Já Steve tinha acabado de deixar o sorriso morrer em seu rosto quando viu que a garota se encontrava sozinha. Kalie sentiu um imenso aperto em seu coração e raiva de Aurora por fazer ela passar por aquilo.
- Sinto muito Steve, a Aurora não estava se sentindo muito bem.
- Tudo bem. - O loiro comentou um pouco cabisbaixo, mas aquilo não parecia muita surpresa para ele. Kalie quase se ofereceu como companhia dele e abandonar o soldado.
- Não fique assim Steve. Pense pelo lado positivo, amanhã partirei para a guerra e você terá três mil mulheres só para você. - O amigo tentou conforta-lo.
- Me contentaria apenas com uma.
Kalie apenas se sentia pior ainda com o fato de Steve ter sido abandonado no que deveria ser um encontro de casais. Por fim, ela acabou passando seu braço pelo de James e o de Steve, para que fosse a acompanhante dos dois. Não se importava com o que as pessoas poderiam falar ao ver ela no meio de dois homens, ela apenas não deixaria que alguém se sentisse sozinho na presença dela.
- Acho que isso resolve tudo. Vamos assistir a apresentação do Stark, já vai começar.
James e Steve não disseram nada mediante a atitude da garota, apenas a acompanharam em direção ao palco aonde o Stark havia acabado de entrar. O mesmo seguiu até uma de suas dançarinas que segurava seu microfone e lhe deu um beijo, limpando o batom de seus lábios com um lenço logo ele seguida. Todos aplaudiram a atitude cafajeste do homem e se silenciaram para ouvirem sua apresentação sobre um possível carro do futuro que poderia flutuar.
Mas a invenção não pareceu ter funcionado como esperado, já que logo em seguida o carro despencou. O que não impediu que as pessoas aplaudissem o pequeno espetáculo.
Kalie afastou seus braços dos dois rapazes para que também pudesse aplaudir. Observou Howard descer do palco e seguir em direção a ela, o que fez com que a mesma se sentisse confusa. O que um gênio da física e mecânica estaria querendo com ela?
- Aonde está a Aurora? Ela disse que veria meu espetáculo. - O homem parecia de certa forma decepcionado.
Kalie respirou fundo e xingou sua amiga mentalmente. Achando que já era demais ela ter decepcionado Steve, também havia decepcionado um dos homens mais ricos de Nova Iorque.
- Ela não estava se sentindo bem.
- Eu sinto muito por isso, espero que ela melhore. Poderia dizer a ela que preciso vê-la? Ela sabe aonde me encontrar.
- Claro Sr. Stark, eu direi isso a ela. - A garota concordou com um breve sorriso no rosto. Odiava ter de mentir para as pessoas, ainda mais quando sabia que Aurora não iria se encontrar com ele de novo.
O homem apenas assentiu e se afastou rapidamente para dar atenção a um grupo de mulheres que acenavam de forma empolgada para ele.
Kalie se virou para dar atenção aos rapazes que a acompanhavam, mas não viu sinal algum de Steve ou James. Quando foi que eles haviam sumido? Será que tinham ido embora achando que ela fosse ficar na companhia do Stark?
A garota caminhou pela multidão de pessoas, não conseguia acreditar que tinha sido abandonada, ainda mais quando ela havia sido super gentil em também ser a companhia de Steve para que o mesmo não se sentisse sozinho. - Passou por entre a multidão e só parou quando pode observar o chapéu de militar que James usava, ele e Steve estavam conversando em frente a um letreiro que falava sobre inscrições para o exército. Steve estava tentando se alistar?
- O que eu mais gosto nele é a determinação e coragem que tem em correr atrás de seus objetivos.
Kalie quase gritou ao ouvir a voz feminina logo atrás dela falando próxima ao seu ouvido. Olhou para o lado e observou Aurora olhando na mesma direção que Kalie encarava antes. A loira estava vestida em um longo vestido vermelho cheio de brilho, os cabelos longos estavam presos em um pequeno Chanel de cachos. Se ela queria ser discreta, havia passado muito longe disso.
A garota queria perguntar o que ela estava fazendo ali, já que tinha deixado claro que não apareceria. Mas a questão não valia muito a pena ser pronunciada.
- Howard Stark está atrás de você. - Foi a única coisa que saiu dos lábios da morena.
- Eu sei, ele quer transar. Mas não estou afim no momento.
- Você sabe que o seu grande amor, deve ter uns nove anos agora, não sabe?
- Poderia não mencionar o Charles, por favor. - A loira fechou a cara por alguns instantes enquanto encarava sua amiga. - Melhor você cuidar do seu querido soldado. Vou ajudar o Steve com os sonhos dele.
- Espera. - Kalie agarrou o pulso de Aurora antes que ela se afastasse, atraindo a atenção da mulher para ela. - A Hidra já sabe sobre nós.
- Eu sei disso.
- Tentaram me sequestrar quando eu estava vindo para cá.
O semblante despreocupado de Aurora mudou completamente com aquela nova afirmação. Ela tinha um tom mais sério e olhar avaliativo sobre a garota na sua frente.
- Eles machucaram você?
- Não. Era apenas um soldado. Eu dei um jeito nele.
Aurora deu um breve suspiro e esboçou um curto sorriso como se estivesse mais aliviada.
- Peça para o James te acompanhar até a pensão, não fique sozinha. Vou resolver isso depois. - E por fim ela se afastou, seguindo em direção a Steve e James.
*****
James e Steve se encontravam destruídos com uma pequena discussão que o mais baixo havia começado, tudo pelo simples fato de que o loiro queria de todas as formas entrar para o exército e representar seu país, mas nas circunstâncias em que se encontravam, era praticamente impossível que um rapaz do Brooklyn com menos de 1,70, que tinha asma e estava abaixo do peso. Se alistar para entrar no exército e lutar contra os nazistas. Possivelmente ele seria morto antes mesmo que pudesse encontrar seu posto no campo de guerra.
Mas também não poderia se deixar passar o fato de que, mesmo parecendo um suicídio. Ainda era um dos maiores atos de coragem que a América poderia presenciar. E Aurora era uma dessas pessoas que se sentia orgulhosa do homem ao qual Steve viria a ser no futuro. E ela iria fazer com que tudo fosse concretizado o mais rápido possível, mas infelizmente não poderia mexer nos danos colaterais que viriam a seguir.
- Steve. - O som da voz da mulher, fez com que James e Steve parassem de falar e olhassem na direção da loira que se aproximava deles.
- Aurora? - Os olhos azuis de Steve estavam petrificados sobre ela, como se não esperasse vê-la nunca mais.
- Olha só quem apareceu. Agora você tem companhia amigo. - James deu um tapinha de leve sobre o ombro do amigo.
- Desculpe o atraso, sabem como mulher demora para se arrumar não é mesmo? - A loira sorriu enquanto se aproximava mais de Steve. - James não deveria deixar a Kalie sozinha, cuide bem dela soldado.
- Claro, eu já estou voltando para lá agora. - James ergueu brevemente seu cape enquanto se afastava. - Não vai fazer nenhuma besteira enquanto eu estiver fora Steve.
- E não vença a guerra antes de eu chegar lá. - Steve falou em um tom de voz mais alto para que seu amigo pudesse ouvir. Por fim, olhando novamente para Aurora para lhe dar mais atenção. - Você… Você quer dançar?
- Não. - A loira observou o mais baixo esboçar um semblante mais decepcionado, mas nada que ele não soubesse disfarçar. - Por que não vamos para a feira? Não era para lá que estava indo antes de eu chegar? Vamos Steve, sei que quer entrar pro exército.
- Você não acha que não sou capaz?
- Na verdade, eu estou apostando minhas fichas em você. Vamos. - Aurora passou seu braço pelo de Steve e o guiou pelo caminho que os levariam até a feira de alistamento.
Steve parecia de certa forma tenso, mas Aurora não sabia dizer se ele estava nervoso por ter de fazer mais um exame e rezar para passar, já que aquele não era o primeiro. Ou, se era por conta da presença dela. A mesma tentou não dizer muitas coisas enquanto eles chegavam até o local de exames, haviam diversas enfermeiras e médicos andando pelo local. Alguns homens também estavam ali para fazerem o exame e se inscreverem para o exército. Não era muito diferente de todos os outros lugares onde Steve estivera antes; a única diferença ali, era que havia uma mulher muito atraente ao seu lado que atraia os olhares de todos os homens para ela. Havia alguns que faziam caretas de desprezo, como se não entendesse o por que de uma mulher tão linda estar ao lado de um rapaz como Steve Rogers. Mas isso não parecia fazer nenhum efeito na mulher, que demonstrava empolgação apenas para o loiro.
