#convento das mercês
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Academia Maranhense de Letras Jurídicas empossa Nicolao Dino Neto em cerimônia solene no Convento das Mercês
Posse na AMLJ será nessa sexta – feira (29.11) no Salão “Casa de Portugal” às 18h30
Em um evento voltado para a comunidade jurídica maranhense, a Academia Maranhense de Letras Jurídicas (AMLJ) dará posse ao Subprocurador-Geral da República e Professor da Universidade de Brasília (UnB) Nicolao Dino de Castro e Costa Neto como seu mais novo membro. A cerimônia será realizada nesta sexta-feira, 29 de novembro, às 18h30, no Salão “Casa de Portugal”, no histórico Convento das Mercês,…
#Academia Maranhense de Letras Jurídicas#Brasil#Convento das mercês#Grande Ilha#Maranhão#Nicolao Dino Neto
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Choro, Samba e Outras Bossas chega à 10ª. edição com grande elenco e solidariedade
Chorinho (1942), de Cândido Portinari (1903-1962) – reprodução/ Acervo Projeto Portinari No rastro do recém-celebrado Dia Nacional e Estadual do Choro (23 de abril), recentemente reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil, acontece hoje (25), no Convento das Mercês, a 10ª. edição do projeto Choro, Samba e Outras Bossas, realizado mensalmente pela Fundação da Memória Republicana Brasileira…
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#adriana bosaipo#Alysson Ribeiro#Andrezinho do Acordeom#Carlinhos Arafé#Cândido Portinari#célia maria#césar nascimento#choro#cláudio pinheiro#convento das mercês#dia estadual do choro#dia nacional do choro#elizeu cardoso#fátima passarinho#Fundação da Memória Republicana Brasileira#Hospital Aldenora Bello#Itaércio Rocha#Jailson Pereira#Leo Viana#música#quarteto crivador#Quirino#Roberto Brandão#samba#zezé alves
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♡♱ 𝕮𝖍𝖗𝖎𝖘𝖙𝖎𝖆𝖓 𝖂𝖔𝖒𝖆𝖓 (𝖕𝖙-𝖇𝖗) 。゚ ୨୧
ೀ sinopse: pensou que o único lugar possível para se esconder do mal seria no convento, mas tudo muda quando o padre adam driver chega.
ೀ avisos: contém palavras de baixo calão, sexo explícito, sexo sem camisinha, creampie, perda de virgindade, masturbação, sexo oral, exibicionismo, dirty talk, size kink, orgasmo múltiplo, hipersensibilidade, praise kink, age gap, priest!adam x fem!nun! reader.
ೀ nota: esse capítulo aqui não tem o intuito de ofender ninguém ou ofender o catolicismo, caso não se sinta confortável, não leia.
𝐓𝐔𝐃𝐎 𝐂𝐎𝐌𝐄𝐂̧𝐎𝐔 quando você completou 18 anos. Com a chegada da maioridade vieram as responsabilidades, e também vieram séries de pesadelos e sensações bizarras, como se alguém — ou algo — te perseguisse.
Sentia um arrepio constante na espinha, como se estivesse sendo observada por olhos invisíveis em cada esquina escura, ou em cada canto de seu quarto. A sensação de ser seguida por algo sinistro a perseguia implacavelmente, como uma sombra indesejada que se recusava a desaparecer e, a cada passo que dava, dia após dia que seguia, parecia apenas intensificar a sensação de que algo terrível a seguia, espreitando nas sombras.
Seus sentidos ficavam em alerta máximo, captando cada som sutil, cada movimento furtivo ao seu redor. O medo se transformou em uma constante companhia, enrolando-se em torno de ti como uma névoa gélida, impedindo-a de relaxar ou encontrar paz. Mesmo em momentos de aparente calma, a presença opressiva do desconhecido a assombrava, deixando-a à mercê de um terror crescente e incontrolável.
Ouvia sussurros chamando-a, sentia mãos quentes tocando seus ombros, ou algo deitado em seu lado no colchão.
Era tudo tão estranho e bizarro, que decidiu se juntar à um convento e se tornar freira. Quem sabe dentro da igreja não conseguisse a paz que tanto almejava? Quem sabe assim, aquela sombra não iria parar de se atrelar à sua?
Aquela tinha sido a sua melhor escolha.
Na penumbra da igreja, os fiéis se reuniam em prece, mergulhados na serenidade do local sagrado. Ajoelhou-se silenciosamente no banco de madeira polida, seus olhos erguidos para o altar iluminado pelas velas enquanto o som suave dos cânticos preenchia o espaço enquanto, mergulhava em suas reflexões.
De repente, um murmúrio percorreu a congregação quando o padre se aproximou do púlpito. Seus passos reverberaram pelo chão de pedra enquanto ele se aproximava, e ergueu o olhar para observá-lo. Seu coração deu um salto quando seus olhos encontraram os do novo padre. Alto e imponente, ele emanava uma aura de tranquilidade e dominância enquanto se dirigia à frente da igreja.
Possuía traços marcantes, com cabelos escuros e uma expressão serena que parecia irradiar sabedoria e compaixão. Seus olhos profundos refletiam a luz das velas, lançando sombras dançantes em seu rosto angular, junto à barba e o bigode que emolduravam. Sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao encontrá-lo, uma sensação estranha e inexplicável que a fez desviar o olhar rapidamente.
— Queridos... — o padre Joseph disse, subindo ao altar. — Esse é o padre Adam, vindo diretamente do Vaticano. Ele assumirá meu cargo a partir da próxima semana.
O padre mais alto sorriu sem mostrar os dentes e levou uma mão ao peito, como se estivesse se sentindo lisonjeado por ter tal honra.
Enquanto os padres começavam sua homilia, você lutava para manter o foco nas palavras, mas sua mente inquieta voltava para o estranho magnetismo que emanava do padre Adam. Por mais belo e carismático que ele fosse, algo em seu olhar parecia esconder segredos sombrios, despertando uma sensação de inquietude que não conseguia ignorar.
[...]
Depois daquela semana, o padre Joseph foi embora. Tudo estava nas mãos do padre de longos cabelos escuros e alta estatura.
De repente, a sensação de pânico voltou — moderadamente —, aquela sensação de que havia algo a seguindo tinha voltado. Mas, faz dois anos que isso tinha sumido? Porque Deus decidiu te castigar novamente de tal maneira?
Deveria pagar algum pecado? Tinha atirado pedras à cruz de Cristo?
Não via outra opção a não ser se afundar em orações, e orar tudo o que sabia. As sensações se aquietavam quando você estava rezando, e perdeu as contas de quantas vezes seus joelhos ficaram doendo após ficar horas e horas sussurrando no altar. O crucifixo branco que ficava enrolado em sua mão já estava começando a ficar num tom mais encardido de tanto contato que tinha com suas digitais.
Agora mesmo, estava ajoelhada de frente à grande cruz de madeira, com o altar iluminado por mais de cem velas, enquanto você mantinha seus olhos fechados e rezava baixinho a oração "Glória a Deus nas alturas".
De repente, sentiu uma brisa fria percorrer a igreja quente e escura, batendo em seus ombros e quando olhou para o lado, lá estava o padre Adam. Como ele entrou sem fazer nenhum barulho? Parecia que seus pés eram leves como uma pluma, quase como se ele tivesse se materializado.
— Não quis interromper suas preces, filha.
— Não interrompeu, eu já tinha acabado, padre.
— Há algo te perturbando, querida... — o tom de voz dele era suave, quase furtivo.
— Como sabe?
— Posso ver no seu olhar.
Virou-se para ele, encarando aquele par de olhos castanhos. Havia algo muito estranho, apesar de serem brutalmente sensuais e cativantes, também eram densos. Tão profundos quanto mil abismos.
— Não sei o motivo... — ele levou uma mão até seu ombro, apertando levemente.
Seu corpo estremeceu levemente. Aquilo era muito similar à uma carícia, e não conseguia se lembrar da última vez que recebeu algum carinho de um homem.
Sentiu-se mal e se culpou instantaneamente. Estava gostando de ter o toque do padre Adam? Estava perecendo ao prazer da carne? Mas o que era aquilo? O que estava acontecendo com você naquela semana?
Não se conhecia.
— Mas... — ele prosseguiu. — Posso rezar por você, se me permitir.
— Agradeço imensamente.
O homem mais alto começou a rezar em latim. Apesar de você não falar esse idioma fluentemente, conhecia muitas palavras e foi capaz de identificar.
Ele estava rezando "Glória a Deus nas alturas", mas em seu idioma primário. Era a mesma oração que você estava fazendo antes. Ele estava ali há muito tempo? Escondido nas sombras escutando?
“Gloria in excelsis Deo et in terra pax hominibus bonae voluntatis.
Laudamus te, benedicimus te, adoramus te, glorificamus te, gratias agimus tibi propter magnam gloriam tuam, Domine Deus, Rex caelestis, Deus Pater omnipotens.
Domine Fili unigenite Jesu Christe, Domine Deus, Agnus Dei, Filius Patris, qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
Qui tollis peccata mundi, suscipe deprecationem nostram.
Qui sedes ad dexteram Patris, miserere nobis.
Quoniam tu solus sanctus, tu solus Dominus, tu solus altissimus, Jesus Christe, cum sancto Spiritu, in gloria Dei Patris.
Amen.”
Um calafrio percorreu sua espinha ao escutar o "amém" dito dessa maneira mais forte, e você viu as chamas das velas no altar dançarem suavemente, por mais que todas as janelas e portas estivessem fechadas.
— Obrigada, padre.
Se levantou dos degraus. Já estava tarde, seu corpo clamava por descanso.
— Por nada — ele respondeu.
E, quando você ia sair, ele segurou sua mão e juntou às dele, fazendo-a praticamente desaparecer. Aquela mão pálida, grade, forte e cheia de veias aparentes estava sobre as suas. Elas eram quentes e macias, tão boas de serem sentidas que pareciam algo vindo de um paraíso artificial.
— E, não se esqueça de rezar antes de dormir.
Ele a olhou profundamente mais uma vez, fazendo você sentir sua garganta fechada. Responder era praticamente impossível agora, pois um nó havia se formado em suas cordas vocais. O que era aquilo, nervoso?
Assentiu com a cabeça e soltou as mãos dele, indo até o convento, para afundar a cabeça em seu travesseiro e desfrutar do sono dos justos. Dormiu com muito custo naquela noite, após ter rezado infinitas "Ave Maria".
[...]
