#e: ditadura militar
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What do you mean you don't know Fernanda Torres? Our favorite nepobaby sweetheart of Slaps & Kisses fame just won a Golden Globe and might snag the first Oscar nomination for Brazil in over 25 years. Today I will tell you who is Fernanda Torres and why her Oscar nomination means so much for Brazil? Today I have a wild story that involves the CIA, Harvey Weinstein, a military dictatorship and Gwyneth Paltrow. A political essay where I explore the soul of my country.
#brasil#brazil#fernanda torres#ainda estou aqui#i'm still here#this video is so beautiful and i cried so hard watching it#but i'm specifically posting /here/ bc i think it really explains why i get so excited talking about brazilian stuff#and why i choose to also do it here instead of just keeping it to other social media where all my mutuals circle is brazilian#about me#the mari tag#p: fernanda torres#e: oscars 2025#p: fernanda montenegro#e: oscars 1999#r: fmontenegro x ftorres#s: ainda estou aqui#s: i'm still here#c: history#e: 20th century#brasil tag#e: ditadura militar#p: eunice paiva#c: politics#t: talk post#(btw i resent the besmirching of shakespeare in love. i've heard great things about its portrayal of elizabeth i!!#also gwyneth has many faults but having been under weinstein's thumb isn't really one of them. that's my only real issue w/ the video)
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31 de março de 1964: 59 anos do golpe militar no Brasil
#sorry i had nowhere else to post this and its too special to stay on the drafts#e ainda é dia 31 no acre entao vale#ditadura militar#política#31 de março de 1964#politics#latin america#*mine
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Há 55 anos-Luiz Carlos de Oliveira e Silva
Há exatos 55 anos, em 4 de setembro de 1969, grupos guerrilheiros sequestravam o embaixador estadunidense no Brasil, Charles Burke Elbrick. Os guerrilheiros exigiam em troca da vida do embaixador a libertação de 15 presos políticos que, sob tortura, corriam risco de morte nos porões da ditadura civil-militar, e a leitura de uma Carta-manifesto em cadeia nacional de rádio e televisão. Eu me…
#anos de chumbo#crise do capitalismo#Ditadura Militar#e sequestro do embaixador americano#Luiz Carlos de Oliveira e Silva#Luta Armada#mundo contemporâneo#mundo moderno#sociedade contemporânea
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Familiares das vítimas da ditadura militar brasileira lançam manifesto por Justiça
No Dia Internacional de Combate à Tortura, familiares de vítimas da ditadura militar brasileira uniram-se para lançar um manifesto em busca de justiça e reparação. Este apelo é pela reinstalação da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), com o objetivo de esclarecer crimes ocorridos durante aquele período sombrio da história brasileira. O manifesto, lançado em 26 de…
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#brasil#Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos#Direitos Humanos#Ditadura Militar#Manifesto por Justiça
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A tela Operários de Tarsila do Amaral é uma obra que esteve e está no centro de disputas e polêmicas desde sua criação. Sua história foi marcada, no início, pela ditadura de Getúlio Vargas.
Por décadas, Operários permaneceu esquecida no ateliê da artista. Porém, nos anos 1970, ela foi comprada pelo governo da ditadura militar.
Preparamos um artigo completo sobre Operários para você entender essa história. Acessar aqui.
#tarsila do amaral#operários#modernismo#trabalhadores#arte brasileira#pintura a oleo#arte moderna#ditadura#getulio vargas#ditadura militar
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Ontem eu finalmente fui ao cinema assistir Ainda Estou Aqui com a minha mãe. Nossa, que filme maravilhoso, tocante, tenso, e acima de tudo, necessário. É tão, mas TÃO vergonhoso saber que nosso país tem um passado tão sujo, e que tantas pessoas que contribuíram para isso - assassinos, torturadores - não tiverem uma consequência sequer pelos seus atos hediondos. É impossível contar quantas famílias foram destruídas durante a ditadura, e mais impossível ainda acreditar que até hoje muitas delas não foram indenizadas.
Como disse Eunice Paiva, interpretada pela diva Fernanda Torres, chega a ser estranho ficar tão feliz ao receber um atestado de óbito.
Eu e minha mãe rimos nos momentos alegres da família Paiva e choramos nos tristes; é impossível não se conectar com eles, mesmo que tenham vivido numa realidade muito diferente da nossa (classe social, por exemplo).