- Eu vou te esperar aqui fora. Boa sorte Steve.
- O - Obrigado. - O loiro esboçou um fraco sorriso e entrou na sala para fazer os exames.
Aurora caminhou pelo pequeno corredor de um lado para o outro, também era difícil pra ela esconder o quanto estava empolgada com aquilo. Steve seria um grande homem, ela ainda conseguia se lembrar do fato de que já tinha o visto uma vez. E que grande homem ele seria.
Olhou para o outro lado do corredor e observou um homem mais velho de óculos e um sorriso gentil no rosto, se aproximando, acompanhado por um soldado. Abraham Erskine, o renomado cientista que havia conseguido fugir da Hidra depois de seus planos darem errado com um dos generais.
- Dr. Erskine, é um prazer finalmente conhecê -lo pessoalmente. - A loira se aproximou do homem e lhe estendeu a mão em um gesto amigável de cumprimento.
- Você deve ser a agente Aurora. - O homem a olhou de forma avaliativa. Observando em sua frente mais uma farsa que a mesma havia criado.
- Sim, senhor. Eu irei ajudar da supervisão do processo do soro de super soldado. O Steve está na sala fazendo exames.
- Ah claro. Poderia ir lá garantir minha entrada soldado? - Erskine olhou para o homem ao seu lado que assentiu e seguiu em direção a sala. - A senhorita realmente acha que ele é uma ótima opção? Não estou julgando ele, consegui sua ficha falsa de lugares diferentes aonde morou, ele realmente é persistente em querer se tornar um soldado.
- Acredite nas minhas palavras doutor, ele ainda será um grande herói para toda a América.
Erskine apenas assentiu com um breve suspiro, era muito fácil para Aurora manipular as pessoas. Mesmo já sabendo que o cientista estava de olho em Steve, ela não pode deixar de usar suas habilidades de persuasão para garantir de que ele não mudaria de idéia em relação ao rapaz.
Assim que o médico saiu da sala, Erskine entrou logo em arguida, Aurora se aproximou da cortina que separava a sala do resto do corredor e apenas esperou para que Steve saísse de lá. Também não pode deixar de prestar atenção em algumas partes da conversa, Erskine parecia realmente surpreso com a perseverança de Steve, o que lhe tornava um grande candidato para o experimento que o cientista havia criado. Um experimento que Aurora sabia que mudaria completamente a vida de Steve Rogers.
- Eu só vou lhe dar uma chance.
Foi as últimas palavras que ela ouviu do cientista. Antes das cortinas se mexerem e ele passar com Steve. O loiro encarou a mulher por breves segundos e depois voltou a dar total atenção ao cientista que lhe estendia uma pasta. O loiro a pegou e antes de abri-la observou Erskine lhe dar as costas e partir.
- Parabéns soldado.
Aurora sorriu para Steve, o loiro abriu a pasta e seus olhos azuis brilharam ao finalmente ver o carimbo positivo para sua ficha de inscrição militar.
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Paula Fernandes vai diminuir o ritmo de shows após a pandemia: ‘Sucesso não é agenda lotada’
Depois de Juntos (e Shallow Now), a cantora Paula Fernandes escreveu uma versão bem brasileira da música Jingle Bell Rock e, claro, bombou nas redes sociais. Em tom de brincadeira, a artista ressaltou na música que o Natal brasileiro é bem diferente do que é visto nos filmes americanos. “Aqui não tem neve, não tem urso e o Papai Noel pode usar regata e ser meio tatuado”, brincou a sertaneja. Em entrevista à Jovem Pan, Paula deu detalhes de como está planejando seu Natal junto com a família judia do seu namorado, o empresário Rony Cecconello. A cantora também falou que aprendeu muito durante a pandemia causada pela Covid-19 e que os meses fora dos palcos a fez perceber que precisa desacelerar: “Para mim, a palavra sucesso hoje não é uma agenda lotada, sucesso para mim é ter uma vida equilibrada”. Passando mais tempo confinada, a dona do hit Pássaro de Fogo afirmou que está se saindo uma ótima dona de casa e que seu relacionamento só se fortaleceu nesse período. “O casal que sobrevive à pandemia sobrevive a qualquer coisa”, enfatizou. A artista também explicou por que decidiu congelar os óvulos, falou da experiência de levar o Grammy 2020 na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja e revelou seus planos e parceiras para 2021.
Confira a entrevista completa com Paula Fernandes:
Paula, como foi dar um toque brasileiro em uma música tão clássica como Jingle Bell Rock? A música foi um pedido para uma campanha de Natal. Eu quis fazer algo que fosse a minha cara e remetesse à brincadeira do Juntos e Shallow Now. Fui incumbida de fazer a versão nacional da música e passamos pelo menos 20 horas gravando o clipe. É uma canção que fala sobre o nosso Natal, porque ele é tão legal, animado e divertido, mas a gente acaba festejando um Natal que não é da gente. Aqui não tem neve, não tem urso e o Papai Noel pode usar regata e ser meio tatuado. Ah, e sempre sobra uma comidinha para as visitas (risos).
Falando em Natal, como você costuma comemorar a data? Quais são os planos para este ano? Eu vou passar com a família. Não sei se a minha mãe vai conseguir vir, porque ela teria que pegar um avião, e tem toda essa questão da pandemia, então ainda estou vendo isso. Na verdade, vou passar com a família do meu namorado e, embora eles sejam judeus, a gente sempre faz um jantar. Acho que o importante é a união, é a gente estar junto, celebrar a vida e a saúde que a gente tem, já que está todo mundo bem, graças a Deus.
Esse ano foi muito atípico e a pandemia fez o mundo desacelerar. Como foi esse período para você longe dos palcos? Eu já vinha refletindo bastante sobre o tempo, porque acredito que o tempo é o nosso maior patrimônio. Eu não tenho nada do que reclamar, considerando tudo o que eu vivi até agora, porque foi um tempo de muitas conquistas, mas acabei ficando muito tempo na estrada, convivia pouco com a família. Tudo tem seus prós e contras, eu não me arrependo de absolutamente nada, mas acredito que a pandemia aguçou mais a minha vontade de equilibrar vida pessoal com profissional. Sei que os shows em breve vão aparecer, as coisas devem voltar ao normal, eu preciso e quero voltar a trabalhar, não só por mim, mas por uma equipe inteira que vive do meu trabalho, mas quero voltar com equilíbrio para ter mais qualidade de vida.
Você estava vivendo uma rotina muito puxada? Eu cheguei a fazer dois shows em um dia só. Fiz 220 apresentações em 2011. Isso é humanamente impossível, então, para mim, a palavra sucesso hoje não é uma agenda lotada. Sucesso, para mim, é ter uma vida equilibrada, com um show impecável para os meus fãs.
Qual a maior lição que você tira dessa pandemia? Foi difícil, é doloroso ver tanta gente doente. Eu rezo e peço para que passe logo e que a gente tire um ensinamento disso, que a gente possa evoluir como ser humano e identificar quais são nossas verdadeiras prioridades. Eu sentia que tudo estava muito em cima do material, do dinheiro, as pessoas não estavam convivendo com a família, estavam sem amigos, sem afeto, sem emoções. Foi bom aproveitar esse momento para refletir a vida.
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Você aproveitou esse período para compor músicas novas e pensar em novos projetos? Estou preparando música nova que eu devo lançar no início do ano que vem. Estou fazendo um dueto agora com a Naiara Azevedo e compus uma música com o Elias Inácio e o Bruno Martini. Está muito bacana essa parceria, é diferente de tudo o que eu já fiz, mas sem deixar de ser a minha cara. Tem muita coisa boa vindo por aí. Também aproveitei esse período para criar e para desenvolver novas habilidades também.
