#instituto ciranda
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lucianamattiello · 2 months ago
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Projeto de criação de livro didático para o Instituto Ciranda de Música e Cidadania.
Eu fui convidada a ilustrar todos os 4 cadernos. A ideia era integrar as lições de música com elementos da cultura do Mato Grosso e também usar a aquarela que é uma técnica tradicional de pintura para obter uma linguagem única! 
Instagram: @institutociranda
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zemaribeiro · 1 year ago
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Maracatu Quebra-Baque celebra 20 anos “Pelos Trilhos da Vale”
[release] O Maracatu Quebra-Baque. Foto: divulgação O projeto “Quebra-Baque – 20 Anos – Pelos Trilhos da Vale”, celebra os 20 anos de trajetória do grupo pernambucano Maracatu Quebra-Baque. A circulação é apresentada pelo Ministério da Cultura (MinC), com patrocínio do Instituto Cultural Vale (ICV), através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e é uma realização da Atos Produções Artísticas,…
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gazeta24br · 2 years ago
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O músico Marcos André Carvalho, de família umbandista e praticante do candomblé, idealizou e promove hoje (2), no Rio de Janeiro, o Dia de Iemanjá no Arpoador à semelhança da festa realizada em Salvador (BA) há 100 anos em homenagem à orixá, ou divindade, africana feminina. Iemanjá é considerada a mãe dos orixás e denominada Rainha do Mar. Com realização do Instituto Floresta e da Rede de Patrimônio Imaterial do Estado do Rio de Janeiro, com patrocínio da prefeitura carioca, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, moradores da capital fluminense e turistas ganham assim um Dia de Iemanjá no Arpoador, na praia de Ipanema, zona sul da cidade. A festa será totalmente gratuita e reunirá dez grandes grupos, totalizando cerca de 140 líderes religiosos e artistas, além de filhos de santo e representantes de outras religiões, como a católica e a judaica. O ritual começa às 15h. O cortejo se concentrará no calçadão da praia de Ipanema, junto à estátua do maestro e compositor Tom Jobim, oferecendo ao público apresentações dos grupos Tambores de Olokun, Afoxé Filhas de Ghandy, Afoxé Oré Lailai e Ogan Kotoquinho. Na Pedra Às 17h, casas de umbanda e de candomblé de origens centenárias e artistas de grupos de afoxé, jongo, samba e maracatu seguirão com balaios contendo flores e frutas, presentes para Iemanjá, em direção à Pedra do Arpoador, onde serão feitas as oferendas. Em seguida, será aberta uma Roda de Tambor na areia da praia, com pontos de candomblé cantados pelo Mestre Ogan Bangbala, mais velho Ogan do Brasil e padrinho da comemoração, com 103 anos de idade, e pelo Pai Dário de Ossain, do Ilê Axé Onixegun e mestre de jongo do Morro da Serrinha. Caberá ao cantor de umbanda, Tião Casemiro, entoar pontos de umbanda acompanhado por sua orquestra de tambores. O Jongo do Pinheiral, por sua vez, um dos mais antigos do país, vai representar na festa mais de 100 anos de história do Vale do Café, região de quilombolas e berço do jongo, considerado o pai do samba carioca. O Jongo de Pinheiral subirá ao palco ao lado dos jongueiros do Morro da Serrinha, de Madureira, da Companhia de Aruanda e de Marcos André. Para fechar a roda e a parte sagrada da festa, a Companhia de Aruanda e o grupo Samba Jongo convidarão o público para dançar samba de roda, coco, jongo e cirandas praieiras. O apogeu da festa será uma roda de samba, com início previsto para as 20h, a ser realizada em um palco montado ao lado da Pedra do Arpoador, da qual participarão os sambistas Nina Rosa, Marcelinho Moreira, Hamilton Fofão, Carlinhos 7 Cordas, PH Mocidade, Nenê Brown, entre outros. Durante todo o evento, a Feira Crespa, integrada por afroempreendedores, oferecerá ao público, no calçadão do Arpoador, produtos de gastronomia e moda. Visibilidade Em entrevista à Agência Brasil, Marcos André Carvalho destacou que enquanto o marketing de turismo de Salvador é a baiana do acarajé, no Rio de Janeiro é a Garota de Ipanema. “Não é a origem do samba”, disse. “Tudo nasceu nos terreiros, como o samba; a bossa-nova nasceu do samba; a batida do funk nasceu dos tambores”. O músico explicou que a umbanda e o candomblé são a matriz do samba, da bossa-nova e do funk carioca. “E a gente tem essa dívida, porque não pegou a nossa matriz africana carioca e deu visibilidade para ela, como Salvador fez como estratégia de marketing de turismo há décadas. Hoje, Salvador tem 500 mil turistas no dia 2 de fevereiro. Bate até o réveillon”, garantiu. Por isso, o Dia de Iemanjá no Arpoador “quer dar visibilidade aos terreiros de umbanda e candomblé e trazê-los para uma praia da zona sul, no coração do turismo, em Ipanema”. Marcos André informou que as oferendas conterão somente flores biodegradáveis, não sendo admitidos plástico, vidro nem madeira. “Porque é uma homenagem à Rainha do Mar e a gente tem que manter a casa dela limpa. Os orixás são a força da natureza e a gente tem que preservar a natureza. Não faz sentido homenagear a orixá sujando o mar”. Réveillon carioca A
Roda de Tambor na areia da praia será um momento muito simbólico para as religiões de matriz africana porque vai relembrar o que ocorria nos anos de 1940, quando os terreiros iam comemorar o Dia de Iemanjá nas praias. “Dali nasceu o réveillon carioca, todo mundo de branco, jogando flores no mar, pulando sete ondas. Pouca gente sabe que essa tradição nasceu da presença dos terreiros no Dia de Iemanjá, em 31 de dezembro. Depois, a espetacularização do réveillon acabou expulsando os que criaram a festa nas praias, que foram os terreiros”. Marcos André lamentou que, agora, não dá mais para voltar, devido à interdição das ruas na virada de 31 de dezembro para o dia 1º de janeiro, pelas autoridades municipais. Daí, escolheu-se o dia 2 de fevereiro para retomar esse espaço sagrado das areias cariocas e, também resgatar um pouco esse mérito dos terreiros na história do réveillon carioca que, hoje, “é a maior festa do planeta, conhecida no mundo todo”. Carvalho comentou que após as oferendas, fazer as rodas de candomblé, umbanda e jongo naquelas areias, 80 anos depois, é “fazer justiça aos pretos velhos e às pretas velhas que inventaram o réveillon carioca. Eu fico muito emocionado com isso”. O músico ressaltou que 30 anos após a espetacularização do réveillon carioca, iniciada nos anos de 1990, os terreiros da Baixada Fluminense, da zona norte e do Vale do Café, “onde tudo começou” vão contar essa história e tomar posse novamente dessas areias. União e equilíbrio A inspiração para realização do Dia de Iemanjá no Arpoador veio para Marcos André durante a pandemia da covid-19. A proposta teve adesão total das mães e pais de santo. Marcos André salientou que, além da parte histórica e cultural, Iemanjá “é de todos; de quem é da religião e de quem não é. Ela é muito forte, muito querida. Ela une. E neste momento, a gente está precisando de união. Vamos nos dar as mãos na beira do mar, cantar e agradecer por ter sobrevivido a essa pandemia”. Dona das cabeças, Iemanjá dá equilíbrio às pessoas. “A gente está pedindo isso para os cariocas e brasileiros: equilíbrio, temperança, respeito mútuo”. O músico reiterou que a orixá une a todos e dá equilíbrio “para a gente poder ser mais ponderado, menos radical”. Economia A celebração tem como parceiros a Riotur, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Secretaria Municipal de Políticas da Mulher, Coordenadoria Executiva de Diversidade Religiosa, Subprefeitura da Zona Sul, Ilê Axé Onixegun, Companhia de Aruanda, Alalaô Kiosk e Hotel Arpoador. Marcos André Carvalho destacou o potencial da festa para a geração de recursos para a cidade. Segundo informou, a festa de Iemanjá em Salvador, de acordo com estudo da Fundação Getulio Vargas, arrecada R$ 400 milhões para o município, em impostos. “Então, nós somos economia também. Nós temos potencial turístico e queremos envolver os hotéis”. Mutirão Ao final do evento, a equipe da produção promoverá, junto com o público, um mutirão de limpeza das praias “para que as pessoas entendam que areia e pedra são as moradas da sereia. Vamos limpar, deixar tudo limpo. Talvez essa seja a oferenda que ela (Iemanjá) mais vai gostar”, manifestou o músico. No ano passado, no dia 2 de fevereiro, a celebração aconteceu nas areias da Praia do Flamengo, marcando a abertura do Festival Multiplicidade, de Batman Zavareze, mas cresceu e, este ano, o axé para Iemanjá ocupará as pedras do Arpoador, em Ipanema. Além de gerar impacto positivo na valorização das tradições cariocas de matrizes africanas e seus fazedores, o Dia de Iemanjá no Arpoador pode contribuir de modo favorável para as cadeias produtivas do turismo e da economia criativa do Rio de Janeiro.   Edição: Valéria Aguiar - Agência Brasil
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alexandriaamormarcante · 2 years ago
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LYGIA FAGUNDES TELLES
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nasceu em São Paulo e passou a infância no interior do Estado, onde o pai, o advogado Durval de Azevedo Fagundes, foi promotor público. A mãe, Maria do Rosário (Zazita), era pianista. Voltando a residir com a família em São Paulo, a escritora fez o curso fundamental na Escola Caetano de Campos e em seguida ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo, onde se formou. Quando estudante do pré-jurídico cursou a Escola Superior de Educação Física da mesma universidade.
