#ela voltou pra caixinha de ideias ; - ;
Explore tagged Tumblr posts
Text
@ppocahontas
A personagem Pocahontas encontra-se disponível para aplicações, assim como seu rosto mágico FC Devery Jacobs.
0 notes
Text
[16:52] - xu minghao
(624 PALAVRAS)
"Amor, que tal hoje?" Minghao perguntou enquanto sentava ao seu lado na cama.
"Podemos fazer outro dia, Hao. Tenho que terminar de ler essa reportagem, aparentemente a professora vai passar um trabalho valendo metade da nota do semestre sobre o assunto." Disse ainda focada no tablet em suas mãos.
"E se, olha a proposta..." Hao viu você virar a cabeça gentilmente para ele, que no momento tentava usar sua fofura para te conquistar. "...eu posso fazer enquanto você lê, você nem vai perceber que eu tô aqui."
"Você tá tentando ser fofo?"
"Eu não tento, eu já sou. Agora, sim ou não?" Riu, vendo seu namorado te olhar com os olhos arregalados. Eram rara as vezes que Minghao agia daquela forma. Era apenas com você.
"Pode vai." Continou lendo a reportagem no aparelho.
Com sua aprovação, Minghao levantou da cama e correu até sua escrivaninha, onde pegou uma toalha pequena, alguns pincéis, tintas para pele, cola e algumas pedrinhas. Voltou para a cama e se sentou ao seu lado, estendeu a toalha e distribuiu os produtos sobre a mesma, virando para você logo após.
"Bora, tira." Mexeu no pano de sua camisa, sinalizando para você tirar logo. Deixou o tablet em seu colo e se sentou, retirando o pedaço de pano do seu corpo, ficando apenas com o sutiã cobrindo seus seios. "Tira ele também."
"Você vai pintar eles também?" Perguntou incrédula. Estavam conversando sobre aquilo tinha alguns meses, mas nunca entraram no assunto de pintar os seus seios também.
Desde que se conheceram em um museu, Minghao sempre expressou os sentimentos dele por você através da arte. A primeira carta, uma caixinha personalizada que carregava um anel feito pelas próprias mãos. E entre muita dessas coisas, durante a primeira noite de vocês juntos, Hao soltou diversas vezes, entre arfares e beijos, como seu corpo era bonito, um quadro muito bonito, na opinião dele. Foi daí que surgiu a ideia de um dia, você o deixar pintar seu torso.
Só não esperava que seus peitos estavam envolvidos nisso.
"Claro, né? Eles são parte do seu corpo, vidinha. Anda, tira logo." Rindo da pressa de Hao, você retirou a peça tranquilamente, cobrindo seus seios com um braço, evitando o olhar de seu namorado. "O que foi? Tá envergonhada?"
"Aí amor...sei lá sabe, é a primeira vez que faço isso. Que tal só a barriga? Uhm? A gente faz eles outro dia." Minghao soltou um arzinho pelo nariz, te olhando por baixo de alguns fios soltos de seu cabelo, esses que insistiam sair do rabo de cavalo que havia tentado fazer.
"Se você não se sentir confortável, podemos fazer como quiser. Só que como eu disse da última vez," Ele evitou seu olhar por alguns segundos, olhando para suas próprias mãos, mexendo no anel de compromisso no dedo anelar. "pra mim, seu corpo inteiro é uma tela, seu corpo por inteiro é lindo e sabe...eu meio que tenho um pedaço favorito. Se você puder e não se sentir confortável, não vou te forçar a nada nunca, eu gostaria de pintá-los, não só eles, mas sua barriguinha também. O que me diz?"
Pensou um pouquinho, retirando o braço que cobria seus peitos e se deitando na cama. Um sorrisinho começou a surgir no rosto de Hao.
"Espero que essa tinta saia rápido." Pegou seu tablet novamente e o ligou, voltando a ler a matéria, ainda atenta a cada movimento de Minghao.
"Elas são especialmente para a pele! Você não vai se arrepender." Hao pegou um pincel pequeno e a tinta de tom azul escuro na mão, molhou a pontinha do mesmo no líquido e começou a passar em sua pele lisinha. "E amor..."
"Uhm?"
"Eu posso tirar uma foto depois, sabe...só pra recordação?"
98 notes
·
View notes
Text
Champagne Problems
Harry olhou para a mulher no banco do passageiro, ela olhava pela janela.
- Olho na estrada, Styles - ela sorriu sem olhar para ele.
- Desculpa - ele voltou a atenção para a estrada à sua frente.
- Falta muito para chegarmos?
- Não, estamos quase chegando.
- Sua mãe não ficou muito chateada por termos decidido ficar no hotel, ficou?
- Ela falou por um bom tempo mas entendeu que seria melhor assim, ela e a Gemma estão tão ocupadas com esse casamento.
- Não quero nem imaginar o trabalho que elas estão tendo - (s/n) comentou, se arrepiando só de pensar.
Gemma, irmã de Harry, se casaria nesse fim de semana e essa era a razão pela qual estavam indo para a cidade natal de seu namorado. Eles optaram por ficar em um hotel, (s/n) queria evitar a confusão do casamento. Ela nunca gostou de casamentos, mas com certeza gostaria da festa.
Chegaram ao hotel no fim da tarde, arrumaram suas coisas e foram para o jantar de ensaio do casamento, Harry seria padrinho. Foi uma noite até agradável, tirando o fato de que seu namorado desapareceu e voltou dizendo que só tinha ido ao banheiro mas sua cara de quem tava aprontando o acusou, mas ela deixou para lá quando sua sogra perguntou sobre seu vestido.
(S/n) teve que admitir, o casamento foi lindo. Gemma estava deslumbrante em seu vestido branco, (s/n) sempre achou brega mas a cunhada estava irradiando uma luz linda. Todos pareciam tão felizes por Gemma e Michal e era possível sentir o amor dos dois emanar deles. (S/n) podia não gostar de casamentos e com certeza não queria se casar nunca, mas não era insensível à felicidade deles.
E Harry estava tão feliz pela irmã, e ela amava ver Harry feliz. Eles dançavam em meio a risadas e (s/n) pensou que a noite estava impressionantemente agradável.
Até o momento em que a música parou e Gemma entregou o microfone para Harry. Ele parecia nervoso, suas mãos estavam suadas, ele segurava sua mão e sorriu para ela antes de dizer:
- Antes de mais nada eu tenho que dar os créditos a Gemma que teve a ideia, você sabe que essas pessoas aqui são as mais importantes da minha vida e eu estou muito feliz por elas poderem presenciar esse momento - (s/n) ficou pálida na mesma hora e mentalmente implorou para que não fosse o que ela pensava que seria - Vou contar uma história, em uma manhã de terça feira, eu fui para a academia, treinei como sempre faço nas minhas folgas e quando estava saindo vi essa linda mulher na recepção da academia, usando roupas de ginástica, cabelo amarrado e com esse sorriso lindo que ela tem, sendo extremamente educada enquanto soletrava seu nome para a recepcionista - as pessoas ao redor riram, mas ela estava paralisada - Nunca vou esquecer esse dia, porque foi nele em que conheci a mulher com quem quero viver minha vida, cada minuto ao seu lado tem sido um sonho e eu nunca tive tanta certeza de algo na minha vida, como tenho de que você é o amor da minha vida, por isso eu tenho uma pergunta pra fazer - ele tirou uma caixinha do bolso e se ajoelhou, ela entrou em pânico - (S/n), você aceita se casar comigo?
Podia ouvir os sussurros das pessoas ao redor, as reações de surpresa, os gritos de sim, mas tudo isso parecia tão distante para ela. Não soube ao certo quanto tempo ficou parada sem esboçar qualquer reação.
- Posso colocar o anel da minha mãe no seu dedo? - Harry perguntou após um tempo já com o anel próximo ao seu dedo, mas ela puxou a mão imediatamente.
- Não - sussurrou.
- O que? - ele perguntou.
- Desculpa - sua voz não passava de um sussurro.
- (S/n), eu não estou entendendo.
- Eu não quero me casar - ela deixou as palavras escaparem, rápida e atrapalhadamente, com os olhos fechados, pois não aguentaria olhar em seu rosto agora.
- Você está negando meu pedido? - ele se levantou.
- Estou - depois de alguns segundos ela abriu os olhos e viu a dor em seu rosto, ele respirou fundo.
- Ela não quer se casar comigo - ele disse para as pessoas ao redor que reagiram surpresas.
Ela não conseguia mais ficar lá, foi se afastando enquanto o via lá parado, a mão com a caixa do anel no bolso, o olhar triste.
- Ela teria sido uma noiva tão adorável, que pena que ela não tem uma cabeça boa - ouviu a tia de Harry comentar.
Gemma espirrou e deixou a garrafa de champanhe que segurava cair, não iriam precisar dela de todo jeito, ninguém estava comemorando, nenhuma multidão de amigos estava aplaudindo, os céticos da cidade natal de Harry chamaram isso de problemas com champanhe.
Então ela foi embora.
Harry não foi para o hotel naquela noite e quando ela tentou ligar para ele na manhã seguinte, ele não atendeu. No dia seguinte, a mãe dele apareceu para pegar as coisas dele, ela tentou falar com a sogra que não quis a escutar.
- Anne, por favor... - ela a interrompeu.
- Eu não quero escutar (s/n), você magoou muito o Harry, em frente de todas as pessoas importantes para ele, não esperava isso de você.
- Se você puder me deixar explicar.
- Não é a mim que você deve explicações, é ao Harry, ele está na casa de vocês, se você o ama de verdade sugiro ter uma explicação muito boa para o que fez.
Sozinha, ela decidiu reservar o trem noturno, assim ela poderia sentar lá com sua dor, multidões movimentadas ou pessoas dormindo silenciosas, não tinha certeza do que era pior.
Chegou na casa em que vivia com Harry, não sabia se conseguiria encará-lo mas precisava tentar. Ele estava na sala, no escuro, com uma taça de champanhe na mão.
- Harry - ela o chamou mas ele não a olhou. - Eu deixei sua mão cair, eu sei que te machuquei, eu juro que meu coração despedaçou quando te deixei lá, parado, desanimado, o anel da sua mãe no bolso. Seu coração era de vidro e eu deixei cair. Eu sinto muito por isso.
- Desculpas esfarrapadas é tudo o que você tem? - a voz dele era baixa e rouca e ele não a olhou. - Palavras bonitas não vão amenizar a dor.
- Olha, eu agradeço pelo que você fez, você tinha um discurso e eu deixei você sem palavras, mas...
- Chega - ela se assustou com o grito dele - É você que tem um discurso aqui, aposto que veio pensando nele o caminho todo, pegou o trem noturno, evitou multidões porque sabe que agora todos falam disso, do papel ridículo que passei - ele se levantou e finalmente a encarou. - O amor escorregou além do seu alcance, se você tiver uma boa razão fala agora porque é a última chance de salvá-lo.
- Eu não poderia dar uma razão.
- Então vai, arrume suas coisas.
Ele a deixou sozinha e ela desabou. Horas depois ela chegou a um dormitório onde seria seu lar até colocar sua vida de volta nos trilhos, se isso fosse possível sem ele.
“Este dormitório já foi um hospício” estava escrito em um canto da parede.
- Bem, é feito para mim - ela riu sem graça, e o riso foi se transformando em choro. Até que dormiu.
No dia seguinte, todos noticiavam que Harry foi visto no aeroporto deixando o país, ela havia o perdido.
Era uma noite fria, algumas semanas depois de ter perdido o homem que amava, ela continuava no dormitório porque não tinha mais forças para seguir em frente, havia o magoado e tudo que merecia por isso era aquele pequeno quarto que já foi um hospício.
Ouviu batidas na porta e se surpreendeu ao ver Harry parado bem ali. Eles não disseram nada, ela apenas deu passagem para ele, que entrou. Depois de se encararem por um tempo, ele respirou fundo.
- Sinto sua falta - ele disse por fim.
- Eu sinto sua falta também, Harry.
- Por que? Só me responde por que, por favor - ele implorou.
- Harry, eu não vou me casar, desculpa por te machucar, eu me odeio por isso, sei que essa decisão te causa dor mas você vai encontrar a coisa real invés disso, ela vai consertar sua tapeçaria que eu rasguei e vai segurar sua mão enquanto dança, nunca vai te deixar lá parado e desanimado, como eu fiz e você não vai nem se lembrar de todos os meus problemas com champanhe.
Ele pegou sua carteira do bolso, a abriu e tirou a foto de (s/n) que ficava ali.
- Eu nunca vou te esquecer, essa foto está sempre comigo porque é uma representação física do que está no meu coração, você.
- Harry - ela não disse nada mais do que o nome dele.
- Eu sei que você me ama, então por quê?
- Pelo dinheiro, pelo show, pelo que quiser acreditar, só por favor, não insista, eu já dei minha resposta.
Aquela foi a última vez que se viram.
Até que se encontraram novamente, um anos depois, na academia em que se conheceram. Ela o viu falando com a mesma recepcionista, viu quando ele pegou a carteira e a abriu para pegar o cartão e viu uma pequena polaroid cair, ele se abaixou para pegar e quando os olhos dele se levantaram encontraram os dela. Se encararam por um tempo, então ele levantou a polaroid mostrando sua foto, ela sorriu.
- Posso te convidar para um café? - ele perguntou e ela concordou.
Na cafeteria próxima à academia, eles ficaram em silêncio com os sentimentos gritando.
- Você continua linda.
- Posso dizer o mesmo de você.
Os dois pareciam constrangidos, a situação toda era desconcertante e tinha muitos sentimentos no ar.
- Eu nunca estive pronta, então eu assisti você partir - ela finalmente falou. - Às vezes você simplesmente não sabe a resposta até que alguém esteja de joelhos te perguntando.
- Não foi a resposta que eu queria ter ouvido.
- Demorou mais do que eu queria pra entender que a resposta para aquela pergunta vinda de você deveria ter sido sim, eu passei tanto tempo odiando a ideia do casamento, sempre quis ser independente até conhecer você e me apaixonar perdidamente, eu disse para mim mesma que estava tudo bem - ela riu sem graça. - Naquele dia, sua tia disse: Ela teria sido uma noiva tão adorável, que pena que ela não tem uma cabeça boa - os dois riram. - Ela não estava errada. Eu tenho traumas, Harry. O casamento dos meus pais foi o pior que podia ser, eu era só uma criança e estava escondida no closet tentando evitar os gritos, todas aquelas brigas e o ódio que eles sentem um pelo outro até hoje acabou com qualquer resquício de sentimento bom que eles um dia tiveram um pelo outro, o casamento acabou com o respeito que tinham e eu jurei pra mim mesma, no escuro daquele closet, que eu nunca me casaria - lágrimas escorriam pelo rosto dela. - Eu entrei em pânico, Harry, eu não queria que o que tínhamos acabasse, não queria que nosso amor virasse ódio.
- Isso nunca aconteceria, o amor que sinto por você é maior e mais intenso do que qualquer sentimento e mesmo depois de você ter partido meu coração, eu não consegui te odiar, eu tentei mas tudo que sinto por você é amor. - ela sabia que era verdade, pois podia ver em seus olhos.
- Eu fui uma idiota, como eu pude achar que nosso amor não era forte?
- Sim, você foi - ele riu - mas ainda dá tempo de consertar, eu ainda quero passar o resto da minha vida com você.
- O anel da sua mãe ainda está com você?
Ele se levantou, estendeu a mão para ela que a pegou e a levou para fora dali até o estacionamento da academia, onde o carro dele se encontrava. Ela esperou enquanto ele procurava algo lá dentro. Harry encontrou o que procurava, parou em frente a (s/n) se ajoelhou e a mostrou o anel de sua mãe.
- Você aceita se casar comigo, meu amor?
- Sim - ela respondeu com um sorriso enorme no rosto.
Ele colocou o anel em seu dedo, serviu perfeitamente, ele se levantou e a pegou em seus braços.
- Eu te amo (s/n) e sempre vou te amar, eu prometo que nunca vou te odiar ou deixar de te amar, não vou deixar nada estragar nosso casamento, será eterno.
- Eu te amo, Harry e vou te amar para sempre.
E eles finalmente se beijaram.
50 notes
·
View notes
Text
Evans Peters Imagine
Título: Please Be Mine
Par: Peter Evans x S/n
Pedido: Oii meninas, quero fazer um pedido pra ju com o Evans Peter com tema pedido de namoro, beijos e obrigada
Palavras: 743
N/a: Desculpa a mega demora minha gente, mas minha criativa anda meio confusa ultimamente 🤡
– S/n você por acaso não viu onde foi parar meu ... – Evans parou de falar quando viu a amiga se – arrumando na frente do espelho – Vai sair?
– Eu tenho um encontro eu te falei isso esses dias – S/n falou virando se para o amigo – O que você queria saber se eu sei onde está?
– Você não viu meu celular, eu não consigo achar em lugar nenhum.
– Não, mas se você quiser pode pegar o meu e ligar para o seu – S/n entregou o celular desbloqueado para Evans
– Eu já te devolvo – Alguns minutos depois Evans voltou para o quarto de S/n, segurando o celular dele e o da amiga. – Obrigado consegui achar o meu.
– De nada. – S/n falou sorrindo
Mesmo depois de devolver o celular para a S/n, Evans ficou lá encarando a melhor amiga, ele queria muito dizer para ela não ir naquele encontro, queria mais do que tudo expressar seus sentimentos, mas o medo de perder a melhor amiga que estava do lado dele desde que os dois eram bebês, então ele assistia S/n sair com outros caras enquanto ele sofria em silêncio.
A única coisa que ele conseguia pensar era em como S/n estava linda e como a cor do vestido realçava a cor da pele dela e em como ele queria beijá-la, mas novamente ele colocou esses sentimentos em uma caixinha e deixou a garota terminar de se arrumar.
Evans voltou para sala onde estava assistindo filme antes de perceber que ele havia perdido o celular. Por pura ironia o que ele escutou quando apertou o play foi a frase do personagem do Matt Damon no filme compramos um zoológico ''às vezes tudo que você precisa são 20 segundos de uma coragem insana. Literalmente 20 segundos de bravura destemida. E eu lhe prometo, algo maravilhoso virá disso.'' e era exatamente que ele precisava 20 segundos de coragem insana, Evans levantou do sofá sem se preocupar em pausar o filme e foi até o quarto da melhor amiga novamente.
– Não vai me dizer que perdeu o celular de novo. – falou rindo
- Não, eu preciso falar com você. Por favor me deixa falar tudo antes porque senão eu irei perder a coragem. – Evans respirou fundo antes de voltar a falar – Eu não quero que você saia hoje, antes que você proteste e fale algo, eu irei explicar porque, no final se você me odiar eu não me importo, eu amo você e não é só como um amigo, eu te amo não sei ao certo desde quando, acho que sempre senti isso por você mas nunca entendi ao certo até a gente crescer, eu já estou cansado que fingir que não sinto nada, os meninos falam que uma hora eu vou acabar me arrependendo mas eu penso se eu falar algo eu posso me arrepender , mas eu penso se eu falar algo eu posso me arrepender, mas eu não consigo mais grudar isso. E se você me odiar tudo bem. Agora eu vou deixar, ir para o seu encontro. – Evans saiu do quarto de S/n sem falar nada.
S/n ficou lá tentando processar toda aquela informação, então ela decidiu mandar mensagem para o cara com quem ela ia sair dizendo que havia surgido uma emergência e ela não poderia sair, depois disso S/n foi tirar a maquiagem e trocar de roupa já que ela não queria estar se sentindo desconfortável para conversar com Evans, e ela sabia que não precisava impressionar ninguém até porque Evans conhecia o melhor e o pior lado da S/n e ela o mesmo sobre ele.
S/n encontrou Evans deitado no quarto dele encarando o teto.
– Será que a gente pode conversar, você saiu do meu quarto sem deixar eu falar nada.
– Claro. Você trocou de roupa? – Perguntou confuso
– Sim, eu não irei mais sair.
– Mas você estava tão animada com esse encontro, o que fez você mudar de ideia?
– Você.
– Eu? Por que eu?
– Evans eu também gosto de você, então não fazia sentido eu sair com Mark.
– Você gosta de mim?
– Foi o que eu acabei de dizer, não foi.
– Então isso quer dizer que você não vai mais sair com ninguém.
– A única pessoa que eu irei sair de agora em diante será você, bom se você quiser é claro.
– Ótimo, então isso quer dizer que você é minha namorada?
– Sim, Evans eu isso quer dizer que eu sou sua namorada agora
#imagine#juu#evans#evans peters#evans peters imagine#one shot#one shot br#evans peters imagine br#imagine br
13 notes
·
View notes
Text
Extrato 14 de agosto de 2019
1:14 AM
Fumava um Winston Exotic Mint enquanto observava a Porrinha, a gatinha filhote, andando para trás, em círculos, com a língua pendendo pra fora. A mudança deixou a bichinha abalada. Quando ela finalmente aprendeu a subir no muro do vizinho, veio para um lugar novo. Totalmente fechado. Veio não, foi colocada numa caixinha e ficou durante mais ou menos uma hora totalmente apavorada. Não tem nem como chegar perto dela agora, desconfia de todo mundo. Até pra fugir ela corre de costas, tadinha. O corpinho arqueado girava no quintal e eu tragava o Winston rejeitado pela minha mãe. Só bêbada ela conseguiu fumar. Depois que se aperta a bolinha, ele fica com um gosto de desinfetante cítrico. Sei porque uma vez durante o auge da loucura com pó, no final de uma madrugada, já sem cigarro, sem cachaça, sem dinheiro, com a instiga quase me fazendo chorar, acabei dando uma golada de desinfetante na esperança de desacelerar um pouco e conseguir dormir. Meus olhos giraram e na mesma hora comecei a vomitar. Não conseguia respirar. Tenho a sensação de que meu coração parou por alguns segundos e voltou a bater no impulso da náusea. Época desgraçada. Enrolando cigarro em folha de caderno com o que sobrava nas bitucas. Perdendo peso em uma velocidade assustadora. Perdendo amigos. Perdendo planos. Perdendo a razão. Mas foi como foi e tudo bem. Agora estou aqui, em alguma madrugada de agosto, tomando uma latinha de cerveja, uma dose de conhaque, fumando um Winston sem apertar a bolinha, remoendo a mente com planos para eu vencer com a escrita. Faltou só um baseado. Bem que o vizinho podia fumar um e ser um cara legal, mas ele mete mó mala. Assim que eu cheguei, fui apertar a mão dele e fiquei de braço esticado. Ele me olhou, montou na moto e saiu. A mulher dele só anda de cabeça baixa, não sai de casa sozinha e não cumprimenta homem. Nada a ver. Era só pra de repente assistir um futebol, dar uma volta, conhecer um pessoal. É ruim estar sozinho sem querer. Sozinho de amizade, de trocar ideia, um carinho, dar uns beijos na boca, trepar. Sem falar na saudade do meu irmão. Aqui em casa tá só neurose. Enfim, o mais importante agora é arrumar um emprego, pagar as contas, as dívidas, investir no meu corre. Que se foda o resto.
0 notes
Text
@matriegler
É, ele também achava que ela provavelmente teria curtido, mas a coisa com Jason transformava aquilo em uma ideia de merda e ponto final. E não, ela não tinha arruinado a noite. Nem mesmo Mat. Foi o desgraçado do Noir quem atrapalhou tudo. "Okay." Mentiu, balançando a cabeça que sim, que esqueceria. Matías levou a mão de Ellie até sua boca e deu dois beijos suaves na pele feminina. "Agora eu vou mesmo pedir aquela pizza. Diego me disse que tem um app." Ele se levantou do sofá e foi buscar o celular no banheiro. Lá, encontrou sua calça no chão, de lado, e bufou sozinho para os traços da noite que eles poderiam ter tido, mas não tiveram. Tinham começado bem, feito as pazes. Irritado, Matías escolheu a pizza no aplicativo que o assistente de Ellie indicou, depois abriu a conversa de texto em branco com Angeline e encarou a tela por alguns longos segundos. Ainda estava no banheiro, apoiado pela base das costas no m��rmore das pias.
