#infanticídio
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poesia · 1 year ago
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tita-ferreira · 8 months ago
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k-i-l-l-e-r-b-e-e-6-9 · 1 year ago
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Confronto - Infanticídio
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ninaemsaopaulo · 2 years ago
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Tô indo pra uma entrevista de emprego e não sei como vou me concentrar com isso: "três meninos e uma menina, de 5 a 7 anos de idade".
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estudosdejurema · 1 year ago
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Primeiro esboço
RELAÇÃO ENTRE CATIMBÓ E BRUXARIA EUROPEIA
"O catimbó é bruxaria sem recorrer ao diabolismo medieval. É a parte não oficial, não ritualística das religiões negras, americanas e europeias".
"A concepção de magia, processos de encantamento, termos, orações [do catimbó] são da bruxaria ibérica, vinda e transmitida oralmente".
Luís da Câmara Cascudo - Meleagro (1978).
O QUE CONSTITUI A BRUXARIA EUROPEIA?
"Feitiçaria, religião pagã e folclore foram os primeiros três elementos formadores da bruxaria europeia; a heresia cristã era o quarto".
"a feitiçaria baseia-se na pressuposição de que o cosmo é um todo e de que, portanto, existem ligações ocultas entre todos os fenômenos naturais".
"Os processos de pensamento da feitiçaria não são analíticos, mas intuitivos. Podem derivar, por exemplo, das observações individuais de incidentes cruciais". "As crenças da feitiçaria também podem decorrer do pensamento inconsciente expresso em sonhos e visões".
"as suas crenças [dos hereges] mais importantes eram: as cavalgadas noturnas; o pacto com o Diabo; o repúdio formal ao cristianismo; as reuniões secretas e noturnas; a profanação da eucaristia e do crucifixo; a orgia; o infanticídio sacrificial; e o canibalismo".
Jeffrey Russell e Brooks Alexander - História da Bruxaria (2019).
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ernanileal · 1 year ago
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Para evitar o infanticídio, as onças-pintadas atrairão os machos com um calor aparente para distraí-los e mantê-los longe de seus filhotes.
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oespiritocelta · 14 days ago
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RHIANNON
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Primeiro Ramo
Pwyll, o príncipe de Dyfed, aceitou o desafio de um monte mágico que poderia mostrar uma maravilha ou desferir golpes. Então Rhiannon aparece para ele vestida em brocado de seda dourada, montando um cavalo branco brilhante. Pwyll a segue, mas ela sempre permanece à frente dele, embora seu cavalo nunca faça mais do que andar. Quando ele finalmente pede para que ela pare, Rhiannon explica que o procurou para se casar com ele, em preferência ao seu atual noivo. (…) Rhiannon se casa com Pwyll, então viaja para Dyfed como sua rainha.
Depois de três anos, nasce o filho do casal. No entanto, na noite de seu nascimento, o bebê desaparece sob os cuidados das seis criadas sonolentas de Rhiannon. Aterrorizadas com a possibilidade de serem punidas com a morte, as mulheres matam um filhote de cachorro e espalham seu sangue no rosto adormecido de Rhiannon. De manhã, elas a acusam de infanticídio e canibalismo. Os nobres pedem que Pwyll deixe Rhiannon, mas ele se recusa e, em vez disso, estabelece uma penitência. Ela deve sentar-se todos os dias no portão do castelo, no bloco dos cavalos, para contar sua história aos viajantes. Ela também deve se oferecer para carregá-los em suas costas como um animal de carga, embora poucos aceitem isso.
O recém-nascido é descoberto por Teyrnon, um senhor de cavalos cuja bela égua pari toda véspera de maio, mas os potros desaparecem todo ano. Ele leva a égua para sua casa e fica de vigília com ela. Depois que seu potro nasce, ele vê uma garra monstruosa tentando levar o potro recém-nascido pela janela. Correndo para fora, ele descobre que o monstro se foi e um bebê humano foi deixado na porta. Ele e sua esposa criam o menino como seu. A criança cresce em um ritmo sobre-humano com uma grande afinidade por cavalos. Teyrnon reconhece a semelhança do menino com Pwyll e como um homem honrado, devolve o menino à casa real de Dyfed.
Reunida com Rhiannon, a criança é formalmente chamada de "Pryderi", um jogo de palavras com "entregue" e "preocupação", "cuidado" ou "perda". No devido tempo, Pwyll morre, e Pryderi passa a governar Dyfed com sua esposa, Cigfa de Gloucester.
Terceiro Ramo
Pryderi retorna das guerras irlandesas com seu bom amigo Manawydan como dois dos Sete Sobreviventes. (…) Pryderi arranja o casamento entre a viúva Rhiannon e Manawydan, que se dão com afeição e respeito.
Com Rhiannon, Pryderi e Cigfa, Manawydan se senta em Gorsedd Arberth (o mesmo monte onde Pwyll conheceu Rhiannon). Então trovões e uma névoa mágica descem sobre o reino, deixando-o vazio de todos os animais domesticados e todos os humanos, exceto os quatro protagonistas.
Após um período vivendo da caça, os quatro viajam para regiões fronteiriças ganhando a vida como habilidosos artesãos. Em três cidades diferentes, eles constroem negócios de sucesso, mas a competição feroz coloca suas vidas em risco. Em vez de lutar como Pryderi deseja, Manawydan opta por seguir em frente. Retornando a Dyfed, Manawydan e Pryderi encontram uma torre recém-construída. Contra o conselho de Manawydan, Pryderi entra e fica preso por uma linda tigela dourada. Manawydan conta para Rhiannon, que tenta resgatar seu filho, mas sofre o mesmo destino que ele. Em um "manto de névoa", Rhiannon, Pryderi e a torre desaparecem.
Manawydan eventualmente consegue salvar Rhiannon, Pryderi e a terra de Dyfed graças a negociações mágicas sobre uma camundonga prenha. O mágico Llwyd ap Cilcoed é forçado a libertar o reino e a família de seus encantamentos e nunca mais atacar Dyfed. Seu motivo é revelado como vingança por seu amigo Gwawl, o pretendente rejeitado de Rhiannon. Tudo termina feliz com a família reunida e Dyfed restaurado.
-> Arte de Anette Pirso
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madneocity-universe · 20 days ago
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Suicide Virgins: Julieta and Maura, from District 13
Notas sobre conteúdo: queria só citar de novo que tudo que eu usei aqui, foi mais as referências que eu tenho da mitologia/lore do livro/série Silo. Suzane mó preguiçosa, deu um monte de detalhes sobre um dos lugares mais legais, mas as lacunas que me interessavam quase nadaaaaa. Então só costurei com um outro tipo de regime e foi isso aí. Preciso nem dizer.
Pode e vai ser alterado no futuro.
Notas sobre conteúdo sensível: controle e manipulação da população por meio de politicagem, tópicos sobre métodos abortivos e as consequências do uso de drogas pesadas pra isso, infanticídio, misoginia e o pouco ou quase nenhum direito das mulheres sobre seus corpos e vida marital.
— O que acontece… Quando nascem gêmeos?
Para Maura, parece uma pergunta simples, então não entende como seu líder de setor olha pra ela como se tivesse nascido um terceiro olho bem no meio de sua testa, ou como se ela tivesse feito uma pergunta proibida.
Tipo assim, em algum momento, de algum jeito, alguém deve ter tido gêmeos, certo?
— Por que o assunto te interessa? Até a última vez que chequei, você não estava nem perto de ser selecionada pra matrimônio, logo, não acho que é algo que deveria se preocupar. — O tom de desdém daquele velho faz ela querer avançar no pescoço dele e acabar com sua vida, mas como a pessoa ponderada que ela é, só a faz se sentir ofendida.
