#corroer
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psicoativos · 1 year ago
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Vai doer. Vai doer como nunca. Vai me corroer aos poucos e talvez, me fazer desistir de ter algo com qualquer pessoa por um bom tempo. Vai me fazer chorar por dias e abrir uma ferida que sabe-se lá quando será curada.
Vai doer como se fosse me matar. Até por fim, não ser mais nada.
Psicoativos.
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exponho · 9 months ago
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Amadureci o bastante para entender que as pessoas se vão, não só por escolha, mas por necessidade. Nem sempre vamos saber o real motivo, nem sempre vamos nos conformar, mas as vezes, meu querido, é o melhor, vai ser melhor. Primeiro vai te destruir, te corroer, te levar ao inferno, para depois te deixar florescer. Não somos as únicas vítimas, não importa o que aconteça, nós também temos nossas ações e decisões as quais devemos admitir e talvez se arrepender. A vida é mais do que nossas dores e vai se tornar incrível quando você entender que ela deve ser vivida por você, por mais ninguém.
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cartasparaviolet · 4 months ago
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Não estou em sua palma, vamos com calma. Sou alma e não há pressa. Tudo tem seu tempo, sem necessidade de ir depressa. Devagar se vai mais longe, aproveite a paisagem da costa que no horizonte desponta a aurora. Vamos com calma, com alma. Leveza e sutileza brindamos nessa mesa sob a luz do luar. Há na abóbada celeste o dom de hipnotizar, como o canto da sereia que nos enreda em sua teia e nos obriga a se entregar. Não estou com pressa, mas tenho urgência. Sinto-me sufocada em sua ausência, ar rarefeito. Coração, bem feito, agora esse órgão irremediável bate a porta afoito e sinto sua pressa a me corroer. Calma, toque com alma. Não sou de porcelana, todavia sob o toque de quem se ama, me permito derreter.
@cartasparaviolet
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ritadcsc · 7 months ago
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Apenas o Senhor pode encher nosso coração com uma alegria e uma paz que esse mundo não pode corroer.
Thaís Oliveira em Devocional singular, p.43
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sweetnessbabylv · 2 years ago
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𝘾𝙤𝙢𝙤 𝙢𝙞𝙖𝙧 !! (Técnica que me fez conseguir depois de 2 anos tentando) thread para o edtumblr 🌷
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Miar era um complexo pra mim, eu simplesmente morria de inveja de quem conseguia, conheci uma amg no ed e ela me ajudou muito mas mesmo assim eu não consegui, pesquisei muito, e até no ⏰eu fui parar.
Primeiro, ajoelha no vaso, beba bastante água antes, caso queira beba água com sal morna que vai ajudar também, faça movimentos de tesourinha e círculos com os dedos (dois) eu uso o indicador e o do meio, foque na região das amígdalas.
O segredo é não parar, vocês não conseguem pq tiram o dedo antes, só tira o dedo quando sair alguma coisa, pode demorar um pouco mas vc vai pegar o jeito, fique sempre girando e fazendo movimentos, vai vir ânsia e desconforto mas quer dizer que vai dar certo.
Vai sair e vc vai continuar com o dedo lá, só tira quando sair tudo, ai vc se limpa, nos primeiros vai sair mais água, repete até sair tudo, agora na questão do BARULHO é simples.
Para não fazer barulho miando, deixe um espaço em cima pra respirar, n põem a mão tapando a boca toda não, se não vai estufar e “explodir”.
Com esse espaço vc n vai fazer barulho, talvez uma tosse mas acho que ngm ligaria tanto pra tosse né? Sempre mie com música quando vc não estiver sozinha, é primeiro tenta sozinha, quando conseguir, mia com algumas pessoas em casa e quando vc pegar o jeito pode se aventurar.
Após miar sempre sempre beba água, muita água, sim é normal sair uma gotinha de sangue pq vc forçou muito ou as unhas machucaram a garganta, a barriga ficar extremamente inchada também é normal, vai desinchar.
‼️Alerta para n apodrecer tanto os dentes, normalmente mias tem os dentes corroídos e sim o seu dentista vai saber q vc mia, só escova o dente uma hora dps de miar pra n corroer ainda mais.‼️
⁉���Pq miar destrói os dentes? A comida ja entrou em contato com suco gástrico e isso é uma ácido, quando vc vomita esse ácido vai nos dentes e quando vc escova de imediato vc vai estar abrasando em cima do ácido.⁉️
🚨Miar se torna viciante e vai ter consequências graves e permanentes no seu corpo, cuidado e pesquise sobre antes de começar pq quando vc consegue vc n quer mais parar. (Posso trazer a thread sobre as consequências)
Obrigada por ler, se quiserem podem dar ideias de thread que vcs querem ver por aqui, beijos da ana pra vcs meus amores do ed💗💗💗
Qualquer dúvida sobre t.a, miar, nf e outras coisas podem mandar aqui💗
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arcanjo-da-dor · 1 month ago
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Sou apenas um louco pelo momento.
Vivo com a certeza que o amanhã
Jamais irá chegar..
Não vivo mais de expectativas..
Pois esperar por algo, é como corroer
A minha já castigada alma.
Faço do hoje a minha história.
E como legado vou deixando essências.
Essências de um sobrevivente.
Essências de um cara que já mergulhou
No mais impuro oceano da vida..
Não durmo querendo acordar.
Não sonho com a esperança de realizar..
O que vier não é lucro, e sim alguns
Minutos ou horas a mais de vida..
Que seja o meu destino..
Vivendo por hoje e quem sabe,
Se tornando lembrança ao amanhecer.
Marcelo D'lacruz
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meu-bemquerer · 11 months ago
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“A nossa química era tão forte, que não suportei.
Você era o próprio ácido sulfúrico pronto para corroer meu coração.”
(Pedro Pinheiro)
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unfor-gettabl3 · 8 days ago
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Às vezes, parece que o ódio é uma sombra silenciosa que se aloja na alma, sem pedir permissão, e se arrasta na calada da noite, mesmo quando eu a todo custo ignorá-lo. Ele se insinua nos momentos mais inesperados, como um visitante indesejado que se instala lá no fundo, bem onde eu penso que está tudo em paz. Não é um ódio explosivo, barulhento, daqueles que se manifestam com gritos e gestos grandiosos, não na maioria das vezes. Na verdade, o ódio que carrego é sutil, quase imperceptível à primeira vista. Ele é silencioso, muito mais ameaçador por sua tranquilidade.
Aparentemente, sou um alguém que tem tudo sob controle, mas como disse, aparentemente. Aparentemente também sou uma pessoa tranquila, serena até demais, que sabe como esconder suas emoções, que prefere passar desapercebida do que chamar atenção. Quem me vê não imagina o turbilhão que se passa em meu coração. Às vezes, sinto que posso ser capaz de sufocar o mundo inteiro com esse ódio guardado, e ele me consome lentamente, sem que ninguém perceba. A verdade é que, por mais que eu lute, ele nunca vai embora, fica lá, esperando o momento certo para surgir e destruir tudo ao meu redor. Confesso, isso me assusta.
É como se, no fundo, eu soubesse que esse ódio poderia ser capaz de destruir algo dentro de mim — talvez até mesmo de destruir o que há de mais essencial em minha essência. Porque o ódio não se limita ao objeto da minha raiva, ele vai além, muito além. Ele começa a corroer as pequenas coisas que me conectam ao mundo. O ódio me distorce, me empurra para longe do que sempre acreditei que fosse minha natureza. Eu tenho medo, sim, tenho medo de perder o controle e me tornar algo que eu não sou. Tenho medo de olhar no espelho e ver não apenas o reflexo de quem sou, mas o reflexo de quem esse ódio quer que eu me torne, de ser o que eu mais temo.
O pior de tudo é que ele não só me ameaça, mas ameaça minha conexão com o Criador. Eu, que sempre procurei a paz e a serenidade em meu espírito, fico me perguntando: até onde esse ódio pode me levar? Até onde ele pode me afastar de tudo o que eu amo e respeito? Porque há algo muito profundo dentro de mim que sabe que esse ódio é uma força descomunal. Ele é capaz de desfigurar as melhores intenções, de desmoronar os princípios que eu lutei tanto para tentar construir. Ele me olha, me desafia a perder tudo, e em silêncio, me arrasta para um abismo.
