Tumgik
#homens maus
carlos2023tudo · 2 years
Text
Tumblr media
0 notes
babydoslilo · 1 year
Text
U Wanna Fight?
Tumblr media
O quadril do cacheado estava bem encaixado no quadril do outro, os peitorais quentes em contato, o ombro direito quase sufocava o mais velho e os braços longos e pálidos executavam com maestria um triângulo de braços, não deixando Louis respirar direito pela pressão em seu pescoço. 
– Bate, mestre. Vamos! Você sabe que não vai conseguir sair dessa. – o deboche escorria como veneno a cada palavra. Louis queria foder aquela prepotência para fora dele. 
Essa oneshot contém: Smut gay; Ltops; Hflex; Bondage; Briga por dominação; Leve humilhação; Leve exibicionismo. 
°°°°°
O tecido duro e áspero era desconfortável em seu pescoço e pulsos, seu tronco nu ainda não estava acostumado com o contato direto daquela forma e talvez nunca poderia se acostumar. A pele irritada arrepiou enquanto os olhos verdes inquietos passavam pelo local novo onde o cacheado resolveu se meter e só talvez o pitbull amedrontador pintado na parede e a junção de homens mau encarados e suados rolando pelo tatame estivessem o fazendo desistir e voltar correndo para o conforto da sua casa.
Harry não era desse tipo.. ele costumava ser uma pessoa tranquila apesar da personalidade forte, mas a humilhação de ser trocado por um desconhecido pela sua, agora, ex namorada mexeu em algo lá no fundo do ego. A solução com certeza não era apanhar voluntariamente de caras fortões e suados, ele resistiu o quanto pôde, mas precisava urgentemente descontar sua frustração e irritação em alguma coisa e seus amigos o indicaram para essa academia. Harry respirou fundo e passou pela porta rezando para que eles estivessem certos e essa fosse uma boa ideia. 
O relógio mostrava como ainda tinha dez minutos para preparar seu psicológico até a aula efetivamente começar e, por isso, o cacheado passou a mão pelos cabelos curtos e bagunçados ao que tomava uma respiração profunda com a esperança que ela lhe desse coragem também.
– Harry Styles? – as orbes verdes se arregalaram e a expiração saiu como um engasgo ao ouvir uma voz fina e um pouco rouca atrás de si. 
– É.. oi, sou eu mesmo. – juntou as sobrancelhas em uma tentativa de não mostrar sua incerteza sobre estar ali. Não sabia quem era o homem mais baixo de olhos azuis à sua frente, porém sabia que parecer um coelhinho assustado não era recomendável.
– Prazer, Louis Tomlinson.. eu falei contigo pelo instagram, eu que dou aulas pra sua turma – a mão calejada e forte apertou a sua com intensidade – Olha, como é sua primeira vez fazendo qualquer tipo de arte marcial, eu tenho que te passar algumas regras ok?!
Não era de fato uma pergunta, mas ainda assim o mais alto se viu assentindo com a cabeça e murmurando um “certo” baixinho. Aquela pose confiante e assertiva do outro lhe deixava inconscientemente bem responsivo e Harry ainda não sabia o que pensar disso. 
– Primeiro ponto: no Jiu Jitsu a primeira regra é respeitar a hierarquia. Aqui eu sou seu mestre e é assim que deve me chamar da porta para dentro – a mão tatuada apontou da entrada até os pés descalços dos dois e a voz firme não falhava um segundo sequer – Segundo: sem distrações de qualquer tipo no horário do treino, então nada de celulares ou conversas paralelas, e por último, você precisa da minha permissão para subir e descer do tatame, seja para beber água ou qualquer outra coisa. Aqui nossa saudação é “Oss” e é uma forma de demonstrar respeito e reverência aos seus companheiros e mestres. Alguma dúvida? 
Harry engoliu em seco enquanto os olhos azuis afiados lhe encaravam como se buscassem por qualquer deslize. 
– Não, é.. mestre – era estranho chamar alguém assim e por um instante o constrangimento lhe tomou a face – O que acontece se eu esquecer de alguma dessas regras?
– Bom.. – o sorrisinho que despontou no rosto à sua frente definitivamente não era um bom sinal – São dez flexões na frente de todos para cada regra quebrada, é bem simples na verdade. Agora vamos lá, deu nossa hora. 
Se o cacheado não estava confiante no início, quando a aula acabou sua determinação era nula. Ficar uma hora aprendendo o básico de como rolar no chão ou como cair sem se machucar o fez parecer uma criança que, antes de aprender a andar, ama ficar dando cambalhota na cama dos pais. Sua respiração estava ofegante, o rosto vermelho, cabelos bagunçados e o tronco, suado, totalmente irritado pela falta de costume com o kimono. A intenção de lhe livrar da irritação não teve êxito e agora ele continuava irritado e um pouco mais nojento. 
°°°°°
Os dias de segunda, quarta e sexta eram os mais corridos e, por incrível que pareça, os preferidos e mais esperados por Louis. Ele mal se lembra de quando começou a amar a euforia e excitação de lutar e dar o seu melhor, superando a si mesmo em todas as oportunidades, e desde adolescente se via ansioso para dormir logo e acordar em dia de treino. Era algo que sabia que iria levar para o resto da vida.
Mas fazia quase um mês que alguma coisa mexia em seu estômago e o deixava ansioso para dar aulas à turma das 21h justamente nesses três dias da semana. Talvez fosse o jeito como um belo par de olhos verdes se mostravam cada vez mais determinados e desafiadores a cada aula, talvez fosse os músculos tensos abaixo da pele alva ao ser pressionado no chão para logo depois relaxar e dar três tapinhas no tatame, ou ainda.. talvez fosse a forma como as sobrancelhas marcadas se franziam e o rosto  dele ficava vermelho, quase espumando de raiva, ao levantar depois disso. Harry era uma figura e provocá-lo, deixando-o cada vez mais irritado por não poder prever ou prevenir os golpes que recebia, era o ponto alto da noite de Louis. 
– Atenção aqui por favor, pessoal! – a voz firme reverberou pelo local e diversos pares de olhos focaram no casal ao centro do tatame – Os mais velhos já sabem disso, mas é sempre bom reforçar: aqui não adianta ter força se não tem técnica. Nós vamos sempre repassar o básico para melhorar a técnica de todos, não se faz o avançado sem ter uma base boa o suficiente, certo? – um coro de vozes graves foi ouvido em confirmação e Louis deu um sorriso satisfeito.
– Eu preciso mesmo ser a cobaia toda vez? – um resmungo baixo foi ouvido ao seu lado e os olhos verdes lhe fitavam incrédulos. Louis fingiu que não ouviu e deu segmento à explicação.
– Hoje eu vou repassar com vocês e ensinar ao Harry os três tipos de montada. É um dos principais golpes do Jiu Jitsu e vocês tem que aprender a sair dela, bem como a não deixar seu adversário sair caso estejam por cima. 
Em um movimento rápido e sem aviso, Louis segurou pela gola do cacheado e passou a perna direita por trás das duas do outro. O baque da queda veio acompanhado de um “porra” em forma de gemido do mais alto ao que sentiu suas costas baterem com força na lona azul macia e sua cabeça só foi salva pelo agarro forte na lapela. Parece que Louis não queria lhe matar, pelo menos não de forma tão fácil. 
– Existem três tipos de montada: a primeira é a montada baixa. Nela o seu quadril vai estar mais baixo e seus pés vão enganchar as pernas do seu oponente, enquanto com as mãos acima da cabeça dele vocês vão conseguir uma melhor estabilidade…
O moreno ia dando as instruções enquanto reproduzia tudo em cima do cacheado. Suas pélvis em contato direto, separadas apenas pelo tecido grosso dos kimonos, as pernas dobradas e afastadas de Harry estavam imobilizadas pelos pés que lhe prendiam por dentro e por trás nas panturrilhas e o peito suado do mestre, visível pela brecha aberta do fardamento, por pouco não encostava no rosto do garoto. 
– … a outra é a “montada clássica”, você fica com o quadril exatamente na altura do quadril dele. Eu não recomendo vocês usarem ela porque é a que traz uma maior instabilidade já que qualquer movimento que o Harry faça aqui vai afetar minha base. Vamos Harry, tenta mexer o quadril pra eles verem.
Ao olhar para baixo de si Louis quis dar uma gargalhada, mas infelizmente não podia. A situação do aluno era divertida, Harry estava com os olhos e boca bem abertos e parecia desnorteado, sem saber o que fazer. Porém ao ver o indício de um sorrisinho querendo brotar, ele recobrou sua postura cheia de marra e passou a se mexer, jogando os quadris pra cima e pros lados na tentativa de sair do golpe.
Ambos só não esperavam que todo esse atrito pudesse afetar outras áreas não só do corpo, mas também das suas mentes. 
– Isso, tá vendo?! Essa, por outro lado, é a melhor postura para o Harry conseguir sair como ele fez agora. Muito bem! – no entanto, o tempo de alívio por sair daquela situação constrangedora não durou o suficiente – agora a última modalidade é a montada alta: nessa os meus dois joelhos vão para baixo da axila dele e meus pés aqui na junção do quadril para impedir que ele tente me atacar com as pernas. Aqui eu posso bloquear a cabeça ou não e essa é a melhor técnica para finalização. Alguma dúvida?
Enquanto Louis ouvia e tirava as dúvidas dos outros alunos sem sair da postura, Harry se sentia estranho, em conflito. Ele tinha um cara montado praticamente no peito dele, com partes que ele nunca cogitou sequer imaginar estarem assim tão perto do próprio rosto e as gotas de suor que escorriam pelo peitoral malhado estavam lhe desconcentrando da aula, juntamente com toda aquela pele exposta que agora estava à vista pela parte de cima do kimono que saiu completamente da faixa preta do menor. 
Dizer que o cacheado estava completamente disperso no restante da aula era eufemismo, mas Louis relevou e não o fez pagar as flexões que deveria. Ele entendia bem o motivo da falta de atenção, inclusive imaginava que a calça do aluno deveria estar um pouco mais apertada assim como a sua. 
°°°°°
Algumas semanas se passaram e além de muito suor, alguns roxos e orelhas inchadas, o cacheado conseguia notar agora uma grande diferença na sua vida. Não, o chifre que levou não deixou de ser humilhante, nem ele deixou de ser a cobaia nos treinos, mas pelo menos passou a se defender e contra-atacar cada vez mais e melhor. Era dessa evolução que ele precisava para desbancar pelo menos um pouco a pose de machão que Louis tinha, ao que ele precisava de mais força e agilidade nas trocas para compensar o peso e altura que Harry tinha como vantagem.
Dizer que conseguir finalizar ou desestabilizar seu mestre era satisfatório não chegava aos pés do que Harry realmente sentia. Tinha algo agridoce e, de certa forma, prazeroso em usar de todo o contato corporal que podia para prendê-lo no chão, além disso, lhe arrepiava lembrar dos momentos em que suas coxas firmes estavam em volta do tronco ou quadril do mais velho, seja pela frente ou por trás, com a adrenalina em pico na corrente sanguínea pela apreensão e, talvez, excitação de descobrir como o outro iria sair daquela situação. 
Se a força que ele usaria lhe deixaria marcas arroxeadas pelo corpo, se ao sofrer uma queda teria as mãos firmes assegurando que não machucasse as partes vitais ou, o que aconteceu em uma rara e única vez, se Louis molharia os lábios secos com a língua e de olhos levemente arregalados daria três tapinhas em seu ombro, desistindo do controle. 
O cacheado daria tudo pra saber o que passou na cabeça do outro naquele momento. Com sorte a confusão que permeava a sua poderia ser compartilhada.
A questão é que Harry sempre teve certeza da sua sexualidade, nunca se sentiu interessado por nada senão mulheres lindas e delicadas, ou apenas por elas sua mente se sentiu livre para olhar de forma diferente. 
Até agora. 
Não tinha nada mais escandalosamente discrepante do que os corpos magrinhos e macios, com seios redondos e bocetinha bem molhada, que ele costumava se relacionar, em comparação ao corpo tenso de abdômen e peitoral firme, toques brutos e um olhar afiado que lhe deixava desconexo da realidade e que ultimamente tinha o poder de lhe deixar totalmente rígido. Infelizmente não são os músculos a que ele se refere. Seu pau não parecia sofrer da mesma confusão e crise existencial que sua mente, por isso eram poucas as vezes em que conseguia finalizar um treino com Louis sem uma dolorosa ereção entre as pernas e que por pouco passava despercebida pelos outros por causa das camadas de tecido grosso que eles tinham que usar.  
– Por hoje é isso gente, mas antes de liberar vocês eu queria lembrar da graduação que teremos em algumas semanas. Quem tiver interesse em participar pode falar comigo que eu passo as informações, no mais.. bom final de semana! Até segunda e não faltem. 
Mais uma aula foi finalizada e Louis dispensou todos os alunos. A turma dos adultos tinha a vantagem de ser a última do dia e por isso eles podiam passar um pouquinho do horário, coisa que não seria possível se Louis não estivesse responsável por fechar a academia todas as sextas-feiras. 
– Oss, mestre! Licença.. é que eu não entendi muito bem o aviso final, você pode me explicar?
