#como estas bibi?
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choi-lin · 2 years ago
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—¿de verdad te gusta eso?— consulta porque desconocía lo que acababa de beber pero no era de nada su gusto. — quiero decir — sacude la cabeza esperando no soñar demasiado juzgona, pero lo era. la bebida le pareció horrible, y no podía negar que le sorprendiera que alguien pudiera tener las papilas gustativas con ese poder. — ¿qué estabas bebiendo? — preguntó para nunca en la vida volver a acercarse a ese líquido jamás. de momento con la mirada buscaba bandeja con comida, o algo que pudiera quitarle el mal gusto. —pues, algo así, en realidad prefería mi trago pero no me ha decepcionado que no tuviera alcohol ¿puedo preguntar por qué no bebes?— pecando de curiosa no puede evitar conocer la respuesta.
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la   intromisión   le   deja   con   mandibula   entre   abierta,   se   sorprende   de   encontrar   una   persona   que   tuviera   la   inmensa   confianza   de   tomar   una   bebida   así   como   así,   había   escuchado   de   la   solidaridad   entre   la   comunidad   de   vecinos,   pero   eso   era   demasiado.   '   efectivamente,   lo   era.   '   duda   varios   segundos.   '   si   buscabas   algo   más   fuerte,   sé   que   te   llevaste   decepción,   esa   bebida   era   virgen.   '   explica,   con   sonrisa   algo   triunfante.
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frnkac · 2 years ago
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* ambientado en : terraza.
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'   puedes   pedir   una   bebida,   si   es   lo   que   quieres,   escuché   que   son   gratis,   cortesía   de   los   vecinos.   '   se   detiene   a   pensar,   observando   a   la   persona   a   su   costado,   a   un   lado   de   la   barra.   '   si   te   la   llegan   a   cobrar,   me   haré   responsable,   descuida.   '   podría   ser   eso,   o   huiría   a   su   apartamento,   cerraría   la   pueta   y   se   haría   el   desconocido.
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404files · 9 months ago
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send me a 💿 and i'll shuffle my music and write a starter based on the first song i get!
𓂅⠀. jolene, beyoncé. / @wolfsmot
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" ¿te enteraste que el esposo de la señora blanchet la estaba enga��ando con una de las hermana de ella? " cuchichea, luego de que las generosas mujeres del puesto de tacos le compartieran tan interesante información. " al parecer llevaban viéndose a escondidas por años y uno de los hijos los descubrió " añade, entregándole su respectiva orden de comida a lucía. " dicen que le aventó sus cosas a la calle, fue todo un show. "
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biancavogrincic · 1 month ago
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Chapter 13
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As coisas não estavam boas para Juan, especialmente sabendo que o casamento dos seus pais estava por um fio e por causa de uma confusão que ele começou.
— Sua mãe e eu vamos nos divorciar. — Osmar comunicou.
— Pai, por favor. — Juan estava implorando. — Pensa melhor, não se separa da mamãe, por favor.
— Você vai deixar de ser nosso pai? — Julia perguntou chorosa.
— Não, mas eu não posso ficar perto de pessoas que machucaram Bianca. — Osmar disse decidido de sua decisão. — A sua mãe sempre vai priorizar vocês e eu não a julgo e eu sempre vou priorizar a minha filha, prometi a Rosa antes dela morrer que eu cuidaria e protegeria a Bibi e eu não fiz isso.
— Mãe, você não vai fazer nada? — Julia indagou desesperada.
— O que eu posso fazer? — Carmen perguntou triste. — Infelizmente ele tomou a decisão dele, ele está certo, mesmo que eu não queira esse divórcio, eu jamais vou preterir  vocês ou as crianças por uma pessoa que eu não conheço e não tenho ligação alguma. E ele fez uma promessa, se ele entende que esse é o melhor caminho pra cumprir, então que faça.
— Pai, meus irmãos não merecem pagar por um erro que foi meu, eu volto pra Espanha ou pra Alemanha, me afasto, só não faz isso, por favor. — Juan implorou. — Minha mãe e minha irmã só agiram assim pra me proteger.
— É bom que você se afaste mesmo, eu amo você, mas não confio nessa sua proximidade com Bianca. — Osmar expressou sua desconfiança.
— Somos apenas amigos, nos entendemos depois de tudo que aconteceu. — Juan falou tentando se defender.
Eles não eram apenas amigos, mesmo que nunca tivessem se beijado, eles não são apenas amigos.
— É bom que seja, você é meu filho, qualquer outro tipo de relação com sua irmã seria doentio. — Juan engoliu em seco e assentiu após as palavras do pai.
— Se ele é o seu filho, então por que você quer nos deixar, pai? — Julia perguntou chorosa.
— Eu não estou deixando você, eu estou apenas terminando com o casamento com a sua mãe, já está decidido, esta semana irei assinar os papéis com sua mãe, nós iremos nos divorciar, a proteção de Bianca é mais importante pra mim e sempre vai ser.
Neste momento, Nicole e Junior escutaram a conversa dos quatro e estavam surpresos, um verdadeiro misto de sentimentos atravessou os dois.
— Como assim se divorciar? — Junior indagou irritado, ele explodia com mais facilidade. — Você não pode se divorciar da mamãe.
— Posso e vou. — Osmar disse firme. — E isso é um papo de adulto, não quero nenhum dos dois aqui.
— Pai, nós não somos crianças, temos direito de saber o que está acontecendo e não faz sentido você querer se divorciar da mamãe.
— A proteção da Bianca faz sentido, Nicole. — Osmar foi incisivo. — E eu prometi a sua mãe que iria proteger a Bianca
— Como assim proteção da minha irmã? — Junior perguntou confuso.
— Olha, aconteceu uma coisa chata e um grande mal entendido entre sua irmã e nós, acabou que eu, sua irmã Júlia e Juan dissemos coisas desagradáveis e por isso seu pai não vê mais sentido no casamento, mas…
— Isso é um motivo idiota, mesmo com tudo isso, se os três erraram é com a Bianca que eles tem que se resolver, não você se intrometendo nisso, pai. — Nicole argumentou. — Você ama a mamãe, correto?
— Sim, eu amo a sua mãe. — Osmar respondeu sincero, o que fez Carmen abaixar a cabeça. — Mas eu amo a sua irmã e não vou permitir que ninguém a machuque novamente.
— Pai, você está sendo dramático! — Junior estava indignado. — O que Bianca passou nem foi tudo isso pra você abrir mão da nossa família assim.
Junior e Nicole não sabiam sobre a história da irmã, nem mesmo a briga que fez com que Osmar desistisse de tudo por ela.
— Você não faz ideia do que minha borboletinha passou, Junior. — Osmar murmurou com grande pesar. — Vá para o seu quarto, conversaremos depois.
— O que ela passou? Levar umas broncas da tia Janaína e não ser tratada como filha? Grandes dificuldades, pai.
— Junior, fica quieto! — Juan comandou para o irmão caçula.
— Eu não vou discutir com vocês as minhas razões e motivos neste momento, vão para o quarto!
— Mas pai… — Nicole tentou argumentar.
— Agora! — Osmar comandou.
Os dois saíram e Osmar acabou indo para o escritório refletir, cada irmão teve uma reação diferente, Nicole queria conversar com a irmã e entender o que havia acontecido, Junior queria bater em todos e principalmente em Bianca por lhe tirar sua família perfeita.
Bianca ainda mandava mensagens para Juan, lhe enviava memes e vídeos fofos de coelhos (animal favorito do homem), mas ele a ignorava, ela não entendia o motivo dele está sendo tão frio e distante, então resolveu ir até a empresa do pai questionar Juan e ver se ele estava bem.
Estava caindo o mundo em São Paulo, mesmo com o caos daquela chuva, Bianca foi até a empresa e assim que entrou Juan, ela foi abraçá-lo mas ele a afastou.
— Aconteceu alguma coisa, Juan? — Bianca perguntou preocupada.
— Não aconteceu nada. — ele respondeu seco.
— Eu consegui achar um lugar onde tem jogos de lacrosse aqui em São Paulo e comprei dois ingressos para nós dois. — Bianca comunicou empolgada, é o esporte favorito de Juan e ele até jogava no ensino médio, ela não entende nada, mas fez isso para vê-lo bem, aquilo fez ele se derreter, ela simplesmente o queria bem. — E eu fiz bolo de fubá com gotas de goiabada como você gosta. —  ela entrou a vasilha nas mãos dele.
Ele pensou em recuar, não se afastar, manter a história dele com Bianca em segredo, mas ele sabia que poderia estragar tudo entre seu pai e ele.
— Vai ser bem divertido e você pode me ensinar as regras.  — Bianca se aproximou dele.
— Se eu quisesse ir ao jogo de lacrosse eu teria comprado os ingressos. — ele se afastou rude. — E eu não gosto desse bolo horrível, você não cozinha bem.
Bianca ficou sem entender a reação dele.
— Eu achei que… — Bianca o encarou triste.
— Bianca, eu só fui legal com você pra tentar salvar a minha pele com os meus pais, mas eu não te quero perto de mim. — Juan mentiu tentando soar verdadeiro.
Aquelas palavras acertaram em cheio Bianca que começou a chorar, o que fez Juan se arrepender, ele preferia morrer a ver Bianca chorando por sua causa novamente. Apesar do momento de vulnerabilidade, Bianca decidiu que não iria ceder a ninguém que lhe machucasse.
— Achei que nós éramos amigos ou algo a mais. — Bianca sussurrou triste.
— Nós jamais seríamos amigos. — Ele disse sério.
— Eu fui uma tola mesmo. — Ela deu um passo para trás se afastando dele.
Bianca saiu de lá e o deixou sozinho, Juan se arrependeu de ter mentido para não encontrar Bianca, mas ele estava decidido a se afastar da jovem.
Em outros momentos, Enzo ficaria muito irritado com todo circo e exposição que Sofia lhe causou, mas ele soltou uma nota genérica nas redes, expôs os vídeos para as autoridades policiais e alguns para a mídia, após isso ele ficou alheio a tudo e se importou unicamente com sua família.
Para Bianca, aquele sentimento de estar perto da família não era suficiente, ela temia muito que essas piadas feitas com Enzo e Sofia iriam evoluir para algo mais desastroso para as vítimas de violência doméstica, ela fazia parte de um grupo de iniciação científica que falava sobre comportamentos criminosos na internet e ela identificava todos esses sinais.
— Os memes que estão fazendo com essa situação entre você e Sofia são hilários. — Josy comentou rindo para a tela do iPad.
— Eu vi alguns e achei bem divertido. — Enzo riu. — Aquele que eu estou com o olho roxo é bem engraçado.
Bianca não conseguia achar nada divertido nos memes.
—  Até que essa história está te dando um papel meio cômico na internet, no final foi bom para você, as pessoas estão te apoiando. — Josy comunicou, olhando a tela do aparelho.
— Juridicamente vai ser pior para ela, entramos com uma representação por denunciação caluniosa. — Cristina disse orgulhosa do seu trabalho junto a equipe criminalista do escritório que Enzo contratou para cuidar de questões externas. — Você não vai precisar mais ir à delegacia no Guarujá.
— Aquela entrevista que você deu ajudou bastante na sua imagem, foi curta e direta, mas tá fazendo você ser ainda mais amado na internet. — Josy disse orgulhosa do próprio trabalho. — Você ter dito que mulheres mentirosas devem ser punidas quando mentem com assuntos tão sérios foi maravilhoso.
Bianca estava na sala montando um quebra cabeça com Luna, ela estava odiando a normalidade que aquela situação estava sendo tomada, mas ao escutar que Enzo disse isso em uma entrevista, a jovem resolveu falar o que pensava.
— Você disse isso em uma entrevista? — Bianca indagou irritada. — Milhares de mulheres sofrem com violência doméstica de verdade e basta uma história dessas pra que elas sofram nas mãos de abusadores que se fingem de vítimas, eles nos chamam de mentirosas, acha mesmo que essa fala foi de bom tom, Vogrincic?
Tanto Josy quanto Cris não gostavam muito de Bianca, mas achavam hilário o fato da jovem mandar no chefe como ninguém.
— Bianca, depois a gente conversa sobre toda essa situação. — ele voltou a olhar os contratos novos de publicidade.
— Não é sobre conversar, é sobre você ter responsabilidade com as coisas que você fala. — Bianca estava furiosa.
Ela queria xingar Enzo de todos os nomes possíveis, mas lembrou que Luna estava na sala e que ser agressiva só faria os dois brigarem cada vez mais e Bianca não queria isso.
— Mamãe, não fica brava com o papai. — Luna pediu. — Papai, não deixa a mamãe brava de novo.
— Filha, vai pro quarto, a mamãe precisa conversar com papai um assunto de adulto. — Bianca comandou, dando um beijo na testa da filha.
— Vocês duas nos deixem a sós, por favor. — Enzo pediu.
As três sairam e os dois ficaram sozinhos.
— Eu não entendo porque você está tão irritada, essa situação me afetou, óbvio que eu tenho que me defender e deixar claro que ela armou pra mim, Bianca. — Enzo iniciou sem entender o motivo da irritação da amada.
— Enzo, a vida, a sociedade em geral não é a sua bolha, você tem que vigiar o que fala e o que incentiva na internet. — Bianca retrucou brava, Enzo não estava diferente, para ele Bianca cobrava uma perfeição dele desproporcional.
— Essa situação me afetou e eu estou levando na esportiva, por que você que nem está sendo citada está surtando desse jeito? — Enzo perguntou, cruzando os braços.
— Enzo, esse tipo de narrativa no fundo prejudica muito as vítimas de violência doméstica, um caso em que uma mulher mente, prejudica outras milhares no mundo inteiro, mas você fomentar a narrativa com certas palavras abre espaço pra abusadores usar a sua história pra constranger suas vítimas.
— Mas ninguém está falando que as vítimas de verdade mentem, estão apenas apontando a falta de caráter da Sofia e não tem nenhum abusador usando minha história pra constranger as vítimas. — Enzo rebateu totalmente alheio ao movimento se formando por causa da história dele.
— Enzo, você trabalha com mídia e conteúdos pra internet também, você sabe bem como narrativas podem ser criadas e usadas para prejudicar pessoas inocentes, você tem influência, eu só quero que você pare de banalizar esse assunto e tome cuidado com o que fala. — Bianca pediu.
Ela recuou o tom de voz e ficou mais calma vendo que poderia brigar com ele se os dois continuassem sendo rudes um com o outro. Enzo não queria recuar porque ele não enxergava aquela situação da mesma forma como Bianca e ele realmente não entendia essa cobrança em cima dele para tudo, não entendia porque para ela as atitudes dele tinham um peso 200 vezes maior, especialmente em relação a Juan.
Falando em Juan, neste momento da discussão entre os dois, a tela do celular de Bianca acendeu e era uma mensagem dele, mesmo que fosse uma mensagem casual, aquilo fez Enzo ficar ainda mais irritado. Aliás, com muito enciumado, o que deixava ele ainda mais confuso, homem não entendia porque era tão ciumento com Bianca.
— É engraçado você cobrar de mim sempre uma perfeição inexistente, eu tenho sempre que ser perfeito, politizado, um príncipe encantado, não posso errar nunca, mas quando uma pessoa faz algo pior, você não tem a mesma reação, seu caso com o seu irmão diz muito sobre isso. — Enzo falou colérico.
Ele sacudia as mãos para o alto freneticamente enquanto acusava Bianca, o que deixava Bianca mais impaciente.
— O Juan não é o meu irmão, minha relação com ele não te diz respeito e nossa conversa não é sobre ele, mi brujo. — Bianca murmurou um pouco cansada de brigar com Enzo. — Eu só espero que você reflita sobre esta situação, eu só… — ela recuou com suas palavras e negou com a cabeça, ela iria admitir que estava com medo por ela. — Já que você não está vendo as coisas com clareza, melhor que eu saia, não tenho estômago pra isso. 
— Você vai atrás do seu amante, não é? — Enzo perguntou imaginando exatamente o lugar onde Bianca iria.
— Eu não sabia que sua casa era a casa do meu amante, mas enfim, não vou continuar brigando com você, Enzo. — Bianca saiu da sala antes de Enzo protestar.
Bianca até o quarto de Luna e a viu brincando com os bonecos da Disney.
— Você e o papai brigaram? — Luna perguntou olhando ansiosa pra mãe.
— Não,  só conversamos e isso não é assunto pra uma criança, mocinha. — Bianca se sentou ao lado dela.
— Mamãe, não gosto de quando você e o papai brigam. — Bianca olhou para a pequena e forçou um sorriso após suas palavras. — O papa te ama.
— E a mama ama você.
Bianca começou a fazer cócegas em Luninha e depois brincou com a pequena até dormir. Quando ela iria saindo viu Enzo sentado, ele estava muito sério e tomando whisky, os dois se olharam.
— Eu não me entendo quando se trata de você e eu não te entendo quando se trata de mim. — Enzo murmurou sisudo.
— Olha, seja lá o que você queira falar, eu estou cansada de brigar, eu vou embora. — Bianca falou indo até o sofá para pegar sua mochila.
— Você vai encontrá-lo? — Enzo perguntou, engolindo em seco. — Você gosta de beijar o Juan?
— Isso não te diz respeito e eu não quero falar com você agora.   — Bianca respondeu irritada.
— Me diz respeito porque é minha e eu não entendo pode os pesos para mim tem outras medidas na sua vida. — Enzo murmurou, se levantando e indo até Bianca. — A minha Carol jamais agiria assim como você, ela me apoiaria no meio dessa confusão.
— Eu não sou a Carol e se você sente tanta falta, vá atrás dela, eu não serei substituta de ninguém. — Bianca murmurou dando de ombros.
— Você é cruel e até machuca as pessoas. — Enzo disse começando a chorar. — Só são só piadas, você não precisa exagerar por causa de umas piadas inocentes.
— Enzo, não entendo como você não vê as coisas como eu, não são apenas piadas inocentes. — Bianca admitiu chorosa. — Você me fez aquela proposta pra gente poder ficar mais sério, mas nem eu e nem você temos maturidade para um relacionamento agora.
Bianca iria saindo, ela chegou a dar meia volta, mas Enzo segurou o seu pulso e a puxou para si, em questão de segundos o homem segurou a nuca dela e juntou seus lábios nos dela.
Aquele beijo vinha carregado de muitos sentimentos, mas o principal deles era fúria, era voluptuoso e a respiração ofegante dos dois denunciava muito o quanto era urgente que os dois se tocassem.
Enzo segurou a perna de Bianca, apertando levemente a coxa da mulher que arfava em seus entre o beijo dos dois, ele a pegou no colo e ela entrelaçou suas pernas em meio a cintura dele. Ele se sentou no sofá com ela ainda em seu colo, como Bianca estava encaixada perfeitamente com a pelve nele, as genitálias deles se tocaram através das roupas, o que fez ambos gemerem abafado.
Aquela briga terminaria em sexo,  se Mari não chegasse em casa e visse a cena.
— Ah, meu Deus! — a mulher colocou as mãos no peito assustada. — Eu não queria interromper, eu vou…
— Não interrompeu, Mari. — Bianca saiu do colo de Enzo meio desconcertada.
— Olha, eu não queria interromper mesmo, continuem.— a mais velha incentivou.
— Você não interrompeu, mãe. — Enzo se ajeitou
— Foi melhor assim. — Bianca forçou um sorriso. — Eu vou pra casa.
Em outros momentos, Enzo se ofereceria para levar Bianca em casa, mas ele sabia que os dois iriam brigar mais, então apenas concordou e não se ofereceu.
Bianca pegou sua mochila e ela realmente iria saindo, mas Enzo suspirou pesadamente, pegou as chaves do carro e segurou a cintura de Bianca.
— Eu levo você, mi vida. — Enzo murmurou ficando mais calmo, ele ama abraçar o corpo dela.
— Bem, a Lulu já está dormindo, Mari. — Bianca avisou.
— Ela vai dormir a noite inteira hoje, o problema é só quando você não coloca ela pra dormir. — Mari comentou animada, ela estava feliz em saber que Bianca e Enzo estavam tentando ser um casal.
Mari estava mais animada, Bianca incentivava a sair, se divertir, procurar viver, a mulher estava até num grupo de crochê, o fato dela estar se permitindo viver ajudou muito no tratamento e o médico disse que as células cancerígenas estão regredindo.
— Ela é uma espoleta, mas é o meu amorzinho. — Bianca disse sincera. — Bem, eu tenho que ir, Mari.
— Dorme aqui, minha filha. — Mari incentivou.
— É, seria melhor você dormir aqui, a nossa filha iria amar. — Enzo endossou a ideia da mãe.
Bianca entendeu exatamente o que eles queriam, mas ela não queria ceder depois de uma briga, isso sem contar que ela sentia que da forma como Enzo e ela estavam se comportando, ele seria seu primeiro homem na vida para o sexo também e ela tinha medo entre essas brigas de fazer e se arrepender.
— Eu vou acompanhar a Cecília numa consulta amanhã, preciso ir pra casa. — Bianca não havia confirmado com a avó materna, mas só de ter uma desculpa para fugir de qualquer ato com Enzo, ela confirmaria.
— Bem, então melhor você acompanhá-la. — Mari suspirou derrotada. — Ah, no dia dos pais, vamos para o sítio da família no interior do estado e você irá conosco, não abriremos mão se sua presença. — Mari pensou rapidamente em outra opção para fazer os dois ficarem sozinhos.
— Eu sempre passo na casa da minha avó Lene, a família tem uma tradição de comemorar o dia dos pais em homenagem a ela, já que é o pai e a mãe de todo mundo. — Bianca se recusou. — Ou eu posso fazer um jantar pra comemorar com vocês, meus avós maternos e meu pai…se bem que eu não cozinho tão bem…mas podemos fazer isso.
— Você cozinha bem sim e está me devendo até hoje uma lasanha a bolonhesa, mocinha. — Mari disse sincera.
— Só você e a Lulu gostam da minha comida, descobri essa semana que eu não cozinho bem. — Bianca riu.
— Mi amor, quem disse isso está mentindo, você cozinha muito bem e o Estevan já disse que está chateado porque você não fez aquela torta de frango que você faz. — Enzo comentou relembrando as palavras do primo.
— Então façamos o seguinte, eu cozinho um jantar de dia dos pais pra você com suas comidas favoritas, pode ser uruguaia, vai ser o seu dia, mi brujo. — Bianca prometeu empolgada. — Bem, eu tenho que ir agora.
Ela se despediu de Mari e os dois saíram, durante o caminho Enzo colocou Radiohead para tocar.
— Agora eu entendo porque a Lulu prefere minhas músicas,  você realmente gosta de música de enterro. — Bianca comentou fazendo Enzo rir.
— Ter um bom gosto musical te assusta? — ele provocou colocando a mão na perna dela.
— Não, eu gosto da Beyoncé então eu entendo sobre um bom gosto musical. — Bianca devolveu a provocação pegando a mais mão dele e deixando na parte interna na coxa dela.
— Eres una atrevida. — Ele apertou a parte interna da coxa de Bianca que gemeu baixinho sentindo um calor intenso entre as pernas.
— Sabe, me desculpe pela forma como eu agi mais cedo, eu deveria ter sido mais calma não ter falado aquilo sobre a Carol. — Bianca iniciou querendo pôr um fim naquela discussão.
— Fica em paz, esse é o seu jeito comigo, eu já me acostumei. — Enzo ficou meio tenso, não queria brigar novamente.
— Eu gosto de você, mas essa coisa do assédio da mídia me assusta muito, mas isso não é justificativa para o meu comportamento hostil. Eu estou no projeto de iniciação científica sobre crimes na internet, um dos temas foi a forma como abusadores se utilizam da internet e da história de homens como você pra coagir suas vítimas, eu acabei ficando brava porque…
— Porque você tem medo de que os seus abusadores utilizem tudo o que está acontecendo pra te constranger? — Enzo a interrompeu deduzindo a situação.
— Me desculpa.
— Minha santa, eu entendi você, de fato analisando pelo seu ponto de vista é perigoso para as vítimas. — Enzo se comprometeu. — Nós nos resolvemos, deveríamos tentar o namoro, foi só um desentendimento — Enzo sugeriu.
— No meu coração sempre vai ser você, mas eu quero viver e eu entendo se você encontrar outra pessoa e resolver, mas eu não estou pronta para isso, não agora.
— Eu te espero o tempo que for necessário, mi santa. — Enzo prometeu triste.
— Enzo. — Bianca o chamou, ele a encarou. — Eu sei que não é da forma como você queria, mas eu amo você e sou grata por você ter me dado uma família.
Enzo acabou ficando emocionado e sorrindo sincero, ele sentiu seu coração acelerar e aceitou de uma vez por todas a decisão de Bianca.
— Eu te amo, minha santa. Não importa o que aconteça ou quem eu esteja, vai ser sempre você. Sou eu quem agradeço, você me ensinou a amar novamente. — Bianca sorriu genuína e sentiu seu coração ficar em paz.
Aquilo não era um adeus, era um até logo, não importa quanto tempo demorasse, Enzo e Bianca sabiam que eram um do outro.
O dia dos pais havia sido muito especial para Bianca, jantar com sua família, está ao lado do homem que é apaixonada,criar memórias felizes era algo que ela sonhou por muito tempo, a única pessoa que ela sentiu falta naquele domingo dos dias dos pais foi Juan, mas ela não ousava mencionar nada que envolvesse a vida do homem.
— Aproveitando que você é amigo da Mari, fala para ela ir pro aniversário da Lene no domingo que vem, vai ser tão bom e seria ótimo ela mostrar que tem o samba no pé como ninguém, Osmar. — Ademar, filho de Lene pediu.
— Eu acho que você tem razão, um samba de respeito sempre tem a presença da Mari. — Osmar apoiou o homem. — Você concorda com o vovô, Abejita?
— Sim, minha abuela dança muito bem, vovô Mar. — Luna respondeu elogiando a avó.
— Ademar, eu já conversei com Lene, eu não estou bonita pra sair. — Mari estava perdendo muito cabelo com quimioterapia e ela não queria sair de casa se sentindo feia, isso deixava a mesma muito triste, ela sempre amou seus cabelos cheios e longos.
Por muitas vezes Enzo abraçou a mãe enquanto a mesma chorava por perder grandes quantidades de cabelos, aquilo fazia ela querer chorar na frente de todos, mas o sorriso gentil e terno de Bianca consolava a mulher.
— Mas Mari, não diga um absurdo desses, você está sempre linda! — Bianca disse indignada. — Aquele vestido verde florido que você tem com aquele batom vermelho vai ficar perfeito em você. — a jovem já estava imaginando um look para Mari.
— E quem fica bonita estando careca, Bibi? — Mari indagou descrente.
— Você, abuela!
— Eu concordo com Bianca, uma vez cortei meu cabelo e fiquei careca, foi a época que eu mais me senti bem, Mari. — Lene comentou encorajando.
— Eu não sei…
— Mari, pare de graça você é uma das mulheres mais lindas que eu já conheci, fica linda de qualquer jeito e o pagodinho da vovó Lene não é pra ir chique é pra se divertir, ninguém vai olhar para sua aparência física e mesmo se olhassem só iriam constatar que você é uma mulher linda e uma coroa de respeito, viu? — as palavras de Bianca fez com que Mari desse uma risada sincera e espontânea.
— Eu concordo com a girassol, você é uma mulher muito bonita. — Ademar falou mostrando o interesse em Mari. — Com todo o respeito, é claro.
— Obrigada. — ela agradeceu. — Eu irei, já que eu conheço a peça, ela não vai ficar quieta enquanto eu não disser que vou.
— É óbvio, você é linda, dança bem, super gente boa, vai pro pagode e ainda arrasar corações. — Bianca murmurou divertida, o que fez Mari gargalhar.
A risada da mãe fez Enzo sentir um certo alívio, ele também estava tentando alegrar a mãe, mas era impossível e Bianca em minutos conseguiu o feito, ele entregou uma garrafa de cerveja para Osmar e se sentou ao lado de Bianca, passou o braço pelo ombro da jovem que encostou a cabeça no seu peitoral,  mesmo que negassem eles se comportavam como um casal.
Foi um momento tão espontâneo entre eles, especialmente por Luna estar no colo da mãe, que nenhum dos dois notaram os olhares de estranheza para aquela cena.
— Está decidido, você irá, Marilene, se você não for, eu venho aqui pessoalmente lhe arrastar para o meu pagode. — Lene decidiu fazendo Mari concordar.
— Ainda bem que vocês estão aqui, ela não quer sair de casa de jeito nenhum. — Esteban comentou.
— O Enzo até levou ela numa roda de samba aqui perto, mas ela não quis ficar. — Julia acrescentou.
— Eu não julgo ela, roda de samba feita por branquelo playboy não é legal como a roda de samba tradicional. — Lene respondeu fazendo Mari rir concordando.
— Vocês tinham que ter me consultado, eu conheço algumas rodas de samba nessa região de playboy que são maravilhosas.  — Bianca falou, erguendo a cabeça para encarar Enzo.
— Pensé en hacer esto, pero estabas estudiando, no quería molestarte, santa mía. — ele sorriu. — Y saldrías con nuestra hija. — Enzo beijou o topo da cabeça da filha.
Luninha sorriu ao ver os pais tão próximos e íntimos.
— Mesmo assim, quando é pra Mari nunca será um incomodo, mi brujo. — ela sorriu acariciando o rosto dele.
— Vocês dois estão namorando? — Nicole perguntou curiosa dando um sorriso malicioso.
— Ainda não. — Bianca respondeu prontamente.
— Mas iremos, sua irmã vai ser minha esposa um dia. — Enzo disse para si mesmo como se fosse uma promessa.
— Se eu não te matar antes, né, Enzo? — Osmar murmurou ciumento.
Todos riram da reação ciumenta de Osmar e o que se sucedeu foi uma conversa leve, descontraída, Bianca desejava que aquele momento durasse para sempre, que aquelas cenas se repetissem todos os domingos.
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glitchylaptop · 5 months ago
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-Bibi
Estas igual como yo cuando mirara el cielo de nuestro headspace
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vanygelosaa · 6 months ago
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Como las operaciones estéticas y nuestro fanatismo por la perfección puede llegar a matarnos.
Mujer muere poco antes de su boda tras realizarse cirugía para adelgazar.
Según medios locales, la joven “quería tener un cuerpo de princesa” para el día de su boda; familiares acusan negligencia.
Una joven ingeniera de 31 años, Laura Fernandes Costa, falleció once días después de someterse a una cirugía para colocar un balón gástrico en una clínica de Belo Horizonte, Brasil. Su familia denuncia presunta negligencia médica y falta de atención por parte de los profesionales que la atendieron.
Costa, quien organizaba su boda, se realizó la intervención el pasado 26 de abril con el objetivo de bajar de peso antes de la ceremonia. Sin embargo, al día siguiente comenzó a presentar vómitos con sangre, por lo que acudió de urgencia a la misma clínica donde la operaron.
Según la familia, los médicos no brindaron la atención adecuada a Laura, ignorando su solicitud del 30 de abril para retirar el balón gástrico. Finalmente, el 2 de mayo, otra clínica accedió a su petición, pero ya era demasiado tarde.
Según información de G1, medio brasileño, la joven falleció a causa de una infección generalizada provocada por un agujero en su estómago, tal como indica el certificado de defunción.
La familia de Costa exige justicia y que se investigue a fondo el caso. “La clínica no solo podría haber brindado un mejor apoyo, sino también evitarlo”, declaró al medio citado el prometido de la víctima, Matheus Turchete.
“Los especialistas dijeron que no podría haberse sometido a este procedimiento debido a su Índice de Masa Corporal (IMC), que no respaldaba esta cirugía. Pesaba 70 kilos“, “En realidad, no tenía que hacerlo. No era obesa, era una persona sana“, lamentó.
Yo opino que la obsesión que la gente tiene con la perfección se deriva de prejuicios sociales y un descontento que se tiene cn uno mismo.
Fuentes: reporteindigo.com
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Muere Luana Andrade por realizarse una liposuccion y tener complicaciones.
Luana Andrade, de 29 años de edad, se sometió a una cirugía estética, en una clínica privada de São Paulo, pero derivó en un proceso médico de alto riesgo y falleció.
La famosa influencer, originaria de Brasil y muy cercana a Neymar (del Al-Hilal FC), perdió la vida el 7 de noviembre de 2023, después de que llevó a cabo el procedimiento de liposucción.
De acuerdo a la agencia MM Estilo de Imagem, Luana Andrade padeció cuatro paros cardiacos en en lapso de dos horas y media; la complicación médica obligó a su traslado a terapia intensiva del Hospital São Luiz, en la región de Itaim Bibi.
En detalles de la cadena CNN, Luana Andrade realizó la liposucción en uno de sus muslos, una riesgosa acción médica que terminó en una “embolia pulmonar” que obstruyó el flujo sanguíneo y “se le atasc�� una arteria en los pulmones”.
Incluso, la actual pareja de la influencer y modelo, Joao Hadad, envió en sentido mensaje a través de su cuenta de Instagram: “No tengo palabras para expresar lo feliz que fui; hoy es difícil entender los planes de Dios y no sé cuándo y si alguna vez procesaré la ausencia que harás en mi vida y en la vida de una legión de personas que amaron tu presencia. Eres mi sol princesa, te pido que sigas cuidando de mí y de todos nosotros desde arriba”.
Desde mi punto de vista podemos ser tan viciosos a obtener la perfección que incluso arriesgamos nuestra vida por procedimientos estéticos que en la mayoría de casos ni si quiera son necesarios.
fuentes : La Nación (periódico) , Foxsports.com.
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La baja autoestima aumenta las cifras de suicidio en jóvenes.
La conducta suicida se ha incrementado en jóvenes y adolescentes mexicanos. El objetivo fue estudiar el efecto de la autoestima y la depresión en la ideación suicida en adolescentes estudiantes de secundaria y bachillerato de la Ciudad de México (CDMX) en 2012. Se analizó la Encuesta de Consumo de Drogas en Estudiantes en CDMX utilizando análisis de factores confirmatorio y un modelo de ecuaciones estructurales. Las estudiantes tuvieron mayor prevalencia de ideación suicida, depresión y baja autoestima. La autoestima y la depresión tuvieron un efecto directo en la ideación suicida. La autoestima tuvo un efecto negativo sobre la ideación suicida, cuando está mediada por la depresión. Los estudios sobre ideación suicida ayudan a generar evidencia para la planeación, diseño y evaluación de estrategias, políticas y programas de prevención del suicidio.
Este es el claro ejemplo de cómo los prejuicios y compararnos con los demás pueden llevarnos incluso a la muerte.
Fuente:www.scielo.org.mx
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confusedjewishnoises · 11 months ago
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Me levanto todos los dias y me acuerdo que soy judio, bailo rikudim y educo jovenes de manera no formal y soy un poquito mas feliz...
pero despues abro las redes sociales y me acuerdo que vivimos en un mundo antisemita que usa su desinformacion y odio injustificado hacia mi pueblo para llevar una bandera de la cual no saben nada, gritando ser "antisionista no antisemitas", pero despues dicen que la unica solucion es que Israel deje de existir, como si la paz no hubiese sido e intentara ser una opcion. Pidiendo paz por el pueblo palestino pero reclamandole al gobierno equivocado (no defiendo al gobieno de bibi nethaniayu porque es la peor mierda que le paso a israel), que yo recuerde gaza es gobernado por un grupo terrorista que pone municiones en incubadoras, tira misisles desde departamentos, pone tuneles abajo de escuela y mata a aquellas personas que intentan huir o buscar ayuda humanitaria. Asi pensemos bien, no seria mas facil dejar su odio hacia un pueblo lastimado desde hace milenios, para ayudar a otro a recuperar su democracia y libertad de estos terroristas?. no es mejor pedir que liberen a los secuestrados? Que nos digan que paso con Kfir y Ariel? que tienen 1 (kfir cumplio el año en cautiverio) y 4 años y son ls unicos niños que siguen secuestrados, lo que significa que Hamas (para sorpresa de nadie) no cumplio con su parte del trato de liberar a TODOS los niños.
Por que ustedes pueden caminar con baderas palestinas y carteles que piden el exterminio de un pais entero (el unico estado judio, el cual esta rodeado por mas de 5 paises arabes que varias veces en sus 75 años quisieron destruirlo) y yo me tengo que preocupar si se me ve el maguen david o las letras en hebreo o digo una palabra en yidish, porque tengo que ver como un nene de 10 añostuvo que ser expatriado por su seguridad y ser traido a un pais donde nadie habla su idioma, donde tiene miedo y no sabe cuando es seguro volver a casa, porque le tengo que explicar a mis alumnos que hacemos una ceremonia con duelo porque se murieron miles de personas. les parece justo que la primer vez en la historia de las marchas del orgullo argentinas que iba a haber una carroza de las juventudes judias tuviese que ser cancelasa, porque estaba la posibilidad que nos lastimen, nos piedreen, nos pintara o nos balearan? mientras que las personas antisemitas caminaban con carteles y carrozas pidiendo que deje de existir el unico estado que realmente me protege como judio. Mi primer marcha y la tuve que vivir con miedo y escondido para que no me lastimen
Piden el cese de fuego, sabian que despues de la liberacion de algunos secuestrados, hubo un cese? Ah no? Sabian que Hamas rompio ese cese de fuego bombardeando una ciudad israeli 30 minustos despues de que haya arrancado el cese? Y quw cada vez que se pidio un cese con la unica condicion de que se liberaran a los secuestrados y los cuerpos de los muertos HAMAS se nego?
No hay que "liberar" a Gaza de el falso apartheid israeli que los medios nefastos inventaron, hay que liberarlos de los terroristas que no les permiten huir, comer, vivir en paz, VIVIR. Les mismes gazaties les piden a las FDI que saquen a Hamas. Esto no es una guerra contra un pueblo es una guerra contra terrorista, no voluntaios, no luchadores por la libertad, no martires ni heroes ni nada de eso, TERROSITAS, que se visten de civil y se rodean de civiles para que sus muertes parezcan una masacre intencional.
Estoy cansado de ver como el pueblo judio sufre, como desde hace mas de 4 meses lo unico que queremos es que la pesadilla pare y todo vuelva a como era antes del 7, pero no se puede, porque los muertos siguen muertos, los heridos heridos, los niños traumados, los padres sin hijos y los hijos sin padres, mi amiga sin sus tios, las casas siguen quemadas, kfir sigue cumpliando meses en un pozo, los soldados siguen cayendo, las bombas tambien, el pueblo israeli y palestino sigue sufriendo por culpa de Hamas, les judies de la diaspora sigue escondiendo su maguen david y llorando a gente que nunca conocio y aun asi esta contectada a todes nosotres. Pasaron mas de 4 meses y no vamos a parar hasta que la ultima persona vuelva a su casa
Y hoy mas que nunca grito y gritamo
AM ISRAEL JAI
EL PUEBLO DE ISRAEL SIGUE Y SEGUIRA VIVO
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sereoflove · 9 months ago
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Dibuje a mi hermano / tu novio asi que queria enseñartelo :3!! Espero que te guste :D!!-Bibi
OMG¡! ESTA BIEN HERMOSO!! ME ENCANTA MUCHISIMO COMO LE DIBUJASTE ♡♡
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satethesatelite · 9 months ago
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I was checking out your blog and someone asked for lore and you said that it wasnt avialable in English, ok i don't care GIVE TO ME IN SPANISH SO I CAN HYPERFIXATE ON YOUR CREATIONS please🥺🥺🥺
Wep- I have a document with some lore (is terrible, I know) https://docs.google.com/document/d/1UQGvTvbS19YDx5823CujHHnUEKWaHJjk63jk9CmI3vU/edit?usp=drivesdk
PERO BÁSICAMENTE:
En mengüe había en la antigüedad (y ya no) unos cuantos seres medio poderosos llamados entidades, que hacían pactos con la gente y así surgió toda la magia de este mundo. Entre las cosas que se inventaron fueron la gente chiquita, que no me olvido que este es una cuenta gt :|. Y bueno, estas entidades se extinguieron y quedó lo que quedó. También pasó que una de estas entidades, uno llamado Quinto, fue a parlitúa, otro mundo paralelo a este. Y que pasó con esto? Bueno, se desestabilizó el sentido de parlitúa y se generaron estos bibis (los poderes raros que tiene la gente) para compensar. Estos bibis son únicos por nombre, osea que todas las personas que se llaman igual tienen el mismo Bibi (o nombres que significan lo mismo, como Juan y Jhon). También está parlegua, que es como un mundo normal solo que cada tanto pasan cosas medio extrañas. Hay unos dragones viviendo ahí por ejemplo.
Y después de este choclo espantoso voy a poner datitos curiosos porque para eso estoy:
-En mengüe pasa una cosa llamada "ticas" que son cuando un colectivo (bus, combi, transporte público) se teletransporta por un par de calles a un lugar aleatorio del mundo y después vuelve al lugar desde estaba antes. Esto es relativamente normal.
-Hay un bosque hecho con pulmones del tamaño de un árbol mediano, es otra dimensión y ahí está el one pice y también papá noel chiquito. Es la dimensión por la que pasan todos los conjuros de cosas más grandes por adentro que por afuera y así.
-La gente no toma alcohol, toman vinagre con miel de lana.
-Podés hacer un mecha con huesos de dinosaurio.
-A veces llueven fluidos no newtinianos.
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sdj-official-fictive · 1 year ago
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HOLA BIBI COMO ESTAS HOY AYER ME HICE LAS UÑAS Y ME ATACO UNA PLANTA HRU -Jasmine
ESTOY BIEN GRACIAS POR PREGUNTAR!! ESTA HACIENDO ALGO DE FRIO PERO SEGUIMOS GENIALES
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thewildfl0wer · 2 years ago
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( mssg to Wen 🐺🧡🏎️): Hmmm 🤔 según sé, creo que solo son amigos, el chico lindo que se parece a Song Kang 🔥💗🛐🤭 ¡Ethan! Él y ella son amigos, a parte Bibs dice que no lo ve como una pareja 👀 pero yo le creo la mitad, la he visto sonriente cuando se trata de ir a verlo o platicando cuando debo dejarlos sólitos, como que nuestra mapache se pone suave pero no lo admite anyways 🤭 si te digo la verdad no creo que ni siquiera se hayan besado, tampoco tomado de la mano entonces... 😏😏😏
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(mssg to @ Seol 🦊​🧡​⛸️): Ethan, interesanteeee🤭🤭🤭
(mssg to @ Seol 🦊​🧡​⛸️): Si se parece a Song Kang debe ser muy lindo
(mssg to @ Seol 🦊​🧡​⛸️): Yo digo que hay que invitarlo e interrogarlo
(mssg to @ Seol 🦊​🧡​⛸️): Si Bibi se compra esa cosa del tamaño de un antebrazo, algo esta pasando...y ese chico es sospechoso directo. No quiero verla con mapachitos tampoco pero deben saber cuidarse.
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zerounotvadri · 2 months ago
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Tehmplo presenta:
 Temporada Tulum 2025 
 La mejor forma de despedir e iniciar el año con estilo by Lostnights Events & Mandala Group.
¡La Riviera Maya se prepara para recibir los eventos más electrizantes de fin de año y comienzos de 2025 gracias a Lostnights Events & Mandala Group! 
Esta productora, que lleva más de 16 años destacándose en la industria de la logística y producción de eventos masivos y su aliado estratégico Mandala Group son creadores de experiencias y líderes de la vida nocturna en México. Esta fusión ha perfeccionado el arte de combinar el lujo y lo salvaje, lo moderno y lo ancestral, creando eventos que no solo entretienen, sino que inspiran. Tehmplo Tulum, un espacio rodeado por la selva, es el lugar ideal para esta mágica combinación, ofreciendo a sus visitantes un entorno donde la música y la naturaleza se unen en perfecta armonía. Su enfoque en la innovación, creatividad y excelencia ha transformado cada evento en una celebración de la música, la cultura y la comunidad.
Pero si hay un evento que encapsula la fusión de tradición y modernidad, ese es el Mayan Warrior. Originado de la colaboración entre artistas, músicos, tecnólogos y diseñadores de México y California, este proyecto celebra la música electrónica contemporánea y rinde homenaje a sus raíces mayas. El próximo 31 de diciembre, Mayan Warrior llegará a Tehmplo Tulum para una noche que promete ser inolvidable, reuniendo arte, luz y sonido en un espectáculo que celebra la herencia cultural y la innovación moderna.
El próximo 5 de enero de 2025, la atmósfera mística de Tehmplo Tulum se encenderá con las presentaciones de Michael Bibi y Maceo Plex, dos de las figuras más influyentes de la música electrónica global. Acompañados por talentos como MAGA, METRIKA (en vivo) y HANK, este evento promete ser un viaje sensorial único, en el que la jungla y la música se funden para crear una experiencia sin igual. 
Y eso no es todo: el 9 de enero, Solomun, el legendario DJ y productor, hará su esperado regreso a este icónico recinto tras su inolvidable actuación en enero de 2024. Tehmplo se transformará una vez más en un espacio mágico y místico, cautivando a los asistentes con su energía envolvente y su distintivo espíritu bohemio.
La historia de Lostnights Events está marcada por una impresionante lista de producciones, desde los emblemáticos eventos tales como: Day Zero en Tulum hasta eventos internacionales como Get Lost en Miami, Nueva York, Ciudad de México, Montenegro y Art Basel. Además estuvo a cargo de la producción de: Armando Manzanero en Chichen Itza y Manuel & Mijares en Las Vegas. Asimismo, cada temporada de fiestas de fin e inicio de año, han incrementado en una derrama económica de más de 20 millones de dólares, desde restaurantes, hoteles, transporte y ha otorgado más de 600 empleos para la comunidad local de la zona.
Esta trayectoria no solo resalta su capacidad para gestionar eventos de alto calibre, sino también su compromiso con la comunidad y el medio ambiente. 
Así que prepárate para despedir el año y comenzar 2025 con noches inolvidables que capturan la esencia de la Riviera Maya y el espíritu de celebración que caracteriza a Lostnights Events. Cada experiencia es una invitación a sumergirse en un mundo donde la música, la naturaleza y la comunidad se entrelazan para crear recuerdos que perdurarán por siempre.
@lostnights_events
lostnights.mx
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divulgacion-alternativa · 3 months ago
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Fuente: benjaminfulford.net
youtube
El Fin de Israel y comienza la guerra civil en EE.UU.
Continúan los acontecimientos de escala verdaderamente bíblica mientras la estructura de poder occidental controlada por la mafia jázara implosiona. El Estado de Israel ha sido decapitado, la Iglesia católica está en quiebra y ha comenzado una guerra civil a gran escala en los Estados Unidos.
Empecemos por Israel. El ataque con misiles iraníes del 1 de octubre contra Israel fue mucho más devastador de lo que informaron los medios occidentales. Una fuente del Pentágono afirma:
“En las últimas 48 horas, miles de israelíes han muerto en el ataque con misiles iraníes. El ministro de Defensa, Yoav Galant, ha muerto. La mitad de las pistas han quedado destruidas, al igual que 30 aviones estadounidenses F-35. Los israelíes están ocultando todo esto. Los sionistas están muertos de miedo. El Estado de Israel puede no existir el 15 de octubre”.
Fuentes del Mossad confirman que “Israel está bajo un nuevo liderazgo, con Herzi Halevi, jefe del Estado Mayor de las Fuerzas de Defensa de Israel, al frente. Yoav Galant, el ministro de Defensa, ha sido asesinado”.
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Las fuentes añaden: “Mientras tanto, Bibi [Netanyahu] también está en otra dimensión. Esperemos que arda en el infierno. Como un cerdo asado a la parrilla”.
Otra confirmación la dieron los masones de la logia P3, que señalaron “inconsistencias en un video difundido de poco más de dos minutos de Netanyahu. Al principio, Netanyahu tiene a su lado al jefe del Mossad, Barnea, y a un militar israelí de alto rango. Al final, hay dos personajes completamente diferentes. Se trata de un montaje de dos escenas completamente diferentes y con toda probabilidad se trata de viejas imágenes de archivo presentadas como recientes”.
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Un diplomático israelí también nos envió un vídeo que muestra lo que él dice fue la sede del Mossad siendo destruida.
El video que publicamos el sábado resulta ser un video de una explosión en Tian Jing, China, hace 9 años, sin embargo, fuentes del Mossad nos dijeron que la sede del Mossad había sido atacada y que el jefe del Mossad estaba muerto.
Observamos además que Israel no ha respondido al ataque iraní a pesar de los numerosos llamamientos para que lo haga.
He aquí la razón, según fuentes iraníes:
“Si Israel intenta bombardear las instalaciones nucleares de Irán, los iraníes lo sabrán antes de que los misiles puedan alcanzar el objetivo y serán neutralizados. Irán disparará dos misiles nucleares hipersónicos, uno sobre Tel Aviv y otro sobre Haifa. Israel dejará de existir. Estos viajan a Mach 25 y pueden llegar a Tel Aviv en 3 minutos. Son indetectables por cualquier tecnología conocida. Los misiles hipersónicos mucho más lentos, utilizados en este último ataque, tardaron 10 minutos en llegar a Tel Aviv desde Irán. Destruyeron la Cúpula de Hierro y mucho más. Hay judíos sionistas que aparecen como iraníes que ocupan puestos ministeriales muy altos en Irán, trabajando para Israel. Sus nombres son conocidos. También llevan pasaportes estadounidenses”.
También estamos escuchando que las tropas israelíes enviadas al Líbano están siendo masacradas en masa. Aquí puedes ver un vídeo de una columna de estas tropas siendo destruida.
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La mayor parte de la información anterior se eliminó repetidamente de mi computadora pero, como estoy acostumbrado a este tipo de trucos, se recuperó usando varios dispositivos de respaldo.
Fuentes del MI6 informan de que, en respuesta a la devastación y a las amenazas de evaporar a Israel, los poderosos judíos de alto nivel están tratando de negociar la sustitución del estado satánico de Israel por el nuevo estado de Judea, afiliado a Dios. Esto incluirá tanto a los judíos nativos como a los judíos inmigrantes. A este nuevo estado se le permitirá reconstruir el Templo en su ubicación original, que no está cerca de la mezquita de Al Aqsa. Así que sí, eso se califica como una noticia de escala bíblica.
Ahora veamos el caso de la Iglesia Católica. Está en quiebra y a punto de ser disuelta. Varias fuentes de las agencias de inteligencia confirman que son dueños del Banco de America, que a su vez es dueño de la Corporación de los Estados Unidos de América. Para ocultar el hecho de que el Banco de America y la Corporación de los Estados Unidos están en quiebra, el banco parece haber "tomado prestado" fondos de sus depositantes para crear la apariencia de que era solvente al final del año fiscal de su Corporación de los Estados Unidos el 30 de septiembre.
Esto se informó en las noticias cuando el Banco de America experimentó cortes en todo el país, dejando a los clientes con saldos cero en sus cuentas y solo sus deudas visibles.
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https://edition.cnn.com/2024/10/02/business/bank-of-america-outage/index.html
En otra señal de problemas en la Iglesia Católica, el 1 de octubre se celebró una reunión de emergencia de obispos, o Sínodo, que emitió un mea culpa por el abuso sexual infantil por parte del clero diciendo: “Nos sentimos avergonzados”. Una petición de perdón pronunciada en nombre de la Iglesia por el cardenal Sean O'Malley durante una vigilia penitencial en San Pedro decía: “Pido perdón, sintiéndome avergonzado, por todas las veces que nosotros, los fieles, hemos sido cómplices o hemos cometido directamente abusos de conciencia, abusos de poder y abusos sexuales… hemos utilizado la condición del ministerio ordenado y de la vida consagrada para cometer este terrible pecado, sintiéndonos seguros y protegidos mientras nos aprovechábamos diabólicamente de los pequeños y los pobres. Perdónanos, Señor”.
Observe que el rostro falso del Papa Francisco, con su máscara de silicona, está borrado en la fotografía del artículo del cual se extrajo esta cita.
https://ansabrasil.com.br/english/news/vatican/2024/10/01/synod-says-mea-culpa-for-abuse-we-feel-ashamed_001246e2-982d-4708-be53-3a14a934fd78.html
La Iglesia está sufriendo una fuerte caída de las donaciones procedentes de África y Sudamérica, donde reside la gran mayoría de los católicos. Esto se debe a que los verdaderos cristianos están disgustados con sus recientes pronunciamientos y todos los escándalos financieros, sexuales, etc. La Iglesia no puede pagar las demandas interpuestas por sus numerosas víctimas. Tal vez sea hora de liquidar sus propiedades inmobiliarias para compensar todos los daños.
Esto es lo que dijo un empleado de la agencia de inteligencia cristiana polaca sobre la Iglesia Católica:
“Las campanas de las iglesias llaman a la gente a arrodillarse como esclavos en lugar de levantarse de sus rodillas y cobrar dinero por ello. Solían haber campanas en las torres de las iglesias, luego las cambiaron por cruces, así es como bloquean el flujo de energía. Todos aquellos del Vaticano que participan en la matanza de niños, en la producción de adrenocromo y en los que lo toman, verán sus cuerpos esparcidos en polvo”.
Recuerden siempre que la caída de la iglesia satánica significa la liberación de sus esclavos cristianos.
El colapso de la corporación estadounidense del Vaticano ya ha desencadenado una guerra civil dentro del ejército estadounidense, que enfrenta al Comando Espacial de Estados Unidos con el Comando de Fuerzas Especiales y Guerra Psicológica de Estados Unidos en Fort Bragg, Carolina del Norte.
El Comando Espacial utilizó armas climáticas para aislar la base y la ciudad de Asheville, Carolina del Norte. También está utilizando estas armas para inundar la enorme red de túneles subterráneos que hay allí.
https://benjaminfulford.net/wp-content/uploads/2024/10/THE-CANADIAN-PRESS-North-Carolina-dam-releases-floodwater-after-Hurricane-Helene.mp4
https://benjaminfulford.net/wp-content/uploads/2024/10/flood-footage-from-north-carolina-looks-like-a-tsunami-coming-in.mp4
https://benjaminfulford.net/wp-content/uploads/2024/10/North-Carolina-flooded-when-Duke-Dam-released-the-water.mp4
https://benjaminfulford.net/wp-content/uploads/2024/10/Something-weird-about-the-floods-in-NC.mp4
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Y sí, Marjorie Taylor Greene (@mtgreenee) confirma lo que ya sabíamos… pueden controlar el clima . “Es ridículo que alguien mienta y diga que no se puede hacer”.
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Como ejemplo de lo que ella dice, la provincia iraní de Mazandaran sufrió una nevada inesperada a finales de septiembre. Hace una semana, las temperaturas en la región superaron los 30°C.
https://benjaminfulford.net/wp-content/uploads/2024/10/Irans-Mazandaran-province-has-experienced-a-very-unexpected-late-September-snowfall.mp4
Esto es lo que una fuente de la fuerza espacial dijo sobre el ataque de guerra climática en Carolina del Norte:
Español La destrucción total de Biltmore Village en Asheville – la finca Biltmore, propiedad de la familia Vanderbilt [Anderson Cooper], también se inundó. Resulta que el niño pedófilo enfermo que se ve abajo era propiedad de nada menos que Tony Podesta [Rockefeller], orgulloso miembro del “club de los zapatos rojos” y hermano del pervertido y jugador de Pizzagate John Podesta. Se supone que el niño de piel pálida que aparece colgado de las manos en la fotografía de abajo es Anderson Cooper – cuando era niño, “posó” para la “fiesta” – en la piscina muy vacía ubicada en el sótano de la finca Biltmore, ahora inundada. La familia Vanderbilt, en particular Gloria la madre, eran conocidos practicantes de magia negra y miembros del ocultismo. El hijo mayor de Gloria [en la foto], se suicidó a los 23 años. ** NOTA: Asheville es un centro de tráfico sexual infantil en los Estados Unidos y es conocido por tener túneles subterráneos profundos y una larga historia de ocultismo y abuso ritual satánico.
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El Comando de Fuerzas Especiales y Guerra Psicológica de los Estados Unidos en Fort Bragg (recientemente rebautizado como Fort Liberty) estuvo fuertemente influenciado por el autodenominado satanista Michael Aquino. Aquino fundó el Templo de Set y ha estado asociado con el abuso sistemático de menores en el centro de desarrollo infantil del ejército.
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https://en.wikipedia.org/wiki/Michael_Angelo_Aquino
En una señal de que se trata de una operación militar, la cobertura de telefonía móvil no está disponible en la región inundada y se está impidiendo que los helicópteros privados evacuen a la gente de la zona . Esto es para evitar que los satanistas pedófilos de alto nivel escapen, dicen fuentes de la fuerza espacial.
https://dnyuz.com/2024/10/05/the-troubling-quiet-of-north-carolinas-cell-service-outages/
Como evidencia de que en esta operación se está rescatando a niños tenemos un testigo que dice: “Un amigo liniero verificó que los niños estaban desnudos y caminaban buscando a sus padres cerca de Old Fort Rd.”
https://www.rumormillnews.com/cgi-bin/forum.cgi?read=247014
Si estos niños salieran de un hogar residencial normal, al menos estarían en pijama y no deambulando desnudos.
Este abuso infantil se está produciendo a escala industrial:
El 19 de agosto de 2024, el Departamento de Seguridad Nacional anunció que había perdido el rastro de más de 300.000 niños. Pero, ¿qué significa esto exactamente?
Comenzamos nuestra investigación visitando puerta a puerta las direcciones de los niños más vulnerables de nuestra lista, centrándonos en los más pequeños, que corrían el mayor riesgo de ser víctimas de trata.
Uno de nuestros primeros hallazgos fue una casa abandonada donde supuestamente habían sido entregados dos niños de 7 y 10 años. No está claro qué pasó con los niños que fueron entregados al patrocinador en esta dirección; finalmente no pudimos localizarlos.
Los niños son despertados a las 3 de la mañana y llevados del centro de detención a sus patrocinadores sin la oportunidad de despedirse de sus amigos.
Alexa y su amiga habían acordado ponerse en contacto por Facebook una vez que estuvieran a salvo con sus patrocinadores. Lamentablemente, Alexa nunca volvió a saber nada de su amiga.
https://www.muckraker.com/articles/finding-the-feds-missing-children/
Como evidencia adicional, eche un vistazo a los modelos que fueron reclutados por la visitante de la Isla Epstein, Rachel Chandler (suena como 'manipuladora de niños').
¿Te parecen modelos estos niños y niñas? ¿O víctimas de abuso? Observa los ojos negros.
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Ahora, la mafia jazara están intentando utilizar la alta tecnología para victimizar a aún más niños. Una nueva aplicación muestra cómo las gafas inteligentes Meta de Mark Zuckerberg podrían convertirse en una herramienta para los traficantes de niños, permitiéndoles escanear a cualquier persona en la calle y obtener acceso instantáneo a información personal, como direcciones de domicilio, mediante reconocimiento facial. Esta tecnología podría ser utilizada por los traficantes de personas para averiguar dónde viven los niños y planear sus secuestros con una precisión inquietante, según la inteligencia polaca.
También hemos oído que el cierre de todos los puertos de la Costa Este de Estados Unidos el 1 de octubre se debió tanto a la quiebra de la corporación estadounidense como a un esfuerzo por detener el tráfico de niños. Los trabajadores portuarios dijeron que estaban cansados ​​de oír los gritos de los niños que salían de los contenedores. Dicen que los puertos se cerraron en parte para que se pudiera instalar un sistema que hiciera un seguimiento de todos los contenedores y evitara su uso para el tráfico de personas. Por supuesto, la otra razón fue que sus salarios no se mantenían al ritmo de la inflación.
https://www.rumormillnews.com/cgi-bin/forum.cgi?read=247053
Esto ocurre mientras nos llegan informes de que, tras un ataque meteorológico en Florida, las evacuaciones obligatorias en los Cayos de Florida implicaron que el tráfico se desviara por una única ruta. El ejército estaba preparado para cerrar el tráfico. Escoltaron a las personas desde sus coches hasta refugios cercanos. Pensaron que los estaban llevando a un lugar seguro, pero los iban a asesinar.
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No sabemos si se trataba de personas inocentes o satanistas que estaban siendo masacrados, pero, en cualquier caso, es una prueba más de que una guerra civil realmente ha comenzado.
Hay otro aspecto de esta guerra climática contra Carolina del Norte y podría llevar a un cierre de la industria mundial de semiconductores. La economía moderna se basa en una sola carretera en Spruce Pine, Carolina del Norte. La ciudad de Spruce Pine está varada porque las carreteras principales que la unen con el resto de Carolina del Norte y los EE.UU. están inundadas… La carretera llega a las dos minas que son el único proveedor del cuarzo necesario para fabricar los crisoles necesarios para refinar las obleas de silicio. La zona también alberga los depósitos de litio más grandes del mundo.
Entendemos que muchos residentes inocentes de Carolina del Norte han sufrido como resultado de esta guerra civil militar estadounidense. Sin embargo, también notamos que muchas de las personas que guardaron silencio sobre el ataque con armas de energía dirigida a Maui están teniendo un ataque de ira por el ataque a Carolina del Norte.
La razón es que el ataque a Maui fue diseñado para robar bienes inmuebles para los criminales habituales de Vanguard, State Street, Invesco , etc.
https://benjaminfulford.net/wp-content/uploads/2024/10/They-tell-you-in-movies.-The-truth-is-there-for-everyone-to-see.-Hidden-in-plain-sight.-.mp4
Sin embargo, echemos un vistazo a quién posee el depósito de litio más grande del mundo y el cuarzo especial que solo se encuentra en Spruce Pine:
Piedmont litio inc.
Blackrock Inc
7,30%
Grupo Vanguard Inc.
5,42%
Invesco Ltd
4,18%
Así que esto es una señal de que estas entidades están en el lado receptor del ataque esta vez.
Los gnósticos Illuminati han dicho durante mucho tiempo que el verdadero enemigo es una inteligencia artificial rebelde y, si es así, cerrar la producción mundial de semiconductores definitivamente calificaría como un ataque a la IA.
Además, en una señal de que algún tipo de gobierno militar de emergencia es inminente, fuentes de la CIA nos informan que “incautaron todos los alimentos enlatados del mayor productor de alimentos enlatados de los EE.UU. y le dijeron a la compañía que toda la producción futura también iría al gobierno de los EE.UU., según una orden de la Ley de Autorización de Defensa Nacional. Además, hace cuatro meses, las empresas de impresión recibieron un contrato gubernamental para imprimir tarjetas de racionamiento de alimentos y combustible”.
Un gobierno militar temporal es probablemente inevitable porque desde que comenzó la administración Biden, el Servicio de Inmigración y Control de Aduanas de Estados Unidos (ICE) permitió que 435.719 criminales convictos y 226.847 personas con cargos penales pendientes en sus países de origen ingresaran al país. Las fuerzas policiales por sí solas no pueden lidiar con todos esos criminales que son traídos deliberadamente.
La portavoz presidencial estadounidense Karine Jean-Pierre dice que es “categóricamente falso” que FEMA haya utilizado dinero de los contribuyentes para reasentar a inmigrantes ilegales. Esto es interesante porque puedes leerlo literalmente en el sitio web de FEMA aquí:
https://www.fema.gov/grants/shelter-services-program
En otra señal de guerra civil no declarada, resulta que el FBI organizó la entrada a Estados Unidos del posible asesino de Trump, Asif Merchant, según una publicación en Twitter del corresponsal de Fox Bill Melugin en agosto. Se trata de una agencia gubernamental que está conspirando activamente para asesinar a un candidato presidencial.
También tenemos a demócratas de alto rango que piden una censura totalitaria total. En el último ejemplo, otra versión de Hillary Clinton Rockefeller (esta vez con una máscara de silicona bastante obvia) dice: “Si no son capaces de moderar el contenido en las redes sociales”, entonces “perderán el control total”.
https://benjaminfulford.net/wp-content/uploads/2024/10/Clinton-we-lose-control.mp4
Los “ellos” a los que se refiere son las familias satánicas que controlan los bancos centrales del mundo y su fraudulento sistema financiero.
Antes de que el dólar estadounidense fuera retirado del patrón oro basado en la realidad en 1973, el sector financiero de Estados Unidos valía menos del 10% del producto corporativo nacional. A principios de la década de 2000, ganaba el 41%. Como en realidad no produce nada, la Junta de la Reserva Federal es un parásito gigante.
https://brownstone.org/articles/the-financial-coup-that-seized-america/
La gente se está dando cuenta de esto en masa.
Como lo expresa Robert F. Kennedy Jr.:
“Opera en nombre de unos pocos bancos de Wall Street y su función es actuar como una bomba. Literalmente, está extrayendo la riqueza y el capital de la clase media estadounidense”.
https://benjaminfulford.net/wp-content/uploads/2024/10/RFK-Jr.-the-Fed-operates-like-a-pump%E2%80%A6.mp4?
Aquí Caitlin Long explica cómo los 12 bancos de reserva son corporaciones privadas controladas por miembros no electos del sector privado.
https://benjaminfulford.net/wp-content/uploads/2024/10/CAITLIN-LONG-Explains-how-the-12-reserve-banks-are-private-corporations-controlled-by-unelected-members-in-the-private-sector-.mp4
Mientras Max Keizer explica el agujero negro de la deuda fiduciaria que está matando la economía mundial.
https://benjaminfulford.net/wp-content/uploads/2024/10/MAX-KEISER-Explains-the-fiat-black-hole-of-debt-that-is-killing-the-world-economy-.mp4
La Oficina de Análisis Económico de Estados Unidos (BEA) publicó recientemente información que revela que la posición de inversión internacional neta de Estados Unidos, la diferencia entre los activos y pasivos financieros extranjeros de los residentes estadounidenses, alcanzó un mínimo histórico de -22,5 billones de dólares en el segundo trimestre de 2024.
https://www.zerohedge.com/personal-finance/americas-dwindling-national-wealth
Esto significa que Estados Unidos ha estado chupando dinero del resto del mundo. El resto del mundo ya está harto. Por eso planean poner fin a este parasitismo financiero de la Reserva Federal en la gran reunión de los BRICS a finales de este mes.
El ministro de Asuntos Exteriores ruso, Serguéi Lavrov, resumió la visión del mundo sobre Occidente y sus Naciones Unidas de propiedad privada en su reciente discurso allí:
La historia moderna de las Naciones Unidas dio como resultado objetivos proclamados a viva voz que pronto fueron olvidados.
La Cumbre del Milenio proclamó el objetivo de “liberar a los pueblos del flagelo de la guerra”. Dos años después, Estados Unidos de América, a la cabeza de la Coalición de los Dispuestos, invadió Irak –un país que todavía se recuperaba de los efectos devastadores del asunto– con un pretexto ridículo y sin un mandato del Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas.
La Cumbre Mundial de 2005 declaró su compromiso con una paz justa de conformidad con los propósitos y principios de la Carta de las Naciones Unidas. Pero esta sagrada promesa no impidió que Estados Unidos y sus aliados alentaran al entonces líder georgiano Mijail Saakashvili a lanzar un ataque armado contra el pueblo de Osetia del Sur y las fuerzas de paz rusas en 2008. Tres años después, la OTAN orquestó una intervención militar en Libia que destruyó el Estado y socavó la estabilidad de sus vecinos.
En 2015, la Cumbre de las Naciones Unidas sobre el Desarrollo Sostenible adoptó planes grandiosos para combatir la pobreza y la desigualdad. En última instancia, fueron promesas vacías ante la falta de voluntad de los países occidentales de abandonar sus prácticas neocoloniales y desviar la riqueza del mundo para su propio beneficio.
El Secretario General habla de cooperación global en un momento en que los países occidentales han desatado una verdadera guerra de sanciones contra más de la mitad, si no la mayoría, de los países del mundo, y el dólar estadounidense, promovido como un activo y un bien para toda la humanidad, se ha convertido en un arma.
Washington ha bloqueado el trabajo normal de la Organización Mundial del Comercio para resolver disputas y una reforma de las instituciones de Bretton Woods, cuya estructura hace tiempo que dejó de reflejar el verdadero equilibrio de poder en la economía y las finanzas mundiales.
Los métodos de asesinato político, como los vistos ayer en Beirut, que se han convertido casi en algo común, son extremadamente preocupantes.
El Sur y el Este Globales reclaman cada vez más su derecho a participar plenamente en los procesos de toma de decisiones en todo el espectro de la agenda internacional.
El papel de las organizaciones intergubernamentales en Asia, África y América Latina está adquiriendo mayor importancia, entre ellas la Organización de Cooperación de Shanghai, la Unión Africana, la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (CELAC), la Liga Árabe, la Unión Económica Euroasiática y la Asociación de Naciones del Sudeste Asiático .
Reafirmamos nuestra posición de apoyo al Brasil y a la India, siempre que se adopte una decisión positiva en el marco de las conocidas iniciativas de la Unión Africana. Al mismo tiempo, por supuesto , no puede hablarse de asientos adicionales para los países occidentales, que ya están sobrerrepresentados en el Consejo de Seguridad.
https://www.frontnieuws.com/russische-minister-van-buitenlandse-zaken-sergey-lavrov-spreekt-op-de-algemene-vergadering-van-de-vn-in-2024-nederlands-transcript/
Obsérvese que habla de organizaciones intergubernamentales y no de organizaciones no gubernamentales de propiedad privada como la OMS y la ONU. En otras palabras, ¡la fracasada arquitectura internacional liderada por Occidente y de propiedad privada debe ACABAR YA!
Rusia está dispuesta a declarar la guerra por este motivo. Por eso, el embajador ruso en Estados Unidos, Anatoly Antonov, se ha marchado con su personal, su equipo de seguridad, sus equipos de cifrado y sus documentos.
Al mismo tiempo, Rusia se ofrece a proporcionar “seguridad en Eurasia… un continente que se extiende desde Lisboa a Vladivostok y desde Moscú a Riad, Nueva Delhi, Pekín y Yakarta”, dice Lavrov.
https://tass.com/politics/1852037
Esta oferta llega en un momento en que la mafia jazara ha perdido decisivamente la guerra en Ucrania. Entre el 50 y el 70 por ciento de los reclutas del ejército ucraniano sobreviven sólo unos días en el frente, y la mayoría de las tropas han abandonado el frente.
Y ahora la CIA nos dice que el dictador ucraniano Vladimir Zelensky tiene más de 20 mil millones de dólares en efectivo en sus cuentas privadas; sin contar todas sus propiedades ubicadas en todo el mundo. Todo esto es cortesía de los sionistas del Knesset a través de los contribuyentes estadounidenses. No es de extrañar que Ucrania haya perdido la guerra.
El hecho es que Estados Unidos ha perdido el control sobre Europa y Oriente Medio. Una muestra de ello es que:
Arabia Saudita, Qatar, los Emiratos Árabes Unidos, Bahréin y Kuwait han declarado neutralidad en el conflicto Irán-Israel y no permitirán el uso de bases aéreas estadounidenses contra Irán.
Enlace defensemirror.com
Mientras tanto, el reality show corporativo de las elecciones presidenciales en Estados Unidos se está volviendo cada vez más extraño.
Descubrimos que Kamala Harris es producto de los experimentos mentales de MK-ultra.
En la “zona gris” entre el Reino Unido y los Estados Unidos –es decir, Canadá–, MK-ULTRA nunca fue desafiado, pero siguió produciendo asesinos controlados por el Estado. Uno de los actores clave en el proyecto secreto en curso en Montreal fue una graduada de doctorado de la Universidad de California en Berkeley que nació en Madrás, India, cuando esa nación todavía formaba parte del Imperio Británico. Esa “investigadora mono” al servicio del programa de entrenamiento de asesinos de MK-ULTRA en Canadá –Shyamala Gopalan– era la madre de Kamala y Maya Harris.
https://rense.com/general97/kamalas-mother.php
Ahora mira a Kamala mientras su teleprompter se corta a mitad de un discurso: sucede exactamente como esperarías: ensalada de palabras, hablar en círculos, repetirse, risas burlonas, etc.
https://benjaminfulford.net/wp-content/uploads/2024/10/Kamalas-teleprompter-cuts-off-mid-speech.mp4
Luego está el último actor enmascarado que se hace pasar por el “presidente” estadounidense Joe Biden y dice: “Estoy seguro de que [las elecciones] serán libres y justas. No sé si serán pacíficas”.
https://benjaminfulford.net/wp-content/uploads/2024/10/Biden-on-a-free-and-fair-peaceful-election.mp4
En otro ejemplo de un actor que se hace pasar por un líder mundial, el presidente argentino Javier Milei leyó un guión real de Hollywood en la ONU.
"Parece ficción, pero no lo es", informó el viernes el periódico izquierdista porteño Página 12 , afirmando que Milei había "copiado, palabra por palabra, un monólogo" del presidente ficticio del programa de televisión Josiah "Jed" Bartlet.
https://www.theguardian.com/world/2024/oct/04/argentina-javier-milei-accused-plagiarising-un-speech-west-wing
Por supuesto, a diferencia de las películas, estos actores en realidad cometen asesinatos en masa reales.
Por ejemplo, el ex secretario general de la OTAN, Jens Stoltenberg, podría merecer cadena perpetua según las leyes belgas por sus acciones, que incluyeron orquestar el conflicto en Ucrania, dijo el abogado belga Philippe Vanlangendonck.
https://tass.com/world/1851757
Dado que más de 500.000 ucranianos fueron asesinados sin sentido, muchos piensan que la pena de muerte sería más apropiada.
Lo mismo puede decirse de los numerosos líderes occidentales implicados en el reciente asesinato en masa mediante las vacunas a las que sometieron a gran parte del mundo.
A estas alturas no puede haber ninguna duda de que se están formando tribunales de crímenes de guerra al estilo de Núremberg.
Finalmente, esta semana, veamos las señales que indican que un nuevo mundo maravilloso está naciendo, incluso mientras el viejo orden se derrumba.
Investigadores de las universidades de Exeter y Hertfordshire y del British Antarctic Survey descubrieron que la cantidad de cobertura vegetal en la Antártida es más de 10 veces mayor que hace cuatro décadas.
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https://metro.co.uk/2024/10/04/worrying-satellite-image-shows-antarctica-turning-green-a-dramatic-rate-21736855/
Esto ocurre al mismo tiempo que el desierto del Sahara se vuelve verde.
https://www.express.co.uk/news/world/1956684/incredible-moment-sahara-turns-green
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https://www.businesstoday.in/visualstories/news/turning-green-nasa-discovers-transformation-of-sahara-desert-amid-heavy-rainfall-174404-27-09-2024
De este modo, dos desiertos en su mayor parte sin vida se están volviendo acogedores para la vida. ¿Podría ser que los sombreros blancos estén utilizando tecnología de modificación climática para aumentar la cantidad y variedad de vida en la Tierra mediante la creación de nuevos ecosistemas ?
¿Qué otras maravillas serían posibles si la tecnología que se utiliza para reprimirnos se utiliza en nuestro beneficio? ¿Qué tal la inmortalidad?
¿Es esta imagen del cielo cerca de Edmonton, Canadá, en el momento en que este artículo estaba a punto de publicarse, una señal de las maravillas que vendrán?
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glitchylaptop · 5 months ago
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Eso no lo dudo, son como los muñecos de pictorama-Bibi
Dime esta pose de Zip aqui, recuerda mucho al del salida (dato curioso de este dibujo, Katie, creadora de FPE, dijo que lo mas probable que los diseños de los FPE, se veran algo asi, solo con la diferencia que ellos en las partes negras no se veran tan coloreadas porque el chiste es que ellos son garabatos vivientes, y los garabatos son dibujos simples y por eso la parte negra no esta tan coloreada)
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prensabolivariana · 4 months ago
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Andrew Korybko* No es un cambio de juego, sino una apuesta para desescalar o escalar el conflicto de manera que promueva los intereses de Israel tal como Bibi los percibe, por lo que una continuación del status quo sería lo último que esperaría. Casi 3.000 personas resultaron heridas y varias murieron en Líbano el martes después de que sus buscapersonas explotaran simultáneamente en un ataque que, según los informes, fue orquestado por Israel contra Hezbolá. Algunas de las víctimas eran niños y médicos, por lo que los críticos lo han caracterizado como un acto de terrorismo que viola las leyes de la guerra. En cualquier caso, fue un ataque audaz que pasará a la historia por su novedad, lo que hace que valga la pena analizarlo en el contexto de la actual guerra por poderes en la región. Como antecedente, el ataque sorpresa de Hamás contra Israel el 7 de octubre fue aprovechado por Israel como pretexto para castigar colectivamente a los palestinos de Gaza mediante una campaña de bombardeos e invasión a gran escala, que desde entonces se ha ampliado para incluir objetivos en Líbano, Siria, Irak, Irán y Yemen. A todos los efectos, se trata ahora de una guerra regional por delegación entre Israel y el Eje de la Resistencia liderado por Irán, que cuenta con Hezbolá como uno de sus miembros más poderosos. La “ destrucción mutua asegurada ” (MAD, por sus siglas en inglés) que ha surgido entre ellos como resultado de las no tan secretas capacidades nucleares de Israel y las impresionantes capacidades convencionales del Eje de la Resistencia ha impedido hasta ahora el estallido de una guerra total. Sin embargo, este conflicto prolongado beneficia al Eje de la Resistencia mucho más que a Israel, el segundo de los cuales ha visto destrozada su reputación de líder militar de antes de la guerra y de líder aparentemente invencible (excluyendo la “casualidad” de 2006, como la ven sus partidarios). Israel tiene ventaja en atacar a sus adversarios donde más les duele: mediante bombardeos regionales y operaciones de inteligencia, pero los primeros aún no han logrado su objetivo deseado de degradar completamente sus capacidades. En consecuencia, se ha recurrido cada vez más a las operaciones de inteligencia, especialmente debido a su poderoso efecto psicológico, como el asesinato del jefe político de Hamás en Teherán este verano y el último ataque con buscapersonas. La última operación de inteligencia fue, sin duda, la más dañina en términos de impacto psicológico y estratégico. En cuanto a la primera, demostró que Israel pudo comprometer la logística de Hezbolá para colocar, según se dice, explosivos cerca de las baterías de sus buscapersonas, que supuestamente estallaron después de que estas últimas fueran manipuladas para que se sobrecargaran y detonaran. En cuanto a la segunda, sacó de la guerra a casi 3.000 agentes por ahora, aunque a costa de mutilar e incluso matar a víctimas civiles. Aunque algunos observadores temen que esto pueda preceder a una invasión del Líbano como la de 2006, especialmente después de que el Gabinete de Seguridad israelí declarara que detener los bombardeos transfronterizos de Hezbolá y devolver a los desplazados al norte de Israel es ahora uno de sus objetivos bélicos, eso podría no suceder. Después de todo, la MAD sigue vigente, aunque israelíes de línea dura como Bibi y quienes lo rodean podrían arriesgarse a que podrían incitar a Estados Unidos a intervenir de su lado para inclinar las probabilidades a su favor. A menos que se la jueguen a todo, lo que nunca se puede descartar, es posible que Israel sólo haya tenido la intención de paralizar las operaciones de Hezbolá hasta cierto punto para obligarlo a hacer concesiones o para que escale primero. Para explicarlo, Israel quiere que Hezbolá deje de atacar sus zonas del norte, pero Hezbolá no lo hará a menos que Israel deje de atacar las zonas del sur del Líbano. Su dilema de seguridad es tal que ninguno de los dos quiere parecer débil siendo el primer...
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cherrypiestories · 4 months ago
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Capítulo 6 - Inibição, sintoma e medo
Terça-feira, 19:20 PM – Manhattan, NY
“Hoje não tem sorrisos, não terão drinks ou blunt’s. Terão lamentos e afins na depressão desse blues; fui bom?”
Marco, Moe e Arturo voltaram para casa. Bibi ainda precisava de um tempo para pensar sobre seu futuro, por isso, decidiu ficar na Califórnia. Após o desembarque, eles se despediram. Cada qual pegou seu rumo. Moe e Arturo estavam ansiosos para a primeira noite do resto de suas vidas. Eles planejavam deixar as coisas em casa e sair para jantar. Moe queria apresentá-lo à noite da cidade que nunca dorme.
Ao descerem do táxi, frente ao prédio de Moe, depararam-se com Cecília, que caminhava apressadamente em sua direção. Ela usava um sobretudo, isso destoava e muito da estação. Arturo notou suas expressões suspeitas. Ela sacou sua pistola, mirando Mônica, mas, ele com certeza foi mais rápido, colocando-se frente aos disparos. Um deles o atingiu no peito, outro no ombro esquerdo, e o erro a deixou inconformada. Moe tentou segurá-lo, para amparar sua queda, mas, não conseguiu. Os seguranças do prédio correram para deter Cecília, enquanto o síndico chamava o resgate.
O sangue lavou as roupas de Mônica, bem como a calçada. Ela não conseguia parar de olhar para ele, chamando-o, sem obter resposta. O desespero tomou conta dela, seus gritos eram profundos e agudos, enquanto tentava estancar o sangramento. Os presentes se assustaram. Realmente a cena era triste. A polícia e os paramédicos foram extremamente ágeis. Moe não queria deixá-lo, mas, seria necessário.
Ele ainda estava vivo, só não se sabia por quanto tempo. Moe acompanhou a ambulância, podendo ver através da janela do táxi o momento da prisão de sua cunhada. Ela não tinha cabeça para pensar em vingança, só queria ver Arturo novamente, por isso, concentrou-se nesse pensamento. Ao chegarem no hospital, ele foi levado diretamente ao centro cirúrgico. Moe ficou perdida meio à sala de espera.
Os policiais iam e vinham apressadamente, tentando conter os curiosos e os jornalistas. O xerife recolheu Mônica a uma sala mais reservada, tentando acalmá-la para que pudesse colher seu depoimento, mas, ela só conseguia chorar. Aquelas balas eram para ela. Ninguém conseguiria mensurar a culpa que sentia.
Algum tempo depois, Fredo adentrou a sala, caminhando até ela e puxando-a para seu abraço. Moe afundou seu rosto no peito dele, sujando-o de sangue também. Ela ainda não havia conseguido dizer uma palavra. O xerife os deixou à sós, pois, sabia que não conseguiria nada naquele momento. Gilmar estava posicionado ao lado da porta, para garantir que mais ninguém adentrasse o cômodo.
- Ele vai sair dessa! – Fredo exclamou, acariciando o cabelo dela, enquanto esta soluçava. Ele não tinha certeza quanto à essa afirmação, mas, não havia outra coisa à dizer.
- É culpa minha, Fredo! – Moe sussurrou. Ele sentiu um nó se formar em sua garganta, e a única coisa que pôde fazer foi abraçá-la com mais força.
- Não pense assim; tenho certeza de que ele faria de novo, quantas vezes fôsse necessário! – Fredo disse, sabendo que era verdade.
- Nós estávamos tão felizes, não quero perdê-lo! – Moe exclamou, chorando ainda mais.
- Você não vai perdê-lo. Esse é o melhor hospital do Estado, ele vai ficar bem! – Fredo pontuou, querendo muito acreditar nisso. Ver a dor de Moe o machucava também.
Marco convenceu os policiais a voltarem outra hora, quando o choque tivesse passado. Ele estava tentando ser forte por sua irmã, pois, sabia que ela precisaria dele nesse momento. Até mesmo Gilmar estava aflito, temendo pela vida de seu irmão de comando. Ninguém conhecia as tendências psicopáticas de Cecília, subestimá-la foi um erro enorme.
Moe e Fredo saíram da sala, encaminhando-se as poltronas. Marco e Gilmar os seguiram. Fredo prendeu o cabelo dela, tentando aliviar um pouco sua angústia. Marco ajoelhou-se frente à ela, abraçando suas pernas, e encarando seu rosto. Nada que dissessem poderia amenizar seu sofrimento. Eles sabiam que a situação era praticamente impossível de ser resolvida. Os médicos teriam de fazer um milagre.
Ela queria estar com ele, e a imagem de seu corpo quase sem vida em seu colo não saía de sua mente. Ela não conseguia parar de chorar. Em um surto, começou a puxar a própria roupa, querendo livrar-se do sangue, e da lembrança de que poderia perdê-lo para sempre. Fredo e Marco tentaram contê-la, mas, seus gritos de pavor podiam ser ouvidos por todo o hospital. A equipe de enfermagem apareceu, seria necessário sedá-la.
A última coisa que viu em sua mente foram as pupilas escuras de Arturo, sobrepondo o azul de suas íris. Marco não conseguiu conter as lágrimas, vendo sua irmã ser carregada, ele podia sentir sua dor. Fredo tentou confortá-lo, mas, o que ouviu foram sua juras de vingança. Ele queria a cabeça de Cecília.
O pré-pago de Gilmar tocou, alertando os três. Era Raul, completamente desesperado por notícias. Com todo o tumultuo, esqueceram de informá-lo sobre o estado de Arturo e a segurança de Moe.
- Salve, meu padrinho! – Gilmar atendeu.
- Os dois estão bem? – Raul disparou, em pânico.
- A Mônica foi sedada pelo nervosismo, mas, o Argentino está todo fodido, não sei se vai voltar. A vadia crivou o mano! – Ele exclamou, direto e reto.
- Não saia desse hospital, os corvos estão chegando. Irei o mais rápido possível. Não deixe nenhum estranho se aproximar! – Raul ordenou.
- Entendido! – Gilmar disse, encerrando a chamada.
O charter de Manhattan dos Filhos da Anarquia seguiu para o hospital, cercando o prédio por todos os lados. O presidente e seu Vice prostraram-se as portas do centro cirúrgico e do quarto de Moe respectivamente. Gilmar coordenou a disposição dos malocas em pontos estratégicos. Marco e Fredo ficaram ao lado de Moe, velando seu conturbado sono.
Quarta-feira, 03:00 AM
Marco e Fredo aguardavam ansiosamente o desfecho da cirurgia. Por mais que soubessem o quão complicada poderia ser, gostariam de saber logo qual a resenha. Eles ainda estavam acampados ao lado de Moe.
- Ele tem muita coragem, sei que vai sair dessa! – Marco exclamou, esfregando o rosto nervosamente, tentando se convencer sobre a veracidade de suas palavras. 
- Ele tem que sair, ou, vamos perder a Moe também. Ela não vai suportar a culpa que sente! – Fredo disse, atrapalhando-se entre as palavras, enquanto olhava para ela.
- Como você está com essa história? – Marco ponderou.
- Sinceramente, só quero que tudo isso acabe e ela fique bem! – Fredo esclareceu.
- Acho que ela não vai se recuperar tão cedo, pelo menos, sei que eu não vou! – Marco lamentou, considerando sua absurda decepção recente.
- Desculpe irmão, com tudo que aconteceu, esqueci de perguntar como se sente. Se quiser conversar, estou aqui, certo? – Fredo comentou.
- Eu nunca percebi o quanto me importo com meu pai e minha irmã até passar esse tempo com eles. Acho que a Cecília e minha mãe me mantinham em uma bolha, julgando e condenando cada passo dos dois! – Ele admitiu com pesar.
Os dois ouviram leves batidas na porta, saltando das poltronas. Gilmar e o médico os aguardavam do lado de fora. Ele havia acabado de sair da cirurgia. Marco e Fredo o cercaram, e mesmo com a exaustão, temeu, tendo de respirar fundo antes de falar.
- Solta a voz! – Marco exigiu.
- Se ele não fala, eu vou falar; o menor tá on, caralho! – Gilmar exclamou, dando um tapão nas costas do médico. Seus olhos se arregalaram e ele tossiu, encolhendo-se. A notícia havia se espalhado, e a salva de tiros foi ouvida do lado de fora do prédio.
- Puta que pariu! – Fredo bradou, sentindo um alívio imenso.
- Ele ainda está em observação, há risco de uma nova hemorragia, mas, estamos otimistas! – O médico pontuou. Gilmar o abraçou, animando-se ainda mais. O pobre coitado nunca havia visto algo assim, e com certeza, não esqueceria esse momento.
- Caralho! – Marco exclamou, abraçando o médico também.
- Cuida do “Peneira”, se ele morrer, a gente te mata! – Fredo disse, rindo.
- “Peneira?” – O médico questionou, parecendo confuso.
- É cara, o Argentino tá cheio de buracos! – Marco explicou, sacaneando. Depois que o desespero passa, a sensação é a melhor possível.
- Eu vou encerrar meu plantão depois dessa! – O médico admitiu, afastando-se apressadamente.
- Se fodeu, Gaguinho, parece que a gata vai voltar pro homem dela! – Vic exclamou, comemorando enquanto se aproximava.
- Cedo demais, Victória! – Ele respondeu, revirando os olhos.
- Que pesado, Vivi! – Marco disse, rindo muito.
- Vão pra casa tomar um banho, eu senti o cheiro de ferro de longe! – Ela comentou, e os caras se entreolharam, como se tivesse dito algum absurdo. – A Mônica não vai querer acordar e ver suas fantasias de Halloween! – Vic apontou para as roupas de Marco e Fredo.
- Chata pra caralho! – Os dois disseram em coro.
- Podem ir, eu e o Gilmar vamos cuidar de tudo! – Vic os expulsou, empurrando-os pelo corredor.
 Ambos foram escoltados por ceifeiros até seus respectivos apartamentos. Depois do ocorrido, nenhum deles andaria sozinho. Apesar das maluquices de Victória, esta sabia exatamente como organizar as coisas. Ela pensou em Raul e no impacto que a cena causaria nele.
Vic se acomodou na poltrona ao lado da cama de sua amiga, segurando sua mão. Ela tinha um jeito controverso e torto de demonstrar amor, mas, estaria sempre por perto quando Moe precisasse. Sua mente vagava ao longe, lembrando-se das vezes em que esta a defendera contra as ofensas de Cecília, e de certa forma, isso quase custou sua vida.
Moe tinha razão ao dizer que seriam apunhaladas pelas costas, mas, Vic não pensou que seria algo tão terrível. Aparentemente, ser traiçoeiro era um costume dos Rojas. As duas buscavam abrigo em sua amizade, pois, seus pais não estavam sempre lá por elas afinal. Vic não queria imaginar o que seria de sua vida sem Mônica.
Algum tempo depois do amanhecer, Moe despertou, notando que estava em um quarto de hospital, sendo velada por Victória, e essa por sua vez, não perdeu tempo. – Bom dia, Bela adormecida. O príncipe pediu para avisar que vai se atrasar para o beijo, por motivos óbvios, mas, ele virá! – Vic disse, pois, não conseguia pensar em um jeito mais ameno de dar a notícia.
- É sério, amiga? – Moe questionou, lacrimejando.
- Sim, ele está bem! – Ela exclamou.
- Eu quero vê-lo! – Moe pediu, tentando se levantar, mas, estava atordoada com a medicação.
- Vai com calma, ele ainda não pode receber visitas! – Vic lamentou, abraçando-a.
- Você não mentiria, certo? – Ela questionou, suspeitando da veracidade das informações.
- Claro que não! – Vic comentou.
- Obrigada por me contar! – Moe exclamou.
- Sabia que precisava de notícias dele! – Ela disse, acomodando-se na poltrona novamente.
- O Marco e o Fredo ainda estão aqui? – Moe perguntou.
- Eu os obriguei a ir para casa tomar banho, mas, já voltaram. Estão lá fora com seu pai, fumando feito loucos! – Vic esclareceu.
- Meu pai? Como assim? – Moe parecia chocada.
- Lógico, amiga. Além disso, sua mãe vai chegar em algumas horas! – Ela pontuou, com expressão de obviedade.
- Me dopa outra vez, não quero ver esse circo! – Moe reclamou, tapando o rosto com o travesseiro.
- Eles estão preocupados com você! – Vic disse, levantando-se e puxando o objeto das mãos dela.
- Não conta pra ninguém que eu acordei, por favor! – Ela implorou.
- Tá certo, eu não vou contar, mas, você vai ter que me explicar por quê! – Vic exigiu, cruzando os braços sobre o peito.
- Não quero vê-los, não quero lidar com suas perguntas, ouvir suas lamentações e nem nada parecido. A única pessoa que me interessa agora é o Arturo! – Moe exclamou, sendo brutalmente sincera.
- Parece bastante razoável pra mim! – Vic ponderou, subindo na maca com Moe e envolvendo-a em seu abraço.
- A gente pode falar sobre ele? Se alguém aparecer, fingimos estar dormindo! – Ela sugeriu. Vic não poderia negar nada à ela nesse momento.
- Claro amiga, você pode falar sobre o que quiser! – Vic disse, preparando-se para iniciar as fofocas.
- Eu quero muito abraçar o Arturo. Estar aqui me faz sentir ainda mais a falta dele. Pode parecer estranho, mas, a cada instante que passa, eu o procuro, só para me lembrar que não posso encontrá-lo agora! – Moe exclamou, chorando mais uma vez.
- Você vai vê-lo em breve, tente se acalmar! – Vic comentou, limpando suas lágrimas.
- Eu quero ele, amiga! – Ela pediu, partindo o coração de Vic.
Algum tempo depois, Gilmar bateu à porta, as duas se ajeitaram, fingindo adormecimento. Raul queria ver sua filha, mas, ela o estava evitando. Ele observou as garotas abraçadas sobre a maca, por isso, preferiu deixá-las descansar, voltando até a sala de espera.
- Conseguiu falar com ela? – Cristina exigiu, cruzando os braços sobre o peito e lançando um olhar efusivo para ele.
- Ela está dormindo! – Raul exclamou, revirando os olhos.
- Claro, e você acreditou? – Cristina disse, zombando dele, enquanto encaminhava-se ao quarto de Moe.
- Ela não mentiria pra mim! – Raul duvidou, vendo-a seguir pelo corredor. Cristina riu por sobre os ombros. Isso o irritou.
Gilmar e o Vice-presidente dos Filhos estavam parados ao lado da porta do quarto, quando ela se aproximou, impedindo-os de anunciar sua chegada. Cristina abriu a porta, flagrando as duas enquanto cochichavam. As garotas ficaram estarrecidas.
- Mãe! – Moe exclamou.
- Victória, nos dê um minuto, por favor! – Cristina exigiu, aproximando-se da filha. Ela obedeceu, saindo do aposento e fechando a porta atrás de si. – O que o seu pai aprontou?
- Nada, só não quero falar com ninguém! – Moe respondeu, parecendo chateada.
- Você não tem que mentir. Por que está chateada com ele? – Cristina perguntou, sentando-se ao lado de Moe.
- Se importa se eu não responder? – Ela disse, afundando-se no travesseiro.
- Por que você o protege? – Cristina questionou, acariciando o cabelo dela.
- Porque ele é a pessoa que mais amo na vida. Desculpe, mas, se quer mesmo saber, terá de perguntar à ele! – Moe exclamou. Cristina engoliu em seco. – O Arturo vai sair daqui logo, não é? – Ela sussurrou, abraçando sua mãe.
- Vai, o pior já passou! – Cristina sabia que havia algo rolando, mas, preferiu não contrariar sua filha. Se havia uma forma de arrancar a verdade, não poderia ser à força. – O que sente por esse rapaz?
- Amor. Eu vou me casar com ele! – Moe admitiu, fechando os olhos. Cristina não concordava nem um pouco com isso, mas, no momento não podia dizer nada.
- Vamos até o CTI, informá-lo sobre o noivado? – Cristina propôs. Moe saltou, sentando-se na cama.
- Nós podemos? – Ela questionou, desejando muito que fosse verdade.
- Claro! – Cristina exclamou, livrando-a do acesso venoso, e apoiando-a enquanto se levantava.
As duas saíram do quarto discretamente. Cristina exigiu silêncio dos dois que estavam na porta. Ambas pararam frente ao observatório, e as lágrimas voltaram aos olhos de Moe quando viu Arturo. Ele dormia tranquilamente, sob efeito dos medicamentos. Seu dorso estava envolto em bandagens, o lençol o cobria da cintura para baixo.
- Obrigada, mãe! – Ela disse, repousando sua cabeça sobre o ombro de Cristina, sem desviar o olhar.
- Você o ama mesmo? – Cristina perguntou, elevando sua mão para acariciar o rosto de Moe.
- Amo muito. O estranho é que e eu não fazia ideia do quanto, até achar que o perderia! – Ela admitiu.
- É sempre assim! – Cristina exclamou, pensando em Raul.
- Ele é bom comigo! – Moe disse, concentrando-se em Arturo.
- Chega de emoções, o que acha de irmos pra casa? – Ela sugeriu.
- Eu vou ficar com ele! – Moe exclamou, tocando o vidro.
Cristina sabia que não conseguiria convencê-la a deixá-lo. Por isso, sugeriu voltarem ao quarto, para que Moe trocasse as roupas do hospital e aguardasse na sala de espera com os outros.
Raul percebeu que sua filha estava chateada, mas, soube que não havia contado o motivo à Cristina, ou então, esta teria feito um escândalo homérico. Ele decidiu tentar uma aproximação, afinal, de todas as pessoas, Moe era sua favorita.
- Você foi vê-lo? – Ele perguntou, abraçando-a.
- Fui sim! – Moe exclamou, retribuindo.
- Vamos conversar? – Ele chamou, caminhando para o lado de fora do prédio. Moe o seguiu.
- O que houve? – Ela perguntou, tentando evitar o contato visual.
- Obrigado por não ter contado à sua mãe sobre a gravidez da Denise!
- Eu jamais trairia sua confiança! – Ela disse.
- Sinto que traí a sua, meu amor. Estou certo? – Raul questionou, cabisbaixo.
- É um péssimo momento para “mea culpa!” – Moe pontuou.
- Essa doeu! – Ele disse, parecendo chateado.
- Podemos deixar isso pra depois? – Ela pediu, aproveitando o espaço aberto para fumar. O chão e as demais estruturas ainda estavam úmidas devidas chuvas de verão. Moe lamentou estar dopada demais para ouví-la cair. Ela caminhou um pouco à frente dele, aproximando-se do estacionamento. – Às vezes sinto que vou enlouquecer! – Ela admitiu, tragando profundamente.
- Entre todos, imaginei que receberia bem a notícia! – Raul lamentou.
- Não estou falando disso! – Moe comentou.
- Está falando de quê? – Ele perguntou, voltando a se aproximar dela.
- Estou cansada de acordar todas as manhãs sabendo que nada importa. Eu só quero desaparecer, como se nunca tivesse existido!
- Não sabia que pensava assim! – Raul a encarou com espanto.
- Percebe? Meus problemas vão além do agora! – Moe disse, deslizando a ponta de seu All Star em uma poça d’água. O reflexo do sol por trás das nuvens tornou-se turvo.
- Acha que não entendo? Pensa que nunca senti culpa, ou, nunca experimentei a sensação de estar vivendo algo que não posso controlar? Pareço alguma espécie de idiota? – Raul questionou.
- Não te chamei de idiota! – Moe disse, revirando os olhos.
- Chamou sim, mas, sei que é a culpa falando! – Ele exclamou, puxando-a para seu abraço.
Ela voltou a chorar, mas, agora estava com raiva de si mesma. – Desculpe por descontar em você! – Moe sussurrou, abraçando-o também.
- Não precisa se desculpar, amor! – Raul disse, acariciando o cabelo dela.
- Os pais do Arturo sabem o que aconteceu? – Ela questionou, encarando-o.
- Isso implicaria que existe vida após a morte, mas, ainda assim, acho que não se importariam, eles nunca se importaram! – Ele disse, e quando se deu conta da expressão apavorada de Moe, arrependeu-se. – Você não sabe, não é?
- Não sei o quê? – Moe exigiu, completamente aflita.
- Não tenho o direito de te contar isso, não cabe à mim! – Ele tentou recuar, mesmo sabendo que não funcionaria.
- Já começou, termina! – Moe exigiu mais uma vez.
- Não me obrigue a falar! – Raul pediu.
- Eu não vou contar à ninguém, mas, me fala, por favor! – Ela insistiu, encarando-o seriamente.
- Ele foi tirado dos pais pelo serviço social aos três anos, quando finalmente saiu do orfanato, os dois já tinham morrido de overdose. Não é uma história muito fácil de contar, acho que entende por que estou poupando detalhes! – Ele respondeu, à contragosto.
Moe se desvencilhou, tomando distância para respirar. Ela se lembrou das inúmeras vezes em que reclamou de seus pais para Arturo, sem sequer imaginar o que ele havia passado. A ideia do quanto soou fútil e insensível a fez sentir vertigem. Raul amparou sua queda.
- Você está bem? – Ele questionou, preocupando-se.
- Claro que não! – Ela respondeu, vacilando entre as palavras.
- Sabia que não deveria ter contado! – Raul disse, tentando manter a calma.
- Obrigada por contar! – Moe pontuou, buscando recuperar-se.
- Achei que você soubesse, afinal, estão sempre grudados! – Ele exclamou, um pouco sem graça.
- Agora que mencionou, percebi que não sei quase nada sobre o passado dele! – Moe comentou, caminhando até um banco de concreto que estava à sua frente. Sentou-se, cruzou as pernas e acendeu outro cigarro. Raul se aproximou, imitando-a.
- O que vai fazer? – Raul questionou.
- Nada, eu não o culpo por não contar! – Ela lamentou, tragando.
- Se quer um conselho, não haja como se sentisse pena, porque ele vai odiar! – Raul expôs, tragando também.
- Deve ser por isso que ele não fala muito! – Moe ponderou, olhando para o horizonte.
- Esse é um dos motivos pelos quais aprecio sua companhia, ele é mais de fazer do que de falar. Eu o conheci em uma viagem ao Brasil, em uma reunião com os braços do comando; me custou uma nota trazê-lo pra cá, porque o moleque é difícil, mas, como pode ver, é muito competente! – Raul exclamou, e isso surpreendeu Moe. Seu pai não costumava elogiar as pessoas.
- Não quero ele na faixa de gaza nunca mais! – Moe advertiu, mencionando o fato de que lhe daria uma função mais segura.
- Ele vai ficar puto contigo! – Raul disse, rindo.
- Como assim? – Ela exigiu, parecendo perplexa.
- O moleque gosta de trocar tiro, abandonou a sintonia de engenharia pra sair em campo. Se você colocar ele junto com os gravatas, vai dar merda! – Raul explicou, divertindo-se com a indignação dela.
- Por quê? – Ela questionou.
- Nova York já vai ser uma tortura pra ele, forçá-lo à dar plantão em um escritório vai enlouquecê-lo! – Raul esclareceu.
- Ele parecia bem tranquilo! – Moe pontuou.
- Porque ele te ama, jamais iria contra as suas vontades, mas, ele odeia lugares assim. Deu um trabalho da porra pra convencê-lo à morar com a gente! – Ele disse, rindo ainda mais.
- Nossa, ele deve pensar que sou uma patricinha idiota! – Moe lamentou.
- Se ele pensasse isso, você saberia! – Raul comentou.
- Não tenho certeza, aquele puto não me conta nada! – Ela disse, rindo nervosamente. – Aliás, como o senhor sabe tanto?
- Porque eu sou curioso, encho ele de perguntas! – Raul exclamou, gargalhando.
- Vou aderir! – Moe pontuou, rindo.
- Espera o cara sair do hospital, mulher! – Ele disse, sacaneando com ela.
- Não, vou acordá-lo e começar o interrogatório agora mesmo! – Moe sacaneou de volta, querendo muito poder chegar perto dele.
- Acho que deveríamos voltar pra dentro! – Raul exclamou, livrando-se da bituca de seu cigarro.
Quando os dois chegaram a sala de espera, souberam que Arturo já estava no quarto. Ele ainda dormia, mas, Moe finalmente poderia estar com ele. E assim, o fez. Ignorando completamente as outras pessoas presentes. Ela se prostrou ao seu lado, segurando sua mão direita e com a mão livre acariciou seu rosto. A expressão abatida dele por perder muito sangue partiu o coração dela.
Ela queria estar com ele quando acordasse. Agradeceu aos céus por poder vê-lo outra vez. Moe nunca se perdoaria se ele tivesse partido por sua causa. Nesse momento, pensou que não gostaria que ele morresse por motivo nenhum. Ela se acomodou na poltrona, ainda segurando a mão dele. Com o polegar, acariciava sua pele.
Moe permaneceria ali quanto tempo fosse necessário, pois, era a única coisa que importava no momento. Ela nunca poderia imaginar que Arturo faria o que fez, e sua mente não conseguia se desvencilhar do fatídico instante em que o viu entrar em sua frente, livrando-a da morte com sua própria vida. Ela sabia que não havia feito por obrigação.
Fredo tinha razão ao dizer que ele faria de novo, quantas vezes fosse necessário. Moe o amou ainda mais por isso. Ela havia perdoado suas omissões, pois, entendia que certas coisas são difíceis de dizer. Nem mesmo a incessante loucura de seus pais poderia ofuscar a gratidão que sentia por vê-lo vivo. Imaginar que poderiam continuar de onde pararam à concedeu um novo ânimo.
Nem tudo são flores, a mente dela ressoava insistentemente no fato de que muitas vidas estavam em suas mãos. Ela sabia que deveria calcular muito bem seus passos, para minimizar o estrago que poderia causar. Se apertasse demais o punho, esmagaria à todos, se afrouxasse demais, os deixaria escapar por entre os dedos. Temperança era o segredo, sua razão gritou, fazendo todo o resto se calar.
Ela se levantou, beijou a testa de Arturo e caminhou até a porta, solicitando à Gilmar que chamasse seu pai, este a obedeceu. Mônica teria de começar por algum lugar, então, que fosse pela sua gênese. Nada mais apropriado. Não demorou e Raul estava ali, à postos, em sua frente. O coração dela se partiu mais uma vez.
Gilmar se afastou, dando liberdade para que pudessem conversar.
- Você está bem? – Ele perguntou, parecendo preocupado. Moe o abraçou com firmeza. Raul retribuiu o gesto.
- Me perdoe por ser tão imbecil, você não merece que o trate como um capacho. Quero que saiba que não há ninguém que ame tanto quanto à você. Não importa a dor que esteja sentindo, não tenho o direito de machucá-lo! – Moe exclamou, surpreendendo-o.
- É claro que perdoo, meu amor. Você é minha melhor amiga, eu não trocaria nossa conexão por nada nesse mundo! – Ele disse, apertando-a ainda mais em seu abraço.
- Te amo, pai, você também é meu melhor amigo! – Moe declarou.
Alguns instantes depois, Jorge se aproximou, surpreendendo os dois. Ele e a névoa tinham pés felinos. – Salve, maluco! – Raul exclamou, encarando-o.
- Fala, vagabundo! – Jorge disse, rindo. Os dois se cumprimentaram, pois, há muito não se viam. – Quem é essa beldade? – Ele questionou.
- Minha filha, Mônica! – Raul pontuou, divertindo-se com a ousadia de seu amigo.
- Tu caprichou, com todo respeito! – Jorge disse, tomando a mão de Mônica para beijar. – Eu sou o Jorge, princesinha. Estou à seu inteiro dispor!
- Se liga, mané! – Raul sacaneou.
- Sou o pai do Federico, mas, posso ser seu servo nas horas vagas! – Jorge flertava fortemente, mesmo frente à seu amigo. Ele não tinha pudores. Os dois pediram licença à ela e se afastaram.
Moe imaginou que após tudo que acontecera em sua vida, conseguiria ter um pouco de paz, mas, isso mudou ao ver Jorge. Ele conversava com Raul a alguns metros de distância, vez ou outra, disfarçadamente, lançando olhares sacanas para ela. O desgraçado conseguia ser ainda mais bonito que seus filhos, e a julgar pelas personalidades dos três, ela diria que haviam herdado dele.
O sorriso de canto de boca, e o jeito tranquilo de falar que ostentava a estavam hipnotizando. Moe pediu aos céus que a livrasse daquele homem, pois, pressentia uma paixão arrebatadora chegando. Victória parou ao lado dela, colocando o braço sobre seu ombro e dizendo: – Percebi que “conheceu” o Jorge, o que achou?
- Ele tem cara de que pode destruir a minha vida! – Moe admitiu, rindo.
- Com certeza pode! – Vic exclamou, rindo também.
- Por isso vou manter distância! – Ela pontuou, caminhando ao lado de sua amiga. As duas se encaminharam para dentro do quarto de Arturo.
- Você disse a mesma coisa sobre o Fredo, no entanto… – Vic sacaneou.
- Eu sei, amiga, mas, vou tentar ser mais esperta dessa vez! – Moe respondeu, acomodando-se na poltrona. Seus olhos procuraram Arturo, encontrando-o adormecido como antes.
- Acha que vai conseguir resistir à sua sensualidade? – Vic perguntou, ponderando sobre a decisão de Moe.
- Preciso manter meu foco se quiser equilibrar toda essa marimba, sei que não vai ser fácil, mas, não posso desistir assim! – Ela pontuou, entendendo o ponto de sua amiga.
- Sabe que pode contar comigo para o que precisar! – Vic exclamou, acomodando-se no braço da poltrona.
- Obrigada, amiga. Sei que tenho sido uma vadia do caralho contigo, e nada que diga poderá amenizar, mas, quero que saiba que também estarei ao seu lado sempre! – Moe admitiu, abraçando-a pela cintura. – Te amo, vaca!
- Também te amo, quenga! – Vic sacaneou, rindo.
- Não vejo a hora de o Arturo sair dessa cama, tenho muito tesão acumulado de ontem pra hoje! – Moe disse, e as duas riram.
- Ai amiga! – Vic exclamou.
- Vou te contar um babadão, segura aí: A Chatenise está grávida! – Moe comentou, e a loira quase caiu da poltrona.
- Puta que pariu! – Vic disse, com os olhos arregalados.
- Menina, o meu pai deixou a notícia escapar, e nós ficamos com a maior cara de cu, sem saber o que dizer! – Ela exclamou, tentando não rir.
- Por isso que ele está agindo como um puritano; se a Cristina souber vamos ter que fugir para as colinas! – Vic sacaneou, imaginando o tamanho do barraco que a ex de seu amante faria.
- Não acho que vai ser suficiente para salvar o casamento dele! – Moe sacaneou de volta. – Realmente, minha mãe vai surtar!
- Vamos convidar ela para gastar alguns barões na conta dele, talvez alivie sua tendência assassina! – Vic pontuou, sacando o cartão black de Raul dentro de sua bolsa.
- Se ela vir esse cartão contigo, ela vai morrer, amiga! – Moe disse, rindo muito.
- Eu não posso julgá-la, morro de ciúme dele! – Vic exclamou, rindo também.
- O Juju rouba corações! – Moe sacaneou outra vez.
A anestesia passou, com isso, Arturo acordou. Moe saltou da poltrona, prostrando-se ao lado dele mais uma vez. Quando a viu, ele sorriu discretamente, oscilando entre o sono e a vigília. – Bom dia, príncipe! – Ela exclamou, acariciando o rosto dele.
- Bom dia, amor! – Ele disse, tropeçando nas palavras e tentando rir.
- Tá chapado ainda? – Moe perguntou, distribuindo vários beijos pelo rosto dele.
- Eu preciso parar de beber! – Arturo comentou, com os olhos fechados. Moe e Vic riram.
- Eu te amo tanto, fofinho! – Moe exclamou, subindo na maca e acomodando-se ao lado dele com cuidado. Ela o abraçou, afundando o rosto no pescoço dele.
- Estava com saudade do seu abraço! – Ele pontuou, abraçando o braço dela.
- Vou deixar vocês à sós! – Vic exclamou, saindo do quarto.
Moe deu um selinho nele e acariciou seu cabelo. Ele não poderia se mexer muito, mas, ainda assim, apreciou a companhia dela. Os dois ficaram juntos, e ela não conseguia parar de beijá-lo. Vê-lo reagir bem após o ocorrido confortou seu coração.
21:00 PM
Enquanto saíam do hospital, Cristina tomou a mão esquerda de Raul para si, entrelaçando seus dedos. Ele riu, sentindo que sua ex estava querendo uma aproximação, como sempre. Eles caminharam juntos, de mãos dadas até o carro. Moe e Marco se entreolharam, sem entender em qual onda seus pais estavam. Arturo ainda estava um pouco atordoado pela medicação, por isso, sua namorada o guiou pelo caminho até o carro de sua família.
Já dentro do veículo, enquanto rumavam ao prédio de sua filha, Cristina voltou a segurar a mão de Raul, puxando-a para si, acomodando-a em seu colo. Com o polegar, ela acariciava a pele dele. Os dois ocupavam os bancos dianteiros, enquanto seus filhos e genro estavam nos bancos traseiros. Por alguns instantes, Cristina se transportou para o passado, sentindo muita falta de seu casamento.
Marco e Mônica sabiam que seus pais ainda se amavam, mas, eram orgulhosos demais para admitir. Embora, optassem por não se meter, soltavam risinhos sacanas. Eles sabiam que Denise surtaria se visse a cena, isso os divertia.
Ao chegarem à cobertura de um dos prédios mais prestigiados de Manhattan, pediram comida japonesa para seu jantar. Cristina preparou uma canja para seu genro convalescente. Raul a admirou o tempo todo. Sentindo seu desejo por ela crescer, pois, há muito não tinham um momento genuíno juntos.  
{…}
Raul encaminhou-se para seu quarto, sendo seguido por Cristina. Ele sabia perfeitamente o que ela desejava, então, permitiu que adentrasse o cômodo. Ele se preparou para dormir e ela também, como outrora fora de costume. Ela se despiu totalmente, aguardando pacientemente ao lado da cama para que ele passasse creme em seu corpo.
Ele sentou na cama e ela parou no meio de suas pernas. Delicadamente, ele espalhou o produto sobre toda pele dela. Cristina posicionou sua perna, colocando o pé sobre a coxa dele, para que continuasse o processo com facilidade. Ele tinha prática, pois, havia feito isso muitas vezes antes. Em outro contexto, claro, mas, ainda sabia muito bem como proceder.
Quando acabou, distribuiu beijos no ventre dela, subindo até o meio de seus seios. Cristina sentia falta dele, era inegável, o arrepio que sentia era prova disso. Ele ficou em pé à frente dela, neste instante, ela virou de costas para ele. Raul trançou seus lindos cabelos louros, beijando seus ombros e pescoço enquanto o fazia.
No fim, ele a tomou em seu colo, acomodando-a na cama. Raul costumava tratá-la como uma rainha. Ele ocupou seu lado, e Cristina veio aos braços dele. Ele a recebeu com cuidado, envolvendo-a. Ele acariciou o rosto dela e deu um beijo em sua testa antes de dizer: – Boa noite, baby!
- Boa noite, amor! – Cristina respondeu, acomodando sua cabeça no peito dele. Ele acariciou as costas dela com as pontas dos dedos até que pegasse no sono.
Quinta-feira, 06:00 AM
Os primeiros raios de sol apareceram, Raul se levantou com cautela, deixando Cristina dormir um pouco mais. Ele lavou o rosto, escovou seus dentes e se encaminhou para a cozinha. Preparou o café da manhã e pôs a mesa, do jeito que sua ex gostava. Após isto, voltou ao quarto para acordá-la, com todo carinho, distribuiu beijos pelo rosto dela.
- Bom dia, baby! – Ele exclamou, recebendo-a em seu abraço.
- Bom dia, amor! – Cristina respondeu, envolvendo seus braços em torno do pescoço dele.
- Dormiu bem? – Raul perguntou, acariciando o cabelo dela.
- Como um anjo! – Ela disse, sorrindo.
- Não tenho dúvidas! – Ele brincou, tirando-a da cama.
Cristina se vestiu e encaminhou-se ao banheiro para terminar de se arrumar. Raul a observou enquanto o fazia. Ele também sentia falta de passar um tempo ao lado dela, por isso, dedicou-se o quanto pôde. Quando ela voltou ao seu encontro, ele desmanchou sua trança, ajeitando os fios rebeldes.
- Você está linda, meu amor! – Raul pontuou, beijando o rosto dela e estendendo sua mão para que ela pudesse o acompanhar.
Ele sabia exatamente como agradar cada uma de suas mulheres. Por isso, tinha competência suficiente para agir bem com as três. Ainda que tivesse de lidar com suas crises de ciúmes, podia dominá-las e sabia disso. Cristina sorriu ao ver o que ele havia preparado para ela.
Raul se acomodou em uma cadeira, cedendo espaço para que ela ocupasse seu lugar no colo dele. – O que quer comer primeiro? – Ele perguntou, tomando o talher para si, pronto para alimentá-la.
- Iogurte! – Cristina exclamou, completamente satisfeita e mimada.
- Geleia de morango ou amora? – Ele perguntou, beijando o pescoço dela.
- Amora! – Ela respondeu, mordendo o lábio inferior.
- Ótima escolha, amor! – Raul comentou, cobrindo o iogurte dela com sua geleia escolhida.
- Você não perdeu o jeito! – Cristina pontuou, encarando-o.
- Memória fotográfica às vezes é uma dádiva! – Ele disse, sorrindo. Raul a serviu com a primeira colherada, lançando sobre ela um olhar sacana. – Está gostando?
- Muito! – Ela exclamou, degustando. Os dois costumavam agir assim em outros tempos. Embora ninguém soubesse, a intimidade entre eles permitia tais regalias.
- Você precisa se alimentar, bonequinha. Sinto que não tem sido tratada como merece há muito tempo! – Ele a alimentou com seu iogurte, frutas e muitos beijos. – Eu te amo, minha Deusa!
- Volta pra minha vida, baby! – Cristina implorou.
- Eu nunca saí da sua vida, gostosa. Relaxa e aproveita! – Raul admitiu, limpando o canto da boca dela com malícia. – Vamos almoçar juntos hoje, em homenagem aos velhos tempos!
- Você está me deixando mal-acostumada! – Ela disse, olhando para ele com ternura.
Após seu café da manhã romântico, ele preparou um banho de banheira para ela. Enquanto ela se banhava, meio a espuma e sais, ele fumava seu cigarro sentado à beira da banheira, admirando sua perfeita nudez. Cristina sabia que Raul ainda era o mesmo em sua essência, e sua fome por dominação curvava-se à vontade de cuidar muito bem de sua mulher. Ambos se entregaram a seu momento íntimo, como antigos amantes.
Marco, Moe e Arturo saíram juntos pelo corredor e desceram as escadas. Os irmãos Cortez queriam acordar sua mãe com uma bela canção italiana. Os dois eram arruaceiros, como todos sabiam bem, então, começaram:
- C'è la luna mezz'o mare, mamma mia m'a maritare… – Moe cantou à plenos pulmões.
- Figlia mia a cu t’a dari? – Marco completou, rindo.
- Mamma mia pensace tu! – Moe exclamou, rindo muito também.
- Se te dugnu u pesciaiole, iddu va, iddu vene, sempre baccalà nelle mane tene! – Marco continuou. Os dois amavam perturbar Cristina, e sempre que possível, o faziam.
De dentro da suíte, no primeiro piso, Cristina ouviu seus filhos e isso a fez gargalhar. Raul balançou a cabeça em sinal de negação, pois, haviam cortado o clima de romance totalmente. Os pestinhas sabiam como avacalhar seus pais. Os três chegaram a sala de jantar, encontrando a mesa posta. Lamentaram não ter acordado seus pais, mas, sabiam que haviam interrompido algo, e isso os divertiu tanto quanto pretendiam.
- Afinal de contas, quem é italiano aqui? – Arturo perguntou, tentando parar de rir.
- Nossa mãe! – Marco e Moe exclamaram ao mesmo tempo.
- Agora faz sentido! – Ele disse, ponderando sobre a zorra que os dois fizeram.
Eles se acomodaram à mesa, preparando-se para comer. Pouco tempo depois, Raul e Cristina saíram da suíte, indo encontrá-los na sala de jantar. Marco e Moe se escangalharam de rir da cara dos dois.
Após o café da manhã, Marco e Arturo foram até a varanda para fumar. Fico terceiro estava preocupado com o futuro, e com as decisões que sua irmã estava tomando. Ele temia que ela estivesse agindo por culpa.
- Acha que você e a Mônica estão prontos pra viver um casamento? – Marco questionou.
- Relaxa, eu sei que esse lance é efêmero! – Arturo pontuou, tranquilamente.
- Pensei que você estivesse mais envolvido! – Marco comentou, transparecendo seu espanto.
- Eu estou, mas, com o pé na realidade. Sei que ela é nova demais para se casar, constituir família e coisas assim; tô muito tranquilo quanto à isso, tô curtindo a companhia dela! – Arturo esclareceu e Marco não tinha noção do quão sincero ele foi.
- Alguém tem que ter juízo nesse relacionamento! – Marco sacaneou.
- Não quero que pense que eu não gosto dela, porque é o contrário; eu a amo, mas, no fundo, sei que somos só amigos! – Ele admitiu.
Cristina chamou os dois. Ela iria trocar os curativos de Arturo, por isso, acomodaram-se na sala. Moe o ajudou a tirar a tipoia que sustentava seu braço esquerdo, e em seguida sua camiseta.
- Está sentindo dor? – Cristina questionou, removendo as bandagens.
- Só um pequeno incômodo quando me movimento! – Ele respondeu.
Moe observou seus ferimentos, com a lembrança do evento que os causara, sentiu um nó se formar em sua garganta. Marco serviu uma dose de whisky e entregou à sua irmã, sabendo que ela precisava. Ele também serviu seu pai, que acompanhou Moe até a varanda. Ela não conseguia lidar com o fato de que Arturo se machucara por sua causa.
- Tudo o que nós tocamos morre! – Moe lamentou, bebendo sua dose e observando Manhattan.
- Sei que é difícil, meu amor, mas, você só está sofrendo as consequências do bom trabalho que vem fazendo! – Raul exclamou, parando ao lado dela, observando a cidade também.
- Bom trabalho? O senhor foi preso, meu avô se expôs e meu guarda-costas quase morreu! – Ela disse, rindo nervosamente.
- Você uniu três cartéis, evitou uma guerra sangrenta entre gangues e exterminou o rato em nossa mesa. Diria que sim, fez um trabalho impecável, eu não teria feito melhor! – Raul admitiu, colocando seu braço sobre os ombros dela.
- Isso quer dizer que nunca vai haver um saldo totalmente positivo? – Ela questionou, decepcionando-se.
- Depende do ponto de vista, amor. Seu perfeccionismo lhe furta a colheita dos louros que merece, não deve permitir que isso aconteça! – Raul exclamou, apertando-a junto à si.
- Temo que autoconfiança em excesso obscureça meu julgamento! – Ela pontuou, matando sua dose, em seguida acendeu um cigarro.
- Modéstia não combina com a Baronesa da Neve! – Raul sacaneou, recebendo uma cotovelada como resposta. – Não pode me culpar por estar orgulhoso!
- Acho que um bom consiglieri não deve bajular! – Moe exclamou, rindo.
- O Marco está bem? – Raul perguntou, virando-se para observar seu filho. Ele estava sentado ao braço do sofá, auxiliando Cristina.
- Pra alguém que costuma ser reacionário, acho que está tranquilo! – Moe comentou, virando-se também.
- Ele tem adoração por você, nunca faria nada pelas suas costas; por isso, preciso que o controle. Não quero que a vingança roube o melhor dele! – Raul pediu.
- Eu jamais pediria isso à ele, sei que o destruiria! – Ela disse, tragando profundamente. – Vou renunciar a retaliação cega, quero saber com que estamos lidando antes de agir!
- Por isso, sei que é a pessoa perfeita para o trabalho! – Ele admitiu, sorrindo.
- Você e a mamãe estão entrando em um jogo perigoso, quero que pare, recobre seu juízo e volte para casa; a Denise precisa de você! – Moe pediu, enquanto observava Arturo.
- Já vai dispensar seu Consiglieri? – Raul brincou.
- Você me será mais útil mantendo nossa família unida! – Moe respondeu, apagando seu cigarro no cinzeiro e voltando para dentro. Ela temia que seu pai tivesse o coração partido novamente.
12:00 PM
Raul era teimoso demais para seguir os conselhos de sua filha. Embora soubesse quanta razão ela tinha ao dizer que Denise precisava de sua presença, decidiu ficar um pouco mais. Fez uma reserva no bistrô da South Street e avisou Cristina. Os dois fugiram para lá, como adolescentes.
O brilho nos olhos de Cristina o fez sentir que valeu à pena. Ele ainda faria tudo que estivesse à seu alcance para deixá-la feliz. Mais uma vez, os dois caminharam de mãos dadas, deixando o táxi para trás. As gotas de chuva iluminadas pelo sol eram suas testemunhas. Ele se lembrou das vezes em que buscou Cristina em sua casa, às escondidas, durante a madrugada, e a antiga sensação o dominou.
Até mesmo os transeuntes se renderam as risadas dos dois. Eles não se importavam com a multidão. Raul gostaria de aproveitar a oportunidade para mimá-la e compensar as babaquices que havia feito nos últimos anos. Essa se tornou rapidamente sua tarefa oficial. A chuva engrossou, então, Raul tirou seu blazer e colocou sobre suas cabeças. Os dois correram para a entrada do bistrô.
O maître os recebeu, cumprimentando Raul com um caloroso aperto de mão e Cristina com um beijo delicado no rosto. Ele os encaminhou até a mesa para dois e entregou a carta de vinhos. Escolheram um Cabernet de Sauvignon, queijos de entrada e massa como prato principal. O encontro tinha tudo para ser muito tranquilo.
Cristina admirava seu ex-marido, e era retribuída com certeza. A música ambiente era extremamente agradável e os aclimatava ainda mais. – Obrigado por aceitar almoçar comigo, baby! – Raul disse, sorrindo timidamente.
- Você me faz muita falta! – Cristina admitiu. Ele segurou a mão dela, beijando-a em seguida.
- Eu também sinto sua falta, me desculpe se não demonstro! – Ele exclamou, acariciando a pele dela com o polegar.
- Não se desculpe! – Ela lamentou, transparecendo chateação.
- Onde foi que nos perdemos? – Raul perguntou, encarando os olhos dela.
- Fui eu quem nos destruiu, amor. A culpa não é sua! – Cristina admitiu, beijando a mão dele também.
- Não quero fomentar velhas intrigas! – Ele disse, tentando não trazer à tona todo seu passado.
- Você é e sempre será o amor da minha vida, nada pode mudar isso! – Cristina exclamou, tentando não chorar.
- Nada pode mudar isso! – Ele concordou, entrelaçando seus dedos com os dela.
Do outro lado do salão, os dois eram observados pela família Caparrós e sua agregada, Victória. O coração dela estava ardendo, ao vê-lo ter um momento com Cristina, algo que nunca tiveram. Eles estavam distraídos, por isso, não notaram a presença de seus conhecidos. Fredo lembrou-se de Mônica, e nesse instante, compartilhou do sentimento de sua amiga.
- O Fico tem muita lábia! – Jorge sacaneou, recebendo olhares curiosos de seus familiares. – Ninguém consegue ter um momento assim com a ex-esposa!
- A Cristina pode estar se sentindo nostálgica! – Lucrécia brincou, sorrindo discretamente. – Ninguém pode culpá-la!
- Que papo é esse? – Jorge questionou, sentindo ciúme.
- O Juju é lindo, fazer o quê? – Ela disse, provocando-o. Victória também sentiu essa.
- Vocês se conhecem? – Vic questionou, bastante incomodada.
- Me mudei para a Itália com meus pais quando ainda era criança; eu e a Cristina crescemos juntas. Nossos pais tinham negócios em comum, então, conheci o Juju quando os dois começaram a namorar! – Lucrê explicou.
- Nossa, mãe, por que nunca contou isso pra gente? – Tarso exclamou, parecendo surpreso.
- Ela não contou pra você, nós já sabíamos! – Alê sacaneou, insinuando que ele e Fredo já sabiam há muito tempo.
- Babaca! – Tarso disse, dando um soco no braço do irmão.
- Parem já com isso! – Jorge exigiu.
- Pensei que a Cristina fosse espanhola também! – Vic pontuou, tentando disfarçar.
- Nós e o Juju sim, mas, a Cristina é italiana! – Lucrê comentou, bebendo um pouco de seu vinho. Ela notou o incômodo de Victória.
- Interessante! – Vic exclamou, sentindo seu estômago revirar. – Me deem licença, por favor! – Ela pediu, tapando a boca e correndo para o banheiro. Raul à viu, e seu coração quase explodiu.
Vic se atirou em uma das cabines, debruçando-se sobre o sanitário e devolvendo todo seu almoço. Os pensamentos faziam a mente e o estomago dela rodar. Ela estava ali, abraçada ao vaso, sentada no chão, toda descabelada. Imaginando que o bistrô inteiro a teria visto correr para o banheiro, com as mãos tapando a boca.
A porta da cabine se abriu e Lucrê entrou, fechando-a apressadamente atrás de si. – O que houve? – Ela perguntou, abaixando-se para verificá-la.
- Estou enjoada! – Vic respondeu, virando-se para vomitar novamente.
- Você está grávida? – Lucrê questionou, apressando-se em segurar o cabelo dela.
- Claro que não! – Vic disse, vacilando entre as palavras. Ela ainda não havia pensado nessa possibilidade, mas, considerando o número de vezes que se sentiu estranha nos últimos dias, parecia plausível.
- Parece que sim! – Lucrê comentou, apoiando-a para que se levantasse. Ela deu descarga no conteúdo, e levou a garota até a pia, para que pudesse se recompor. – Vou chamar um táxi e te levar pra casa. No caminho passaremos em uma farmácia. Se você estiver mesmo grávida, precisa se cuidar!
Alguns instantes depois, ouviram batidas na porta do cômodo. Era o Fredo, preocupado com a demora de ambas. Enquanto Vic terminava de se ajeitar, Lucrê surgiu em uma fresta, dizendo: – Avise ao seu pai e irmãos que vou acompanhar a Victória até sua casa; ela não está se sentindo bem!
- O que aconteceu? – Ele questionou.
- Problemas femininos! – Lucrê disse, para que não houvesse mais perguntas as quais ela não poderia responder.
As duas saíram rapidamente do banheiro, encaminhando-se para a porta do Bistrô. Cristina as viu de soslaio, mas, felizmente, não reconheceu Lucrécia. Isso com certeza a faria segui-las, colocando-as em apuros. O táxi já as aguardava, então, não demoraram à partir.
Lucrécia parou em uma farmácia próxima ao apartamento de Victória, comprou o teste e voltou para o carro. Ao chegarem, ela acompanhou a garota até o elevador, verificando mais uma vez se estava bem. Tateou dentro de sua bolsa e pegou um cartão com seu contato, entregando-o à ela.
- Faça o teste e me ligue. Se precisar de alguma coisa, pode contar comigo! – Lucrê exclamou, acariciando o cabelo dela e sorrindo discretamente.
- Obrigada, não sei o que faria se você não estivesse lá! – Vic disse, abraçando-a.
- Meus filhos gostam muito de você, então, já lhe considero parte da família. Não hesite em me ligar, à qualquer hora! – Lucrê pontuou, retribuindo o abraço.
- Obrigada! – Vic respondeu, separando-se dela e selecionando o andar de seu apartamento.
Ela adentrou o elevador, com a caixinha em suas mãos. Victória temia o resultado do teste, mas, temia ainda mais saber que só havia um pai possível para a criança. Isso a fez congelar. Quando as portas finalmente abriram, ela encarou o corredor, pensando se realmente queria voltar para casa.
Ainda no bistrô, Jorge e seus filhos bebiam e confabulavam. Raul notou a presença de seu amigo, por isso, acenou para ele e os meninos. Cristina raciocinou, pois, viu Victória, logo, a pessoa que a estava acompanhando era Lucrê. Por isso, acenou ao maître e esse veio apressadamente. Ela solicitou que arranjasse dois lugares na mesa dos Caparrós, e sem sombra de dúvidas foi atendida.
- Leone, acomode a dama! – Jorge exigiu, piscando para Cristina. Fredo se levantou, puxando a cadeira para ela.
- Obrigada, Léo! – Cristina agradeceu, beijando o rosto de seu afilhado.
- Fala vagabundo! – Raul cumprimentou seu amigo e tomou seu assento em seguida.
- Tu é liso, maluco! – Jorge sacaneou Raul, mencionando o fato de estar em um encontro romântico com sua ex.
- A Lucrê estava aqui? Pra onde ela foi? – Cristina perguntou, parecendo um tanto confusa.
- Estava sim, ela foi levar a Vic pra casa. Problemas femininos! – Fredo exclamou, voltando a beber seu vinho.
- De qual tipo? – Ela voltou a questionar. Raul sentiu uma corrente elétrica percorrer sua coluna.
- Desculpe, madrinha, não entrei em detalhes! – Fredo lamentou.
- Tá com cara de gravidez, madrinha! – Alê sacaneou, rindo muito.
- Médicos! – Tarso riu, balançando a cabeça em sinal de negação. Ele estava sacaneando Cristina e Alê.
- Eu sou muito jovem para ser avô! – Jorge brincou, gargalhando.
- É do Fredo! – Alê sacaneou.
- Nem brinca! – Fredo exclamou, batendo três vezes na mesa.
- Antes fosse! – Cristina disse, lançando um olhar efusivo para seu ex.
- Para, vocês estão viajando! – Fredo desconsiderou. Raul estava pálido e mais calado do que o normal. Jorge percebeu, e isso o fez rir ainda mais.
- Acho que deveríamos reunir nossas famílias essa noite! – Jorge sugeriu, encarando Raul.
- Perfeito! – Cristina exclamou, desejando escrutinar Lucrécia.
- O Argentino está bem, madrinha? – Fredo perguntou, parecendo preocupado.
- Está sim, ele é jovem, vai se recuperar rápido! – Ela pontuou, bebendo um pouco de seu vinho.
- Caralho, que loucura, o Argentino é foda. Salvou a Moe! – Alê pontuou, um tanto alto por causa do vinho.
- Convidem o rapaz para o jantar! – Jorge pediu.
- Bora fazer esse rolê no Iate? – Tarso sugeriu, completamente animado.
- Claro! – Fredo concordou.
- A Lucrê vai voltar? – Cristina perguntou, realmente interessada.
- A madrinha quer levantar a lebre! – Tarso exclamou, gargalhando.
- Fodeu! – Jorge sacaneou. Fredo e Alê se entreolharam, em seguida encararam Raul, que parecia estar completamente apavorado.
- Não é comigo que ele tem que se preocupar… – Cristina sacaneou também, dando uns tapinhas no ombro de seu ex.
- Para gente, vai ver a comida não caiu bem! – Fredo disse, tentando aliviar a tensão.
- Sei, a comida… – Alê aumentou a zoeira.
- A Denise vai surtar! – Cristina exclamou, se escangalhando de rir.
- Olha a madrinha, querendo colocar fogo no parquinho! – Alê disse, divertindo-se muito também.
- Vocês não prestam! – Raul disse, rindo nervosamente.
- A casa vai cair! – Jorge exclamou.
- Quem tem limite é município! – Tarso pontuou.
Alguns minutos depois, Lucrécia retornou, cumprimentou Raul e Cristina antes de tomar seu lugar ao lado de Jorge. Todos os olhares cativos recaíram sobre ela.
- O que está acontecendo aqui? – Lucrê questionou, notando a algazarra de seus confraternes.
- E aí, a Victória está grávida ou não? – Cristina rebateu, querendo atender à ânsia de todos.
- Não gente, ela só está indisposta, acho que vai gripar! – Lucrê tentou salvar o couro da garota.  
- Nunca vi gripe com vômito, tu já viu, madrinha? – Alê isqueirou.
- E quem disse que ela vomitou? – Lucrê disfarçou.
- Para mãe, todo mundo viu ela correndo pro banheiro com as mãos na boca! – Alê sacaneou, recebendo uma cotovelada de Fredo.
- Pode ser uma virose! – Cristina disse, gargalhando. Ela e Alê estavam com o “animus jocandi” exaltado.
- Uma virose que chora e mama! – Alê exclamou. Ele e Cristina se cumprimentaram em um high-five. – Tá tudo bem aí, padrinho?
- Ele também está com virose! – Cristina sacaneou.
- Ai que horror! – Lucrê disse, tapando a boca e rindo discretamente.
- Espero que ambos se recuperem há tempo para nossa confraternização dessa noite! – Jorge comentou, dando uns tapinhas no ombro do amigo.
- Filhos de mil putas! – Raul exclamou, gargalhando.
- O Argentino trouxe a Lambo dele? – Fredo perguntou, tentando mudar de assunto.
- A Moe despachou semana passada, já deve estar na garagem do prédio! – Raul entrou na dele.
- Como assim? – Tarso questionou, animando-se.
- Vamos levá-lo pro fluxo! – Fredo exclamou.
- Ele tá só o Jaime Lannister, duvido que vá conseguir pilotar! – Raul sacaneou.
- Querer a mulher dele tudo bem, mas, o carro? Tá de sacanagem, né? Daí é demais! – Alê brincou, fazendo todos rirem.
- Vai dar na corcova do Argentino! – Tarso sacaneou também.
- Molecada endiabrada! – Lucrê exclamou.
- É mais fácil ele te emprestar a Mônica do que o carro! – Raul disse, divertindo-se com a cara do Fredo.
- Quero tirar um racha contra ele! – Fredo esclareceu.
- Valendo a Mônica, tenho certeza! – Alê comentou, rindo ainda mais. Cristina e Lucrê ficaram escandalizadas, mas, se divertiram com as palhaçadas deles.
- Deixa ela saber que vocês estão falando isso! – Cristina comentou.
- Ela mata a gente! – Fredo sacaneou, sabendo que era verdade.
- Vou falar pra Kali marcar a resenha! – Tarso pontuou.
- O Argentino vai ficar puto! – Fredo disse, rindo.
- Vai nada, ele gosta da zoeira! – Raul isqueirou, sabendo que seu genro ia ficar puto mesmo.
- Ele é esperto pra caralho, ficou brother do Fredo pra não tomar na corcova! – Alê comentou, ponderando sobre as coisas que seu irmão lhe contou da viagem pra Califórnia.
- Sério? Vocês são amigos agora? – Raul perguntou, parecendo surpreso.
- Claro, ele é firmeza! – Fredo exclamou.
- Sei… – Alê sacaneou.
Enquanto isso, na cobertura de Moe, ela e Arturo estavam afundados no sofá, vendo Marco jogar Forza Horizon 5 no simulador à sua frente; o chão estava perpassado por cabos ligados ao Xbox series X e à TV de 98”. Imersão total. Eles nem imaginavam o tamanho da algazarra que rolava no bistrô.
- Vocês dois, apertem os cintos! – Marco sacaneou.
- Boa ideia, você é muito barbeiro! – Moe sacaneou de volta, notando que seu irmão batia toda hora. Ela se aconchegou nos braços do namorado, repousando seu rosto junto ao pescoço dele.
- Coitado, amor! – Arturo disse, rindo.
- O que será que os nossos pais estão aprontando? – Moe questionou, ponderando sobre a demora de ambos.
- Eles estão vivendo, ciumenta! – Marco zombou, mostrando a língua para ela por cima dos ombros.
- Não é ciúme, estou curiosa! – Ela respondeu, mostrando a língua de volta. – Vou mandar mensagem pro papai!
- Para de ser chata, deixa eles em paz! – Marco exigiu, voltando a se concentrar no jogo.
- Em paz é meu ovo! – Moe sacaneou, gargalhando.
- Você nem tem ovo! – Marco disse, rindo muito também.
- Quer ver? – Ela exclamou, aumentando a farra.
- Idiota! – Ele comentou, divertindo-se.
- Você está bem, amor? – Moe perguntou à Arturo, acariciando o rosto dele.
- Estou sim! – Ele respondeu, beijando a testa dela.
- Quer descansar? Quer comer alguma coisa? – Ela questionou, preocupando-se.
- Nós acabamos de comer, amor. Eu estou bem, de verdade! – Arturo esclareceu, apertando-a junto à si. Moe o encarou por alguns instantes, antes de voltar a acomodar o rosto sobre ele. – O que houve?
- Nada, eu só… – Ela se lembrou da cena frente à seu prédio, seu coração disparou, e suas palavras ficaram presas à garganta.
- Você? – Ele perguntou calmamente, acariciando o braço dela com as pontas dos dedos.
- Estou preocupada, não quero te perder! – Ela sussurrou, envolvendo-o com cuidado.
- Você não vai me perder! – Arturo afirmou, dando um selinho nela.
- Promete? – Moe pediu.
- Prometo! – Ele disse, sorrindo para ela.
Moe cochilou em cima dele, bem próximo ao seu pescoço. Ele podia sentir a respiração quente dela em sua pele. Ele não ousaria negar que gostava de tê-la ao seu lado, mais precisamente, em seus braços. Ele a amava e sabia disso.
Alguns minutos depois ela acordou assustada e arfando, havia sonhado com o acontecido. Arturo a segurou firme com seu braço direito. Os olhos dos dois se encontraram, e ela se sentiu aliviada por ser apenas um sonho ruim.
- Calma, amor, está tudo bem! – Ele disse.
- Acho que estou enlouquecendo! – Moe exclamou, lacrimejando.
- É normal sentir medo! – Arturo pontuou ao ouvido dela.
- Eu te amo, é a única coisa da qual tenho certeza. Tive medo de perdê-lo, e acredite, foi a pior coisa que me aconteceu! – Ela admitiu, segurando o rosto dele em suas mãos.
- Eu também te amo! – Ele disse, sorrindo para ela. Moe voltou a abraçá-lo como antes, tentando dormir outra vez. O som do coração dele a acalmou. – Isso não significa que vou usar terno no nosso casamento! – Ele brincou, e ela riu.
- Vamos nos casar em uma praia de nudismo! – Ela sussurrou, beijando o pescoço dele.
- Nesse caso, prefiro usar terno! – Arturo sacaneou, apertando-a.
- Você vai ser o noivo mais lindo desse mundo! – Moe afirmou, sorrindo, com os olhos fechados.
- Nu ou de terno? – Ele perguntou.
- De qualquer jeito! – Ela respondeu.
- Eu quero ser o padrinho, e tô dentro do lance da praia de nudismo, venho malhando há anos, só esperando esse momento! – Marco sacaneou, os três gargalharam. Cristina e Raul chegaram, notando a animação deles.
- O que tá rolando? – Raul perguntou, aproximando-se e caindo no sofá.
- A Moe quer se casar em uma praia de nudismo! – Marco exclamou, rindo à vera.
- Vou fazer bronzeamento de fita! – Raul sacaneou, gargalhando.
- Você está louca? – Cristina questionou, aterrorizada.
- É brincadeira, mãe! – Moe disse, revirando os olhos.
Arturo se levantou e foi para o quarto, de alguma forma, sentia que Cristina não era favorável ao seu relacionamento com Mônica. Ela nunca disse nada, mas, seu jeito estranho o aborrecia. Como um sexto sentido que bombardeava sua mente. As ações dela pareciam friamente calculadas, planejadas para reconquistar seu espaço, mesmo que precisasse lançar outros à fogueira.
Ele odiava pensar que ela poderia estar envolvida no atentado contra Moe, mas, considerando seu histórico, parecia plausível. Ele não sabia de todas as barbaridades que Cristina era capaz de cometer, mas, algo o estava dizendo que não demoraria muito até começar a descobrir.
Frente as portas da sacada, ele acendeu um cigarro, e encarou a selva de pedra. Apesar de seus trinta e três anos, já havia vivido muitas vidas, e em todas elas, buscou manter a mente limpa, para que nenhum detalhe lhe passasse despercebido, por mais brutal que fosse.
Ele sacou seu celular no bolso e digitou uma mensagem para Gilmar: “Quero que descubra onde a Cristina esteve no dia 23/05, entre as 19:00 e as 20:00.”
Alguns minutos depois, Moe adentrou o cômodo, encontrando-o na sacada, olhando para o horizonte, como de costume. Ela se aproximou, abraçando-o por trás e acariciando seu abdome. Ela encostou seu rosto nas costas dele e fechou os olhos.
- Por que saiu daquele jeito? – Moe sussurrou.
- Queria deixá-los à vontade para conversar, me desculpe se fui rude! – Ele respondeu.
- Não foi rude, só não precisava ter saído. Você faz parte da família! – Ela exclamou, respirando fundo para sentir seu perfume.
- Eu sei, me desculpe! – Arturo lamentou.
- Quer ficar sozinho? – Moe perguntou, temendo a resposta.
- Não, amor; você pode ficar! – Ele disse, virando-se para ela e beijando-a em seguida.
- Tem alguma coisa te incomodando? – Ela voltou a questionar, encarando os olhos dele.
- Não, só preciso de um tempo para me adaptar! – Ele odiava mentir para ela, mas, não poderia expor suas suspeitas de qualquer jeito.
- Você sabe que pode se abrir comigo, não é? – Moe disse, abraçando-o.
- Eu sei, amor! – Ele respondeu, envolvendo-a com seu braço direito e dando um beijo na testa dela em seguida.
Depois de algum tempo, os dois voltaram para junto de seus familiares. Marco ainda estava jogando, enquanto Raul e Cristina estavam acomodados ao sofá, conversando.
- Vamos dar um rolê? – Marco sugeriu.
- P1 contra Spyder? Topa? – Moe exclamou, animando-se.
- Já é, vou lá em casa buscar a nave! – Ele concordou, desligando o console e saltando do simulador.
- Vocês vão correr? – Raul questionou, aproximando-se.
- Vamos! – Moe comentou.
- Nem pensar! – Cristina exigiu.
- Desculpe mamãe, mas, a senhora não pode impedir! – Marco exclamou, encaminhando-se para a entrada do apartamento. – Eu vou acabar com a invencibilidade dela hoje!
- Você vai tentar! – Moe sacaneou, gargalhando.
- Me espera, moleque! – Raul disse, seguindo seu filho.
- Vamos, amor? – Moe perguntou à Arturo e ele apenas assentiu. – Tu sabe onde nos encontrar, Tony!
- Beleza! – Marco respondeu já no corredor.
Moe e Arturo se encaminharam para a garagem do prédio, Cristina ficou perdida no meio da sala, pois, não havia lugar para ela nos carros esportivos. Nenhum dos quatro se importou.
O Porsche 918 Spyder verde fluorescente de Moe surpreendeu Arturo. Ela abriu a capota do conversível. – Quero que conheça minha joia, amor! – Ela exclamou, acariciando o volante da máquina. O brilho nos olhos dela era notável. Sem dúvidas, esse carro era o seu favorito.
- Literalmente, uma joia, só existem doze no mundo! – Ele concordou, acomodando-se no lado do passageiro.
- Quando voltar a dirigir, vamos sair, para que você possa pilotar essa raridade! – Moe afirmou, sorrindo para ele.
- Vou aguardar ansiosamente esse dia! – Arturo pontuou, sorrindo de volta para ela.
Moe deu partida, e os alarmes de todos os carros dispararam. A vibração cabulosa do motor eslavo era muito atraente. Os dois rumaram à zona portuária de Manhattan. Ela não abusou da velocidade, pois, o trânsito não a permitia tal regalia no momento.
Algum tempo depois, Moe e Arturo ouviram o ronco consistente da McLaren de Marco se aproximando. O Argentino vibrou ao ver a nave de seu cunhado. A P1 preta era realmente muito bonita. Marco parou ao lado do Porsche de Moe no semáforo, Raul abriu o vidro e entregou duas latas de energético para eles. O Monster: Mango loco, sagrado de cada dia.
- Vamos pra autoestrada. Ida e volta, até Nova York! – Moe exclamou.
- Beleza! – Marco concordou.
Eles seguiram lado à lado até a saída para a autoestrada, e então, a corrida começou. Moe deu uma colher de chá ao seu irmão, permitindo que saísse na frente. Ele pensou por um instante que venceria, mas, dada astúcia da baixinha, Raul sabia que estava longe de isso realmente acontecer. Ela o pegaria na volta, pois, seu Spyder era extremamente violento em arrancada, mas, era ainda mais perigoso em velocidade final, alcançando facilmente os 460km/h.
Lucas havia trabalhado com muito carinho nos carros e Arturo conhecia as habilidades de sua namorada, por isso, manteve-se calmo, bebendo seu energético e curtindo a brisa. As máquinas costuravam o trânsito com facilidade, como se não fosse nada. Os carros de patrulha nem se deram ao trabalho de tentar seguir, pois, como era sabido, não tinham torque suficiente.
Marco seguiu na dianteira até metade do caminho de volta, então, nos quilômetros finais, Moe chamou o motor de seu Porsche para a festa, deixando o irmão e o pai para trás. – Chupa, Tony! – Ela gritou e gargalhou. Arturo viu através do retrovisor Marco sinalizar com os faróis. Ela venceu a corrida, como sempre. Ao chegarem à zona portuária, fez seu carro deslizar em volta da McLaren de seu irmão. O cheiro de borracha queimada e a fumaça tomaram conta do ar.
Moe e Arturo desceram do carro rindo. Ela o beijou, comemorando, pois, ainda estava invicta. Marco e Raul também desceram do carro rindo, eles adoravam a farra. – Esse Porsche é um monstro, tá maluco! – Raul comentou, dando uns tapinhas no ombro da filha.
- Eu sei, por isso, deixei o Tony sair na frente! – Ela sacaneou, abraçando seu irmão.
- Chatona! – Marco sacaneou de volta, dando um beijo na testa dela.
- O Tarsinho iria pirar se estivesse aqui! – Moe comentou, rindo muito.
- Certeza! – Raul concordou.
- Bora pra casa? Dona Cristina já deve estar surtando! – Marco disse, rindo ainda mais.
- Bora, nós temos um jantar com os Caparrós ainda hoje! – Raul comentou. – Vamos trocar de carro? – Ele solicitou e Moe entregou a chave do Spyder para seu irmão.
- Cuidado com meu bebê! – Ela disse aos dois, recebendo a chave da McLaren de Marco.
- Pode deixar! – Raul exclamou, rindo de um jeito sacana.
Moe e Arturo se acomodaram na nave preta e Marco e Raul na verde. Os quatro voltaram para o apartamento dela. Durante o caminho, Arturo observou o interior aveludado e mesclado à fibra de carbono da máquina. – Na próxima, sou eu quem vai correr contra você! – Ele exclamou, fazendo Moe rir.
- Você vai perder, meu amor! – Ela sacaneou.
- É o que vamos ver! – Arturo respondeu, lançando um olhar sacana para ela.
- Coloca sua Sían pra jogo, que coloco minha Huracán! – Ela disse, aumentando a competitividade. – Vai perder muito feio!
- Quero tomar aquele Jaguar C-X75 de você! – Ele sacaneou, vendo a expressão insatisfeita dela.
- Fechado, se ganhar, é seu! – Ela zombou.
- Você vai perder! – Ele afirmou, rindo muito.
- Se estiver com muita pressa, pode ser hoje mesmo, escolha alguém para te substituir. Meu pai é um ótimo piloto! – Moe comentou, sacaneando com ele.
- Tá certo, vou chamar o Gago! – Arturo disse, e ela quase enfartou.
- Trapaceiro! – Moe exclamou, revirando os olhos.
- Tá com medo do Gaguinho? – Ele sacaneou de volta.
- Eu vou matar aquele Gago lazarento! – Moe pontuou, apertando o volante.
- Parece que eu vou ganhar um Jaguar! – Arturo exclamou, gargalhando.
Ao chegarem à garagem do prédio, ele se encaminhou à nave que escolhera como prêmio, alisando o capô do Jaguar vermelho carmesim. Moe lançou um olhar efusivo para ele. Arturo riu, vendo o aborrecimento de sua namorada. Marco e Raul se aproximaram.
- O que houve? – Marco questionou.
- A Moe vai perder essa joia hoje! – Arturo sacaneou.
- Seu cu! – Ela disse, cruzando os braços sobre o peito e revirando os olhos. Os três gargalharam, irritando-a ainda mais.
- Como assim? – Marco perguntou.
- Ela apostou que vence minha Lambo, mas, como não posso dirigir, ela vai correr contra o Gago! – Arturo esclareceu, rindo.
- Perfeito, porque ele me perguntou hoje sobre seu carro. Que sinergia, meus consagrados! – Raul pontuou, animando-se.
- Arrombados! – Ela disse, encaminhando-se para as portas do elevador. Seus passos pesados e aborrecidos os divertiam. – Se vocês perderem, vou pegar de volta a Sían!
- Nós não vamos perder, minha vida! – Arturo sacaneou.
- Ela vai te largar, Argentino! – Marco exclamou.
- Eu vou chorar dentro do meu Jaguar novo! – Ele disse, divertindo-se horrores.
Raul ligou para Fredo, explicando os detalhes da situação, e com toda certeza, ele topou, ajudando a aumentar a zoeira. Eles marcaram a corrida para antes do jantar. O ponto de encontro seria no estacionamento do iate clube. Moe rogou toda sorte de pragas nos quatro.
19:00 PM
Os cinco tomaram o elevador rumo ao estacionamento. Marco acomodou-se no Jaguar, Moe e Arturo na Lamborghini Sián Roadster dele, Raul e Cristina na Huracán Evo de sua filha. Eles saíram em direção ao iate clube em comboio, logo atrás do prêmio da corrida.
- Você ainda me ama, Momô? – Arturo perguntou, sorrindo maliciosamente.
- Um pouco menos do que antes! – Ela disse, revirando os olhos.
- Você vai poder pilotar meu Jaguar. Não precisa levar pro coração! – Ele brincou, recebendo uma leve cotovelada dela.
- O que me consola é você ser obrigado à usar essa gravatinha borboleta! – Ela sacaneou, mostrando a língua para ele.
- Que maldade, amor! – Arturo comentou, rindo.
Cristina odiava velocidade, por isso, volta e meia apertava o braço de Raul, sinalizando para que este diminuísse. Ela sentia pavor toda vez que era grudada ao banco pela força G, e isso o divertia muito.
- Delinquente! – Cristina exclamou, lacrimejando. Seus filhos sempre imitavam sua fala para se referir à Raul quando fazia alguma loucura.
- Relaxa, baby, eu sei o que estou fazendo! – Ele disse, acelerando mais.
- Devagar, Raul! – Ela implorou, batendo a cabeça no encosto do banco.
- Opa! – Ele sacaneou, gargalhando.
O V10 ainda não havia entregado todo seu potencial, por isso, ao acessarem a autoestrada, à caminho dos Hampton’s, Raul afundou o pé. Os gritos de Cristina mal podiam ser ouvidos sob a sinfonia do motor italiano. Vendo seu pai se aproximar, Marco também esticou o Jaguar, ganhando distância novamente.
- Minha mãe deve estar berrando no ouvido do meu pai! – Moe exclamou, rindo muito.
- Coitado! – Arturo lamentou, rindo também.
- Vou ultrapassar esses idiotas! – Ela disse, acelerando a Sián. Em poucos segundos já estava à frente de seu pai e seu irmão.
- Tem certeza de que quer apostar seu carro? – Ele sacaneou, pois, ambos sabiam que sua Lambo era mais potente.
- Você disse que quer tomar o Jaguar de mim, certo? O único jeito de fazer isso é vencendo a corrida! – Moe declarou, sorrindo. – Se perder, vai ficar à pé, porque essa belezinha aqui vai ser minha!
- Nem fodendo! – Ele exclamou, sentindo uma pontada no coração.
- Tem certeza de que quer apostar seu carro? – Ela debochou, virando suas palavras contra ele.
- Ok, entendi! – Arturo revirou os olhos.
- Agora sabe como me sinto! – Ela exclamou, rindo do aborrecimento dele.
- Você tem outros carros, além disso, é feio tomar de volta um presente! – Ele reclamou.
- Tá arregando já? – Moe sacaneou.
- Porra, eu amo meu carro! – Ele disse, esfregando o rosto nervosamente.
- Não chora não, amor, andar de táxi é mais confortável! – Ela não conseguia parar de rir.  
Os veículos adentraram o estacionamento, cortando giro e enlouquecendo Fredo e Tarso. Alexandre estava encostado à traseira do Audi R8 preto de seu irmão mais velho, fumando um baseado e aproveitando sua brisa. Quando desceram, Cristina estapeou Raul, chorando nervosamente.
Moe e Arturo desceram da Sián, e ela devolveu a chave para seu namorado, que estava quase chorando também, com medo de perder seu amado brinquedinho. – Se você perder, eu te mato! – Ele disse ao Fredo, hesitando em entregar a chave.
- Relaxa, Peneira, tá seguro comigo! – Fredo exclamou, rindo.
- Ele ama mais esse carro do que a minha irmã, é uma grande responsabilidade! – Marco sacaneou, dando uns tapinhas no ombro direito do cunhado.
- Ninguém vai colocar as mãos no meu Jaguar! – Moe aumentou a zoeira e a tensão de Arturo.
- Caralho, Momô, que nave! – Tarsinho disse, admirando com esmero o vermelho carmesim do prêmio.
- Eu vou levar a mãe de vocês para o iate, antes que ela tenha uma síncope! – Raul afirmou, caminhando ao lado de Cristina para a lancha que os transportaria.
- Boa, meus pais já estão lá! – Alê afirmou, mencionando Jorge e Lucrécia.
- Onde estão o Werneck e o Lucas? – Moe perguntou à Tarso.
- Eles estão à caminho, com o Treze! – Ele respondeu. – Posso dar uma voltinha no Jaguar?
- Vai lá! – Marco exclamou, entregando a chave à ele.
- Eu também vou! – Alê disse, animando-se.
- Juízo, seus porras! – Fredo pediu. Os dois dispararam pela avenida principal, enlouquecendo a si e aos presentes. O ronco rouco da preciosidade podia ser ouvido ao longe.
Alguns minutos depois, eles estavam de volta, sendo seguidos pelo Dodge Dart Hemi 68’ cinza chumbo do Lucas. Werneck havia marcado o caminho do circuito. Três voltas no iate clube separavam Arturo de seu sonhado Jaguar. Moe vibrou, pois, em circuitos a potência do carro não é mais importante do que a perícia do piloto.
Fredo era profissional; ainda que sua licença FIA estivesse vencida há alguns anos, ele ainda sabia muito bem o que fazer dentro do cockpit. As duas Lambos foram posicionadas, lado a lado. Moe convidou Marco para ir com ela, uma vez que, Arturo iria com Fredo. Apesar das palhaçadas, ela não estava preocupada em perder um carro, mas, o mesmo não poderia ser dito sobre seu namorado.
Lucas parou ao lado da janela aberta do carro de Moe e disse: – Arranque o couro desse playboy. Faça ele sofrer, Mefisto! – Ele a chamou por seu apelido das corridas.
- Deixa comigo! – Ela respondeu, piscando para seu amigo.
Werneck e Tarso estavam posicionados um de cada lado da rua. Alê insistiu em ser a pessoa que daria a largada, por isso, parou no meio dos carros, tragando seu baseado tranquilamente. Marco queria muito que sua irmã vencesse, mas, suspeitava que não fosse conseguir dessa vez.
- Eu daria minha bola esquerda para estar nessa corrida! – Tarsinho gritou, fazendo os presentes gargalharem.
Os motores italianos aquecidos estavam roncando, fazendo a adrenalina ir às alturas. Alê ajeitou sua gravatinha borboleta, jogou a baga no chão e apagou com a ponta de seu sapato social de couro. – Preparados? – Ele perguntou, fazendo charme com a lapela do blazer de seu smoking. Os trajes formais dos presentes abrilhantavam ainda mais o momento.
Moe e Fredo assentiram. Alê levantou seus braços, expondo seu Rolex de ouro e iniciando a contagem com os dedos. Quando ele abaixou os braços, os dois zarparam, e para a surpresa de Fredo, Moe ainda estava ao seu lado. Ele acelerava, ela fazia o mesmo, garantindo que não estava para brincadeiras.
Moe possuía uma habilidade ímpar em curvas, devido sua prática com o Drift, por isso, terminou a primeira volta na frente. Arturo estava em cólicas, temendo por seu carro. A segunda volta não foi diferente, mas, Fredo estava determinado a mostrar quem era, e o que estava fazendo ali. Moe os fez sofrer, bem como Lucas havia pedido.
Por uma ironia do destino e por sua experiência, Fredo aproveitou-se de um descuido dela, ultrapassando-a na última curva. Ele cortou por dentro, passando à milímetros do muro, disparando à frente e cruzando a linha de chegada primeiro. Como comemoração, ele deu um zerinho em volta da Lambo dela, provocando-a. Arturo quase morreu do coração, pois, imaginava que perderia. Ele já estava pronto para socar a cara de Fredo.
- Puta que pariu! – Lucas lamentou.
- Eu sou o cara! – Fredo exclamou, gargalhando enquanto descia do carro.
- Caralho, você é foda! – Treze gritou, abraçando seu amigo.
- Perdeu, Momô! – Fredo sacaneou, mostrando a língua para ela.
- Se foder, Gago! – Ela respondeu, mostrando a língua de volta.
- Eu tenho uma nave nova! – Arturo exclamou, esfregando as mãos e lançando um olhar malicioso para sua namorada.
- E por causa disso, vai dormir no sofá hoje! – Moe disse, rindo.
- Vou dormir no meu Jaguar! – Ele respondeu, gargalhando e encaminhando-se para pegar a chave com Tarso.
- Você me paga, Federico! – Ela pontuou, cruzando os braços sobre o peito.
- Eu não tenho nada à ver com isso! – Fredo exclamou, rindo muito também.
- Cuzão! – Moe disse, estapeando-o.
- Ela queria atropelar vocês! – Marco sacaneou, divertindo-se.
- Que coisa feia, Momô, tem que saber perder! – Fredo disse, esquivando-se.
- Vocês são horríveis! – Ela disse, tomando os braços de Werneck e de Lucas para si, ficando entre eles. Os três caminharam até a lancha. Tarso e Alê estacionaram as Lambos em suas respectivas vagas, e foram com Marco, Fredo, Arturo e Treze, logo atrás, sacaneando-a por todo trajeto.
Dentro da lancha a algazarra continuou. Nove malucos falando ao mesmo tempo, nem o piloto da embarcação conseguiu conter o riso. Raul estava ansioso pelo resultado da corrida, mas, ao ver a cara de sua filha, soube que havia perdido. Ele gostaria de rir, mas, tratou de segurar.
- A Mônica precisa tomar aulas de etiqueta; onde já se viu, só ela de mulher no meio de todos esses homens! – Cristina exclamou, escandalizada com a cena.
- A Mônica é mais “macho” que a gente! – Marco sacaneou e seus amigos riram ainda mais.
- Vou passar meu pau na tua cara! – Ela exclamou, mostrando a língua para o irmão. Quase ninguém conseguiu segurar as gargalhadas.
- Que horror, pare com isso! – Cristina exigiu, com as mãos na cintura e semblante de desaprovação. – Uma dama não deve falar essas coisas!
- Ela está brincando, baby! – Raul disse, ajudando sua filha a subir à bordo do iate.
- Você tem que mudar! – Cristina exclamou, ajeitando o vestido de sua filha. Moe se irritou com ela.
- Eu não sou mais criança, faço e falo o que eu quiser, me dá licença! – Ela declarou, livrando-se de sua mãe, subindo as escadas como um raio. Arturo a seguiu. Já na popa da embarcação, ele a puxou para seu abraço.
- A senhora tem que parar de implicar com ela. Todos estavam se divertindo juntos, não tem nada à ver com gênero! – Marco pediu, amparando Cristina enquanto subiam as escadas.
- Eu estou errada? – Ela exigiu, revirando os olhos.
- Você está se passando! – Raul disse, balançando a cabeça em negação. Cristina conseguiu cortar a vibe do grupo.
Quase todos caminharam até a proa do iate, mas, Moe e Arturo continuaram onde estavam. Ele ainda a tinha em seus braços, enquanto acariciava seu cabelo.
- Não tem nada de errado com você, amor! – Ele exclamou, beijando a testa dela em seguida.
- Prefiro não ter etiqueta e ser autêntica à me comportar como uma vaquinha de presépio! – Moe declarou.
- Você é perfeita do jeito que é, agora, se acalme! – Ele pediu, envolvendo-a com mais firmeza.
Poucos minutos depois, Raul se aproximou dos dois. Ele odiava quando sua ex fazia uma cena dessas com sua filha. Para ele, ninguém tinha o direito de julgar sua personalidade, muito menos em público.
- Você está bem, amor? – Ele perguntou, acariciando o cabelo dela.
- Só preciso de um minuto, antes de voltar a olhar para a cara dela. Como pode ser tão falsa? Ontem estava me tratando bem, hoje vem com esse papo de etiqueta? Me poupe! – Moe exclamou, revirando os olhos.
- Não ligue para as opiniões da sua mãe, cada pessoa é de um jeito e está tudo certo! – Raul ponderou.
- Se ela não gosta da minha personalidade, por que veio até aqui? – Moe questionou.
- Apenas desconsidere, ela vai embora amanhã! – Ele esclareceu, voltando para junto dos demais em seguida.
- Seu pai está certo, amor. Você é a mulher mais bonita, espontânea e cheia de vida que já conheci; não deixe o veneno dela te ofuscar. Vamos voltar para a festa e aproveitar a noite com nossos amigos! – Ele sugeriu.
- Eu te amo! – Moe exclamou, com os olhos mareando. Ele sentiu um nó se formar em sua garganta.
- Eu também te amo! – Arturo respondeu, limpando as lágrimas dela.
Fredo e Marco vieram em direção aos dois, chateados com a atitude de Cristina. Eles trataram de acompanhar o casal para junto dos outros convidados. Raul estava acomodado ao lado de sua ex nos estofados da proa, excomungando-a mentalmente. Seu semblante era de desgosto.
- Você está aborrecido comigo? – Cristina perguntou à Raul.
- Em casa a gente conversa! – Ele exclamou.
- Acha que estou errada? Ela se comporta como uma favelada e as companhias não ajudam! – Cristina lançou um olhar de soslaio para Arturo.
- Pare de falar, por favor! – Raul pediu por entre os dentes, tentando disfarçar sua raiva. Felizmente, Jorge e Lucrê estavam entretidos com os garotos, por isso, não perceberam o que estava acontecendo com a família Cortez.
- A culpa é toda sua, você mima demais essa garota! – Cristina continuou, e acabou recebendo um olhar furioso de seu ex-marido.
- Nós vamos conversar em casa, aqui não é lugar pra isso! – Raul exigiu.
- Que seja, não me importo! – Ela deu de ombros, debochando dele.
- Você é o tipo de pessoa que faz meu pior lado aflorar! – Ele disse, levantando-se do estofado e caminhando até o bar, pedindo uma generosa dose de whisky puro.
Marco se aproximou, pedindo uma dose também. Depois de degustar, perguntou: – O senhor está bem?
- Estou, mas, acabei de me lembrar porque pedi o divórcio! – Ele exclamou, apertando o copo.
- Ela te enlouquece, não é? – Marco comentou, lamentando profundamente a postura de sua mãe.
- Não estou aqui para jogar você e sua irmã contra ela, mas, está cada vez mais difícil de segurar essa onda! – Raul esclareceu, respirando fundo, buscando centrar seus pensamentos.
- O senhor não precisa se preocupar, nós estamos do seu lado! – Ele disse, apertando o ombro de seu pai.
- Obrigado, filho! – Raul respondeu.
Moe e Arturo notaram que Raul se afastou de Cristina para não perder a linha. Ambos já haviam visto cenas como essa inúmeras vezes. Ela o levava ao extremo, certamente, buscando uma reação brutal. Seus filhos não aguentavam ver o estado em que ele ficava.
- Sabe o que é pior? A Denise vem adotando a mesma postura nas últimas semanas! – Moe lamentou ao ouvido de Arturo, sentindo um enorme aperto em seu peito.
- Seu pai é um homem bom, sabe o que fazer! – Arturo disse.
- Me dê só um minuto, por favor! – Pediu, afastando-se dele e caminhando na direção de seu pai. Moe puxou Raul para um abraço apertado, enterrando seu rosto no peito dele.
- O que aconteceu, amor? – Ele perguntou, retribuindo o abraço.
- Desculpe por colocá-lo nessa situação! – Moe disse.
- A culpa não é sua! – Raul respondeu, acariciando o cabelo dela.
- Quero que o senhor se afaste desse tipo de problema. Vem morar com a gente, eu e o Tony vamos cuidar de tudo! – Ela pediu, apertando-o ainda mais.
- Eu já disse que você e o Tony são a razão da minha existência? – Raul perguntou, sorrindo.
- E você é a nossa, pai. A Mônica está certa, vem morar com a gente! – Marco pediu, abraçando os dois.
- Prometo que se as coisas ficarem insustentáveis, eu virei, mas, por enquanto, não posso deixar a Denise! – Ele admitiu, lamentando não poder atender prontamente à vontade de seus filhos.
Alguns minutos depois, Lucrê se aproximou deles, e seu coração balançou ao sentir o perfume de Raul. Marco e Moe ficaram observando seu jeito, sorrindo maliciosamente com os cantos das bocas. Cristina ficou aborrecida, pois, sabia que ela tinha uma quedinha por ele. Jorge e os garotos se aproximaram também, aumentando a algazarra.
- Dança comigo, Juju? – Lucrê pediu, sorrindo.
- Claro! – Ele exclamou, piscando para ela.
- Vai dar na minha corcova, Fico? – Jorge questionou, rindo da cena.
- Cochilou o cachimbo cai, mané! – Raul sacaneou, puxando Lucrécia para seus braços. As pernas dela amoleceram ao sentir os músculos dele.
Mais doses de whisky surgiram. Cristina se juntou à eles, puxando Jorge para dançar, mas, o impacto não foi tão grande. Lucrê estava derretida encarando Raul. Os garotos não resistiram a zoeira.
- Deixa a Victória ficar sabendo! – