#de outra forma eu nunca teria ido
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momo-de-avis · 9 months ago
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Malta que cresceu nos 90s, ajudem me a desvendar um mistério.
Quando tinha 5-6 anos, portanto aí em 1995-96 (mas estendo a possibilidade até 97), o meu colégio levou nos a um programa de televisão que eu até hoje não sei qual é e tenho muito má memória dele.
A melhor maneira que consigo descrever é que era estilo jogos sem fronteiras pra putos. Tenho ideia daquilo ser ao ar livre e quando digo tipo jogos sem fronteiras é mesmo o estilo de desafio. Epa tenho vaga ideia de uma espécie de labirinto ou que era feito daquele material, estão a ver aquela espuma dura que depois era coberta de plástico colorido (semelhante aos colchões ranhosos dos ginásios na altura)? Era dessa merda.
Eu tenho vaga ideia que quando fomos pra lá houve um problema qualquer e ou nos atrasamos ou que foi, e chegámos só a meio, portanto nem sei se alguma vez chegámos a participar, porque tudo o que me lembro é de nos darem carta branca pra sermos autenticamente feral no cenário
Quando eu era chavala a malta tinha a mania de me arrastar pra estas merdas e eu não fazia ideia do que era. Foi assim que estive no Arca de Noé e até hoje não sei o que se passou. Foi assim que fiquei em primeiro lugar num concurso da Tulicreme e até hoje não sei o que é que fiz.
Pa mas este tem me comido os miolos ao longo dos anos. Começo a pensar que alucinei esta merda. A minha memória já é muito vaga porque era muito chavaleca, mas estou farta de pesquisar e não encontro nada que me faça dizer "ya, era isto" pls ajudem me
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sunshyni · 3 months ago
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Álbum de fotografias | HC
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II – Photography
。𖦹°‧Sinopse – Você nunca foi uma romântica incurável. Até alguns meses atrás, mantinha um relacionamento agradável com Jeno, descomplicado e tranquilo, exatamente como você acreditava que alguns casais deveriam ser. No entanto, com o casamento iminente da sua irmã, ambientado no cenário do seu filme favorito, “Mamma Mia!”, e a presença de um padrinho provocador, suas expectativas sobre o amor e o destino estão prestes a mudar completamente.
Palavras – 1.4k
。𖦹°‧Notinha da Sun – “Ah, Sun, mas você deveria postar a segunda parte em outro dia e blá blá blá” EU SEI 😭 Mas sou ansiosa e a única coisa que tá me deixando feliz ultimamente é escrever e postar. Enfim, espero que vocês gostem e se você ainda não leu a parte I, tá aqui!!
Boa leitura, docinhos!! 🌀
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Felizmente, sua mala estava em frente ao seu quarto quando você abriu a porta naquela manhã, ainda com o receio de encontrar Donghyuck. Já nem pensava mais em Jeno; sua mente estava ocupada com a loucura que havia feito algumas horas antes. Nunca tinha beijado alguém assim, de forma tão repentina, e isso a deixava estranhamente desconfortável — mas o que mais a intrigava era o fato de ter gostado. Gostou do beijo e da ideia de que talvez Hyuck também tenha apreciado, a julgar pelo olhar brilhante que ele lhe lançou.
Você caminhou até a varanda do quarto, se apoiou na grade, mas rapidamente se endireitou ao avistar Donghyuck. Ele segurava uma bola e exibia um sorriso contagiante, bem diferente da expressão séria que tinha mostrado há pouco tempo.
— Tá todo mundo te esperando pra tomar café, burguesinha — ele disse, com o ar de quem acabara de jogar futebol, considerando os cabelos úmidos e o rosto levemente suado. — Não vai nos dar a honra da sua presença?
— O desprazer, você quer dizer, considerando o jeito que me tratou ontem — você respondeu, segurando-se na grade. Haechan olhou para você, revirou os olhos da mesma maneira que fizera antes, mas desta vez, em vez de bufar, acompanhou o sorriso tímido que surgiu nos cantos da sua boca e foi se espalhando lentamente.
— Você é muito sensível, burguesinha. Vai, desce logo. O que você gosta de comer no café da manhã? — Ele perguntou, desviando o olhar. Conversavam pacificamente, algo incomum para duas pessoas que haviam se beijado intensamente no escuro. Você hesitou por um instante, mas a resposta já estava na ponta da língua há algum tempo.
— Todo tipo de fruta, torrada e suco.
— Bem previsível, pra ser sincero — ele comentou, e você sorriu. Era engraçado estar conversando enquanto você permanecia na varanda e ele no chão, quase como se fossem Romeu e Julieta. O fato de existirem vigas ao lado da varanda, que possibilitariam a subida de Haechan, tornava a situação ainda mais parecida com um conto de Shakespeare.
— Sou muito previsível pra você, né? — você perguntou sem pensar muito, mas se preocupou que ele não deveria achar isso de você, não depois do beijo que você o surpreendeu com — inicialmente sem permissão, mas, no final, se a mala não tivesse rolado tragicamente até o térreo, quem sabe até onde o beijo teria ido. Você se pegava esperando inconscientemente por mais.
Donghyuck a olhou, como se estivesse pensando no que dizer ou apenas a admirando, o rosto iluminado pelo sol da Grécia, que parecia um holofote em uma peça de teatro quando o foco está em um personagem específico.
— Acho que não dá pra te descrever como previsível — ele finalmente disse. Suas bochechas coraram instantaneamente, e Donghyuck sorriu, passando a bola de uma mão para outra antes de acrescentar: — Vai, se apressa. Vou preparar o seu banquete enquanto isso.
Sua irmã tinha organizado uma mesa ao ar livre para todos os padrinhos e madrinhas. Você avistou Jeno, um pouco distante, jogando bola com os outros padrinhos, enquanto algumas madrinhas observavam, avaliando possíveis interesses românticos.
Sua irmã a abraçou apertado quando a viu, como se tivessem passado anos sem se ver, embora sempre tenham sido muito próximas. A sensação era quase essa.
— Você sobreviveu ao Haechan — ela comentou, e você roubou o bolinho de chocolate que ela segurava, dando uma mordida.
— Felizmente, sim. Mas você deveria ter me avisado sobre o temperamento desse sujeito — você respondeu, curiosa sobre o paradeiro de Haechan. — Tenho algo pra te contar.
— O que foi? Fala — você estava prestes a contar sobre o beijo roubado quando Jaemin e, consequentemente, Haechan apareceram na tenda com uma mesa cheia de pratos típicos do café da manhã.
— Sentiu minha falta? — Jaemin perguntou à sua irmã, e você quase revirou os olhos com o excesso de doçura. Não aguentava mais segurar uma tocha na presença de ambos. Seu cunhado a notou e sorriu, enquanto abraçava a noiva por trás. — Finalmente você chegou. Sua irmã não parava de reclamar sobre o quanto você é workaholic e não consegue se afastar do trabalho por muito tempo.
— Eu não...
Pela segunda vez, Donghyuck a interrompeu, tocando sua cintura enquanto segurava um prato repleto de frutas, mais do que você esperava, mas não podia reclamar, não com ele sendo tão gentil.
— Não sabia o que você gostava, então peguei de tudo um pouco — ele disse, e você assentiu, meio desorientada.
— Haechan te recebeu bem? — Jaemin perguntou. Você abriu a boca para responder, mas Haechan sorriu como um menino travesso e se sentou em uma das cadeiras, observando-a descaradamente, desafiando-a a responder ao cunhado. Sentiu suas bochechas corarem de novo, mas logo se recompôs.
— Sim. Me fez subir a escadaria com a mala, sozinha — você disse, sentando-se na cadeira ao lado de Donghyuck, que colocou o braço ao redor do encosto e a olhou com as sobrancelhas arqueadas, mas ainda com um sorriso no rosto.
— É mentira dela — ele disse para todos. — Não quer admitir que subiu as escadas só pra me beijar?
Ele sussurrou isso só para você, quase fazendo-a se engasgar com uma semente de melancia. Você o empurrou no ombro, e provavelmente teria se engasgado com outra semente se tivesse dado mais uma mordida na fruta, pois Jeno acabava de se aproximar.
— Oi — ele disse, ainda ofegante por causa do futebol.
— Oi — você respondeu, sem saber onde colocar as mãos, então as descansou no colo. Jeno puxou a cadeira ao seu lado, dando sinais de que se sentaria ali, mas Haechan, do outro lado, a puxou para mais perto de si sem aviso.
— O que você tá fazendo, idiota? — você sussurrou.
— Ele não é seu ex?
— Sim, mas eu não sou do tipo que faz teatrinho.
— Mas essa é a parte mais divertida — seus olhos se encontraram, e devido à proximidade das cadeiras, seus rostos ficaram muito próximos para uma conversa comum. Donghyuck afastou uma mecha do seu cabelo, encantando-a com um único movimento, porque aparentemente esse era o jeito dele — deixar uma impressão duradoura nas pessoas.
— Jaemin e eu estávamos procurando fotos para a retrospectiva e... eu encontrei isso — sua irmã entregou um álbum de fotografias, o seu álbum de infância, com as poucas fotos reveladas que você tinha, já que nasceu em 2000 e, com o tempo, as câmeras deram lugar aos celulares. Você sorriu, folheando as páginas. Em algumas fotos, posava com sua irmã, em outras com seus pais, e em várias estava sozinha. Quando criança, era bem fotogênica.
— Você era uma modelo mirim? — Donghyuck perguntou, apontando para uma foto em que você ostentava um sorriso doce com as mãos na cintura. Ele roçou levemente a mão em seu ombro, afastou seu cabelo, e tocou a sua nuca com os dedos. A essa altura, você mal prestava atenção nas fotos. Esses toques sutis bastaram para abafar todos os sons ao redor, fazer sua pele aquecer, sua respiração se descompassar. E mesmo sem olhar diretamente nos olhos dele, você tinha certeza de que ele sabia o efeito que tinha sobre você.
— Espera um pouco — Haechan fez você parar em uma página específica. Você não se lembrava mais do contexto daquela foto, mas lembrava do garoto travesso que a acompanhou o dia todo e apareceu em uma das fotos tiradas por sua mãe, com o sorriso mostrando dentes tortos e algumas pintinhas salpicando-lhe o rosto.
— Esse aí sou eu, burguesinha — ele disse, como se o seu olhar já não tivesse entregado sua constatação.
Você sorriu, ainda surpresa, e assentiu com a cabeça.
— Claro que é você.