Oras, eu não tenho culpa se os homens desse lugar só querem as meninas que vêm de famílias de verdade. O que eu posso fazer?
— Estive lendo alguns livros do setor de saúde e outro da reprodução, pensando na minha promoção pra sair daqui da farmácia, e não vi nada sobre gêmeos. — A mais jovem então responde com um suspiro, rodopiando em sua cadeira de escritório, antes de voltar a encarar o paredão de remédios sufocado naquela sala minúscula e pálida. — O senhor sabia que não tem registro de gêmeos aqui no 13? É como se as mães de parto tivessem sido modificadas pra nunca ter gêmeos, então, eu só pensei que o senhor poderia me responder melhor…
Antes que o homem mais velho tenha a chance de dizer a mentira que foi instruído para dizer, uma presença feminina aparece através da janela de vidro que separa os dois do resto do distrito, e é Julieta, filha de algum secretário importante lá do setor administrativo, com um sorriso bonito e sua aura de patricinha privilegiada. Aí, pelo amor de Deus. Logo no meu turno.
Desde criança, Maura se lembra de ter tido muita inveja de Julieta enquanto elas cresciam, e parte com certeza era pela outra garota vir de uma família de verdade e ter até avós, irmã caçula, coisa que alguém que nasceu de uma mãe de parto jamais poderia sonhar. Julieta era essa garota bonita, gentil, filha de alguém importante e que poderia facilmente escolher onde trabalhar pro resto da vida. Era complicado.
Ela tinha tudo, enquanto o resto parecia ter bem menos. Uma vida perfeita, igual uma boneca.
Mesmo agora, quando Julieta era a candidata mais concorrida pra seleção marital, só alguém como Maura poderia sentir como era ser uma ninguém perto da garota de cabelo castanho. Era mesmo muito complicado perceber que umas pessoas estavam melhores que outras.
— Vovó tá precisando de…
— Remédio pra estômago, anti-inflamatório e remédio pra dor de cabeça. O de sempre, né? — E no fundo do coração, a ruiva sinceramente não sabe como aquela idosa continua viva precisando daquelas bombas todo mês, mas não faz mais perguntas enquanto procura cada uma das caixas nas prateleiras, enfiando em um saquinho de papel para Julieta. — Quando vão cremar ela?
E a Julieta só resta sorrir, meio sem graça, meio confusa, como se estivesse fingindo uma reação. Mas pior que isso: como se precisasse fingir uma reação para evitar outra, o que deixa Maura curiosa, mas não suficiente para questioná-la uma segunda vez.
— Eu soube que está tentando ser promovida pro setor de saúde e reprodução, lá em cima. — Julieta tenta puxar assunto ao pegar o saquinho de remédios e colocar em sua bolsinha, abrindo um sorriso pra assistente de farmácia. — Não te julgo, deve ser incrível cuidar das pessoas diretamente e ver aqueles bebezinhos super fofos, mas você sabe que também vai ter que lidar com sangue e infecções nojentas, né?
— A parte que me interessa é justamente a mais gráfica, porque aqui nunca acontece nada e fiquei cansada de colar band-aid em crianças. — A garota ruiva responde com um leve entusiasmo, tentando controlar sua animação tocando naquele assunto por medo de seu líder de setor achar inadequado, então se inclinando no balcão. — Prescrever receitas é um saco. Vou ser mais feliz fazendo algo útil de verdade.
— Não se preocupe. A vaga é sua, eu te indiquei.
Um dos privilégios de ser filha de quem era, e ter a influência que tinha, e só porque Julieta achava Maura uma pessoa legal e que devia contar pra ela a conversa que ouviu no escrito de seu pai na noite passada e ter comentado com os homens presentes que achava a garota uma escolha boa.
Agora, as duas estavam quites.
Olhando agora, Julieta acha que elas só estariam quites de verdade se pudesse viver na pele de Maura por um tempo, e descobrir como era não ser pressionada a ser alguém que ela não era, e não ser tratada como um objeto valioso aos olhos dos outros.
Não que ela pense que não tem privilégio morando em um dos andares mais perto do mundo lá fora, poder ver a luz do sol todos os dias, escolher uma profissão e não ser forçada a trabalhar por várias e várias horas sem descanso pelo bom desempenho do silo. Mas ela sente que falta algo, uma falsa ideia de liberdade que ela precisa.
— Nem acredito que ela finalmente vai sair dos andares mais profundos e conviver com a gente aqui em cima, tipo… É a Maura, meu pai diz que a mãe de parto dela nem existe mais. — Uma das vizinhas de Julieta a pega de conversa na volta pra casa, lhe incomodando com aquela conversa fiada enquanto enrola o cabelo loiro nos dedos, sem noção alguma de que estava falando sobre a vida de outra pessoa. — E agora, ela vai ser uma de nós, colando gesso e cuidando dos bebês, depois de uma vida toda lá embaixo, sendo só…
Livre, conversando com quem ela queria, fazendo amigos de verdade, lendo todos aqueles livros proibidos do setor de memórias do mundo antigo, tendo contato com todo tipo de habitante e funcionário e sem ninguém pra dizer o que ela devia fazer.
Isso sim, parecia vida de verdade. Julieta acha que Maura jogou tudo no lixo. Morreria pra ser como ela.
— Eu soube que ainda vão fazer ela morar lá embaixo com os outros filhos de mãe de parto, até alguém pedir ela em casamento. — Julieta comenta com o cenho franzido, achando aquela decisão um absurdo. — Só vão fazer ela sentir que é uma de nós, mas no fim do dia, vai continuar sem nenhum reconhecimento.
Todo caminho de volta pra casa, em todas as televisões e caixas de som pelos corredores, a propaganda era clara: elas só seriam mulheres completas quando conseguissem se casar com um homem bom. Se você viesse de uma família como Julieta, bom pra você, mas se viesse de uma mãe de parto sem nome, ia ficar no fim da fila como Maura, esperando um milagre pra ter o mínimo de dignidade.
— Mas isso não é problema pra você, não é? — A garota loira indaga com um sorriso pequeno e forçado, empurrando o braço de Julieta de leve. — Até o fim do ano, a próxima casada vai ser você.
E Julieta sabe que aquilo não é genuíno, porque todas as meninas que ela conhece, sentem mesmo é ciúmes dela ter tantas propostas de casamento e sempre de pessoas bem sucedidas. Como se aquilo enchesse os olhos de todo mundo, menos os dela.
Preferia se atirar no fosso, do que aceitar se casar com alguém que ela não conhecia e ser obrigada a ter filhos de outra pessoa, porque sabia que ia ser tudo sobre dor e dever, e não estava disposta a passar por isso.
Então, todo final de mês, no escuro de seu banheiro e enquanto seus pais estavam fora, jogava todos aqueles comprimidos pra dentro com um monte de xarope diluído e se esforçava para ficar com os remédios no estômago até se sentir fraca e dolorida. E é claro que ela se sente culpada, envenenando o próprio corpo a ponto de ter certeza que nunca mais será fertil, mas o sentimento de insuficiência para escolher o próprio destino é bem maior.
É ridículo como só as pessoas nos andares de cima tem o privilégio de assistir o pôr do sol todos os dias.
Uma parte de Maura quer acreditar que a logística da Colmeia realmente não suportaria se todos morassem mais perto da superfície, mas outra sente um aperto no coração toda vez que se lembra que tem pessoas lá embaixo, onde ela ainda mora, que não se lembram do que é sentir e ver aquela luz natural toda faz um tempo.