E qual habilidade você desenvolveu? Como estou muito em casa, estou virando uma ótima dona de casa. Tenho dois enteados e esse lado mais maternal está me fazendo muito bem também. Não tinha tempo para o básico, então estou fazendo essas coisas do dia a dia que antes eu não fazia. Hoje, tenho horário para dormir, horário para comer, sempre buscando melhorar minha qualidade de vida. Esse período tem me ensinado bastante.
Já que seu lado maternal está aflorado, deu vontade de ter um filho? Estou curtindo meus enteados e, por ora, ainda não me deu vontade de ser mãe, não. Eu congelei meus óvulos para me garantir e para que eu possa pensar com calma, mas estou feliz em ter só enteados (risos). Meu namorado tem a guarda compartilhada dos filhos, então a gente está tendo tempo de construir uma relação.
Como passaram mais tempo juntos, como foi esse período com o seu namorado? Olha, o casal que sobrevive à pandemia sobrevive a qualquer coisa. Tem um ano e sete meses que a gente se conhece e acho que está sendo, além de prazeroso, muito construtivo, porque estamos criando mais laços e, com isso, vamos nos tornando mais companheiros. Tem momentos difíceis, sim, mas eu não acredito em relacionamento de porta-retrato. Tem dias que temos nossas discussões, mas o que prevalece são os momentos bons e é bom ter noção disso. Sou bem pé no chão e isso ajuda no meu relacionamento. Nada de vida de Instagram, por mais que eu poste coisas do meu trabalho, eu tenho uma vida bem real.
Você ganhou o Grammy este ano pelo álbum “Origens”, mas bem na hora do anúncio, sua conexão caiu. Como recebeu a notícia? Que aperto que eu passei! Teve vários testes para saber se a conexão estava boa e eu acompanhei as outras categorias com aquele frio na barriga. Quando anunciou a categoria de Melhor Álbum de Música Sertaneja, a conexão simplesmente caiu e eu estava lá, bonitinha, na frente da câmera. Quando reconectou, já tinham falado quem era o ganhador, uma foto minha estava no telão e estavam dizendo: “Vamos entregar seu prêmio em casa”. Eu falei: “Eu ganhei” (risos). Não sabia se eu chorava, se eu ria, comecei a pular com meu vestido, foi muito engraçado. Fiquei em êxtase, foi um momento muito feliz.
Para finalizar, depois de Jingle Bells Rock e Shallow, que música sonha em traduzir para o português? Eu escolheria Always, do Gavin James. Como eu amo essa música! Estou meio que namorando ela, quem sabe, né? (risos).
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Nome:
Louis Watson
Nascimento:
14/06/1958
Nacionalidade:
Estados Unidos
Domicilio:
Manhattam - Upper East Side
Qualidades e Defeitos:
Qualidades: Otimista e Extrovertido
Defeitos: Teimoso e Medroso
História:
Louis Watson — ou Lou, como é chamado pelos seus amigos — é o único filho de Kelly e James Watson, um dos casais mais ricos de toda Nova Iorque. Sendo ela médica e ele advogado, Louis teve acesso desde cedo a todo o luxo que alguém poderia pensar em ter. Morando na residência que Kelly herdou quando seu pai morreu, Louis precisou desde cedo viver à altura daquilo que o seu pai esperava que ele fosse. Ainda novo, foi obrigado a escolher algum esporte para praticar, e embora seu pai desejasse que fosse boxe, Louis conseguiu convencê-lo de que se daria melhor na natação, esporte pelo qual Lou se dedica desde então. Estudando nas melhores escolas, James pressionava Louis sob o pretexto de estar apenas o apoiando, o que levava o jovem até o limite da exaustão todas as vezes na tentativa de deixar o pai orgulhoso. Conforme foi crescendo, James passou a agredir o filho quando este falhava em algo, o que tornou a relação dos dois tensa. O que deveria ser respeito, na verdade era medo que Louis tinha do próprio pai, evitando na maioria das vezes até cruzar o olhar com ele.
Kelly por outro lado sempre foi a mãe perfeita, e se tornou a âncora que manteve Louis centrado e buscando sempre ser uma boa pessoa apesar de tudo. Compreensiva e descontraída, os pontos positivos da personalidade de Lou se formaram todos a partir da influência de Kelly, que mimava seu primeiro e único filho sempre que tinha a chance. Sendo assim, quando o jovem está com algum problema, é para ela que ele corre atrás de ajuda. Na verdade, ele vê James apenas como o cara que me sustenta e mora na minha casa, escondendo atrás de piadas ao não chamá-lo de pai que na verdade não o considera isso de fato. Kelly já percebeu isso, e Lou já discutiu algumas vezes com ela por causa disso, mas sempre se resolvem logo em seguida porque ambos entendem que não vale a pena brigar por causa dos surtos de James.
Sua aptidão para natação conquistada depois de anos praticando o esporte lhe renderam alguns benefícios pela sua jornada escolar. Fez todo o ensino médio sendo auxiliado por uma bolsa de esportes, no que Lou passava mais tempo treinamento para campeonatos que realmente estudante. Ele sempre tentou equilibrar sua vida de atleta com sua vida de estudante — e a vida como filho, também —, mas muito por culpa de James quase não lhe sobrava tempo para aproveitar. Um acontecimento no vestiário nessa época abriu os olhos de Louis para uma característica sua, lhe deixando assustado. Sem nunca ter comentando com ninguém, nem mesmo sua mãe, ele começou em seguida a namorar com Mariah Stone, uma colega de turma com quem ele está junto desde então. Mariah é sua primeira namorada, então muito do que ele sabe sobre relacionamentos veio do seu próprio com a jovem Stone.
Foi Mariah que incentivou Louis a participar de sua primeira peça de teatro ainda no ensino médio, que foi quando ele descobriu que sua grande paixão de verdade era a atuação. Isso foi apenas mais um motivo de tensão para o jovem, uma vez que tinha plena noção de que sua família não o apoiaria em tal decisão — e ao dizer família, na verdade significa James — e logo desistiu da ideia.
Agora que está para entrar na faculdade, seus anos de natação lhe renderam uma bolsa na Columbia University. Apesar de querer cursar Artes, seu pai se mostrou contra desde o início, o que forçou Louis a ter que escolher entre ser médico ou advogado. Buscando se distanciar ao máximo de James, ele optou pela medicina, a profissão de sua mãe. Kelly sabe que o filho está infeliz com isso, mas ela também acredita que ele terá um futuro melhor se seguir os seus passos ao invés de tentar viver de arte como deseja, por isso se dedica a ajudá-lo sempre que tem tempo. Por ser sempre tão descontraído e otimista, as pessoas costumam achar que Louis nunca tem problemas... Mas bem que ele queria que fosse assim.
Plot conjunto:
Columbia University
Twitter:
@MTPL_Lou
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A embriaguez no teatro do céu e do inferno
Nas últimas semanas, tenho refletido sobre um dos textos mais conhecidos dentre os que buscaram fazer uma ponte entre a materialidade do phármakon e seus efeitos sobre a imaginação: a coletânea de escritos Paraísos Artificiais, de Charles Baudelaire. Pretendia fazer uma coisa mais sumária, só um relato do meu primeiro contato com o texto mesmo, na medida do possível. Mas as coisas saíram um pouco de controle. Resolvi dividir o trabalho em partes, então: nesta aqui, vou esboçar algumas ideias sobre o primeiro ensaio da coletânea, que se chama “O poema do haxixe”. O restante da obra é uma tradução comentada de trechos do Confessions of an English Opium-Eater, de Thomas DeQuincey, e acho que esses dois textos, o original e o comentário, merecem tratamento separado. Por enquanto, então, vamos falar de haxixe.
Para digerir a felicidade natural, como a artificial, é preciso, antes de tudo, ter a coragem de engoli-la, e os que talvez merecessem a felicidade são justamente aqueles a quem a felicidade, tal como a concebem os mortais, sempre teve o efeito de um vomitivo.
