#desalento
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insensatez
ah, insensatez, o que você fez? coração mais sem cuidado fez chorar de dor o seu amor um amor tão delicado ah, por que você foi fraco assim? assim, tão desalmado? ah, meu coração, quem nunca amou não merece ser amado vai, meu coração, ouve a razão usa só sincericade quem semeia vento, diz a razão colhe sempre tempestade vai, meu coração pede perdão, perdão apaixonado vai, porque quem não pede perdão não é nunca perdoado
canção de Antonio Carlos Jobim
#insensatez#amor#dor#coraçãopartido#música#antoniojobim#canção#sentimento#perdão#paixão#musicaeromântica#reflexão#emoções#razoes#tempestade#desalento#delicadeza#musicaqueemovem#músicabrasileira#coração#semeandoamor#sincero#músicacalma#sentimentosprofundos#perdoar#semeandoventos#musicaevida#relacionamentos#desilusão#doresdama
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🫀🔂
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Saudade #3
Não nos cabe voltar ao passado Pois, feitos do agora, fadados à eterna saudade Em busca do momento, do tempo, do sorriso… Que nunca mais será visto, não por você.
Perdeu-se a direção, o tom e a cor Um mundo apagado, desnorteado, desorientado e perdido E tudo aquilo que não existiu Ainda mora na inocência da incompreensão do fim
Talvez, ninguém mais… Certamente outro equívoco do qual é feito questão Deixar voar, diferente de não deixar uma janela aberta E deu-se por fim caminhos preste a se encontrar
E de todas as incertezas, talvez, a única… Que bom seria, mas não permita se amargurar Tanto tempo e foi apenas ontem, apenas antes… Se pôde ver… e nada mudou.
Deixa-se assim vago, pensamentos incessantes Inconstante ser, não permitiu-se, assim, se foi… Onde estaríamos? Talvez assim tivesse direção A luz que iluminava, iluminaria, um olhar e um adeus
Há tanto tempo sós e perdidos Pois estar e não sentir, é vazio Desalento, não podemos voltar Haveria paz em nosso silêncio.
@luneaux7
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Desalento
todo esse tempo vesti uma máscara e ninguém viu
vesti a ausência que me afoga de tudo saber, tudo resolver, tudo ter
o ar me falta, o olhar me falta, me afogo todos os dias
vesti o meu pedido de socorro de tudo saber, tudo resolver, tudo ter
dentro de mim esse espaço vazio em desamparo
uma mão estendida implorando por um toque
um olhar triste esperando por algum encontro
um grito sufocado na máscara do tudo resolver
vivo nesse vazio de palavras e significados
vivo num abismo nessa queda sem fim
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Quando você ler essa carta, eu estarei bem longe. Não me julgue por preferir partir sem dizer adeus. Quando você ler essa carta, eu estarei fora do alcance dos seus olhos e do coração. Já não escutarei suas palavras agridoces que trouxeram ambiguidades à minha razão. Sua presença estará sempre comigo, saiba disso. Contudo, quando ler essa carta, te digo que procurarei esquecer. Escutarei outras músicas, frequentarei outros lugares, mudarei para uma rua bem distante da sua, se possível, de cidade. Quando você ler essa carta, eu estarei bem longe seguindo viagem. Talvez a mensagem implícita nas entrelinhas dessa carta você não compreenda, assim como descartou a minha presença. Quando você ler essa carta, saiba que deixarei contigo todo o ressentimento e a dor entre nós. As memórias do que não vivemos também ficarão para trás. Quando você ler essa carta, saiba que você foi a inspiração de toda uma vida, ainda que eu não tenha sido a musa de sequer um capítulo da sua. Quando você ler essa carta, eu estarei bem longe, sem toque, disforme, conforme a distância permita que estejamos. Sem expectativas, sob novas perspectivas. Quando você ler essa carta, entenda que não agi de forma covarde, eu fui a minha maior verdade todo esse tempo. É um desalento, um desatino, entendo. Quando você ler essa carta, saiba que doeu dizer adeus apenas por esse papel, todavia agradeço ao céu, a força para partir.
@cartasparaviolet
#espalhepoesias#lardepoetas#pequenosescritores#projetoalmaflorida#mentesexpostas#autorais#carteldapoesia#poecitas#eglogas#mesigamnoinstagram @cartasparaviolet_#liberdadeliteraria#projetovelhopoema#rosavermelha
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Não gosto de sentir você longe quando os fins se aproximam
fim do dia, fim de semana, do ano ou do mundo, o desalento está na nossa distância, o fim não importa.