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geniousbh · 7 months ago
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⸻ 𝒍𝒔𝒅𝒍𝒏 𝒄𝒂𝒔𝒕 𝒂𝒔 𝒎𝒖́𝒔𝒊𝒄𝒂𝒔 𝒅𝒐 𝒍𝒖𝒂𝒏 𝒔𝒂𝒏𝒕𝒂𝒏𝒂 🎤🎹
(pardella, simón, matías, pipe, enzo) 𝅃 f.reader
obs.: não sei explicar o que foi isso aqui vidocas, sei que assisti um tiktok republicado de "você gosta de luan santana e eu vou te provar" e eu me peguei gostando de quase tudo mesmo! é o que dizem cada país tem o harry styles que merece🎉🥳 enfimmm!!! tenho alguns avisos antes de lerem: não foi dessa vez que eu escrevi o simón decente😁👌, e o enzo nessa birutice tá novinho, casa dos 20 (engual na foto)! no mais, espero que vocês gostem, é bem fofinho e funsies nada demais pois meu cérebro capenga tem sido capaz de produzir só isso mesmo!
tw.: fluff/smut, menção implícita e explícita de atividades sexuais🤓☝️ (o do matías é o mais pesadinho ok), linguagem chula (um tiquito só), homens doidinhos de amor, manipulação (adivinhem no de quem), beach sex, e não lembro de mais nada. mdni
𝒂𝒈𝒖𝒔𝒕𝒊𝒏 𝒑𝒂𝒓𝒅𝒆𝒍𝒍𝒂 - 𝒄𝒉𝒖𝒗𝒂𝒔 𝒅𝒆 𝒂𝒓𝒓𝒐𝒛
vai ser nossa cidade, nosso telefone / nosso endereço, nosso apartamento / sabe aquela igreja? tô aqui na frente / imaginando chuvas de arroz na gente
o rapaz nunca escondeu o interesse por você. o colegial inteiro tinha sido recebendo declarações escrachadas, no meio do pátio, nos intervalos e nas festinhas juninas quando agustin pedia licença pra usar o microfone do bingo e te pedir em namoro mais uma vez, o qual você negava com a mesma expressão envergonhada. e não porquê não gostava do argentino, e sim porque precisava focar em passar no vestibular e dar conta de todas as outras coisas. os comentários nas suas fotos no instagram elogiando horrores e as mensagens que as vezes trocavam quando se sentia pra baixo e incapaz e só ele conseguia te reafirmar sem dizer que era frescura, mexiam contigo. entretanto, depois do terceirão, você mudava de estado pra cursar sua faculdade dos sonhos e pardella ficava, se mantendo a fiel promessa de que um dia você veria sim que era ele; sempre tinha sido. "agustin? esquece, ele tem dona faz tempo", é o que os amigos falavam quando alguma cocotinha pedia mais informações sobre o garoto, "mas ele não namora ué", "é, mas ele é apaixonado numa ai". e ele até ficava com algumas gurias insistentes, o difícil era conseguir contato depois; já que as necessidades dele como homem eram mais difíceis de suprir seria injusto ele só se privar de fodas casuais, mas não fossem os hormônios, teria sido celibato total. até que você voltasse, e quando acontece... por deus, esse homem recebe a notícia saindo de um botequim com os colegas - que ainda são os mesmos do ensino médio - e sai voado, pega a moto e vai pro endereço que ele tem cravado na memória; por vezes tinha ido visitar sua mãe, e a mesma ficava bobinha de ouvir ele falar sobre ti, super apoia o relacionamento. quando chega, descabelado, com o coração na boca, toca a campainha e quase cai de joelhos quando você abre o portão. e você sorri, porque, era a visita que tava esperando, era o rosto que te faltava ver pra se sentir em casa mesmo. agustin tinha te mostrado um amor que ultrapassava muitas barreiras e te fizera ser mais confiante com o tempo. "te fiz esperar muito?", perguntava com um sorrisinho bobo e ele espelhava o gesto de forma sopradinha, "se for você, nenhuma espera é espera demais". e a partir daqui é coisa de cinema, começam a namorar, ele te leva nos dates que sempre sonhou em ter, inclusive os mais bobinhos - cinema, piquenique, arcade -, vão se conhecendo e ficando perdidamente apaixonados um no outro. a primeira vez de vocês é no quarto dele, e o after care é cheio de beijinhos, com ele selando seu rostinho e te deixando deitar no braço dele, olhando o teto. "vou casar contigo", ele sopra simples. "vai, é?", "vou, vai ser lá na igrejinha que você fez crisma". e de fato todas essas coisas acontecem. não só isso como, pardella é um homem com H, comprou casa, carro, te dá todo o conforto possível e diz que só te larga morrendo ou se o mundo acabar. 
𝒔𝒊𝒎𝒐́𝒏 𝒉𝒆𝒎𝒑𝒆 - 𝒆𝒔𝒄𝒓𝒆𝒗𝒆 𝒂𝒊́
talvez você tenha deixado eu ir / pra ter o gosto de me ver aqui / fraco demais pra continuar / juntando forças pra poder falar / que eu volto
o relacionamento de vocês já virou conversa em roda de bar há tempos. parece até que vocês gostam de se machucar, simón e você só combinam debaixo dos lençóis. você é controladora e ele um espírito livre. em outras palavras, você é dependente emocional e ele pensa mais com o pinto do que com o cérebro. "você sabia meu jeito antes e mesmo assim quis", ele te diz pela sabe-se lá qual vez, discutindo contigo na calçada de casa, "sabia o quê? que você não ia me achar suficiente e em qualquer oportunidade ia sair flertando com alguma puta?", questionando brava antes de empurrar ele com força. quer saber? pra mim deu foi a última coisa que o hempe disse, te largando ali antes de entrar no carro e ir embora. nas primeiras semanas você ficava um caco, chorando pelos cantos, tendo que ir no banheiro da faculdade no meio das aulas quando o "fotos" do celular te mandava alguma memória com o moreno ordinário, enquanto ele tava na gandaia, ficando com várias, indo pra praia e o escambau. era só depois de dois meses que você se via superada. em contrapartida, é no segundo mês que a ficha cai pro rapaz, chegando de um bar totalmente transtornado porque uma das meninas que ele ficou tinha seu perfume; recebendo uma onda de memórias indesejáveis. e era incrível como uma coisa puxava a outra, primeiro o perfume, depois ele tropeçando na caixinha de presentinhos feitos a mão que ele tinha recebido de ti no primeiro ano de namoro - puxando pro colo e chorando igual criança quando achava o potinho com frases bonitas que 'cê tinha dado -, o facebook atualizando e perguntando se simón hempe ainda estava num relacionamento sério com (s/n s/s). porra, ele tinha certeza que não ligava mais, mas o que era aquilo? tentava tomar banho frio e nada, enchia a cara e piorava; a mente o atormentava com imagens suas, seu sorriso, sua voz, seus gemidos que deixavam ele sem pose enquanto te comia num papai-mamãe bem gostosinho que ele só sabia fazer contigo. nenhuma daquelas garotas se comparava, nenhuma era inteligente, nenhuma o conhecia, nenhuma entenderia que ele tinha momentos de introversão e de ficar sem conversar, embora gostasse de ficar junto sem fazer nada, nenhuma se daria tão bem com a família dele - que aliás o excomunga desde o dia do término -, nenhuma era você. e no ápice da coragem, ele aparecia na porta da faculdade, ainda sabendo todos os seus horários já que antes era acostumado a te buscar, esperando te ver e caminhando diretamente, sem vacilar. não tem tempo de oi, de abraço, nem nada, o hempe te puxa pra um beijo afastando todas as suas colegas, e o peito que tava acelerado antes se alivia quando você corresponde o carinho, segurando suas bochechas com ambas as mãos e se afastando breve. "eu não consigo mais. é tortura ficar sem você, eu tô ficando maluco", "você foi embora porque quis, simón...", sua voz sai branda embora o beijo tenha sido um baque e esteja com um chorinho entalado na garganta, "mas eu volto, se você quiser, e por favor queira, porque eu tô desesperado, e eu sei que eu fui um merda, mas eu preciso de você". e é óbvio que você aceita, e nesse mesmo dia vocês fazem um amorzinho bem lentinho no banco de trás do carro dele depois de terem parado numa rua sem saída, ambos cheios de saudade, prometendo mil e uma coisas que nunca vão ser cumpridas.
𝒎𝒂𝒕𝒊́𝒂𝒔 𝒓𝒆𝒄𝒂𝒍𝒕 - 𝒂𝒄𝒐𝒓𝒅𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒐 𝒑𝒓𝒆́𝒅𝒊𝒐
já são quatro da manhã / daqui a pouco liga o síndico / será que tem como a moça gritar baixinho? / sei que tá bom, mas as paredes tem ouvido / e era pra ser escondido
o narigudinho atentado sempre foi melhor amigo do seu irmão, desde que você se entende por gente, e era uma regra entre ambos "não pegar nenhum parente" o que matías seguia fielmente, mesmo te comendo com os olhos e trocando dms muito sugestivas contigo. isso é... até a tensão ficar demais e vocês acabarem fodendo numa festa que seu irmão tinha dado quando seus pais foram viajar, se atracando no closet do seu quartinho rosa; ele te prensando na parede e te segurando pela bunda enquanto olhava para baixo assistindo sua buceta o engolir. e o relacionamento de vocês era assim, ficar às escondidas, trocar nudes bem explícitos, se atiçar e ficar imaginando como seria quando tivessem as bolas pra poder enfrentar seu irmão mais velho e enfim poderem sair publicamente. acontece que, desde que o mais velho e matías tinham começado a faculdade estavam morando no mesmo prédio de dormitórios, dividindo um apartamento, tornando sua vida mais complicada ainda para ver o argentino. faziam malabarismos pra que você o visitasse sem que seu irmão soubesse, o que no quinto mês já estava ficando insustentável. "cara, porra, o quê é que cê anda fazendo? outra multa por ultrapassar limite de som?", seu irmão aparecia no quarto do recalt segurando o papel em mãos antes de jogar sobre a mesinha onde o computador do garoto ficava, "fora que mencionaram o nosso apartamento na reunião de condomínio, ent assim...", e o moreno sorria de canto, mordendo o lábio e se perdendo totalmente do que o roommate falava lembrando do exato motivo da mais nova advertência... você estava prensadinha contra a porta de correr da sacada, totalmente nua e com o quadril empinado enquanto matías estava agachado atrás de ti, segurando seus glúteos e afastando as bandinhas te lambendo da buceta até o cuzinho que piscava sem parar, com o rosto enfiado ali. já tinham trepado no sofá e você já tinha deixado ele foder sua boquinha na cozinha, então agora ele chuparia bem seus dois buraquinhos antes de escolher um deles para meter outra vez. já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha te estapeado a bunda pedindo que gemesse baixo e não igual puta, mas você estava sensível e cheia de tesão, "não dá... eu fiquei com saudades... é tão bom, matí", soprando acabadinha contra o vidro e revirando os olhos quando o garoto enfiava o polegar na sua entradinha traseira, tirando e pondo de novos enquanto que com a outra mão dedava seu pontinho teso em círculos. "eu sei, princesinha, mas", e o interfone tocava fazendo ele cortar a frase no meio e te puxar com ele para ir atender. "matías, aqui é o wilson da portaria, olha, já é a quarta reclamação da noite, caso você não diminua o barulho eu vou ser obrigado a reportar pro sínd-", desligava antes de ouvir mais qualquer coisa. "ouviu, perrita? cê tá gemendo tanto que os vizinhos tão incomodados", ele falava te colocando apoiada de quatro na mesa de jantar, puxando seus fios pra trás só pra sussurrar no teu ouvido, "e isso porque eu ainda nem comi esse rabinho gostoso", ele se divertia com suas carinhas, tava tão burra que nem devia ligar. "tá me ouvindo, caralho? porra, recalt! tô falando sério, dá um jeito de pagar isso", o argentino despertava da lembrança e engolia seco soprando um tá, tá. 
