#direitos dos animais
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Quando um esquilo fêmea encontra outro bebê esquilo, ela dá-lhe comida e garante primeiro se ele realmente é órfão e não tem mãe nem pai.
Após 3 dias de investigação e, na verdade, certificando-se de que ele está sem família, ela toma-o gentilmente e alimenta-o e faz ele se sentir familiarizado com ela e com os seus filhos como se fosse um dos seus filhos.
A fêmea esquilo é única em receber o marido quando ele retorna com comida com beijos e cortejando-o para aliviar o cansaço de trazer comida para ela e para os seus filhotes.
O esquilo macho expressa sempre o seu amor pela sua fêmea dando-lhe as maiores nozes e amêndoas...
Mãe Esquilo e Pai Esquilo uma família maravilhosa para o futuro da humanidade que depende de sua atividade: Metade das sementes que armazena tornam-se novos arbustos na floresta.
Direitos dos Animais
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Santuário de animais precisa de ajuda urgente
instagram
Centenas de búfalas resgatadas de maus tratos correm risco de ficar sem lar. Por favor ajude.
🌻PIX CNPJ 41148294000180 🌹PayPal [email protected] 📞 +41-99910-6547
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Carmim Cochonilha
A história da cochonilha e do carmim remonta à antiguidade por um motivo, a longevidade do corante natural é um indicador da sua eficácia global, sendo utilizados há séculos, remontando ao século XV. Gerson Leme – Naturally Colorful Conheça alguns fatos curiosos sobre os vermelhos naturais mais procurados com séculos de existência: Os imperadores espanhóis do século XVI importavam toneladas de…
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#2º Conde Essex# O Vermelho que coloriu o mundo#ácido carmínico#Bebidas#cactos gênero Opuntia#cactos pera espinhosa hospedeiros#carnes processadas#carotenoides betalaína#códigos nomes alternativos#corante C.I corante E120#corante natural cochonilha#corantes alimentar#Dactylopius coccus#Direitos Animais#exposição arte itinerante#geleias#Gerson Leme Naturally Colorful sensient food colors#grande sucesso público#imperadores espanhóis século XVI#indústria alimentos carmim#ingleses comboio espanhol#insetos esmagados cochonilhas#lã britânica Red Coats#Lohana da Costa Lima Ciências Sob Tendas#molhos#nativa regiões tropicais subtropicais América do Sul Central#navios espanhóis#Peru Ilhas Canárias#PET Programa de Educação Tutorial da Universidade Federal de Goiás 2020#PETA People for the Ethical Treatment of Animals ONG ambiental 1980
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Denúncia
O termo “denúncia” possui um significado específico no âmbito jurídico, especialmente no contexto do processo penal brasileiro: ato praticado pelo Ministério Público (MP) para dar início a uma ação penal. 1. Conceito Legal de Denúncia: Conforme estipulado pelo Código de Processo Penal (CPP), a denúncia é o ato pelo qual o Ministério Público (MP) inicia a ação penal pública, acusando formalmente…
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#conceito de denúncia#definição de denúncia#denúncia anônima#denúncia barulho#denúncia conceito#denúncia definição#denúncia direito#denúncia do ministério do trabalho#denúncia maus tratos animais#denúncia ministério público#denúncia no direito penal#denúncia o que é#denúncia significado#denúncia som alto#denúncia trabalhista#direito denúncia#o que é denúncia#processo penal denúncia#significado de denúncia
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Fotografia vencedora do prémio National Geographic.💛🧡💛
Direitos dos Animais
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oii amg, tudo bem? lembrei aqui quando alguém falou sobre o mati com a trope grumpy x sunshine e você completou com ele e leitora estando na faculdade, pois bem parei pra pensar qual curso cada um do elenco faria e qual profissão eles teriam no futuro se não fossem atores.. meio bobinho talvez mas sou estudante de cursinho e adoro saber/fico curiosa pra qual curso cada um quer ou combina mais kakakakaka
no elenco, pra mim enzo é da área de humanas, só não sei que curso exatamente.. esteban e fernando pra mim são colegas de sala e estudam medicina (tenho pra mim que eles ficariam lindos de jaleco e estetoscópio) enfim, o que você pensa sobre? vou deixar essa foto do blas aqui pq ele ta com uma vibe muito universitário pra mim!! (mas não sei qual curso ele faria tbm, talvez alguma coisa na área de T.I..?)
beijoss e obrigado!! (ai o blas ta tão lindo aqui😮💨)
oiii, neném!!! tudo ótimo, e contigo? 💌
o blas é taaaaaaaaaaão aquele menino fofinho e educado que você pega matéria no semestre e fica meio obcecada por ele 💭😣 e, NOSSA VOCÊ FOI LUZ, AMIGA!!!!! ele tem uma vibe de total universitário, principalmente nessa foto. consigo imaginar o blas tanto em T.I. quanto em contábeis/adm, porque ele tem uma carinha de quem é filhinho de papai e tá fazendo faculdade só pra assumir os negócios da família skshaksbsj
also você tocou num ponto muito sensível que é fernando contigiani as med student............eu TREMO na base de pensar nesse homem desse jeito. pra mim combina suuuuuper com ele!!!! e eu adorei como você colocou ele e o kuku de colegas de sala, confesso que nunca tinha pensado no esteban como estudante de med, mas até que combina, sim. ele parece aqueles menino que vieram de algum interior pra estudar em uma federal da capital e são super doces e simpáticos com todo mundo, provavelmente é o xodó dos professores e é a aposta da turma de quem vai ser o melhor profissional de todos ali. agora eu também consigo vê-lo como estudante de jornalismo! penso que combina, ele tem uma carinha do repórter bonitinho do jornal que você até presta mais atenção nas notícias que ele fala
o enzo é 300% de humanas! cursa sociologia, com certeza. e na federal, viu? outro que é de humanas também é o simón, mas cursa história
jerónimo faz medicina na mackenzie. periodt.
o pipe entrou na faculdade de direito por pura pressão da família, porque o sonho dele é fazer fotografia ou cinema
pode ser controverso, mas eu imagino o fran em um curso da área de saúde, terapia ocupacional pra ser mais específica, porque ele me remete muito ao cuidado e acho que combinaria. no futuro, provavelmente trabalha com crianças e usa crocs cheia de enfeite de desenho
agus lain: faz economia na particular e vai assumir a empresa do pai no futuro
agustín pardella: obviamente faz faculdade de música e no primeiro semestre começa a dar aula de violão pelo campus
agustín della corte: não lembro quem foi a diva que falou isso aqui, mas ele passa uma vibe BEEEEEEM agroboy, então, ou faz med vet ou zootecnia pra cuidar dos animais da fazenda do paí ou faz agronomia. e participa daqueles rolês que o povo fica cantando uns sertanejos brabos no meio do mato enquanto se entopem de cerveja
#papo de divas 𐙚#blas polidori#fernando contigiani#esteban kukuriczka#enzo vogrincic#simon hempe#jeronimo bosia#felipe otaño#fran romero#agustin lain#agustin pardella#agustin della corte#lsdln cast#lsdln headcanon
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random meme bios
eita lapada do cão
eu entendo os animais Silvestres que pulam na frente dos carros na estrada,,
pois cada um tem o direito de acreditar no deus que quiser o meu deus se chama jeferson e voa como uma linda pomba porisso sou felis
Eu surtei Agora estou bem, mas vai Piorar
dick no cu deles and esse cuzinho ai vamos por pra sentar na pica pau in your cu
carro capota com 4 pessoas e um gay
aii que preguiça vo tentar me enforcar Esforçar**
taehyung de onde vem o nome V? Eh de viado
yoongi de onde vem o nome Suga? De suga minha pika
Se preparem vcs vao Cair
eu quero te dar minha buceta '-' Ah man ashuash❤️ Slk
vai atrapalha O jogo do Capeta Infeliz to Jogando meu lol Fica me ligando fica mandando nude Odeio isso cara
meu sonho é Entrar no seu quarto escondido com vc dormindo, ai eu vou pra cima da sua cômoda e Dobro todas suas roupas bem quietinho pra vc nao acordar. Antes de eu ir embora dou um beijo na sua testa e deixo um cupom de desconto das casas bahia embaixo do seu travesseiro
#bts bios#random bios#random meme bios#twitter meme bios#aesthetic symbols#br bios#funny bios#bts layouts#português#shitpost#twitter
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o prefeito de khadel se sente honrado em ter NESLIHAN ŞAHVERDI GÖKÇE como moradora de sua excêntrica cidadezinha. aos seus VINTE E NOVE anos , ela é bastante conhecida pelos vizinhos como A MILITANTE . dizem que ela se parece com HANDE ERÇEL , mas é apenas uma ADVOGADA DE DIREITOS HUMANOS & CONSULTORA DE COMPLIANCE . a ausência do amor em sua vida , deixou NES um pouco AUTODESTRUTIVA e CONDESCENDENTE , mas não lhe atormentou o suficiente para deixar de ser AUDACIOSA e EMPÁTICA . esperamos que ela encontre a sua alma gêmea, quebre a maldição da cidade e consiga ser feliz !
𝐂𝐇𝐀𝐑𝐀𝐂𝐓𝐄𝐑 𝐏𝐀𝐑𝐀𝐋𝐄𝐋𝐒 : vivian lau & dante russo ( king of wrath ) , monica geller ( friends ) , francesca rossi ( the kiss thief ) , lidia pöet ( la legge di lidia poët ) , ceylin erguvan ( yargi ) , marissa cooper ( the o.c ) , emma brunner ( fubar ) & angelina jolie !
𝐎𝐕𝐄𝐑𝐕𝐈𝐄𝐖 :
apelidos : nesi , nes , hani ( para pouquíssimos muito próximos , ou que querem irritá-la , a sonoridade é bastante similar à de honey )
data de nascimento: 20 de novembro , 1995 !
orientação sexual : bisexual !
filiação : münevven şahverdi & kadir şahverdi !
altura : 1,75 cm !
cabelos : longos fios acastanhados que pendem em ondas naturais !
olhos : castanhos levemente avermelhados !
tatuagens : uma borboleta logo abaixo da nuca , realizada em homenagem à münevven !
piercings : cinco perfurações adornam cada um dos lóbulos , sempre carregando delicadas joias prateadas !
animais de estimação: mark ruffalo ( cane corso resgatado de maus tratos ) , chaz bono & virginia woolf ( greyhounds resgatados de corridas ilegais ) , francis minor , henry blackwell & angela davis ( gatos srd resgatados de maus tratos ) , carmine , kırmızı & vermillion ( puros-sangues ingleses resgatados de corridas ) & gül ( um hanoveriano com o qual competiu na adolescência ) !
educação: bacharelado em direito ( università degli studi di siena ) , mestrado em direitos humanos e direito internacional público ( oxford university ) & doutorado em ética e estudos legais ( wharton - distance learning , em andamento ) !
idiomas: italiano , inglês , turco & francês !
𝐒𝐊𝐄𝐋𝐄𝐓𝐎𝐍 :
❝ ela é uma tempestade em meio à calmaria da tradicional família rica em que cresceu. com uma postura firme e uma voz poderosa , ela defende suas crenças em um mundo que parece ignorá-las. vegetariana e feminista , não hesita em expor sua indignação contra o machismo e o preconceito que a cercam. sua coragem e determinação a tornam uma líder nata , embora isso a distancie dos familiares egoístas que só se importam com o dinheiro. com um coração generoso e uma mente crítica , ela é uma força da natureza , pronta para lutar por um mundo melhor , mesmo que isso signifique arrumar umas brigas por aí ! ❞
𝐁𝐈𝐎𝐆𝐑𝐀𝐅𝐈𝐀 :
𝐓𝐖 - menção de distúrbios psicológicos e transtornos alimentares, menção de abuso e manipulação mental e emocional & negligência parental !
a poderosa família turca , uma fortuna proveniente da indústria têxtil de luxo datada de séculos e com fortes conexões italianas , um império de exportação de tecidos finos para finalidades da alta costura no mercado internacional . com alcance global às custas de práticas de exploração , evasão de impostos , corrupção , manipulação e crime organizado , há gerações os şahverdi utilizam khadel como esconderijo idílico . pilares da alta sociedade atemporal que apenas o dinheiro secular , e casamentos arranjados , são capazes de prover .
a par dos bastidores sórdidos do legado familiar , ainda na jovem infância foi despertado um senso de indignação , que só cresceria com o tempo . destacando-se pela inteligência brilhante , chegando a ser considerada um prodígio , o intelecto era visto como uma ameaça ao ideal da dama perfeita , constantemente pressionada a se moldar às expectativas centenárias de recatamento , etiqueta, submissão e requinte . a futura , e impecável , esposa quintessencial de algum herdeiro de família influente .
a pressão constante , aliada às manipulações e abusos mentais , não poderia deixar de gerar um profundo sentimento de inadequação. o desejo de ser a própria pessoa , conflitando com o peso das tradições , logo culminou em episódios severos de ansiedade e auto destruição , seguidos na adolescência por um diagnóstico preocupante de bulimia , e o que mais tarde , já quase em fase adulta , seria identificado como transtorno de personalidade limítrofe . tentativas falhas de retomar o controle de uma vida que a si nunca pertenceu .
a ruptura deu-se no ápice de insubordinação , quando — apresentada a um destino de perpetuação do vicioso ciclo de subserviência e menosprezo , sua mão prometida ao maior lance — ousou indagar sobre questões éticas ligadas aos negócios da família e recusar um destino de docilidade corrompida . a vergonha pública tamanha se tornou imperdoável , e as ruas de khadel foram apresentadas como única solução ao seu deserdamento . a figura materna , devastada, nada decisiva nas tentativas de reverter a situação .