#pequenosescritores#meusescritos#espalhepoesias#carteldapoesia#lardepoetas#autorais#ecospoeticos#liberdadeliteraria#mardeescritos#poecitas#eglogas#clubepoetico#macsoul#poetaslivres
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Eu lembro que chorei tanto que perdi as forças que restavam, gritei como nunca tinha gritado antes, fiquei sufocada quando perdi o ar... Pensava que não tinha mais jeito, não poderia ter concerto, não sabia mais o que fazer. Como eu sairia daquela situação quando tudo gritava o contrário disso? Eu queria correr mas não tinha forças, queria gritar mas não tinha voz, queria um abraço mas não tinha ninguém. Sozinha, sufocada, chorava sem lágrimas, pois nenhuma tinha restado. Era um grito de socorro em silêncio, uma fruta morfando por dentro, uma pessoa morrendo em desalento, uma alma apodrecendo. Era eu no mais profundo sofrimento que alguém poderia sentir, então, era esse o meu fim...
- fallenangel01
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Hoje, dormi uma hora a mais, mergulhando fundo antes de encarar a segunda-feira. O meu acordar se arrastou com essa lentidão, me vi um tanto já desinteressada pelo reflexo que via no espelho. A manhã foi preenchida por reuniões, vozes ecoando sem som, como quem assiste à televisão no mudo, e me pergunto se as palavras ao redor são mesmo reais ou apenas um zumbido que me cansa. Ao chegar em casa, soltei a bolsa e observei a cena: a cafeteira pela metade, o café frio, as xícaras vazias largadas pela casa, espalhadas como restos de presenças antigas, agora apenas sombras. Por acaso, aquela música tocou, aquela que antes doía fundo. Hoje, a melodia ainda trouxe um aperto, mas a dor não veio, apenas uma lembrança que se dissolveu, vestígios daqueles que passaram por mim como vento. Observei e-mails sem resposta, livros que não avancei, rascunhos abandonados. Em cada pedaço de papel, uma tentativa frustrada de entender o que nunca termina de ser dito, o vazio que, dia após dia, persiste em me ocupar. A melancolia é um peso velho, quase confortável, um desalento cravado em mim. Contudo, notei que existo num presente onde o passado é uma lembrança tênue e o futuro, uma estrada que já nem sei se desejo seguir. Enfim, exorcizei fantasmas de anos passados e cheguei ao presente, como quem desperta depois de um longo tempo distante. Agora só restamos eu e minha sombra, sozinhas com o peso da própria existência, e, na quietude deste cansaço crônico, me pergunto quanto mais poderei carregar. Estou à beira de me despedir, da doce intimidade de despejar emoções em palavras.
segunda-feira, novembro.
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Oração
página principal
nota da autora: sem notas.
aviso de conteúdo: culpa (católica) e remorso & tesão e muito angst.
contagem de palavras: 2680 palavras
Logo cedo de manhã, mal tendo aberto seus olhos e dissipando o sono de seu corpo, Charlie recebeu uma mensagem de Maria, lhe pedindo um momento para eles conversarem. Deixando bem específico que a conversa deveria ser em contexto privado, o homem não pensou duas vezes em chamá-la para tomar um café na casa paroquial – sem segundas intenções, o que era surpreendente para um espírito tão maculado quanto o dele. Porém naquela manhã desta quinta-feira ordinária, Padre Charlie Mayhew acordou com um amargo na boca e uma sensação ruim no estômago que lhe anunciou não ser um dia comum.
"sangue do sangue"
PARTE III
Tomou seu usual banho gelado matinal para despertar o corpo, escovou os dentes e cuidou da pele como forma de manter-se em boa aparência, já que seu corpo nada mais era que uma habitação de sua alma, então havia a necessidade de mantê-lo sempre no seu melhor estado: limpo, firme e impecável. Enquanto escovava os dentes, se encarando profundamente no espelho meio embaçado do banheiro, ficou refletindo sobre as suas últimas decisões… O dia que foi nomeado para a diocese até o momento que cruzou os olhos e deixou-se levar pelos desejos mundanos ao se deitar com uma mulher, tudo havia se tornado uma fina linha áspera que o dividia entre os deveres do sacerdócio para com seus próprios desejos carnais. Havia uma dor que transpassava seus ossos e sua carne para sua alma que o feria feito um ferro sendo derretido em cima dele: uma sensação pesada e melada o queimando todos os dias, um eterno martírio do espírito que já não era mais santo.
Ele nunca foi. Cuspiu a espuma esbranquiçada na pia, curvando-se para enxaguar a boca, sentindo que aquele ato breve de limpeza e frescor o suspendeu um pouco da constante sensação de imundície que ele se encontrava. Estava impregnado na carne já. Era difícil de arrancar aqueles pecados profanos de si. Respirou fundo rezando um Pai-Nosso enquanto lembranças impetuosas dos momentos de prazer irrigavam todo seu sangue da sua cabeça até seu pau. Bendito seja feito a Sua vontade!
