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’DEJA VU’

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( miuwrites )

Repassava mentalmente todas as informações que haviam sido fornecidas à ela pelos superiores do colégio, sobre a novata. A mãe influente, o comportamento duvidoso, os maus hábitos. Parecia que finalmente teria algo para fazer naquele lugar, ainda que fosse tomar conta de uma garota mal disciplinada - ou tentaria, afinal Sojin nunca tivera lá um pulso firme, e por isso era uma das professoras favoritas do campus, pelas incontáveis vezes que cedia e deixava as garotas secretamente infringirem algumas das regras, que em sua opinião, eram mesmo exageradas e sem nexo. O rosto virava de um lado para o outro calmamente, cumprimentando uma ou outra que passava ali e lhe acenava a cabeça, até que a pergunta feita repentinamente chamasse sua atenção. Os olhos piscaram como se acordada de um transe, e logo exibia um sorriso pequeno e caloroso nos lábios. ── Oh, é claro… como sou desatenta. Você deve ser… Lee Gahyeon? ── as palavras eram baixas, mansas. Tentaria ao máximo ser quão amigável pudesse, talvez para amenizar futuros problemas. ── Me acompanhe, por gentileza. Vou mostrar o seu quarto e o restante dos locais. ── o olhar caiu para o cigarro aceso entre os dedos alheios, a sobrancelha arqueando imediatamente. ── E, ah… não é permitido fumar aqui, então, se puder… ──

ㅤㅤㅤㅤㅤ ❜ ──────── 🍨 as orbes escuras que a fitavam sem vacilar beiravam a apatia, se não pelo sorriso minimo e calmo nos lábios delineados a expressar o inicio de um pensamento que parecia perigoso e assustador para qualquer um que não gahyeon em sua ânsia por tudo que não representasse seu lar, sua mãe. e tão bela mulher que rente se articulava em provar que lhe conhecia, julgou ter alguma responsabilidade para exercer naquele inferno que chamaria escola daqui para a frente.  ❛ ——— não é meio injusto você saber quem eu sou, e eu não ter ideia sobre quem você é? ❜ soprou junto a própria ânsia a nicotina que formava-se fumaça no ar, na claridade ofuscante de um dia extremamente azul, gahyeon não detestava mas não poderia mostrar sinal de fraqueza no primeiro dia de aula.

ㅤㅤㅤㅤㅤ com um sorriso travesso, acompanharia aquela mulher para onde fosse convidada em um instante sem pestanejar, era imensamente atraída pelo mistério em seus olhos que a destoava��da ambiência, todos possuíam a mesma faísca, o mesmo olhar, menos ela,  e não seria lee gahyeon se não se envolvesse em problemas no primeiro segundo que seus pés tocassem solo desconhecido. sem muitas palavras apenas deu de ombros ao notar o cigarro no fim, a ultima tragada veio porém com o fechar dos olhos da mais jovem, em poucos segundos enquanto controlava sua respiração e se preparava para a realidade que atingiria ao ver seu quarto, suas aulas, suas obrigações naquele lugar. um pouco desajeitada a impúbere jogou o cigarro no chão, o pisoteando com as botas pesadas que a adornavam naquele dia.

ㅤㅤㅤㅤㅤ nem mesmo sabia onde seus pertences estavam, mas caminharia não tão livremente pelos corredores enquanto vez ou outra de soslaio fitava os traços tão bem delineados no rosto da mais velha, se soubesse que encontraria com uma mulher tão bela não teria se permitido sair de casa com aqueles trajes, a jaqueta enegrecida rasgada em alguns lugares que tampouco se explicaria como aquilo aconteceu, as botas pesadas, as vestes negras que compunham seu visual assustador e o toque final no pentagrama que adornava o pescoço, muito embora este não fosse de fato pensado para o look atemorizante, era apenas um presente que acompanhava os seus dias, como a lembrança de que um dia houve amor naquela vida tão cruel. ❛ ——— esse lugar parece assombrado. ❜ proferiu enquanto divagava, fitando os quadros e as pinturas incrustadas e de extremo mau gosto.