Não foi convencida e ele tampouco, mas percebeu que Matías não queria ser convencido. Ele se afastou dela e Ellie deixou os olhos fixos nas costas alheias, vendo-o sumir dentro da suíte. Com um suspiro, voltou a observar os prédios iluminados e decidiu de repente que queria ficar chapada. Ao menos assim não se sentiria tão imbecil. A droga ficava de fácil acesso, dentro de uma caixinha decorativa em cima da mesa da sala. Ela puxou um baseado e o acendeu enquanto o corpo se derretia para o chão, deitando-se no tapete e encarando o teto. As costas agradeceram, o corpo todo doía de tensão. Se ao menos tivesse gozado pra relaxar... ela pensou e tragou, alheia ao que Mat fazia lá pra dentro.
174 notes
·
View notes
Text
Reaction - Você dando um presente caro para a mãe dele.
SEOKJIN
Você e o Jin estavam na casa dos pais dele, comemorando o aniversário da mãe, especificamente. Vocês já tinham todos jantado e cantado um ‘Parabéns para você’ para ela, então se reuniram na sala para ela poder abrir os presentes que tinha ganho, enquanto tomavam alguma coisa.
Quando finalmente chegou o seu, a olhou um pouco ansiose, imaginando o que iria achar do presente. Sua sogra abriu a sacola e você viu os olhos dela se arregalarem quando ela tirou uma bolsa de marca lá de dentro.
O Jin, que estava do seu lado, não percebeu do que se tratava o presente até ficar alguns segundos olhando para ele, mas assim que reconheceu a logo da Gucci no presente ele quase se engasgou com o vinho que estava tomando.
“Uau, S/N, ela é linda.” Ela disse, examinando a bolsa de todos os ângulos possíveis. “Mas ela deve ter sido tão cara, meu anjo, não sei se devo aceitar…”
“É claro que deve.” Falou. “É um presente, não se deve ficar pensando em quanto é que custou um presente.” Soltou uma leve risada. “Apenas aproveite ele.”
Ela acabou concordando com você, e te agradecendo diversas vezes, além de dizer o quanto tinha amado. Já o Jin não comentou nada sobre aquilo na hora, apenas sorriu e observou sua mãe te dizer que estava muito agradecida.
Foi só quando vocês se despediram do pai dele e entraram no carro que ele disse alguma coisa sobre o que você tinha comprado para a mãe dele.
“Obrigado, vida.” Ele disse, e você o olhou confuse. “Pelo presente que deu para a minha mãe.”
“Ah.” Concordou com a cabeça, mas voltou a ficar confuse logo em seguida. “Mas pera, por que está me agradecendo?”
“Aquilo não foi um presente qualquer, S/N, foi algo muito caro, e eu sei que não compra coisas assim para qualquer um.” Ele sorriu fraco. “E minha mãe também sabe.” Piscou um olho. “Por isso, obrigado. Por fazer ela se sentir importante para você.”
“Ela é.” Sorriu também.
“Que bom.” Ele riu fraco, se inclinando e te dando um selinho, antes de ligar o carro e sair de lá de vez.
YOONGI
Você e o Yoongi tinham chego de viagem há poucos dias, e os pais dele tinham ido até o apartamento de vocês para visitar.
Estavam todos na sala, conversando, quando se lembraram dos presentes que tinham comprado para os dois. O Yoongi comprou diversas bugigangas para eles, como canecas, chaveiros, e até mesmo algumas coisas de comer, enquanto você tinha optado por comprar presentes mais úteis, como algumas roupas.
Mas, para a mãe dele, você tinha escolhido uma coisa um pouco diferente. Você e o Yoongi tinham passado por Paris, e em uma de suas rondas pela cidade você encontrou uma perfumaria local, onde se encantou por um cheiro em específico, e achou que seria o presente perfeito para a sua sogra.
“Certo, eu juro que esse é o último.” Você disse, entregando a pequena embalagem para ela, enquanto o Yoongi olhava confuso. “Eu pensei em você no momento que eu senti esse cheiro, então tinha que trazer.”
Ela abriu a caixa e tirou o vidro de lá, e enquanto ela cheirava o perfume, o Yoongi se aproximou de você, sussurrando para que mais ninguém ouvisse o que ele tinha a dizer.
“Eu pensei que esse perfume fosse para você.” Disse no seu ouvido, e você o olhou com a testa franzida.
“Não.” Sussurrou de volta. “É para a sua mãe.”
Você voltou a olhar para ela quando ela começou a agradecer, enquanto o Yoongi se afastou um pouco, sorrindo enquanto olhava para vocês.
Ele se lembrou que você escolheu esse perfume com muito cuidado, querendo realmente encontrar a melhor coisa que podia. Além disso, se lembrou também que você deixou de comprar algumas coisas para poder levar ele, que era muito mais caro que os demais.
Ele não fazia ideia de que estava tendo todo aquele trabalho para poder dar algo especial para a mãe dele, mas esse detalhe apenas aqueceu o coração dele, e fez com que ele te amasse ainda mais.
“Eu adorei, S/N.” Sua sogra disse, cheirando o pulso onde tinha espirrado o perfume mais uma vez, e o entendendo para o marido, que fez a mesma coisa. “Me dá até dó de usar, só se imaginar que um dia vai acabar.”
“Quando acabar a gente vai buscar outro.” Seu namorado disse, e você virou para ele com um sorriso no rosto, recebendo uma piscadela em resposta, assim como um pequeno sorriso também.
HOSEOK
Você e o Hobi estavam jantando com os pais dele, que já não viam há um tempo. Poucas semanas antes, tinha sido o aniversário da sua sogra, mas vocês não conseguiram se encontrar com ela na data, então decidiram comemorar e a dar os presentes naquela noite.
Vocês já tinham terminado o prato principal e estavam esperando pelas sobremesas, e você achou que seria um bom momento para a entregar o que tinha escolhido.
“Eu achei que ficaria muito bonito em você.” Disse, a entregando a embalagem. “Espero que goste.”
Ele abriu a caixinha e arregalou os olhos assim que viu o que tinha dentro. Tirou com cuidado o colar de pérolas e prata que tinha lá, o esticando e observando de perto, encantada com a beleza da jóia.
“S/N…” Ela disse, boquiaberta. “Isso é lindo, mas…” Te olhou. “É demais, queride, não posso aceitar isso.” Ela esticou o braço para você, tentando te entregar o colar.
“É claro que pode!” Você respondeu, empurrando o braço dela de volta com delicadeza. “Eu comprei especialmente para você.”
“Mas ele deve te sido tão caro, eu realmente não posso aceitar isso de você.” Ele parecia preocupada.
“Mãe.” O Hoseok disse. “S/N não vai aceitar o presente de volta, elu consegue ser bem teimose quando quer.” Falou, rindo fraco. “Então pode ficar com ele, não se preocupe.”
Sua sogra acabou cedendo, depois de te perguntar mais uma vez se tinha certeza de que queria dar aquilo para ela, e colocou o novo acessório alí mesmo, ansiosa para ser vista com ele.
Mais tarde, quando já estavam em casa, deitados na cama e quase prontos para dormir, o Hobi se virou para você de repente e disse:
“Você não precisava ter dado algo tão caro para a minha mãe, amor.”
“Eu não dei o colar para ela por conta do preço, dei porque achei que ela merecia.” Sorriu fraco. “Sem contar que ficou lindo nela, então foi um ótimo presente.”
“Com certeza foi.” Ele disse, sorrindo também é te dando um beijo, te puxando para os braços de e pensando o tamanho da sorte que ele teve em encontrar alguém que apreciasse a mãe dele quase tanto quanto ele.
NAMJOON
Você e o Namjoon tinham passado o final de semana na casa dos pais dele, apenas para fazer uma visita já que faziam um bom tempo que não se viam.
Essa tinha sido a primeira vez que você havia tido tanto tempo livre com a família dele, e foi muito melhor do que esperava: você já tinha um relacionamento bom com todos, mas nada muito íntimos, só que depois de algumas horas juntos você já estava se sentindo tão à vontade quanto com a sua própria família.
Foi por isso que, antes de ir embora, você decidiu arrumar um jeito de manter pelo menos um pouco dessa conexão com eles e, mais especificamente, com a sua sogra. A ideia que teve não foi nada extremo, mas pensou em comprar pra ela um tablet para poderem fazer vídeo chamadas mais constantes, já que ela tinha dito que achava a tela do celular muito pequena e a câmera do computador muito ruim.
“Para que é isso, S/N?” Ela disse quando você a entregou a caixa, olhando para ela com as sobrancelhas franzidas.
“É pra gente conseguir conversar tanto quanto esse final de semana.” Disse. “Sei que não gosta de usar o celular nem o computador pra isso, então achei que um tablet seria uma boa saída.”
“Ah, queride.” Ela sorriu, te puxando para um abraço. “Muito obrigada.” Te olhou. “Mas você não acha que isso é demais?”
"Não, claro que não.” Você negou com a cabeça. “Eu realmente quero poder falar com você quando voltar para casa, então por favor aceite.”
O Namjoon, que estava apenas observando a cena, sorriu quando você fez uma cara de coitade e a sua mãe riu. Ele até se assustou com o presente repentino, mas quando viu para o que você queria dar ele ficou extremamente feliz.
Quando estavam no carro, voltando para casa, ele ficou te olhando em silêncio por alguns instantes antes de começar a falar, de repente:
“Sabe, pode não ter parecido muito.” Você virou o rosto para ele. “Mas minha mãe gostou muito do presente, muito mais do que pode ter imaginado.”
“Eu espero que sim.” Sorriu fraco. “Fiquei com medo de estar forçando demais.”
“Não, você não forçou nada.” Ele riu, passando um braço pelos seus ombros e te puxando para perto. “Ela também adora falar com você, tenho certeza de que vai te ligar hoje mesmo.” Você riu também, encostando a cabeça no peito dele.
JIMIN
Você e o Jimin tinham acabado de chegar no apartamento de vocês, e estavam voltando da festa de aniversário da mãe dele. Vocês mal tiraram os sapatos na entrada quando o celular dele tocou, fazendo ele olhar confuso para o visor e dizer que era a mãe dele antes de atender.
“Oi, mãe, aconteceu alguma coisa?” Ele disse, e te olhou. “Sim, claro que ela está aqui.” Você viu os olhos dele se arregalarem. “Ela te deu o que?” Você soltou uma risada fraca. “Tá eu vou passar pra ela… mas não, eu não sabia!” Andou até você, te entregando o telefone.
“Alô?” Perguntou.
“S/N, você realmente me deu brincos de diamante?” Sua sogra disse do outro lado, em completo choque.
“Sim.” Respondeu rindo. “Eu espero que você tenha gostado.”
“Queride, gostar é pouco, eu amei!” Ela disse. “Eles são uma das coisas mais lindas que eu já vi!”
“Que bom.” Sorriu. “Estava com medo de não ser muito seu tipo.”
“Ah, meu bem, eu acho que diamantes são o tipo de qualquer.” Você riu mais uma vez. “Eu só espero que não tenha pago um absurdo neles, S/N, não precisava me dar um presente tão caro assim.”
“Não se preocupe.” Falou. “Não foi tanto.”
“Tudo bem então, eu vou desligar porque você deve estar cansade, meu bem.”
Vocês se despediram e você foi devolver o celular para o Jimin, que ainda estava te olhando com espanto.
“O que é?” Perguntou, confuse.
“O que é?” Ele repetiu a pergunta. “Você deu diamantes para a minha mãe!”
“Sim.” Murmurou. “O que é que tem?”
“S/N, eles devem ter sido uma fortuna.” Ele falou, mais calmo. “Por que deu algo tão caro assim pra ela, sabe que não precisava.”
“Eu sei.” Suspirou, e se jogou no sofá. “Eu só queria dar um presente especial, sabe?” Olhou para o seu namorado, que se sentou do seu lado. “Algo que fizesse ela se lembrar de mim…”
“Amor…” Ele se aproximou, te puxando para um abraço. “Ela já se lembra de você só por ser você.” Rio fraco. “Não precisava disso…” se afastou para te olhar nos olhos. “Mas devo admitir que ela vai lembrar ainda mais agora.” Ele piscou um olho e você começou a rir.
TAEHYUNG
A mãe do Tae estava visitando vocês em um final de tarde, e os três estavam no sofá da sala, jogando conversa fora e ‘assistindo TV’ (na verdade ninguém estava prestando atenção, ela estava apenas servindo para fazer barulho).
De repente, você se lembrou de algo, e se levantou em um pulo, indo até o quarto de vocês, pegando uma caixa que estava lá e voltando para a sala logo em seguida.
“O que é isso?” O seu namorado perguntou quando viu o que estava segurando.
“É um presente.” Disse, o entendendo para a sua sogra, que te olhou surpresa.
“Pra mim?” Você concordou com a cabeça, sorrindo. “Ah, S/N, não precisava, meu anjo!”
“Na verdade precisava sim.” Disse, e ela franziu a testa, abrindo a caixa e arregalando os olhos quando viu o par de tênis que tinha lá dentro. “Você me disse esses dias que estava sem poder usar seus sapatos mais bonitos porque eles estavam te machucando, então queria te dar um que também fosse bonito, mas confortável.”
“Queride...” Ela disse, ainda surpresa, pegando um dos pés do sapato na mão. “Eles são tão lindos!” Os olhou de perto, encantada com os detalhes que tinha. “Mas eles parecem ter sido tão caros…”
“Não se preocupe com isso.” Fez um movimento com a mão, como se a dissesse para esquecer aquilo. “Eu tenho um igualzinho, aliás, então posso garantir que são muito confortáveis.”
“Ah, por isso eu sinto que já vi eles antes.” O Tae falou, pegando o outro pé que estava na caixa.
“Sim.” Respondeu, rindo fraco. “E eles ficam bem com qualquer roupa, então vai poder usar bastante.”
“Muito obrigada, meu bem.” Ela disse, se inclinando e te puxando para um rápido abraço. “De verdade, eu adorei.” Sorriu para você.
Enquanto vocês continuavam conversando, o Tae se recostou no sofá, olhando para as duas pessoas mais importantes da vida dele com um sorriso bobo nos lábios. Ele estava se sentindo muito contente por você, não só estar mimando a mãe dele como ele gosta de fazer também, mas também mostrando que presta atenção no que ela diz e que tem um certo cuidado com ela, e isso com certeza fez ele pensar que definitivamente estava com a pessoa certa.
JUNGKOOK
Era o aniversário de casamento dos pais do Jungkook, e vocês tinham ido jantar na casa dos dois junto com alguns outros familiares. Você tinha ido ao banheiro e quando voltou viu que o seu namorado estava falando com os dois, então aproveitou para entregar o presente que tinha comprado.
“O que é isso, queride?” Sua sogra te disse quando estendeu o envelope branco para ela.
“É o presente de vocês.” Respondeu sorrindo. “Apesar de eu achar que você vai gostar mais.” Disse a última parte baixinho, fazendo ela rir.
Assim que ela abriu ele é viu o que tinha dentro, ela deixou o queixo cair em surpresa. Tirou as duas passagens de avião que tinham lá dentro e as olhou com cuidado, mostrando-as para o marido logo em seguida.
“Passagens para a Grécia?” Ele disse surpreso. “Você é doida para ir para esse lugar, querida.”
“Sim, eu sou!” Respondeu. “S/N, como é que…”
“Você comentou que morria de vontade de conhecer lá em um jantar, e eu guardei isso.” Deu de ombros. “Aí eu vi a oportunidade de te dar esse presente, e não quis perder ela.” Falou rindo fraco.
“Ah, anjo.” Ela se inclinou, te puxando para um abraço apertado. “Muito muito muito obrigada, de verdade.”
“Imagina.” Disse, sorrindo e se soltando. “Eu espero que consigam aproveitar.”
Depois de conversarem mais um pouco, alguns tios do Jungkook apareceram, e ele aproveitou a deixa para te tirar de lá, te levando para a cozinha que estava vazia para poder falar com você.
“S/N, você tem noção de que praticamente realizou um sonho da minha mãe?" Ele perguntou, levantando uma sobrancelha e dando um leve sorriso.
“Não sei.” Respondeu rindo fraco. “Acho que não é pra tanto.”
"Não, é sério, vida.” Ele disse, se aproximando e colocando uma mão na sua cintura. “Você não faz ideia do quanto ela deve ter ficado feliz com essas passagens.”
“Que bom que fiz ela feliz.” Sorriu, e ele retribuiu o gesto.
“Você fez, e isso me deixa muito feliz também.” Se aproximou e te deu um selinho. “Obrigada por se importar tanto assim com ela.”
Oi oi gente, como vocês estão??
Eu espero que tenham gostado, e me desculpe por qualquer erro!
Até mais!
#bts#bts reaction#reaction#jin#kim seokjin#reaction jin#reaction kim seokjin#yoongi#min yoongi#suga#hoseok#jung hoseok#hobi#j hope#namjoon#kim namjoon#rm#jimin#park jimin#taehyung#kim taehyung#v#tae#jungkook#jeon jungkook#jk
65 notes
·
View notes
Text
𝐓𝐨 𝐛𝐞 𝐬𝐨 𝐋𝐨𝐧𝐞𝐥𝐲: 𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 5
“Quando eu ainda era sua”
❥aviso: linguagem imprópria | o capítulo está longo como sempre.
❥Nota Autora : Só agradeço por todo Feedback que venho recebendo, vocês são maravilhosas💕
Boa leitura
" Eu não sei S/n."
" Tá, tive uma ideia, apenas abra a porta, ok?"Ela vestiu suas calças rapidamente.
"Ok"
"Demorou por que ?"Gemma falou assim que passou por ele.
Harry logo que fechou a porta procurou por S/n mas não a encontrou.
"Oi amiga, estava te esperando." S/n saiu da cozinha com copo de água na mão.
" Estava?" Perguntou confusa.
"Sim, eu vim te convidar para termos uma noite de garotas, lembra quando fazíamos isso juntas?"
"Lembro sim, eram as melhores." A mais velha concordou. "Mas poderia ter me ligado ao invés de vir aqui." Apontou o furo na história.
" É...." Um pouco nervosa ela tomou um gole de sua bebida. "Mas sabe como eu sou, sempre tão ansiosa." Deu um falso sorriso. "Então, você vem?"
"Claro, só vou pegar minhas coisas."
"Foi por pouco." Harry coçava a cabeça chegando mais perto dela logo que sua irmã desapareceu entre as escadas.
"É." Suspirou fundo. "Quase fomos pegos."
"Posso fazer uma pergunta?" Harry tinha as mãos na cintura dela agora. "Você também sente minha falta?." Questionou logo que ela concordou, olhando bem no fundo dos olhos dela, fazendo o coração dela palpitar.
"É claro que não." Mentiu, revirando os olhos. "Agora se afaste antes que sua irmã nos veja."
"Estou pronta." Gemma surgiu de volta ao casal que se separou rapidamente.
"Ótimo! Vamos."
"Tchau maninho, se cuida amanhã estou de volta." Sua irmã se despediu, mas S/n nem se deu o trabalho de dizer alguma coisa antes de sair de sua casa.
O corpo de Harry parecia inquieto, ele afofou seu travesseiro algumas vezes, mudou-se de posição, a fenda de luz vinda da janela irritava seus olhos. Ele socou o travesseiro várias vezes, antes de jogá-lo para longe, enterrou seu rosto no edredom e gritou, muito, cada vez mais alto, amassando todo o material em suas mãos, suas unhas cravadando no tecido, as lágrimas ardendo enquanto molhavam seu rosto, sua garganta dolorida e quase sem forças para sair algum som. O estômago de Harry estava se revirando, aquela sensação desagradável, já não tinha mais forças para gritar, então suas enormes mão foram para seu cabelo o agarrando, querendo arrancá-los fora, ele nunca deveria ter dito que sentia falta dela!Nunca.
Harry levantou-se e no caminho para o banheiro tirou única peça que cobria seu corpo, sua cueca, ligou o chuveiro e entrou no box feito em mármore escuro, seus punhos estavam cerrados ao lado do corpo, suas unhas cavando em suas palmas da mão, a água quente escorria por sua pele, passando por seu couro cabeludo dolorido, seus ombros largos e tensos, suas pernas fraquejadas. Era absolutamente doloroso, tinha quase certeza de que S/n havia acabado de arrancar o resto do coração que ainda batia seu peito. Agora era só uma sensação de vazio gritante, destruindo sua alma aos poucos.
Com a toalha enrolada a sua cintura, Harry procurava algo para vestir, seus dedos congelaram logo que passaram em uma das gavetas do closet, especificamente a que guardava suas meias, relutante consigo mesmo a abriu, colocando sua mão lá no fundo tirando uma pequena caixinha aveludada de tom azul turquesa com "Tiffany & Co" cravados no topo, dentro havia um lindo anel de diamante, aquele que nunca entrou no dedo de S/n. Harry praticamente se jogou ao chão, sentindo a brisa gelada batendo contra seu corpo quente enquanto abria a caixa que o fez lembrar de tê-la em suas mãos há dois anos atrás e como tudo acabou depois disso.
•Flashback on•
22 de junho de 2018
Os raios do sol do fim de tarde invadiam a sacada a qual Harry e S/n tinham seus corpos relaxados, apreciando a bela vista da torre eiffel sentados lado a lado a cadeira bege com almofadas amarelas tom mostarda do Hotel Raphael Paris. Na mesa em que estavam havia champanhe e alguns aperitivos o qual ele pediu mais cedo, S/n encontrava-se com uma das mãos entrelaçadas a do 'namorado' ela tinha um enorme óculos na ponta de seu nariz, usava um vestido de estampa floral de limão, o corpete do vestido tinha espartilho na frente, nas costas e nas laterais, as mangas eram bufantes e havia uma divisão lateral na coxa que mostrava uma de suas pernas bronzeadas. Harry vestia uma camisa com a mesma estampa da roupa dela, os primeiros botões abertos davam a visão de seu peito tatuado com alguns pelos dispersos, na parte de baixo ele usava um shorts jeans acima do joelho, também seus acessórios insubstituíveis como óculos de sol vintage, anéis, seu colar de pérolas com exceção o colar de cruz que encontrava-se no pescoço de S/n.
"Baby?" Ele acariciou a pele da bochecha dela delicadamente.
"Hm?!" S/n murmurou ainda em êxtase com a bela visão que tinham.