a distância da presença vil e esmagadora provocou dependência de antigos laços de amizade, que se provaram verdadeiros . a ânsia por ser o que sempre sonhou maior do que a própria capacidade de lidar com as consequências . um intenso resvalo com a própria morte e a quase fatalidade de outrem em suas palmas , borderline como combustível e força motriz , levaram-na a um caminho , antes , completamente utópico . khadel já não era mais um refúgio , e no semblante afável e acolhedor de uma assistente social , encontrou passagem para um eu do futuro .
a mudança para siena não veio sem reveses , o sentimento de perseguição , e profunda angústia quase retomando os hábitos nocivos e a retornando aos braços de khadel . a familiaridade , ainda que tóxica , parecia reconfortante . lidia poët , no entanto não permitiria . a conexão com a figura histórica , fez do investimento de habilidades , valores e senso crítico , uma carreira estelar no direito , a ênfase em direitos humanos um complemento óbvio, e essencial .
a cidade natal não foi uma escolha imensamente desejada , ainda que o magnetismo fosse quase sufocante , mas necessária com a partida de münevven şahverdi . o legado materno maculado pelo segundo casamento paterno meros meses após as rosas serem dispostas sob o mogno selando o rosto , ainda jovem , marcado pela tortura psicológica decenal . o que restou de münevven — além de memórias oscilando entre afeto e mágoa — , uma herança exorbitante , os gökçe tão afluentes quanto os şahverdi , então repassada à herdeira de ambos . a fúria patriarcal era esperada , o senso de traição latente em uma face desalmada e cruel que teria reivindicado os últimos resquícios da falecida esposa , não fosse pelo retratado testamento .
a certeza de que vínculo romântico algum justificaria fim desonroso como o de münevven , antiga no consciente , se intensificou , enrijecendo ideias que se tornavam então um credo . reinvenção como chave , o sobrenome patriarcal já não era um que se identificava , adotou o gökçe materno como parte da sua nova identidade , e na posse de uma fortuna livre de amarras , o uso fez-se na construção do legado , e mudança , que gostaria de ver no mundo . ou ao menos em seu mundo .
a advocacia caiu como uma luva , encabeçando novas pesquisas e políticas , os dígitos imersos no pulso da transformação , tornando o epíteto “a militante” , para alguns derrogatório e para outros admirável , uma conotação pessoal para além da denotação . sinônimo de coragem , altruísmo e justiça , não apaga as cicatrizes , e sequelas , de um passado ainda presente . inflexível , reativa e condescendente , o exterior forte ainda apresenta fissuras sob o peso de tudo que perdeu , ou melhor , nunca teve . o pânico e impulsividade são batalhas diárias , exaustivas , incapazes de desfazer as amarras em uma psique incrivelmente vulnerável à rejeição , suscetível a dolorosa instabilidade , que luta por um mundo mais justo com o mesmo fervor que se destrói .
@khdpontos
#𓂅⠀ 🥀 ⠀ 𝒕𝒉𝒆 𝒂𝒄𝒕𝒊vist⠀⠀* pinned⠀⠀⠀੭#vamos de 1 like : 1 chat ?#eu me empolguei demais escrevendo a querida. me perdoem !
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Imagine CatBoy Sunoo
Isso aqui tem temática de hibrido e os caralho. Por favor, não problematizem. Apenas aproveitem.
Morar em Seul tem sido um desafio e tanto para S/N. Embora a cidade seja vibrante e cheia de possibilidades, a distância de casa começa a pesar. Sem o apoio da família e dos amigos, ele se sente cada vez mais solitário, e a rotina intensa não ajuda. Dividido entre o trabalho e a faculdade, ele mal encontra tempo para si mesmo.
Os dias parecem longos e repetitivos, e, mesmo em meio a tantas pessoas, ele sente uma profunda solidão. S/N tenta ocupar a mente, se dedicando aos estudos e às responsabilidades profissionais, mas há momentos em que gostaria de uma conexão mais profunda, alguém com quem pudesse compartilhar suas inquietações e saudades de casa. A vida em Seul o empurra para se tornar mais independente, mas também o leva a refletir sobre o que realmente o faz feliz e completo.
Uma tarde, enquanto eles estavam na biblioteca, Jake observou S/N em silêncio, notando a expressão cansada e o olhar distante do amigo.
— Você parece esgotado — comentou Jake, puxando uma cadeira ao lado de S/N.
— Eu só… — S/N suspirou, tentando encontrar as palavras. — Tudo parece mais pesado do que eu imaginava. Achei que morar aqui seria incrível, mas a verdade é que… me sinto sozinho.
Jake cruzou os braços, pensativo, e então sorriu de leve, como se uma ideia acabasse de surgir em sua mente.
— Que tal adotar um híbrido?
— Um híbrido? Tipo… um híbrido animal?
S/N levantou os olhos, surpreso. Ele já havia notado híbridos pelas ruas de Seul, acompanhando seus donos. Eram seres fascinantes, com uma mistura intrigante de características humanas e animais. Alguns tinham orelhas felpudas, caudas que balançavam a cada passo, ou até garras discretas, e existiam em uma grande variedade de tipos. Ele lembrava de ter ouvido sobre os debates polêmicos em torno deles. Nos últimos tempos, os híbridos vinham buscando direitos iguais aos dos seres humanos, mas isso era algo novo e ainda pouco aceito pela sociedade.
Para muitos, eles eram considerados apenas animais de estimação, leais e obedientes, mas, para outros, eram mais do que isso. Alguns humanos pareciam genuinamente apegados aos seus híbridos, tratando-os como parte da família, enquanto outros os viam apenas como companhia conveniente. S/N se perguntava como seria conviver com um ser assim, que apesar de lembrar tanto um animal, tinha consciência e emoções complexas.
— Exatamente! — Jake assentiu, animado. — São mais independentes do que animais de estimação comuns, sabem cuidar de si mesmos e, ao mesmo tempo, são ótimos companheiros. Quer dizer, eles também têm seus instintos animais, mas são mais fáceis de lidar do que você pensa.
S/N riu, achando a sugestão um pouco estranha, mas ao mesmo tempo intrigante.
— Não sei… Parece uma grande responsabilidade. O dono responde por tudo que o híbrido fizer.
— Claro, tem uma responsabilidade, mas acho que você está precisando de alguém para te fazer companhia — insistiu Jake. — Olha, eles são leais e afetuosos, e com o tempo você vai perceber que eles podem ser quase como um amigo. Além disso, eu conheço um lugar que cuida muito bem dos híbridos antes de colocá-los para adoção. Posso te levar lá qualquer dia.
S/N suspirou, considerando a ideia.
— Não é uma má ideia… Talvez eu realmente deva tentar. Sabe, poderia ser bom ter alguém comigo em casa, mesmo que seja um híbrido.
Jake sorriu, satisfeito em ver o interesse no rosto de S/N.
— Então está combinado! No sábado, vou te buscar e a gente vai lá. Você vai ver, é uma experiência incrível.
S/N sorriu de volta, sentindo um pouco de expectativa pela primeira vez em semanas.
— Obrigado, Jake. Acho que estou começando a gostar dessa ideia.
Na manhã de sábado, Jake chegou na porta do apartamento de S/N com um sorriso animado.
— Preparado? — perguntou, com uma empolgação quase contagiante.
S/N assentiu, tentando acalmar o frio no estômago. Logo, entraram no carro e seguiram pelas ruas movimentadas de Seul. Não demorou muito até que chegassem ao local: uma grande instituição elegante, com um jardim bem cuidado e uma fachada de arquitetura moderna, nada parecida com os abrigos de animais comuns.
— Uau… — S/N murmurou, impressionado com o ambiente. — Não esperava algo assim.
Jake deu uma risadinha.
— Pois é, eles realmente cuidam bem dos híbridos aqui. Esse lugar foi feito para que eles se sintam confortáveis, seguros e preparados para encontrar um lar.
Ao entrarem, foram recebidos por uma atendente com um sorriso gentil.
— Bom dia! Como posso ajudá-los?
Jake foi rápido em explicar.
— Meu amigo aqui está pensando em adotar um híbrido. Alguém que possa fazer companhia para ele, sabe?
A atendente assentiu, mantendo o sorriso caloroso.
— Claro! Temos vários híbridos jovens que estão ansiosos para encontrar um lar. — Ela fez um sinal para que eles a seguissem. — Vou levá-los até a sala de convivência, onde eles ficam nos momentos livres. Vocês podem observá-los e conversar com alguns deles.
S/N seguiu a atendente pelos corredores, observando as fotos de híbridos adotados nas paredes, com famílias sorridentes ao lado deles. Sentiu uma pontada de nervosismo, mas também um pouco de curiosidade sobre quem encontraria ali.
Ao chegarem à sala de convivência, viram vários híbridos. Alguns brincavam entre si, outros estavam ocupados com livros ou distraídos com seus próprios pensamentos. Cada um era diferente: alguns tinham características de gatos, com orelhas e caudas felinas, outros lembravam cães, coelhos, e até aves.
— Fique à vontade para interagir — disse a atendente. — E se algum deles te interessar, posso te dar mais informações sobre ele.
S/N respirou fundo, observando os híbridos ao seu redor. Ele se aproximou de um grupo que parecia mais quieto, e logo notou um jovem híbrido com características felinas, sentado no canto. S/N se aproximou e, com um sorriso hesitante, falou:
— Oi… tudo bem?
O híbrido, no entanto, nem levantou o olhar. Simplesmente ignorou S/N, segurando firme seu urso de pelúcia, um brinquedo marrom com olhos grandes e uma pequena gravata vermelha. O jovem híbrido voltou a brincar com o ursinho, apertando-o contra o peito e afundando o rosto em sua barriga de pelúcia, como se estivesse deliberadamente evitando qualquer interação.
Jake, que observava a cena de longe, deu uma risadinha e se aproximou de S/N.
— Parece que ele não está muito interessado, hein? — disse Jake, com um sorriso divertido.
S/N suspirou, um pouco desapontado, mas tentou mais uma vez.
— Eu… bem, eu sou S/N — apresentou-se, na esperança de que o híbrido ao menos reagisse ao ouvir seu nome.
Mas o híbrido apenas lançou um breve olhar em sua direção, uma expressão indiferente e quase desdenhosa em seus olhos, antes de voltar sua atenção ao ursinho, alisando cuidadosamente a gravata vermelha, como se aquilo fosse a coisa mais importante do mundo naquele momento.
Jake deu uma leve batidinha no ombro de S/N.
— Talvez ele só precise de um tempo. Quem sabe, se você tiver paciência, ele acabe se acostumando com você. Híbridos têm personalidades únicas; alguns são mais desconfiados no começo.
S/N deu um leve sorriso, achando a situação engraçada, apesar da frustração inicial.
— Talvez você esteja certo… — murmurou ele, olhando de volta para o híbrido. — Acho que vou tentar conversar com ele mais um pouco.
Com cuidado, ele se sentou ao lado, mantendo uma distância respeitosa para não assustá-lo, e apenas observou em silêncio, dando ao híbrido o tempo que ele parecia precisar.
Enquanto S/N se acomodava ao lado do híbrido, a atendente se aproximou com um sorriso compreensivo.
— Esse é o Sunoo — explicou ela, num tom baixo, como se soubesse que ele não gostava de muita atenção. — Ele tem 21 anos e é um híbrido de gato. É um pouco desconfiado no começo, mas é um bom garoto.
S/N olhou para Sunoo, que continuava distraído com o ursinho de pelúcia, ainda sem dar muita atenção à conversa. A atendente continuou:
— Ele adora coisas macias e pelúcias. Esse ursinho é o favorito dele, e ele sempre o carrega. Ah, e ele também gosta de lugares tranquilos, então costuma se afastar quando tem muita gente por perto. É um pouco independente, mas precisa de carinho e atenção, mesmo que demore para demonstrar isso.
S/N assentiu, absorvendo as informações. Observando Sunoo, percebeu que, apesar da expressão um pouco distante e da postura independente, havia algo doce nele. O carinho com que segurava o ursinho, o jeito cuidadoso de arrumar a gravatinha… era como se Sunoo tivesse uma camada de proteção que precisava ser respeitada.
A atendente sorriu novamente.
— Se você decidir adotá-lo, tenha em mente que ele vai demorar um pouco para se abrir. Ele gosta de ganhar a confiança aos poucos, mas quando cria um vínculo, é extremamente leal.
S/N olhou para Sunoo mais uma vez, imaginando como seria conviver com aquele híbrido tão único e cheio de personalidade. Ele se sentiu desafiado e, ao mesmo tempo, mais curioso do que nunca.
— Acho que posso lidar com isso — disse, olhando para a atendente e então para Jake, que observava tudo com um sorriso encorajador.
A atendente assentiu, satisfeita.
— Fico feliz em ouvir isso.
Decidido a tentar uma abordagem diferente, S/N se aproximou um pouco mais de Sunoo e, com cuidado, estendeu a mão em direção às orelhas felinas, fazendo um carinho leve. O toque foi delicado, e S/N se preparou para o caso de Sunoo afastá-lo.
Para sua surpresa, Sunoo ficou imóvel por um segundo, e então, de repente, seus instintos afloraram. Ele virou-se rapidamente, pulando sobre S/N e o encarando com olhos brilhantes. Sunoo aproximou o rosto do pescoço de S/N e começou a farejá-lo de perto, com um olhar intrigado e curioso.
— Ei! — S/N exclamou, surpreso com a reação inesperada.
A atendente e Jake soltaram risadas discretas enquanto observavam a cena, divertidos. Logo, a atendente explicou, com um sorriso malicioso.
— Ah, entendi o porquê desse interesse repentino. Esse perfume que você está usando tem o cheiro de jasmim, e essa é a flor favorita do Sunoo. Ele adora o aroma e sempre fica animado quando sente algo assim.
S/N olhou para Sunoo, que parecia ainda mais encantado, cheirando-o com interesse renovado.
