#e: ditadura militar
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What do you mean you don't know Fernanda Torres? Our favorite nepobaby sweetheart of Slaps & Kisses fame just won a Golden Globe and might snag the first Oscar nomination for Brazil in over 25 years. Today I will tell you who is Fernanda Torres and why her Oscar nomination means so much for Brazil? Today I have a wild story that involves the CIA, Harvey Weinstein, a military dictatorship and Gwyneth Paltrow. A political essay where I explore the soul of my country.
#brasil#brazil#fernanda torres#ainda estou aqui#i'm still here#this video is so beautiful and i cried so hard watching it#but i'm specifically posting /here/ bc i think it really explains why i get so excited talking about brazilian stuff#and why i choose to also do it here instead of just keeping it to other social media where all my mutuals circle is brazilian#about me#the mari tag#p: fernanda torres#e: oscars 2025#p: fernanda montenegro#e: oscars 1999#r: fmontenegro x ftorres#s: ainda estou aqui#s: i'm still here#c: history#e: 20th century#brasil tag#e: ditadura militar#p: eunice paiva#c: politics#t: talk post#(btw i resent the besmirching of shakespeare in love. i've heard great things about its portrayal of elizabeth i!!#also gwyneth has many faults but having been under weinstein's thumb isn't really one of them. that's my only real issue w/ the video)
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31 de março de 1964: 59 anos do golpe militar no Brasil
#sorry i had nowhere else to post this and its too special to stay on the drafts#e ainda é dia 31 no acre entao vale#ditadura militar#política#31 de março de 1964#politics#latin america#*mine
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Há 55 anos-Luiz Carlos de Oliveira e Silva
Há exatos 55 anos, em 4 de setembro de 1969, grupos guerrilheiros sequestravam o embaixador estadunidense no Brasil, Charles Burke Elbrick. Os guerrilheiros exigiam em troca da vida do embaixador a libertação de 15 presos políticos que, sob tortura, corriam risco de morte nos porões da ditadura civil-militar, e a leitura de uma Carta-manifesto em cadeia nacional de rádio e televisão. Eu me…
#anos de chumbo#crise do capitalismo#Ditadura Militar#e sequestro do embaixador americano#Luiz Carlos de Oliveira e Silva#Luta Armada#mundo contemporâneo#mundo moderno#sociedade contemporânea
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Familiares das vítimas da ditadura militar brasileira lançam manifesto por Justiça
No Dia Internacional de Combate à Tortura, familiares de vítimas da ditadura militar brasileira uniram-se para lançar um manifesto em busca de justiça e reparação. Este apelo é pela reinstalação da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), com o objetivo de esclarecer crimes ocorridos durante aquele período sombrio da história brasileira. O manifesto, lançado em 26 de…
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#brasil#Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos#Direitos Humanos#Ditadura Militar#Manifesto por Justiça
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No dia 8 de Janeiro de 1973 ocorreu um dos mais brutais crimes políticos cometidos pela ditadura empresarial-militar no Brasil.
Trata-se do monstruoso assassinato da poetisa, intelectual paraguaia Soledad Barrett Viedma, que depois de traída por seu companheiro, um "cachorro" da ditadura infiltrado, Cabo Anselmo, foi cruelmente torturada e morta em Pernambuco. Soledad estava grávida de quatro meses, e mesmo assim não foi poupada. Soledad foi encontrada nua, dentro de um barril numa poça de sangue, tendo aos pés o feto de 4 meses, expelido provavelmente durante as sessões de torturas. Este foi um dos mais hediondos crimes cometidos nos anos de chumbo da Ditadura Militar, no Brasil. Soledad recebeu quatro tiros na cabeça e apresentava marcas de algemas nos pulsos e equimoses no olho direito.
#soledad barret viedma#antifa#ditaduranuncamais#memória#política#vpr#fcknazis#nãopassarão#luta#guerrilheira#antifascismo#brasil#paraguai#américa latina#poesia
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O efeito psicodélico da tropicália
O efeito psicodélico da tropicália: eis-me aqui, ó servos da MPB. Escutem-nos! Voltem para alamar o governo, esse governo imoral e sem empatia com o povo. Como numa peça, provocamos, reivindicamos, dançamos e interpretamos: sou eu, a fada do agreste. Rezo pelo fim da peste (COVID) e lanço-me na tropicália, provocando sua ira. Vinde, ó tempos da jovem guarda inabalável, imitada e nunca igualada, mas sempre provocando a ira da nova ditadura militar. Todo governo é uma ira, uma sátira. Será mesmo que nunca basta? Nunca cessa? Nunca acaba? Eis-me aqui, para o ódio de muitos, pegando o rumo para outro mundo. Adeus, seus jagunços!
- metalversos
#meustextos#julietario#pequenosautores#clubedaleitura#novosautores#clubepoetico#autorias#projetoflorejo#projetosautorais#autorais#projetovelhopoema#projetoalmaflorida#lardepoetas#carteldapoesia#pequenosescritores#espalhepoesias
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[ENG]🇺🇸-Rating movies based just on my opinion as a fan. In today's movie we have "Ainda estou aqui" (I'm still here)
[PT]🇧🇷- Avaliando filmes baseado na minha humilde opinião como fã. No filme de hoje temos "Ainda estou aqui"
🇺🇸-Without a doubt one of the best films I've ever seen! Based on the book by Marcelo Rubens Paiva, the film tells the true story of Eunice Paiva, (mother of the book's writer) a woman who must take care of her 5 children and deal with the disappearance of her husband, Rubens Paiva, by the military regime in force at the time (the film begins in 1970, and the regime lasted from 1964 to 1985).