O dia amanheceu sob um véu de sombras, onde nuvens pesadas pairavam no céu, obscurecendo a luz do sol e lançando o mundo numa penumbra sepulcral. O ar estava impregnado de uma sensação de inquietação, como se o próprio vento sussurrasse segredos sombrios que arrepiavam a sua espinha a todo instante, fazendo seus pelos se arrepiarem. No convento, o silêncio pairava como um véu de morte, envolvendo os corredores vazios em uma atmosfera de expectativa tensa, era como se algo estivesse prestes a acontecer.
Cada passo seu ecoava como um eco solene, reverberando nas paredes de pedra como um presságio fúnebre.
Os sinos da capela repicavam em uma cadência sombria, anunciando um dia que se desenrolava. Haviam corvos, que voavam em círculos sobre o telhado do local e suas vozes roucas cortavam o ar.
Cada sombra parecia se contorcer e se esticar, alimentando seu medo. Medo daquela sensação de que havia algo atrelado ao seu corpo... algo que não é desse mundo.
O dia se desenrolava como um capítulo perdido de um conto macabro, te deixando mais apreensiva a cada instante. Na parte da tarde, bem próximo às quatro horas, precisou ir ao monastério para pegar mais alguma velas que necessitavam ser repostas no altar da capela. Sob a luz pálida daquele dia extremamente não-expressivo, sua figura tímida deslizava pelos corredores sombrios da construção. Sentia seu corpo pesado enquanto seus sapatos tocavam no chão frio de pedra.
O ar estava impregnado com um silêncio pesado, sendo apenas interrompido pelos murmúrios dos corvos, que pairavam para lá e para cá, envolvendo-o numa atmosfera pavorosa. As sombras dançavam ao seu redor, contorcendo-se como espectros famintos que aguardavam nas dobras da escuridão.
A luz fraca das velas iluminava fracamente o espaço, lançando sombras distorcidas nas paredes antigas e nos móveis empoeirados.
Com passos cautelosos, você se aproximou de uma porta entreaberta, seus sentidos aguçados alertas para qualquer sinal de perigo iminente. Seu corpo tremia ligeiramente, uma mistura de medo e curiosidade a impulsionando adiante, mesmo quando a voz interior sussurrava advertências de perigo.
Se deparou com uma cena que ficaria em suas memórias para sempre. O cômodo era escuro, e várias velas estavam dispostas em cima da mobília velha. Mas, o que mais te impactou nessa cena foi o padre Adam — que estava sentado numa cadeira, no meio do cômodo escuro.
A cabeça estava jogada para trás, enquanto ele estava se tocando sem pudor algum. A mão grande e forte — que havia segurado a sua ontem — estava deslizando para cima e para baixo em seu membro, que estava melado pelo pré-gozo, escorrendo da glande rosada. A mão dele era bem grande, e mesmo assim, o pau ainda estava bem visível, com aquelas veias pulsantes e bem distribuídas por toda a extensão.
O seu corpo estava quase entrando em combustão, de tão quente que estava se sentindo agora. Seu coração estava martelando descompassado em seu peito enquanto você notava como o pomo de Adão dele subia e descia a cada momento em que ele respirava de um jeito mais ofegante. O moreno gemia de forma profana enquanto se satisfazia, e isso havia despertado algo em você.
Suas bochechas estavam coradas, e sua mão estava contra a própria boca, pois tinha medo de acabar deixando escapar algum som que não deveria. Havia um calor crescente no meio de suas pernas, um desejo estranho e uma inquietação em seu baixo ventre. O que era aquilo?
Por que ver um homem se rendendo ao prazer da carne estava te deixando assim? Você deveria se sentir envergonhada, deveria se sentir mal por isso, mas estava ficando excitada?
Seus olhos estavam vidrados naquela cena erótica, e você apertou ainda mais a mão contra sua boca quando o ouviu gemer mais alto e atingir o ápice, fazendo o conteúdo branco e viscoso escorrer pela extensão do próprio membro.
Saiu dali o mais rápido possível e desceu às escadas do monastério tentando controlar sua respiração, enquanto ainda sentia seu rosto queimar — só não queimava tanto quanto a inquietação no meio de suas pernas. Tentou tomar um bom copo de água para ver se acalmava seus nervos e controlar seus batimentos cardíacos, mas parecia que aquilo iria ficar na sua cabeça por um tempo; um bom tempo.
Como iria olhar para o padre agora? Como iria olhar para ele sem lembrar dos atos profanos que ele estava praticando num quarto escuro na construção?
Eram muitas perguntas e nenhuma resposta. O jeito era deixar que o próprio universo tomasse seu rumo.
[...]
A noite era tempestuosa, o som da chuva batendo impiedosamente contra as janelas era como uma sinfonia de caos e desassossego; raios cortavam o céu escuro, lançando breves lampejos de luz que iluminavam o seu quarto, revelando os contornos sombrios dos móveis e das sombras que dançavam nas paredes.
Olhava para o enorme espelho que havia perto da janela, pensando em como iria conseguir pegar no sono. Já havia rezado tudo o que sabia, e mesmo assim, a imagem do padre Adam dando prazer a si mesmo não saía da sua cabeça, assim como aquele fogo que ardia em seu íntimo ao vê-lo em tal situação.
O estrondo dos trovões ecoava pelo ar, como uma voz selvagem que rugia na escuridão, sacudindo os alicerces do convento com sua fúria incontrolável. O vento soprava forte, uivando como uma criatura faminta que clamava por entrada, enquanto as árvores fora curvavam-se em submissão ao seu poder avassalador.
Estava deitada em sua cama, os lençóis emaranhados ao redor de seu corpo como correntes que a mantinham prisioneira de seus próprios pensamentos impuros. Seu coração batia descompassado em seu peito, ecoando o ritmo frenético da tempestade lá fora, enquanto lutava em vão para encontrar paz em meio ao caos. Olhava para o teto de madeira, observando os padrões que eram desenhados no próprio material.
Cerrava os olhos com força, desejando desesperadamente que a tempestade passasse e trouxesse consigo a tranquilidade tão esperada. Sua mente atormentada por pensamentos impuros não iria te deixar em paz, nada iria.
Seu quarto era levemente iluminado pela luz branca e fraca de um poste que ficava ali em frente. Mas, essa luz parecia mais escura hoje.
De repente, ouviu batidas na porta.
Olhou para o relógio, que ficava em cima da mesinha de cabeceira. Faltavam cinco minutos para a meia-noite. Quem seria essa hora? Outra freira?
Levantou-se, usando sua camisola branca e fina e foi até a porta a passos relaxados, imaginando quem seria e o que queria. Ao abrir, se deparou com a última pessoa que esperava: padre Adam.
Ele estava em pé, e quase era do tamanho da porta. Estava sem suas roupas habituais, vestindo uma calça preta e uma camisa branca fina.
— P-Padre... — suspirou.
— Olá, querida. Problemas para dormir?
— S-Sim... estou tentando há algumas horas, mas meu corpo se recusa a descansar.
— Compartilho da mesma experiência.
Um silêncio mórbido pairou entre vocês dois, então você limpou a garganta brevemente e o olhou. Ele era tão grande comparado a você.
— Bom, hm... posso saber o por que de estar aqui...? Digo, essas horas...
Um sorriso praticamente sacana se instalou nos lábios sensuais do mais velho.
— Vim te perguntar se você gostou do que viu.
Seu corpo estremeceu no mesmo instante, e seu coração pareceu parar por alguns segundos, enquanto sua respiração ficava mais pesada. Arregalou os olhos e suas bochechas ficaram coradas de vergonha e desonra.
— E-E-Eu... eu n-não sei d-do que o senhor está f-falando...!
— Sabe sim, você é bem inteligente — levou uma mão até seu rosto, segurando seu maxilar e mantendo o contato visual. — Eu sei que você estava espiando. Que garotinha mais impura, não?
— D-Desculpa, não foi a intenção...
— Não me importo que você tenha olhado, só me entristece que não tenha se juntado.
— E-Eu não tenho como fazer o que o senhor fez... não tenho o que tem.
Uma risada rouca saiu dos lábios dele bem baixinho.
— Não mesmo... — a mão dele desceu por seu pescoço, e em seguida para seus seios, apertando levemente o esquerdo. — Deixa eu te contar um segredo... — ele se abaixou e se inclinou para frente, colando os lábios ao seu ouvido, enquanto a mão descia e adentrava sua camisola, chegando perigosamente em sua virilha, onde ele deslizou os dedos grossos por cima.
Seu corpo se estremeceu, e um gemido tímido saiu de seus lábios quando sentiu ele estimular levemente aquele ponto sensível, e pôde ouvi-lo sussurrar:
— Você tem algo muito melhor...
Os lábios dele desceram para seu pescoço, depositando beijos ardentes em sua pele, e te fazendo automaticamente abraçar os ombros largos dele. Estavam praticamente no corredor, entre a porta e o quarto.
— P-Padre... — tentou protestar. Mas aquilo saiu mais como uma súplica, do que um verdadeiro protesto.
— Adam.
Ele corrigiu, num tom ríspido.
— Mas que tipo de padre é você? — perguntou, sentindo o calor subir por suas pernas novamente, se concentrando em seu íntimo. — Que comete heresias...
Ele se afastou um pouco de você e te olhou nos olhos. Aquele olhar tão profundo e marcante, não era vazio e suas íris tomaram uma coloração vermelha, que brilhava como dois pontos na mais completa escuridão.
— V-Você não é um padre... você é... — ficou sem palavras.
— Sim, gracinha. Eu sou o seu demônio.
— Meu? — se perguntou internamente qual pecado teria cometido para merecer tal punição.
— Eu fui feito pra você. E, eu já tinha tentado me aproximar antes, mas você decidiu vir para o convento — ele reclamou. — Não posso te julgar, no fim, foi divertido.
— C-Como conseguiu entrar no convento? Como conseguiu se tornar padre? Pegar em cruzes, rezar...
— Eu tenho muita força de vontade, e deu um trabalhinho, sim. Mas, olha só como estamos... — ele se aproximou de seu rosto e deixou um selar demorado no canto de sua boca. — Valeu a pena.
A mão dele foi até dentro da sua calcinha, adentrando o tecido macio e permitindo que as digitais finalmente tocassem seu sexo nu. Um gemido de surpresa deixou seus lábios quando os dedos rudes do mais alto deslizaram um pouco mais embaixo, molhando-se com sua excitação.
Ele levou a mão até a própria boca, chupando os dedos vorazmente, com os olhos fechados. O moreno praticamente rosnou.
— Que delícia... — conseguiu dizer aquilo num tom que lhe deixava com as pernas bambas. — Preciso de mais.
— Ei, o que-.
Não teve tempo de protestar, ele segurou seu corpo como se você fosse tão leve quanto uma pluma, te agarrando, tirando seus pés do chão e entrando no quarto. Sua mente estava meio nublada, não conseguia pensar em nada agora que não fosse aquele homem; aquele demônio.
— Espera, e-eu nunca...
— Oh, eu sei... — ele levou o rosto até a curva de seu pescoço, passando o bigode por sua pele sensível. — Sinto o cheiro da sua pureza à quilômetros...
Os lábios dele foram até os seus. Eram quentes, macios e deliciosamente tentadores, só não era ainda melhor do que sentir a língua dele deslizando sobre a sua. Estava nos braços de Adam enquanto ele saboreava seus lábios e deslizava as mãos grandes por seu corpo, compartilhando seu calor com o dele. Nunca imaginou que fosse tão bom beijar um homem, mas estava sendo muito melhor do que nos seus sonhos.
Sentiu-se na cama, ficando de frente para ele enquanto o mesmo retirava a camisa e jogava em algum canto do cômodo. O peito pálido e com alguns pelos estava exposto, como seus braços fortes. Mas que belos músculos, aquele demônio tinha uma boa anatomia ou ele só tinha se ajustado à uma forma que sabia que iria lhe causar tesão?
Havia um crucifixo de prata ao redor do pescoço dele, com uma cruz detalhada e com alguns pedaços de uma jóia vermelha, supôs que fosse um belíssimo rubi.
Num movimento rápido, ele a puxou para o colo dele, fazendo você se sentar e sentir a ereção crescente que estava coberta pelo tecido escuro da calça. Seu rosto estava corado e sua respiração estava pesada, ele agora lhe dava selinhos lentos, que causavam estalos baixos.
— Seu coração está batendo tão rápido...
Aquele órgão pulsava em seu peito como as asas de um beija-flor.
Uma mão dele foi até seus ombros, abaixando as alças delicadas da camisola, fazendo-a cair levemente por seu peito, revelando seus seios que estava com os mamilos enrijecidos. Ele riu baixinho, um sorriso cafajeste que te deixou completamente excitada.
A outra mão foi até suas costas, obtendo um apoio para te inclinar levemente para trás, deixando seu peito mais visível enquanto ele praticamente salivava ao prestar atenção em sua pele, e perceber como você se arrepiava.
— Adam... — iria protestar sobre algo.
— Não se preocupe, eu sou forte o suficiente.
Assim, ele abaixou a cabeça, levando a boca até seus mamilos sensíveis, fazendo um gemido tímido escapar por seus lábios enquanto ele deslizava a língua descaradamente por sua pele macia. Aquela era uma sensação indescritível, pois nem mesmo em seus sonhos mais promíscuos foi capaz de imaginar que essa seria a sensação de ter a boca de um homem em seu corpo.
A mão livre do demônio foi até seu outro seio, praticamente o cobrindo por inteiro com aquela mão enorme, e apertando de um jeito que mais parecia massagear. Adam mantinha os olhos fechados, desfrutando daquele corpo perfeito que ele almejava há meses, e você estava gemendo baixinho, timidamente, se entregando pouco a pouco.
O moreno te deitou na cama em seguida, mantendo sua cabeça no travesseiro enquanto aproveitava para terminar de tirar a camisola que ainda te vestia, e ele aproveitou para puxar a calcinha junto. Agora você estava completamente exposta e sentia-se ainda mais envergonhada por ver como ele estava prestando atenção a cada mínimo detalhe em você. Desde quantos sinais de nascença estavam visíveis até suas bochechas coradas.
Cruzou as pernas por impulso.
— Não, não, minha querida... — ele disse num tom de voz suave. — Eu estava admirando esse paraíso que você tem entre as pernas, e você as fecha?
— Isso é um pouco vergonhoso...
O mais velho se deitou de bruços, distribuindo alguns beijinhos por sua coxa, fazendo você sentir aquela mesma sensação de quando o viu se tocando no monastério horas mais cedo. Aquele calor estava subindo por seu ventre novamente.
— Quando eu estiver fazendo você revirar os olhos, nem vai lembrar da vergonha... — os beijinhos foram subindo mais um pouco. — Agora abre essas pernas pra mim...
Ainda relutante, você abriu as pernas vagarosamente.
— Boa garota.
Ele segurou suas coxas na parte exterior, perto de sua bunda, e pôde posicionar melhor o rosto. Foi beijando a parte interior, praticamente queimando a pele sensível com aqueles beijos ardentes que pareciam te consumir como labaredas consomem a estrutura de uma construção durante um incêndio.
Os lábios dele chegaram perigosamente perto de sua virilha, antes de ele ir até a parte que tanto almejava: sua buceta.
Estava encharcada, tanto que sua excitação escorria. Ele sorriu maliciosamente ao notar e te abocanhou sem pudor algum. Um gemido de surpresa escapou por seus lábios, e você imediatamente cobriu sua boca com uma mão enquanto fechava os olhos.
Sentiu ele sorrir e grunhir contra sua buceta.
— Não precisa se conter tanto... as paredes do convento não são tão finas quanto parecem.
E voltou a te chupar novamente. Aquela era uma sensação tão celestial que nem parecia que algo profano estava sendo feito em cima daquela cama pois nunca, em todos esses anos, poderia imaginar que a sensação de ter a boca quente de um homem explorando seu sexo encharcado fosse tão perfeita assim, ainda mais quando o nariz dele estava sendo esfregado contra seu clitóris.
Pensou em como teria que rezar depois disso e pedir muito perdão por estar fazendo algo tão explícito e erótico. Finalmente havia se rendido aos prazeres da carne, ainda mais com um demônio. Mas, seus pensamentos rapidamente eram deixados em segundo plano quando sentia a boca quente dele indo até seu clitóris. Bem que ele disse que quando você estivesse revirando os olhos, não iria pensar em vergonha alguma.
— Porra... — a voz grave dele ecoou entre vocês. — Você é tão doce...
— Eu sou? — questionou timidamente, olhando para baixo e vendo como ele estava focado em continuar te chupando.
— Uhum... — ele murmurou, não perdendo o foco e jogando uma de suas pernas por cima do ombro largo enquanto apertava com uma mão.
Ele estava praticamente te fodendo com a língua, fazendo-a ver estrelas e praticamente alcançar sua utopia. Você levou uma mão até os cabelos escuros e macios dele, apertando sem nem se dar conta do que estava fazendo enquanto gemia.
O mais velho se concentrava agora em seu clitóris, fazendo movimentos em "oito" com a língua naquele ponto sensível. Aquilo te fez estremecer e praticamente lacrimejar de tanto prazer que estava sentindo. A sensação em seu baixo ventre voltou, mas dessa vez, muito mais forte que antes, como se houvesse um nó que estivesse prestes a se romper.
— A-Adam, por favor, eu... eu... — suplicou.
— Deixa vir que eu te seguro, querida — ele praticamente rosnou contra seu clitóris.
Não demorou muito para que tivesse seu primeiro orgasmo, o primeiro orgasmo de sua vida. Foi uma sensação tão intensa, que nem mesmo tinha palavras para descrever o quão incrível aquela experiência havia sido. Seu coração palpitava no peito, suas pernas tremiam e seus olhos estavam se revirando enquanto você apertava aqueles cabelos macios e escuros.
Ele lambeu sua intimidade mais um pouco, antes de se distanciar, com os lábios melados.
— Você tem um gosto melhor do que eu tinha imaginado... — ele admitiu, se sentando na cama.
A ereção já estava incomodando, aquelas calças estavam apertando mais que o normal. Mas, ele teria o alívio que almejava em breve, ainda não tinha terminado o que queria fazer antes de te penetrar.
O mais velho te fez sentar na cama, levemente inclinada para trás. Sentia seu corpo quente, o sangue fluía por suas veias rapidamente. Uma mão dele foi até sua intimidade, deslizando os dedos grossos por sua excitação gotejante, melando-os.
— Está sensível... — disse baixinho.
— Ah, querida... essa é a melhor parte.
Sentiu um dedo dele deslizar para seu interior apertado, provavelmente o dedo médio.
Arfou, olhando naqueles olhos profundos e cheios de desejo enquanto ele movia a mão devagar. Seu interior se contraia, devido a sensibilidade do orgasmo recente, mas mesmo assim era uma boa sensação.
— Vamos ver se você aguenta mais um...
E, assim, ele deslizou o dedo anelar, te fazendo gemer baixinho mais uma vez.
— Ótimo... ótimo... — te reconfortou.
Os dedos dele faziam esse movimento de vai e vem, curvados levemente para cima, te deixando cada segundo mais sensível. Era uma sensação estranha, ao mesmo tempo que era levemente dolorida, era extremamente bem-vinda e satisfatória. Fazia isso lentamente, mas não chegava a ser algo tortuoso.
— Está gostando disso? — ele questiona, baixinho, analisando seu rosto.
Você murmura algo de forma afirmativa, e ele segura seu queixo, fazendo-a olhar para seu rosto.
— Quero palavras, não murmúrios.
— Sim...
Ele começou a mover os dedos um pouco mais rápido, fazendo-a se contorcer levemente. Suas pernas ainda estavam um pouco trêmulas, e você fechou os olhos, inclinando levemente a cabeça para trás enquanto se entregava a mais uma sensação deliciosamente tentadora e excitante.
— Quando você estiver necessitada, e eu não estiver por perto... é isso que você vai fazer... — ele dizia aquilo num tom tão erótico, que parecia te levar para outra dimensão. — Você vai fazer isso com a sua mão, ouviu bem?
O moreno desceu a mão por seu queixo, até chegar em seu pescoço, onde ele não a enforcou, mas teve um certo apoio para poder olhar melhor para seu rosto. Suas bochechas ainda estavam coradas e seus lábios estavam entreabertos.
— Aprenda direitinho, hm? Na próxima vez você vai se tocar, e eu vou assistir...
Ele aumentou um pouco o ritmo dos dedos, movendo a mão mais rápido, fazendo com que a palma batesse contra seu clitóris e os dedos fizessem o som molhado reverberar entre vocês dois, te deixando ansiosa para sentir aquilo de novo.
— Eu tô... eu tô... — tentava falar, mas não conseguia.
A antecipação do ápice já fazia suas palavras tropeçarem umas nas outras.
— Mantenha os olhos abertos, querida — ele mantinha o ritmo dos estímulos. — Quero que olhe nos meus olhos enquanto goza nos meus dedos.
Aqueles olhos castanhos estavam fixos aos seus, e mesmo com a baixa iluminação que invadia o quarto, você conseguia prestar atenção em como aquelas íris escuras estavam ainda mais obscurecidas pelo desejo crescente que ardia por você. Não estava conseguindo se controlar, aquela sensação vinha com tudo mais uma vez, num desespero crescente que subia por seu ventre.