Espero de verdade que a Fernanda Torres ganhe o Oscar de Melhor Atriz (que a Fernanda Montenegro deveria ter ganhado em 1999), e que Ainda Estou Aqui leve os de Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro. O nosso país é grandão demais, principalmente quando se trata de cultura. Viva o cinema nacional!!!!
"Grandes gestos são humildemente casuais. Tenho um agradecimento a fazer aos militares brasileiros: obrigado por não terem matado a minha mãe." - Marcelo Rubens Paiva
DITADURA NUNCA MAIS!
#ainda estou aqui#i'm still here#filmes e séries#fernanda torres#fernanda montenegro#walter salles#selton mello
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É possível que isso seja uma ideia idiota, mas eu acho que a gente precisa de abolir a polícia militar no Brasil. Eles são relíquias da ditadura militar, e trabalham diretamente para as forças armadas reacionárias. A polícia devia trabalhar para um governo civil (o município ou o estado). Eu também acho que os bombeiros deviam trabalhar para o governo civil ao invés do exército, mas isso não faz tanta diferença, e eu acho legalzinho que eles tem títulos militares
não é uma ideia idiota. a abolição da polícia militar já é uma pauta séria faz décadas
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nada relacionado com os vents só preciso falar sobre "Ainda Estou Aqui"
esse filme ter sido lançado numa época e num período como o que vivemos agora é algo TÃO profundo, numa época em que um ex presidente enaltece os militares e o período da ditadura, a mesma época em que jovens adotam o conservadorismo e se alienam cada dia mais politicamente e são os mesmos que negam a tortura, as mortes, entre tantos outros acontecimentos
esse filme é uma lição para que não deixemos o livro de história se repetir de novo, é um grito de sobrevivência daqueles que foram dados como desaparecidos e um grito de resistência de quem sabe da verdade e luta para que isso não volte nunca mais.
e eu provavelmente vou ficar pensando nesse filme por uma longa semana.
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No dia 8 de Janeiro de 1973 ocorreu um dos mais brutais crimes políticos cometidos pela ditadura empresarial-militar no Brasil.
Trata-se do monstruoso assassinato da poetisa, intelectual paraguaia Soledad Barrett Viedma, que depois de traída por seu companheiro, um "cachorro" da ditadura infiltrado, Cabo Anselmo, foi cruelmente torturada e morta em Pernambuco. Soledad estava grávida de quatro meses, e mesmo assim não foi poupada. Soledad foi encontrada nua, dentro de um barril numa poça de sangue, tendo aos pés o feto de 4 meses, expelido provavelmente durante as sessões de torturas. Este foi um dos mais hediondos crimes cometidos nos anos de chumbo da Ditadura Militar, no Brasil. Soledad recebeu quatro tiros na cabeça e apresentava marcas de algemas nos pulsos e equimoses no olho direito.
#soledad barret viedma#antifa#ditaduranuncamais#memória#política#vpr#fcknazis#nãopassarão#luta#guerrilheira#antifascismo#brasil#paraguai#américa latina#poesia
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[ENG]🇺🇸-Rating movies based just on my opinion as a fan. In today's movie we have "Ainda estou aqui" (I'm still here)
[PT]🇧🇷- Avaliando filmes baseado na minha humilde opinião como fã. No filme de hoje temos "Ainda estou aqui"
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🇺🇸-Without a doubt one of the best films I've ever seen! Based on the book by Marcelo Rubens Paiva, the film tells the true story of Eunice Paiva, (mother of the book's writer) a woman who must take care of her 5 children and deal with the disappearance of her husband, Rubens Paiva, by the military regime in force at the time (the film begins in 1970, and the regime lasted from 1964 to 1985).
This film realistically shows part of the horror that was the period of the Brazilian military dictatorship, in which thousands of innocent people were threatened, exiled, tortured and even killed by the regime's military, and along with the film we have the great presence of the most iconic Brazilian MPB ( Brazillian popular music) artists who fought against the regime's censorship such as Roberto Carlos, Chico Buarque, Caetano Veloso and others...
I have to mention the FLAWLESS performance by Fernanda Torres (Fernanda Montenegro's daughter) playing the protagonist Eunice Paiva. She SO deserves the Oscar for this film and to honor the Oscar that was stolen from her mother in 1999 with the film "Central do Brasil" (central Brazil)
10/10
🇧🇷- Sem dúvidas um dos melhores filmes que já vi! Baseado no livro do Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a real história de Eunice Paiva, (Mãe do escritor do livro) uma mulher que deve cuidar dos seus 5 filhos e lidar com o desaparecimento de seu marido Rubens Paiva pelo regime militar vigente na época ( o filme começa em 1970, e o regime durou de 1964 a 1985 ).
Esse filme mostra de forma realista uma parcela do horror que foi o período da ditadura militar brasileira, em que milhares de pessoas inocentes foram ameaçadas, exiladas, torturadas e até mortas pelos militares do regime, e junto com o filme temos a grande presença dos mais icônicos artistas brasileiros da MPB que lutaram contra a sensura do regime como Roberto Carlos, Chico Buarque, Caetano Veloso e entre outros...
Não posso deixar de falar da atuação IMPECÁVEL da Fernanda Torres (filha da Fernanda Montenegro) interpretando a protagonista Eunice Paiva. Ela merece MUITO o Oscar nesse filme e honrar o Oscar que foi roubado da sua mãe em 1999 com o filme "Central do Brasil"
10/10
#FernandaTorres#oscar 2025#ainda estou aqui#filme do ano#melhor atriz#Fernanda Montenegro#cinema brasileiro#Avaliando Filmes#Rating movies
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O efeito psicodélico da tropicália
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O efeito psicodélico da tropicália: eis-me aqui, ó servos da MPB. Escutem-nos! Voltem para alamar o governo, esse governo imoral e sem empatia com o povo. Como numa peça, provocamos, reivindicamos, dançamos e interpretamos: sou eu, a fada do agreste. Rezo pelo fim da peste (COVID) e lanço-me na tropicália, provocando sua ira. Vinde, ó tempos da jovem guarda inabalável, imitada e nunca igualada, mas sempre provocando a ira da nova ditadura militar. Todo governo é uma ira, uma sátira. Será mesmo que nunca basta? Nunca cessa? Nunca acaba? Eis-me aqui, para o ódio de muitos, pegando o rumo para outro mundo. Adeus, seus jagunços!
- metalversos
#meustextos#julietario#pequenosautores#clubedaleitura#novosautores#clubepoetico#autorias#projetoflorejo#projetosautorais#autorais#projetovelhopoema#projetoalmaflorida#lardepoetas#carteldapoesia#pequenosescritores#espalhepoesias
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Ditadura ou Democracia ?-Luiz Carlos de Oliveira e Silva
O inacreditável pastor Silas Malafaia – da igreja Templo é Dinheiro – diz que o Brasil está vivendo uma ditadura. De certa maneira ele está certo, mas, convenhamos, isso não é de hoje. O abuso do termo democracia vem de longe, aqui e alhures. Fato é que a ideologia dominante nos faz identificar eleições com democracia, sendo que democracia, muito mais do eleições periódicas, quer dizer “governo…
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#crise do capitalismo#democracia#Ditadura Militar#Luiz Carlos de Oliveira e Silva#mundo contemporâneo#Pós capitalismo#Sociedade da Mercadoria#sociedade do espetáculo
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Gal uma aniversariante de 26 de setembro: Gal Costa –– fotografada pela revista "Fatos & Fotos" em Londres, em 1970, em visita aos amigos Gilberto Gil e Caetano Veloso que estavam no exílio, por imposição da ditadura militar. Aclamada como uma das maiores cantoras brasileiras, Gal Costa morreu aos 77 anos em 9 de novembro de 2022.
Veja também:
Semióticas – O novo Jards
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Stefania Bril desobediência pelo afeto
Stefania Bril desobediência pelo afeto (IMS, 2024) é o livro que acompanha a mostra homônima na sede paulista do Instituto Moreira Salles a partir de 27 de agosto até 26 de janeiro de 2025. De família judaica polonesa, Stefania Bril (1922-1992), imigrou para o Brasil em 1950. A exposição e livro apresentam ao público a obra fotográfica, sua produção crítica e a atuação no campo institucional. Radicada em São Paulo, já em 1970 consolidou-se como fotógrafa e, a partir dos anos 1980, como crítica e curadora. Em suas fotografias vemos cenas cotidianas onde prevalece a irreverência, com perspectivas que propõem sutis deslocamentos na forma de olhar para uma metrópole que crescia em meio ao chamado "milagre brasileiro" - de pensamento ufanista, durante os primeiros anos da ditadura militar.