Depois de todos aqueles plantões super longos e cansativos no setor de saúde, ela se esforça pra subir todos os lances de escada até a saída das aeronaves junto com os outros moradores, só pra ver tudo o que o sol toca lá fora antes de sumir atrás das montanhas sem vida ao redor do silo. Ela não se importa com as pessoas olhando pra ela como se fosse uma pessoa indesejada, nem os guardas prontos pra escoltar ela e as outras crianças de mãe de parto pro elevador que leva pro subsolo.
Ela só quer guardar tudo aquilo na cabeça pra ter algo com que sonhar, antes que alguém tire isso dela de novo.
— Pra mim é tão normal que nem subo mais todo dia. — Julieta interrompe os pensamentos de Maura, enrolando o cabelo nos dedos enquanto balança as pernas longas no ar, esquecendo que estava sentada em uma bancada médica, e que tudo ao seu redor pode quebrar. — Mas fico feliz que é especial pra você.
— E também concorda que isso não é justo?
Levando em consideração que na sua última tentativa de ficar estéreo, Julieta quase morreu no processo, ela não sabe se pode dizer o que é e não é justo, uma vez que está tentando impedir seu próprio casamento e concebimento de crianças, que ela sabe que é um direito que Maura também não tem. Então só encolhe os ombros e desce da mesinha com cuidado, arrependida de ter feito aquele comentário infeliz.
— Não devia ser um prêmio ser promovida e poder comer melhor e ver o que cerca nossa casa. — Maura tenta se explicar melhor, tentando não soar tão rude dessa vez. — Eu sei que a culpa não é sua, mas ainda assim…
— Não é justo e não tem um motivo de verdade. — Julieta completa. — E não tem nada que a gente possa fazer.
E se as duas ganhassem uma moeda pra cada vez que ficaram ansiosas pensando nisso, iam ter dinheiro suficiente pra ir até a capital e voltar pelo menos umas cinco vezes, na melhor aeronave da frota militar.
Do lado de fora da pequena sala de suprimentos, um monte de pessoas parecem estar falando de uma só vez e fica mais alto conforme elas se aproximam da ala médica, servindo de lembrete para Julieta de que aquele não é seu setor de trabalho e que só tinha ido fazer uma visita e não queria terminar seu dia vendo alguém realmente ferido.
— Eu devia ir, meu pai deve tá me procurando pra fazer o relatório do dia. — A garota mais baixa se prepara colocando sua bolsinha no ombro, prestes a deixar o espaço, quando seu próprio pai abre a cortina e ignora completamente sua presença, focando em Maura atrás dela.
— Encontramos um grupo de refugiados.
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cruxetrosa · 27 days ago
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A fibra palestina
A fibra palestina - © AP Photo / Bilal Hussein (Sputnik) Por Henrique Júdice* 2025 transcorreu, até aqui, como um desfile da vitória palestina na Tempestade de Al Aqsa. Já tem claro vencedor uma guerra com dia certo para recomeçar – se as violações da trégua por Israel e as bravatas de Trump não anteciparem seu reinício. Nem as terríveis imagens de Gaza destruída, as cifras do morticínio ou os maus tratos infligidos pelo ocupante sionista aos prisioneiros palestinos antes de libertá-los tisnam a expressão luminosa e triunfal dos que agora retornam ao seio de suas famílias e a seus postos na luta, dos que os recebem de braços abertos e dos que marcham de volta aos locais onde tinham seus lares. Pode-se perguntar se as dezenas de milhares de mortos e inválidos, bem como os traumas ocasionados por uma guerra contra um inimigo superior em armamento e desprovido de limites e princípios, não são uma perda superior ao ganho obtido pela libertação dos prisioneiros. É plausível supor que esse tenha sido o cálculo de Israel: sabendo, desde o sucesso da operação militar de 07/10/2023, que teria que ceder às reivindicações palestinas, procurou arrasar Gaza para ensombrecer a vitória já então conquistada pela resistência e dissuadi-la de novas ações do tipo. A resposta é dada pelo júbilo do povo palestino. Assim como o cálculo definidor de quem vence uma guerra não é o das baixas impostas ao inimigo, mas o do atingimento de objetivos, o que define se uma ação político-militar vale a pena não são as baixas que ela acarreta nas próprias fileiras, mas o que aconteceria se ela não fosse levada a efeito: a obliteração silenciosa da Palestina. Gaza emerge triunfante da destruição de toda sua infraestrutura, incluindo ramos tão vitais como o abastecimento de água; da redução de suas escolas e hospitais a escombros; do assassinato de milhares de seus quadros técnicos e intelectuais; e do infanticídio generalizado. Por quê? Porque impôs seus termos a um inimigo que cultivou, por décadas, a fama de invencível. Porque tem um povo corajoso e consciente, que saiu de cabeça erguida de uma guerra de destruição total e não a baixará por medo da repetição do inimaginável sofrimento vivido. Como na Coreia, como no Vietnã. A coroar a vitória, o contraste exposto ao mundo entre o impecável tratamento dispensado aos reféns e os suplícios que, nas masmorras do ocupante, sofreram os palestinos recém-libertos e ainda sofrem os que nelas permanecem. Não é só questão da qualidade moral de cada lado, ou prova da justeza de tomar reféns para fazer cessar esses tormentos mediante a troca ora em curso. É o máximo constrangimento imposto ao Estado sionista, que precisa isolar os cidadãos que recebe de volta para evitar que eles expressem em público seu reconhecimento à conduta da resistência – o que alguns, ainda assim, fazem. Essa é a fibra do povo palestino e de sua liderança. O grau de exposição e sacrifício de seus dirigentes – e de outros do Eixo da Resistência – é impressionante, um exemplo para qualquer organização revolucionária. Eles e suas famílias agem como o que são: parte de seus povos, sujeita aos mesmos riscos e sacrifícios. Por isso, têm autoridade moral para tomar iniciativas que acarretam a esses povos a reação sangrenta do inimigo. Sobre a terra palestina, tombaram Yahya Sinwar e Mohammed Deif. Em solo estrangeiro, cumprindo missões relacionadas à libertação de sua pátria, Saleh al-Arouri e Ismail Hanyieh. Esses são os comandantes do Hamas que o sionismo dizia viverem nababescamente e a salvo de perigos no Qatar. (Tudo o que se falou sobre esse país quando da Copa do Mundo de 2022 é verdade; mas apenas o iguala a seus pares do Conselho de Cooperação do Golfo: Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Kuwait, Omã e Arábia Saudita. O que o difere deles e atrai o foco da hipocrisia ocidental é a posição mais decente no tema palestino – expressa, por exemplo, na cobertura da Al Jazeera). Também cabe perguntar se as hostilidades desencadeadas em 07/10/2023 não deram a Tel Aviv a oportunidade de uma vitória estratégica consubstanciada na deposição de Bashar Al Assad e na tomada do controle de parte da Síria, que lhe permitiria avançar na expansão de suas fronteiras e na construção do “Eretz Israel” pregado por parte de seu establishment. A resposta é “não”: os sionistas não têm efetivo militar para controlar o território sírio – muito menos simultaneamente a uma guerra contra a resistência palestina – , nem população para ocupá-lo. Terceirizar tal tarefa a falsos jihadistas também não assegura nada, salvo a prazo curtíssimo. Tampouco lhes servirá de muito a eliminação de altos dirigentes do Hamas, Hesbolá (cujo líder, Hassan Nasralah, libertador do Líbano, é outro mártir dessa guerra) ou do presidente do Irã, Ibrahim Raisi. Sem dúvida, eram quadros valiosos; tão valiosos que trabalharam com êxito para que a causa a que consagraram suas vidas os transcendesse. Sua luta e seu