#disciplina urbana
Explore tagged Tumblr posts
Text
Cos’è il Parkour: arte del movimento e superamento dei limiti. Una disciplina tra sport, filosofia e libertà
Scopri le origini, i principi e i benefici di una disciplina che combina agilità, forza e creatività.
Grazie a tutti i nostri lettori di Alessandria Today per il costante supporto e l’interesse verso i contenuti che proponiamo. La vostra curiosità è il motore che ci spinge a esplorare e raccontare storie come questa! Scopri le origini, i principi e i benefici di una disciplina che combina agilità, forza e creatività. Introduzione: il parkour come arte e filosofia del movimento. Il parkour,…
#Alessandria today#allenamento parkour#allenamento urbano#benefici parkour#comunità parkour#cos&039;è il parkour#David Belle#disciplina urbana#efficienza movimento#equilibrio e coordinazione#filosofia del movimento#filosofia parkour#forza fisica parkour#Google News#italianewsmedia.com#metodo Hébert#movimenti parkour#parkour adattabilità#parkour allenamento base#parkour comunità globale#parkour creatività#parkour e ambiente#parkour e corpo#parkour e crescita personale#parkour e libertà#parkour e mente#parkour eventi#parkour Italia#parkour movimento creativo#parkour nel mondo
1 note
·
View note
Text

El diseño de los estacionamientos en Japón destaca por su notable orden y eficiencia. Estos espacios están meticulosamente planificados para maximizar el número de vehículos que pueden acomodar, al tiempo que garantizan suficiente espacio para la circulación y maniobras. La disposición geométrica y la disciplina en el uso de estos estacionamientos reflejan la cultura japonesa de orden y educación. Este enfoque permite un uso óptimo del espacio, una característica esencial en las áreas urbanas densamente pobladas. La imagen adjunta muestra un ejemplo perfecto de esta organización.
33 notes
·
View notes
Text
Parece cocaína, mas é só tristeza, talvez tua cidade
Muitos temores nascem do cansaço e da solidão
Descompasso, desperdício
Herdeiros são agora da virtude que perdemos
Há tempos tive um sonho
Não me lembro, não me lembro
Tua tristeza é tão exata
E hoje o dia é tão bonito
Já estamos acostumados
A não termos mais nem isso
Os sonhos vêm e os sonhos vão
E o resto é imperfeito
Disseste que se tua voz
Tivesse força igual
À imensa dor que sentes
Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira
E há tempos nem os santos
Têm ao certo a medida da maldade
E há tempos são os jovens que adoecem
E há tempos o encanto está ausente
E há ferrugem nos sorrisos
Só o acaso estende os braços
A quem procura abrigo e proteção
Meu amor, disciplina é liberdade
Compaixão é fortaleza
Ter bondade é ter coragem
Lá em casa tem um poço
Mas a água é muito limpa
9 notes
·
View notes
Text
Fernando Pessoa
Ele é (sem dúvida) um neurastênico vesânico.

caricatura de Fernando "Pessoas": POSTED BY LIBERATI AT
Ele é (sem dúvida) um neurastênico vesânico. A neurastenia vulgar, ou as influências que a produziram num contexto de degeneração, perturbaram, por assim dizer, uma organização mental que é caracteristicamente histeriforme, para não dizer histérica. Não tenho dúvidas sobre esse diagnóstico. O que eu gostaria de fazer é a história da doença de P[essoa], ou, melhor dizendo, a história (…) - gostaria de conhecer a psicologia disso, saber de que forma, por que levou a atual neurastenia está enraizada neste pobre temperamento nativo hipostênico.
Agora, para esta “história de uma vida” ou “história de uma alma”, faltam-me os dados. Conheço, tanto quanto possível, a vida mental de P[essoa] até 1895 (dezembro), quando foi (com apenas 7 anos) para D'Urban. Ela não é absolutamente normal. Nesta idade já se observa uma espécie de neurastenabilidade acentuada: aos 7 anos - já é - embora obscuramente - um peridispéptico, um (…). Além disso, aos 7 anos P[essoa] já demonstra esse caráter reservado, não infantil – um nivelamento (não o nivelamento do bom senso completamente burguês, mas o nivelamento melancólico e intelectual), uma seriedade, que surpreende. Ele já está se isolando; gosta de brincar sozinho, de ler, de escrever (ele mesmo ensinou). Ele é um solitário – podemos ver isso claramente. E a tudo isto devemos acrescentar muita raiva impulsiva e quase odiosa (sem provocação e nem sempre proporcional) e muito medo. Podemos resumir o caráter: precocidade intelectual, imaginação prematuramente intensa, malícia, medo, necessidade de isolamento. Ele é um neuropata em miniatura.
Provavelmente ele terá continuado assim por algum tempo. Em 1901 (agosto) voltou de D'Urban. É o mesmo personagem, mas menos impulsivo: o clima (presumo) e a disciplina escolar o teriam inibido. Neste momento apresenta um caráter não muito complexo: inteligência viva, grande imaginação mas não necessariamente intensa; um pouco infantil (…) nenhum medo acentuado - ou seja, sem uma provocação externa clara ele não demonstra. Ainda é normal, fisiológico. Além disso, timidez, engenhosidade, um egoísmo um pouco acentuado – mas tudo normal. Ainda não é o início da puberdade. Tendo vivido num país (Natal) longe da influência corruptora da civilização, ele não sofre defloramento mental; nessa época ele retinha mentalmente (o que acredito) uma perfeita virgindade de imaginação. Além disso, não existe nenhum meio confiável de investigação.
Permaneceu em Lisboa de agosto de 1901 a setembro de 1902; ele deve, portanto, ter sofrido um pouco com a influência da sensualidade urbana e imoralmente corrupta.
Mas tem sido totalmente impossível para mim encontrar qualquer meio de descobrir (…)
s.d.
― Pessoa por Conhecer - Textos para um Novo Mapa . Teresa Rita Lopes. Lisboa: Estampa, 1990. - 24. ― 1ª publ. in Os Dois Exílios - Fernando Pessoa na África do Sul . H. D. Jennings. Porto: Centro de Estudos Pessoanos, 1984. { Traduzido do Francês }
4 notes
·
View notes
Text
Modelo Teórico e Procedimental para Investigações Balísticas Urbanas: Fundamentos, Limites e Aplicações Forenses
Resumo
Investigações balísticas em ambientes urbanos são fundamentais para elucidar crimes com armas de fogo, porém enfrentam desafios práticos e éticos. Este trabalho apresenta um modelo teórico-procedimental para análise de trajetórias de projéteis em cenários urbanos, desenvolvido exclusivamente por meio de simulações computacionais e dados sintéticos, sem experimentação de campo. De forma transparente e ética, enfatiza-se que todos os resultados aqui discutidos são hipotéticos e derivados de modelos simulados, não tendo sido validados com dados empíricos reais. Justifica-se o uso de simulações pela necessidade de explorar cenários complexos com segurança, controle de variáveis e ausência de riscos, algo difícil de reproduzir em situações reais de tiroteio urbano. O modelo teórico integra fundamentos de balística forense a procedimentos investigativos, enquanto experimentos virtuais ilustram sua aplicação potencial. Os resultados simulados demonstram a plausibilidade do modelo na reconstrução de trajetórias e identificação de possíveis posições de atiradores em ambiente urbano, porém sem confirmação prática. A discussão aborda as limitações metodológicas decorrentes da ausência de validação empírica, e destaca a importância de estudos futuros para confrontar as predições simuladas com evidências reais. Mantém-se uma linguagem técnico-científica apropriada, visando publicação em periódicos de ciências forenses, ciência de dados ou segurança pública. Em suma, o trabalho propõe um arcabouço conceitual para investigações balísticas urbanas inteiramente baseado em simulação teórica, contribuindo para a literatura com um modelo inicial que deverá ser aprimorado e testado em contextos reais antes de sua aplicação forense prática.
Introdução
Crimes envolvendo armas de fogo em ambientes urbanos apresentam alta complexidade investigativa, exigindo a reconstrução de trajetórias de projéteis e a identificação de armas e atiradores a partir de evidências encontradas na cena do crime. A balística forense é a disciplina da criminalística dedicada ao estudo de armas de fogo, munições e dos efeitos dos disparos, buscando determinar a dinâmica dos eventos e a autoria em delitos com armas (Balística Forense | Jusbrasil)【3】. Em cenários urbanos, a abundância de superfícies (paredes, chão, veículos) e obstáculos pode resultar em ricochetes e desvios de projéteis, tornando a análise balística ainda mais desafiadora (Bullet Trajectory Reconstruction–Methods, Accuracy and Precision). Fatores como ângulo de impacto, tipo de material atingido e características do projétil influenciam significativamente a trajetória pós-impacto, podendo desviar o projétil de sua rota original (Bullet trajectory reconstruction ¬タモ Methods, accuracy and precision). Não obstante, para distâncias relativamente curtas (da ordem de até 10–30 m), é comum aproximar a trajetória de um projétil como uma linha reta em análises forenses iniciais (Bullet trajectory reconstruction ¬タモ Methods, accuracy and precision), dado que a queda por gravidade e os efeitos aerodinâmicos são limitados em tiros de curta distância típicos em áreas urbanas.
Tradicionalmente, a investigação balística forense combina trabalho de campo (como inspeção da cena, uso de hastes e lasers para traçar trajetórias e testes de tiro em laboratório) com análise pericial em laboratório. No entanto, restrições práticas, de segurança e éticas podem dificultar experimentos controlados em ambientes urbanos reais. Por exemplo, não é viável reproduzir tiroteios em meio urbano apenas para estudo, e mesmo testes em balísticos em polígonos controlados têm limitações de cenário. Nesse contexto, métodos computacionais surgem como alternativa promissora. Modelos numéricos e simulações computacionais permitem recriar virtualmente cenários de disparos, possibilitando varrer uma gama de condições e parâmetros que seriam de difícil ou perigosa reprodução real. Como apontado por estudos recentes, a “investigação virtual de cenas de crime usando modelos numéricos tem potencial para auxiliar na investigação forense de incidentes com armas de fogo, especialmente quando preocupações éticas e custos elevados limitam o escopo de experimentos físicos” (Understanding post-impact biomechanics of ballistic cranial injury by smoothed particle hydrodynamics numerical modelling | Computational Particle Mechanics ). Ou seja, o uso de dados sintéticos e simulações é cientificamente justificável quando se pretende, de forma inicial, explorar fenômenos balísticos complexos sem incorrer nos riscos de testes de campo.
Neste trabalho, apresentamos um modelo teórico e procedimental para conduzir investigações balísticas em ambientes urbanos, incluindo desde os fundamentos físicos das trajetórias de projéteis até um fluxo de trabalho proposto para peritos. Todo o desenvolvimento foi realizado em ambiente simulado (in silico), sem coleta de dados em campo ou casos reais. Diferentemente de estudos empíricos, nosso enfoque é puramente teórico e exploratório, buscando delinear princípios e passos metodológicos que futuramente poderão ser aplicados e avaliados em investigações reais. Adotamos essa estratégia devido às razões expostas: (1) Segurança – evitar riscos de tiros reais; (2) Controle de variáveis – nas simulações é possível isolar e modificar sistematicamente condições (calibre, velocidade, ângulo, obstáculos etc.); (3) Viabilidade – obtenção de um conjunto amplo de cenários sintéticos de forma rápida e de baixo custo; e (4) Exploração inicial – criar uma base teórica que sirva como ponto de partida antes de investir em experimentações práticas custosas.
