#divisor de águas ápice
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edsonjnovaes · 3 months ago
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O Espelho de Machado de Assis
O conto O Espelho, de Machado de Assis, foi publicado originalmente na Gazeta de Notícias em 1882 e reunido em livro com o título de Papéis Avulsos do mesmo ano. Esta obra, segundo alguns críticos de Machado, é uma espécie de divisor de águas e marca o ápice de seu amadurecimento literário e, portanto, é considerada um de seus melhores livros de contos. Ler é um vício – 2020 jun 26 O Espelho, de…
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filmescultuados · 15 days ago
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Resenha: Blade Runner - O Caçador de Androides (1982)
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Categoria: Filmes Gênero: Ficção Científica / Fantasia
Blade Runner - O Caçador de Androides (Blade Runner, EUA, 1982) Direção Ridley Scott. Com Harrison Ford, Rutger Hauer, Sean Young, Daryl Hannah, Joanna Cassidy, Edward James Olmos.
O MAIOR CULT DE TODOS OS TEMPOS?
Los Angeles, 2019. Androides rebelados retornam à Terra em busca de seu criador, na esperança de que este possa responder seus dilemas existenciais. Programados com data de validade pré-ajustada de fábrica - para evitar que desenvolvam emoções e se torne impossível diferenciá-los dos humanos - eles buscam um modo de reverter o processo e ganhar um tempo maior de vida, além dos 4 anos programados. Contra sua vontade, um ex-policial é chamado de volta à ativa para dar cabo das criaturas.
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A fantasia futurista sombria, com seu visual cool e implicações filosóficas foi a primeira produção do gênero a dar valor à uma história do alucinado escritor Philip K. Dick, obcecado por temas preciosos à ficção científica: simulação da vida em autômatos, percepção da realidade, abusos do uso de drogas e a busca do homem por Deus. O ponto de partida foi o livro "Do Androids Dream of Electric Sheep?", que Dick publicou em 1968, mas o termo "Blade Runner" veio da obra de William S. Burroughs. David Peoples esmiuçou os antigos rascunhos e criou um roteiro em que temas desconcertantes são tratados com a inteligência necessária para se colocar a história acima de efeitos especiais e cenas de ação gratuitas. Em "Blade Runner", nada é irrelevante. Apesar da discórdia entre os que preferem a versão original com seus off narrativos e o happy end (eu me incluo entre eles), e os que preferem a "Director's cut" sem narração e com seu final abrupto e econômico, todos são unânimes em afirmar: o filme foi um divisor de águas, um marco da ficção científica.
"MAIS HUMANO DO QUE UM HUMANO"
Os cartazes da época do lançamento nos cinemas diziam: "O homem criou o homem à sua imagem e semelhança. Agora o problema é seu". A Tyrrel Corporation, gigante no ramo da robótica chega ao ápice da engenharia genética com a geração Nexus 6: androides mais ágeis, mais fortes e tão humanos que só um aparelho de meditação de pupila pode identificá-los através de perguntas-chave. "Mais humanos do que um humano", é o lema da empresa, mas os androides, conhecidos como "replicantes", foram declarados ilegais na Terra e esquadrões especiais de polícia - as unidades Blade Runner - tinham ordens para matá-los. Um grupo de Nexus 6 desafia a lei em busca do criador, mas o criador aqui é imperfeito, incapaz de responder as questões que esbarram nos limites da ciência e da engenharia genética que os gerou. O processo que define suas datas de validade é irreversível.
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A direção de Ridley Scott joga com a dualidade entre o Bem e o Mal, bandidos e mocinhos. Quem é quem, na verdade, o filme não define: o policial que atira numa replicante pelas costas ou o vilão que em seu último sopro de vida busca a redenção salvando a vida de seu perseguidor? Rick Deckard, interpretado por um Harrison Ford cínico e mal humorado (devido às inúmeras desavenças com o diretor Scott e às pressões dos produtores, provavelmente) é o anti-herói em crise de consciência, Sean Young é Rachel, boneca de porcelena com lábios vermelhos e implantes de memória - um novo avanço da Tyrrell Corporation, sem data de validade - e Rutger Hauer se consagrou como o perverso Roy Batty, dono das melhores frases do filme, inclusive o discurso final que todo fã que se preza sabe de cor.
A visão desoladora de uma Los Angeles caótica, superpovoada, miscigenada, com seus arranha-céus de 400 andares, mergulhada nas cinzas da hecatombe nuclear que escureceu o céu e é responsável pela constante chuva ácida, dos anúncios de neon, do jogo de luzes contrastando com as sombras dos prédios e dos vapores que escapam dos bueiros, compõem um cenário pessimista do futuro e que se tornaria referência no gênero desde então, mas que por sua vez é inspirado no comic book de Dan O'Bannon e Jean Giraud de 1976, The Long Tomorrow. O visual retrô de alguns personagens e a herança noir da história disfarçada em investigação policial (acentuada ainda mais pela narração em off da versão original) entram em choque com a modernidade imposta pelas maravilhas futuristas: dirigíveis com telões conclamando a população a abandonar a Terra e tentar a vida em colônias em outros planetas, automóveis que voam, videofones e engenhocas sofisticadas como o scanner em 3D e o infalível aparelho de detecção Voight-Kampf.
"LÁGRIMAS NA CHUVA"
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Repleto de implicações filosóficas e dando margens a diversas interpretações individuais (a mais polêmica é se Deckard seria ou não um replicante, sugerido pela simbólica imagem do unicórnio inserida na versão do diretor, de 1992), o filme não teria se tornado o cult que é hoje se não fossem os talentos envolvidos na sua concepção. A começar pela perseverança do produtor Michael Deeley que percebeu as potencialidades contidas na história, os roteiristas Hampton Fancher (responsável pelo primeiro script) e David Peoples (que deu forma definitiva e criou o termo "replicante") e o visionário diretor de "Alien - O Oitavo Passageiro", Ridley Scott, que utilizou toda a sua experiência como publicitário na composição do visual deslumbrante do filme. Juntam-se a eles o designer futurista Syd Mead ("Tron - Uma Odisseia Eletrônica"), o competente diretor de fotografia Jordan Cronenweth (falecido em 1996), o mestre em efeitos visuais Douglas Trumbull (responsável pelos revolucionários truques de "2001 - Uma Odisseia no Espaço") e o músico Vangelis, autor de uma trilha sonora que se tornou antológica, ao mesmo tempo intimista e dinâmica, conservadora e moderna. "Blade Runner - O Caçador de Androides" é uma experiência única no cinema.
RIDLEY SCOTT FILMOGRAFIA:
Ridley Scott é natural de South Shields, Durham, Inglaterra. Nascem em 30 de novembro de 1937. Em meados de 1960 Ridley Scott trabalhou para a BBC como designer de cenário, uma experiência que influenciou em muito seu trabalho subsequente como diretor. Scott logo passou a diretor de TV, trabalhando em episódios de séries como "Z Cars" e "The Informer". Em 1967, ele deixou a BBC e passou a maior parte de seus dez anos seguintes fazendo centenas de comerciais de TV através de sua produtora de comercias, RSA (Ridley Scott Associates). Scot levou um total de 5 anos desde a concepção até o financiamento e a produção de seu primeiro filme, "Os Duelistas (1977)". O trabalho seguinte de Scott foi o thriller de ficção científica "Alien, O Oitavo Passageiro" (1979), um grande sucesso de bilheteria. Scott posteriormente obteve grande sucesso crítico e comercial com "Thelma & Louise", mas a consagração viria apenas em 2000, com "Gladiador".
Postado no Cult Movies Multiply em 16/Dez/2004, 11:55 AM
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btsminhavida · 11 months ago
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BTS Monuments: Beyond The Star ⭐
1. O Início
Esse primeiro capítulo foi como um respiro para mim. Eu me senti tão bem vendo ele. Talvez por esse documentário contar literalmente a história deles desde o começo, eu tenho a sensação de estar lá, sou fã deles a 4 anos e vê em um documentário deles tudo que eles passaram, mas dessa vez com eles mesmos dizendo com as próprias palavras, em uma ordem cronológica que explica os fatos e acontecimentos, é gratificante. Não é um documentário sobre uma pequena parte, um show, uma era, é sobre a trajetória deles, qualquer army tem que assistir, é especial demais para só algumas pessoas verem. Nós temos momentos tão especiais, que mostram a fragilidade do começo, as inseguranças que eles tinham e todo o sufoco que 7 garotos tão novos passavam, é inexplicável o tanto que esse documentário é importante pra eles e pra gente. Além do fato de ele ter vindo no melhor momento, enquanto todos estão no exército, eu sinto muitas coisas vendo esse primeiro episódio, e uma delas é um sentimento de que "valeu a pena".