Deslizou descalço até seu quarto onde se sentou na beirada da cama, coberta de lã branca limpa, cheirando a sabão em pó e amaciante concentrado que adretavam seu olfato o fazendo se recordar de casa. A mãe preparando café da manhã enquanto o pai sentado à mesa, antes de ir trabalhar, folheava o jornal do dia. Bons tempos onde a inocência reinava e o protegia das malícias do mundo. Com controle, deixou as mãos no colo, o membro íntimo ainda rígido sobre o toque, engoliu o gemido da sua fraqueza e ao invés de se tocar para aliviar o desejo que cresceu no meio das pernas, optou por se manter firme nos seus princípios, rezando extenuante até a mente cansar e aquelas imagens se tornarem borrões vagos no meio de recordações onde ele exercia seu dom: o de ministrar a Santa Palavra de Deus, vestido com sua batina preta, o colarinho branco na garganta, os cabelos penteados para trás e a voz inspiradora se tornando um eco sagrado na igreja.
Ele deveria ser forte, um verdadeiro soldado de Deus naqueles momentos de tempestade, e usar com sabedoria o verbo da palavra para agir conforme seus últimos esclarecimentos. Naquela noite estranha de sonhos desconexos, sozinho em seu aposento, ele recebeu uma mensagem que julgou vir diretamente de Deus. A imagem era de da Mãe de Deus em sua túnica vermelha, chorando com a expressão de desalento, encarando-o de cima e carregando nas mãos um bebê. Obviamente Charlie tomou aquilo como uma mensagem divina que ele era responsável pelo Filho de Deus e cabia a ele segurá-lo em mãos e mantê-lo vivo e presente entre a comunidade.
Simples.
Terminado suas preces, se trocou com sua usual roupa do dia-a-dia: a camisa social de algodão preta, a calça de alfaiataria da mesma cor, o conjunto de botas de couro carmim. No dedo anelar da mão esquerda seu anel de São Miguel Arcanjo, para lhe proteger das batalhas mais cruéis contra os demônios. No peito uma incerteza em rever o rosto de Maria. Realizou sistematicamente seus afazeres até o horário que eles iriam se reunir: ajudou as Irmãs na horta, rezou um terço, preparou sua homilia para a missa da sexta, foi na padaria para comprar algumas quitandas que sabia serem as preferidas de Maria. Quando o ponteiro do relógio da sala da casa paroquial indicou que faltavam quinze minutos para o horário combinado – e tendo em mente a pontualidade da mulher, Charlie foi fazer o café à moda tradicional, fervendo a água, jogando o pó que foi moído naquele dia no coador, coando e passando para a garrafa térmica. O cheirinho de café inundou a cozinha, o deixando mais relaxado.
Arrumou a mesa com o que havia trago da padaria, o bolo de chocolate e os pãezinhos doce com recheio cremoso em pratinhos. As xícaras na mesa e as colheres nos pires para o açúcar retratavam um quadro casual e íntimo demais que o deixou com uma leve vergonha de si mesmo.
A campainha tocou, anunciando a chegada de Maria.
Santa seja, Rainha Imaculada!, proferiu baixinho antes de abrir a porta, se deparando com a mulher da sua vida, alma do seu corpo, pecado dos pecados, parada vestida com seu vestido longo de seda, alça finas, naquele profundo azul-carbono, cabelos soltos e expressão tensa a sua porta. Charlie engoliu os maldizeres que irromperam sua mente, olhou brevemente para os lados querendo encontrar algum bisbilhoteiro mas foi interrompido com a pressa dela de entrar na casa, soltando com a voz afobada:
— Ninguém tá lá fora, pode ficar tranquilo!
Seu aroma floral o entorpeceu assim como a presença dela que preencheu o espaço todo da sala. Ele rapidamente fechou e trancou a porta, conferindo mais uma vez na janela ao lado se realmente estavam seguros. A rua estava vazia, reflexo da normalidade tediosa daquele lugar. As poucas irmãs que moravam com ele, mais para ajudá-lo com alguns afazeres, estavam passando a temporada no convento principal, que ficava a algumas ruas a frente da casa paroquial, o permitindo ter acesso a elas quando quisesse e precisasse e também uma privacidade para si mesmo. Por isso que as noites e madrugadas adentro soterrado no prazer da carne de Maria eram tão fáceis: ele praticamente ficava a maior parte dos dias e noites sozinhos, era quase como se elas permitissem que ele vivesse tal qual um homem no auge dos vinte e tantos anos de idade normalmente, esquecendo de seu posto como sacerdote. Maria conhecia a casa paroquial como a palma de sua mão: a sala principal com a bicicleta ergométrica que Padre Charlie usava em seus treinos, o corredor que levava até um dos banheiros e a um quartinho embaixo da escada, a escada que subia para um corredor que conectava quartos vazios, janelas abertas com cortinas rendadas que balançavam, o banheiro principal onde ambos já se banharam e fuderam bastante, e lógico… o abençoado quarto dele que dispensava lembranças.
Ela olhou para ele com um ar inquieto, Charlie sorriu cavalheiro apontando com as mãos sua direita, onde havia um pequeno degrau de dois lances que descia para a copa e a cozinha.
— Venha, vamos tomar o café! Acabei de passar… — Maria confirmou com a cabeça, indo na frente dele. Os olhos do homem seguiram a forma dos quadris dela, a suavidade dos ombros e a forma como ela segurava uma bolsa pequena – que ele acabou de notar sua presença – entre os dedos de unhas pintadas de preto. Ela calçava uma sandália trançada nos tornozelos cor palha seca, expondo na canela direita a tornozeleira fininha com um crucifixo em prata pura que Charlie lhe deu de presente. Ela usava aquela maldita peça só em momentos bens específicos – como na noite do aniversário dele, no casamento da irmã mais velha, no batismo do filho de um amigo dela.
Haveria uma grande anunciação naquele dia.
Maria entrou na cozinha, familiarizada com as paredes amareladas e os armários brancos, a mesa com uma toalha de bordas rendadas alva, a garrafa térmica preta. Ele de fato preparou um café da tarde para eles. Sorrindo envergonhado, Charlie tinha ambas as mãos na cintura esperando alguma reação positiva, uma afirmação boa vindo dela com seu café posto à mesa. Recebeu uma jogada de ombros, uma mão brusca puxando a cadeira pesada de madeira na outra ponta da mesa quadrada, encostada na parede à sua esquerda, sentado, encarando-o com o olhar carregado de contestações.
— Que o café esteja do seu agrado! — Sua voz saiu rasgando com desgosto, sentando na outra ponta enquanto cruzava as pernas, encarando-a com aquele ferro líquido que queimava sua alma, pesado, metálico. Maria pegou sua xícara e se serviu com o café, bebericando lentamente sob o olhar cortante de Charlie. Sua demora para desocupar sua boca o deixando doido. Limpou sua garganta, o pomo de Adão descendo e subindo com a frase que estava estagnada na sua garganta:
— A que devo a honra de sua visita em plena quinta-feira à tarde?
A pergunta ficou suspensa entre os dois, pingando seu veneno entre a suposta causalidade em que eles se encontravam, manchando-os com toda aquela carga de culpa cristã que rasgava suas almas. Era hora de expurgar os pecados. Maria abaixou lentamente a xícara até encostá-la na mesa com um ruído ínfimo. Charlie se encostou na cadeira, cruzando os dedos, aguardando sua resposta. Ela molhou os lábios para facilitar a passagem daquelas palavras tão rígidas:
— Precisamos parar com o que temos… Isso já escalonou num nível insuportável para mim, eu não consigo — ela parou, segurando o choro dentro de seu peito: — eu simplesmente não consigo mais suportar tudo isso. Não é certo.
Charlie ficou estático, cético com o que acabou de ouvir. O que era uma hipocrisia vinda dele mesmo já que as palavras que saíram dos lábios de Maria eram exatamente o que ele iria falar. Mas aquilo vindo dela… Soava como uma traição. Eva mordendo do fruto proibido, levando Adão a ruína. Sansão sendo seduzido e traído por Dalila. Ele se sentia um Pedro traíndo Jesus Cristo naqueles momentos de luxúria, negando-o repetidas vezes enquanto se perdia naquela Madalena. Um ódio estranho tomou conta de si, o coração pesado e sangrento tomou conta de sua ações:
— Quem você pensa que é para simplesmente vir até minha casa e depois de me seduzir, querer acabar com tudo como se isso fosse o suficiente para todo o estrago que me provocou? Madalena! Prostituta do Diabo! Eu te condeno! — Cuspiu com ódio. Lágrimas transbordavam no rosto angelical de Maria, a expressão de deslocamento tomando conta dos olhos que caíram, perderam o brilho, enquanto levava as mãos até o coração. Charlie se levantou num pulo, os punhos fechados sustentando seu enorme corpo que vertia para a frente, ameaçador:
— Maria, eu te ofereci um ombro amigo e você me devorou o corpo inteiro! Eu quis ser seu pastor mas você queria que eu fosse seu esposo! Você me tentou, seduziu… Me fez pecar! Isso é heresia, sabia? E sabe o que é pior nisso tudo? Eu te amei feito um louco. Confiei em você como um cão. E em troca recebo espinhos das rosas que pensei ter colhido…
— Mentiroso.
