#dificeis
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Ele pediu que eu saísse da vida dele no dia 23 de dezembro, não tentei fazê-lo mudar de ideia, apenas arrumei minhas coisas e fui. Acontece que hoje são 6 de junho e o telefone tocou, era um número desconhecido para meu celular, mas que meu coração conhecia bastante. Não demorei muito para atender e a voz rouca do outro lado da linha fez o passado vir à tona. Eu pude o sentir, mas apenas respondi as bobas perguntas que todos fazem em uma conversa. Ele ainda era o mesmo que fazia piadas sem graça e então percebi que eu, de certo modo, havia mudado, pois eu já não era aquela que ria das bobagens ditas. O fato é que ele sempre me viu nua, digo, ele enxergava-me por dentro... Calamos por segundos e ele disse que ligou porque sentiu falta, ainda que tivéssemos combinado que isso não pudesse acontecer. "Eu senti saudade de você cantarolando Cazuza pela casa e da sua mania de mexer as pernas o tempo todo". Eu quis chorar, mas não era o certo, também quis rir, mas não pude. O fato é que o silêncio tomou conta e chegou a ser constrangedor, mas ele insistiu em falar coisas bonitas. Disse que eu era a paz nesse mundo caótico e eu quis acreditar nessa frase pronta, confesso. Ele jurou que havia mudado e que queria ver-me. Que ainda me amava e que errou feio. Eu só tive uma única palavra como resposta: "ok". Ele sorriu e perguntou se era só isso e eu não pude mentir, era isso que ele merecia ouvir. As coisas não são assim. Ele não pode simplesmente voltar e achar que eu o aceitaria. Eu o amava, mas as palavras possuem pouco valor.
Ele só soube dizer que as coisas estavam difíceis entre nós dois, mas que ele era outro, só o amor que era o mesmo. E foi assim que resolvi encerrar a ligação: "Você poderia ter ficado e tentado entender o que estava acontecendo, mas você resolveu que não dávamos certo. Saber que teu amor não mudou só me dá motivos para desacreditar dele. Você não tem noção do que seja amor. Eu queria que você fosse tudo, mas você optou por ser nada". Pude ouvir o choro. Partiu meu coração, confesso. Mas aprendi que o amor verdadeiro é aquele que fica. Eu senti muito e logo sei que alguns meses depois nada sentirei.
Autoria: @madubbb
#texto#perfeito#sou#caos#6#junho#coisas#dificeis#outro#amor#encerrar#ligação#noção#tudo#ser#nada#choro#coração#confesso#verdadeiro#fica
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Conheci as lutas difíceis pelas quais estava passando. Diário 828.
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textos difíceis demais para se esquecer.
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The Chosen - 4° Temporada
#the chosen#br#legendas#jesus#series#os escolhidos#the chosen br#gospel#cristo#cristianismo#evangelho#discípulos#universediferent prints#biblia#Jonathan Roumie#noticias dificeis#passar pano#Maria
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lawful good: john darling e victoria everglot; neutral good: princess blair, camilo madrigal e berlioz; chaotic good: abraham van helsing; true neutral: gaston legume; chaotic neutral: snow white; lawful evil: princess ariel; neutral evil: red queen;
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Eu nunca fui do estilo de reclamar... afinal, tenho um teto para morar e boa comida na mesa, mas acredito ser mais , me sinto especial , capaz de dominar do mundo. Porém, meu maior inimigo para essa conquista ainda continua sendo eu mesmo
#desabafo#texto#conhecencia#mudança#pequenosescritores#brasil#Eu acredito que estar em situações dificeis te prepara para momentos ruins
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"Eu não acho que as pessoas me amem.
Elas amam as versões que exponho para elas, versões que construíram nas mentes delas.
As versões fáceis de mim, as versões fáceis de me amar"
Nem todos são dignos de conhecer o nosso verdadeiro eu - mas temos se nos mostrar para quem queremos sempre por perto
Não temos de nos importar com o que as pessoas vão achar da gente: nós temos de ser quem queremos e tivermos de ser
Sempre estamos sozinhos, nos sentimos sozinhos e achamos que TEMOS de passar por tudo sozinhos
Não temos e por mais que sejamos reticentes e mostrar fortitude pra quem é mais fraco, também podemos ser vulneráveis com quem queremos
Não somos perfeitos, somos todos passíveis de erros - e a Evith não era diferente
Deadalus passou por muitas decepções ao longo da vida - mas precisou se quebrar e magoar a pessoa que mais amava nesse mundo, pra entender como uma confusão funciona
Não é falta de amor, de empatia... É apenas confusão que nos leva a tomar atitudes que quebram os nossos princípios - mas que dá tempo de consertar, basta querer
E sua Evith continua aqui: não por culpa, pena ou por estar perdida. E sim porque quero estar com você
Perdida eu estava antes, agora eu me encontrei. E estarei sempre aqui pra te ajudar a se encontrar também.
Wordy by aavfvl
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Eu só gostaria de dizer q eu te considero uma pessoa engraçada
Muito obrigada!! Às vezes me preocupa meu impulso em contribuir com piadas em posts ou em conversas ao invés de algum elogio, ou outra forma de engajar; mas acho que isso na verdade é só eu pensando demais, já que já passei da fase de fazer piada na hora errada (ahh, adolescência. Por que tão difícil?)
#metade das vezes nem tô tentando fazer piada só meio que sai#axho que porque meu público (família) são mais dificeis de fazer rir huehehe
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não sei oque fazer.
#sla#decisoes sao dificeis#ainda mais qnd tu deixa pra cima da hora#e qnd tu depende dos outros#nunca dependa dos outros
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imagine an omori au but.omônica
omônica....
#eu acho que o cebolinha seria a aubrey#porem ao inves de ser um valentão ele faz armadilhas dificeis de escapar#e a magali seria o kel#asks from cool people
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Sabia que a culpa pelo que estava sentindo não era totalmente de Tadhg por tê-lo enganado, pois ele mesmo havia escolhido se iludir sozinho. Ninguém poderia despertar aquele sentimento — ou ao menos não Tadhg, que não era um khajol, e portanto podia descartar a possibilidade de ter lançado algum feitiço poderoso capaz de brincar com seus sentimentos daquele jeito. Talvez fosse possível forçar a atração, embora nesse caso não fosse preciso, mas mesmo se algum khajol desgraçado tivesse a pachorra de ter ajudado o changeling a enfeitiçá-lo, ele sabia que o caminho que a própria mente traçou para explicar era algo muito particular. Ninguém poderia controlar seus pensamentos trancados a sete chaves. Vincent o pintou na própria mente como um ponto costurado em seu destino porque era estúpido. Porque lá no fundo ainda acreditava em fantasias bonitas. E pela mesma razão, ao conhecê-lo um pouco melhor, imediatamente empurrou as coisas nas prateleiras da mente para dar espaço ao que escolheu transformar em seu segredinho precioso, porque não podia ter apenas por uma noite. Gostou do modo que seus olhos brilhavam, da paixão, da profundidade, da forma como sua boca dava beleza às palavras. Da sensação estranha e agradável que ele despertava em seu estômago quando conversavam. Fazia tanto tempo que não se sentia daquele jeito... Foram todos sentimentos genuínos, mesmo que construídos em cima de uma mentira, e continuavam sendo uma verdade. Talvez fosse isso o que fazia a revelação doer, em vez de apenas causar revolta. Sentia que alguma coisa preciosa havia sido tomada de si.
Vincent queria destruir Tadhg por isso. Queria vê-lo tão miserável e machucado que a dor causada superaria a de qualquer uma daquelas cicatrizes que marcavam seu corpo. Adoraria se tornar o vilão daquela historinha ridícula. Mas quando viu a mágoa vir a flor do rosto à sua frente, quebrando a indiferença inabalável que ele mantinha até então, não soube mais dizer se aquilo era realmente o que queria… As chamas da raiva foram reduzidas à brasa quente, o arrependimento imediatamente quebrando o ímpeto de machucá-lo. Por um instante, desejou ser capaz de voltar no tempo para desfazer a merda que tinha feito. Tinha acabado de cruzar uma linha, e sabia que agora ele nunca mais o olharia da mesma forma, porque havia se revelado como o monstro que não podia evitar ser — e que já não queria ser, embora isso fosse impossível e totalmente contraditório. Devia querer ser ainda pior. Então, escolheu odiá-lo por envenenar até mesmo o prazer que deveria sentir ao machucá-lo de volta. Ele já não tinha lhe tomado coisas o suficiente?
Você não é quem eu pensei. A certeza ter soado tão triste transformou as palavras em espinhos que o perfuraram profundamente, mas Vincent continuou encarando-o com a mesma raiva distante, firme como uma parede impenetrável, como se nenhuma delas pudesse machucá-lo no lugar seguro onde estava; onde devia estar protegido sob a redoma do orgulho. O próprio silêncio talvez fosse a única rachadura visível na armadura, pois as palavras se tornaram cinzas em sua língua. Estava fadado a isso — a frustrar as pessoas após enganá-las com o encanto inicial, mesmo que não fosse sua intenção. Já viu acontecer uma centena de vezes. Qualquer um que o conhecesse melhor acabava tirando a mesma conclusão: Vincent não era uma boa pessoa. E a pior parte é que, se desconsiderasse as partes superficiais, não sobrava absolutamente nada de bom; não tinha nenhum floreio capaz de compensar minimamente as inúmeras partes ruins cravadas na criatura odiosa que era. A conta que não fechava. Tadhg não era o primeiro a enxergar a realidade, e tampouco seria o último. De certa forma, só estava poupando o tempo dos dois ao adiantar o inevitável. ❛ Demorou pra perceber. ❜ Enfim o respondeu, ignorando o amargor na língua, seu queixo erguido com a arrogância que nunca se desfazia em momentos como aquele.
Ele soou tão desarmado dizendo que não era aquele monstro que foi impossível não sentir que estava sendo estupidamente injusto. Vincent levou uma mão à testa, cobrindo parcialmente o rosto ao massagear as têmporas com o polegar e o médio, seus olhos fechados para retomar a calma. Os dedos tremiam levemente. Mesmo com a raiva, sentia o coração se estilhaçar no peito, e precisou aliviar num suspiro frustrado. Sendo honesto, já não acreditava que Tadhg era mesmo o monstro que ele havia pintado, embora quisesse continuar acreditando com a mesma firmeza de antes, porque era tarde demais para voltar atrás. Não conseguia mais imaginá-lo fazendo algo tão baixo de propósito, e agora só conseguia pensar no modo manso com que ele o pediu para que ficasse momentos atrás. Para seu próprio terror, percebeu que não o odiava de verdade. Embora não o reconhecesse mais, a versão antiga do changeling que foi azucrinar na fonte no outro dia também foi contaminada pelas memórias daquela noite, de forma que não poderia desconsiderar completamente a pessoa que conheceu e reduzi-lo apenas à versão antiga. Mas que merda… Seria tão menos doloroso se fosse tão simples.
No entanto, ver o sorrisinho surgindo nos lábios em resposta ao desprezo o fez querer esganá-lo. Vincent sentiu as pontas dos cabelos castanhos e bagunçados roçarem em sua pele quando ele se aproximou, a provocação sussurrada no pé do ouvido o tirando do eixo. ❛ Não seja ridículo. ❜ Deu um passo para trás, o cenho fortemente franzido ao distanciando-se para fugir do perigo de tê-lo tão perto. As próprias palavras jogadas contra ele reverberaram em sua mente. Nada parecia tornar menos contraditório o fato de ter acabado naquele quarto minúsculo, na mesma cama que certamente uma centena de outros já tinham passado Praticamente tinha provando o ponto de que era disso que ele gostava. Não esperava que suas palavras fossem ficar gravadas na mente dele, mas saber que ele se lembrava tão bem só fortalecia a impressão que aquela noite foi apenas um modo de fazê-lo dar com a língua nos dentes — ou que, fosse a intenção ou não, Vincent havia caído numa armadilha ridícula. ❛ Se eu soubesse que era você, eu nunca teria… ❜ Vincent o encarou de cima para baixo, profundamente enojado; incapaz de se manter impassível com tamanho absurdo. Mesmo que fosse verdade, era revoltante que ele se atrevesse a pensar que tinha tanto poder sobre ele. Jamais se permitiria ser um brinquedo na mão de alguém novamente, e ver Tadhg tão confortável em bagunçar sua cabeça daquele jeito era um ataque pessoal que não podia tolerar. ❛ …nunca teria escolhido me sujar desse jeito. ❜ Completou num murmúrio rouco e amargurado.