— É sério? Que coincidência! — murmurou S/N, sorrindo enquanto deixava Sunoo farejá-lo sem problemas.
Sunoo parou por um momento, ainda com o rosto próximo ao de S/N, e, pela primeira vez, seus olhos brilhavam com um traço de curiosidade e até mesmo afeto. Ele se afastou um pouco, ainda segurando seu ursinho de pelúcia, mas agora parecia mais aberto, quase como se estivesse disposto a dar uma chance ao estranho humano que cheirava tão bem.
— Acho que agora ele gostou de você — disse Jake, tentando conter uma risadinha. — Ou pelo menos do seu perfume.
Sunoo finalmente o encarou e, com um ar um pouco menos defensivo, resmungou baixinho:
— O cheiro é bom. Não é todo dia que alguém cheira a jasmim…
S/N sorriu para Sunoo, aproveitando a oportunidade para tentar uma conexão.
— Eu também adoro jasmim, Sunoo. E, olha… — ele abaixou um pouco o tom, quase como se estivesse contando um segredo — tenho muitas pelúcias de quando era criança em casa. Acho que você adoraria vê-las.
Os olhos de Sunoo brilharam um pouco, embora ele tentasse disfarçar. Ele apertou seu ursinho contra o peito e lançou um olhar desconfiado para S/N, como se quisesse parecer desinteressado. Mas não resistiu a perguntar, com um toque de curiosidade na voz:
— Muitas pelúcias? Que tipos?
S/N segurou um sorriso, percebendo que tinha fisgado o interesse de Sunoo.
— De todos os tipos. Tenho um urso grande, que era o meu favorito, mas também coelhos, cachorros, até um dinossauro. — Ele deu uma risadinha. — São praticamente uma coleção.
Sunoo o observou por mais um momento, ainda tentando manter a pose de desinteresse, mas seus olhos mostravam que ele estava claramente tentado.
— Hm… talvez eu pudesse ver. Só para garantir que são boas pelúcias — respondeu ele, tentando disfarçar o entusiasmo.
A atendente sorriu ao ver o avanço entre os dois e olhou para S/N, satisfeita.
— Parece que você conquistou o coração dele com jasmim e pelúcias.
Jake olhou para S/N com um sorrisinho provocador e lançou a pergunta:
— Você não quer ver outras opções? — sugeriu, enquanto olhava de relance para os outros híbridos ao redor.
S/N hesitou, ainda ao lado de Sunoo. A verdade era que ele já havia gostado de Sunoo, mas não achava ruim a ideia de conhecer mais opções, afinal, adotar um híbrido era uma decisão importante. Ele começou a se levantar lentamente, tentando não parecer desinteressado, mas antes que pudesse dar um passo, sentiu algo firme e macio segurando sua perna.
Olhou para baixo e viu Sunoo agarrado à sua perna, segurando-o com determinação. Os olhos de Sunoo brilhavam com um toque de possessividade, e ele, sem hesitar, declarou:
— Não! Eu quero esse humano, ele é meu.
S/N sentiu o rosto corar levemente, surpreendido pela reação inesperada do híbrido. Sunoo o encarava com uma expressão que misturava teimosia e um certo carinho, apertando a perna dele como se temesse que ele fosse embora.
Jake riu baixinho, achando a cena adorável.
— Parece que a escolha já foi feita — disse ele, cruzando os braços e olhando para S/N com um sorriso divertido.
S/N se abaixou um pouco, colocando a mão suavemente sobre a cabeça de Sunoo.
— Você realmente me escolheu, hein? — perguntou S/N, com um sorriso gentil.
Sunoo assentiu, ainda agarrado a ele.
— Claro. Não vou deixar você escolher outro, então pode desistir disso.
S/N riu baixinho e olhou para Jake e a atendente, finalmente tomando sua decisão.
— Acho que encontrei meu companheiro.
A atendente sorriu ao ver que S/N e Sunoo já estavam tão confortáveis um com o outro, uma conexão evidente. Ela pegou os papéis e começou a preencher a ficha de adoção enquanto explicava de maneira prática e objetiva:
— Perfeito, vou começar a preencher a ficha de adoção. Depois discutimos a taxa de pagamento.
S/N concordou, observando enquanto a atendente registrava as informações, e logo a papelada estava completa. Ele então pagou a taxa, que parecia justa considerando o que Sunoo já demonstrava ser — um híbrido incrível, e, ao que parecia, muito especial.
Quando a transação foi concluída, a atendente olhou para S/N com um sorriso mais sério, alertando-o:
— Agora, antes que você leve o Sunoo para casa, há algo que preciso te dizer… Tome cuidado durante os períodos de acasalamento. — Ela fez uma pausa, observando S/N e Sunoo com atenção. — Durante essas fases, o comportamento dele pode mudar drasticamente. Ele… se torna outra pessoa. Mais difícil de lidar e bem mais possessivo.
S/N franziu o cenho, pensativo.
— O que você quer dizer com "outra pessoa"? — perguntou ele, preocupado. Não estava certo do que esperar, mas queria entender.
A atendente suspirou, como se estivesse habituada a explicar isso a novos donos de híbridos.
— Sunoo, como muitos híbridos de gato, se torna extremamente territorial e pode ficar agressivo com qualquer outra pessoa que considere uma ameaça. E mais importante, ele vai querer ser o centro de sua atenção, o que pode causar algumas dificuldades, especialmente se você tiver outros animais ou pessoas em casa.
Sunoo, que estava quieto ao lado de S/N, levantou o olhar para a atendente, seus olhos meio desafiadores.
— Eu não sou agressivo, só cuido do que é meu — murmurou Sunoo, quase como uma defesa.
S/N olhou para ele, surpreso pela sinceridade, mas também sentindo um pouco de carinho por Sunoo naquele momento.
— Não se preocupe, Sunoo. Eu vou te dar toda a atenção que você precisar. — Ele sorriu, tentando aliviar qualquer tensão. — Vou cuidar bem de você.
A atendente deu um sorriso cauteloso, como se soubesse que essa fase de adaptação poderia ser um pouco turbulenta.
— Eu espero que sim, mas é importante que você esteja ciente. Isso pode ser um desafio, especialmente durante os períodos de acasalamento.
S/N assentiu, agora com mais cuidado, mas ainda determinado.
— Entendido. Vamos dar o nosso melhor, não é, Sunoo?
Sunoo apenas respondeu com um olhar satisfeito, como se já estivesse confortável com sua escolha.
A viagem de volta para o apartamento de S/N foi tranquila, com Sunoo comportando-se de maneira relativamente calma. Ele parecia intrigado com o movimento das ruas de Seul, seus olhos felinos brilhando com curiosidade à medida que observava os carros, as pessoas e os prédios altos. Mesmo estando no banco de trás do carro, ele não conseguia deixar de se encantar com o que via.
S/N, que estava dirigindo, olhava de vez em quando para o espelho retrovisor, notando como Sunoo parecia fascinado com o mundo ao redor. Ele se sentiu bem com isso, como se tivesse feito a escolha certa.
— Nunca imaginou como seria viver em um lugar tão movimentado assim? — perguntou Jake, sorrindo ao perceber a expressão maravilhada de Sunoo.
Sunoo, ainda observando as ruas com os olhos atentos e curiosos, deu de ombros, mas seu sorriso tímido dizia tudo.
— Não realmente… mas é bonito aqui. Tem muita coisa acontecendo.
S/N sorriu para si mesmo, se sentindo cada vez mais confortável com a companhia do híbrido.
— Eu vou te mostrar tudo o que você precisa saber sobre nossa casa e sobre como as coisas funcionam por aqui. Vai ser bom para nós dois.
Sunoo apenas assentiu, mas seus olhos ainda estavam fixos nas janelas, observando com fascínio as ruas, as vitrines, os prédios, e a vida agitada de Seul. Ele parecia absorver cada detalhe, como se estivesse finalmente encontrando algo novo e empolgante para explorar.
Depois de deixar Jake em sua própria casa e chegaram ao apartamento, S/N estacionou o carro e desceu, indo até a porta da frente. Sunoo, agora mais calmo, seguiu-o até a entrada, ainda mantendo um certo distanciamento, mas com uma leveza em seus passos, como se já estivesse se acostumando com o ambiente ao redor.
— Bem-vindo ao seu novo lar, Sunoo. — S/N sorriu enquanto abria a porta, fazendo um gesto para que ele entrasse.
Sunoo olhou para ele brevemente e então, como se finalmente se permitisse sentir um pouco de pertencimento, entrou no apartamento com um pequeno passo de confiança. Ele olhou ao redor, seus olhos brilhando com a novidade do ambiente.
— É… bem aconchegante — murmurou ele, com um leve sorriso nos lábios.
S/N fechou a porta atrás de si e sorriu, aliviado por tudo ter corrido bem até agora. Ele se abaixou para pegar algumas das pelúcias que tinha guardado e se aproximou de Sunoo com elas.
— Eu trouxe algo para você ver — disse, com um tom divertido, estendendo uma das pelúcias mais fofas.
Sunoo, sem muita expectativa, olhou para o brinquedo e, em um movimento quase automático, estendeu a mão para pegá-lo, seu olhar suavizando ao tocar o tecido macio. Ele não disse nada, mas S/N percebeu como seus olhos brilharam. Era um bom começo.
— Você vai gostar de morar aqui, tenho certeza — disse S/N com um sorriso tranquilo, enquanto observava Sunoo explorar o lugar com mais atenção.
Os dias de S/N começaram a seguir uma rotina tranquila, embora com um toque de novidade a cada momento. Ele acordava cedo, se preparava para o trabalho e saía para a cafeteria onde passava a maior parte do dia. No entanto, sempre com o pensamento em seu novo companheiro em casa, esperando para vê-lo novamente mais tarde.
Quando ele retornava ao apartamento, Sunoo sempre o recebia com uma energia única. Às vezes, o híbrido estava na janela, observando a rua, e outras vezes, ele se aninhava no sofá, com seu urso de pelúcia preferido. O vínculo entre eles parecia crescer a cada dia, mesmo com as pequenas mudanças no comportamento de Sunoo, que às vezes se mostrava mais carente ou, por outro lado, mais independente. No fundo, S/N sabia que estava tomando um cuidado extra com o híbrido, garantindo que ele se sentisse em casa.
À noite, após o trabalho e a faculdade, S/N sempre preparava um jantar simples, e então, se acomodava no sofá com Sunoo ao seu lado, compartilhando uma sessão de filmes. Era um ritual confortável. Sunoo se aninhava ao seu lado, com a cabeça descansando em seu colo ou, às vezes, deitado nos pés de S/N, enquanto ele assistia com a atenção dividida entre a tela e o híbrido. A presença de Sunoo sempre trazia uma sensação de tranquilidade, como se o mundo lá fora, com suas preocupações e pressões, ficasse um pouco mais distante.
Nos momentos de descanso, S/N se permitia relaxar, deixando Sunoo se aconchegar com ele, a companhia reconfortante sendo o único pedido do dia. O híbrido, apesar de ser um pouco imprevisível em certos momentos, parecia entender a necessidade de S/N por um pouco de paz e calma, e muitas vezes se comportava de forma protetora e atenciosa, deitando-se ao seu lado quando o cansaço começava a tomar conta.
As sessões de filmes se tornavam momentos cada vez mais especiais, com S/N às vezes rindo das piadas bobas do filme e, outras vezes, se perdendo no silêncio, apenas apreciando a presença de Sunoo ao seu lado. Quando o filme terminava, S/N se deitava na cama, e Sunoo, com um pequeno pulo, se aconchegava ao seu lado. Eles passavam a noite em paz, com o som suave da respiração de Sunoo e o calor reconfortante de sua presença ao lado de S/N.
Cada dia parecia seguir dessa maneira confortável, como se um equilíbrio fosse encontrado entre o trabalho, a faculdade, e as pequenas alegrias de uma vida compartilhada com seu híbrido, agora mais do que um simples "animal de estimação", mas uma companhia especial que trazia serenidade ao seu cotidiano.
S/N estava no meio de sua rotina habitual, sentado no sofá e brincando com Sunoo, quando algo chamou sua atenção. O híbrido, normalmente com um cheiro doce e leve, parecia ter um aroma mais forte e menos agradável do que o habitual. Era um cheiro que não podia ser ignorado, um leve odor de suor misturado com algo mais. S/N franziu o cenho, notando a mudança enquanto acariciava as orelhas de Sunoo, que estava aninhado ao seu lado.
— Sunoo… — S/N perguntou, com uma expressão ligeiramente preocupada. — Você está… bem? Tem algo estranho no seu cheiro.
Sunoo, que estava distraído com um brinquedo, olhou para S/N, com seus olhos felinos agora atentos, e deu um pequeno resmungo. Ele parecia um pouco desconfortável com a pergunta, mas não desviou o olhar.
— Eu… não sei — disse ele, virando o rosto para o lado e evitando o olhar de S/N. — Acho que não me senti bem ultimamente.
S/N observou o comportamento de Sunoo e, após alguns segundos de reflexão, se inclinou mais para ele.
— Você está com cheiro forte, Sunoo… Acho que você precisa de um banho.
Sunoo, então, ficou em silêncio por um momento, os olhos de gato fixos em S/N, como se estivesse ponderando a sugestão. Ele não parecia totalmente à vontade com a ideia.
— Eu nunca tomei banho sozinho… — Sunoo murmurou, finalmente revelando algo que S/N não sabia. — Eu sempre precisei de alguém para me ajudar.
S/N ficou surpreso com essa revelação, seu olhar suavizando imediatamente. Ele podia perceber a vulnerabilidade na resposta de Sunoo. Não era apenas um problema de higiene, mas uma questão de confiança e dependência.
— Não se preocupe, eu posso te ajudar — S/N disse, sorrindo suavemente, tentando tranquilizar o híbrido. — Eu vou ser cuidadoso, você vai ver. É só um banho. Vai ficar tudo bem.