Tudo que eles passaram valeu a pena. Olhar 7 meninos, tão jovens, tendo que passar por problemas, questões e responsabilidades que ninguém dessa idade deveria passar só me faz ter mais orgulho deles, orgulho do quanto eles foram fortes e maduros para lidar com todos os bombardeios de informações daquela época. Eu amo eles, sério.
2. A Adolescência
Esse episódio fez eu refletir sobre a fama precoce. Mostra a confusão que eles ficaram, o medo, a ansiedade, a novidade, o quão tudo aquilo era muito novo para eles, eles eram apenas jovens que de repente estavam de cara com muitos números, muitas pessoas o vangloriando, muita pressão. Eu acredito que isso foi um grande divisor de águas na vida dos meninos, por mais que pareça bizarro, 2018 só tinha 5 anos de grupo, eles são tão inacreditáveis que conseguiram bombar relativamente "rápido" vindo de uma empresa tão pequena, tudo o que eu sinto por eles é muito orgulho, muito mesmo. Com certeza os 7 foram predestinados para estarem juntos. Vemos a confusão deles e o medo, o quão quase eles desistiram e que bom que não, porque aqueles garotos tão ingênuos sobre esse mundo, não imaginavam o que ainda viria pra eles. É tantos sentimentos, tanto amor que eu sinto por eles.
Bangtan eu te amo.
3. Em Busca da Felicidade
Pra mim esse capítulo foi mais como uma virada de chave. O ápice da carreira deles, onde eles perceberam que eles eram muito mais além que a "bolha" da Coreia do Sul, é incrível perceber isso, em como eles eram tão empolgados nessa época, o começo de tudo afinal. Também começou as crises existenciais e mais responsabilidades, acredito que foi por essa época que eles deixaram de ser jovens para realmente se tornarem adultos, foi o ponto crucial da jogada. A irmandade deles é outra coisa que me deixa muito boba, o quanto eles sempre colocam o bem estar um do outro à frente, eles disseram que eles sempre viajam juntos quando vêem que estão mais cansados e que isso é como uma regeneração.
Eu gostei muito disso, enfim, achei esse capítulo lindo.
4. Desconectado
Eles são gigantes. 2020 foi um ano de aceitação, o ano da depressão, o ano do COVID-19 e acredito que também, o ano que eles descobriram quem eles realmente são e o propósito deles por aqui. Foi mais um ponto de virada pro BTS. Foi quando eles perceberam que não estavam para brincadeira, que tudo que eles lutaram realmente se tornou gigante.
5. BEM-VINDOS!
É um episódio de retorno, quando as coisas começaram a voltar ao normal. Tem o primeiro show depois da pandemia, mostra o quanto eles estavam gratos por esse momento, eu sinceramente achei incrível, nesse capítulo eles falam sobre estarem entrando em um capítulo novo. Na realidade eles chegaram em um patamar além de tudo visto, ganharam o prêmio de artista do Ano no AMAS, conseguindo abrir mais portas e consolidar de vez o kpop de forma global.
6. Começar de Novo
Aqui eles entram em um processo de autoconhecimento, de compreensão sobre quem eles são de verdade. O que é o BTS individualmente? Quem eles são sem a 'equipe' BTS? São as perguntas que eles fazem para si mesmos.
O que eles podem fazer nos próximos anos de grupo, se nem ao menos sabem o que eles mesmos querem fazer? É um conglomerado de coisas, eles próprios dizem que nunca pensaram neles de forma só, sempre colocando o grupo a frente.
2022 foi o momento de eles pensarem nos interesses individuais para que eles, quando voltarem à formação em grupo, consigam formular realmente o que querem criar.
7. Roxo para Sempre
Nesse capítulo eles se abriram tanto. Mostraram seus traços, suas dores, aquilo que os deixava confortável e aquilo que não os deixava. Trouxeram uma perspectiva sobre a vida que eu gostei demasiadamente, consigo traduzir por: Não tenha tantas preocupações sobre quem você é, ou se não está agindo da forma que "querem" que você aja, apenas seja você, por mais que tenha mudado e hoje não seja mais a mesma pessoa que antes era, está tudo bem, apenas seja você, seu real eu. Eles mostraram a importância de se permitir a mudanças, às vezes ela é necessária e também tá tudo bem não agir da mesma forma que no início. Aprenda a compreender que a solitude é tão importante quanto a convivência e sociabilidade, o ato de você estar feliz consigo mesmo, seja fazendo um jantar só, vendo um filme só, indo a um cinema só, mostra que você está de bem consigo próprio, está se amando, amando está com sua companhia. Eles perceberam que é importante ter uma casa pra cada um, que cada um ter o seu espaço e um momento sozinho de si para si é deveras importante. Aprenda uma das maiores dádivas da vida: Ame a si mesmo como você ama os outros.
8. Uma Promessa para o Amanhã
Não é o fim. Senti desespero, dor e muita tristeza vendo esse capítulo, mas eles constantemente estão nos falando, sempre, que não é o fim, que eles vão retornar. Então acreditemos nas palavras deles. Bangtan sempre será uma família, sejam eles juntos, sejam separados, eles sempre vão ser a nossa família, nossos artistas talentosos, engraçados, malucos, idiotas, lindos e extremamente incríveis. Eles ainda estão aqui. A espera vai ser longa, confesso, vai demorar, não posso mentir a realidade, mas quando retornarem, vai ser uma nova imagem, um novo capítulo, novos caminhos, novas personas e com toda a certeza, novas conquistas.
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bashirbarnes · 5 years ago
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Há vida fora da Terra
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Colagem criada para a disciplina de Oficina de Publicações Digitais da Universidade Federal Fluminense, com imagens retiradas da internet. Na foto, o americano Alexander Rossi descobre um novo universo fora da Fórmula 1. Takuma Sato, Alexander Rossi, Jean-Eric Vergne, Sebastién Buemi. O que esses quatro pilotos possuem em comum? São astronautas.
Permitam-me desdobrar a metáfora; os quatro são alguns dos muitos pilotos que, quando pensavam ter atingido o topo do mundo, ao chegarem na Fórmula 1, categoria de maior renome no automobilismo, deixaram a atmosfera e conheceram um universo infinito de possibilidades e caminhos para desbravar. A frase “há vida fora da Fórmula 1” é semelhante à afirmação (ou questionamento) de que “há vida fora da Terra” não apenas na construção gramatical, mas também nos seus significados. Quando se fala à respeito da astronomia e do estudo da vida interplanetária, há quem acredite que o planeta Terra seja o ápice da existência humana, enquanto existe quem defenda o contrário, de que há muito o que se explorar “lá fora”. 
Trata-se de uma visão da vida que não se limita ao que é construído socialmente como o melhor ou o limite do sucesso e do conhecimento. Astronautas são essas pessoas que escolhem ter como profissão a exploração do universo além do que foi colocado como o fim da linha para a humanidade, mas antes deles, vieram os estudiosos, os astrônomos de séculos em que, literalmente, era crime ter senso crítico. É difícil mensurar o avanço que a ideia de que há mais além da atmosfera terrestre já trouxe para a humanidade. Sair da caixinha faz crescer e traz para todos que tomam a decisão de se arriscar oportunidades incríveis. Trazendo a metáfora para o esporte à motor, o piloto (e o fã, por que não?) que vê além do eurocentrismo “concretado” pelo poder e pela influência da Fórmula 1 no mundo descobre, literalmente, uma galáxia; são planetas, constelações e aglomerados de corpos celestes que formam caminhos que podem levá-los, literalmente, às estrelas. É lindo, e libertador - como o ato de abrir os olhos sempre é. IndyCar, Fórmula E e a World Endurance Series (WEC) são algumas das várias categorias que têm recebido ex-F1s ao longo dos últimos anos. A IndyCar, em especial, é a detentora da maior corrida do mundo, a centenária 500 Milhas de Indianápolis, ou carinhosamente “Indy500”. Essa corrida em especial foi o divisor de águas na vida de dois dos pilotos mencionados acima, o americano Alex Rossi, que corre hoje pela equipe Andretti, e o japonês Takuma Sato, atual piloto da Rahal Letterman Lenigan Racing (RLL). 