E o medo se torna maior à medida que os dias passam. É como se eu estivesse carregando um peso que nunca consigo soltar. Eu me vejo tão perto de quebrar, tão perto de permitir que esse ódio controle meus passos. E, às vezes, por um breve segundo, me vejo questionando a mim mesma: será que isso já é quem eu sou? Será que essa ferida não vai mais sarar? Será que a pessoa que eu um dia fui vai ser completamente engolida por essa raiva que não é mais apenas algo externo, mas uma parte de mim que, até agora, eu relutava em aceitar?
Mas, mesmo assim, uma parte de mim ainda grita por luz. Por misericórdia. Por um resquício de esperança. O ódio me envenena, mas eu sei que há algo dentro de mim que ainda consegue lutar. Mesmo com o medo de perder a mim mesma e até a Deus, há uma centelha, uma voz pequena, quase abafada, que ainda acredita na possibilidade de cura. Ela não pede muito, só um pouco de paz. Só um pouco de libertação desse peso que se tornou tão grande e insuportável. E, no fundo, essa é a parte que mais teme — porque, se esse ódio conseguir vencer, o que vai restar de mim? O que vai restar de mim sem essa paz que eu, em algum momento, deixei escapar?
É um equilíbrio delicado, quase impossível de manter. E ainda assim, eu tento. Porque, por mais difícil que seja, ainda acredito que há um caminho de volta. Que talvez, se eu for forte o suficiente, esse ódio não me destrua. Talvez, se eu me lembrar de quem eu realmente sou, ele perca o poder que tem sobre mim. Mas a verdade é que, às vezes, não sei se serei forte o suficiente para resistir.
Eu só sei que, enquanto o ódio se arrasta dentro de mim, vou tentando não me perder, mas eu acho que, aos poucos, estou me perdendo.
— Ketelin. (via: @unfor-gettabl3)
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okeutocalma · 5 months ago
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Brahms Heelshire * Capítulo um.
Leitor masculino.
Boys love.
É uma long-fic.
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Prezados leitores,
Permitam-me apresentar-me de forma sincera, reconhecendo os aspectos mais sombrios de minha personalidade. Sou alguém que carrega consigo a inquietude da inveja e a voracidade da ambição, sempre buscando ser o melhor em todas as áreas da vida.
Desde os primórdios de minha existência, cultivei a ânsia por alcançar a excelência e ser aclamado por todos. Contudo, quando outra pessoa supera minhas conquistas, sinto minha alma corroer-se pelo pecado da inveja, que me perturba profundamente, ainda que um sorriso falso se manifeste em meus lábios.
Apesar dessas características infelizes que carrego, guardo em meu íntimo um sonho que ilumina meus dias e me faz perseverar:
Eu sou um escritor sonhador, alguém que vive imerso em um mundo de palavras, histórias e personagens que só existem em minha mente. Anseio por ser reconhecido, por ver meus escritos ganhando vida nas páginas de um livro, mas ao mesmo tempo sinto um medo avassalador da exposição, da possibilidade de não ser compreendido e apreciado.
Por isso, me escondo atrás da tela do computador, criando e recriando universos que só eu conheço, esperando pacientemente o momento em que minhas palavras serão descobertas e apreciadas pelo mundo. Cada frase, cada linha escrita é um pedaço de mim, uma parte do meu ser que deseja ser compartilhada com os outros.
Tenho medo da rejeição, do fracasso e certamente isso me trouxe a este fim de mundo que estou no momento, mas ao mesmo tempo tenho uma imensa vontade de ser lido, de ver meu trabalho reverberando na mente e no coração daqueles que o lerem. Sonho com o dia em que serei reconhecido como um grande escritor, cujas ideias e emoções transbordam das páginas dos livros e tocam a alma dos leitores.
Enquanto isso, continuo a escrever, a me expressar através das palavras que fluem de mim de forma natural e pulsante, me mantendo atrás da tela, essa que me esconde daqueles que me procuram como se eu fosse um monstro.
Recentemente meu perfil foi descoberto, meu lugar seguro foi mostrado para aqueles que tomava coragem para me assumir, os meus pais. Fui expulso de casa, jogado na rua como se fosse apenas um saco de lixo.
No momento estou indo para um lugar que futuramente terei paz, me deitarei na minha cama sem me arrepender de meus sonhos e sem ter vergonha daquilo que sou. Não desistirei dos meus livros e quando finalmente tiver oportunidade para postar, estarei lançando novos capítulos.
Agradeço pela compreensão,
[Nome].
[...]
Após publicar o aviso, eu fechei o notebook e dirigi o olhar para a janela do carro observando as formas passarem lentamente à medida que o veículo se deslocava pela estrada. Um suspiro baixo deixou os lábios e voltei a guardar novamente o meu aparelho dentro da mochila.
Querendo ou não, ainda sentia uma dor em meu peito, não era tão forte como antes, quando escutei aquelas palavras, ameaças e pragas jogadas em mim. Me feriram como álcool em minhas feridas mais profundas e após uma enchurrada de merdas em minha vida, finalmente havia um pouco de sorte. Graças a ajuda de uma amiga, consegui chegar nesse finalzinho de mundo e no momento estava sendo levado em direção ao meu novo emprego.
Não seria algo muito difícil, afinal era cuidar de uma criança. Uma grande parte é atentada, mas também há as quietas, que me fazem repensar sobre minha vida e que talvez sejam um incentivo de adotar um.
Fui arrancado de meus pensamentos quando escutei batendo na janela, foquei meus olhos e pude ver o senhorzinho me olhando com um sorriso simpático nos lábios.
— Desculpe senhor. Eu não sabia como chamar sua atenção, te chamei e infelizmente não escutou. — Ele abaixou o banco do carro e eu desci do automóvel tendo minha bolsa em mãos. — Os Heelshire tiveram que sair e pediram desculpas, e pediram para esperar na sala de estar, levei sua outra bolsa para dentro.
— Parece que saiu de um livros — Comentei enquanto olhei a belíssima mansão antiga, era linda e devidamente sombria. Parecia que saiu diretamente de um conto de terror ou de vampiros. Foquei meus olhos na minha mochila desgastada e quando abri o zíper escutei as palavras.
— Não se preocupe, os Heelshire já cuidaram disso. — Ele falou e me virei para olhá-lo.
— Oh… entendo, então tudo bem. — acenei novamente dando um sorriso para o senhor — Agradeço por me acordar e por me trazer aqui.
Assim que me despedi comecei a caminhar até a enorme mansão tendo em mãos minha mochila. Estava abismado, totalmente apaixonado pelo local que iria trabalhar, mas no momento que empurrei a porta e pisei dentro do local, me senti observado.
Olhei para dentro da casa, os móveis antigos mas bem cuidados, a mansão era linda. A decoração clássica e elegante me encantou, cada detalhe parecia ter sido pensado com muito cuidado. Fiquei impressionada com a beleza e a grandiosidade daquele lugar, me sentindo-me privilegiado por ter a oportunidade de conhecer aquela bela mansão.
Pude ver minha bolsa em cima de uma poltrona e tudo que fiz foi colocar a mochila junto a bolsa, tirar meus tênis para não sujar nada na bela casa e comecei a caminhar casa adentro. Era como se tivesse sido transportada para outra época, onde o luxo e a sofisticação eram abundantes. A sensação de estar em um lugar tão imponente me deixou apaixonado, e me senti grato por ter a chance de explorar cada canto daquela casa.
Quando percebi que estava andando para mais fundo na casa, voltei para onde estavam minhas malas, pois as palavras do senhorzinho vieram em minha mente. Eu sabia que não deveria me afastar do que era familiar e seguro, e suas palavras me lembraram disso. Decidi voltar ao meu ponto de partida.
— Ooi?
Quando menos percebi já tinha saltado para um bom espaço de distância daquele ser. Era um homem jovem, estranho por assim dizer.
— Prazer, eu sou Malcolm, você deve ser “a nova babá” certo? — Ele perguntou fazendo aspas com as mãos. Acenei positivamente.