Sunoo ainda parecia hesitante, mas algo em seu olhar mostrou que ele confiava em S/N, mesmo que não soubesse como se comportar em uma situação como aquela.
— Eu… vou tentar confiar em você, então — Sunoo respondeu com um pequeno suspiro, sua voz ainda um pouco insegura.
S/N assentiu e se levantou do sofá, indo até o banheiro e preparando a banheira com água morna, colocando um pouco de shampoo suave para híbridos na água. Ele fez tudo com calma, procurando tornar o ambiente o mais confortável possível para Sunoo.
Sunoo entrou na banheira com cautela, seus movimentos um pouco desajeitados, e logo um arrepio percorreu seu corpo quando o calor da água o envolveu. Era estranho. A sensação do líquido quente contra seu pelo, especialmente em sua cauda, causava uma leve dor, como se o calor fosse mais intenso do que ele esperava. Seus olhos se estreitaram, a desconfiança se fazendo presente enquanto ele olhava para S/N, que estava agora ao seu lado, se preparando para ajudá-lo.
— Isso… dói um pouco — Sunoo murmurou, a voz baixa, enquanto tentava se ajustar à temperatura da água. A sensação de vulnerabilidade o fez se encolher um pouco, seus olhos ainda desconfiados.
S/N, percebendo o desconforto de Sunoo, se inclinou mais perto dele, sua expressão suavizando com empatia. Ele colocou a mão na água, ajustando a temperatura para que ficasse mais amena, tentando encontrar o equilíbrio ideal para o híbrido.
— Desculpe, Sunoo. Eu vou diminuir um pouco a temperatura, ok? — S/N disse com calma, olhando atentamente para ele. Ele tocou suavemente na cauda de Sunoo, tentando tranquilizar o híbrido. — Vai ficar mais confortável, prometo.
Sunoo olhou para o humano, suas orelhas se movendo levemente, e observou sua expressão gentil. Ele não estava acostumado a esse tipo de cuidado, mas a suavidade com que S/N estava agindo começou a acalmá-lo. Algo no gesto, na forma como S/N estava tratando dele, fez com que ele relaxasse um pouco. Talvez fosse o fato de que ninguém nunca lhe dera tanto cuidado, nem mesmo as cuidadoras da instituição, que sempre tinham pressa devido ao grande número de híbridos sob sua responsabilidade.
— Eu não sabia que seria assim — Sunoo disse, um pouco surpreso com o toque suave de S/N ao começar a esfregar gentilmente seu corpo. Ele ainda sentia um certo desconforto com a água quente, mas o toque de S/N era diferente. Era lento, cuidadoso, e isso o fazia sentir-se mais calmo a cada movimento.
O híbrido fechou os olhos por um momento, a sensação de estar sendo tocado de forma tão cuidadosa e tranquila o fazendo se perder em pensamentos. Não era algo novo, mas o toque de S/N tinha algo especial. Algo que ele não experimentava há muito tempo. Na instituição, os banhos eram rápidos, impessoais, feitos para que todos os híbridos pudessem ser cuidados o mais rápido possível. Não havia espaço para carinho, para um toque que não fosse apenas funcional.
Agora, com S/N ao seu lado, ele começou a entender a diferença. A sensação estranha de estar sendo tocado, massageado com cuidado, começou a se transformar em algo mais agradável, quase confortável. Seu corpo ainda estava tenso, mas a confiança que estava começando a depositar em S/N fez com que ele se permitisse relaxar um pouco mais.
— Isso é… mais gentil do que eu imaginei — Sunoo disse, a voz um pouco mais suave, enquanto se acomodava na água, permitindo que S/N continuasse o banho. Ele não sabia bem como expressar, mas a experiência parecia ser uma espécie de alívio para ele, como se um peso que carregava há muito tempo estivesse sendo retirado, pouco a pouco.
S/N sorriu, sentindo o híbrido começar a relaxar sob seus cuidados. Ele continuou a esfregar delicadamente o pelo de Sunoo, tomando seu tempo e respeitando os limites do híbrido, enquanto a água morna ajudava a aliviar a tensão de seu corpo.
— Eu só quero que você se sinta confortável, Sunoo — disse S/N suavemente, a voz calma e reconfortante. — Você não precisa se preocupar, eu vou cuidar de você.
Depois de tudo devidamente limpo S/N se levantou lentamente da banheira, planejando dar a Sunoo um tempo para aproveitar a água sozinho, mas antes que pudesse dar um passo, algo inesperado aconteceu. Sunoo, que até então parecia relaxado na água, de repente puxou S/N com força. O movimento foi tão abrupto que S/N perdeu o equilíbrio e caiu para dentro da banheira, caindo diretamente no colo de Sunoo, a água espirrando ao redor enquanto suas roupas se encharcavam instantaneamente.
Sunoo, visivelmente surpreso com a reação do humano, parecia um pouco confuso, mas a proximidade repentina deixou ambos sem reação por um instante. Seus rostos estavam tão próximos agora, quase a ponto de seus lábios se tocarem. O ar entre eles parecia carregado de uma tensão sutil, mas inegável, enquanto os dois ficavam paralisados pela situação.
S/N podia sentir o calor da água em sua pele, agora misturado com o calor de Sunoo que o envolvia. O híbrido, que estava segurando S/N em seus braços, olhou para ele com olhos ligeiramente arregalados, ainda não entendendo completamente o que havia feito.
— Eu… — Sunoo começou a dizer, sua voz mais baixa, como se fosse difícil falar enquanto observava o rosto de S/N tão próximo ao seu. — Desculpe… Eu não queria te assustar.
S/N, com o coração acelerado e a respiração um pouco mais difícil, apenas olhou para o híbrido.. Eles estavam tão próximos que podia até sentir a leve pressão no peito de Sunoo enquanto ele segurava seu corpo, quase como se o híbrido não soubesse o que fazer com a situação.
— Sunoo… — S/N murmurou, sua voz baixa, ainda atordoado pela proximidade repentina. Ele não sabia se deveria se afastar ou se deveria permanecer ali, imerso no calor da água e na sensação de que algo estava mudando entre eles.
Sunoo, vendo que S/N parecia tenso, hesitou por um momento. Seu rosto ficou ligeiramente ruborizado, e seus olhos desviaram para os lábios de S/N, como se estivesse tentando entender o que estava acontecendo.
Finalmente, com um suspiro leve, Sunoo falou, sua voz agora mais suave e ansiosa.
— Eu… não… Eu não queria que você fosse…
S/N sentiu o coração bater mais forte no peito, a sensação de estar nas mãos de Sunoo, tão vulnerável e ao mesmo tempo reconfortante, tomou conta dele. Ele não soubera como reagir, mas ao ouvir as palavras de Sunoo, uma sensação estranha e calorosa se espalhou por seu corpo.
— Eu estou aqui com você — S/N respondeu, sua voz hesitante, mas sincera. Ele não sabia onde aquilo iria levar, mas o que estava acontecendo entre eles agora era algo novo, algo que ele nunca tinha experimentado.
O silêncio se seguiu por um momento, onde os dois simplesmente se olharam, imersos na água e no peso daquilo que estava começando a florescer entre eles, sem palavras ou explicações para o que estava acontecendo.
S/N sentiu um suspiro de alívio quando finalmente recebeu a confirmação de que estava sendo liberado das obrigações do trabalho por algumas semanas. As férias eram um presente bem-vindo, principalmente após os últimos meses de intensa correria entre faculdade e trabalho. Agora, ele teria tempo de sobra para se dedicar a Sunoo, algo que ele não sabia o quanto desejava até aquele momento.
Ele sorriu para si mesmo enquanto pegava a bolsa para se preparar para sair, ansioso para voltar para casa e passar o resto da tarde com o híbrido. Já fazia algum tempo que não tinham um momento mais tranquilo juntos, sem as pressões de seu trabalho ou os compromissos da faculdade.
Ao chegar em casa, foi recebido com um sorriso de Sunoo, que estava brincando com um dos seus brinquedos favoritos. Sunoo parecia mais relaxado desde que chegaram juntos ao apartamento, e S/N se sentiu mais conectado com ele a cada dia que passava. Era uma sensação nova, reconfortante, mas também um pouco assustadora — ele não estava acostumado a se preocupar tanto com alguém, a querer estar ao lado de alguém o tempo todo.
— Ei, Sunoo, adivinha? — S/N disse, com um brilho nos olhos enquanto se aproximava do híbrido. — Estou de férias! Agora temos o dia inteiro para passar juntos. O que você acha?
Sunoo, que estava com a atenção focada em seu brinquedo, olhou para S/N com os olhos brilhando de curiosidade. Ele não compreendia muito bem o conceito de férias, mas a ideia de passar mais tempo com S/N o animava.
— Férias? — Sunoo perguntou, inclinando a cabeça para o lado, claramente intrigado com o termo. — Isso significa que você vai ficar em casa o tempo todo?
S/N riu da reação de Sunoo e assentiu.
— Isso mesmo. Podemos fazer o que quiser, ir aonde quiser, passar o tempo juntos sem pressa. Eu quero aproveitar esses dias ao máximo com você.
Sunoo sorriu timidamente, um sorriso que fazia seu coração bater mais rápido. Ele se aproximou de S/N, colocando as mãos nas laterais do corpo dele, como se tentando absorver o significado daquelas palavras.
— Eu… gosto disso. Eu gostaria de passar o tempo com você. Vai ser bom. — Sunoo murmurou, e o jeito como ele olhava para S/N fez com que o humano sentisse uma onda de carinho por ele.
S/N se inclinou, colocando uma das mãos na cabeça de Sunoo, acariciando suas orelhas com suavidade. O toque fez com que o híbrido fechasse os olhos, relaxando instantaneamente sob os carinhos.
— Eu também gosto de passar o tempo com você — disse S/N com sinceridade. — Vai ser ótimo, Sunoo. Vamos fazer muitas coisas juntos.
O ambiente entre eles parecia mais leve e tranquilo agora, a promessa de dias mais calmos e juntos criando uma sensação de felicidade compartilhada. E S/N sabia que, com esse tempo livre, poderia se dedicar a Sunoo de uma forma mais completa, dando-lhe o carinho e a atenção que o híbrido realmente merecia.
Os primeiros dias foram, sem dúvida, os mais especiais e animados que ele tinha vivido em muito tempo. Sunoo, com sua energia encantadora e seus hábitos tão peculiares, trouxe uma nova cor à vida de S/N, que se via, a cada instante, mais conectado ao híbrido.
No shopping, Sunoo parou em frente a uma loja de acessórios para animais e, com olhos brilhantes, puxou S/N até uma vitrine de coleiras. Entre todas, ele escolheu uma coleira azul bebê com um pequeno sino dourado e olhou para S/N com uma expressão irresistível.
— Por favor? Ela é tão bonitinha! — Sunoo pediu, fazendo um bico.
S/N não resistiu. Sabia que Sunoo estava feliz com coisas simples, mas aquela coleira parecia significar algo para ele. Com um sorriso, S/N finalmente assentiu, e os olhos de Sunoo brilharam enquanto ele corria para o espelho, admirando a nova coleira.
Na tarde seguinte, foram ao aquário, um lugar que S/N achou que Sunoo iria adorar. Mas ele não esperava que o híbrido fosse querer interagir tão… diretamente com os peixes.
— S/N! Olha esse peixe… ele parece tão delicioso! — Sunoo exclamou com entusiasmo, quase encostando o rosto no vidro.
S/N riu, tentando explicar.
— Sunoo, a gente não pode comer os peixes aqui. Eles são para ver e admirar, sabe? — disse, tentando acalmá-lo.
Sunoo franziu o cenho, um pouco chateado, mas logo voltou a se animar quando viram as águas-vivas iluminadas.
No parque de diversões, a empolgação de Sunoo foi ainda mais contagiante. Ele se encantou especialmente com a roda-gigante. Quando eles estavam no ponto mais alto, Sunoo olhou pela janela, fascinado pelas luzes da cidade abaixo, e virou-se para S/N, com os olhos brilhando de felicidade e admiração. O coração de S/N quase parou ao ver aquele olhar, tão puro e genuíno, voltado para ele. Era como se, naquele instante, o mundo inteiro fosse apenas os dois.
E então, no cinema, S/N teve certeza. Ao se acomodarem para o filme, Sunoo deitou a cabeça em seu ombro, adormecendo sem perceber. S/N, sentindo a respiração tranquila de Sunoo e seu calor ali ao lado, se pegou sorrindo. Ele não conseguia mais negar: estava completamente apaixonado pelo seu híbrido.
S/N passou aquela noite acordado, imerso na tela do laptop, pesquisando tudo o que podia sobre relacionamentos entre humanos e híbridos. Não havia uma lei específica que proibisse esse tipo de relação, mas as opiniões da sociedade eram complicadas. Muitos viam os híbridos como companheiros ou animais de estimação com um toque de humanidade, mas poucos aceitavam que pudessem ser parceiros românticos ou até mesmo ter uma relação tão íntima com um humano.
A cada artigo lido, S/N sentia uma mistura de alívio e receio. Ele não queria que Sunoo fosse tratado como algo inferior por estar com ele, mas sabia que essa escolha viria com julgamentos e olhares curiosos. Por um momento, pensou em desistir da ideia, tentando se convencer de que talvez fosse melhor manter a relação amigável, mas quando o pensamento de Sunoo surgiu em sua mente — com seu sorriso doce, seu olhar curioso e o jeito adorável que ele o tratava —, sentiu o coração apertar. "Eu não posso esconder o que sinto," pensou S/N, passando as mãos pelo rosto.
Ele se prometeu que, independentemente da opinião dos outros, faria o melhor para Sunoo.