Ele continuava segurando seu pescoço, um pouco perto de sua nuca, mantendo seu rosto erguido e finalmente se deliciando com a visão de vê-la alcançar seu ápice. Seus quadris tremeram, um gemido sôfrego deixou sua garganta, e você sentiu como havia molhado os dedos dele, e como seu interior estava se contraindo.
O segundo ápice foi tão incrível quanto o primeiro.
— Muito bem, meu amor. Muito bem...
Ele retirou os dedos de seu interior e levou até a própria boca, chupando-os como havia feito mais cedo.
Estava ainda mais molhada, escorrendo ainda mais e molhando o lençol da cama. O demônio alto e forte se levantou, ficando de pé no chão de pedra e se livrando daquelas calças que estavam apertando a enorme ereção dele. Quando ele abaixou a calça, você não pôde deixar de se surpreender com o tamanho de seu membro.
Já havia o visto, mas agora que a mão dele não estava no mesmo, parecia ser maior. Só de lembrar daquela cena erótica no monastério, aquela sensação subia por seu ventre novamente. Ele estava pulsando, com a glande rosada molhada de pré-gozo, e ele pulsava.
— Eu sei que é grande... — ele se deitou sobre você, tomando seus lábios gentilmente, como se fosse uma forma de te acalmar. — Mas não se preocupe, vai caber.
Os lábios dele foram até os seus gentilmente, deslizando a língua pela sua, enquanto os lábios dele pareciam massagear os seus. Estalos baixos daquele beijo estavam ecoando entre vocês, e você estava tão perdida nessa sensação que mal se importava com o mundo ao redor.
As mãos grandes dele foram até seus braços, segurando seus pulsos com firmeza e deixando-os pressionados contra os lençóis. Sentiu ele te penetrar devagar, indo com calma e sutilmente, para que não acabasse te machucando.
Você gemeu contra os lábios dele, e ele separou o beijo, fazendo com que um filete de saliva acabasse pendendo entre vocês dois, que logo se desfez. Sentia centímetro por centímetro, e fazia uma pequena pressão no início, mas ele foi devagar e com calma até penetrar tudo.
— Puta merda... — ele gemeu.
— Caralho... — você gemeu baixinho.
O fato de estar se entregando assim, e agora falando um palavrão já havia deixado bem claro como aquele demônio havia conseguido corromper você.
— Viu? Eu te disse que ia caber... — ele a tranquilizou, começando a mover os quadris devagar. — Nossos corpos foram feitos um para o outro, querida.
Ele não estava mais com peito colado ao seu, mas estava movendo os quadris num ritmo lento e altamente erótico que te fazia perder o juízo, enquanto ele segurava seus pulsos com aquelas mãos grandes e olhava em seus olhos. Não sabia dizer se era só impressão, mas ele ficou ainda mais gostoso em cima de você, e imaginou como aquelas costas largas e aquele corpo alto cobriam o seu corpo pequeno perfeitamente.
Os gemidos e grunhidos profanos do demônio estavam adentrando em sua mente, e logo mais iriam se tornar seu som favorito, era melhor do que ouvir os pássaros cantando na aurora. O pau dele esticava seu interior deliciosamente, fazendo-a gemer sem pudor, olhando nos olhos escuros dele se sentindo indefesa e entregue.
Estava nas garras do demônio.
A cada trovão que iluminava o céu noturno, você podia prestar atenção nos músculos fortes do moreno, e sentir-se feliz por ter a chance de se deleitar com isso. Já Adam, estava mais do que feliz por tê-la embaixo dele, e ele sabia que deveria tomar cuidado com seu corpo, pois às vezes não tinha controle da própria força.
— Sabe por quantas e quantas noites eu ansiava em te tornar minha? — por Deus, aquele homem sabia como fazer seu mundo virar de cabeça para baixo. — Agora olha só...
— P-Por que não tira esse crucifixo? — questionou timidamente, prestando atenção em como o pingente se movia a cada movimento de vai e vem que Adam fazia.
— Ele é um amuleto de proteção. Me impede de usar 100% do meu poder.
— Por que não usa?
Uma risada lascívia escapou dos lábios dele ao ouvir seu questionamento.
— Porque eu posso acabar te machucando, e essa é a última coisa que eu quero.
— P-Podemos tentar sem o crucifixo? — não estava se reconhecendo agora, ainda mais fazendo uma sugestão tão promíscua.
Os olhos dele brilharam naquele tom carmesim novamente.
— Ah, querida... eu não poderia estar mais feliz em ser seu.
Ele saiu de dentro de você, se sentou na cama e retirou o crucifixo. Aquele sorriso malicioso estava no rosto dele, sentia que algo muito bom estava por vir e que não iria se arrepender de ter feito essa proposta.
— Fica de quatro.
Ordenou, e você ficou com um pouco de dificuldade, mas conseguiu. Ele xingou baixinho com a visão de sua bunda empinada, e segurou seus braços, levando seus pulsos até suas costas, mantendo-os juntos e enrolando o crucifixo neles.
— Isso vai ficar bem aqui... — ele prestou atenção na cruz brilhante. — E se você não aguentar, pode me avisar.
Imediatamente você sentiu uma sensação diferente, como diversos toques em seu corpo. Adam só tinha duas mãos, mas você sentia mãos segurando seus pulsos, segurando a parte de trás dos seus joelhos para manter seu equilíbrio e finalmente uma mão dele em seu quadril.
Ele segurou a ereção com a outra mão e levou até sua intimidade molhada e exposta, deslizando a glande levemente por sua entrada, te provocando desse jeito sujo.
— Meu Deus... — suspirou surpresa.
— Deus definitivamente não está aqui, querida — e ele empurrou tudo, te fazendo gemer alto e surpresa enquanto fechava os olhos.
A outra mão foi até seu quadril, te fazendo empinar os quadris para que ele pudesse mover os dele. A chuva ainda estava forte lá fora, e os trovões e os raios eram altos o bastante para poder mascarar os gemidos e os sons de seus quadris que ecoavam pelo quarto. Felizmente, a cama não fazia tanto barulho, e a cabeceira não estava batendo contra a parede de pedra, mas ele estava sendo bem intenso.
Não conseguia expressar a satisfação de estar sendo segurada por essas "mãos invisíveis", mas era uma sensação que beirava a definição de "celestial". Adam estava focado em te satisfazer, movendo os quadris num ritmo que era um pouco mais rápido, e a fazia gemer.
Nunca pensou que fosse se encontrar na cama, gemendo graças a um padre — na verdade, um demônio disfarçado de padre —, mas olha só a ironia do destino. Ele havia te corrompido da forma mais deliciosa possível, te fazendo enxergar que era bom poder se render ao prazer da carne quando estivesse com alguém que sabia o que estava fazendo.
E, céus... ele sabia foder.
— A-Adam, o que é isso? — perguntava, entre gemidos. Mal conseguia falar, as ondas de prazer eram de desnortear qualquer um que ousasse sentir.
— Isso não é nada, eu estou pegando leve com você... — ouviu ele rir, aquela risada cafajeste de mais cedo.
Os cabelos negros caíam pelo rosto de Adam, que estava olhando para baixo e apreciando a visão de sua bunda indo de encontro ao quadril dele, enquanto ele apertava sua carne com as duas mãos. O pomo de Adão subia e descia enquanto ele respirava pesadamente e gemia sem pudor algum. Ouvi-lo gemendo era tão bom.
Sentia aquela sensação novamente em seu baixo ventre, como se aquele nó imaginário estivesse próximo a se romper e fosse te levar ao ápice novamente. Estava prestes a saborear a deliciosa sensação num terceiro orgasmo.
— Por favor, não pare... por favor... — sua voz estava manhosa, mal conseguia falar.
Tendo em vista isso, ele usou um pouco mais do poder, fazendo você sentir agora como se a boca dele estivesse em seu clitóris, mas ao mesmo tempo estivesse em seus seios. Eram muitos estímulos juntos, e no momento em que sentiu, um gemido de surpresa deixou seus lábios que estavam abertos em um perfeito "o".
Ele aproveitou para mover os quadris num ritmo mais bruto e rápido.
— Goza pra mim, meu amor. Você tá quase lá, quase lá... — o tom de voz rouco dele adentrava e corrompia sua mente. — Goza no meu pau.
— Eu t-tô... eu tô- aah! — o gemido que anunciou o ápice acabou cortando sua lamúria enquanto você sentia as ondas de prazer atingirem seu corpo violentamente, fazendo seus quadris tremerem e sentiu que estava molhando o pau dele com aquele líquido quente.
Seus sentidos estavam confusos, a sensação ainda estava fluindo por todo o seu corpo, como o sangue que fluía por suas veias ativamente. Gozou com força, fechando seus olhos e praticamente gritando, agradecendo mentalmente pela tempestade que assolava o mundo lá fora.
— Que delícia, querida. Puta que pariu- ugh! Eu vou gozar, eu vou gozar... — o moreno gemia num tom mais manhoso e delicioso de se ouvir, aquilo não sairia da sua memória nem tão cedo.
Ele penetrou profundamente mais algumas vezes enquanto gozava em seu interior, liberando jatos de porra quente em sua buceta e respirava ofegante. O pomo de Adão subia e descia, como havia sido no monastério. As mãos grandes apertavam sua pele e os músculos daquele abdômen forte se contraíram.
Vocês ficaram parados mais alguns instantes, tentando voltar à realidade depois dessa experiência intensa.
O moreno saiu de seu interior e depositou um beijo em uma de suas nádegas.
— Seja uma boa garota e mantenha tudo aí dentro, hm? — ele disse tranquilamente.
Uma mão foi até seus pulsos, pegando o crucifixo e aquela força invisível parou de te segurar, te permitindo deitar no colchão. Ele colocou o crucifixo novamente e se deitou ao seu lado, te puxando para o colo dele.
Seus corpos estavam quentes e suados, mas aquilo era muito melhor do que havia imaginado. Ele deixou um beijo no topo de sua cabeça, e você pode fazer aquele peito forte de travesseiro enquanto ele deslizava a ponta dos dedos por seu ombro nu, no que seria uma carícia singela.
Passou uma perna pelo quadril dele, se aninhando no braço grande e forte do mais velho.
— Eu sou seu... — ele pegou sua mão e levou até os lábios, depositando um beijo terno. — E você é minha.
— Você é meu demônio de estimação? — brincou, fazendo-o rir.
— Se é assim que você quer se referir à mim.
[...]