Ainda na adolescência manifestou-se a paixão, ou melhor, a vocação de LFT para a literatura incentivada pelos seus maiores amigos, os escritores Carlos Drummond de Andrade e Erico Verissimo. Contudo, mais tarde a escritora viria a rejeitar seus primeiros livros porque em sua opinião “a pouca idade não justifica o nascimento de textos prematuros, que deveriam continuar no limbo”.
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Ciranda de Pedra (1954) é considerada por Antonio Candido a obra em que a autora alcança a maturidade literária. LFT também considera esse romance o marco inicial de suas obras completas. O que ficou para trás, “são juvenilidades”. Quando da sua publicação o romance foi saudado por críticos como Otto Maria Carpeaux, Paulo Rónai e José Paulo Paes. No mesmo ano, fruto de seu primeiro casamento nasceu o filho Goffredo da Silva Telles Neto, cineasta, e que lhe deu as duas netas: Margarida e Lúcia, mãe da única bisneta, Marina. Ainda nos anos 1950, saiu o livro Histórias do Desencontro (1958), que recebeu o Prêmio do Instituto Nacional do Livro.
O segundo romance Verão no Aquário (1963), Prêmio Jabuti, saiu no mesmo ano em que já divorciada casou-se com o crítico de cinema Paulo Emílio Sales Gomes. Em parceria com ele escreveu o roteiro para cinema Capitu (1967) baseado em Dom Casmurro, de Machado de Assis. Esse roteiro que foi encomenda de Paulo César Saraceni recebeu o Prêmio Candango, concedido ao melhor roteiro cinematográfico.
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A década de 1970 foi de intensa atividade literária e marca o início da sua consagração na carreira. LFT publicou, então, alguns de seus livros mais importantes: Antes do Baile Verde (1970), cujo conto que dá título ao livro recebeu o Primeiro Prêmio no Concurso Internacional de Escritoras, na França. As Meninas (1973), romance que recebeu os Prêmios Jabuti, Coelho Neto da Academia Brasileira de Letras e “Ficção” da Associação Paulista de Críticos de Arte. Seminário dos Ratos (1977) foi premiado pelo PEN Clube do Brasil. O livro de contos Filhos Pródigos (1978) seria republicado com o título de um de seus contos A Estrutura da Bolha de Sabão (1991).
A Disciplina do Amor (1980) recebeu o Prêmio Jabuti e o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte. O romance As Horas Nuas (1989) recebeu o Prêmio Pedro Nava de Melhor Livro do Ano.
Os textos curtos e impactantes passaram a se suceder na década de 1990, quando, então, é publicado A Noite Escura e Mais Eu (1995) e que recebeu o Prêmio Arthur Azevedo da Biblioteca Nacional, o Prêmio Jabuti e o Prêmio APLUB de Literatura. Os textos do livro Invenção e Memória (2000) receberam o Prêmio Jabuti, APCA e o "Golfinho de Ouro”. Durante Aquele Estranho Chá (2002), textos que a autora denomina de perdidos e achados antecedeu o seu mais recente livro Conspiração de Nuvens (2007), ficção e memória e que foi premiado pela APCA.
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A consagração definitiva viria com o Prêmio Camões (2005), distinção maior em língua portuguesa pelo conjunto de obra.
Lygia Fagundes Telles conduziu sua trajetória literária trabalhando ainda como Procuradora do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo, cargo que exerceu até a aposentadoria. Foi ainda presidente da Cinemateca Brasileira, fundada por Paulo Emílio Sales Gomes. É membro da Academia Paulista de Letras e da Academia Brasileira de Letras. Teve seus livros publicados em diversos países: Portugal, França, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Holanda, Suécia, Espanha e República Checa, entre outros, com obras adaptadas para TV, teatro e cinema.
Vivendo a realidade de uma escritora do terceiro mundo LFT considera sua obra de natureza engajada, ou seja, comprometida com a difícil condição do ser humano em um país de tão frágil educação e saúde. Participante desse tempo e dessa sociedade a escritora procura apresentar através da palavra escrita a realidade envolta na sedução do imaginário e da fantasia. Mas enfrentando sempre a realidade desse país: em 1976, durante a ditadura militar, integrou uma comissão de escritores que foi a Brasília entregar ao Ministro da Justiça o famoso “Manifesto dos Mil”, veemente declaração contra a censura e que foi assinada pelos mais representativos intelectuais do Brasil.
LFT já declarou em uma entrevista: “A criação literária? O escritor pode ser louco, mas não enlouquece o leitor, ao contrário, pode até desviá-lo da loucura. O escritor pode ser corrompido, mas não corrompe. Pode ser solitário e triste e ainda assim vai alimentar o sonho daquele que está na solidão”.
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OBRAS:
Contos:
Porão e sobrado (1938)
Antes do Baile Verde (1970)
Seminário dos Ratos (1977)
Mistérios (1981)
Invenção e Memória (2000)
Romances:
Ciranda de Pedra (1954)
Verão no Aquário (1964)
As Meninas (1973)
As horas nuas (1989)
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Prêmios Literários
- Prêmio do Instituto Nacional do Livro, por Histórias do Desencontro (1958)
- Prêmio Jabuti, por Verão no Aquário (1965)
- Grande Prêmio Internacional Feminino para Contos estrangeiros, França (1969) por Antes do Baile Verde
- Prêmio Candango, concedido ao melhor roteiro cinematográfico, por Capitu parceria com Paulo Emílio Sales Gomes (1969)
- Prêmio Guimarães Rosa (1972)
- Prêmio Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras; Jabuti e APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte, pelo romance As Meninas (1974)
- PEN Clube do Brasil, pelo livro de contos Seminário dos Ratos (1977)
- Prêmio Jabuti e APCA, por A Disciplina do Amor (1980)
- II Bienal Nestlé de Literatura Brasileira (1984)
- Prêmio Pedro Nava, (Melhor Livro do Ano), por As Horas Nuas (1989)
- Prêmio Jabuti; Prêmio Arthur Azevedo, da Biblioteca Nacional e APLUB de Literatura, por A Noite Escura e Mais Eu (1995)
- Condecorada com a Ordem das Artes e das Letras pelo governo francês (1998)
- Prêmio Jabuti; APCA; Concurso paralelo “Livro do Ano” e o "Golfinho de Ouro”, por Invenção e Memória (2001)
- Prêmio Camões, pelo conjunto da obra, Portugal – Brasil (2005)
- Prêmio APCA, por Conspiração de Nuvens (2007)
- Prêmio Mulheres mais Influentes - Gazeta Mercantil (2007)
- Prêmio Dra. Maria Imaculada Xavier da Silveira, 2008 - OAB
- Prêmio Juca Pato 2009 (Intelectual do Ano) - União Brasileira de Escritores
- Prêmio Conrado Wessel de Literatura 2015
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gessyanedias · 4 years ago
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África em nós – salve a data!
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Chegamos ao Módulo 4 do curso “África em Nós”. Desta vez a proposta é fazer uma viagem afetiva e musical do continente africano para a América do Norte e do Sul e de volta ao continente africano. Para mostrar como as culturas musicais de lá influenciaram as de cá e depois voltaram para influenciar novamente as costas africanas do Atlântico e do Índico.
Samba, jazz, congada, blues, maracatu, rock, boi-bumbá, rap, ciranda, hip-hop, jongo... são muitos os cordões umbilicais musicais que nos unem.
“Os módulos do curso foram pensados de forma independente e não é necessário ter participado dos primeiros para fazer este”, conta Alexandre dos Santos ( @alsantos72 ), jornalista e professor do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio ( @iripucrio ).�.�Clique aqui para se inscrever:
https://www.eventbrite.com.br/e/africa-em-nos-uma-viagem-af……
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dietasdicas1 · 5 years ago
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O sono em tempos de coronavírus
Às vezes, nos perguntamos se tudo que estamos passando com o novo coronavírus (Sars-CoV-2) não passa de um pesadelo. De repente, sem pedir licença, chega um inimigo invisível que não fala uma única palavra, mas trava a ciranda de nossas vidas frenéticas.
As ruas desertas são testemunha de que perdemos o chão. Fomos privados do convívio no trabalho, do abraço dos amigos, do happy hour de sexta feira. E tamanha limitação veio temperada com medo e ansiedade, frente a possibilidade real de contágio. Nessa brecada brusca, temos medo de sair voando e nos espatifar numa UTI, perder algum ente querido, perder o emprego. A nossa rotina está de pernas para o ar — e ficar em casa o dia todo também não é fácil.
E o sono com isso? Bom, eu posso compará-lo a uma biruta. Em tempos calmos, ela fica sossegada. Mas os ventos que anunciam uma tempestade a fazem girar freneticamente. Nesses momentos mais revoltos da nossa vida, é possível que o sono fique agitado, ou mesmo nos abandone.
Nessas horas, muitas dicas podem ajudar. Nada de avançar noite adentro assistindo a séries na tevê, por exemplo. Trocar o dia pela noite é um convite para o desalento e a depressão. Já a exposição a luz solar e os exercícios físicos são fundamentais.
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Para evitar a dificuldade de adormecer, precisamos retomar o controle da rotina, que talvez esteja bagunçada nessa hora de pandemia. Devemos formar horários para dormir, acordar, trabalhar, comer e praticar atividade física.
Evite acampar na cama o dia todo, levando computador, celular, trabalho e comida. A cama foi feita para dormir e fazer amor. Acordou, saia da cama, arrume a cama, tire o pijama — mesmo se não tiver nada para fazer. O ideal é ficar longe de eletrônicos uma hora antes de dormir.
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Outro ponto importante: ficar na cama no meio da noite remoendo problemas é uma armadilha. Não conseguiu dormir depois de 20 a 30 minutos? Levante-se e vá ler algo leve. Quem sabe em meia hora o sono vem e aí você volta para a cama. O sono é uma entrega: se estivermos ansiosos, preocupados ou com os horários totalmente malucos, corremos o risco de ficar girando na cama, lembrando aqueles frangos de padaria.
A ciência tem mostrado que o sono é muito mais do que um momento de descanso. Ele é fundamental para a fixação da memória, a eliminação de toxinas acumuladas no cérebro durante o dia e o processamento das emoções. O repouso noturno não é um momento passivo, mas ativamente programado, com fases e funções distintas. Durante a fase de sono REM (Rapid Eye Movement), movimentamos os olhos indicando que estamos tendo sonhos visuais. O cérebro está ativo enquanto o corpo fica totalmente relaxado. É como se a gente atuasse em um mundo virtual.
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Mas o que sonhamos? Cerca de 90% dos sonhos são um repasse do que aconteceu durante o dia, só que de forma desorganizada e cheia de associações malucas. Nos sonhos, os pensamentos se tornam realidade com grande conteúdo emocional.
E sim: todos sonhamos, pois a fase REM representa de 20% a 25% da noite. A verdade é que, no geral, lembramos pouco dos sonhos (e isso não tem necessariamente um significado). É provável que os sonhos sirvam como uma limpeza, ajudando na dissipação das emoções.
A psiquiatra e neurocientista Natalia Mota, trabalhando com o grupo do professor Sidarta Ribeiro, do Instituto do Cérebro da Universidade do Rio Grande do Norte, estava estudando o conteúdo dos sonhos das pessoas antes da chegada do coronavírus. Ela seguiu com suas pesquisas e, no primeiro mês de pandemia, notou um aumento de conteúdos relacionados a medo, contaminação e limpeza.
Aliás, o medo de contaminação não aparece só nos sonhos. Ele se materializou naquela corrida inicial e meio sem sentido por papel higiênico. Ou na obsessão de alguns de passar mais um pouquinho de álcool em gel nas mãos.
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Outra forma de enfrentar o medo e de se eximir de nossa responsabilidade na pandemia é aderir à tribo dos que “não estão nem aí” ou que simplesmente negam a realidade. É no mínimo curioso ver alguém tentando sustentar a hipótese de que o mundo todo parou por obra da mídia. Enquanto isso, o número sem precedentes de profissionais de saúde gravemente doentes brilha como a luz do dia. Segundo dados de junho do Ministério da Saúde, 168 profissionais morreram por causa do novo coronavírus no Brasil. E olha o sono aqui de novo: uma pesquisa realizada na China mostra que mais de um terço dos médicos envolvidos no atendimento aos pacientes com Covid-19 sofrem com sintomas de insônia.
A boa notícia é que estamos começando a flexibilizar nossa eterna quarentena. Mas alto lá! Não descuide do sono. Nada de aproveitar para fazer tudo que não conseguiu nos últimos três meses. Respeite o distanciamento e respeite também o seu sono. O ato de dormir pouco está associado a cansaço, sonolência, perda de concentração e memória, obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Ninguém merece enfrentar mais esses problemas em um período que já é muito desafiador.
*Geraldo Lorenzi é professor de Pneumologia da FMUSP e diretor do Laboratório do Sono do InCor
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vitoriaaromaterapeuta · 5 years ago
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O sono em tempos de coronavírus
Às vezes, nos perguntamos se tudo que estamos passando com o novo coronavírus (Sars-CoV-2) não passa de um pesadelo. De repente, sem pedir licença, chega um inimigo invisível que não fala uma única palavra, mas trava a ciranda de nossas vidas frenéticas.
As ruas desertas são testemunha de que perdemos o chão. Fomos privados do convívio no trabalho, do abraço dos amigos, do happy hour de sexta feira. E tamanha limitação veio temperada com medo e ansiedade, frente a possibilidade real de contágio. Nessa brecada brusca, temos medo de sair voando e nos espatifar numa UTI, perder algum ente querido, perder o emprego. A nossa rotina está de pernas para o ar — e ficar em casa o dia todo também não é fácil.
E o sono com isso? Bom, eu posso compará-lo a uma biruta. Em tempos calmos, ela fica sossegada. Mas os ventos que anunciam uma tempestade a fazem girar freneticamente. Nesses momentos mais revoltos da nossa vida, é possível que o sono fique agitado, ou mesmo nos abandone.
Nessas horas, muitas dicas podem ajudar. Nada de avançar noite adentro assistindo a séries na tevê, por exemplo. Trocar o dia pela noite é um convite para o desalento e a depressão. Já a exposição a luz solar e os exercícios físicos são fundamentais.
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Para evitar a dificuldade de adormecer, precisamos retomar o controle da rotina, que talvez esteja bagunçada nessa hora de pandemia. Devemos formar horários para dormir, acordar, trabalhar, comer e praticar atividade física.
Evite acampar na cama o dia todo, levando computador, celular, trabalho e comida. A cama foi feita para dormir e fazer amor. Acordou, saia da cama, arrume a cama, tire o pijama — mesmo se não tiver nada para fazer. O ideal é ficar longe de eletrônicos uma hora antes de dormir.
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Mas o que sonhamos? Cerca de 90% dos sonhos são um repasse do que aconteceu durante o dia, só que de forma desorganizada e cheia de associações malucas. Nos sonhos, os pensamentos se tornam realidade com grande conteúdo emocional.
E sim: todos sonhamos, pois a fase REM representa de 20% a 25% da noite. A verdade é que, no geral, lembramos pouco dos sonhos (e isso não tem necessariamente um significado). É provável que os sonhos sirvam como uma limpeza, ajudando na dissipação das emoções.
A psiquiatra e neurocientista Natalia Mota, trabalhando com o grupo do professor Sidarta Ribeiro, do Instituto do Cérebro da Universidade do Rio Grande do Norte, estava estudando o conteúdo dos sonhos das pessoas antes da chegada do coronavírus. Ela seguiu com suas pesquisas e, no primeiro mês de pandemia, notou um aumento de conteúdos relacionados a medo, contaminação e limpeza.
Aliás, o medo de contaminação não aparece só nos sonhos. Ele se materializou naquela corrida inicial e meio sem sentido por papel higiênico. Ou na obsessão de alguns de passar mais um pouquinho de álcool em gel nas mãos.