S/N descobriu que Sunoo estava em período de acasalamento da pior forma possível. O híbrido, geralmente tão tranquilo e carinhoso, estava demonstrando um comportamento mais intenso. Ele ficava mais grudado em S/N, procurando sua companhia constantemente, quase como se não quisesse se afastar dele nem por um segundo. Às vezes, S/N encontrava Sunoo olhando-o de longe, com os olhos fixos e vigilantes, e embora ele não soubesse exatamente o que estava acontecendo, havia uma sensação de inquietação no ar.
Foi quando Jake apareceu para visitar que a situação se tornou mais clara.
S/N estava no sofá, conversando com Jake sobre um projeto de faculdade, quando notou que Sunoo, que estava sentado ao lado dele, estava mais agitado do que o normal. O híbrido não parava de se mexer, tocando S/N com mais frequência e, ocasionalmente, empurrando-se para mais perto dele. Jake não parecia perceber, mas S/N já começava a entender o motivo.
Enquanto Jake falava, Sunoo levantou-se repentinamente e começou a caminhar em círculos ao redor de S/N, um comportamento um tanto inquietante. S/N olhou para ele, tentando entender o que estava acontecendo.
— Sunoo, você está bem? — perguntou S/N, tentando chamar sua atenção.
Sunoo, com as orelhas baixas e uma expressão que S/N não conseguia ler, olhou para ele antes de virar a cabeça para Jake. Seus olhos estavam fixos no amigo de S/N, um olhar que parecia cheio de uma tensão inusitada. Jake não percebeu, ainda estava distraído com a conversa, mas a atmosfera na sala tinha mudado. Sunoo então se aproximou de S/N novamente, colocando uma mão firme sobre a dele, como se não quisesse que Jake chegasse mais perto.
— Sunoo… — S/N começou, confuso com a reação do híbrido, mas antes que pudesse continuar, Sunoo deu um passo à frente, colocando-se entre S/N e Jake.
— Pare de falar com S/N. Ele é meu. — Sunoo disse com uma voz baixa, quase inaudível, mas que fez S/N estremecer. O tom de possessividade era claro, e o olhar em seus olhos intensificava essa sensação. Ele estava de guarda, como se fosse proteger S/N de algo que só ele parecia perceber.
S/N sentiu um aperto no peito. Não sabia se deveria rir da situação ou ficar preocupado. O híbrido estava se tornando cada vez mais protetor, como se estivesse tentando afastar Jake sem entender completamente o motivo.
Jake, ainda sem perceber o que estava acontecendo, olhou para S/N com um sorriso curioso.
— Ei, o que foi com o Sunoo? Ele parece… diferente.
S/N, com um suspiro, olhou para o híbrido, que estava agora quase "encurralando" S/N contra o sofá, claramente não disposto a permitir que Jake se aproximasse mais. Era como se ele estivesse tentando afirmar sua posse, uma possessividade que S/N não sabia como lidar.
— Eu acho… que é o período de acasalamento dele — disse S/N, uma realização subindo lentamente em sua mente. Ele havia lido sobre os comportamentos dos híbridos em seus períodos de acasalamento, mas nunca pensou que o comportamento de Sunoo fosse se manifestar de forma tão clara. O híbrido estava sendo mais agressivo em proteger seu espaço e o humano que ele via como "seu".
Jake, ao perceber o que estava acontecendo, olhou para S/N com um sorriso malicioso.
— Ah, então é isso? Ele está… protegendo você de mim? — Jake disse com um tom divertido, mas também um pouco surpreso. — Parece que ele não quer dividir sua atenção com ninguém.
S/N, com uma expressão um tanto embaraçada, olhou para Sunoo. O híbrido ainda estava em posição de defesa, mas agora seus olhos estavam um pouco mais suaves, como se estivesse apenas esperando uma confirmação de que S/N ainda o queria ali.
— Sunoo, tudo bem — S/N disse, tocando suavemente a cabeça do híbrido, tentando acalmá-lo. — Jake não está aqui para… te desafiar. Ele só quer conversar, ok?
Sunoo observava Jake com os olhos fixos. O híbrido não conseguia mais disfarçar o desconforto que sentia com a presença de Jake. Ele se movia inquieto, e sua cauda balançava de maneira nervosa, como se estivesse constantemente em alerta, pronto para reagir a qualquer movimento que Jake fizesse.
S/N, sentindo a tensão crescente, tentou mais uma vez acalmar Sunoo, colocando a mão em seu ombro.
— Sunoo, por favor, calma. Jake não quer fazer nada de ruim. Ele só veio conversar, só isso.
Mas Sunoo não parecia ouvir. Em vez disso, ele deu um passo à frente, com um movimento rápido, quase instintivo. O olhar de Sunoo estava fixo em Jake, e suas orelhas estavam abaixadas, como se ele estivesse pronto para defender o humano a qualquer custo.
Jake, agora percebendo a seriedade da situação, levantou uma sobrancelha, mas ainda tentava manter a conversa leve.
— Eu acho que ele não quer minha companhia por agora, S/N — Jake disse, com um sorriso travesso. — Vou dar um tempo, não se preocupe.
S/N ficou em silêncio, olhando para o híbrido, ainda tentando entender o que estava acontecendo. Sunoo estava claro agora: ele queria S/N só para ele. Não importava se Jake era um bom amigo ou não — no período de acasalamento, a possessividade de Sunoo parecia ser a única coisa que importava.
Sunoo se aproximou de S/N, colocando suas mãos nas laterais do corpo dele, com a postura decidida de quem não estava disposto a dividir sua atenção com ninguém. Ele olhou para Jake, que ainda estava no sofá, e seu olhar era feroz.
— Não… — Sunoo disse baixinho, mas de forma firme, sem desviar o olhar de Jake. — Ele é meu. Você vai embora.
A voz de Sunoo estava carregada de uma possessividade que não deixava espaço para discussão. Ele não queria dividir S/N com mais ninguém, nem por mais um segundo.
Jake, percebendo a seriedade da situação, olhou para S/N com um sorriso forçado, sem saber o que fazer. Ele se levantou devagar, levantando as mãos em sinal de rendição.
— Ok, ok, vou sair. Não precisa ficar nervoso — Jake disse, tentando suavizar o clima tenso. — A gente se fala depois, S/N. Você tem que cuidar do seu… amigo aqui.
S/N, ainda surpreso com a intensidade da reação de Sunoo, olhou para ele com um sorriso nervoso.
— Desculpa, Jake. Acho que o Sunoo… não está muito confortável com a sua presença agora — S/N disse, sentindo um pouco de culpa.
Jake deu um aceno com a cabeça e se virou para sair, sem causar mais problemas. Antes de sair pela porta, ele olhou para S/N mais uma vez.
— Cuidado com esse ciúme todo, S/N. — Jake sorriu de forma brincalhona, antes de sair finalmente, deixando os dois sozinhos.
Quando a porta se fechou, Sunoo relaxou um pouco, mas ainda não estava completamente tranquilo. Ele se virou para S/N, seus olhos suavizando enquanto dava um passo mais perto.
— Você é meu, S/N — Sunoo disse novamente, mais suavemente agora, mas com a mesma determinação. — Não quero que mais ninguém se aproxime de você.
S/N suspirou e, ainda um pouco atordoado com a reação de Sunoo, se abaixou para acariciar suas orelhas, tentando acalmá-lo.
— Eu sei, Sunoo. Você não precisa se preocupar. Eu estou aqui com você. — S/N disse, sorrindo levemente, tentando tranquilizar o híbrido.
A mente de Sunoo estava turva, tomada por uma neblina densa que o fazia agir sem pensar. Os instintos que ele havia controlado por tanto tempo, agora estavam fora de seu alcance, arrastando-o em direção a um desejo ardente e implacável de ter S/N somente para ele. Não importava o que S/N dissesse ou quisesse, naquele momento Sunoo sentia que nada mais importava, a necessidade de reivindicar o humano como seu era absoluta e urgente.
Ele observava S/N com olhos fixos, quase famintos, como se não o visse como o ser humano que era, mas como uma posse, algo que ele precisava para se sentir completo. Sua respiração estava irregular, o calor do período de acasalamento tomando conta dele, tornando-o mais possessivo a cada segundo.
Quando S/N tentou mais uma vez dar um passo para trás, tentando acalmar a situação e dar algum espaço, Sunoo não conseguiu mais se conter. Ele avançou com uma rapidez surpreendente, agarrando S/N pela cintura com uma força que o deixou sem fôlego. A temperatura do corpo de Sunoo estava quente, quase febril, e a pressão nos braços de S/N não dava sinais de que ele queria soltá-lo.
— Sunoo, por favor… — S/N tentou falar, sua voz trêmula, o pânico começando a se instalar em seu peito. Ele sabia que o híbrido estava perdido em seus próprios instintos, mas não sabia como lidar com isso sem que a situação se tornasse ainda mais perigosa.
Mas Sunoo, com os olhos ardendo de desejo, ignorou as palavras de S/N. Ele não queria ouvir. O que importava, naquele momento, era ter S/N ao seu lado, tê-lo em seus braços, sentindo o cheiro de sua pele, sentindo sua presença. Ele queria provar, queria deixar claro que S/N era dele, e ninguém mais poderia tocá-lo.
— Eu não vou deixar você ir — Sunoo murmurou, com a voz rouca, como se estivesse falando mais para si mesmo do que para S/N. — Não… não vou deixar.
Com uma força inesperada, ele puxou S/N para mais perto, quase esmagando-o contra seu corpo. O híbrido, em um momento de pura possessividade, começou a esfregar seu rosto no pescoço de S/N, como se estivesse marcando seu território.
S/N, sentindo-se cada vez mais preso e desesperado, tentou empurrar Sunoo para afastá-lo, mas não teve sucesso. Sunoo parecia mais forte, mais obstinado do que nunca. O sentimento de não ter controle sobre a situação fez o coração de S/N disparar.
— Sunoo… por favor… eu não posso… — a voz de S/N estava mais baixa agora, quase implorando, mas Sunoo não o ouvia. Ele só queria seguir seus próprios desejos.
A tensão no ar era palpável, e S/N sentiu o pânico começando a crescer em seu peito, misturado com a sensação de estar completamente impotente diante de alguém tão determinado. Ele precisava que Sunoo o ouvisse, que entendesse, mas, no fundo, sabia que nada disso importava enquanto o híbrido estivesse preso aos seus instintos.
— Eu não quero te machucar, Sunoo, mas você está indo muito longe… — S/N sussurrou, tentando se acalmar o suficiente para achar uma solução, mesmo enquanto o abraço de Sunoo se apertava.
Mas Sunoo não parou. A possessividade estava tomada completamente por ele, e o desejo de manter S/N perto, de tê-lo só para si, sobrepujou qualquer outra coisa.
— Eu só quero você… — disse Sunoo, os olhos agora fechados, tentando se concentrar nas sensações de ter S/N tão perto, e, ao mesmo tempo, com um fundo de confusão e frustração em sua voz.
Era evidente para S/N que Sunoo estava perdido. Ele queria mais, muito mais do que apenas um toque. Ele queria marcar seu território, e, naquele momento, ele não conseguiria ver além disso.
S/N, tentando ainda assim manter a calma, sabia que ele precisava agir rápido, antes que a situação fosse além do que ele podia controlar. Ele precisava que Sunoo o ouvisse, que ele recuperasse o autocontrole.
Sunoo avançou, seu controle estalando como um fio desfiado enquanto o corpo de S/N no dele acendiam o inferno de desejo queimando dentro dele. Em um instante, ele tinha S/N presa contra a parede, seu corpo pressionado contra o deles, suas mãos agarrando seus quadris com força suficiente para machucar.
— Meu!!! — ele rosnou, seus lábios colidindo contra os de S/N em um beijo contundente. Ele reivindicou a boca dele, sua língua mergulhando fundo para provar e conquistar, para reivindicar cada centímetro deles. Suas mãos percorreram o corpo do humano, tateando e apertando, mapeando as curvas e planos que ele conhecia tão bem.
Ele rasgou as roupas de S/N, desesperado para sentir pele contra pele, para tê-la nua e vulneráveis sob ele. S/N gemeu no beijo, seus corpos arqueando-se contra o dele, suas próprias mãos puxando sua camisa, incitando-o a parar. Mas Sunoo não obedeceu, passou sua camisa sobre sua cabeça e jogando-a de lado, seu peito nu arfando com esforço e necessidade. Ele deixou beijos no pescoço de S/N, mordendo e sugando a pele sensível, deixando um rastro de marcas e hematomas em seu rastro. Suas mãos deslizaram para agarrar a bunda de S/N.
— Podemos fazer igual os vídeos que eu vi, S/N? Por favor?
S/N arregalou os olhos, surpreso com a pergunta de Sunoo.
— V-vídeos? Que tipo de vídeos você andou assistindo, Sunoo? — perguntou S/N, meio rindo, tentando manter o tom leve.
Sunoo inclinou a cabeça, olhando para ele com a mesma expressão ingênua de sempre, mas que agora vinha com um brilho travesso nos olhos.
— Aqueles vídeos que mostram como… como duas pessoas que se gostam ficam próximas — respondeu ele, puxando S/N pela mão para que se sentassem juntos na cama. — Achei que, se você também quisesse, poderíamos fazer isso juntos.
S/N respirou fundo, sentindo seu autocontrole vacilar diante dos olhos suplicantes de Sunoo e das palavras dele, cheias de inocência e desejo ao mesmo tempo. A mente de S/N dizia para ter cautela, mas seu coração acelerado e o calor do momento pareciam estar levando-o para outro caminho.
— Tudo bem, Sunoo… — sussurrou ele, entrelaçando os dedos com os do híbrido e permitindo-se relaxar. — Mas vamos com calma, ok?