𝐍𝐎𝐓𝐀 𝐃𝐀 𝐇𝐀𝐃𝐄𝐒: morceguinhos, eu sou tão apaixonada nesse plot maluco que eu tirei do cu, que eu juro que vou fazer um livro inteiro sobre isso no wattpad puta merda, o Adam é uma delícia e ele como PADRE fica a coisa mais pecaminosa do mundo juro puta que pariuuuu 🗣️
#adam driver#adam driver x reader#adam driver x fem!reader#adam driver x you#adam driver smut#adam driver moodboard#adam driver aesthetic#priest kink#hot priest#naughty nuns#nun
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FMRB promove natal solidário no Convento das Mercês para comunidade do Desterro
Natal solidário A programação inclui atrações culturais como a Banda do Bom Menino, o Coral Natalina da Paixão da Companhia Barrica e a apresentação do músico Walfredo Jair, celebrando a cultura local. Divulgação Por: Redação 13 de Dezembro de 2024 Neste domingo (15), a partir das 16h, a Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB) realizará o Natal Solidário, um evento social dedicado à…
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Boi de Maracanã e Boi de Axixá estão entre as atrações do 'Vamos Festejar' neste sábado (20); veja a programação
É mês de julho, mas ainda festança de São João em São Luís. O ‘Vamos Festejar – São João nas Férias’, que começou na última quarta-feira (17), segue neste sábado (20), com vasta programação no Convento das Mercês, no Centro Histórico da capital. Source link
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⋆⠀⠀ও⠀⠀۟⠀é detestável como ele incita em si expectativa . que uma mísera frase na modulação certa fê-la sorrir em júbilo . uma dualidade adorável vê-lo brincar com as palavras quando , sob o ponto de vista da sinclair , este é tão contido com atos de carinho . então isso é meio que uma promessa , howie ? é a sua vez de elevar o queixo em petulância , o sorriso genuíno brilha em suas órbes . os dígitos curiosos que peregrinam sobre a derme do pescoço , findando sobre o tecido fino do paletó . você parece um homem de palavra . o ato de soprar cada palavra é um mísero artifício para cativar atenção . a diferença de altura sendo perceptível mesmo com o salto elegante , onde se obriga a preservar a petulância do queixo erguido para emoldurar a própria eloquência . quase vacila quando o assunto é preservar o contato visual , quiçá incerta sobre o quão transparente pode ser aos olhos do mais velho . assim como se protege de interpretá-lo de outra forma — mais sentimental daquilo que são um para o outro . deveria o detestar pelo simples fato de ter sido apresentada a ele através do pai ; verossímil a um arranjo arcaico e rude . mas , ao contrário disso , emerson se vê vulnerável e sensível a cada maldita ação deste . julga ser fruto da carência provocada pelo exílio em convento , a ausência de afeição e contato fê-la estar tão ... à mercê .
⋆⠀⠀ও⠀⠀۟⠀eu sei , você nunca tem essa intenção . torceu o nariz em certo descontentamento pela narrativa de bom moço . não se vê refém de tal perspectiva , afinal não ignora cada olhar de lascívia que partilham em reciprocidade . seu corpo — em antítese a mente viperina — lhe trai quando um suspiro ecoa . um afago ao caráter de rutherford , pois expõe em instância que gosta da presença dele . ainda que não admita e , acredite , não vai admitir nem sob tortura . não é de bom tom dormir aqui , então . se a intenção é está , ora , emerson se vê irredutível a chamar um motorista após o jantar . não é algo que lhe tira o sono , ainda que esteja em desagrado pela obrigação na agenda . sabe melhor do que ninguém sobre o quão retraída ficará no jantar e , se possível fosse , iria evitar a angústia de ser corrigida a cada instante . o silêncio , mais uma vez , é a proteção para a própria postura . eu sei que não , além de quê . morde o lábio para conter um complemento . howard parece um grande hipócrita , afinal !por qual razão , além do contágio de sua própria relutância em participar do jantar , este iria detestar a ideia de ir ? repara na postura do rapaz mesmo que sentada , as órbes irredutivelmente atraídas pelo reflexo majestoso . lhe afeta até mesmo a maneira que ele põe o relógio , a vaidade intrínseca de alguém que sabe o que está fazendo . se vê obrigada a focar em outra coisa ; senão reclamaria por coisas que não estão a sua alçada . por exemplo , sobre o quão cruel ele é por tê-la beijado uma só vez . o perfume árabe , um presente de seu avô , é cuidadosamente borrifado sobre o colo , a linha interna do pescoço e , por último , a nuca . embora tenha ciência de que é um mísero troféu naquele jantar repulsivo , emerson se sente na obrigação de estar deslumbrante . oh , não seja tão modesto . você sabe sim , howard . então sorriu em suave desafio , o olhar que mais uma vez se encontra com o reflexo magnético quando o elevador se abre . quando adentra o espaço , os dígitos inquietos buscam por recolher a bolsa que estava nas mãos do homem . por sinal , elevou o olhar a boca , a eletricidade outra vez surge diante a cobiça de beijá-lo . espero que tenha planejado o seu discurso . disse-lhe com a intenção de afastar o pensamento flívolo.
nada que valha a pena começar para terminar em cinco minutos , srta. sinclair . se ocuparia em tentar replicar a formalidade alheia , mas parecia trivial quando suas palavras carregavam tanta sugestão , seu humor melhorado em alguns níveis , o suficiente para entreter aquela ideia de se opor ao destino lastimável que sem dúvida os esperavam . o suspiro profundo advém não apenas do fato de ter uma base grande o suficiente sobre o homem para compreender sua rigidez , mas também da ideia que ele próprio não seria tolerante se fosse o contrário . não é minha intenção ser desrespeitoso . embora o elevar dos ombros indicasse o contrário , era simplesmente factual em na certeza pessoal de julgar ser capaz de fazê-lo entender , ao menos sabia que tinha as cartas na mão para isso . há certo … orgulho e contentamento no riso genuíno que escapa de si com a sucessão de acontecimentos , cada mínima oscilação na fronte impecável de emerson soava como uma vitória , mas é a maneira que o chama com menos pompa que o usual que tem o valor de ouro . não perpetua a dúvidas do que eram , oras , não parecia certo denominar como algo , embora a alcunha de nada também não seja cabível . howard não era alguém regido ao tato e se buscava pelo contato íntimo , é por pura auto indulgência , pouco preocupado — no momento — com qualquer ponto de desfoque nas linhas que traçava entre eles ; a distância entre interesse e o início da afeição parecia tão diminuta quanto a de seus corpos … e o quão agradável era , surpreendendo a si próprio com tal contestação sigilosa , demonstrada apenas em sua relutância em deixá-la se afastar , os dígitos deslizando impotentes para longe da sinestesia aprazível . menos complicado pensar em tal como uma mera desculpa para sua relutância em partir . se distraí com seu relógio , escolhido e pesquisado cuidadosamente para parecer uma relíquia inestimável de família é posto no pulso como se fosse uma armadura , artifício que afastava questionamentos constrangedores quando estava rodeado pela elite . se certifica em afrouxar um pouco a gravata enquanto espera por ela , uma respiração mais leve sem o aperto imposto por ela . assim como você também deve saber que não tenho escolha . não tinham , mas isso ele não precisa ressaltar . o terno ajeitado sobre os ombros mais uma parte de sua armadura , abrandada pela candura de se ocupar com os pertences de emmy , carregando o casaco e a bolsa dela ao guiá-la com uma mão leve em suas costas . só não sei o que esperar . admite a muito custo enquanto esperavam pelo elevador .
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Segunda-fuck
ACORDEI cansado. Canso do domingo. Cansado do final de semana. Cansado do mês de Agosto que termina hoje. Cansado da quarentena que começou lá no meio de Março. Cansado de 2020 que era para ser um ano foda e está sendo apenas fodido. ESTOU com problemas de conexão do meu curso online, fiz 51% do curso e não consigo mais acessar a página do curso, não esperava isso da Canon. Lamentável. Talvez fosse erro meu, algo de "cache" que precisa ser limpo e tal, mas por desencargo tentei outro navegador, tentei no iPad, tentei até no celular... Pedi pra um amigo tentar acessar a página da casa dele, nada. Tá cagada mesmo. HOJE o dia está nublado e friozinho. Ontem estava ensolarado e quente. Vivemos a mercê da natureza que como um demiurgo sádico brinca com as coisas o tempo todo. Ora manda ventos que arrastam as casas das pessoas, ora chuva que alaga tudo e em outra partes seca que mata e trinca a terra árida. Aqui em Curitiba não temos rotina, a cara do dias e a temperatura muda o tempo todo, calor, frio, Sol, nublado, cagado e por aí vai, este ano tivemos uma quarentena ensolarada, mas em geral a cidade tem fama de ser cinzenta. Em razão da quarentena e do isolamento social, tanto faz se faz Sol ou chuva ou os dias são cinzentos, sento minha bunda durinha, sim, a academia é uma benção para a bunda, e trabalho, home office isso, se está calor, só de cueca, se está frio, de moletom. AGORA, neste exato momento, ouço música indiana/zen sei lá que caralho é, vinda do apartamento de um vizinho, para estar ouvindo música nessa altura numa segunda-feira de manhã deve estar em êxtase com um caralho enfiado na boca e outros dois no rabo. VSF. ÊXTASE estou tendo lendo Memorial do Convento, de José Saramago, que escrita foda, poesia pura, é para ler degustando, linha por linha, palavra por palavra. Um texto um tanto difícil, requer atenção, mas isso é bom, né? Exercício para o cérebro, colocar os neurônios para malhar a bundinha.
Foi o caso que no convento de S. Francisco de Xabregas entraram gatunos, ou gatuno entrou, pela claraboia de uma capela contígua com a de Santo António, e foi, ou foram, ao altar-mor, e as três lâmpadas que lá estavam se sumiram pelo mesmo caminho em menos de um credo.
Só um exemplo.