𝒇𝒆𝒍𝒊𝒑𝒆 𝒐𝒕𝒂𝒏̃𝒐 - 𝒔𝒊𝒏𝒂𝒊𝒔
virei um louco. meio obcecado / pra te encontrar em algum lugar do mundo / e mesmo sem nunca ter te tocado / me pertencia, bem lá no fundo
você e pipe mantinham um relacionamento a distância. se conheceram num curso de inglês, durante a pandemia, e acabaram se tornando amigos. no começo eram só chamadas de vídeo e callzinhas pra trocar experiência e ficar falando na língua que tentavam ficar fluentes, mas depois de semanas os dois se viam completamente encantados, querendo conhecer mais e passar mais tempo juntos; apesar de serem completos opostos, um gostava de futebol, a outra gostava de filmes e livros, um preferia salgado, a outra doce, etc. felipe até mesmo tinha te mostrado para a mãe algumas vezes quando esta entrava no quarto para ver se ele estava bem ou pra perguntar algo. apesar disso, a vida continuava, tinham que estudar e trabalhar. quando se falavam sempre ressaltavam que estavam guardando dinheiro para poderem se ver num futuro breve e mesmo com toda a distância ele conseguia te fazer sentir amada e desejada. por vezes trocavam algumas fotos mais comprometedoras, mas ambos não eram tão abusados a ponto de engajar em nada sexual, ficava só nas entrelinhas, apesar de não serem santinhos. não tinham uma previsão de se encontrarem, você era estagiária ainda e ele tinha se formado fazia pouquíssimo tempo, então ver o otaño na porta do seu apartamento - segurando a mala numa mão e um buque de rosas na outra - tinha sido absolutamente chocante. ele era ainda mais lindo pessoalmente, o cabelo castanho claro sedoso e os olhos azuis, além do bigodinho ralo em cima da boca que se alargava num sorrisinho enquanto ele abria os braços. "oi", soprava com o sotaquezinho puxado, te recebendo em seguida num abraço que durava minutos com você dizendo várias coisas que ele não entendia a metade "caralho, não acredito, não acredito! pipe!", você apertava o rostinho dele nas mãos pequenas e se colocava na ponta dos pés pra beijar o namoradinho. mais tarde descobria que ele tinha combinado com seus pais e que ficaria no quarto de hóspedes; tudo arquitetado sem você saber. tinha feito todo um itinerário pra vocês irem pra praia e conhecer restaurantes novos; até alugar um carro tinha alugado. e pessoalmente era tão diferente, ele era tão maior e tão real, a voz também não tinha nenhuma interferência e o microfone não estourava quando ele gargalhava; e como era gostosa a risada dele... demorava pelo menos dois dias pra se soltarem mais um com o outro, mas quando acontecia se tornavam inseparáveis. iam pra praia de manhãzinha e ele te deixava passar protetor nele, sentindo seu toque e fazendo um carinho na sua cintura em troca. te ensinava várias palavras em espanhol e aprendia expressões importantes em português, principalmente pra economizar com os ambulantes. quando a noite caía estavam bem molinhos, mas sem qualquer vontade de deixar a praia ainda. "queria que esse momento agora durasse pra sempre", você dizia baixinho, deitada sobre o maior, se rastejando sobre ele e se encaixando sobre o colo do garoto, "quando você tiver que voltar, vai acabar levando um pedaço de mim", formava um beicinho. "creo que entiendo... pero, me llevo un pedacito y un pedacito te dejé a ti, hm?" ele percorria o seu quadril, te prendendo ali. e era tão natural quando puxavam a canga por cima dos corpos e ele afastava sua peça inferior para encaixar o membro tesinho, te sentindo rebolando e roçando as púbis juntinhas, gemendo um na boquinha do outro, fodendo na praia deserta, ouvindo as ondas quebrando na areia e soprando várias melosidades.
𝒆𝒏𝒛𝒐 𝒗𝒐𝒈𝒓𝒊𝒏𝒄𝒊𝒄 - 𝒎𝒐𝒓𝒆𝒏𝒂
me diz o que eu posso fazer se ela rouba a cena? / se até deitado no colo da loira, eu lembro da morena
"chega, para", enzo pedia, se afastando do beijo e tirando a mulher de cima do colo, se levantando e passando a mão pelos fios para ajeitar, um pouco desnorteado e nauseado, ao passo que procurava a camisa e o cinto que haviam sido tirados pela outra. "como assim? é a segunda vez que você faz isso, me chama pra sair, fala que vai me comer, e ai quando a gente tá aqui desiste, tá com algum problema? não sente tesão em mim, é isso?", a loira perguntava, emburrada, ainda sentada no sofá sem fazer qualquer menção de buscar o vestido que estava jogado longe, perto de uma poltrona. "não, não tem nada a ver contigo, desculpa, só... não tô conseguindo. a gente se fala outra hora", o uruguaio se apressava em responder, vestindo a blusa e deixando os botões por fechar antes de sair pela porta da frente e caminhar para o elevador ouvindo um "não vai ter outra hora!" bem enfezado vindo do apartamento que acabara de sair; pouco importava. puta merda, o que ele tava fazendo? não tinha combinado contigo que havia sido uma coisa de uma noite? que eram colegas de trabalho e que não podiam se deixar envolver mais do que já tinham feito? aliás, você nem fazia tanto o tipo dele - morena, cheia de curvas -, então por quê toda vez que ele tomava banho a memória de te foder em frente ao espelho, segurando seu pescocinho e sibilando as maiores putarias no seu ouvido, o atribulava? a sensação dos seus lábios em volta do membro pulsante, e como seus seios eram macios no contato contra a pele pela manhã; tudo isso forçando ele se aliviar na própria mão depois de mais uma transa frustrada com a loira que tinha conhecido num aplicativo de date. "vai ser só essa vez", você tinha acordado, embora ele ainda notasse seus olhares sobre a tela do notebook quando estavam no mesmo escritório, "continuamos colegas", "isso, só colegas". então por que ele te devorava com as irides castanhas assim que te via usando a saia lápis e o modelo de óculos retinho? por que ele se sentia incomodado quando seu parceiro de setor, esteban se oferecia pra te levar pra almoçar ou de te dar carona pra casa? o vogrincic se sentia doente pensando tanto assim, perdendo noites e mais noites de sono, sabendo que claramente era impossível continuar se enganando. mas, a corda só arrebentava quando assistia você e o mais alto trocando algumas palavras perto da máquina de café, a mão dele se aproximando da sua cintura para pedir uma licença afim de jogar o copinho plástico no lixo e todos os trejeitos de alguém que é desajeitado pra flertar. "posso falar contigo?", aparecia por ali de súbito com um falso sorriso nos lábios, "a sós", acrescentava sem olhar para o kukuriczka que no entanto entendia rapidamente. te arrastava até a salinha de arquivos e não tinha dúvidas em te beijar fervoroso - ainda mais afoito do que como tinha sido a primeira vez -, sentindo suas mãos o apertarem os ombros. "enlouqueceu?", "acho que sim", "porra enzo, e o nosso acordo?" indagava vendo o mais velho negar e suspirar, "que este trato se vaya al infierno" responderia e te pegaria bem forte ali mesmo, atrás de uma pilha de pastas, te dando apertões e subindo o joelho por entre suas coxas só pra te fazer pressão na bucetinha coberta e te deixar na vontade, combinando de se encontrarem depois do expediente.
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idontknowanametouse · 2 months ago
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Não sangramos sozinhos (Joui, Kaiser e Arthur)
Sinopse: Joui sempre teve que escalar muros por ser trans. Dos outros e seus próprios. E ele tem medo do que pode acontecer se sua família descobrir. Porém, quando ele menstrua na casa de Kaiser, Arthur e Ivete, descobre algo.
(é uns meses depois de osnf. Trans Joui, Kaiser e Arthur pq sim. Personagens trans escritos por uma pessoa trans. Cw/tw pra menstruação, sangue, disforia de gênero, transfobia, auto-ódio e transfobia internalizada)
Quando mais novo, Joui sentia cólicas muito fortes. Porém, isso passou com o tempo. Por mais que estivesse grato por seu útero não parecer mais que ia se romper, às vezes, ele sentia falta de algum aviso.
Se ele tivesse algo para avisar, isso não teria acontecido.
Ele havia ido visitar Arthur e Kaiser. Ivete estava fora e seus amigos estavam cochilando um pouco no meio da tarde. Joui decidiu permanecer na casa para esperá-los acordarem, quando sentiu algo.
Não, não, não, não, não, porra.
E, agora, ele estava trancado no único banheiro do apartamento, com um maldito fluxo que não parava e vários papéis sujos de sangue quase saindo da lixeira.
Como é que ele pôde deixar isso acontecer?! Ele nunca era descuidado assim! Mesmo que tenha vindo um pouco mais cedo, ele devia ter algum absorvente com ele, nem que fosse um muito pequeno!
O jovem nem se incomodou em olhar no armário, pois Ivete era mais velha e certamente não comprava mais nenhum absorvente. Ele só tentava pensar, desesperado, no que fazer.
Não podia sair agora e deixar o banheiro assim. E, se tentasse levar o lixo consigo, os sons dos sacos acordariam seus amigos. Ele não podia arriscar que descobrissem sobre isso, porque se o fizessem, seria o fim.
Ninguém nunca soube, apenas seus pais. Afinal, houve um motivo pra ele ser expulso de casa. Ele ainda se lembrava da sensação de um tapa no rosto.
Joui não podia deixar mais ninguém descobrir. Eles não podiam saber. Se soubessem, eles o deixariam para trás. Eles o olhariam com nojo.
Monstro. Aberração. Desgraça. Vergonha. Alguém que não merece viver.
E se... eles descobrissem? E se contassem pra Liz? Ele não podia perder a única família que tinha, não podia perder a única mãe que já o amou.
Ele tinha que esconder isso. De alguma forma. Ele não podia deixar o fato de ser uma aberração ser a causa de perder seus amigos.
Você é uma mulher e sempre foi. A voz de seu pai ecoa em sua cabeça, e seu corpo treme ainda mais.
E se ele... ela? Fosse uma mulher? Homens não tinham um útero. Não sangravam todo mês. Não tinham que tomar testosterona para serem reconhecidos. Não precisavam economizar cada mísero centavo para se livrar daquilo em seu peito.
Aqueles momentos do mês eram os piores de todos. Porque, não importava o quanto fingisse estar bem, sempre haveria aquela voz em sua cabeça.
Você é uma mulher e sempre foi. E essa é a prova.
Joui colocou a cabeça entre as mãos e chorou.
-Joui? Você tá aí?
Algo o interrompe em meio à espiral de desespero. Alguém bateu à porta. Era Arthur.
-O que aconteceu? Você já tá aí a um tempo e... eu te ouvi chorando. O que tem de errado? Abre, por favor.
-A gente tá preocupado. - a voz de Kaiser surge, um pouco mais abafada.
-Cê sabe que a gente não vai sair até você abrir, né?
Não, eles não iam. Eles eram pessoas boas nesse nível. E quando ele abrisse a porta, eles iam odiá-lo e rejeitá-lo e expulsá-lo de suas vidas.
Não que ele merecesse outra coisa.
Ele sabia que aquele momento era inevitável. Que eles iam descobrir em algum momento. Ele só... queria poder postergá-lo o máximo possível. Queria poder aproveitar esse amor tão genuíno tanto quanto podia antes dele ser esmagado e despedaçado pelo ódio.
Mas, agora, não adiantava mais fugir. Chegou a hora.
Ele estendeu o braço trêmulo, ainda sentado no chão, e destrancou a porta.
-Joui? Joui! - exclamou Arthur, se ajoelhando ao lado dele. - O que aconteceu?! Você se machucou?! Alguém te machucou?!
Ele não conseguiu responder nada além de um soluço engasgado.
-Joui... - Kaiser se sentou ao seu lado e segurou seu ombro. - De onde veio esse sangue?
Ele solta um gemido. Eles vão descobrir.
-Desculpa... - Joui murmura, incapaz de conter o tremor e soluços constantes que o percorrem. - Desculpa, desculpa, desculpa, desculpa...
-Ei, ei, calma! A gente não tá bravo! Por favor, só fala o que aconteceu! Não precisa pedir desculpa!
-Arthur. - chamou Kaiser. - Eu acho que já sei o que aconteceu.
É agora. Joui se prepara para o golpe que quebraria seu coração.
-Você sabe...? Oh! Entendi! - e se virou para Joui. - Você prefere absorvente ou tampão?
Espera, o que?
-A gente prefere absorvente, mas às vezes eu uso tampão porque faz uma puta de uma bagunça. Você tem preferência por algum? E se for absorvente, qual tamanho é melhor?
-A... gente? - um sussurro frágil escapa de sua garganta.
-É, cê sabe, eu e o Kaiser. Quem mais seria? A Ivete?
-E... espera. - Joui descobriu o rosto manchado de lágrimas. - Vocês... não me odeiam?
-Por menstruar? - Kaiser franziu a testa em confusão.
-Por... por ser... isso. - ele engole em seco. - Por não ser... igual vocês.
-Eu... não tô entendendo, Joui. O que você quer dizer?
-Por ter nascido mulher!! - ele exclama, em uma súbita explosão. Há um segundo de silêncio, e Arthur pergunta:
-É sério que você não sabia?! Mesmo com a bandeira trans no meu quarto inteiro?!