This film realistically shows part of the horror that was the period of the Brazilian military dictatorship, in which thousands of innocent people were threatened, exiled, tortured and even killed by the regime's military, and along with the film we have the great presence of the most iconic Brazilian MPB ( Brazillian popular music) artists who fought against the regime's censorship such as Roberto Carlos, Chico Buarque, Caetano Veloso and others...
I have to mention the FLAWLESS performance by Fernanda Torres (Fernanda Montenegro's daughter) playing the protagonist Eunice Paiva. She SO deserves the Oscar for this film and to honor the Oscar that was stolen from her mother in 1999 with the film "Central do Brasil" (central Brazil)
10/10
🇧🇷- Sem dúvidas um dos melhores filmes que já vi! Baseado no livro do Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a real história de Eunice Paiva, (Mãe do escritor do livro) uma mulher que deve cuidar dos seus 5 filhos e lidar com o desaparecimento de seu marido Rubens Paiva pelo regime militar vigente na época ( o filme começa em 1970, e o regime durou de 1964 a 1985 ).
Esse filme mostra de forma realista uma parcela do horror que foi o período da ditadura militar brasileira, em que milhares de pessoas inocentes foram ameaçadas, exiladas, torturadas e até mortas pelos militares do regime, e junto com o filme temos a grande presença dos mais icônicos artistas brasileiros da MPB que lutaram contra a sensura do regime como Roberto Carlos, Chico Buarque, Caetano Veloso e entre outros...
Não posso deixar de falar da atuação IMPECÁVEL da Fernanda Torres (filha da Fernanda Montenegro) interpretando a protagonista Eunice Paiva. Ela merece MUITO o Oscar nesse filme e honrar o Oscar que foi roubado da sua mãe em 1999 com o filme "Central do Brasil"
10/10
#FernandaTorres#oscar 2025#ainda estou aqui#filme do ano#melhor atriz#Fernanda Montenegro#cinema brasileiro#Avaliando Filmes#Rating movies
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Gal uma aniversariante de 26 de setembro: Gal Costa –– fotografada pela revista "Fatos & Fotos" em Londres, em 1970, em visita aos amigos Gilberto Gil e Caetano Veloso que estavam no exílio, por imposição da ditadura militar. Aclamada como uma das maiores cantoras brasileiras, Gal Costa morreu aos 77 anos em 9 de novembro de 2022.
Veja também:
Semióticas – O novo Jards
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Stefania Bril desobediência pelo afeto
Stefania Bril desobediência pelo afeto (IMS, 2024) é o livro que acompanha a mostra homônima na sede paulista do Instituto Moreira Salles a partir de 27 de agosto até 26 de janeiro de 2025. De família judaica polonesa, Stefania Bril (1922-1992), imigrou para o Brasil em 1950. A exposição e livro apresentam ao público a obra fotográfica, sua produção crítica e a atuação no campo institucional. Radicada em São Paulo, já em 1970 consolidou-se como fotógrafa e, a partir dos anos 1980, como crítica e curadora. Em suas fotografias vemos cenas cotidianas onde prevalece a irreverência, com perspectivas que propõem sutis deslocamentos na forma de olhar para uma metrópole que crescia em meio ao chamado "milagre brasileiro" - de pensamento ufanista, durante os primeiros anos da ditadura militar.
O alentado catálogo da mostra com mais de 300 páginas, traz também uma série de fotografias inéditas. É a primeira exposição individual com 160 imagens dedicada à obra da fotógrafa e crítica nos últimos 30 anos com curadoria da colombiana Ileana Pradilla Ceron, pesquisadora sênior no Instituto Moreira Salles e do carioca Miguel Del Castillo, com assistência da também carioca Pâmela de Oliveira, o primeiro coordenador da biblioteca do instituto e a segunda pesquisadora do acervo de fotografia do IMS.
Stefania Bril nasceu em Gdansk e viveu até a adolescência em Varsóvia. Ao lado de seus pais sobreviveu ao Holocausto. Mudou-se para a Bélgica ao término da Segunda Guerra já casada, onde graduou-se em Química em 1950, ano este em que imigra para o Brasil estabelecendo-se em São Paulo trabalhando a princípio com pesquisas nas áreas de bioquímica e química nuclear. Começou a dedicar-se a fotografia aos aos 47 anos, quando matriculou-se na icônica Enfoco, escola de fotografia criada por Cláudio "Clode" Kubrusly, que funcionou entre 1968 e 1976, por onde passaram consagrados fotógrafos como Cristiano Mascaro, Maureen Bisilliat, Antonio Saggese, Dulce Soares, Ella Durst, Mazda Perez, Nair Benedicto e Rosa Gauditano entre seus professores e alunos.
Ao final dos anos 1970 Stefania Bril, segundo pesquisadores do IMS, inaugurou a crítica fotográfica na imprensa brasileira escrevendo e assinando seus textos por mais de uma década no jornal O Estado de S. Paulo e na pioneira revista Iris Foto (1947-1999). Em suas colunas, analisou boa parte da produção fotográfica brasileira e internacional apresentada em São Paulo nos anos 1980, além de ter organizado festivais de fotografia. De suma importância para a cultura fotográfica criou a Casa da Fotografia Fuji, primeiro centro cultural em São Paulo voltado exclusivamente para o ensino e a divulgação da fotografia, que coordenou de 1990 a 1992. Seu acervo, que inclui sua obra fotográfica, crítica e sua biblioteca, está sob a guarda do IMS.