"Tenho que te falar uma coisa, varias na verdade." O rosto dele esquentou assim que teve toda a atenção dela sobre si, ele limpou a garganta, lambendo seus lábios, ajeitou-se em seu acento, segurando firme as duas mãos dela. "Você sabe que eu te amo né?" Ele tentava encontrar palavras para o que tinha a lhe dizer. "E nesse um ano e meio juntos, dois anos se contar o tempo em que ainda não éramos bem essa espécie de namorado e namorada que somos agora." Riu um pouco ."Eles foram os melhores da minha vida e não me arrependo de ter aceitado a sua proposta de esconder o nosso amor para que ninguém soubesse e pudesse estragar, mesmo isto custando algumas brigas e desgaste em não dizer nada. Eu agradeço imensamente a Jeff por ter me convidado para seu aniversário, sem ele nunca teria te conhecido naquele dia, mesmo você me ignorando completamente e só ter ouvidos para minha irmã e juro pensei que você gostasse de mulheres." Ele diz e fez ambos rirem. " Bem, o que eu quero dizer, tudo nos trouxe até esse momento, onde sei que você é a pessoa mais importante desse mundo pra mim, na verdade você é meu mundo e por Deus S/n eu não saberia viver sem você." Os olhos de S/n brilhavam a cada palavra dita por Styles, seu coração batia forte e suas mãos tremiam entre as dele. "Eu pensei muito sobre isso e sinto que não consigo mais esperar para dizer ao mundo que te amo e quero passar o resto da minha vida ao seu lado." Harry soltou de suas mãos, tirou a linda caixinha de seu bolso se ajoelhando em seguida à frente dela. "S/n, aqui em Paris, diante essa visão maravilhosa da Torre Eiffel, eu quero te perguntar." Ele abriu a caixinha e um lindo anel de noivado reluziu aos olhos dela. " Você quer casar comigo?".
Os joelhos de S/n tremiam, ela havia perdido o fôlego, um enorme frio surgiu em sua barriga, sua pele agora tinha um tom pálido e suas duas mãos estavam sobre sua boca.Paralisada ela tantava absorver tudo o que acabara de acontecer.
"Baby?" Harry deixou a caixinha a mesa e pegou suas mãos. " Você está bem? Diga algo por favor." Sua testa franziu a encarando.
"Harry.... eu.... não." Ela puxou suas mãos tampando rosto, seu olhos avermelharam-se, seu peito enchia-se o máximo que podia de ar. "Me desculpe, não posso." Ela levantou-se saindo dali.
Jogada a enorme cama branca com lençóis de seda, junto à pétalas de rosas vermelhas, S/n encarava a decoração antiga parisiense do teto, as suas lágrimas escorriam pelas laterais de seu rosto molhando até as pontas de seu cabelo. A culpa a consumia por completo, ela tinha certeza que amava Harry mais do que tudo ou alguém que já pôde amar algum dia, mas não sentia-se preparada par um passo tão grande em to pouco tempo de relacionamento, ambos eram tão jovens, ela queria fazer tanta coisa de sua vida ainda. Esse não parecia ser o momento adequado para pensar em casamento.
13 de Julho de 2018
A cabeça de Harry parecia que iria explodir, o dia no estúdio havia sido realmente muito puxado, ele encontrava-se estressado, apenas precisando de um banho quente para acalmar seus nervos. — No fundo talvez não tivesse sido o trabalho que o deixou tão irritado de fato, mas não queria tocar na ferida aberta, não hoje. Logo que estacionou seu carro a enorme garage da sua mansão de LA avistou à Mercedes de S/n estacionada em uma das vagas — praguejou por ter lhe dado uma de suas chaves. Logo após o "Não" dela, o clima entre ambos não foi o mesmo, Harry não voltou ao quarto aquela noite, na manhã seguinte à comunicou que precisava ir embora por conta do trabalho, insistiu para que aproveitasse o restante dos três dias que ele havia pagado para eles, obviamente ela recusou. Ela tentou tocar no assunto depois, mas Harry não queria lhe dar ouvidos e ele jurava que se não a amasse tanto teria terminado no mesmo instante que teve a maior rejeição de sua vida, aquilo doeu mais que sua eliminação no x fator com apenas 16 anos e o dia que recebeu a ligação de Zayn dizendo que sairia da banda. Seu coração parecia que foi arrancado a força, o deixado para sangrar aos poucos morrendo lentamente, mas ele ainda a amava e não queria perdê-la.
"Oi amor." Ela deu um falso sorriso assim que ele entrou pela porta dos fundos da cozinha. S/n tinha um pano de prato ao ombro e um cheiro de comida italiana pairava sobre suas narinas. "Fiz o jantar, está com fome?" Tentou aproximar-se, mas ele a ignorou passando para sala de estar. "Harry? Até quando você vai me ignorar?" Gritou batendo o punho sobre a superfície gelada do mármore marroquino branco.
O pensamento de culpa veio e doeu especialmente quando a voz em sua cabeça voltou para lembrá-la dos sentimentos dele, de que talvez ele não a amava mais.
"Harry, por favor."
"Vou tomar um banho." Ele cerrou os dentes e forçou as palavras. "Eu já desço."
"Como foi seu dia?" Questionou antes de colocar uma garfada em sua boca durante o jantar.
"Ruim." Harry nem fez questão de olhá-la, sua atenção encontrava-se ao celular em sua mão.
"Quer falar sobre isso?" Ela servia mais vinho para ambos.
"Não."
S/n suspirou firme tentando ser amigável, que era quase impossível neste ponto, considerando o fato de que nada parecia agradar a Harry e que a afastou de sua vida completamente logo após a viagem.
"Tudo bem." Ela assentiu com relutância, embora Harry nem tenha olhado para ela desde que começaram a comer.
Ela então silenciosamente observou ele terminar o seu jantar, a fazendo-a se sentir mais enjoada do que já estava se sentindo ao vê-lo sorrir algumas vezes para à tela, como se ela fosse invisível.
"Harry." S/n suspirou, tocando seu braço enquanto ele colocava seus pratos na lava louças, ele congelou, olhando para os dedos delicados dela firmes em sua pele.
"O que você está fazendo?"
"Só quero conversar um pouco " Insistiu. "Vem aqui." Tentou puxar ele para si.
"Conversamos depois, estou muito cansado, vou para cama." Tentou se soltar de suas mãos.
"Por favor." Seu lábio inferior tremia incontrolavelmente, os olhos marejados observando meticulosamente o homem à sua frente. "Quero que você seja completamente honesto comigo." Ela sussurrou com sua voz falhando.
Os olhos de Harry encontraram os dela desconfortavelmente, assim que ele se virou, ele a deixou vagar as mãos entre seus ombros e pescoço, enrolando seu braços ali.
" Você ainda me ama?"S/n perguntou baixinho.
Os olhos de Harry rolaram, suspirou firme, mostrando claramente seu aborrecimento.
"É sério? Você pergunta isso, depois de eu ter feito tudo aquela merda por você." Declarou sarcástico, olhando para ela friamente. "Ridículo da sua parte, você não acha? Já que eu quem estava ajoelhado na sua frente com uma porra de anel na mão quando você fudeu com tudo." Ele afastou-se tirando as mãos dela de si. "Eu quem deveria estar perguntando isso."
"Harry, eu quero começar a dizer que preciso tirar isso do meu peito, não fique com raiva."Ela não aguentava mais, estava sufocando. "Então, há coisas que eu preciso falar e depois seguirei o meu caminho."
" S/n, o que você quer dizer com isso?"
"Oh, eu sinto muito, me sinto tão triste, tão acabada amor, eu tentei fingir que nada aconteceu, tentei me aproximar, isso só te deixou bravo.Eu não posso continuar fazendo isso comigo mesmo, Harry! Eu não posso continuar fingindo!" Ela disse andando de um lado pro outro. "Claramente você não consegue esquecer isso ou me perdoar e isto está corroendo até o fundo da minha alma, amor."
"Tudo que eu preciso saber é por quê?" Ele a interrompeu. "Você disse que me amaria até morrer, o que eu fiz de errado?."Ele queria gritar com ela e forçá-la a responder por que ela não queria casar-se com ele desde que fechou aquela caixinha ainda ajoelhado sozinho naquela sacada. "Por que você não me ama? Por que não me ama o suficiente para aceitar ter uma vida ao meu lado?Me diga, por que ?Quando eu me faço ser tão fácil de me amar, eu lhe dou todo meu amor, eu quero gritar para o mundo que te amo enquanto você nos esconde em quatro paredes." Ele soluçava com o choro embolando em sua garganta. "Por que você não precisa de mim como eu preciso de você?" Seus olhos observaram o amor de sua vida balançar a cabeça em silêncio para si mesmo. " Por que S/n?"
"Harry eu amo você e nunca vou deixar de amar, mas nós somos tão novos e tem tanta coisa que ainda não vivemos, que podemos fazer ao invés de ficar presos em um casamento com filhos, amor você está sempre tão longe, eu mal te vejo, olha sua vida, acha que seria bom ser casado agora? Isto seria um erro."
"Talvez você não seja a mulher certa." Choramingou, secando algumas lágrimas."Ou talvez você seja simplesmente...Uma vadia mentirosa! Eu nunca poderia imaginar que você poderia me ferir, da maneira que você está fazendo, tão cuidadosa, tão determinada a jogar a culpa toda em mim."
"Harry não se faça de vítima, não é fácil te amar, olha o que fez comigo no momento que não aceitei casar com você. Eu nunca disse a você que no futuro eu não casaria, entenda isto. Você está sendo injusto comigo, me culpando e me torturando todos esses dias. Por que tudo com você é complicado? Eu odeio tanto isso! Porque se você realmente quisesse ficar sozinho, por que não disse naquele dia? Eu não te entendo, você diz que me ama mas nem se quer consegue olhar em meus olhos." Ela o observou cabisbaixo, então decidiu que era melhor ir embora.
" Onde você está indo?" Ele questionou preocupado ao vê-la pegar sua bolsa.
"Estou indo embora Harry, eu não aguento mais, nada fará você mudar esse sentimento, eu não aguento mais ver esse seu olhar decepção para mim." Ela caminhou até a porta dos fundo mas Harry foi mais rápido em colocar-se na frente.
"Se eu deixar você sair por essa porta, você nunca mais voltará." Ele inspirou fundo, fechando os olhos.
"Amor" Doia muito vê-lo assim. "Não complique mais as coisas."
"Não me chame de amor, não me chame mais assim." Ele virou e socou a porta que anteriormente estava atrás de si. "Se você sair por essa porta S/n, eu juro por Deus que vou te odiar para sempre."
"Harry, entenda, eu não posso mais fazer isso, eu não aguento ter esse olhar." Apontou.
"Não! S/n, você é uma covarde de merda que só se aproveitou de mim enquanto que lhe amava com todas as minhas forças." O desespero escorria de cada palavra, cortando como faças o coração de S/n.
"Amor, isto é o que você diz, mas não é a verdade e você sabe disso! Eu amo você Harry."
"Não, não ama, não o bastante."
"Haz, por favor ...Você está tornando isso mais difícil do que deveria ser."
"Já disse S/n, à escolha é sua, se sair agora nunca mais precisará voltar por que tudo que restará por você será desprezo, você conseguiu foder com tudo."
"baby, sinto muito ..." Ela soluçou "Eu gostaria de poder ter feito diferente e não ter magoado você, mas eu preciso fazer isso! Me perdoe."
" S/n ..." Ele se viu derrotado então abriu a porta. " A decisão é sua."
"Eu te amo H ..." disse baixinho.
Ela o amava muito, não queria ir embora, não queira sair por aquela porta agora, mas saiu, ela precisou, ela tinha que sair. Não importava o quanto ela tentasse se convencer de que poderiam ter um relacionamento normal após isto,mas não teriam, S/n sabia que não poderia. Sempre seria ela, ele e essa enorme pedra no sapato.
"Eu te odeio." Ele gritou ao vê-la passar pela porta antes de bater, jurando a si mesmo que nunca mais a veria novamente.
•Flashback Off•
#styles#senhora styles#one direction#harry#1d imagines#imagineshot onedirection#imagines one direction#one shot#harry one direction#harry/draco#harry styles blurb#harry styles smut#daddy harry#harry chats#harry styles#harry styles fake text#harry styles angst#solo harry#harry styles imagine#harry styles fic#harry styles fanfiction#imagine harry styles#to be so lonely
58 notes
·
View notes
Text
Lily gostava de pensar que entendia de si mesma quase tão bem quanto costumava entender dos outros. Era surpreendentemente ciente de suas qualidades, seus defeitos, seus sentimentos e suas inseguranças. Dava títulos a tudo que pensava, organizava as próprias ideias em suas devidas caixinhas e na maior parte do tempo conseguia se entender perfeitamente nessa dinâmica interna, organizada e absolutamente nítida.
Provavelmente era por isso que vinha se tornando cada vez mais difícil manter-se serena perto de James Potter. Tinha passado anos acostumada a vê-lo de uma maneira muito específica, mas, quanto mais tempo passavam juntos, mais essa visão vinha se mostrando equivocada. Isso era uma inconveniência em absolutamente todos os aspectos; ter James flutuando em sua cabeça e passar tanto tempo tentando colocá-lo em caixinhas de toda natureza, sempre sem sucesso, ia contra tudo aquilo que ela acreditava saber sobre si mesma. Não era exatamente um problema, mas um desconforto. Como um zumbido no ouvido que nunca vai embora.
Naquela noite, aquela questão tinha se reacendido de maneira incontornável quando seus olhos divisaram uma aluna do sexto ano levando um copo de bebida para Potter, parecendo particularmente interessada em lembrá-lo de que o resultado do jogo só tinha sido possível porque a Grifinória tinha em campo o melhor apanhador de Hogwarts dos últimos séculos. Lily queria acreditar que tinha se incomodado porque vaidade é um dos grandes pecados capitais; que ela simplesmente estava com o orgulho ferido, ressentindo-se por finalmente colher os frutos de todas as vezes em que menosprezara as sucessivas tentativas de aproximação por parte do rapaz.
Mas não estava tão certa de que essa fosse a única razão.
── Só porque não te levei uma taça de ponche não quer dizer que não esteja feliz com o resultado ── respondeu, dedicando grande atenção aos detalhes das molduras dos quadros ao longo do corredor. Tinha tentado passar certo ar de superioridade com o comentário, mas imediatamente se arrependeu do que disse. Agora tinha mostrado que havia reparado, o que era mil vezes pior do que simplesmente não responder ao comentário. ── Estou como sempre estive. Você é quem fica particularmente agitado depois de um bom jogo ── emendou, tentando remediar o erro. Decidida a recuperar a postura, finalmente voltou o olhar para ele. ── Parabéns, aliás. Aquela sua ideia de fingir estar voando atrás do pomo pra atrair o outro apanhador até a mira dos batedores foi... ── Brilhante? Surpreendente? Sensacional? ── ... até que bem inteligente, Potter.
A adrenalina da vitória ainda corria pelas veias de James, mesmo horas depois da partida. Poucas experiências no mundo podiam lhe dar a mesma euforia de estar a trinta metros do chão em uma vassoura, completamente em sintonia com seu time no esporte que tanto amava. Aquilo significava um passo a menos para a Grifinória em direção à Taça, o que dava a ele como capitão grande satisfação, especialmente considerando que era seu último ano em Hogwarts e seria mentira dizer que não se importava em deixar sua marca na escola – orgulho nunca foi uma característica particularmente secreta da personalidade de Potter. Nem mesmo a necessidade de interromper precocemente sua participação na comemoração pós-vitória foi suficiente para estragar o humor de James, que tinha um sorriso largo permanentemente estampado em seus lábios. Lily, por outro lado, não parecia dividir do mesmo sentimento, visto que a garota estava com a expressão fechada desde que deixaram o Salão Comunal quase meia hora antes para atenderem às responsabilidades como Monitores-Chefe – McGonagall se mostrou irredutível quanto à manutenção das rondas mesmo diante da súplica de Sirius, visto que ‘condutas inadequadas e desrespeito ao toque de recolher são especialmente propícios em sextas-feiras, independente de jogos de Quadribol’.
Um tanto desconfortável com o silêncio, James desviou o olhar novamente para a ruiva ao seu lado, que não proferira um sequer pio e – a não ser que ele estivesse perdendo a sanidade com a quietude – parecia estar evitando olhar de volta para ele. Com a prática dos últimos meses nessa dinâmica, James gostava de pensar que vinha ficando bom em ler as reações da outra e interpretar os limites de até quando poderia testar a paciência dela, mas também pensava que haviam se aproximado ao ponto de serem considerados amigos a esta altura e o tratamento de silêncio – especialmente quando não conseguia entender o motivo para tal – deixava James incomodado. Sem contar que, obviamente, ficar quieto não era o forte de James Potter. “Não me diga que estava torcendo para a Corvinal, Evans.” Testou com o tom bem-humorado, torcendo para que seu quê de nervosismo não permeasse a fala. “Arrisco dizer que você é a única grifana do castelo hoje que não está nas nuvens. Juro que vi até McGonagall comemorando nossa vitória de forma energética e você está com cara de quem está se segurando para não me azarar.”
3 notes
·
View notes
Photo
TASK 005 - 𝓐 𝓱𝓮𝓻𝓸'𝓼 𝓳𝓸𝓾𝓻𝓷𝓮𝔂 (Flashback)
On this bed I lay Losing everything I can see my life passing me by Was it all too much Or just not enough? Wake me up I'm living a nightmare
TW: Violência infantil, agressão a mulher, gore, muito gore e sangue.
Certo, é minha vez de contar minha história agora, só fica quietinha e escuta sua maninha! Então, tinha essa mesinha de vidro bem no centro da sala, eu claro, fui até ela e vi que tinha lá em cima uma chave dourada e pequeninha, para uma das portas ela tinha de ser! Então, em todas elas eu tentei, mas ou as fechaduras eram grandes demais ou largas demais, nada parecia funcionar, quando já estava quase me dando por vencida foi que eu vi, uma cortina bem suspeita e a fumaça da curiosidade apareceu como um sorriso bem sinistro por alguns breves segundinhos, mas logo se foi quando me aproximei e puxei a cortina e me deparei com uma porta bem pequena, uns quarenta centímetros talvez? O que importa é que a chave funcionou! Mal poderia imaginar a minha alegria! Porém, é claro, algum problema eu teria, pela primeira vez, eu era grande demais para entrar em algum lugar, acredita?! Tudo que eu pude enxergar foi um corredor estreito, não era muito maior que um buraco de rato. Mas havia mais, depois do corredor havia um jardim, o mais belo que já vi! Se bem, que ele me era um pouco familiar, mas naquele momento nem percebi.
Para qualquer outra pessoa seria impossível encolher e passar por ali, mas não para nós é claro, então, já sabia exatamente o que procurar, afinal, muita pouca coisa era realmente impossível. Quando olhei para mesa, logo apareceu uma garrafinha com um bilhete em letra cursiva amarrado a ela com as palavras: BEBA-ME. Tenho certeza de que já ouvi algo assim antes, Marlo, mas não lembro onde, você lembra? Bem, não importa, tenho toda a história ainda para contar. Então bebi tudo da garrafa e foi o esperado, logo diminui e diminui, por um momento pensei que fosse sumir, mas boba eu não sou e sei que só aquilo não seria o suficiente. Sabia que no frasco não era veneno, por que um igual havia no castelo da rainha branca e se não morri lá, porque morreria agora.
—Torresmo mal passado! Esqueci a chave!
Foi o que eu resmunguei enquanto dava um tapa na minha própria testa, mas não entrei em pânico, sabia bem o que precisava fazer, então, olhei em volta outra vez, perto da mesa deveria ter algo para ajudar. Dei um outro tapa em minha própria cabeça e não me olhe assim! Alguém precisa cobrar de mim um desempenho melhor, por que não eu mesma? A maioria me trata como louca ou como se fosse criança, eu preciso ser dura comigo mesma às vezes, Marlowe. Então, voltei pra perto da mesa e lá eu encontrei uma caixinha de vidro ao pé da mesa, nela tinha um pedaço de bolo, me diz se não foi o timing perfeito? Ele estava em um belo arranjo de frutas secas que diziam: COMA-ME. E então, eu comi e como o esperado, logo mais eu cresci, o suficiente para pegar a chave, mas além disso eu fui, não demorei para no teto bater e que dor eu já estava na cabeça, só piorou ainda mais. Meus pés, meus belíssimos pés! Eu não estava vendo eles, Poppy, dá para acreditar? Um absurdo bem grande eu diria, estranhissérrimo!
Okay, okay, talvez eu esteja contando tudo isso um pouco errado ou fora de ordem, sim, sim, eu sei que do começo sabe bem, mas tenho que contar mesmo assim, Marlo, fica confuso sem início e só com o fim, mas como bem sabe tudo se deu início com a voz, não era a voz normal que a gente conhece ou alguma emoção que resolveu sair por aí para brincar, não, era uma voz diferente. Ela falava algo mais ou menos assim…
“Venham, crianças, venham brincar na floresta enquanto seu lobo não vem”
Não? Qual é Poppy? Tem que admitir que é mais divertido assim, mas tudo bem, vou contar o que a voz disse mesmo dessa vez, ao menos o que eu lembro.
“Entrem na floresta assombrada… Se os desaparecidos querem achar, na floresta devem entrar...”
E como era de se esperar que o que? Nós pensássemos que era algum aprendiz de gracinha, mas nope, não era não, tinha mais gente escutando aquela voz, mas então de quem era? Bem, isso foi o que queríamos descobrir, né? E foi com isso que a gente decidiu o que? Exatamente, entrar na floresta, não como se você eu não tivéssemos quebrado algumas regras vez ou outra. Então, a gente só foi, armas foram levadas? Afinal, você bem sabe, eu já sou uma arma, anos de artes marciais não foram atoa. A floresta eu já conheço bem, ser da Anilen me veio para o bem, Marlo prejudicada saiu um pouco dessa vez, mas bem, não dá para se ter tudo, não é, meu bem?
Escutei muita gente dizer sobre entrar na floresta durante a noite, imbecis todos eles são, nós entramos no fim da tarde, por que idiotas não somos nós. Ainda estava claro o suficiente, não é como se a gente fosse ficar muito tempo lá né? Era tudo questão de achar a voz, matar ela e ir embora. Mas é claro que não seria tão fácil assim, afinal, logo que entramos na floresta, foi quase como se instântaneo, sussurros começaram a soprar em nossos ouvidos e quando pisquei a personificação do medo já havia saído de dentro de mim, estava correndo o mais rápido que conseguia e eu não entendia bem o por que. É, eu sei, não deveria ter te deixado para trás, mas sabe como é perigoso viver sem o medo? Na verdade, duvido que viveria muito se não houvesse o medo na minha vida, emoções são complicadas, mas precisamos de todas elas. Então, corri e te deixei para trás, sorry, Marlo.
—Você não pode me capturar, do medo não consegue escapar…
Essa eu não entendi, por que quem estava fugindo era o medo? Mas bem, nem todas as emoções fazem sentido, ser racional não é bem o forte dela, entende? Então, eu segui correndo sem qualquer medo do que poderia surgir, mas a personificação do medo estava completamente assustada, os cabelos loiros esvoaçantes pelo vento, e o tecido azul e branco do vestido dela mal se moviam durante a corrida, ainda que estivessem manchados de sangue, o rosto do medo? Eu não sei dizer, ela nunca se mostrou para mim, sempre achei que não houvesse algum. Mas o medo nem sempre só foge, ele também assusta, é quase como se projetasse os medos dele em você.
—Madison… Tem que se comportar, Madison, não quer que seus avós a chamem de louca, não é?
A voz de Alice saiu da personificação do medo, que parou subitamente e se voltou para mim, mas a cabeça baixa fazendo com que os cabelos loiros cobrissem o rosto, se é que havia um.Louca, sabe que eu não sou louca, nem você é? Na verdade, todos somos, mas eles são mais, nos taxam assim por que não vêem o que está na frente deles e quando tentamos falar, loucos somos nós apenas por nos deixar imaginar. Eu quis gritar, mas de que adianta gritar com o medo? Foi então que o medo veio para cima de mim, me derrubando com tudo no chão, nunca achei que o medo teria poder sobre mim estando do lado de fora, mas era como se o medo estivesse gerando o medo outra vez, como se buscasse se tornar ainda mais forte, entende? Eu gritei, em pânico, algo que eu não deveria estar sentindo ali.