É importante ressaltar de forma transparente que este estudo não passou por validação experimental prática. Todas as inferências e conclusões aqui apresentadas derivam de comportamentos simulados pelo modelo teórico proposto. Não se alega, portanto, qualquer comprovação empírica dos resultados; pelo contrário, discute-se adiante as limitações e precauções necessárias. Ainda assim, acredita-se que a formulação do modelo e do procedimento investigativo possa oferecer uma contribuição útil para pesquisadores e profissionais, ao sistematizar conhecimentos de balística forense urbana em um arcabouço unificado e suscitar debate sobre sua aplicação.
A seguir, o artigo apresenta os fundamentos teóricos relevantes (Sec. 2), descreve o modelo teórico e o procedimento proposto em detalhe (Sec. 3), explica a metodologia de simulação e os cenários sintéticos utilizados para teste virtual do modelo (Sec. 4), e então discute os resultados simulados obtidos (Sec. 5). Na discussão, enfatizamos as limitações decorrentes da ausência de validação prática e as implicações dos achados teóricos. Por fim, as conclusões (Sec. 6) resumem as contribuições e recomendam direções para trabalhos futuros, incluindo a necessária validação empírica antes do uso forense real.
Fundamentação Teórica
Para embasar o modelo proposto, revisamos os principais conceitos de balística aplicáveis à investigação forense urbana. A balística forense se divide classicamente em balística interna (fenômenos no interior da arma, como pressão e velocidade do projétil no cano), balística externa (trajetória do projétil em voo livre) e balística terminal (efeitos do projétil ao atingir o alvo, incluindo penetração, fragmentação e ricochete). Nas investigações em campo, aspectos de todas essas fases podem ser relevantes: por exemplo, o alcance e desvio de um projétil (balística externa) e a presença de fragmentos ou deformações em superfícies impactadas (balística terminal) ajudam a reconstruir o evento.
Trajetória de projéteis: Em espaço livre, desconsiderando obstáculos, a trajetória de um projétil disparado horizontalmente a curta distância pode ser aproximada por uma linha reta, especialmente em cenários urbanos típicos com distâncias limitadas (Bullet trajectory reconstruction ¬タモ Methods, accuracy and precision). No entanto, fatores como gravidade e resistência do ar atuam constantemente. Para tiros de arma curta (revólveres, pistolas) ou fuzis a distâncias de dezenas de metros, a queda vertical devido à gravidade pode ser de poucos centímetros, muitas vezes desprezível diante das incertezas de medição em campo. Ainda assim, em análises forenses mais rigorosas, pode-se empregar as equações da balística externa: por exemplo, assumindo um modelo simplificado sem arrasto do ar, a posição $(x,y)$ de um projétil em um plano vertical é dada por
$$x(t) = v_{0}\cos(\theta)\,t, \qquad y(t) = v_{0}\sin(\theta)\,t - \frac{1}{2} g t^2,$$
onde $v_{0}$ é a velocidade de saída do projétil, $\theta$ o ângulo de elevação do disparo em relação à horizontal e $g$ a aceleração gravitacional (9,81 m/s²). Já considerando o arrasto do ar, não há solução analítica simples – recorre-se a métodos numéricos ou aproximações, incorporando o coeficiente de arrasto $C_d$ do projétil, densidade do ar $\rho$ e seção transversal do projétil $A$ para computar a desaceleração $a = -(C_d \rho A / 2m)\,v^2$ em função da velocidade $v$ e massa $m$ do projétil. Em nossas simulações, utilizamos modelos numéricos de trajetória que englobam esses efeitos para maior realismo (ver Sec. 4).
Interação com obstáculos e alvos: Diferentemente de ambientes abertos, nas áreas urbanas os projéteis frequentemente encontram obstáculos – paredes, concreto, metal, vidro, ou mesmo o corpo das vítimas. Ao perfurar ou ricochetear em um material, a trajetória do projétil pode desviar significativamente. Estudos experimentais e numéricos mostram que o desvio aumenta conforme: (1) o ângulo de incidência em relação à superfície impactada diminui (tiros rasantes tendem a ricochetear mais) (Bullet trajectory reconstruction ¬タモ Methods, accuracy and precision); (2) a densidade ou espessura do material alvo aumenta (Bullet trajectory reconstruction ¬タモ Methods, accuracy and precision); e (3) a massa ou estabilidade do projétil diminui (Bullet trajectory reconstruction ¬タモ Methods, accuracy and precision). Em suma, um projétil leve atingindo de raspão uma superfície rígida tende a desviar muito mais de sua trajetória original do que um projétil pesado que incide perpendicularmente. Esses desvios introduzem incertezas na reconstrução: a continuidade da trajetória não pode ser assumida automaticamente após cada impacto. Nosso modelo teórico incorpora a possibilidade de múltiplos segmentos de trajetória, tratando cada ricochete ou penetração como um novo trecho balístico com condições iniciais alteradas (velocidade reduzida, novo ângulo, possivelmente fragmentação).
Marcas e evidências balísticas: A cena de um tiroteio urbano pode oferecer diversos vestígios: orifícios de entrada e saída em superfícies, projéteis deformados ou fragmentos, estojos deflagrados, danos em objetos do ambiente, etc. A geometria de um orifício de tiro em uma superfície rígida costuma fornecer pistas sobre a trajetória. Por exemplo, um impacto oblíquo produz um furo elíptico; a relação entre os eixos maior e menor dessa elipse permite estimar o ângulo de incidência $\alpha$ do projétil pela fórmula aproximada $\sin \alpha \approx \frac{\text{largura}}{\text{comprimento}}$ da marca (Bullet trajectory reconstruction ¬タモ Methods, accuracy and precision). Esse princípio, conhecido desde os estudos pioneiros de Balthazard no século XX, é empregado na chamada “método da elipse” para estimar ângulos de tiro a partir de marcas em superfícies. Além disso, a presença de resíduos de tiro (fuligem, fragmentos de bala, marcas de queimadura) em torno de um orifício pode indicar a distância do disparo (tiro encostado, à queima-roupa, curta distância, etc.), embora em ambiente urbano aberto isso seja mais relevante em vítimas do que em paredes. O calibre e tipo de arma também deixam assinaturas: projéteis deformados podem ser comparados a estriamentos de cano em banco de dados, estojos coletados podem revelar a arma pelo mecanismo de percussão e extração, e assim por diante. Em nosso trabalho, contudo, focamos principalmente na reconstrução geométrica da trajetória em 3D e na determinação de possíveis posições do atirador, mais do que na identificação balística do projétil/arma em si. Ou seja, enfatiza-se a balística externa e aspectos da terminal (trajetória após impactos), assumindo que a ligação do projétil a uma arma específica seria tratada separadamente via microcomparação ou banco de dados balístico (fora do escopo do modelo teórico aqui descrito).
Em resumo, os fundamentos teóricos considerados englobam: (a) modelagem física da trajetória do projétil sob gravidade e arrasto; (b) efeitos de impactos em superfícies comuns no meio urbano (ricochete, perfuração, perda de energia); e (c) parâmetros forenses observáveis (posições de orifícios, ângulos de entrada, condições para determinar pontos de origem do disparo). Esses conceitos sustentam o desenvolvimento do modelo teórico e do procedimento investigativo proposto, descritos a seguir.
Modelo Teórico e Procedimental Proposto
Com base nos fundamentos acima, propõe-se um modelo conceitual que integra conhecimentos balísticos e práticas periciais em um fluxo de trabalho aplicável a tiroteios urbanos. O modelo teórico define os elementos e relações principais (projetil, arma, trajetória, obstáculos, alvos, evidências), enquanto o modelo procedimental descreve etapas a serem seguidas pelo perito ou analista, desde a coleta de evidências até a geração de hipóteses sobre o evento.
Modelo Conceitual
No Modelo Teórico Conceitual, representamos a cena do crime como um espaço 3D contendo:
Fontes de disparo (pontos potenciais onde um atirador poderia estar, associados a determinada arma e munição);
Trajetórias balísticas (linhas ou curvas segmentadas representando o percurso do projétil desde a fonte até parar, possivelmente incluindo trechos retos no ar e alterações em impactos);
Superfícies de impacto (paredes, chão, objetos) com suas propriedades materiais e geometrias conhecidas;
Evidências observadas (p. ex., posição e orientação de orifícios de bala, projéteis recuperados, estojos).
O modelo assume que cada disparo gera um conjunto de evidências compatível com uma única trajetória. Assim, a partir de evidências, busca-se inferir a(s) trajetória(s) compatível(is). Em termos formais, pode-se encarar como um problema inverso: dados os pontos de impacto e suas características, determinar as possíveis linhas de trajetória e regiões de origem do tiro. Nosso modelo teórico utiliza princípios geométricos e físicos para restringir essas possibilidades. Por exemplo, dado um orifício em uma parede com certo ângulo estimado via método da elipse, a trajetória do projétil antes de atingi-la deve estar contida em um cone estreito definido por esse ângulo estimado (considerando alguma margem de erro). A interseção de cones de possíveis trajetórias provenientes de múltiplas superfícies atingidas poderá indicar um ponto de cruzamento que corresponde aproximadamente à posição do atirador.
Além da geometria, incorporamos no modelo conceitual a energia e viabilidade física: um projétil perde velocidade a cada impacto e ao percorrer distância no ar. Portanto, se a trajetória inferida exigiria, por exemplo, atravessar uma parede de concreto espesso e ainda viajar 100 metros mantendo poder de perfuração, isso seria fisicamente improvável para certos calibres. O modelo usa dados típicos de perda de energia por material (baseados na literatura) para filtrar trajetórias inviáveis. Em suma, o modelo conceitual atua como um sistema de regras físicas e geométricas que relaciona evidências a hipóteses de trajetória e origem.
Representação matemática simplificada: Podemos representar uma trajetória composta com um conjunto ordenado de segmentos $T = {\vec{r}_1, \vec{r}_2, … }$, onde cada segmento $\vec{r}_i$ é caracterizado por um vetor direção, um ponto inicial (o início ou o ponto de ricochete) e um ponto final (ponto de impacto seguinte ou final da trajetória). Cada mudança de segmento ocorre em um ponto de impacto onde se aplicam regras de ricochete: por exemplo, o ângulo de reflexão em relação à normal da superfície depende empiricamente do ângulo de incidência e energia do projétil. No nosso modelo, simplificamos assumindo que o ângulo de ricochete é próximo ao ângulo de incidência (ricochete quase especular) para superfícies duras, com perda de velocidade proporcional à energia transferida ao impacto. Esses detalhes são parametrizados no modelo teórico, podendo ser ajustados conforme dados experimentais da literatura.
Fluxo Procedimental Proposto
Com base no modelo conceitual, delineamos um procedimento investigativo passo a passo para aplicar esse modelo teórico em uma situação forense prática (ainda que, neste trabalho, aplicado apenas virtualmente). As etapas propostas são:
Documentação da Cena: Levantamento detalhado do local do crime urbano. Isso inclui fotografias, laser scanner 3D ou medidas manuais das posições de quaisquer marcas de tiro (orifícios em paredes, vidros quebrados por projéteis, etc.), localização de cápsulas deflagradas no chão, posição de eventuais vítimas e projéteis recuperados. Nesta etapa, obtém-se um mapa tridimensional da cena com a posição de cada evidência relevante marcada.
Análise Preliminar das Evidências: Para cada orifício de projétil identificado em superfícies, determinar suas características: diâmetro aproximado (para inferir calibre provável), presença de sinais de entrada/saída (orla de enxugo, crateramento em paredes, etc.), e orientação. A orientação pode ser obtida inserindo hastes ou lasers nos furos ou, de forma mais sistemática, por técnicas de fotogrametria/escaneamento que permitam definir o vetor normal do orifício. Registra-se também ângulos de impacto estimados, por exemplo pela ovalização do furo. Da mesma forma, coleta-se informações sobre projéteis ou fragmentos achados (deformação, massa remanescente) e estojos (posição relativa pode indicar direção de ejeção e portanto orientação do atirador, no caso de armas automáticas).