-Bandeira...?
-Joui, você não sabe o que é a bandeira trans?
-Não!
-...eu acho que você precisa de um pouco de educação nessa parte.
-Ele precisa de um absorvente antes, Arthur.
-Ah, é, desculpa, eu esqueci.
-Vocês... - ele murmura, ainda em choque. - Não me odeiam... por isso...
-Joui, a gente também teria que odiar um ao outro por isso.
Joui arregalou os olhos. Espera. Isso quer dizer que...
-Vocês também são...?!
-Uhum!
-Mas... vocês têm barba!
-Nunca ouviu falar em hormônio?
Joui estava perplexo.
-Estou perplexo.
-E vocês... também menstruam?
-A gente... a gente acabou de falar isso? Eu não tô entendendo a sua dúvida.
Então, Joui recomeçou a chorar. E, em meio aos abraços desconcertados dos dois, ele percebeu que estava chorando de felicidade.
Ele não estava sozinho.
-
Fiz essa fofura porque tive vontade. Presentinho pros meus queridos trans por aí. Se você for babaca por causa de um headcanon, vai se foder 💙🩷🤍🩷💙
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nuwacoffeebreak · 3 months ago
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A abertura fria
Recentemente aprendi sobre uma técnica chamada cold open (traduzindo para o nosso português: uma abertura fria) que propõe abrir uma narrativa com a cena mais crítica ou mais impactante da história. Uma prévia que permite dar o tom da narrativa e também fisgar os mais curiosos.
Dias atrás, mecionei sobre o in media res, que é uma técnica sobre começar do meio, mas ela e o cold opening, apesar de quebrarem a estrutura linear, não são a mesma coisa. Eu até fiz uma alteração na postagem sobre o in media res a fim de esclarecer que começar do meio significa começar pelo movimento da história e não pela sua exposição. Ou seja, eu "explico no caminho" como as coisas são em vez de dar uma introdução sobre como aquele mundo funciona.
Já o cold open tem uma proposta mais ousada, já que ele praticamente traz para frente a cena mais marcante da história. O termo foi cunhado na década de 60 pelos executivos de televisão, que perceberam que teriam de achar um jeito de impedir que o telespectador trocasse de canal (ou desligasse a tv) quando um programa terminava. Para resolver esse problema, eles começaram a criar o que hoje também chamamos de teaser, um início chamativo ou provocativo, para que a pessoa que estivesse assistindo tivesse sua curiosidade aguçada e continuasse em frente à televisão (capitalistas mercenários).
Esse tipo de abertura se popularizou especialmente em sitcoms, e provavelmente você já deve estar familiarizado com as aberturas de The Office e Friends. Mas essa forma de abrir uma narrativa não se limita aos programas de televisão, se quer saber. E você, como escritor, pode se beneficiar dessa técnica caso queira impactar seu leitor logo nas primeiras linhas.
Diferente do in media res que apenas se propõe a uma imersão mais natural, o cold open busca escancarar o momento mais crítico. Ele praticamente dá o spoiler sobre o que acontece, de forma que o leitor tenha uma visão do futuro ou do que está prestes a acontecer, e fique curioso para entender como aquilo vai desenrolar. Mas seja cauteloso: trazer o final (ou a parte mais chocante) para o começo tem muita vantagem desde que você preserve o mistério. Não entregue a fofoca completa!
Vamos a alguns exemplos?
"Nunca pensei muito em como morreria — embora nos últimos meses tivesse motivos suficientes para isso —, mas, mesmo que tivesse pensado, não teria imaginado que seriam assim. Olhei fixamente, sem respirar, através do grande salão, dentro dos olhos escuros do caçador, e ele retribuiu satisfeito o meu olhar. Sem dúvida era uma boa forma de morrer, no lugar de outra pesoa, de alguém que eu amava. Nobre, até. Isso devia contar para alguma coisa. Eu sabia que, se nunca tivesse ido a Forks, agora não estaria diante da morte. Mas, embora estivesse apavorada, não conseguia me arrepender da decisão. Quando a vida lhe oferece um sonho muito além de todas as suas expectativas, é irracional se lamentar quando isso chega ao fim. O caçador sorriu de um jeito simpático enquanto avançava para me matar." — Crepúsculo, Stephenie Meyer.
"Nunca pensei que chegaria a este momento. E aqui estou. Destruída, acabada, morta por dentro. Enxugo os olhos e volto ao que estava fazendo como uma funcionária diligente que não pensa, não hesita; só executa. Finco a pá na terra e vou abrindo a cova. Apesar de demandar grande esforço, tudo ainda parece um sonho. Na verdade, um pesadelo. Irreal, intangível, como se acontecesse em outro tempo ou com outra pessoa. A história absurda e violenta que se escuta da amiga de uma amiga. É cruel que uma coisa dessas aconteça de verdade. Mais cruel ainda que aconteça comigo. Enquanto revolvo a terra, repasso cada instante, cada escolha, cada migalha de culpa e omissão que me trouxe até aqui. É um caminho repleto de buracos e zonas cinzentas. Não posso ficar sofrendo. Não tem mais volta. Aconteceu. Abrir uma cova é mais cansativo do que eu pensava. Sinto falta de ar, fico zonza e exausta. Solto a pá e aperto os olhos para medir o buraco. Acredito que, sim, é suficiente para uma criança. As lágrimas voltam, impossíveis de conter; é uma coisa física, não emocional. Deixo que sigam seu trajeto pelo meu rosto, levem consigo a maquiagem da noite de ontem e se misturem ao suor no meu pescoço até alcançarem o vestido vermelho, que, se antes era elegante e sedutor, agora soa inadequado, quase absurdo, neste lugar imundo e abandonado pelo tempo. A noite prometia tantas respostas. Cheguei a ter esperanças. Como tudo pôde terminar assim?" — Uma Família Feliz, Raphael Montes.
"Na imaginação de Laura, Deidre falou. Seu problema, Laura, disse ela, é que você faz péssimas escolhas. Você tá com a porra da razão, Deidre. Não algo que Laura consideraria dizer nem pensar, mas, parada ali em seu banheiro, tremendo incontrolavelmente, o sangue quente brotando do corte no braço ao ritmo de sua pulsação, ela precisava admitir que a Deidre que morava dentro da sua cabeça tinha acertado em cheio. Ela se inclinou para frente, apoiando a testa no espelho para não ter que encarar os próprios olhos; mas o problema era que o olhar para baixo piorava as coisas, porque dava para ver o sangue fluindo, e isso a deixava tonta, com a sensação de que iria vomitar. Tanto sangue. O corte era mais profundo do que havia imaginado; ela deveria ir para o hospital. De jeito nenhum iria para o hospital. Péssimas escolhas." — Em Fogo Lento, Paula Hawkins.
O cold open, mais do que servir como um choque ao telespectador/leitor, ele também dita o tom da narrativa. Usando o segundo exemplo retirado do livro Uma Família Feliz, se o leitor começasse a leitura a partir do cotidiano de uma família comum e padrão, ele não entenderia logo de cara por qual motivo esse cenário seria relevante (e interessante). Começando pelo fim, ou seja, com a personagem cavando uma cova para uma criança, o leitor sabe que tem alguma coisa errada e lê as próximas páginas aguardando por esse momento.
Usar essa abertura também te permite uma oportunidade de inserir informações que não estarão na narrativa. Pode ser um meio de entregar ao leitor uma coisa da qual os personagens não sabem, mas que os impactará diretamente.
A técnica é comumente usada nos suspenses, mas isso não te impede de usar em narrativas engraçadas. Por exemplo, você pode começar uma história mostrando que o seu personagem acabou preso em outro país e logo em seguida mostrar que antes disso acontecer o dia estava bem normal, o que faz seu leitor ficar se perguntando "e como é que ele foi parar na Holanda vestido de palhaço e preso por desacato?". Curioso, não?
Como o próprio nome já diz, é como se eu estivesse jogando o leitor para enfrentar o chefão em vez de aquecê-lo com o desenvolvimento. Não o preparo para o que está por vir, mas deixo a bomba na mão dele e saio correndo kkkkkkkkk
É uma técnica interessante que talvez te desperte alguma ideia aí.
Faça bom proveito! ☕
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ladylushton · 3 months ago
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Eu te vejo de olhos fechados
.❦.
"Você corre mais rápido que as outras crianças. Está destinada a ver os seus amados partirem".
Marcille terminou de colocar os morangos sobre o bolo, admirando o brilho úmido sobre a superfície vermelha. Combinava com suas escleras. Falin faria 112 anos hoje, se estivesse viva.
Marcille seguia em frente. Continuou como maga na Corte Touden mesmo após Laios encontrar sua irmãzinha e sua esposa, continuou cozinhando após Senshi não voltar para a cozinha, após Chilchuk passar a loja para suas filhas e Izutsumi não acordar mais de suas sonecas sob o Sol.
Ela sabia que Falin não iria gostar de vê-la se esconder do mundo e tomar a morte dos outros. Marcille não se tornaria Mithrun, que não foi localizado desde a morte de Kabru.
O aniversário de Falin marcava uma espécie de folga não declarada para Marcille, que não teria nenhum trabalho como maga da Corte nesse dia. Quando Falin se foi, Laios tinha noventa anos, mas estava incrivelmente lúcido e permitiu que Marcille lidasse com o luto de sua própria forma. Ele viu a forma de Marcille como Senhora da Masmorra e entrou em seus pesadelos, compreendendo os motivos para visitar o túmulo nos aniversários de Falin e passou o recado para seu sucessor, Karlo.
Ela pegou o bolo decorado e saiu da cozinha. O castelo estava silencioso e o sol ainda não havia nascido. A ponte desceu assim que Marcille se aproximou, pois os guardas já haviam se acostumado com seus passeios anuais, com um pequeno bolo, a caminho do cemitério.
Enquando ela andava, o Sol subia detrás das montanhas ao leste de Merlini. O Sol a lembrava de quando Falin acordava ao seu lado no castelo. Após a derrota do Demônio, elas tiveram sua tão esperada conversa bem longe do calabouço, entendo, em fim, para onde a amizade delas havia ido. Falin era uma exploradora nata, saindo muitas vezes para as partes outrora submersas de Merini em missões diplomáticas ou por simples curiosidade, mas, quando estava no castelo, compartilhava suas histórias, o quarto, os livros e saía com Marcille. Por uma espécie de nostalgia estranha, Falin entregou um frasco de sangue pra Marcille, alegando que isso iria evitar que ela se preocupasse, apesar de Falin nunca ter se perdido em nenhuma aventura.
Marcille lembrava de tudo. Seu jeito compreensivo, a curiosidade, sua fala calma e seu costume de esquecer de devolver os livros. Lembrava de suas piadas internas com Laios, a amizade com Izutsumi, o amor que partilhava com a meia-elfa, o tempo na cozinha com Senshi. Lembrava de seu corpo macio, o cabelo sempre curto, os olhos brilhantes, as penas em suas coxas, o que havia entre elas, os braços fortes, seu sorriso tão lindo.
Marcille abriu as portas do cemitério com magia para entrar. Caminhou sobre a grama coberta por orvalho até chegar em uma parte com ladrilhos amarelos que marcava os túmulos Touden. Laios e Joane, sua Rainha, estavam sob a mesma sepultura, enquanto Falin tinha uma solitária.
— Feliz aniversário, meu amor.
Marcille sentou-se de frente para a lápide com a pintura de Falin. Ela foi pintada na velhice, quando seu cabelo estava mais claro do que nunca e rugas marcavam seu sorriso no canto dos olhos. Elfos e meio-elfos possuem uma percepção diferente do tempo. Marcille quase sucumbiu por conta disso. Levar o bolo predileto de Falin era um jeito de se lembrar de sua doçura, além de servir de breve consolo.
— Esse ano eu consegui me teletransportar de vez, querida. Eu queria me teletransportar para o seu lado agora.