O alentado cat��logo da mostra com mais de 300 páginas, traz também uma série de fotografias inéditas. É a primeira exposição individual com 160 imagens dedicada à obra da fotógrafa e crítica nos últimos 30 anos com curadoria da colombiana Ileana Pradilla Ceron, pesquisadora sênior no Instituto Moreira Salles e do carioca Miguel Del Castillo, com assistência da também carioca Pâmela de Oliveira, o primeiro coordenador da biblioteca do instituto e a segunda pesquisadora do acervo de fotografia do IMS.
Stefania Bril nasceu em Gdansk e viveu até a adolescência em Varsóvia. Ao lado de seus pais sobreviveu ao Holocausto. Mudou-se para a Bélgica ao término da Segunda Guerra já casada, onde graduou-se em Química em 1950, ano este em que imigra para o Brasil estabelecendo-se em São Paulo trabalhando a princípio com pesquisas nas áreas de bioquímica e química nuclear. Começou a dedicar-se a fotografia aos aos 47 anos, quando matriculou-se na icônica Enfoco, escola de fotografia criada por Cláudio "Clode" Kubrusly, que funcionou entre 1968 e 1976, por onde passaram consagrados fotógrafos como Cristiano Mascaro, Maureen Bisilliat, Antonio Saggese, Dulce Soares, Ella Durst, Mazda Perez, Nair Benedicto e Rosa Gauditano entre seus professores e alunos.
Ao final dos anos 1970 Stefania Bril, segundo pesquisadores do IMS, inaugurou a crítica fotográfica na imprensa brasileira escrevendo e assinando seus textos por mais de uma década no jornal O Estado de S. Paulo e na pioneira revista Iris Foto (1947-1999). Em suas colunas, analisou boa parte da produção fotográfica brasileira e internacional apresentada em São Paulo nos anos 1980, além de ter organizado festivais de fotografia. De suma importância para a cultura fotográfica criou a Casa da Fotografia Fuji, primeiro centro cultural em São Paulo voltado exclusivamente para o ensino e a divulgação da fotografia, que coordenou de 1990 a 1992. Seu acervo, que inclui sua obra fotográfica, crítica e sua biblioteca, está sob a guarda do IMS.
A coleção da fotógrafa foi adquirida pelo IMS em duas etapas: a primeira em 2001 e a segunda em 2012. O arquivo possui aproximadamente 15.000 imagens, entre ampliações de época, negativos e cromos (diapositivos) além de farta documentação textual. Como parte das iniciativas de difusão do acervo, o IMS destinou, em 2019, a segunda edição da Bolsa de Pesquisa em Fotografia ao estudo de sua obra. A pesquisadora contemplada foi a professora carioca Alessandra Vannucci, que assina um dos textos do livro, juntamente com Ileana Pradilla Ceron (que além do texto principal também assina a Cronologia comentada), Miguel Del Castillo e do paulistano Alexandre Araujo Bispo, antropólogo, curador, crítico e educador independente, doutor e Mestre em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Além destas preciosas análises, a publicação conta com uma pequena fortuna crítica com matérias selecionadas de Stefania Bril.
Segundo a curadoria, ao não focar em temáticas como o campo da política ou dos retratos de personalidades, a obra de Stefania “questiona certos critérios tradicionais de valoração da fotografia. Sua produção mostra sobretudo o fluxo da vida, observando as sutilezas, as ironias e contradições do dia a dia, com registros de momentos lúdicos e de afeto, como pontuam os curadores: “O cotidiano, considerado um tema sem importância, é afirmado por Stefania como espaço de resistência, inclusive em meio a um contexto totalitário como os anos de chumbo no Brasil quando fotografava. [...] Pouco a pouco, revela-se, por exemplo, a posição crítica de Stefania, que enxerga a falência da cidade moderna em meio às metrópoles que fotografou, e que aposta no afeto como antídoto à violência estrutural vigente.”
O conteúdo são imagens principalmente de São Paulo, mas também de outras grandes cidades, como Nova York, Paris, Amsterdã, Jerusalém e Cidade do México. As pessoas “anônimas” que habitam essas urbes contraditórias são as protagonistas das imagens (“Eu gosto de gente, não de carros.”, escreveu a artista em 1975). Embora signos das metrópoles, como edifícios e construções, também estejam presentes, nas fotos de Stefania eles são atravessados por intervenções lúdicas, evidenciando a posição crítica da fotógrafa em relação à padronização e desumanização impostas pela razão moderna. Já na série Descanso, registra homens cochilando em seus locais de trabalho, resistindo à lógica produtivista ou simplesmente esgotados por ela, e, em outro conjunto, retrata trabalhadores que mantêm vínculos com o fazer artesanal, como pintores e músicos de rua.