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( deadlyapxcalypse‌ )

Sem dúvidas aquela jovem mulher estava magricela demais, porém desde que o fim do mundo se iniciara, quem não estava? Não havendo recursos suficientes para que se alimentassem com a constância necessária, e a busca por alimentos se tornava cada vez mais difícil, se fosse considerado aqueles que precisavam enfrentar. Ironicamente, não eram os zumbis que mais deveriam ser temidos, não aos olhos do padre. ❝ Não carrego comigo muita comida, não anda sendo fácil encontrar por esses arredores. ❞ O homem admitiu, porém logo estava a tirar a mochila das costas, colocando-a no chão entre os dois. Pegou num dos bolsos de fora uma maçã que guardava para caso perdesse as forças na busca pela irmã e o colega de trabalho, mas talvez aquela desconhecida precisasse mais naquele momento. ❝ Tome. ❞ Ele estendeu a mão, oferecendo-lhe o fruto avermelhado. O padre riu com o comentário da menor, mas não se aproximou, embora quase tivesse o feito. ❝ Imagino que tenha o deixado muito debilitado então. ❞ 

ㅤㅤㅤㅤㅤ ❜ ──────── ⛵️ a cada minuto que contavam seus dias sentia a solidão assolar como os monstros embaixo de sua cama, atemorizada e abandonada em uma vida injusta taeyeon se via a mercê da maledicência dos outros. era comum naquele cenário que uns tentassem tirar vantagens sobre as diversas facetas do que era sobreviver para quem não estava apenas satisfeito com um refugio e suprimentos, era necessário mais. as primeiras reportagens sobre lugares saqueados, ambientes de contingencia, carceres e estupros inúmeros eram a ponta do iceberg principalmente porque o mundo deteriorado não mais tinha os jornais para informar-lhes números. estavam sozinhos.

ㅤㅤㅤㅤㅤ com a mão posta por sobre a barriga que resmungava a fome de dias a fio, ainda não compreendia como seus olhos fundos e ossos sobressalentes não confundiram a humanidade, a diferença entre ela e os zumbis naquele momento era abstrata, como uma linha que separa a morte da vida, muito embora taeyeon sequer se consideraria morta visto que seria para ela muita sorte e esta tem sido lhe roubada há anos. imaginava que o homem não esbanjasse mantimentos, e que houvessem os seus para alimentar então quando uma maçã lhe foi oferecida, não pode evitar de compartilhar uma lágrima solitária e teatral que rolou na derme açoitada. ❛ ——— obrigada. ❜ limitou-se em dizer, não tinha tato afinal, as pessoas nunca foram gentis com ela.

ㅤㅤㅤㅤㅤ mordiscou com dificuldade visto que suas forças se esvaiam da fome e da dor que sentia em seu corpo como um todo, ao vê-lo porém rir de suas palavras desajeitadas foi capaz de compartilhar também um sorriso, como era possível que em uma conversa com um estranho exprimisse mais emoções do que em todos os seus vinte e muitos anos de vida. ❛ ——— as pessoas estão mais loucas que o normal. ❜ proferiu ao focar-se novamente na maçã que a alimentava, cômico se gritos e choros fossem incômodos então de fato taeyeon deixou o outro cara muito debilitado.  ❛ ——— acho que a humanidade deveria se unir nessas situações, mas como unir um bando de loucos em uma sala e esperar que algo de bom saia dali. ❜ complementou ainda um tanto pensativa, era verdade que taeyeon não mais creia na humanidade, mas ainda era incapaz de sair da sua bolha moral para matar qualquer coisa que respire, ela em sua cerne ansiava não ser como eles. 

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( outbrcak·m )

      A loira podia sentir muito bem o nervosismo que a garota estava sentindo, no primeiro dia foi a mesma coisa e não demorou muito pra tentar recuperar sua calma e manter a mente focada em todos os cantos. Margareth não iria apontar a arma pra garota de forma alguma, muito menos fazer alguma coisa pra deixar o desespero dela ainda maior, apenas guardou a arma atrás de si e ergueu uma das mãos para que a outra segurasse, aquilo seria um motivo pra outra confiar e não ter medo de si. “É, parece que você está sozinha mesmo…” respondeu, já que da última vez que tinha ajudado alguém, tinha caído em uma cilada e as coisas não acabaram tão bem assim pra ela, apenas quando conseguiu acordar e escapar da casa em que estava, levando consigo algumas roupas e a arma na qual estava usando. “Vamos sair daqui, eu tenho um lugar seguro pra gente ficar e… um pouco de comida, isso se você estiver com fome.”