Marcille cortou o bolo, deixando um pedaço com prato e garfo próximo à lápide. Ela pegou outro para comer.
— Foi Senshi quem me ensinou a melhor forma de preparar a cobertura, lembra? Espero que Senshi tenha te encontrado aí.
Marcille ignorava as lágrimas silenciosas em seu rosto enquando comia. O bolo fresco estava macio e os morangos soltavam suco entre seus dentes.
O outro pedaço permaneceu parado no prato. Marcille o comeu. Na pintura, quase não se via o brilho âmbar dos olhos de Falin, ocultos pelas pálpebras rugosas que se fachada quando ela sorria.
Marcille fez flores crescerem ao redor do túmulo. Lírios desabrocharam fora da época sob o Sol fraco da manhã, impregnado seu perfume na névoa do cemitério.
Ela sabia sobre a dor de amar alguém com vida curta. Mas ela quis.
Ela esperava ter feito a curta vida de Falin, seu eterno amor, um pouco mais feliz a cada dia que se passou.
Sim, felicidade. Marcille foi terrivelmente feliz durante todo o tempo que esteve com Falin. Ela começou a aprender por meio das pessoas além dos livros, aprendeu a perdoar a si mesma, descobriu coisas que ela sequer sonhava em descobrir. Os oitenta e sete anos vividos por Falin mudaram totalmente a vida quase milenar de Marcille. Ela esperava ter mudado a vida dela também.
— Eu espero que você esteja sorrindo aí da mesma forma que sorria quando esteve aqui, Falin.
Marcille recolheu os pratos de bolo antes de beijar a ponta da lápide. Ela se ergueu devagar, secando a umidade em suas mãos. Ela foi até o túmulo elevado de Laios e Joane, fazendo crescer algumas tulipas.
— Espero que nenhum monstro esteja atormentando os meus entes mortos. Mas, se houver monstros aí, espero que vocês estejam desenhando todos.
Joane era uma artista maravilhosa, e ensinou Laios a pintar telas e usar as tintas vibrantes de seu estoque. Mithrun e Falin também receberam aulas de pintura que não podiam negar. Ela finalmente deu as costas para as lápides floridas já totalmente cobertas pelo Sol.
O portão fechou-se com magia quando ela saiu. Algumas crianças estavam subindo nas árvores e cantando marchas sobre os galhos, simulando um navio.
— Vão querer bolo, crianças? Marcille gritou para que elas ouvissem. Um menino desceu da árvore e ajudou uma garotinha a descer. Era a irmãzinha dele.
Marcille sentiu as lágrimas queimarem seus olhos outra vez, mas esperou todas as crianças se reunirem para que pudessem provar o bolo.
Não importa quanto tempo passe, Marcille terá Falin ao seu lado. Ela voltou para o castelo sentindo que alguém a acompanhava.
.......❦
Espero que tenham gostado, pois farei mais um elfo sofrer <3
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escritordecontos · 4 months ago
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Silvio Santo vem aí!
NÃO fiz nenhum story sobre o sobre o Silvio Santos em minhas redes sociais. Quem tem uma foto com o apresentador fez questão de postar. Eu não tenho, logo, não fiz nenhuma postagem. Se tivesse, provavelmente teria postado. Dizem que Silvio Santos era aquele tipo de pessoa que deixava as pessoas "coisadas" na presença dele. Madonna disse que se sentiu coisada na presença da rainha Elizabeth II, que com certeza deixava todo mundo coisado, presidentes, primeiros ministros, biscates e até pop star. Madonna também deixa as pessoas coisadas. Eu fique coisado só de ver o papa Bento XVI passar perto de mim, ele dentro do papamóvel e eu na multidão. Não é preciso ser uma celebridade mundial ou nacional, no caso de Silvio Santos, para deixar as pessoas coisadas, há pessoas comuns que deixam as outras coisadas. Lembro de um vídeo em que Theodoro Cochrane entrevista Pablo Morais (31) e diz que o modelo/ator deixa as pessoas coisadas. Eu fico coisado só de ver o Pablo no Instagram, pessoalmente certamente teria uma ejaculação. Nunca tive a pretensão de ver o Silvio Santos e muito menos de ir no programa dele, na verdade sempre achei tudo bem brega, mas tenho memórias afetivas, sim, memórias afetivas da década de 80, década cafonérrima. Eu assistia os programas, exatamente, no plural, programas, Silvio Santos apresentava programas o domingo inteiro, lembro de um que os adolescentes entravam numa cabine e faziam escolhas as cegas, tipo, trocavam uma bicicleta por um penico furado e todos riam de se mijar, principalmente o Silvio Santos. Também me recordo do Qual é a Música, dominical vespertino, logo após o almoço do domingo, cantores competiam, a Gretchen se tornou conhecida nesse programa, ficou lá por semanas rebolando e vencendo semana após semana. Quem imaginava que a Gretchen iria ficar toda esculhambada, faria pornô e viraria meme, coitada, parecia que teria uma carreira promissora. Como criança viada eu gostava de ver os gays e a abordagem liberal que Silvio Santos fazia dando espaço para os gays, naqueles idos dos 80's e na década seguinte gays eram bem caricatos, não existia ainda o politicamente correto, então era bem engraçado e safado, gays eram pintosos e afrontosos, como devia ser. Clodovil foi um ícone daquele tempo. Leão Lobo foi jurado no programa Silvio Santos, o Show de Calouros, era um gay estereotipado, o tipo da época. Hoje vi um depoimento dele no Jornal Hoje, madeixas alvas e barba também. Minha memória afetiva tem a ver com o tempo, naquele tempo eu vivia na casa dos meus pais, meu pai ainda era vivo, a TV aos domingos à noite ficava ligada no Show de Calouros. Na casa dos meus avós também se assistia Silvio Santos. O Fantástico também era um corrente do Silvio Santos, assim como Os Trapalhões. Em 1993 eu deixei a casa do meus pais aos 22 anos e fui morar sozinho, deixei de assistir televisão. Nessa época eu saia, ouvia música, transava acho que todo dia, até mais de uma vez por dia. Não tinha internet, não tinha celular, tinha vida real e muito sexo. Nos anos 2000 assistia diariamente o Jô (Onze e meia?!). Não lembro de assistir o programa da Hebe, mas de certa forma a apresentadora era uma presença constante em nossas vidas. Agora chego ao ponto que quero chegar, ver Hebe Camargo morrer, Jô Soares e agora Silvio Santos morrer é também -- morrer um pouco, ir junto ou uma parte da gente morrer. Esta semana morreu Delfim Neto, também me traz memórias. Quando essas pessoas morrem se percebe várias coisas, uma é que não tiveram sucessores, não surgiram pessoas notáveis para ocupar seus lugares. Dois, a vida é rápida. Três, antes eles do que eu, hahaha... Ouvi isso uma vez, é a melhor coisa a se dizer quando se sabe da morte de alguém!
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carriessotos · 1 year ago
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❛ i didn’t leave because i stopped loving you. i left because the longer i stayed, the less i loved myself. ❜ (acacia&henry)
desde um dia comum na escola, um de seus primeiros como o aluno novo em uma cidade totalmente diferente, o seu coração não compreendia mais nenhum nome além do dela. e, desde a primeira vez em que sentira o toque delicado em sua pele, nunca desejara o de mais ninguém; sequer enxergava a mesma graça na risada de outras pessoas, quando a dela o iluminava por completo por saber que indicava que ela estava feliz. ninguém marcara a sua vida tal como acacia bernard, e não acreditava que em algum momento outra pessoa seria capaz de fazê-lo; muito menos com a facilidade com que ela o havia arrebatado. mesmo quando afirmara a si mesmo que deveria seguir em frente com a partida dela da cidade, que acabaria feliz de outro jeito, não tinha sucesso em nenhuma de suas colocações; o espaço em seu coração não havia ido embora com ela, mas estava guardado a sete chaves com o seu nome. portanto, escutar uma declaração que não levou a lugar algum fora como levar um golpe profundo e, por fim, a ideia de ter de realmente deixar tudo o que haviam vivido para trás doera na mesma medida. estava com medo de tomar a iniciativa e ser rejeitado novamente, quando ela significava tanto.
porém, todos os acontecimentos da noite que agora vivenciavam eram tão o oposto do que acreditava anteriormente, que sequer conseguia processar o que estava realmente tomando forma entre eles após muito ser dito e esclarecido sobre os eventos anteriores: o ressurgimento da relação de ambos. ter naquele momento a certeza de que todas as declarações dela não eram uma ilusão sua e que, sim, ambos continuavam a se amar da mesma forma, era o suficiente para mexer consigo de uma maneira que não se recordava de ter ocorrido em outro momento de sua vida. todavia, ainda havia muito a ser resolvido entre ambos. não conseguiriam apagar tudo o que fora dito e feito naqueles anos afastados e no tempo decorrido desde o retorno de acacia para bend, por mais que houvesse agora a confiança de que seus sentimentos ainda eram os mesmos de antes. enquanto permaneciam juntos na cama, passava os dedos por suas costas, em um carinho que parecia tão natural entre eles que beirava o automático. e, mesmo ao escutar aquelas palavras vindas dela, não parou, apesar de engolir em seco e assentir com um gesto de cabeça, sem conseguir encontrar as palavras exatas para respondê-la em um primeiro momento.
“naquela época, eu tinha medo de tentar mais e descobrir que você não queria mais nada comigo de verdade. é meio absurdo pensar nisso agora, mas acho que eu não conseguia ser lógico.” disse, ajeitando o braço que contornava os ombros dela e a puxando para mais perto. parecia que ela nunca estava perto o suficiente, depois de dois anos afastados. “sinceramente… não sei se teria algum jeito de nós ficarmos juntos naquela época sem um de nós arriscar ficar infeliz.” ou os dois, completou em sua mente. se acacia ficasse, poderia ter se arrependido de não ter aceitado a oferta de emprego que mudaria a sua carreira. se henry tivesse dito que iria com ela para nova york, não teria ficado confortável em deixar toda a sua vida e a família do outro lado do país. e não havia como saber o que haveria se desenrolado, caso houvessem ido adiante em alguma ideia de namorarem à distância. “você…” começou, parando ao perceber que estava inseguro em prosseguir aquele questionamento. não sabia se era o momento de compartilhar aquela insegurança, mas não queria acabar guardando aquele medo e tornando tudo uma bola de neve. “cass, você tem certeza de que vai querer continuar aqui?” de que quer ficar comigo?, a mente de henry insistiu em cutucá-lo. “se você tivesse todas as opções do mundo agora… ainda iria querer estar em bend? não, sei lá, vivendo em outra cidade e conhecendo outras pessoas?” cada palavra ocasionava um aperto diferente em seu peito, e se sentia péssimo ao realizar aqueles questionamentos. não achava que ela diria que estava incerta sobre eles de novo, mas não conseguia evitar certo medo. “porque, se for isso… se não tiver certeza, eu preciso saber. não sei se aguento passar por tudo isso de novo com você.” murmurou, encostando os lábios na testa dela por um instante. “você acha que vai ser realmente feliz se ficar aqui? se essa for a sua escolha?” se eu for a sua escolha?
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nascitadiveneres-archive · 7 months ago
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ㅤㅤ⸻ TRECHO #OO2 / uma das páginas do diário de guinevere, 2014.
ㅤㅤHoje está chuvoso, o que poderia contribuir para a melancolia geral dos fatos, porém eu não sou poeta e nem gosto muito do floreio da poesia. O que a chuva tem a ver com a minha vida? Talvez algum dia eu consiga olhar a vida com um olhar mais bucólico, mas não hoje e nem quero deixar isso maior do que deveria.
ㅤㅤHoje eu fui encontrar meu pai. Porque? Não faço ideia. A verdade é que desde que fiquei sabendo sobre esse tal Projeto Chronos, estar envolvida sem saber ou consentir a isso e todo o caos causado me fizeram ficar confusa. E eu odeio ficar confusa! Por um momento achei que meu pai podia ajudar a pensar direito nisso já que eu sempre fico alerta perto dele, mais ágil e lógica, mas não sei.