Os dedos de Sunoo habilmente desfizeram a última peça de roupa de S/N, expondo seu corpo nu ao seu olhar faminto. A respiração do hibrido ficou presa ao ver o humano espalhado abaixo dele, suas peles coradas e brilhantes, seus olhos escuros de desejo. Ele abaixou a cabeça, pressionando beijos da boca aberta passando para a garganta, até a clavícula, mergulhando a língua na pele.
S/N estremeceu embaixo dele, suas mãos se enredando no cabelo de Sunoo, incitando-o a descer. E ele obedeceu, espalhando beijos pelo peito de S/N, circulando um mamilo com a língua antes de sugá-lo para dentro da boca. Ele esbanjou atenção no broto sensível, mordiscando e puxando até que o humano estava arqueando para fora da cama, gritando de prazer.
Suas mãos percorreram o corpo de S/N, apertando e acariciando, mapeando cada curva. Ele deslizou uma mão entre suas pernas, seus dedos roçando o buraco escorregadio, provocando e acariciando até que o garoto estava se contorcendo sob ele, desesperada por mais.
— Por favor, Sunoo… — S/N ofegou, sua voz tensa de necessidade. — Eu preciso de você dentro de mim. Preciso que você me preencha, que me faça seu.
O híbrido gemeu com as palavras de S/N, seu pau pulsando quase dolorosamente com a força de seu desejo. Ele se posicionou na entrada dele, a cabeça de seu pau cutucando contra o calor de seu corpo.
— Você quer isso, hum? — ele rosnou, sua voz áspera de luxúria. — Quer que eu te foda, te reivindique, te faça gritar meu nome?
Sunoo com certeza tinha aprendido aquilo em algum dos vídeos. S/N faria questão de ver o histórico de navegação depois.
— Sim. — Ele arfou, seus quadris se erguendo para encontrar os dele. — Sim, por favor, Sunnie
Com um rosnado baixo e possessivo, Sunoo avançou, enterrando-se até o punho no calor apertado e úmido de S/N. Ambos gritaram com a intrusão repentina, o estiramento e a queimadura das paredes de S/N ao redor de seu comprimento grosso.
Sunoo se manteve parado por um momento, permitindo que o garoto abaixo dele tivesse tempo para se ajustar à intrusão repentina. Ele podia sentir os músculos internos dele vibrando e apertando em volta do seu pau, puxando-o mais fundo, incitando-o a se mover.
— S-S-S/N. — Ele gemeu, sua voz tensa com o esforço de se segurar. — Você é tão bom, tão perfeito. Como se você tivesse sido feita só para mim.
Lentamente, ele começou a balançar os quadris, puxando para fora polegada por polegada pulsante antes de bater de volta, enterrando-se até o fundo. As costas de S/N arquearam-se para fora da cama, sua cabeça jogada para trás em êxtase enquanto Sunoo estabelecia um ritmo firme e profundo, seu pau arrastando ao longo de suas paredes sensíveis a cada estocada.
S/N ofegou, suas mãos arranhando as costas do hibrido.
Suas estocadas vão ficando mais rápidas, mais fortes, mais erráticas. O som obsceno de pele batendo contra pele encheu o quarto, misturando-se com seus gemidos e grunhidos de prazer.
Ele se inclinou para baixo, capturando a boca de S/N em um beijo ardente, sua língua mergulhando fundo, reivindicando cada centímetro. Suas mãos agarraram os quadris dele, seus dedos cravando na carne macia com força suficiente para deixar hematomas.
S/N gemeu sob ele, seus corpos tremendo à beira da liberação. Sunoo podia sentir seus músculos internos começando a apertar e vibrar, sinalizando seu orgasmo iminente.
— Estou perto, S/N, tão perto. Eu amo você. Goze no meu pau, S/N. Deixe-me sentir você…
Ambos ofegavam duramente, seus corpos tremendo após seus clímax intensos. Sunoo desabou em cima de S/N, seu peso pressionando-os no colchão, seu pau amolecido ainda enterrado dentro de seu calor molhado.
Foi assim que os dois adormeceram.
Ao acordar, S/N sentiu o calor suave do corpo adormecido de Sunoo ao seu lado, respirando tranquilamente voltando a ser seu gatinho fofo. Os lençóis emaranhados e os raios de sol entrando pela janela deixavam a cena envolta em uma paz reconfortante. Ele olhou para Sunoo, ainda absorvendo tudo o que tinham feito juntos naquela noite, sentindo um turbilhão de emoções.
Ao contrário do que poderia ter esperado, ele não sentia arrependimento algum. Pelo contrário, sentia que finalmente estava onde deveria estar, e que a conexão com Sunoo era especial de uma forma que ele ainda estava aprendendo a entender. Um sorriso pequeno, mas sincero, formou-se em seu rosto enquanto ele acariciava suavemente os cabelos de Sunoo, aceitando que, dali em diante, sua vida seria diferente.
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Esquenta a minha cabeça. A janela está aberta. Às 6 da manhã, era para acordar, eu tinha certeza. Com um cansaço estranho eu ligo o 'pc'. Acesso o meu jornal, eu acho que vou morrer. A notícia não está entrando na minha mente, desisto e paro de repente, com o YouTube mostrando opções diferentes. E não sei o que fazer, meu corpo parou de vez. Começo a pensar em quem são vocês, me aguentando todos os dias. Não quero ouvir música, tem a hora precisa. O juízo borbulha, eu tento ler, o outro enquanto eu tento deixar de ser. Há tempos que evito, a esperança me corromper. Estou com um sensação um tanto esquisita. Coloquei meus dedos nos ouvidos, aquele som de gerador está desaparecido. Ando na rua com a música em alto volume, procuro acidentes mas todos são muito descentes. Não querem se sujar. Não tem valido a pena, por aqui ficar. Não agrego, não sei onde tudo isso vai levar. Minha ignorância está por todo lugar. Estão evitando a sério falar. E quais serão suas motivações? Triste pensar. O fracasso existencial já está me dizendo, que não precisa de mim, que não caibo lá dentro. Meus olhos se ferem, estragam o meu alimento. Eu tenho falado comigo e sorrido, nesses tempos que se pensa estar ao telefone. Já gravei minha voz , sobre coisas triviais do dia. Um diário sonoro, para dançar essa valsa maldita. Ninguém vai ligar. O ano novo chegou. Deitei a cabeça, pensei em várias formas de me aniquilar, e o ventilador, provocou em mim um arrepio, sinto saudade de carinho. Nossos pais não podem resolver tudo para nós. Um dia vamos ter de aprender a ser sós. É que eu levanto da cama com todos os nós. Eu me desespero em casa quando fico só. Vão levar tudo que me distrai. Ah! Sim, alguém vai levar. Vou perder alguma coisa se eu esquecer de novo de trancar. Minha memória é toda zoada. Foram as estradas. Gostaria de poder reviver através de todo alguém, que na rua fervem em febre. Eu assisto os carnavais, nunca fui a nenhum, maravilhosos imortais, eu não perdi meu lado comum. É natural o desejo de felicidade, a minha se traduz em pedir mais verdades. Não suporto a mentira, já extrapolou o covarde. Porque desde o primeiro dia do mundo, alguém precisou acalmar seu ânimo. O frio canalizou o afago que o coração-menino sonhou. Todos os dedos podres que fizeram gostar, de um rápido prazer na ponta da língua, que maltrata de vez que não anima, sou um bichano, eu quero você me dizendo que sou sua alegria. Que estou tremendo, não preciso nem falar. Minha garganta está entrecortada, eu vou chorar. Não costumo pensar nada absolutamente nada, me perco na rua. Eu ando para trás. Não sabendo que horas vou chegar, enquanto o vento tenta me empurrar, meus pés no meio fio, estão a balançar. O vazio mental, o meu pranto, como ainda pode haver algo me rondando? Eu sei como um bom ser humano, que gastado as sete vidas, tem algo me esperando, numa outra esquina.
Os ciclos da vida a mim nunca chegaram. Não tenho medalhas, não tenho lembranças de pequenas vitórias ou aventuras sanas. Preciso de paz, acertar as coisas, uma alma pesada só vai levar outras. Ninguém merece! Sujar o céu! Ainda estou segurando o carrossel. O carrossel de vontades não vividas. O orgulho ferrenho de quem não tem o talento certo para a vida. O que agora vou sentir, os animais a me engolir, estou deixando de comer, são horas caras para o comer desfalecer. Eu tenho direito de acabar com meu sofrimento, não tenho pertencimento, acabou a palhaçada. E esses caminho é de penar, a dor é dor , tem de trabalhar. Não estão, ao menos acho, jogando por brincar, é para valer, devo aceitar. A vida está saindo de mim, eu esperei esse momento feliz. Sorri dolorida até o fim. O tempo era igual. Não há saudades de mim. Já que me conhecem, acreditaram. Chegou o grande dia, como aniversário, em que todos que convidei não se apresentaram. Esse dia eu me lembro, odeio velas. Quero ascender, tocar fogo no quarto com ela. A minha cadeira elétrica, esperar o sim de quem amei, achando que tudo, é só conhecer. Estou a sentir o cheiro horrível que provoquei, me escondendo, dias que provei,o gosto da morte consciente. Simplesmente, nada mais tinha sentido, então eu também pulei na terra, e entrei.
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O Dia do Cachorro é comemorado anualmente no dia 26 de agosto. Sim, o melhor amigo do homem tem um dia especial!
Não é apenas uma data comemorativa para homenagear nossos amigos peludos, mas também uma forma de ampliar o debate sobre os direitos dos cães. É importante lembrar que maus-tratos é crime e ter a conscientização de que, assim como a gente, os cachorros têm suas necessidades e demandam uma série de cuidados para terem uma vida digna.
O abandono de animais é outra pauta que pode e deve ser debatida na ocasião, já que é muito comum ver cachorros abandonados, com pouca ou nenhuma qualidade de vida. É por isso que a castração de cães é uma grande aliada para evitar que o número de bichinhos nas ruas cresça ainda mais. ONG’s, protetores independentes e outras instituições também desempenham um papel essencial para cuidar de animais em situação de vulnerabilidade e abandono.
🐶 🐕 🐾🐾🫶🏻
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Atenção, atenção, quem vem lá? Ah, é KRISTOFF, da história FROZEN! Todo mundo te conhece… Como não conhecer?! Se gostam, aí é outra coisa! Vamos meter um papo reto aqui: as coisas ficaram complicadas para você, né? Você estava vivendo tranquilamente (eu acho…) depois do seu felizes para sempre, você tinha até começado a DESCOBRIR SEGREDOS DO SEU PASSADO… E aí, do nada, um monte de gente estranha caiu do céu para atrapalhar a sua vida! Olha, eu espero que nada de ruim aconteça, porque por mais que você seja SOLÍCITO, você é DESCONFIADO, e é o que Merlin diz por aí: precisamos manter a integridade da SUA história! Pelo menos, você pode aproveitar a sua estadia no Reino dos Perdidos fazendo o que você gosta: DONO DE UM PARAISO PARA ANIMAIS E LIDER DA ASSOCIAÇÃO DE SALVAÇÃO ANIMAL.
Idade: 28 anos.
Sexualidade: Homosexual.
Ocupação: Dono da Kristoff's Pet Wonderland e Lider da assosiação Sven's Pet Rescue.
Conto: Frozen.
Faceclaim: Oliver Stark.
+ conexões / + more info bellow.
Se lembrava da sua infancia vagamente. Não tinha lembranças de nada antes de seus pais lhe adotarem, ou lhe acharem perdido enquanto observava outras pessoas. Ele amava aquilo. Seus pais eram trolls então tinham um pouco de receio de humanos, mas entendia que como Kristoff era um humano ele tinha direito de observá-los, pelo menos à distância. Então foi assim que começou a sua longa admiração pelos homens que passavam por ali com renas em busca de gelo para vender.
Sua memória não ia muito além disso, claro era muito jovem, então não teria mesmo memórias, mas ainda sim, parecia que existia alguma névoa pairando pela sua mente sempre que pensava muito sobre o seu passado. Então se acostumou a sempre ver o futuro e focar apenas no que tinha que ser feito ignorando alguns sentimentos que tinha e estranhamente esse tipo de sentimento era apoiado pelos trolls, seus pais.
"A vida é muito mais bela quando vemos a frente, pensamos sempre no que pode acontecer!" Kristoff pensava muito nessa parte. No que podia acontecer. Nada além do que podia acontecer passava pela sua mente. As palavras dos trolls passavam pelos seus ouvidos e se instalavam lá, mas era assim com todos os pais, correto?
Passava grande parte do seu tempo com Sven, sua rena, conversando e se divertindo, bem o máximo que dava com uma rena, ignorando por muito tempo conversas além do necessário com humanos. Até chegar o momento que todos nós sabemos: Toda a questão com a rainha do gelo.
Kristoff participou da aventura, por um segundo deixando tudo que conhecia de si de lado, e naquele momento, muitas coisas passavam pela sua cabeça. Porque era tão facil para ele seguir nessa nova aventura? Porque não tinha nada a largar quando decidiu seguir Anna e participar de toda aquela aventura?
Havia se tornado um grande amigo de Anna, não sabia exatamente como romance funcionava, nada além do que seus pais falavam, o que não era nada de util para ele. O que sentia pela Anna ele acreditava ser amor, pois era aquilo que os trolls diziam que era, mas para ele... Ele não sabia dizer com certeza, mas essa era a verdade, não era?
Estar com a Anna era diferente por diversos motivos: Ela tinha uma personalidade incrivel e além disso, tinha objetivos e uma força estranha nela que trazia para Kristoff um estranho incomodo dentro de si. Quem ele era? O que ele queria? Nunca conseguiu falar disso com ninguém, nem mesmo com Sven. Ok, com Sven ele tentou, mas não era facil ter uma conversa séria com uma rena. Então, passou por tudo aquilo que pensou que tinha que passar com ela: Até o dia do casamento onde a moça fugiu no meio da cerimônia.