C. Baudelaire, “Paraísos Artificiais”, trad. Alexandre Ribondi
O suicídio heroico, espécie de mito originário da imaginação romântica, não foi uma invenção exclusiva do jovem Werther. Pode ser encontrado bem antes, na história de uma pessoa que existiu de verdade. Thomas Chatterton era alguém que fazia por merecer o nome de poeta nato, mas que viveu como um menino pobre e faminto na Inglaterra do século XVIII. Nascera órfão do pai, sacristão da igreja de Santa Maria em Redcliffe, Bristol, e, sob os cuidados da mãe até os oito anos, ainda nessa primeira infância se apropriou das salas secretas daquele lugar suntuoso, transformando-as em local de estudo. O menino Thomas, a história conta, tinha por amigos mais próximos as armaduras de cavaleiros medievais que ornavam o interior da igreja, e por brinquedos favoritos, manuscritos datados dos tempos da Guerra das Rosas, esquecidos nos baús do enorme edifício gótico. Tinha toda consciência de ser um intelectual precoce e desprezava a companhia de outras crianças de verdade. Divertia-se sozinho, estudando vários desses textos antigos.
Foi assim que, contando não mais que onze anos, ele mesmo passou a forjar seus próprios manuscritos “medievais”, em que povoava os passeios de sua imaginação com as figuras históricas eternizadas nas estátuas da igreja. Sim, pois, nos tempos de James Macpherson e Horace Walpole, as falsificações medievo-renascentistas eram mais que brincadeira de criança, mais até que uma indústria em ascensão: eram uma moldura típica, quase que necessária para atrair relevância a um texto ficcional situado no passado distante. No caso de Chatterton, um cristão devoto, ele atribuía suas criações a um monge do século XV, que chamou de Thomas Rowley.
Quando, porém, aos dezessete anos, Chatterton foi tentar a vida como escritor em Londres, as editorias locais não foram tão receptivas às suas imitações como os párocos ingênuos da sua Bristol natal. Ele não chegaria a ver suas criações poéticas publicadas, e mesmo os escritos políticos que eram o seu arroz com feijão não estavam sendo pagos em dia. Assim, apenas dois meses depois de chegar à cidade, e tendo passado dois ou três dias sem ter o que comer, o adolescente Chatterton sobe ao sótão sublocado onde residia com uma dose de arsênico. E despedaça todos os manuscritos ali presentes antes de consumi-la.
A tragédia de Thomas Chatterton revela muito sobre seu tempo, tempo de séria disparidade econômica, nas estações finais de uma lenta e duradoura ruptura com as relações comunitárias tradicionais que regulavam a vida dos pobres na Europa. Tempo em que mesmo um jovem promissor, no seio de uma das nações mais prósperas do mundo, não escaparia de todo às máquinas de injustiça e exploração que sustentavam essa suposta prosperidade. E também um tempo em que buscar as origens matriciais da própria tradição significava, numa medida maior do que hoje, inventar essas origens a gosto.
Com efeito, não é assim, como sinal dos tempos, que a história de Chatterton se registra na imaginação literária das décadas seguintes. Era mais plausível (e isso não é nenhum segredo ou novidade) que a tradição romântica tomasse de empréstimo o sentimento sacrificial do Cristianismo. Inspirado no exemplo de Thomas Chatterton -- que aqui teve como seguidor ilustre Álvares de Azevedo -- o poeta romântico, versão profana da figura de Cristo, é o rejeitado, o loser que, ao ceder a própria vida, atinge a glória, consagra-se e expia por todos nós o enfado da existência em sociedade. Acontece que, para outras gerações de românticos em outros lugares, nem sempre a droga de fuga será o arsênico -- isto é, nem sempre a fuga significará literalmente a morte. Porque essa é só a ponta extrema de um contínuo, o início de um dos principais capítulos da história que faz das drogas um ingrediente fundamental da imaginação moderna. Nesta etapa primeva da minha exploração do phármakon, quero falar de um outro dos herdeiros ilustres de Chatterton, alguém que teve uma morte bastante diferente e nada súbita: aquele eterno cantor romântico da embriaguez que é Charles Baudelaire.
Conforme descreve o seu principal texto sobre o efeito das drogas, a coletânea de escritos Paraísos Artificiais, para Baudelaire as drogas psicoativas têm um sentido muito próximo ao da morte para aqueles que veem em Chatterton um modelo: o sentido da evasão dos problemas da realidade comum, da transcendência a um mundo outro que, afinal de contas, acaba revestindo de um sentido muito mais real e legítimo o que se enxerga fora dele. Sem fugir à moldura da religiosidade cristã, Baudelaire vê nas drogas de que trata no livro -- ópio, vinho e haxixe -- um meio “artificial” e ilusório de atingir o Paraíso, cuja via de acesso natural seria esperar temperante a sua chegada. Porém, ao arrepio das recomendações dessa tradição moral, Baudelaire diz que pode ser interessante provar desses frutos proibidos -- desde que o experimentador possua uma imaginação fecunda e poética, propícia às elevações de espírito que essas substâncias possibilitam.
É uma caracterização conhecida do sujeito romântico: um sujeito que tem o pensamento nas alturas, pairando acima das preocupações mesquinhas dos humanos comuns. Alguém que é agudamente consciente do enfado da vida moderna -- credita-se a Baudelaire a origem da noção literária de “modernidade” --, e que caminha avulso entre os outros, em um estado de profunda dissociação e alienação em relação ao fluxo das coisas. Um flâneur, em suma, outra ideia com a assinatura do poeta francês. Tudo isso é bastante conhecido e, arrisco dizer, até parte do senso comum que rodeia a personagem baudelairiana. Desta vez, quero tentar ir um pouco além e partir das ideias dessa figura central da boemia francesa para responder a um conjunto de perguntas novas, ao menos para mim. São questões que vieram à tona muitas vezes enquanto eu descobria o que pensava (e imaginava) Baudelaire sobre algumas das drogas mais populares de seu tempo, drogas que até hoje não saíram de nosso horizonte de criação e percepção. Questões como: quem são esses outros, os mesquinhos, aqueles que estão abaixo do nível de sofisticação mental exigido pelos perigosos remédios da alma? Em que se diferenciam dos “espíritos elevados” nos quais o phármakon demonstra um potencial criativo impressionante? Como saber -- como Baudelaire sabe -- quem pode ou não provar desses elixires de elevação espiritual, e por que pode ou não fazê-lo?
***
Aos de espírito néscio parecerá estranho, e mesmo impertinente, que um quadro de volúpias seja dedicado a uma mulher, a mais comum das fontes das mais naturais volúpias. Entretanto, é evidente que, como o mundo natural penetra no espiritual, serve-lhe de alento, e concorre, desta forma, a operar este amálgama indefinível que chamamos de nossa individualidade, a mulher é o ser que projeta a mais negra sombra ou a mais clara luz em nossos sonhos. A mulher é fatalmente sugestiva: ela vive uma outra vida que não a sua; ela vive espiritualmente nas imaginações que ela própria povoa e fecunda. Importa muito pouco, além disso, que seja compreendido o motivo desta dedicatória. É realmente necessário, para o contentamento do autor, que um livro seja compreendido, exceto por aquele ou aquela para quem ele foi composto? Afinal de contas, é indispensável que haja sido escrito para alguém. Quanto a mim, tenho tão pouco gosto pelo mundo vivo que, semelhante às mulheres sensíveis e ociosas que enviam, comenta-se, pelo correio, suas confidências a amigos imaginários, com prazer escrevia para os mortos. Mas não é a uma morta que dedico este pequeno livro; é a uma que, embora doente, está sempre ativa e viva em mim e que agora volta todos os seus olhares ao Céu, este local de todas as transformações. Pois, tanto quanto de uma droga perigosa, o ser humano goza do privilégio de poder tirar novos e sutis prazeres da dor, da catástrofe e da fatalidade. Você verá neste quadro um caminhante sombrio e solitário, imerso na corrente das multidões, que remete seu coração e seu pensamento a uma Electra longínqua que há algum tempo enxugava sua fronte banhada de suor e refrescava seus lábios percorridos pela febre; e você perceberá a gratidão de um outro Orestes cujos pesadelos você sempre velou e de quem dissipou, com mão leve e maternal, o sono aterrorizador.