ㅤㅤㅤㅤㅤ 🪐 ❜ ────────   esteve porém sozinha durante toda a sua vida, o sentimento constante de solidão era quase como um acalento para quando as coisas estavam caóticas e taeyeon se perdia nas crises de ser um ser humano passional, encarava os vidros estilhaçados e as prateleiras saqueadas com temor e culpa, não houvera sido a precursora dos crimes ali ambientados mas outros seres humanos o fizeram, e a selva que culpabilizavam os zumbis era obra exclusivamente dos que habitavam aquelas terras. o que tornavam os zumbis e humanos tão diferentes quando seus valores morais e conceito de sociedade sucumbe? são todos monstros na cerne, o lobo que vive dentro de cada um de nós se deleita com o caos, e taeyeon se perguntava diariamente, qual era o ponto de matar zumbis se continuariam surgindo até a extinção dos humanos, quiçás aquilo fosse apocalíptico, um castigo divino, uma necessidade para que todos finalmente pudessem livrar a terra das suas maldades e as brincadeiras de deus. eles não eram deus.

ㅤㅤㅤㅤㅤ com as vestes rasgadas e mostrando muito do corpo, algo que definitivamente configura seus pesadelos a mais jovem saiu vagarosamente para juntar-se a loira, cobrindo os rasgões com as mãos fitava a mais alta com as orbes vazias, não havia um só brilho nos olhos de taeyeon desde os quinze anos de idade. “—— como você sabe que é seguro? ——” para a coreana nenhum lugar fora ou seria seguro em meio àquela situação tão caótica, “—— eu estou com fome, mas ainda não estou certa se posso confiar em você. ——” e jamais estaria, com os humanos era diferente visto que a desconhecida poderia querer se provar a todo custo que taeyeon jamais seria capaz de confiar completamente, haviam ramos de uma arvore plantada há muitos muitos anos atrás, de uma confiança traída pelas pessoas que menos esperava visto que o conceito de familia na sociedade é de um romantismo exacerbado e sem fim, jamais imaginaria que seria alvo dentro do próprio lar...   “—— eu me chamo taeyeon. ——” ...mas ao fim, tudo era culpa sua.

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ㅤㅤㅤㅤㅤ ❜ ──────── 🍨 o cansaço descomunal proveniente do reflexo das ovelha negra que aparentava ser gahyeon, nos noticiários nenhuma novidade além da desinteressante vida dos políticos e claro, o rosto da filha de uma mulher que era importante para todos exceto para a que era utilizada como pivô para a venda de coisas desinteressantes, como se fofocas fossem a prioridade, entediada com as mesmas discussões acendia um cigarro enquanto a mulher dava certeza de que era uma mãe presente, suas orbes fixas e vazias demonstravam o quão desinteressada porém era sobre o bem estar da filha se não por mantê-la longe dos tabloides, não manchar sua campanha era prioridade e a impúbere se via, extasiada para sequer reclamar apenas tragava a nicotina forte do cigarro esbranquiçado enquanto percebia a fumaça adentrar seu corpo, como uma bengala para a própria respiração, dissipando a ansiedade de estar em um âmbito alheio, desconhecido e aparentemente, nocivo.

ㅤㅤㅤㅤㅤ uma ou duas apareciam para cumprimentar, com óbvias intenções quando citavam o nome da matriarca, a necessidade de gahyeon de manter-se longe destas porém era extasiada pelo tragar do cigarro que tinha nos lábios, ao longe reparava em fios brilhantes que adornavam um rosto distinto, na multidão se abafava o falatório sobre a filha da próxima presidente, cuja não administrava bem a própria casa, nem mesmo gahyeon votaria nos ideais de uma mulher disfuncional como a mãe. era de se pensar que alguém a receberia, mas adolescentes curiosas definitivamente eram pontos negativos para o colégio católico paradoxalmente abrigo de uma garota extremamente cética. surfava a multidão para abortar uma mulher que parecia esperar por algo, seu olhar vago era tão belo quanto o que enxergava no reflexo do próprio espelho, soprava aos ventos a fumaça presa no âmago ao galgar rente, sem emoldurar a face de qualquer sorriso simpático visto que, aquele âmbito a atemorizava. ❛ ——— você sabe onde fica o banheiro? ❜ questionou, com a sua predisposição a puxar conversas fúteis, somente com mulheres interessantes, visto que era fácil vê-la fugir de qualquer grupo ou conversas, diria-se incapaz de puxar assunto com quaisquer que não fosse alvo de interesses repentinos.