ㅤㅤFoi a dinâmica de sempre. Aproveitei que ele veio palestrar na The Los Angeles Astronomical Society e fui atrás dele; ainda bem porque fiquei sabendo que ele vai ter uma conferência na Noruega em duas semanas e, provavelmente, vai ficar por lá por um bom tempo. Demorou um pouco pra ele me reconhecer, me confundiu com uma assistente e depois falou o mesmo comentário de sempre. "Você é igual a sua mãe" e todo mundo sabe o que isso significa. Demorou mais ainda me fazer entender porque eu simplesmente não podia falar diretamente e ele estava muito preocupado que eu mexesse nos papéis dele. Ás vezes eu me pergunto se ele se dá conta que eu já tenho vinte e dois anos e não sou a menina que ficava como a sombra dele... Eu já sei essa resposta.
ㅤㅤAcabei criando uma situação totalmente aleatória, disse que era um projeto do clube de astronomia e precisávamos de uma entrevista com alguém que entendesse sobre buracos de minhoca e quem poderia ser melhor do que ele? Afagar o ego dele com ciência sempre funcionou. Precisei escutá-lo falar sobre buracos de minhoca, fazer perguntas genéricas que o fizeram revirar os olhos e vê-lo devanear sozinho dentro do assunto; o que, por si só, era algo interessante de ser ver e o motivo de tantos pagarem para vê-lo palestrar. Ou se matarem de estudar para fazer parte das suas equipes de pesquisa. Finalmente, consegui perguntar para ele sobre o que ele faria se tivesse descoberto algo sobre o assunto que mudaria o rumo da humanidade, porém ele não poderia ter certeza se isso teria um resultado positivo ou negativo.
ㅤㅤ"Você é igual a sua mãe", ele falou pela segunda vez naquele dia, "sempre procurando ética e moral dentro da ciência, por isso nunca seria uma boa astrofísica. Não importa o que vai acontecer se é algo intrínseco da natureza do universo. Do que adianta debater se é algo ético, se levará a destruição da humanidade ou algo do tipo? Se é possível de ser descoberto e usado, se existe e só basta que olhemos da forma correta, do que adianta? Uma hora ou outra vão descobrir, que seja por mim." Ele tinha razão, eu percebi isso, porém ele falaria isso se soubesse das coisas que eu sei? Ele perdeu o pouco da paciência depois disso e voltou a fazer seus cálculos. Eu tentei tirar mais alguma coisa, mas eu sei a hora de desistir de uma batalha e vim embora.
ㅤㅤAgora eu estou aqui pensando nisso sem ter muita certeza do porque de ter ido lá, sabendo de tudo que eu sei. Sobre a viagem e, principalmente, sobre meu pai. Do que adiantou saber a opinião dele? Continuo aqui pensando no que fazer e com a ideia ainda mais forte de que não importa muito se eu vou ou se eu fico porque, no fim das contas, quem vai se importar? Talvez seja sobre isso, talvez o pessoal do Chronos esteja certo. Se eu tivesse descoberto a viagem, não iria me aproveitar disso? Até onde vai a minha moral diante de um trunfo tão único? Obviamente, eu seria muito mais assertiva com os cálculos e os testes, mas ainda assim... Será que não vale a pena eu ir para o futuro, caso eu não morra antes disso?
ㅤㅤPelo menos farei isso por mim, mesmo que... Por mais quanto tempo eu vou sentir falta de algo que eu nunca conheci?
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pbmgzn · 2 years ago
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Conta um pouco Sobre você e suas Referências?
Fotografo há mais ou menos uns 9 anos, mas comecei a levar a sério faz uns 5 anos. Uma das minhas maiores inspirações como artista é a Sally Mann, fotógrafa do sul dos EUA. O memoir dela foi um dos fatores mais importantes para minha formação como fotógrafo. Mas para ser sincero, a minha maior inspiração é o fato que "tirar fotos" te força a ter experiências novas, a viver. O maior trabalho do fotógrafo, na minha opinião, é ter uma vida interessante e ver o máximo possível. É incalculável a quantidade de experiências que só vivi porque fui atrás da "foto". Este projeto, por exemplo, se eu tirasse o fator “fotografar”, teria somente ido a alguns shows “vira e mexe” ter ficado por isso mesmo, mas como eu "preciso" ir para fotografar, isto me força a viver, explorar, ser curioso e não ficar preso a uma rotina. No final, é por isso que eu fotografo e sempre será minha maior inspiração. No quesito "outros fotógrafos" que admiro, gosto muito do trabalho do Joel-Peter Witkin, Koudelka, Robert Frank, Dorothea Lange, Nick Knight, etc e os clássicos, mas nada muito fora da caixa (hahah).
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Como Surgiu o Projeto?
O projeto começou de uma forma muito orgânica. No início só ia aos shows mais para socializar e conhecer uma galera diferente. Sempre com a minha câmera porque, bom, sempre a levo para qualquer lugar que vou. Comecei só fotografando as bandas, e mandando os arquivos para eles depois. O projeto só começou a tomar forma no verão do ano passado quando fui a um show DIY punk, embaixo de uma ponte. Foi neste momento, que saí da cena de shows pequenos, em bares para a cena DIY (que na minha opinião é muito mais interessante).
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Como foi o processo para o projeto, Alguma Inspiração?
Em termos de inspiração, para ser sincero não houve muita, só deixei acontecer. Fui no máximo de shows que consegui e olhei todas as fotos um milhão de vezes até achar o fio do projeto. Claro, Dennis Morris e Charles Peterson são fotógrafos que sempre admirei, mas admito que nunca realmente usei o trabalho deles como base ou inspiração. Meus projetos passados sempre foram muito cheios de ideias e conceitos, então meu objetivo com este era fazer algo muito mais solto e ir com o flow.
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Entrevista por: Dylan Smith
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Quais a suas Dificuldades como fotógrafo?
Minha maior dificuldade: eu mesmo. A maior parte do projeto, estava passando por uma situação bem complicada e estava extremamente depressivo. Muitas vezes precisava me forçar a ir ao show, quando somente queria ficar em casa, “de boa” tentando lutar contra minha ansiedade. Em termos de outras dificuldades, realmente não passei quase nenhuma. A galera da cena me acolheu de braços abertos e a grande maioria que parece ser "durão", com seu jeito de se vestir, etc, mas são todos uns amores.
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Fale um pouco sobre a Cena do rolê.
A cena que eu foco é a DIY, então é tudo guerrilha, os lugares de shows são casas residenciais, de baixo de pontes, em lugares abandonados etc. A maioria são casas que moram uma galera e eles fazem uma "marca", então há várias casas de shows não oficiais que fazem eventos uma vez por mês. Animal House, The nook, Evil House são algumas que fazem esse tipo de evento. A organização inteira é feita pela galera mesmo, tudo em torno de 18 até 25 pessoas, na média. Pode até parecer que é feito nas “coxas”, mas a produção de som, luz, segurança é levado bem a sério.
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Como também levam bem a sério a redução de danos com drogas, sempre tem NARCAN (usado em caso de overdose), testes para testar a substância. Mas dito isso, a galera é bem tranquila neste quesito e é bem raro de encontrar drogas pesadas (mas também não vou atrás), de resto é maconha, ácido, cogumelos, as chamadas party drugs. Em termos de música, a cena que frequento é mais art punk, um som bem experimental e descompromissado, alto e sempre rápido. Mas acho difícil colocar um gênero de som que está rolando por aqui, vai desde o punk raiz, power chord, 2 minutos de música até um som com gravações de filmes antigos com distorção e palavra falada.
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Luciano Ratto took us to an experience through his portraits on Seattle DIY and the underground music scene This turned into a project called "taste the floor"
All Photos Courtesy by Luciano Ratto
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beautifulstrcnger · 1 year ago
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“please… please don’t go.” (Hawon & Dani)
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status: aceitando || love bomb ♡ : dani&hawon || with: @lunaverrse
Com aquele final de gravidez chegando cada vez mais perto, Dani sentia que tudo ao seu redor parecia mais devagar enquanto ela se sentia acelerada. Acelerada porque queria que aquilo acabasse logo. Os pés inchados, a falta de conseguir andar direito sem se cansar, o filho que parecia um jogador de futebol que não parecia parar de chutar em momento algum e sem contar com Hawon que parecia fazer seu máximo ao mesmo tempo em que parecia o mínimo.
Ele até tentava fazer tudo funcionar, mas a coreana ainda não conseguia enxergar muita verdade no que ele fazia ou até mesmo em seu esforço. Já tinha sido tantas promessas vazias, tantas coisas apenas de boca que sequer conseguia olhar para cara de Hawon e aceitar as coisas como uma realidade para eles. Algo em seu âmago ainda gritava que mais uma vez seria ela sozinha, mas ao menos agora teria uma companhia que não lhe deixaria dormir e que provavelmente lhe daria dor de cabeça para o resto da vida, mas ainda sim lá estaria ela ao seu lado. Diferente do pai que ela duvidava muito que fosse.
Dani tinha ido a uma consulta com sua mãe porque Hawon havia lhe dito que não tinha como lhe acompanhar porque tinha coisas a resolver com seus pais e antes de chegar em casa, ela até tinha passado em uma loja de conveniência para comprar algumas coisinhas para lancharem enquanto assistissem algo aleatório em casa. Apesar de duvidar de muita coisa de Hawon, ela não podia negar que gostava da sua companhia, eram amigos afinal de contas. Amigos coloridos que estavam prestes a ter um filho juntos.
Que situação.
Tinha acabado de sair do elevador quando ouviu vozes altas em meio à uma discussão, deveria ser os vizinhos que viviam em pé de guerra, então não fazia muita diferença. Ela só não esperava que ao abrir a porta de casa seria justamente para ver Hawon gritando em plenos pulmões para os pais que não queria nem estar morando ali e que não aguentava mais eles o forçando àquilo.
O mundo pareceu ter desabado por um momento. Uma coisa era Hawon não se dar ao luxo de muita coisa ou de tentar fazer as coisas acontecerem, outra totalmente diferente era ele jogar aquele tipo de coisa na cara de seus pais e aquilo parecer ser culpa dela de alguma forma. A chave escapuliu de sua mão, chamando a atenção de todo mundo e ela viu um leve relance de arrependimento no rosto masculino quando a viu.
"Desculpe atrapalhar." Dani nem se deu ao luxo de tentar abaixar para pegar as chaves porque sabia que não conseguiria e fechou a porta, já indo até o elevador, mas podia ouvir os passos de Hawon atrás de si, assim como não demorou a sentir o braço ser seguro.
"O que você quer?" A voz saiu mais dolorida do que achou que ia sair. "Eu nunca pedi por isso também, mas pelo menos eu estava sendo sincera todo o tempo. Achei que as coisas iam dar certo de alguma forma, Hawon, mas é sério? Sério que é tão ruim tá comigo? Sério que é tão ruim assim ter uma responsabilidade real na sua vida?"
Quando ele abriu a boca para lhe responder, a porta do elevador se abriu e Dani se soltou do aperto. "Eu vou pra casa da minha mãe, você pode ficar aí sozinho." Um suspiro pesado lhe escapou quando entrou no elevador. Ela sentiu um arrepio lhe percorrer todo o corpo quando ele implorou para que não fosse, mas não conseguia acreditar, não mais. Não quando aquela fúria ainda era tão recente reverberando em sua mente. Se virou para ele antes da porta se fechar. "Adeus, Hawon."
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nariix · 9 days ago
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Querido irmão,
Confesso que esse ano eu não sei bem o que te contar… aconteceram muitas coisas boas e ruins e acho que no fim das contas eu meio que só me tornei adulta e me dei conta agora. É esquisito, mas te entendo melhor agora. 