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Outra forma de enfrentar o medo e de se eximir de nossa responsabilidade na pandemia é aderir à tribo dos que “não estão nem aí” ou que simplesmente negam a realidade. É no mínimo curioso ver alguém tentando sustentar a hipótese de que o mundo todo parou por obra da mídia. Enquanto isso, o número sem precedentes de profissionais de saúde gravemente doentes brilha como a luz do dia. Segundo dados de junho do Ministério da Saúde, 168 profissionais morreram por causa do novo coronavírus no Brasil. E olha o sono aqui de novo: uma pesquisa realizada na China mostra que mais de um terço dos médicos envolvidos no atendimento aos pacientes com Covid-19 sofrem com sintomas de insônia.
A boa notícia é que estamos começando a flexibilizar nossa eterna quarentena. Mas alto lá! Não descuide do sono. Nada de aproveitar para fazer tudo que não conseguiu nos últimos três meses. Respeite o distanciamento e respeite também o seu sono. O ato de dormir pouco está associado a cansaço, sonolência, perda de concentração e memória, obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Ninguém merece enfrentar mais esses problemas em um período que já é muito desafiador.
*Geraldo Lorenzi é professor de Pneumologia da FMUSP e diretor do Laboratório do Sono do InCor
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magraeleveemagrecer · 5 years ago
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O sono em tempos de coronavírus
Às vezes, nos perguntamos se tudo que estamos passando com o novo coronavírus (Sars-CoV-2) não passa de um pesadelo. De repente, sem pedir licença, chega um inimigo invisível que não fala uma única palavra, mas trava a ciranda de nossas vidas frenéticas.
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E o sono com isso? Bom, eu posso compará-lo a uma biruta. Em tempos calmos, ela fica sossegada. Mas os ventos que anunciam uma tempestade a fazem girar freneticamente. Nesses momentos mais revoltos da nossa vida, é possível que o sono fique agitado, ou mesmo nos abandone.
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Para evitar a dificuldade de adormecer, precisamos retomar o controle da rotina, que talvez esteja bagunçada nessa hora de pandemia. Devemos formar horários para dormir, acordar, trabalhar, comer e praticar atividade física.
Evite acampar na cama o dia todo, levando computador, celular, trabalho e comida. A cama foi feita para dormir e fazer amor. Acordou, saia da cama, arrume a cama, tire o pijama — mesmo se não tiver nada para fazer. O ideal é ficar longe de eletrônicos uma hora antes de dormir.
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Outro ponto importante: ficar na cama no meio da noite remoendo problemas é uma armadilha. Não conseguiu dormir depois de 20 a 30 minutos? Levante-se e vá ler algo leve. Quem sabe em meia hora o sono vem e aí você volta para a cama. O sono é uma entrega: se estivermos ansiosos, preocupados ou com os horários totalmente malucos, corremos o risco de ficar girando na cama, lembrando aqueles frangos de padaria.
A ciência tem mostrado que o sono é muito mais do que um momento de descanso. Ele é fundamental para a fixação da memória, a eliminação de toxinas acumuladas no cérebro durante o dia e o processamento das emoções. O repouso noturno não é um momento passivo, mas ativamente programado, com fases e funções distintas. Durante a fase de sono REM (Rapid Eye Movement), movimentamos os olhos indicando que estamos tendo sonhos visuais. O cérebro está ativo enquanto o corpo fica totalmente relaxado. É como se a gente atuasse em um mundo virtual.
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Mas o que sonhamos? Cerca de 90% dos sonhos são um repasse do que aconteceu durante o dia, só que de forma desorganizada e cheia de associações malucas. Nos sonhos, os pensamentos se tornam realidade com grande conteúdo emocional.
E sim: todos sonhamos, pois a fase REM representa de 20% a 25% da noite. A verdade é que, no geral, lembramos pouco dos sonhos (e isso não tem necessariamente um significado). É provável que os sonhos sirvam como uma limpeza, ajudando na dissipação das emoções.
A psiquiatra e neurocientista Natalia Mota, trabalhando com o grupo do professor Sidarta Ribeiro, do Instituto do Cérebro da Universidade do Rio Grande do Norte, estava estudando o conteúdo dos sonhos das pessoas antes da chegada do coronavírus. Ela seguiu com suas pesquisas e, no primeiro mês de pandemia, notou um aumento de conteúdos relacionados a medo, contaminação e limpeza.
Aliás, o medo de contaminação não aparece só nos sonhos. Ele se materializou naquela corrida inicial e meio sem sentido por papel higiênico. Ou na obsessão de alguns de passar mais um pouquinho de álcool em gel nas mãos.
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Outra forma de enfrentar o medo e de se eximir de nossa responsabilidade na pandemia é aderir à tribo dos que “não estão nem aí” ou que simplesmente negam a realidade. É no mínimo curioso ver alguém tentando sustentar a hipótese de que o mundo todo parou por obra da mídia. Enquanto isso, o número sem precedentes de profissionais de saúde gravemente doentes brilha como a luz do dia. Segundo dados de junho do Ministério da Saúde, 168 profissionais morreram por causa do novo coronavírus no Brasil. E olha o sono aqui de novo: uma pesquisa realizada na China mostra que mais de um terço dos médicos envolvidos no atendimento aos pacientes com Covid-19 sofrem com sintomas de insônia.
A boa notícia é que estamos começando a flexibilizar nossa eterna quarentena. Mas alto lá! Não descuide do sono. Nada de aproveitar para fazer tudo que não conseguiu nos últimos três meses. Respeite o distanciamento e respeite também o seu sono. O ato de dormir pouco está associado a cansaço, sonolência, perda de concentração e memória, obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Ninguém merece enfrentar mais esses problemas em um período que já é muito desafiador.
*Geraldo Lorenzi é professor de Pneumologia da FMUSP e diretor do Laboratório do Sono do InCor
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O sono em tempos de coronavírus publicado primeiro em https://saude.abril.com.br/bem-estar
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ultraisabarrosmartins1978 · 5 years ago
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Bazar VilaMundo, no Instituto Acqua, homenageia as mulheres
O Bazar VilaMundo  aguarda visitantes de todos os cantos do ABC e São Paulo para mais uma edição. O evento, que acontece no dia 15 de março, das 11h às 18h, no Instituto Acqua, valoriza a economia criativa e traz em sua programação que homenageia as mulheres.
O Baque Minas de Resistência (foto acima) é um grupo percussivo feminino da cidade de Diadema, que explora ritmos da cultura popular nordestina, tais como o maracatu de baque virado, o côco de roda e a ciranda. Idealizado e regido pela cantora e pesquisadora Ana Cacimba, o grupo de mulheres batuqueiras vestidas de vermelho têm feito diversas apresentações pelo estado de São Paulo, levando como missão a resistência feminina.
Giselle Maria é cantora, compositora, professora de xanto, formada em música e autora do livro “Trovas de amor para corações modernos”, ARTivista e fomentadora cultural há 16 anos no ABC, transita entre o Jazz e a Música Brasileira com a malemolência de quem está há 22 anos profissionalmente no mundo da música.
Já a cantora Claudia Lima se apresenta mostrando os grandes sucessos de Carmen Miranda, Aracy de Almeida, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Dolores Duran entre outras vozes que inspiraram e influenciam até hoje cantoras de todo Brasil.
Na programação ainda tem: Lilia Reis, Márcia Cherubim e Patrícia Nabeiro. O evento também conta com uma feira com itens de brechós, cosméticos, gastronomia, cervejas artesanais e muito mais.
Mais
O Instituto Acqua, em parceria com o portal Catraca Livre, Cidade Escola Aprendiz e Cuponeria, mantém a iniciativa VilaMundo – uma plataforma que mapeia regiões para sugerir passeios culturais gratuitos ou com descontos especiais. Com ela é possível articular, conectar e divulgar ações que estimulem a economia criativa e o acesso à educação e atividades culturais.
Veja também: Banda de Afrobeat formada por mulheres negras faz show no Ibirapuera
Bazar VilaMundo, no Instituto Acqua, homenageia as mulherespublicado primeiro em como se vestir bem
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professoraevelyn · 6 years ago
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Lygia Fagundes Telles
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Lygia Fagundes Telles nasce na cidade da garoa, São Paulo, no dia 19 de abril de 1923. Sua mãe pianista, Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, e seu pai advogado e promotor, Durval de Azevedo Fagundes. Por causa da atividade do pai, a menina passou grande parte da infância e adolescência em diferentes cidades do interior.