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VÍDEO NOVO NO CANAL!!! LINK LÁ NA BIO O Centro Histórico Centro Histórico de São Luís compreende uma área de 220 hectares de extensão em São Luís, capital do Maranhão. Cerca de 3000 imóveis estão tombados pelo patrimônio histórico estadual, e 1400 pelo IPHAN. Parte desse sítio foi declarado Patrimônio Mundial em 1997 pela UNESCO, e caracteriza-se pela arquitetura civil de influência portuguesa, bastante homogênea, adaptado ao clima do local Entre as edificações históricas a serem destacadas, encontram-se o Palácio dos Leões (sede do governo do estado), o Palácio de La Ravardière (sede da prefeitura), a Catedral de São Luís - a Igreja da Sé, o Palácio Episcopal – Sede do Tribunal de Justiça do Maranhão, o Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo, o Convento das Mercês, a Casa das Tulhas (Feirinha da Praia Grande), as igrejas do Rosário e do Desterro, a Casa das Minas, Fontes do Ribeirão e das Pedras, o Teatro Artur Azevedo e muitos outros Falar do centro histórico não tem como não falar da história de São Luís. REVIVER O Reviver na verdade foi um projeto, Projeto Reviver, que buscou recuperar e revitalizar o conjunto arquitetônico do Centro Histórico de São Luís. Embora amplo e com ações integradas, o Reviver teve duas fases distintas: A revitalização de pontos principais que eu já falei CASA DAS TULHAS No final da Rua Portugal você cruza com a Rua da Estrela. Bem no centro desta rua está a Casa das Tulhas, uma construção circular de 1820 com lojas de produtos regionais como cachaça, farinha, doces, guaraná jesus (o refrigerante rosa) e tiquira (um destilado de mandioca considerado afrodisíaco). Todas às sextas-feiras, a partir das 19h, há apresentações espontâneas de Tambor de Crioula, que é uma dança de roda típica do Maranhão que, em 2007, recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Encontro de Miolos de Boi O Encontro de Miolos movimentou o Centro Histórico de São Luís. É a 14ª edição do evento que atrai a atenção do público na área central da capital. O miolo do bumba-meu-boi é o brincante que dá vida ao protagonista dos arraiais maranhzenses. @clickdonordeste #renanmvc #reviver (at Centro Historico de São Luis - Reviver) https://www.instagram.com/p/Bz29LX5p1dR/?igshid=jkkxypo6z0n3
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Homem invade convento de freiras idosas em Salvador
Homem invade convento de freiras idosas em Salvador
O Convento das Mercês, que fica na Avenida Sete de Setembro, em Salvador, foi invadido na madrugada desta segunda-feira (10). No espaço vivem 11 freiras idosas, algumas delas acamadas. De acordo com informações da TV Record Itapoan, uma enfermeira que cuida das freiras percebeu um barulho, por volta das 4h, e acionou seguranças do convento. O homem não foi localizado e fugiu do espaço depois de…
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07
JAN
São Raimundo de Peñafort
Nasceu no castelo de Peñafort, Barcelona, Espanha, no ano de 1175. Desde cedo, muito dedicado aos estudos, ele se especializou em Bolonha, na Itália, na universidade onde se tornou também um reconhecido mestre. Deixou aquela realidade que tanto amava para obedecer ao Bispo de Barcelona, que o queria como cônego. Ele prestou esse serviço até discernir seu chamado à vida religiosa, foi quando entrou para a família dominicana e continuou em vários cargos de formação, mas aberto à realidade e às necessidades da Igreja, onde exerceu o papel de teólogo do Cardeal-bispo de Sabina; também foi legado na região de Castela e Aragão; depois, transferido para Roma, ocupou vários cargos.Ele não buscava nem tinha em mente um projeto de ocupar este ou aquele serviço, mas foi fiel àquilo que davam a ele como trabalho para a edificação da Igreja. Na Cúria Romana, quantos cargos ligados a Teologia, Direito Canônico! Um homem de prudência, de governo. Seu último cargo foi de penitencieiro-mor do Sumo Pontífice. Quiseram até escolhê-lo como Arcebispo, mas, nesta altura, ele voltou para a Espanha; quis viver em seu convento, em Barcelona, como um simples frade, mas fossem os reis, o Papa e tantos outros sempre recorriam ao seu discernimento.São Raimundo escreveu a respeito da casuística. Enfim, pelos escritos e pelos ensinos, ele investia numa ação de mestres e missionários, pois tinha consciência de que precisava de missionários bem formados para que a evangelização também fluísse. Ele não fez nada sozinho, contou com a ajuda de São Tomás de Aquino, ajudou outros a discernir a vontade do Senhor, como São Pedro Nolasco, que estava discernindo a fundação de uma nova ordem consagrada a Nossa Senhora das Mercês – os mercedários. Homem humilde que se fez servo, foi escolhido como Superior Geral dos Dominicanos. Homem de pobreza, de obediência e pureza; homem de oração. Por isso, os santos como São Raimundo, um exemplo. Faleceu em Roma, em 1275; cem anos consumindo-se pela obra do Senhor.São Raimundo de Peñafort, rogai por nós!
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Manuscritos de Alexandria 1: Claudio Rodrigues
Epifanias pela dor
FRANCISCO (1181-1226)
A cruz entalada na garganta. Luz por todos os poros. O corpo são lanças que o transpassam. Uma só ferida. E doer e sangrar. Amanhecer pela dor. O ser todo escâncara.
Eu me libertarei! O todo amor. Tudo todos. Tudo muito. Solidão.
Não dizer o já dito. A língua se agita. A palavra é Tua. E tudo já foi feito.
Amanhece.
Abriram-se chagas em meus pés e mãos como se eu fosse o crucificado. Os ombros doem-me como quem o céu sustém. Abro meus braços em cruz e me entrego aos prazeres da dor. Tuas chagas abertas nos pontos cardeais do meu corpo. No limite do ser. Quando sou pedra, sou raio, sou língua de fogo, sou ninguém. Multidão.
Por que é preciso tanta dor, meu Deus? Por que tanto prazer?
Porque é preciso compreender.
O quê?
O quê. O isso. Francisco!
De braços abertos Cristo somos todos os homens.
TERESA (1515-1582)
O mar encapelado, línguas azuis, verde-douradas, brancas, para cima aos milhares, navios luzem à distância, de quaisquer terras distantes, em uma terceira margem, ao mar adentram. No coração do oceano, como perdidos, à Nova Espanha se dirigem. Meus irmãos, Hernando, Rodrigo, Lourenço, Jerônimo, Pedro e Antônio vão dentro deles, cada qual com sua espada e seu mosquete para levar a palavra de Deus. Não como vigários. Não pregarão. Serão soldados do Divino. É sua ação e exemplo de cristãos que se quer levar às novas terras de além-mar. Para que as descobrimos, meu Deus, se não para semear Tua palavra? Para isso é preciso abrir-lhes um sulco e regar com sangue a semente.
Cascos de navios como cascas de nozes sobre as águas, pequenas e frágeis vistas à distância, aos olhos do cosmos e de Deus, à mercê dos elementos. Para enfrentar os elementos é preciso uma alma intrépida e atrevida que desafie o medo. É necessário vencer a si mesmo. Os elementos somos nós mesmos a gesticular com violência colocando em perigo nossas eternas almas. Mas nossa é a vontade de Deus.
Ao longe o mar cintila. É lá que minha alma está e meu corpo gostaria de estar. No limite. No coração da aventura. Sulcando o oceano, brandindo espadas, cravejando de sangue o peito do inimigo com a explosão do meu mosquete. A lâmina de fogo da língua de um anjo doma as terras de além. O sopro de Deus sobre as coisas. Mas, estou em terra firme, se é que firme a terra é. E entre paredes. Minha missão é de pedra e com ela erguer Tua morada. Foi-me dado fundar conventos, esta é a minha aventura. Agarrar-me às pedras, subir com elas paredes, fazê-las chegar ao céu. Desmesurar-me neste afã. Desafiar a Deus para servi-lo.
O mar, onde meus irmãos estão, e inteira eu gostaria de estar. Em breve, um dia as irmãs em Deus seguirão os caminhos abertos por eles e novos mares e terras se abrirão para nós. Desbravaremos com eles terras mais novas ainda, que desoladas serão reabitadas. Desabitaremos o planeta se for preciso para conquistá-lo. Um país tem que tomar o mundo de assalto. A terra é pouca para um país.
Para levar Tua palavra é preciso antes apossar-se da carne alheia e tomar a alma para domá-la. Como Deus faz conosco. Não teve pena nem de seu filho na cruz e não o livrou da morte infame entre ladrões. Pela ousadia de ter nascido homem, morreu como cão.
Ó, lancetado coração! Eu que tenho pecado tanto e tanto errei nesta vida e tanto te amei com a força de meus pecados e erros. Eu que sou voltada à loucura. Eu, a tua pecadora, sou toda entregue a ti.
Toca meus seios um anjo. Um anjo só asas adeja. Abre meus braços em cruz e penetra certeira uma seta. A carne diante do espanto sacrifical. Um espiral se abre em minha testa em voluta infinita.
Suave martírio de teus laços. O fogo de teu abraço docemente fere-me a alma. As bodas contigo já começaram.
FRIDA KAHLO (1907-1954)
Tudo pela causa. O amor pela causa. A dor. Torturada constante. Como se amada por um deus. Toda entregue à causa. Só ela existe. E o amor. Ah, o amor! É tudo o que existe. O amor é a própria causa.
Fecundada de cores. Represento a história do meu corpo.
Eu te amo. Meus lábios fecham esta palavra. Cada gesto cria uma aurora. É sempre manhã. Amanhã tudo luz.
A causa é o amor. O amor da carne. A carne ama como se alma existisse. A humanidade é um deus.
O corpo ama a vida. A vida precisa de um corpo. Anima um corpo a vida. Mistério. A arte e o amor irão algum dia deslindá-lo? Mas para quê? Não bastaria vivê-lo?
No ar um verso há que um poeta resgata. A pintura é um grito a custo revelado. Procuro a paisagem no retrato. Sou todos os seres que me pintam diante do espelho. Não há Deus. Não há alma. Só há arte. E o amor. Sem amor não há arte ou causa alguma. Só o amor importa.
A causa é o povo redivivo. A sociedade renovada. Os direitos que se igualam. Deveres e haveres distribuídos entre todos. E tudo é de todos e todos são um. Mesmo que custe mais de um milênio de lutas para que se realize. O homem pequeno, diante da vida se engrandece. Um grão frente ao mar esconde o universo. O coração no peito aberto. Um dia seremos isso. Mas é preciso lutar.
Amar não crendo em alma ou deuses é um desafio. Amar por amar. Ser corpo. Alma não precisa. Não precisamos de deuses. Precisamos acreditar em nós mesmos. Se Deus ou deuses houvesse é isso que esperariam de nós.
Perder a vida assim tão cedo. Perder a morte na velhice. Perder a experiência de ser velho. Por mais dura e seca e só. Perder um pedaço de mim mesma que seria. A experiência de outro eu. O meu próprio envelhecer. O ver um mundo novo nascer de novo das cinzas do antigo.