A coleção da fotógrafa foi adquirida pelo IMS em duas etapas: a primeira em 2001 e a segunda em 2012. O arquivo possui aproximadamente 15.000 imagens, entre ampliações de época, negativos e cromos (diapositivos) além de farta documentação textual. Como parte das iniciativas de difusão do acervo, o IMS destinou, em 2019, a segunda edição da Bolsa de Pesquisa em Fotografia ao estudo de sua obra. A pesquisadora contemplada foi a professora carioca Alessandra Vannucci, que assina um dos textos do livro, juntamente com Ileana Pradilla Ceron (que além do texto principal também assina a Cronologia comentada), Miguel Del Castillo e do paulistano Alexandre Araujo Bispo, antropólogo, curador, crítico e educador independente, doutor e Mestre em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Além destas preciosas análises, a publicação conta com uma pequena fortuna crítica com matérias selecionadas de Stefania Bril.
Segundo a curadoria, ao não focar em temáticas como o campo da política ou dos retratos de personalidades, a obra de Stefania “questiona certos critérios tradicionais de valoração da fotografia. Sua produção mostra sobretudo o fluxo da vida, observando as sutilezas, as ironias e contradições do dia a dia, com registros de momentos lúdicos e de afeto, como pontuam os curadores: “O cotidiano, considerado um tema sem importância, é afirmado por Stefania como espaço de resistência, inclusive em meio a um contexto totalitário como os anos de chumbo no Brasil quando fotografava. [...] Pouco a pouco, revela-se, por exemplo, a posição crítica de Stefania, que enxerga a falência da cidade moderna em meio às metrópoles que fotografou, e que aposta no afeto como antídoto à violência estrutural vigente.”
O conteúdo são imagens principalmente de São Paulo, mas também de outras grandes cidades, como Nova York, Paris, Amsterdã, Jerusalém e Cidade do México. As pessoas “anônimas” que habitam essas urbes contraditórias são as protagonistas das imagens (“Eu gosto de gente, não de carros.”, escreveu a artista em 1975). Embora signos das metrópoles, como edifícios e construções, também estejam presentes, nas fotos de Stefania eles são atravessados por intervenções lúdicas, evidenciando a posição crítica da fotógrafa em relação à padronização e desumanização impostas pela razão moderna. Já na série Descanso, registra homens cochilando em seus locais de trabalho, resistindo à lógica produtivista ou simplesmente esgotados por ela, e, em outro conjunto, retrata trabalhadores que mantêm vínculos com o fazer artesanal, como pintores e músicos de rua.
Para os editores, o humor e a ironia também transparecem nas fotografias. Algumas delas trazem cenas que beiram o surreal, como a imagem de uma vaca no meio de Amsterdã; a de uma mulher carregando uma nuvem de balões no meio da Quinta Avenida, em Nova York; ou ainda a de um menino que lê um gibi deitado dentro de um carrinho de supermercado em São Paulo. Ainda na chave do humor, Stefania também mira seu olhar para as escritas das cidades, capturando cartazes, outdoors e pichações. Sobre esse caráter de sua obra, a artista escreveu: “Insisto em ter uma visão poética e levemente zombeteira de um mundo que às vezes se leva a sério demais.”
De fato podemos notar em seus registros dois segmentos importantes que nos remetem a grandes fotógrafos, como os americanos Paul Strand (1890-1976) e Walker Evans (1903-1975), seja no seguimento mais antropológico, no caso do primeiro, a afinidade vem dos retratos que revelavam seu tempo distante das chamadas celebridades, e tipológico quando pensamos neste último cujas imagens traduziam uma concepção tipológica das cidades, quando Bril fotografa uma profusão de placas, outdoors e inscrições espalhadas por diferentes lugares.
O livro apresenta diversos retratos feitos por Stefania Bril, que segundo os editores, sinalizam outra característica marcante de sua produção. Grande parte das imagens mostram crianças brincando e pessoas idosas, fotografadas nas ruas ou no ambiente doméstico. Há também figuras populares em seus contextos locais, como o casal Eduardo e Egidia Salles, quituteiros famosos em Campos do Jordão, cidade da Serra da Mantiqueira, onde é comum a arquitetura de estilo suíço, que acolhe milhares de turistas no inverno paulista, onde a fotógrafa possuía uma residência, e Maria da Conceição Dias de Almeida, conhecida como Maria Miné, então importante personalidade da cidade.
Ileana Ceron escreve que Stefania Bril adentrou na fotografia pelas mãos de sua amiga, a fotógrafa e artista plástica alemã Alice Brill (1920-2013) que transitava com desenvoltura no circuito moderno das artes visuais. Segundo a curadora, ela "fez parte dos autores que, na década de 1950, construíram no país a linguagem moderna da fotografia e que tinham na cidade — entendida como o locus da modernidade — o seu objeto de investigação por excelência."