A paulistana era amiga dos escritores Carlos Drummond de Andrade e Érico Veríssimo. Provavelmente a convivência com dois grandes nomes da literatura brasileira tenha colaborado para que, desde cedo, Lygia tivesse muito interesse pelos escritos literários. Aos 15 anos, com a ajuda de seu pai, ela publica o seu primeiro livro de contos intitulado Porão e Sobrado.
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Contudo, é a publicação do romance Ciranda de Pedra, em 1954, que eleva a jovem escritora, ao patamar da notoriedade do público e da crítica literária. Antonio Cândido, um dos grandes nomes da crítica literária no Brasil, identifica o amadurecimento da escritura literária da autora, a partir desse livro. Em 1958, o seu livro Histórias do Desencontro é agraciado com o Prêmio do Instituto Nacional do Livro.
A década de 1960 também foi muito produtiva para a carreira de Lygia Fagundes. Com a publicação de Verão no Aquário (1963), foi vencedora do Prêmio Jabuti e ganhadora do Prêmio Candango (1967) - juntamente com seu marido, o crítico de cinema Paulo Emílio Soares Gomes -, com o roteiro do filme Capitu, baseado na obra Dom Casmurro, de Machado de Assis.
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Na década de 1970 a escritora vê sua trajetória ser consagrada a partir das seguintes publicações:
Antes do Baile Verde, 1970 - Primeiro Prêmio no Concurso Internacional de Escritoras, na França;
As Meninas, 1973 - Prêmios Jabuti, Coelho Neto da Academia Brasileira de Letras e Ficção da Associação Paulista de Críticos de Arte;
Seminário dos Ratos, 1977, premiado pelo PEN Clube do Brasil.
Nas duas décadas que seguiram (1980 e 90) a escritora manteve a sua trajetória de premiações, sendo elas:
A Disciplina do Amor, 1980 - Prêmio Jabuti e Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte;
As Horas Nuas, 1989 - Prêmio Pedro Nava de Melhor Livro do Ano;
A Noite Escura e Mais Eu, 1995 - Prêmio Arthur Azevedo da Biblioteca Nacional, o Prêmio Jabuti e o Prêmio APLUB de Literatura.
No ano 2000 o livro Memória recebeu os prêmios Jabuti, APCA e o Golfinho de Ouro. Já em 2005, Lygia Fagundes Telles recebe o Prêmio Camões pelo conjunto de sua obra.
Além de escritora, Lygia foi procuradora, presidente da Cinemateca Brasileira e membro da Academia Paulista de Letras e também da Academia Brasileira de Letras.
Artista engajada politicamente e socialmente, sua obra retrata temas de caráter universal e metafísico, num misto de literatura realista e fantástica. Outra característica concernente à sua obra é a conjugação entre espaço e memória contribuindo para a criação imagética e literária.
No ano de 2012 publica sua coletânea de contos Um Coração Ardente. Em fevereiro de 2016, é a primeira mulher brasileira indicada ao Prêmio Nobel de Literatura pela União Brasileira de Escritores (UBE), afirmando uma travessia poética repleta de prêmios e de grande contribuição para as literaturas brasileira e mundial.
Referências:
ABL (Academia Brasileira de Letras). Lygia Fagundes Telles: Biografia. Disponível em: <http://www.academia.org.br/academicos/lygia-fagundes-telles/biografia>. Acesso em: 18 dez. 2018.
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palavradigital-blog · 6 years ago
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Ciranda Ambiental leva orientações para agricultores familiares na 9ª Feira Baiana da Agricultura Familiar
Ciranda Ambiental leva orientações para agricultores familiares na 9ª Feira Baiana da Agricultura Familiar
Entre os dias 26 e 30 de novembro, integrando a 9ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Febafes) no Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador (Peas), a Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) oferecem um ciclo de oficinas para discussão com o público sobre programas e políticas públicas…
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zemaribeiro · 2 years ago
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O poder da música
O grupo SaGrama se apresentou sábado (27) em São Luís. Foto: Zema Ribeiro Originalmente formado para um trabalho de uma disciplina no Conservatório de Música de Pernambuco, o SaGrama está há 28 anos em atividade e passou pela primeira vez por São Luís do Maranhão no último fim de semana. Sérgio Campelo (flautas, arranjos e direção artística), Ingrid Guerra (flautas), Crisóstomo Santos…
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abrgonma · 7 years ago
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Sobre planos para os próximos 7 anos
Ciranda Cirandinha
Colégio Paulo VI
Externato Campista
Pró-Uni
Instituto Federal Fluminense de Ciência e Tecnologia
IRI/PUC-Rio
FGV-EESP
London School of Economics
Tsinghua University
Harvard University
when you feel like quitting think about why you started
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davidbaker75 · 8 years ago
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Novas regras do rotativo do cartão podem elevar pagamento mínimo
Quatro dos cinco principais bancos brasileiros de varejo - Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander - já anunciaram as novas regras para uso do rotativo do cartão de crédito. Antes do novo sistema entrar em vigor, em 3 de abril, as instituições financeiras correm para comunicar as mudanças e tirar dúvidas dos clientes. O pagamento mínimo da fatura poderá incluir parte ou todo o saldo do rotativo. Na prática, a depender do banco, o valor ficará mais alto.
Apesar de as novas regras visarem a reduzir o juro pago pelo cliente, órgãos de defesa do consumidor cobram mais clareza sobre os novos padrões de cobrança. O rotativo é acionado quando o cliente paga qualquer valor entre o mínimo da fatura e o total Antes, havia o risco de o consumidor cair numa ciranda de juros e ficar superendividado. O juro do rotativo, de cerca de 500% ao ano, é hoje a mais cara linha de crédito.
Agora, o Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou um limite de uso do rotativo: 30 dias. Passado o período, haverá uma migração automática para o parcelado do cartão, que também tem um juro alto, embora menor do que o do rotativo.
O CMN não determinou como deve funcionar o sistema e por isso cada banco definiu um padrão de cobrança.
Como o uso do rotativo será limitado, os bancos diminuíram a taxa de juros desta modalidade. Algumas instituições financeiras também baixaram o custo do parcelado.
No Banco do Brasil, o primeiro a anunciar a nova regulamentação, o cliente poderá parcelar em 24 vezes o valor devido. É possível também fazer o pagamento mínimo, composto de todo o saldo rotativo e de pelo menos 15% dos novos gastos.
O Itaú Unibanco também colocou o valor integral do rotativo no mínimo da fatura. Ou, se quiser, o correntista do banco pode quitar algum valor entre uma parcela já calculada e o valor mínimo da fatura para entrar automaticamente no parcelado - fixado em 12 vezes - a partir do mês seguinte.
No BB e no Itaú, não há parcelamento em caso de pagamento do mínimo. O restante fica "rotativado" para o mês seguinte.
No Santander, o pagamento mínimo passa a representar, ao menos, 15% da soma entre o saldo remanescente do mês anterior e os novos gastos, se existirem. O restante é automaticamente parcelado - de 4 a 18 vezes - na próxima fatura.
Também é possível, no Santander, quitar somente o saldo do rotativo de uma vez, não entrando, assim, no parcelado. Com exceção deste último detalhe, o sistema do Bradesco, que usa parcelamento em 12 vezes, é semelhante ao do Santander.
Assim como já é hoje, quitar qualquer cifra abaixo do valor mínimo deixa o consumidor inadimplente e exclui o acesso ao rotativo ou parcelamento.
Clareza
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) está elaborando uma carta ao BC para apontar os pontos que considera falhos na mudança. "A norma está muito solta e é difícil de entender. Isso é prejudicial ao consumidor", diz Ione Amorim, economista-chefe do Idec. A especialista diz que, da maneira como serão as aplicadas as regras, a tendência é que o consumidor recorra mais ao mínimo. "O risco é replicar a dinâmica atual do rotativo."
Executivos dos quatro bancos acreditam que a medida pode ajudar a melhorar a educação financeira dos clientes. Também apostam que a inadimplência deve cair, porque haverá maior controle dos gastos e incidência de juro menor.
Procurada, a Caixa Econômica Federal informou que ainda trabalha na definição das novas regras de uso do rotativo do cartão de crédito e que irá divulgá-las antes de o modelo começar a ser obrigatório.
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huescott · 8 years ago
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Violência nunca é sobre amor: dissecando a carta do assassino de Campinas
Falar de amor é sempre um desafio. O amor é muito sobre nós e um pouco sobre o outro. É sobre o que o outro desperta em nós, em como nos sentimos ao lado da outra pessoa, em o que acreditamos que a gente merece e como a gente merece e quer ser visto. Amor é sobre o que já vivemos e sobre o que queremos viver. Cada um teve um tipo de experiências na vida e nem todos nós conseguimos olhar pra dentro com sinceridade suficiente pra entender como essas coisas influenciam na maneira que nos relacionamos com os outros.