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Alex Rossi venceu a prova mais desafiadora do calendário da IndyCar em seu ano de estreia na categoria (Foto: IndyCar Series/Divulgação)
Alex venceu a Indy500 em 2016 e foi segundo colocado na prova na edição de 2019. Nos últimos três anos, tem disputado diretamente o título da IndyCar Series contra adversários como Josef Newgarden, campeão mais jovem da categoria desde a unificação e o experiente Scott Dixon, neozelandês pentacampeão da Indy. Alex é hoje um dos responsáveis por trazer mais emoção e competitividade para a categoria, pilotando com agressividade, inteligência e muita sagacidade. Quem o vê em alto nível hoje, possivelmente como um dos melhores pilotos em atividade no automobilismo mundial, não imagina que ele tenha passado despercebido pela Fórmula 1.O americano, que deixou o lar aos 18 anos para competir na Europa, foi vice-campeão da GP2 Series (atual Fórmula 2) em 2015. Desde 2012, era piloto de testes de equipes anãs como as falecidas Caterham e Marussia. Foi por esta última que fez sua estreia na Fórmula 1, porém, como Manor, em 2015, competindo por cinco corridas nas quais seu melhor resultado foi um 12º lugar em casa, no GP dos Estados Unidos, no circuito texano de Austin.
Na época, a habilidade de Alex foi questionada, assim como seu futuro. Deixou a maior categoria do mundo pela porta dos fundos e, de volta ao lar, encontrou abrigo na principal categoria de open wheel da América Latina, a IndyCar, pilotando pela Andretti, equipe do lendário Mario Andretti, campeão da F-1 e da Indy. A primeira temporada do piloto de 27 anos foi de adaptação, até ele ressurgir e se reencontrar como um piloto competitivo ao vencer a Indy500 na sua primeira vez na prova mais lendária da história do esporte à motor. De lá pra cá, o piloto só cresceu. Foi vice-campeão da temporada de 2017 e agora é terceiro colocado na briga pelo título em 2019, que ainda conta com duas provas para decidir quem vai ficar com a Astor Cup, a taça da IndyCar.
Takuma Sato é hoje o maior piloto oriental da história do automobilismo. No currículo, tem uma pesada Indy500, que venceu em uma prova fantástica em 2017, além de algumas vitórias na categoria em que corre desde 2010, dois anos antes de brigar por uma vaga na Scuderia Toro Rosso, na Fórmula 1, categoria em que permaneceu entre 2002 e 2008. Coadjuvante nos anos em que a categoria fora dominada por Michael Schumacher e posteriormente por Fernando Alonso, Kimi Raikkonen e Lewis Hamilton, o piloto de hoje 42 anos era considerado mais um dos tantos “japoneses malucos” que passaram pela Fórmula 1, apelidados de nomes como “kamikazes”, pelas manobras consideradas inconsequentes e arriscadíssimas. Perdendo a vaga na Toro Rosso para Sebastién Buemi (outro piloto a conseguir construir um belo currículo fora da F-1, por sinal), Sato veio de mala e cuia para a América, onde se tornou, em 2013, o primeiro piloto japonês a vencer uma prova da IndyCar, na corrida de Long Beach, uma das melhores do calendário da categoria. Sato também teve um desempenho discreto na IndyCar, até 2017, ano em que levou a prova mais disputada do automobilismo mundial, a Indy500, correndo pela Andretti. Uma temporada consistente lhe deu seu melhor resultado até o momento na categoria, terminando o ano em oitavo lugar na tabela.
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Takuma Sato foi o primeiro piloto japonês a vencer na IndyCar (Foto: AP Photo/Darron Cummings)
Para quem acompanhou a prova, é difícil não se lembrar - e não se sentir feliz - com o riso de felicidade expressado pelo piloto após a vitória. Sato sabia que estava fazendo história. Após a corrida, retornou para o Japão por alguns dias para cumprir a agenda de campeão da Indy500 como se tivesse conquistado uma temporada inteira - da Fórmula 1, talvez? O contagiante brilho nos olhos do japonês se repetiu novamente no último sábado (24), quando Sato venceu a insana corrida no circuito oval de Gateway com uma estratégia que superou os planos e o arrojo de outros pilotos que também brigaram pela vitória, como Josef Newgarden. A corrida se tornou ainda mais especial para Takuma já que, na prova anterior, no Tricky Triangle de Pocono, ele havia sido acusado de provocar um big one que pôs fim à prova de cinco pilotos e, por pouco, não levou um deles, o sueco Felix Rosenqvist, ao hospital. Redenção dupla - por Pocono, e pela decisão de abrir as possibilidades após a Fórmula 1 e ver o que mais o mundo do automobilismo podia lhe reservar.
Foram as mesmas decisões tomadas por Jean-Eric Vergne e Sebastién Buemi, ex-pilotos da Toro Rosso na Fórmula 1; o suíço Buemi entre 2009 e 2011, e o francês Vergne, entre 2012 e 2014. Por se tratar de uma equipe “satélite”, o time B da escuderia principal Toro Rosso, havia pouco que os dois, criados pela Academia de Desenvolvimento da Red Bull, poderiam fazer com o carro que tinham. Acabaram eclipsados pelo que alguns chamam de “moedor de pilotos” da RBR. Seria uma razão para acreditar que eles haviam perdido a chance de suas vidas de alcançarem o ápice da competitividade em suas carreiras.
Até a Fórmula E aparecer.
A categoria, gerida pela Federação Internacional do Automobilismo (FIA), surgiu como uma forma de promover sustentabilidade e inovação tecnológica para o meio automotivo através dos motores elétricos. É peculiar e atraente, e sobretudo, recente; nasceu no fim de 2014 em uma temporada com duração atípica em comparação às outras categorias de automobilismo, que seguem o padrão do início ao fim do ano. Buemi e Vergne fizeram suas estreias na F-E na temporada inicial da categoria, em 2014-15; o suíço começou com um abandono no ePrix de Beijing, na China, mas foi só um “esquenta” para que a competição realmente começasse para ele. 
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Sebastien Buemi é um dos principais pilotos da F-E na atualidade (Foto: Reprodução/Internet)
Em sua segunda corrida, na Malásia, conquistou um terceiro lugar, primeiro degrau de uma campanha que faria dele o vice-campeão da categoria em sua primeira temporada. Em 2015-16, Buemi se redimiu e conquistou uma vitória no mesmo circuito em que não havia completado a prova de estreia da categoria. Novamente, o primeiro passo em uma sucessão de boas corridas que o levariam a ser o campeão da temporada, pela equipe Renault e.dams. Porém, a F-E, categoria da qual é atual vice-campeão pela Nissan e.dams, foi apenas mais um de tantos outros capítulos incríveis da carreira do suíço. 
Ele é bicampeão da World Endurance Series, tendo vencido em 2014 e em 2018-19, além de ter vencido por duas vezes as 24h de Le Mans, principal prova da categoria e um dos pés da Tríplice Coroa do Automobilismo, composta pelo GP de Mônaco de Fórmula 1 e pela Indy500.
O francês Jean Eric-Vergne é quem sustenta o título de atual campeão mundial da F-E, o segundo em sua carreira. Porém, ao contrário de Sebastién Buemi, que começou com o pé direito, o piloto teve que trabalhar por mais tempo antes de receber os louros na categoria. Sua estreia foi na terceira corrida da temporada de 2014-15, em Punta del Este, no Uruguai, correndo pela Andretti Autosport. Três provas depois, em Long Beach, nos EUA, foi ao pódio pela primeira vez ao conquistar um segundo lugar. Três anos depois em 2017-18, aos 28 anos, somando quatro vitórias e mais dois pódios como melhores colocações, Vergne venceu pela primeira vez o campeonato da F-E, atingindo o ápice da competitividade em toda a sua carreira. 
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Jean-Eric Vergne precisou de tempo para crescer na F-E, mas espera foi recompensada (Foto: Jérôme Cambier/Michelin)
E Vergne repetiu o feito em 2018-19, a temporada mais longa da categoria, ano que começou como o piloto a ser batido ao estrear com um pódio, no ePrix da Arábia Saudita. E de fato, ele não foi, embora a competição durante a temporada tenha se mantido em alta na categoria.
Seriam necessárias muitas páginas do Google Docs ou do Word para listar todos os pilotos que encontraram uma galáxia inteira para explorar quando se abriram para novos horizontes fora da Fórmula 1. Também levaria tempo listar os pilotos que, por apego à categoria europeia, deixaram de viver momentos incríveis e de construir carreiras brilhantes no esporte à motor (uma menção não-honrosa para a piloto suíça Simona de Silvestro, que deixou de lado a certeza de um futuro na IndyCar para ser piloto de desenvolvimento da Sauber, na Fórmula 1, e acabou desaparecendo dos holofotes do automobilismo mundial, sem oportunidades). O que importa é reforçar que, sim, há vida fora da F-1, e uma vida que pode ser bela. Um despertar que pode ter a sensação parecida com a de abrir os olhos, no espaço, e se deparar com um pedacinho do universo pouquíssimo explorado pelos homens. 