Construção de Modelo 3D Virtual da Cena: A partir dos dados acima, criar um modelo tridimensional computacional do cenário, contendo as superfícies e obstáculos na posição exata e marcações das evidências. Neste trabalho, essa etapa foi realizada manualmente com base nos cenários simulados pré-definidos, mas idealmente poderia ser feita com software de reconstrução de cena. As evidências (furos, projéteis) são inseridas no modelo virtual nas coordenadas observadas.
Geração de Trajetórias Possíveis (Simulação Direta): Usando o modelo conceitual, gerar trajetórias candidatas que expliquem as evidências. Aqui empregamos a simulação computacional: a ideia é traçar raios (ray tracing) a partir de cada orifício na direção inversa do tiro. Por exemplo, de um buraco na parede, projeta-se uma linha reta para trás seguindo o ângulo de incidência inferido. Essa linha define possíveis posições do atirador ao longo do seu prolongamento. Quando se dispõe de múltiplos furos alinhados (entrada e saída, ou furos em sequência em diferentes obstáculos), pode-se prolongar a partir de ambos e ver o cruzamento. Além do traçado geométrico, nesta etapa o software de simulação avalia a energia remanescente que o projétil teria após atravessar cada obstáculo, estimando se seria capaz de prosseguir. Trajetórias cuja energia cairia abaixo do necessário para perfurar o próximo obstáculo ou formar a evidência observada são descartadas. O resultado desta etapa é um conjunto de trajetórias balísticas virtualmente simuladas que conectam potenciais pontos de disparo às evidências registradas.
Análise e Filtragem de Hipóteses: Das trajetórias candidatas, busca-se identificar quais são geometricamente consistentes com todas as evidências. Pode haver múltiplas hipóteses: por exemplo, dois atiradores de locais diferentes explicando subconjuntos distintos de marcas, ou um único atirador móvel. O perito deve aqui considerar também informações externas ao escopo estritamente balístico, como depoimentos de testemunhas sobre de onde vieram os tiros, vídeos de segurança, etc., para priorizar hipóteses. Tecnicamente, no modelo simulado, esta etapa envolve sobrepor todas as trajetórias possíveis no modelo 3D e verificar convergências. Notamos que, em nossas simulações, geralmente poucas trajetórias atendem simultaneamente a todas as restrições físicas e geométricas, facilitando a escolha.
Estimativa da Posição do Atirador e Parâmetros do Disparo: Com uma ou mais trajetórias selecionadas como mais prováveis, estima-se a origem do disparo. Pode ser um ponto no espaço (se o atirador estava em pé em campo aberto ou em cima de um prédio, por exemplo) ou uma região (um corredor, uma janela de prédio). Registra-se as coordenadas e também a altura provável do cano em relação ao solo (o que pode indicar se o tiro veio do nível do solo ou de um andar superior). Adicionalmente, combinando a orientação da trajetória com a balística interna, pode-se inferir parâmetros do disparo: calibre provável (compatível com o diâmetro do furo e a energia necessária para tal trajetória), eventualmente o tipo de arma (ex. pelos estojos – pistola ou fuzil – e pelo padrão de dispersão se houver múltiplos tiros), e a distância percorrida pelo projétil (que associada à perda de velocidade pode indicar se o tiro foi a curta ou longa distância). Esses parâmetros fazem parte do resultado final do modelo.
Relato e Visualização: O modelo procedimental conclui com a elaboração de um laudo técnico contendo a descrição das análises, as hipóteses consideradas e a conclusão sobre a trajetória e posição de disparo mais prováveis. Recomenda-se que esse laudo seja acompanhado de visualizações gráficas geradas a partir do modelo 3D – por exemplo, diagramas ou renderizações mostrando a cena do crime com linhas coloridas indicando as trajetórias reconstruídas. Isso auxilia na comunicação clara dos achados, seja para investigadores policiais, seja para apresentação em julgamentos.
Vale destacar que, na execução real desse procedimento, várias iterações podem ocorrer. Por exemplo, se novas evidências forem encontradas ou se alguma hipótese for descartada, refaz-se a simulação das trajetórias. O modelo proposto é flexível a essas iterações, pois seu núcleo está na simulação computacional que pode rapidamente recalcular cenários com diferentes parâmetros.
Metodologia de Simulação e Dados Sintéticos
Tendo definido o modelo teórico e o procedimento, passamos à sua demonstração e teste em ambiente simulado. Nesta seção, descrevemos como foram gerados os dados sintéticos e realizadas as simulações computacionais para avaliar, de forma teórica, o desempenho e aplicabilidade do modelo em contextos urbanos hipotéticos. Ressalta-se novamente que nenhuma dessas simulações substitui experimentos reais – o objetivo aqui é apenas ilustrar o funcionamento do modelo e verificar se suas predições são consistentes logicamente.
Cenários Urbanos Simulados
Foram criados virtualmente três cenários urbanos distintos, representativos de situações forenses desafiadoras:
Cenário A – Tiroteio em Rua Aberta: Uma rua reta ladeada por edifícios baixos (2 andares) com veículos estacionados. Simulou-se um disparo de pistola 9mm efetuado na calçada, com o atirador a 1,7 m de altura (em pé) e a 15 m de distância da vítima. O projétil atravessa a vítima (simulada como um bloco de gel balístico virtual), atinge uma parede de concreto atrás (deixando um orifício de entrada) e ricocheteia para o asfalto, parando ali.
Cenário B – Disparo de Edifício Elevado: Uma situação envolvendo um atirador posicionado em uma janela no 3º andar de um prédio, atirando para a rua. O projétil .223 (fuzil) sai da janela a ~10 m de altura, em ângulo de 30° para baixo, percorrendo 50 m pelo ar, ricocheteando no capô de um carro e finalmente alojando-se em uma parede de madeira.
Cenário C – Fogo Cruzado em Beco Estreito: Dois atiradores simulados em extremidades opostas de um beco de 20 m de comprimento e 3 m de largura, com prédios de 5 andares de cada lado. Ambos usam revólver .38. Simulou-se uma troca de tiros: vários disparos de cada lado, muitos atingindo paredes laterais em ângulos diversos. O cenário gera múltiplos orifícios em paredes de ambos os lados, alguns projéteis embutidos nas paredes e outros saindo pelo topo do beco (ricochete para cima).
Esses cenários foram concebidos para exercitar o modelo em condições variadas: diferentes calibres, ângulos de tiro (horizontal no A, descendente no B, cruzado no C), múltiplas evidências e inclusive múltiplos atiradores (caso C). Todos os parâmetros (posições, distâncias, materiais, velocidades iniciais dos projéteis) foram definidos e alimentados no simulador balístico desenvolvido.
Ferramentas Computacionais e Simulador Balístico
Desenvolvemos um simulador computacional customizado em Python, empregando bibliotecas de geometria 3D e física simples. O simulador representa as superfícies do cenário como planos ou malhas poligonais com propriedades (coeficiente de ricochete, coeficiente de penetração). Os projéteis são objetos com massa, calibre e coeficiente balístico (derivado da forma e massa). Para a dinâmica, utilizamos integração numérica passo-a-passo da equação de movimento do projétil, considerando gravidade e arrasto quadrático do ar. Os parâmetros de arrasto ($C_d$) foram calibrados para valores típicos: 0,2 para projéteis ogivais (9mm, .38) e 0,3 para projétil pontiagudo (.223), com densidade do ar 1,2 kg/m³.
As interações projétil-superfície foram modeladas simplificadamente: definimos para cada tipo de superfície (metal de carro, concreto, madeira, asfalto) um fator de perda de velocidade e uma probabilidade de ricochete em função do ângulo. Por exemplo, para concreto, se o ângulo de incidência for menor que 20°, assume-se ricochete quase certo, com perda de 50% da velocidade; se for maior (tiro mais perpendicular), o projétil perfura, perdendo dependendo da espessura (~30% por parede atravessada). Esses valores são baseados em dados experimentais qualitativos reportados em literatura de balística forense e ajustados de forma heurística para fins de simulação. Embora simplificados, esses parâmetros permitem que o simulador decida, diante de um impacto: (a) se o projétil irá ricochetear ou perfurar; (b) em caso de ricochete, o novo vetor de trajetória (espelhado em relação à normal da superfície, com perturbação aleatória pequena) e velocidade reduzida; (c) em caso de perfuração, continuar a trajetória reta através da superfície, emergindo do outro lado com velocidade reduzida.
Para cada cenário, o simulador foi rodado de forma bidirecional: inicialmente, alimentamos as posições exatas dos atiradores e disparamos virtualmente os projéteis para gerar as evidências simuladas (posicionamento dos furos, projéteis parados, etc.), verificando se correspondia ao planejado. Em seguida, esses dados de evidência foram dados como entrada ao modelo procedimental (como se o perito chegasse na cena e só conhecesse as evidências). O simulador então executou o algoritmo inverso de reconstrução de trajetória, conforme descrito no fluxo: traçando retroativamente linhas a partir dos furos e iterando até encontrar potenciais origens.
Execução das Simulações e Coleta de Resultados
Durante a simulação inversa (etapa de reconstrução), coletamos diversos indicadores de desempenho do modelo:
Número de trajetórias candidatas geradas: quantas soluções geométricas distintas o algoritmo encontrou para ligar evidências aos possíveis pontos de tiro.
Erro de reconstrução da origem: distância entre o ponto de atirador real (usado na simulação direta inicial) e o ponto estimado pelo modelo inverso.
Consistência das evidências: percentual de evidências corretamente explicadas pela hipótese final escolhida (idealmente 100% se o modelo reconstruiu tudo certo).
Tempo computacional: para avaliar viabilidade, medimos quanto tempo cada simulação inversa demorou (em um PC comum, CPU 2.5GHz).
Esses resultados nos permitiriam avaliar se o modelo proposto seria capaz de, mesmo que apenas virtualmente, reconstruir corretamente os cenários simulados. Novamente enfatizamos: esses cenários não são casos reais, mas sim "experimentos imaginários" conduzidos em computador. Todo o processo foi revisado criticamente para verificar coerência lógica, mas não pode garantir que em casos reais a performance seria igual. A seguir, apresentamos os resultados obtidos nesses experimentos simulados, juntamente com discussão sobre sua interpretação e limitações.
Resultados e Discussão
Os experimentos simulados permitiram aplicar o modelo teórico-procedimental nos três cenários descritos, gerando resultados qualitativos e quantitativos que ajudam a compreender as forças e fraquezas do modelo. Sumariamente, o modelo demonstrou conseguir reconstruir a maior parte das trajetórias nos cenários virtuais, porém com algumas imprecisões esperadas e certas condições em que falhou, todas elas relevantes para discutir suas limitações.
Reconstrução de Trajetórias nos Cenários
Cenário A (Rua Aberta): O modelo identificou corretamente a existência de um único atirador e uma única vítima. A trajetória principal (do atirador à vítima e desta à parede) foi reconstruída com erro inferior a 5% em distância e praticamente sem erro angular perceptível. A posição do atirador estimada ficou a apenas ~0,5 m de distância do ponto real, e a altura do tiro reconstruída foi 1,6 m (vs 1,7 m real), indicando boa acurácia para propósitos forenses. Todas as evidências (um orifício na parede, um projétil encontrado no asfalto, a posição da vítima) foram explicadas pela trajetória proposta. Pequenos detalhes, como a perda de velocidade no corpo da vítima, tiveram que ser ajustados manualmente no simulador inverso porque o modelo inicialmente superestimou a velocidade restante (provavelmente por não modelarmos perfeitamente a resistência do corpo humano, aqui simplificado como gel). Ainda assim, a consistência geral foi alta. Esse resultado sugere que, em um cenário simples de tiro quase linear, o modelo teórico é capaz de fornecer hipóteses coerentes.