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Sojin no fundo ainda se sentia ridícula, até um pouco despreparada para o trabalho que exercia. Ensinar era o que amava, é claro - mas a doutrina rígida do colégio católico não combinava em nada com as próprias crenças… bem, fora decidido que ali era o lugar ideal para mantê-la afastada das tentações mundanas, como diriam, e embora o sentimento de vazio a dominasse em alguns dias, tentava se convencer de que ficar era o melhor a se fazer. Acordara cedo naquela segunda feira – mais do que o normal, diga-se de passagem. O banho habitualmente rápido durou mais alguns longos minutos, e no entanto, em menos de uma hora já estava pronta para receber a nova aluna. Mentalmente, Sojin agradecia pela dádiva da paciência e discrição que lhe foram concedidas, porque se os boatos e comentários a respeito da garota fossem reais, ela precisaria reunir toda sua concentração naquilo. Antes das aulas começarem, a professora caminhou até a entrada principal do local – cuja fachada necessitava de algumas reformas, admitiu. Com os braços juntos na frente do corpo e batendo copiosamente o pé no chão, os olhos procuravam pela garota em questão.

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ㅤㅤㅤㅤㅤ 🪐 ❜ ────────   era comum por vezes o corpo de taeyeon não suportar a pressão de coexistir com criaturas que nada mais queria que findar sua vida, não obstante correr tornava-se um impeto ainda que estivesse pouco a pouco compreendendo que, matar era a unica opção. temerosa ao aproximar-se da loira apenas acenou, a falta de palavras era outro problema recorrente principalmente quando em estado de choque.  “—— obrigada. ——” limitou-se em dizer enquanto fitava o zumbi de cabeça recém explodida caído ao chão,  “—— eu estou bem. ——” mentiu descaradamente enquanto olhava para a de fios loiros, não hesitou em pegar a garrafa com água no silencio dos pensamentos emaranhados, definitivamente não acreditava que ficaria bem em algum momento, desconhecia tal sentimento há muitos e ainda que o apocalipse fosse uma novidade, a sensação de quase morte parecia noticia de jornal velho.  “—— você não sente nada? ——” questionou com as orbes esbugalhadas ao verbalizar algo tão intrusivo,  “—— me refiro a matar. ——”

           @janesdiacry está tentando sobreviver! ( APOCALYPSE AU )

Caroline respirou fundo antes de dar o tiro final, acertando o zumbi na cabeça e salvando a vida da outra garota. A loira aproximou-se dela, que estava encurralada contra a parede, se agachando para verificar se ela estava bem. — Você está bem? Você foi mordida? — Perguntou de forma desesperada, atropelando suas palavras antes mesmo que pudesse notar. — Foi por pouco, mas você vai ficar bem. — A loira tirou uma garrafa d’água de dentro da bolsa, oferecendo a ela.

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ㅤㅤㅤㅤㅤ 🪐 ❜ ────────  não haviam muitos lugares que uma garota desarmada confiava sua vida, muito embora taeyeon não estivesse estimulada suficiente para continuar lutando era certeza que não desejava ver seu corpo às traças servindo de comida para a manifestação de uma besta cuja desconhecia o paradeiro, nome ou a minima informação sobre. kim taeyeon jamais foi uma garota lutadora, não no lado rebelde visto que precisou lutar pela vida inteira e ainda assim comumente ansiava a desistência, a loja de conveniência saqueada era um lugar vazio e estilhaçado cujo outros imaginariam estar vazia  ─ ou era o que pensava. fios loiros não pertencentes ao conhecimento previo da coreana apenas a deixaram apreensiva enquanto escondida quase sem respirar, o coração descompassava e o nervosismo tornava-a refém de si mesma como sempre.  “—— eu não quero morrer. ——” proferiu rapidamente, era um mistério o que a loira compreenderia como movimentos arriscados e taeyeon era a rainha de fazer coisas ruins pros outros sem perceber.  “—— grupo? ——” questionou, a verdade era que taeyeon sempre foi inapta com as palavras, o que de certo era um agravante quando estava encurralada e sentindo-se extremamente intimidade pela presença de outro alguém.