exemplo moldarão seus sucessores: em 2004, foi morto em combate por fantoches dos EUA, da Arábia Saudita e de Israel o líder e fundador do Ansaralah iemenita, Hussein Badreddin al-Houthi; 20 anos depois, dirigida por seu irmão, Abdul Malik al-Houthi, a organização assombrou o mundo ao impedir a passagem de navios pelo estreito de Bab-el-Mandeb em solidariedade aos palestinos e enfrentar a reação militar dos EUA e da Inglaterra a esse xeque econômico imposto a eles e a Israel. Hoje, naquela parte do mundo, libertadores e revolucionários parecem brotar do chão. Guerreiros da dimensão de Saladino e que, como ele, serão lembrados pelos séculos dos séculos. Também por isso, tende ao insucesso o que Israel parece ter pretendido mediante esses assassinatos: alterar a composição das cúpulas do Hamas, do Hezbollah e do regime iraniano, eliminando dirigentes para que outros, presumidamente acomodatícios e/ou funcionais a seus interesses, ocupem o espaço deixado por eles. Essa é a interpretação racional de atos que, a princípio, parecem não sê-lo: mesmo – ou sobretudo – numa guerra, não se elimina a liderança inimiga sem sopesar muito as consequências sobre as negociações e a efetividade dos acordos, que depende da ascendência dos dirigentes que os firmem sobre suas bases. Se a aposta de Tel Aviv era num Hamas que voltasse a ser – como nos anos 80 – mais próximo à Irmandade Muçulmana (organização historicamente funcional ao imperialismo anglo-ianque-sionista por atacar, de uma posição teocrática, governos e organizações árabes progressistas) que das demais forças palestinas com as quais compartilha o campo de batalha e os cárceres do inimigo, as listas de prisioneiros palestinos a libertar elaboradas pela resistência são um sinal de fracasso. Elas expressam a composição da sociedade palestina e de sua frente de libertação, a unidade e a diversidade dos lutadores daquele povo heroico. A presença, nelas, de membros do Hamas é bem menor que o papel do grupo na Tempestade de Al Aqsa e que seu peso social e político em Gaza. Em contrapartida, há muitos integrantes da Fatah – que não tomou parte na operação e dirige a colaboracionista Autoridade Nacional Palestina (ANP). Obviamente, não como homenagem a essa conduta vil – pela qual os combatentes em questão, presos há décadas, não são responsáveis – , mas por reconhecimento ao que eles fizeram por sua pátria. Isso é parte do legado de Sinwar. Entre 2006 e 2011, durante as negociações para a troca de prisioneiros palestinos por um militar israelense capturado pela resistência, houve um impasse devido à recusa de Tel-Aviv a pôr em liberdade um carismático dissidente da Fatah, Marwan Barghouti, e o líder máximo da laica e marxista Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP), Ahmad Saadat. Israel permitiu, então, que Sinwar, encarcerado havia 22 anos, conversasse, da cadeia, com outros dirigentes do grupo, supondo que, sem afinidade ideológica com ambos e interessado na própria liberdade, ele defenderia aceitar essa condição. Em vez disso, Sinwar se posicionou contra o acordo que excluía Saadat e Bargouthi – aceito, ao fim, pela maioria do Hamas. A comunhão entre as forças da resistência e a conduta leal de umas para com as outras é a melhor resposta à insídia sionista sobre como o Hamas trataria comunistas, sempre usada contra pessoas e organizações de esquerda solidárias à Tempestade de Al Aqsa e à causa palestina em geral. O mesmo se aplica à eterna cantilena sobre como os palestinos – e os muçulmanos em geral – tratariam as mulheres – que tem, no momento, sua melhor resposta na imagem da deputada da FPLP Khalida Jarrar livre, indo de uma masmorra israelense para sua casa. Jarrar é, hoje, talvez, a mais destacada expoente de uma sólida tradição de enérgicas mulheres palestinas (Leila Khaled, Hanan Ashrawi, Soma Baroud) cujas vidas políticas e/ou profissionais falam por si, colocando-as ombro a ombro com os melhores de seus compatriotas homens e bastante acima das burguesas do Ocidente, de Israel e das periferias geopolíticas de ambos. Nenhum integrismo religioso – aí incluído o judaico, em cuja transmissão matrilinear não poucos idiotas veem um inexistente matriarcado – é bom para as mulheres. Mas, sendo a Palestina uma nação em armas, suas condições concretas e o papel que a metade feminina de sua população desempenha tendem a se sobrepor a esses lastros ideológicos. O Hamas – que, ao contrário da FPLP e da antiga OLP, não tem mulheres combatentes nem em funções de direção – tampouco pode, e nem dá mostras de querer, tirá-las da vida política e confiná-las em casa. É claro que, quando a Palestina for livre, haverá um embate sobre como organizar sua vida social e econômica. Por ora, ele não existe ou é secundário; e se as facções da resistência se mostraram aptas a levar a cabo, em conjunto, nas condições mais adversas, uma operação militar brilhante e um triunfo político maiúsculo, por que não seriam capazes de resolver de forma não-antagônica suas naturais divergências? Henrique Júdice é advogado, jornalista, tradutor e professor. Membro da diretoria da Associação Brasileira dos Advogados do Povo Gabriel Pimenta (Abrapo). Realizou trabalhos de pesquisa e consultoria para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).   O original encontra-se em https://anovademocracia.com.br/a-fibra-palestina/The post A fibra palestina first appeared on Patria Latina.O post A fibra palestina apareceu primeiro em Patria Latina.
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portalg37 · 2 months ago
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Mulher é condenada por matar bebê e ocultar corpo em caçamba
A 3ª Presidência do Tribunal do Júri da Comarca de Belo Horizonte, presidida pela juíza Fabiana Cardoso Gomes, condenou a 2 anos e 9 meses de prisão uma mulher acusada de matar a própria filha logo após o parto e jogar o corpo em uma caçamba. O Conselho de Sentença, formado por 5 homens e 2 mulheres, considerou a ré culpada pelo crime de infanticídio, previsto no artigo 123 do Código Penal…
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intotheroaringverse · 2 months ago
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Notas: Essa é a parte mais pesada e longa da saga. Aqui tem estupro coletivo, estupro marital, automutilação, tentativa de suicídio, feminicídio, homicídio, tentativa de infanticídio… É uma lista muito longa de crimes, todos ligados um ao outro. Qualquer coisa, se ficar insalubre demais, eu resumo depois.
Há uma agitação sem fim da porta para fora e elas sabem que estão atrasadas, mas mesmo assim ainda continuam se arrumando calmamente em frente ao espelho. A quantidade de delineador que já passou nos olhos para deixá-los marcados é absurda, mas ainda assim ela pensa se precisa deixá-lo ainda mais puxado e ainda mais dramático, como o de Amy Winehouse. Do outro lado do quarto, sua alma gêmea segue lutando com o babyliss, deixando as curvas de seu cabelo cada vez mais evidentes e em um caimento que ela considera dramático e ideal.
— Lancaster! Lefebvre! Última chamada, ou vão deixar vocês pra trás — uma colega avisa do lado de fora, dando tapas na porta do quarto.
Um suspiro. Não tem como ficar melhor do que isso. Ela confere uma última vez o uniforme: a camisa branca sem nenhum fiapo de sujeira por dentro do vestido preto de alças grossas, emendando na meia-calça preta e no sapato de boneca. Lhe resta apenas pegar o chapéu pontudo, também preto, colocando na cabeça com cuidado para não bagunçar sua franja milimetricamente ajustada. E pronto.
— Pronta? — ela pergunta, um sorriso animado para a outra garota.