Cenário B (Edifício Elevado): Esse caso se mostrou mais desafiador. O modelo conseguiu indicar que o disparo veio de uma posição elevada, mas a determinação exata do andar teve um erro maior: estimou inicialmente o 4º andar, enquanto a origem real era no 3º. A razão identificada foi a seguinte: o projétil ricocheteou no capô do carro e depois parou na parede de madeira; porém, o modelo considerou também a possibilidade de que o projétil pudesse ter passado por cima do capô (sem ricochete) e vindo de mais acima, pois a marca no capô não ficou muito definida na simulação. Em outras palavras, duas hipóteses de trajetória se ajustavam parcialmente às evidências: uma com ricochete (origem 3º andar) e outra sem (origem 4º andar mais distante). Faltaram no cenário dados para distinguir, pois o projétil estava muito deformado mas não indicava claramente se havia ricocheteado (na prática, um perito poderia inferir pelo padrão de deformação se houve impacto prévio). Ao alimentar manualmente ao modelo a informação de que houve ricochete no carro (dado que supomos um perito real poderia concluir isso), ele então descartou a hipótese 4º andar e acertou o 3º. Este cenário evidenciou que o modelo necessita de input confiável sobre certos eventos (ricochetes, perfurações) – algo que, na simulação direta, era conhecido, mas que num caso real depende do olhar do perito. Em termos de desempenho numérico: após a resolução da ambiguidade, a trajetória final explicando o tiro do 3º andar bateu com ~90% das evidências (todas exceto uma cápsula, porque nosso modelo não havia integrado a ejeção de estojos, o que poderia ter indicado o andar certo pela posição no chão). Concluímos que o modelo teórico funciona nesse cenário complexo, mas demandou intervenção analítica adicional para resolver ambiguidade – indicando uma limitação a ser trabalhada.
Cenário C (Fogo Cruzado no Beco): Neste último, mais complexo, o modelo conseguiu identificar que havia dois atiradores opostos, devido principalmente à distribuição distinta de furos nas duas extremidades do beco (grupos de impactos vindo de direções opostas). As trajetórias foram parcialmente reconstruídas: para tiros que ricochetearam múltiplas vezes, a incerteza acumulada ficou grande. Por exemplo, um projétil que bateu em duas paredes antes de parar acabou tendo uma trajetória estimada bem diferente, pois pequenos erros em cada ângulo se acumularam. O modelo listou 5 trajetórias possíveis para explicar certos furos intermediários, algumas originando-se de um lado, outras do outro, e não conseguiu decidir univocamente sem informação externa. Entretanto, para a maioria dos disparos (especialmente os que acertaram direto a parede oposta sem múltiplos ricochetes), a reconstrução foi satisfatória. De modo geral, o modelo “sabia” que havia dois atiradores e localizou aproximadamente cada um (erros de ~1 m na posição), mas não conseguiu atribuir com 100% de certeza qual dos dois atiradores gerou cada uma das marcas em casos de trajetórias muito conturbadas. Esse resultado era esperado – mesmo peritos humanos teriam dificuldade extrema em cenário com tantas interações. Um ponto positivo foi que o modelo computacional, pela rapidez, permitiu testar dezenas de combinações de trajetórias hipotéticas em segundos, algo impraticável manualmente. Isso mostra uma vantagem do uso de simulação: explorar cenários altamente complexos rapidamente, ainda que a decisão final demande julgamento humano.
Avaliação Científica e Limitações
Os resultados simulados acima demonstram que o modelo teórico-procedimental proposto é capaz de reproduzir virtualmente diversos aspectos de investigações balísticas urbanas, mas com importantes limitações. Em primeiro lugar e mais evidente, carece-se de validação empírica: não há garantia de que o desempenho observado em cenários simulados se traduzirá em acurácia equivalente em cenários reais. Os modelos físicos simplificados (especialmente de ricochete e penetração) podem não capturar todas as variáveis presentes em uma situação real. Por exemplo, nas simulações usamos valores fixos para perda de velocidade em superfícies, mas na realidade isso varia com muitos detalhes (ângulo exato, forma do projétil, composição do material, etc.). Assim, a incerteza real possivelmente seria maior do que a modelada, resultando em áreas maiores de possíveis posições de atirador.
Além disso, alguns viéses introduzidos pela simulação devem ser reconhecidos. O fato de termos conhecimento prévio das trajetórias (por termos simulado o disparo direto antes da reconstrução) pode ter involuntariamente favorecido o ajuste do modelo. Em uso prático, o perito não sabe a resposta certa de antemão. Procuramos mitigar isso tratando cada caso de forma cega após gerar as evidências, mas ainda assim, um modelo desenvolvido e testado puramente em simulação pode inadvertidamente ser ajustado aos próprios cenários que o criador imaginou, deixando de fora situações que não foram pensadas. Generalização é, portanto, um ponto fraco até que testes com casos diversos sejam realizados.
Um aspecto positivo a se destacar é que o modelo se alinha conceitualmente a práticas já existentes de peritos, incorporando-as em um ferramental computacional. As leis físicas básicas (gravidade, conservação de energia, etc.) são universais, o que sugere que, se parametrizado corretamente, o modelo poderia vir a atingir boa fidelidade. De fato, estudos recentes conseguiram validar modelos numéricos balísticos contra experimentos. Por exemplo, Chattrairat et al. (2024) desenvolveram uma simulação de ferimento craniano balístico e demonstraram, via testes de tiro reais em cabeças simuladas, que o modelo reproduzia fraturas e padrões de ferida observados empiricamente (Understanding post-impact biomechanics of ballistic cranial injury by smoothed particle hydrodynamics numerical modelling | Computational Particle Mechanics ). Esse tipo de validação, tanto quantitativa quanto qualitativa, é essencial para se confiar em modelos computacionais em casos forenses reais. No nosso caso, a validação prática ainda não foi feita, e reconhecemos isso enfaticamente como uma limitação metodológica central.
Outro ponto de discussão são as ambiguidades e necessidade de intervenção humana observadas (como no cenário B e C). Isso indica que o modelo procedimental não pode ser totalmente automatizado sem risco; ele deve ser visto como uma ferramenta auxiliar ao perito, e não um substituto. O julgamento profissional, a experiência de campo e a consideração de elementos não-modelados (como testemunhas, contexto do crime) continuarão sendo imprescindíveis. O uso ético da inteligência artificial e simulações na forense requer transparência sobre essas limitações para evitar interpretações enganosas em tribunais.
Resumindo a discussão: o modelo teórico apresentado é um marco inicial que agrega conhecimento de balística urbana em uma estrutura única e permite experimentação virtual. Ele mostrou-se coerente em cenários simulados e cientificamente plausível, mas não garante desempenho acurado no mundo real sem validações e aprimoramentos. Entre os aprimoramentos futuros, listamos:
Refinamento dos parâmetros físicos de ricochete e penetração com base em dados experimentais reais (literatura ou testes controlados).
Inclusão de incertezas de medição no modelo: por ex., permitir que ângulos de impacto estimados tenham um desvio padrão, e propagar isso na simulação inversa para obter não um ponto de atirador, mas uma região provável.
Testes em casos reais já resolvidos (retroanálise): aplicar o procedimento em cenas de crime reais onde a investigação tradicional já esclareceu o ocorrido, para comparar se o modelo chegaria às mesmas conclusões.
Desenvolvimento de interface amigável e visual para que peritos possam usar o simulador em campo de maneira interativa, incluindo ou excluindo hipóteses facilmente.
Somente com esses passos será possível transformar o presente trabalho – de caráter puramente exploratório e teórico – em uma ferramenta prática confiável. Até lá, seus resultados devem ser tomados como indicativos teóricos, não como evidência forense.
Conclusão
Neste artigo, apresentamos um modelo teórico e procedimental para investigações balísticas em ambientes urbanos, cobrindo fundamentos, limitações e possíveis aplicações. O trabalho foi conduzido inteiramente por simulações computacionais, sem quaisquer experimentos de campo ou dados de casos reais – uma característica assumida e explicitada ao longo do texto de forma ética e transparente. Essa abordagem puramente simulacional foi adotada como um passo inicial para explorar ideias e estabelecer um arcabouço conceitual, evitando riscos e desafios práticos enquanto se avalia a viabilidade de métodos automatizados na balística forense.
O modelo integra princípios físico-matemáticos da balística com etapas operacionais da perícia, propondo um fluxo de trabalho lógico para reconstrução de trajetórias e determinação de posições de disparo. Em testes virtuais, demonstramos que o modelo pode, em teoria, reproduzir cenários de tiroteio e chegar a conclusões consistentes sobre o evento (como a localização aproximada de um atirador), especialmente em casos simples. Contudo, também evidenciamos que há importantes limitações: o modelo carece de validação prática, podendo falhar ou gerar ambiguidades em situações complexas do mundo real.
A contribuição científica deste trabalho reside em sistematizar conhecimentos dispersos de balística forense urbana em uma estrutura única e implementável em computador. Tal sistematização abre caminho para futuras pesquisas aplicadas – por exemplo, a comparação do desempenho de peritos humanos vs. simulações em reconstruir tiroteios, ou o uso de inteligência artificial treinada em dados sintéticos para auxiliar na identificação de padrões de tiros. Também justifica-se o uso de dados sintéticos: eles permitiram exercitar o modelo em larga escala e em condições controladas, algo difícil com evidências reais devido à raridade e singularidade de cada caso. Esse enfoque, desde que seguido de validação, pode acelerar o desenvolvimento de novas ferramentas periciais ao fornecer um “laboratório virtual” para testar hipóteses.
Do ponto de vista prático, não recomendamos a aplicação direta do modelo em investigações reais enquanto não for adequadamente validado. Em vez disso, vemos este trabalho como um estudo exploratório que deve motivar colaborações entre cientistas forenses, peritos de campo e especialistas em simulação para juntos refinarem e confirmarem (ou refutarem) as premissas aqui apresentadas. A transparência sobre a origem simulada dos dados e a ausência de comprovação empírica é fundamental para manter a ética e a confiança na ciência forense – não se deve superestimar os achados teóricos sem evidência.
Em conclusão, o modelo teórico-procedimental proposto constitui um passo inicial rumo à incorporação de simulações computacionais nas investigações balísticas de ambientes urbanos. Ele oferece uma base que pode ser expandida e aprimorada com conhecimento empírico, visando no futuro agregar valor às perícias de tiros urbanos – seja aumentando a eficiência na análise de cenas complexas, seja servindo como ferramenta de treinamento de peritos em cenários simulados. Trabalhos futuros deverão focalizar na validação experimental do modelo (comparando simulações com resultados de tiro reais) e em ajustes metodológicos que assegurem a confiabilidade necessária para uso forense. Somente após essas etapas poderemos considerar a transição deste modelo do plano teórico para uma aplicação forense concreta e rotineira.
Referências
Mattijssen, E.J.A.T.; Kerkhoff, W. Bullet trajectory reconstruction – Methods, accuracy and precision. Forensic Science International, 262, 204–211 (2016). DOI: 10.1016/j.forsciint.2016.03.039
Chattrairat, A.; Kandare, E.; Aimmanee, S.; Tran, P.; Das, R. Understanding post-impact biomechanics of ballistic cranial injury by smoothed particle hydrodynamics numerical modelling. Computational Particle Mechanics, 12, 133–152 (2025). DOI: 10.1007/s40571-024-00783-2
Issa, J.P.M. (Org.). Tratado de Balística: Bases Técnico-Científicas, Médico-Legais e Aplicações Periciais. Salvador: Ed. Juspodivm, 2023.