“Você não faz ideia do seu potencial, criança… Acha que a loucura é seu mal, mas é seu maior triunfo, os medos abraçar, será seu único meio de voltar.”
Voltar para onde? Para o que? Não sabia dizer, mas a voz é misteriosa e disso você sabe bem, Marlo, mas foi então que tudo escureceu assim que o medo mordeu meu ombro. Não sabia que o medo mordia, assim não imaginava o quanto isso doeria, e doeu para um caralho. Um breu foi tudo que vi, nisso lembrei do Astro, nome do pai dele não é esse? Enfim, não vem ao caso. Tudo apagou e quando se acendeu, não acendeu realmente por que não eram velas que tinham a minha volta. Caindo estava eu, com tudo escuro ao meu redor, quando espremi os olhos para ver as paredes, não vai acreditar! Louças e estantes tinham de montão, juntas quadros e mapas e tinha geleia! Sabe o quanto eu amo geleia, não é? Mas não era da que eu gosto, era laranja, detesto geleia de laranja. Joguei o pote de geleia para longe, o que faria eu se aquilo batesse na cabeça de alguém como quase bateu na minha?
—Depois disso, rolar pelas escadas não vai mais me provocar nenhuma emoção.
Foi o que eu murmurei ao vento, afinal, ninguém parecia estar por perto para ouvir, procurei e procurei, mas tudo que tinha era uma imensidão, já não sabia dizer se eu era pequena demais caindo em um buraco de tamanho normal ou se era eu do tamanho normal e o buraco muito fundo. Sabe, Marlo, uma vez ouvi que existem pessoas do outro lado do chão, aqueles que andam de cabeça para baixo, que estranho devem ser… Qual era mesmo o nome deles? Os antipáticos tinham de ser! Quase certeza venho a ter, afinal, como ser simpático se mundo está se cabeça para baixo? Bem, como aquela queda não parecia ter mais fim, eu voltei a falar sozinha, sabe como é chato não ter com quem conversar e quem melhor para me ouvir do que eu mesma?
—Poppy, como deve estar? Nem sabia que da floresta essa parte tinha… Espera, na floresta ainda estou? Difícil é dizer quando já não vejo mais você. Talvez tudo isso seja apenas aquilo, isso, aquilo! Aquilo que ao nascer e morrer é grande, mas no vigor da idade é pequenina! Faz sentido agora que aqui não se tenha uma lamparina!
Mas sem resposta fiquei eu, como já era de se esperar, porém antes que eu voltasse a divagar, senti enfim minhas costas contra folhas secas e galhos baterem, finalmente havia chegado ao chão! Quando olhei para o lado, não vai acreditar! Era a curiosidade bem ali! Na sua forma de coelho-gato, pulando e miando enquanto se locomovia com pressa, a seguir com a mesma rapidez, afinal, se havia curiosidade, algo de interessante me aguardava. No entanto, ela apenas me levou a uma sala comprida e baixa, iluminada apenas por uma fileira de lâmpadas penduradas no teto. Tinham portas espalhadas por toda a volta da sala, mas pareciam estar fechadas e isso me lembrou de algo que ouvi em uma história muito tempo atrás, quando ainda era pequenina, lembra de algo parecido? Portas e chaves são sempre uma confusão. O coelho-gato desapareceu como fumaça, me deixou sozinha, maldito fosse ele.
Bom, bom, agora voltamos onde eu estava lá no ínicio, ou seria o início o final? sinceramente, já não sei dizer exatamente, esse é um mal ou apenas sem igual? De qualquer forma, estava eu na floresta sabe, mas não a do instituto que é chata e monótona, não, era a floresta de Wonderland disso eu tenha certeza sim! Mas como estava eu em Wonderland? Simples é responder essa, eu não estava, mas estava. Sabe o que quero dizer, não? Claro que sim! Eu caminhei pelo que pareceram ser horas sem fim, meus pés já estavam doendo tanto que tirei as sapatilhas e as deixei para trás, foi quando ouvi uma risada de criança, uma que eu reconhecia, mas não sabia de onde.
O amor fraternal, não sei por que o amor se dividiu na minha cabeça, ele só dividiu, mas ele parece ser difícil de multiplicar, o amor romântico disse da última vez que apenas subtrai, que ele não soma mais. Mas eles sempre dividem, mas essa não é a questão. Amor fraternal, sou eu, quando criança, em torno de uns cinco anos? Descalça, um vestido azul bebê correndo por entre as flores resmungonas de Wonderland, ria como se tudo estivesse belo e realmente estava. O sol brilhava e eu podia sentir os raios solares beijando minha pele, o aroma floral preenchendo meus pulmões… Um trovão ressoou no céu. Escuro. Tudo ficou escuro e eu corri quando ouvi o amor fraternal gritar, mas ela não estava chamando por mim.
—MÃE!
Eu congelei na mesma hora, pés enraizados no chão, literalmente. Raízes de uma árvore prenderam meus pés ao chão, tudo que eu pude fazer foi ver o amor fraternal correndo por um jardim no meio da chuva, gritando pela mãe, chorando de forma compulsiva, completamente suja de lama. Pelo chão estar escorregadio, ela resvalou algumas vezes no chão até que caiu em um buraco. Ela gritou e gritou, mas eu não conseguia sair do lugar.
Emoções e sentimentos… Não são pessoas de verdade, alguns se parecem com pessoas, mas não são, é algo que a nossa mente cria através do que ela associa aquela emoção. O amor romântico sempre muda para a pessoa que você ama, quando não se ama ninguém, ele apenas volta a fazer parte do amor como um todo, ele apenas se divide quando fico apaixonada, não é uma emoção que vejo com frequência. Mas existe a alegria, no momento ela toma a forma de uma criança, afinal, quem se diverte mais que uma criança? Mas ela não é uma, às vezes é difícil para os outros separarem essas coisas, eu nunca matei alguém de verdade, mas já matei os sentimentos ruins tantas vezes… Alguns deles levam isso pro coração, mas por que eu iria querer conviver com eles? É mais fácil matar aquilo que me incomoda, o que eu não gosto em mim, você também não vê dessa forma, Marlowe?
Eu olhei para meus pés e não lutei, não os puxei para tentar me livrar, eu apenas respirei fundo na esperança de que conseguisse me soltar. Eu só desejei que as raízes deixassem de existir, que nada mais me segurasse, quando abri os olhos outra vez elas haviam desaparecido e eu estava livre. Sabe, Marlo, eu li uma vez uma frase que era mais ou menos assim “A imaginação é mais importante que o conhecimento. “ E eu acho que posso concordar com ela, nas nossas mentes tudo é possível, mas… E se for da mesma forma na vida também? E se a imaginação realmente por mais importante do que qualquer conhecimento? O que realmente sabemos? Eu acabei ficando cheia de questionamentos, desculpe.
Corri na direção do amor fraternal, eu me debrucei sob o buraco e estendi a mão, mas ela era pequena demais para alcançar minha mão, não conseguiria tirar ela dali, eu sabia disso, mas eu fiz aquilo de novo. Fechei os olhos e respirei fundo, imaginei que a distância entre mim e o amor fraternal estava diminuindo e só abri os olhos outra vez quando senti a mão pequena dela agarrar a minha, sendo o suficiente para que ela saísse do buraco. Deu certo, Poppy. Eu acreditei e deu certo. Ela me abraçou de imediato e eu não me importei com isso, até o momento em que ela se separou e me chamou de mamãe… Como eu disse, sentimentos não são pessoas Marlo, eles não tem mães ou pais, essas pessoas são os mesmos que eu teria. Ela achava que eu era nossa… Aquela que começa com A. Eu fiquei horrorizada e neguei, mas ela seguiu dizendo que eu era ela, falava com tanta certeza que por um momento eu fiquei em dúvida de quem realmente era, mas me lembrava de ser eu mesma naquela manhã, será que havia mudado durante o dia e não havia percebido? Porém, não me transformo em outras pessoas, tenho quase certeza disso.
Falando em transformar em outras pessoas, sabia que a raiva é parecida com a rainha de copas? Acho que é por que sempre ouvi ela ameaçando a gente. Ela me assusta às vezes, a raiva e o ódio agem como se fossem casados, sabe? Claro que não são, por que não são gente, mas você entendeu. Ela parecia furiosa quando vi ela no jardim, sabe? Lembra do jardim que comentei mais cedo? Então, eu estava nesse jardim e ele era muuuuuuito bonito, as flores brancas eram muito belas, mas tinha alguma coisa estranha que acho que esqueci de comentar esse tempo todo, sabe quando as luzes piscam? Então, às vezes piscava, não eu, mas o mundo todo. Quase como se fosse um clarão no meio de uma tempestade, as flores nesses clarões não eram tão bonitas, elas estavam murchas e cobertas por sangue, reconheci pelo cheiro metálico que elas exalavam, mesmo quando na forma bonita. Na verdade, durante os clarões tudo parecia bem mais escuro e menos colorido, era como se tudo estivesse morrendo na minha volta.
—ONDE PENSA QUE VAI?!PEGUEM ELA!
A raiva gritou para os soldados de cartas que começaram a sair de lugar algum, mesmo sendo a raiva, ela ainda parecia tão linda… Isso até o clarão vir outra vez, e dessa vez ele ficou por mais tempo nesse modo escuro, o cheiro de podridão e sangue apenas aumentou, os soldados de carta não estava mais saindo do nada, Poppy, eles estavam saindo de dentro da raiva. Literalmente. Ela estava encurvada para frente, o vestido feito de entranhas e corações pingava sangue fresco, havia um rasgo enorme nas costas dela e os soldados pareciam brigar para sair de dentro do corpo, rasgando ela cada vez mais, mas a raiva não parecia se importar, ela apenas dava risada de tudo aquilo. Eu fiquei chocada, não conseguia me mover, nunca tinha visto a raiva de forma tão bisonha, os soldados de copas tinham o coração do lado de fora do peito e estavam completamente cobertos de sangue, marchando na minha direção, com foice em uma mão e o martelo na outra, escolha de armas curiosas eu diria. Tentei correr e o clarão veio outra vez, os sorrisos amigáveis nos naipes de carta limpos, não parecia mais tão amigável assim, eles eram bisonhos e me assustavam, o mundo parecia estar girando e meu estômago se embrulhou. Se eu vomitei em cima do Ás de copas? Você ainda tem dúvidas? Ele estava coberto de sangue e fedia a morte, não tinha muitas decisões nesse caso.
Espera, espera, eu não tinha terminado de contar o que aconteceu com o amor fraternal, não é? Bem, ela seguiu com aquela história de que eu era aquela que não deve ser nomeada Kingsleigh, um absurdo completo, sabe? Só por que eu tenho cabelos loiros e estava vestindo um vestido azul, não significa que eu era aquela pessoa, um ultraje completo, quem iria afinal querer ser comparada a alguém tão esquisita quanto ela? Eu segui dizendo para ela que não era sabe? Mas lembra que estava chovendo demais nessa hora? Então, a chuva começou a trazer um cheiro horrível pro meu nariz, demorei um pouco pra captar, meu olfato já não é mais o mesmo depois dela droga que fiz e deu muito errado, você sabe, mas ainda consigo sentir cheiros fortes como aquele ali. Foi ai que veio o primeiro clarão, foi aí que o primeiro clarão veio, foi rápido, mas a visão que eu tive foi pavorosa, eu não tinha tirado o amor fraternal de um buraco mais de um poço e você não vai acreditar! Sabe do que era o poço? Vamos, lá! Você tem que saber! É facinho, ainda mais para você que tá sempre presente na hora do chá! Certo, certo, não farei mistério, era um poço de… Melado! Sim, sim, igual o da história da Marmota, não é que aquela dorminhoca estava certa sobre o poço de melado? Depois aquela ingrata diz que isso tudo era tolices… Enfim, voltando.
Eu tirei o amor fraternal de um poço de melado, até aí tudo bem, não era tão bisonho, mas foi outro clarão e eu vi claramente que o amor fraternal que estava nos meus braços… Aí, nossa, to com ânsia de vômito só de lembrar disso, Marlo, foi horrível sabe? Uma das minhas mãos estava dentro dela! Literalmente! Tocando as entranhas e elas tinha uma textura tão estranha e o cheiro… Eca, eca, eca! Eu soltei ela na mesma hora e fui para trás, mas o chão tava resbalando de mais e ela veio na minha direção, eu conseguia ver um pedaço do cérebro dela, acredita? E o olho nesse lado do crânio estava girando loucamente até que caiu pra fora e ficou pendurado, foi um nojo só. E as mãos pequenas dela agarraram meu tornozelo, mas era só os ossos das mãos da menina, então, eu fiz o que eu consegui fazer, sabe? Não, eu não vomitei nessa parte, tá legal? Eu não sou tão fraca assim! Foca no que to falando, eu fiz o que eu conseguia fazer pra me livrar daquela criatura horripilante, eu chutei a cara dela, mas assim, eu dei uma bicuda naquela cara bisonha e a criança voou de volta para dentro do poço de melado.
—AHÁ! TOMA ESSA ZUMBI DOS INFERNOS!
Eu gritei me levantando em um pulo, fazendo uma dança da vitória por alguns segundos, isso até que você não vai acreditar. Mas queria dizer aqui, que assim, se aquele é realmente um pedaço do meu amor, não quero encontrar com ele nunca mais, por que porra. Enfim, adivinha. O amor fraternal ou a versão morta viva dele, estava escalando a porra do moço de melado, e coberta com melado, até nas partas abertas agora… Novamente, tive que segurar o vômito, ela seguia me chamando de mamãe. Quando eu vi a cabeça dela saindo do poço, amiga, eu só corri, nem ferrando que eu ia continuar ali esperando aquela praga me atacar. E foi assim que acabei no jardim, mas daí já tinha parado de chover e o demônio infantil não me alcançou, mas foi por pouco, sabe?
Certo, agora onde eu estava? No jardim, não é? Sim, certo, eu tinha vomitado no Ás, lembro disso, acredita que ele ficou com nojinho e começou a chorar de raiva… Até que faz sentido considerando que ele saiu de dentro da raiva. Mas isso não impediu os outros soldados sabe? Então, eu corri ainda que estivesse tonta e tropeçando, em claro, cabeças. Acho que a raiva levou o cortem-lhe a cabeça a sério demais dessa vez, ou a expressão cabeças rolando. Eu tive que chutar algumas cabeças em uma parte do labirinto no jardim, por que estava tenso de caminhar pisando na cara das pessoas, será que é isso que querem dizer quando dizem pisando em alguém? Se for, eu não gostei, não tenho vontade de repetir não. Eu consegui entrar no castelo, completamente molhada de chuva, sangue e… Bem, melado. Um pouco de vômito também, mas isso não vem ao caso. Eu senti uma dor no couro cabeludo, alguém estava me puxando pelo cabelo com uma força muito grande, eu pisquei e quando vi, minhas costas estavam na parede, meus pés não tocavam o chão e as mãos grandes do ódio estavam circulando meu pescoço me erguendo contra a parede, tornando cada vez mais difícil de respirar.
—Vejo, que não é tão engraçado quando somos nós criando emboscadas e matando você, não é, Madison? Ou eu deveria dizer Alice?
Acho que que nunca cheguei a comentar, mas quando você está na sua cabeça, se você sentir uma emoção, isso meio que torna ela mais forte. Então, já deu pra perceber o que o ódio estava tentando fazer, não é? E com isso dito, eu senti o aperto no meu pescoço aumentar, cara, eu queria gritar, mas eu nem conseguia falar mais nada. Comecei a me perguntar se era assim que as emoções se sentiam quando eu matava elas, mas com isso novamente, elas não são pessoas de verdade, são emoções e só sentem o que elas representam e nada mais. Claro, ódio pode se dividir, tal como ele se dividiu e veio a raiva, mas quando os dois se fundem, o ódio sente raiva também, mas ele não sente alegria por exemplo. Aliás, meu ódio e raiva, eles sempre estão lado a lado, mas nunca vi eles realmente juntos.
Sabe quem mais geralmente anda pelos cantos? Na verdade, geralmente ele fica mais preso do que realmente solto pelos cantos, mas é por que é perigoso deixar o medo a soltar, ele assusta a maioria dos sentimentos bons. Faz isso da pior forma possível, ele faz com que se aproximem pedindo ajuda e parecendo assustado, quando se aproximam o suficiente, ele dá o bote. Por isso eu geralmente mantenho ele preso, assim ainda sinto medo e não faço burrada, mas assim ele também não causa o caos e mata as emoções boas. Eu prendi o medo em uma caverna, nos confins da minha mente, longe de todo o resto e deixei a severidade de guarda, por que ela é severa demais pra deixar as outras terem acesso. Eu sabia que o medo ter fugido, era o motivo de tudo estar tão estranho, digo, mais que o normal. Inclusive, foi isso que me fez lembrar o por que de eu estar ali em primeiro lugar, eu precisava capturar o medo!
Mas bem, voltando ao ódio, eu achei que fosse morrer ali… O que acontece se morrer dentro da sua própria mente? Nunca soube de nada parecido antes, mas presumo que seja morte cerebral ou coisa do gênero, provavelmente fica em estado vegetativo. Bom, eu tô aqui falando com você muito bem, então, sabemos que não morri, desculpa o spoiler, mas né. Na verdade, lembra que disse que nunca tinha visto a face do medo antes? Isso é por que ele muda de forma, sabe? Na verdade, eu posso ter morrido e ser o medo falando com você agora mesmo, você não saberia a mesmo que eu quisesse… Na verdade, agora vai ficar se questionando para sempre quando me ver se sou o medo ou não. Mas enfim, o ódio, certo, antes que eu me perca outra vez.
Lembra o que eu disse sobre o poder da imaginação? Eu acreditei por que era um momento complicado, mas é loucura sabe? Afinal, nem tenho esse poder, mas claro, eu posso fazer qualquer coisa dentro da minha cabeça, afinal, a cabeça é minha, mas sabe como é difícil lembrar disso quando se está sendo atacada? Então, bastante, por isso o medo estava ganhando. Mas não iria mais, eu fechei os olhos e imaginei todas as armas que estavam nas paredes vindo na direção do ódio, eu consegui sentir até em mim quando um machado se cravou nas costas do ódio, os cabelos brancos se pintando de carmesim na minha frente e um grito do mais puro ódio escapou de dentro dele quando me soltou, com apenas um gesto de mão, ele começou a se contorcer no chão na minha frente, as armas se cravando contra a pele dele até que ele morresse. Entenda, ele não era uma pessoa, então, não é como se eu tivesse matado alguém de verdade ou coisa do tipo, além do mais, ele me deixou, bem, com ódio e raiva. Era de se esperar uma reação não tão boa assim.
Eu fugi, agora sabia pra onde eu tinha que ir, pra caverna onde o medo ficava preso. Ele passou tanto tempo por lá, é comum que volte, sabe? Agora, que eu tinha lembrado que eu tinha o poder ali, era mais fácil, pois a próxima porta que eu abri me levou para o lado de fora, para a ponte que eu tinha que cruzar para chegar na caverna, não existiam mais clarões agora, o mundo colorido que costumava ser estava cinzento e sem vida, tudo murcho e apodrecido, coberto de sangue. Não me foi uma surpresa encontrar o corpo da severidade em pedaços, mas novamente, meu estômago embrulhou de uma forma terrível outra vez. Mesmo assim, eu entrei na caverna, depois é claro, de fazer uma pausa e limpar meu estômago, sim, Marlo, eu vomitei de novo, tá legal? Eu mato as emoções ruins, mas nunca de forma tão brutal, não gosto de ficar vendo tripas na minha frente.
Eu tentei fazer uma luz se acender dentro da caverna, mas era como se eu não tivesse controle sobre aquele espaço, isso me preocupou bastante, mas sabe o que foi o pior? Eu chamei pelo medo, pelo nome que dei a ele quando o coloquei na caverna, sim, eu sei passei falando sobre como não eram pessoas e não tinham nomes, mas dei um nome pro medo. Mas, em minha defesa, foi por que ele tinha uma “casa” os outros não. De qualquer forma, o nome do medo é Eco, por que ele sempre que ele falava ecoava pela caverna. Quando eu chamei, ele respondeu, mas quando eu me aproximei no único ponto de luz da caverna, que era onde o medo ficava preso, Marlowe, ele estava lá. Você não está entendendo o problema, se o medo estava preso ali, o tempo todo, significa que ele nunca saiu de dentro de mim, significa que outra coisa entrou na minha mente e corrompeu tudo, que alguma coisa me mordeu naquela floresta. Depois disso, você já sabe, eu acordei com você me chamando, me arrastando pra fora da floresta, eu tô com medo real, Poppy, eu não faço ideia do que me mordeu e entrou na minha cabeça, eu sequer sei se saiu. Mas tudo que eu lembro é a voz semelhante a do medo, ressoando na minha cabeça.
“Você nunca vai se livrar de mim, não enquanto não aceitar quem você é, pequena Alice.”
#aethertask#♡ ˙ * ✧ ━━ 𝙸 𝚝𝚛𝚒𝚎𝚍 𝚝𝚘 𝚠𝚊𝚛𝚗 𝚢𝚘𝚞 𝚓𝚞𝚜𝚝 𝚝𝚘 𝚜𝚝𝚊𝚢 𝚊𝚠𝚊𝚢 ❪Task❫#mds eu acabei#ta orrivel#mas eu acabei#se vc não entendeu#saiba que nem eu#tw: agressão a mulher#agressão a mulher#tw: gore#gore#tw: violência infantil#violência infantil#tw: sangue#sangue
8 notes
·
View notes
Text
Um minuto para o fim da noite.
Um dia no passado: Penny Haywood.
A primeira coisa que Penny tinha que fazer ao acordar era passar pelos rituais de proteção de sua mãe. Todos os dias era a mesma coisa. Ia até o quarto de sua irmãzinha, Bea, a segurava pelos bracinhos gordinhos ajudando a dar passinhos desajeitados até a cozinha. Seu pai pegava Bea no colo e passava as mãos em seus cabelos dourados como os deles enquanto ostentava um sorriso de contentamento com a situação.
— Todos prontos? — O sorriso de sua mãe era diferente. Em lugar da conformidade havia preocupação disfarçada de euforia.
Bea batia palmas ao ver a mãe tirar de uma caixinha, escondida atrás da lata de açúcar na estante, uma varinha de madeira avermelhada, e ria ao ver sair da ponta bolinhas coloridas que estouravam perto de seu narizinho. Penny ganhava o mesmo carinho também, mas ela já estava mais velha que a irmã e menos encantada pelas firulas que a mãe fazia para lhe distrair do real motivo daquele ritual matinal.
Por mais que o assunto não fosse abordado com frequência em sua casa, havia algumas coisas que Penny sabia. A primeira era que sua mãe, ela e — muito provavelmente — Bea eram bruxas. E não qualquer tipo de bruxa, deveria dizer, era diferente das demais por causa de seu pai. O Sr. Haywood não possuía nenhum tipo de perícia mágica, exceto talvez sua curiosa habilidade de fazer desaparecer meias e as próprias chaves dentro de casa, só isso e mais nada. Era isso que fazia Penny uma bruxa diferente das outras, meia bruxa apenas, diriam alguns, e mestiços não eram bem vistos pelos outros. A Sra. Haywood jamais admitiria para a filha, mas eles estavam se escondendo naquela casa assim como a varinha era escondida atrás do açúcar. Estavam correndo perigo por causa do sangue que corria em suas veias, e havia pessoas que os machucariam por causa disso se tivessem uma chance. A única coisa que ainda não compreendia completamente era quem eram essas pessoas.
A boa notícia era que só levava alguns minutos para que os feitiços acabassem. Seus olhos observavam atentamente os movimentos de varinha da mãe e as palavras complicadas de cada encantamento, mesmo que ainda não fosse capaz de decorar nada daquilo ainda. Num minuto já não tinha mais que pensar em tudo aquilo, e naquela manhã tinha algo realmente importante ocupando sua mente:
— Eu posso ir agora? — Implorou ansiosa. — Você prometeu que eu poderia dormir na casa da Agnes hoje!
— Ainda é muito cedo. — Disse a mãe resoluta. — Você pode ir mais tarde.
— Algumas horas a mais não vão fazer mal. — Interviu o pai, depositando cuidadosamente Bea em sua cadeirinha e em seguida acariciando o braço da esposa de forma apaziguadora. — Qual é o ponto de termos nos mudado para esse lugar se nossas filhas tiverem que viver presas em casa?
Penny encolheu os ombros e fez bico sob o olhar ponderoso da mãe, já esperando um não como resposta como de costume.
— Algumas horas a mais não vão fazer mal... — Repetiu a mãe. — Ela pode ir depois que tomarmos café da manhã, está bem assim?
Penny sorriu invadida por uma onda de felicidade, podia não ser tão bom quanto ir até lá agora, mas era bom o bastante.
Estava tentando convencer a mãe a lhe deixar passar a noite na casa de Agnes a semanas, meses até! Sua amiga já tinha ido até a sua casa tantas vezes que perdera a conta, passavam as tardes correndo pelo jardim com Bea em seus calcanhares tentando lhes alcançar, ou então deitadas no chão da sala assistindo velhos filmes em videocassete que seu pai guardava em uma prateleira na sala, trocando idéias sobre o enredo e cochichando baixinho uma com a outra sobre as cenas de beijos com as bochechas vermelhas e cheias de risadinhas.
Não havia ninguém no mundo que Penny adorasse mais do que Agnes. Elas estudavam juntas na mesma escola do bairro e quando se conheceram formaram uma espécie de amizade instantânea. Simplesmente olharam uma para outra e souberam que dali em diante seriam melhores amigas. Toda aula sentavam-se juntas, trocando bilhetinhos sobre o olhar desatento da professora, nos intervalos se juntavam a outras crianças e brincavam de pique-esconde ou bolinhas de gude. Agnes se dava bem com todos, meninos e meninas, alunos mais velhos e mais novos, até os professores gostavam dela. E onde quer que fosse sempre tinha Penny em sua órbita.
Entretanto quando era vez dela de ir até a casa da amiga sempre haviam restrições. Sua mãe não achava de bom tom que as duas brincassem sozinhas na rua, e tinha suas ressalvas mesmo quando as meninas estavam sob os cuidados dos pais de Agnes.
"Não saia de dentro da casa." — Sua mãe mandava. "Fique sempre perto de algum adulto."
E quase sempre respeitava isso.
Quase sempre.
Agnes era a única pessoa, além de seus pais, que sabia quem ela realmente era, a única que havia visto sua magia se manifestando. Mais ou menos uma vez por dia Agnes lhe pegava pela mão e iam juntas para longe dos olhares atentos de seus pais e pedia aos sussuros para que pudesse ver uma mágica.
"Você acha que pode fazer essa penela flutuar?" — Perguntou certa vez enquanto estavam na cozinha com a desculpa de verem se os biscoitos já haviam assado.
As orelhas de Penny queimaram. Fazer aquele tipo de coisa era muito mais difícil do que Agnes fazia parecer e na maioria das vezes tudo fazia era completamente acidental. Mesmo assim, ao ver os olhos castanhos brilhando em antecipação, não foi capaz de negar aquele pedido.
Sem saber como começar com aquilo chegou os olhos, puxou o ar para dentro de seus pulmões, imaginou com toda a força a panela voando e então soltou o ar todo de uma vez. A panela não voou, mas conseguiu explodir um saco de farinha no balcão. Os cabelos negros de Agnes agora estavam turvos, e se as bochechas de Penny não estivessem brancas seriam vermelhas. O silêncio foi cortado pelo sorriso desenhado no rosto da amiga e antes da bronca aquela casa se encheu de riso.
Esse incidente levou sua mãe a ficar mais rigorosa com relação o tempo que passava com Agnes e aquela seria a primeira vez que passaria a noite toda fora desde então e por isso tomou o café da manhã mais rápido do que nunca. Tascou um beijinho na bochecha de Bea e correu pegar a mochila que já estava preparada desde a noite anterior. Agnes morava duas ruas abaixo da sua e seu pai lhe acompanhou por todo o trajeto, bateram a porta e assim que se abriu uma fresta ela entrou cumprimentando por auto a mãe da melhor amiga a qual já se referia como tia.
— Desculpa por isso. — Ouviu seu pai dizer de longe, mas já estava a procura da garota. — Ela estava muito ansiosa...
— Você veio mesmo! — Finalmente a encontrou, comendo cereal no sofá enquanto assistia um desenho qualquer. Ela se levantou na hora que seus olhares cruzaram, tão depressa que chegou a entornar um pouco do cereal no chão e sorriu amarelo por isso.
Trocaram um abraço rápido, Penny jogou a mochila do lado do sofá e se sentou já engatada em uma conversa.
— Quem olha assim até parece que elas não se vêem a anos! — Brincou a mãe de Agnes e os dois adultos riram entre si sem ter a atenção das meninas, preocupadas demais em falar sobre aquele episódio que nunca tinham assistido antes.
— Eu chamei a Rita também. — Contou Agnes se ajeitando em seu lugar depois de se desculpar com a mãe pelo cereal derramado. — Mas a mãe dela não deixou.
— Ah... — Fingiu descontentamento, mas foi difícil esconder o sorrisinho de satisfação que a notícia lhe causava, e isso não passou despercebido por Agnes.
— Ela é legal. — Proclamou casualmente.
Penny não contestou com palavras, mas sua careta foi mais explícita desta vez. Agnes riu e empurrou levemente seu ombro em tom de brincadeira.
— Se você tentasse conversar com ela iria concordar comigo. — Agnes incentivou.
Antes de começar a andarem juntas Penny nunca teve muitas amizades. Chegou naquela cidade na metade do ano e já estava em sua terceira escola, e sem muitas expectativas de que ficaria naquela classe até o final, sempre que começava a criar laços com alguém sua família fazia malas e seguiam para outro lugar. Se não fosse por Agnes estaria sentando em um canto no fundo da sala até os dias de hoje, foi praticamente arrastada para dentro do círculo de amigos da menina e, sendo sincera, tinha gostado da experiência. As outras crianças não a achavam esquisita, como Penny pensou que fariam, e ao contrário disso viviam elogiando coisas que iam desde seu cabelo até a caligrafia em seu caderno. É claro que sabia que boa parte daquela atenção que recebia era por causa de Agnes, a garota mais popular de seu ano em toda escola, mas não deixou de apreciar isso e aprendeu como as outras crianças eram todas divertidas em sua própria maneira. Todas, menos Rita.
Agnes já havia lhe perguntado porque tanta implicância com a garota, mas nem Penny sabia como responder aquela pergunta. Não ia com a cara dela e era isso. Há quem pudesse argumentar que havia ali uma pontinha de ciúmes, já que Rita era a pessoa mais próxima de Agnes depois dela, mas isso é bobagem! Penny não tinha ciúmes da melhor amiga com mais ninguém, porque seria diferente nesse caso?
— Eu falo com ela. — Penny tentou se defender. — As vezes...
Agnes balançou a cabeça negativamente e voltou sua atenção para o desenho com um sorriso divertido no rosto. Ela sabia que não ia resolver aquele assunto hoje e entendeu que era melhor só deixar pra lá. Penny era grata por isso.
Quando o desenho acabou as duas foram direto para o quarto de Agnes, debruçadas sobre revistas de moda que a mãe da menina colecionava, discutindo quem ficaria mais bonita com cada roupa, sonhando acordadas com a vida de uma super modelo. Para Agnes a ideia de viajar o mundo inteiro participando de desfiles era um sonho, mas Penny — apesar de estar longe de descordar — apontou as desvantagens de viajar o tempo inteiro. Ela nunca pode ter um cachorro, coisa que sempre quis, seu pai vivia tendo que procurar novos empregos e toda vez que saia de casa tinha a estranha sensação de que aquela poderia ser a última vez.
— Se eu fosse modelo ia comprar uma mansão enorme! Assim teria sempre pra onde voltar depois das viagens. — Disse Agnes, como se aquilo resolvesse definitivamente o problema.
Penny imaginou a mansão. Talvez pudesse comprar uma do lado da de Agnes, assim elas seriam vizinha, mas ela não queria ser modelo. Mesmo com todos os receios da mãe ela ainda amava o mundo mágico, mesmo as pequenas partes com que podia ter contato por meio de seu padrinho, que a levava a jogos de quadribol sempre que tinha uma chance. Ela queria parar de se esconder, queria ser bruxa e falar com as outras pessoas sobre isso, esse sim era seu grande sonho!
— Talvez existam bruxas que sejam modelos... — Agnes disse e a sugestão lhe fez rir. Talvez ela pudesse ser bruxa e modelo ao mesmo tempo, mas ainda faltava algum tempo para saber disso.
— Eu vou para Hogwarts daqui a dois anos. — Contou aos cochichos, cuidando para que não fossem pegas falando daquelas coisas. — É uma escola de magia, minha mãe estudou lá e meu padrinho também, dizem que é a melhor escola do mundo!
— Espero que não seja! — Agnes emburrou.
— Porque não? — Perguntou surpresa.
— Se a escola for tão boa assim você fica lá aprendendo a ser bruxa e esquece de mim! — Fez bico.
— Eu nunca me esqueceria de você, Agui. — Penny riu abertamente do medo bobo da amiga.
No momento em que veio o pôr do sol estavam brincando no quintal, se é que podia ser chamado assim. Os fundos da casa de Agnes se abria para uma densa floresta na qual já haviam acampado certa vez com a companhia de seus pais. Havia um velho balanço em uma das árvores mais próxima da casa, Agnes estava se pé sobre a tábua de madeira enquanto Penny fazia força para empurrar a menina cada vez mais alto. Seus braços já estavam cansando e suor escorria pela testa, estava prestes a dizer que era sua vez de balançar quando viu algo cintilar entre as folhas alguns metros a frente.
— Você viu aquilo? — Apontou curiosa.
Agnes pulou do balanço quando o mesmo atingiu seu ponto mais alto, aterrissando desajeitada porém de pé. Olhou por vários minutos para a direção que o dedo de Penny havia apontado até desistir.
— Ver o que? — Arqueou a sobrancelha.
Penny não respondeu porque não sabia, mas foi a primeira a dar passos largos em direção a moita e afastar as folhas com as mãos. Arregalou os olhos quando viu o que era a fonte do brilho, devagar e com cuidado fez sinal para que Agnes se aproximasse e quando a garota espiou por cima de seu ombro engasgou. Sentada em um galho havia algo parecido com uma mulher com orelhas pontudas e asas transparente que pareciam ter sido mergulhadas em glitter, mas não era maior do que um grilo.
— O que é isso? — Agnes perguntou em um tom muito alto que pareceu ter incomodado a criaturinha, que fez careta e se virou de costas para as meninas.
— É uma fada. — Penny respondeu orgulhosa de saber.
Ganhou do padrinho um livro em seu último aniversário — Animais Fantástico e Onde Habitam — e nele havia um capítulo inteiro sobre fadas, diabretes e fadas mordentes com muitas ilustrações da anatomia da criatura e descrições sobre seus hábitos.
— Uma fada! — Agnes repetiu com mais entusiasmo ainda. — Uma fada de verdade! Mas eu pensei que elas fossem maiores.... Pra carregar os dentes de leite, sabe?
— Elas não fazem isso de verdade. — Penny contou. — Acho que é só nas histórias.
— Eu sabia disso! — Agnes se defendeu com as bochechas coradas, Penny não pode deixar de escapar uma risadinha o que só se serviu para intensificar o tom. — É sério! Eu estava testando você.
A fada ficou pareceu ainda mais aborrecida com a conversa das duas, bateu asas e voou para floresta adentro zunindo.
— Ah, ela foi embora... — Agnes lamentou. — Você acha que ela volta?
— Acho que sim. — Acenou, lembrando-se que fadas gostavam de por seus ovos em folhas como as daquele arbusto. — A floresta deve estar cheia de criaturas, talvez a gente consiga ver outras.
— Mesmo? — Perguntou, os olhos ganhando um novo brilho. — Que tipo de criaturas?
— Tem os tronquilhos. — Teve que forçar um pouquinho mais a memória para dizer. — Eles parecem um graveto verde, tem folhas na cabeça e tudo.
— E você acha que tem desses aqui? — Agnes perguntou cada vez mais interessada.
— Talvez. Eles comem ovos de fada, então se devem estar por perto também. — Penny rezou para que Agnes não fizesse mais nenhuma pergunta, pois aquilo resumia tudo o que sabia sobre tronquilhos e fadas.
E Agnes de fato não perguntou mais nada. Ao invés disso começou a andar para dentro da floresta sem hesitar.
— Agui! — Penny chamou de volta, olhando receosa para o muro da casa que já estava distante a aquela altura.
— Se tem algo assim por aqui eu quero ver. — Agnes disse. — Você não?
— Já está escurecendo. — Fugiu da pergunta. — Se sua mãe...
— Minha mãe tá fazendo bolo, lembrar? A gente vai rapidinho, quando ela acabar já vamos estar de volta. — Argumentou. — Vamos logo, Penny! Eu sei que você quer ver também.
Gemeu e apertou os punhos. Tinha um milhão de motivos para não irem, mas Agnes não estava mentindo: Ela também queria muito ver um tronquilho de perto. O primeiro passo foi o mais difícil de dar, a adrenalina era como pássaros em seu estômago, mas a sensação foi aliviando aos poucos, pé por pé, e logo o senso de aventura tomou conta. Adentraram de vez na floresta, o mesmo caminho que fizeram quando foram acampar, e com o tempo o sol se abaixava cada vez mais, encontrando com a linha do horizonte e então desaparecendo de vez. Foi graças a luz da lua cheia que puderam procurar pelos tronquilhos, ainda que não estivessem tendo muita sorte.
Viram um esquilo, duas joaninhas e um sapo grandão, Agnes pensou ter encontrado outra fada uma vez, mas quando Penny foi ver era só o reflexo de uma pedra colorida. Umas três vezes Penny cutucou o ombro de Agnes e perguntou se já não era hora de voltarem, mas Sempre ouvia a mesma resposta:
— Ainda estamos perto de casa, daqui a pouco a gente vai!
E o "daqui a pouco" nunca vinha.
Outras três vezes Penny ouviu uivos, falou com Agnes sobre lobos, e mais uma vez ouviu uma resposta repetida:
— Devem está longe, nunca vi um lobo aqui tão perto.
Alguma coisa em Penny discordava intimamente, mas tudo era esquecido quando uma das folhas se mexiam com o vento e elas pensavam ter encontrado os tais tronquilhos. Dedicava mais tempo procurando do que se preocupando, e, mesmo que ainda não tivessem encontrado nenhuma criatura mágica, tudo valia a pena só por poderem explorar a floresta sozinhas. Nunca havia passado tanto tempo fora dos cuidados da mãe e tudo parecia demasiadamente divertido. Nem os uivos de lobos e corujas por entre as árvores já a assustavam mais, estava fascinada pelos insetos colorido que encontrava. Pegou uma lagarta verde e gorda na palma da mão e riu da cara de nojo que Agnes vez ao ver o bichinho que passeava entre seus dedos tentando escapar, mas sempre que ele chegava a ponta ela colocava a outra mão na frente e a pobre lagarta ficava encurralada. Achou curioso a facilidade com que podia manipular o bicho, não importava para onde a lagarta ia ela ainda estava ali, era de dar pena e estava pronta para colocá-la de volta a folha quando mediu mal a força e fez com que a lagarta virasse gosma verde entre seus dedos.
Agnes empalideceu, Penny chegou a abrir a boca para dizer que não era assim tão nojento, então reparou que os olhos arregalados estavam direcionados não para suas mãos, mas sim para algo atrás de si. Os pelos de sua nuca arrepiaram todos antes que tivesse coragem de se virar, uma sensação esquisita na garganta que se intensificou ainda mais depois de espiar por cima do ombro e encontrar o maior lobo que já tinha visto. Era pelo menos duas vezes maior que um lobo normal, olhos pequenos e brilhantes, presas brancas e afiadas rosnando enquanto elas enquanto contornava as duas com os pelos eriçados. Muito magro, e com um longo fucinho, era uma figura aterrorizante e ambas as meninas congelaram no lugar pelo menos. O lobo uivou novamente e Penny recuou um passo, estavam muito mais perto do que haviam imaginado e logo Penny percebeu que aquele não era um lobo comum.
— Lobisomem... — Sua voz saiu como um sussurro seco e gelado junto a lembrança do animal medonho em uma das páginas do livro e as histórias macabras que ouvia do padrinho.
Sentiu a mão de Agnes lhe agarrar pelo pulso, a garota antes cheia de coragem e entusiasmo agora estava encolhida perto de si, encostando ombro com ombro e tremendo levemente os lábios sem emitir som algum. O lobisomem tinha os olhos fixos nelas como contas luminosas andando de um lado para outro como se esperasse por algo, e haviam mais uivos no meio da mata se aproximando. Suando, Penny nunca esteve tão parada em sua vida, nem mesmo respirava, mas Agnes ainda estava segurando seu pulso com força e tremia muito. Em um passo em falso quebrou um galho seco no chão, o que não passou despercebido pelos ouvidos do animal.
Não tiveram tempo para pensar, apenas de correr. O lobisomem no encalço latindo e rosnando e vultos que pareciam as rodear. O coração de Penny parecia preso na garganta, estava suando frio e tinha que ser puxada por Agnes, não sabia nem dizer para onde iam ou se a amiga tinha alguma ideia disso também. Tropeçou em uma pedra, graças a Agnes não caiu, mas isso atrasou o passo e se não tivesse sido empurrada não teriam conseguido desviar do pulo de ataque do lobisomem. Mas a manobra de Agnes não foi feita sem consequências, quando estavam se preparando para correr novamente Penny percebeu que ela havia torcido o tornozelo. Em um movimento rápido passou a mão da menina por seu ombros e levantaram, correndo em círculos e sempre cercadas pelo lobisomem. Um grito preencheu sua garganta quando ele tentou morder sua perna, mas fora rápido o suficiente para se esquivar. Agnes em um surto de coragem chutou a cabeça do animal com a perna que ainda estava boa, mas o bicho mal se mexeu com o impacto, ficou no máximo surpreso com a audácia da garota, e isso as deu poucos segundos para voltar a correr.
Estavam se afastando da casa, a trilha que seus pais haviam marcado no dia do acampamento havia desaparecido, e o lobisomem parecia estar guiando as duas duas para algum lugar. Penny teve certeza disso quando chegaram em um lago que nunca tinha visto antes, as águas estavam prateadas pela luz da lua, e lá estavam outros lobisomens. Pelo menos seis deles, a maioria tão magros quanto o primeiro, machucados até, mas havia um que era maior que os outros e parecia muito mais forte também. Estavam completamente cercadas, suadas, tremendo e chorando.
Penny queria fugir, mas fugir para onde? Agnes estava com a perna machucada e ela mesma já não aguentava se manter de pé. Queria gritar, mas quem iria escutar? Não tinha ideia de onde estavam, porém com certeza não havia ninguém por perto que pudesse ajudar. As lágrimas já estavam deixando sua visão turva, a única coisa que ainda conseguia enxergar com clareza eram os olhos luminosos dos lobisomens. Eles continuavam andando em círculos em volta dela, agora esperando que o lobo maior tomasse a iniciativa. Penny teve a terrível sensação de que tudo aquilo era muito divertido para eles, as presas do lobo maior formavam quase um sorriso, era como ela brincando com a lagarta.
— Penny! — Agnes gritou, a despertando de seu transe. — A árvore!
Olhou para onde Agnes indicava e encontrou um grande carvalho e logo entendeu o que a amiga pretendia fazer. Tiveram que agir rápido, o lobo maior havia cansado de brincar e correu em direção a elas, Penny usou o que lhe restava de força para tentar ajudar Agnes a agarrar um galho e subir. Mas suas pernas tremiam, a cada segundo que passava o lobisomem se aproximava cada vez mais em grande velocidade. A mão de Agnes estava a poucos centímetros do galho, ela ia conseguir subir, mas Penny sabia que não teria a mesma sorte. Fechou os olhos deixando que as lágrimas quentes escorrerem pelo seu rosto gelado refletindo a luz da lua.
Agnes iria subir na árvore e ela não, os dedos já encostavam na madeira, estava tão perto!
Agnes ia subir na árvore, mas ela ficaria no chão.
Nunca esteve tão apavorada em toda sua vida, antecipando o ataque do lobisomem, e por um segundo — um segundo apenas — desejou que ela subisse na árvore no lugar de Agnes.
Quando abriu os olhos seu desejo havia se realizado. Ela estava sentada no galho do carvalho, não fazia idéia de como havia chegado lá e mesmo assim estava. Agnes havia caído de costas no chão, Penny pode ver o olhar de surpresa em seus olhos e seu primeiro impulso foi de esticar a mão para pegá-la, mas era tarde demais. Estava encarando os olhos de Agnes quando ela levou a primeira mordida, viu a dor, as garras que rasgavam a pele. Escutou de perto os gritos desesperados e sentiu o cheiro de sangue e terra úmida. Viu quando os outros lobisomens se aproximaram para pegar sua parte e como pulavam tentando alcançar o galho em que estavam, se encolhendo o máximo que podia enquanto gritava o nome de Agnes até ficar rouca. Penny viu quando bruxos chegaram, pelo menos dez deles, todos com varinhas em punho, e assistiu a batalha inteira. Viu os lobisomens deixarem Agnes ensanguentada no chão e partir para cima dos bruxo todos de uma vez. Viu quando mataram um lobisomem, um feitiço de fogo que deixou fez suas narinas se encherem com cheiro da fumaça, e viu quando os outros lobisomens fugiram acuados.
Viu tudo, e mesmo assim quando uma das bruxas lhe encontrou a tirou de cima da árvore e pressionou sua cabeça contra o colo para que não visse mais nada.
— Maldito Greyback! — Brandou um deles. — Você pegou a garota?
— Ela está bem, não parece ter sido mordida. — Disse a bruxa que a segurava. — E a outra?
— Morta. — Responderam.
Morta.
Agnes havia morrido.
Agnes havia morrido por culpa dela?
A mão estava tão próxima do galho, se não tivesse feito o que quer fez seria Agnes em cima da árvore. Talvez ela pudesse subir magicamente depois e as duas estariam a salvo. Com apenas um segundo tinha acabado com a noite.
Agnes havia morrido por culpa dos lobisomens.
Fora isso que ouviu os adultos dizerem repetidamente. Culpa de Fenrir Greyback e sua matilha de lobisomens, culpa da guerra, dos comensais da morte e seu líder, mas não culpa dela.
Foram os lobisomens, e Penny acreditou nisso.
#hphm#hogwarts mystery#harry potter hogwarts mystery#harry potter#penny haywood#hphm fanfiction#fanfic#Um dia no passado
10 notes
·
View notes
Text
Chilling Adventures: Nell Donovan and Ianthe Huang — Naughty
Nell.