A entrada de Stefania Bril na Enfoco foi ideia de Alice Brill. Um lugar em que, conta a curadora, "Os alunos formavam um grupo heterogêneo. Apesar de a escola oferecer bolsas de estudo a quem não tinha recursos, o seu custo era elevado, pois a fotografia permanecia uma atividade elitista, devido aos altos valores de equipamentos e insumos para seu desenvolvimento." A presença feminina era majoritária, destacando-se a paraibana Anna Mariani (1932-2022) , a belga Lily Sverner (1934-2016) e a própria Stefania Bril, "entre outras, integravam o segmento de mulheres já não tão jovens que, após terem cumprido os rituais atribuídos socialmente à mulher, como o casamento e a maternidade, buscavam dar resposta a suas inquietações culturais e intelectuais. Para as três, a passagem pela Enfoco representou um ponto de inflexão, a partir do qual adotaram a fotografia como profissão" explica Ileana Ceron.
"Como boa observadora-ouvinte que era, Stefania Bril tem olhos e ouvidos para perceber o que a cidade está falando, mapeando a dor e o insólito da vida moderna, mas também a resistência e o humor." escreve Miguel Del Castillo. "Numa imagem conhecida, que foi capa de seu primeiro livro fotográfico, um pequeno letreiro nos convida, avistado por trás de alguns tubos de concreto: “Entre”. Suas fotografias possuem camadas assim. E, no caso dessa e de muitas outras escritas urbanas, enquadradas pela fotógrafa, parecem expressar em voz alta as ambiguidades das cidades."
Alexandre Araújo Bispo, aprofunda a parte antropológica da obra da fotógrafa: "Entre mostrar-se e esconder-se, olhar e ser olhada, as pessoas negras memorizadas nos negativos de Stefania Bril indicam a multiplicidade de ser negro: a personalidade pública Maria Miné, individualizada em um ensaio, mas pertencente a uma família extensa, a velha negra Ermília em família, a mãe negra com um ou vários filhos, o homem negro de “escritório”, o jovem negro com ares de hippie e olhar idealista, os artistas negros em seu fazer poético, os trabalhadores braçais, as crianças negras de ambos os sexos. Do modo como fotógrafa algumas pessoas, Stefania sugere ter estado com elas antes, durante e depois do instante fotográfico. Suas imagens evocam um sentido de conversa com e menos um dizer sobre ou pelas pessoas. Não parece haver uma autoridade sobre o que está mostrando, mas um desejo genuíno de convivência e interação social. Em outras fotos, como as dos trabalhadores braçais registrados na ação de trabalhar, o contato social não parece ter se prolongado."
Imagens © Stefania Bril. Texto © Juan Esteves
Infos básicas:
OrganizaçãoIleana Pradilla Ceron Miguel Del Castillo
Produção editorial Núcleo Editorial IMS
Projeto gráfico Beatriz Costa
Tratamento de imagens Núcleo Digital IMS
Impressão: Ipsis Gráfica e Editora, tiragem de 1.500 exemplares nos papéis Offset, Pólen bold e Supremo
Serviço
Exposição Stefania Bril: desobediência pelo afeto
Abertura: 27 de agosto, às 18h
Visitação: até 26 de janeiro de 2025
6º andar | IMS Paulista
Entrada gratuita
Conversa de abertura da exposição, com os curadores Ileana Pradilla Ceron e Miguel Del Castillo e as convidadas Cremilda Medina, Maureen Bisilliat e Nair Benedicto27 de agosto, às 19h
Cineteatro do IMS Paulista
Entrada gratuita, com distribuição de senhas 1 hora antes do evento e limite de 1 senha por pessoa.
Evento com interpretação em Libras
IMS Paulista
Avenida Paulista, 2424. São Paulo, SP.
Tel.: (11) 2842-9120
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Resenha de "Farda Fardão Camisola de Dormir" de Jorge Amado
sem spoilers, resenha não revisada
Após a repentina morte do poeta Antônio Bruno numa Paris assolada pela guerra, abre-se uma vaga na Academia Brasileira de Letras, causando o interesse dos militares que querem que o Coronel Sampaio Pereira se candidate para ocupar a cadeira na academia, representando o exército nacional.
Os acadêmicos, revoltados com as intervenções, decidem apoiar outro candidato, o General Moreira, para se opor ao poder definitivo do Coronel e do regime ao qual ele faz parte.
Jorge Amado lançou esse livro em um período conturbado de sua carreira, e a da história mundial em geral. A narrativa se passa durante a ascenção do nazismo adjunto a Segunda Guerra Mundial e o Estado Novo, aqui no Brasil.
Nesse período, Amado sofreu duras censuras e perseguições da ditadura Vargas devido a sua filiação ao Partido Comunista Brasileiro, chegando a se exilar do país durante os anos de 1941 e 1942
Mesmo com todo esse desastre como plano de fundo, Farda Fardão Camisola de Dormir consegue manter o bom humor e o tom explícito característico das obras de Jorge Amado e, ao mesmo tempo, conter passagens ousadas que abertamente denunciam a repressão, o fascismo disfarçado, a censura e a violência da ditadura do Estado Novo
uma decisão bem corajosa, levando em conta a perseguição que Amado já sofria desde o lançamento de sua obra prima Capitães da Areia em 1937, e ao mesmo tempo bem interessante
A palavra certa pra definir esse livro é essa: interessante
Ao mesmo tempo que a narrativa, por si só, não é a das melhores (principalmente porque estamos falando de Jorge Amado), o peso cultural/político/social que esse livro tem me faz perdoar qualquer inconsistência visível na obra
Só de meu colega Jorginho ter tido a garra de escrever esse livro, revisar, editar e ainda sim publicar um livro cheio de críticas a um regime autoritário (mesmo depois de já ter sido preso por ter feito muito menos), já faz valer muitíssimo a pena cada segundo
#book blog#book tumblr#resenha#resenha literária#book review#livros#bookworm#leitura#literatura#dica de livro#jorge amado#capitães da areia#comunismo#amado#estadonovo#getulio vargas#literatura modernista#literatura clássica#literatura brasileira#salvador bahia
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Sexual violence: the forgotten chapter of the military dictatorship of Brazil
Despite being present and constant, the sexual violence practiced by repression agents, authorized by the regime's top brass to torture any suspect, is hardly mentioned in history books and other more common records about the period. One of the challenges faced by consultants, academics and specialists who worked at CNV was precisely to bring these reports to light.