Mas falar sobre o que NÃO é amor é simples.
Dominação não é amor.
Poder não é amor.
Controle não é amor.
Dependência não é amor.
Cobrança não é amor.
Violência não é amor.
Assassinato não é amor.
2017 começou com uma notícia de embrulhar o estômago: um homem matou a ex-mulher, o próprio filho e mais 10 pessoas em uma festa de réveillon em Campinas. A imprensa, irresponsável como de costume, divulgou a carta do assassino sem problematizar tudo o que está escrito ali. O discurso de ódio já está sendo aplaudido e como disserem em tweets e posts de Facebook: nada ali é novo, tudo já foi lido diversas vezes nas redes sociais e recebeu diversos likes.
Eu e você já lemos aquele discurso. Já lemos milhares de vezes feminicídio ser chamado de crime passional — na página Não Foi Ciúme você pode ter uma ideia de quantas vezes isso acontece -, já vimos diversas histórias de mulheres violentadas que são apontadas como um problema quando afastam o filho do genitor — vale lembrar que gerar e exercer a paternidade são coisas diferentes -, já vimos milhares de homens justificarem sua violência e descontrole no comportamento de outras pessoas.
Mas nem todo mundo conseguiu olhar por esse ângulo. Então resolvi apontar diversos absurdos da carta e destacar ponto a ponto quais os problemas ali. O estômago vai embrulhar, mas é só respirando fundo e apontando as coisas com clareza que vamos conseguir tornar esse e outros assuntos óbvios pra todo mundo.
“Não tenho medo de morrer ou ficar preso, na verdade já estou preso na angustia da injustiça, além do que eu preso, vou ter 3 alimentações completas, banho de sol, salário, não precisarei acordar cedo pra ir trabalhar, vou ter representantes dos direito humanos puxando meu saco, tbm não vou perder 5 meses do meu salário em impostos”
Discurso básico de quem acha que bandido bom é bandido morto sem notar que apoiar justiça com as próprias mãos ou violência contra pessoas que cometeram erros é tão criminoso quanto — talvez até mais, já que assassinato é um tipo de crime pior do que roubar mercado ou cometer atos de vandalismo, por exemplo.
Nesse mesmo discurso existe a falsa ideia de que a vida no cárcere equivale a férias em um spa e que as pessoas que lutam por Direitos Humanos querem que todos os pecados sejam perdoados e todo mundo cante músicas belas em uma ciranda. O que os “representantes dos direito humanos” querem é que as pessoas não sejam desumanizadas.
Mas o ponto principal nem é esse, mas a justificativa que vem logo no início: “não tenho medo de morrer ou ficar preso, na verdade já estou preso na angustia da injustiça”. Quantas vezes você já se sentiu injustiçado? Quantas vezes eu já me senti assim? Alguma dessas vezes você matou alguém? Quando você sentiu que não ia mais conseguir lidar com a dor você buscou ajuda ou atirou em pessoas? Nós dois entendemos o ponto aqui, não?
“Morto tbm já estou, pq não posso ficar contigo, ver vc crescer, desfrutar a vida contigo por causa de um sistema feminista e umas loucas. Filho tenha certeza que não será só nos dois quem vamos nos foder, vou levar o máximo de pessoas daquela família comigo, pra isso não acontecer mais com outro trabalhador honesto. Agora vão me chamar de louco, más quem é louco? Eu quem quero justiça ou ela que queria o filho só pra ela? Que ela fizesse inseminação artificial ou fosse trepar com um bandido que não gosta de filho”
Um pouco mais de justificativa e a divisão da culpa com o filho — “não será só nos dois quem vamos nos foder” -, como se fosse também escolha da criança passar por tudo aquilo. Não sabemos como foi o relacionamento e nem como era a relação entre os pais sobre o filho, mas quem é pai ou mãe sabe que você NUNCA pensaria em matar seu filho porque não pode ter o que você, adulto, acha que merece.
O sistema feminista e “umas loucas” que ele fala é o mesmo que impede que mulheres prestem queixa contra agressores, que sejam culpadas pelas violências que sofrem e que precisou criar um termo para identificar crimes motivados por gênero, o feminicídio — o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de feminicídio entre 84 países, de acordo com a ONU Mulheres.
O argumento de que a mulher queria o filho apenas para ela é utilizado em diversos casos como prova de que suas denúncias contra o parceiro não são verdadeiras, porém ele não prova nada. Muitas mães não querem deixar que seus filhos tenham contato com homens que as agrediram nos relacionamentos. Você diria que elas estão exagerando?
“No Brasil, crianças adquirem microcefalia e morrem por corrupção, homens babacas morrem e matam por futebol, policiais e bombeiros morrem dignamente pela profissão, jovens do bem (dois sexos) morrem por celulares, tênis, selfies e por ídolos, jornalistas morrem pelo amor à profissão, muitas pessoas pobres morrem no chão de hospitais para manter políticos na riqueza e poder!”
Antes de tudo, microcefalia não é algo adquirido por causa da corrupção, mas pela falta de interesse do governo em olhar para um problema que não se concentra no Sul/Sudeste, que atinge, principalmente, mulheres pobres e que tem a resolução intimamente ligada ao aborto legal. O trabalho da antropóloga e pesquisadora da Anis — Instituto de Bioética, Debora Diniz, é focado nisso e traz dados incríveis.
“Eu morro por justiça, dignidade, honra e pelo meu direito de ser pai! Na verdade somos todos loucos, depende da necessidade dela aflorar!”
Existe um grupo organizado de homens que lutam contra o feminismo e a conquista de direitos pelas mulheres chamado masculinistas. A professora de Literatura em Língua Inglesa da Universidade Federal do Ceará, Lola Aronovich, fala bastante sobre o assunto — você pode ler aqui e aqui -, mas o resumo é simples: os caras acreditam que as mulheres já têm demais e que agora eles precisam barrar qualquer avanço, pois eles estariam ferindo a dignidade e a honra masculinas.
Esse discurso de “morro por justiça, dignidade, honra e pelo meu direito de ser pai” se assemelha fortemente ao de assassinos ao redor do mundo. É a tentativa de criar um mártir, um exemplo a ser seguido. O perigo disso é imenso e a chance desse tipo de ideia e comportamento de alastrar é imensa — e não sou eu quem diz, são psiquiatras do mundo todo que acreditam que esse tipo de divulgação e fama pode incentivar outras pessoas.
“A vadia foi ardilosa e inspirou outras vadias a fazer o mesmo com os filhos, agora os pais quem irão se inspirar e acabar com as famílias das vadias. As mulheres sim tem medo de morrer com pouca idade. Aproveitando, peço aos amigos que sabem da minha descrença, que não rezem e por mim, se fazerem orações façam por meu filho ele sim irá precisar! Quero ser enterrado com a cabeça para baixo se garante que assim posso ir pro inferno buscar a velha vadia (que era até ministra de comunhão na igreja) que morreu antes da hora. Demorei pra matar ela pq me apaixonei por um anjo lindo!”
Aqui começa a construção do estereótipo da vadia. Já escrevi sobre isso mais de uma vez — você pode ler aqui -, mas a ideia é que qualquer mulher que não aja da maneira esperada e desejada por um homem será, em algum momento, chamada por esse nome.
“Ela não merece ser chamada de mãe, más infelizmente muitas vadias fazem de tudo que é errado para distanciar os filhos dos pais e elas conseguem, pois as leis deste paizeco são para os bandidos e bandidas. A justiça brasileira é igual ao lewandowski, (um marginal que limpou a bunda com a constituição no dia que tirou outra vadia do poder) um lixo! Se os presidentes do país são bandidos, quem será por nós?”
Quando criticamos a posição política “contra tudo que está aí” é sobre isso que estamos falando: as pessoas vão ligando de maneira desconexa tudo o que as incomoda, colocam no mesmo balaio e acreditam que a única verdade é a que elas carregam. Política e relações interpessoais estão ligadas? Claro, tudo está ligado à política, mas não dessa maneira direta. Se existem leis e as pessoas se encaixam nas contravenções nelas descritas o problema não é exatamente da política, é?
A alienação parental é outro tema que precisa ser discutido por causa desse trecho. Existem mulheres e homens que mantém os filhos longe do contato com os pais ou mães? Sim. Existem maneiras diversas da alienação parental além de não permitir contato físico? Sim. Casos de alienação parental já podem ser discutidos com ajuda de advogados e da justiça. Matar o próprio filho, a ex-mulher e sua família não é uma maneira de resolver a questão.