Vê-lo se distanciar e atravessar o quarto ainda sem as roupas o obrigou a desviar o olhar. Não o deixaria tomar mais absolutamente nenhum espaço na sua cabeça. O Príncipe vestiu a parte de cima do traje às pressas, mas então se demorou um pouco mais ajustando o tecido ao corpo e fechando os botões, propositalmente ignorando a porta aberta para si porque era muita petulância dele achar que tinha o poder de expulsá-lo daquele jeito. Pelo amor de Anúbis, os changelings só estavam ali por causa de seu pai! Cada pedaço daquele castelo também pertencia a Vincent, embora os ignorantes constantemente ignorassem esse fato. Após ajustar a gola, deslizou com a mão até o peito, experimentando a maciez do tecido que não lhe pertencia. Imundo… Ele mesmo havia dito, mas não combinava em nada com o que pensou quando viu Tadhg usar aquele traje no baile. Não pensava isso dele agora, e também não sentiu repulsa de verdade quando disse aquilo somente para fazê-lo recuar. Observava Tadhg por entre as pestanas, sem precisar levantar muito o olhar — não era necessário. Sabia exatamente como estava sendo visto, e não queria lidar com o desprezo que despertou nele mais do que o necessário. Era frustrante que as coisas tivessem escalado daquele jeito, mas o que podia fazer? Por fim, alcançou a máscara de raposa no chão, só então se retirando do espaço sufocante que aquele dormitório havia se tornado, mas não sem antes dar um último olhar ressentido ao homem que o havia amaldiçoado. Sentia que havia deixado algum pedaço de si naquele quarto, e infelizmente não estava se referindo às roupas.
ENCERRADO.
Sentiu falta do corpo dele contra o seu tão logo se colocou de pé, mas sua resolução não oscilou. Podia senti-lo o observando, e o gelo que tocava sua pele exposta nada tinha a ver com a brisa que oscilava suas cortinas. A acusação feita em forma de pergunta ainda parecia ecoar em seus ouvidos, substituindo quaisquer pensamentos coerentes até que só o que restava era a voz de Vincent o dizendo tudo que realmente pensava. Não precisava do dom da clarividência para adivinhar–ele já havia dito o suficiente antes, e o restante comunicava com o olhar. De maneira quase obsessiva, seu cruel e atroz cérebro fez um inventário mental, as mesmas duas frases se repetindo de novo e de novo em uma espiral: Já conheci prostitutas menos imundas que você. Por acaso você me drogou? Cada vez que as ouvia, um novo caco do que restava de sua alma caía aos seus pés. Palavras cortantes, ditas por lábios que havia beijado, e que mesmo naquele momento ainda queria beijar. Ele o havia rasgado com a mesma facilidade que o poderia remendar.
Havia ouvido muitas coisas terríveis em sua vida. Com as memórias de sua primeira infância engavetadas e inacessíveis, a maneira com que Vincent o olhava foi como o girar de uma chave no cadeado enferrujado, deixando uma lembrança específica escapar. Os olhos duros de seu avô eram azuis como os dele, e um dia o haviam olhado da mesma maneira: como um objeto, uma coisa, um monstro à espreita. A voz do homem que o havia criado há muito tinha se tornado parte de seu monólogo interno, o lembrando de uma verdade imutável: você não merece nada.