"Sexual violence is an unknown aspect of the military dictatorship. Even today, even after the publication of the CNV's final report, it is something that remains little known because it is a taboo topic and carries this extra burden when discussed", says Glenda Mezzaroba, scientist politician who coordinated the working group "Dictatorship and Gender" at the CNV and author of the book A reckoning with the future: amnesty and its consequences, a study of the Brazilian case . "
According to the political scientist, it was extremely important to conceptualize very well what can be considered sexual violence using the concepts of international bodies such as the World Health Organization. Especially because at the time of the military regime (and even today) the concept of sexual violence and rape are very focused on whether or not there was penetration. And the reports collected show that there was, indeed, sexual violence that did not necessarily involve penetration of the vagina or anus, "The majority of victims did not have the idea that being forced to be naked at the time of arrest is already sexual violence," explains. "We even observed that there were allegations of sexual violence in the book that Carlos Marighella published in 1965, reporting electric shocks to the genitals. However, there was not much clarity in the classification of this violence.
The chapter reserved for sexual violence in the final report of the National Truth Commission published in 2014, showed how the agents of repression had a macabre appreciation for the practice. In the reports, the initial act of stripping the prisoner naked and placing him in front of other agents and spectators was standard. Verbal humiliation, accusations and death threats against companions, family and friends then followed. Women were raped in front of their spouses as a way to get them to hand over information.
"I was there, I was vulnerable, completely vulnerable. Then the guy put his hand inside my clothes and then, well, like any other sexual abuse, I won't describe details, but that's what happened. His hand went through everything and I don't know what. He said: 'No, she's going to cum, with me she's going to cum and she's going to talk'. That's just normal people's stuff."
The excerpt above was taken from the testimony of Ieda Akselrud de Seixas, daughter of Minas Gerais militants, raped at DOI-CODI in 1971 when her entire family was arrested for involvement in revolutionary movements that fought against the military regime. Ieda, like several women and men, reports that it took some time to understand that the rape she suffered was also part of the military's torture method.
"But it took me a long time to realize that it was sexual abuse, do you know why? I minimized that episode because, after all, it wasn't a macaw's dick, it wasn't a shock and it wasn't a dragon's chair. That's really crazy! It's really crazy," she said.
Maria Auxiliadora Lara Barcelos, known as "Dora", was arrested in 1969 and taken to the Army Police barracks , in Vila Militar , where she was stripped naked, beaten, and subjected to electric shocks on her breasts, vaginas and various parts of her body. She was banished to Chile in 1971, but had to leave the country because of the Pinochet dictatorship. Dora never recovered from the emotional consequences left by torture and committed suicide in 1976 at the age of 31 in West Berlin. Photo: Reproduction.
The simple fact that they were women, whether left-wing militants or not, was also a reason for the military to curse and verbally humiliate the captured women. The common sense was that they were to blame for being there, as it was far from their role as daughter, wife or mother. Gender hatred was evident. That's why they called them "whore", "slut" and any other adjective that is the counterpoint of saint. The only two roles applicable to women in the regime's view.
"Because you are a woman, you also realize that there is perhaps, sometimes, a much greater anger, I don't know if it is because of the question of thinking 'why is a woman doing this? Why is a girl doing this?' And it's a way, perhaps, of wanting to disqualify you in every way. In fact, the least you hear is that you're a 'cow' That's the way you're called," reported Maria. Aparecida Costa to CNV.
According to the final report, sexual violence was not occasional but rather widespread as a common practice throughout the repressive structure of the regime. "In the testimonies analyzed by the “Dictatorship and Gender” working group, DEIC, DOI-CODI, DOPS, Galeão Air Base, Army Police battalions, Casa da Morte (Petrópolis), Cenimar, CISA, police stations, Oban are mentioned. , military hospitals, prisons and barracks," says item 37 belonging to chapter 10 of the final report of the National Truth Commission.
In addition to the emotional scars that the torture left on the victims, there are still some who carried great guilt for having given up information about their companions during the torture sessions. This issue was also addressed by the team coordinated by Mezzaroba. In an anonymous statement, a woman reports the great guilt she felt after not having resisted the pain during torture and revealed information to the military. She was arrested at 19 years old.
"(…) We can hear in the speech of many of those who have gone through the experience of imprisonment and torture, referring to themselves, expressions such as “I resisted”, “I didn't inform on”, “I didn't turn anyone in”. Or, referring to others, expressions like: “he didn’t open anything”. (…) Expressions that, on the one hand, reflect the feeling of pride and honor of those who say them, also carry with them, implicitly, even if subtly, a painful accusation against those who say them. who, for some reason, didn't resist. Maybe they don't understand their pain," said the victim in her report.
Mezzaroba says that the owner of the above statement carried a load of guilt, apart from the inevitable psychological consequences of anyone who was a victim of torture promoted by the State. "She brought great pain, embedded in this logic that you should resist and not give anything away. In fact, everything that happens from the first violence in torture, nothing becomes the victim's responsibility after that. (…) she was the victim of unspeakable and incapable of measurement violence. Nothing that happens under torture is the responsibility of the victim. There, the human being no longer has control over his or her body. which is really important."
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Ditadura ou Democracia ?-Luiz Carlos de Oliveira e Silva
O inacreditável pastor Silas Malafaia – da igreja Templo é Dinheiro – diz que o Brasil está vivendo uma ditadura. De certa maneira ele está certo, mas, convenhamos, isso não é de hoje. O abuso do termo democracia vem de longe, aqui e alhures. Fato é que a ideologia dominante nos faz identificar eleições com democracia, sendo que democracia, muito mais do eleições periódicas, quer dizer “governo…
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#crise do capitalismo#democracia#Ditadura Militar#Luiz Carlos de Oliveira e Silva#mundo contemporâneo#Pós capitalismo#Sociedade da Mercadoria#sociedade do espetáculo
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Mais um mês que fui muito leitora, e dessa vez foi bem versatil. Teve classico e gótico nacionais, alienigena, suspense viciante, e meu primeiro livro do Gabriel Garcia Marquez.
1 - As Meninas - lygia Fagundes Telles.
O livro se passa no auge da ditadura militar brasileira, e as protagonistas se deparam com um mundo conturbado, marcado por rápidas transformações, sexo, drogas e repressão política.
mini review: Esse livro foi muito pessoal, é como se a gente estivesse dentro de cada uma das personagens, ouvindo seus pensamentos de angustia, sabendo de seus traumas, os sonhos e medos delas, quando terminei senti muita falta delas.
2 - Crônicas de Uma Morte Anunciada - Gabriel Garcia Marquez.
Conta a história do assassinato de Santiago Nasar, um crime anunciado e conhecido de todos os habitantes de um pequeno povoado do Caribe colombiano.
mini review: Umas das fofocas mais deliciosa do mundinho literario, nao consegui parar de ler ate descobrir tudo sobre essa morte.
3 - Noite na Taverna - Alvarez de Azevedo.
A história se passa em uma taverna no século XIX e é contada por cinco amigos: Solfieri, Bertram, Gennaro, Claudius Hermann e Johann. Os amigos compartilham suas histórias de amor, que são intensas e loucas, e que marcaram suas vidas com atos infames.
mini review: O autor sabia que nao existe nada mais assustador que o ser humano.
Sem Saida - Cara Hunter.
O livro se passa durante as férias de Natal, quando duas crianças são encontradas entre os escombros de uma casa em chamas em Oxford. As perguntas que surgem são: como duas crianças tão pequenas foram deixadas sozinhas em casa? Onde está a mãe? E por que o pai não atende o telefone?.
mini review: trama envolvente e extremente viciante, meio obvio, porem, a fofoca de familia é deliciosa.
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38ª LIFF (2024) – Ainda Estou Aqui
Roteiro e performances admiráveis Por Ivonete Pinto | 16.11.2024 (sábado)
– Cobertura do 38º Leeds International Film Festival (LIFF)
LEEDS (ING.) – De tudo o que tem sido falado sobre Ainda estou aqui, a presença da casa, como personagem, tem sido uma constante. Um longo travelling final não deixa dúvida da importância simbólica da residência dos Paiva na trágica história deles. Roberto DaMatta tem insights interessantes no livro “A Casa e a Rua” (1997), chamando a atenção para a casa e a rua serem entidades morais. Para o antropólogo, as pessoas apresentam um comportamento em casa e outro na rua.
A casa de Ainda estou aqui é um polo de encontros de amigos e familiares, o que para o regime militar era um problema. Os amigos do ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), assassinado pelo regime, tinham implicações com a resistência à ditadura.
A eloquência da dor no rosto silencioso de Eunice (Fernanda Torres)
Eunice Paiva (Fernanda Torres), como quase todas as esposas de envolvidos com a resistência, para sua segurança era poupada das atividades políticas do marido. Mas a casa, não importa o comportamento de seus ocupantes, não era nenhum lugar sagrado e indevassável como prega o senso comum. Para os militares não era.
Reinterpretando Roberto DaMatta – e ao mesmo tempo o contradizendo –, a relação que gostaria de fazer é a de que a casa dos Paiva refletia o caráter público e o caráter privado da família. O pai amoroso, bem humorado, com um passado político digno dadas as circunstância (teve o mandato cassado como deputado em 1964), não era diferente do cidadão que se sentiu impelido a se envolver com a resistência. Um envolvimento discreto, apenas ajudando quem estava vivendo na clandestinidade. É de uma das falas de um amigo de Paiva, pertencente ao grupo que frequentava sua casa, que vem um argumento que não deixa dúvidas. Ele diz à Eunice, tentando explicar porque o marido tinha sido preso, que era impossível não se envolver. Ou seja, para um cidadão honesto, correto, humanista, democrata, era impossível não tomar partido, não fazer algo frente ao que acontecia.
Talvez a frase desse amigo possa ser uma boa síntese da representação da casa, como elemento que não pode se desvincular da realidade social. Da esfera privada que não se separa da pública quando assuntos como a violência de um regime atingem a sociedade.