De forma alguma trata-se de desmerecer ou criticar a Fórmula 1, que não deixa de ser a principal categoria do esporte à motor, porém, de mostrar que ter as portas fechadas nela não significam o fim do mundo, mas o começo de um novo. 
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papodemotor · 5 years ago
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Há vida fora da Terra
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Colagem criada para a disciplina de Oficina de Publicações Digitais da Universidade Federal Fluminense, com imagens retiradas da internet. Na foto, o americano Alexander Rossi descobre um novo universo fora da Fórmula 1. Takuma Sato, Alexander Rossi, Jean-Eric Vergne, Sebastién Buemi. O que esses quatro pilotos possuem em comum? São astronautas.
Permitam-me desdobrar a metáfora; os quatro são alguns dos muitos pilotos que, quando pensavam ter atingido o topo do mundo, ao chegarem na Fórmula 1, categoria de maior renome no automobilismo, deixaram a atmosfera e conheceram um universo infinito de possibilidades e caminhos para desbravar. A frase “há vida fora da Fórmula 1” é semelhante à afirmação (ou questionamento) de que “há vida fora da Terra” não apenas na construção gramatical, mas também nos seus significados. Quando se fala à respeito da astronomia e do estudo da vida interplanetária, há quem acredite que o planeta Terra seja o ápice da existência humana, enquanto existe quem defenda o contrário, de que há muito o que se explorar “lá fora”.
Trata-se de uma visão da vida que não se limita ao que é construído socialmente como o melhor ou o limite do sucesso e do conhecimento. Astronautas são essas pessoas que escolhem ter como profissão a exploração do universo além do que foi colocado como o fim da linha para a humanidade, mas antes deles, vieram os estudiosos, os astrônomos de séculos em que, literalmente, era crime ter senso crítico. É difícil mensurar o avanço que a ideia de que há mais além da atmosfera terrestre já trouxe para a humanidade. Sair da caixinha faz crescer e traz para todos que tomam a decisão de se arriscar oportunidades incríveis. Trazendo a metáfora para o esporte à motor, o piloto (e o fã, por que não?) que vê além do eurocentrismo “concretado” pelo poder e pela influência da Fórmula 1 no mundo descobre, literalmente, uma galáxia; são planetas, constelações e aglomerados de corpos celestes que formam caminhos que podem levá-los, literalmente, às estrelas. É lindo, e libertador - como o ato de abrir os olhos sempre é. IndyCar, Fórmula E e a World Endurance Series (WEC) são algumas das várias categorias que têm recebido ex-F1s ao longo dos últimos anos. A IndyCar, em especial, é a detentora da maior corrida do mundo, a centenária 500 Milhas de Indianápolis, ou carinhosamente “Indy500”. Essa corrida em especial foi o divisor de águas na vida de dois dos pilotos mencionados acima, o americano Alex Rossi, que corre hoje pela equipe Andretti, e o japonês Takuma Sato, atual piloto da Rahal Letterman Lenigan Racing (RLL).
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Alex Rossi venceu a prova mais desafiadora do calendário da IndyCar em seu ano de estreia na categoria (Foto: IndyCar Series/Divulgação)
Alex venceu a Indy500 em 2016 e foi segundo colocado na prova na edição de 2019. Nos últimos três anos, tem disputado diretamente o título da IndyCar Series contra adversários como Josef Newgarden, campeão mais jovem da categoria desde a unificação e o experiente Scott Dixon, neozelandês pentacampeão da Indy. Alex é hoje um dos responsáveis por trazer mais emoção e competitividade para a categoria, pilotando com agressividade, inteligência e muita sagacidade. Quem o vê em alto nível hoje, possivelmente como um dos melhores pilotos em atividade no automobilismo mundial, não imagina que ele tenha passado despercebido pela Fórmula 1.O americano, que deixou o lar aos 18 anos para competir na Europa, foi vice-campeão da GP2 Series (atual Fórmula 2) em 2015. Desde 2012, era piloto de testes de equipes anãs como as falecidas Caterham e Marussia. Foi por esta última que fez sua estreia na Fórmula 1, porém, como Manor, em 2015, competindo por cinco corridas nas quais seu melhor resultado foi um 12º lugar em casa, no GP dos Estados Unidos, no circuito texano de Austin.
Na época, a habilidade de Alex foi questionada, assim como seu futuro. Deixou a maior categoria do mundo pela porta dos fundos e, de volta ao lar, encontrou abrigo na principal categoria de open wheel da América Latina, a IndyCar, pilotando pela Andretti, equipe do lendário Mario Andretti, campeão da F-1 e da Indy. A primeira temporada do piloto de 27 anos foi de adaptação, até ele ressurgir e se reencontrar como um piloto competitivo ao vencer a Indy500 na sua primeira vez na prova mais lendária da história do esporte à motor. De lá pra cá, o piloto só cresceu. Foi vice-campeão da temporada de 2017 e agora é terceiro colocado na briga pelo título em 2019, que ainda conta com duas provas para decidir quem vai ficar com a Astor Cup, a taça da IndyCar.
Takuma Sato é hoje o maior piloto oriental da história do automobilismo. No currículo, tem uma pesada Indy500, que venceu em uma prova fantástica em 2017, além de algumas vitórias na categoria em que corre desde 2010, dois anos antes de brigar por uma vaga na Scuderia Toro Rosso, na Fórmula 1, categoria em que permaneceu entre 2002 e 2008. Coadjuvante nos anos em que a categoria fora dominada por Michael Schumacher e posteriormente por Fernando Alonso, Kimi Raikkonen e Lewis Hamilton, o piloto de hoje 42 anos era considerado mais um dos tantos “japoneses malucos” que passaram pela Fórmula 1, apelidados de nomes como “kamikazes”, pelas manobras consideradas inconsequentes e arriscadíssimas. Perdendo a vaga na Toro Rosso para Sebastién Buemi (outro piloto a conseguir construir um belo currículo fora da F-1, por sinal), Sato veio de mala e cuia para a América, onde se tornou, em 2013, o primeiro piloto japonês a vencer uma prova da IndyCar, na corrida de Long Beach, uma das melhores do calendário da categoria. Sato também teve um desempenho discreto na IndyCar, até 2017, ano em que levou a prova mais disputada do automobilismo mundial, a Indy500, correndo pela Andretti. Uma temporada consistente lhe deu seu melhor resultado até o momento na categoria, terminando o ano em oitavo lugar na tabela.
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Takuma Sato foi o primeiro piloto japonês a vencer na IndyCar (Foto: AP Photo/Darron Cummings)
Para quem acompanhou a prova, é difícil não se lembrar - e não se sentir feliz - com o riso de felicidade expressado pelo piloto após a vitória. Sato sabia que estava fazendo história. Após a corrida, retornou para o Japão por alguns dias para cumprir a agenda de campeão da Indy500 como se tivesse conquistado uma temporada inteira - da Fórmula 1, talvez? O contagiante brilho nos olhos do japonês se repetiu novamente no último sábado (24), quando Sato venceu a insana corrida no circuito oval de Gateway com uma estratégia que superou os planos e o arrojo de outros pilotos que também brigaram pela vitória, como Josef Newgarden. A corrida se tornou ainda mais especial para Takuma já que, na prova anterior, no Tricky Triangle de Pocono, ele havia sido acusado de provocar um big one que pôs fim à prova de cinco pilotos e, por pouco, não levou um deles, o sueco Felix Rosenqvist, ao hospital. Redenção dupla - por Pocono, e pela decisão de abrir as possibilidades após a Fórmula 1 e ver o que mais o mundo do automobilismo podia lhe reservar.
Foram as mesmas decisões tomadas por Jean-Eric Vergne e Sebastién Buemi, ex-pilotos da Toro Rosso na Fórmula 1; o suíço Buemi entre 2009 e 2011, e o francês Vergne, entre 2012 e 2014. Por se tratar de uma equipe “satélite”, o time B da escuderia principal Toro Rosso, havia pouco que os dois, criados pela Academia de Desenvolvimento da Red Bull, poderiam fazer com o carro que tinham. Acabaram eclipsados pelo que alguns chamam de “moedor de pilotos” da RBR. Seria uma razão para acreditar que eles haviam perdido a chance de suas vidas de alcançarem o ápice da competitividade em suas carreiras.