Como a garota popular e acessível que Ianthe era, eu podia dizer com segurança que ela tinha mais amigos e conhecidos do que realmente podia contar, e isso queria dizer que de todas as pessoas na Constance e na sua lista de contatos, eu talvez não passasse de um outro nome, mas competia ombro a ombro com Jesus o tempo que a conhecia e me importava com ela.
Perdendo um ou dois pontos, porque nunca teria tido coragem de lhe passar a perna por um garoto, ainda mais um garoto como Connor.
— D, me perdoa, mas eu te disse que ia terminar mal pra caramba. — Tentava lhe consolar, afagando seus cabelos meio úmidos em cima do meu colo, sem saber se era por causa das lágrimas que a mesma vinha chorando pra mais de dois dias.
— Não, você me disse que não aconselhava, mas também não barrava. — Huang relembrou minhas palavras, esfregando o rosto com as mãos, o corpo ainda todo torto no banquinho do pátio, e me perguntava se aquela sua posição meio deitada, meio sentada, deixava mais pra imaginação do que acontecia debaixo de sua saia.
— E depois disse que ia terminar mal pra caramba.
— Bom… Essa parte. Talvez eu tenha ignorado.
Porque ele tem um sorriso tão bonito, porque ele é tão talentoso, porque ele é tão fofo, porque ele, porque ele… Lembrava bem, das suas desculpas e comentários no começo daquele pesadelo. Ora, pois, eu bem conhecia a genética cagada daquela família, e era por essas e outras que não ficava arranjando meus parentes por aí: pra não ter que ficar consolando gente sonsa depois.
— Ainda bem que você é bonita. — Reforcei, mexendo os ombros. Um caso que não tinha salvação, Ianthe Huang. — Mas me promete que não vai mais cair com tudo no primeiro sinal de alguém curtindo você?
— Eu prometo. — A outra voltou a se erguer, a postura de quem estava pronta pra desbravar o mundo e explorar a galáxia inteira, as lágrimas indo, dando lugar a uma determinação estranha. — Pessoas são superestimadas. Eu sou uma mulher auto-suficiente.
Uma. Semana. Foi. O. Que. Durou.
Até a ver enrolando uma mecha de seu rabo de cavalo de Cheer no pátio pra sabe Deus quem, mas que com certeza tinha partido mais corações e desiludido mais pessoas do que o auxílio emergencial do governo em tempos de pandemia.
— Ryuji, se um dia eu me dedicar mais uma vez à causa juntar os caquinhos daquela ali, me prometa que vai me jogar na frente de um ônibus, em chamas e com zumbis dentro, pra ter certeza que eu não vou teimar.
Ianthe.
Como a garota nerd e um tanto motivada que Nell era, eu podia dizer com segurança que não entendia como alguém podia resolver um problema de física universitário em minutos, e não saber a ordem certa das letras do próprio nome, interpretar um texto e não ter a menor noção de história.
— Puta merda, D! Uma carta em 1500 não podia ser enviada dentro de um avião, porque não existiam aviões em 1500! — Exclamei, puta da cara, riscando mais uma vez uma resposta sua num teste improvisado meu.
— Também acreditavam que o mundo tinha uma beirada, mas olha só onde nós estamos! — A mais jovem tentou argumentar, balançando um dedo no ar, como se aquilo servisse pra alguma coisa.
— Ainda bem que você é bonita. — Disse, balançando a cabeça várias vezes, enquanto rasgava o papel dramaticamente com as mãos, desistindo totalmente do meu trabalho ali. — E que pra mandar pessoas pra lua, você não precisa achar o sujeito numa frase.
Mais tarde, entendia que ela brilhava e era de fato brilhante em outras coisas: resolvendo problemas, descobrindo coisas importantes no céu, reinando a maior parte das feiras de ciência e só sonhando muito alto com a ideia de um mundo, e muitos outros, melhor. Mesmo que eu fosse a única líder de torcida a assistindo, sentindo dor de cabeça depois da primeira linha de números e sinais em cada uma de suas competições de fazer continha super rápido com outros nerds.
Nell.
O que gostava de pontuar para Ianthe e convencer sua cabecinha de vento e glitter colada em seu pescoço, era que ela era muito mais do que as pessoas pensavam e diziam sobre ela, e que ela era autêntica, a seu próprio modo.
— Se está no coral faz quase quatro anos, por que nunca tentou ser solista? — A cutuquei enquanto andávamos pelo corredor, observando suas colegas de clube se matando pra escrever o nome na lista, que nunca nem tinha a visto chegar perto.
— Estou lá pra ser bonita e chamar a atenção quando não ensaiamos uma coreografia o suficiente. — Huang me explicou de maneira didática, as mãos gesticulando como se fosse óbvio, e depois os polegares apontados pra sua própria figura, brilhando no sol das oito horas devido aos muitos Strass colados aqui e ali. Não era nem sexta, ainda. — Não tenho talento suficiente. Gosto de ser a surpresa.
— Bom, você tem potencial suficiente, e pode fazer tudo o que essas meninas fazem. — Disse com toda a sinceridade que cabia em mim, mesmo que ela fosse minha sénior, e ate mais alta que eu, apoiando minhas mãos em seus ombros. — Consegue ser lançada a seis metros de altura e cair sorrindo como se tivesse ganhado o castelo do Walt Disney World pra morar, tem mais carisma do que metade dessa cidade e não importa o que você faça, sempre consegue fazer as pessoas se lembrarem de você. — Ia a balançando, sorrindo conforme ela sorria pra mim, as pedrinhas debaixo dos olhos enormes piscando de uma maneira quase mágica, antes de bater muito levemente em seu rosto e rolar meus olhos. — Então eu acho melhor você trabalhar, garota, porque se ouvir outra balada por qualquer outra pessoa, vou morrer de tédio.
No fim, sabia que ia acabar julgando aquele seu solo nas seletivas — com uma música falando sobre ser a rainha da selva e pedir pras pessoas gritarem o nome dela — na língua de seu avô enquanto ia mais ao chão do que se costume, mas me sentia feliz. Feliz por ajudá-la a explodir a própria caixinha e criar mais memórias pra si mesma, no topo, onde ela pertencia.
Ianthe.
Em um outro momento, ia discutir sobre minha obrigação de ter que procurar um Ryuji bêbado e ser sua guardiã de volta pra casa também, mas enquanto as ordens fossem apenas sobre Nell e arrastar sua própria bunda bêbada de volta pra um lugar seguro e que não fosse propenso a receber batida da Polícia, era isso que eu ia fazer.
— Ser sua amiga no parquinho, ir assistir tuas apresentações com aquela fita, te ajudar a ter um C em humanas, pra ser rebaixada a babá de jovem que cai com duas Skol beats. — Ia enumerando em voz alta, mesmo que ela estivesse ocupada rindo em seu próprio mundinho, enquanto eu tirava o cinto de segurança de seu corpo e a puxava pra fora do meu carro. — A que ponto eu cheguei…
Bom, nem um, mas Nell bem tinha chegado com a cara no portão da garagem dos pais, quando tropeçou, tropeçou e foi andando até tropeçar de novo e se bater ali. Sei nem como, mas o barulho foi absurdo de alto, me fazendo tremer onde estava de pé, assistindo a coisa sem nem me prestar ao papel de tentar impedir.
— Seja lá o que for que tenha nessas coisas que você bebe, ou na saliva do Ryuji, ou no outro tipo de saliva dele, D, para. — A aconselhava, colocando sua cabeça em cima do meu colo enquanto me sentava no chão, sabendo que nosso destino era dormir ali mesmo até alguém nos socorrer no dia seguinte. — Eu to exausta. Não to sendo paga.
Nell.
Eu me lembrava da primeira vez que tinha a visto, do primeiro assunto do qual conversamos, da primeira vez que brincamos juntas, de todos os aniversários, todas as festas do pijama, e de sempre a enxergar como uma irmã mais velha; aquela que estaria sempre segura e de pé por ela mesma e às vezes eu, e em nenhuma dessas vezes, imaginei que fosse presenciar seus piores momentos também.
— Precisa voltar pra terapia. — Tentei a convencer mais uma vez, puxando minha mão que logo ia tocar seu cabelo como de costume, mas entendia que, ao menos agora, ela estava muito longe de receber qualquer tipo de contato físico tão bem quanto antes. — Precisa tomar os remédios.
— Eu não posso voltar. — A outra rebateu pela milésima vez, enrolada em uma bola em cima de sua cama, os ombros balançando e eu não sabia se porque estava falando ou chorando de novo. — Se eu voltar, ela vai achar mais um monte de problemas, eu vou ter que bater um ponto lá todos os dias e vou enlouquecer com tudo isso de novo. Não preciso do remédio. Vai passar.
Sabia que Ianthe enxergava toda aquela situação como a maioria dos problemas dela: um término, uma semana ruim no cheerleading, um amistoso do coral que poderia ter sido melhor, um 9,5 em uma prova que ela sabia que podia tirar 10, e também sabia que aquilo ia corroer ela, até ela achar que era a única causa e consequência, e era meu dever tentar evitar.
— A culpa não foi sua, a culpa não foi da maneira como você sorri, da maneira como você se comporta, do quão mente aberta você é ou do que estava vestindo naquele dia, e em quaisquer outros. — Ia lhe dizendo, dando a volta em sua cama, até me sentar do outro lado perto de seu corpo encolhido, e me esforçava pra não começar a chorar também. — D, você é mais do que suficiente, mas não vou julgar você por precisar de ajuda. Não pode e não precisa passar por isso sozinha. Não vou deixar você aprisionar isso também, vamos curar isso, juntas.
Ianthe.
Gosto de pensar que em algum momento, vamos estar bem. Vamos às compras sem nos preocupar com os cartões de crédito, comer McDonalds até passar mal, então julgar os looks uma da outra pra ficar dentro de casa, e vou deixar ela me fazer de vela em um de seus muitos encontros com Ryuji porque sempre terminam bêbados e precisam de algum responsável por perto. Gosto de pensar que esses dias vão voltar, e que pra isso, precisamos no ali e agora, uma da outra.
— Não pode deixar enterrarem ela sem você se despedir, Nell. — Sussurrava pra sua porta fechada, observando seus pais me olhando muito atentamente no final do corredor, confiando que eu pudesse fazer o que eles não conseguiram. — Não pode deixar ela ir embora sem saber o quanto se importa com ela, o quanto a amava e o quanto você lutou ao lado dela até aqui. Ela… Ela podia parecer uma mulher firme, mas tenho certeza que precisa disso, agora mesmo, onde quer que ela esteja. — Conseguia ouvir ela chorando do lado de dentro, o barulho meio abafado de seus passos contra o piso de madeira, enquanto eu mesma olhava meus pés e a única rosa branca que tinha pra deixar no túmulo. — Eu prometo que não vou soltar sua mão, eu prometo que não vou te deixar ler a carta sozinha, eu prometo que vou estar do seu lado com um lenço por tanto tempo quanto você precisar e se daqui dois meses você ainda se sentir triste, vou dizer a Navarro que não posso ir pro programa de verão porque preciso fortalecer minha melhor amiga e abraçar ela todos os dias. Só, por favor… Faça isso por você mesma.
Não sei em qual parte do meu discurso ela destrancou a porta e a abriu, prometi pra mim mesma que não ia olhar pra ela até que tivesse terminado, mas só consegui respirar quando senti um de seus braços envolvendo o meu corpo, e quando eu mesma a abracei também, batendo em suas costas como se ela fosse uma criança pequena, a consolando como podia.
— D, vamos curar isso juntas.
1 note
·
View note
Text
Amor de outras vidas-Capitulo 125
1 mês depois...
Pov Clara
Um mês, faz um mês sem o meu amor, um mês em que ela sumiu sem deixar qualquer tipo de rastro, um mês que a minha busca por respostas se tornaram incessantes, um mês que eu não faço ideia de onde ela está, um mês que eu me recuso a acreditar que ela está morta como os outros, acreditam um mês que para mim, a vida perdeu a cor.
Ha um mês eu não sabia o que era dormir direito, sonhava com ela todas as noites, as vezes eu queria ficar presa naqueles sonhos, ou dormir para sempre para não ter que me despedir dela, mas eu não podia, e cada vez que acordava, meu coração doía por não tê-la ao meu lado. No meu dedo, estava nossas alianças de casamento, entregue pela polícia quando encontraram em uma estrada de barro na saída da cidade, como se eu estivesse esperando por ela para colocar uma delas em seu dedo.
Eu ia para a empresa e me trancava em sua sala, ficava horas e horas por lá e pedia para não ser incomodada, já não me dava mais prazer me envolver com as questões burocráticas, sem ela não fazia sentido, era o sonho dela aquilo,
May: Bom dia mana...-entrando na sua sala- O que houve?
Clara: Bom dia May...-olhando pela janela- não houve nada...
May: Passei no seu ap e o Edu disse que você saiu super cedo.
Clara: Perdi o sono, preferi vir para cá...-suspirando
May: Entendo…-suspirando
Depois do que aconteceu, Edu voltou a morar comigo, eu me sentia até um pouco culpada em vista que ele já tinha construído uma vida na Europa, mas ele me contou que estava tentando com o Ricardo, e que por isso já pensava em voltar para o Brasil. Thais também não estava nada bem depois do que aconteceu, e depois do que aconteceu passou a morar com May, e o apartamento onde elas moravam estava fechado, e acabou se tornando um refúgio secreto meu, eu tinha as chaves mas ninguém sabia, eu ficava lá por horas.
May: Quer tomar café comigo? Está cedo ainda…sai de casa e nem comi nada.
Clara: Não mana...-a encarando- obrigada! Não estou com fome.
May: Mana você precisa comer…-suspirando- olha o quanto você emagreceu.
Clara: Ao menos um lado positivo nessa história. -Marejando os olhos
May: Clara…-indo até
Era sempre assim, eu não aguentava tocar no assunto ou pensar, por isso evitava a todos, mas eu tinha amigos e uma família que estava do meu lado nesse momento tão dolorido, tinha horas que a dor era tanta que eu pensava que não suportaria, mas lá estava um deles, me oferecendo um colo para chorar, e se eu tinha algo a agradecer ainda nessa vida, era isso.
Um tempo depois…
May saiu da sala de Clara visivelmente abalada, era horrível ver a irmã daquele jeito, assim como ver a namorada e todos os outros, E suportar sua própria dor. Lisa que passava por ali, não perderia a viu chorosa em frente a porta da presidência, ia passando reto, mas aquela cena que lhe deu uma sensação assustadora de…prazer.
Lisa: Olha só…-caminhando até ela- quem eu encontro por aqui…-sorrindo- está chorando? -irônica
May não a respondeu…
Lisa: Está triste pela amiguinha né…-com um olhar de satisfação- eu poderia dizer que estou sentindo o mesmo mas…
May: Você estaria mentindo…-fungando
Lisa: É…-sorrindo- estaria, e pra dizer a verdade eu não consigo sentir tristeza…mas prazer. -encarando May dos pés a cabeça
May não queria responder, estava cansada, sabia que Lisa aproveitaria esse momento para provoca-la, mas não daria esse gostinho a ela, mas também não escutaria aquilo tudo calada.
May: Deve ser difícil pra você né? -sorrindo para ela
Lisa franziu o cenho sem entender
May: Deve ser difícil, quando o único motivo de alegria é quando outras pessoas sofrem.
Lisa: É satisfatório…-sorrindo
May: E qual é o ápice da satisfação? Vir aqui zombar da minha cara? Vai lá, vai em frente…-abrindo os braços- eu não me sinto humilhada por você, porque não acho feio ou errado sofrer ou chorar por aqueles que eu amo!
Lisa: Vo….
May: Mas e você Lisa! -apontando pra ela- Como se sente sendo uma vazia? Como se sente sabendo que ninguém te ama? Como se sente sabendo que nem você ama a si próprio?
Lisa: Você um dia me amou…-tentando manter a pose
May: É verdade…-rindo- um dia eu ACHEI que te amei. -dando ênfase- mas nunca foi amor não é? Sempre foi u. relacionamento abusivo, eu estava cega.
Lisa: Éramos muito felizes até que a sua amiga destruiu a gente! -irritada
May: Não, ela não nos destruiu! Você me destruiu e ela me tirou disso, você nunca me amou Lisa, você não ama ninguém! E sabe do que mais…? -a encarando- eu não me sinto diminuída por você por estar aqui chorando pela Vanessa! Porque ela era uma pessoa maravilhosa, e pessoas maravilhosas tem esse dom, de deixar saudades quando partem! Ela foi amada em vida, deixava amigos por onde passava, era uma pessoa boa e humana, mas e você? -se aproximando- se você morresse hoje Lisa, ninguém, absolutamente ninguém, sentiria a sua falta, você seria esquecida, porque pessoas vazias não valem a pena serem lembradas…mas pensando bem, em vida eu já não faço muito questão de lembrar da sua existência.
Mayra saiu dali e deixou Lisa parada no mesmo lugar estática, ela ficou encarando a loira sumir da sua vista e uma lagrima caiu de seus olhos que rapidamente foi limpa por ela mesmo, ela saiu da empresa um pouco abalada, pensou em ligar para a Chefia mas se lembrou que desde o sumiço da Vanessa a mesma não dava as caras, pensou em ligar para Júnior, mas não demonstraria essa fraqueza para ele, May tinha razão, ela era sozinha, vazia, esquecida…não tinha amigos, e a única coisa que deixava pelo caminho, era dor, aquela que ela causava aos outros.
Mais tarde
Na delegacia
~bem a porta~
Medeiros: Entra! -guardando umas coisas em caixa
Ricardo: Com licença…-entrando
Medeiros: Ah é você…-irônico
Ricardo: Atrapalho?
Medeiros: Imagina, fica a vontade, afinal essa delegacia já foi sua…-arqueando as sobrancelhas- Mas que devo a honra senhor investigador?
Ricardo: Quero saber como anda o caso da Vanessa? 1 mês já se passou e a família segue sem respostas...
Medeiros: Ué…o senhor não está acompanhando o caso? Está do jeito que o senhor está vendo…-fazendo gestos
Ricardo: Eu sei! Mas o que eu quero saber é o que o senhor pretende fazer em relação a isso!
Medeiros: Faço o que eu posso, já vasculhamos o Rio de Janeiro inteiro, a garota desapareceu, o que podemos fazer além de continuar procurando?
Flashback
Ricardo narrando
Foi uma longa busca durante a noite e madrugada e nada, ninguém viu, nos lugares em que ela deveria estar, a mesma nem chegou a aparecer, fomos em restaurantes, bares, hospitais, necrotérios e nenhum sinal dela, o que mais me chamava a atenção nesse caso, era a passividade do delegado e de alguns policiais.
Medeiros não nos acompanhou em nossas buscas, disponibilizou duas viaturas com os policiais escolhidos por mim, pois eram os que eu confiava e se absteve completamente, assim como o investigador do caso, seu companheiro que mais parecia um capacho, Renan.
No dia seguinte
Paramos as buscas o dia já estava amanhecendo, ninguém tinha mais condições, mas não desistiríamos, fomos para a delegacia e o mesmo já estava lá, como todos estavam muito nervosos, tomei a frente para evitar conflitos maiores.
Medeiros: Bom dia doutor investigador…-sorrindo- aceita um café ou…
Ricardo: Não, obrigada! -impaciente
Medeiros: Bom, o senhor que sabe. -pegando um café- mas e então, como foram as buscas na madrugada.
Ricardo: O senhor saberia se tivesse nos acompanhado senhor delegado.
Medeiros: Já tinha dado o meu horário! Pra isso ficou ai o delegado de plantão…
Ricardo: Que não estava a par do caso!
Medeiros: Não existe só um caso de desaparecimento nessa cidade doutor, a delegacia não pode parar porque a sua amiga sumiu. -sorrindo
Ricardo: Eu queria saber do que o senhor tanto sorri…-o encarando
Medeiros: Oras, nunca ouviu o ditado, a sorrir eu prefiro levar a vida?
Ricardo: Eu não tenho tempo para ditados populares, uma pessoa desapareceu, sob sua responsabilidade, e o senhor está se omitindo do caso.
Medeiros: Eu não estou me omitindo…-dando de ombros- Eu apenas cumpro com a lei, te disponibilizei viaturas e policiais para sair por ai procurando…-fazendo gestos
Ricardo: Mas hoje o senhor tomara a frente das investigações eu suponho não é?
Medeiros: Mas é claro que vou, vou traçar uma linha de busca com meu investigador e…
Ricardo: Esta pronto! -colocando na mesa- aqui estão os pontos que já procuramos essa noite, faltam essas áreas e…
Medeiros: Espera ai! -sem dar ouvidos para o que ele está falando- Que fique claro aqui, que o senhor é investigador particular da família! Mas o Renan, é quem está à frente do caso.
Resolvi seguir sua linha de investigação, a que eu havia traçado havia sido ignorado, foi uma longa semana de busca pois tivemos que fazer tudo novamente, o único lugar que sobrou, foi o mais perto que chegamos de descobrir algo.
Medeiros: Esse lugar aqui não tem nada!
Ricardo: Não custa procurar, já vasculhamos o Rio de Janeiro inteiro, o unico lugar que resta é esse aqui.- Indo falar com outros policiais
Renan: Medeiros! -o puxando de canto- a garota, era para estar aqui.
Medeiros: Você olhou em tudo? -cochichando
Renan: Claro que olhei, eu não me esqueceria de maneira alguma! O carro também não está lá doutor.
Medeiros: O carro é o de menos, algum vagabundo pode ter levado, mas o corpo, era para estar aqui…-nervoso- se a Chefia souber disso…
Renan: O que vamos fazer? Será que ela sobreviveu?
Medeiros: Eu não sei, mas caso a resposta seja sim, precisamos encontra-la e acabar com o que começamos…
Policial: Achei alguma coisa aqui! -gritando
Ricardo: O que foi? -se aproximando
Policial: Doutor, é uma caixinha…-lhe entregando
Medeiros: Estamos procurando uma pessoa policial! Não temos tempo para romantismo…-rindo junto com Renan
Ricardo: Pois estamos no caminho certo delegado! -pegando uma das alianças na mão- isso aqui pertence a Vanessa!
Fim do flashback
Ricardo: Fiquei sabendo que o investigador do caso saiu de férias?
Medeiros: Merecidas…-dando ênfase- meu investigador tem trabalhado muito, merece umas férias.
Ricardo: No meio de uma investigação?
Medeiros: A vida não pode parar não é mesmo! -arrumando suas coisas- até eu vou tirar um descanso, mais que merecido.
Ricardo: Medeiros, uma pessoa está desaparecida!
Medeiros: Já foi tudo repassado para o delegado que ficará em meu lugar, não se preocupe.
Ricardo: Eu não estou acreditando nisso! -incrédulo
Medeiros: Isso já é um problema do senhor…
Ricardo: Você vai abandonar um caso como esse assim? Sem mais , nem menos, apenas para tirar umas "férias”. -fazendo aspas
Medeiros: Não é um caso isolado, para isso existe policiais específicos que já estão cuidando disso.
Ricardo: Mas esse caso está sob sua custódia Medeiros!
Medeiros: Mas eu não sei onde ela está! -irritado- não foi eu quem a escondeu.
Ricardo: Será que não mesmo?-o encarando nos olhos
Medeiros: O que você está insinuando investigador?
Ricardo: Nada, mas estranho que…2 semanas antes da Vanessa desaparecer, você pediu um habeas Corpus para o Junior Gianetti. -jogando o documento em sua mesa
No interior
Solange preparava mais um dia os kit de limpeza, havia virado sua rotina, trocar lençol de cama, hidratar, alimentar e cuidar da higiene da filha enquanto esperava a mesma acordar. Vanessa estava a um mês em coma, mas a mãe já conseguia ver a sua melhora a cada dia, muito diferente daquela que chegou no consultório de Eli praticamente morta.