— Sim, sou [Nome].
— Eu sou o garoto da entrega, quer conversar na cozinha? Eu vou guardando as compras e enquanto esperamos os Heelshire?
Não vi motivos para negar tal proposta, então concordei e o mesmo guiou o caminho até a área até então desconhecida por mim.
[...]
Como um piscar de olhos, o tempo passou até com rapidez, conversamos enquanto lentamente guardei algumas coisas me lembrando de onde deveria colocar tal coisa. Infelizmente aquela sensação de está sendo observado não passou. Por mais que Malcolm estava comigo, eu podia sentir que não era ele.
E sem mesmo perceber a senhora tinha chegado e agora estava na sala conversando com a Heelshire.
— Você deve ser o cuidador. — A elegante velhinha falou comigo, seu tom era bastante sério e sua face estava dura. Ela me analisava, me observava de cima a baixo como se estivesse olhando algum tipo de ralé.
Não posso culpá-la, uma mulher rica e elegante frente a frente com alguém como eu. Roupas desgastadas, cabelos arrepiados, olheiras fundas e não posso negar que é bem provável que esteja pálido, já que não tenho uma refeição minimamente aceitável desde que fui expulso.
— Sim, sou [Nome].
A velhinha me levou para conhecer a casa - e ignorei totalmente o fato que estava fingindo não conhecer uma boa parte do térreo - quanto mais ela mostrava mais eu ficava encantado, a casa era realmente bela e encantadora.
— E seu filho? Onde está? — Questionei enquanto subimos a escada de madeira.
— Brahms está lá em cima, vamos apresentar você para ele. — ela disse me guiando. Assim que adentramos a sala, o velho senhor Heelshire saí da frente da poltrona e me permite ver o boneco. Tendo conhecido Malcolm alguns minutos antes do encontro, sua maneira de falar sobre o garoto dizia pelo menos que havia algo estranho nele, então já estava preparado para manter uma cara séria.
— Pelo visto você conheceu o famoso Brahms. — Malcolm fala sorridente e se aproxima.
— Ele é adorável.
— Claro que é, não é mesmo garotão? Trate eles bem, ambos vieram de longe pra conhecer você. — Ele comprimenta o boneco de cerâmica, se despede e depois saí.
Eu caminho até ele, me abaixei e o comprimento.
— Olá Brahms! É um prazer te conhecer! Espero que possamos ser bons amigos. — Pego a mão do boneco e o comprimento, depois me afasto.
Depois de conversar a sós com Brahms, eles me ensinaram o necessário e partiram, agarrando as malas e sumindo pelos portões da casa.
[...]
Brahms estava observando-o novamente através das paredes. Essa ação normalmente nunca o fazia se sentir sujo, mas... isso acontecia porque ele era diferente. Tudo nele era diferente. Ele tratava o boneco dele com muito cuidado e a comida que o homem fazia para ele era muito melhor do que a que sua mãe fazia para ele há anos.
Observar aquele belo ser sair do chuveiro e caminhar pelo quarto vestido apenas com uma toalha. Brahms ficou tenso, os olhos concentrados em cada movimento do dono dos fios [claros/escuros]. A maneira como seus pés descalços pisavam no carpete. Seu cabelo úmido caindo em mechas pelas costas. A curva de seus ombros nus e o rubor em seu rosto e peito. Ele é... lindo. O pobre Brahms nunca tinha visto alguém tão bonito antes.
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harrrystyles-writing · 3 months ago
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Yes Sir! —Capítulo 33
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Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 24 anos e Harry tem 35)
Aviso: O capítulo terá somente o ponto de vista de Harry, desta vez.
NotaAutora: Aproveitem o capítulo e não se esqueçam de comentar💗
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Harry
Algo em mim morreu hoje.
Ela não quer mais me ver.
Minha respiração estava pesada, irregular, eu queria gritar, implorar, mas não havia mais ninguém para ouvir, eu me apoiei na parede, sentindo meus joelhos vacilarem.
Eu fodi tudo.
Descendo as escadas, meus pés pareciam agir sozinhos, enquanto minha cabeça estava presa naquele apartamento, naquela sala onde Aurora me olhou como se eu fosse o pior tipo de homem.
E ela estava certa.
Cheguei ao carro sem nem perceber o trajeto, ele estava estacionado em frente à minha casa, eu deveria entrar em casa, mas ao invés disso, abri a porta do carro e me joguei lá dentro.
Eu sou a razão de tudo isso, Violeta, Aurora, as meninas, nada disso estaria assim se eu tivesse sido alguém melhor.
Por que fui me apaixonar por Aurora?
Por quê?
Com força, bati as mãos no volante, sentindo a dor irradiar pelos dedos, não foi suficiente, fiz de novo e de novo.
Não chora, Harry.
Não aqui.
Não assim.
Girei a chave na ignição e o motor rugiu, não fazia ideia de para onde estava indo, só precisava sair dali, precisava escapar de mim mesmo, do rosto de Aurora, da dor que parecia corroer tudo por dentro. Dirigi sem rumo, esqueci dos sinais, dos limites de velocidade, de tudo, a única coisa que ouvia era o eco daquela última frase dela.
"Vai embora"
Eu fui.
Quando finalmente parei, estava em um bar, por algum motivo eu sempre acabava ali. Esse era pequeno, decadente, com uma placa de neon que mal funcionava, o tipo de lugar aonde as pessoas iam para esquecer o mundo.
Era exatamente o que eu precisava.
Desliguei o carro, me arrastando até a entrada, a porta rangeu quando empurrei, um cheiro forte de álcool, cigarro me atingiu, havia poucos clientes ali, todos perdidos no próprio abismo, como eu, passei direto para o balcão, o barman era um homem com barba grisalha mal-humorado.
— O que vai querer? — Perguntou assim que me sentei na banqueta na frente dele.
— Uísque duplo.
Ele serviu a bebida em um copo que parecia sujo, mas era a última coisa que ligava agora, peguei-o com mãos trêmulas, antes de virar tudo de uma vez, a queimação desceu pela minha garganta como fogo, mas era uma dor que eu sabia suportar.
— Outro. — Pedi, antes mesmo que o copo estivesse vazio no balcão.
Depois pedi mais um.
Eu só queria sentir outra coisa.
E mais um.
Conforme o álcool fazia efeito, o mundo ao meu redor ficou mais embaçado e distante, mas não o suficiente.
Nunca seria suficiente.
Será que algum dia vou conseguir escapar de mim mesmo?
Não importava o quanto bebesse, a dor continuava ali, crescendo, se espalhando como uma maldita doença que não tem cura.
Eu me odiava.
Tudo isso era culpa minha.
Que patético...
Eu sou patético.
Não percebi quanto tempo passou até ouvir as risadas, elas vieram de uma mesa próxima, mesmo sem querer, comecei a prestar atenção no grupo de homens tão bêbados quanto eu.
— Cara, esse meu cunhado é um frouxo mesmo, minha irmã traiu ele com o melhor amigo do cara e ele não percebeu. — O sujeito inclinava-se para frente, os braços sobre a mesa.
— Ah! Mas seu cunhado deve ter dado motivo, né? Eu sempre digo: quem não cuida da mulher dá espaço para o amigo cuidar. — O outro riu alto, reclinando na cadeira, quase derrubando a cerveja.
Eu senti o sangue subir.
— Imagina tua mulher te traindo e ainda sorrindo na tua cara? — Um terceiro tinha o riso escancarado. — Tem que ser muito trouxa para não ver! Ele largou dela?
— Largou nada! Está com ela de novo, agora, tá lá, buchuda do corno manso ou do amiguinho dele, ela nem sabe de qual é! — O primeiro gargalhou, batendo com força na mesa.
A risada deles encheu o bar.
Idiotas.
— Voltar para a mulher depois? — O terceiro zombou. — Decide, cara! Ou é corno, ou é fracote.
Meus dedos apertaram o copo com tanta força que achei que o vidro fosse rachar, eu me virei na direção deles, sentindo o calor subir pelo meu corpo.
— Ei, que tal calarem a boca?