Mesmo com a atenção mantida fixa na missão de arrancar a página do próprio diário, o observou pelos cantos dos olhos. Notou o exato momento em que contemplou vestir as próprias roupas e, atingido pela realização de que seria imediatamente flagrado deixando a ala ocupada pela escória, optou por furtar seus trajes. As vestes compradas para o baile do Imperador lhe haviam custado um mês inteiro de soldo, mas dinheiro para Vincent nada significava. O pensamento muito provavelmente sequer o havia ocorrido: tomava o que queria como o dono do mundo que era. Não encontrou em si mesmo a força para resistir–ele já carregava mais do que um pedaço de si. Vê-lo vestindo sua calça foi a gota d’água, e precisou desviar o olhar. Se manter inalterado era uma arte, um hábito cultivado com a mesma disciplina com que treinava: via a si mesmo como um espelho, vazio de expressão e refletindo apenas o que nele projetavam. Costumava ter orgulho daquela habilidade mas, sob o peso do ódio de Vincent, sentiu a própria máscara de indiferença vacilar. Foi quase imperceptível: as sobrancelhas se uniram por uma fração de segundo, e sua respiração se prendeu à garganta com o esforço de conter as emoções que ameaçavam escapar. Ali de pé em seu quarto, usando suas roupas e com os cabelos bagunçados, os lábios ainda inchados devido à fome com que os havia atacado: o príncipe era tudo o que queria, e Tadhg era tudo o que ele abominava. Queria odiá-lo com a mesma intensidade mas, em meio a mágoa e a dor, ainda o desejava. Só quem odiava era a si mesmo, e vê-lo ignorar o poema lançado em sua direção foi a única coisa capaz de devolver seu autocontrole momentaneamente. Ficou claro que ele o queria machucar.
Nunca seria capaz de esquecê-lo. Não, a doença que era Vincent já o havia contaminado. Quis dizê-lo em voz alta, aceitar a si mesmo como a criatura ridícula que era, mas não o fez. Não lhe daria munição. Sempre carregava um vazio em seu peito com o formato de Alya mas, naquele momento, um buraco se abriu e tomou nova forma–a do coração arrancado, que há muito considerava perdido, e que o homem que agora o encarava tinha em mãos. Sabia que ele estava mentindo–tinha, sim, significado algo. Ainda assim, era terrível que parecesse tão determinado a destruí-lo, o esmagando até que nada restasse. Quanto de si podia perder até ter se esvaziado por completo? Ainda restava algo? Quis levar a mão ao peito para se certificar que de alguma maneira o sangue ainda pulsava. Aquele era seu castigo, percebeu. Tinha se permitido desejar um final de romance; acreditado até ser possível. Não o merecia–tentar seguir com a própria vida era apagar o sacrifício feito para que continuasse respirando, e cada suspiro seu era roubado; tampouco merecia estar vivo. Alya não havia se sacrificado para que a substituísse–sequer deveria ser capaz de ser feliz sem ela.
Mas o havia sido, e aquela era a verdade que doía. O que quer que tinham dividido ia além do prazer que sempre buscava para se anestesiar: nas horas em que o havia interrogado sobre tudo e sobre nada, em meio a todo o calor trocado, a curiosidade que beirava a obsessão o havia preenchido com uma euforia que, dada a oportunidade, facilmente teria criado raiz. Queria que todas as suas noites fossem como aquela, e o sonho lhe estava sendo arrancado. O sentia em seus ossos enquanto a sua segunda chance lhe escapava por entre os dedos. Uma parte de Tadhg queria que ele voltasse atrás. Que implorasse, até. Que o lesse nas entrelinhas, que o entendesse como ninguém antes havia feito, como jurava saber que ele era capaz. Queria que Vincent fosse humano, como tanto se orgulhava, e que visse nele a última centelha de humanidade que ainda lhe restava. Se apenas olhasse em seus olhos e o visse, realmente visse, saberia: nunca seria capaz de fazer aquilo de que havia sido acusado. O papel amassado e lançado ao chão entre os dois era a prova. Ao vê-lo tomar o poema em mãos, quis acreditar que aquilo bastaria para que o mal entendido se resolvesse, mas só o que o permeou foi a antecipação de que o pior ainda estava por vir.