Kristoff travou no meio do evento, observando quem seria sua esposa correr para longe deixando ele ali, observando a si mesmo prestes a dar um passo muito importante. Não estava triste. Estava preocupado com Anna, mas não triste. O casamento tinha que acontecer por formalidades e ele tinha que se casar. Era isso que era para acontecer, certo? Era isso que estava em seu caminho. Mas naquele momento onde todos se mantinham em choque, estava só ele. Observou as suas mãos por alguns segundos e foi naquele momento que percebeu: Kristoff não tinha objetivos, não tinha sonhos, porque não sabia nada sobre si, não sabia quem era e de onde veio, e nem para onde iria.
Depois daquele dia, tentou manter contato com Anna, mas havia algo nele que bloqueava isso, se mantendo afastado nas montanhas. E foi quando uma névoa passava pelos trolls, uma névoa que ele conhecia muito bem, a mesma névoa que cobria seus pensamentos, ele sentiu algo estranho vindo e bem, ele foi transportado para o Mundo dos perdidos.
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As consequências nefastas da influência sonora inaudível no organismo dos seres humanos.
Sumarex | Outubro/2024
Em primeiro lugar é importante salientar que os efeitos da mesma influência acontecem com todos os animais vertebrados da superfície terrestre, e por conseguinte, com os animais subaquáticos e os animais que habitam o subsolo. Apesar de estarem parcialmente protegidos pela densidade das águas e pelas camadas da crosta terrestre, mesmo assim esses animais são dependentes de um ecossistema ligado aos reinos dos vertebrados da superfície, mas não vamos explorar esse tema agora.
Segundo: todos os seres vivos do planeta estão pagando indiretamente pela influência da frequência sonora inaudível, mas os invertebrados e outros reinos, como o reino fungi, por exemplo, são afetados em escalas bem menores. Também são inacessíveis em termos de leitura humana e não sofrem diretamente com a distorção magnética. Mas quando são afetados, o nível de desfiguração desses reinos pode levar à consequências imprevisíveis.
Efeito Dominó
Antes de entender com propriedade as consequências desgraçadas sobre o organismo humano da frequência inaudível, é preciso esclarecer como os sistemas integrados da geração e sustentação da vida na Terra acontecem:
Por meio de uma razão ou lógica operante universal, que podemos chamar de Logos, todas as partes que compõem o todo são o próprio todo enquanto indivíduo.
Todos os seres vivos participam da mesma dança enquanto constroem e melhoram o meio em que vivem e/ou destroem o que tocam. Consumindo e transformando.
A causalidade é uma evidência empírica e a partir dela podemos nos planejar, entender a ordem dos fatos e compreender a história.
Nesse mesmo sentido, as partes infinitesimais dos organismos se desenvolvem e evoluem, numa cadeia de eventos que conecta a todos com a mesma fonte ou o mesmo princípio.
O organismo humano é pura materialidade da frequência do pensamento.
A frequência coagula os eventos e manifesta as aparências. Por isso, ao inferir sobre os seres humanos uma frequência inaudível, o efeito produzido será uma transformação das tendências e das manifestações físicas. Assim, a bilateria dos seres vivos, e em especial, dos seres humanos, nos diz muito sobre como funciona a lógica dessas manifestações na morfologia macroscópica (anatomia) humana.
Simetria Bilateral
Apesar de não haver nenhum ser humano naturalmente simétrico, é possível conferir aos indivíduos a noção de simetria bilateral, comum em grande parte dos seres vivos.
De maneira geral podemos encontrar dois olhos, dois ouvidos e duas narinas na face dos humanos. A boca, apesar de uma, seus dois cantos são independentes: um lado pode sorrir enquanto o outro repousa.
A simetria bilateral está em todo organismo humano. Ela é a evidência manifesta do fenômeno natural das polaridades positiva e negativa, presentes no eletromagnetismo. Através dessa corrente, um toróide se desenha em torno do corpo humano, ligados pelo eixo da coluna vertebral. Esse fluxo define, por exemplo, a saúde do sistema endócrino. E como consequência, de todos os órgãos e tecidos.
A influência inaudível afeta o organismo criando sempre uma excitação. Um tipo de provocação constante e um estímulo nunca saciado. Esse estímulo leva à uma sensação de vazio, como uma necessidade subconsciente.
Os ouvidos humanos são independentes, por isso a frequência inaudível afeta de maneira diferente os dois lados do corpo. Levando à uma distorção dos sentidos humanos, decorrente desse efeito no fluxo do campo eletromagnético dos indivíduos.
Sendo assim, cada um dos lados responde em tempos diferentes e a morfologia macroscópica humana se reconfigura. Podendo provocar anomalias severas e todos os tipos de doenças crônicas.
O lado direito responde "atacando" a frequência e ao estímulo criando uma tendência hiperativa, constante, desgastante e agressiva.
O lado esquerdo responde "absorvendo" e reagindo ao estímulo com tendências frias, inertes e passiva irritabilidade, na tentativa de compreender o impossível.
Na ansiedade por saciar esses vazios, os seres humanos buscam em estados de prazer momentâneo - numa civilização devidamente estruturada para vender esse conforto - as respostas que nunca são respondidas.
Proteção
A música é a melhor maneira de evitar os efeitos nefastos da frequência sonora inaudível. Assim como o canto dos pássaros livres, o som da chuva, os sons da natureza e a voz humana.
Existem outras inúmeras técnicas que podem aplacar os efeitos dessa influência, mas esse tema precisa de mais cuidado; falaremos sobre isso em outro momento.
Por hora é bom lembrar que todo poder está no controle. E todo controle sobre a raça humana só é possível quando há vazios existenciais que produzam a sensação de necessidade, e que estimulem a polarização e a animosidade constante entre as partes.
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❀°• Caçador de Tchutchuquinha ᴶᴼᴱᴸ•°❀ (+18)
Sᴜᴍᴍᴀʀʏ: Iɴɪᴍɪɢᴏs ᴘᴇʟᴀ ᴍᴀɪᴏʀ ᴘᴀʀᴛᴇ ᴅᴀ ᴠɪᴅᴀ, ᴇᴜ ᴇ Jᴏᴇʟ ɴᴏs ᴇɴᴄᴏɴᴛʀᴀᴍᴏs ᴇᴍ ᴜᴍᴀ ғᴇsᴛᴀ ɴᴀ Rᴇᴘᴜ́ʙʟɪᴄᴀ ᴅᴀs Iᴍᴘᴇʀᴀᴛʀɪᴢᴇs
Tᴀɢs: ᴇɴᴇᴍɪᴇs ᴛᴏ ʟᴏᴠᴇʀs, ᴍʏ ғɪʀsᴛ sᴍᴜᴛ ᴇᴠᴇʀ, ᴀʟᴄᴏʜᴏʟ, ʙᴜʟʟʏɪɴɢ, ғᴇsᴛᴀ ᴜɴɪᴠᴇʀsɪᴛᴀ́ʀɪᴀ, sᴇxᴜᴀʟ ᴛʜᴇᴍᴇs (+18), ᴘʀᴏᴠᴀᴠᴇʟᴍᴇɴᴛᴇ ᴀ ʜɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ ᴍᴀɪs ᴇɴɢʀᴀᴄ̧ᴀᴅᴀ ϙᴜᴇ ᴇᴜ ᴊᴀ́ ᴇsᴄʀᴇᴠɪ
MINORS DO NOT INTERACT!
Wᴏʀᴅ Cᴏᴜɴᴛ: 2.8ᴋ
(ᴅɪᴠɪᴅᴇʀ ʙʏ ᴀɴɪᴛᴀʟᴇɴɪᴀ)
Crianças são sempre vistas como seres de luz que nascem com pequena ou nenhuma capacidade de ódio. À medida que crescem podem adquirir comportamentos perversos para se adaptarem ao meio ambiente a qual são inseridos. E, quando nesse meio social, seja por ciúmes ou inimizade, a atitude negativa gruda como chiclete no cabelo e lhe acompanha por toda a sua vida.
Eu e Joel nos odiávamos desde o jardim de infância. Nenhum de nós saberíamos dizer quem havia começado ou porque não podíamos simplesmente parar de nos comportarmos assim; sentíamos em uma competição e não deixariamos o outro ter a palavra final. Ele colocava insetos e pequenos animais dentro das minhas coisas, gargalhando com meu choro estridente e meus gritos quando os animais tentavam subir pelo meu braço. Então, rasgava suas folhas de exercício e desenho no horário do intervalo, forçando-o a ter que refazê-lo depois.
O sistema continuou o mesmo por anos, forçando nossos pais a terem que conversar com os coordenadores para que nos auxiliassem com relações interpessoais. As aulas mais chatas que nós já tivemos! Falavam sobre dividir brinquedos, o espaço do coleguinha, como deveríamos ter empatia e se importar com os sentimentos do outro. Eu me importava, era exemplar… menos quando o assunto era Joel. Queria que ele sumisse – e ele esperava a mesma coisa de mim.
No ensino fundamental, quando sua fixação com insetos parou e os professores já não confiavam mais em mim perto do material de Joel, a tática de ataque teve que mudar. Ambos éramos extremamente inteligentes, capazes de influenciar quase todos os colegas de classe e, novamente, era impossível dizer quem quem havia começado com a disputa de fofocas – mas ela estava lá sempre estava.
Houve uma época em que nenhum aluno encostava em mim, já que Joel havia inventado que eu tinha uma doença contagiosa. Não muito tempo depois, ele seria alvo de zuação dos meninos já que, por ter faltado uma semana na escola, todos acreditaram na história de que havia amputado uma parte do pinto por não ter lavado adequadamente. Os alunos, preocupados, perguntaram até para os professores se aquilo poderia acontecer se não lavassem direito – e, sem saber exatamente o porquê estavam perguntando aquilo, responderam que sim.
As meninas acreditavam que sua mãe pagava para os meninos serem amigos dele, enquanto os meninos acreditavam que eu usava meias para encher o volume do sutiã. E continuamos assim, até que quando ele foi baixo, eu fui mais ainda. Havia mentido sobre eu ter pego sífilis quando eu estava com algumas feridas de catapora cicatrizando; então disse que Joel gostava de bater punheta e comer a porra.
Éramos mais que inimigos; queríamos ver a mais completa destruição um do outro. Competiamos por notas, pontos, atenção dos professores e havíamos encontrado um ódio fixo imutável, um no outro. Não recuavamos de nenhuma briga e, se parecesse que estávamos perdendo, dobravamos nossas apostas, criando uma fofoca tão absurda que fez com que tanto eu quanto ele ficássemos BV até o terceiro ano do ensino médio – mesmo que grande parte dos outros alunos achasse que tínhamos parafilias anormais e desvios perversos de desejo sexual.
Me mudei no terceiro colégio para outra escola, com intuito de estudar para o vestibular. Não haviam escutado nada sobre mim e, finalmente, não havia mais ninguém para encher o saco de Joel. Assim, durante os jogos, fizemos um pacto de não agressão – que acabou sendo quebrado no momento em que o vi com aquela fantasia felpuda horrível. Não conseguia parar de rir. Porém, ao contrário do que Joel esperava, a maior parte dos acontecimentos desafortunados não foram minha culpa – e isso havia, de certo modo, me deixado com uma raiva descomunal. Haviam feito-no sair correndo pela escola apenas de cueca e eu não tive nada a ver com a situação. Isso era loucura.
Não sabia o que fazer, então voltei aos meus sentimentos mais infantis e enchi os travesseiros de Eduardo e seus dois seguidores insuportáveis com minhocas da feira, que havia comprado naquela mesma tarde. Foi o que Joel faria, se estivéssemos no jardim de infância. Todos reclamaram do cheiro ruim que saia de suas coisas e, quando finalmente deitaram a cabeça para dormirem, sentiram as minhocas andando pelo seu corpo.
Ficaram meia hora tomando banho, com nojo do acontecimento. Se pensassem o suficiente, ainda conseguiam senti-las se movendo em seu rosto. Então, no meio da noite, os garotos foram tirar satisfação com Joel e quase saíram aos socos.
Fiquei encarando no canto da porta.
– Foi você? – ele perguntou, puxando meu braço para a sala de armazenamento.
– Só eu faço da sua vida um inferno – empurrei-o, de modo que batesse as costas contra a parede e sai da sala.
2009, três anos depois. Estava em Cafezinhos, com a mala pronta para passar o final de semana na casa da minha amiga Rafa – havíamos nos conhecido durante o terceirão. Atualmente, ela morava com outras meninas de Imperatriz em uma república não muito longe da faculdade e havia me convidado para a festa de início do ano letivo após a libertação dos calouros. Mesmo que eu estivesse fazendo faculdade em São Paulo, achei que seria legal conhecer pessoas novas e mudar os ares em um final de semana.
O trânsito demorou um pouco mais do que o esperado e acabei chegando atrasada. Mesmo do lado de fora já conseguia ver que o som estava estourado e a casa cheia, exatamente o tipo de festa que eu gostava. Quando passei pela porta, os convidados já estavam todos dançando com seus próprios amigos e Rafa veio me receber com um abraço.
– Dá aqui, vou guardar no quarto – tirou a bolsa do meu ombro e eu sorri, seguindo-a pela casa.
– Desculpa pela demora.
– Relaxa – ela riu. – Chegou na hora certa, tivemos que batalhar pela cerveja e pelos convidados.
– O que?
– A outra república da rua tinha marcado outra festa pro mesmo dia e interceptou o recebimento das cervejas, mas nós ganhamos no jogo que eles propuseram e agora todos estão aqui – enquanto me explicava, colocou minha bolsa dentro do armário, para que ninguém mexesse, e voltamos para a sala da casa, onde os convidados estavam. – Aproveita, viu?