– Oss! Então Harry, pelo menos uma vez por ano nós organizamos um evento para graduar vocês que treinam Jiu Jitsu. Se você mostrar domínio das técnicas e conseguir fazer uma demonstração do que sabe no tatame, é assim que vai conseguir sair da faixa branca até chegar nessa belezinha aqui. – e só nesse momento Harry se deu conta que, enquanto falava, Louis estava desamarrando sua faixa e, consequentemente, deixando toda sua parte de cima exposta para quem quisesse ser agraciado com aquela visão. A faixa preta em suas mãos eram outro ponto de distração, fazendo o cacheado imaginar diferentes cenários e modos de usá-la. 
– A-acho que entendi – a saliva custou a descer e ele engoliu em seco. Esperava não estar corando por conta dos pensamentos intrusivos e desrespeitosos que passou a ter pelo seu superior ali. – O que eu preciso fazer para participar?
A frase não devia ter saído num tom tão submisso quanto pareceu e Louis não deixou de notar e apreciar isso. 
– Eu posso te ajudar com a parte técnica sabe.. lá você vai mostrar a outros mestres que consegue executar com perfeição cada golpe, além de lutar pelo menos uns dois rounds com alguém mais avançado que você. Eu estou desocupado agora e não preciso entregar a chave para o dono daqui até amanhã, se você quiser ficar e ter uma aula particular..
– Sim! é.. sim, eu quero. 
– Ok, vamos lá então – um sorrisinho despontou no canto dos lábios finos e rosados em divertimento – Ah, pode tirar a parte de cima se quiser. Não vamos treinar puxadas, eu quero que você foque nas finalizações que já aprendeu até agora, tudo bem?!
A insegurança estampava os olhos verdes. Tirar parte do kimono e finalmente sentir a pele bronzeada em contato com a sua pálida ou não tirar e perder essa oportunidade de uma vida? 
– Certo. Eu posso fazer isso. – Harry sussurrou para si mesmo. 
O tecido pesado caiu no chão em um silêncio gritante e a faixa branca o acompanhou. 
Harry não tinha levantado a cabeça ainda, mas seus pelinhos arrepiaram e os mamilos começaram a enrijecer pela intensidade com que estava sendo observado. Louis não escondia o interesse, na verdade desde o ínicio ele fez questão de não ser discreto sobre estar secando o novo aluno, mas ou ele era muito hetero pra notar ou só meio lerdo. A borboleta pintada na pele branquinha parecia dançar ao ritmo da respiração descompassada do mais novo e Louis sorriu ao notar que ele não estava tão indiferente quanto pensava estar. 
Bastou uma troca de olhares intensa para definir a que passo eles andariam dali em diante. A malícia impregnada em cada gesto, em cada avanço e a cada toque deixava o clima ainda mais sufocante e febril. Não precisou de uma troca de palavras para seus corpos se entenderem daquele jeito que estavam acostumados. 
A técnica que eles deveriam estar aperfeiçoando foi deixada de lado e agora o instinto comandava suas ações. Harry nunca foi tão rápido e forte como estava sendo agora, as finalizações quase perfeitas estavam começando a irritar o mestre. 
O quadril do cacheado estava bem encaixado no quadril do outro, os peitorais quentes em contato, o ombro direito quase sufocava o mais velho e os braços longos e pálidos executavam com maestria um triângulo de braços, não deixando Louis respirar direito pela pressão em seu pescoço. 
– Bate, mestre. Vamos! Você sabe que não vai conseguir sair dessa. – o deboche escorria como veneno a cada palavra. Louis queria foder aquela prepotência para fora dele. 
– Tá, tá.. você venceu essa. Não esperava menos de um aluno meu – assim que Louis tocou os ombros alheios demonstrando a sua desistência, sentiu todo o peso dele cair em cima de si. Fazia bons minutos que estavam rolando juntos no tatame e estavam exaustos, mas uma certa parte do cacheado parecia ainda estar cheia de energia.
Sem a faixa na cintura e o excesso de pano que a parte superior da farda trazia, foi tão fácil sentir o contorno extremamente duro por baixo das calças dele. O problema é que só ao relaxar o corpo em cima do adversário que Harry se deu conta que ele iria perceber também e logo o desespero passou a espalhar por suas células deixando os músculos tensos, respiração travada e a garganta seca.
– D-droga, me desculpa por favor, eu.. eu não sei porq-
O pedido de desculpas foi interrompido ao que Louis viu a oportunidade ali nas mãos dele e conseguiu desmontar a guarda do maior, com isso inverteu as posições o jogando de costas no tatame e juntando as ereções. A fricção do quadril do menor com o seu, deixou Harry ainda mais boquiaberto. Ele jamais imaginou que estaria por baixo em uma situação como essa, mas não conseguiria e nem queria parar tão cedo. 
Em um rompante as bocas estavam juntas. A afobação e desespero eram tão grandes que os dentes se chocaram com força suficiente para maltratar os lábios gordinhos de Harry, o que não foi suficiente para pará-los, obviamente. Mãos fortes e determinadas exploravam o caminho pela lateral do seu corpo, deixando um rastro quente e arrepiado para trás ao subir até os mamilos amarronzados que estavam durinhos e necessitados de atenção há pelo menos trinta minutos. 
O gemido rouco de Harry foi abafado pela pele do pescoço de Louis, o qual recebia diversas mordidas e chupões que provavelmente amanheceriam arroxeados. Inclusive, nem notaram em que momento as mãos grandes do cacheado fizeram todo o tecido cobrindo o corpo do menor passar pelas pernas dele e agora os dedos longos estavam segurando firme aquela bunda que tanto lhe chamava atenção. Ela era realmente tão grande e macia quanto aparentava ser. 
Louis jamais iria aceitar ficar atrás do novato, então tratou logo de o livrar também das vestes que persistiam limitando sua visão daquele pecado em carne e osso. Acompanhou com devoção cada pedacinho de pele que estava expondo e ao liberar o pênis longo e duro do cacheado, Louis lambeu os lábios, olhou para cima por entre os cílios e desceu os lábios por toda extensão, sentindo as pernas longas tremerem abaixo de si. 
A boquinha quente babava em todo o pau de Harry que não conseguia controlar mais a altura dos sons obscenos que saiam por sua boca, nem suas mãos que forçavam cada vez mais Louis a abrigar seu pau até o fim, e somente quando sentia a barba rala encontrar suas bolas e o nariz fininho pressionar sua púbis que ele liberava seu mestre do aperto. Ele estava tão empolgado com a sensação de ter um homem como aquele lhe chupando tão bem e levando tudo até a garganta que percebeu tarde de mais os dedinhos esgueirando e conseguindo lhe penetrar até as juntas. Dois dedos dentro de si e uma boca lhe levando tão bem.. Talvez tenha sido isso que o deixou tão alucinado com tão pouco. 
Se ele parasse para analisar a situação perceberia que a ardência e a forma como seu cuzinho contraía e esticava não eram sensações comuns ao ganhar um boquete, perceberia, inclusive, como suas pernas tremiam e lutavam para abrir e se expor ainda mais àquele homem que conseguiu desbloquear uma nova faceta de si.
Mas é claro que a mente anuviada de Harry não deixaria de querer pelo menos um pouco daquilo que lhe foi tomado, ele queria retomar o controle. Por isso juntou todas as forças que ainda restavam e mesmo com os olhos cheio de lágrimas que não caíram, aproveitou-se do momento de confusão de Louis, enquanto ele tentava entender porque o peso reconfortante e o sabor agridoce em sua língua tinham sumido, e o jogou de bruços na lona azul. 
As mãos grandes foram direto para toda aquela carne exposta e levemente mais clara que o resto do corpo à sua frente, não tardou em separar as bandas e gemeu sôfrego só de se imaginar ao redor daquela entradinha tão apertada. Harry não tinha experiência nenhuma com outros homens e poucas vezes na vida se viu verdadeiramente interessado em fazer anal com suas namoradas, mas naquele momento sua boca encheu de saliva e foi puro e sólido instinto que o fez abaixar o rosto e despejar todo o acúmulo de saliva naquele buraquinho.
– Oh! Q-que, porra. – a voz fininha saiu gritada.
A língua logo se fez presente, forte e áspera, e finalmente Louis recobrou a consciência que até então tinha sido perdida em algum lugar entre as pernas do cacheado e a língua dele em sua bunda. Louis não era passivo e nunca demonstrou interesse em ser, porém sabia reconhecer e dar os méritos devidos àquela nova experiência. Não deixaria o cacheado lhe foder, mas poderia deixá-lo aproveitar as pequenas vitórias por enquanto. Não era nenhum sacrifício, afinal.
Harry poderia estar nas nuvens ou no fogo do inferno, ele não tinha decidido ainda. A cada investida da sua língua podia sentir as paredes internas se abrindo para lhe abrigar, o tesão era tanto que seu pau fisgou sozinho formando uma poça de pré gozo na cabecinha vermelha, ele estava tão perto e nem tinha se tocado devidamente ainda. 
As orbes verdes há muito desistiram de se mostrar para o mundo, mantendo as pálpebras bem fechadas e aproveitando a sensação de estar no controle de um homem tão forte e lhe comendo por trás. Suas pernas inquietas esfregavam-se uma na outra a fim de dar uma mínima aliviada no seu pau rijo, apertando as bolas sensíveis entre elas e ocasionando espasmos no corpo inteiro do Styles. 
Toda a adrenalina de estar pela primeira vez com um homem, seu mestre, em um tatame sujo de uma academia, lhe chupando de forma tão obscena enquanto qualquer um podia chegar ali e flagrá-los, cegou Harry e lhe deixou ainda mais sensível. Os olhos se abriram e ficaram vidrados na entradinha totalmente molhada, as mãos tremendo ao segurar a base do próprio pau, a boca vermelha e completamente inchada estava aberta tentando capturar a maior quantidade de oxigênio possível para levar para seu cérebro. Ele não aguentava mais. 
Sua fixação era tanta que não percebeu os movimentos que o outro fazia para sair debaixo de si, as pernas fortes se debatendo, o tronco levemente erguido para enxergar o que o cacheado estava fazendo e a voz rouca lhe chamando pelo nome enquanto Harry, motivado pelo desespero e impulso, direcionava seu pau até aquele buraquinho que parecia implorar para ser preenchido. Ele queria tanto aquilo que sua língua não conseguia mais capturar a saliva, deixando-a escorrer pelo queixo lisinho e peitoral marcado, a visão desfocada do que acontecia ao entorno lhe deixavam com um ar de obsessão e em sua mente piscavam telas cintilantes com os dizeres: gozar, gozar, gozar.
Harry sentiu que seu coração podia sair pela boca ou estourar seus ouvidos a qualquer momento e quando finalmente conseguiu encostar a cabecinha tão sensível em Louis, foi demais para aguentar. Tão logo sentiu a resistência alheia lhe envolver em uma quentura e aperto torturante, tudo o que foi capaz de fazer foi soltar um gemido alto e longo enquanto manchava a pele alheia com todo o líquido esbranquiçado, gozando e tremendo como um maldito virgem. 
Um átimo de dois segundos se passaram em um silêncio constrangedor até uma risada seca com notas de desprezo soar pelo local. 
°°°°°
– Isso foi patético até pra você novato.. tsc tsc – o tom de voz repreensivo e julgador do menor não ajudou o cacheado a entender o que tinha acabado de acontecer. Harry estava tão, mas tão perto do que queria e de uma hora pra outra tudo voou das suas mãos, ele se sentia envergonhado. – Sabe.. você não deveria ir com tanta sede ao pote até que tenha certeza de que consegue finalizar o trabalho, me sinto decepcionado agora.
– M-as.. eu- eu não.. – o cacheado ainda estava longe de recobrar todos os sentidos, olhava desnorteado para as próprias mãos, sem jeito, e tentava deixar seu olhar longe de toda a bagunça que seu membro flácido devia estar. O som da sua voz não passava de meros sussurros.
Louis definitivamente não esperava que isso acontecesse. A cena anterior.. o homem descontrolado de tanto tesão em si ao ponto de gozar por conseguir lhe penetrar o mínimo possível.. a porra quentinha que deixava uma sensação pegajosa entre suas nádegas.. Tudo isso deixou ele tão duro quanto jamais ficou. As veias grossas ao longo da extensão que pulsava pareciam querer explodir a qualquer momento, como se tivessem vontade própria. E no momento, a única vontade existente era foder aquele garoto todo bagunçado e envergonhado que tinha ali. 
Por isso o menor se levantou do tatame com uma calma fingida e passos calculados, como uma fera cercando sua presa, que, nesse caso, seria o homem sentado em seus joelhos e de cabeça baixa. Os olhos azuis não deixavam de observar cada mínimo tremelique que Harry tinha ao que sentia a movimentação em seu entorno, as mãos fortes e bronzeadas se apressaram em recolher do chão a faixa preta há pouco esquecida por ambos.
– Então você queria tanto brincar sozinho que não se aguentou, não é?! Estava todo cheio de mãos, apertando a porra da minha bunda e me prendendo no chão para seu bel prazer, mas nem serviu para fazer seu trabalho direito.. – disse se abaixando e tomando para si os pulsos branquinhos. Louis conduziu para as costas largas do cacheado seus braços, amarrando com a faixa em um nó apertado, de forma que o cacheado não conseguiria sair tão cedo, encostou seu peito nas costas alheias e sussurrou ao pé do ouvido – por isso.. agora você vai ficar com suas belas mãozinhas atrevidas bem presas enquanto eu te fodo como a cadela que você é. 