Ao morrer perdemos a fração de eternidade que nos cabe do universo? O universo morre conosco? Nós nos entregaremos novamente ao nada de onde viemos? Mas por que deixamos por algum momento de ser nada? Por que fomos compelidos a ser? Por que este esforço da natureza por nos tirar para depois nos devolver ao nada? Que somos nós desabalados de volta rumo ao abismo do qual saímos?
Amo um pintor de paredes. Eu, uma pintora de telas. Ele pinta murais. Eu pinto a mim mesma, a mesma paisagem que sempre se renova. Um umbigo a girar. Faço o filme de uma vida. No meu corpo habita a humanidade e um panteão de deuses ilimitado. Um lúcido delírio. Línguas de sol sobre nossas cabeças.
Coroada de flores. Eu toda flores. Como um arranjo. Eterna noiva. Leio um livro. Pinto um quadro. Sorrio meus lamentos. O corpo floresce. Primavera-se enquanto eu morro.
Dilacerada.
O mural de meu marido. Meu homem. O meu povo. A sua carne e o seu sangue. Um prédio se ergue sobre nós. Entre nós. Por nós. De dentro de nós. Feito por nossas mãos. Mas não o habitamos. No mural, sobre o prédio, uma antena dita suas regras. Pedra a pedra nós trouxemos. Tijolo a tijolo o erguemos. O espaço da parede é constelado. O aqui e o ali. O antes e o depois. O agora e o outrora. O mais próximo e o mais ao fundo. Um ponto de mistério. O ponto de fuga submetido ao delírio de uma elipse. O outro revelado. A câmara-clara no quarto escuro. O espaço se desvela múltiplo. A página em branco preenchida por lacunas.
Só a dúvida fecunda.
A mão do pintor na parede nua. Carrega uma tocha a figura da pintura. A chama das tintas. De dentro do mural a mão arranha a realidade. Arranca dela marcas de tinta. Meu coração estremece. A espátula na mão do pintor aponta a ferir-me. Abre uma exceção em meu peito. Como um espelho.
O pintor tem uma canção assobiada. De lado mastiga um talo de capim. Cospe nas mãos para masturbar-se. E ardem seus olhos como os de um tarado. As meninas-dos-olhos excitadas.
Cada cor me fere. O vento venta. A chuva chove. O luar escorre. O suor e o sangue.
As meninas-dos-olhos, agora exaustas, cochilam. Bocejam burocráticas à lembrança das velhas aventuras. As pálpebras caem. Os cílios se encontram assustados. Minhas mãos se soltam distraídas. A pose se desfaz.
Ele morde a maçã de meu rosto e me oferece um pedaço.
Da dor escapa um sorriso. Delírio doce a flor escarlate. A rosa é uma rosa é uma rosa é uma rosa de Gertrude e o verde que se quer é o de Lorca. As mãos tintas das tentações. Ou vender-se a alma ao demônio ao entregar a arte ao mercado? Do lado de cá da pintura. O lado de dentro do espelho. O sonho de névoa.
A causa é a arte. A arte pela arte. Ou a arte pela causa. O que, no fundo (e na forma), dá no mesmo. A arte é a causa. E a causa é o povo. Mas, o que mesmo importa é o amor.
MISHIMA (1925-1970)
Sob a luz da janela, em uma sala em penumbra – dentro do filme – o menino de coxas grossas dedilha um livro de capa dura com representações das pinturas dos mestres do Ocidente. Abre uma página ao acaso e se depara com o santo.
Sebastião crivado de flechas – os flancos do jovem forte sangram – coxas de homem furadas – o corpo cravejado de estrelas vermelhas – o sexo pulsa – a virilha – homens armados – homens de flechas – homens de lanças – línguas de fogo, ardentes anjos terríveis – flores de sangue exalam aromas excitantes – martírio, martírio, martírio – o corpo jogado às feras – homem e homem em luta sobre a cama como anjos que se enfrentam pelo amor divino, cheios do Espírito, cheios de espanto, cravados punhais. O menino bate uma punheta.
O corpo mudo escreve o homem. O corpo nu se escreve. Um livro. A saga de um corpo. Um conjunto de corpos. Corpos feitos de palavras. Signos. O corpo significa. O homem. Maduro o livro se publica. O corpo do livro nu aberto.
Amadurece o corpo. Abre-se e fecha-se a obturadora rapidamente. A imagem é capturada. A cópia da cópia é perfeita. É um original. E será reproduzida a imagem do corpo em quantas outras cópias forem necessárias.
Representa um samurai de flanco ardente. A sunga de pano branco. A braguilha aberta como se preparado para o coito, enquanto as mãos seguras empunham o sabre para a autoexecução.
A outra foto é o santo. O flanco nu. Cravejado de flechas. Os olhos esgazeados ardem de desejo pela dor do próprio corpo exposto.
O sabre penetra o corpo. Fura o fígado. Rasga os intestinos na direção do umbigo. Da boca sai um urro e uma flor de sangue.
Um amigo o degola.
É um fim honrado. Antes de tudo, uma decisão. O sabre, a mente, as mãos, o corte, o âmago estrelado, a luz no centro do crânio. Tudo centelha, tudo lâmina de luz, tudo luz. Uma noz.
O abismo e a vida por um fio.
CHE (1928-1967)
Ao Lula da Silva
“Se o principal instrumento do Governo popular em tempos de paz é a virtude, em momentos de revolução devem ser a virtude e o terror: a virtude, sem a qual o terror é funesto; o terror, sem o qual a virtude é impotente.”
Maximilien Robespierre
“Trabalho, estudo e fuzil.”
Ernesto Che Guevara
Olhos abertos. Estrelas opacas. Cintilam.
As sombras. Sobras de luzes. Os olhos opacos abertos cintilam.
A imagem de um homem se destaca e se aproxima. Olha nos olhos do outro homem. Aponta a arma. Uma rajada de tiros. A queda. Outra rajada. E está morto.
A morte exemplar. O Cristo redivivo. O corpo em uma urna de vidro. Sangram as feridas do deus martirizado. Os olhos estatelados. Estrelas opacas cintilam.
A morte eloqüente. A morte que se diz. A morte propaganda. Propaga a morte ela mesma. A morte símbolo. A morte metáfora. A morte mais que a morte, que é a vida.
Uma leva de homens. Uma salva de tiros. Um magote de corpos. Outra salva de tiros. As mãos amarradas às costas. É preciso que estejam rendidos e não possam se defender. Homens encostados às paredes. Homens encostados às árvores. Homens desamparados e sós sem nada a poder se encostar. Apenas o abismo em que caem.
Uma salva de tiros. Um raio de Iansã. Cai um homem em si mesmo. Um santo em desmesura.
(Tudo está suspenso. Tempo e espaço não são mais enquanto os deuses curiosos observam o que acontece. Deuses arrastam seus móveis. Resmungam, sussurram. Pigarros de deuses ecoam no alto das serras. Deuses são antigos e têm costumes antigos. Usam esporas dentro de casa. Adentram salões de palácios alheios com seus cavalos alados empunhando suas armas ou instrumentos de trabalho. Precisam dessas coisas ou não seriam deuses. E fazem e desfazem de nossas idas e vindas, chamadas vidas.)
Cabeça de santo. Raios de luz iridescentes incidem por todos os poros. Barbas de Cristo. Longos cabelos de um nazireu. Vários tiros no corpo. Abertos olhos vidrados de peixe-morto.
Olhos obcecados pelos sonhos que os corpos inventam.
A morte triunfa sobre o corpo. A humildade de um morto. O corpo cego. O corpo surdo. O corpo mudo. Todos os sentidos nulos. Mas significa. A vida do morto em seu corpo, como o morto o viveu. E dobra-se e desdobra-se esta imagem de palavras. O morto e o seu corpo.
Assombram-lhes as sombras. São corpos. Foram homens. E tombam. Um a um. Dois a dois. Quantos forem necessários. Já não enxergam. Nada sentem. Opacos olhos brilham ao sol da madrugada. Os olhos do corpo morto. Os olhos mortos do corpo. Globos arregalados diante da morte. De olhos abertos eles morrem. Espantados. Os corpos tombam. Um a um. Dois a dois. Tantos quantos forem necessários. A fuzilaria recomeça. Feridas do tamanho de um punho. Corações e outras vísceras.
Os globos dos olhos se enchem de sombras. São corpos. São homens. Tombam. Em suas retinas. Nos globos de vidro de seus mortos olhos de santo. Corpos sem nome. São números. São homens. Mãos amarradas às costas. A fuzilaria recomeça. Sacos vazios os corpos dos homens. São vidas. E sombras. E tombam. Não se pode desperdiçar uma bala. Um fuzil para cada homem e um tiro em cada corpo. Dentro dos olhos abertos do morto. À superfície dos olhos mortos do corpo. Os globos vidrados.
Grita o animal degolado sobre a pedra da ara. Ele quer viver. Contorce-se. Corcoveia. O fio da lâmina o degola. O corpo tomba. A fuzilaria recomeça. Um tiro em cada peito. A rosa vermelha no centro do corpo. Sobre a superfície dos olhos baços do homem. Deitado como santo. Inocente como santo. Inofensivo como santo. Velado como à santa efígie de Jesus Cristo morto.
Olhos abertos focados no nada. Os olhos de santo só veem o deserto. De cada poro sai um raio irisado de luz. A sua aura. Os milagres de suas mãos com o fuzil. O corpo sangra. Tomba. Dedos de fogo penetram-lhe as entranhas. Há uma dor que é de todos. A humanidade nos corpos que tombam.
Ele sabe que é preciso. (Dói escrever isso.) A fuzilaria recomeça. Corpos são jogados em valas comuns. Apagar aqueles nomes. Apagar aqueles homens e mulheres. Dizer não ao que representam. Definitivamente não! E o limite é um tiro de fuzil. Um só. É preciso economizar. A fuzilaria recomeça. Os corpos tombam. Um a um. Dois a dois. Aos magotes. É necessário para a Revolução. A revolução definitiva. A revolução constante. Para que não haja mais necessidade de revoluções.
Os olhos vazios diante do espanto. Vazios diante do mundo. Seus olhos de santo. Não veem mais. Opacos, brilham. Diante deles, mais uma vez tombam os corpos dos homens. Um coração para cada tiro. À superfície dos olhos baços. Claros lagos de águas mortas.
Um tiro é uma palavra. Um tiro é um poema. Um tiro é um coração furado. Um tiro é um dente lascado. Um tiro é um pai. Um tiro é uma mãe. Um tiro é um filho. Um tiro é um santo. Um tiro é uma boca. Um tiro é um nariz. Um tiro são dois olhos. Um tiro são duas pernas. Um tiro são dois pés. Um tiro são dois braços. Um tiro são duas mãos. Um tiro é o sexo. Um tiro é o ânus. Um tiro é o umbigo. Um tiro é o cérebro. Um tiro é uma bala a menos. É preciso economizar. A fuzilaria recomeça.