— O que disse?
— Mentiroso. — Repetiu a palavra entre lágrimas, sustentando o mesmo olhar de rancor que ele. Charlie engoliu a ira fortemente, os ombros tensos despencaram assim como seu próprio corpo na cadeira, o suspiro pesado escapou lento pelo nariz. Ela tinha razão. No final das contas ele não passava de um covarde mentiroso. Maria enxugou as lágrimas com as mãos trêmulas:
— Eu não vou carregar o fardo da culpa sozinha, se é isso que você pensa e quer Charlie… Não mesmo! Durante todo esse tempo eu acreditei e acredito que tudo o que vivemos, mesmo que escondidos, foi completamente recíproco. Então não me venha apontar agora os dedos, me acusando de ser uma… uma… prostituta ou o que quer que seja, porque se eu sou uma pecadora, você é tão mais pecador do que eu.
O silêncio sepulcral ornamentou o sepultamento do relacionamento deles.
Maria ergueu os ombros, ajustou a postura, levantou-se e caminhou para sair quando sentiu seu pulso ser agarrado. Olhou para o lado, a cabeça levemente abaixada, com o olhar de desprezo e lábios cujo cantinhos tentavam segurar a angústia. Charlie tinha os olhos escuros brilhosos – lágrimas inquietas que queriam escapar. Sussurrou em súplica:
— Por favor, não me deixe.
A mulher ergueu os olhos para cima, o teto branco, a luz natural, Deus observando-os de cima. Murmurou algo incompreensível, sua voz sibilando em chiado nos ouvidos de Charlie, então o voltou a encarar, com um pesar que contorcia seus olhos entre a dor da separação e o amor enorme que sentia por ela.
— Se eu não te deixar agora Charlie, eu estaria abrindo mão de viver toda a vida que mereço viver. Infelizmente você não entende isso.
Ele apertou o pulso dela, porém ela foi mais forte desenroscando-o e tirando sua mão com um puxão brusco. Charlie voltou estático para a frente, os olhos vazios focando em um ponto qualquer, uma moça posando no bolo intocado que ele comprou para a ocasião. Quando ouviu a porta principal sendo destrancada e aberta, sua vontade foi de levantar e correr até ela, se agachar diante Maria, rezar por ela, fazê-la ficar com ele por toda uma eternidade… O baque da porta se fechando e o silêncio absoluto da casa o trouxe para a realidade.
Sozinho, ele chorou.
…
Dias se passaram.
Semanas dobraram na esquina.
Meses se tornaram meras páginas de um calendário sendo removidas.
O ano terminou e recomeçou como sempre, trazendo esperança e desejos renovados de uma vida melhor. A memória era só mais um punhado estranho de imagens que vez ou outra passavam na sua mente.
Padre Charlie Mayhew estava sentado na sua cadeira, aguardando o coro finalizar o louvor, uma mão apoiada no braço do seu trono, a mão segurando seu queixo, analisando com um olhar preguiçoso as pessoas que compareceram a missa, enquanto a outra mão batia ritmadamente contra a madeira da cadeira. Quando a luz voltou a focar nele, um borrão alaranjado contra seu rosto, Charlie pode observar melhor as pessoas que estavam nas primeiras fileiras de bancos, os olhos casualmente esbarrando em um rosto conhecido que fez falta durante todo aquele tempo. O coração congelou e a respiração se tornou desenfreada, irritante para seus próprios ouvidos. Ela não estava sozinha: ao seu lado um homem esguio, alto, pele bronzeada, cabelos e olhos castanhos claros, vestido com uma camisa social branca, tinha uma mão no colo dela. Charlie engoliu a inveja, se levantando para ir para o púlpito começar a oração.
O resto da missa foi um martírio. Ao menos eles não comungam com ele.
Ao final, enquanto todos se levantaram para sair, Charlie focou seu olhar em Maria que o ignorou, levantando e segurando a mão do homem – alianças douradas reluziram em seus dedos. Foi quando o homem percebeu que aquele garotinho ao lado do homem não era só neto da senhorinha que estava na ponta do banco. Era filho de Maria, branco com os cabelos escuros, o nariz fino e arrebitado, olhos escuros que observavam tudo ao redor. Ele ficou o tempo todo no colo da senhora, mas no final da missa quem o pegou nos braços foi Maria, agradecendo a senhora por tomar conta dele, enquanto o homem ao lado brincava com o menininho.
Sangue de seu sangue, fruto de sua semente. Cuidará daquele filho que carrega sua herança enquanto erguerás da Casa de Deus.