Até a Fórmula E aparecer.
A categoria, gerida pela Federação Internacional do Automobilismo (FIA), surgiu como uma forma de promover sustentabilidade e inovação tecnológica para o meio automotivo através dos motores elétricos. É peculiar e atraente, e sobretudo, recente; nasceu no fim de 2014 em uma temporada com duração atípica em comparação às outras categorias de automobilismo, que seguem o padrão do início ao fim do ano. Buemi e Vergne fizeram suas estreias na F-E na temporada inicial da categoria, em 2014-15; o suíço começou com um abandono no ePrix de Beijing, na China, mas foi só um “esquenta” para que a competição realmente começasse para ele.
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Sebastien Buemi é um dos principais pilotos da F-E na atualidade (Foto: Reprodução/Internet)
Em sua segunda corrida, na Malásia, conquistou um terceiro lugar, primeiro degrau de uma campanha que faria dele o vice-campeão da categoria em sua primeira temporada. Em 2015-16, Buemi se redimiu e conquistou uma vitória no mesmo circuito em que não havia completado a prova de estreia da categoria. Novamente, o primeiro passo em uma sucessão de boas corridas que o levariam a ser o campeão da temporada, pela equipe Renault e.dams. Porém, a F-E, categoria da qual é atual vice-campeão pela Nissan e.dams, foi apenas mais um de tantos outros capítulos incríveis da carreira do suíço.
Ele é bicampeão da World Endurance Series, tendo vencido em 2014 e em 2018-19, além de ter vencido por duas vezes as 24h de Le Mans, principal prova da categoria e um dos pés da Tríplice Coroa do Automobilismo, composta pelo GP de Mônaco de Fórmula 1 e pela Indy500.
O francês Jean Eric-Vergne é quem sustenta o título de atual campeão mundial da F-E, o segundo em sua carreira. Porém, ao contrário de Sebastién Buemi, que começou com o pé direito, o piloto teve que trabalhar por mais tempo antes de receber os louros na categoria. Sua estreia foi na terceira corrida da temporada de 2014-15, em Punta del Este, no Uruguai, correndo pela Andretti Autosport. Três provas depois, em Long Beach, nos EUA, foi ao pódio pela primeira vez ao conquistar um segundo lugar. Três anos depois em 2017-18, aos 28 anos, somando quatro vitórias e mais dois pódios como melhores colocações, Vergne venceu pela primeira vez o campeonato da F-E, atingindo o ápice da competitividade em toda a sua carreira.
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Jean-Eric Vergne precisou de tempo para crescer na F-E, mas espera foi recompensada (Foto: Jérôme Cambier/Michelin)
E Vergne repetiu o feito em 2018-19, a temporada mais longa da categoria, ano que começou como o piloto a ser batido ao estrear com um pódio, no ePrix da Arábia Saudita. E de fato, ele não foi, embora a competição durante a temporada tenha se mantido em alta na categoria.
Seriam necessárias muitas páginas do Google Docs ou do Word para listar todos os pilotos que encontraram uma galáxia inteira para explorar quando se abriram para novos horizontes fora da Fórmula 1. Também levaria tempo listar os pilotos que, por apego à categoria europeia, deixaram de viver momentos incríveis e de construir carreiras brilhantes no esporte à motor (uma menção não-honrosa para a piloto suíça Simona de Silvestro, que deixou de lado a certeza de um futuro na IndyCar para ser piloto de desenvolvimento da Sauber, na Fórmula 1, e acabou desaparecendo dos holofotes do automobilismo mundial, sem oportunidades). O que importa é reforçar que, sim, há vida fora da F-1, e uma vida que pode ser bela. Um despertar que pode ter a sensação parecida com a de abrir os olhos, no espaço, e se deparar com um pedacinho do universo pouquíssimo explorado pelos homens.
De forma alguma trata-se de desmerecer ou criticar a Fórmula 1, que não deixa de ser a principal categoria do esporte à motor, porém, de mostrar que ter as portas fechadas nela não significam o fim do mundo, mas o começo de um novo.
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brocolisachocolate · 5 years ago
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#Agosto
Algumas coisas têm momentos específicos para entrar na nossa vida. Tipo conselho de mãe que você adolescente ignora até que você cresce um pouco e percebe a sabedoria do conselho que ela, por sorte, se manteve insistindo em repetí-lo. O livro que eu li por completo que posso considerar como leitura do mês de agosto foi algo parecido. 
Meu mês começou sob uma promessa extraordinária. Terminar as partes que faltaram dos livros do mês de julho e mais um livro novo. Não deu. Agosto foi o mês da recaída. Não tive concentração para ler nada, minha rotina ficou bagunçada e levou junto meu humor. No ápice da crise, já do meio para o fim do mês, cheguei em casa sem vontade de fazer absolutamente nada, com o pensamento silencioso e uma crise de choro sem fim. Liguei o netflix para ver se conseguia ocupar a mente com alguma coisa qualquer e torcer para sentir as lágrimas irem embora, quando um pensamento fixo surgiu. Ler “Comer, Rezar, Amar”.
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Esse livro foi best-seller de 2002, virou queridinho das listas de “leitura obrigatória antes de morrer”, virou filme em 2010 (que eu não tinha visto), foi recomendação de um amigo que, ao falar sobre “Deus" e espiritualidade, revirei os olhos e disse que não iria ler nunca - coisa de ateu, acho que agora estou mais agnóstica. Estamos em 2019 e o tal livro continua sendo recomendado. Não que algum desses argumentos tivessem sido divisores de água para começar a leitura. Acho que o vazio do pensamento deu espaço para essa ideia surgir. Peguei o celular, busquei pela amostra no kindle e comecei a ler. 
Em poucos minutos já tinha acabado a amostra e deixado para baixar o livro completo. Nunca me identifiquei tanto com uma história quanto o que lia naquelas páginas. O livro é uma conversa, como se a própria Elizabeth Gilbert estivesse do seu lado num café contando a vida dela. Coisa que deixou a leitura ainda mais leve e divertida. Lis estava em depressão, sob medicação, num casamento falido vivendo uma vida que pouco se parecia com o que ela alguma vez sonhara para si. Passava noites no banheiro chorando. Numa dessas noites, tomou uma atitude que até se surpreendera: começou a rezar, para um deus desconhecido com o qual não mantinha contato (ou mesmo frequentava os rituais religiosos). 
Ela acaba pedindo o divórcio, o que ela imaginara que seria algo tranquilo, acaba se tornando um pesadelo que não termina, com o esposo se negando aceitar qualquer acordo. Então mergulha de cabeça em outro relacionamento que, passados os dias apaixonados do começo, se mostra ser mais uma versão infeliz do casamento. Mudaram as pessoas, mas o sentimento depressivo solitário e de insatisfação com a vida que leva permaneceram. 
Tempos antes, quando Lis era escritora para uma revista, ela viajara para Bali, onde se encontrou com um Xamã que lera sua mão. Na profecia, ela perderia todo seu dinheiro, conseguiria recuperá-lo de alguma forma, e iria reencontrar com o xamã no futuro quando passaria alguns meses com ele e o ensinaria inglês em troca dos conhecimentos “místicos” dele. Se, no começo, ela tinha dado pouca importância para essa previsão, algo dentro dela no momento de desespero a trouxe de volta. O que se tornou o enredo restante do livro. Ela perdeu muito para o marido no divórcio, conseguiu um adiantamento para o próximo livro que foi o suficiente para que pudesse viver as histórias que se seguem, na Itália, India e Indonésia. 
Sem mais spoilers, eu não poderia ter lido este livro em outro momento. Comecei este ano com ressaca de dois términos mal resolvidos do ano anterior que nem mesmo "tinham começado”. Ainda tenho o sentimento de estar vivendo uma vida que não é nem de perto algo que eu queria para mim. E, bom, o próprio contexto do começo da leitura deste livro se assemelhou muito ao momento que a Lis descreve no banheiro como o divisor de águas para o desenrolar da vida dela: uma crise de choro sem motivos aparentes e um conselho que surge do nada.
Terminei de lê-lo ontem e engatei no filme logo em seguida (mesmo já sendo setembro, considerarei leitura de agosto).