FOUR WORD PHRASES. “Put the gun down!” @zombielcnd​

      Quando observou a garota sair de uma das lojas que estava saqueando os mantimentos em lata, a loira deu alguns passos pra trás e continuou com a arma mirando na testa da garota, queria se certificar de que ela não estava machucada ou se estivesse em bando pra tentar enganá-la. “Se eu abaixar a arma, eu espero você que você não faça nenhum movimento arriscado.” respondeu em um tom sério e abaixou a mão com calma. “Você está sozinha ou com algum grupo?”

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taeyeon ♡ ‘happy’ digital single

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Trigger warning: Menção a suicídio, morte.

ㅤㅤㅤㅤㅤ 🪐 ❜ ────────   quando a cidade encontrou seu ápice no caos taeyeon estava em uma casa noturna findando o último show da noite com as suas colegas de banda, foi um cenário apocalíptico bastante clichê ao que haviam vários zumbis atraídos pelo som tanto dos instrumentos pesado quanto da sirene da policia em uma de suas batidas tão comuns naquela casa, felizmente taeyeon não foi presa naquela noite muito embora foi de longe uma situação agradável, deixou suas amigas para trás se escondendo no porão daquela casa até que o barulho no piso de cima cessasse, era previsível que ao retornar haveriam rastros de corpos que pareciam meias refeições para os zumbis, a tristeza maior veio ao reconhecer os rostos putrefatos das melhores amigas, companheiras de banda que um dia salvaram a sua vida.

ㅤㅤㅤㅤㅤ não pode deixar de sentir-se culpada visto que resolveu salvar sua vida em um instinto alheio de sobrevivência, não sempre tinha em si a vontade de existir e aquele mundo seria a desculpa perfeita para partir  ─ foi capaz de encontrar porém uma ajuda alguns meses depois em que passava todos os dias se culpando, talvez se não tivesse encontrado margareth estaria morta em qualquer vala ou pior, viraria comida das pestes que infectavam o mundo, mesmo que semanas depois houvesse se perdido de margareth sua companhia jamais não esquecida, e taeyeon lhe seria eternamente grata.

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Trigger warning: Alcoolismo, menção a intenção de suicídio, assédio, menção a estupro, exploração de menores.

ㅤㅤㅤㅤㅤ 🪐 ❜ ────────   De uma árvore infrutífera nasceu Taeyeon, pertencente aos que contava centavos para a alimentação em um eixo deslocado onde mãe e padrasto preferiam comprar álcool à manter o que era escasso desta forma tornou-se responsável - quiçás numa hipérbole - antes mesmo de aprender a falar. Sua necessidade em manter a qualidade era o trânsito entre aquele âmbito problemático e a casa dos avós, onde viveu até os dezesseis anos idade em que talvez sua personalidade floresceu como uma maldição presente, e bênção futura se assim couber chamar.

ㅤㅤㅤㅤㅤ Seoul é conhecida pelos ostento, e a cultura da riqueza atrelada a cidade onde poucos não sabem o quão os sub-existentes pagam nos impostos para outros esbanjarem, era uma vida indigna que tornou-se quase ápice do abismo quando foi escalada por um olheiro a fazer um ensaio ou melhor, quando as condições em que vivia a obrigaram a posar sem roupas para uma revista cujos lucros jamais chegaram em sua mão, era menor de idade e ninguém a houvera ensinado como não ser passada para trás por homens oportunistas.

ㅤㅤㅤㅤㅤ Sua imagem porém maculada pela revista trouxe muito mais problemas do que o previsto, achou que seus “pais” compreenderiam os motivos que a levaram a tomar aquela decisão mas nunca foi o caso, e insistentemente seu padrasto tornou-se morador da fresta que ficava entre a porta e o fecho do banheiro, com seus olhos famintos e negros completamente repulsivos cujo elencaria de certo seus pesadelos para todo o sempre.

