#e nesse horário eu já tô com sono
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nonuwhore · 1 year ago
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escrevi um paragrafo em cada dia dessa semana e considero uma vitória gigantesca depois de não conseguir escrever nada por semanas.
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nuwacoffeebreak · 2 months ago
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Conheci seu blog a um tempinho e simplesmente adorei! Se não for incomodar posso pedir algumas dicas? Bem… não sei se isso já aconteceu com você ou acontece, mas já faz praticamente dois anos que não consigo escrever, isso porque acabei não treinando mais a escrita por meses, eu não escrevia nada por meses, muito menos lia. Até hoje sinto dificuldade com isso, acabo procrastinando e deixando para depois, se li algo esse ano foi só uma história… não sei o que fazer pq agora parece difícil. Tem alguma dica? Para melhorar a escrita e se ambientar melhor, tbm?
Vixe, como acontece! Se você der uma olhada na minha história na escrita, vai ver a minha desventura em série. A diferença de antes para hoje é que hoje eu administro isso melhor. É muito comum, 'tá? Principalmente para quem não subsiste da escrita. Não sinta que isso é algum tipo de sinal para desistir ou que acontece só com você.
Isso aqui vai ficar bem longo KKKKK mas como sempre, eu tenho muita coisa para falar. Vou falar sobre tudo o que me ajudou e vem me ajudando a lidar com esses períodos sombrios.
O primeiro passo é fazer um exame da sua realidade no momento. Precisamos identificar qual é o problema, porque assim saberemos o que é que devemos tratar (e também com que régua você pode se medir).
Pessoas muito preocupadas não conseguem fazer muita coisa, então avalie sua rotina para saber suas prioridades. Será que quando você escreve essa sensação de que deveria estar fazendo outra coisa te perturba? A sensação de culpa te persegue? Isso afeta o desempenho.
Ter um trabalho cansativo ou estudos que exigem muito do mental também podem minar aos poucos a vontade de escrever. E não estou querendo dizer para você desistir por causa disso. Isso serve apenas para você observar melhor suas expectativas e entender de que forma se organizar.
Não sei qual é sua realidade, mas como provavelmente outras pessoas que se identificam com a situação vão ler isso aqui, quero abarcar todo o tipo de caso. O que eu tenho pra dizer é: não queira dar conta de tudo ou entregar resultados perfeitos. E se você tem uma rotina apertada, saiba que se você não dá um status de importante à escrita, ela nunca vai ter horário com você. É preciso reavaliar as prioridades, abrir um espaço para a sua criatividade e aceitar aquilo que você neste momento consegue entregar.
Tem que assumir a responsabilidade sem culpa e sem autocobrança. Entender que tipo de realidade você vive (com tempo escasso, por exemplo) e enxergar as coisas que você faz como progresso. Falarei mais sobre isso mais à frente.
Agora, falando sobre saúde. Você dorme bem? Pelo menos 7 horas? Não fica tomando café e energético o dia inteiro? Isso é importante, viu? Posso fazer um post explicando sobre os inúmeros malefícios de um sono de má qualidade, mas resumindo a ópera: não dormir bem impacta em motivação e no desempenho!
Já vai se observando para saber se você está cuidando do seu corpo e do seu cérebro. Pelo menos um pouco. Por quê? A química que vai te ajudar nesse processo vêm deles, então não adianta ignorá-los. Recomendo fazer algum tipo de atividade física, nada extraordinário, apenas algo que te movimente. E dar um gás nas vitaminas (especialmente as do complexo B). Ah, Nuwa, mas por quê você 'tá falando sobre saúde do corpo? Porque talvez você esteja enfrentando o que eu enfrentei: um cansaço anêmico e sedentário. Eu até ia pra frente do computador, mas eu estava tão sonolenta e cansada que não saía nada. Aí eu me sentia mal porque achava que eu era o problema e isso virava um ciclo horroroso que acabava comigo. E a questão era sobre melhorar a minha disposição física.
Já deu uma olhada nas suas prioridades e melhorou o sono? Ótimo. Agora saia da internet. Se você puder ser radical, seja, e exclua redes sociais e aplicativos de imagens e vídeos. Nem que seja por um mês, mas tenha essa experiência e regule seu tempo navegando. Pare principalmente de assistir reels e shorts. E 'tô falando bem sério. "Mas o que eu vou fazer sem?", então né, é exatamente sobre isso KKKKKK. O tempo que a gente gasta com essas coisas é extraordinário, mas não é só sobre isso que eu quero falar.
Na verdade, minha explicação é científica. Existe um neurotransmissor chamado dopamina que é responsável pela sua motivação. Pra você ter uma ideia, cortando a via dela no nosso cérebro, a gente não levanta nem da cama. E os estímulos que existem na internet são tipo uma droga para a dopamina, que se vicia e acaba o quê? Te incentivando a consumir cada vez mais.
Parece inofensivo, mas a quantidade compactada de informação, com as luzes, com as cores, com as músicas, tudo isso vira gatilho para a nossa dopamina. E aí se a gente já está vivendo um vida sem graça, a dopamina privilegia aquilo que é mais fácil e recompensador. O que consequentente torna a escrita uma coisa chata e árdua, pois exige esforço. Entendeu a relação?
Sem motivação você não faz NADA. E sem vontade de escrever você não escreve. Para que seu cérebro não privilegie certos comportamentos, você precisa regular os níveis de dopamina. Ou seja, consumir menos internet, ter mais atividade física, comer saudável, fazer coisas novas. Você precisa preparar um solo para que a criatividade seja cultivada e evitar coisas que forneçam uma bomba de estímulos.
Se for muito difícil sair de redes sociais, ao menos desinstale o aplicativo, regule o tempo, ou qualquer coisa que diminua a presença desse comportamento na sua vida.
Com o tempo livre, seria legal se você pudesse injetar na sua rotina coisas mais aleatórias. Fazer uma receita. Um desenho. Atividades manuais. Sair para andar (de preferência na natureza). Praticar observação (que é muito valiosa para quem escreve). Quanto mais espontâneo for, melhor. Leve seu artista interior para passear e fazer coisas novas. Se de repente for muito difícil e você tiver que acessar a internet, ao menos tente consumir alguma coisa mais elaborada, sabe? Evite conteúdo rápido.
Aí a gente pode começar (não necessariamente começar, estou apenas organizando de forma didática aqui) a ajustar as lentes de contato com as quais você enxerga sua escrita. Liste os pensamentos mais comuns que você tem sobre sua arte. Você se compara demais? Você tem medo do julgamento? Você tem medo de não obter reconhecimento? Você acha que o que você faz está errado e feio?
Todos esses pensamentos intrusos podem te afetar. É importante você reconhecer esses sentimentos, pois terá que lidar com eles durante aquilo que vou chamar de recuperação. No livro O Caminho do Artista, o processo de recuperação consiste em melhorar em vez de ser perfeito, o que eu acho que é uma perspectiva ótima para se ter.
Eu não sei se você viu aquele documentário da Simone Biles, a ginasta olímpica dos EUA? Ela, depois de desistir na Olimpíada de Tóquio, passou por um momento sombrio. E quando conseguiu voltar para o ginásio, o fez lentamente. Primeiro, ela começou só pulando na cama elástica. Nada de acrobacia. Ela pulava e caía numa pilha de espuma. Se alongava com as amigas. Aí voltava para casa. Ela fez isso por dias até que um dia ela começou a girar na barra. Caiu. Escorregou. Não desistiu. Continuou a mesma rotina. Mais para frente começou a saltar. Foi como se ela estivesse aprendendo de novo a fazer tudo aquilo. E ela é uma campeã mundial, hein? O que ela entendeu foi que o ideal era começar da base.
E é isso que eu quero falar sobre. A gente quer ser perfeito numa coisa que 'tá abandonada, que perdeu sentido, ou que nos causa muita insegurança ainda. Nós nem sabemos se queremos tanto assim e aí parece que é só um dever. Quando isso acontece, temos que desativar o olhar crítico e começar a nos olhar como crianças aprendendo.
E o que uma criança faz quando começa a aprender? Ela se arrisca dentro dos limites dela, do que ela já conhece. Então você vai começar a escrever, mas vai escrever sem a obrigação de que aquilo fique bom. Não tenha medo de errar. Só faça. Não sabe sobre o quê escrever? Fale sobre seu dia. Sobre um momento da sua vida. Descreva um ambiente. Fale sobre uma pessoa. Pode ser uma coisa sem estrutura também. O importante é só saltar na cama elástica, coisa bem fácil.
Não quero aqui pensamentos sobre "tem que ser algo bom para postar"; "tem que ser algo que as pessoas gostem"; "tem que ser bem feito". Quando isso vier, comece a dizer para a sua mente "estou aprendendo, isso está bom, estou cada vez mais perto de gostar que eu escrevo". Parece até papo de guru, mas afirmações positivas são remédios que você toma. É preciso enxergar a si mesmo e o que você faz com ternura e amor.
De repente você já tem uma ideia ou não, mas lembre-se: é sobre progresso. Então você escreve uma cena com algumas palavras. No outro dia, revisa e aí percebe que pode colocar mais coisas ou tirar. Quem sabe você quer imitar uma história? Eu mesma adoro assistir coisas e imaginar que vou escrever algo parecido com personagens diferentes. E aí você começa a ficar mais confortável em torno da escrita. Aí você começa a pesquisar sobre, mas não mais para se condenar, mas para aprender (ah, isso é tão gostoso!).
Você tem que chamar sua escrita para perto e passar um tempo com ela, sabe? Não se preocupe com quantidade de palavras. Se importe com a ideia de experimentar. Não é sobre entregar determinado resultado. É sobre testar o que você consegue fazer. E às vezes você vai dar uns dois três passos, o que é ótimo. Para quem não fazia nada, um passo já é tudo, não acha?
Pode ser que alguns fantasmas te assombrem nesse processo e você queira desistir. Se isso acontecer, respire fundo e deixe para tentar no dia seguinte. Nunca se force quando estiver triste ou com raiva. Lembre-se: você está apenas experimentando. Coloque o pé na água. Se não der para colocar as canelas, tente de novo mais tarde. Mas vá se distrair e esqueça o assunto. Quando a irritação tiver passado, pegue a folha em branco ou a tela do documento e tente de novo.
Suspenda a autocrítica. Não me interessa se está bom, se está ruim. Aliás, se você puder, escreva e guarde as primeiras páginas. Não leia. Só produza algo novo a cada dia. E aí em algum momento disso você vai ver que seu relacionamento está melhorando. Eu adoro escrever sobre como estou me sentindo quando acontecem esses períodos de bloqueio, sabia? Porque eu sei o que está acontecendo comigo e não tem como ninguém dizer nada sobre, já que é o meu sentimento, a minha vida, e é algo que eu sequer mostro para os outros. É até um exercício muito bom para você entender como descrever futuramente num personagem!
Se você for uma pessoa que se compara muito, prefira não ter contato com nada do que é dos outros por um tempo. Não leia nada de ninguém e foque só em escrever. A comparação faz crescer o autojulgamento, então se isole disso até criar uma certa maturidade. Você vai saber reconhecer os próprios limites quando começar a caminhar com mais segurança. Até lá, vai se preservando de se estressar e se concentre em criar um clima agradável em torno da atividade.
Nunca desista. Sempre pause quando precisar. Essa é uma das lições mais valiosas que eu aprendi. Eu era muito extremista e acabava largando as minhas coisas por causa disso. Hoje, quando percebo que meus pensamentos estão negativos demais, eu pauso e vou fazer outra coisa. Não abra margem para eles te dominarem. Esses pensamentos que nos põe pra baixo não servem de nada.
Dê a si mesmo a permissão para ser um iniciante, é o que a Julia Cameron diz no livro dela. E é essa postura que você tem que adotar. Ser curioso com aquilo que você pode fazer. E tente se divertir mais no processo. Torne-o mais interessante. É pra você, afinal de contas. Pegue temas e comece a aprender sobre o jeito como você contaria essa história. Se puder ser espontâneo, é ainda mais interessante porque aí você vai criando caminhos neurais novos no seu cérebro e exercitando sua criatividade.
A melhora vai vir e você vai sentir. O importante é combinar todas essas coisas que eu disse: melhorar o corpo e melhorar a visão de si mesmo. E então praticar. Mas praticar com vontade de entender seu jeito, experimentar o que você pode fazer e se arriscar. Diminuir os ruídos das críticas e cada vez mais se aproximar de um estado contemplativo.