O ponto é: não importa tudo de errado que pode acontecer em um relacionamento ou entre um casal, assassinato não resolve, muito menos quando não estamos falando de legítima defesa.
“Filho, não sou machista e não tenho raiva das mulheres (essas de boa índole, eu amo de coração, tanto é que me apaixonei por uma mulher maravilhosa, a Kátia) tenho raiva das vadias que se proliferam e muito a cada dia se beneficiando da lei vadia da penha! Não posso dizer que todas as mulheres são vadias! Más todas as mulheres sabem do que as vadias são capazes de fazer!”
Mais uma vez o estereotipo da vadia. “Não tenho raiva das mulheres (essas de boa índole, eu amo de coração)”, diz ele. O que a gente pode ler é: aceito as mulheres que agem de acordo com o que eu acredito ser certo. Nada aqui fala sobre respeitar mulheres enquanto pessoas, mas sobre como ele se apaixonou por uma mulher que está, por enquanto, dentro do padrão que ele desenhou — será que a ex não esteve um dia nesse mesmo lugar?
O apontamento da Lei Maria da Penha e a agressão à mulher que dá nome à lei só comprovam a relação de ódio que ele tem com as mulheres. Para saber mais sobre a lei, que tem o objetivo de reeducar os homens agressores, você pode assistir esse mini documentário de 12 minutos, ou ler sobre a Maria da Penha, que foi a homenageada de 2016 do Prêmio Claudia.
“Filho te amo muito e agora vou vingar o mal que ela nos fez! Principalmente a vc! Sei o qto ela te fez chorar em não deixar vc ficar comigo qdo eu ia te visitar. Saiba que sempre te amarei! Toda mulher tem medo de morrer nova, ela irá por minhas mãos!”
Amor não pede vingança. Quem ama luta para ter os amados por perto, não violenta, agride ou mata. Em 2013, ano dos dados mais recentes, 2.875 foram mortas e um número alto delas teve sua morte noticiada como “por amor”, seja ele não correspondido, traído ou ameaçado, ou por vingança.
“(…) eu ia matar as vadias (eu já tinha a arma e raspei a numeração pra não prejudicar quem me vendeu, ela precisava de dinheiro). Família de policial morto não recebe tantos benefícios com a família de presos. Cadê os ordinários dos direitos humanos? Estão sendo presos por ajudar bandidos né? Paizeco de bosta. Sei que me achava um frouxo em não dar uns tapas na cara dela, más eu não podia te dizer as minhas pretensões em acabar com ela! Tinha que ser no momento certo. Quero pegar o máximo de vadias da família juntas”
A gente tá falando de um crime premeditado. Quando um atirador entra em um cinema ou escola, por exemplo, ninguém quer saber quais são os motivos para justificar o que aconteceu. Porém, quando mulheres são mortas em crimes premeditados sempre há quem tente colocar a culpa na vítima. “Ela o acusou de agressão”. “Ela não o deixou conviver com o filho”. “Ela não foi boa pra ele”. Não foi ela que pegou a arma e matou pessoas. Ela não o violentou e o obrigou a se defender tirando sua vida como consequência. Ele pensou em cada detalhe do crime — numeração raspada, várias pessoas juntas ao mesmo tempo, um dia marcante.
“A injustiça campineira me condenou por algo que não fiz! Espero que eles sejam punidos de alguma forma. Chega!! Ela tem que pagar pelo que fez”
De acordo com a pesquisa “Percepções dos homens sobre a violência doméstica e estereótipo de gênero” do Instituto Avon / Data Folha mais de 40% dos brasileiros conhecem ao menos um homem que já foi violento com sua parceira, mas só 16% dos que responderam a pesquisa assumem já ter sido violentos. Além disso, 56% dos homens admitiram já ter xingado a companheira, humilhá-la em público ou obrigá-la a ter relações sexuais sem vontade sem saber que isso pode ser considerado violência.
Esses números colocam a palavra injustiça ao lado de outra: desinformação. Vivemos em uma sociedade machista, que coloca o homem em um papel de poder e a mulher em um de subserviência. Esses papeis carregam com eles cargas de violência e abusos que muitas vezes são encarados como acontecimentos naturais de um relacionamento.
Enquanto todos esses pontos não forem discutidos à exaustão, enquanto as escolas não ensinarem quais atitudes se encaixam na definição de violência, enquanto a imprensa continuar apenas dando visibilidade a discursos sem pedir que especialistas os traduzam não vamos sair do lugar em que estamos.
E esse lugar é cheio de sangue, dor e tristeza justificadas por falsas injustiças, amor e honra.
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paaahsa-blog · 8 years ago
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Eu e você já lemos aquele discurso. Já lemos milhares de vezes feminicídio ser chamado de crime passional — na página Não Foi Ciúme você pode ter uma ideia de quantas vezes isso acontece -, já vimos diversas histórias de mulheres violentadas que são apontadas como um problema quando afastam o filho do genitor — vale lembrar que gerar e exercer a paternidade são coisas diferentes -, já vimos milhares de homens justificarem sua violência e descontrole no comportamento de outras pessoas. Mas nem todo mundo conseguiu olhar por esse ângulo. Então resolvi apontar diversos absurdos da carta e destacar ponto a ponto quais os problemas ali. O estômago vai embrulhar, mas é só respirando fundo e apontando as coisas com clareza que vamos conseguir tornar esse e outros assuntos óbvios pra todo mundo. “Não tenho medo de morrer ou ficar preso, na verdade já estou preso na angustia da injustiça, além do que eu preso, vou ter 3 alimentações completas, banho de sol, salário, não precisarei acordar cedo pra ir trabalhar, vou ter representantes dos direito humanos puxando meu saco, tbm não vou perder 5 meses do meu salário em impostos” Discurso básico de quem acha que bandido bom é bandido morto sem notar que apoiar justiça com as próprias mãos ou violência contra pessoas que cometeram erros é tão criminoso quanto — talvez até mais, já que assassinato é um tipo de crime pior do que roubar mercado ou cometer atos de vandalismo, por exemplo. Nesse mesmo discurso existe a falsa ideia de que a vida no cárcere equivale a férias em um spa e que as pessoas que lutam por Direitos Humanos querem que todos os pecados sejam perdoados e todo mundo cante músicas belas em uma ciranda. O que os “representantes dos direito humanos” querem é que as pessoas não sejam desumanizadas. Mas o ponto principal nem é esse, mas a justificativa que vem logo no início: “não tenho medo de morrer ou ficar preso, na verdade já estou preso na angustia da injustiça”. Quantas vezes você já se sentiu injustiçado? Quantas vezes eu já me senti assim? Alguma dessas vezes você matou alguém? Quando você sentiu que não ia mais conseguir lidar com a dor você buscou ajuda ou atirou em pessoas? Nós dois entendemos o ponto aqui, não? “Morto tbm já estou, pq não posso ficar contigo, ver vc crescer, desfrutar a vida contigo por causa de um sistema feminista e umas loucas. Filho tenha certeza que não será só nos dois quem vamos nos foder, vou levar o máximo de pessoas daquela família comigo, pra isso não acontecer mais com outro trabalhador honesto. Agora vão me chamar de louco, más quem é louco? Eu quem quero justiça ou ela que queria o filho só pra ela? Que ela fizesse inseminação artificial ou fosse trepar com um bandido que não gosta de filho” Um pouco mais de justificativa e a divisão da culpa com o filho — “não será só nos dois quem vamos nos foder” -, como se fosse também escolha da criança passar por tudo aquilo. Não sabemos como foi o relacionamento e nem como era a relação entre os pais sobre o filho, mas quem é pai ou mãe sabe que você NUNCA pensaria em matar seu filho porque não pode ter o que você, adulto, acha que merece. O sistema feminista e “umas loucas” que ele fala é o mesmo que impede que mulheres prestem queixa contra agressores, que sejam culpadas pelas violências que sofrem e que precisou criar um termo para identificar crimes motivados por gênero, o feminicídio — o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de feminicídio entre 84 países, de acordo com a ONU Mulheres. O argumento de que a mulher queria o filho apenas para ela é utilizado em diversos casos como prova de que suas denúncias contra o parceiro não são verdadeiras, porém ele não prova nada. Muitas mães não querem deixar que seus filhos tenham contato com homens que as agrediram nos relacionamentos. Você diria que elas estão exagerando? “No Brasil, crianças adquirem microcefalia e morrem por corrupção, homens babacas morrem e matam por futebol, policiais e bombeiros morrem dignamente pela profissão, jovens do bem (dois sexos) morrem