Eli: E então, como ela está?
Sol: Eu não sei...-encarando a filha- Porque ela não acorda?
Eli: Calma Sol...-indo até ela- Lembra do que o médico disse.
Sol: Eu tenho medo, dela nunca decidir voltar...-triste
Eli: Ela vai...eu sei. -abraçando Sol
Flashback
Eli: Chame todas as curandeiras, mas rápido! -deitando Vanessa na maca
Ajudante: Sim senhor…-correndo
Eli: Vamos lá Vanessa, fica com a gente…-fazendo um corte em sua camiseta
Quando tiraram Vanessa daquele lugar, ela já estava desacordada, Eli tinha um tipo de clinica espiritual na região, então com o carro da mesma, logo chegaram ao local, ela não respirava direito, havia uma lesão profundo em sua costela, onde a mesma estava pressionando seu pulmão, o que dificultava a respiração da mesma.
Curandeira: Ela não está respirando! - com a mão em seu pulso
Eli: Vamos Vanessa! Reage…-fazendo massagem cardíaca
Curandeira: Estamos a perdendo…-preparando os matérias
Eli: Eu não vou deixar isso acontecer! -acelerando o ritmo das massagens
Vanessa narrando
Lembro do barulho do tiro, da queda, e de mais nada, era como se eu tivesse entrado em um sono profundo, quando "acordei", me peguei em um lindo lugar, um lugar tranquilo, não havia barulho, não haviam vozes, um lugar de paz, parecia um campo, totalmente verde, com muitas rosas brancas por todo o lado, eu poderia ficar aqui pra sempre caminhando naquele lugar, apesar de sentir muito frio, e medo, eu não conseguia parar de caminhar por ali.
Eu caminhava por aquele jardim, e não tinha vontade nenhuma de sair dali, avistei algo de longe, parecia ser uma cerimônia, logo reconheci, era o meu casamento, fui me aproximando lentamente e a avistei de longe, sorri para ela que retribuiu, eu estava em meu casamento, mas os padrinhos e os convidados não estavam ali, era apenas ela e eu.
Clara: Amor…-sorrindo largo- eu estava a sua espera!
Van: Você está linda...-sorrindo emocionada
Clara: O que aconteceu?
Van: Uma mudança repentina de planos…-acariciando seu rosto
Clara: O que aconteceu com o seu rosto…-tentando toca-la- está machucado?
Van: Não amor…-se afastando
Obvio que ela não sabia, tudo havia sido planejado como surpresa, mas eu não reconhecia o campo a nossa volta, e ela não parecia estar surpresa em vê-lo, parecia que o mesmo nem existia para ela.
Quando Clara tocou em meu rosto, eu não consegui sentir o seu toque, sua pele macia eu já não sentia mais, só então eu entendi o que havia acontecido, eu não estava mais no mesmo plano espiritual que o dela, por isso eu não sentia dores em meus machucados, eu estava em seu sonho.
Clara: Onde você esteve? Eu cheguei aqui e…e..você não estava, eu acho que cheguei a desmaiar e fui para o hospital…-falando rapidamente- mas estamos aqui agora..
Van: Meu amor…Isso aqui não é real. -triste- me desculpa…
Clara: Porque meu amor…?-estranhando
Van: Porque eu preciso ir e por um momento achei que fossemos juntas…-sorrindo de canto
Clara: Ir juntas?-confusa- estamos juntas amor agora…
Van: Eu sei, eu escolhi esse lugar porque, eu te prometi que te encontraria aqui, mas não pensei que fosse nessas circunstâncias…
Clara: Do que você está falando…-procurando seus olhos
Quando minha ficha caiu, senti uma paz extraordinária, vi uma luz forte queimando meu rosto, eu já não sentia mais o frio, nem medo, tudo o que eu sentia era vontade de ficar ali, aquela luz que não era do sol, e me chamava para ir de encontro a ela.
Van: Eu tenho que ir meu amor…
Clara: Você não…você não pode. -embargando a voz- você prometeu que ficaríamos juntas.
Van: Eu não aguentei meu amor, fiquei com medo de partir e te deixar sozinha, mas agora estou sentindo uma paz absurda…-sorrindo
Clara: Mas e eu?-marejando
Van: Enquanto você estiver me mantendo aqui…-colocando a mão em seu coração- você não sentirá tanta falta.
Clara: Não faz isso Van…-a abraçando
Van: Eu te amo meu amor…-desaparecendo
Disse aquilo e derrepente aquele lugar havia desaparecido, eu já não estava mais no belo campo de antes, eu não via mais o altar, e nem ela, eu sentia a luz que ainda queimava meu rosto me atraindo até ela, o lugar onde eu estava tinha a cor de uma noite gélida. Silêncio absoluto, nada mais era possível de se escutar, não havia ninguém ali, apenas eu e aquela luz, e a cada minuto ela ficava mais forte, e mais forte, me trazendo uma sensação de liberdade, eu estava feliz, em paz, e quanto mais eu me aproximava, mais essas sensações aumentavam, eu queria alcança-la o quanto antes, queria senti mais de perto e quando eu estava perto o suficiente e meu corpo estava sendo sugado por aquela sensação que me embriagava, senti algo mais forte.
Curandeira: Ela se foi…-medindo sua pulsação- a perdemos.
Eli: Não! -continuando as massagens- Força Vanessa! Não se entrega, reage! -colocando mais força
Assistente: Senhor…a deixe ir.-segurando seu braço
Eli: Eu não vou perde-la.-o encarando- não antes de revelar a ela quem eu realmente sou, eu não vou deixar minha filha ir embora novamente.-marejando os olhos
Curandeira: Senhor não há mais o que fazer! -triste
Eli: Ela é forte…-voltando com as massagens, vai reagir, peguem o bisturi, a bomba de oxigênio, vamos fazer uma incisão.
Assistente: Mas senhor….
Eli: AGORA! -gritando
Um barulho que vinha do lado oposto a essa luz, eram batidas, como as de um coração, ao olhar pra trás eu senti o meu coração bater no mesmo compasso, era ela, eu podia sentir, era a Clara, a minha Clara, derrepente aquela luz, já não me atraia tanto, ela já não transparecia tanta paz, como aquelas batidas transparecia me chamando para voltar. comecei a correr ao lado oposto aquela luz, parecia que eu não saia do lugar, continuei a correr tentando alcançar aquelas batidas, mas elas pareciam cada vez mais distantes, e aquela luz parecia querer me consumir.
Continuei a correr e as batidas foram se tornando cada vez mais altas, ouvi alguns gritos, choros, minha cabeça, meu corpo, tudo estava doendo, fechei os olhos e gritei mais forte que pude para tentar calar aqueles barulhos que me atormentavam e quando abri, a luz, os barulhos e as batidas haviam desaparecido, a minha frente, havia apenas uma porta, suspirei aliviada, e fui caminhando em direção e quando parei em sua frente, percebi que haviam varias, inúmeras, milhares de portas.
Curandeira: Ela está respirando…-sorrindo
Assistente: O coração voltou a bater!-surpreso
Curandeira: É um milagre...-sorrindo
Eli: Não era a hora...-dando um beijo em sua cabeça- eu sabia que você seria forte.
fim do flashback
Todas as noites eu a encontrava, ia até seus sonhos, havia aprendido a entrar em contato com ela através deles, por isso eu havia decidido não abrir porta nenhuma, eu tinha medo de abrir alguma delas e nunca mais vê-la novamente, ela sempre me pedia para voltar, e eu sabia que para voltar teria de passar por ali, e eu gostava de estar naquele lugar onde eu sempre a encontrava, não queria voltar, mas ela parecia estar sofrendo nesses últimos dias, seus olhos não tinha mais o mesmo brilho de antes, ela sempre me dizia que sentia a minha falta, que todos diziam que eu estava morta, mas ela me mantinha viva, e na verdade era isso mesmo, eu estava morta, para os outros, mas ela me mantinha viva dentro do seu coração e pensamento, é por isso que somente com ela eu conseguia entrar em contato, e por vê-la assim, eu tinha que tomar uma decisão.
Eu não fazia ideia do que significava todas aquelas portas, mas eu fui naquela que meu coração estava mandado, estava na hora de voltar, eu não poderia ficar ali para sempre, estava na hora Vanessa, você tem que voltar.
Respirei fundo, abri a porta, e passei por ela.
Abri meus olhos e ainda meio zonza não consegui reconhecer aquele lugar, olhei em volta e parecia um hospital, mas não era, era um lugar onde havia muita natureza, as janelas estavam aberta e o sol da manhã já dava as caras, olhei em volta e realmente eu não conhecia ali, mas eu sabia que havia voltado, pois ouvi uma voz que eu jamais me esqueceria. Sorri ao constatar e ela ainda não havia me encarado, estava de costas mexendo em alguma coisa.
Solange: Bom dia meu amor, como é que você está hoje?-ainda sem encara-la- Dormiu bem?- Se virando para ela- A mamãe trouxe...-derrubando a bandeja- Filha!
Van: OI mãe...
11 notes
·
View notes
Photo
MEU AMIGO SECRETO É: @assholc01
Jackie nunca tinha achado o banheiro do trailer tão pequeno. Claro, em dias normais ele era diminuto o suficiente para que ela batesse os cotovelos nas paredes enquanto lavava o cabelo mas nunca havia sido claustrofóbico. Podia-se imaginar que o lugar havia encolhido de tamanho, mas a realidade é que o pequeno objeto de plástico em cima da pia ocupava toda atenção da morena. Por um lado ela queria correr dele e por outro não podia continuar ignorando a dúvida que lhe corroia por dentro. Ela queria andar de um lado para o outro para aliviar o estresse, mas ― de novo ― o banheiro era muito pequeno, então ela apenas revezava entre se sentar no vaso sanitário e ficar em pé, encarando o teste de gravidez que havia roubado da farmácia como se ele lhe desafiasse a encará-lo de volta.
― Jackie! Sai logo desse banheiro, vai se atrasar!
― Eu estou indo! ― O papel ainda estava branco quando os olhos castanhos da Daniels se prenderam no objeto que selaria seu destino. Ela urrou de raiva, chutando a lixeira com força, quando sua mãe reagiu atrás da porta. --- Jacqueline? Está tudo bem ai dentro?
--- Okay, eu só…--- Mas a frase perdeu a força na metade já que o marcador mostrava o positivo em um símbolo matemático que fez Jackie querer gritar. --- God, Damn it! --- Ela soltou, se encolhendo ainda mais no vaso para que as lágrimas não viessem. Ela estava grávida aos dezoito anos… “Tal mãe, tal filha”. Ela já podia até ouvir o que o povo da cidade diria ao seu respeito. Não que ela se incomodasse com que outros pensassem dela, tinha crescido como “a escória da cidade” e apesar dos pesares aquilo tinha feito ela ser quem era, apenas não queria aquilo para mais ninguém. Foi o pensamento reconfortante de que ela tinha Chuck, que diferente de seu pai que sumiu do mapa assim que soube das boas notícias, e que Chuck nunca a abandonaria que fez com que o pânico lentamente se esvaísse de suas veias. Além disso eles tinham conseguido despistar Bob Ray e tudo parecia melhorar, então talvez, só talvez… as coisas pudessem dar certo.
--- Jacqueline?? --- Dessa vez o nome foi seguido de várias batidas na porta de lata, fazendo todo o cômodo vibrar, o que tirou qualquer pensamento da cabeça da morena. Bem, pelo menos por alguns segundos.
--- Jesus Cristo, mãe! --- Ela reclamou, contrariada, abrindo a porta por fim. De todos os dias que sua mãe havia decidido estar sóbria aquele tinha sido o pior. Seria mais fácil lidar com aquilo sozinha, sem ter ninguém para lhe encarar ou apressar seu processo de aceitação, mas ali estava Jeanine, sóbria e com os olhos estranhamente vivos enquanto esperava a filha sair do banheiro em sua roupa de baile. O baile de formatura era um evento clichê que ela havia jurado que nunca iria participar, mas de alguma forma, Peach e Thomas estavam animados para ir e até Chuck havia cedido a ideia, de modo que não tinha como dizer não… O vestido de renda preta não era novo e sequer um vestido. O cropped combinava com a saia preta e ela completou com uma jaqueta jeans e botas que usava quase todos os dias, mas quando se tem 18 anos, não é necessário muita coisa pra ficar linda. O cabelo não tinha volume, o vestido não tinha mangas bufantes, mas não seria Jacqueline se tivesse. --- Satisfeita?
--- Ow, Jackie! Olhe para você! --- Sua mãe instantaneamente se tornou aquelas mães que esperam no final da escada e olham para seus filhos como se assistissem filhotes de poodle usando meias dos filmes. Aquela Janine, sóbria, de cabelos loiros e olhos azuis delicados, segurando uma polaroid era a mãe que Jackie sempre sonhou em ter. Talvez se ela tivesse aparecido mais vezes ela não estivesse metida naquela situação, mas quando o flash estourou em seu rosto, fazendo-a piscar e revelando uma miniatura de sua versão jovem, atraente e marrenta para a posteridade, Jackie percebeu que não era justo com sua mãe pensar aquilo. Ela era uma mulher doente e se dias bons era tudo o que ela poderia ter então ela iria aproveitar.
--- Para com isso! --- Ela se virou para beber água, mesmo sem estar com sede, mas o sorrisinho que ficou em seu rosto indicava que não era uma repreensão séria e a posição a colocou de frente para a janela o que lhe permitiu ter a visão de Charles Foster entrando no terreno poeirento do estacionamento de trailers em toda sua glória. --- Hm, Charles chegou. --- Murmurou ela já pegando sua bolsa e já dois passos da porta. As vezes morar em um trailer tinha suas vantagens. Mas seu caminho foi frustrado quando sua mãe segurou seu pulso e lhe entregou uma caixinha que Jackie estremeceu só de olhar. --- Mãe, eu…. --- A morena negou algumas vezes com a cabeça, preparando o terreno para recusar rapidamente. A pulseira de flores era brega e ela definitivamente não usaria…
--- Por favor? --- Ela voltou com o tom usado com filhotes e Jackie suspirou, fazendo com que a mecha do seu cabelo fino fosse soprada agressivamente. --- Foi o que eu usei no meu baile. Significaria muito…
--- Fine.. --- Jackie pegou a caixinha e beijou o topo da cabeça de Janine antes de sair pela porta. Antes que ela tivesse outra ideia genial como..
--- Jackie, você acha que Chuck se importaria de tirar uma foto com você antes de ir? Eu peguei essa câmera emprestada com a Susie, você sabe que ela adora fotos e eu comprei seis poses então seria um desperdício não usar.
Um silêncio constrangedor permaneceu entre ela, a mãe por alguns segundos. A língua de Jackie estalou e ela pensou em como diria não para aquela mulher franzina que na maioria dos dias mal conseguia ir até o banheiro para vomitar mas se organizou para comprar um rolo de filme e pedir a amiga uma câmera e, bravamente, não a vendeu para comprar mais drogas.
--- Espera aqui. --- Ela pediu, os braços cruzados enquanto ela cruzava o caminho conhecido até a moto. Chuck estava lá, com seu cabelo claro e macio, fumando um cigarro,como num comercial de shampoo ou da Malboro, perfeitamente confortável entre o sexy e o perigoso e quando Jackie se aproximou, foi impossível não abrir um suspirar com a beleza dele. ---- Então... --- Ela não se inclinou para beijá-lo, como fazia nos últimos tempos e isso se dava pelo fato de que a mãe dela continuava perto da porta, observando se a filha iria sair correndo na moto do bad boy da cidade ou se faria o que ela havia pedido. Com Jackie as duas opções eram igualmente possíveis. --- Minha mãe quer saber se você tiraria uma foto comigo, nossa… ela até pegou emprestada uma câmera e as merdas todas então… É importante pra ela. --- Ela estava estranhamente constrangida em pedir aquilo, as mãos procurando os próprios bolsos na jaqueta jeans, vendo o sorriso implicante de Chuck crescer quando juntava todas as peças. A caixa na mão dela, a foto..
--- Olhe só para você. Parece até uma princesinha. Isso é uma pulseira de flores?
Não precisou muito mais para que ele ganhasse um soco no ombro direito e ela voltasse a olhar para a mãe no trailer. --- Ele está indo! --- Ela não precisou se virar para ver o rosto contorcido de desgosto do loiro e focou na presença pequena da mãe comemorando na soleira.
Quando se aproximaram, Chuck já estava todo diferente. Era a postura que ele usava perto do pai e da mãe, o filho do delegado da cidade e estrela do time de futebol da Riverside High School. A postura mais ereta, o sorriso não era esnobe e ele parecia estar se apresentando a um quartel e não a mãe viciada de Jacqueline, mas ela gostava. --- Sra. Daniels… --- Ele cumprimentou e ela logo o repreendeu por não chamá-la de Janine. Ela não perdeu tempo com amenidades e os posicionou de frente para o trailer enquanto ela ficava do lado de fora, de frente para eles… Não era nem de longe a pose tradicional, mas ninguém ali parecia se importar.
--- Chuck, poderia por a pulseira na Jacqueline? Para a foto. --- Ele emendou rapidamente, mas não o suficiente para disfarçar a satisfação de ver o namorado da filha realizando aquele rito de passagem.
--- Jacqueline, huh? --- Ele provocou enquanto amarrava a fita no pulso fino da morena, e apenas a sensação dele tocando a pele de seu pulso fez o corpo inteiro da morena despertar, e ela teve que reprimir a risada e mandá-lo calar a boca, seria terrível se ele soubesse o tipo de reação que causava nela. Ainda que ela suspeitasse que fosse tarde demais para isso. Ele puxou a cintura dela para mais perto, nada de braços entrelaçados e sorrisos para a câmera… Por um momento, Jackie apenas se deixou aproveitar a sensação de estar nos braços do mais velho, ele tocando a mecha de sua franja enquanto ela se derretia ao mergulhar nos olhos azuis do quarterback… Se Janine não estivesse bem ali, ela o teria beijado. Ainda que o ritmo acelerado de seu coração e a respiração ofegante quase pudesse dizer que ela o tinha feito.
--- Prontinho. --- Janine falou, perto demais dos dois o que deixou Jacqueline confusa. Mas a mãe soprando o papel branco, indicava que o que quer que ela tinha capturado ali, estava mais que o suficiente. A morena passou a puxar o namorado para longe da mãe, guiando-o de volta para a moto a passos largos. --- Divirtam-se!
Foi a última coisa que ouviu antes do escapamento da moto ecoar por toda a rodovia. O sentimento de culpa deixar a mãe quando ela estava tão bem cruzou sua mente por um instante. Jackie sempre se sentia culpada de deixá-la, quando ela estava mal demais para ser deixada sozinha ou bem demais para ser deixada sozinha. Sempre a mesma sensação e que ela deveria cuidar da mãe mas ela logo apertou Chuck por cima da jaqueta de couro e em instantes eles estavam longe demais de Janinne Daniels e prestes a enfrentar algo bem mais assustador: O baile de formatura.
Talvez Jackie precisasse estar analisando formas de contar a notícia que descobrira aquela tarde, ele era o pai e ela precisava dele para enfrentar o que viria pela frente… Mas se fosse ser sincera, nem ela mesma tinha aceitado muito bem a notícia ainda. Ela iria contar, só não naquele momento. Não no baile… E foi com uma sensação de que, pelo menos por uma noite, tudo estava bem, que ela desceu da moto no estacionamento do colégio, vendo vestidos bufantes, coloridos e de tecidos brilhantes encher a entrada principal. --- Tem certeza que quer fazer isso? --- Ele perguntou enquanto desciam da moto e ela não tinha muita certeza da resposta quando a voz aguda encheu os ouvidos dos dois.
--- É melhor você calar a boca se não tiver certeza que quer morrer, babaca --- bastou um olhar para trás para que pudessem identificar a figura de Peach se aproximando. Jackie sorriu para a amiga, que estava envolta no mais brilhante e vermelho tecido, mas notou que a reação de Charles fora bem diferente. --- Eu e o Thomas estamos esperando há séculos, de jeito nenhum que vou deixar vocês vazarem. --- Como forma de se certificar que aquilo não aconteceria, a tailandesa não perdeu tempo e enroscou rapidamente o braço com o da Daniels, obrigando-a a seguir seus passos. --- Vamos logo, esses vestidos não foram feitos para ficarmos desfilando no frio. --- disse em voz alta, aproveitando o domínio que tinha sobre Jackie para cutuca-lá. ---- Espertinha, trouxe logo uma jaqueta, huh? Mas saiba que vai ter que se livrar dela lá dentro, de jeito nenhum que esse corpinho será escondido. --- E assim, de braços dados e rindo, as garotas entraram no salão com seus fiéis guarda-costas as seguindo. Que visão formavam.
Heaven is a Place on Earth - Belinda Carlisle
As luzes em neon refletidas pelos globos de Luz fazia a quadra de basket um lugar quase interessante. A banda tocava em um palco improvisado próximo a parede e a decoração devia ser a mesma desde que os avós de Jackie foram a escola. A música era algum tipo de pop que animava lideres de torcida já que metade delas cantava a música a plenos pulmões, com coreografias ensaiadas e risadas altas demais para ser algo apenas improvisado. --- Eu vou pegar uma bebida. --- Chuck informou, e Jackie concordou com a cabeça, afinal, passar por aquilo sóbrio seria difícil, para dizer o mínimo. --- Quer alguma coisa? --- Ele perguntou e ela quase respondeu que sim, mas assim que abriu a boca ela se arrependeu, mudando a resposta no último segundo. --- Água. --- E deu um sorriso confiante. Ela sustentou o olhar dele por alguns segundos, afinal seu rosto estava retorcido naquela expressão “você está falando sério?” e ela fez sua maior cara de pôquer antes de voltar a assistir as lideres de torcida. --- Vai ser uma noite muito, muito longa. --- Murmurou para si mesma antes de adentrar por fim o salão, Peach ao seu lado.
No final da primeira música Jackie já não achava tudo tão ruim, na verdade estava estranhamente animada com o ritmo energizante da música e acabou sendo arrastada pela tailandesa até a pista de dança. Elas estavam se formando! Quem podia imaginar? Talvez elas nunca mais se falassem…. Mas não seria assim, não com ela e Peach. Eles sempre estariam juntos, ela sabia disso. E, mesmo sem o auxílio de algo mais forte em sua bebida, Jackie acabou decorando o suficiente do refrão da música para dançar com a amiga, os braços se cruzando enquanto dançavam em uma versão bem menos elaborada e desengonçada de uma coreografia. Chuck se juntou a elas depois, junto com Tom e eles dançaram juntos quando a música se tornou algo mais rápido e agressivo. O rock não agradava todo mundo, mas quando todos já estavam animados o suficiente com os ponches batizados, não importava de verdade que música ecoava pelos auto falantes e Tom se surpreendeu quando as primeiras notas de AC/DC ecoaram da guitarra. --- Holy Shit! Está tocando música boa! --- Ele exclamou e todos se animaram ao mesmo tempo.