Os homens olharam para mim, surpresos, um deles grande e com músculos saltados, arqueou uma sobrancelha.
— Tá falando com a gente?
— Tô, sim, vocês não têm nada melhor para fazer do que falar merda? — retruquei.
— Acho que o cara aqui bebeu demais, que tal você cuidar da sua vida, amigo? — Ele riu, balançando a cabeça.
— Que tal você ir se foder? — Levantei do meu banco.
O homem se levantou, caminhando na minha direção.
— Cuidado com o que fala, ou isso não vai ficar bom para o seu lado.
— E você, fazer o quê, herói? — Olhei para ele, sentindo a raiva pulsar em minhas veias.
— Eu vou até aí e te arrebentar.
No fundo, eu estava implorando por isso.
Queria sentir qualquer coisa que não fosse essa dor insuportável.
— Então vem.
Foi rápido.
Ele avançou para cima de mim, dando o primeiro soco.
Era isso que eu queria.
Dor.
Eu reagi instintivamente, acertando o lado do rosto dele com toda a força que me restava, ele cambaleou, mas voltou com mais força, o próximo soco me derrubou sobre uma mesa.
Mas era exatamente o que eu queria.
Mais.
Eu precisava de mais.
— É só isso que você tem? — Ri.
O homem me puxou de volta e ele deu mais um soco, dessa vez no estômago, fui rápido em acertar mais um golpe duro em seu rosto, tão forte que acho que quebrei minha mão na maldita cara daquele idiota, ele me ergueu pela gola da camisa, me acertando mais uma vez.
— É isso que você queria, seu babaca?
— Sim. — Eu cuspi sangue em seu rosto, encarando-o nos olhos com um sorriso irônico.
— CHEGA! — O barman gritou! — Eu vou chamar a polícia!
Os sons começaram a se dissipar, todos começaram a sair dali, eu estava no chão, o sangue escorrendo da boca, meu olho direito mal abria, meu corpo estava latejando, mas a dor física era nada comparada com meu coração dilacerado.
Com as pernas trêmulas e o corpo doendo, tropecei até a porta e saí cambaleando para o estacionamento até tudo simplesmente desaparecer.
 
                      ...
Eu não sabia como tinha parado ali, eu estava deitado em uma maca desconfortável, quando me dei conta de que estava em um hospital, me sentei, minha visão oscilava entre a realidade e minha embriaguez, minha testa estava pegajosa, o sangue seco começava a grudar na pele. O pronto-socorro era um caos de vozes, passos apressados e bipes insistentes das máquinas, o ar cheirava a antisséptico e a luz branca era insuportável.
— Senhor... — Uma voz hesitante chamou à minha direita. — O senhor não deveria estar sentado, deite-se.
Levantei o olhar apenas para encontrar um garoto, não, um moleque parado ali segurando um prontuário, ele não devia ter mais que vinte e poucos anos, seus olhos estavam arregalados, claramente avaliando meu estado deplorável.
— Eu não vou deitar, quem é você, como eu cheguei aqui?
— Sou... sou o Dr. Martins, na verdade, sou residente, eu vou cuidar do senhor esta noite.
A mão dele tremia ao folhear o papel, o jaleco parecia grande demais para seu corpo magro.
— Isso só pode ser piada, né? Vá chamar um doutor de verdade!
O garoto deu um passo para trás, desconcertado.
— Senhor, nesse horário não há muitos médicos, mas eu prometo que vou cuidar bem do senhor, sua mão parece quebrada e sua testa, ela vai precisar de pontos. — Ele apontou para o corte, visivelmente indeciso sobre por onde começar.
— Você acha? — Retruquei. — Ou você tem certeza? Você, por acaso, sabe o que está fazendo mesmo?
— Eu... Sim.
— Eu quero um médico agora. — Gritei, sentindo a dor latejante em minha testa.
— Eu vou chamar o médico responsável pelo plantão.
Sem esperar por minha resposta, ele praticamente correu para fora da sala, deixando-me sozinho.
Idiota.
Eu fechei os olhos, tentando respirar fundo, isso estava longe de acabar.
— Você só pode estar de brincadeira comigo, então é você que está causando problemas para meus resistentes? — Aquela voz maldita, eu reconheceria em qualquer lugar.
Bryan.
Agora realmente estava no fundo do poço.
Abri o único olho que parecia estar bom lentamente, lá estava ele vestido com aquele jaleco impecável, os braços cruzados, os olhos fixos em mim com aquela expressão que eu odiava tanto.
— Que bela visão, olhe só para você, sujo, sangrando, fedendo a álcool e honestamente isso deve ser o destino, me mostrando que o fundo do poço tem porão. — Bryan deu um riso debochado. — Eu sou o médico responsável, prazer em te rever, Styles.
— Vai se ferrar, Bryan.
Eu estava uma bagunça, completamente bêbado, com a mão provavelmente quebrada e um olho roxo e agora frente a frente com o homem que mais desprezava no mundo, o universo só poderia estar brincando comigo.
— Deixe-me adivinhar, você se meteu em uma briga em um bar, não é? Porque só um idiota bêbado arranjaria confusão e acabaria assim.
— Eu não vou deixar você me tocar, chama outro médico aí. — Me levantei, tentando dar um passo à frente, mas a tontura me fez cambalear.
— Meu trabalho é cuidar de pacientes, infelizmente para mim você se enquadra nessa categoria hoje, então cala a boca, senta aí e não complica as coisas.
Eu quis socar aquele sorriso arrogante do rosto dele, mas considerando que uma das minhas mãos estava quebrada, isso não parecia uma boa ideia.
— Eu não vou ser tratado por você. — Dei um passo instável para trás, sentando novamente na maca. — Chame outro médico.
— Olha, Harry, eu poderia deixar você sair daqui e se virar sozinho, mas seria irresponsável, então deixe que eu examine essa mão. — Bryan suspirou, passando a mão pelo rosto.
— Eu não vou ser tocado por você! Prefiro que ela apodreça!
— Sempre tão dramático, não é? — Ele cruzou os braços, inclinando a cabeça. — Você está aqui porque precisa de ajuda, então, por que não deixa o orgulho de lado por uma vez na vida?
— Orgulho? — Dei uma risada amarga. — Você destruiu minha vida, Bryan, está tentando roubar a minha filha e agora quer que eu confie minha saúde a você?
— Ah, claro, porque todos os seus problemas são culpa minha, não é? — A calma dele era uma provocação, um lembrete de que ele sabia exatamente onde me atingir.— Você quer culpar alguém, Harry? Olhe no espelho.
— Você não passa de um verme, um oportunista que se aproveitou de cada brecha na minha vida para tentar tomar meu lugar e quer dar sermão em mim?
— Seu lugar? — Ele soltou uma risada sarcástica. — O lugar que você abandonou? Eu nunca tentei tomar o seu lugar, você é que o deixou vazio.
Eu estava perdendo o controle, me levantei, ignorando a dor alucinante na mão.
Eu ia matar aquele idiota.
— Vai me bater? — Ele ergueu uma sobrancelha. — Com essa sua mão inútil? Quero só ver.
— É o que vamos ver.
Eu já estava pronto para quebrar minha outra mão quando ouvi a voz dela.
— Harry! — Violeta entrou apressada.
Seus cabelos estavam desgrenhados, ela usava uma blusa larga e um pijama por baixo.
— O que você está fazendo aqui? — Minhas pernas fraquejaram e tive que me esforçar para ficar em pé. — Você ligou para ela? Você ousou ligar para minha esposa? — Fui novamente para cima dele, mas Violeta segurou meu peito a tempo.
— Para! — Me empurrou para trás. — Me ligaram quando encontraram você desmaiado na frente de um bar qualquer, o que aconteceu?
— Um cara no bar veio para cima de mim.
— E como você foi parar num bar? Você disse que iria encontrar um amigo do trabalho, como acabou aqui, o que está acontecendo com você?
— Não é assim tão simples de explicar.  — Voltei a sentar na maca.
— Eu preciso saber, Harry, por que você está aqui, machucado, bêbado, gritando como um louco no meio da madrugada?