-- C. Baudelaire, na dedicatória de Paraísos Artificiais (trad. Alexandre Ribondi) O livro de Baudelaire começa com uma dedicatória que costuma interessar pelo seu tom críptico. A identidade da destinatária, invocada pelas iniciais “J. G. F.”, permanece até hoje um mistério: os únicos amigos conhecidos de Baudelaire cujos nomes batem com essas letras eram homens. No trecho que recortei aqui, também chama atenção o fato de que, numa linguagem essencialista, Baudelaire trata a mulher como fonte de volúpias e de inspiração, mesmo no momento em que dedica seu livro a uma mulher, e ataca os “néscios” que se surpreenderiam com isso. Depois, apresenta sua relação com essa mulher como a de Electra e Orestes, o par de órfãos desafortunados e vingativos no ciclo de mitos gregos relacionados à linhagem dos Atridas, inspirador de peças dos principais escritores do teatro grego.
Mas me surpreende sobretudo o paradoxo inscrito nesta abertura de Paraísos Artificiais. Vamos deixar de lado, só por enquanto, o tom universalizante na menção da “volúpia” sentida por Baudelaire, a dissociação tediosamente machista entre esse desejo e a particularidade do próprio corpo de quem deseja, dissociação que acaba automatizando a relação volúpia-mulher. Pensemos apenas o seguinte: um homem escreve a uma mulher que mulheres são as fontes das mais naturais volúpias, e por isso acha importante explicar por que não é incômodo que aquilo que chama de um 'quadro de volúpias' se dedique a uma mulher. Qual a necessidade dessa explicação? Fora de contexto, seria mais óbvio pensar que pareceria bastante pertinente essa dedicatória, a partir dessa caracterização peculiar que o autor faz das mulheres: volúpias associadas a volúpias. Também penso que não seria preciso explicar nada se a volúpia em questão fosse vista como algo neutro ou positivo; por exemplo, como um desejo que nos leva ao movimento e não tem necessariamente natureza erótica, ou como uma volúpia recíproca. Não há razão para esse comentário se não for porque Baudelaire está tratando "volúpia" como algo perigoso, arriscado, algo que nos atrai com a promessa de prazeres para nos levar potencialmente à ruína (a mais negra sombra ou a mais clara luz). É uma volúpia de natureza farmacológica (isto é, que pode ser remédio ou veneno a depender do contexto), um problema ético.
É como se Baudelaire estivesse dizendo: "Pode parecer estranho ou até errado que esse quadro de perigos seja dedicado a uma mulher, uma grande fonte de perigos". O desdobramento me surpreende, porque fui acostumado a imaginar Baudelaire como um grande revolucionário da literatura, como alguém ousado, que foi muito além dos limites estreitos da imaginação de seu tempo. É óbvio que não estou imune às armadilhas da imaginação romântica. Em particular, eu esperava que ele enxergasse o desejo por mulheres, fosse sexual, fosse sublimado, como algo mais que uma fonte de tragédia, algo mais que o começo da ruína. Se o fruto proibido de Adão e Eva ao menos permitia conhecer tanto o bem quanto o mal, as “flores do mal” assumem aqui a feição da tentação encarnada.
Porém, Baudelaire explica seus motivos, e logo fica claro por que ele acha pertinente dedicar este quadro perigoso a uma fonte de riscos: porque essa fonte de riscos é quem alimenta os “nossos” sonhos. Com quem Baudelaire está falando, agora? Sua interlocução se complexifica, por essa formulação, pois aqueles capazes de se identificar com essa maneira de sonhar acabam sendo principalmente homens que gostam de mulheres em vez da efetiva destinatária da dedicatória. São mulheres que povoam os desejos, elas que nutrem a imaginação. Pode parecer esquisito aos néscios que eu dedique este livro a uma mulher, fonte de volúpias, mas vocês, os astutos, sabem: é a mulher quem ilumina ou obscurece os nossos sonhos, meus caros amigos. Afinal, a mulher não vive sua própria vida, vive uma outra: ela vive na cabeça das outras pessoas que ela fez sonhar, não (só?) na própria. Como diria John Berger, em sua interpretação crítica do olhar masculino na arte: a mulher faz imaginar; o homem imagina.
Considerando a comparação com as mulheres ociosas no final da carta, julgo que haja ainda outra nuance de sentido aí também, uma que acrescenta uma nova camada ao machismo expresso por Baudelaire: é como se as mulheres de fato vivessem no mundo da imaginação, quando os homens fossem os seres capazes de discernir as criaturas da imaginação daquelas no "mundo vivo", de fazer a passagem entre os dois mundos. Quando Baudelaire diz "nossa individualidade", parece que ele contrasta com as mulheres aqueles que considera verdadeiros indivíduos: os homens. Os homens têm um aspecto espiritual e um natural; já as mulheres "vivem espiritualmente" no mundo que constroem na imaginação.
Parece que Baudelaire não cogitou, nesta dedicatória, atribuir às mulheres uma existência igual à sua; que ele estava pouco predisposto a reconhecer que pudessem pensar por meio de um amálgama de imaginação e natureza como ele, que ignorou a suposição de que ele mesmo enquanto homem pudesse ser habitante dos sonhos de outros e outras. Baudelaire atribui uma existência por assim dizer "para-natural" à mulher, o que lhe permite uma analogia com a experiência dos efeitos do ópio e do haxixe sobre seus usuários. Em comum a ambas as situações, uma certeza muito grande da parte de Baudelaire quanto a qual seja a existência "natural", quanto ao fato de ele mesmo partilhar, ainda que relutante, dessa existência, e de esses usuários e essas mulheres, pelo contrário, não partilharem dela. Confiante na suficiência do seu olhar para representar, unilateralmente, tanto a si mesmo como aos outros, Baudelaire cria uma sintaxe que produz o esquecimento da subjetividade alheia, do olhar dos outros sobre si mesmos e sobre ele.
A situação faz aparecer uma contradição importante. Vale a pena pontuar, neste momento, que a estética de Baudelaire não pretendia se assentar sobre uma compreensão precisa e perfeita do “mundo natural”, a partir da qual poderia julgar e desqualificar essas mulheres que vivem no mundo da imaginação. Pelo contrário, todo espírito do tempo romântico de que Baudelaire se fez epígono se encontrava numa luta contra a racionalidade grassante, em favor do universo dos sonhos, ou talvez daquilo que Isabelle Stengers chama de instabilidade farmacológica. Ao descrever as “mulheres ociosas” que escrevem para amigos imaginários, Baudelaire se coloca do mesmo lado delas, dizendo que despreza o mundo natural e escreveria contente para os mortos. Porém, em sua ânsia de diferenciação e de fuga da vida “normal”, essa visão acaba trancando seus objetos de valor na gaiola do irracional. Resta à mulher o espaço do exótico, do fetiche, mesmo que o quadro mais amplo seja o da valorização do objeto fetichizado.
Pode parecer fácil demais, para um homem branco do século XXI, apontar e problematizar esses aspectos retrógrados do pensamento de um homem branco do século XIX, mas minha intenção aqui não é condenar Baudelaire a partir de critérios de interpretação que provavelmente não estavam disponíveis a ele em seu tempo e lugar. Não me excluo do conjunto daqueles que, herdeiros dessa matriz de pensamento, também estão suscetíveis a aplicar categorias redutoras e unilaterais ao pensar sua relação com o outro. Minha ideia aqui é mais mostrar justamente isso: como a interpretação romântica e fetichista da relação entre drogas e imaginação ainda exerce influência sobre nós, contemporâneos; como Baudelaire fez parte da construção de uma base simbólica sobre a qual a sua e outras formas de pensamento, inclusive aquelas que se acreditam detentoras privilegiadas da capacidade de distinguir o real do imaginário, edificaram seus ídolos excludentes e discriminatórios. É desnecessário apontar cada um dos efeitos nefastos dessa caracterização. Mas um sintoma do problema é a própria universalização do desejo masculino que apontei, algo que salta aos olhos logo no início da dedicatória.
[Busto de Rodin por Camille Claudel]
Paraísos Artificiais, como vimos, é dividido em duas partes, uma para cada droga: primeiro vem “O poema do haxixe”, versão revisada de um ensaio comparativo anterior chamado “O vinho e o haxixe” (que na minha edição aparece como anexo); e em seguida “Um comedor de ópio”, uma análise dos livros de memórias de Thomas DeQuincey Confessions of an English Opium-Eater e Suspiria de Profundis, que Baudelaire traduziu parcialmente em seu escrito (pretendo falar sobre DeQuincey em um texto futuro).