E começar a perder cada vez mais o medo de escrever. E aí perceber que você não tem problema nenhum em apagar uma página inteira porque, na verdade, você acabou de ter uma ideia brilhante e vai escrever algo muito melhor. Sim! Se desapegar dessa obrigação de fazer um texto funcionar é outro exercício maravilhoso! Escreva e reescreva a mesma coisa, teste novos formatos.
Eu já estou feliz só de falar sobre tudo isso KKKKKK
Porque eu já entendi que é muito gostoso só se aproximar disso e tentar. O que eu vou conseguir? Não sei. Não é o mais importante. E tudo o que veio desse estado alegre hoje me dá orgulho. Mas foi porque primeiro eu cuidei de mim, me livrei das obrigações imaginárias e me concentrei em me divertir. Hoje a gente vive num mundo tão louco, focado na produtividade, que esquecemos do prazer de só fazer as coisas.
Minha última recomendação tem a ver com isso também: o prazer de fazer nada. Porque temos esse costume de usar a hora de descanso para ficar no celular e isso é horrível para nós. Tire um tempo do dia para não fazer nada. Isso também ajuda a regular nossa mente e o nosso corpo.
Faça tudo dentro das suas limitações, observando como você consegue se adaptar, mas sempre abra espaço para sua criatividade (nem que ela venha em formato de dança, de canto, de desenho, de costura). E se permita. Se permita errar, principalmente.
Te desejo um bom retorno à escrita e torço muito para que todos esses conselhos te ajudem. Se precisar de mais alguma coisa, estou por aqui, viu? ☕
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ether-bl0g · 2 years ago
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"Pare de pensar que outras pessoas virão e salvarão você. Você tem que se salvar. " – Rae Earl.
O problema é que não quero me salvar. Venho notando que meus dias estão ficando cansativos, mas não porque eu tenho trabalho durante eles. Não é um cansaço físico, mas um mental que de algum modo afeta meu físico. Sinto dores, cansaço, sono...
Na maioria das vezes eu nem ligaria para isso, mas ficar cansado está me cansando. Eu gostaria de voltar no tempo, no máximo 10 anos, que eu acho que foi onde minha vida começou a ficar um porre. Gostaria de resolver e arrumar, talvez não causar problemas.
Normalmente não escrevo nesse horário (13h08) porque não sinto nada, mas agora eu tô sentindo um nada que não consigo explicar. É um nada que me faz sentir tudo e ao mesmo tempo nada. E apesar de tá saindo coisas que nem fazem sentido, eu prefiro escrever do que engolir essas palavras(?)
Hoje, durante o vôlei, eu saquei errado e a bola saiu da quadra, um garoto que nem mesmo sei o nome mas que estava com meu grupo de amigos falou "já sabemos que você quer jogar com ela lá fora". Já havia se repetido unas 4 ou 5 vezes, e eu me senti muito mal porque não queria tá fazendo aqueles erros estúpidos de jogar a bola fora, mas infelizmente acontece. Eu me toquei que não sou tão bom quanto achei que fosse, e sinceramente, talvez eu nem seja tão bom assim, apenas é algo que eu gostaVA de fazer em um tempo livre e sei lá.
Não necessariamente no vôlei, mas eu gostaria de ser bom em algo. Não sei jogar, não sei chutar uma bola, não sei escrever, não consigo mais ler livros, não sei conversar, não sei fazer NADA. E sinceramente, esse nada de agora é um nada tão... sei lá.
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blogarteeducacao · 9 months ago
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06/03/2024 00:56 (já é dia 7)
Hoje eu acordei as 7h e amanhã também preciso acordar esse horário e ainda sim estou aqui as 01h da manhã escrevendo porque são só nesses momentos que sinto vontade, apesar de estar com os olhos ardendo de sono.
Tava maratonando “para todos os garotos que já amei” e me deixou mt pensativa sobre como a vida é doida, como a gente deixa momentos incríveis e representações e lembranças de momentos incríveis se perderem no caminho por besteiras. Quando eu era mais nova guardava tudo, desde cartas, a objetos, pulseiras, entradas de cinemas ou festas e eventos que fossem significativos pra mim, guarda algo de um lugar, pessoa ou dia especial, e escrevia sobre isso. Pensei que fazia isso desde os 12, mas eu me tornei uma acumuladora muito antes, aos 7 anos talvez. E é engraçado pensar. Isso agora porque em determinado momento da minha adolescência eu parei, e me desfiz de tudo o que tinha guardado dentro de uma caixa oval de madeira com laço de fita vermelha e azul. Queria poder ter essa caixa agora e queria poder ler todos os diários que tive dos 12 até os 18 anos. Eu me lembro vagamente quem eu era, parece um borrão, é como se eu estivesse lá mas não fosse eu, não sei das histórias nitidamente e nem da minha personalidade direito.
As vezes me sinto perdida de mim mesma, me sinto assim agora, tô no momento mais doido da minha vida. Casada e falida, acho que isso resume bem, o que eh bem doido considerando que eh tinha certeza absoluta que nunca daria certo no amor e a única certeza de progresso que eu teria era no meu trabalho com cílios. Bom, me parece que eu errei em todas as apostas kkkkkkk. Me sinto triste na maior parte do tempo por não encontrar respostas, e sinto que escrevo pouco por isso também, afinal o que eu vou escrever? Mais reclamações do dia a dia de merda que eu ando tendo? Do medo, ansiedade e sentimento de fracasso? Eu acho que já reclamo o suficiente na vida, não preciso escrever mais reclamações.
Isso eh tão confuso, crescer é tão confuso. Parece que mais nova eu tinha tantas respostas e hoje eu não sei nem como vai ser meu dia seguinte. Sinto que ganhei muito e depois perdi tudo no meu trabalho. E sinto que perdi tudo e depois ganhei na minha vida pessoal, è como se tivesse algo impedindo q eu pudesse ser feliz ou realizada 100% em tudo. Talvez isso seja pedir demais da vida e talvez eu me preocupe muito mais com o futuro do que com o hoje, e por viver tanto nele, esqueço de aproveitar o que eu sou e o que eu tenho agora. Eu tenho tempo. Tenho uma casa linda que eu amo morar, bem iluminada, fresquinha e espaçosa, tirando as escadas não tem nenhum defeito. Tenho um namorico incrível, que é meu par perfeito e meu príncipe encantado, e tenho meus amigos que tem os problemas deles, mas são incríveis, e claro a melhor parte de mim, meus irmãos. Que são meu coração fora do peito, e que apesar de nossas constantes diferenças, nos amamos muito, nos preocupamos uns com os outros e tentamos fazer o que podemos um pelo outro, apesar de errar e falhar bastante.
Eu só espero me conectar mais comigo mesma, ser quem eu sou, fazer o que eu gosto, me amar com mais carinho e parar de procurar as respostas pra viver, o melhor seria, viver enquanto descubro cada uma das respostas, no seu tempo certo. Por enquanto o que eu quero nesse momento é só abraçar meu amor e fechar os olhos pra uma ótima noite de sono.
Um beijo Marina do futuro.
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pimpimpirim · 2 years ago
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26/05/2023
Coisas Estranhas
O título dessas postagem não pensando em um estilo "stranger things". É mais o que eu sinto. Eu estou de frente para a sapateira da minha casa, onde a gente deixa as mochilas em cima tbm. Tem uma revista de sudoku caída atrás, da para eu ver. Mas eu não vou tirá-la de lá. Não agora. Agora não parece o momento. Não sei explicar, não é como se eu não quisesse tirá-la. Só não é o q eu devo fazer agora.
Eu acabei de ler um trabalho importante para a minha ic, o ensaio q baseamos nosso estudo. Eu li bebendo vinho e ouvindo música dos anos 80 (+/-, algumas para mais, outras para menos). O vinho já não estava (na vdd, eu ainda não acabei enquanto escrevo aqui) tão bom, parecia azedo em algum momentos. As músicas foram uma ótima escolha ("behind the mask you use"). Não sei se o volume está adequado para um condomínio, mas ninguém veio reclamar, é como o botão da TV é uma merda, eu não estou me importando muito em mudar.
Já são 23:01 e eu não me si tô cansada ou com sono, geralmente eu já estou dormindo nesse horário, mas agora estou de boas (mentira, eu começando a se tirar os primeiros sinais do sono). ("And after all, you're my wonderwall").
Não posso negar, eu estava querendo escrever já fazia um tempinho, mas não colocava em prática. Não sei dizer tbm. Eu tenho sentido tantas coisas nesse mês de maio. Nas primeiras semanas eu estava muito bem, e acho q meu aniversário é o dia das mães teve influência nisso. Depois, nas últimas duas semanas, minha animação começou a diminuir. Nesse momento, eu estava começando a suspeitar nesse estado de felicidade muito constante e estável q eu estava passando.
O estado de equilíbrio de humores é muito difícil de alcançar.
Eu não sei se quero falar dos meus relacionamentos, qualquer um, com pais, irmã, amigos, pessoas com quem eu só converso e queria algo mais ou só realmente converso mesmo. Só não deixo de falar sobre minha relação comigo mesma pq aparentemente eu não consigo viver sem mim ("We were getting high").
Agora vai tocar Billie Jean do Michael Jackson. Podemos falar sobre esse cara. Músicas incríveis, uma revolução na forma de fazer música na atualidade, de coreografar, sozinho ou em grupo. Mas como pode o cara ser um desgraçado? Simplesmente assim ("but the kid is not my son"). Como pode? Não sei explicar, nem consigo entender.
Mudando de questão, essa letrinha, a fonte, do tumblr muda toda hora, q droga. Eu gosto dessa letra de máquina de escrever, mas essa fica saindo quando muda de parágrafo.
Hoje eu aprendi a fazer dois pontos de croche. Eu quero fazer isso para, tipo, sempre. É tão gostosinho, vc se perde fazendo ("do you believe in me?"). É uma coisa q eu realmente quero manter para mim. As meninas falaram para pegar um projeto e manter, pq assim vc vai aprendendo dentro disso. Estou pensando em uma bolsa.
Agora está toca do livin' la vida loca ("upside, inside, out") (Maria Eduarda está estranha lá atrás na cozinha). Essa música me faz sentir tão gostosa. Tão doida comigo mesma que eu me sinto bem. Eu danço pq eu quero é pq eu gosto de mim mesma dançando.
Eu terminei o último gole do vinho amargo aqui. Acho q vou dormir agora pq tenho pla os para tomorrow morning. Até q eu escrevi bastante. Finalizando com esse gifts q eu achei fofo.
Tumblr media
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llewtalehcar · 2 years ago
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Tuesday, May 23th, 11:19AM
Estou fracassando maravilhosamente na coisa de tornar minha rotina menos estressante.
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Fui pra igreja depois da aula ontem, cheguei ia dar nove da noite, mas miraculosamente não demorei muito pra ir pra cama — mas demorei pra pegar no sono porque meus irmãos e cunhado são BARULHENTOS e eu não quis pedir silêncio porque eu não queira ser chata e eu teria detestado como isso teria me feito parecer minha mãe. E apesar de eu estar bem cansada, daquele jeito que me faz apagar assim que eu encosto no travesseiro, meu quarto fica literalmente colado na sala e os barulhos ficavam entrando na minha cabeça e me deixando ligada e me fazendo ter uns sonhos meio conscientes estranhos.
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Tentei ligar o ventilador pra abafar os sons, apesar de estar bem frio, mas no final das contas eu dormi bem mal, tive uns sonhos bem angustiantes, e quando o alarme tocou cinco horas eu simplesmente desliguei e dormi até as seis 🤡
Aí já acordei ansiosa e MALUCA e com zero vontade de levantar e viver e ir assistir uma aula de Lucas (graças a Deus a apresentação foi cancelada porque eu não sei o que eu teria feito). E não me pergunte o que aconteceu nesse meio tempo, mas meu estresse me fez não ir pra aula e em plenas sete horas eu tava em casa varrendo e passando pano no chão porque tava tudo uma bagunça e tava me dando vontade de chorar, então eu TIVE que arrumar.
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Aí fiquei me sentindo culpada por não ter ido pra aula e estressada do mesmo jeito porque ainda parecia que a casa tava imunda, e aí eu vim pra faculdade pro segundo horário e fiquei me sentindo ainda pior porque nada me faz sentir mais INCOMPETENTE e IMBECIL do que a aula de neuro, por mais que eu goste dela.
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E ainda sentei na frente daquele cara que fala gritando e que respira igual o Darth Vader, e toda vez que ele fala eu sinto minha pálpebra tendo espasmos.
E como se eu já não estivesse desanimada o suficiente, esqueci de trazer meu cafezinho e de tarde ainda tem a aula desanimadora de Rayza.
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A única coisa que tá me dando forças pra continuar é pensar no almoço.
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Tô precisando fazer de uma vez o potinho da reclamação pra ver se eu paro de reclamar DAS MÍNIMAS COISAS.
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librianaraiz · 4 years ago
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Nossa história foi recheada de "primeiras vezes", a primeira vez que me apaixonei por alguém de fora do país, a primeira vez que a menina que eu tava gostando jogava o jogo que eu amava.
A primeira vez que conheci alguém tão intimamente, você me confiou segredos sobre você e sobre sua vida, te vi chorar contando sua trajetória, sei o quanto você é forte, e adoro que faz tudo com tanta precisão, tanta excelência.
A primeira vez que você foi numa cachoeira, a primeira vez que eu fui com a mulher da minha vida numa cachoeira.
A primeira vez que eu ouvi o seu "te amo", essa história é engraçada, pq eu tava em paraíso, mó frio, e você bebeu muito e começou a falar que não queria me magoar, tu repetia tanto isso que sei lá, criei uma proteção é incrível a Gabi no banco com a gata dela e eu sentei no banco mais distante, e você disse "eu não quero te magoar, mas também não quero te perder, te amo tanto véi que ..." Nessa hora eu te interrompi com um "que?" E tu ficou em silêncio e depois percebeu o que tinha dito, cara eu senti borboletas no estômago eu me tremia já nem era de frio era um nervosismo gostoso, uma saudade boa de algo que eu tinha almejado tanto, seu amor. Enquanto eu tava desacreditada de sentimentos, enquanto meu coração ainda doía quando pensava em gostar de alguém, aquele seu "te amo" me deu esperança, meu coração bateu tão forte eu paralisei o resto da noite. Então eu me reinventei, abri meu coração pra você apartir dali e te deixei entrar, te dando todas as permissões, até a de me magoar.
A primeira vez que me magoou. Dessa me lembro vagamente, outro mini surto seu, de querer se afastar de mim. Chorou, eu chorei e você dormiu no sofá da sua casa de Sines. Eu tenho um print desse dia. Ah, você tinha bebido. Dessa primeira vez teve várias outras vezes, na minha contagem pelo menos umas 5. Mas eu não cedi, não ia abrir mão de você e das sensações boas que me causava a maioria do nosso tempo.
Nosso tempo, aí outra primeira vez. Você me acostumou a dormir 23h ou 00h e acordar às 8h ou 9h. Isso é magnífico pra uma pessoa como eu que logo logo ia precisar tanto desse sono regulado. Todos os dias, era de lei, vc bolava 1 fumava com a Sibelle e ficava chapadinha viajando não sei pra onde, eu pagaria com a alma pra saber cada pensamento seu, naquele momento. Me dava boa noite e começava a cochilar, até dar tchau e desligar.
A primeira vez que fiz uma viagem com amigos pra ilha, e você tava junto. E você tornou meu lugar favorito no mundo, no mais incrível deles. E foi sua primeira vez lá na ilha também, seu primeiro contato com meu pai kk ele é meio fechado mas quando tomou umas vocês conversaram e ele foi até ser carinhoso comigo, do jeito dele óbvio kk mas você tava ali, comigo, jogando truco e bebendo e eu admirava tanto...
Primeira vez que alguém comete uma loucura por mim, eu acho loucura você adiou sua viagem ao Brasil por mim. Que loucura menina. Você é tão corajosa, no meio de uma pandemia, peitar o mundo perigoso do jeito que tava... Por uma pessoa que tu só conhecia pelo telefone. Minha doidinha.
A primeira vez que te vi. bom, a primeira vez mesmo foi na praia, a segunda éramos duas criancinhas com histórias de adultos nas costas que queriam dar uns beijos, mas nem rolou pq fiquei nervosa e achando q tu nem ia querer misturado com medo de te machucar pq já tinha apertado suas bochechas rsrs e acabou não rolando. E a primeira vez, depois de ter seu amor, depois de por dois meses te chamar de minha e querer casa com você, aquela primeira vez, que o portão abriu e eu tava morrendo de vergonha, e eu te vi e te abracei tão forte, que na minha cabeça tava te machucando já kkkj e a última primeira vez, a que você ficou pouco mais de um mês longe de novo, eu já te sentia naquele dia, eu já sabia que você tava na cidade, só que né você falando comigo pelo telefone eu não ia desconfiar que você não estaria longe ainda. E você tocou a campainha, e eu te vi, e foi a mesma sensação de quando você abriu o portão, mas dessa vez fui tu quem abri... E te abracei e só queria sentir cheiro e era igual o de 7 de julho. O clima era o mesmo. O horário era o mesmo. A saudade, a vontade eram as mesmas.
A primeira vez que te apresentei minha mãe e no fim da noite ela já te chamou de "Mona". Aquele dia eu lembro bem, fomos fazer compras no mercado e sua ex tava na cidade. Eu me tomei de insegurança quando soube, e pior ainda, quando soube que vocês iam se encontrar. Foi uma leve pontada de insegurança, mas não durou muito. Essa insegurança se deu por conta de uma conversa nossa de quando você tava em Portugal e eu te perguntei se existia a possibilidade de vocês voltarem quando você tivesse em Gurupi e você disse "não vou dizer que nunca mais..." Dps disso fiquei surta e n ouvi mais. Mas foi essa lembrança que ficou me assombrando todos os dias que chegamos nessa cidade. Então tudo se tornou um caos, as brigas e minhas mudanças de humor cada vez mais constantes. Dali já fui me moldando com uma armadura pra que quando você desistisse de nós eu estivesse pronta. Passei a ficar pronta todos os dias esperando o fim. Mas sempre "de boa" como eu costumo ser. Apartir desses dias começamos a ter imensa intimidade.
A primeira vez que me relacionei com alguém livre, que a família me acolheu tão bem. Que tinha sobrinhos que me pediram benção, meu Deus quando foi que na vida sonhei isso kkk nossa família passar o natal juntos, seus pais gostarem de mim, suas irmãs, seus sobrinhos... Eu me senti tão acolhida por todos. Me fez tão bem. Tá, tive lá meus mini ranços de alguns kkk mas respeito e gosto de todos igual. E eu digo de coração que eu torço muito pra sua relação com sua mãe ser da forma que você sempre quis que fosse.
A primeira vez que me senti confortável em transar com alguém de corpo e alma, de me entregar num sexo, de me empenhar pra ser a melhor, de querer sempre e mais. Se tem uma coisa que me orgulha é nosso desempenho sexual, a gente sempre transou PRA VALER, pra tremer o corpo todo, pra sentir suor escorrendo no ar-condicionado de 19°C. Mas com o tempo, as brigas e a convivência, a rotina foi tomando de conta e já era sempre igual, eu te fazia gozar e dormiamos às vezes eu gozava também e dormiamos. Foi na fase do seu cursinho, você sempre cansada e eu também, ficaram cada vez mais difíceis de acontecer nossas relações sexuais. Mas aí acabou o cursinho e voltamos a ativa, transamos chapadas várias vezes, se eu pensar muito consigo sentir seu gosto e você escorrendo nos meus dedos, da pra ouvir até seu gemido kkk você me fez usar apetrechos sexuais pela primeira vez, e nossa, foi incrível, eu tava transcendendo de tanto prazer, primeira vez que tive um orgasmo que durasse quase o sexo todo, nesse caso a parte 2, eu tava tão no auge do prazer quando te chamei pro round 2, e você topou e fodemos loucamente enquanto eu tava tendo um orgasmo, naquele dia eu tenho certeza que os vizinhos ouviram tudo. E naquele dia eu fiquei sentindo a sensação de limpeza, de liberdade, eu sentia meu sangue correndo nas minhas veias, eu sentia vc me molhando e sentia você tremendo... Eu senti entrega, conexão, troca de energias. Foi extremamente incrível.
Obrigada, por isso e por todas as outras coisas que não escrevi aqui. Obrigada por cada segundo que você se dedicou a mim, obrigada por me ensinar tanta coisa. Pode ter certeza que quando o sofrimento que tô sentindo, passar. Eu vou me tornar uma pessoa melhor, e se Deus abençoar e quiser a gente ainda se topa muito nessa vida meu bem. Obrigada por tudo, por ter me amado, por ter lutado pela gente, por ter sido forte quando eu testei sua força. Obrigada por estar por mim. Pode contar comigo com tudo que precisar e quiser eu não vou te dar as costas jamais, e se um dia dei, não foi de maldade não, é pq minha cabeça cega de ciúme deixou. Enfim, um xero no zoi e um beijo na testa meu bem, você merece alguém melhor e eu vou me reconstruir. Amo você, hoje e sempre.
P.s.: não esqueça nossa promessa, ok? A da fitinha vermelhar rs
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sadico-aristocrata · 5 years ago
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Marasmo
O ato de ir para a escola parece ter sido trinta anos atrás, assim como o vestibular parece ter sido já há uns vinte. Da formatura eu me recordo como se fosse há dez anos, e desde então o tempo passa a conta gotas, de maneira que essas gotas de tempo caem nos circuitos da televisão e transformam-se em litros e litros de séries e filmes. Como um bom país de milhões de desempregados, essa nação parece ter aprendido muito bem a entretê-los. Como bom desempregado, mantenho-me entretido. Como bom cidadão de uma sociedade que envelhece, aos vinte e seis já reclamo como se tivesse setenta, e Cristian merece um Nobel por me aguentar esse tempo todo, tempo que para ele também deve ter passado como se fosse uma eternidade.
O mais estranho disso tudo é que, quando penso em Cristian, esse tempo todo parece ser comprimido em um único mês, e um único mês em que quero viver em looping, como um eterno dia da marmota. Reviver os momentos em que praticamente do nada o conheci no início da faculdade, que com um sorriso largo e branco, cabelos longos e muito sushi se apossou do meu coração e do meu corpo.
Eu o conheci primeiro em um aplicativo. Conversamos por meia hora e depois ele nunca mais me respondeu. Conversamos de novo um ano depois, só que dessa vez por semanas até que decidi viajar para vê-lo. Senti-me conectado profundamente com cada face que ele mostrava de si para mim e me apaixonei em um estalar de dados. Em um igualmente instantâneo bater de palmas, mudamos para a mesma cidade, para o mesmo apartamento, muito bem decorado com os livros que ele me deu através dos anos, excelentemente decorado com os discos de vinil que decidimos colecionar. E com o tempo, Cris foi sendo promovido na minha vida tanto quanto foi escalando cargos no restaurante japonês em que trabalha. Foi de namorado a “quase marido", foi de auxiliar de cozinha a chefe, assim como fui de estudante a desempregado. Fomos também escalando os níveis de alcoolismo, tabagismo, e nunca levamos enquadro por fumar maconha, o que não é necessariamente uma conquista.
Foram tempos muito intensos de amor e desamor, euforia e desilusão, e esse amor todo ainda está aqui comigo enquanto deito no sofá, e gosto de acreditar que ainda está com ele enquanto ele enrola sushis. Queria que ele fosse meu homem ideal como a mulher ideal o é para Vinícius de Moraes, e assim fosse meu homem “feito apenas para amar, para sofrer pelo seu amor e pra ser só perdão”, mas eu não tenho esse homem tanto quanto espero que Vinícius nunca tenha tido essa mulher.
E assim seguem meus dias, com muito menos da presença dele e muito mais de mim mesmo. Sigo diariamente imerso nesse marasmo magnético inertes a minha cama e sofá. Ele segue no agito inerente de um restaurante que nunca para (ou parece nunca parar). Sai de casa às oito da manhã, retorna à meia-noite. Toma banho, falece na cama e volta a trabalhar. Já eu acordo em um horário aleatório, geralmente quando Cristian já saiu. Permaneço em casa, peço comida em algum restaurante, retorno para a imersão de alguma série ou livro, peço comida novamente e me sinto em uma história fictícia. Cristian volta, vai dormir, eu vou depois e tudo se repete. Porém, em um dia no mês esse ciclo se interrompe, e esses dois universos se chocam em um jantar. Cris folga, dorme manhã e tarde, e comemos juntos antes de fagocitarmos um ao outro.
Hoje ele decidiu preparar um prato japonês estranho, que para surpresa de ninguém, leva peixe. Ele come em silêncio quando decido questioná-lo com um ar de normalidade, tocando no assunto que ele mais gosta de falar:
- Mas e então meu bem, como tem sido lá no restaurante?
- Ah, tem sido como sempre. As pessoas não sabem fazer as coisas direito e todo o tempo preciso quase gritar com eles pra ter algo decente.
- Sim, sim, entendo.
- Todo mundo naquele lugar sabe que faltam funcionários, daí semana passada o imbecil do auxiliar de cozinha deu uma de estressada, socou a parede, machucou a mão e me pegou cinco dias de atestado! É um absurdo.
- Mas você não pode simplesmente... mandar ele embora?
- Não. Posso tentar enforcar ele, mas o Cláudio apontaria uma arma pra minha cabeça - e nisso ele tem a ideia de levantar da mesa e ir até a cozinha do restaurante. De forma abrupta, abre a porta, procura pelo auxiliar de cozinha, o pega pelo pescoço e começa a apertá-lo, como que para fazer a disciplina entrar por meio da pressão física. Cláudio, o dono do restaurante, que por azar estava lá naquele momento, pega a arma que mantinha no estabelecimento e atira em Cristian, que para de pressionar pescoços e apenas pressiona o chão com seu peso.
Ao ver tudo de longe, levanto e vou observar mais de perto, incrédulo. Começo a chorar. Abraço-o como se o desespero de um toque mágico o fosse reviver, mas não revive e apenas assassina minha camiseta branca do David Bowie no processo. Choro sobre Cristian, que serve mais uma vez como o coletor das minhas lágrimas que foi durante toda nossa relação, relação que teve fim aqui, agora, no chão liso ensanguentado. Deito-me com ele e tento pensar, raciocinar, mas é impossível, improvável, e só consigo correr meus olhos pelo círculo de pessoas que se forma, motivados por curiosidade e espanto. Após alguns tapas nas costas de pena e empatia, percebo Cristian se levantar e ir ao banheiro, mas me mantenho sobre a cama.
Olhando ao redor e sobre mim, percebo apenas bagunça, sujeira. Percebo nosso quarto, percebo odores familiares, percebo restos de lubrificante espalhados. Assustado, respiro fundo, enxugo as lágrimas, e, mais calmo, decido me levantar, arrumar tudo e ir tomar banho também. Vou ao mesmo banheiro que Cristian, deduzindo que ele deva ter me convidado, afinal, ele sempre convida nessas ocasiões. Lá ele me deu um beijo molhado e meio maluco, disse que sentiu como se fosse no começo de tudo, que estávamos tendo uma noite ótima. Senti-me alegre, pois ser transportado de um assassinato para uma noite de amor é um lucro e tanto. Não entendi nada e decidi tentar não entender. Deve ter sido um sonho, ou qualquer outra coisa semelhante. Não me importei e fomos dormir. Abraçadinhos, como manda o script, e com um sentimento que parecia muito forte nele, mas que dessa vez em mim era algo mais como “dançar conforme a música”.
No dia seguinte, Cristian acorda antes de mim mais uma vez, me dá um beijo improvável e vai trabalhar. Não entendi muito bem sua felicidade ao acordar, mas com o tempo me lembrei da noite estranha que havia se passado. Levanto-me, faço café, sento no sofá e vou ler notícias na internet. O dólar que já atinge sete reais. O terceiro ex-presidente preso. A nova invasão dos Estados Unidos a um país do oriente, e por um instante sinto um lapso de empatia. Pego-me pensando nesses soldados que saem de suas famílias para receber a morte sob o objetivo de distribuir morte. “Ainda assim é um objetivo”, penso eu, sentindo a ausência de um para minha própria vida. Penso na próxima folga de Cristian, sinto-me ansioso e torço para me lembrar dos momentos de prazer na próxima vez.
Deito no sofá, seleciono uma série na TV e só assisto, com um único objetivo de assistir. Depois pego um livro, leio, com um único objetivo de ler. Assistir e ler quase que como uma forma de sentir vidas passando por dentro de mim, como uma forma de preencher um certo vazio por emoção e propósito, e lá pelas oito da noite minha emoção e propósito chegam mais cedo do restaurante.
- O que aconteceu? Você cortou o dedo de novo? – disse eu pensando no cenário mais provável.
- Eu cansei dessa droga, pedi demissão. A gente guardou algum dinheiro que dá pra viver até eu conseguir coisa melhor - e completamente embebido de felicidade, corro até ele e o beijo. Nisso, a noite se transforma então em um “dia de folga do Cris segunda edição”, com o incremento de que agora em diante ele é inteiramente meu, e por tempo indeterminado. Nos deitamos juntos, vimos um filme. Saímos juntos, compramos maconha e fumamos, compramos bebida e bebemos, e enquanto a gente transava de forma ensandecida no sofá, Cristian abre a porta, me dá boa noite e vai tomar banho.
Com um olhar fixo para a parede branca, sinto uma certa dor no pescoço. Ainda de pé, tento entender mais uma vez o que acontece, e nada parece fazer sentido novamente. Sento-me no sofá, e preocupado tento entender, sem muito sucesso. Cristian passa por mim, me chama para dormir e, ao perceber que não esboço reação, senta comigo e tenta entender o que acontece:
- Amor? Ei, tá tudo bem? O que se passa nessa cabecinha? – disse acariciando meus cabelos.
- Você pensa em pedir demissão do restaurante? – devolvo a questão, fugindo da pergunta.
- Não, mesmo porque, como a gente vai viver? – ele percebe meu olhar triste, me abraça e corre a mão pelo meu corpo, com alguns toques indecentes. Nos deitamos no sofá, e enquanto estamos nos beijando, Cristian bate a porta do banheiro.
- Você vai dormir?
- Já tô indo – e vou mesmo, esperando que a qualquer momento surja outro Cristian para me tirar daqui para uma realidade menos monótona. Deito-me, durmo, como sempre costumo dormir. Cris dorme também, como a pedra de sempre que o é, e parece que estou com o Cris real dessa vez. E nesse momento Cris abre a porta do quarto, se deita, me dá um beijo de boa noite e dormimos. E daí por diante prefiro não emitir opiniões sobre a realidade e apenas choro, no silencio e no breu da noite, com todo o cuidado para não atrapalhar o sono do chefe. Choro, e decido que meu choro é de verdade, e mesmo se não for, fica combinado entre mim e você, leitor, que é de verdade sim.
No dia seguinte me levanto mais uma vez como se nada tivesse acontecido. Peço as mesmas comidas, nos mesmos lugares. Vejo e leio as mesmas coisas, deito no mesmo sofá, que de alguma forma não parece ser o mesmo. Levanto, olho ao redor, e parecem não ser os mesmos prédios, nem o meu próprio prédio. Não parecem ser as mesmas paredes, e esses não são nossos discos de vinil, nem nossos livros. Numa tentativa de esquecer disso, sento no sofá desconhecido e torno a ver TV, mas o catálogo de filmes não é o mesmo, não é a mesma série que eu estava assistindo, nada é a mesma coisa. Vou ao banheiro me ver no espelho e não parece o mesmo eu, e para fugir desse mundo, me deito no sofá e apenas fecho os olhos, sem nem reconhecer perfeitamente os pensamentos que passam pela minha cabeça.
Alguém chega em casa, abro os olhos, e por lógica, deduzo que esse é o equivalente a Cristian nesse universo. Eu corro e o abraço, mas não sinto nada por ele, só um desespero que ele possa me ajudar de alguma maneira.
- Mas o que foi? O que aconteceu?
- Não sei, não sei o que aconteceu, eu não sei nem quem é você, só quem você parece ser.
- Eu sou seu marido, praticamente.
- Eu tenho mesmo um quase marido, mas não me lembro dele ser você. Não me lembro de onde te conheço, e se sou casado com você agora, não imagino o porquê. Você parece estranho, tudo aqui parece estranho.
E nesse memento, o possível Cristian toma para si todas as sobras de paciência dos seus estressantes dias e me detalhou toda a história do que vivemos, me relembrou cada detalhe. Em algum ponto da história que ouvia, percebi o quase Cristian tornar-se Cristian, e me senti de novo em casa. Minha quase vizinhança virou de novo minha vizinhança, meu quase prédio tornou-se meu prédio, mas meu quase rosto continuou quase, ainda se desgastando em chorar, e ouvi no fundo a voz do meu irmão me chamando de chorão mais uma vez, como que em um trauma de infância.
- Que foi? Por que tá chorando?
- Eu não sei ainda, não sei. Você não tava aqui, e eu sentia sua falta como senti falta de tudo ao meu redor, mas agora parece sim ser você, mas tudo se repete o tempo todo e talvez você não seja você, eu não sei dizer.
- Sim, eu sou Cris, seu marido, e posso te garantir que você está no mundo real. Agora já tá tarde, a gente vai tomar banho e ir dormir. Depois a gente conversa – e tomamos banho e fomos para a cama. Após cerca de uma hora de sono, percebi que Cristian chegou do trabalho, tomou banho, me deu um beijo de boa noite e foi dormir. Olhando para cima, para o nada, dessa vez não choro, apenas tento entender e fazer alguma coisa. Deixo o breu da noite cobrir meus olhos, deixo-me dormir. Decido não sonhar, decido fugir de qualquer ausência de realidade. Em um passo lógico, decido por lógica me apegar ao mundo, e não soltar a mão dele nunca mais.
Acordo mais uma vez, mas agora determinado. Levanto junto de Cris, conversamos como casais civilizados devem conversar, preparamos nosso próprio café e o acompanho até o portão do condomínio. Posteriormente, me sento no sofá e ligo a TV em um desses canais que são apenas noticiário, todo o tempo. Ainda inteiramente imerso na realidade, preparei minha própria comida, li algumas revistas que havia assinado para manter-me atualizado no ramo da construção civil. Mais tarde, saio para entregar currículos, inclusive para funções muito inferiores a formação de um engenheiro. Após retornar ao apartamento, faço o que é mais lógico: vejo mais alguns jornais. Assim o dia se esvai, da mesma forma a noite, com refeições esparsas e pobres. Cristian retorna no horário de sempre, tomamos banho, vamos dormir e nos obrigamos a não sonhar.
Nesse mesmo ritmo se vão todas as horas de todos os dias e semanas seguintes. Começo a ler alguns livros sobre sociologia, como uma forma de entender melhor a sociedade e, consequentemente, o mundo real. Passam-se as quinzenas até ser, mais uma vez, folga de Cristian, e sigo apenas na mais perfeita realidade.
Segue-se sendo como um dia qualquer, com a diferença de que Cristian está em casa. Ele dorme ainda como uma pedra, mesmo após as duas da tarde, me recuso a sair da cama antes dele, e só vamos fazer qualquer coisa após as cinco da tarde. Numa tentativa de reviver tempos antigos, vamos a um café perto de casa, e numa tentativa de reviver tempos recentes, passamos no supermercado e Cris prepara um jantar mais uma vez. Enquanto ele cozinha, pego um dos LPs e coloco para tocar. Jorge Ben, Tábua de Esmeralda.
Enquanto os alquimistas estão chegando, vou até a cozinha cheirar o pescoço de Cris, atrapalhar seu serviço da forma mais prazerosa possível. Depois de uns beijos e amassos, ganho um “tá, agora me deixa fazer as coisas”, e respondo apenas com “sim, chefe”. Na sala de estar, estou apenas contando o tempo, ansioso. Da última vez parece ter sido uma noite incrível, onde eu estava, mas não estava lá, porém dessa vez estarei de corpo e alma. Penso em assistir alguma coisa para o tempo passar, mas preciso garantir que vou continuar na realidade, e assim o faço.
Cristian termina, põe a mesa, se serve e me serve. Começamos a comer e a falar do que ele mais gosta de falar: trabalho.
- Ontem deu muito movimento no restaurante, sem falar no delivery. Os pratos estavam demorando demais pra sair... – e me esqueço de prestar a atenção no que ele diz, e começo a pensar no prato que estamos comendo. Ele fez um prato com atum, meu peixe favorito, de maneira que vi o esforço dele na cozinha para cortar a cabeça do peixe.
- Ah sim sim, entendo.
- E nisso a menina do atendimento saiu correndo, completamente surtada... – e aparentemente eu perdi mais do assunto do que acreditava ter perdido, mas sigo só concordando, afinal, ele parece muito empolgado dizendo o que diz - ... nós fomos atrás dela depois, ela tava ainda na praça perto do restaurante chorando, tadinha.
- Mas e aí, será que ele foi trabalhar hoje?
- Não sei, eu decidi começar a não ler e nem me comunicar com ninguém do trabalho enquanto estou de folga, pra ver se dou uma desligada, sabe, toda vez eu sempre me envolvo com... – o atum estava muito bem temperado, com coisas que não faço ideia do que eram.
- Sim sim, é uma boa pra você se desligar do trabalho mesmo. Esse prato aqui, como ele se chama? Quando aprendeu a fazê-lo?
- Ah sim, aprendi assim que comecei a trabalhar no restaurante, ele fazia parte do cardápio no começo. É só um atum em crosta de gergelim.
- Interessante, interessante. Olha, eu tô com a ideia de aprender a cozinhar também, porque eu fico o dia todo sem fazer nada aqui, e se eu aprender a cozinhar eu tenho uma possibilidade de emprego diferente também. -  Cristian achou estranho, mas válido.
- O que você acha de aprender como faz esse atum? Eu faço um pra você ver como é, e você poder comer ele amanhã – gostei da ideia, e fomos até a cozinha. Nisso Cris pegou outro atum inteiro que estava na geladeira, colocou sobre a mesa – corta a cabeça dele pra você ir aprendendo desde já.
Peguei um cutelo e bati repetidas vezes sobre a cabeça do peixe, que insistia em permanecer lá. Estranhamente, a cada batida que dava esguichava sangue, o que achei bastante estranho, uma vez que o peixe, morto há dias, não esguicharia sangue dessa maneira. Apenas continuei, lentamente, até perceber a cabeça do peixe separada do corpo.
Nesse momento, ouço a porta do apartamento ser aberta a força e reconheço ser a polícia. Observo minhas mãos e as percebo inteiramente sujas de sangue, assim como minhas roupas e como as roupas de Cristian, além de tudo ao redor. O semblante de Cristian era o de alguém agonizando, sem forças agora sequer para gritar. Assustado, gritei em desespero, comecei também desesperadamente a chorar, e a ver que tudo em minha vida naquele momento estava destruído. Tudo o que eu mais amava, quem eu mais amava. Achei que talvez pudessem salvar Cristian, e removi a faca que cravei em seu pescoço. Tentei correr até a janela para pular e terminar com tudo de uma forma rápida, mas os policias correram a tempo de me impedir. Com todo o poder do Estado, fizeram questão de me manter na realidade, mesmo que na base do tapa.
- Sadico-aristocrata
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justalarryblog · 3 years ago
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Boa tarde Beca 💐 como está o seu domingo? O meu até q está bom, acordei tarde, ai resolvi fazer uma caminhada saí as 11:20 voltei era 13:30 kkkkkkkkkkk, eu sei bem loca! Aí almocei e vi a live de Taticelo, Bad Nat se perdeu total coitada, tudo culpa do encosto do elierpes! Que óoooodio! E agora tô vendo uns vídeos de "true crime" no canal Colecionador de Ossos! Ele narra de um jeito bem interessante, mesmo os q já conhecia! 🧝
Boa noite, xuxu 😴🌻 meu domingo foi bem preguiçoso. Literalmente acordei com sono kkkkkk inxcrusive já tô até na cama. Dei uma cochilada marota na cadeira do pc kkkkkk
Olhe loka apenas em fazer caminhada nesse horário porque misericórdia! Hahahaha
Eu vi os vídeos de Taticelo e meu... Bad Nat decepcionando total. Até agora só Gustavo que tá salvando.
Eu tô aqui vendo o vídeo novo do Castanhari depois vou por alguma coisa aqui e partirei.
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fora-do-ar · 4 years ago
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Passado - parte 2
Do que se conta dos roubos de fios.
Já lá em mil novecentos e antigamente que enfrentávamos problemas com ladrões de fios de cobre, que à época custavam os olhos da cara, e cá por essas bandas não nos foi de maneira diferente. Os gatunos geralmente deslizavam noite adentro, madrugada afora, horário que os mais velhos dizem que a morte gosta de andar. Mas a habilidade com que os larápios escalavam os postes fazia parecer que a morte estava sempre do lado deles ou que eles riam descaradamente na cara da morte. Até que demorou certo tempo para que as coisas parassem de acontecer da forma que aconteciam, e até então as pessoas acordavam pela manhã com refrigeradores desligados e pingando em degelo, suadas pela falta de ventilador e sentindo falta do noticiário de manhã. Crianças reclamavam a falta de vitamina de banana e marceneiros reclamavam da falta do torno, tudo isso porque alguém resolveu se arriscar a subir num poste e levar embora não sei quantos quilos de fio, pisando nos ovos de todas as probabilidades estatísticas de ou cair e morrer, ou se eletrocutar e morrer ou, o pior, ser preso. Esse tipo de loucura costuma ser mais recorrente em cidades pequenas, onde os dias passam devagar, onde as coisas são repetitivas e monótonas a seu jeito particular, e onde faltam tantas inventividades para tantas outras coisas que a imaginação e a engenhosidade caminham no sentido do larápio, porque ladrão de cidade pequena é alguém que acordou um belo dia e sentiu tédio demais para ficar em casa e fazer as coisas certas só mais um dia na vida.
Pois bem.
Certa feita, quando Coringa já morava cá embaixo, na casa do Centro, estavam todos a dormir o sono dos justos, o sono sem despertares desnecessários, o sono das altas horas depois das 2 da manhã, quando a temperatura fica mais baixa e mais confortável. Nada disso impediu, porém, que Coringa se levantasse um tantinho para beber água e ir ao banheiro, e ficou zanzando pela casa antes de voltar para a cama, meio desperto meio dormindo. Do lado de fora, três indivíduos já se preparavam para subir no poste que ficava bem defronte à casa. Armaram todo o equipamento, cuspiram nas mãos e fizeram o sinal da cruz. Um subia e se encarregava de cortar e descer os fios, outro separava e enrolava, e um terceiro dava cobertura para ver se aparecia pé de gente na esquina ou luz acesa na outra rua, tudo isso no mais extremo silêncio. Não contavam, porém, que Coringa sairia na varanda para tomar um “sereno” no rosto, uma “friagem”, antes de retornar para a cama, e viria, por cima do muro, uma sombra se movendo em cima do poste.
— Mas que diabo… — e esfregou os olhos — … eu tô vendo coisa?
Chegou mais perto na ponta dos pés, e de cuecas samba-canção, para ver o trabalho infame da trupe. Nesse momento mil coisas passaram pela cabeça dele, mas a única que fez foi colocar as mãos nas cadeiras e falar para o homem que estava em cima do poste:
— Está bom aí né, mestre?
Esse “mestre”, aliás, era sua marca registrada. Outra feita, meu avô materno foi até a casa de Coringa por ocasião de alguma comemoração e foi interpelado pelo anfitrião no meio do corredor:
— E você, mestre, quem é?
Mas voltemos. Lá estava ele, de madrugada, no frio, com as mãos nas cadeiras e de samba-canção, olhando para cima. A reação dos larápios é que foi inacreditável, e eu até custei de escrevê-la aqui por medo de estar inventando muita coisa além da licença poética, mas eu lhes conto o que me contam, e o que me contam é que o susto dos homens foi tão assombroso que o de cima quase caiu no chão e os outros dois quase partiram dessa para melhor:
— Desce, porra! — gritou o de baixo.
Os quatro homens correram, os ladrões para um lado, largando os fios e as ferramentas para trás, e Coringa para dentro de casa, largando a coragem na varanda e pensando na maluquice que tinha acabado de fazer. Por causa de um homem de um metro e pouco e vestido em ceroulas de dormir, me parece que nunca mais se ouviu falar em roubos de fio por aqui.
P.S.: este texto é baseado em fatos reais, mas o autor faz uso de licença poética.
- Carlos Eron Junior
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acotovialiteraria · 4 years ago
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Desde criança tenho dificuldade pra dormir e, durante a quarentena, perdi muito tempo e dinheiro (comprando Zolpidem) tentando dormir em horários impostos como normais. . Nesses dias, minha leitura estava com péssimo desempenho, as tarefas não eram executadas tão bem... Enfim... . Com o Zolpidem acabando, decidi me render (Já que posso fazer isso, por enquanto.) à vontade do meu sono e, também, decidi desapegar de algumas imposições feitas a mim, como: "Acordar tarde é coisa de preguiçoso!" . Resultado: meu desempenho com a leitura e a escrita melhorou praticamente 100% e eu tô mais feliz! Tô quase na metade de um livro que comecei semana passada e, é importante ressaltar, tô lendo de verdade, aprendendo com o livro! . Enfim... Quis compartilhar porque talvez possa ajudar alguém que tá como eu: em casa direto, sem tarefas com horários definidos/obrigatórios... . A caneca é das manas da @artesanatobahia e o livro... Volte alguns posts! 💜 . #artesanatobahia #insônia #produtividade #leitura #euamoler #euamolivros #leituraresponsável #leituraconsciente #leituraprodutiva #canecaspersonalizadas #mugs (em Belo Horizonte, Brazil) https://www.instagram.com/p/CDZdrB0nL_F/?igshid=ypaurt7qdu2l
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d3sequ1libr4d0 · 7 years ago
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08
Eu me lembro de você, lembro que um dia eu te amei tão intensamente que chegava a doer, lembro que você me tinha nas mãos, lembro de ter gravado seus horários 10h, 12h, 15h30, 18h. Lembro de perde horas e dinheiro indo até a Lan house para falar com você, lembro da vez que a gente terminou e Because you loved me foi tudo que sobrou de vc, era copa, começo de Junho, eu chorei naquele dia que vc disse que não dava mais.
Eu me lembro da primeira vez que ouvir sua voz por telefone, era uma madrugada de sábado eu tinha esperado tanto que peguei no sono e acordei com o barulho do celular, lembro de olha e ve o 021 na tela e meu corpo todo acordou de uma só vez, meu coração batia tão frenético que não sei explicar como não tinha rasgado meu peito, eu tremi, eu lembro que demorei para atender não conseguia diferencia o sonho do real, o meu "alô" sonolento e o seu “bebê?” Do outro lado da linha, as lágrimas escorriam pelo meu rosto e eu tentava manter minha voz firme. Você não falou muito, encerrou a ligação segundos depois, fiquei olhando para o teto me perguntando se era real. Lembro de acorda no outro dia e olha o celular para vê se o número estava lá ainda, eu estava sonhando tinha certeza, mas para minha alegria o número estava lá, o 021 estava lá, eu anotei o número.
Lembro da minha ing��nualidade, da minha inocência, lembro do meu amor por você, era tão imenso, tão gigante… Cada dia 08 era uma alegria, cada briga nossa era uma angústia e ai… Aí veio os cortes, você me comparava a sua atual namorada, eu.. eu era só a amante ou a atual do mundo virtual. Lembro que sua mãe dizia para te larga, você não era certa e que eu merecia coisa melhor, você era o melhor mesmo me afundando numa possível depressão, você ainda era a minha calmaria nos dias agitados. Me lembro bem do dia que você se drogou, tinha dado um “raio” como dizem, lembro que nesse dia eu fui parar no HGC mais cedo pós estava ardendo em febre, você dormiu na casa do seu amigo, naquele dia vc veio manhosa no whatsapp, gritava que me amava e depois veio a irá, me xingou, me comparou, dizia que não sabia o que fazer, que eu e outra éramos iguais, que vc não sabia o que tinha feito de errado, “não comi as duas direito” e eu chorei e tentava te acalmar “amor eu tô no meu quarto sozinha, eu tô com febre” eu dizia e você gritava nos áudios “É MENTIRA, SUA MENTIROSA, ESTA ME TRAINDO QUE EU SEI” isso seguiu até vc sumir. No outro dia era dia 08 você mal me deu “bom dia”, disse que tinha se drogado, não lembrava de nada e veio com o apelido carinhoso me chamou de bebê perguntava se eu tinha melhorado, não falou nada sobre o dia 08 e sumiu pelo resto do dia.
Lembro quando tudo que eu fazia era motivo de briga “se você fizer isso, eu termino” e se vc terminava eu me cortava e a gente viveu assim por 1 ano e 5 meses, vivemos assim com as ameaças de término, as ameaças de cortes, as traições da sua parte, e quando eu aqui do outro lado do país não ficava com ninguém, não saia, não vivia pq vc me tirava isso, você mandava e eu obedecia, me mandou ir embora tantas vezes e no final eu obedeci como de costume.
Veio aquela briga, a última briga, você não acreditava em mim e eu não queria mais correr atrás, eu já tinha perdido amigos, brigado com as pessoas que mais me amava, já tinha mais cortes do que cabelo. Eu disse chega, não vou correr atras de você, você quer assim? Que assim seja! E assim foi, sumi de todas as redes sociais, troquei de número.
2014 foi um ano triste, tudo ainda me lembrava vc, ainda usava a aliança com seu nome gravado, sentia uma vontade absurda de falar contigo, de sentir a paz que vc me trazia, mas passou… Eu sobrevivi 2014 e 2015 chegou e vc pediu para volta, eu firme disse não, meu coração dizia sim, o orgulho falava mais alto eu sofri por 1 fuck ano e 5 meses, deixei de viver, de sair, de curtir pq vc queria ter posse sobre mim, mas não dessa vez, dessa vez vc escutará e eu cuspir todas as palavras sem dó, sem piedade, sem vírgulas. Eu te disse o quão forte era meu amor por vc, disse que ele não tinha morrido, mas vc fez o grande favor de apagar a chama alta que esquentava meu coração. Eu passei meses me recuperando de vc, procurando motivos para viver e você sempre vinha querendo algo, no final eu só te provocava pq te provocar e o que eu sei fazer de melhor. Podem me chamar de microondas pq minha função com vc é só de esquenta.
Prometi a mim mesmo nunca mais amar alguém e seguiu assim.. 2015 várias paixões, nenhuma forte emoção, 2016 uma paixão grande mais nada me fazia sentir igual até o final… Até 19 de dezembro de 2016…
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vestibulandx · 7 years ago
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#1
Oieee! Finalmente estou colocando em prática o que eu disse aqui. Realmente vai ser uma série [uma sequência de textos] sobre saúde mental e emocional e como aplicar alguns conhecimentos da Psicologia ou da vida mesmo no seu cotidiano para alcançar um bem estar maior, uma maior qualidade de vida. Não sou formada em Psico, mas para falar de saúde emocional quem precisa ser? Nesse primeiro “episódio” darei alguns conselhos que eu estava precisando dar a mim mesma nesse fim de ano cansativo e corrido: como viver no meio do caos que as vezes se torna a nossa rotina? Que hábitos podem nos levar em direção a uma vida mais harmoniosa e equilibrada? é o que eu vou responder no decorrer desse post. 
Tenho só 18 anos e esse ano tô sentindo na pele não todas, mas algumas das responsabilidades que os adultos têm. moro em SP e isso já é motivo para ficar nervoso quando você é jovem e tem que experimentar as responsabilidades adultas pela primeira vez. pegar transporte público em horário de pico; as vezes ter que estudar e trabalhar ao mesmo tempo; ter as responsas em casa, de faculdade e do trabalho... é complicado rs
Por isso, acho que é muito muito importante você ter colunas de sustentação muito fortes para que sua construção (você mesmo, seu eu) não desabe. vamos aos conselhos:
1) todo dia, TODO DIA MESMO, praticar uma respiração profunda durante no mínimo 3 minutos. sugiro dois tipos de respiração: a que a gente conhece, a profunda mesmo, inspirando com a barriga para fora e expirando esvaziando a barriga, e uma que é assim: com a mão direita colocar o dedo indicador e o anelar no meio da testa, pegar o dedo polegar e tapar a narina esquerda, respirando (inspirando e expirando) somente pela narina direita. Depois tapar a narina direita e respirar somente pela esquerda. Não entendeu? Pesquise por “Nadi Shodhana Pranayama”
"Nossa, eu aqui estressado e você indica uma respiração?" Sim, faz todo sentido usar a respiração como uma maneira de se acalmar. E olha, não precisa praticar isso somente quando estiver nervoso, pratique normalmente, para garantir que você fique tranquilo e se habitue com isso. Quem não reconhece o poder que a respiração tem desconhece o próprio corpo.
2) começar a conhecer e praticar yoga. tudo tem estereótipo nessa vida, e alguns acreditam (não sei por quê) que praticar yoga é algo que não tem efeito nenhum na vida da pessoa. "Quem faz yoga é aquele povo deboice". 😂 Quem subestima a prática de yoga não sabe o poder que ela tem. Conheço pessoas que curaram gastrite (que era de causa psicólogica) e outras doenças com a yoga! É uma pratica maravilhosa, vale muito a pena conhecer. Não quer sair de casa? No youtube, onde tem de tudo, há diversas aulas de yoga, de diversos níveis. Fazer em grupo é muito melhor, com um professor presente para te ajudar. Mas se não dá pra você, vai de vídeo aula mesmo!
3) se você não quer ou não tem tempo para fazer yoga, por que não se alongar? Temos que aprender DE UMA VEZ POR TODAS que o corpo acompanha a mente e a mente acompanha o corpo. Ao fazer uma atividade física ou simplesmente se alongar, você diminui as dores que um estresse te causou, se prepara para um novo dia, cuida de suas articulações para também evitar dores nelas, tira um pouco ou todo aquele cansaço depois de um dia ou uma semana exaustiva.. É que eu realmente não sei explicar, mas fazer um alongamento numa manhã me faz um bem tão grande, imensurável.
4) o cotidiano traz muitos estresses e dores de cabeça com coisas que acontecem, pessoas que nos chateiam, nos magoam. Às vezes nem conhecemos a tal pessoa, mas ela foi tão grossa que isso já é motivo pra ficar triste ou emburrado ou nervoso.. Coisas desse tipo precisam ser colocadas para fora. O nosso problema é achar que existem coisas que devem ser conversadas e coisas que não devem ser conversadas. Sempre classificamos o problema em relação ao outro, e não a nós mesmos. Nós sabemos que aquilo esta nos incomodando, sentimos os efeitos daquela chateação, tristeza etc... Mas quando pENSAMOS em abrir a boca para falar disso com alguém que conhecemos, logo pensamos "não, ela vai me achar idiota por me importar com isso, por estar mal com isso". Sei que há pessoas que dizem isso por aí, mas é ótimo que elas abram a boca: assim mostram que são pessoas que nesse momento não merecem estar em sua vida. Uma pessoa que mereça estar em sua vida te ouve independente do seu problema e não te julga, entende que mesmo que tenha sido "só uma grosseria que a moça falou para mim no ônibus", é uma coisa que tá incomodando então deve ser conversado. Não podemos sair selecionando, ainda mais quando temos uma rotina corrida, que problema falaremos. Temos que falar de tudo que nos aflige.
5) fazer uma massagem em si mesmo. É claro que em parte como as costas não dá pra fazer, mas por que não tomar um banho rápido (vamos pensar no meio ambiente galeraa 😁🌳🌱💧) e logo depois pegar um creme de massagem ou hidratante ou nada e se massagear? Principalmente no fim dos dias. Passe a mão em partes onde você fica calminho. Eu fico calminha quando passo a mão no couro cabeludo, sei lá, sinto uma calma imensa, um sono 😍
6) encontrar o seu ponto de paz. Temos que entender que não nos conhecemos completamente e jamais conheceremos. Isso é normal, mas não podemos acomodar e desistir do processo de autoconhecimento. O que é se conhecer? É transceder, saber mais de ti do que você sabia ontem. Como se conhecer? Eu penso que há várias maneiras de fazer isso, mas para mim você pode se conhecer se doando para o outro, através da entrega; e também buscando ir atrás de coisas que no fundinho você sabe que gosta, mas que nunca explorou. Quando nos alimentamos de maneira saudável com coisas que fazem bem ao nosso eu (as coisas que você gosta), você se sente bem, com uma sensação de completude.
7) escrever ou gravar áudio no gravador do celular dizendo como você está se sentindo naquele dia. é de suma importância colocar para fora todo o cansaço que possa ter sido causado. não há problema algum em falar sozinho. se ouvir e parar para conversar com seus próprios sentimentos é autoconhecimento.
8) ter hábitos motivacionais! Nunca me cansarei de dizer que: motivação. não. é. besteirol. É algo real, feito com uma finalidade: motivar. E funciona! Com muitas pessoas funciona. Claro que há a possibilidade de não funcionar, mas precisamos enxergar a motivação, principalmente a que postam da internet (já que estamos toda hora nela), de um modo diferente. Ao invés de subestimar a importância e poder da motivação, use-a a seu favor!
O intuito é te motivar em direção à algo, seja para tomar coragem, para se sentir melhor, para te lembrar de algo que você tinha esquecido de si mesmo ou da vida... são muitos. Tudo depende da maneira como você vê a motivação. Ela está ali, pronta para ser acessada por você. Só esperando você dar o pontapé inicial para ter hábitos motivacionais. Que hábitos podem ser esses?
Agradecer por um dia que está por começar, ter pensamentos otimistas, pensar bem sobre si mesmo, se algo der errado, reconhecer que é normal...
A motivação faz bem às pessoas. Se não faz bem a alguém, ops, tem algum problema... Mas o intuito dela é fazer bem. 🌼
Espero que ajude, de alguma maneira
besitos en el aire xx
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a-futura-enfermeira-blog · 7 years ago
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Sim, meu portifólio não começa com meu nome na lista de selecionados para o curso de Enfermagem na Universidade Federal Fluminense, porque, verdade seja dita, eu não botei fé que iria pra UFF.
MAS COMO ASSIM JULIANA? POR QUAL RAZÃO? É FEDERAL
Eu queria já deixar um observação fêssora, cê vai ler muito nesse portifólio. Obrigada pela atenção.
Continuando...
2017 não começou muito legal pra mim, eu ainda estava cursando o ensino médio na FAETEC de Marechal Hermes (fazendo eletrônica, claro que tem tudo a ver com enfermagem), porque a bonita da escola tinha entrado em greve e estavam “repondo” as matérias que estavam incompletas. Meados de março descobri que havia passado para UERJ, também para Enfermagem. FIQUEI MUITO FELIZ, porque até então eu via as pessoas da minha escola falando que haviam passado pra tal faculdade, de repente o facebook tinha virado uma chuva de “OBRIGADA DEUS PASSEI PRA TAL FACULDADE”, e eu era única deslocada sem futuro nenhum pela frente. Contudo, a UERJ estava passando por momentos complicadíssimos, e o que havia me deixado feliz do nada se tornou motivo de aflição. 
AH, antes disso, eu tinha me inscrito no SISU 2017.1 e passado pra Enfermagem na UFF em Rio das Ostras, mas perdi o dia da matrícula. (SUPER MELHOROU MEU 2017)
Entra mês e sai mês, nada da UERJ melhorar e nada das aulas começarem.. Resolvi então me inscrever no SISU 2017.2, e para minha surpresa fui aprovada para UFF novamente, no mesmo curso, só que dessa vez em Niterói.
E EIS QUE SURGE A GRANDE DÚVIDA NA MINHA VIDA: IR OU NÃO IR? ESPERAR PELA UERJ OU ME ARRISCAR EM OUTRO PAÍS CHAMADO NITERÓI?
Como eu já estava saturada de ter as coisas incompletas na minha vida, resolvi então mergulhar em águas mais profundas. Só que como para mim nada é fácil, dessa vez não podia ser diferente. 
1º: não tinha ninguém para ir comigo e eu NUNCA tinha andado em Niterói antes.
2º: na noite anterior ao dia da matrícula fiquei sabendo que eu teria que pagar passagem todos os dias, (o que não sai nada barato por sinal, EU QUERO BOLSA AUXÍLIO TRANSPORTE) e isso fez com que meus pais ficassem com o pé atrás.
MAS MEU BEM EU CHUTEI O PAU DA BARRACA E FUI NA CARA E NA CORAGEM PARA VER QUAL ERA A DA PARADA!
Convoquei meu amigo (Siqueira) que já estudava na UFF pra ser meu guia, e fomos.
Chegando lá já vi que teria que esquecer o sedentarismo PORQUE COMO A GENTE ANDA NESSA UNIVERSIDADE!
Meu amigo me deixou no campus do Gragoatá porque ele tinha aula naquele horário, e eu fiquei para aprender a andar com as minhas próprias pernas. Até que não foi difícil a efetuação da matrícula, até a parte que a mulher que fez minha matrícula e diz “Você já pode ir na Escola de Enfermagem pegar seu horário, as aulas começas na segunda” 
O QUEEEE?
Como eu estava no dia de me arriscar, pedi instruções para ela e fui NIerói a dentro, com medo, sozinha, com fome, perguntando pras pessoas na rua como chegar a essa tal Escola de Enfermagem.
Consegui chegar!
Peguei meus horários e de cara vi que não seria fácil pela quantidade de matérias SÓ NO PRIMEIRO PERÍODO (dizem que piora, HELP)
O dia da matrícula (23/08) também era o dia do meu aniversário de namoro, e obviamente, eu tinha planos com meu namorado, então qual era o esquema: ir fazer a matrícula e depois sair com mosão. MAS (como sempre na vida tem um mas) por obséquio, fiquei sabendo que a aula da segunda não seria na EEAAC e sim no BIOMÉDICO (ONDE FICA O BIOMÉDICO?).
Lá vai eu perguntar aos meus queridíssimos veteranos onde era, e eles disseram que sairiam e tour para mostrar todos os campus. 
Não tive escolha a não ser desmarcar tudo com mosão e ficar para o trote (UFF JÁ DESTRUINDO LARES DESDE A��, brincadeira, amo a uff).
Olha, sem palavras para o trote. Tinta, suor e lágrimas. Era uma tal de elefantinho (que aquilo pra mim é tortura), era música que tinha que cantar, era juramento pra veterano, era ladeira, era escada.. Resumo? Cheguei em casa as 19hrs!
Matriculada, com saudade do boy, sendo orgulhinho da família e postagem no facebook “OBRIGADA MEU DEUS, PASSEI PRA UFF” eu adentrei as terras da Universidade Federal Fluminense. 
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SIM! TODO MUNDO COMBINOU DE IR DE AZUL NO PRIMEIRO DIA DE AULA!
Eu sinceramente fiquei muito feliz por descobrir que eu não a única que se sentia perdida nesse mundo novo.
Marcamos de nos encontrar em frente ao Plazza, para, como um turma unida, irmos para primeira aula (que foi de histologia). 
Não me recordo muito bem do primeiro dia, mas lembro que eu me senti um pouco descolada, e apesar de parecer que eu falo demais, eu sou extremamente tímida e fechada, e isso dificulta muito eu fazer novas amizades. Mas o dia prosseguiu bem. 
De tarde nós tivemos anatomia e foi aí que o trem descarrilhou de vez! MEU DEUS QUANTA COISA EM ANATOMIA, confesso que fiquei assustada, mas segue o baile.
Não há muito o que dizer do primeiro dia, foi incrível por eu estar conhecendo coisas novas e assustador pelo mesmo motivo. Mas me considerei preparada pra encarar essa nova jornada.
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PRIMEIRO DIA NO ANATÔMICO!
ESSE SIM FOI UM DIAZÃO!
Eu lembro o quanto eu fiquei chocada por me deparar com ossos de verdade, com cadáveres, eu lembro o quanto eu passei mal e o quanto eu parei pra pensar na vida depois daquela aula.
Eu lembro que também fiquei desesperada quando soube que para a prova prática eu teria que gravar todos os acidentes ósseos imagináveis!
Foi o dia oficial de calouro fazer calourice tirando a primeira foto de jaleco pra mostrar pra todo mundo na internetzinha que tava virando gente, sem imaginar o quanto que a gente sofreria com anatomia.
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PRIMEIRA VIAGEM NO BUSUFF
Eu queria deixar bem claro aqui que eu fiquei chocadíssima pelo fato da faculdade ter um transporte que leva a gente de campus em campus, e sim, com ar condicionado!
Seria uma pena se o rota 2, que é o que eu mais uso, SEMPRE ESTIVESSE ATRASADO. Mas lá vai eu, reclamando de barriga cheia.
#AMÉMBUSUFF
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HORA DE FALAR DO BONDE UFF DO AMOR!
Como eu já mencionei anteriormente, sou muito tímida e isso complica muito as coisas na hora de fazer amizade, mas essas pessoas me acolheram de tal forma que eu realmente me sinto amada por cada uma dela (se eu não for tô sendo muito iludida por esse bebês).
O bonde começou com a Roberta (menina de blusa cinza do et) e com a Mariana (que não está nessa foto). A Jordana (menina de blusa vermelha do meu lado) chegou pra juntar o pessoal. TOMOU A INICIATIVA MESMO! Fez grupo no whatsapp e só foi agregando mais pessoas, a Elisa (a ruivinha), a Yara (a de casaco vinho na ponta), o Yuri e a Malu (menina de blusa florida).
É o grupo de pessoas que convivo todos os dias e que troco risadas (muuuuuuitas por sinal), momentos difíceis (porquê a vida não é um morango), resumos de provas, momentos de ansiedade, nervosismo, mas principalmente, compartilhamos do sentimento que nos une e nos fortalece todos os dias, que é a amizade.
O primeiro período mal chega ao fim e nós já estamos pensando em como vamos sobreviver 3 meses separados.
Eu realmente espero do meu coraçãozinho que nosso grupo permaneça assim, sempre unido, sempre povão, todo mundo se ajudando, todo mundo se divertindo. 
AQUI VAI UM SALVE PRAS MELHORES PESSOAS DA UFF! É O BONDE PESADÃO!
OBS: nesse dia fizemos festa surpresa para Roberta, era aniversário dela e claro que não deixaríamos passar em branco! A Malu fez o bolo e a Yara os docinhos, para mais informações e organizações de eventos, favor entrar em contato!
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Essa que vós veis é a famosa Mariana, a menina mais aleatória que eu já conheci na face da Terra! Cheia de pérolas que ela solta o tempo inteiro e que viram a diversão do bonde. É o nosso meme ambulante, um ícone. Ela consegue fazer o dia ficar melhor e é capaz de conquistar geral com o jeito louco dela de ser. A Mari é muito especial, virou parceirona e espero que sempre seja.
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Nessa fotinha eu vou falar do Yuri Pereira, o original. 
Yuri veio de um país tão tão distante chamado Goiânia, e de cara já se destacou pelo seu sotaque (e foi zoado com isso por um bom tempo), mas o que mais se sobressai no Yuri é seu jeito divertido e inovador. Sempre me ajudou em anatomia e suportou meus ensaios pré seminários. Obviamente, não poderia deixar de falar que ele mora na frente da faculdade e consegue chegar 1 hora atrasado em todas as aulas (PARABÉNS EIN YURI, PARABÉNS). Temos um implicância surreal um com outro, mas acho que é nossa forma de sermos carinhosos.
TU QUE É PARCEIRÃO MESMO EIN YURÃO!
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PRIMEIRA ORLA A GENTE NUNCA ESQUECE!
A orla é onde nós vamos pra tentar relaxar em meio a correria das matérias acumulas, provas, trabalhos e seminários. Nesse dia nós conversamos de tudo, rimos bastante e ficamos mais leves para a aula de anatomia que viria depois.
É aquilo né, primeiro o arco íris, depois o temporal (NÃO TINHA QUE SER DIFERENTE ?)
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TÁ PENSADO QUE FACULDADE É SÓ DESESPERO??
Nesse dia nós fizemos uma visita à Escola de Enfermagem Anna Nery (da UFRJ). Foi simplesmente incrível! Apesar da chuva e do relatório que tivemos que fazer depois, foi um dia muito especial, afinal, TEVE CERTIFICADO NÉ NON?!
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Essa foto possui uma importância muito grande pois foi tirada no dia em que meu grupo foi fazer uma visita técnica ao HUAP e conhecer um pouco sobre o trabalho da Terapia Expressiva, que exerce a arte terapia no Hospital e busca resgatar a saúde mental do paciente podendo proporcionar-lhe a saúde do corpo. Foi mais um dia em que eu pude refletir sobre a vida e como eu gostaria de ser na minha profissão. Foi um dia em meio as primeiras provas onde eu pude perceber que eu não deveria colocar a tensão no centro das coisas, mas sim perceber que a vida e a faculdade são muito mais que isso.
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VIRADAS NO ANATÔMICO! (de 18 ás 19:30, ata)
Sim, momentos desesperados pedem medidas desesperadas. Época de prova na porta e gente não sabendo nada para a primeira prova de anatomia. Todo mundo correndo contra o tempo, lutando contra sono, contra o cheiro forte de formol, pra conseguir ir bem (isso não vem ao caso néééé). Todo esforço valeu a pena, PASSAMOS DIRETO!
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PRIMEIRO SEMINÁRIO!
Nervosismo de todas nós define! Ficamos sabendo que seríamos o primeiro grupo faltando apenas uns 4 dias para a apresentação. Mas felizmente deu tudo certo, conseguimos sair invictas e vitoriosas dessa primeira apresentação.
Aham, combinamos as roupas, eu não fui de verde porque a bonita aqui não tem blusa verde.
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DIA DO PROTESTO DA ENFERMAGEM!
Fomos todos de preto pra protestar contra as medidas que estavam a ser tomadas para diminuir os direitos da Enfermagem.
Claro que não iríamos ficar calados e aceitar de boa, COM A ENFERMAGEM NÃO SE BRINCA!
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VOLTANDO A FALAR DO BONDE!
Na primeira foto: 
A Yara (do meu lado), É LOUQUINHA DA SILVA, mas é isso que faz ela ser diferente e transmitir alegria pro grupo. A Jordana (menina no centro da foto) é garota mais sortuda do mundo por ter cortado bio cel e anatomia! Mas também é uma pessoa que eu admiro por ser destemida e sempre querer ajudar os outros. a Roberta (do lado da Jordana) é uma garota incrível! Super centrada e certa naquilo que quer, já deu pra perceber nesse pouco tempo de convivência, que a Roberta é aquele tipo de pessoa que vai atrás mesmo de um sonho! A Elisa (a ruiva) antigamente era turista no nosso bonde, porque ela sempre se deu bem em fazer amizades (tanto que no trote ela foi a única pessoa com quem falei mais). Também é muito focada e divertida.
ESSE BONDE É TUDO DE BOM!
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EVENTO DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO
Foi um dia espetacular, com palestras, música, comida E ATÉ ZUMBA, que particularmente, foi INCRÍVEL. Do bonde apenas a Roberta e Mariana foram, e acho, que assim como eu, ficaram muito satisfeitas com o evento.
OBS: eu derrubei o banner que ficou na entrada do evento, mas deixa em off né fêssora, deixa em off.
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SEMINÁRIO IMPROVISADO 
Eis que a professora de ISC nos joga essa bomba! 
Tivemos que fazer cartazes com determinados temas, e o nosso grupo ficou com “a importância da amamentação”.
A verdade é que foi um trabalho muito gostoso de fazer, nós aprendemos e nos divertimos ao mesmo tempo.
AMÉM ISC!
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MELHOR AULA DE CHSS
Apesar de ter passado do horário, essa aula foi de extrema importância pois nos alertou sobre o suicídio. Vários trechos de estudos foram lidos para a nossa conscientização e, ao final, enchemos balões e fizemos uma dinâmica em que tínhamos que proteger esses balões (EU CONSEGUI PROTEGER O MEU).
Foi uma aula muito construtiva e prazerosa. PISA MENOS ROSE ROSA.
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 E O BANDECO EM GREVE ?
Todo dia é um 7x1 diferente nessa UFF, com o bandeijão em greve tivemos que nos virar. 
Mas não tiro a razão dos servidores, ninguém merece trabalhar sem receber não é mesmo ?
Pois é, dias de Mac Donald’s, dias de marmita. 
#VOLTABANDECO
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O QUÊ QUE A FACULDADE NÃO FAZ COM A PESSOA ?
Isso foi eu, linda e bela, tentando ganhar um livro de anatomia num sorteio!
Ganhei!  (uma caneta, porque o livro que é bom...)
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UFF NA PROMOÇÃO A SAÚDE MENTAL
Foi uma manhã indescritível!
Um evento que promove a leveza com atividades de yoga, massagem, dança, auriculoterapia e etc. E tinha que ser atividade no horário de que matéria? CLARO QUE DE UEVA, DA MARAVILHOSÍSSIMA CRISTINA!
Nesse evento eu realmente pude relaxar e levar o dia com mais suavidade. Valeu a pena.
OBRIGADA CRISTINA 
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POR ACASO VOCÊS CONSEGUEM ME VER AQUI?
POIS É!
No dia que meu bonde marca de ir pra quintarera eu sofro com uma crise absurda de labirintite!
Mas tudo bem né non, temos mais 9 períodos disponíveis para conhcer essa tal de Cantareira.
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Essas fotos não têm muito um significado, é só pra mostrar o quanto o Biomédico é lindo e quanto o céu estava bonito numa quinta feira à noite, e o céu assim me acalma de uma forma inexplicável, e eu lembro que nesse dia, era tudo que eu mais precisava.
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Essa foto foi retirada após a visita técnica a Policlínica Regional do Largo da Batalha. Quase que eu chego atrasada e perco a visita MAS MEU DEUS É MUITO BOM COMIGO E EU CHEGUEI JUNTO COM O PROFESSOR, OBRIGADA @DEUS.
Foi uma visita muuuito boa onde pude aprender um pouco mais sobre a atuação da Enfermagem.
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Esse deveria ter sido nosso Café Filosófico de CHSS, mas como na vida tudo pode acontecer ou não...
Nosso seminário foi adiado para a semana seguinte por atrasos que excederam o horário de aula. 
Acontece né, segue a vida.
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FINAL DE PERÍODO É SEMPRE UMA BENÇÃO!
ps: falou a que está no 1º período ainda.
Essa foto foi tirada com todo amor e carinho para demonstrar que vida de universitário não é nada fácil! Noites sem dormir, prova em cima de prova.. é viver pra estudar e estudar pra viver!
Mas de vez em quando, não dá pra aguentar NÉ NON MARIANA?
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ÚLTIMA AULA DE ANATOMIA! OBRIGADA LUCAS!
Depois de horas cheirando formol, repetindo o nome de veias, artérias, nervos, acidentes ósseos e essas coisas, finalmente pudemos gritar VITÓRIA, ou quase, porque a prova foi na outro semana a essa.
Apesar de tudo isso, o Lucas foi super prestativo e nos ensinou sobre esse mundo louco que é a anatomia.
Bom, então esse foi meu portifólio online, espero que cê tenha gostado fêssora e possíveis outras pessoas que leram aqui. Foi um período de muitos altos e baixos, momentos de adaptações a esse mundo novo que é a universidade, e, algo me diz que isso não chega nem perto do começo, MAS PODE VIM QUE EU TÔ PREPARADA! (ou espero estar).
MUITO OBRIGADA AOS ENVOLVIDOS, UM BJ E UM XERO!
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beware-rare-blog · 7 years ago
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Dias 12 e 13/ 1/18
É foda . Eu disse que iria escrever , lembra? Ontem mal consegui dormir , mas não foi por conta da ansiedade. Aparentemente estava com alergia e tive que tomar o remédio . Acordei cedissimo , o motorista do pegou umas três pessoas além de mim , literalmente o que já me deixou meio que nostálgica porque lembrei das pessoas na escola e nesse período . Eu sei lá , lembrei de mim com a blusa cinza indo pra escola com minhas neuroses . Devia lembrar disso? Será que sou mesmo tão frágil quanto imagino? Sou boba . Quer um exemplo? Entrou uma pessoa tão peixe fora da água quanto eu e não fui falar com ele ainda pra pedir o caderno , porque tô muito ocupada com minhas reflexões bestas de início da manhã . Já fui a UFS , já voltei e é isso . Achei que com a blusa da banda RCP eu fosse ter uma colher de chá , mas não tive nenhuma ... Ao menos os funcionários me conhecem e gostam de mim. Bom , são anos da mesma coisa né . Eu ficando aqui kkkkkkkkkkkkkkkkkkk pessoas entediadas são interessantes , mas n entendo pq essa em especial n pegou o celular pra fingir fazer algo , como eu . Enfim , vou tentar ter coragem acho e deixar de ser tímida pra krl pq é uma maldição . Tenho uma desvantagem enorme já . Uma gigantesca . Pareço ter medo do mundo ou de sei lá e olha que no começo dessa manhã eu tava super segura , tipo "vamos tratar de negócios" ou algo assim . Porém lembrei de umas coisas . Hj ficarei até 12:50 , apesar da aula acabar ao meio dia em ponto porque eu já sabia que não importava dizer que ele n viria nesse horário . Sempre diria "Não posso" e eu teria de engolir. Pq ele é o único q me deixa e busca aqui . Nem tudo na vida é como queremos , certo?
Fiquei lembrando de Parnaíba e em como eu reclamava. Constatei que q cidade era mais viva do que Aracaju que é super estimada. Aqui é cinza se comparado e eu não queria que fosse . Quer a minha sincera opinião? Acho que aqui vai ser pior que ano passado , ironicamente kkkk e não tem nada que eu possa fazer além de ficar sozinha e não surtar , apenas manter a mente no lugar .
Não vou receber os módulos hoje pra variar , o que tanto faz. Nem sei se a noite vou ter energia pra alguma coisa além de dormir , já que ainda tô sem fome . Acho que eu afasto as pessoas e esse é meu dom especial .
Não quero mais pensar nessas coisas ... Eu soube que domingo vou a missa , ou seja, no sábado durmo cedo .
Talvez esse ano sirva pra me deixar mais dura ... É o que tá parecendo e talvez seja como disseram , talvez eu ache mesmo que minha vida é um filme e procure pensar que coisas inesperadas acontecem , quando nada disso ocorre mesmo . Só minhas esperanças frustradas que nunca param .
Tô com tanto sono que é complicado manter os olhos abertos , talvez eu durma na van , não sei . Geralmente lá faz muito calor meio dia , parece que o sol ferra com o ar condicionado. Agora entendo minha vontade de ser outra pessoa , ia ajudar muito . Qualquer coisa já seria um começo , creio eu .
Posso ser sincera? Percebi que a turma unit é pior do que o Enem e que literalmente viverei um ano em dois . Se eu n conseguir na primeira prova , só no final do ano , revendo todos os assuntos kkkkkkkkkk . Constatar que não importa o que eu mentalize ... Que nada vai mudar me deixa meio partida , mas vou guardar isso pra mim.
Não quero pensar nas consequências que esse fato vai trazer e que sonhos vão ser dizimados . Nada disso. Só quero pensar nos assuntos , olhando por esse ângulo parece mais vantajoso. Aparentemente eu só afasto .
Queria te dar a certeza de que conversariamos hoje até mais tarde , mas seria uma mentira deslavada . Porque eu não faço ideia então não posso prometer nada . Só gostaria que tudo fosse diferente. Admito que sou grata pela nova chance , mas o resto só é mais do mesmo.
Sou feita de extremos . Pareço tão calma ... Quente ou fria? Hahaha é engraçado. Me sinto sozinha entende e eu tento umas coisas parece q só pra comprovar que tô sozinha. Odeio isso. Eu devia ir a missa amanhã mas fiquei doente ... Pra variar sou tapado o bastante até pra isso. Eu só não queria que fosse assim . Nada disso . Vi os perfis de alguns conhecidos meus e pensei "quem são essas pessoas?" Acredito que nunca os conhecimentos . Sei que devia já ter falado contigo , mas foi bobeira minha e acabei ficando calada e deixando você aproveitar sua noite de um modo minimamente normal sem te deixar grudado no celular. Tirar a cabeça dos sonhos talvez seja meu maior desafio. Apagar umas vozes também ( não literalmente porque não sofro de esquizofrenia) , mas me refiro a frases já usadas por babacas.
Espero conseguir prosseguir.
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foryouimagines · 7 years ago
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[REACTION] BTS, CUIDANDO DOS FILHOS
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Namjoon: 
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Confuso é a palavra que define Namjoon cuidando do filho de vocês, mal sabendo o que fazer por si mesmo, ele teve que ler muitos livros e artigos na internet pra diminuir a preocupação que residia dentro dele, desde quantos minutos o leita precisa pra esquentar a uma temperatura adequada até quantas horas de sono um bebê precisa, Namjoon se armou até os dentes de todas as teorias que ele pôde achar, mas quando o filho de vocês realmente veio a nascer e ele teve que entrar em ação, a história foi completamente diferente.
“Joonie, você disse que sabia colocar fraldas!”
“Mas eu fiz do mesmo jeito que estava na internet.”
“Acho que a perna dele não vai nesse buraco aí não.”
Seokjin:
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 O paizão de primeira viajem que mais parecia já ter tido uma creche, Jin era o exemplo de um parceiro capacitado quando se tratava de cuidar de um bebê, te ajudando nas tarefas de casa e nos horários complexos demais, ele sempre dava um jeito de no final do dia vocês ainda conseguirem assistir um filme inteiro sem serem interrompidos por um choro estridente.
“Eu preciso esquentar a mamadeira e depois colocar as roupas pra lavar..”
“S/N, senta aqui e para de estripulia, a gente já fiz isso mais cedo não lembra?”
Yoongi: 
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Atencioso, Yoongi estava mais centrado em seu trabalho do que antes, preocupado com todas as despesas e com o fato de que você estava de licença, ele sentia o peso nos ombros de querer fazer um lar melhor para todos vocês, mesmo que você nunca tivesse cobrado nada dele e sempre amasse quando ele ficava em casa com vocês o dia inteiro, o ambiente muito mais leve e divertido.
“S/N, eu preciso ir pro trabalho, as contas não se pagam sozinhas.”
“Elas podem esperar, fica aqui só mais um pouquinho?”
“... Claro.”
Hoseok:
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 Mais presente do que nunca, Hoseok estava se sentindo no paraíso olhando aquelas bochechas gordas e olhos brilhantes sentado no seu colo. Ele gastava todas as brincadeiras que já tinha aprendido na vida nas tardes que passava em casa e não tinha ensaio, vocês três sentados sobre o sofá falando em uma voz ridiculamente fofa e infantil com o pequeno que mal os entendia e ria horrores com as caretas que vocês se esforçavam pra fazer. Apesar de tudo isso, Hoseok era muito dedicado, e mesmo sendo muito animado, sempre se preocupava se estava faltando alguma coisa.
“Hobi, você está pensando demais, tá tudo certo.”
“Eu só não quero que falte nada aqui.”
Jimin: 
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Mais cuidadoso e fofo do que era quando vocês namoravam, Jimin gostava de ser alguém presente, sempre com um brilho nos olhos e uma felicidade sem igual, você podia ver por eles o quanto o menino estava feliz pelo passo que vocês tinham tomado. Não muito habilidoso, Jimin se esforçava em cada tarefa que você pedia para o mesmo fazer, sempre dando o melhor de si.
“Mas tem certeza que eu tô fazendo direito? Eu não quero machucar ele...”
“Você está indo perfeitamente bem, Jimin.”
Tarhyung: 
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O pai orgulhoso, se Taehyung pudesse ficar mais feliz, ele explodiria, formar uma família era como um sonho pra ele, então agora que ele tinha se realizado, ele levava seu papel bem a sério, mesmo com todas as brincadeiras e diversão, ele ainda cuidava dos filhos como se fossem ele mesmo, sempre querendo ver um sorriso aparecer no rosto das crianças que ele daria a vida por.
“Cadê o bebê? Achou!”
Jungkook: 
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Primeiramente bem confuso e com medo, Jungkook teve que se convencer milhões de vezes que ele não iria quebrar o bebê no meio quando tocasse nele. Achando que faria tudo errado, ele sentiu todos os pensamentos ruins fugirem a mente quando segurou o filho nos braços pela primeira vez e fez dele seu melhor amigo para todas as aventuras. Um pai muito animado e com programações novas a cada dia, Jungkook nunca se deixava parar.
“Amanhã nós podemos ir ao aquário, e depois de amanhã no zoológico. Ah, e também tem aquele parque de pula-pula novo que abriu!”
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