— Olha, vocês dois podem terminar o drama familiar depois? — Bryan murmurou, trazendo nossa atenção de volta para ele. — Eu não tenho a noite toda, tem outros pacientes que precisam de mim.
— Pode ir, eu não vou ser tratado por você, já disse.
— Harry, você vai.  — Violeta ordenou.
— Prefiro morrer.
Ela estreitou os olhos, cruzando os braços sobre a barriga.
— Você acha que isso vai resolver alguma coisa? Olha para você! — Suspirou, massageando as têmporas.— Tive que deixar nossas filhas em casa, sozinhas, no meio da madrugada, enquanto estou grávida, para vir lidar com você.
— Eu não pedi que você viesse.
— Não pediu?— Balançou a cabeça desacreditada, apontou o dedo para mim como se quisesse perfurar meu peito. — Você acha que tem o direito de se afundar na bebida e brigas enquanto sua família está em casa te esperando?
Antes que eu pudesse responder, aquele desgraçado decidiu entrar na conversa de novo.
— Deixa, vi! — Ouvir ele chamar ela assim fez meu sangue ferver. — Aqui estão as orientações básicas. — Ele deu um passo à frente, ignorando meu olhar mortal e estendeu um formulário para Violeta. — Se ele quiser continuar com essa atitude, é problema dele.
Antes que ela pegasse, me levantei, arrancando o papel dele com minha única mão que ainda prestava, amassando-o com raiva.
— Não teste minha paciência, Bryan. — Atirei o papel na cara dele.
Ele não recuou, só deu aquele sorriso arrogante e debochado.
Eu queria matar aquele homem.
— Para de palhaçada, você vai se sentar, vai calar a boca e vai deixar o Bryan cuidar disso, porque honestamente você não tem escolha.
— Eu não vou...
— Vai sim! — Sua voz aguda ecoou nos meus ouvidos.— Estou grávida, Harry, estou cansada e você não vai sair daqui sem ser atendido.
Meu corpo inteiro tremia de raiva, mas veja ali, desesperada, desapontada, me fizeram ceder, relutantemente me sentei de volta na maca.
— Ótimo. — Bryan disse com uma falsa simpatia. — Vamos começar com a sua testa, preciso limpar isso antes de dar os pontos, depois, vamos ao raio-x para ver o que fazer com a sua mão.
Eu o encarei com um ódio, mas ele parecia imune a isso.
Idiota metido.
Ele puxou uma bandeja com algodão e antisséptico, posicionando-se diante de mim com o mesmo ar superior de sempre, quando tocou minha testa com o algodão encharcado, doeu pra cacete.
— Isso vai doer um pouco. — Ele sorriu. — Quer dizer, para você, para mim, vai ser um prazer.
— Cale a boca, Bryan. — Violeta retrucou sem muita paciência.
Bryan enfim cessou suas provocações, fazendo seu trabalho. A dor da sutura se misturava com a humilhação esmagadora que queimava dentro de mim de estar sendo cuidado por ele.
— Pronto, agora vamos para o raio-x.
Me levantei com dificuldade, tropeçando ligeiramente devido à tontura, vi o olhar de Violeta cheio de decepção.
Por um instante, me perguntei como as coisas chegaram a esse ponto.
                          ...
O curativo na minha testa ainda coçava, mesmo depois de alguns dias desde que saí do hospital, a mão engessada repousava sobre a mesa do meu escritório, enquanto minha mente permanecia num turbilhão constante por causa de Bryan.
Era quase um alívio, por mais cruel que parecesse, focar nele significava escapar, ainda que por pouco tempo, de Aurora, mas a verdade era que Aurora estava lá como uma sombra atrás de cada pensamento, eu podia fingir que não a via, mas ela sempre estava lá.
Sentia um nó na garganta enquanto encarava o telefone sobre a mesa, eu precisava de ajuda se quisesse impedir Bryan, ele não ia desistir, ele queria aquele teste de DNA, eu sabia que ele não pararia até conseguir.
Não havia outra saída, disquei o número de um dos meus amigos mais confiáveis no ramo, um advogado que sabia exatamente até onde as leis podiam ser distorcidas.
— Anderson?
— Harry? Está tudo bem? Você nunca me liga.
Como iria explicar tudo?
— Eu... — Minha voz falhou, respirei fundo tentando continuar.— Anderson, preciso de um favor, é complicado, mas preciso de você.
— Claro, o que você precisa?
Eu expliquei a ele cada pequeno detalhe, a traição de Violeta, a dúvida sobre Aurora, a insistência de Bryan pelo teste, eu tentei me manter controlado, mas sabia que minha voz estava trêmula e meu choro estava engasgado em minha garganta, era humilhante demais admitir aquilo.
Anderson ficou em silêncio constrangedor e eu senti um nó apertando meu peito.
Ele estava me julgando? Ou achava que eu era um fracote por deixar as coisas chegarem a esse ponto?
— Harry... — Ele começou, cauteloso. — Se Violeta não concordar com o teste, Bryan não tem muito o que fazer, mas se ela ceder.
— Ela não vai — tentava me convencer mais do que a ele. — Ela não pode.
— E se ela mudar de ideia? — Ele hesitou. — Harry, você sabe que, legalmente, ele pode ter argumentos, especialmente se for provado que há uma possibilidade de paternidade.
— Anderson, eu não posso permitir que Bryan faça parte da vida de Aurora.
— Harry, eu entendo sua frustração, mas precisa manter a cabeça no lugar, esse tipo de situação pode sair do controle rapidamente.
— Eu já perdi o controle, Anderson, eu preciso que você me ajude a encontrar uma saída, alguma coisa.
— Talvez você deva investigar Bryan, descobrir algo que possa usar, porém, isso pode ser um caminho perigoso.
— Anderson, eu não me importo com isso.
— Entendi, — Anderson suspirou. — Mas, Harry você precisa estar preparado para todas as possibilidades, bem você sabe...
— Eu sei. — Interrompi antes que ele dissesse aquelas palavras.
Não.
Eu precisava de algo contra Bryan.
Algo que o fizesse recuar.
Eu precisava proteger a minha filha.
Minha filha.
                            ...
Quando cheguei em casa, já era noite, a casa estava quieta, subi indo até o quarto de Aurora que dormia tranquilamente, deixei um beijinho em sua testa e fui até o quarto de Isadora que estava no computador, disse para ela ir dormir e só recebi uma revirada de olho.
Violeta estava no quarto sentada na cama com um livro aberto no colo, mas claramente não estava lendo, ela me olhou quando entrei, seus olhos pareciam cansados, fui direto para o banheiro, precisava de um longo banho depois de meia hora finalmente fui até a cama e deitei ao lado dela.
— Dia difícil? — Se aninhou mais perto de mim.
— Muito, falei com Anderson hoje, nós vamos impedir que Bryan faça esse teste.  — Deixei um pequeno beijo em sua têmpora. — E como vocês estão? — Acariciei sua barriga.
— H, você não acha que talvez seja melhor deixar isso para lá ou deixar a Aurora fazer teste e acabar logo com isso? — Ela ignorou minha pergunta, voltando nesse assunto ridículo.
— Você está de sacanagem comigo?  — Meu corpo inteiro se enrijeceu. — Você quer que eu fique parado enquanto Bryan tenta roubar nossa filha?
— Eu só quero que isso acabe.
— Eu também, mas não assim, não com Bryan conseguindo o que ele quer.
— Estou com medo de que você piore as coisas, Harry eu já não consigo te reconhecer, as coisas que tem feito ultimamente estão fora de controle, tudo isso a troco de quê?  — Finalmente me encarou, com seus olhos marejados.
— Você não entende, não é? Não se trata só do teste, violeta, eu me sinto um fracasso, você me traiu e agora minha filha pode não ser minha, eu tenho vergonha do que se tornou a nossa vida.
— Vergonha? — Seus olhos encheram-se de lágrimas.
Ela começou a chorar virando o rosto, eu sabia que estava sendo duro, mas era impossível segurar minha frustração e dor agora, violeta se levantou desajeitada com o peso da barriga e começou a pegar seu travesseiro e uma coberta.
— Onde está indo?
— Eu vou dormir, mas não consigo dormir com você agora.
— Vi, por favor. — Segurei a coberta que estava em suas mãos. — Não faça isso.
— Eu estou cansada de brigar, cansada de tudo isso.
— Me desculpe, eu não queira ter falado aquelas coisas, é que eu não posso deixar isso acontecer, Violeta, não posso.  — Eu podia ver a mágoa em seus olhos, enquanto ela se manteve calada. — Deixa que eu vou, fique. — Levantei-me apressado, pegando minhas coisas, não esperando uma resposta.
Eu saí de lá indo para o quarto de hóspedes e, no fundo, sabia que toda essa luta estava nos destruindo lentamente. A noite parecia ainda mais longa e pesada no quarto de hóspedes, virei-me na cama pela décima vez, tentando encontrar uma posição que me desse um pouco de paz.
Não consegui.
Eu sabia que deveria dormir porque amanhã tinha um dia longo, mas o sono era um luxo que minha mente inquieta não permitia, fechei os olhos, mas, como sempre, os pensamentos vieram rápido demais.
Violeta.
Aurora.
Minha família.
As escolhas que fiz e os caminhos que tomei, eles se misturavam em um turbilhão de sentimentos conflitantes e cada um cobrando um preço.
Aurora.
Mesmo aqui, no silêncio da noite, sua imagem invadia meus pensamentos, seu sorriso, sua voz, seu cheiro, por alguns momentos, deixei-me levar.
Era um perigo pensar nela agora.
Eu sabia disso.
Sabia que, se continuasse, não conseguiria me focar no que realmente importava.
Minha família.
Respirei fundo, tentando afastar seu rosto da minha mente.
Isso não era sobre ela.
Não agora.
Eu precisava me concentrar em Bryan, ele ainda estava lá como uma sombra, ameaçando tudo o que eu amava, ele não ia tomar o que era meu.
A noite não podia terminar assim, Violeta e eu precisamos estar bem e juntos para impedi-lo.
Levantei-me caminhando até o nosso quarto, a porta rangeu levemente quando a abri, a luz amarelada do abajur ainda iluminava o ambiente, Violeta estava deitada de lado, mas eu sabia que ela não estava dormindo.
— Vi? — Ela se virou olhando para mim com seus olhos vermelhos e um pouco inchados. — Posso entrar? — Ela assentiu, fechei a porta atrás de mim, sentei-me na beirada, hesitando por um momento. — Me desculpe, pelas noites fora, pelo que disse, por ter surtado daquele jeito.
— Estou cansada de desculpas. — Violeta piscou, os olhos cheios de lágrimas que ela relutava em deixar cair.
— Vi, eu não tenho as palavras certas para consertar tudo de uma vez, mas posso começar dizendo o quanto vocês são importantes para mim, por isso eu fico assim.
— Só quero que a gente fique bem de novo.
Respirei fundo, estendendo a mão que não estava quebrada para tocar a dela, quando ela não recuou, aproveitei o momento para me aproximar, lentamente, passei os dedos pelo seu rosto, ela fechou os olhos, relaxando em minha mão.
— Você é tão linda — sussurrei, aproximando meu rosto do dela.
— Esse é seu jeito de tentar fazer as coisas ficarem bem? — Abriu os olhos com um sorriso. — Com elogios bobos?
— Talvez. — Inclinei-me, tocando seus lábios suavemente com os meus.— E não são bobos, você realmente está linda.
— Linda?— Ela balançou a cabeça. — Estou enorme, Harry.
— Enorme? — Levantei uma sobrancelha, inclinando-me para beijar sua testa. — Você está linda, se me permite dizer, irresistível.
— Idiota.
Eu não esperei mais, inclinei-me novamente para beijá-la, ela correspondeu de imediato, seus dedos se agarrando à minha camisa como se tivesse medo de que eu fosse desaparecer, logo o beijo começou a ficar mais intenso, como se estivéssemos tentando desesperadamente nos reconectar, por um segundo nós afastamos para respirar, aproveitei para deitar ao lado dela a puxando para mim novamente, minhas mãos exploravam cada curva do seu corpo, enquanto os dela deslizavam por meus ombros e braços, eu estava sendo o mais cuidadoso possível, mas o calor entre nos só aumentava.
— Harry... — Ela gemeu entre o beijo, quase implorando. — Eu quero, como eu quero, mas não sei se é seguro com o bebê.
Minha respiração estava acelerada, meu corpo ainda ansiava por ela, mas eu sabia que ela tinha razão.
  — Nós vamos perguntar ao médico, ver o que podemos fazer, ok?  Não quero nada que coloque você ou o bebê em risco. — Inclinei-me, roçando os lábios nos dela. — Não se preocupe.
— Acho que nunca vi você tão ansioso assim. — Soltou uma risadinha.
— É porque estou. — Dei um sorriso torto, acariciando seus cabelos. — Quero tanto você.
Ela suspirou, relaxando contra mim, eu a puxei para o meu peito, minha mão descansando em sua barriga, ficamos assim, envolvidos um no outro, até que seus olhos começaram a se fechar.
Como eu ainda podia amá-la tanto, depois de tudo?
Talvez o meu amor por ela realmente fosse algo que eu não pudesse controlar, ele estava lá, mesmo quando eu não queria admiti-lo.
Por incrível que pareça eu havia acordado de bom humor aquela manhã, olhei para o lado e Violeta estava esparramada na cama, a barriga redonda subindo e descendo suavemente com sua respiração, minha mão deslizou lentamente até seus cabelos, enrolando uma mecha entre os dedos, ela se mexeu levemente abrindo os olhos com dificuldade.
— Bom dia — murmurei, minha voz ainda rouca de sono.
— Bom dia.
— Você sabia que fica ainda mais bonita pela manhã?
— Acho que você precisa de óculos novos. — Riu, revirando os olhos.
— Estou falando sério, mesmo na terceira gravidez, você continua tão linda quanto no dia em que nos conhecemos. — Ela desviou o olhar, mas eu a segurei pelo queixo, gentilmente, para que voltasse a me encarar. — Eu te amo.
— Eu te amo muito mais.
— Preciso tomar um banho e me arrumar para o trabalho — murmurei, depositando um beijo em sua testa antes de me levantar.
O banho foi rápido, saí do banheiro com a toalha amarrada na cintura, encontrando Violeta sentada na cama, os olhos fixos em mim.
— Você me encarando assim está me dando ideias de atrasar ainda mais para o trabalho, sabia?
— Não posso admirar meu homem? — Ela tinha um sorriso travesso nos lábios.
Eu ri, enquanto pegava meu terno no armário, sentindo o olhar dela em cada movimento, entre colocar a camisa branca até ajustar a gravata no espelho, quando terminei de ajeitar o paletó, virei-me para encará-la.
— Está babando, aí. — Brinquei enquanto calça os sapatos.
— E você deveria me agradecer por isso — Retrucou.
Me aproximei, até que nossos rostos estivessem a poucos centímetros de distância.
— Ah! Como eu agradeço por isso. — Depositei um longo beijo em seus lábios.
— Não se esqueça da consulta depois do trabalho, tá?
— Nunca. — Segurei sua mão por um instante, levando-a aos lábios. — Vou estar lá, prometo.
Ela assentiu, mas antes que eu saísse do quarto, ouvi sua voz novamente.
— H...
— Hm? — Olhei por cima do ombro.
— Você fica muito sexy de terno.
Balancei a cabeça, rindo, enquanto seguia para o corredor.
Hoje realmente seria um bom dia.
                          ...
Talvez eu tivesse me precipitado, porque aquela sala mais para um inferno do que para meu escritório, entre os papéis espalhados, pilhas de trabalhos mal escritos e uma dor de cabeça latejante, eu me perguntei pela milésima vez por que exatamente tinha me levado a dizer sim para essa reunião. Lily estava sentada na minha frente, os braços cruzados, o sorriso arrogante e aquele maldito olhar que ela sabia mais do que eu gostaria.
— Professor Styles. — Inclinou a cabeça. — Acho que um B– seria justo, considerando as circunstâncias.
Circunstâncias?
Garota ridícula.
Como se a chantagem dela fosse uma estratégia digna de aplausos.
— Lily. — comecei, apertando o lápis na minha mão. — Seu trabalho está deplorável, carece de argumentos sólidos e sua análise é tão superficial quanto você, então eu diria que um C seria mais apropriado.
— Seria decepcionante, sabe a faculdade, perder um professor tão promissor como você, não acha? — Ela piscou devagar, inclinando-se levemente para frente.— Acho que você poderia reconsiderar, afinal, um B– não é pedir tanto, certo?
Meu rosto permaneceu impassível, mas por dentro eu fervia, se ela achava que isso me intimidaria, ela claramente subestimava o quanto eu estava cansado de suas insinuações, engoli seco, anotando na folha à minha frente. Um B–  não porque ela merecesse, mas porque eu precisava que ela me deixasse em paz, se Lily queria ser uma advogada medíocre, o problema não era meu.
— Vou reconsiderar. — disse finalmente, olhando para o relógio na parede. — Agora, se não se importa, tenho outro compromisso.
— Obrigada, professor, você é muito justo. — Ela sorriu, satisfeita, enquanto recolhia a bolsa.
Justo?
Sua...
Engoli a palavra, resistindo ao impulso de dizer algo que me faria perder o emprego.
Assim que a porta se fechou atrás dela, soltei um suspiro profundo, esfregando o rosto com as mãos, na minha mesa, peguei o número que Anderson havia me dado.
Jhonatan Stelfeld, Investigador Particular.
Meu dedo pairou sobre o telefone por alguns segundos antes de discar. Do outro lado da linha, a voz grave e firme atendeu.
— Stelfeld falando.
— Sr. Stelfeld. — tentei soar confiante. — Meu nome é Harry Styles, tenho uma situação complicada e preciso dos seus serviços.
— Complicado como?
— Quero que investigue um homem, ele tem se aproximado da minha família e quero saber tudo sobre ele, se há algo que possa ser usado contra ele, quero saber.
— Muito bem, vou aceitar o caso, vou precisar de todas as informações que você tiver sobre esse homem e quero deixar claro que isso não será rápido nem barato.
— Dinheiro não é problema.
Desliguei e joguei o telefone sobre a mesa, meu coração batendo rápido.
Eu estava indo longe demais?
Qualquer pai faria o mesmo para proteger sua filha.
                           ...
O hospital sempre teve uma sensação estranha para mim, mas hoje, eu estava otimista, era raro eu me sentir assim depois das frustrações que venho tendo nesses últimos meses, mas a ideia de finalmente saber do médico se estava tudo bem o suficiente para voltarmos a ter nossa vida sexual, talvez fosse egoísta, mas eu via isso como um sinal de que ainda havia algo para salvar entre nós.
— Olá, como posso ajudar? — A recepcionista, uma jovem com um sorriso profissional demais para o meu gosto, falou com familiaridade.
— Temos uma consulta agendada com Dr. Payne, Harry e Violeta Styles.
— Ah, Sra. Styles, você voltou rápido! Esta é a segunda consulta esta semana, não é? Aquela menininha que veio com você era adorável.
Minhas sobrancelhas franziram no mesmo instante, por um momento, achei que tinha entendido errado.
— Que menininha? — Minha pergunta saiu antes que eu pudesse processar completamente o que tinha acabado de ouvir.
— Ah, deve ser algum engano. — Violeta levantou o olhar para ela, hesitando. — Você se confundiu.
— Não, não, tenho certeza! Você veio há dois dias com uma garotinha de acho que uns dois anos? Era muito fofa, todas nós ficamos apaixonadas por ela, acho que o nome dela era Aurora. — A recepcionista continuou casualmente:
Senti um nó se formar no meu estômago.
Virei o rosto para Violeta, tentando manter minha voz controlada, mas era como tentar conter uma tempestade.
— Você trouxe Aurora aqui? Por quê? O que você fez, Violeta?
— Harry, agora não. — Sua voz mal saiu.
— Agora não? Repeti, incrédulo. — Você trouxe nossa filha para cá e não achou que eu deveria saber? Que diabos está acontecendo aqui?
Antes que eu pudesse pressioná-la mais, a recepcionista, aparentemente alheia ao que estava acontecendo, continuou.
— Ah, senhora Styles, sobre o exame, o resultado sai na próxima semana, viu? O genitor já apareceu para o teste, então vai sair rápido, geralmente os homens demoram para aceitar esses testes, mas esse estava bem disposto.
Meu corpo inteiro ficou tenso.
Senti o ar deixar meus pulmões.
Não, não, não...
Isso não estava acontecendo.
Eu tinha sido claro com ela.
Isso só podia ser mentira.
Era uma mentira.
— Você fez a minha filha fazer aquele teste? — Me virei para Violeta, o rosto dela agora tão pálido quanto uma folha de papel.
— Harry, por favor... — A voz dela era tão baixa, quase implorando.
— Você fez a minha filha fazer aquele teste? — Repeti, cada palavra saindo com dificuldade para manter a calma e o resquício de sanidade que me restava.
Ela abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu.
PORRA!!!
NÃO
NÃO
NÃO
Eu sabia pela maneira como ela evitava meu olhar, como as mãos dela tremiam.
Não era possível.
Ela não teria feito isso.
Não sem me contar.
Não depois de tudo o que conversamos.
Não depois de eu continuar a confiar nela.
Como ela pôde?
Por quê?
— Senhor e senhora, Styles? O doutor está pronto para vocês.— Uma enfermeira chamou da porta, a voz interrompendo o caos dentro da minha mente.
Por um momento, fiquei paralisado.
Tudo dentro de mim queria explodir.
Mas não ali.
Não na frente de estranhos.
Respirei fundo, o ar entrando e saindo com dificuldade, sem olhar para Violeta, dei um passo em direção à sala de consulta.
— Vamos. — Murmurei, controlando minha voz o máximo que pude, mas dentro de mim, eu estava segurando um vulcão prestes a entrar em erupção.
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Esta ansiosa (o) para o próximo?
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brynhcld · 24 days ago
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TASK III - despertar dos poderes
Brynn estava mais uma vez imersa em seus projetos, os dedos deslizando agilmente pelas ferramentas enquanto ajustava uma das partes de sua prótese. O pequeno espaço de trabalho estava tomado pelo som de engrenagens sendo encaixadas, faíscas de solda e um leve zumbido de concentração – o tipo de som que costumava lhe trazer conforto. A cela de Khazmuda, tão cuidadosamente projetada por ela, já era um sucesso, mas a prótese? Ela sabia que ainda não estava perfeita. E Brynn odiava imperfeição, ao menos nas coisas que criava.
Atrapalhada, mas determinada, ela segurava um pedaço do metal quando sentiu uma dor aguda cortar o dedo. Um filete de sangue escorreu, caindo na superfície da mesa. Inicialmente, ela não se preocupou. Quantas vezes já havia se machucado trabalhando? Mas então notou algo estranho. A madeira parecia escurecer, enrugar e, finalmente, corroer. A reação foi imediata: recuou, as mãos tremendo, encarando a destruição. Mais gotas de sangue caíram, tocando o metal de sua prótese. Em questão de segundos, o material começou a derreter. O cheiro ácido que emanava fez seus olhos lacrimejarem, e ela tossiu. “O que diabos está acontecendo comigo?” O pânico subiu à garganta como bile. Com o coração acelerado, Brynn correu para fora do quarto, o desespero em seus passos. Tudo que sabia era que precisava de Khazmuda. Apenas ele poderia ajudá-la a lidar com aquilo.
Do lado de fora, a noite estava fria, mas nada parecia capaz de acalmar o calor que queimava por dentro dela. O vínculo que compartilhavam a conduzia, enquanto a presença dele chamava-a como um farol em meio à tempestade. Khazmuda já a esperava, sua imponente figura destacando-se contra o céu estrelado. Ele pousou suavemente, abaixando a cabeça em um gesto que sempre fazia – aquele que dizia que estava ali para ela. Mas Brynn não se moveu. Pela primeira vez, hesitou. “Khazmuda, tem algo muito errado comigo,” ela murmurou, os olhos fixos nas próprias mãos. O sangue que escorria parecia carregar morte com ele, destruindo tudo ao menor toque. A ardência nas palmas não cessava, e o cheiro químico a fazia tossir. Ela queria tocá-lo, queria aquele conforto que só ele podia dar, mas não podia arriscar. Não com ele.
Khazmuda grunhiu baixinho, como se dissesse que entendia – que estava ali para ela, não importa o que acontecesse. Ele avançou, sem qualquer hesitação, a calma irradiando do vínculo que compartilhavam. Era como se ele carregasse o fardo que Brynn sentia pesar tanto. Seus olhos lacrimejaram, e a confusão transbordou. “O que está acontecendo comigo?” Ela sussurrou, a voz carregada de medo e incredulidade. As marcas de destruição em sua mesa, no metal, em tudo que tocava, eram a prova de que algo havia mudado. Algo terrível. Enquanto encarava Khazmuda, sentiu, mesmo que por um breve instante, que não enfrentaria aquilo sozinha, não quando tinha a lealdade de seu melhor amigo.
— O PODER; geração de veneno.
O poder manifesta-se de duas formas principais: seu sangue se torna altamente ácido, capaz de corroer metal e outros materiais com facilidade, e ela exala uma toxina pela pele que pode ser fatal ou causar estados de inconsciência, dependendo da intensidade. Apesar de mortal, o poder não afeta seu próprio corpo, tornando-se uma extensão natural de quem ela é. Khazmuda, seu dragão, desempenhou um papel essencial na manifestação desse poder. Sabendo das limitações físicas de Brynn, tanto pela dificuldade de mobilidade quanto por sua luta em combates diretos, Khazmuda compartilhou uma parte de sua própria essência para protegê-la e dar-lhe uma vantagem. A decisão não foi apenas instintiva, mas uma demonstração de sua conexão inquebrável. Para Khazmuda, ver Brynn indefesa seria insuportável, e por mais que ele possa defender-la enquanto ela vê o mundo em cima de suas costas, ele utilizou o elo poderoso entre os dois para garantir que ela tivesse uma forma de se manter segura mesmo nos momentos mais difíceis.
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chovendopalavras · 1 year ago
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Sei que nos conhecemos no final
No final do ano, no final de uma festa boa, no final de uma noite, no final de semana. em questão de segundos rolou o nosso beijo, vi seu sorriso e me perdi nele, minhas armaduras caíram pelo chão. posso considerar um amor de verão, mas todo verão termina, eu odeio despedidas, odeio o fato de você ter que ir embora. te apresentei um pouquinho do meu mundo e da forma que eu vejo ele, pra mim está sendo como um sol se pondo pela última vez antes de vir um inverno rigoroso. prefiro esbanjar meus sentimentos de forma intensa que assuste quem se aproxime pois não quero me arrepender, olhar para trás e pensar o que eu poderia ter feito ou falado, não vou esquecer da sua mão na minha, da forma que seu toque na minha pele me fez paralisar por alguns instantes ou da forma como você sorri, ou como seu sorriso é realmente muito lindo, queria ter te convencido de mim, do quanto valeria a pena e do quando eu quis te agarrar com força e te cuidar! se algum dia eu conseguir atravessar essa distância que você criou entre nós eu iria te contar que você me marcou de uma forma extraordinária! que você consiga sentir a onde estiver meu carinho por ti, e tudo de bom que eu te desejo, não quero que isso seja um adeus, e sim um até logo. a distância vai me corroer mas estarei aqui all the time for you! que todas as noites você sinta meu beijo, e que você não me esqueça pois eu não vou te esquecer e não quero ficar sentindo saudades sozinha! lembranças boas machucam pois não passam de memórias, eu sou essa merda intensa que você vê, não quero colocar a cabeça no travesseiro e pensar que deixei de falar, você está partindo com a certeza de que eu vou te lembrar, com a certeza de que eu te quero, que eu vou estar aqui, mas não se engane, sou intensa não boba! queria sentir teu peito no meu mais vezes, sentir a batida do teu coração, e chegar na tua vida como quem não quer nada mas querendo muita coisa, que jamais você escute jao sem pensar em mim, não quero te assustar com as minhas palavras! que você tenha a oportunidade de dançar na chuva, que você sinta como essa sensação é boa e consiga entender o que eu te disse sobre isso, nossas conversas vão ficar na minha minha memória, todas elas, até eu sendo extremamente tagarela! “ quero te impressionar como michael e te beijar como o prince” isso tá parecendo uma despedida mas eu não quero que seja, quero que seja apenas o começo! não queria terminar minhas palavras dizendo adeus, porque um adeus não seria suficiente depois de tudo o que vivemos. e todo o sentimento que ainda arde aqui dentro me faz pensar que uma despedida não cairia bem por agora. o máximo que consigo dizer é um até logo, na esperança que o destino um dia nós una novamente e que possamos viver tudo aquilo que deixamos passar. queria ter mais uma oportunidade, somente uma, de olhar nos seus olhos e sentir seu abraço com o cheiro que me confortou em tantos momentos. mas somente o que me restou são as memórias, as boas e lindas lembranças ao seu lado. peço então baixinho antes de dormir todas as noites que um dia eu possa ter você comigo.
[nossa história teve uma vírgula]
@ssentimentosinversos + @pecaveis, para @chovendopalavras
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inutilidadeaflorada · 9 months ago
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O Canto do Cisne
É um duplo empatando origens A tendência tão já museu Resista a morte entre mordaças Antes de retroceder, há o desgosto
Convencer o eco que estas pernas fazem Escoará para fora da massa que o ampara A sinceridade suspira uma época imprópria Autos voyeurs experimentando o ateísmo
Esta arte ainda que dolorosa Celebra a vida patética Que a condição humana enfrenta Uma valsa solene com a violência
Reger a ocupação, redigir arrependimentos Uma moeda derrete-se ao encontrar um rosto Fraudar uma economia, fulminar um país Aproveitar-se de cada fissura ao inserir permutas
O contraste é haste de bandeiras Fogo mútuo ao beijo de adagas Regressar a espera, macular substâncias Corroer vontades na química
Disseca os atos desse império: Crítica-amalgama, o objeto insalubre Fragmentação de Dionísio Até suspender seu protagonismo
Meu cúmplice, a subversão é tradicional Não há nada tão pedante como um autor Crendo fielmente que está a inventar ciclos Quando replica Sísifo com êxtase
Alcança-me aquele canto do cisne Que pela última vez olha para suas escolhas arcaicas E através da relação coletiva presenciada Concorda e sorri ingenuamente ao desconhecido...
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ritadcsc · 7 months ago
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Torço para que esse anseio e a consciência de que somos amadas por um Deus incrível, nos estimule a dedicar nosso tempo no que realmente vale a pena, em tesouros que a traça não poderá corroer.
Thais Oliveira em Devocional singular, p.26
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subitaeu · 5 months ago
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cores distintas
somos breves momentos, somos cores distintas, somos almas refinadas ao ponto de passarmos por pequenos buracos de felicidade e sentimentos que podem nos corroer a alma pelo simples fato de existirem. somos um pouco de tudo aquilo que chamamos, uma hora, de lar e, outra hora, de casa. percorremos ruas e ruas das maiores desilusões e sentamos pelo meio-fio de ruas e ruas de falsa esperança, ruas criadas para fazerem com que os dias não acabem perdidos em paixões irreais e medos sondados por medos ainda piores. falamos todos os dias sobre tantas coisas, mas não sobre as que nos tornam breu, mesmo que sejamos feitas de cores e, a maioria delas, totalmente distintas. corremos por campos de ideias e fundamentos, corremos sobre campos de rosas e petúnias que representam o último respiro que temos aqui. corremos por vales de amor e paixões fortes e resistentes, que resistem apenas a nós, mas se abrem para o resto de todas as outras coisas que nos perseguem.
-subitaeu.
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00132 · 1 year ago
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quebrou
mal acostumadas bens acumulados fotos editadas: na beira de achar que está tudo certo.
(gosto quando não tenho o que dizer)
espaço pro peso da letra corroer o asfalto; o escondido da mente vem em forma de traço
cuidado: não sei o limite do invisível, acertei uma porta de vidro com minha cabeça.
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