Quando se começa a morrer?
Os olhos captam o homem. À sua imagem e semelhança. A última cena começa. O cenário é uma sala de aula de uma escola pública onde está encarcerado. O homem entra com a manhã. É pela manhã que se executa uma pessoa. É dada a quem vai morrer uma última noite de insônia.
O homem é um índio. Olhares se cruzam. O deus que preside os encontros está presente. Olhos nos olhos. O homem e o homem. O que vai matar e o que vai morrer.
_Você veio me matar, jovem?
_Sim!
E o outro se engrandeceu diante do homem. Muito grande para ele era ele. A vertigem diante do outro. Diante do ato que vai cometer. O outro poderia com um movimento rápido tomar-lhe a arma, mas não o faz. Pacientemente espera.
O homem que vai matar se apequena diante do homem que vai morrer. Sente-se envergonhado pelo que vai fazer. O homem que vai morrer o observa. Parece ter pena. O todo vitória e de arma em punho treme diante do homem desarmado que ele executará. O espanto diante da morte do outro. Respirar é difícil. Seu corpo sua. As mãos que seguram a arma tremem. Os olhos se esgazeiam. O homem diante do mito.
_Por favor, fique calmo! – Ele disse. – Você vai apenas matar um homem, não vencer uma guerra.
O homem concentrou-se, deu um passo atrás, postou-se à soleira da porta, engatilhou a arma e soltou a primeira rajada. O outro caiu com as pernas destroçadas, se contorcendo em um jorro de sangue. Uma segunda rajada atingiu-lhe um dos braços, o ombro e o coração.
O que seus olhos não viram:
_Suas mãos cortadas a pedido de seu amigo Juan Coronel Quiroga e mantidas em formol durante décadas.
_Seu corpo levado para o hospital de Vallegrande.
_Seu corpo exposto como um santo morto. E as sombras dos camponeses passando em fila para o assistirem. (Eis, um cão! – Era a mensagem aos camponeses – É assim que acabarão se o seguirem! É assim que acabam os que o seguem. Continuem a ser o que são e se contentem com o que têm! Só o trabalho liberta! Não ousem levantar a cabeça acima de suas cervizes curvadas! Jamais serás além do que és!)
_Um tratorista ser acordado de madrugada pelos militares para abrir uma cova na pista do aeroporto da cidade e depois ser por eles ameaçado para que não revelasse o paradeiro do corpo e apagar-se o seu nome e a sua memória.
_A sua ossada sem mãos encontrada 30 anos depois.
_E a foto de seu corpo emoldurado por seus algozes, como os olhos de Jesus Cristo morto.
Em março de 1967, chegou à Bolívia com um grupo de 44 homens para organizar um levante como o de Cuba e impulsionar a Revolução na América Latina. Acamparam na fazenda de um militante comunista, mas foram delatados por desertores e o exército boliviano os atacou, mas em uma emboscada o grupo os venceu, sem sofrer nenhuma baixa. Um segundo ataque do exército chegou ao mês de abril, quando os guerrilheiros os venceram mais uma vez. Mas foram novamente traídos, agora por um camponês que cooperava com eles, de nome Honorato Rojas, que lhes armou uma emboscada no Vale Del Leso, onde toda a retaguarda do grupo foi morta. Vendendo-se pelos US$4.200 que a CIA oferecia em recompensa por seu paradeiro, outro camponês, de nome Pedro Pena os traiu, levando-os a uma ravina chamada Quebrada Del Churo, onde o grupo foi cercado por uma companhia do exército dirigida pelo general Gary Prado. No dia 8 de outubro, em combate, foi atingido em uma perna e perdeu sua arma. Seu companheiro Willy (Simon Cuba) conseguiu retirá-lo da linha de fogo, mas os dois foram capturados por um jovem de nome Félix Rodríguez, treinado pela CIA para caçá-lo, e levados para o povoado de La Higuera onde ficaram presos, cada qual em uma sala de uma escola pública. No dia seguinte, um rapaz de 24 anos, de nome Mário Terán, também treinado pelos norte-americanos, a mando do coronel Joaquin Zenteno Anaya e do vice-presidente da Bolívia, o ultra-direitista René Barrientos Ortuño, os executou.
No povoado de La Higuera, departamento de Santa Cruz, na Bolívia, há quase dois mil metros acima do nível do mar sobre a cordilheira dos Andes, em pleno coração do século XX nasceu um santo novo. O santo vermelho. O santo marxista. O santo do povo. O povo que não sabe o que é direita ou o que é esquerda, mas sabe que é povo. E assim como todo povo, sabe que pode erigir um santo novo assim que os velhos se desgastam. E a imagem de um santo é sobreposta à de outro. Cabelos e barbas longas, uma história de ideais, paixões, viagens, lutas, privações e de martírio. E está pronto o novo santo, à imagem e semelhança do próprio povo: San Ernesto de La Higuera.
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Empreendedorismo, música e inclusão: Carcará Festival Sesc de Música reunirá diversos espaços e conexões criativas em sua 1ª edição
Na Praça das Mercês, em São Luís, o evento contará com diversas ações especiais, além de intérpretes de Libras no palco e no espaço acessível “A Voz do Povo”.
A 1ª edição do Carcará Festival Sesc de Música se aproxima – e o evento já nasceu histórico, ao reunir diversos representantes da música produzida por todo o Nordeste, além de contar com diversos espaços criativos que serão abertos ao público entre os dias 8 e 9 de novembro, na Praça das Mercês, em São Luís. O festival (que inicia oficialmente no dia 7, com ações formativas) terá três palcos…
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Maracatu Quebra-Baque celebra 20 anos “Pelos Trilhos da Vale”
[release] O Maracatu Quebra-Baque. Foto: divulgação O projeto “Quebra-Baque – 20 Anos – Pelos Trilhos da Vale”, celebra os 20 anos de trajetória do grupo pernambucano Maracatu Quebra-Baque. A circulação é apresentada pelo Ministério da Cultura (MinC), com patrocínio do Instituto Cultural Vale (ICV), através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e é uma realização da Atos Produções Artísticas,…
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São Luís - MA
06 São Luís - MA (21 a 23 de Janeiro de 2021)
São Luís é uma cidade nordestina e capital do estado do Maranhão, foi a única cidade do Brasil a ser fundada por Franceses, sendo posteriormente invadida pelo império holandês e colonizada por portugueses. Considerado patrimônio mundial, São Luís fica localizado na ilha de Upaon-Açu, nome de origem indígena que significa “ilha grande”. São Luís não é a única capital brasileira a ser situada em uma ilha, também vamos conhecer Florianópolis (SC) e Vitória (ES).
Sua população estimada é de cerca de mais de 1 milhão de habitantes, o que faz ganhar o título de município mais populoso do Maranhão e quarto maior da região nordeste. A distância entre São Luís e a capital federal é de cerca de 1.933 Km. A cidade foi batizada pelos franceses em homenagem ao rei Luís XIII e referenciado posteriormente por Luís IX, o qual foi canonizado pela Igreja Católica e ficou conhecido como São Luís Rei de França.
CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS
O centro histórico de São Luís é uma área de preservação com cerca de 3 mil prédios tombados e parte do local declarado como patrimônio mundial da humanidade pela UNESCO. A arquitetura da maioria dos prédios é composta por sobrados, casas e solares com diversos detalhes requintados como azulejos, grandes telhados e venezianas.
As principais edificações históricas são o Palácio dos Leões, Catedral de São Luís, Palácio Episcopal, Convento das Mercês, entre outros.
Palácio dos Leões
O palácio dos Leões é a sede do governo do estado do Maranhão e fica localizado no centro histórico de São Luís. O palácio foi construído em 1626 para ser a residência do governante. Ao longo da história passou por várias modificações e reformas, passando por uma completa restauração em 2003.
Convento das Mercês
O convento das Mercês fica localizado no centro histórico de São Luís e teve sua construção iniciada no ano de 1654. Em 1905 o convento foi vendido ao Governo do Estado do Maranhão, vindo a abrigar o quartel da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros até o final da década de 1980.
Atualmente o convento conta com um acervo bibliográfico com mais de 23 mil volumes e museológico com 4 mil obras de artes, peças de artes sacras, pinturas etc. Ao longo do ano, o local oferece diversos festivais, seminários, exposições, cursos e oficinas.
TEATRO ARTHUR AZEVEDO
O Teatro Arthur Azevedo é o segundo teatro mais antigo do Brasil, teve sua construção iniciada no ano de 1816 por comerciantes portugueses e inauguração em 1817, um ano após o início de sua construção.
O teatro recebeu este nome em homenagem ao escritor maranhense Arthur Azevedo. Possui ao todo 756 lugares, com programação variada contemplando apresentações locais e nacionais.
PRAIA DE PONTA D’AREIA
A Ponta d'Areia é uma praia pertencente ao município de São Luís, banhada pela baía de São Marcos, distante 4 Km do centro da cidade. A extensão da praia tem cerca de 2,5 Km e conta com diversos bares e clubes de reggae. Infelizmente a praia não é própria para o banho, mas ideal para uma caminhada pela orla e uma parada para foto no Espigão Costeiro da Ponta d’Areia.
Espigão Ponta D’Areia
Espigão Ponta D’Areia
Forte Santo Antônio
Espigão Ponta D’Areia
MAPA DO MARANHÃO
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Vídeo registros de São Luís
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AMLJ empossa Nicolao Dino Neto em cerimônia solene no Convento das Mercês
Em um evento voltado para a comunidade jurídica maranhense, a Academia Maranhense de Letras Jurídicas (AMLJ) dará posse ao Subprocurador-Geral da República e Professor da Universidade de Brasília (UnB), Nicolao Dino de Castro e Costa Neto como seu mais novo membro. A cerimônia será realizada nesta sexta-feira, 29 de novembro, às 18h30, no Salão “Casa de Portugal”, no histórico Convento das…
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'Vamos Festejar' começa nesta quarta-feira (17); veja a programação
A iniciativa também vai ofertar ao público oficinas temáticas e workshops sobre a cultura do Maranhão. ‘Vamos Festejar’ começa hoje (17), em São Luís; veja a programação Divulgação/ FMRB Nesta quarta-feira (17) começa a programação do “Vamos Festejar – São João nas Férias’’ evento multicultural que será realizado no Convento das Mercês, no Centro Histórico de São Luís. ✅ Clique aqui para seguir o…
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