ㅤㅤㅤㅤㅤ Foi nessa época que a música tornou-se a droga necessária que a mantinha sobrevivente com o caderno de letras e o instrumento de corda comumente conhecido como “wonder woman” ou baixo. Uma noite de muita bebedeira em sua família uma discussão maculou e marcou o divisor de águas em um episódio onde o peso dos seus braços foram muito faltantes para retirar um homem adulto que atrapalhava seu sono, uma tragédia que fê-la apática a qualquer contato físico a partir dali, e quase levou-a para a cadeia não fosse pela mãe protetora do marido que impediu qualquer ação policial de acontecer naquele dia.

ㅤㅤㅤㅤㅤ A reviravolta se deu no que Taeyeon fugiu de casa, sem olhar para trás, e assinou o papel de divórcio para com seus pais, aos dezesseis ainda resolveu que nem mesmo seus avós conseguiriam satisfazer sua carência de afeto, e partiu então tendo somente a si e a wonder woman como companhia, não muito depois instalou-se no Canadá onde findou o colegial com muitas mentiras sobre sua descendência, moradia ou família, nem mesmo o sobrenome da família lhe cabia quando não respondia aos professores lhe incomodando com o nome legal, era óbvio que para eles toda a verdade foi dita e acobertada pelos avós que também se mudaram mas sabendo da necessidade de crescimento da neta resolveram morar em um bairro distinto, para os colegas de classe ela seria sempre Taeyeon, a menina estranha que faz músicas que nunca estão prontas.

ㅤㅤㅤㅤㅤ Tentou diversas vezes fazer audições e treinou em empresas para debutar como idol, entretanto um dia antes do seu debut Taeyeon teve um surto de ansiedade e decidiu que aquele não era seu futuro, as cobranças, os managers fiscalizando cada passo seu, definitivamente não era algo que a apetecia, deu sorte em algum momento no futuro quando encontrou suas colegas de banda, garotas despretensiosas em uma banda que tinha tudo para dar errado, desde os traumas até as personalidades formadas de formas tão distintas, mas parecia que o público era aficionado pelas artistas aloucadas que o destino resolveu unir.

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Alguma coisa tem me desanimado no tumblr/rpi de forma que eu nem consigo mais passar de dois dias com o personagem e já desisto da vida que passei horas pra criar, talvez isso seja um pedido de desculpas e de ajuda ao mesmo tempo  —— vou tentar mais uma vez, repaginar a Jane, ver o que está faltando e tentar porque gosto de todas as pessoas que conheci aqui, e as que me trouxeram pra cá. Pray for me e por favor não desistam de mim.

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❪❪ deadlyapxcalyps ❫❫

O pequeno sorriso se manteve no rosto do homem, os olhos se ajustando de forma lenta à escuridão do lugar, sendo enfim capaz de ver a silhueta da outra, a intensidade de seu olhar sobre si. ❝ Terá que acreditar em minha palavra, é tudo o que tenho a lhe oferecer. Como disse, ouvi um choro e pensei que pudesse ser alguém precisando de ajuda. ❞ Respondeu de maneira genuína para ela, mas manteve-se no lugar, não querendo parecer uma ameaça para a jovem garota. Ela não deveria ser muito mais velha que sua irmã, isto é, se não fosse ainda mais nova. E vê-la daquela maneira o fez lembrar de tantas pessoas da igreja, pessoas estas que possivelmente não estavam mais naquele mundo como os vivos. E mesmo que o mundo estivesse em ruínas, ele não era capaz de falhar por completo em seu juramento para a igreja. Seu caminho sempre modificado, se isso significava ajudar aqueles jovens de alma, que precisavam de uma libertação. ❝ Está machucada? Não sou nenhum médico, mas sei me virar como posso. ❞