– Lou, hm, Louis – se era para parecer uma repreensão, não deu muito certo. O nome saiu como um gemido, uma apelação – Eu nunca.. por favor.. – ofegava tentando formular. 
– Você quer pedir alguma coisa? Não estou entendendo, querido. Não me lembro de ter sido ouvido por você quando estava tão concentrado querendo me comer.
O sorriso atrevido com a língua rosinha entre os dentes não deixavam dúvidas sobre o quanto Louis estava adorando aquele joguinho e as mãos que passeavam pelo torso inteiro do cacheado, apertando todos os músculos possíveis abaixo daquele pele alva faziam Harry se remexer inquieto e arrepiado. A excitação crescendo novamente em sua virilha. 
– Você pode ir devagar, por- por favor? E-eu nunca fiz isso Lou.. por favor.
– Ah.. eu com certeza não vou devagar meu bem. 
Assim que tais palavras saíram dos lábios finos, o cacheado foi jogado no tatame. Os mamilos foram diretamente de encontro ao local lisinho e gelado, a barriga colava e descolava de maneira pegajosa ao ritmo da respiração descompassada, o queixo voltado para o lado direito na tentativa de enxergar o que o homem acima de si faria a seguir, os olhos verdes lacrimejantes e as bochechas pegando fogo de tão vermelhas não causariam nenhum tipo de compaixão no outro. 
Louis usou toda a paciência que não tinha e foi depositando beijos molhados na pele quente e suada dos ombros e costas de Harry, passou pelos braços estendidos e as mãos juntas bem acima da bundinha pálida, ele sabia que pela afobação que o outro teve mais cedo a melhor punição para ele seria levar as coisas bem devagar. Como prova disso, assim que seus lábios passaram a molhar e marcar cada pedaço da bunda e pernas longas do cacheado, notou ele ficar cada vez mais agitado e audível, deixando sua frustração e tesão saírem ora em gemidos ora em expirações irritadas. 
– Não seja tão impaciente ou eu não vou te dar o que tanto quer. – lambeu uma longa listra na própria mão e desceu-a rudemente na nádega direita do maior – Você não é um mimadinho de merda, é, amor? – amenizando a dor, ele passou a alisar a pele avermelhada que pegava fogo, sentindo os músculos tensos tremerem. 
– Não, mestre. – e pela primeira vez, Harry aceitou a submissão e encostou a testa no tatame, assim como os lábios gordinhos que deixavam o material plástico meio embaçado a cada respiração que dava. 
– Bom. Muito bem, querido. 
Aproveitando o instante de rendição dele, Louis finalmente agarrou as bandas magrinhas e empinadas, abrindo-as com uma sede voraz e observando a entradinha virgem que lhe clamava. Juntou uma grande quantidade de saliva na ponta da língua e deixou escorrer até aquele lugarzinho minúsculo que estaria arrombado e vermelho em alguns minutos. Ele mal podia esperar e agora entendia um pouco o fascínio que o outro teve momentos antes consigo. 
Os dedos gordinhos e ágeis não perderam tempo em espalhar todo o líquido transparente pelo local que contraía sozinho, aproveitando para deslizar com firmeza o primeiro dedo até que a enorme resistência lhe impediu de prosseguir. Porém não demorou muito para que as constantes tentativas tivessem êxito e Louis conseguisse penetrar dois dedos no cacheado, que gemia entrecortado a cada mínimo golpe em sua prostata, deixando soluços pelo ar e se esforçando para não investir contra a lona para enfim ter algum contato em seu pau já duro novamente, nem investir para trás e se afundar dos dedos do seu mestre. 
Poucos minutos foram o suficiente para aumentar a temperatura dos dois e deixá-los cada vez mais ofegantes. A respiração de Harry era rasa e os murmúrios implorando por mais não ajudavam em nada, já Louis mantinha o pulso firme e forte abrindo o outro com os dois dedos e fazendo movimentos de tesoura, alargando o máximo que conseguia dessa forma, enquanto seu tronco pesava acima das costas branquinhas e seu pau melava com pré-porra a coxa alheia, simulando estocadas lentas que contrapunham o movimento do braço. 
– Eu preciso de mais, por favor.. eu- me dá seu pau, eu preciso.. – Harry suplicava com a voz mansa e os olhos fechados, quase como se estivesse sobrecarregado de mais para se preocupar com a dignidade indo embora.
– Que situação, querido.. eu acho que não vou te dar meu pau hoje, você foi muito egoísta mais cedo e não tá merecen-
– Nã- não, Lou! Por favor, por favor.. hm, eu preciso, por.. favor.
O desespero dele era tanto que passou a se debater embaixo de Louis enquanto forçava os pulsos para se soltar. Na sua imaginação, talvez se conseguisse agarrar o outro com os braços ele lhe foderia da forma que tanto almejava. 
De qualquer maneira, não foi surpresa encarar as lágrimas gordas descendo pelo rostinho judiado. Mas Louis não queria que ele acabasse se machucando com toda a força que empregava na faixa que o mantinha preso, o que só a deixava mais apertada, por isso posicionou sua extensão grossa e rubra na entradinha de Harry e começou a forçar a entrada.
– Shh.. Shh!! Pronto, não precisa se desesperar. Eu to aqui, shh.. – foi acalmando e deixando selinhos ternos na derme arrepiada enquanto sentia todo o aperto ao seu redor até ter a parte inferior do abdômen pressionando as mãos do outro que ainda estavam presas para trás. 
Estar dentro de Harry podia ser descrito como divino, nada menos que isso. As paredes internas pulsavam e espremiam o pau de Louis, indecisas sobre expulsar ou impulsionar tudo aquilo para mais fundo, até atingir aquele pontinho especial. O estômago estava girando e os olhos fechados enxergavam alguns pontinhos brilhantes por trás das pálpebras, a sensação era extasiante e ele precisou de uns segundos com a testa pingando pousada no ombro esquerdo do maior para lidar com tudo aquilo. 
Logo o quadril do menor começou a se movimentar, estocando para frente até ter todo seu comprimento bem aquecido dentro do outro e dando uma ondulada com firmeza para achar o que tanto queria. Era bom ter Harry assim, só conseguindo gemer seu nome e implorar por mais, sem nenhum atrevimento, sem desobediências e olhares tortos.. totalmente entregue em suas mãos. Os barulhos que deixavam escapar por entre os lábios e aqueles que vinham a cada vez que sua pélvis batia na bunda alheia não era sua maior preocupação agora. 
A intensidade dos movimentos aumentavam em concordância com o ritmo dos corações e Harry se sentia à beira de um infarto a qualquer momento, mas pelo menos ele morreria tendo a melhor foda da sua vida. Era o que ele estava prestes a gritar quando sentiu os braços serem soltos e caírem ao lado do próprio corpo. 
Não precisou de um segundo inteiro para aproveitar a liberdade que tanto sentiu falta para agarrar com força a pele macia da bunda de Louis. As unhas cravaram com força no local, incentivando ainda mais a intensidade e rapidez com que ele lhe fodia, era impiedoso e Harry descobriu gostar assim. Sua mandíbula e pescoço estavam molhados e vermelhos pelo atrito da barba e pelas chupadas que a boca fininha insistia em deixar ali, contribuindo para o estado caótico e sujo que Harry estava. 
– Eu não aguento mais.. me deixa gozar, por favor.. hm, eu não consigo mais – implorou com os últimos resquícios de voz que tinha. Não sabia se conseguiria segurar caso Louis não lhe autorizasse gozar em breve, mas provavelmente lidaria com as consequências depois.
Ao ouvir isso e notar como o cacheado estava quase no limite, Louis apoiou os joelhos no chão, um em cada lado da cintura fininha, e levantou o tronco que estava, antes, deitado sobre Harry. Agora ele estava praticamente sentado sobre a bundinha vermelha do maior, o que ajudou a atingir maior profundidade naquela entradinha arrombada, apoiou as duas mãos nas costelas alheias e passou a estocar com toda a força restante em seu corpo.
– Goza, querido. Vem pra mim. 
E bastou esse simples comando para Harry se desfazer, com a mão esquerda acima da cabeça impulsionando o tronco para trás e a mão direita apertando a carne farta de Louis até a pontinha do dedo médio arrastar pela região onde sua língua esteve antes. Os olhos verdes revirados atrás das pálpebras que tremiam e a boca aberta em um gemido gritado. Impossível resistir. 
Louis então estocou de forma rude uma última vez e quando estava o mais profundo possível, liberou toda a porra quentinha em Harry. Ele queria mantê-lo tão cheio que o cacheado nunca se esqueceria de quando foi fodido pelo próprio mestre.
De fato seria difícil estar ali pelo menos três vezes na semana e não lembrar do que aconteceu numa noite de sexta, no mesmo tatame sujo, com aquele homem gostoso, após um treino intenso.  
398 notes · View notes
misshcrror · 3 months
Text
Tumblr media
              𝐇𝐎𝐔𝐒𝐄 𝐎𝐅 𝐇𝐎𝐑𝐑𝐎𝐑: ──── YASEMIN's point of view ;
The edge of insane, a trail of blood There's nowhere to run when darkness falls The smoke and flames, they will be your undoings.
tw: trauma religioso, maus tratos infantil, violência, tortura física e psicológica, sangue e suicídio.
Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque ali se vê o fim de todos os homens; e os vivos o aplicam ao seu coração. Melhor é a tristeza do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos, na casa da alegria. (Eclesiastes 7:2-41 2)
A dor era insuportável, aguda e incessante. A coroa de espinhos pressionava com uma força fora do normal contra o couro cabeludo de Yasemin, seus espinhos fincando-se na pele sensível. Ela sentia o sangue escorrer em finos filetes pelo rosto, misturando-se às lágrimas que não conseguia segurar. O vestido impecável que usava agora estava manchado de vermelho, um contraste cruel com a noite perfeita prometida.
𝐀𝐓𝐎 𝐈: 𝐃𝐄𝐔𝐒
Enquanto se contorcia de dor, a mente de Yasemin foi transportada de volta ao orfanato onde passou sua infância. Lembrava-se com clareza das paredes frias e úmidas, das freiras e padres que a olhavam com desdém e medo. Suas dúvidas e questionamentos eram vistos como heresias, e suas punições eram severas. As sessões para expurgar o diabo de seu corpo, os espancamentos – tudo isso retornava com uma clareza aterrorizante. Era como se estivesse novamente presa naquele quarto escuro, obrigada a rezar incessantemente, privada de comida e água.
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
"Você é filha do diabo," eles diziam. Yasemin nunca entendera por que sua relutância em seguir a doutrina imposta a fazia merecer tanto sofrimento. Mas com o tempo, começou a acreditar que talvez fosse verdade. A dura realidade do orfanato a transformou, tornando-a dura consigo mesma. Sua vida se tornou uma série de gestos e penitências. Uma forma de autopunição para garantir que nunca ferisse outras pessoas. Tudo em nome D'ele.
Corações ao alto. O nosso coração está em Deus.
Naquela época, ainda criança, Yasemin notou. Em meio aos castigos, algo despertou. Quando as freiras a trancavam tentavam lhe tocar, caíam em ilusões aterrorizantes para manter os outros à distância. Quem ousava se aproximar dela, sentia o medo se infiltrar em suas mentes, vendo os próprios demônios surgirem diante de seus olhos. Lembrava-se de uma vez, em particular, quando uma freira mais severa entrou em seu quarto para aplicar outro castigo. Yasemin, desesperada e exausta, permitiu que seu medo e raiva tomassem forma. A freira parou subitamente, seus olhos arregalados de terror enquanto visões deformadas e sombras ameaçadoras a cercaram. Ela fugiu gritando, deixando Yasemin sozinha, tremendo, mas triunfante. Aquela foi a primeira vez que percebeu o poder real que possuía, um poder que podia usar para se proteger.
Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação.
Ao longo dos meses, ela se tornou uma figura de terror silencioso no orfanato, uma presença que poucos ousavam desafiar. As freiras e padres começaram a evitá-la, murmurando orações e fazendo o sinal da cruz sempre que passavam por ela. Esse poder, no entanto, também a isolou ainda mais, fazendo com que se sentisse ainda mais solitária e incompreendida. E então o sátiro chegou e a retirou daquele inferno.
𝐀𝐓𝐎 𝐈𝐈: 𝐎 𝐃𝐈𝐀𝐁𝐎
Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. (Pedro 5:8-9)
A raiva e o ressentimento que carregava dentro de si não desapareceram mesmo após quatro anos naquele acampamento. Como poderia? Eles a corroeram, tornando-a mais dura, mais defensiva. Quatro anos se passaram, anos em que Yasemin treinava para se manter estável e em controle. Os olhares tortos e desvios de caminho só mostravam que ela não era bem vinda nem mesmo ali. Não enquanto não tivesse controle de seus poderes.
E então o tal Diabo finalmente chegou. Ou seria Deus com a salvação?