Estava falando sobre universalização do desejo. A primeira seção do “poema do haxixe”, que acaba servindo de prelúdio ao livro todo, trata do gosto humano pelo infinito, um dos pilares do pensamento baudelairiano. Baudelaire identifica em momentos chave da existência humana a experiência do êxtase espiritual, uma combinação de alegria súbita, autoconfiança aguda e superexcitação dos sentidos que nos faz sentir eternos, e que o poeta aponta como “o primeiro dos bens”, princípio orientador de nossas vidas. É um paradoxo, porém, que esse sentimento não derive de uma perfeita higiene corporal e espiritual, mas por vezes assome logo “após culposas orgias da imaginação, após um abuso sofístico da razão, que são para o seu uso honesto e razoável o que as luxações são para a boa ginástica”. Como interpretar esse enigma? Baudelaire propõe que se trata de uma “graça”:
É uma espécie de obsessão mas uma obsessão intermitente, da qual deveríamos tirar, se fôssemos sábios, a certeza de uma existência melhor e a esperança de alcançá-la pelo exercício diário de nossa vontade.
Dito de outro modo, o desejo do humano por esse sentimento de eternidade mostra que ele tem paixões maiores do que ele mesmo, maiores até que seu próprio mundo. E, se essa superabundância pode se orientar para valores tão desinteressados (e por isso, segundo o poeta, “quase paradoxais”) como a caridade, também pode se voltar para o mal. “Tudo leva à recompensa ou ao castigo”, diz ele, “duas formas de eternidade”. É claro que tenderemos a preferir o melhor desses dois fins. Acontece que o ser humano, ao buscar o Paraíso por seus próprios meios, esquece os limites de sua própria constituição: “Esquece, em sua fatuidade, que ele escarnece de alguém mais astuto e mais forte que ele, e que o Espírito do Mal, mesmo quando lhe damos apenas um fio de cabelo, não demora em levar a cabeça inteira.” É assim que o ser humano busca “criar o paraíso pelas drogas, pelas bebidas fermentadas, semelhante a um maníaco que substituiria os móveis sólidos e os jardins verdadeiros por cenários pintados sobre tela e emoldurados”.
Está montado o palco em que o poeta fará transcorrer a ação de sua peça, a descrição dos efeitos do ópio e do haxixe. Um teatro em que o usuário se desloca entre céu e inferno; em que, na busca pela criação farmacológica do paraíso, acaba se se esquecendo das armadilhas da ilusão, do artifício, e desliza para o "Espírito do Mal”. Ainda assim, não acho que seja sem alguma ambiguidade que Baudelaire se colocaria dentro desse palco, se tivesse sido ousado a ponto de falar sobre o uso de drogas na primeira pessoa. O prazer mórbido é um dos temas que mais exercem atração sobre sua visão de mundo, e sobre o jeito de ser do romântico, afinal. Em vez disso, ele preferiu se apoiar em anotações e confidências de conhecidos que tiveram algum contato com a droga: no caso do haxixe, provavelmente ele se referia ao Club des Hashischins que se reunia em Paris e aos seus agregados.
Por que ópio e haxixe? Baudelaire explica: são as drogas mais cômodas de usar, para quem quiser o seu próprio paraíso artificial, as que estão “mais à mão”. A afirmação chega a ser surpreendente porque, como o próprio Baudelaire destaca na segunda seção de seu texto, “O que é o haxixe?”, o cânhamo da França não dava bom haxixe. Para consumi-lo, era preciso comprar de alguém que o houvesse trazido de longe, que o tivesse importado dos lugares onde as flores do gênero Cannabis que serviam de base a essa preparação poderiam se desenvolver plenamente. Para as variedades de Cannabis conhecidas pelos europeus da época, isso significa o entorno das zonas tropicais asiáticas e africanas: Egito, Argélia, Marrocos, Índia, Arábia. Mas o que essas drogas estrangeiras estariam fazendo tão próximas, tão acessíveis aos círculos literários de Paris? Não chegaram ali por acaso. Pelo contrário, há motivos bem claros e fáceis de se recuperar para que a boemia romântica francesa tivesse acesso privilegiado a essas drogas em particular.
***
O efeito do haxixe, para Baudelaire, se dá em três fases, regularmente distribuídas ao longo de um punhado de horas (o texto é vago quanto a isso, talvez para dar conta da variedade dos resultados do haxixe em corpos diferentes). Podemos resumi-las da seguinte maneira:
1) hilaridade extravagante, alegria ensimesmada, trocadilhos. Possibilidade de pânico.
2) torpor, secura na boca e no nariz, turbilhão interior. Sede e fome. Possibilidade de sensação de sobriedade (enganosa).
3) calma imóvel. Metaforização da realidade. Sensação de transcendência otimista (o que é chamado pelos árabes de ‘kief’).
Aqui cabe pontuar que o modo de consumo do haxixe descrito por Baudelaire apresenta diferenças importantes em relação à forma como a Cannabis é tipicamente consumida hoje. No círculo de Baudelaire, o haxixe era consumido na forma de dawamesc, uma pasta temperada comestível, e a dose média apresentada em seu relato continha de duas a quatro gramas do preparado -- mas havia quem consumisse dez, quinze gramas sem grandes dificuldades. Acrescente-se a isso o fato de que as substâncias ativas da Cannabis, quando digeridas pelo intestino, ensejam um efeito muito mais potente e duradouro do que quando fumadas e processadas pelos pulmões.
Em outras palavras, tudo indica que a dose consumida pelos Haschischins que serviram de testemunhas para o relato de Baudelaire era significativamente maior do que estamos acostumados a consumir hoje, talvez em outra ordem de grandeza. Um resultado prático disso, por exemplo, é que um dos efeitos mais conhecidos da Cannabis, o aumento do apetite, perde muito de sua relevância em Paraísos Artificiais, pois, para o autor, seria muito difícil superar o torpor produzido pela droga para ir atrás de comida.
Sabemos que o contato de Baudelaire com o haxixe era principalmente por meio do dawamesc por conta de um longo estudo de Jacques-Joseph Moreau, médico psiquiatra e membro do Club, intitulado Du Hachisch et de l'aliénation mentale. Há quem o considere uma espécie de A Origem das Espécies da psiquiatria. O livro foi um dos pioneiros na prática de analisar e catalogar, no âmbito da medicina científica, os efeitos de drogas sobre o cérebro humano, com destaque positivo para os efeitos do haxixe. Se hoje se conhece com mais especificidade o vasto potencial curativo da Cannabis para o tratamento de doenças inclusive mas não só mentais, podemos imaginar o entusiasmo de Moreau ao se deparar, em uma viagem ao Oriente, com uma droga que parecia um tipo de panaceia contra a loucura e a dor. E que, não menos importante, lhe permitiria inaugurar um novo campo de estudos.
Torna-se difícil, neste ponto, não recordar o debate enfrentado pelo crítico literário Edward W. Said a respeito do projeto salvacionista da intelectualidade romântica no século XIX. Como o pensador bem demonstrou em seu célebre Orientalismo, havia uma ideia muito influente naquele tempo, expressa por escritores como Schlegel e Novalis, de que “a Europa seria regenerada pela Ásia”; de que a civilização “se movia do Oriente para o Ocidente”; de que as formas de pensamento e cultura “orientais” serviriam de caminho para a superação dos impasses em que o Iluminismo “ocidental” havia colocado as sociedades europeias. Era uma noção que só seria possível de se cogitar a partir de uma atitude muito particular em relação ao mundo que esses escritores pensavam, estudavam e representavam em suas criações: a pretensão de reduzir enormes e diversos territórios e culturas a categorias conceituais facilmente pensáveis, facilmente administráveis; de tratar conjuntos múltiplos de seres humanos como massas uniformes e descritíveis em função de projetos livrescos a serem colocados imediatamente em prática. Diz o crítico:
O que essa ciência ou esse conhecimento nunca considerava era sua própria falsa inocência profundamente entranhada e inconsciente, e a resistência dessa atitude à realidade. (...) [Aquele que representa o papel do cientista romântico] supõe ingenuamente que a ciência meramente existe, que a realidade é como o cientista diz que ela é, que não importa se o cientista é um tolo ou um visionário; ele (ou qualquer um que pensa como ele) não pode ver que o Oriente talvez não quisesse regenerar a Europa, ou que a Europa não estava prestes a se fundir democraticamente com os asiáticos amarelos ou morenos. Em suma, o cientista não reconhece na sua ciência a vontade egoísta de poder que nutre o seu empenho e corrompe as suas ambições.