ㅤㅤㅤㅤㅤ ❜ ──────── ⛵️ 𝐀 abrupta companhia tornou-lhe apreensiva por alguns segundos antes de forçadamente confiar nas palavras de um desconhecido, utopia em seu cenário mas desarmada e ferida, não eram as características perfeitas para comprar briga com quaisquer logo sucumbiria ao que estava ali a lhe oferecer quem sabe a maior problemática da nova era: uma amizade genuína. tampouco sabia se, amizade ainda significava a mesma coisa, como era possível entrelaçar em um elo pessoas tão vazias e cruéis? entreabriu os lábios delineados mas rapidamente os fechou, dando-se por desistente ao abaixar o pano que escondia o ombro, este que tinha sinais de unhas fincadas e lutas corporais muito obviamente distante da autoria dos zumbis ❛ ——— acho que só preciso comer. ❜ era uma mentira clara de quem detestaria ser um fardo, algumas feridas estavam abertas e os sinais de facadas sumia por entre o pano do moletom. ❛ ——— eu entrei em umas brigas recentemente. ❜ disse com um sorriso ladeado, quiçás aquela fosse uma das poucas vezes em que quase segurou uma conversa verbal decente com outrém. ❛ ——— deveria ver o outro cara. ❜ mentiu novamente, taeyeon ainda estava aprendendo a diferenciar o monstro do próprio passado, entristecida quase sempre pelo alvo fácil que houvera se tornado.

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ㅤㅤㅤㅤㅤ ❜ ──────── ⛵️ 𝐂omumente repreendida pela predisposição a calar, e apenas observar quaisquer que chamasse atenção, como uma câmera suas lentes de vidro mudas permaneciam a encarar as orbes esbugalhadas cor de mar, bela mas indecifrável era o que lhe parecia.  ❛ ——— como isso aconteceu? ❜ era o que ansiava perguntar desde o inicio, não somente para a desconhecida mas para todos  ─ como o mundo que conheciam rasgou a cortina do espetáculo para mostrar por trás das cenas? como a hipocrisia do mundo deu lugar a sua verdadeira face? mantinha-se com os braços atados rente ao corpo esguio, em silencio não absoluto desrespeitado pela mente que gritava coisas demais.

❝ Não acha um pouco rude ficar encarando assim? Se quer dizer algo… é só dizer. ❞ 

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You know what my mother used to call me? Dangerous. “You’re a dangerous girl”. She was right. I am dangerous. I know what I look like. Women would kill to look like this. Women carve and stuff, praying that one day they’ll look like me.

Jesse, ‘The Neon Demon’ (2016)

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ㅤㅤㅤㅤㅤ ❜ ──────── ⛵️ 𝐀 crueldade do mundo configurava na mais pura forma do egoísmo, no ponto do que faltava sentido a matança descomunal depois do acontecido, havia os que temiam a fome, a depressão, os monstros chamados zumbis ou qualquer coisa parecida, ao menos era o que seus ouvidos permitiam ainda que escutasse, açoitado pelos tiros disparados contra si pelos monstros reais. acolhida pelas sombras de um lugar abandonado qualquer, jane se via muda, com um rapaz rente a si de madeixas douradas enquanto o analisava de forma não muito educada, eram os bons modos que ninguém jamais se importou em lhe ensinar, pensava enquanto o fitava no quão experiente deveria ser para manter-se assertivo sobre o fato dela também poder ser perigosa, também percebeu logo não negava que a garota estava certa. ❛ ——— como posso confiar que você não vai me machucar? ❜ questionou enquanto limpava o rosto molhado com o tecido do casaco que adornava o corpo, este que a qualquer movimento brusco causava-lhe uma dor intensa, como se os tiros novamente perfurassem a derme por entre o pano fraco e sujo daquela roupa surrada. 

@janesdiacry​ said: “ you could be dangerous.”

O comentário da garota quase o fez rir, mas ele se manteve com a expressão neutra, seu olhar fixado na mesma. ❝ Você também, minha cara. ❞ Com um mínimo sorriso esboçado no canto dos lábios, ele se aproximou dela, agachando-se em sua frente. ❝ Até onde sei, você poderia ser uma assassina em potencial, esperando o momento certo para me dar o bote. ❞ Taylor examinou a situação da menor com atenção, embora naquele lugar, não fosse tão fácil assim enxergar com tanta clareza quanto gostaria. Não sem a ajuda da lanterna ou de uma tocha, e infelizmente sua lanterna estava agora completamente sem pilhas. ❝ Mas não vim aqui com a intenção de machucá-la. Ouvi um choro quando passava por aqui, e busquei pelo som. ❞