No seu quarto ano, Quíron lhe informou que alguém estava esperando por ela fora do acampamento. Yasemin ficou incrédula. Deimos, o deus do pânico, seu pai, estava ali para treiná-la pessoalmente.
O treinamento com Deimos foi brutal. Os métodos sombrios do deus eram implacáveis. Ele a levava aos limites físicos e mentais, forçando-a a confrontar seus maiores medos e a dominar a arte do pânico.
As chamas dançavam na sua frente, o fogo se alastrando e os gritos dos semideuses. Os rostos assustador, o pavor e o medo no pavilhão. Ela se permitiu um sorriso curto com a situação. Era o terror encarnado. As estrela caindo. Deimos e Fobos. Eles estavam em todas as coisas. Na garotinha assustada com medo do escuro, no estudante com receio de não passar em uma prova importante, no pavilhão pegando fogo independente se fossem seus filhos ali ou não. Independente se o fogo tivesse sido lançado pelo inimigo ou amigo.
Porque o medo e o terror estavam em todas as coisas.
"No medo, há poder," seu pai dizia. "O medo é uma ferramenta mortal, letal. Use-o ou será usada por ele."
Anos antes, Yasemin chorava e lamentava, noites inteiras de dor e sofrimento enquanto Deimos a forçava a confrontar seus traumas. Ele a fazia passar por situações aterrorizantes, replicando suas memórias mais dolorosas do orfanato. Da morte de sua mãe. Do sofrimento de seus poucos amigos no acampamento. Cada sessão era um inferno, mas aos poucos, Yasemin começou a entender. Suas lágrimas se transformaram em uma raiva fria. A fraqueza não era uma opção.
Leyla Solak, ah... Ela certamente agiria como uma leoa protegendo seu filhote. Deimos também, mas com ele eram métodos sombrios. Mas agora, era Yasemin se transformando em uma verdadeira leoa. Sob o treinamento de Deimos, ela aprendeu a controlar melhor seus poderes. Aos poucos sua presença tornou-se sinônimo de medo.
Deimos a ensinou a abraçar o terror, a manipular o pânico em seus inimigos. "Você não é uma vítima," ele dizia. "Você é a portadora do medo. Faça com que todos se lembrem disso."
𝐀𝐓𝐎 𝐈𝐈𝐈: 𝐀 𝐒𝐀𝐍𝐓𝐀
Yasemin sempre carregou consigo a memória de sua mãe, Leyla Solak, como um farol de luz em meio às sombras de sua vida tumultuada. A admiração profunda por sua mãe desde pequena, Leyla fora seu mundo, a fonte de amor, diversão e segurança. As memórias de sua mãe eram vívidas e detalhadas, um alicerce que sustentava Yasemin mesmo nos momentos mais sombrios.
Sempre viu sua mãe como uma figura fascinante e imponente. Seus trabalhos, sombrios e intricados, eram uma janela para os medos mais profundos da humanidade. De alguma maneira, sua mãe conseguiu entender como a humanidade era cruel cedo. E talvez por isso era tão protetora com Yasemin. Sempre foram apenas elas duas afinal.
A família Solak, que já desaprovava as histórias de horror de Leyla, cortou o contato definitivamente quando ela se mudou e ficou grávida de um, até então, desconhecido. Quando Leyla faleceu, Yasemin tinha apenas nove anos. A família foi contatada, mas ninguém a quis. Sem nenhum parente disposto a acolhê-la, foi enviada a um orfanato. Herdeira de uma considerável fortuna deixada por sua mãe, Yasemin tinha recursos, mas lhe faltava o amor e o apoio de uma família.
Desde que perdeu Leyla, Yasemin decidiu que faria de tudo para ser o orgulho de sua mãe. Leyla havia enfrentado o mundo com coragem, desafiando a família e seguindo seu próprio caminho, e Yasemin queria seguir seus passos. Quando foi enviada ao orfanato após a morte de Leyla, a filha de Deimos segurava firmemente as poucas lembranças que tinha de sua mãe. Esses objetos eram suas relíquias sagradas, pedaços tangíveis do amor e da presença de Leyla. No silêncio frio do orfanato, ela se agarrava às memórias das noites em que sua mãe a colocava na cama, contando histórias cheias de heróis. Ela era uma agora... Não era?
Ao chegar ao Acampamento Meio-Sangue, seguiu buscando conforto nas lembranças de sua mãe mesmo que fossem ficadas mais enevoadas com o passar do tempo. Ela se empenhava em ser uma versão mais forte e destemida de si mesma, alguém que sua mãe se orgulharia de chamar de filha. Ela sempre desejou ardentemente que Leyla pudesse vê-la crescida.
Yasemin idolatrava sua mãe em cada aspecto de sua vida. Leyla era seu modelo de força e independência, uma figura quase mítica que havia moldado quem ela era. Ela queria ser a personificação do que sua mãe havia sido: destemida, criativa e poderosa.
A ruiva treinava arduamente, não apenas para honrar seu pai divino, mas, acima de tudo, para ser digna do legado de sua mãe. No entanto, a ausência de Leyla, somada ao sofrimento passado no orfanato, aos métodos sombrios de Deimos e às intensas missões no acampamento, levavam Yasemin por um caminho arriscado e perigoso que nem mesmo ela sabia. A verdade é que ela sempre esteve na borda, no limite.
𝐀𝐓𝐎 𝐈𝐕: 𝐀 𝐂𝐑𝐔𝐂𝐈𝐅𝐈𝐂𝐀𝐂̧𝐀̃𝐎
Yasemin era claramente uma suicídia inconsciente. Essa autodestruição disfarçada não era um ato explícito de tirar a própria vida, mas uma série de escolhas e comportamentos perigosos que refletiam um desejo inconsciente de acabar com a própria existência. Os impulsos autodestrutivos vinham como manifestações do inconsciente, uma forma de lidar com o cansaço e o desgosto de viver. Ela nunca tentou nada de drástico ou definitivo contra seu próprio corpo, mas frequentemente se envolvia em práticas arriscadas e missões perigosas sem a devida precaução. Um sentimento de que nunca teria uma vida normal e que jamais conseguiria formar uma família, algo que sempre desejou, mas acreditava não merecer.
Crescendo no acampamento, Yasemin observava outros semideuses que, apesar dos traumas, alguns tinham sim famílias funcionais e amorosas. Ela, por outro lado, não tinha para onde ir, rejeitada pela própria família após a morte de sua mãe. Essa rejeição e o sentimento de abandono a corroíam por dentro dia após dia. Apesar de ser uma guerreira habilidosa, o vazio dentro dela parecia insuportável. A verdade é que o acampamento e os deuses eram a única família que Yasemin conhecia. Talvez não mais. Embora tivesse construído laços importantes e encontrado um lugar onde podia desenvolver, a dor da perda de sua mãe e a rejeição de sua família eram feridas que nunca cicatrizavam completamente. Yasemin queria ser forte como Leyla, mas a cada dia lutava contra a escuridão que ameaçava engoli-la. Ela estava determinada a honrar o legado de sua mãe, mas o caminho era tortuoso.
Agora, sentada na enfermaria, porque ela se recusava a ficar ali por muito tempo, Yasemin ainda sentia a dor dos espinhos da coroa mesmo que ela já tivesse bem longe de si, mas também a dor mais profunda de suas memórias. Um curandeiro trabalhava, tentando lhe curar e outra sendo afetuosa o suficiente para limpar o sangue já seco que escorreu por entre os fios ruivos e o rosto completamente envolto do vermelho escarlate. A turca sentia uma raiva crescente pela situação no acampamento, um ressentimento fervente contra os deuses que nunca interferiram para ajudá-los. Sentia-se traída e abandonada, não pelo traidor, mas pelos deuses, e por todos aqueles que deveriam tê-la protegido.
Enquanto os curandeiros lhe davam ambrosia e usavam poderes de cura, Yas refletia sobre a ironia de sua situação. Cercada por seres divinos, suas cicatrizes mais profundas não podiam ser curadas por poderes ou magia. A culpa e a raiva que carregava dentro de si eram mais dolorosos do que qualquer coroa de espinhos. No orfanato, ela conheceu um cara que também havia ganhado uma coroa de espinhos quando foi pregado na cruz, acusado e pagou pelo disseram, mas que nunca havia feito nada para que fosse punido.
E então ela soube. Flynn estava morto. Conviviam e se davam bem, foi graças a ele que conseguiu ver sua mãe algumas vezes. Droga, sentiu os olhos marejados e uma lagrima solitária escorreu.
Ela fechou os olhos, tentando encontrar algum alívio na escuridão. Sabia que precisava ser forte, não apenas para si mesma, mas para mostrar ao mundo que não era fraca. E mais do que tudo: precisava provar seu valor para sua mãe. Yasemin não se deixaria abater. Ela sobreviveria, como sempre fez, e usaria sua dor como arma para moldar seu próprio destino. As parcas que lutem, assim como os deuses, porque a sua fúria seria implacável.
Eles precisavam precisava pagar. Ela havia sido moldada para ser uma arma de medo, e agora abraçava isso completamente. Não era ela que estava presa com todos ali, eram eles que estavam presos com Yasemin.
A dor em sua cabeça começou a diminuir gradualmente, à medida que a ambrosia ingerida fazia efeito. A dor emocional, a dor das memórias e do passado, ainda estava lá, profundas e enraizadas. Yasemin sabia que aquela noite, como tantas outras, deixaria cicatrizes que nada poderia curar. Cicatrizes de batalha ela tinha aos montes, mas ela também sabia que essas cicatrizes a tornariam mais forte, mais determinada. E no final, era isso que importava. Ela sobreviveria. Ela sempre sobrevivia.
O mundo ao seu redor havia se transformado em um campo de batalha, e ela estava pronta para entrar nele. Ela cheirava a sangue, violência e terror.
Era ambiciosa. Isso seria sua maior vitória ou sua eterna ruína.
Deuses, os traidores, os pecadores. Que todos eles pagassem. Que o terror começasse.
19 notes · View notes
puresangr · 5 days
Text
Tumblr media Tumblr media
svetlana popva petrova — lizbeth adore colleman
in the land of gods and monsters, i was an angel living in the garden of evil... screwed up, scared, doing anything that I needed, shining like a fiery beacon
about - connections - pinterest - pov's - timeline
Tumblr media
name: svetlana popva petrova
nickname: lana
age: 230 anos
local de nascimento: lovech, bulgaria
espécie: vampira do clã vermilion
ocupação: dançarina stripper do oitavo pecado
sexualidade: heterossexual
inspirações: katherine pierce, satanico pandemonium e outros
TW: violência, sangue, abuso, rapto
Ao nascer, na pequena província de lovech no norte da bulgária, lana parecia uma garota comum. filha de um barão do café e de uma camponesa, vivia cercada de longas arvores sinuosas e sentia que a floresta estava sempre por perto, a riqueza por sua vez… nem tanto. procurava ajudar em casa como podia, buscando alimento e usando o pouco que tinha como moeda de troca para conseguir mais. a morena continuaria sua pacata vida na pequena província até envelhecer, se não fosse por um fato: certo dia, ao voltar da cidade com mais mercadorias, svetlana encontrou o seu lar invadido, os corpos destroçados pelo casebre deixavam claro que um ataque brutal havia acontecido, enquanto a moça que ali chegava tivera sua vida poupada por um milagre, mas seus algozes tinham um plano pior para ela.
levada por um grupo de homens, lana foi aprisionada e forçada a trabalhar na principal danceteria da europa, o ataque e o aprisionamento tiveram consequências notáveis na vida da mulher, passando a ser mais distante, desconfiada, por vezes até fria, sem entender quem ou o que havia os levado aquela tarde. lana foi forçada a dançar para atrair os forasteiros, sem saber que os mesmos estavam sendo atraídos para a morte, como forma de alimentar as criaturas que a raptavam. poucos meses depois de sua chegada na casa noturna, fora oferecida para o conde da região, sem que sequer soubesse do trato. quando o ataque começou, svetlana se enfureceu e revidou com golpes o quanto pôde. pobre criatura. jamais entenderia que a força imortal era incomparável. fora morta no primeiro piscar, por ousar revidar as artimanhas do conde, mas a transformaram a tempo para que pudesse sobreviver.
recém transformada, svetlana fez um verdadeiro banquete no local, embebida em vingança. os que não foram decepados se renderam à ela, a cultuavam como deusa. e isso durou por algum tempo, até vampiros antigos tomarem conhecimento do que estava acontecendo, então ela teve que fugir. por anos. ainda que volta e meia se rendesse aos mesmos padrões, seu corpo a levava a repetir os maus hábitos: a dança e a morte. viveu a elegância dos anos cinquenta nos porões mais poéticos da europa. a liberdade e alucinação dos anos sessenta e setenta em hollywood. permitiu-se amar músicos, poetas e artistas, sem poder estender sua estadia por tempo demais sem ser caçada como uma fera. até mais recentemente se refugiar em Arcanum.