Para os editores, o humor e a ironia também transparecem nas fotografias. Algumas delas trazem cenas que beiram o surreal, como a imagem de uma vaca no meio de Amsterdã; a de uma mulher carregando uma nuvem de balões no meio da Quinta Avenida, em Nova York; ou ainda a de um menino que lê um gibi deitado dentro de um carrinho de supermercado em São Paulo. Ainda na chave do humor, Stefania também mira seu olhar para as escritas das cidades, capturando cartazes, outdoors e pichações. Sobre esse caráter de sua obra, a artista escreveu: “Insisto em ter uma visão poética e levemente zombeteira de um mundo que às vezes se leva a sério demais.”
De fato podemos notar em seus registros dois segmentos importantes que nos remetem a grandes fotógrafos, como os americanos Paul Strand (1890-1976) e Walker Evans (1903-1975), seja no seguimento mais antropológico, no caso do primeiro, a afinidade vem dos retratos que revelavam seu tempo distante das chamadas celebridades, e tipológico quando pensamos neste último cujas imagens traduziam uma concepção tipológica das cidades, quando Bril fotografa uma profusão de placas, outdoors e inscrições espalhadas por diferentes lugares.
O livro apresenta diversos retratos feitos por Stefania Bril, que segundo os editores, sinalizam outra característica marcante de sua produção. Grande parte das imagens mostram crianças brincando e pessoas idosas, fotografadas nas ruas ou no ambiente doméstico. Há também figuras populares em seus contextos locais, como o casal Eduardo e Egidia Salles, quituteiros famosos em Campos do Jordão, cidade da Serra da Mantiqueira, onde é comum a arquitetura de estilo suíço, que acolhe milhares de turistas no inverno paulista, onde a fotógrafa possuía uma residência, e Maria da Conceição Dias de Almeida, conhecida como Maria Miné, então importante personalidade da cidade.
Ileana Ceron escreve que Stefania Bril adentrou na fotografia pelas mãos de sua amiga, a fotógrafa e artista plástica alemã Alice Brill (1920-2013) que transitava com desenvoltura no circuito moderno das artes visuais. Segundo a curadora, ela "fez parte dos autores que, na década de 1950, construíram no país a linguagem moderna da fotografia e que tinham na cidade — entendida como o locus da modernidade — o seu objeto de investigação por excelência."
A entrada de Stefania Bril na Enfoco foi ideia de Alice Brill. Um lugar em que, conta a curadora, "Os alunos formavam um grupo heterogêneo. Apesar de a escola oferecer bolsas de estudo a quem não tinha recursos, o seu custo era elevado, pois a fotografia permanecia uma atividade elitista, devido aos altos valores de equipamentos e insumos para seu desenvolvimento." A presença feminina era majoritária, destacando-se a paraibana Anna Mariani (1932-2022) , a belga Lily Sverner (1934-2016) e a própria Stefania Bril, "entre outras, integravam o segmento de mulheres já não tão jovens que, após terem cumprido os rituais atribuídos socialmente à mulher, como o casamento e a maternidade, buscavam dar resposta a suas inquietações culturais e intelectuais. Para as três, a passagem pela Enfoco representou um ponto de inflexão, a partir do qual adotaram a fotografia como profissão" explica Ileana Ceron.
"Como boa observadora-ouvinte que era, Stefania Bril tem olhos e ouvidos para perceber o que a cidade está falando, mapeando a dor e o insólito da vida moderna, mas também a resistência e o humor." escreve Miguel Del Castillo. "Numa imagem conhecida, que foi capa de seu primeiro livro fotográfico, um pequeno letreiro nos convida, avistado por trás de alguns tubos de concreto: “Entre”. Suas fotografias possuem camadas assim. E, no caso dessa e de muitas outras escritas urbanas, enquadradas pela fotógrafa, parecem expressar em voz alta as ambiguidades das cidades."
Alexandre Araújo Bispo, aprofunda a parte antropológica da obra da fotógrafa: "Entre mostrar-se e esconder-se, olhar e ser olhada, as pessoas negras memorizadas nos negativos de Stefania Bril indicam a multiplicidade de ser negro: a personalidade pública Maria Miné, individualizada em um ensaio, mas pertencente a uma família extensa, a velha negra Ermília em família, a mãe negra com um ou vários filhos, o homem negro de “escritório”, o jovem negro com ares de hippie e olhar idealista, os artistas negros em seu fazer poético, os trabalhadores braçais, as crianças negras de ambos os sexos. Do modo como fotógrafa algumas pessoas, Stefania sugere ter estado com elas antes, durante e depois do instante fotográfico. Suas imagens evocam um sentido de conversa com e menos um dizer sobre ou pelas pessoas. Não parece haver uma autoridade sobre o que está mostrando, mas um desejo genuíno de convivência e interação social. Em outras fotos, como as dos trabalhadores braçais registrados na ação de trabalhar, o contato social não parece ter se prolongado."