— Calma, calma — ela diz, antes de correr para a sua própria penteadeira e pegar um vidro de perfume, espirrando ele para o alto e puxando-a para ficarem as duas debaixo da nuvem de gotículas. — Pronto. Agora sim, estamos prontas.
— Você é tão extra… — ela diz, rolando os olhos, mas é uma implicância com carinho.
— É um evento importante… Se nós vamos bater de frente com os garotos daquela escola, a gente tem que estar impecável — a outra revida, finalmente as duas saindo do quarto e andando misturadas às outras garotas da escola.
— Evangeline, você quer ser mesmo a estrela do intercolegial? — ela pergunta, impressionada.
— E por qual outro motivo você acha que venho me preparando esse tempo todo, Marjorie?
Elas enrolam o mindinho de uma na outra e seguem para o ônibus que as espera do lado de fora, apenas duas adolescentes bruxas prontas para passar uma manhã fora das paredes de seu colégio rígido e tradicional.
As cicatrizes ainda eram linhas finas e brancas nas suas pernas e braços, elas nunca iriam embora e Marjorie sabia disso. Mas com um pouco de maquiagem, camisas de manga comprida, vestidos longos e em cortes estratégicos, ninguém realmente iria parar para lhe perguntar como ela tinha conseguido aquilo. Nem mesmo todos os exs que possuiu algum dia realmente perguntaram sobre elas. Homens eram obcecados pelo ideal de beleza feminina, mas principalmente com o próprio prazer e se ele fosse atendido, todo o resto poderia ficar de lado. Ela sabia disso porque ouviu do seu primeiro marido aquelas palavras.
— E você continua sendo o ser humano mais desprezível que eu já tive o desprazer de me relacionar — comenta, sentada no sofá, tomando um vinho caríssimo enquanto o quadro de Clyde Barker a olhava com desdém.
— Eu dei a você uma filha — a pintura argumenta, irritado.
— Sim, eu nunca disse que você era inútil, só que era um monstro — Marjorie rebate, com tranquilidade, até ouvir o bater na porta suave. Um olhar de alerta para o quadro o mantém em silêncio, antes que ela ajuste sua postura no sofá e deixa o olhar vagar na origem do som. — Pode entrar.
— Desculpe interromper seu descanso, Senhora Lancaster — uma de suas empregadas adentra o espaço, parecendo tímida. — O artista chegou. Com o quadro.
— Ah! Que hora perfeita! Pode dizer a ele que irei recebê-lo na sala de estar — a informa, repousando a taça de vinho sobre uma mesinha de canto, sem dirigir mais atenção do que isso.
Era a deixa para que ela partisse e deixasse Marjorie sozinha novamente. Ou na companhia dos fantasmas do seu passado.
— Seu colega de quarto chegou — anuncia, abrindo um sorrisinho para o bruxo no quadro. — Vocês vão se dar tão bem.
Existe o antes e o depois, e Marjorie está amargamente presa no depois. Ela não consegue falar com ninguém exatamente sobre o que aconteceu, não colocando em palavras, até porque na sua mente tudo foi tão caótico, embaçado e doloroso que ela não sabe sequer se consegue colocar em uma linha temporal que faça sentido. O que ela lembra é: ela e Evangeline no evento intercolegial. Elas andando juntas, de mãos dadas, quando garotos da escola vizinha perguntaram se elas queriam um refresco, afinal estava mesmo muito quente naquela tarde. E então estão as duas no chão do que parece uma clareira, e alguém segura seus pulsos enquanto mais alguém está tomando conta de suas pernas, se enfiando entre elas, e à sua direita os gritos de socorro de Evangeline são abafados de alguma forma. Quando tudo acaba, ela vê a varinha se acendendo…
Qual seu nome, gracinha?
Marjorie.
Se considere selada, Marjorie. O que é irônico, não é mesmo?
Você vai nos matar?
Não é o ideal… Não se funcionar. Nós estamos tomando algo de vocês… E dando algo em troca. Só que estamos garantindo que nunca vão conseguir dizer nossos nomes por aí.
Existe o depois. Existe a cicatriz profunda nas costas de Evangeline, um lembrete do que aconteceu, e existem as outras pelo antebraço da garota, como punição por algo que, no fundo, Marjorie sabe que não foi culpa de nenhuma das duas. Existe o corte profundo que ela mesma fez em seu braço, tentando tirar para fora aquela marca horrorosa que eles deixaram em seu corpo, que só ela enxerga, que só ela sabe que brilha por baixo de sua pele e tira um pouco de sua energia, que não é muita. Existem as linhas menores que ela mesma fez em si, tentando exprimir de alguma forma aquele aperto no peito e a vontade de destruir o que tinha sobrevivido àquela tarde em uma clareira. Existem os pesadelos, e a dor… A dor que ela carrega em seu corpo e memória para sempre.
É como se ela vivesse aquela dor sempre que está consciente.
— Ms. Archambeau? Eu preciso ir ao banheiro — Marjorie fala, erguendo a mão no ar. A professora acena com a cabeça, lhe dando passe para sair da sala e ir para o banheiro.
Talvez se ela enfiar a cabeça debaixo da torneira por um tempo, talvez isso a faça pensar em outras coisas… Talvez ela se afogue debaixo da água corrente. Talvez se ela parasse de respirar por tempo suficiente…
A porta do banheiro feminino está emperrada e ela precisa fazer força para que ela se abra. E quando Marjorie consegue, a visão que ela tem gela seu corpo inteiro, menos sua voz. Sua voz é quente, aguda e desesperada.
— EVANGELINE!
Que jaz no chão, em uma poça de seu próprio sangue, a garganta cortada, uma navalha em mãos.
A pior parte de fingir que se importa com a morte de seu marido é que era uma atuação de longa duração. O choro estrangulado quando ela vê o quadro com o rosto de Benjamin parece estranho para os próprios ouvidos, mas o artista está acariciando suas costas e dizendo que entende o quanto aquele momento é doloroso e ele lhe deseja boa sorte e uma boa vida. A equipe de criadagem a ajuda a se reerguer, tentam a convencer de que ela não precisa passar por aquilo sozinha, ao que ela responde que precisa pendurar o quadro do falecido juntamente ao de Clyde, porque era o lugar de honra dele naquela casa. Os olhares de pena é exatamente o álibi que ela precisa e que vão estar ao seu redor se em algum momento descobrirem exatamente como aqueles homens se transformaram em quadros pendurados sobre uma lareira e suas cinzas em uma caixa de mármore logo embaixo.
— Obrigada, eu resolvo sozinha daqui para frente — ela simula a distância padrão de sua voz mesclada com uma dor que ela não sente. Assim que fica sozinha novamente, Marjorie repuxa um sorriso cruel. — Então… Como é o outro lado, seu filho da puta?
É difícil dissociar a expressão primeiro amor de sua melhor amiga, ao menos para Marjorie. Talvez ela fosse mesmo o seu despertar bissexual, talvez ela fosse sua alma gêmea porque elas eram ridiculamente parecidas. Talvez ela só pensasse em Evangeline dessa forma porque se sentia culpada por não ter conseguido ajudá-la a tempo. Ou fosse porque ela achava que deveria ter morrido junto com ela naquele banheiro, uma promessa de vida e morte junto com a pessoa que passou literalmente o melhor e pior ao seu lado.
— Você fala de uma forma trágica — o homem mais velho à sua frente acende um cigarro, a encarando longamente.
Não é como se Marjorie não soubesse que era um magneto para aquele tipo, mas Clyde Barker era um cara estranho. Poucas pessoas o conheciam de fato, sabiam uma coisa ou outra sobre ele, mas seu rosto era amplamente conhecido pela comunidade bruxa ao redor do campus. O famoso “não conheço, mas sei quem é”, pairando ao redor da identidade do cara mais velho e ridiculamente alto em sua frente.