Seu palpite estava certo, é claro. Raramente estava errado quando o assunto era analisar o comportamento alheio, o que via como benção e punição. Queria estar errado. Céus, como queria–previa sempre o pior mas, patético como era, se agarrava desesperadamente à esperança de ter se equivocado. Tinha preferido acreditar nas mentiras que contava a si mesmo, na ideia de que havia um motivo para que seus caminhos tivessem se cruzado–a realidade, porém, era que tudo havia sido por nada. O destino era como um menino com uma lupa, debruçado sobre um formigueiro, e Vincent era o sol. A reação dele era um perfeito reflexo de quem o príncipe era; não a versão que conhecera na privacidade de seu quarto, mas a que entendia como o verdadeiro ele–a pessoa que o loiro era quando já não tinha o que ganhar. Já tinha tido o que queria de Tadhg, e não precisava mais atuar: aquela era sua real face, contorcida pelo desprezo e o olhando de cima para baixo mesmo com a diferença de altura contra ele. O ver descartar o que era virtualmente sua primeira jura foi uma nova experiência de luto. Já não havia indiferença em sua expressão: a mágoa, clara e cristalina, veio à superfície como se dotada de vontade própria, precisando se manifestar de alguma maneira antes que transbordasse em lágrimas. Não choraria na frente dele–sequer se lembrava da última vez em que havia chorado, e tampouco se considerava capaz. ❛ Você não é quem eu pensei. ❜ A observação foi feita sem uma mísera fagulha de fúria. Soava triste, como se soubesse que não devia ter esperado outra coisa. Ele estava tão perto e tão longe. Nunca mais o deixaria tocar sua alma como havia feito. ❛ E eu não sou o monstro que você vê. ❜ Aquela parte foi quase um sussurro, como se o próprio Tadhg tivesse dificuldade de acreditar na afirmação.
Você sequer foi o primeiro changeling que eu me envolvi. A mera imagem mental de Vincent com outra pessoa o deixou nauseado. Aquele foi o golpe baixo necessário para o despertar e, diante dos olhos do príncipe, Tadhg reergueu a muralha de defesa ao seu redor até que a única reação ofertada à provocação foi um sorrisinho calculado para o tirar do eixo. Não o deixaria sair por cima. Inclinou-se na direção dele, o hálito quente em seu pescoço conforme lhe falava ao pé do ouvido. ❛ E com quantos mais vai precisar transar para conseguir me tirar da cabeça? ❜ Perguntou, despido de qualquer vulnerabilidade, deixando claro que não comprava todo o discurso nem por um segundo–estava o colocando em cheque e apontando seu blefe. Doía porque sabia que o príncipe o queria magoar, não porque pensava que acreditava nas palavras. ❛ Já conheci prostitutas menos imundas que você. ❜ Ouviu a si mesmo repetir, provando que as palavras não o haviam abandonado nem por um segundo sequer. Antes que o loiro pudesse reagir, se afastou e caminhou em direção à porta, se posicionando para a usar de cobertura antes de abri-la–não havia gesto mais claro que aquele. Queria que ele desse o fora de seu quarto, de sua vida, e que não olhasse para trás–ou ao menos queria querer.
Entre os feéricos, havia uma superstição de que ao anfitrião cabia abrir a porta para que o convidado voltasse, mas Vincent não o sabia.
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Pick a card - What will be your first impression of your future spouse?
(Escolha uma carta - Qual será a sua primeira impressão sobre o seu futuro marido?)
If you want a reading on your energy, just schedule a paid reading with me in DM!
(Se quiser uma leitura na sua energia, basta agendar uma leitura paga comigo na DM!)
If that found you, it was for a reason. Take what resonates and leave what doesn’t resonate.
(Se isso encontrou você, é por uma razão. Pegue o que ressoar e deixe o que não ressoa.)
Card 1: Your first impression about your future spouse is that you will realize that he is a very loving and affectionate man. But this affection is not only with you, but it may be with his family as well. Perhaps he is an older man who really demonstrates that he is wiser that he has learned a lot from life in fact and that he is willing to learn from life. You'll feel like he's the right person. You'll think he would be the perfect father for your daughter and I'm not having conservatism vibes here, so you can rest assured. You may think he's smart, a book lover or a great leader in what he works for.