por celulares, tênis, selfies e por ídolos, jornalistas morrem pelo amor à profissão, muitas pessoas pobres morrem no chão de hospitais para manter políticos na riqueza e poder!” Antes de tudo, microcefalia não é algo adquirido por causa da corrupção, mas pela falta de interesse do governo em olhar para um problema que não se concentra no Sul/Sudeste, que atinge, principalmente, mulheres pobres e que tem a resolução intimamente ligada ao aborto legal. O trabalho da antropóloga e pesquisadora da Anis — Instituto de Bioética, Debora Diniz, é focado nisso e traz dados incríveis. “Eu morro por justiça, dignidade, honra e pelo meu direito de ser pai! Na verdade somos todos loucos, depende da necessidade dela aflorar!” Existe um grupo organizado de homens que lutam contra o feminismo e a conquista de direitos pelas mulheres chamado masculinistas. A professora de Literatura em Língua Inglesa da Universidade Federal do Ceará, Lola Aronovich, fala bastante sobre o assunto — você pode ler aqui e aqui -, mas o resumo é simples: os caras acreditam que as mulheres já têm demais e que agora eles precisam barrar qualquer avanço, pois eles estariam ferindo a dignidade e a honra masculinas. Esse discurso de “morro por justiça, dignidade, honra e pelo meu direito de ser pai” se assemelha fortemente ao de assassinos ao redor do mundo. É a tentativa de criar um mártir, um exemplo a ser seguido. O perigo disso é imenso e a chance desse tipo de ideia e comportamento de alastrar é imensa — e não sou eu quem diz, são psiquiatras do mundo todo que acreditam que esse tipo de divulgação e fama pode incentivar outras pessoas. “A vadia foi ardilosa e inspirou outras vadias a fazer o mesmo com os filhos, agora os pais quem irão se inspirar e acabar com as famílias das vadias. As mulheres sim tem medo de morrer com pouca idade. Aproveitando, peço aos amigos que sabem da minha descrença, que não rezem e por mim, se fazerem orações façam por meu filho ele sim irá precisar! Quero ser enterrado com a cabeça para baixo se garante que assim posso ir pro inferno buscar a velha vadia (que era até ministra de comunhão na igreja) que morreu antes da hora. Demorei pra matar ela pq me apaixonei por um anjo lindo!” Aqui começa a construção do estereótipo da vadia. Já escrevi sobre isso mais de uma vez — você pode ler aqui -, mas a ideia é que qualquer mulher que não aja da maneira esperada e desejada por um homem será, em algum momento, chamada por esse nome. “Ela não merece ser chamada de mãe, más infelizmente muitas vadias fazem de tudo que é errado para distanciar os filhos dos pais e elas conseguem, pois as leis deste paizeco são para os bandidos e bandidas. A justiça brasileira é igual ao lewandowski, (um marginal que limpou a bunda com a constituição no dia que tirou outra vadia do poder) um lixo! Se os presidentes do país são bandidos, quem será por nós?” Quando criticamos a posição política “contra tudo que está aí” é sobre isso que estamos falando: as pessoas vão ligando de maneira desconexa tudo o que as incomoda, colocam no mesmo balaio e acreditam que a única verdade é a que elas carregam. Política e relações interpessoais estão ligadas? Claro, tudo está ligado à política, mas não dessa maneira direta. Se existem leis e as pessoas se encaixam nas contravenções nelas descritas o problema não é exatamente da política, é? A alienação parental é outro tema que precisa ser discutido por causa desse trecho. Existem mulheres e homens que mantêm os filhos longe do contato com os pais ou mães? Sim. Existem maneiras diversas da alienação parental além de não permitir contato físico? Sim. Casos de alienação parental já podem ser discutidos com ajuda de advogados e da justiça. Matar o próprio filho, a ex-mulher e sua família não é uma maneira de resolver a questão. O ponto é: não importa tudo de errado que pode acontecer em um relacionamento ou entre um casal, assassinato não resolve, muito menos quando não estamos falando de legítima defesa. “Filho, não sou machista e não tenho raiva das mulheres (essas de boa índole, eu amo de coração, tanto é que me apaixonei por uma mulher maravilhosa, a Kátia) tenho raiva das vadias que se proliferam e muito a cada dia se beneficiando da lei vadia da penha! Não posso dizer que todas as mulheres são vadias! Más todas as mulheres sabem do que as vadias são capazes de fazer!” Pesquisa aponta que 97% das mulheres na Argentina já sofreram algum tipo de assédio CIDH condena Brasil por trabalho escravo em fazenda agrícola no Pará Tráfico de pessoas fez 63 mil vítimas no mundo entre 2012 e 2014, diz agência da ONU Mais uma vez o estereotipo da vadia. “Não tenho raiva das mulheres (essas de boa índole, eu amo de coração)”, diz ele. O que a gente pode ler é: aceito as mulheres que agem de acordo com o que eu acredito ser certo. Nada aqui fala sobre respeitar mulheres enquanto pessoas, mas sobre como ele se apaixonou por uma mulher que está, por enquanto, dentro do padrão que ele desenhou — será que a ex não esteve um dia nesse mesmo lugar? O apontamento da Lei Maria da Penha e a agressão à mulher que dá nome à lei só comprovam a relação de ódio que ele tem com as mulheres. Para saber mais sobre a lei, que tem o objetivo de reeducar os homens agressores, você pode assistir esse mini documentário de 12 minutos, ou ler sobre a Maria da Penha, que foi a homenageada de 2016 do Prêmio Claudia. “Filho te amo muito e agora vou vingar o mal que ela nos fez! Principalmente a vc! Sei o qto ela te fez chorar em não deixar vc ficar comigo qdo eu ia te visitar. Saiba que sempre te amarei! Toda mulher tem medo de morrer nova, ela irá por minhas mãos!” Amor não pede vingança. Quem ama luta para ter os amados por perto, não violenta, agride ou mata. Em 2013, ano dos dados mais recentes, 2.875 foram mortas e um número alto delas teve sua morte noticiada como “por amor”, seja ele não correspondido, traído ou ameaçado, ou por vingança. “(…) eu ia matar as vadias (eu já tinha a arma e raspei a numeração pra não prejudicar quem me vendeu, ela precisava de dinheiro). Família de policial morto não recebe tantos benefícios com a família de presos. Cadê os ordinários dos direitos humanos? Estão sendo presos por ajudar bandidos né? Paizeco de bosta. Sei que me achava um frouxo em não dar uns tapas na cara dela, más eu não podia te dizer as minhas pretensões em acabar com ela! Tinha que ser no momento certo. Quero pegar o máximo de vadias da família juntas” A gente tá falando de um crime premeditado. Quando um atirador entra em um cinema ou escola, por exemplo, ninguém quer saber quais são os motivos para justificar o que aconteceu. Porém, quando mulheres são mortas em crimes premeditados sempre há quem tente colocar a culpa na vítima. “Ela o acusou de agressão”. “Ela não o deixou conviver com o filho”. “Ela não foi boa pra ele”. Não foi ela que pegou a arma e matou pessoas. Ela não o violentou e o obrigou a se defender tirando sua vida como consequência. Ele pensou em cada detalhe do crime — numeração raspada, várias pessoas juntas ao mesmo tempo, um dia marcante. “A injustiça campineira me condenou por algo que não fiz! Espero que eles sejam punidos de alguma forma. Chega!! Ela tem que pagar pelo que fez” De acordo com a pesquisa “Percepções dos homens sobre a violência doméstica e estereótipo de gênero” do Instituto Avon / Data Folha mais de 40% dos brasileiros conhecem ao menos um homem que já foi violento com sua parceira, mas só 16% dos que responderam a pesquisa assumem já ter sido violentos. Além disso, 56% dos homens admitiram já ter xingado a companheira, humilhá-la em público ou obrigá-la a ter relações sexuais sem vontade sem saber que isso pode ser considerado violência. Esses números colocam a palavra injustiça ao lado de outra: desinformação. Vivemos em uma sociedade machista, que coloca o homem em um papel de poder e a mulher em um de subserviência. Esses papeis carregam com eles cargas de violência e abusos que muitas vezes são encarados como acontecimentos naturais de um relacionamento. Enquanto todos esses pontos não forem discutidos à exaustão, enquanto as escolas não ensinarem quais atitudes se encaixam na definição de violência, enquanto a imprensa continuar apenas dando visibilidade a discursos sem pedir que especialistas os traduzam não vamos sair do lugar em que estamos. E esse lugar é cheio de sangue, dor e tristeza justificadas por falsas injustiças, amor e honra. (*) Publicado originalmente no blog Polemiquinhas com a Carol Patrocinio
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