— Quando você me viu falando? — pergunta de bate e pronto, caçando um cigarro na carteira que ele tem em mãos, colocando entre os lábios.
Clayde sorri para ela, de forma quase beatífica, antes de tirar o fumo dela e lançar para longe.
— No recital. Sua poesia é trágica. Trágica demais para alguém que parece um anjo como você.
Aquela cantada horrorosa deveria a afastar, mas ela ri. Ri, porque as outras opções que ela recebeu na sua vida universitária, foi um garoto de Castelobruxo que vivia com olhos vermelhos demais para pensar, e um arrogante do Canadá que ela sabia que só queria entrar entre suas pernas. Pelo menos Clyde tem a decência de usar uma cantada que levou mais de um segundo para elaborar.
— Um anjo? Então, o que você acha que um anjo como eu pode fazer por você?
Ele olha para ela e Marjorie se sente hipnotizada. Um tempo depois, ela até mesmo cogita que realmente ele usou de hipnose para cima dela, mas não teria como provar. Porque o homem de sobretudo preto e olhos muito azuis está murmurando perto do rosto dela, a fumaça ocre de seu cigarro se dissipando ao redor dos dois enquanto cada palavra parece a envolver:
— Eu espero que você salve a minha alma.
Aos trinta anos, Marjorie nunca se levaria por promessas de um homem adulto. Ela sabe exatamente onde está e quem ela é. Mas é meio irônico como ela poderia ter evitado se colocar em risco se tivesse escutado melhor os seus instintos. Sua casa inteira é cuidada por mulheres, boa parte da redação é resguardada por jornalistas mulheres, os primeiros tutores de Evangeline eram mulheres. Porque Marjorie poderia não ter medo de um deus que era invocado toda vez que ela se colocava acima das regras que ditavam para ela, mas ela temia homens. Ela sabia o que eles poderiam e iriam fazer em uma primeira oportunidade.
— Então, o que aprendemos hoje? — ela pergunta em um tom de voz suave para a filha, que tinha chegado em casa para o fim de semana.
— Nunca atravessar a rua sem olhar para os dois lados. Conferir se os cadarços estão bem amarrados para não tropeçar — Evangeline afirma, distraída demais com sua pelúcia para realmente pensar sobre o que estavam conversando.
— E o que mais?
— Hm?
— O que mais aprendemos?
— Que…
— Que se você se perder, deve procurar alguma mulher e informar que sua mãe está a procurando. Não peça ajuda a homens. Nunca diga a um homem que você está sozinha. Nunca diga a um homem que você está perdida. Nunca diga a um homem seu nome e onde você mora — Marjorie recita, antes de virar a filha no colo, abrindo um sorriso pequeno. — É pra sua segurança, meu amor.
Durante a madrugada, Marjorie se senta ao lado do berço da filha e lê os livros antigos que tinham na casa de Clyde antes que ele morresse em um acidente trágico - ou, sabe, a forma como ela o deixou morrer depois de perceber que ele planejava sacrificar a primogênita deles. Necromancia nunca foi algo que lhe chamou a atenção e ela não entendia exatamente o apelo; as pessoas morriam e deixavam você para trás, sentindo saudades e a sensação de histórias incompletas. Usar magia para trazer alguém de volta era apenas uma mera ilusão, uma vez que algo que você perdeu nunca mais voltaria para você.
Ela perdeu sua melhor amiga na adolescência, dentro daquele banheiro escuro e nunca mais a teria de volta.
Mesmo falando diversas vezes que não era suicídio, que Evangeline nunca falou sobre querer se matar, que ela achava difícil a melhor amiga ter uma navalha em seu quarto e ela não saber, o caso foi enterrado com rapidez e vergonha pela instituição e pela família da garota. E embora Marjorie sentisse que algo de muito mais terrível aconteceu naquele lugar, era sempre ela contra todos. Marjorie contra o mundo.
— Capítulo 9, Bloody Mary — falou em voz alta, causando o ressonar um pouco incômodo da pequena em seu bercinho. — Oh, meu amor, eu sinto muito. Mamãe vai ler em voz baixa, prometo.
Ela tentou seguir em frente. Foi o que lhe recomendaram, na Miss Robichaux’s Academy, e quando saiu de lá, anos depois. Siga em frente. Esqueça o que você assistiu. Ninguém mais sabia o que ela tinha de fato vivido, ninguém sabia que ela continha um sigilo em seu braço esquerdo, tatuado por baixo da pele, sugando sua energia…
Você deve amar muito essa pessoa.
Quem?
A pessoa por quem você está sacrificando parte da sua energia vital… É isso que significa esse símbolo que você carrega aí debaixo dessa cicatriz, ou estou errado?
Inconscientemente, Marjorie desliza o indicador pelo braço, os olhos  grudados nas palavras do livro antigo e embolorado. O sigilo foi desfeito por Clyde, assim que Marjorie aceitou ser “a continuação de seu legado” ou o que quer que isso significasse. Ela era tão nova e tão traumatizada que não pensou muito nisso, só queria se sentir menos doente, menos deprimida, menos… a pessoa que ela se tornou no depois.
— Conhecida como lenda em várias escolas ao redor do mundo, a Bloody Mary é um fenômeno sobrenatural que só ocorre após um brutal caso de feminicídio. A alma da vítima se recusa a deixar o mundo dos vivos e busca por vingança… — sua voz era baixa agora, uma mão embalando a pequena Evangeline, a outra sustentando aquele livro pesado na direção correta da luz.
Evangeline Barker era a continuação do legado de Clyde. Ela cresceu em seu útero como uma pequena erva daninha, colocada ali ao acaso depois de um número de tentativas espaçadas dentro daquele castelo antigo e frio que seu novo marido chamava de lar. O processo todo foi perturbador para ela, levando em conta as condições em que foi utilizada para criar o antigo selo que agora tinha deixado apenas uma marca em seu braço, mas ela se pegava se admirando no espelho, esperando aquele volume mínimo em seu ventre crescer para além de uma aparência de barriga inchada. Aquele era o bebê dela e ninguém a tiraria de suas mãos.
Por isso que ouvir que o primeiro sangue de sua linhagem deveria ser ofertado a morte lhe causou desespero. Aquele homenzinho fraco e incapaz não iria tirar dela a primeira pessoa no mundo que ela conseguiu amar desde seus 16 anos. Ela não se arrependeu de empurrá-lo escada abaixo, vários lances de escada. Marjorie amava tanto aquele bebê que ela mataria todos do castelo só para protegê-la de qualquer mal.
— Embora essas almas costumem vagar pelo local onde elas foram mortas, é possível invocá-las se chamá-las pelo próprio nome, durante um ritual — Marjorie para, olhando de relance para a filha. Não. Arriscado demais fazer isso no quarto da pequena. Então ela entra no banheiro, fechando a porta cuidadosamente. Suas mãos param sobre a pia, frias, pálidas. E ela se pega olhando para o próprio reflexo quando diz três vezes: — Evangeline Lefebvre. Evangeline Lefebvre. Evangeline Lefebvre.
Quando os olhos azuis opacos a encaram de volta, uma lágrima desce pelo rosto de Marjorie.
— Eu sabia. Eu sempre soube.
Como você prova que um grupo de alunos de uma escola de elite sacrificou você e sua melhor amiga, quase uma década atrás, para sugar sua força vital através de um sigilo? Uma era um corpo morto, enterrado como uma pessoa que perdeu a sanidade ao ponto de acabar com a própria vida, e a outra é a melhor amiga completamente perturbada que era conhecida como a mulher mais ambiciosa do The New York Ghost, Marjorie sempre soube que não tinha chances, não com as próprias palavras.