Roteiro – Ainda estou aqui, como expressão artística, é um exemplar coerente na obra de Walter Salles. Estrutura de produção internacional, clássica e competente. Mira um amplo público, trabalhando a narrativa de modo claro, com informações reiterativas, sem margem para lacunas ou piruetas de linguagem. O uso da música não tem excessos, embora não deixe de incorrer na velha tática de reforçar o que já está na tela.
Uma família amputada, que segue em frente de cabeça erguida sob o alicerce de Eunice, mãe de cinco filhos.
Para o espectador brasileiro, consciente quanto à natureza e impacto da ditadura civil-militar, há alguns exageros didáticos. Mas para plateias estrangeiras, não há sobras. O roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega (baseado na autobiografia de Marcelo Rubens Paiva) é engenhoso em condensar o livro, com soluções dramatúrgicas precisas. Como quando o personagem do filho, Marcelo, surge de cadeiras de rodas na elipse de mais de duas décadas. A explicação para tudo o que aconteceu com ele, do acidente que o deixou tetraplégico à fama como escritor, é resolvida com uma simples e curta cena. Uma cena para ser apresentada em aulas de roteiro (aliás, o fine ganhou o prêmio de melhor roteiro em Veneza).
Evidentemente, a performance dos atores é admirável, sobretudo a de Fernanda Torres, em especial nos seus momentos sem falas e na cena do interrogatório na prisão. Tal performance igualmente funciona para a compreensão das audiências estrangeiras. Na sessão em dia de semana do festival de Leeds, com uma plateia formada majoritariamente por ingleses, curioso notar o absoluto silêncio, quebrado apenas na sequência final, com a entrada em cena de Fernanda Montenegro. Nos longos planos fechados em seu rosto, era possível ouvir a respiração mais forte de alguns choros contidos. Também foi possível observar o total interesse, pois permanecer na sala para ler a totalidade dos créditos, mesmo após as mais de duas horas de duração, é um bom sinal.
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Ai amo saltimbancos cara
JUMENTO NAO É
JUMENTO NAO É
O GRANDE MALANDRO DA PRAÇA
Chico Buarque genio musical, sempre um passo a frente e criticando a ditadura Civil Militar 💪
#Ik I usually don't post things in portuguese#BUT#I POVE SALTIMBANVOS#y isn't there a tag for saltimbancos in tumblr what the heck#chico buarque
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Ainda Estou Aqui, entre a saudade e a justiça: a memória.
Maio 1964
Na leiteria a tarde se reparte
em iogurtes, coalhadas, copos
de leite
e no meu espelho meu rosto. São
quatro horas da tarde, em maio.
Tenho 33 anos e uma gastrite. Amo a vida
que é cheia de crianças, de flores
e mulheres, a vida,
esse direito de estar no mundo,
ter dois pés e mãos, uma cara
e a fome de tudo, a esperança.
Esse direito de todos
que nenhum ato
institucional ou constitucional
pode cassar ou legar.
Mas quantos amigos presos!
quantos em cárceres escuros
onde a tarde fede a urina e terror.
Ferreira Gullar (1930 - 2016)
O Brasil ganha destaque nessa temporada de premiações cinematográficas com o longa-metragem "Ainda Estou Aqui" que conta com a colaboração do cineasta brasileiro Walter Salles e dos atores Fernanda Torres e Selton Mello, ambos figuras notáveis no cenário cinematográfico e de entretenimento brasileiro. Na quinta-feira passada, dia 7 de novembro, o longa estreiou nos cinemas de seu país de origem após uma temporada extensa de promoções em festivais internacionais incluindo o circuito de Veneza, em que foi ovacionado por 10 minutos e saiu vencedor do prêmio de melhor roteiro adaptado.
O longa se baseia no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho caçula da família Facciolla-Paiva, e que presenciou aos 11 anos o sequestro do pai, Rubens Paiva, pelos oficiais do DOPS durante os Anos de Chumbo do governo Médici. Rubens Paiva saiu numa tarde de janeiro de casa acompanhado pelos oficiais e nunca mais foi visto. Apenas vinte e cinco anos depois, Rubens Paiva é declarado morto e, apenas quarenta anos depois, com a Comissão Nacional da Verdade, o mistério do que teria acontecido com Rubens Paiva naquela tarde de janeiro de 1971 pode ser elucidado mesmo que ainda sem encontrar seu corpo.
O novo longa de Walter Salles, ciente da crueldade e do impacto da ditadura militar na vida cotidiana dos brasileiros, se apega a história da família Paiva e decide contar a história, não de um preso e desaparecido político, mas de uma família que resguarda as memórias e que luta para que esse passado jamais seja anistiado. Eunice Paiva, personagem de Fernanda Torres, protagoniza a angústia de uma mulher de alto padrão da sociedade brasileira e que se vê com uma série de sentimentos conflituosos enquanto tenta desvendar o que aconteceu com o marido. Apesar disso, ela precisa erguer os olhos e continuar lutando pela vida digna daqueles que ainda estão aqui, os filhos do casal que à época eram jovens e de idades distintas, impactaando na percepção e interpretação das mudanças que a família enfrenta através da trama.
O filme se apega em seus primeiros minutos ao cotidiano da família Paiva, da convivência dessa família com Rubens Paiva, interpretado por Selton Mello, e como essa falta é sentida a partir do momento em que ele é sequestrado e morto pela ditadura. O gamão de Eunice sem companhia, o Totó nunca mais barulhento de Marcelo, as músicas do exterior e cartas carinhosas de Veroca sem a presença do pai, os dias de sol, as festas entre amigos; tudo se esvai assim como a vida se afrouxa diante do olhar da ditadura sob as vidas e as liberdades daquele família amorosa e entrosada. Quando Rubens se vai, a casa anteriormente iluminada e cheia de vida, que todos habitam um canto distinto e que se expressam da maneira que mais se sentem confortáveis, agora não mais toma a luz do dia para si, sempre com as portas, portões, janelas e cortinas fechadas; a ameaça a espreita dentro de um carrinho a vigiar o movimento de quem entra e quem sai da casa dos Paiva, uma tensão constante em que transforma esse drama familiar numa quase história de suspense, de horror. No entanto, Walter Salles carrega em sua direção um cuidado que, mesmo nos momentos de tensão, nos puxa para a realidade que às vezes é crua e às vezes se reinventa a maneira que Eunice se conforma com a partida eterna de seu marido.
Dona Eunice luta com todas as garras, levanta a cabeça diante dos oficiais, e milita pelo não esquecimento do legado de seu marido. Muda-se, se transforma e, ao fim da vida, se consagra como uma advogada e grande ativista pela causa dos povos indígenas, muito antes das leis promulgadas na Constituição de 88 virem à tona. Dona Eunice, dentro de seus privilégios, reconhece em povos minoritários uma dor que ela carrega, não é a mesma, mas que ressoa. Um parente desaparecido e o direito da vida renegado por aqueles que se acham e se entendem donos de uma verdade; uma verdade morta e mórbida. É com a história de Dona Eunice e por sua total humanidade que percebemos que algumas dores, embora sentidas de formas distintas e por motivos distintos, são tão humanos e capazes de produzir uma condição coletiva, uma história, um dado, um acontecimento coletivo que, quando apagado, se valida a opressão daqueles que fazem questão do apagamento da memória; o que não se distancia infelizmente da realidade palpável de um Brasil calejado, sofrido e doente de amnésia.
Esse filme é sobre as mais de 20 mil pessoas torturadas pelo regime de 1964 a 1985. Esse filme é sobre as mais de 30 mil vítimas fatais estimadas pela Comissão da Verdade do Brasil. Esse filme é sobre as milhares de famílias que não sabem até hoje o que aconteceu com seus entes queridos. Esse filme é sobre as amálgamas abertas, filhas legítimas da Ditadura Militar, que matam em média 30 mil pessoas por ano nas operações policias em áreas pobres das cidades brasileiras. Esse filme é sobre o estreitamento de terras indígenas e como o Estado cerceia, delimita e executa povos originários ao tornar possível a ação de grileiros e garimpeiros através dos métodos sujos importados do Regime Militar, regime esse que assassinou quase 9 mil pessoas indígenas segundo dados da Comissão da Verdade. Ao seu jeito, a sua maneira distante, nos faz refletir como essas estruturas ainda nos afetam e como nos afetam sob nosso cotidiano alienado e alheio a nossa memória cultural dilacerante.
É um filme sobre um Brasil ferido, desolado, desamparado; com punho forte, muito mais forte do que a própria constituição. É sobre um Brasil que é marcado profundamente pelo Regime Militar em suas estruturas de poder mais simbólicas e que hoje afetam principalmente a qualidade de vida e a cidadania daqueles que são cada dia mais empurrados pra baixo dentro das injustiças e destemperanças de se viver numa sociedade desigual economicamente, politicamente, socialmente e racialmente. É sobre um Brasil que não reconhece a legitimidade de seu passado sofrido, que cresce os olhos para o militarismo e avança em direção a esse abismo novamente. É sobre um Brasil que, desesperado, esquece do passado e propaga as injustiças como se fosse a única forma de lutar contra sua própria realidade. É sobre um Brasil que continua abaixando a cabeça para aqueles que o fazem sofrer, que se calam diante do "Cálice", do "Monstro emergindo da lagoa". É sobre um mundo dotado de milicos, fantoches de uma ideologia sanguinária. É sobre a degradação da sociedade em curso há muito tempo ao menos no Brasil. É nossa veia aberta, nossa solidão, nossa história. A solidão de um preso político, da bala perdida, do parente sem notícias. É da ferida profunda que nasce nossa saudade, uma saudade fervente, porém socialmente desprovida de tato e memória; ilusionada pela beleza do discurso do senso comum.
Eis então que o filme, sem querer, por meio das divagações e da persistência de Dona Eunice, nos questiona: A quem interessa um país sem memória?
Dona Eunice não é eterna corporalmente, mas se eterniza em sua história. Sua memória pregou peças em si, mas não em nós, espectadores, que por seu olhar, por sua luta e dedicação; podem hoje ainda estar aqui. Dona Eunice, apesar do tempo passado, ainda estamos aqui a procura de respostas. Lutamos pela justiça como a senhora, vivemos esse luto eterno e nos atentamos a ele, alarmamos sobre ele, a fim de que sua luta por justiça jamais se apague afinal é dessa sede que ainda precisamos, ainda buscar justiça em nossas respostas. Dona Eunice ainda está aqui e estamos todos aqui a lutar, conjuntamente, por um mundo mais justo e que a saudade não seja mais uma amálgama de sofrimento e perda, mas sim a lembrança dos momentos felizes; como aqueles que radiaram a vida da família Paiva em seus anos antes de Rubens ser levado embora.
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