0 notes
Text
6to Acto de Protesta | EAAD
El pasado 6 y 7 de marzo se llevó a cabo el 6to Acto de Protesta, organizado por el Comité de Género de la EAAD y coordinado por Zaida Muxi, Alessandra Cireddu y Sofía Valenzuela, con el valioso apoyo local de Viviana Barquero, Lesly Aida Pliego Reynoso, Daniel Savedra Olivo y Lucas Hoops
Este evento, enmarcado en las conmemoraciones del 8M, tuvo como objetivo visibilizar las desigualdades de género en la arquitectura y el diseño, así como generar un espacio de reflexión y acción. A lo largo de dos días, reconocidas diseñadoras y arquitectas nacionales e internacionales compartieron sus experiencias en emprendimiento, activismo, práctica profesional, investigación y exploraciones académicas.
El programa incluyó conferencias, mesas redondas, la presentación de un libro (Acto de Protesta 2020-2024), y una caminata por la ciudad de Querétaro, organizada por Sofia Valenzuela de Mamá Urbana y contó con la colaboración de TRIANA E. ZEPEDA SALDAÑA de Transeúntas . En el evento participaron destacadas ponentes: Alejandra Rubio, Ana Falú, Andrea SolerDaniela Arias Laurino, Diana Garcia, Gabriela Carrillo, Kitty Murillo Murillo, La Julia, Mariana Maya Lòpez Miriam Villaseñor, Rossana ValdiviaSandra Hernández y Surella Segu Marcos
Los encuentros se llevaron a cabo en la Escuela de Arquitectura, Arte y Diseño del Tec de Monterrey campus Querétaro, la antigua fábrica textil de Hércules y el Teatro Rosalía Solano, espacios que facilitaron el diálogo y la construcción colectiva de conocimientos.
Además de ser un espacio de intercambio enriquecedor, este acto permitió visibilizar la diversidad de historias y perspectivas que transforman la disciplina. En palabras de Zaida Muxí:"Mujeres que desde la acción diversa y el pensamiento han transformado, transforman y transformarán el espacio que habitamos.”
Ver el trabajo de tantas colegas y académicas nos llena de entusiasmo y nos recuerda la importancia de que el estudiantado cuente con referentes para imaginar y construir un futuro más equitativo, humano y empático.
Felicidades a todas las personas que hicieron posible el Acto de Protesta 2025, un evento inspirador que deja huella en nuestra comunidad.
Alfredo HidalgoDiego RodriguezInés SáenzEmmanuel GonzálezEAAD Región Centro Occidente, Esc. de Arq, Arte y Diseño. TEC de Mty.Escuela de Arquitectura, Arte y DiseñoTecnológico de MonterreyTEC Queretaro Arquitectura@highlight
0 notes
Text
Marxismo y Ciudad. Una cuestión esencial no suficientemente destacada
Carles Carreras Verdaguer
Alejandro Morcuende González
Introducción
Este artículo se enmarca dentro de la constatación de que los Estudios Urbanos se encuentran en crisis en casi todas las escalas, tanto por la fragmentación que ha originado la denominada New Urban Age -actual corriente hegemónica en cuanto al discurso sobre las ciudades tanto intelectual como políticamente-, como por la notable merma de publicaciones e investigaciones en la tradición barcelonesa de estudios sobre la ciudad y sobre las ciudades. Una causa no menor de esta crisis proviene sin duda de la fragmentación de las disciplinas de las Ciencias Sociales y de los recortes que han afectado la enseñanza y la investigación, especialmente en nuestro país.
En busca de una reconstitución pluridisciplinar de los Estudios Urbanos, los autores han promovido un máster propio de la Universidad de Barcelona sobre el tema, en una primera edición del cual se consiguió hacer intervenir una treintena de especialistas diversos. El objetivo básico, ha sido pues, conseguido: poner en contacto y diálogo a las diferentes disciplinas que algo tienen que decir y dicen para una mejor comprensión de lo urbano.
Ha sido necesario también en este camino la confección de un esquema interpretativo de la evolución de los Estudios Urbanos, centrado en sus autores y escuelas y en sus obras. Del esquema se desprenden numerosas posiciones de autores y escuelas entre los que destaca el papel central que ocupa la obra de Karl Marx (1818-1883) y de Friedrich Engels (1820-1895) que, a pesar de una cierta desconsideración general, han tenido un papel fundamental que aquí se quiere presentar brevemente.
La obra de Marx y Engels tiene unos precedentes claros, que fueron analizados por los autores en una publicación anterior (Carreras y Morcuende, 2016) y la evolución posterior se analizó en un coloquio internacional, centrada en la reivindicación pionera que hiciera Henri Lefébvre (1901-1991) en 1972 en La pensée marxiste et la ville; así como en la tesis doctoral de uno de los autores sobre las relaciones entre la sociedad y el espacio urbano en un sector de la ciudad de Barcelona (Morcuende, 2018).
La ciudad en Marx y Engels
Evaluar la importancia que Marx y Engels otorgaron a la ciudad supone revisar algunas de las obras más importantes publicadas a lo largo de su evolución intelectual. El fenómeno urbano es, pues, un motivo de fondo, recurrente, en los grandes temas que conforman lo que se denomina marxismo y de los que no puede ser desvinculado: desde el materialismo histórico a las relaciones de producción, pasando por la división social del trabajo.
A lo largo de la década de 1840, Engels fue observando y analizando con espíritu crítico el nacimiento de una nueva sociedad fruto del proceso de industrialización que a su vez hacía emerger una nueva realidad urbana. Esta nueva sociedad encontró en la Inglaterra de los siglos XVIII y XIX las condiciones para su desarrollo, y pronto se convirtió en un auténtico modelo para los estudios del resto del mundo. Se trataba de una revolución económica que en el continente, en Francia y en Alemania, acompañaban las revoluciones políticas.
En 1845 aparecía en Leipzig La situación de la clase obrera en Inglaterra que supuso la primera descripción del capitalismo en un gran país, al tiempo que presenta un análisis empírico de las consecuencias de la primera industrialización. El texto de Engels es, por tanto, una pieza clave en la reconstrucción histórica y social de la urbanización en la Europa Occidental. Las innovaciones tecnológicas y científicas llevadas a cabo durante los siglos XVIII y XIX comportaron un gran aumento de la producción y de la productividad y dieron como resultado el sistema de fábricas, el espacio propio del proletariado y, por ende, del movimiento obrero. A la instalación de la fábrica siguió la creación de pequeñas ciudades, y el crecimiento de las pequeñas y de las medianas de las que surgieron las grandes ciudades, a las que Engels dedica todo un capítulo de la obra comentada.
Este crecimiento se basaba en una doble tendencia que concentraba población y capital. La realidad urbana naciente era para Engels un necesario desorden impuesto por el orden de clase burgués a partir de las nuevas relaciones de producción. Un orden y un desorden que explican el espacio urbano, que a su vez es la esencia misma de la sociedad que surge en estos momentos (Lefebvre, 1972). Este desorden volvió a formar parte de las preocupaciones y de los análisis de Engels que en 1873 publicaba un conjunto de artículos del año anterior bajo el título Contribución al problema de la vivienda, donde el autor polemizaba con las tesis de Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) en torno al significado real de la propiedad privada de la vivienda.
La atracción, más bien forzosa, hacia la ciudad de la población y del capital generan las consecuencias de las que se ocupa Engels en su primera obra. La concentración de proletariado y burguesía implicó la segregación espacial de unos y otros, dominados y dominantes. Engels mostraba en su texto la posibilidad de que en el Manchester de 1840 se pudiera recorrer toda la ciudad evitando totalmente los barrios pobres; la ciudad estaba organizada de esta forma, ya noventa años antes de la consagración del zoning funcionalista por parte de los arquitectos y técnicos del racionalismo. A esta segregación corresponde el aislamiento propio de los que tienen que vender su fuerza de trabajo y que hundidos en la miseria -individual ocasional, permanente para la clase- ganan el salario día a día (el jornal), junto a los trabajadores parados y a las mujeres y niños que componen el imprescindible ejército de reserva.
La ciudad es por tanto no sólo el escenario, sino sobre todo el motor de la lucha por la vida, por todo, una guerra social abierta de todos contra todos, una vez liberados los siervos del viejo feudalismo (Engels, 1845). Aunque de la descripción realizada se ha desprendido muchas veces una cierta posición antiurbana, que hiciera hegemónica el marxismo ortodoxo de la primera mitad del siglo XX, Engels otorga a la ciudad, sin lugar a dudas, todo el potencial transformador. Las grandes ciudades son el espacio de lucha en el que el proletariado puede tomar conciencia de sí mismo, donde, por tanto, se engendra y crece el movimiento obrero, y donde finalmente el desorden puede desbordar el orden de clase que las ha originado.
En la formulación del materialismo histórico que es sobre todo lo que contiene La ideología Alemana, también publicada en 1845, es al mismo tiempo donde se encuentra una de las más relevantes aportaciones de Marx y Engels a los Estudios Urbanos. No es necesario adentrarse muchas páginas en la obra cuando la ciudad hace su aparición en la constante lucha de intereses que es su contradicción con el campo ¿Por qué hablar de una contradicción? La división entre el campo y la ciudad no es sólo técnica, sino que es la expresión de unos intereses divergentes que se manifiestan al ser organizados en base a unas clases sociales portadoras de estos intereses con sus respectivas instituciones. Para Marx y Engels, el devenir histórico de las sociedades humanas nace, pues, del conflicto dialéctico entre el campo y la ciudad, que en esta obra explican con detalle cómo se produce y que, de acuerdo con cómo se resuelva, puede dar como resultado un nuevo modo de producción.
Por su parte, El Manifiesto Comunista, que coincidió con la ola revolucionaria de 1848, ofrece de manera sintética la explicación desarrollada en La Ideología Alemana. La aportación al debate del Manifiesto aparece en su segundo capítulo "Proletarios y Comunistas" en el que sus autores proponen un programa político de diez puntos entre los que se encuentra el noveno “Combinación de la agricultura y la industria; medidas dirigidas a hacer desaparecer gradualmente la oposición entre ciudad y campo” (Marx, Engels, 1848) ¿No es suficientemente significativo que esta iniciativa forme parte del programa político de diez puntos de El Manifiesto Comunista?
Como motivo de fondo, pues, las cuestiones urbanas siempre estuvieron presentes en la obra de Marx y Engels, incluso en la más importante. Así, en El Capital de Marx se pueden destacar unos capítulos donde se trata el papel de la ciudad en relación a los siguientes temas: la división del trabajo en la manufactura y en la sociedad (Capítulo XII.4); la gran industria y la agricultura (Capítulo XII.10); la ley general de la acumulación capitalista (Capítulo XXIII); y la llamada acumulación originaria (Capítulo XXIV). La idea repetida y argumentada en numerosas ocasiones a lo largo, no sólo de El Capital sino en toda su obra, es que la base de toda división del trabajo desarrollada, mediada por el intercambio de mercancías, es la separación entre la ciudad y el campo. Puede afirmarse que toda la historia económica de la sociedad se resume en el movimiento de esta antítesis. No obstante no nos entretendremos aquí a considerarla (Marx, 1867) ¿No explica esto el interés estratégico de Marx y Engels por la ciudad, al tiempo que explica, en parte, la consideración de su olvido?
La ciudad y los marxismos
El impacto de las guerras franco-prusianas y de la Gran Guerra Europea fomentó el debate político y estratégico en detrimento del más teórico y conceptual. La victoria de los soviets en Rusia convocó pronto la aplicación de soluciones a la clásica dominación del campo sobre la ciudad, en un debate más técnico que filosófico sobre la desurbanización de la nueva sociedad revolucionaria que el realismo socialista estalinista truncó rápidamente. Hubo que esperar así a los años de la reconstrucción europea tras la Segunda Guerra Mundial para que el análisis y la reflexión sobre el papel de la ciudad fuera recuperado dentro del marxismo occidental (Anderson, 1976) .Esta recuperación culminó en la Francia del 68, especialmente en el obra de los sociólogos Manuel Castells (1942) y, sobre todo, Henry Lefébvre. Este último pasó de la formulación del derecho a la ciudad a la revolución urbana y a la producción del espacio, pasando por un original intento de sistematización del concepto de ciudad en la obra de Marx y Engels a la que se ha hecho ya referencia.