Me deu um beijo na bochecha e saiu para falar com um garoto, pareciam íntimos. Era um namorado ou apenas um peguete? Ri comigo mesma, pensando nas possibilidades. Fui me guiando pela casa, sendo instruída a ir até o tanque pegar cerveja para entrar no clima da festa. Quando cheguei lá, com o abridor na mão, encontrei um rosto familiar. Estava mais velho, mais alto e mais maduro, mas era o mesmo de todos os outros anos que estudamos juntos:
– Fabrício? – exclamei, surpresa.
Ele abriu um sorriso largo e exclamou meu nome. Não sabia se o cheiro de álcool vinha dele ou das cervejas a possa volta, mas eu facilmente poderia dizer que ele já estava bêbado demais.
– Mentira que você tá aqui – gargalhou e me abraçou.
– Prazer em te ver, também – sorri e ele pegou a cerveja de minha mão para abri-la.
– Tem alguém que vai ficar louco quando te ver.
Ele saiu do lugar ainda a gargalhadas e eu dei de ombros, levando a borda da garrafa a boca e tomando um pouco da cerveja (que não era das melhores, mas dava para o gasto). Meu corpo balançava ao ritmo da música e eu andava entre os cômodos, recebendo alguns olhares de outros universitários interessados. Todavia, meu semblante sorridente desapareceu quando dei de cara com Joel, encostado no batente da porta do banheiro. Um “ah não” sincero saiu dos meus lábios.
– Nem em Cafezinhos você me deixa em paz – reclamei.
– Eu moro aqui! – deu de ombros. Sem querer levantou o braço demais e deixou com que um pouco da cerveja caísse no meu pé.
– Fez de propósito? – perguntei, mesmo sabendo que não havia sido.
– Por que? Se tiver sido vai inventar que eu fiz xixi nas cervejas e dei pras outras pessoas beberem? – esbravejou.
– Que nojo, Joel. Como consegue pensar nessas coisas? – disse em sarcasmo, ele revirou os olhos e eu tomei outro gole da cerveja. Estava com um sorriso malicioso ao canto da boca por tê-lo feito ficar na defensiva tão rápido.
– Por que não ficou em São Paulo? Não tinha ninguém que quisesse sair com você? Estavam com medo de pegar sífilis? – dessa vez ele riu, vendo o sorriso sumir de meu rosto.
– E você? Tá sozinho na festa porque teve que amputar uma parte do pau?
E, no momento em que se fala da virilidade de um homem, as coisas ficam sérias. Seu olhar se fechou e quase percebi sua pupila escurecer ainda mais. Me puxou pelo braço para dentro do banheiro e fechou a porta, me empurrando contra a parede e bloqueando minha possibilidade de movimentação.
– Você sabe muito bem que eu não fiz isso.
– Eu sei? – usei o tom de voz mais suave que possuía, como se não tivesse ideia do que estava falando.
– Eu tive que tirar uma hérnia do umbigo na quinta série, só isso.
– Tem certeza que não teve que amputar uma parte do pau por má higienização?
Sem pensar muito em seus movimentos, envolveu sua mão na minha e a trouxe para a região escrotal, fazendo com que eu sentisse o volume no meio de suas pernas. Isso fez com que eu travasse minha respiração e ele suspirasse, jogando a cabeça para trás. Se recompôs no mesmo lugar, tentando ficar mais alto e querendo cobrir meu corpo com o seu, tentando impor respeito.
– Parece que eu amputei alguma coisa? – esbravejou.
Sua respiração quente chegou ao meu rosto e eu suspirei, sem sair daquela posição. Quando havia chegado tão perto? A barba o deixava mais masculo, com cara de mais velho. Os pelos do meu braço se arrepiaram. Fitei meu olhar no seu e nos encaramos, sem dizer qualquer palavra por aqueles segundos que pareciam uma eternidade. Eu não recuaria de uma disputa assim…
Na verdade, ao contrário de recuar, nós nos beijamos. Nos tão rápido que seus narizes se chocaram brutalmente, mas mesmo a dor não impediu que o beijo continuasse. Ele trouxe uma das mãos para minha bochecha, enquanto a outra acariciou a lateral da minha perna e a apertou assim que entrou em contato com a pele. Soltei um gemido, puxando-o para mais perto quando senti seu volume roçar entre minhas pernas, até mesmo abrindo-as um pouco mais para senti-lo mais perto.
Precisava dele próximo a mim. Mais próximo. Queria sentir seu corpo em todas as suas mais peculiares extensões. Passei os dedos por baixo de sua blusa e minhas unhas passaram pela lateral da barriga, arrancando-lhe um suspiro. Apertou a ponta dos dedos contra meu rosto e nós nos olhamos, separando o beijo.
– Você tem camisinha? – perguntou.
– Você não tem? – ri e tirei um pacote de camisinha de dentro da bolsa. Era sempre bom estar preparada. – Não tem porque já sabia que nenhuma menina sã aceitaria transar com você?
– O que você acha que isso diz sobre você? – ele arrancou a blusa em uma única puxada. Observei seu corpo e quase não consegui manter a boca fechada. Desejo.
– Cala a boca – segurei seu rosto entre os dedos, marcando sua pele com as unhas, e trouxe sua boca novamente de encontro a minha.
Ele pegou a camisinha da minha mão e passou a abri-la, enquanto eu me foquei em abrir a braguilha de sua calça, sentindo-o roçar contra minha mão na busca por qualquer estímulo feito pelo atrito. Ainda sem romper o beijo, deslizei minha mão pelo seu membro e o ouvi arfar contra minha boca.
Alguém bateu furioso na porta do banheiro – provavelmente com vontade de fazer xixi.
– TÁ OCUPADO – gritamos juntos e nos encaramos.
Iamos mesmo fazer aquilo? Dar um passo tão grande contra nossa inimizade? Não pensamos muito antes dele colocar a camisinha em seu comprimento e eu tirar a calcinha por baixo do vestido – não vi onde ela havia ido parar, mas isso não importava. Ele passou a mão por baixo da saia e a trouxe até minha cintura, apertando-a com uma força.
– É a sua primeira vez vendo uma vagina? – mesmo em uma posição tão íntima, não consegui me conter de fazer um comentário. – Já descobriu onde é o clitóris ou – ele riu e colou sua boca na minha, me calando.
Envolveu sua mão no meu pescoço e apertou, o encarei de baixo para cima, com os olhos brilhantes (pedindo pica) quase impaciente com o jogo de flerte. Sua mão foi até a minha intimidade e, novamente, ele soltou um riso malicioso.
– Pra alguém que tá tão molhada que eu vou precisar passar um rodo no banheiro, você tá falando demais.
Enquanto num momento eu estava revirando os olhos com seu comentário, no seguinte estava revirando os olhos de prazer, sentindo-o se alinhar e entrar dentro de mim. Segurei em seu ombro e percebi que todos os músculos de seu corpo estavam tensionados. Nós dois gememos em uníssono e ele tombou a cabeça para trás, em completo êxtase. Aproveitei o momento para passar a língua por seu pescoço, no comprimento da sua carótida, e senti-o pulsar dentro de mim.
Joel segurou a minha coxa e a puxou para cima, desferindo um tapa na carne. Mordi seu pescoço e ele retribuiu, com respirações pesadas. Começou a se movimentar e me puxou para mais perto, mudando a posição da minha pelve, inclinando-a, o que me fez quase gritar de prazer.
– Assim? – sussurrou contra minha boca, com um sorriso convencido de quem havia encontrado o ponto certo. – Me xinga vai, me xinga enquanto eu te fodo.
– Você é um filho da puta, babaca, que precisa sempre da minha atenção e – senti um choro agudo sair dos meus lábios quando ele aumentou a velocidade de suas estocadas, enquanto eu fazia esforço para que meu corpo encontrasse com o dele.
Levou a mão ao meu clitóris e iniciou movimentos circulares em ritmo constante. Ele sabia o que estava fazendo, sentia meu cérebro derreter e o corpo formigar. Quase não conseguia controlar o volume dos meus gemidos, torcendo para que a música do Bonde do Tigrão que estava tocando na parte de fora abafar os barulhos. Nunca imaginei que estara transando ao som de “Caçador de Tchutchuquinha”.
– Você quer que todo mundo ouça você gemendo pra mim? Que saibam que você é a putinha do Joel? – disse a minha orelha e sua respiração foi o ponto gatilho para meu orgasmo.
Meu corpo inteiro tencionou e minha visão desfocou por alguns segundos, sentindo até as costas da mão formigar. Uma onda de ocitocina foi liberada rapidamente e eu gemi alto. O músculo do canal vaginal apertou contra si mesmo, liberando mais lubrificação e parecia querer esmagar o pau de Joel, que escondeu o rosto na curva do meu pescoço para que eu não visse suas feições de mais alto prazer.
Mesmo ainda durante o meu ponto alto, puxei sua cabeça para frente, fazendo com que olhasse em meus olhos. Queria ver seu rosto no momento em que gozasse, precisava ver suas feições se contorcendo de prazer. E, provavelmente, o contato visual foi demais para ele, que seguiu com movimentos erráticos até gozar dentro da camisinha.
Ficamos algum tempo parados naquela mesma posição, antes de nos separarmos para ele jogar a camisinha no lixo e eu procurar pela minha calcinha. Voltamos a nos encarar depois, enquanto ajeitamos nossas roupas; pude ver as marcas de arranhão que havia deixado em seus ombros e nas costas, junto aos chupões no pescoço – e eu deveria estar no mesmo estado. Tínhamos nos marcado e delimitado território subconscientemente, fosse pelo prazer extremo ou pela possessão que possuímos um com o outro.
Não conseguimos manter contato visual de maneira séria, então soltamos alguns risinhos quando voltamos a ficar frente a frente.
– Então o nosso ódio era tesão acumulado? – ele sorriu, tombando a cabeça pro lado enquanto se aproximava de mim.
– Pelo jeito… – ri e ele retribuiu a risada. Passou a mão pelo meu ombro e me deu um beijo suave no local.
– O que acha de eu te levar pra almoçar amanhã? – perguntou, de maneira sincera.
Joel não era de se envolver com transas repentinas em banheiros de repúblicas, era um cavalheiro, mas havia algo em mim que o desconcertava sempre que estávamos juntos. Talvez, se tivéssemos procurado ajuda profissional quando mais jovens, teríamos percebido que nossos atos estavam incrustados em baixa auto estima e necessidade de sermos vistos de maneira importante por outra pessoa – tendo elegido um ao outro como merecedores dessa admiração.
– Tipo um encontro? – perguntei e ele ergueu as sobrancelhas, com um sorriso.
– Você não sabe o quanto eu tô me segurando pra não dizer “Deus me livre ir em um encontro com você”.
Não pude deixar de gargalhar, me aproximando dele para dar mais um beijo. Velhos hábitos nunca morrem, mas a intenção era verdadeira e ambos sabiam que a inimizade havia acabado naquele momento.
Pessoal do lado de fora do banheiro: Joel????😨😨😨😨
Aliás, esse foi o primeiro smut que eu escrevi na vida (me propus a explorar gêneros textuais novos) e por mais que tenha sido uma experiência nova, meu deus que coisa torturante.
Aᴏ3
Wᴀᴛᴛᴘᴀᴅ
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𓏲 * dead man walking , dead man talking.
trigger warning: tentativa de homicídio.
aquela era a vigésima tentativa de fazer uma refeição digna, mesmo que o que lhe era servido estivesse longe de ser algo digno. aslihan tinha um prato prateado nas mãos com um remexido, uma papa sem cor e com um cheiro fétido; uma única lágrima escorreu em sofrimento quando tentou engolir o alimento, pensando que mesmo errada, mesmo incapaz de concluir uma missão, merecia um pouco mais além daquele sofrimento. um rosnar interrompeu seus pensamentos, cães infernais a rondavam, impacientes; um deles tinha os dentes fincados na barra da sua calça, exigindo que compartilhasse da comida. o prato foi deixado no chão, deixando que os animais se servissem. decerto, merecia passar por aquilo, afinal, ousou tentar matar o deus do submundo.
três dias antes.
sentia-se incapaz, incomodada; o submundo lhe parecia estreito demais, lhe causando incômodos. no quarto que havia sido lhe ofertado, não havia nada além de uma cama dura; a mente não conseguia pensar em nada que não fosse desgraça, os ouvidos eram preenchidos por lamúrias e ela não conseguia mais distinguir o real do irreal. caminhou com pressa até o salão principal encontrando o pai, relaxado com uma taça de vinho enquanto observava almas sendo queimadas. ، exigo sua atenção, hades. ela disse para o deus, sem receber nada em troca. nenhum olhar, nenhuma palavra, hades era bom em demonstrar indiferença. ، sou sua filha, por que me trata assim? aquele quarto é horrível, faz dias que não consigo dormir, dias que não sei se é dia ou noite nesse inferno de lugar. disse irritada, as mãos trêmulas em exaustão. ، e isso é problema meu? o progenitor a questionou, pela primeira vez, direcionando a ela um olhar de curiosidade. ، se não fosse tão incompetente, talvez hoje estivesse lá em cima, com seus amiguinhos. não me culpe, aliás culpe sim, porque confiei em você. na cabeça de aslihan, aquele diálogo deveria ser um pouco mais fácil. ، eu não pedi sua confiança, hades. disse irritada, o fitando diretamente. ، e eu não pedi uma filha fraca, sua mãe tampouco. ali estava, a menção da mãe fez com que todo o sangue fervesse; ele não tinha aquele direito, não quando havia as abandonado, não quando deixou que ela morresse. o corpo todo de aslihan cedeu a raiva, imbuído pelo sentimento, não hesitou quando invocou o fogo infernal, chamas enormes saindo do seu corpo e correndo na direção do deus, desejando matá-lo. no entanto, hades era o deus do submundo, contornou facilmente o fogo e o transformou em fumaça. ، insolente! a partir de agora, dormirá com os cães!
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