— Você foi útil, com seus contatos e com o conhecimento de perícia criminal, principalmente em casos de assassinato… Cumpriu bem seu objetivo. Até não cumprir mais — ela fala, encarando o quadro de Benjamin, à noite.
A taça de vinho em sua mão a inspira a replicar os seus ex-maridos, e ela sentia o impulso de deixar claro o quanto o despreza.
— Claro, porque nós somos apenas um meio para um fim pra você — a pintura de Benjamin replica, aquele mesmo tom de superioridade que ela reconheceria em qualquer lugar.
— Sim, você foi. Infelizmente eu esqueci disso no meio do caminho — ela murmura, olhando séria para o reflexo de seu ex.
É claro que ela sabe que as pinturas não são os próprios exs, mas ela sabe que eles são reflexos fracos da personalidade deles. E é por isso que o sorriso que Benjamin lança para ela a irrita tanto.
— Nós poder��amos ter tudo, nós dois, você sabe disso.
— Não, não poderíamos — ela balança a cabeça, a realidade a atingindo mais uma vez, a raiva ameaçando aumentar o seu tom de voz, mas ela a controla bem a tempo. — Não quando você nunca entendeu que não era apenas sobre mim.
Ele pode colocá-la em situações insalubres, não importa. Marjorie realmente não se importa se ele vai forçá-la mais uma vez a transar com outras pessoas ou apenas com ele em público, como uma forma de controle e humilhação não-consensual. Também não se importa com as vezes em que ele ameaça a segurança dela, dando soco em parede ao seu lado, espatifando uma penseira no chão em uma discussão ou a fazendo ter uma crise de nervos porque ele era tão instável demais quando as coisas não saíam como ele queria. Ela não se importa em como ele a trata como um objeto de demonstração pública, casado com uma mulher que é influente e renomada por si mesma, se fazendo importante às custas dela, nem mesmo se importa quando ele resolve dizer que ela só é uma jornalista quando ele é quem resolve os casos.
Mas ela se importa, e muito, quando sua preciosa Evangeline é esquecida por ele no parque durante o inverno, e ela a encontra às duas da manhã, sozinha, congelando, assustada, com os beicinhos azuis.
Mamãe vai proteger você.
Ela só ficou fora para cobrir um evento e então ele tentou matar sua filha.
Mamãe vai garantir que isso nunca mais aconteça com você.
Literalmente foi na primeira oportunidade que ele teve e ele tentou se livrar da pessoa mais importante da vida dela.
Mamãe vai fazer você nunca mais se sentir assim.
— Então é aqui que você quer que eu coma você? — Benjamin pergunta, um sorriso enorme no rosto, como um adolescente vivendo seu pornô favorito. — No banheiro da sua escola?
— É exatamente onde preciso que você esteja — Marjorie diz, antes de se encostar na pia do banheiro, fechar os olhos e se concentrar, como se fosse uma prece: — Bloody Mary. Bloody Mary. Bloody Mary.
É rápido. É violento. É sangrento. E é exatamente o que ela precisa que aconteça com Benjamin Järverläinen.
— Vão descobrir sobre mim, mas vão descobrir sobre você e sobre você também — ela fala, encarando os quadros, apontando de um para outro.
— O que faz você tão confiante sobre isso?
Benjamin é desdenhoso até em sua representação em tinta à óleo.
— Porque num time inteiro de homens, há uma única mulher entre eles — Marjorie saboreia um gole de seu vinho, antes de soltar um suspiro satisfeito. — E se tem alguém que entende da fúria feminina é outra mulher.
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fredborges98 · 4 months ago
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Trechos Entrevista Clarice Lispector (TV Cultura, 1977)
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Macabéa- Macabra(o) e Véia(o) continua sendo o futuro do Brasil.
Por: Fred Borges
"De manhã na cozinha sobre a mesa vejo o ovo.
Olho o ovo com um só olhar. Imediatamente percebo que não se pode estar vendo um ovo. Ver o ovo nunca se mantêm no presente: mal vejo um ovo e já se torna ter visto o ovo há três milênios. – No próprio instante de se ver o ovo ele é a lembrança de um ovo. – Só vê o ovo quem já o tiver visto. – Ao ver o ovo é tarde demais: ovo visto, ovo perdido. – Ver o ovo é a promessa de um dia chegar a ver o ovo. – Olhar curto e indivisível; se é que há pensamento; não há; há o ovo. – Olhar é o necessário instrumento que, depois de usado, jogarei fora. Ficarei com o ovo. – O ovo não tem um si-mesmo. Individualmente ele não existe."CL( Trecho da Obra: O ovo e a galinha)
"E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:
– Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?"
Clarice, nunca tive a oportunidade de lhe dizer o quanto te admiro como profissional e ser humano.Você sempre se considerou brasileira,mas no fundo sabemos de toda sua luta em sê-lo, o silêncio que se fazia de rogado e que aparecia extravasado em momentos de pura paixão pela língua portuguesa, professores de português liam seus textos e não os entendiam,enquanto jovens liam uma única vez, e logo de cara, os entendiam, ler é uma conexão emocional,envolve desprendimento, fascinação pela vida, pela morte, a sua arte superou sua oclusão, sua depressão, sua solidão, sim solidão com glacê de morangos silvestres, amigos, amigas, mas que em momentos tão dramáticos quando teve queimaduras graves, confortou-se literária, lírica, poética, és Clarice uma poesia inacabada que até hoje ecoa entre vivos-,mortos, mortos-vivos, a morte em vida a perseguiu, mas o amor se sobressaiu, se superou e hoje Clarice você é uma flor.
Como disse um dia por palavras escritas com seu próprio sangue:
“Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias. Mas preparado estou para sair discretamente pela saída da porta dos fundos. Experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o seu desespero. E agora só quereria ter o que eu tivesse sido e não fui”
Um ensaio metamórfico sobre o Brasil.
Uma pequena e singela homenagem daquele que escreve por pura sobrevivência, por ser escrever ato análogo a respirar e amar.
Assim foi, assim é, assim será, o ovo no Brasil é o próprio Brasil, um país sem nação, um povo sem noção, desconectado de sua própria identidade.Macunaina nunca chegou e nunca chegará aos pés de Macabéa e ela chegou chegando, foi o vento do norte, trazendo a nortista Macabéa.Entre Macunaíma e Macabéa, sou Macabéa, afinal para que serve a tal da felicidade?Para que a tal da felicidade se o sorriso é maroto, amarelo, canhoto,censurado, limitado, medíocre, chulo,um tiro no escuro, um tiro basta para matar um homem, mas 11?É surreal!O que é esse sorriso de felicidade?É felicidade genuína?
Não. Felicidade se constrói, é como uma flor, flores não surgem do nada, flores do deserto de Exupéry, a rosa, a tosa e o cravo,pois tudo acontece quando nada acontece, e o Brasil não aconteceu, não amadureceu, não aprendeu com seus erros.
Ela, a felicidade, é boca desdentada, agora parafusada pela solda mecânica, laranja mecânica, o lobo na estepe, Ulisses obtuso, confuso, de um trabalho siderúrgico, de cirurgia neurológica, sem lógica, numa corrente incoerente,abissal, fenomenal, ainda existe o tal do "Sonrisal" ou " Melhoral"?Só sei que " O Cara de abana-bacana-Obama" existe...mas hoje é uma metástase da esquerda porca chovenista, travestida e transamputada.