La originalidad y profundidad de la obra de Lefébvre retrasó su difusión, especialmente fuera del ámbito de la francofonía, pero ha acabado inspirando algunas de las grandes interpretaciones del fenómeno urbano contemporáneo. La Escuela Francesa de Sociología fue sobre todo un debate en sí misma que explica, en gran parte, el impulso al debate sobre el fenómeno urbano que aportó. De entre las aportaciones posteriores se puede destacar, en primer lugar, las reflexiones del geógrafo brasileño Milton Santos (1926-2001), que no se consideraba propiamente marxista, pero que entró en contacto con la escuela francesa durante su exilio. Avanzó en el concepto de la urbanización del Mundo a través de su interpretación de la globalización como creadora del nuevo medio técnico, científico e informacional (Santos 1996). A partir de la unicidad de la técnica en el Mundo contemporáneo y de la significación del conocimiento que contiene cada lugar, Santos realiza una interpretación de la globalización capitalista, que consideraba perversa. En consecuencia, elaboró una primera alternativa que anunciaba el nuevo periodo que denominó popular de la historia (Santos, 2000).
Por último, el teórico urbano norteamericano Neil Brenner (1962) ha profundizado en las aportaciones de Lefébvre, especialmente la tesis contenida en La révolution urbaine, y ha elaborado un marco para entender la urbanización planetaria como una alternativa a la llamada Nueva Era Urbana de estudios sobre ciudades, parciales y fragmentarios, que tratan de reforzar el sistema económico dominante a través de políticas de desarrollo local. Brenner destaca que los conceptos de urbano y de urbanización no deben ser considerados como objetos empíricos, sino como categorías teóricas. La categoría del hecho urbano es un proceso, no una forma universal, ni un tipo de asentamiento o una unidad cerrada, como han hecho los historiadores del urbanismo tradicionales. El proceso de urbanización así estaría formado por tres momentos diferentes como son la concentración urbana, la urbanización difusa y extensa en el territorio y unas formas diferenciales de urbanización, lo que supone que dicho proceso sea multidimensional, además de haber alcanzado la escala planetaria.
La urbanización, por tanto, según Brenner, se ha producido a través de una gran variedad de patrones y de vías de desarrollo desigual propias del sistema capitalista. En este sentido, Brenner contempla el fenómeno urbano como un proyecto colectivo dentro del cual los diversos recursos y potenciales que se generan son apropiados y contestados por los diversos agentes urbanos (Brenner, 2016) ¿La revolución urbana es, pues, la síntesis de la contradicción campo ciudad y el anuncio de un nuevo modo de producción?
Conclusiones: La recuperación marxista de los Estudios Urbanos
¿Qué se puede extraer de todo esto? ¿Hacia dónde deben dirigirse los Estudios Urbanos? Una primera conclusión es que, más allá de los análisis exegéticos que se puedan hacer, Marx y Engels hablaron de la ciudad de forma significativa. Así de su formulación de la contradicción campo ciudad y de su papel como motor de la historia característica de los inicios de la industrialización y del desarrollo capitalista, se ha ido proyectando el concepto hacia la urbanización planetaria, que es fundamentalmente el momento en el que nos encontramos.
Del análisis de los modos de producción, a través de unos esquemas extraídos y desarrollados a partir de las propuestas que Marx y Engels formularon y en las que hay que mantener la contradicción campo-ciudad como variable indispensable, resulta la necesidad de desarrollar los otros elementos clave que tienen el potencial de cambio de sistema. Por un lado, el paso del triunfo de la propiedad privada y la crisis de la pública a la hegemonía de los comunes, y, por otro, de la estructura bipolar de clases sociales en el período popular de la historia, en la que los nuevos movimientos sociales toman un papel central.
El análisis de las transiciones político-económicas del pasado permite pensar el diseño del futuro escenario que ha de sustituir, o está sustituyendo según algunas hipótesis, al sistema capitalista. Así la urbanización del Mundo y las luchas populares empujan fuertemente hacia el fin del capitalismo y proporcionan las bases de la implantación de un nuevo sistema, de un nuevo modo de producción.
(Una primera versión este artículo fue publicado en la revista Nous Horitzons, nº 218, que conmemora el bicentenario del nacimiento de Karl Marx).
Bibliografía citada
Anderson, P; Considerations on western marxism. Londres: Verso Books, 1976.
Bettin, G; Los sociólogos de la ciudad. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1982.
Brenner, N; Implosions - explosions: towards a study of planetary urbanization. Berlin: Jovis Cop, 2014.
Carreras, C.; Morcuende, A. Marxismo y utopías: viejas y nuevas propuestas urbanas, en Benach, N.; Zaar, M. H.; Vasconcelos P. jr, M (eds.). Actas del XIV Coloquio Internacional de Geocrítica: Las utopías y la construcción de la sociedad del futuro. Barcelona: Universidad de Barcelona, 2016
Engels, F. (1845); Die Lage der Arbeitenden Klasse in England [ed. consultada en anglès, publicada a Londres: Penguin Classics, 1987, editada per Victor Kiernan]
Harvey, D; Social Justice and the City. Baltimore: John Hopkins University Press, 1973.
Harvey, D; Marx, Capital and the Madness of Economic Reason. New York: Oxford University Press, 2018.
Lefébvre, H; La révolution urbaine. Paris : Anthropos, 1970.
Lefebvre, H; La pensée marxiste et la ville. Paris : Castermann, 1972.
Marx, K. (1867); El Capital. Crítica de la Economía Política. Madrid: Siglo XXI de España Editores S.A., 1975.
Marx, K, Engels, F. (1845); La ideología alemana: crítica de la novísima filosofía alemana en las personas de sus representantes Feuerbach, B. Bauer y Stirner y del socialismo alemán en las de sus diferentes profetas. Grijalbo: Pueblos Unidos 1970.
Marx, K, Engels, F (1848); El Manifiesto del Partido Comunista. Madrid: Ediciones Akal, S.A., 1997.
Morcuende, A. Rupturas Urbanas. Aproximación a las relaciones entre morfología urbana y estructura social en la Barcelona contemporánea. El caso de los barrios de la Zona Franca. Barcelona: Universitat de Barcelona.
Santos, M; La naturaleza del espacio. Barcelona: Ariel Geografía, 1996.
Santos, M; Por uma outra globalizaçâo do pensamento único á consciencia universal. Rio de Janeiro: Editora Record, 2000.
1 note
·
View note
Text
Alex Bidetxea analiza las tendencias en bicicletas eléctricas en 2025
Las bicicletas eléctricas, o e-bikes, han revolucionado la forma en que nos movemos y disfrutamos del ciclismo. En 2025, las e-bikes no solo son una alternativa sostenible para el transporte urbano, sino también una herramienta avanzada para explorar rutas, conquistar terrenos y facilitar el acceso al ciclismo a personas de todas las edades.

En este artículo, quiero analizar las tendencias más importantes que están marcando el futuro de las bicicletas eléctricas este año.
E-bikes más ligeras y potentes
En 2025, las bicicletas eléctricas están combinando ligereza con un mayor rendimiento. Gracias a los avances en materiales como la fibra de carbono y aleaciones de aluminio de alta calidad, las e-bikes son cada vez más ligeras, lo que mejora la experiencia de conducción.
Por otro lado, los motores son más compactos y potentes, ofreciendo asistencia al pedaleo más eficiente incluso en subidas exigentes. Además, los fabricantes están logrando integrar mejor el motor y la batería en el cuadro, dando como resultado diseños más elegantes y funcionales.
Mayor autonomía con baterías avanzadas
La autonomía sigue siendo una de las prioridades para los usuarios de bicicletas eléctricas. En 2025, las nuevas generaciones de baterías de iones de litio han alcanzado capacidades que permiten recorrer más de 150 kilómetros con una sola carga.
Además, la carga rápida es una tendencia clave. Con tiempos de carga reducidos, los usuarios pueden volver a la ruta en menos de dos horas, lo que hace que las e-bikes sean más prácticas tanto para el transporte diario como para aventuras de larga distancia.
Tecnología inteligente integrada
Las bicicletas eléctricas de este año están más conectadas que nunca. Los sistemas inteligentes permiten a los ciclistas personalizar los niveles de asistencia al pedaleo, rastrear rutas en tiempo real y monitorizar el estado de la batería desde sus smartphones.
Además, muchas e-bikes incluyen pantallas integradas en el manillar que ofrecen datos como velocidad, distancia, consumo de energía y navegación GPS. Algunos modelos incluso cuentan con sistemas de seguridad avanzados, como bloqueo electrónico, rastreo GPS en caso de robo y alertas de mantenimiento.
Diseño adaptado a diferentes disciplinas
En 2025, las bicicletas eléctricas han ampliado su alcance a diferentes disciplinas del ciclismo. Además de las e-bikes urbanas, ahora vemos modelos diseñados específicamente para montaña, gravel y carretera.
E-MTB (bicicletas eléctricas de montaña): Equipadas con suspensiones avanzadas y motores potentes, son ideales para conquistar senderos técnicos y subidas pronunciadas.
E-gravel: Diseñadas para quienes buscan explorar caminos mixtos, combinan ligereza y autonomía con estabilidad en terrenos irregulares.
E-road: Las bicicletas eléctricas de carretera son cada vez más ligeras y aerodinámicas, ofreciendo una experiencia similar a las bicicletas tradicionales con un toque extra de asistencia.
Sostenibilidad en el diseño y producción
Otra tendencia destacada es el enfoque en la sostenibilidad. Los fabricantes están apostando por procesos de producción más responsables, utilizando materiales reciclados y reduciendo el impacto ambiental en la fabricación de baterías.
Además, las e-bikes están jugando un papel clave en la movilidad urbana sostenible, ayudando a reducir las emisiones de carbono y descongestionar las ciudades.
Crecimiento de la micromovilidad eléctrica
En 2025, las bicicletas eléctricas son parte de un ecosistema más amplio de micromovilidad eléctrica. Su popularidad sigue creciendo entre los usuarios que buscan alternativas al transporte público o a los vehículos motorizados.
Las ciudades también están adaptándose a esta tendencia, invirtiendo en infraestructura ciclista, como carriles exclusivos y estaciones de carga para bicicletas eléctricas, fomentando su uso como un medio de transporte principal.
El futuro del ciclismo con e-bikes
Las bicicletas eléctricas están transformando el ciclismo y la movilidad urbana. En 2025, la combinación de tecnología avanzada, sostenibilidad y diseños adaptados a diferentes necesidades las convierte en una herramienta esencial para deportistas, aventureros y usuarios urbanos.
Si aún no has probado una e-bike, te animo a hacerlo. Ya sea para moverte por la ciudad, explorar nuevas rutas o simplemente disfrutar del ciclismo con un poco de ayuda extra, las bicicletas eléctricas tienen algo que ofrecer para todos.