Pois bem. Voltemos agora a Baudelaire a tempo de assinalar que seu retrato do ópio e do haxixe não se encontra no mesmo estatuto de representação do trabalho científico. Também é crucial lembrar que o poeta não eleva a droga ao patamar de Nepenthes que Moreau lhe atribui. Porém, ele compartilha da posição de observador privilegiado em que a filosofia do tempo colocava o europeu que falasse sobre o Oriente, e fazia parte da construção desse tipo de figura intelectual. Ele residia na capital da nação que havia construído, com Napoleão, uma máquina de guerra voltada para a invasão e o domínio sobre territórios de seu “Oriente” imaginário, com efeitos particularmente devastadores para os egípcios. Aliás, um dos efeitos notáveis desse tipo de olhar, recentemente localizado por Rosana Pinheiro-Machado nas reportagens ocidentais sobre a reação chinesa ao surto de coronavírus, é a dicotomização entre uma China “paradisíaca” (ao menos para o imaginário do capitalismo tardio), isto é, altamente eficiente, rápida e tecnológica, e uma China "bárbara” e asquerosa, em que pessoas em tudo diferentes de nós comem animais bizarros e assim provocam o caos no mundo.
É algo que ganha muita importância quando lemos, no início do capítulo “O que é o haxixe?”, a ligação etimológica que conecta o nome da droga à palavra assassino, inspirada no mito popular da seita dos comedores de haxixe ( Ḥashīshiyyīn) registrado por Silvestre de Sacy a partir de sua própria viagem ao Oriente. Ou quando Baudelaire atribui valor histórico aos contornos grotescos do relato de Marco Polo sobre o uso da flor do cânhamo na Ásia. Ou quando, depois de tudo isso, ele declara no tom de quem enuncia uma verdade auto-evidente: “o haxixe vem até nós do Oriente”. Efetivamente vinha: foi com o retorno das tropas napoleônicas do Egito que o consumo do haxixe ganhou força na França.
E é de fato o grotesco que dominará a o tom com que Baudelaire descreve os efeitos do haxixe, no capítulo “O teatro de Serafim”. Sua narração plena de verve poética demonstrará uma nítida preferência pelas metáforas que representam a droga pela chave do demoníaco, e o usuário pela chave do aprisionamento, da escravidão. O haxixe, para Baudelaire, é o déspota que aprisiona a alma do seu entusiasta. Pouco espaço se reserva para comentar o fato de que muitos usuários fumam o haxixe em pequenas doses, misturado ao tabaco, e esse efeito atenuado é tratado como falso. Ele prefere se voltar para aqueles que, esperando atingir o “milagroso” universo onírico através de um fármaco, acabam se deparando com uma droga que produz mais torpor do que alucinações comparáveis a esse modo de (in)consciência. O haxixe, diz Baudelaire, amplifica tudo que o observador observa, mas não o faz escapar à fatalidade dos limites de si mesmo. Pelo contrário, se pode elevar a percepção das formas em espíritos “educados”, trará depois, como “punição”, a diminuição da “vontade” e a dificuldade de reunir de volta a própria personalidade, lançada aos quatro ventos.
Não será surpreendente, portanto, que seu capítulo “A moral do haxixe” se volte para uma condenação dos usos da droga que não se encaixem dentro dos limites estreitos da vivência particular do flâneur romântico escolarizado. O haxixe eleva a sensibilidade sexual? “Heresia”. Faz a alegria dos lavradores russos na época da colheita? “Quem se interessa pelos relatos de lavradores?” É um elemento característico da cultura egípcia? “O Egito está certo em proibir o haxixe”. Inspira um belíssimo e poético relato de uma usuária mulher? Baudelaire irá corrigir esse relato, pois a mulher é “pouco propensa ao espírito analítico”. Faz parte de sua perspectiva, afinal, a hipocrisia que Said sintetiza habilmente em seu estudo: Os orientais (e as mulheres, e os lavradores, e os hereges, e os usuários menos privilegiados, em suma, todos os “outros” em relação à perspectiva universalizante do poeta romântico) não podem representar a si mesmos, portanto devem ser representados por quem possa.
***
A pretensão de falar em nome de usuários de haxixe parece ter trazido pouco alívio à própria alma de Baudelaire. Não se lê sem alguma melancolia a cena em que descreve a alegria de um juiz sob efeito do haxixe, em “o vinho e o haxixe”, a versão inicial do “poema do haxixe”.
Vi uma vez um magistrado respeitável, um homem honrado, como dizem de si os próprios aristocratas, um desses homens cuja gravidade artificial impõe-se sempre, no momento em que o haxixe o invadiu, pôs-se a dançar um can-can dos mais indecentes. Revelou-se o monstro interior e verdadeiro. Este homem que julgava a ação de seus semelhantes, este togado havia aprendido can-can em segredo.
Para Baudelaire, em almas assim, o haxixe jamais produzirá qualquer um de seus efeitos benéficos à criação poética. Porém, para o próprio Baudelaire, não parecia que a situação fosse muito diferente. O poeta que pairava acima de seus contemporâneos era conhecido por sua baixa produtividade poética e pela má administração de seu dinheiro. E ele frequentemente culpava o abuso de drogas pelos seus resultados aquém do esperado: no caso do haxixe, era uma droga que eliminava o poder da vontade, mostrando um paraíso que seria difícil de superar com qualquer coisa possível de se alcançar pela ação. Ao contrário do vinho, que para ele não só aumentava o poder da ação, mas era também a substância da comunhão com Deus.
E no entanto, nada disso parecia ser suficiente para fazer com que Baudelaire parasse de consumir qualquer uma dessas substâncias: fosse vinho, fosse ópio, fosse l��udano, fosse haxixe. Não são poucos os que culpam o abuso de drogas pela morte prematura e sofrida de Baudelaire, solitário em um asilo, na década de 1860. Mais uma vez, encontramos a instabilidade provocada pelo phármakon no coração daquilo que se tenta afastar dele. Não é que exista uma proximidade entre o usuário simples, delirando na calçada, que Baudelaire despreza, e o usuário privilegiado que se deixa fertilizar poeticamente pelos frutos do conhecimento: eles são efetivamente a mesma pessoa.
Semelhantemente, a visão que coloca o sujeito romântico como portador de uma subjetividade acerba, privilegiada em seu acesso aos cantos mais profundos da imaginação, não o livra dos limites mais banais da imaginação de seu tempo. Se seu imaginário é inspirado por uma droga nova, vinda de lugares distantes, portando os mistérios do Oriente, ele não está livre da paralisia e da dislalia que esse produto lhe provoca. Se sua visão é capaz de enxergar além do sentido óbvio das coisas, penetrando no mundo mais verdadeiro que está além do nosso, ela também é cega para os efeitos opressores de suas caracterizações simplistas. Se sua elevação da “vontade” se dá por meio de substâncias aos quais seres menores não deveriam ter acesso, não há nada em princípio que distinga os objetos dessa vontade dos objetos da vontade dos seres menores, em seus delírios pouco interessantes para quem não participa deles.
Só podemos imaginar o quanto deve ter sido impressionante, para a geração de Baudelaire, ter identificado com o caminho para o “infinito” com que tanto sonhavam algo que se podia encontrar no interior de plantas que só cresciam do lado de lá da fronteira. Mas esse caminho dependia também de um processo de submissão da vontade, de se permitir conhecer e sentir a agência de outro ser sobre si mesmo, em suas potências e limites. E Baudelaire não queria isso. Ele queria ser o sujeito único da relação, a entidade capaz de estabelecer o sentido do phármakon. Chegou a ser criticado até mesmo por seus contemporâneos, em seus juízos fechados sobre drogas consumidas pelos mais variados grupos sociais de seu tempo. De alguma forma, o prazer e a sensação de transcendência provocadas pelo haxixe não apenas não eram suficientes para compensar a diminuição da vontade. Chegavam a se tornar uma imoralidade, na medida em que prometiam uma elevação ao “eu” do usuário mas lhe ofereciam apenas uma submissão incontornável. (Mas o Belo é só a dose do terrível que podemos suportar, diria Rilke). No fim das contas, acho que são estas, dentre as perguntas formuladas pela visão romântica do phármakon, as perguntas basilares que nos são postas por Paraísos: por que será que nos julgamos capazes de lidar com a felicidade e a beleza supremas, em sua pureza inequívoca, imaginando que elas possam ser postas num copinho sobre uma bandeja na nossa frente? Em que ponto esse tipo de anseio não passaria a ser apenas uma estratégia de submissão?