A voz daquele sonho estranho o perturbou, a lembrança cruel o arrebatando. O pecado se tornou carne viva, sangue que escorria dele para um outro, sua alma se tornando duplicada de si mesmo. E então ele se encontrou num despenhadeiro de si mesmo e assim como aquele fatídico dia, sua alma chorou dentro de si.
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16
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desalento.
algumas lembranças têm cheiro, nome e sobrenome... não é tristeza, também não julgo como saudade. talvez seja isso que chamam de nostalgia.
serenattus.
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Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento… de desencanto…
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente…
Tristeza esparsa… remorso vão…
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
— Eu faço versos como quem morre.
- Manuel Bandeira💜
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𖤓 Those who follow you sing to you with joy, and they bow down their foreheads to the earth In gratitude for your radiant blessings.
:・ Sigrid Briarsthorn point of view | the dying sun — II.
O seon Trevo desparece por mais tempo do que o comum e Sigrid o encontra em uma situação lamentável, o que significa apenas uma coisa: tragédia.
Sigrid e Trevo constantemente não estavam juntos. Apesar dos seons representarem a conexão de khajol e deuses, muitas vezes Trevo estava atrás de suas próprias coisas (changelings de quem gostava, dragões pelos quais possuía curiosidade ou suas próprias aventuras secretas), no entanto ele sempre retornava para Sigrid em algum momento. Sempre. Naquele final de tarde, após todo um dia desaparecido, Trevo não retornou. E dado aos desaparecimentos recentes, a preocupação invadiu Sigrid como uma onda sufocante. Não achava que Trevo seria vítima de tal acontecimento, mas a irracionalidade da apreensão pouco permitia que pensasse com sensatez.
Então se pôs a procurá-lo, estranhando a fragilidade da conexão que sentia com ele. O coração começou a se rebelar no peito, torturando a caixa torácica e parecendo diminuir como uma ervilha. Dentro de si a conexão divina e com Trevo sempre pareceu brilhar forte, mas nos últimos tempos parecia mais diminuta. Culpava o roubo da pira e a aflição pela presença dos khajols, sem querer pensar como Rá parecia mais distante do que o habitual e na frieza do sol que tocava a pele pelas manhãs. Tudo parecia meio errado, mas não queria ser um poço de negatividade ao imaginar o pior... porém o sumiço repentino de Trevo ligava um alerta na cabeça. E ele aprecia estar em lugar nenhum. Sigrid não conseguia senti-lo, o que era ainda mais desesperador.
Não estava na biblioteca. Ou em seu quarto. Ou na estufa. Ou na capela. A ansiedade misturava-se a agonia em um enlace de inquietação no estômago de Sigrid, que fazia com que quisesse colocar o almoço para fora. O coração parecia pesado, como se desejando parar aos pés. Tudo ao redor parecia sem cor ou brilho enquanto a cabeça latejava ao procurar pelo seon. Lugar nenhum. Ele não estava em lugar nenhum. Não conseguia se recordar de ninguém que tivesse perdido o seon, fosse por falta de cuidado ou com uma conexão enfraquecida. Em desalento, precisava constatar um terrível fato: se a conexão com Trevo estava enfraquecida, a conexão com Rá estava mais frágil do que antes julgava. Por que? Por que? Não conseguia encontrar razões, uma parte de si perguntando-se qual ofensa tinha feito a divindade enquanto outra parecia prestes a desmaiar de apreensão por conta de Trevo. Era mais do que apegava a bola brilhante: Sigrid o amava.
Por fim o encontrou na cripta. Parecia um ironia trágica ele estar em um local dedicado a enterrar mortos. Trevo estava flutuando baixo em um canto escuro e Sigrid o encontrou apenas por conta do zumbido baixo que emitia, diferente do de costume e que parecia quase um... lamentar? A khajol sentiu o coração partir em mil pedaços quando se agachou perto dele, o soluçar preso na garganta ao perceber que não apenas o brilho estava mais fraco, mas que ele parecia piscar. Estava doente? Não. A veracidade do momento desesperador pareceu sufocá-la por um breve momento.
Sua conexão com Rá estava instável, pelo que aprecia. Já que não conseguia contato com a divindade, Trevo era sua maneira de comunicação. E se ele estava mal, tudo devia estar mal. Isso parecia explicar sua própria fraqueza. O roubo da pira tornou-se então mais pessoal do que era antes: sem aquilo, não poderia fortalecer sua conexão. Sem aquilo, não conseguia indagar Rá sobre o que estava acontecendo. Com lágrimas enchendo os olhos, mas tomando cuidado para não derramá-las, Sigrid acolheu Trevo em seus braços e se levantou, sentindo o peso leve e a quentura do ser mágico. Tudo parecia convergir ao fato da instabilidade de sua relação com Rá. E ela sabia, acima de tudo, que se o seon se apagasse, significaria para sempre a perda de Rá.
Se Trevo se apagasse por completo, não seria apenas a morte dele. Seria a rejeição da divindade. Sem hospedar um deus, não era uma khajol. Não era digna de Hexwood.
Não era digna de nada.
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Em plena luta
1 Recorda que o fracasso, o obstáculo e a dor constituem forças milagrosas da vida que devemos utilizar na superação das próprias fraquezas.
2 A semente vale-se da cova de lama para germinar e produzir.
3 A madeira bruta submete-se ao martelo, à enxó e à plaina da carpintaria, a fim de converter-se em utilidade.
4 A rosa aproveita a haste espinhosa para florir e perfumar a paisagem.
5 A pedra sofre a intromissão do buril, concorrendo às galerias de beleza no campo da arte.
6 A própria Natureza vale-se da nuvem, do temporal ou da tempestade para tornar-se fecunda.
7 O mundo é a grande escola, onde o triunfo real e soberano pertence ao Espírito que soube descobrir a grandeza do próprio sacrifício, aceitando-o com amor, humildade e alegria.
8 Há, em toda parte, muita provação que somente produz desalento e lágrimas, enfermidade e morte; entretanto, nas almas duramente tituladas na academia da fé, o sofrimento gera dignidade, inspiração luminosa, respeito e heroísmo.
9 Cada qual pode converter a própria cruz em asas luminosas para a ascensão divina.
10 Jesus transformou a aflição do Calvário em luz imperecível de ressurreição e vitória.
11 Que faremos, pois, de nossos pesares pequeninos?
12 Aprendamos a ultrapassar os insignificantes desgostos da luta humana e venceremos facilmente as altas fronteiras de sombra que ainda nos separam da vida imperecível.
Emmanuel
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☤ ༄.° TASK 02. ━━━ MISSÕES
( point of view.) Life revision, indecision, world collision, and heads will roll, with nothing left except the pain to show
"Procure um lugar calmo onde você não vá ser incomodada e escreva no papel os sentimentos mais frequentes que lhe atingiram quando você foi no que considera a missão mais importante de sua vida. Acenda o isqueiro e queime a folha de louro."
mencionados: @athclar
Sienna recebeu seu kit muito à contra gosto. Preferiria mil vezes estar lá fora, fazendo algo de verdade para ajudar, que uma simples atividade. Mas ordens eram ordens, mesmo que ela não fosse lá a campista mais obediente da história da Colina Meio-Sangue (e as barreiras mágicas a impediam de sair, barrando até mesmo seu teleporte, então, no fim, ela não tinha opção).
Sua insatisfação, porém (bem como a de muitos outros campistas), com certeza não passou despercebida por Quíron. Nos dez anos em que ela estava lá, o centauro conheceu a fundo suas tendências e preferências, e sabia que sua inclinação e apreço por problemas e brincadeiras vinham de seu desgosto por ficar sem fazer nada. Haviam momentos em que sequer os treinamentos e atividades do acampamento eram o suficiente para mantê-la quieta e satisfeita, portanto, não poder estar em ação, especialmente no momento em que viviam, lhe era extremamente frustrante e uma simples atividade como aquela soava realmente estúpida à luz dos acontecimentos recentes.
"Mas ainda é melhor que não fazer nada." O centauro respondeu, com um sorriso esperto em seu rosto. Ele sabia que a tinha convencido. Ela podia ser filha do deus da comunicação, mas ele tinha séculos de experiência lidando com semideuses teimosos e resmungões. Aquela fora uma batalha perdida desde o início. Com um suspiro e os lábios torcidos, ela pegou seu kit e desapareceu diante dos olhos do mentor. Já tinha um local em mente.
A caverna dos deuses era, para todos os efeitos, um refúgio; secreto o suficiente para que ninguém a visse e, portanto, com pouquíssimas chances de ser interrompida. Iria servir.
Em silêncio - até por que não havia mais ninguém ali para ouvi-la - Sienna começou a escrever. Sabia todas as emoções que permeavam os eventos daquela missão específica - a missão mais importante de sua vida -, afinal, revivia-os constantemente, atormentada por sua culpa.
Desalento. Preocupação. Inquietude. Angústia. Culpa. Raiva. Pesar. Luto.
Com um suspiro, ela baixou a caneta, incerta sobre a próxima palavra.
Alívio.
Parecia errado, sentir aquilo após o trágico final da missão. Era errado, tinha de ser, mas ela não conseguia evitar. Aliviava-se na sobrevivência dos semideuses que resgataram, na sobrevivência de Mark e na sua própria. Mas a culpa pesava em seu coração pela morte de Thomas, que sacrificara-se para que todos pudessem fugir.
"Vamos logo com isso." Repreendeu a si mesma, sua voz ecoando no vazio da caverna enquanto ocupava suas mãos com o isqueiro e a folha de louro começava a queimar.
Não achou que aconteceria tão rápido. Como um puxão em sua consciência, Sienna sentiu o ar lhe faltar, muito similar às primeiras vezes em que tentou usar seu teleporte e, quando tornou a se concentrar, estava novamente na caverna de Echidna.
O cheiro de podridão a atinge com força e ela se vê cobrindo o nariz enquanto assiste a si mesma, Marchosias, Thomas e, logo atrás deles, dois dos três semideuses a serem resgatados, adentram a caverna com passos cuidadosos. Sua oferta de tirar o garoto das garras - ou melhor, cauda - de Echidna usando seu teletransporte é rapidamente descartada, o que a faz franzir a testa, desgostosa. Mas ela sabe que aquele não é o momento para ser impulsiva e, por isso, só lhe resta se resignar a resmungar e acatar as ordens alheias. Os momentos que se seguem são aqueles cujas lembranças são como um borrão em sua mente. Suas memórias de ansiedade e preocupação, de usar seu teletransporte para libertar o semideus de Echidna e então uma enxurrada de sentimentos conflitantes ao retornar para ajudar seus colegas, são trazidos de volta com nitidez dolorosa, já que estar presente na lembrança, senti-la tão vividamente, fazem-na sentir mais uma vez o aperto em seu coração durante aquela missão; a pressão e o peso que as vidas em suas mãos, de Marchosias e Thomas, traziam ao momento. Ela assiste a si mesma se preparar para o momento em que Mark acerta uma de suas flechas na cauda do monstro, teleportando-se em questão de segundos e tendo sucesso na tarefa de tirar o semideus e os demais resgatados do local. Ouviu a severidade em sua voz ao dizer-lhes que ficassem ali, escondidos e seguros do lado de fora, enquanto ela voltava a surgir dentro da caverna apenas para testemunhar o evento cuja culpa ela carregaria consigo. Sienna assiste a si mesma hesitar diante da ordem de Mark. Ela sente novamente os sentimentos conflitantes. Deveria desaparecer? Deveria obedecê-lo, pegar os mais novos e levá-los imediatamente ao acampamento? Deveria ficar e ajudá-los? Suas dúvidas são o que ela acredita ter sido o motivo pelo qual Thomas vê a necessidade de tomar a dianteira e encontra seu destino no golpe fatal de Echidna. No breve momento de lucidez que a iminência do ataque lhe concede, Sienna agarra Marchosias e tira ambos da caverna. Contudo, em sua visão da folha de louro, Sienna não hesita; não existem dúvidas em seus passos apressados, no agarrar dos dois rapazes e no teleportar aos dois para fora da caverna. Ela sente a exaustão começando a pesar seus músculos. Ela sente toda a dor e o esforço ao usar de seu teleporte novamente para levar a todos de volta à Colina Meio Sangue, mas todos estão vivos.
Tão logo a folha de louro terminou de ser consumida pelo fogo, Sienna foi trazida de volta à realidade, melancolia e culpa pesando em seu peito por saber que hesitar não é e nem nunca foi algo do seu feitio. Sua hesitação custou a vida de um amigo e, por isso, ela jurou para si mesma nunca mais repetir o feito. Não deixaria que mais ninguém se sacrificasse por ela. Não. Se houvesse um sacrifício, este seria o dela.
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@silencehq , @hefestotv
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Sob sorrisos, almas vertem lágrimas, Feridas veladas, abismos de quietude. Olhares alheios, à dor que devoram, Corações estilhaçados no mudo lamento.
Riem, enquanto se desfazem por dentro, Ocultam a mágoa, disfarçam o tormento. Trajam alegrias, em sorrisos emprestados, Na clausura, se desmancham em medo.
Ao cair da noite, as lágrimas, silentes, se revelam, No desespero que a fria escuridão consome. Almas abandonadas, em tumulto, se esbarram, Na penumbra, enfrentam um solitário duelo.
Esse riso, escudo contra as adversidades, Mascara o desalento, o vazio, as realidades. Mas ao declínio do dia, quando a solidão sufoca, A máscara cai, a tristeza invoca.
Na solitude, a esperança se dissolve, No desamparo, um clamor que acalma. Cada riso, uma lágrima oculta, Nessa estrada da vida, a dor não compartilhada.
Sob o manto da noite, os sorrisos se esmaecem, Corações dilacerados, em silêncio, sofrem. No sofrimento, na perda, na falha, na solidão, Vestem um sorriso, sua derradeira canção.
Paulo de Brito
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