Você sempre foi muito pacífico e eu sempre fui explosiva e eu não entendia o que te fazia ser tão tranquilo em meio a todas as tempestades, talvez eu ainda não saiba mas entendo que você só estava sendo adulto e cuidando de tudo, como os adultos fazem. Você sempre cuidava de tudo, mas quem cuidava de você?
Uma das melhores lembranças que tenho de nós dois foi no ano que você se foi (ainda não consigo dizer que você morreu, acredita? Mas estou cuidando disso na terapia) eu tinha escolhido esquecer esse dia, assim como todos os outros dias bons que tivemos juntos, porque acreditava que nada tinha sido tão importante pra você da mesma forma que foi pra mim. Acho que estava errada. Me desculpe.
Mas, nesse dia em específico, nós estávamos no parque da cidade, era um dia bonito e fresco e eu estava deitada no seu colo, você mexia nos meus cabelos e ficava com os olhos fechados o tempo todo. E então resolvemos conversar sobre o que queríamos fazer juntos no futuro e fizemos uma lista… confesso que não me lembro da maioria das coisas, mas me lembro de uma boba mas que aquece meu coração sempre que lembro. Você disse que queria dançar comigo, como meu príncipe, no meu casamento a nossa música favorita “Can I Have this dance?” do HSM e eu dei risada porque parecia algo tão bobo de se desejar para o futuro… e agora eu vejo que era a coisa mais bonita que você poderia me desejar. 
Eu sempre guardarei essa dança para você, e se um dia voltarmos para esse mundo em outros corpos, com outras vidas, como outras pessoas eu sei que seu caminho irá cruzar com o meu e eu espero que por algum motivo você me convide para dançar com você… eu vou guardar essa dança pra você por toda a minha existência. 
Eu sinto que nossa existência foi interligada, que nossas almas são uma só, que agora que seu corpo não respira mais é meu dever manter você vivo, protegido e amado dentro do meu peito. Como se minhas batidas também fossem suas. 
Sua existência foi como ter um pedaço do céu na terra mas nós dois sabemos que ainda não era para ser o nosso momento de vivermos juntos o amor que temos a vida toda. Ainda assim, sei que sempre serei a sua garotinha, que você abraça e protege como se eu fosse o único motivo de você ter um coração. 
Eu te perdoei, Afonso. Mesmo não tendo o porquê, mesmo que a dor seja minha, eu te perdoei, pois eu sei que você só não tinha forças para ficar… eu também não teria se estivesse vivendo em guerra por tanto tempo. 
Mas saiba que eu estou aqui, eu estou viva, estou vivendo, estou sendo forte, me cuidando, estou aprendendo a ser melhor, a ser a melhor versão de mim, aprendendo a estar viva e a gostar de viver. Todos os dias, eu aprendo que preciso amar o tanto que você me amou. 
E, sabe, irmão, um dia, se eu for mamãe, vou falar sobre você e te fazer tão vivo no peito dos que eu amo que sua existência não acabará comigo… você sempre estará presente, você ainda está, você é um presente mesmo que tenha se perdido no passado. 
Você sempre foi tudo o que eu precisava e ter ido embora não muda nada. 
Me desculpa por ter deixado meu coração cheio de mágoa por tanto tempo, faz sete anos que você se foi e só agora eu entendi que não tinha nada que eu pudesse fazer para você ficar. E eu aprendi que o amor é sempre mais forte que a dor, lembrar de você, amar você, perdoar você, me perdoar, viver e te reviver em mim é tudo que me restou e eu aceito isso melhor do que nunca agora. E deixo a saudade me consumir junto a felicidade de ter tido a sorte de encontrar você nessa existência.
Obrigada por ter sido meu melhor amigo e meu irmão. Até a nossa próxima existência juntos. Te amo, te amo, te amo. Para sempre. 
Com todo o amor, sua irmãzinha. 
Dec 17, 2024
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notasnotsnotas · 3 months ago
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de 09/09/24, nas notas do celular
(voltando depois de eras como de nada tivesse acontecido)
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hoje iniciei um curso sobre uma autora que não conheço. ela se chama glória anzaldúa e é chicana. chicanos são pessoas que nasceram em alguma parte do méxico que acabou sendo engolida por alguma parte dos eua (pelo que eu entendi) e aí os moradores viraram imigrantes meio que do dia pra noite e tal.
foi legal a primeira aula, eu gostei. quase paguei um mico dizendo que tinha usado o trabalho da moça na ic, mas ela é outra pessoa com o mesmo nome só. ainda bem que não falei nada, imagina só ela dizendo ué mas eu nunca escrevi sobre isso..... acho que eu engoliria uma daquelas cadeiras de vergonha!
mas o que eu quero dizer é: tive um mental breakdown de manhã antes de ir. chorei e tudo, uma loucura. acho que (com certeza) era nervosismo porque o curso é no campus I e eu não sei nada do campus I e eu iria e voltaria sozinha já de noite e eu tinha acabado de ler garotas mortas da selva almada e tava traumatizada pensando meu deus eu vou pegar um taxista e ele vai me matar tava escrito no livro que a gente (mulher) só não morre quando sai de casa por sorte e aí se não for meu dia de sorte choro choro choro desespero
daí fui, né. peguei o ônibus e tinha um carinha simpático lá no ponto que me ajudou com formas de chegar porque ele também estuda na ufpb (só que no campus I!). daí na rodoviária peguei um uber com um cara simpático que me perguntou a situação política da cidade ao lado (sendo que não sei direito nem da minha) e me deixou na porta do cchla e foi até fácil encontrar a sala (apesar de ter passado reto por ela e encontrar uma moça e perguntar oi você sabe onde fica a sala de reuniões e ela dizer fica aqui ó e apontar pra uma porta na minha cara). e de repente no meio da aula (que começou atrasadona) chegou uma colega daqui e eu por dentro fiquei uuuuuuuu alguém conhecidooo não vou voltar sozinhaaa \⁠(⁠>⁠o⁠<⁠)⁠ノ(porque até então era só eu eu minhas paranóias e as 6 mil mensagens que eu mandava pra minha mãe a cada passo).
no intervalo lanchamos e passeamos pelo lugar pra ver como é lá e é bem bonito e grande e em todo canto que você olha tem 35 gatos diferentes e plantas e venta forte e frio pras 15h da tarde. combinamos de voltar juntas aí na hora o uber tava 35 reais deus nos livre. ai vamo de ônibus? será que a gente acerta? acerta não tá danado que ninguém ajude a gente só tem que pegar um que pare na integração 🚍 (aí com o motorista do primeiro que parou) moço, esse passa na integração? você pega o 300, 301 ou 302 e ele vai diretinho pra lá beleza obrigada
pegamos o 3200(!) com cadeira vaga e um pouco de medo de perder o de volta pra cá porque só teria outro de novo às 19h. mas conseguimos chegar na hora e comprar a passagem em cima da hora só pra o ônibus atrasar meia hora e eu quase fazer xixi na roupa porque tava com medo de ir ao banheiro e ele chegar!
a volta foi tranquila, o ônibus veio todo apagado e tava friozinho e eu tava ouvindo conselho do almir guineto e outros sambinhas. foi muito bom, até achei que ia chorar, mas nem.
engraçado: quando desci do ônibus meu pai tinha ido me buscar na parada só que eu fui andando pra encontrar ele no caminho mas a gente acabou desencontrando e eu tive que voltar pra parada pra gente voltar pra casa como pode isso loucura de loucos.
foi uma tarde legal, apesar do chororô de mais cedo. chegar em casa foi a melhor parte. tirar a roupa apertada, colocar meu vestidinho, contar como foi, jantar, banhar, dormir dormir dormir acordar alguma hora da madrugada ir ao banheiro colocar ração pros gatos abrir as notas do celular pra escrever...
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appenas-eu · 4 months ago
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"Você Não Me Prioriza" (17.08.24)
Eu acho que entendo você, até certo ponto. Mas também sei que você está limitado pela própria perspectiva. Você não tem acesso ao meu coração assim como eu não tenho do seu.
Você me diz que minhas atitudes só confirmam tudo que você tem pensando a semana toda, mas você nunca compreenderá que as suas também confirmam as minhas.
Eu cresci em um lugar que eu via meu pai manipular todas as situações e despir minha mãe de todo e qualquer apoio que ela pudesse ter fora daquela casa. Ele a arrancou do seio familiar e foi morar a milhares de quilômetros de distância e todos os amigos e amigas que ela fazia ele ia desgostando mais e mais com o tempo. Até o momento que ela não tinha outra escolha se não escolher ele e a família. Só pra se ver maltratada e diminuída diante diante das decisões que tomava.
E você nunca seria me pai, mas eu vejo você desgostando de todas as pessoas com as quais eu faço amizade fora do nosso relacionamento e só existem duas opções na sua cabeça: quando você não consegue converter essas pessoas para o seu lado pela amizade você simplesmente arruma um motivo pra não gostar delas. Qualquer coisa, um sonho, um storie.
E talvez, em algum lugar você tenha razão na sua postura. Não tô dizendo que eu compreendo, só que talvez você possa ter argumentos válidos para cada uma das situações... mas me faz lembrar o meu pai. Quando também me faz lembrar que eu talvez esteja agindo como minha mãe.
E não haveria algo mais trágico que isso.
Eu não quero ter um relacionamento como o do meus pais. Eu fugi deles há muito, muito tempo e tudo que me faz lembrar eles me dá asco. O meu maior medo é viver como eles.
E então você me diz que eu não me importo com você. Mas eu passei a semana inteira com meus pensamentos em voce. Hoje eu arrumei a casa inteira pra te receber, arrumei o quarto perfeitamente pq você aleatoriamente soltou que ama quando chega aqui e encontra tudo arrumado e confortável. Eu fiz isso por você e só pra você. Eu cozinho pra você, eu disponho do meu tempo pra você. Até aqueles momentos que eu só queria ficar sozinho e em silêncio eu permaneço por nós, escutando e escutando e me esforçando pra nunca demonstrar incomodo. Eu faço por você e por nós... Você nunca veria. Pq das coisas que eu faço por amor você enxerga como direito de herança.
Apesar de tudo que você já me disse, eu acho que você nunca me compreendeu de fato e nunca se esforçou pra ver. E sabe, isso até não seria um problema - por mais maluco que essas palavras sejam -, pq eu sei das minhas limitações também, de que eu não tenho toda a sua visao e perspectiva dentro de mim. Por isso, por muitas vezes posso ter sido injusto ou de qualquer forma limitado na minha postura, mas você nunca teria esse pensamento. Você só enxerga sua dor e sua necessidades e até quando briga comigo é para o meu "bem" de certo modo. Eu não gosto disso.
Eu não quis te deixar só, eu te chamei mais de uma vez pra ir comigo, mas você não me escuta quando eu digo que estar com você só nesse quarto me incomoda. Eu desejava tanto de nós. Que fôssemos mais e que alcassemos outros céus.
Eu só consigo ver o céu desse quarto com uma grade entre eu e ele.
Eu não consigo fazer você me compreender que por mais besta que seja, eu gostaria de ir beber coisinhas diferentes com pessoas diferentes em outro quarto dentro da minha casa. Você ter aceitado poderia ter mudado tudo das coisas que eu venho pensando essa semana, mas você só pensa nas coisas que você pensou. "você não me prioriza" mas eu queria ter ido com você. " Você não me prioriza" mas você só prioriza as coisas que você sente.
Uma postura diferente teria mudado tudo. Mas você decidiu que odeia tudo e todos e quer que eu seja assim também, como meu pai espera da minha mãe.
Eu não sou assim, e se não sou assim até agora, sinto muito, mas eu nunca vou ser.