Apesar do que estava imaginando, ela realmente estava se divertindo. A adrenalina da dança saltava em seu sistema deixando uma sensação gostosa ao fundo de sua mente e em seus músculos. Podia ser os hormônios mas ela estava verdadeiramente feliz de estar ali com os amigos, teria sido uma pena se não tivessem ido e por mais piegas que soasse, o baile de formatura não era tão ruim quanto ela pensava. Teria continuado pulando com os amigos se algo em sua bexiga não tivesse protestado violentamente. --- Eu preciso ir ao banheiro! --- Anunciou ela a amiga e então saiu do meio da multidão que cercava o palco, procurando as paredes e desviando de alguns bêbados até chegar ao corredor que dava ao banheiro esportivo. O lugar estava escuro, alguns segundo anistas aproveitavam a privacidade para dar uns amassos na parede e Jackie teve que ignorar alguns gemidos quando aliviava suas necessidades. Os primeiros segundos foram suportáveis, mas depois de algum tempo no banheiro ela já sentia a necessidade de chutar algumas portas e saiu dalí antes que entrasse em alguma briga.
Os olhos castanhos procuraram os amigos assim que se viu de novo na quadra, porém o braço a puxando para mais perto a fez sorrir. --- Eu estava procurando voc--- Mas sua voz morreu ali. Não era sua pequena Peach, nem Tom ou Chuck. Trevor estava ali, em carne e osso e todo o sangue do rosto de Jacqueline desapareceu. --- cês… --- Ela terminou, tentando manter a calma. Até onde ela e Chuck sabiam ele tinha partido, depois de uma briga com Bob ele nunca mais tinha sido visto. Teria sido crucial a amizade de outro desgarrado da gangue quando eles enfrentaram Bob Ray e todo o resto dos traficantes da cidade, mas ele desapareceu justo quando ela mais precisava e agora ela não sabia se podia confiar nele.
--- Olá Jackie. Precisamos conversar. --- Ele não esperou ela responder para guiá-la até a pista de dança, uma música lenta começara a tocar, reunindo casais de volta a pista, tornando-a ainda mais lotada.
--- Trevor --- Comprimentou ela, assentindo uma vez, não que sua aceitação tivesse qualquer importância ali, na verdade, diferente das outras vezes, aquele não era apenas um assunto desagradável. Bob Ray estava longe, não voltaria e a presença de qualquer um do seu antigo grupo ali não podia significar nada bom.
--- Não precisa ficar nervosa, eu não vou te machucar. Na verdade eu estou aqui para te ajudar!
---- Me ajudar? Eu precisei da sua ajuda antes agora que está tudo bem você aparece para me ajudar? Com o que exatamente? --- Ela foi capaz de soar ofendida ao mesmo tempo que não chamava a atenção demais para si mesma e Trevor apertou ainda mais o braço entre ela.
--- Tudo bem? Você acha que chantagear um traficante iria resolver o problema, Jackie? Bob Ray se foi, mas ele era apenas outro peixe pequeno dessa cidade. O cara de quem ele comprava as drogas quer o dinheiro dele e sabe o que você fez com o Bob. Eles pegaram sua mãe. Não teve nada que eu pudesse fazer mas eu posso te ajudar, Jackie! Eu posso te tirar daqui antes que seja tarde demais pra você.
--- Minha mãe? O que você está dizendo? --- Ela repetiu, a garganta imediatamente seca e os ouvidos tapados, como se ela estivesse embaixo de muita água.
--- Shh, se acalma. Eu não podia ir na sua casa, eles estão me procurando também… Mas eu consegui sair, Jackie. Eu posso levar você pra Califórnia, é só me encontrar na rodovia 57 à meia noite, não pr-
---- Se acha que eu vou deixar minha mãe aqui e fugir você está muito enganado, eu não vou a lugar nenhum com você! --- Foi o bastante para que ela puxasse o braço com força, se afastando do moreno a passos rápidos até se chocar com o corpo de alguém que ela estava prestes a mandar se foder quando a voz conhecida a fez relaxar.
--- Jackie?! Onde você tava? Eu estava te procurando! --- Ela abraçou o corpo do Foster, enterrando a cabeça no espaço do seu pescoço e seu ombro, como se ele fosse seu bote salva vidas ( e por incontáveis vezes ele fora ). Queria contar para ele o que Trevor disse, mas podia ser uma mentira, podia ser só uma forma de levá-la para outro traficante ou qualquer outro esquema que vivia essa gente, ela estava farta disso tudo! Estava prestes a contar quando a ideia lhe cruzou a cabeça: E se fosse verdade? Se ela envolvesse Chuck novamente talvez não tivesse volta. Talvez ela já tivesse perdido a mãe por sua causa, não suportaria machucar ele também.
Lord Huron - The Night We Met
--- Eu…. Me perdi. --- Ela assegurou, sentindo o ritmo da música embalar o corpo deles, e ela já estava abraçada com ele, não foi difícil apenas começar a se mexer como se estivessem dançando. --- Olhe só pra nós: Dançando no baile! --- Ela sorriu, tentando não pensar naquilo por apenas cinco minutos.
--- Pode ser só um sonho! --- Ele sugeriu, e ela sentiu o peito dele estremecer de modo que ela sabia que ele estava sorrindo de volta. O beijo quente no topo de sua cabeça fez o seu coração diminuir de tamanho, como se alguém apertasse com tanta força que coubesse na palma de uma mão.
--- No meu sonho não estaria tocando essa música. --- Ela riu baixinho, o bochecha colada no peito alheio enquanto se mexia. --- Chuck… Você se lembra quando disse que a gente podia fugir? --- Ela perguntou, os dedos tocando a nuca dele distraidamente antes de levantar os olhos até os azuis dele. --- Não seria engraçado se a gente ficasse? --- Ela riu. Houve um tempo que tudo que ela queria era sair de Riverside, ir para qualquer outro lugar que não fosse aquela cidade pequena, mas agora que ela sentia que teria que ir, ela sentia uma vontade de ficar que nunca conhecera. --- Sabe… Casas brancas com quintais na frente… Um cachorro. --- Ela riu, o tipo de vida que eles sempre desprezaram e por algum motivo aquilo parecia tão importante agora. --- Crianças até. --- A bochecha dela ficou avermelhada e ela riu, como se zombasse da ideia.
--- Jackie, o que está acontecendo? Sabe que pode me contar qualquer coisa, não é?
Bom, eu estou grávida, o traficante que tivemos muito trabalho para nos livrar aparentemente tem um chefe que é ainda pior e está atrás de mim e, além disso, minha mãe provavelmente está morta… --- Eu sei.
--- E? --- Ele forçou mais um pouco, os olhos azuis ansiosos pela resposta.
--- Eu te amo. --- Ela nunca tinha dito aquilo antes, e como ela queria ter dito outras vezes. Tantas outras. Quando eles dormiam juntos, quando eles acordavam, quando eles andavam de moto para lugar nenhum ou terminavam olhando o céu estrelado deitados estrada da rodovia, quando o via jogar em um uniforme arrumadinho e quando acendia o cigarro, quando mexia o cabelo e e quando ele a abraçava. Quando ele a beijava e ela conseguia sentir o gosto da nicotina na ponta da língua dele. Ela o amava e agora parecia tão fácil dizer... Como ela queria voltar e fazer tudo certo dessa vez. Como ela queria ter a chance de ter uma vida com ele sem ser sugada para a montanha de problemas que era sua vida.. --- Não esquece disso, tudo bem?
--- Jackie… --- Ele não parecia não amá-la de volta, na verdade os olhos azuis ficaram ainda mais preocupados, era preocupação ali e ela não precisava que ele dissesse, sabia, por tudo o que haviam passado juntos que ele a amava de volta. Ele havia provado seu amor por ela, sem precisar dizer coisa alguma. Ela então se inclinou, os lábios fartos da morena se encontrando com os dele de maneira tão urgente que mal deixava espaço para qualquer outra coisa. Ela sentia o gosto dele em sua boca, os dedos dele em sua cintura e seus cabelos e por mais que ela quisesse mais, tão mais, ela separou o beijo cedo demais.
--- Eu preciso pegar um ar, está bem? Você pega uma bebida pra mim? --- Ela pediu, já se afastando, deixando Chuck no meio da pista de dança enquanto ia em direção a porta.
Arranjar um Táxi não foi difícil e ela estava em casa mais rápido do que ela imaginava. Na verdade, todo o resto foi um borrão, ela estava ajoelhada na frente do corpo da mãe, ela se ouvia chorar e sentia o corpo estremecer diante da imagem que ela sabia que um dia encontraria. Pálida, ainda com a roupa que estava quando ela saiu. O grito de desespero devia acordar alguns vizinhos, mas eles não tinham nenhum. Ninguém que podia ajudar ou que se importava. Quem ligaria para a morte de uma viciada? Jackie era a única que podia cuidar dela e ela falhou. E iria falhar com Chuck… e com todos porque não adiantava sonhar, ela nunca seria a garota sortuda que casava com o jogador de futebol americano. Não em Riverside. Enquanto ela ficasse os problemas iriam afundá-la, cada vez mais forte e cada vez mais rápido até que não houvesse mais nada para destruir.
Faltava vinte minutos para meia noite, mas ela não tinha muita coisa. Encheu uma mochila e iria sair dali, sem olhar para trás quando notou a fotografia em cima do fogão. Chuck olhava para ela como se ela fosse todo o seu mundo e naquele instante, capturado por sua mãe, ela teve tudo até que não tinha mais nada. Enfiou a foto dentro da mochila e então caminhou até a rodovia 57, Trevor já estava ali e ele não disse nada quando ela entrou no carro, a roupa de baile, o rosto inchado e uma mochila nas costas. Foi tudo o que ela levou quando deixou de ver Riverside, Peach, Tom, sua mãe… Chuck. Quando eles passaram na frente do colégio, todos se despedindo, ela jurou ouvir o som alto do escapamento de uma moto ecoar pelas ruas da cidade e ela sabia que era ele. Como um chamado e essa foi a última vez que chegou a vê-lo
#long post#( ✗ i’m not discarding you like broken glass — chuck. )#✗ pov.#MINHA AMIGA SECRETA É A ANGEL#AAAAA#✗ album.
9 notes
·
View notes
Photo
É com imensa honra que vos apresento ,senhora e senhores, RUSH LENCASTRE, um GUARDA de 21 ANOS, vindo da PROVÍNCIA DE FLORENSIA, para trabalhar no Palácio de Allanon. Apesar de se parecer muito com NEELS VISSER, isso não passa de um mero engano.
♔Desde muito criança Rush sempre ajudou muito seus pais na tarefas domésticas, limpando e ajudando no preparo das refeições, e quando pode e finalmente teve tamanho e idade o suficiente começou a ajudar seu pai no trabalho manual, este que passava a maioria das horas do dia carregando toras de madeira para exportação, isto foi quando ele já tinha mais ou menos treze anos. Depois que começou a exercer o mesmo trabalho que o pai o menino quase não parava em casa, carregava o máximo que podia pelo maior tempo que seu corpo permitia para conseguir levar sempre uma maior quantidade de dinheiro para dentro de casa, nunca havia pensado em mudar de vida até que um amigo seu de infância disse que estaria se alistando para o exército, tentar quem sabe uma vida melhor no palácio como guarda, o sonho de muitos garotos, mas não o de Rush para ele estar perto de seus pais e cuidar deles já bastava, deles e de sua irmãzinha pequena, era uma diferença de praticamente dez anos. Sua mãe havia engravidado dele quando ainda ela era ainda bem jovem, mas segundo ela isto foi algo que ela nunca se arrependeu, amava a família que tinha construído, mesmo com toda a dificuldade afinal era seu maior tesouro. Por ter uma grande diferença de idade entre ele e a pequena Adeline ele quase a tratava como uma filha sua, cuidando de suas necessidades e a tratando como sua pequena princesa, foi por conta dela que ele aprendeu um pouco sobre esculpir, em um aniversário que ela queria algo que estava acima do seu orçamento ele decidiu que queria ver ela sorrir de qualquer maneira e mesmo sabendo que ela o faria apenas pela alegria dele ele queria que fosse pra ela também, então pegou um pequeno pedaço de madeira que seria descartado e entalhou nela uma pequena caixinha com a tampa decorada com o nome dela escrito, não a pintou ou embrulhou como gostaria, mas isto não fez diferença alguma pra baixinha que amou de qualquer maneira e lhe disse que era o melhor presente de todos, trocaria qualquer presente caro por aquele e ele lhe disse que ali ela teria que guardar seus bens mais preciosos.
♔A ideia de entrar para o exército foi algo que veio e voltou com muita regularidade depois da primeira vez em que ele ouviu sobre um amigo próximo seu comentar que gostaria de servir, em primeiro momento ele havia negado com firmeza, pois nunca havia sido algo que ele tinha de fato cogitado, se alistar e servir seria ir para longe de casa, talvez dependendo da posição ganhar melhor ? Com toda a certeza, mas poderia acabar em qualquer lugar do País e não queria se separar de sua família, porém com o crescimento da irmã ele via que ela precisava de mais, mesmo que não reclamasse. Então foi nessa época que ele olhou com mais seriedade para o papel de alistamento, não parecia ser algo tão difícil e até ele serviria a nação, faria algo de bom e significativo, pelo menos mais do que apenas carregar madeira o dia todo. Por mais que ele tivesse por fim tomado a decisão de entrar para o exército ele não o fez até ter falado com todos, explicado para eles o motivo e não deixou parte alguma de fora nem mesmo para sua irmãzinha, ele cresceu dando muito valor a honestidade, valor este que ele passou para ela, falou e planejou dentro do que sabiam o que poderia vir a ocorrer, ele ficar perto ou distante, em uma boa posição com o tempo ou não e somente então ele se alistou para ver no que daria e em momento algum pensou na possibilidade de ir para o palácio, lugar da qual nem mesmo havia visto de longe. Não demorou muito para ele ser chamado a começar seu treinamento militar e talvez pelo seu trabalho braçal de anos não foi algo tão complicado para ele, ficou por pouco tempo perto de sua família e de sua casa antes de ser chamado para trabalhar em outra província, Darmax para ser mais exato que foi onde ele pegou mais experiencia e conseguiu chamar a atenção de seus supervisores. A maioria do dinheiro que ele ganhava no exército ele mandava para casa sempre com uma carta ou quando dava comprava alguma coisa para sua irmãzinha ou para seus pais de presente, suas visitas eram poucas por não poder sair de sua posição e sendo muito simpático logo ele estava fazendo amizade com vários moradores da região.
♔A notícia de que ele seria transferido para o palácio foi algo dado diretamente de seu capitão, segundo ele a habilidade de Rush havia sido algo comentado entre os supervisores e chegado a cargos mais altos o que fora o suficiente para ele ser promovido, era algo bom ir para um lugar como o palácio que tinha suas vantagens, mas também era sem dúvida um lugar com maior responsabilidade, estaria lidando de forma mais próxima da realeza e não apenas cidadãos comuns, era algo que ele não estava acostumado a lidar, mas sem fazer maiores questionamentos ele agradeceu a oportunidade e a agarrou e logo foi levado para onde seria que ele daquele momento em diante serviria. A primeira vez em que Rush viu o enorme palácio de Allanon o primeiro pensamento que lhe veio foi o quanto ele era enorme e lindo, pensou que sua irmã o adoraria sem a menor dúvida, além de que ele dificilmente se acostumaria com uma visão daquelas de tirar o fôlego e seu interior não deixava em nada a desejar também. Como guarda novo no castelo ele não serviria diretamente a realeza, mas ficou encarregado de cuidar do resto e quando as selecionadas chegassem e os selecionados seria trabalho dele cuidar da segurança e bem estar dos mesmos. Para ele que era alguém comum estava achando aquilo tudo estranho ele se perguntou como deveria estar sendo para os príncipes que seriam os ‘concorridos’, ter que escolher em sorteio quem passaria o resto da sua vida a seu lado, ele não iria aguentar, era livre demais para conseguir que lhe impusessem tal coisa e por mais que não tivesse a mordomia d realeza ele ficava feliz com o que tinha.
♔Quando a polêmica de quem teria ou não direito ao trono veio a tona em primeiro momento Rush nem pensou muito no assunto, estava ocupado demais com seus próprios problemas do que ficar perdendo tempo em uma discussão que não daria em nada, ele antes de aparecer o filho bastardo do Rei acreditava que a princesa daria uma ótima rainha por conhecer seu povo, mas com essa nova opção ele ficou em dúvida se isso um dia iria se concretizar e caso alguém lhe perguntasse quem ele preferiria que assumisse o trono ele diria sem sombra de dúvidas que acreditava e era fiel a princesa Aimée, mas jamais diria que não seria fiel e um bom servo ao príncipe caso este viesse a tomar o trono, não o conhecia e para ele por mais que este fosse filho do Rei ele era em sua maneira um estrangeiro e esperava com esperança que ele viesse a tentar conhecer o povo que o cercava.
♔Rush é um rapaz muito esforçado, mas muitas vezes é cabeça dura. Algo da qual ele não abre mão é de sua independência, somente aceita ajuda caso for extremamente necessário e gosta de aprender coisas novas para aumentar seu conhecimento, porém não é de procurar em livros tais conhecimentos, acredita que se aprende muito mais na prática ou ouvindo alguém mais experiente e também não é muito fã de leitura. Ele é extremamente simpático com as pessoas, embora que se pisar no calo dele ele não deixa quieto, adora brincar com crianças e por ter uma irmã mais nova que ama e trata como uma filha ele é muito bom com elas, adorando brincar com elas. Não é a pessoa mais extrovertida no mundo, mas quando está no meio de um grupo pequeno é até que bastante sociável e gosta de jogar com os amigos algum esporte ou apenas brincar de lutinha mesmo, nunca foi próximo a uma garota em toda sua vida, mas também não se sente com vergonha ou acanhado perto de uma. É um fã de bebidas quentes e sua predileta é de longe chá com leite, por conta de crescer ajudando na cozinha ele têm o hábito de por vezes querer fazer a própria comida e também gosta de comer fruta direto do pé, gosta de ficar ao ar livre mais do que dentro de qualquer lugar e gosta mais de comidas amargas ou salgadas do que doces, mas gosta quando se é combinado dois ou três destes formando um sabor diferente.
2 notes
·
View notes
Photo
so-mais-um-filho-do-mr-catra: vou pedir um com o Zayn q ela é ex mulher dele e eles se separam a 1 ano,só q eles são filhos de 2 adolescentes(umas menina de 15 e um menino de 17)e ela tá tendo muito problema com os 2 e pede ajuda dele(ele ainda é louco por ela)e ele consegue resolver e depois q o problema é resolvido ele fica dando em cima dela,chamando ela pra sair e tal,aí o final vc decide ❤ tava cm sdds aaaaaa
Há exatamente 365 dias o casamento de S/n e Zayn Malik se rompeu. Motivos ? Falta de tempo um para o outro, pelo menos é o que ambos relatam. Aquele divórcio não estava sendo nada fácil para eles, embora terminaram, ainda se amam incondicionalmente. E se eles sofrem com isso, os filhos sofrem mais ainda. Pais de dois adolescentes, uma menina de 15 e um menino de 17, S/n descobriu o verdadeiro inferno na terra: A rebeldia dos filhos.
[...]
S/n p.o.v
— Eu juro que isso não irá se repetir mais, me desculpe novamente diretora! — eu justificava enquanto meu rosto queimava em vergonha.
Mais um dia eu estava na escola dos meus filhos resolvendo algum tipo de problema, aquilo infelizmente já estava se tornando rotina e daquela vez, Alicia havia passado de todos os limites.
— A minha vontade de ter bater é enorme — eu gritava com Alicia que estava sentada no sofá parecendo não se importar nenhum pouco com o que eu dizia — Você não tem vergonha na sua cara ? Ser pega com drogas na escola, meu Deus.
— Eu não tô nem ai com o que você acha disso. Eu só tenho pais quando algo desse tipo acontece, você não liga para mim e nem para Michel, você é uma péssima mãe. Não serviu nem para segurar o papai no casamento.
Alicia correu para o andar de cima chorando e em certo ponto eu dava razão a ela, eu estava tão atordoada com o divórcio e a ausência de Zayn em casa que não tinha tempo algum para nossos filhos. Enquanto Alicia estava tendo contato com drogas, Michel estava um fracasso na escola, parecia que suas notas altas e seu grande sonho de entrar em uma faculdade de medicina foram para os ares junto com a minha separação. Eu precisava fazer alguma coisa.
[...]
— O que deu para você me procurar ? — Zayn perguntava sentado de frente para mim em uma cafeteria
— Meus filhos, quero dizer, nossos filhos. — respirei fundo — Alicia foi pega com drogas no colégio essa semana
— O que ? — perguntou espantado
— Desde que terminamos e você saiu de casa, a vida dos nossos filhos se tornou uma bagunça e eu não estou sabendo lidar. Talvez seja coisa da idade, não sei —disse aflita — Mas está muito complicado Zayn, e eu preciso da sua ajuda. — Como esta M ichel ? — Desistindo dos estudos aos poucos. — não contive as lágrimas — Eu sou uma péssima mãe, não sirvo nem para criar nossos filhos sozinha, eu sou um fracasso.
— Xii — Zayn se levantou me abraçando — Não diz isso, você é maravilhosa. Eu vou dar um jeito, se acalma. Não se diminua jamais.
Tomei um copo de água que estava sobre a mesa e convidei Zayn para ir até nossa antiga casa conversar com nossos filhos. O olhar de espanto dos dois quando nos viu passando pela porta de casa juntos, foi totalmente visível.
— Olá crianças — Zayn disse com sua mania fofa de chamar nossos filhos de crianças — Eu posso conversar com vocês ?
Os dois aceitaram e subiram para o segundo andar. Tudo que eu precisava era que Zayn trouxesse a personalidade original dos nossos filhos de volta e algo me dizia que ele era capaz daquilo.
[...]
Dois meses depois: O ultimo papel que faltava para ser assinado no meu divórcio com Zayn havia saído e lá estava eu no cartório para encerrar aquele casamento de vez, casamento que no começo havia sido uma ótima ideia.
— Quase um ano e dois meses depois, nosso divórcio enfim vai se concretizar. — Zayn disse atras de mim, ele também havia ido assinar os papéis
— Ah, oi — depositei um beijo em seu rosto — Essa justiça é muito enrolada — respondi
— Talvez seja um tempo a mais que eles dão para os casais terem certeza se querem o divórcio. É uma decisão complicada.
— Faz sentido — concordei
— E então, como estão as crianças ? — perguntou apoiado sobre a mesa em que eu estava apoiada para assinar os papéis.
— Eu não sei que tipo de mágica você fez mas eles mudaram radicalmente. Michel voltou com suas notas altas e o interesse pela medicina e Alicia não esta revoltada como antes. A dias não sou chamada na escola e ela aparenta estar mais feliz.
— Fico feliz. — sorriu
— Eu nem sei como te agradecer..
— Deixando de assinar esses papéis — sua voz saiu baixa, quase inaudível
— O que ?
— É S/n, deixa isso de divórcio pra lá. Faz pouco mais de um ano que tomamos essa decisão e eu me arrependo dela todos os dias. Não podemos deixar uma história de amor tão linda acabar dessa forma. Olha como isso refletiu nos nossos filhos...
— Zayn eu não sei, estava muito complicado nos últimos dias e...
— Deixa disso. Vamos começar do zero. Se precisar, casamos de novo mas por favor da outra chance pra gente. Eu te juro que vai ser diferente. Estamos mais maduros com tudo isso que aconteceu. Olha o que eu guardo no meu bolso desde o dia que terminamos — tirou do bolso uma caixinha com nossa antiga aliança que eu havia devolvido
— Não acredito que ainda guarda ela.
— E e ela pode voltar a ser sua de novo. Aceita recomeçar comigo ? — perguntou ajoelhado em frente a todos no cartório.
— Eu aceito — respondi sem pensar muito.
Aquele havia sido nosso recomeço na forma mais inusitada possível e no que depender de mim, Zayn Malik nunca mais sairá do meu lado.
56 notes
·
View notes