Imagens © Stefania Bril. Texto © Juan Esteves
Infos básicas:
OrganizaçãoIleana Pradilla Ceron Miguel Del Castillo
Produção editorial Núcleo Editorial IMS
Projeto gráfico Beatriz Costa
Tratamento de imagens Núcleo Digital IMS
Impressão: Ipsis Gráfica e Editora, tiragem de 1.500 exemplares nos papéis Offset, Pólen bold e Supremo
Serviço
Exposição Stefania Bril: desobediência pelo afeto
Abertura: 27 de agosto, às 18h
Visitação: até 26 de janeiro de 2025
6º andar | IMS Paulista
Entrada gratuita
Conversa de abertura da exposição, com os curadores Ileana Pradilla Ceron e Miguel Del Castillo e as convidadas Cremilda Medina, Maureen Bisilliat e Nair Benedicto27 de agosto, às 19h
Cineteatro do IMS Paulista
Entrada gratuita, com distribuição de senhas 1 hora antes do evento e limite de 1 senha por pessoa.
Evento com interpretação em Libras
IMS Paulista
Avenida Paulista, 2424. São Paulo, SP.
Tel.: (11) 2842-9120
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Resenha de "Farda Fardão Camisola de Dormir" de Jorge Amado
sem spoilers, resenha não revisada
Após a repentina morte do poeta Antônio Bruno numa Paris assolada pela guerra, abre-se uma vaga na Academia Brasileira de Letras, causando o interesse dos militares que querem que o Coronel Sampaio Pereira se candidate para ocupar a cadeira na academia, representando o exército nacional.
Os acadêmicos, revoltados com as intervenções, decidem apoiar outro candidato, o General Moreira, para se opor ao poder definitivo do Coronel e do regime ao qual ele faz parte.
Jorge Amado lançou esse livro em um período conturbado de sua carreira, e a da história mundial em geral. A narrativa se passa durante a ascenção do nazismo adjunto a Segunda Guerra Mundial e o Estado Novo, aqui no Brasil.
Nesse período, Amado sofreu duras censuras e perseguições da ditadura Vargas devido a sua filiação ao Partido Comunista Brasileiro, chegando a se exilar do país durante os anos de 1941 e 1942
Mesmo com todo esse desastre como plano de fundo, Farda Fardão Camisola de Dormir consegue manter o bom humor e o tom explícito característico das obras de Jorge Amado e, ao mesmo tempo, conter passagens ousadas que abertamente denunciam a repressão, o fascismo disfarçado, a censura e a violência da ditadura do Estado Novo
uma decisão bem corajosa, levando em conta a perseguição que Amado já sofria desde o lançamento de sua obra prima Capitães da Areia em 1937, e ao mesmo tempo bem interessante
A palavra certa pra definir esse livro é essa: interessante
Ao mesmo tempo que a narrativa, por si só, não é a das melhores (principalmente porque estamos falando de Jorge Amado), o peso cultural/político/social que esse livro tem me faz perdoar qualquer inconsistência visível na obra
Só de meu colega Jorginho ter tido a garra de escrever esse livro, revisar, editar e ainda sim publicar um livro cheio de críticas a um regime autoritário (mesmo depois de já ter sido preso por ter feito muito menos), já faz valer muitíssimo a pena cada segundo
#book blog#book tumblr#resenha#resenha literária#book review#livros#bookworm#leitura#literatura#dica de livro#jorge amado#capitães da areia#comunismo#amado#estadonovo#getulio vargas#literatura modernista#literatura clássica#literatura brasileira#salvador bahia
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Ai amo saltimbancos cara
JUMENTO NAO É
JUMENTO NAO É
O GRANDE MALANDRO DA PRAÇA
Chico Buarque genio musical, sempre um passo a frente e criticando a ditadura Civil Militar 💪
#Ik I usually don't post things in portuguese#BUT#I POVE SALTIMBANVOS#y isn't there a tag for saltimbancos in tumblr what the heck#chico buarque
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