Agora é "Sal de Eno", sabor laranja, tragédia em Ceilândia,refluxo sem fluxo, infanticídio educacional, juventicídio do "novo ensino médio educacional", nivela-se por baixo, debaixo, esconde-se lixo por baixo de tapetes iranianos,cubanos ou árabes da África,não importa, o sentimento é o mesmo: apatia da e na média dos somos medíocres, até em admitir e medir a mediocridade somos medíocres.Quer ofender um brasileiro não xingue sua mãe, é démodé, chamar de viado? Nem pensar!É anti WOKE! Chame-o de ignorante, ou "enginorante"; daquele que engole a própria ignorância,engole e não sabe o quê está engolindo..."engirorante"- uma mistura de rinoceronte com vacilante, ou pior...chame-o de incompetente,mistura inapta da barata- óleo e água não misturadas, da formiga esmagada, és todos brasileiros anuentes e oniscientes impotentes,não respondentes, omissos, sem compromisso com os seus futuros, logo o futuro do Brasil.
Esse é o Brasil de Clarice Lispector queria, sonhou,do falar pouco ser um privilégio, e escutar? Pior ainda! Agora é um privilégio,hoje privilégio mesmo, é ser imparcial, "imparcialidade no judicial", na mídia...que de tanto discurso de imparcialidade se tornou lugar-comum, chata, "carrapato-estrela", capacho da elite, desumana e desensibilizada,e agora celebram a liberdade, liberdade de quê? Para quê?Para papar vatapá na Papuda?Escondem o problema da lateralidade?Agora a ordem é mentir na pós-verdade!Mentir para si mesmo, para D.Rosa, inventar histórias para justificar a incapacidade diante da sinceridade.Multipolarismo? Esqueçam! Agora é a unilateralidade da esquerda populista, Chavista? Madurista?Peronista? Elitista?Tudo é uma grande massa homogênea de contradição, paradoxo da reduflação, de inflação crescente, de índices surrealistas,de fabricação de notícias positivas, abafar para cozinhar, rasgar para costurar e morrer...morrer por pura inadequação ou incompetência.
Ser elite no Brasil não carrega significado e nem significância.Do que adianta ter um "Land" sem "Rover" em terra de banguelas,pão com mortadela, de carros que pegam na banguela e BYD, da panela de alumínio brilhante, brilhoso, "Sapólio", espólio da polio( elite) agora injeção, oligopólios, cartéis sem fim, agora evoluímos para a panela Air-Fryer.Frapé de cocô de bebê.Panela de pressão da Rochedo? Que medo! Esqueçam! Falta pressão e audácia ao brasileiro desinformado, castrado pelo prepúcio fólico-fálico-fatal, pelo ovo, pela galinha dos ovos de ouro, ouro e pó contrabandeado e traficado, nada parametrizado, canal cinza,atrasado, sucateada Brasil deformado e abandonado.
Saneamento básico? Fundamental? Infanticídio acontece nas ruas, ruas da periferia,das favelas, chutes nas canelas por debaixo da mesa, rola e se enrola tudo e a todos em papel de jornal?E acabou o jornal de papel e no Natal limpa com jornal.Agora e sempre, foi o esgoto a céu aberto, ponte SSA-ITA nunca saiu ou sairá?Na dúvida pega uma "Van" em Vão chegará lá, lá aonde? Não interessa!Não importa! Vale o que exporta,exorta, extirpa, de preferência um Xiita!Do vestido de Chita de Macabéa, agora é "Chegar-chegando" é o que importa, prioridade e prioritário são vocábulos dos gestores, gestantes só parem e não param de parir para obter o Bolsa-Tudo e o Brasil ainda é " Topa e Tropa Tudo Por Dinheiro!" e " Quem quer dinheiro!?"É preço! Não é valor! E tudo piorou quando "descondenou" um condenado, danado, danação da lava á jato contra a sujeira.
Multidão de precificados,rotulados, desvirtuados, poucas virtudes não resistem a tanta vicissitude, falta de atitude, de pulso, envergadura,integridade, tenacidade, falta ternura, inocência para ser Macabéa, talvez haja uma miscigenação, um sincretismo, algo, " It", sobre ingenuidade e estupidez, um misto quente com tomate e alface, queijo com micro plásticos, chocolate com latex vegetal, muito alface com salmonela e E.Coli, um Baurú de Itú, onde tudo que era grande ficou pequeno diante de tanta corrupção!
A corrupção mata o ovo, o ovo mata a imparcialidade e a multilateralismo, assim o fascismo de direita vira de esquerda, mais para esquerda o quadro, moldura e cultura estão descentralizados, tem que centralizar, acontece que "o ovo" não tem ovos, ou se escondem pelo mecânica do encapsulamento da vergonha, vergonha global é ser brasileiro, único orgulho é ser Macabéa- Viva-morta Clarice, Viva- não morra Clarice, não morra a Paixão Segundo GH que virou infanticídio, homicidio culposo, doloso, via dolorosa é SER a Nação Brasileira!
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angelanatel · 5 months ago
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O INFANTICÍDIO DE DEUS NA NOITE DA PÁSCOA: ÊXODO 12 À LUZ DOS ANTIGOS RI...
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tenebrobscuro · 6 months ago
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Como evitará que os seus dias seja importunado e aborrecido ? - ENVOLTOS E ISOLADOS EM TODOS OS LUGARES QUE ESTEJA POR: ("CRIANÇAS QUE OS INVEJA").
"Haverá infanticídio" - quando já adultos.
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shaolinda · 6 months ago
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Cresce o número de infanticídios no mundo...
Olá, pessoas! Como vão vocês? Bem? Mal? Mais ou menos? Eu tô legal, mesmo quando eu não tô legal eu digo que estou porque dizem que a gente atrai aquilo que pensa e fala né? Então, tô bem pra caramba! Espero que vcs também estejam! Então, bora para mais um texto aqui no blogue? Eu estava assistindo a um dos muitos canais de True Crime que eu acompanho no YouTube e um dos crimes que eles…
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2b1o · 11 months ago
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Para se compreender a racionalidade que se desenvolve através da dominação econômica e extraeconômica no modo de produção escravista temos de dirigir a nossa ótica não para o comportamento bom ou mau dos seus agentes principais - senhores e escravos, mas para a totalidade do comportamento dos componentes da sua estrutura, isto é, valores sociais e instrumentos materiais que garantiam o seu equilíbrio através da coerção extraeconômica como: o tronco, a gargalheira, o anjinho, o açoite, a prostituição forçada, a desarticulação familiar, a cristianização compulsória, a etiqueta escrava em relação ao senhor, o homossexualismo imposto, a tortura nas suas diversas modalidades; e, por outro lado, os fatores extralegais de desequilíbrio dessa racionalidade como: a desobediência do escravo, a malandragem, o assassínio de senhores e feitores, a fuga individual, a fuga coletiva, a guerrilha nas estradas, o roubo, o quilombo, a insurreição urbana, o aborto provocado pela mãe escrava, o infanticídio do recém-nascido, os métodos anticoncepcionais empíricos e a participação do escravo em movimentos da plebe rebelde. (…) Esses dois lados do escravismo compõem uma unidade, uma totalidade e é sobre ela que se projeta a racionalidade do sistema. Não há nisso nenhum julgamento de valor ou implica considerar se os senhores são bons e os escravos ruins ou vice-versa. Isto compõe a racionalidade do sistema escravista e, por isto, dá conteúdo à sua normalidade e somente analisando a sua totalidade estrutural com valores contraditórios poderemos compreendê-lo. Faz parte da lógica do sistema.
Dialética Radical do Brasil Negro by Clóvis Moura
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