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cadernosvoadores · 5 months ago
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Quando minha cunhada abandonou meu irmão eu estava no teatro. havia ido secretamente ver a estreia da peça de uma nova professora, que recém tinha começado a trabalhar conosco do Dom Infante II. Ela era jovem, bonita, responsável e aparentemente talentosa. Não consegui acreditar com meus próprios olhos, então, lá fui eu. Estava com muita vergonha então sentei no fundo. Não queria ser vista porque meus motivos não era os menos benéficos e mais beligerantes possíveis e tinha a ciência moral total dos meus atos. Então, na verdade, escondia-me na fileira z-06 para esconder-me de mim. Ia ao teatro para fugir da minha vida. E ficava lá depois das luzes para esquecer do que eu sentia. Era como se meus 14 anos senta-se ao meu lado, pegasse na minha mão e sentisse nojo, dizendo: a sudorose aumenta com a idade? que nojo. Que nojo, eu disse. Meio sozinha, meio espiã. Até o momento em que vi a mensagem eu meu celular de Afonso e então fui embora. Eu não precisava ver a peça da talentosa diretora para saber que era talentosa. Infelizmente.
Encontrei-o em sua casa. A porta estava aberta. Eu o perguntei, tem certeza? Ele apenas falou: olhe em volta. Os móveis haviam sumido. São só objetos, devolvi. Meu irmão chorava de forma silenciosa, só percebida pelos soluções em colisão dentro da garganta. Sua voz, chorosa, era bonita. É por isso que há aqueles que cantam chorando, entendi. É como os chuveiros. Ela apenas levou tudo que haviam comprados juntos e deixou o apartamento. Que vendo assim, nu, simples, estrutural era feio. Seu apartamento é feio, eu disse, sem papas na língua. Sempre foi, ele respondeu. Questionei então o que aconteceu. Afonso me contou que guardava este segredo só para si havia meses. Tinha descoberto que sua mulher tinha uma amante.
Na verdade, começou muito antes disso. Primeiro sonhou que sua mulher teria uma amante. Depois, tiveram em um jantar com os sócios do escritório. Ele viu uma mulher muito elegante. Alta, com maquiagem sóbria, cabelos entre o laranja e o amarelo claro. Era a esposa de um de seus clientes mais importantes. Então, algo lhe disse, com uma estranha rígida e argilosa, esta será a amante de minha mulher. Lá, elas foram apresentadas. Foi uma pequena conversa protocolar. Mas meu irmão leu o rosto de sua mulher no exato momento que pronunciou seu nome para os presentes, naquela altura, testemunhas. Ele leu como seu olho desceu mais à esquerda e sua respiração parecia pressionada contra o chão. E os dedos viraram apenas periféricos das mãos, sem uso aparente. E a voz afrouxou como um colete salva vidas recém desinflado. Então ele viu ela se apaixonar desde o primeiro momento. Que durou semanas, pois começaram a sair juntas para praticar rapel (agora sua mulher gostava de rapel). Neste ponto acho que nem ela mesmo sabia, ele me disse. Mas a conheço muito bem. Então a vida dos dois melhorou muito. Havia mais sexo, mais presença. Por um momento, meu irmão quase amou a mulher - um amor de agredecimento, um amor de esperança. E sentiu-se também parte daquela paixão que se encaminhava lentamente para um endereço. Então, elas passaram sua primeira noite juntas e tudo mudou.
Toda vez que minha cunhada tentava tocar no assunto ele fugia, desesperado. No fundo, nunca acreditou que isto seria o bastante para terminarem um casamento, uma promessa de filhos, todos os sonhos que reviram juntos tantas vezes. Em um ato de desespero, segundo eu mesma, ela levou tudo. Deixou uma carta explicando tudo. Disse que havia mudado para o outro lado da cidade, portanto, pode ser que se virão no futuro. Falou que o amava muito, mas que a amizade deles tinha acabado. E que a relação não era mais possível pois havia escolhido ter uma relação com outra pessoa. Simples assim. Ela estava magoada com ele porque, quando mais preciso, ele não estava lá.
Finalmente tinha reunido a coragem para me chamar. Sentia-se envergonhado e enojado. E completamente paranoico. Não consegui parar de pensar nas duas juntas, transando sem parar, por cima de todos os móveis que haviam escolhidos um na presença do outro. Estava obssecado e eu não podia ajudá-lo em muita coisa uma vez que também guardava uma própria obssessão. Mas para ajudá-lo e despistá-lo de meus próprios pecados, falei com que vinha à mente. É apenas uma mulher. As mulheres são assim, eu disse. Não param para pensar. Não pensam.
Na semana posterior, o convenci a ir ao teatro. Eu tinha um plano perfeito: apresentar meu irmão a minha companheira de trabalho. Era um disfarce à altura. Ele tinha pedido licença do trabalho por questão de saude. Ninguem poderia saber o que de fato ocorreu, era vergonhoso demais. Ele não gostou da peça, é claro. Ele não gosta de teatro. Era sobre se Shekeaspere nascesse hoje em dia, e usasse as redes sociais para atrair seu público. A peça não era boa, o que foi um alívio, mas era bem feita e funcionava. O público ria e professores levavam seus alunos para assistir e depois escrever redações sobre. Suspeiteu se aquela altura meu irmão era um misogino incorrigivel. Se eu era a unica mulher que ele nao odiava ou que ele me odiou desde sempre e fora misogino desde sempre e precisou levar um fora de uma mulher para eu entender isso.O levei até a cabine dos atores e apresentei os dois. nada aconteceu, nem uma sobrancelha fora do normal. Os dedos eram coisas de agarrar e de obdecer. E só. Então fomos tomar uns copos.
Era um pé sujo na rua atrás do teatro. Os atores eram jovens e socialmente inteligentes. Sentamos numa grande mesa. Minha colega entre eu e ele. Então o mais absurdo ocorreu: minha colega não parou de secar meu irmão. Começou a fazer perguntas esdruxulas de tao desinteressantes sobre seu trabalho com especialista em direito autoral de pinturas antigas. Ele a tratou com desprezo. Quanto mais desprezo tinha, mais ela insistia - imersa naquele rastro de conquista ou submissão máxima mesclado por desejo de humilhação. Não sei se olhou ele e achou bonito ou apenas viu em sua insignificancia a insignificancia de tantos homens que ja teve. Meu irmão era alguem que eu amava porque era meu, meu irmão. E só. Ele chegou a dizer que arte para ele era apenas dinheiro. E que deveria ser para os artistas. Por isso que a arte neste país nao ia para frente - pelo medo do dinheiro. Falou mal de teatro. Mal a olhava nos olhos, empinando copos de cerveja sem parar. O que eu posso dizer? Não foram embora juntos. Ela queria. Ele queria que ela queresse. Queria negar. E no fundo, esta é uma história com uma moral da história. Uma história ruim, portanto. Pois foi aí que percebi o quanto eu e meu irmão éramos parecidos. Não apenas fisicamente. E no fundo odiassemos talvez todas as mulheres do mundo. O que para ele talvez estivesse tudo bem - era sua condição. Mas para mim era um auto-extermínio. Tive vergonha. vontade de desaparecer com todos meus móveis eu mesma. Colocar fogo na casa. Me abandonar na cama. Precisava que algo ou alguém fosse embora.
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c-hamdeok · 8 months ago
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informações
Nome completo: Theodore Kim
Data de nascimento: 10 de Agosto de 1999 (24 anos)
Local de nascimento: Toronto, Canadá
Esporte: Hóquei (Central)
Dormitório: Aurum (Individual)
Hall da Fama: Fama Nacional
Prompt: Muse G
Perfil: @hdc_theodore
Faceclaim: Yunho - Ateez
entrevista
Com tantos Centros de Treinamento Olímpico espalhados pelo mundo, por que o Hamdeok Complex?
Posso dizer com certeza que já tentei todos. Quer dizer, pelo menos a maioria. Desde que eu entendi por gente, hóquei sempre foi minha paixão e eu sabia que era com isso que eu ganharia a vida. Mas as coisas não saíram bem como eu planejei.
Quando eu voltei pra Coreia com a minha família, achei que a única dificuldade seria uma barreira linguística porque meu coreano nunca foi dos melhores. Minha mãe bem que tentou, mas eu não conhecia ninguém como eu lá em Toronto, então não tive interesse em aprender. Eu devia ter escutado ela naquela época…
E como você entrou? Alguém te indicou e você passou pelos testes, você se inscreveu voluntariamente para fazer os testes ou houve alguma contribuição monetária envolvida?
Daí pra frente só foi pra trás. Eu não tive indicação nenhuma, tampouco ajuda monetária pra comprar vaga. Foi tudo na cara e na coragem mesmo porque eu tinha plena certeza de que entraria fácil para o time. Não foi bem assim que aconteceu, pra falar a verdade, eu levei alguns anos até finalmente conseguir passar no teste e então mostrar que era realmente bom naquilo.
Você certamente se destaca no esporte que pratica. O que motivou a sua escolha por ele?
O hóquei sempre foi minha zona de conforto, algo que me dava alegria e que eu me divertia fazendo com os meus amigos. Eu nunca fui ligado nas competições, até que meu pai um dia me chamou para assistir, estava uma nevasca tremenda do lado de fora e eu não ia poder sair de qualquer forma. Ali acendeu em mim a chama de que eu podia fazer algo mais, não só patinar no lago atrás da minha casa.
A princípio, meus pais não gostaram muito da ideia, me disseram que não era uma vida fácil. Eu acabei deixando o hóquei de lado como profissão para voltar a ser só um hobby como era antes. Mas quando eu entrei pra faculdade, eu acabei sendo recrutado para o time de lá. E ali foi a virada de chave da minha vida e onde eu tive a certeza de que eu teria sucesso no esporte.
Pode nos contar, brevemente, sobre sua trajetória no esporte até o momento?
Eu entrei muito cedo na faculdade, então pude participar de alguns campeonatos juniores ainda no Canadá. Eu ia muito bem em todos eles, o time que eu defendia ganhou por diversas vezes até eu decidir dar um passo a mais na carreira profissional.
Então quando eu cheguei aqui, pensei que seria igual. Mas me acharam magro demais, frágil, pequeno… Foi um balde de água fria na minha cabeça, e olha que eu estava acostumado ao frio. A partir dali, eu comecei a treinar mais do que nunca, eu tive a ajuda de um treinador da Hamdeok que viu em mim talento para ser um atleta promissor, eu absorvi cada ensinamento que ele me deu, mesmo quando eu fracassava nos testes, ele não me deixava desistir porque tinha a convicção de que eu valia a pena. Quando eu recebi a admissão, eu me segurei muito pra não chorar na frente de todo mundo, então fui pro vestiário e desabei igual um bebê. Era o retorno por todo o trabalho duro que eu tive ao longo da minha carreira.
Quais são suas maiores qualidades e maiores defeitos? Como elas influenciam seu dia a dia como atleta?
Confesso que passei dos limites muitas vezes, mas eu tinha um objetivo e não ia desistir fácil. Talvez esse seja o meu maior tendão de Aquiles, ser tão teimoso. Pro bom e pro ruim, infelizmente.
Sabemos que é uma grande honra ser convocado para representar seu país nos jogos olímpicos, mas existe alguma outra razão pela qual você deseje isso?
Eu quero provar que mereço estar aqui. Eu tive uma visão muito imatura e egocêntrica de como seria a minha vida profissional, achei que ia ter tudo "de mão beijada" por ter ido muito bem no meu tempo nos juniores, então não tive bons resultados mesmo me esforçando ao máximo para isso. Não só por minha carreira e pelo meu crescimento profissional, mas eu quero provar que todo o esforço daquele treinador em me treinar não foi em vão e que a minha admissão ao time da Hamdeok também não foi um erro. Representar o meu país e o complexo que me recebeu de braços abertos é o único propósito que eu tenho em mente no momento.
atributos
Dedicação: 17
Determinação: 17
Equilíbrio: 10
Sorte: 10
campeonatos
Jogos Mundiais (2021) - Medalha de Bronze
Jogos Nacionais de Inverno (2022) - Medalha de Prata
Jogos Asiáticos (2023) - Medalha de Prata (Korean Team)
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