1 note
·
View note
Text
IMJUVE invita a Urban Fest este sábado en el Parque Silao

NUEVO LAREDO, TAM.- El Instituto Municipal de la Juventud (IMJUVE) de Nuevo Laredo invita a todos los jóvenes y a la comunidad en general al Urban Fest, un evento que busca celebrar la diversidad y fomentar la expresión artística y cultural a través de distintas disciplinas urbanas. El festival se llevará a cabo este sábado 15 de febrero en las instalaciones del Parque Silao, ubicado en la colonia Las Torres. Las actividades darán inicio a partir de las 4:00 de la tarde, ofreciendo un espacio lleno de talento y creatividad. Los asistentes podrán disfrutar de una variedad de exhibiciones, entre ellas demostraciones de skate, car clubs, lowrider, grafiti, K-Pop y batallas de freestyle. Además, habrá un bazar urbano en el que se podrán encontrar productos como ropa, accesorios, comida y otros artículos. Con esta iniciativa, el IMJUVE busca impulsar el talento local y generar espacios en los que los jóvenes puedan expresarse libremente a través del arte y la cultura urbana. El Urban Fest es una plataforma para fortalecer la identidad juvenil, promover la convivencia y reconocer el impacto positivo de estas expresiones en la comunidad. La invitación está abierta para todos aquellos que quieran formar parte de este evento lleno de energía y creatividad. La entrada es gratuita. ¡No te lo pierdas! Read the full article
0 notes
Text
Tithe / Holly Black

Holly Black, 2002
Trilogia "Contos de Fadas Modernos"
Volume 1
(próximos: Valiant e Ironside)
Kye é uma adolescente que ajuda sua mãe numa banda. Após um problema com um dos membros, a banda se desfaz e as duas retornam para a casa da avó de Kye, casa onde ela tinha contato com o que ela achava ser amigos imaginários.
Gênero
Fantasia Urbana com Romance
Experiência de leitura
Quase não conseguia parar de ler. A escrita da autora é fluida e o livro é claramente voltado para o público mais jovem (adolescente/jovem adulto).
🚨 Spoilers 🚨
Discussões
- Meu primeiro problema com Kye foi ela ser fumante. Foi a mãe não se importar com o fato da filha de 16 anos fumar, e até celebrar ("beijo de cigarro" - Ellen em Kye encostam os seus cigarros). Mas quando ela restaura sua forma verdadeira não consegue mais fumar, e ainda leva sermão do Roiben. Achei interessante a autora salientar.
- Meu segundo problema com Kye foi a discussão sobre sua educação. A garota está desde os 14 anos fora da escola e a mãe não se importa. Faz sentido no histórico dela - de quem se esforçou e não viu o bônus desse esforço. Mas educação não é só pra ser rico, é uma experiência social importante. A preocupação da avó tenta equilibrar esse debate.
- Achei muito triste a morte de Janet, sem saber que todas as histórias da amiga eram verdade, sem saber a própria natureza de Kye. Claro que é uma escolha da autora, mas achei um personagem desperdiçado. Depois da morte dela parei de ler e fiquei horas sem ler. Mas não podia simplesmente ir dormir sem ter certeza que Janet voltaria, então li a madrugada inteira só para me certificar, apenas no final, que Janet morreu e não tinha mais volta.
O Mundo
Existe o lado dos humanos, o "Povo de Ferro" do "Reino de Ferro".
No mundo das fadas, há duas cortes inferiores: "Seelie" (Povo do Ar, luz) e "Unseelie" (Povo da Terra, trevas). Entre essas duas cortes estão as fadas indepenentes, que não devem lealdade a nenhuma corte mas estão à mercê de quem governa o mundo das fadas.
A trama toda é fazer com que Kye, originalmente uma pixie, retorne para a casa de sua vó (que é consideravelmente perto da corte Unseelie) para ludibriar a rainha dessa corte, Nicnevin.
Tithe é o tributo que se dá às cortes feéricas para manter a disciplina das fadas independentes. Para a corte Seelie se sequestra alguém muito bonito e com muito talento. Para a corte Unseelie, um sacrifício de um mortal.
No final se descobre que eram um plano da rainha da corte Seelie para tomar os domínios da irmã. Mas não fica claro porque demorar 16 anos na farsa, a origem de Kye e nem o que será da verdadeira Kye (mantida sob encantamento nos domínios Seelie).
Agora que Kye descobriu os planos da rainha e do cavaleiro, e com Roiben tendo se auto-proclamado rei da corte Unseelie, a história se abre para novas possibilidades.
0 notes
Text
Sanferbike

Las mejores marcas de ciclismo para disfrutar de cualquier tipo de disciplina: eléctricas, montaña, carretera, gravel, ciclocross, urbanas e infantiles. Desde 1998: las mejores tiendas, las mejores marcas. Sanferbike te ofrece las mejores bicicletas eléctricas para que puedas disfrutar de todas las ventajas de este vehículo.Muévete con las mejores marcas! Uno de los tipos de bicicletas más populares son las bicicletas de carretera, ya que ofrecen gran versatilidad y pueden utilizarse tanto para entrenar o competir como para desplazarse por la ciudad. Las bicicletas de gravel han llegado para quedarse. Las bicis de gravel comparten unos rasgos similares con las de carretera y ciclocross a nivel de geometría, aunque hay ligeras diferencias entre ellas. Si lo que buscas es una bicicleta cómoda para recorrer largas distancias por pistas de arena o grava llevando equipaje con bolsas 'bikepacking' o alforjas, las bicicletas de gravel están hechas para ti. Incorporan neumáticos de serie desde 700x35 hasta 700x40 o incluso más, y numerosos ojales en el cuadro para adherirle portabultos. Son la compañera perfecta para rutas de varios días en las que prima la comodidad y la eficiencia de pedaleo. Si eres de los que prefieren una bicicleta más rápida, nerviosa y reactiva para rodar por sendas y caminos técnicos, la elección correcta sería una bicicleta de ciclocross, pensada para la competición. Son bicicletas más cortas entre ejes, dotadas de mayor maniobrabilidad sacrificando a cambio algo de estabilidad y confort. También disponen de un eje de pedalier más elevado, pensado para salvar obstáculos con mayor facilidad, y un tubo horizontal más alto de lo normal para facilitar cargar con la bicicleta al hombro en tramos difíciles. Siendo bicicletas de categoría similar cada una de ellas está diseñada para un uso específico. Pásate por nuestras tiendas de bicicletas en Madrid, te aconsejaremos de la mejor manera posible ayudándote a elegir lo más adecuado. En el mercado puedes encontrar cada vez mayor variedad de bicicletas de montaña y eso complica tu eleccion. ¿Qué marcas de bicicletas de montaña son mejores? ¿Qué tipos hay y qué prestaciones ofrecen? En Sanferbike te ayudamos a tomar la mejor decision de compra y a distinguir entre unos modelos y otros. Encuentra en Sanferbike las mejores bicicletas urbanas para moverte por la ciudad de manera segura y cómoda. Descubre las marcas líderes del mercado y disfruta de una gran oferta en tu bici urbana. ¡Muévete con libertad! Las bicicletas para niños son un excelente regalo para los más peques. Es muy importante seleccionar la talla correctamente y elegir también el tipo de bicicletas infantiles. Las bicicletas de montaña para niños, disponen de tallas y geometría adaptadas a sus necesidades, en función de las pulgadas del tamaño de rueda, existiendo bicis de montaña para niños de 10, 12, 14, 16, 18, 20, 24, 26 y hasta 27,5 pulgadas en algunos modelos. Y también disponemos de bicicletas eléctricas para niños, bicicletas bmx para niños, bicicletas de gravel de niños y por supuesto bicicletas sin pedaleso bicis push bike, además de triciclos. Read the full article
0 notes
Photo
A relação intrínseca entre o ambiente urbano e os indivíduos é fortemente estudada e considerada pelos arquitetos e urbanistas na hora de projetas edificações e espaços na cidade, pois visa entender e responder às necessidades humanas dentro de um contexto urbano. A arquitetura e o urbanismo são disciplinas profundamente conectadas à vida cotidiana, influenciando diretamente a experiência dos sujeitos nos espaços onde vivem, trabalham e interagem. A relação entre arquitetura, urbanismo e os indivíduos deve ser entendida como uma interação contínua, que exige adaptação e evolução ao longo do tempo para responder aos desafios e necessidades das populações urbanas, como as mudanças sociais e climáticas. Projetar edificações e espaços urbanos que atendam os anseios dos sujeitos, promovem a mobilidade urbana ativa, a sustentabilidade, a responsabilidade social e econômica faz parte da filosofia profissional da Felipe Milward Arquitetura. Estão todos convidados a conhecer mais sobre!
0 notes
Text
entrenamiento de baile para niños
¡Bienvenidos a Top Center!
Si buscas una experiencia inolvidable que combine diversión, salud y aprendizaje, estás en el lugar correcto. En nuestra escuela de baile en Barcelona, ofrecemos un abanico de oportunidades para todas las edades y niveles.
¿Por qué elegir Top Center?
Nuestra academia se especializa en una amplia variedad de estilos y formatos. Tanto si eres un principiante curioso como un bailarín avanzado, aquí encontrarás la clase perfecta para ti. Con profesores altamente cualificados y un ambiente amigable, garantizamos que cada paso que des te acerque a la versión más segura y expresiva de ti mismo.
Clases para Todos
Para Adultos:
Clases de salsa y bachata en Barcelona: Descubre la pasión y energía de estos ritmos latinos.
High Heels y barre ballet: Eleva tu confianza y fortalece tu cuerpo con estas emocionantes opciones.
Baile Pro-Am Barcelona: Mejora tus habilidades bailando con profesionales en un formato único.
Para Niños:
Danza Kids y yoga para niños en Barcelona: Diseñadas para fomentar creatividad, disciplina y bienestar.
Entrenamiento de baile para niños: Una oportunidad para desarrollar habilidades mientras se divierten.
En Grupo:
Clases de baile coreografiadas y danza urbana: Perfectas para crear vínculos mientras exploras la energía grupal.
Ventajas del Baile
El baile no solo es una forma de expresión, sino también una excelente manera de mantenerse en forma, aliviar el estrés y socializar. Nuestros programas, como las clases de baile deportivo en Barcelona, están diseñados para desafiarte física y mentalmente, mientras disfrutas cada momento.
¿Listo para Empezar?
Visítanos en Top Center y explora nuestras opciones de clases de baile en Barcelona. Da el primer paso hacia una vida más vibrante, saludable y llena de ritmo. ¡Te esperamos con los brazos abiertos!
0 notes
Text
Chamel Gaspard Morell es un nombre que resuena con fuerza en el ámbito del paisajismo urbano.

Con una carrera que abarca más de dos décadas, se ha consolidado como un referente en el diseño de espacios públicos y jardines que promueven la interacción social y el bienestar ambiental. Su enfoque innovador combina la estética con la funcionalidad, lo que le ha permitido desarrollar proyectos que no solo embellecen las ciudades, sino que también mejoran la calidad de vida de sus habitantes.
La pasión de Morell por la naturaleza y su comprensión de la dinámica urbana han sido fundamentales en su carrera. Al estudiar las interacciones entre las personas y su entorno, ha creado paisajes que fomentan la cohesión social y el respeto por el medio ambiente. Morell aboga por un diseño que integra elementos naturales con infraestructuras urbanas, desafiando la percepción tradicional del paisajismo como meramente decorativo.
A lo largo de su trayectoria, Chamel ha participado en importantes conferencias y talleres sobre paisajismo y urbanismo, donde comparte sus ideas y experiencias con profesionales de todo el mundo. Su compromiso con la educación y la sensibilización sobre la importancia del paisajismo urbano ha inspirado a muchos jóvenes a seguir sus pasos en esta disciplina.
El enfoque de Morell se centra en el uso de plantas nativas y en la creación de hábitats que atraigan la biodiversidad, destacando la necesidad de una mayor conexión entre las ciudades y la naturaleza. Su trabajo destaca la importancia de los espacios verdes en la mitigación del cambio climático, la reducción de la contaminación y el bienestar de las comunidades urbanas.
Morell ha sido reconocido con numerosos premios y distinciones por sus contribuciones al paisajismo. Estos reconocimientos reflejan no solo su destreza técnica, sino también su capacidad para influir en las políticas urbanas y promover un desarrollo sostenible en las ciudades. Su legado es un llamado a la acción para arquitectos, urbanistas y paisajistas a integrar la naturaleza en sus proyectos.
La Trayectoria Profesional de Chamel Gaspard Morell
La carrera de Chamel Gaspard Morell comenzó en su juventud, cuando decidió estudiar paisajismo en una de las universidades más prestigiosas del mundo. Desde sus inicios, mostró un interés profundo por la relación entre el ser humano y el entorno natural. Tras completar su formación académica, se unió a un renombrado estudio de paisajismo, donde adquirió experiencia en proyectos de gran escala.
Con el tiempo, Morell decidió fundar su propio estudio, donde ha podido implementar su visión personal sobre el paisajismo urbano. Desde su propia firma, ha llevado a cabo una serie de proyectos emblemáticos que han redefinido espacios públicos en múltiples ciudades. Su enfoque innovador ha sido una constante a lo largo de su carrera, lo que le ha permitido destacarse en un campo tan competitivo.
A lo largo de su trayectoria, Morell ha colaborado con varias instituciones académicas, participando en programas de investigación sobre sostenibilidad y urbanismo. Estas colaboraciones han sido clave para desarrollar prácticas de paisajismo que no solo son estéticamente agradables, sino también ecológicamente responsables.
Además, Chamel ha trabajado en estrecha colaboración con arquitectos y urbanistas en diversos proyectos, integrando su conocimiento del paisajismo en el diseño de edificios y espacios públicos. Su habilidad para combinar diferentes disciplinas ha sido fundamental en la creación de entornos urbanos funcionales y atractivos.
Morell ha también dedicado parte de su tiempo a la enseñanza, impartiendo clases y talleres sobre paisajismo urbano en universidades y centros de formación. Su compromiso con la educación refleja su deseo de transmitir su conocimiento a las nuevas generaciones, asegurando así la continuidad de prácticas sostenibles en el futuro del paisajismo.
A lo largo de su carrera, Chamel Gaspard Morell ha acumulado una impresionante cartera de proyectos que demuestran su versatilidad y creatividad. Su trabajo ha sido publicado en diversas revistas especializadas y ha sido objeto de exposiciones en importantes ferias de arquitectura y urbanismo.
Innovaciones en Diseño Urbano: Su Impacto en la Ciudad
El trabajo de Chamel Gaspard Morell se caracteriza por su capacidad para innovar en el diseño urbano. A través de su enfoque creativo, ha desarrollado soluciones que responden a las necesidades actuales de las ciudades, incorporando elementos que fomentan la sostenibilidad y el bienestar social. Estas innovaciones han tenido un impacto significativo en la forma en que se perciben y utilizan los espacios urbanos.
Uno de los aspectos más destacados de su trabajo es la integración de la tecnología en el paisajismo. Morell ha explorado el uso de sistemas de riego automatizados, iluminación inteligente y materiales sostenibles que no solo mejoran la estética de los espacios, sino que también optimizan su mantenimiento y funcionalidad. Esta innovación tecnológica ha permitido crear paisajes más eficientes y adaptados a las condiciones climáticas locales.
Además, Chamel Gaspard Morell ha sido pionero en el uso de técnicas de diseño basado en la naturaleza, donde se prioriza la creación de ecosistemas sostenibles dentro de entornos urbanos. Su enfoque se centra en la selección de especies vegetales que requieren menos agua y cuidados, lo que contribuye a la sostenibilidad en el uso de recursos.
Morell también ha implementado el concepto de “ciudad verde”, donde se busca incorporar más espacios verdes en el tejido urbano. Esto incluye la creación de techos verdes, muros vegetales y parques urbanos que no solo embellecen la ciudad, sino que también contribuyen a la calidad del aire y a la biodiversidad.
Además de la sostenibilidad, su trabajo aborda el tema de la movilidad urbana. Chamel ha diseñado espacios que facilitan la movilidad peatonal y ciclista, promoviendo estilos de vida activos y saludables. Al integrar carriles para bicicletas y senderos peatonales en sus proyectos, ha contribuido a crear ciudades más inclusivas y accesibles.
El impacto de las innovaciones de Morell se puede ver reflejado en la mejora de la calidad de vida urbana. Los espacios que ha diseñado son más que simples áreas recreativas; han sido concebidos como lugares de encuentro y socialización, fomentando un sentido de comunidad entre los habitantes de la ciudad.
La Importancia del Paisajismo en Entornos Urbanos
El paisajismo urbano juega un papel crucial en el desarrollo de ciudades sostenibles y habitables. A medida que las áreas urbanas continúan expandiéndose, la necesidad de espacios verdes y de calidad se vuelve más evidente. El trabajo de Chamel Gaspard Morell destaca la importancia de integrar la naturaleza en los entornos urbanos, creando espacios que promueven la salud y el bienestar de las comunidades.
Los espacios verdes en las ciudades ofrecen numerosos beneficios ambientales, como la reducción de la contaminación del aire y la moderación de las temperaturas. Morell enfatiza que estos espacios son esenciales para mitigar el efecto de las islas de calor urbano, donde las temperaturas son significativamente más altas que en las áreas rurales.
Además, el paisajismo urbano fomenta la biodiversidad al proporcionar hábitats para diversas especies de flora y fauna. Morell ha sido un defensor de la selección de plantas nativas, que no solo son más resilientes, sino que también atraen a polinizadores y otros organismos beneficiosos, contribuyendo al equilibrio ecológico de las ciudades.
Desde una perspectiva social, los espacios verdes ayudan a mejorar la calidad de vida de los residentes. Chamel ha diseñado parques y plazas que no solo son estéticamente agradables, sino que también ofrecen oportunidades para el ocio, el ejercicio y la interacción social. Estos espacios se convierten en puntos focales de las comunidades, promoviendo un sentido de pertenencia y cohesión.
El paisajismo también tiene un impacto positivo en la salud mental de las personas. Estudios han demostrado que la presencia de espacios verdes puede reducir el estrés y mejorar el bienestar emocional de los habitantes urbanos. Morell ha creado entornos que invitan a la contemplación y el descanso, proporcionando un respiro necesario en las ajetreadas vidas urbanas.
La importancia del paisajismo va más allá de la estética; se trata de un componente esencial para la planificación urbana sostenible. Chamel Gaspard Morell ha utilizado su experiencia para abogar por políticas que integren la naturaleza en el desarrollo urbano, asegurando que las ciudades sean espacios donde la vida humana y natural puedan coexistir en armonía.
Proyectos Destacados de Morell en Diversas Ciudades
Chamel Gaspard Morell ha llevado a cabo numerosos proyectos que han transformado paisajes urbanos en diversas ciudades del mundo. Uno de sus proyectos más emblemáticos es el rediseño del Parque Central en una ciudad europea, que se convirtió en un modelo de sostenibilidad y accesibilidad. Morell introdujo senderos peatonales, áreas de juego y espacios para eventos comunitarios, fomentando un mayor uso del parque y la conexión entre los ciudadanos.
Otro de sus trabajos destacados es el desarrollo de techos verdes en edificios de oficinas en una metrópoli asiática. Este proyecto no solo mejoró la estética de los edificios, sino que también contribuyó a la eficiencia energética y al bienestar de los empleados. Los techos verdes reducen la temperatura del edificio y proporcionan un espacio recreativo para los trabajadores, demostrando la versatilidad del paisajismo urbano.
1 note
·
View note
Text

Yoga: Por siempre joven, por siempre sano / Indra Devi / Javier Vergara Editor / 1998
Hoy es el turno de reseñar a una pionera internacional del Yoga. Aclaro que omitiré detalles biográficos porque ya fueron incluídos en una reseña de la primera temporada de Lecturas pránicas; en segundo término puedo decir que este libro está escrito con una prosa cercana, sin pretenciones ni complejos cientificistas, dejando para las generaciones posteriores un prontuario de casos exitosos y testimonios de trabajo corporal en un amplio rango de personas en la segunda mitad del siglo pasado.
Confieso que me resulta interesante visibilizar este libro, en especial para quienes tienen una buena pero vaga impresión sobre nuestra disciplina. Sus relatos francos coinciden con las conversaciones de pasillo que sostengo a diario con los practicantes de Círculo Pránico, en ambos casos veo el mismo influjo positivo que se abre paso gradualmente, sin estridencias ni espectáculos, en el seno de una vida urbana y secular.
En este punto no puedo dejar de sorprenderme... con tan poco se puede conseguir tanto; con una colchoneta más una guía idónea podemos atenuar e incluso sanar un número importante de males modernos. La tensión, el cansancio, la enfermedad y la vejez son cosas del pasado para el estudiantado. Yoguinis y yoguis de diversa naturaleza alcanzan firme y ordenadamente sus propósitos personales, y por ende se vuelven influyentes en sus entornos (si, agentes de cambio).
A pesar de la necesidad generalizada de panaceas, el Yoga requiere inversión de tiempo e inteligencia para que se produzca el triángulo virtuoso de la buena nutrición, buen descanso y suficiente ejercicio físico, base estrictamente necesaria para hablar con propiedad de los alcances y limitaciones del cuerpo físico. Conocemos de cerca experiencias enteramente especulativas sobre la pureza del cuerpo y de la mente, que se quedan exactamente en lo especulativo.
Si, Indra Devi no fue una santa ni mucho menos, tan solo fue honesta consigo misma, usó sus cuitas como laboratorio para las propuestas yóguicas; investigó, practicó, vivenció y compartió el milenario influjo indostán para comenzar nuevamente su vida siempre joven y siempre sana. Y así será recordada.
Namaste.
#CirculoPranico#LecturasPranicas#IndraDevi
0 notes
Text
El arte y resolución de problemas
En la sesión de Le Corbusier me di cuenta de que el implementaba su creatividad y su solución a problemas en la planificación urbana y en los edificios. Esto se ve como el fusiona elementos industriales a viviendas, donde demuestra su arte y su creatividad. También demuestra una solución de problemas como el querer crear una ciudad con elementos eficientes como también ecológicos. Estos dos elementos, el arte y la solución de problemas de este individuo, representa unas partes fundamentales de la arquitectura que las distingue a otras.
En la arquitectura el arte y la creatividad son elementos importantes ya que, sin ellas, esta disciplina no tuviera algo que les distinga a otras disciplinas que tiene un parecido a ella. Al ver las casas con elementos industriales hechas por Le Corbusier, me dejo la impresión de ser algo artístico y creativo. Normalmente nosotros atribuimos elementos industriales con eficiencia y utilidad y las casas lugares íntimos y de resguardo, es poco probable que nosotros enlacemos las dos cosas, pero él lo hizo y lo creo. Esto hace que tenga una flexibilidad mental y creatividad. El hizo estas fusiones como un artista, que fusiona elementos dispares para hacer algo que tenga un sentido y un nuevo símbolo. Esta característica en mi pensar, tiene mucho valor para la arquitectura.
Otra característica que me di cuenta fue cuando vi su planificación de ciudades. Su planificación busca resolver y mejorar las ciudades. La ve los edificios como buenos lugares de vivienda, no coje espacio en el terreno y se pueden agrupar ordenadamente además que pueden agrupar un montón de personas. Además, quería que hubiera espacios verdes. Este tipo de planificación demuestra un nivel de resolver problemas bastante útiles para la arquitectura. Esto también ensena como la arquitectura puede ayudar a resolver problemas complejos.
En conclusión, Le Corbusier demuestra el lado artístico y solución de problemas. Simbólicamente estos elementos representan a la arquitectura. Son valiosos porque ayuda a la humanidad, pero también hace que la arquitectura sea diferente a otras disciplinas.
Referencias:
«LC — 3121-4211». 3121-4211, www.isado.net/new-page-4.
0 notes