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thejamesthomas:
James estava retornando de um compromisso com Benedict quando passou na frente do escritório do rei Porter e teria seguido direto, sem nem olhar duas vezes pela porta entreaberta se não fosse o cheiro de um perfume estupidamente característico. Torcendo para estar errado, o guarda deu dois passos para trás, desejoso que aquela fosse apenas uma peça pregada pela mente, como costumava acontecer em seus vinte e poucos anos, em que pensava avistar ou sentir Beatrice apenas para perceber o próprio engano. Alguns dias atrás, ele tinha visto e abraçado a amiga, o que poderia ter reacendido essa memória olfativa do perfume adocicado — que James jurava odiar, mas que, no fundo, gostava. Tinha que ser apenas um engano. No entanto, logo que colocou sua mão sobre a porta de maneira com cuidado, abrindo a fresta um pouco mais, conseguiu avistar a jornalista sobre a mesa do rei, mexendo em papéis possivelmente sigilosos. “Beatrice!”, soltou exasperado, a indignação lhe atingindo como um soco no estômago, enquanto se aproximava da jornalista com o rosto vermelho de raiva. “Você está louca?! Perdeu completamente a noção de perigo?”, apesar da urgência, mantinha o tom de voz baixo. Não queria nem imaginar o que poderiam fazer se a avistassem ali daquela maneira. Sem qualquer cuidado, passou sua mão com força sobre o braço dela e a puxou para longe dali, em direção à porta. Normalmente, se forçava a ser menos rude com a Wayne, mas a percepção de que uma jornalista estava fuçando na mesa do rei, fez com que assumisse a sua responsabilidade de guarda leal à coroa. Ele não podia permitir aquilo.
“Silêncio, não quero saber”, disse logo em seguida, percebendo que estava mais preocupado em tirar ela dali o mais rápido possível, do que no motivo que a levara até aquele escritório. Em sua mente, várias preocupações surgiam, sendo a principal delas o fato de que o rei notaria, com certeza saberia que alguém tinha mexido em sua mesa. Traição! Ela poderia ser acusada de traição! Seu estômago se revirou de raiva e ele apertou os dedos sobre o braço dela, dando uma rápida olhada pelo corredor antes de arrastá-la para fora em direção à escada mais próxima. No meio do caminho, no entanto, escutou os sons de passos e a voz do rei. Ele estava voltando. Sentindo a tensão aumentar, deu dois passos para trás, checando as portas mais próximas para ver se tinha alguma aberta. Em sua terceira tentativa, a porta abriu e ele logo empurrou ela para dentro, entrando em seguida. Com um dedo sobre o lábio, pediu silêncio, controlando a própria respiração ao escutar os passos cruzando na frente da porta. Fechou os olhos, atento aos sons e assim ficou até garantir que o perigo maior havia passado. O coração batia forte no peito e ao abrir os olhos, não conseguia conter sua irritação. A raiva que sentia beirava a ira. Deveria estar incomodado com o fato de Beatrice ter descumprido as regras, de ter invadido o escritório do rei, fuçado em papéis confidenciais, mas talvez, o que mais lhe irritava era a estupidez alheia. Será que ela não sabia que estava se colocando em perigo? Ainda bem ele tinha encontrado ela ali, porque se fosse qualquer outro guarda…James não queria nem pensar na possibilidade. Baixou o olhar para ela, sem saber o que dizer. Estava com tanta raiva, que não conseguia nem mesmo se expressar. Por isso, apenas a encarou, esperando que ela explicasse o que diabos tinha na cabeça.
Ele estava irritado. Não precisava de muito para dizer com toda a certeza do mundo que James Thomas O’Connell estava completamente irritado. Furioso, para ser mais específica e ele deixava isso claro nas palavras, nos gestos, na forma de andar, na forma de segura-lá pelo braço sem cuidado algum, sem se preocupar se estava lhe machucando ou não. Não que ela não entendesse o lado dele, oh sim, ela entendia, mas entender não era suficiente para evitar que ela revirasse os olhos. “Não, eu sempre fui meio louca, você sabe disso.” - Ela respondeu no mesmo tom baixo, mas carregado de sarcasmo conforme tentava deixar os papéis em cima da mesa como achara e então o seguia para fora do escritório, apesar de James praticamente a arrasta-la dali. Abriu a boca para mandá-lo sortear seu braço quando ele a mandou se calar. Sim, ela sabia que ele estava apenas fazendo seu trabalho, mas odiava a forma como ele a estava tratando. Por isso não pode evitar o soltar de ar reprovador. Ficou calada até que estivessem dentro de uma sala e ele parasse para olhá-la. Ohhh boy… Ele estava furioso.
“O que?” - Perguntou cínica. “Se estiver esperando que eu me explique…” - Ela começou andando pela sala, não suportava o olhar que ele dirigia a ela naquele momento, não ele. “Não vou gastar meu tempo fazendo algo que não vai adiantar em absolutamente nada.” - Doía, mas Bee aprendera a pior maneira que não importava qual fosse a verdade, as pessoas só viam o que queria ver. Tudo bem, ela não deveria ter bisbilhotado os papéis do rei Porter, sabia o quão ruim aquilo podia ser, mas não se arrependia. Não achara nada demais ali, se quer esperava achar e também não pensara muito sobre as consequências, mas ainda assim, o que James estava esperando dela? Parou de frente para ele, do outro lado da sala, e o encarou duramente. “O que quer que eu diga, que sinto muito? Não vai ouvir isso vindo de mim.”
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(flash) gonna burn some bridges // james&fred
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Em comparação a seus amigos, Fred, poderia ser considerado um dos mais sóbrios ali. Já era o final de uma festa que tiveram e ele nem mesmo lembravam o que estavam comemorando lembrava de ter sido levado por seus colegas, e sem dúvidas todos haviam passado do limite. Seus colegas de quarto estavam em sua maioria ali com a bebida entre as mãos, e Fred tinha quase certeza que não se lembrariam em nada daquilo. Porém, a culpa corroía o garoto, então prometeu levar um a um para o quarto. Já que aquele era seu máximo, pois ele não era o estudante mais forte do mundo. Sem contar que não sentia-se seguro o suficiente para usar sua varinha. Capaz de tentar um simples feitiço de flutuação, e seus colegas acabassem desfigurados. Não tinha dúvidas, que Fred ia levar seu melhor amigo primeiro, pois James sempre era o que mais dava trabalho. Se ele conseguisse tirar James da festa o resto ia embora sem reclamar. Percebeu que o amigo estava sentado no chão, e Fred abaixou um pouco dobrando os joelhos. “Hora de ir para cama, campeão.” Nem mesmo quis ouvir a choradeira do outro de estar sóbrio ou bem. Já era vacinado contra aquele tipo de choramingo. Pegou um dos braços do outro, e passou por seu ombro utilizando seu outro braço para segurar a cintura de James lhe servindo de apoio.
Pensar que teria que fazer tudo aquilo com seus outros colegas deixava Fred ainda mais cansado. Ele também estava bêbado. Seus pés fraquejaram, mas haviam conseguido chegar até o quadro da Mulher Gorda que insistira em piadas sem noção durante aquela hora. Fred precisou avisar que estava com dor de cabeça para mulher deixá-lo entrar. Subir as escadas tentando levar alguém também não era nada fácil, mas ele se viu agradecendo quando chegaram em seu dormitório. Com cuidado com medo que o garoto pudesse colocar tudo para fora tentou começar a ajeitá-lo na cama. “Você poderia me ajudar um pouco, Jimmy,” Comentou ao notar que não estava sendo fácil deixar James ali. Era engraçado o quanto conhecia o garoto, e a forma como agora encarava o rosto do mesmo. Ele nunca havia percebido como James possuía traços tão bonitos.
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