(Carta 1 - A sua primeira impressão sobre o seu futuro esposo é que você irá perceber que ele é um homem muito amoroso e carinho. Mas esse carinho não é só com você, mas pode ser que seja com a familia dele também. Talvez ele seja um homem mais velho que realmente demonstre que seja mais sabio que aprendeu muito com a vida de fato e que é disposto a aprender com a vida. Você vai sentir que ele é a pessoa certa. Você vai pensar que ele seria o pai perfeito para a sua filha e não estou tendo vibes de conservadorismo aqui, então pode ficar tranquila. Pode ser que você o ache inteligente, um amante de livros ou otimo lider no que ele trabalha.)
Card 2 - Your first impression about your future spouse is this: You will find him very loving, very willing to create a friendship with you and willing to build the relationship based on friendship with you. You will feel a connection with him, you will realize that you will be able to count on him. You will realize that he knows how to dialogue and make difficult decisions. It will be like a home for you. Somehow, I feel that your first impression about him is that he is good with hugs. You will realize that he is very much in love with what she did.
(Carta 2: Sua primeira impressão sobre o seu futuro marido é essa: Você vai achar ele muito amoroso, muito disposto a criar uma amizade com você e disposto a construir o relacionamento baseado na amizade com você. Você vai sentir uma conexão com ele, vai perceber que vai poder contar com ele. Vai perceber que ele sabe dialogar e tomar decisões dificeis. Vai ser como um lar para você. De alguma forma, eu sinto que sua primeira impressão sobre ele é que ele é bom com abraços. Vai perceber que ele é muito apaixonado pelo que ela fez.
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the 𝒑𝒉𝒊𝒍𝒐𝒔𝒐𝒑𝒉𝒚 𝒂𝒏𝒅 𝒆𝒙𝒑𝒆𝒓𝒊𝒆𝒏𝒄𝒆𝒔 ⋆˚࿔
(may contain spelling errors!!)
EN;;
Everyone goes through difficult moments and situations, and I believe that often a person who practices non-dualism as a beginner can get confused about certain things. Initially we are taught that there is consciousness and the "ego", the "ego" feels emotions and experiences things in life while consciousness only observes, but isn't this a dualistic thought? If the principle of non-dualism is non-dualism then why would there be a separation, confusing, I know. But concluding my reflection, the beginner then understands that because he has an "ego" that feels things he must deprive himself of feeling, but quite the opposite, in reality the "ego" doesn't even exist, so why are you depriving something that There is no such thing as feeling and living, the rule is clear, if that doesn't exist there is no problem.
"But I'm having family problems"
These problems are not yours, and never have been, but it is also not the problem of the "ego", simply because it does not exist, it is simple.
BR;;
Todo mundo passa por momentos e situações dificeis, e acredito que muitas vezes uma pessoa que prática não dualismo sendo iniciante pode se confundir com certas coisas. Inicialmente é ensinado para a gente que existe a consciência e o ego, o ego sente as emoções e experiência as coisas da vida enquanto a consciência apenas observar, mas isso não é um pensamento dualista? Se o principio do não dualismo é o não dualismo então por que iria existir uma separação, confuso, eu sei. Mas concluindo minha reflexão, o iniciante então entende que por ter um "ego" que sente as coisas ele deve se privar de sentir, mas muito pelo contrário, na real o "ego" nem ao menos existe, então porque você está privando algo que não existe de sentir e viver, a regra e clara, se isso não existe não tem problemas.
"Mas eu estou tendo problemas familiares"
Esses problemas não são seus, e nunca foram, mas também não é problema do "ego", simplesmente porque ele não existe, é simples.
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Bukowsky já dizia "cada um de nós está, no final, sozinho" "Quando ninguém te acorda de manhã, e quando ninguém te espera na noite, e quando você pode fazer o que quiser... liberdade ou solidão?" Vivemos tempos dificeis, mas quem não vive? A mim resta apenas seguir o tempo e em cada esquina recordar tudo que me faz te amar, do balançar de cabelos de outra pessoa que me lembra os teus, aos passos do allstar de um estranho na rua que me transportam de volta para aqueles momentos loucos que vivemos... e olha que nem foram tantos assim.
-Maylo S.
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