Tumblr media
name: lizbeth adore colleman
nickname: liz (só para os intimos)
age: 30 anos
espécie: humana
ocupação: detetive de citadel
sexualidade: heterossexual
inspirações: lisbeth salander e outros
lizbeth migrou de cidade em cidade até que acabou desembarcando em lichendorf com uma crescente ambição em seu peito, e logo conseguiu trabalho na delegacia da cidade, não demorando muito tempo para tomar gosto pela coisa e se estabilizar como investigadora. sua vida estava parcialmente completa quando, pouco depois de se empregar, ela acabou se apaixonando. o homem por sua vez era o delegado da cidade, e apesar de seu lado racional se negar a misturar trabalho e sentimento, ela aos poucos foi se deixando levar até que eles ficaram noivos. entretanto liz nunca chegou a se casar. ao chegar em casa, um dia antes do casamento, lizbeth encontrou moveis deslocados e quebrados, papeis espalhados, manchas de sangue no chão e nas paredes, a casa completamente revirada, mas dessa vez não havia nenhum corpo. o homem que amava havia desaparecido e nunca mais houve qualquer sinal dele. a partir daquele dia lizbeth passou a acordar com sinais doloridos em seu corpo, ainda que sem se lembrar do motivo para eles estarem lá. com esses acontecimentos, começou a investigar todo e qualquer rastro oculto naquela cidade, cada desaparecimento, assassinato ou rapto, e agora dedica a sua vida a descobrir quem fez isso e conjurar vingança.
10 notes · View notes
tecontos · 7 months
Text
O pai gostoso do meu aluno.
By; Prof. Michele
Olá sou a Michele, sou Professora, loira,1,65 de altura, peitos médios pontudos raba grande e cintura violão.
Tinha um aluno que era um grude comigo, dou aula numa famosa escola particular em SP. Sempre a mãe vinha nas reuniões vinha na sala, nunca tinha visto o pai.
Em 2022 fui surpreendida com o pai do meu Aluno bem no meio da aula, quando vi meu coração acelerou, minha buceta melou, fiquei hiper excitada, peguei fogo da cabeça aos pés, fui até a porta ele me de um beijo, deu uma filmada nos meus peitos que estavam duros como nunca.
Safado já foi dizendo bem que meu filho fala, minha professora é linda é top. Ele percebeu que eu tava fervendo, tambem tenho um marido que viaja a trabalho, que fica quase um mês todo fora, já mau comida e ainda sem nada. Uma seca terrível, subindo no teto, me deparo com um negão com mais de 2,00 MTS de altura, saradão, muitooo forte, barba desenhada, um sorriso maravilhoso e safado.
Foi levar o remédio que o filho esqueceu, e na cara dura já me pediu o meu ZAP e eu já dei rapidinho rsrs, porque meu aluno havia me dito que os pais tinham se separado sem volta. Ele disse me chame assim que tiver um tempo.
Acabou a aula e aquele homaço não saia da minha cabeça e a minha xota piscando de tesão. Peguei chamei ele no ZAP, rapidamente me respondeu e foi falando que não me tirava eu da cabeça, eu já com muitooo tesãooo falei;
- vc tb me deixou pertubada.
Ele já me convidou pra jantar, claro que aceitei prontamente.
Me preparei com um banho demorado, deixei um filete de cabelo na xota, me produzi e o coração a mil porque imaginava que é tipo de homem que vem pra cima sem cerimônia.
Na hora marcada ele buzinou, e fomos conversando e a conversa esquentou, o perfume dele me deixou louca aquela barba muito bem desenhada. Jantamos, rimos muito, até que do nada rolou um beijo quentíssimo o trem pegou fogo. Ele me convidou pra um lugar mais a vontade, claro que não tinha mais como recusar. Fomos nos pegando no carro entrou num belo motel pegou a suíte. Entramos na garagem da suíte o trem pegando fogo, senti o pau duraço, vi que era enorme, ele me pega no seu colo entramos na suíte num amasso quentíssimo.
Já foi voando roupa pra todo lado, sentou na cama sentei no seu colo e nos pegamos num amasso muitooo quente. Ele ficou louco com meus seios pontudos e desceu chupando, sugando e dando mordidinhas de leve me levando a loucura.
Me chupou inteirinha e quando chegou na minha buceta tava pingando e toda melada e com os dois dedões abriu minha xota e começou passando a língua nos 4 cantos da minha buceta, e começou enterrar a língua fundo me deixando pirada e gemendo muitoooo explodi num orgasmo tão forte que pareceu que desmaiei.
Quando arranquei a cueca do safado pulou um pauzão muitoooo grosso e cheio de veias expostas, segurei fascinada porque os poucos homens que tive o maior é do meu marido 16cm.
Cai de boca tentando abocanhar, mais foi muitooo difícil por ser hiper grosso e enorme. Ele sentou, pois um camisinha e lambuzou de gel minha buceta e a camisinha devido eu estar louca pra meter e ter dado uma gozada forte, ele pincelou, pincelou, encaixou e eu sentei até encostar e já percebi que era seu ponto fraco.
Comecei quicar feito louca. Eu perdi totalmente o controle e acelerei até onde eu aguentava e vi ele louco também, falando;
- goza sua puta safada, minha vadia, minha putinha deliciosa
Quanto mais ele falava eu ficando louca. Até que cheguei no ápice explodi num orgasmo violento.
Ele levantou sem tirar a tora de dentro começou a me subir e descer numa pegada forte e nos beijando, nao foi muitooo tempo, gozei com aquele pauzão até o talo enterrado.
Me pois de 4 toda arreganhada e enterrou a tora de uma vez, dei um berro violento e ele botou moendo. Que pegada da porra, quando explodi enlouquecida, ele tambem explodiu me dando tapão na raba, puxando meu cabelão e dando urros explodiu num orgasmo violento.
Fiquei abismada porque o pau ficou durão, ele me pegou num frango assado tirando e pondo e enterrando tudo.
Logo gozamos de novo. Tomamos uma ducha e o trem pegou fogo de novo e ele enterrou um dedo no meu cuzinho daí falei;
- esse tronco não cabe não meu porta mala é muitooo apertadinho.
Ele me arrastou pra cama, enfiou dois dedos no meu anelzinho e socou gel dentro e começou por aquela tora enorme, quando passou a cabeçona eu tentei correr, ele me travou e enterrou tudo me fazendo da um grito.
Logo a dor terrível virou um prazer louco. Sensação indescritível.
Gozamos feito dois loucos, e caímos exaustos.
Desde então estamos transando sempre.
Enviado ao Te Contos por Prof. Michele
24 notes · View notes
lucianshale-archive · 9 months
Text
Tumblr media
MICHEL EVANS BEHLING? Não! É apenas LUCIAN HALE, ele é filho de APOLO do chalé 7 e tem 27 ANOS. A TV Hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL III por estar no Acampamento há VINTE E UM ANOS, sabia? E se lá estiver certo, LUC é bastante CALMO mas também dizem que ele é INSEGURO. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
PODERES
Precognição Artística. Os poderes proféticos de Apolo se manifestam através de um transe em que Lucian começa a desenhar ou esboçar o futuro de uma maneira subconsciente. As imagens produzidas são vagas e não são acompanhadas por nenhuma outra informação, trazendo mais confusão do que esclarecimentos, mas ajudam a saber quando algo está prestes a acontecer. Seja lá o que isso for.
HABILIDADES
Agilidade sobre-humana e fator de cura acima do normal.
ARMA
Dawnbreaker - Um arco longo, de bronze celestial, com a ponta das flechas do mesmo material. Fora de batalha, o arco se transforma num bracelete e a aljava em outro. Suas flechas radiantes emitem um clarão ao acertar seu alvo, cegando temporariamente seu oponente.
BIOGRAFIA
Ethan Hale tinha apenas vinte e um anos quando se apaixonou por um músico. O relacionamento não durou muito, apenas três meses. O motivo do término? Aparentemente o tal músico era na realidade um deus grego e um relacionamento sério com um mortal não era possível. Até aí tudo bem, Ethan já tinha ouvido desculpas piores. Se o cara tinha problemas com compromisso não havia nada que pudesse fazer. O que não esperava é que ele estivesse falando a verdade e tinha decidido que seria uma boa ideia deixar uma criança como “lembrança” do relacionamento.
De início, pensou se tratar de uma brincadeira de mau gosto. Afinal, como o bebê (gerado em apenas três meses) podia ser biologicamente deles se eram dois homens? Apesar dessas dúvidas, foi comprovado através de um exame de DNA que o filho era dele. Ethan deu um nome para o bebê e ficou por isso. Precisava terminar seus estudos e agora tinha mais uma boca para alimentar.
O primeiro ataque de um monstro aconteceu quando Lucian tinha seis anos de idade e estava brincando na frente do prédio da avó. Não se recordava exatamente do que aconteceu, mas aquele momento havia sido a gota d’água para seu pai. Um filho que ele nunca quis e que aparentemente estava sendo perseguido por monstros invisíveis que conseguiam deixar marcas? Uma semana depois, Lucian chegou no Acampamento Meio-Sangue.
Apolo deve ter ficado com pena dele pois logo o reconheceu como filho e Lucian não precisou passar nenhuma noite no Chalé de Hermes. Os anos passaram e Lucian foi criado por seus irmãos mais velhos no acampamento, cada dia tentando se tornar um guerreiro melhor numa tentativa de orgulhar o pai divino.
Em sua busca por aceitação, Lucian fez praticamente de tudo no acampamento. Saiu em missões, lutou nas guerras, e treinou bastante. Na realidade, era o que mais fazia: treinar. Cedinho, estava ajudando os novos campistas a manejar os arcos. De tarde, partia para os treinos corpo a corpo e com outras armas. Podia não ser o guerreiro mais poderoso do Acampamento Meio Sangue, mas ninguém teria a audácia de dizer que Lucian não era esforçado.
O esforço foi recompensado quando conseguiu ser aceito na Universidade de Nova Roma no programa de Serviço Social. Foi uma transição estranha, estar em um novo lugar depois de tantos anos vivendo no Acampamento Meio-Sangue. Entretanto, sua vontade de ajudar crianças (semideusas ou não) que foram abandonadas por seus pais biológicos falara mais alto.
Após obter seu diploma, se mudou para São Francisco, trabalhando como assistente social. Por conta de seu trabalho, conheceu James Li, um psicólogo que muitas vezes acompanhava as crianças sob a responsabilidade de Lucian. Não demorou muito para que o relacionamento florescesse.
Desde então, dois anos se passaram e, nos últimos meses, James tem levantado a possibilidade de morarem juntos. Há algumas semanas, todas as vezes que passa pela vitrine de uma joalheira, seus olhos imediatamente focam nos modelos de alianças. Tudo parece apenas uma questão de tempo. Exceto por um detalhe: James não tem a menor ideia de que Lucian tem um literal deus grego como pai e Lucian não gostaria de noivar enquanto ainda guardava um segredo tão grande assim.
As poucas lembranças que Lucian guarda de seu pai biológico envolvem o fato do breve relacionamento entre ele e Apolo ter acabado quando o deus revelou sua verdadeira identidade, o que o faz evitar tocar no assunto com James. As memórias amargas e o medo de James deixá-lo por ter omitido uma informação tão importante acabam impedindo que a verdade seja dita. O comportamento de Lucian tem deixado seu namorado confuso e causado certos conflitos recentemente. E para piorar ainda mais a situação, veio a convocação de Dionísio, no mesmo dia em que o semideus pintou uma mulher ruiva envolta por uma névoa esverdeada em seu caderno de aquarelas.
Lucian partiu para o Acampamento Meio-Sangue deixando para trás um James atordoado com a desculpa esfarrapada de uma “emergência familiar”. Um chamado do lugar que o acolheu quando era mais uma criança abandonada por seu genitor divino não podia ser ignorado, por mais que isso viesse a afetar o relacionamento com o homem com quem pretende construir uma família.
PERSONALIDADE
Intenso é geralmente a palavra utilizada para descrever Lucian Hale. Por ser filho de Apolo, sempre acorda com a chegada dos primeiros raios de sol e parte para uma pequena corrida matinal. De vez em quando tenta arrastar alguém com ele nessa aventura mas dificilmente obtém sucesso.
Apesar de sua intensidade, Lucian é um gentle giant. De início, pode assustar as pessoas que não o conhecem devido ao seu porte: alto e claramente musculoso. Junto com sua aparência e sua intensidade, não é uma surpresa que de início, achem que ele é um filho de Ares. Mas basta alguns segundos em sua presença para perceber que isso não é verdade. Embora seja bastante competitivo, Lucian está sempre disposto a ajudar campistas novos ou antigos a aprimorarem suas habilidades.
20 notes · View notes
01298283 · 1 year
Text
Pomba-Gira não fiscaliza cu
Hoje eu vi um vídeo de uma mulher cristã culpando a Pomba-Gira pelo fim do casamento de uma irmã dela em Cristo,segundo ela a culpa foi da irmã em Cristo pois quando ela decidiu ceder o toba para o marido a mulher especulou que ela abriu um "portal diabólico" onde a Pomba- Gira entrou e destruiu tudo e o Deus dela (o Deus cristão) tinha revelado a ela e pediu para que ela passasse esse recado a mulher que deu o toba ao marido.
Segundo ela o casal cristão deve manter o leito matrimonial santo e de acordo com os princípios e agrados do Espírito Santo,caso contrário você abre um portal a Satanás,eu realmente estou rindo muito dessa situação e realmente posso confirmar que esse tipo de ensinamento é muito comum entre eles,então há um código de conduta entre 4 paredes,então se você é cristã e não segue esses parâmetros você está abrindo portais Satânicos e atraindo a Pomba-Gira.
O que eu tenho a dizer é que essas pessoas não entendem absolutamente nada sobre ocultismo,bruxaria e feitiçaria,tudo o que elas sabem são falácias que vêem aleatoriamente na internet ou leram algum PDF aleatório na internet e ouviram o rebanho demonizar tudo o que é diferente dos seus costumes,a Pomba-Gira não vai fiscalizar quem está dando o toba ou agindo como uma vadia na cama,ela não vai destruir o seu casamento porquê você fodeu horrores com seu parceiro.
Aliás,é uma delícia ser uma prostituta entre 4 paredes e eu amo isso,não há mal nenhum nisso e pode ter certeza que a Pomba-Gira não estará lá observando você dar o toba ou gemendo como uma atriz pornô,não vai abrir nenhum portal diabólico,eu sinto pena dos parceiros dessas mulheres,imagina que vida sexual fria,monótona e mal devem foder e se fodem mais de 3x na semana é um grande milagre...Fico imaginando que não passa de papai e mamãe,uma vez eu vi um pastor pregar que foder de 4 era pecado porquê isso é selvagem e animal,sexo oral então...Imagina,casam e quando vão foder fazem o quê?
O pior de tudo isso é que exortam tais a jejuarem e abster de sexo,mesmo estando casados,imagina a merda que é viver assim,não chupa uma rola,não pode gemer direito,não pode dar o toba,não pode ficar de 4,não pode xingar,o que vocês fazem? Eu já fiz o Kama Sutra inteiro e muito mais,isso significa que já abri vários portais diabólicos e já estou sentenciada ao inferno cristão,mas isso não se aplica a mim porquê não acredito nessas questões.
Então os cristãos amam denegrir e culpar a Pomba-Gira por X ou Y quando na verdade eles não sabem nada sobre elas,nunca pisaram em um terreiro,eles não sabem a força e a sabedoria delas e o axé que elas possuem,essas pessoas deveriam lavar suas bocas ao falar delas,tenho que agradecer a elas por tudo o que elas fizeram por mim até aqui e me ensinaram.
Já viram essas mulheres que são casadas com homens que não valem a merda que cagam e culpam a Pomba-Gira também em relação a separação e o comportamento deles,não é Pomba Gira ele sempre foi uma filha da puta,acorda idiota. O religioso tem o costume de associar o mau caratismo dele a "demônio",quando na verdade é falta de bom senso e caráter.
Graças a Satan não tenho um parceiro cristão ou religioso,isso seria um martírio de infelicidade eterna para mim,uma feiticeira com o fogo do diabo na bucet@ que escala paredes nessas horas e ama sexo e bruxaria,ele pediria o divórcio em pouco tempo,eu sei que elas amam pregar que essa vida que elas levam são felizes mas no fundo eu sei que a maioria são frustradas e infelizes,principalmente porquê eu vi de perto essas situações e falar sobre sexo é um tabu entre eles,a maioria são casados mas não são amigos e não falam abertamente sobre tudo,então vivem casamentos frios e acomodam, principalmente porquê um processo de divórcio é muito burocrático e complicado, principalmente quando envolve filhos e então vão empurrando com a barriga e fingindo que se gostam,não é a toa que muitos traem debaixo dos panos e algumas fingem que não vêem porquê ganham com isso $$$,isso não é vida é o inferno e ainda bem que não sou eu.
Elas criticam tanto às mulheres que vivem de forma mais liberal,mas tudo isso é fruto de ciúmes,inveja e muita frustração porquê lá no fundo elas querem fazer o mesmo e serem assim,mas o medo da crítica e medo de morrer solteira e não agradar homem machista e o patriarcado falam mais alto,então você vê muita biscoiteira de macho escroto e machista,moralista e conservador porquê para muitas o casamento é um objetivo de vida.
Essa crentalhada que fala mal da Pomba-Gira não sabe nem o que está falando,não a conhecem,eu só tenho a agradecer a elas e sempre peço o axé e a proteção delas sobre minha vida e meu relacionamento,se esses crentes fodessem direito e tivessem um vida sexual ativa e cheia de fogo e tesão talvez seriam menos insuportáveis.
Que o fogo e tesão que eu tenho continuem abrindo portais Satânicos então,amém 🙏
31 notes · View notes
lykostrophy · 1 month
Note
Paint the town red 🎨 - branco + medo
Tumblr media
tw: tortura.
branco. foi tudo que ele conseguiu ver quando acordou. ele demorou uns segundos para perceber as coisas ao seu redor. dor. ele sentiu dor, quase imediatamente, na sua cabeça. ele sentiu sangue seco no seu ombro, e percebeu haver levado um tiro. aos poucos, percebeu que haviam queimado o local. por que?, pensou, por que não me deixaram sangrar até a morte? ele percebeu estar amarrado em uma cadeira. seus braços estavam amarrados de uma maneira que fazia com que seus ossos doessem de modo que parecia que estavam a ponto de sair do lugar. estava de pés descalços. finalmente estava conseguindo distinguir figuras ao seu redor. seus olhos começaram a doer também. ele começou a tentar se contorcer, mas tudo no seu corpo latejava com a dor do tiro e da queimadura. antes que pudesse tentar com mais afinco, ele sentiu com a ponta de seus pés que estava de frente para uma parede. seus dedos dos pés tocavam uma parede e com muita força ele conseguiu jogar com a cadeira para trás. esperava cair de costas no chão, mas a cadeira parou alguns centímetros depois. assim, ele percebeu que não estava numa sala e sim em um tipo de masmorra. a luz que estava enxergando era a luz do sol. havia, sim, sido posto ali para morrer.
horas depois, quando o sol já havia se posto, uma grade se abriu e lykos foi puxado pelos ombros, até e principalmente pelo seu machucado. ele não sabia, mas seu rosto estava queimado de passar boa parte do dia trancafiado em um buraco embaixo do sol. ele começou a pensar, conforme era arrastado para algum lugar que não sabia, por que simplesmente não o acorrentaram um tronco em uma praça pública para que ele morra e sirva de exemplo para os moradores. foi jogado no que era definitivamente uma masmorra maior. talvez fosse ficar naquele local daqui para frente e morrer ali, úmido entre os ratos. mas era bom demais, claro que é.
"nome?" uma voz grossa chamou. lembrou do momento em que estava sendo caçado. aquele homem liderava os policiais que o prenderam. lykos ficou quieto por alguns segundos. "nome?" o homem berrou. por que deveria responder? eles iriam o matar de qualquer jeito.
o lobo mau apenas observou conforme outro policial pegou um balde com o que ele achava ser água e jogou sobre seu corpo. ele instantaneamente sentiu seu corpo queimar, mas não era nada que ele havia sentido antes. não era como fogo, era um cheiro que queimava. sentiu suas narinas arderem com o composto e uma tosse tomou conta dele, o deixando de quatro no meio da cela cuspindo o que quer que fosse aquilo. quando ele se recuperou um pouco, viu no olhar do primeiro policial que ele não iria se repetir e que lykos tinha uma escolha a fazer.
"lykos."
"sobrenome?" o homem havia anotado em um papel o seu nome, mas estava esperando o resto.
"eu não tenho sobrenome." já havia tido conversas como essa antes, e sempre terminavam com ele se irritando.
"lykos cesaire." o homem fez questão de falar em voz alta enquanto anotava o nome inventado de lykos e ele só iria descobrir o que isso significava anos depois.
"idade?" agora essa seria uma e tanto e ele sabia disso. ninguém sabia sua idade além dele mesmo e do ferreiro que o empregava. e agora que ele havia assassinado dois homens três vezes mais velhos que ele e os comido, sabia que a chance de não acreditarem nele era grande.
"dezessete." mas não obteve a resposta que esperava. o policial mais velho apenas anotou e colocou sua ficha dentro de uma pasta, que foi rapidamente levada por algum capacho. como pessoas poderiam querer aquele emprego? "isso foi o meu atestado de óbito?" seu tom já estava normal, mesmo que ainda um pouco rouco. a voz de lykos nunca foi a das mais suaves.
"você ainda tem muito tempo para pensar antes disso."
voltaria para o buraco. ele não sabe quantas horas passou naquela cela, com os policiais tentando conseguir informações dele, sobre quantos monstros iguais a ele existiam. eles perguntaram por que ele fazia o que fazia e não gostaram quando ele respondeu que estava apenas se alimentando das outras vezes e que dessa, especificamente, tinha sido legítima defesa. ele não quis se aprofundar nas explicações, pois sabia que eles queriam que ele implorasse e ele nunca foi muito bom nesse quesito.
no outro dia, quando acordou, a luz branca estava lá de novo. ele não sabe, até hoje, quantas horas por dia ficou naquele buraco, mas só era arrastado de lá quando o sol saía do céu. era jogado na cela e interrogado. depois do primeiro dia quando foi afogado múltiplas vezes, as coisas ficaram um pouco mais criativas. tentaram o machucar com cobras venenosas, mas lykos não tinha medo e ele sabia que não iam dar a ele o gosto de ser morto de maneira tão fácil. tentaram fazer com que ele se transforme, por pura curiosidade, mas lykos também não fez isso. foi chicoteado por isso, mas cicatrizes de chicote iriam se perder entre as outras que já tinha.
todo dia ele acordava esperando ser a vez de sua morte. já não tinha mais posições para ficar naquele lugar. tanto o seu rosto quando o seu couro cabeludo já estavam completamente queimados pela exposição direta e constante com o sol. ele sabia que estava coberto de bolhas em cima de bolhas e assim, percebeu, que não havia um minuto do dia em que não sentia dor. seu único alívio eram os poucos minutos que passava dormindo.
na quinta noite, lykos foi jogado no buraco sozinho. não foi amarrado em sua cadeira e levado até o chão por uma corda, como estava sendo antes. seu primeiro pensamento foi de que ficar de pé era a maneira de piorar a tortura, mas não era isso. depois de alguns minutos, escutou passos pesados voltando e um balde de água foi jogado por cima do seu corpo. e depois outro. e ainda um terceiro. e assim foi, por vários minutos. o buraco não era muito fundo, por poucos centímetros ele não conseguia alcançar a grade que o trancava. o volume de água foi aumentando gradativamente até que seu rosto estava completamente pressionado contra a grade. precisaria ficar pendurado ali pelo resto do dia.
quando a grade foi aberta, ele estava quase desmaiando de dor. não sentia suas pernas. provavelmente havia engolido mais água do que deveria. seus pulmões doíam. quando foi acorrentado em uma cadeira na masmorra, teve sua boca aberta por um objeto que ele não sabia qual era e o policial o encarou com um alicate, lykos começou a chorar. ele não chorava. ele não podia sentir aquele medo. aquele medo que sentia toda vez que abria os olhos e via o sol, branco e cegante. ele queria ter ficado cego. ele deveria ter ficado cego. quando ele escutou o homem rir e falar que já que ele não quer mais ser um lobo, ele não precisaria mais de suas presas.
não era questão de querer. era quem ele era. como ele poderia negar sua natureza daquela forma? como ele poderia ser fraco ao ponto de chorar de medo de uma dor? era só dor. e então, ele chorou mais. os outros policiais começaram a se juntar, curiosos com a visão daquele lobo atormentador chorando.
"qual... qual o seu nome?" lykos perguntou entre as lágrimas. o homem sorriu, como se aquela pergunta fosse uma indicação de que estava ganhando.
"frederich cesaire." cesaire. aquele homem havia posto o seu sobrenome na ficha de lykos.
"eu mato pessoas porque as como. é meu alimento. sempre foi assim... foi o que me ensinaram." ele engoliu o choro, mas ainda tremia pois ainda estava completamente encharcado. "fico feliz que você encontrou um trabalho que lhe permite torturar e matar pessoas. deve ser um trabalho que lhe traz muita felicidade, caso contrário... seria realmente muito difícil esconder-se de sua verdadeira natureza."
isso foi o suficiente para irritar o homem a ponto de idiotice. lykos não voltaria para o buraco e se alimentaria pela primeira vez em seis dias.
5 notes · View notes
livrosencaracolados · 10 months
Text
"A Ilha do Tesouro"
Tumblr media
Sɪɴᴏᴘsᴇ Oғɪᴄɪᴀʟ: "O fidalgo Sr. Trelawney, o Dr. Livesey e os outros cavalheiros pediram-me que registasse, preto no branco, todos os pormenores a respeito da Ilha do Tesouro, tudo de cabo a cabo, omitindo, porém, os elementos relativos à situação geográfica da ilha, porque permanece lá, ainda, uma parte do tesouro que ficou por desenterrar.» No tempo dos piratas e das grandes caravelas, Jim Hawkins anda à procura de um tesouro enterrado pelo famoso pirata Capitão Flint. Essa é a história de A Ilha do Tesouro, narrada pelo jovem aventureiro. A Ilha do Tesouro é o arquétipo dos romances de aventuras. Mas foi o relato de Stevenson, com Long John Silver de perna de pau, tricórnio na cabeça e duas pistolas à cintura que entrou na memória colectiva e marcou gerações de leitores.
Aᴜᴛᴏʀ: Robert Louis Stevenson.
-------------------------------------------------------
ALERTA SPOILERS!
-------------------------------------------------------
O Mᴇᴜ Rᴇsᴜᴍᴏ: Em pleno século XVIII, isolado do mundo no litoral inglês, Jim Hawkins, um rapaz tão banal quão o banal pode ser, ocupa os seus dias a ajudar os pais a gerir a hospedaria da família. Entre servir a pouca clientela que o local recebe e preocupar-se com a saúde decadente do pai, Jim leva uma "pachorrenta vida provinciana", sem grandes solavancos ou ambições. Ora, tudo muda quando Billy Bones, um velho marinheiro carregado de histórias pavorosas sobre o seu tempo no mar com a pior das tripulações, vem importunar a Estalagem Almirante Benbow com os seus maus modos, bebedeiras constantes e presença sinistra. Nos meses que se seguem à sua chegada, o ambiente da estalagem muda e Billy, geralmente a figura mais intimidante da sala, vai lentamente sucumbindo a um medo paralisante de um dia ser encontrado por um misterioso "marinheiro de perna só". Os seus receios acabam por se confirmar quando, por meio de um antigo companheiro, lhe chega um aviso bastante violento de que a tripulação está atrás dele. Além de apressar a morte inevitável do pai de Jim, o ataque condena Bones à cama por semanas, e este, percebendo que se encontra vulnerável e sem aliados, é obrigado a confiar a Jim o seu maior segredo: a sua arca, o único pertence que trouxe consigo, contém no seu interior a chave para o tesouro mais precioso do mundo, algo pelo qual todos os piratas estão prontos para matar, e que Jim tem de os impedir de obter. Billy morre pouco depois da revelação, deixando um Jim confuso e pouco esclarecido à sua sorte, e na mesma noite, a hospedaria é invadida e destruída pela debandada de piratas furiosos que procura o tesouro. Da arca, a mãe de Jim só consegue resgatar uma série de moedas e documentos a tempo de fugirem e, para os manter a salvo, o rapaz apressa-se até à mansão do Sr. Trelawney, um importante fidalgo, que se encontra com o doutor Livesey, a quem conta tudo. Sob a luz das velas, o trio chega à conclusão de que não está perante documentos normais, mas de um mapa que leva à fortuna escondida do infame Capitão Flint, o pirata mais sanguinário que já atravessou os mares, e decidem partir juntos para a reaver antes que seja tarde de mais. As preparações para a viagem são feitas a correr e, de um dia para o outro, o sonho dos três homens fica uma dúzia de passos mais perto da realidade, com uma embarcação, o Hispaniola, e uma tripulação experienciada pronta para partir no cais. Claro está, que se a fortuna do Flint fosse assim tão fácil de obter, não seria alvo de perseguições e mortes há décadas, então a viagem rapidamente se vira de pernas para o ar quando Jim, escondido na barrica das maçãs, se depara com a prova de uma traição que põe em risco muito mais do que as relações entre tripulantes. Sem tempo a perder, o capitão, o doutor e o fidalgo engendram um novo plano para tentar salvar os seus pescoços, mas quando o barco atraca na ilha marcada no mapa, torna-se óbvio que ser o mais esperto não vai ser o suficiente para levar o ouro para casa. Entre batalhas náuticas, tiroteios, artimanhas ardilosas, marinheiros vindos do além e alianças que mudam a cada cinco minutos, Jim vai estar constantemente por um fio, apenas a decisão sobre o lado que escolhe apoiar vai influenciar o seu fim: abandonar a ilha dez vez mais rico, ou ser enterrado junto dos seus companheiros viajantes na sua areia. Mas é bom que ele não se precipite com a sua decisão, porque se há um lema pelo qual todos os verdadeiros piratas se regem é que nunca se deixa um inimigo escapar impune, afinal, "homens mortos não mordem"...
Cʀɪᴛᴇ́ʀɪᴏs ᴅᴇ Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ:
Qᴜᴀʟɪᴅᴀᴅᴇ ᴅᴀ Pʀᴏsᴀ: É bastante descritiva, e tem muito a apreciar, mas não é a mais fácil de ler. Sei perfeitamente que tem de se ter em consideração o facto do livro se tratar de um clássico, mas mesmo em comparação com outras obras da mesma altura, a linguagem usada não é a mais moderna. O facto de a história englobar temas náuticos também não ajuda a situação, há muitas expressões e palavras fora do comum das quais o significado não pode ser deduzido pelo contexto em que se encontram. Isto exige um esforço acrescido na leitura (e um dicionário, e possivelmente o google), mas não é algo incómodo ao ponto de justificar a desistência do livro.
Hɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ: É uma grande aventura que, apesar de demorar um pouco a arrancar, vale imenso a pena. Sendo o clássico que é, este livro esconde entre as linhas uma diversidade de tópicos que plantam a semente para uma posterior discussão, e que se mantêm relevantes até hoje: a inevitabilidade das traições; as limitações da empatia; se a maldade é algo intrínseco ao ser humano ou se é construída; a batalha do "eu" contra o outro; a procura constante, ainda que por vezes destrutiva, de modelos que nos inspirem; por quanto é que cada um de nós está pronto a vender os seus valores; a dependência dos outros para a sobrevivência; o poder da fraternidade... É algo fascinante que me obrigou a pensar seriamente sobre muita coisa. Mas num tema mais leve (porque vem aí uma enorme dissertação na secção seguinte), eu, que por acaso ainda não li muitas histórias deste género, considero que esta foi de certa forma diferente, apesar de manter as fundações base (o que faz sentido, sendo que é vista como a obra que estabeleceu o género e o protótipo dos piratas na ficção), e isso foi uma boa surpresa. Depois também há a questão de, e aqui há que se tirar o chapéu ao autor, ser impossível ter um personagem favorito que não tenha feito coisas horríveis, a menos que se goste do Jim pré-mapa, por isso é sempre divertido tentar justificar o porquê de se adorar tanto um dos piratas quando o argumento mais rápido contra isso é: o tipo não bate bem. A nível do enredo só tenho mesmo uma crítica: o fim. Tudo na conclusão faz sentido, a sério, tirando o facto de ser apressada e de tudo o que nos fica do Jim ser o facto de a aventura o ter arrasado. Sabemos se o dinheiro lhe permitiu recuperar a estalagem que era tão importante para a família? Não. Vemos a reunião de Jim com a mãe, que arriscou a vida para salvar o maldito mapa e que é sua última familiar viva? Não. É-nos dito se o Jim manteve relações com os três homens que lhe serviram de figuras parentais durante o período mais difícil da sua vida, algo especialmente importante porque esse se passou imediatamente a seguir de ele perder o próprio pai? NÃO! O escritor escolheu apenas mostrar os efeitos psicológicos da jornada no seu protagonista, ocultando as mudanças na sua vida prática ou até as consequências que esses desequilíbrios mentais tiveram nela, e eu acho isso foi um erro enorme.
Pᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs: O Jim é um protagonista que acompanha a evolução do enredo, desenvolvendo-se e ganhando contornos mais claros conforme o avanço da narrativa, mas mais do que isso, as transformações pelas quais o seu personagem passa durante a história refletem uma jornada de amadurecimento que no fundo esconde uma reflexão muito profunda do autor sobre o mundo: a natureza corruptora da sociedade. Isto é muito fácil de observar no texto, apesar de não ser imediato, e começa logo nos primeiros capítulos quando Jim introduz a sua vida e a maneira como esta é perturbada com a chegada de Billy Bones. O que se retém destes capítulos iniciais é pouco, e não particularmente entusiasmante: o quotidiano de Jim é aborrecido e repetitivo, e ele não é muito melhor. No entanto, o desinteresse que o autor cria à volta do Jim é crucial para a narrativa porque prepara perfeitamente a forma como ele vai reagir à aventura fatal que o espera. De facto, quando Jim põe os pés no barco e se vê rodeado de dezenas de marinheiros que, além de terem anos de experiência no mar, também os têm na vida, cai-lhe a realização de que, se calhar, ele não é tão capaz como pensava, e quando situações de elevado stress se apresentam, onde várias cabeças ficam em jogo, Jim é obrigado a não só, manifestar um nível de inteligência e capacidade premonitória que não sabia que tinha, mas também a confrontar-se com os violentos instintos primitivos que, como ser humano, lhe são inerentes. Com cada vez mais em jogo, a pressão sobre o Jim só aumenta ao longo da viagem, tornando-se cada vez mais aparentes as mudanças internas que estão a acontecer no protagonista. Assim, pela altura que se chega ao fim do livro, é inegável que houve uma modificação monumental no seu caráter e conduta geral (até o seu andar parece mais pesado), e pela sua (amargurada) reflexão conclusiva sobre a frivolidade do tesouro pelo qual tanto lutou, é percetível que o Jim endureceu substancialmente e que já não retém a leveza da época da estalagem, onde a sua natureza pacata, símbolo de uma inocência perdida, dava a impressão de falta de personalidade. Estão a ver a onde eu estou a querer chegar? Efetivamente, o compasso moral de Jim não desaparece, ele mantém-se firme nos seus ideais, mas a convivência com uma multidão que, ao contrário da do mundo rural, não representa uma realidade moderada e contida, obriga-o a fazer cedências e a alargar os limites do que ele considera aceitável, tendo até de os ultrapassar em certas alturas apesar de, racionalmente, continuar a reger-se por eles. O Jim é uma personagem que dava para estudar durante horas mas, vou concluir a minha análise dele com esta observação: como protagonista, ele explora as consequências de crescer dentro e fora dos confins da sociedade, mostrando que, de facto, não é a idade que retira a pureza, essa só serve para acumular sabedoria e um maior sentido do "eu", mas que são os costumes, a ganância e a crueldade de um sistema antigo que a eliminam (especialmente para os que se tentam rebelar contra ele usando as mesmas táticas que estão na sua fundação). Mais fascinante ainda é o tema da exploração da moralidade não acabar com o Jim, muito pelo contrário, todos os personagens servem como plataforma para o escritor se debater com o que esta significa e a prova disto está no antagonista, John Silver, um vilão que pode potencialmente não o ser e que é impossível de decifrar. O único aspeto de John Silver que não está aberto a subjetividade é o facto de ele ter, quer seja no fundo ou à superfície, uma frieza letal que não deve ser desafiada. A forma mais fácil de o encarar é como um marionetista que se livra dos fantoches quando deixam de servir o seu espetáculo, mas os momentos em que ele mostra medo, simpatia e preocupação com Jim levantam a pergunta: terá John um lado humano que foi reprimido para os outros piratas não se aproveitarem da sua incapacidade física? Não dá para saber, mas o encanto do Silver é que nunca se sabe o que esperar dele.
Rᴏᴍᴀɴᴄᴇ: Zero (aparentemente há pessoas que dizem que há um subtexto romântico entre dois personagens mas eu acho que não tem nada a ver).
Iᴍᴇʀsᴀ̃ᴏ: O princípio da história foi uma seca, não há outra forma de colocar as coisas. A ação chega eventualmente (e rápido o suficiente para não se desistir da leitura) e depois disso é impossível pousar o livro, mas até o Jim e os seus compinchas decidirem ir tirar umas férias muito divertidas e totalmente seguras, eu estava sempre a distrair-me. Fora isso, o tempo na ilha é o ponto mais forte do enredo a nível de envolvência, numa questão de frases, lá estava eu com um monte de marinheiros bêbados a celebrar a revolta contra o capitão Smollett de forma tão viva que a parte triste foi quando me lembrei que eram só letras em papel.
Iᴍᴘᴀᴄᴛᴏ: Garanto que com a quantidade de crises existenciais que tive a ler e a dissecar "A Ilha do Tesouro", não me vou esquecer desta história tão cedo. Mas agora a sério, é uma experiência e tanto.
Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: ⭐⭐⭐⭐
Iᴅᴀᴅᴇ Aᴄᴏɴsᴇʟʜᴀᴅᴀ: A linguagem é bastante difícil, tratando-se de piratas, a bebida é constante e exagerada, há algumas cenas de violência explícitas (não se demoram mas não são suavizadas) e as mortes não param. Isto está de acordo com o tema náutico e com a época do livro mas não faz sentido alguém com menos de 15 anos lê-lo se quiser entender alguma coisa.
Cᴏɴᴄʟᴜsᴀ̃ᴏ/Oᴘɪɴɪᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: É um livro fantástico e eu queria mesmo atribuir-lhe uma classificação superior, porque em muitos aspetos, merece-a, mas arrastei-me pelo início e o fim deixou-me seriamente zangada (não se abandona o leitor de tal forma depois de o convidar para entrar no mundo da história), então não seria justo que tivesse mais de quatro estrelas. Mesmo assim, para os verdadeiros amantes de literatura que tenham corações de viajantes, que adorem o cenário de uma Europa pós-Época Dourada da Pirataria preenchida por piratas duros de roer, e que apreciem uma ilha deserta cheia de viravoltas a valer (e papagaios, porque eles são vitais), RECOMENDO esta história.
Pᴀʀᴀ ᴏʙᴛᴇʀ: A Ilha do Tesouro, Robert Louis Stevenson - Livro - Bertrand
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
37 notes · View notes
lidensword · 4 months
Text
Find The Word
Thank you so much for the tag, @california-112 !!
Rules: Share snippets of your work containing each of the words the previous poster selected for you (optional addition: if you can't find the words in your WIPs, or you simply don't have any WIPs, you can just write a sentence around the word).
The words I'm working with are button, real, likely, and watch.
The words I'm passing on are mysterious, stone, sea, glad.
Instead of finding the word in my WIPs (they're a real mess :p) I decided to write a short story (in Portuguese) with the four words given.
This is how it went:
As nuvens estavam carregadas nesse dia. Havia no ar um bafo incómodo, pegajoso e um sentimento comum de soturnidade.
O velho olhava desanimadamente pela janela do café o tumulto da cidade naquele dia de tempestade por vir. As primeiras gotas de chuva não haveriam de tardar...
"Uma tristeza, este tempo..." suspirou distraidamente o barrista enquanto passava um pano húmido pela bancada.
"Pois sim, pois sim, mas escusas de repetir isso. Desde que cá entrei que repetes a mesma frase." resmungou o velho.
O barrista suspirou de novo, com o mesmo olhar vago e distante, como se ao repetir a mesma frase, iria o dia fazer-se mais alegre.
Lá fora, um polícia monitoriza o trânsito, fazendo vibrar o seu apito em sons monocórdicos e irritantes. É que a sinalização ainda não fora reparada…
Um homem distraído, absorto na leitura do jornal, atravessa a estrada sem olhar. Pouco faltou para que um carro o atropelasse, não fosse os bons reflexos do condutor que, furioso, cuspiu pela janela:
“Vê por onde andas, animal!”
Dois homens no café comentam o sucedido por detrás da janela:
“Viste como aquele infeliz ia perdendo uma perna? Tst-tst… Pois claro, agora o polícia está-lhe a dar umas lições.”
“E faz ele muito bem! Acidentes aqui não se querem, mas parece que todos os procuram…”
O velho, desistindo de se concentrar nas palavras cruzadas, dobrou o jornal que comprara no quiosque do jardim, deixou a gorjeta habitual sobre a mesa e, com um gemido dorido, lá se levantou. Saudou o barrista, que continuava com o mesmo ar mórbido e tristonho, e encaminhou-se para a saída.
À porta do café, demorou-se a olhar para o céu cinzento e melancólico. As primeiras gotas de chuva caiam sobre a cidade, molhando as ruas e os passeios.
"Só eu para sair de casa sem guarda-chuva... onde é que eu tinha a cabeça?"
Mal pôs a cabeça de fora, sentiu umas cócegas no nariz.
"Só cá faltava uma constipação..." resmungou o velho.
Levou a mão ao bolso esquerdo, na esperança de encontrar o seu lenço de tecido, quase tão velho como ele. Mas ao invés, encontrou um objeto duro e pequeno, certamente daqueles que um dia entram no bolso e lá ficam esquecidos.
Intrigado, tirou-o do casaco e, na sua mão enrugada, apareceu um botão grosso de madeira.
Aquele objeto, tão simples, arrancou-lhe num abrir e fechar de olhos o seu mau-humor. O seu olhar humedeceu e o velho sentiu-se invadido por um sentimento de profunda nostalgia. A julgar pela ternura que nascera no brilho dos seus olhos, aquele botão transportava lembranças, sentimentos que em tudo contrastavam com aquele momento, com aquele tempo taciturno. Esse botão era uma pequenina luz, frágil e vibrante, nas trevas da melancolia.
Contemplou por mais um tempo o botão antes de fechar a mão e de o deixar escorregar novamente para dentro do bolso.
A chuva caia, forte e grossa, as gentes apresavam-se na rua, os carros buzinavam, impacientes, o apito do polícia tentava fazer-se ouvir por entre a confusão, e o velho, um sorriso triste no rosto e um olhar distante, caminhava rua acima no passeio escorregadio, num passo lento e solene, como se a chuva que sobre ele caia não o molhasse, como se a tempestade que se fazia não fosse por ele sentida, como se fosse distante, como se não fosse real.
I'm tagging: @andietries @all-yn-oween @blackpennies @dakrisart @renfielddearisback @vicompte-de-latarteaucoing (no pressure, of course!)
7 notes · View notes
a-j-018 · 1 year
Text
Será que pra você vale mais o prazer da carne do que o prazer de estar na presença de Deus? O prazer de agradar somente ao Senhor Jesus. Vale mais pra você se importar em ter uma "paixão" passageira de homens ou mulheres do que o amor eterno do Senhor? O carinho, a graça através do sangue derramado na cruz do calvário. Vale mais os desejos da carne do que poder sentir o abraço aconchegante de Jesus em momentos tristes a qual ninguém pode ver ou compreender? Não valorize as coisas passageiras da vida mais do que a Jesus, faça algo a qual você não vai se arrepender depois, mesmo que seja cansativo ou pareça "chato" as vezes, (se anime, se alegre sempre, o desânimo e o sentimento de isso ser "chato" é o mundo tentando te parar pra você não chegar mais perto de Jesus) busque a presença do Senhor todos os dias para se renovar, para que o seu coração possa se encher de alegria, para que sua alma possa se curar das tristezas, do vácuo grande que tem dentro do seu coração, que nem desejo, nem pessoas, nem sonhos, nem nada pode nem poderá preencher. Busque na oração, nas maravilhosas palavras do Senhor na Bíblia, na conversa com alguém que você pode ver que poderá CONFIAR PRA FALAR SOBRE JESUS, de transformação de vida. Guarde sempre que JESUS TE AMA e ele não quer pra você uma vida inútil, uma vida a qual você seja um tapete para os outros pisarem nem um vaso sanitário para os outros sujarem, Jesus disse que somos o templo do Senhor, quando o aceitamos no coração, nos desviamos e rejeitamos o que não agrada a Deus e nos santificamos, Ele se faz presente em nós e nos transforma nos fazendo pessoas felizes mesmo no dia mais triste, estamos na terra então é claro que há dias maus mas o Senhor também promete estar conosco nestes dias e que o choro pode durar uma noite mas a alegría vem em breve. Seja completo em Jesus, você não dependerá mais de esperar o melhor dos outros, Jesus é o melhor pra você, é a felicidade constante e tudo isso é sim possível mas em Jesus e a descoberta desse tesouro cada qual verdadeiramente quiser, encontrará.
67 notes · View notes
byyjules · 5 months
Text
Tumblr media
nunca sou olhada com os mesmos olhos
daqueles que olham para os seus
já recebi todo o tipo de olhares
de imaturos encantos à podres desprezos
satisfiz púberes meninos e meninas
homens reais e velhas taradas
sãos, loucos, maus e bons
tolas, malucas, perversas e banais
nos meus doces dias de menina
tento me fazer mulher
nos bares ao redor da praça
na estação da lagoa seca
no coreto do seu nico
em todos os cantos que abrangem a villa
em escritórios brancos e salas cinzas
onde alma alguma habita
e é claro que eu não consigo
enquanto isso
sou algo meio isso meio aquilo
(nada.)
muito pior do que quando era eu menina
laços e fitas escorregam pelo meu pescoço e pelos meus braços
minha pintura ganhou vida
e agora minhas pernas andam
para os bares das avenidas vazias
que por sina ou teimosia
nunca me trazem você.
Julia Kauanne, 19 de janeiro de 2024.
15 notes · View notes
amor-barato · 9 days
Text
O trabalho não passa de uma droga como as outras. É humilhante que os homens não possam viver sem drogas, sobriamente; é humilhante que eles não tenham a coragem de ver que o mundo e eles mesmos são o que realmente são. Têm necessidade de se narcotizar com trabalho. É imbecil. O evangelho do trabalho é simplesmente o evangelho da estupidez e da covardia. Trabalhar pode ser orar; mas é também esconder a cabeça na areia, é também fazer tanto ruído e tanta poeira que a gente não possa ouvir a própria voz nem ver a própria mão diante do rosto. É escondermo-nos de nós mesmos.
Não admira que os Samuel Smiles e os grandes homens de negócios sejam tão entusiastas do trabalho. O trabalho lhes dá a ilusão confortadora de que eles existem e até de que são importantes.
Se parassem de trabalhar, haveriam de perceber que a maioria deles simplesmente não existe.
São apenas buracos no ar, nada mais. Buracos talvez um tanto malcheirosos. A maioria das almas smileanas deve ter um certo mau cheiro, acho eu... Não admira que elas não ousem deixar de trabalhar. Poderiam descobrir o que realmente são, ou antes o que realmente não são. É um risco que não têm a coragem de enfrentar.
Aldous Huxley, in: Contraponto
3 notes · View notes
celsolimas12 · 28 days
Text
Tumblr media
*Devocional Diário.*
Quarta - Feira 28/08/24
*Tema:* Propósito de Deus
1 Timóteo 2.3-4
*3* -Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador,
*4*- o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.
🙏🏻 *Frases do Dia.*
Se você se apresenta neutro em relação a Cristo em seus contatos mais íntimos, há algo de errado com seu cristianismo.
*Allan Redpath*
🌅 *Provérbios do Dia.*
Pv 28.5
Os homens maus não entendem o juízo, mas os que buscam ao Senhor entendem tudo.
📖 *Leitura Biblíca Diária.*
Salmos 122.6
Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam.
" *Deus é Fiel e abençoará a sua Vida hoje* "
3 notes · View notes
richardanarchist · 1 month
Text
Aspiração
A Pereira da Silva
Eu quisera viver como os passarinhos: cantando à beira dos caminhos, cantando ao Sol, cantando aos luares, cantando de tristeza e de prazer, sem que ninguém ouvidos desse aos meus cantares.
Eu quisera viver em plenos ares, numa elevada trajetória, numa existência quase incorpórea. viver sem rumo, procurar guarida à noite para, em sono, o corpo descansar, viver em vôos, de corrida roçar apenas pela Vida!
Eu quisera viver sem leis e sem senhor, tão somente sujeita às leis da Natureza, tão somente sujeita aos caprichos do Amor… viver na selva acesa pelo fulgor solar, o convívio feliz das mais aves gozando, viver em bando, a voar... a voar...
Eu quisera viver cantando como as aves em vez de fazer versos, sem poderem assim os humanos perversos interpretar perfidamente meu cantar.
E eu cantaria, então, a liberdade do ar, e cantaria o som, a cor, o aroma, a luz que morre, a luz que assoma, cantaria, de maneira incompreendida, toda a beleza indefinida que a Natureza expõe e a gozar me convida.
E eu pudera expressar, em sons ledos ou graves, esses prazeres suaves do tato; e eu — então canora artista — expandiria as emoções da minha vista, e todo o gozo, lubrico e insensato, do odor, que embriaga o olfato; e eu poderia externar, em sons alegres ou doridos, todas as impressões dos meus ouvidos, toda a delícia do meu paladar.
Eu quisera viver dentro da Natureza, sufoca-me a estreiteza desta vida social a que me sinto presa. Diante de uma paisagem verdejante, diante do céu, diante do mar, esta minha tristeza por momentos se finda e desejo sofrer a vida ainda e fico a meditar: como os homens são maus e como a terra é linda!
Certo não fora assim tão triste a vida se, das aves seguindo o exemplo encantador, a humanidade livremente unida, gozasse a natureza, a liberdade e o amor.
Eu quisera viver sem a forma possuir de humano ser, viver como os passarinhos, uma existência toda de carinhos de delícias sem par… Morte, que és hoje todo meu prazer, foras então meu único pesar!
Eu quisera viver a voar, a voar até sentir as asas molentadas, voar ao cair do Sol e ao vir das Alvoradas, voar mais, ainda mais, pairar bem longe das criaturas nas sereníssimas alturas celestiais...
Voar mais, ainda mais (o vôo me seduz) voar até, finalmente, num dia muito azul e muito ardente, — alma — pairar do espaço à flux, — matéria — despenhar-me de repente, sobre a terra absorvente, morta, morta de luz!
Gilka Machado
3 notes · View notes
bakrci · 2 months
Text
𝐰𝐢𝐭𝐡: @ncstya
𝐰𝐡𝐞𝐫𝐞: Queen Circe’s Revenge
"guess I’m good for nothing at all"
Tinha que confessar: o Queen Circe's Revenge não parecia de todo mau. Para quem era obcecado por relíquias, o navio era um verdadeiro chamariz desde o primeiro momento em que colocou os pés na ilha, ele só não queria ir até lá enquanto estivesse cheio demais. A possibilidade de que encontrasse tesouros no lugar era mínima; mais parecia com uma armadilha de Circe para atrair homens desavisados e aprisioná-los. Ainda assim, lá estava ele, aproveitando o sol poente para se dirigir até lá. Além disso, a deusa havia prometido uma trégua por aqueles dias, não tinha? Se algo acontecesse, Nastya testemunharia, já que ele a tinha convidado para o passeio, mesmo que aquele, de longe, não fosse o ambiente mais adequado para uma filha de Afrodite. ' Crise de consciência agora? ' arqueou uma das sobrancelhas na direção dela, com divertimento, sem se abalar com a afirmação. ' Eu poderia fazer uma lista, mas então, nunca chegaríamos àquele navio. A começar por essa boca bonita... Você é muito boa só a exibindo '
Tumblr media
5 notes · View notes