Uma breve análise do filme. Uma bosta! Adoro a Julia Roberts em outros filmes. Neste, não consegui sentir nada por ela, nem pelo que acontece. Vinculo zero com a personagem dela e com os muitos outros aparecem sem contextualização como se tivessem surgido do além. Sem falar que o personagem brasileiro, interpretado por um espanhol com sotaque carregado me deu um pouco de vergonha alheia. Por fim, se no livro é possível perceber uma mudança completa da Lis, de sair de um fundo de poço emocional para ser uma mulher madura, decidida, dona de si e sua própria protetora, no filme, parece que nada do que ela viveu surtiu efeito na personalidade dela, terminando com um drama inexistente do livro que a pessoa que ela se tornou nunca teria feito.  - Conselho não veja o filme! Ou pelo menos não depois de ler o livro. 
Lendo as críticas ao filme, vi muitas pessoas dizendo que era muito sobre “white people’s problem”, e possa até ser. Minha opinião vai mais pelo lado do momento adequado para se envolver com a história da Liz. Da mesma forma que, na apresentação da Oprah Winfrey ao livro “Porque os pássaros cantam na gaiola”, houve uma identificação dela com a autora, a história da Liz pede reconhecimento, empatia e reflexão, nunca uma comparação com “problemas piores”. O livro conta a história dela, mas diz muito mais sobre auto conhecimento, respeito aos próprios desejos e sonhos. Liz sempre quis ser viajante e não desejava ter filhos, estar inserida no contexto fixo em uma cidade e fazendo planos para ter filhos não era algo para ela. As viagens funcionaram para ela. Se seu contexto pede estabilidade, casa e filhos, estar vivendo qualquer vida diferente disso te trará infelicidade, logo você deveria respeitar seus desejos e buscar meios de conseguí-los. Se sempre quis viajar, talvez se lamentar por não ter dinheiro para ir a Paris não seja o melhor caminho, mas, sim, sair da própria cidade um final de semana, planejar uma viagem mais longa para as férias e juntar o dinheiro para ir a Paris em 2 anos. 
Toda a transformação vivida pela Lis pode ser traduzida com duas metáforas citadas por ela. A primeira sobre uma piada italiana de um senhor que todos os dias reza na igreja pedindo para que ganhe a loteria. A imagem a qual o senhor reza então ganha vida e lhe pede que pelo menos compre um bilhete. A segunda é sobre uma filosofia iogue que diz existir duas forças atuando no crescimento de uma planta. A semente em si que todos veem e, uma força mais sutil e não percebida pela maioria das pessoas que é a própria árvore imponente futura que se puxa para fora da semente. Existe um futuro promissor e harmonioso para todas as pessoas, mas elas devem se mover para tal e servir, elas mesmas, como a própria motivação. 
Uma vez, em uma conversa despretenciosa com um amigo, ele me disse algo que me marcou muito: “não é possível mudar quem não quer ser mudado, porque a mudança vem do desejo de cada um de querer ser/viver algo diferente”.
Comer, rezar e amar é sobre isso. Poucas vezes me vi dando risadas para um livro, acho que é o caráter de conversa que ele tem. E pela primeira vez pude dizer com total convicção que um livro é melhor que o filme (nunca acreditei muito nisso porque na maioria das vezes eu via os filmes antes de ler os livros e em casos de ficção os efeitos especiais tem sido muito bem feitos). Sou agora defensora da leitura deste livro antes de morrer, porém recomendaria para pessoas que estão sem muitas esperanças com a vida. Quem já está bem estabelecido, que leia com muita empatia 💛
Bom setembro amarelo para vocês. 
PS: Foi ainda melhor ler um livro escrito por uma mulher, depois de tanto tempo de maioria masculina 😅
- Bom humor restabelecido 🙌🏼
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frozencrystalwhispers · 3 years ago
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Páginas Soltas | Pt. 2
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“Ela é assustadora! Esquisita. As pessoas comentam, riem dela na rua e riem de mim também!”, Evar dizia. Ele tinha agora dezesseis anos e se preparava para partir para seu primeiro treinamento de campo no fim daquela semana. Eu, do alto de meus treze anos não possuía a habilidade de responder ao insulto.
“Basta! Esse é o exemplo que você quer passar para a sua irmã? É esse o seu comportamento de soldado? “
As pessoas riam, de fato. O segundo casamento de Ellair Margrave fora um evento divisor de águas na cidade. Ele era o pilar daquela pequena sociedade que se erguera por entre os lamentos de pescadores e criminosos. O fato de sua ex-esposa ter partido sem explicações ainda era um tabu entre a família, e seu segundo casamento não era visto com bons olhos. Ilana era muito respeitada na cidade, ao contrário de minha mãe. Ela não tinha a autoridade para comandar pescadores e nem a paciência para discutir os triviais problemas portuários do local.
Nunca fui popular, nem entre a alta classe, nem entre a população geral. Humanos se recusavam a falar comigo porque não queriam ter de lidar com meus caprichos élficos e elfos não queriam se apegar às criaturas que viviam tão pouco. A existência era solitária em uma cidade onde os residentes eram escassos e as demais pessoas passavam tão rápido como a chuva no inverno.
A casa Lisamdoral não era popular, pelo contrário, era quase extinta. Os olhos de quartzo não eram convidativos e, por mais que tentasse, eu não conseguia falar com aquelas pessoas. Tinha medo. Notando isso, minha mãe passou a me proteger do mundo lá fora como se guardasse um artefato perigoso.
Do alto da escada, uma voz áspera que há tempos eu não ouvia, ressoou pela sala do casarão; Evar revirou os olhos.
“Eu posso levá-la.”, Dearno interviu. Em seu rosto, um sorriso quase sádico. Ele sempre gostou de contrariar Evar. “Talvez eu tenha o tal comportamento de soldado que papai tanto espera…”
Ele nunca quis me levar até aquela loja estúpida, nem me ajudar a procurar por uma adaga estúpida, mas se aquilo tudo envolvesse provar para nosso pai que ele estava errado, ele faria qualquer coisa.
“E o que você entende sobre adagas?”, papai questionou, inquisidor.
“O suficiente para guiar minha querida irmã até uma boa escolha, oras.”
Não era afeto. Dearno nunca sentira afeto por mim. Mas não havia nada mais desconcertante para o Marechal Ellair Margrave do que levar sua preciosa garotinha para o lado da ovelha negra da família.
Eu me pergunto quantas vezes você fez isso comigo, Dearno.
Naquele dia não compramos adagas, mas sim livros. Havia escárnio em sua voz enquanto ele me descrevia sobre como a manipulação de magia era o ápice do poder mortal, como se falasse para si mesmo. Ali, sob sua sombra, eu aprendi a desejar por poder, ainda que, em sua sombra, tenha aprendido a parar.
O único momento em que via meu irmão mais velho demonstrar satisfação era quando imaginava as glórias de vencer uma batalha sem empunhar uma espada. Para ele, não havia fim para seus anseios. Por vezes, ele me causou medo.
Não sei se um dia almejei algo além do que o envolvia, porque ele teve certeza de que minha vida giraria em torno dele desde aquela tarde. Lentamente, me tornei sua sombra, aquela que era quase como ele, mas pior. Uma versão medíocre de alguém glorioso.
Ainda assim, ele nunca se deu por satisfeito. Como um monstro que desejava mais e mais, e, ao mesmo tempo, não se conformava com o fato de eu não ter o mesmo desejo. Com o tempo, sei que ele passou a sentir rancor.
Eu estava bem sendo sua sombra, ouvindo suas ideias e incentivando-o a atingir seus objetivos, não precisava pensar nos meus.
E no fim das contas, era isso. Ainda que com um tomo nas mãos e com todo o poder do mundo, todos ainda olhariam primeiro para Dearno, e aquilo nunca havia me incomodado.
Até agora.
Agora, repentinamente, ser um mero peão que levaria o Príncipe da Geada a Dearno soava desagradável, ainda que eu não soubesse o motivo. Ser, novamente, a única coisa entre ele e sua sede incessante por poder, repentinamente se tornara exaustivo.
Se eu tivesse minha própria sombra, as coisas teriam sido diferentes? Meu patrono teria respondido minhas preces?
Ele enxerga a Elunaera além da sombra de meu irmão?
Às vezes, queria que sim.
Eu não vendi meu irmão por poder, ele se vendeu. Eu fui apenas o peão que consumou a transação. E você aceitou, tolo, cego por atingir seu objetivo final. Aceitou o peão na esperança de conseguir o rei.
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ninaemsaopaulo · 7 years ago
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I, TONYA: Tonya Harding nasceu com dom para a patinação artística e cresceu em relacionamentos abusivos e quase devastadores. Da infância até a adolescência, viu sua mãe, LaVona Golden, investindo e incentivando sua carreira, na mesma proporção em que a agredia tanto física quanto psicologicamente. Não demorou muito para que Tonya trocasse os abusos da mãe pelos do primeiro marido, Jeff Gilloly, entrando em um círculo vicioso que contaminou sua carreira a partir de conquistas e perdas, idas e vindas, assim como a superação constante e uma inesperada trama policial envolvendo uma de suas rivais na profissão.
Mas I, Tonya, da mesma forma que é a cinebiografia de uma fênix, também funciona como denúncia e não perde o fio da comédia, debochada e certeira quando convém. No formato “documentário de locadora de vídeo”, se incluem também as vozes de um jornalista da época, uma treinadora e um “segurança” de Tonya, amigo de Jeff. Todos olhando para trás.
Comédia porque, ao apresentar a história não só da própria Tonya como de seus parceiros e antagonistas – mãe e primeiro marido –, zomba das ironias cruéis de sua vida. “Não foi minha culpa!” é a frase mais repetida durante o filme. A trilha sonora passeando pelo que foi pop dos anos 70 aos 90 contribui para amenizar o horror de determinadas cenas, a exemplo das que desencadeiam em denúncias: é triste saber (o que não é exatamente descobrir), que Tonya levou um tiro de Jeff, que ele força a entrada da ex em seu carro, que ambos sejam parados por um policial que vê sangue escorrendo na testa da mulher no banco de carona e... ele não faz nada. “Por isso nunca confiei em autoridades”, afirma a excelente Tonya de Margot Robbie, também produtora do filme. Não há riso inocente e nem cenas feitas unicamente com esse propósito. Se Tonya não se sente culpada por errar passos em sua dança e tampouco é culpada em todas as agressões que sofreu, o público, de alguma forma, cumpre esse papel de rir de um auto-deboche nada sutil. E ela é uma fênix sempre que se reergue: pôs um “basta” em sua relação com a mãe, mas demorou a fazê-lo quanto a Jeff – que a perseguiu, embora tenha negado a acusação das agressões. Quando conseguiu um marco que nenhuma outra mulher de seu país tinha feito, brilhou sabendo que ali estava apenas o começo. Da mesma forma, trabalhou duro depois de quase ter desistido para se transformar em garçonete. E quando a superação a alcançou novamente, recebeu mais estímulo para continuar.
Margot Robbie é uma atriz marcante por sua beleza e penso que I, Tonya funciona como um divisor de águas. Ela sempre foi competente, mas também hipersexualizada, o que se vê em seus trabalhos anteriores, como O Lobo de Wall Street e Esquadrão Suicida. I, Tonya mostra que Tonya Harding foi julgada em competições também por não se adequar ao padrão “moça de família” – e como poderia, se ela não veio de família estruturada e tampouco formou uma quando no ápice? Tonya costurava as próprias roupas, era pobre e tinha talento para uma área extremamente elitista. Ela confronta essa exigência, sabendo que era boa no que fazia. Mas a aparência, numa categoria feminina, fala mais alto. Mais uma denúncia. E esse não é um filme “pra mulherzinha”, vale frisar. É um filme de pessoas fortes para pessoas fortes. E Margot Robbie, sem maquiagem ou com excesso dela - conforme sua personagem surge, dentro e fora de competições -, é belíssima de qualquer jeito, uma beleza instigante, que vai além (algo que vejo constantemente na Keira Knightley).
Sebastian Stan e Paul Walter Hauser, respectivamente intérpretes do primeiro marido e guarda-costas de Tonya - Jeff e Shawn -, são a maior razão para a comédia do filme, predominando neles a idiotice, o “besteirol”. Pois arquitetam um plano ridículo que compromete a carreira de Tonya, ainda que ela não tenha sido envolvida diretamente. Allison Janney, como LaVona, a mãe, é um monstro criando outro – que mulher espetacular, absurda, você quer odiá-la pelo que ela fez, mas ainda sobra espaço para constatar que é uma personagem cativante, de algum modo. Não a toa, Allison foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e Robbie como Melhor Atriz. Ambas emocionam em um filme que vai do riso rasgado ao choro em poucos segundos.
Tonya experimentou as dores e alegrias da fama, o horror do ostracismo e da impossibilidade – sem desistir ou desacreditar em si mesma. Foi de “queridinha da América”, representante dos Jogos Olímpicos a “figura mais odiada” - denúncia também. Lembrando o clima de cinebiografias como The Runaways e The Last Of Robin Hood, é impressionante o trabalho que o diretor australiano Craig Gillespie conseguiu: é uma biografia jovem, pop, lavada, é comédia, também é sobre adolescência, sobre pobreza, relações tóxicas e sem perder uma estranha autoconfiança e vontade de seguir em frente, sem se ocupar de verdades absolutas, mas tendo cautela na liberdade de diferentes pontos de vista.
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desativadohdg · 5 years ago
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Bem-vinda, Taeyeon!
Nome do personagem: Kim Taeyeon
Faceclaim: Kim Taeyeon
Nascimento: 9 de março de 1991, Seul - Coreia do Sul
Sexo: Feminino
Ocupação: Artista musical no 1001
Moradia: Udokyeong
OOC: +18
[TW: Alcoolismo, menção a intenção de suicídio, assédio, menção a estupro, exploração de menores]
De uma árvore infrutífera nasceu Taeyeon, pertencente aos que contava centavos para a alimentação em um eixo deslocado onde mãe e padrasto preferiam comprar álcool à manter o que era escasso desta forma tornou-se responsável - quiçás numa hipérbole - antes mesmo de aprender a falar. Sua necessidade em manter a qualidade era o trânsito entre aquele âmbito problemático e a casa dos avós, onde viveu até os dezesseis anos idade em que talvez sua personalidade floresceu como uma maldição presente, e bênção futura se assim couber chamar.
Seul é conhecida pelos ostento, e a cultura da riqueza atrelada a cidade onde poucos não sabem o quão os sub-existentes pagam nos impostos para outros esbanjarem, era uma vida indigna que tornou-se quase ápice do abismo quando foi escalada por um olheiro a fazer um ensaio ou melhor, quando as condições em que vivia a obrigaram a posar sem roupas para uma revista cujos lucros jamais chegaram em sua mão, era menor de idade e ninguém a houvera ensinado como não ser passada para trás por homens oportunistas.
Sua imagem porém maculada pela revista trouxe muito mais problemas do que o previsto, achou que seus “pais” compreenderiam os motivos que a levaram a tomar aquela decisão mas nunca foi o caso, e insistentemente seu padrasto tornou-se morador da fresta que ficava entre a porta e o fecho do banheiro, com seus olhos famintos e negros completamente repulsivos cujo elencaria de certo seus pesadelos para todo o sempre.
Foi nessa época que a música tornou-se a droga necessária que a mantinha sobrevivente com o caderno de letras e o instrumento de corda comumente conhecido como “wonder woman” ou baixo. Uma noite de muita bebedeira em sua família uma discussão maculou e marcou o divisor de águas em um episódio onde o peso dos seus braços foram muito faltantes para retirar um homem adulto que atrapalhava seu sono, uma tragédia que fê-la apática a qualquer contato físico a partir dali, e quase levou-a para a cadeia não fosse pela mãe protetora do marido que impediu qualquer ação policial de acontecer naquele dia.
A reviravolta se deu no que Taeyeon fugiu de casa, sem olhar para trás, e assinou o papel de divórcio para com seus pais, aos dezesseis ainda resolveu que nem mesmo seus avós conseguiriam satisfazer sua carência de afeto, e partiu então tendo somente a si e a wonder woman como companhia, não muito depois instalou-se em Jeju onde findou o colegial com muitas mentiras sobre sua descendência, moradia ou família, nem mesmo o sobrenome da família lhe cabia quando não respondia aos professores lhe incomodando com o nome legal, era óbvio que para eles toda a verdade foi dita e acobertada pelos avós, mas para os colegas de classe ela seria sempre Taeyeon, a menina estranha que faz músicas que nunca estão prontas.
Tentou diversas vezes fazer audições e treinou em empresas para debutar como idol, entretanto um dia antes do seu debut Taeyeon teve um surto de ansiedade e decidiu que aquele não era seu futuro, as cobranças, os managers fiscalizando cada passo seu, definitivamente não era algo que a apetecia, deu sorte em algum momento no futuro quando encontrou suas colegas de banda, garotas despretensiosas em uma banda que tinha tudo para dar errado, desde os traumas até as personalidades formadas de formas tão distintas, mas parecia que o público era aficionado pelas artistas aloucadas que o destino resolveu unir.
Follow: @ktae_hdg
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itzetery · 5 years ago
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Nome do personagem: Kim Taeyeon.
Faceclaim:  Kim Taeyeon.
Nascimento: 9 de março de 1991, Guryong, Seoul.
Sexo: Feminino.
Ocupação: Artista musical no 1001.
Moradia: Udokyeong.
Twitter: @taeyeon_hdg
Senha: Caso tenha reservado o personagem.
Ooc: Eu sou a Tokyo.
Idade: +18.
Já tem personagens na comunidade? Quais? Tenho o Jungwoo.
Resumo: (Deixe aqui um resumo de no mínimo dois parágrafos sobre a história e principais características do seu personagem)
Trigger warning: Alcoolismo, menção a intenção de suicídio, assédio, menção a estupro, exploração de menores. 
De uma árvore infrutífera nasceu Taeyeon, pertencente aos que contava centavos para a alimentação em um eixo deslocado onde mãe e padrasto preferiam comprar álcool à manter o que era escasso desta forma tornou-se responsável - quiçás numa hipérbole - antes mesmo de aprender a falar. Sua necessidade em manter a qualidade era o trânsito entre aquele âmbito problemático e a casa dos avós, onde viveu até os dezesseis anos idade em que talvez sua personalidade floresceu como uma maldição presente, e bênção futura se assim couber chamar.
Seoul é conhecida pelos ostento, e a cultura da riqueza atrelada a cidade onde poucos não sabem o quão os sub-existentes pagam nos impostos para outros esbanjarem, era uma vida indigna que tornou-se quase ápice do abismo quando foi escalada por um olheiro a fazer um ensaio ou melhor, quando as condições em que vivia a obrigaram a posar sem roupas para uma revista cujos lucros jamais chegaram em sua mão, era menor de idade e ninguém a houvera ensinado como não ser passada para trás por homens oportunistas.
Sua imagem porém maculada pela revista trouxe muito mais problemas do que o previsto, achou que seus “pais” compreenderiam os motivos que a levaram a tomar aquela decisão mas nunca foi o caso, e insistentemente seu padrasto tornou-se morador da fresta que ficava entre a porta e o fecho do banheiro, com seus olhos famintos e negros completamente repulsivos cujo elencaria de certo seus pesadelos para todo o sempre.
Foi nessa época que a música tornou-se a droga necessária que a mantinha sobrevivente com o caderno de letras e o instrumento de corda comumente conhecido como “wonder woman” ou baixo. Uma noite de muita bebedeira em sua família uma discussão maculou e marcou o divisor de águas em um episódio onde o peso dos seus braços foram muito faltantes para retirar um homem adulto que atrapalhava seu sono, uma tragédia que fê-la apática a qualquer contato físico a partir dali, e quase levou-a para a cadeia não fosse pela mãe protetora do marido que impediu qualquer ação policial de acontecer naquele dia.
A reviravolta se deu no que Taeyeon fugiu de casa, sem olhar para trás, e assinou o papel de divórcio para com seus pais, aos dezesseis ainda resolveu que nem mesmo seus avós conseguiriam satisfazer sua carência de afeto, e partiu então tendo somente a si e a wonder woman como companhia, não muito depois instalou-se em Jeju onde findou o colegial com muitas mentiras sobre sua descendência, moradia ou família, nem mesmo o sobrenome da família lhe cabia quando não respondia aos professores lhe incomodando com o nome legal, era óbvio que para eles toda a verdade foi dita e acobertada pelos avós, mas para os colegas de classe ela seria sempre Taeyeon, a menina estranha que faz músicas que nunca estão prontas.
Tentou diversas vezes fazer audições e treinou em empresas para debutar como idol, entretanto um dia antes do seu debut Taeyeon teve um surto de ansiedade e decidiu que aquele não era seu futuro, as cobranças, os managers fiscalizando cada passo seu, definitivamente não era algo que a apetecia, deu sorte em algum momento no futuro quando encontrou suas colegas de banda, garotas despretensiosas em uma banda que tinha tudo para dar errado, desde os traumas até as personalidades formadas de formas tão distintas, mas parecia que o público era aficionado pelas artistas aloucadas que o destino resolveu unir.
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zombielcnd · 5 years ago
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Trigger warning: Alcoolismo, menção a intenção de suicídio, assédio, menção a estupro, exploração de menores.
ㅤㅤㅤㅤㅤ 🪐 ❜ ────────   De uma árvore infrutífera nasceu Taeyeon, pertencente aos que contava centavos para a alimentação em um eixo deslocado onde mãe e padrasto preferiam comprar álcool à manter o que era escasso desta forma tornou-se responsável - quiçás numa hipérbole - antes mesmo de aprender a falar. Sua necessidade em manter a qualidade era o trânsito entre aquele âmbito problemático e a casa dos avós, onde viveu até os dezesseis anos idade em que talvez sua personalidade floresceu como uma maldição presente, e bênção futura se assim couber chamar.
ㅤㅤㅤㅤㅤ Seoul é conhecida pelos ostento, e a cultura da riqueza atrelada a cidade onde poucos não sabem o quão os sub-existentes pagam nos impostos para outros esbanjarem, era uma vida indigna que tornou-se quase ápice do abismo quando foi escalada por um olheiro a fazer um ensaio ou melhor, quando as condições em que vivia a obrigaram a posar sem roupas para uma revista cujos lucros jamais chegaram em sua mão, era menor de idade e ninguém a houvera ensinado como não ser passada para trás por homens oportunistas.
ㅤㅤㅤㅤㅤ Sua imagem porém maculada pela revista trouxe muito mais problemas do que o previsto, achou que seus “pais” compreenderiam os motivos que a levaram a tomar aquela decisão mas nunca foi o caso, e insistentemente seu padrasto tornou-se morador da fresta que ficava entre a porta e o fecho do banheiro, com seus olhos famintos e negros completamente repulsivos cujo elencaria de certo seus pesadelos para todo o sempre.
ㅤㅤㅤㅤㅤ Foi nessa época que a música tornou-se a droga necessária que a mantinha sobrevivente com o caderno de letras e o instrumento de corda comumente conhecido como “wonder woman” ou baixo. Uma noite de muita bebedeira em sua família uma discussão maculou e marcou o divisor de águas em um episódio onde o peso dos seus braços foram muito faltantes para retirar um homem adulto que atrapalhava seu sono, uma tragédia que fê-la apática a qualquer contato físico a partir dali, e quase levou-a para a cadeia não fosse pela mãe protetora do marido que impediu qualquer ação policial de acontecer naquele dia.
ㅤㅤㅤㅤㅤ A reviravolta se deu no que Taeyeon fugiu de casa, sem olhar para trás, e assinou o papel de divórcio para com seus pais, aos dezesseis ainda resolveu que nem mesmo seus avós conseguiriam satisfazer sua carência de afeto, e partiu então tendo somente a si e a wonder woman como companhia, não muito depois instalou-se no Canadá onde findou o colegial com muitas mentiras sobre sua descendência, moradia ou família, nem mesmo o sobrenome da família lhe cabia quando não respondia aos professores lhe incomodando com o nome legal, era óbvio que para eles toda a verdade foi dita e acobertada pelos avós que também se mudaram mas sabendo da necessidade de crescimento da neta resolveram morar em um bairro distinto, para os colegas de classe ela seria sempre Taeyeon, a menina estranha que faz músicas que nunca estão prontas.
ㅤㅤㅤㅤㅤ Tentou diversas vezes fazer audições e treinou em empresas para debutar como idol, entretanto um dia antes do seu debut Taeyeon teve um surto de ansiedade e decidiu que aquele não era seu futuro, as cobranças, os managers fiscalizando cada passo seu, definitivamente não era algo que a apetecia, deu sorte em algum momento no futuro quando encontrou suas colegas de banda, garotas despretensiosas em uma banda que tinha tudo para dar errado, desde os traumas até as personalidades formadas de formas tão distintas, mas parecia que o público era aficionado pelas artistas aloucadas que o destino resolveu unir.
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midiatoriumblog · 6 years ago
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De R$ 160 por R$ 120 no pagamento à vista. 'Highway 61 Revisited', novo e lacrado. Verdadeiro divisor de águas na música pop. Um dos ápices criativos do gênio Bob Dylan. Frete por conta do comprador ou retirada em nossa loja física. Somente uma unidade disponível. Disponível em www.midiatorium.com.br. Ou se preferir chame a gente inbox ou pelo WhatsApp 1128229755 ✌🏻 #tragoovinilamado #vinil #vinyl #record #lojadediscos #discodevinil #midiatorium #prefiramídiafísica #bobdylan https://www.instagram.com/p/Bq0qQKTAp-d/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=4vbp9rual9l8
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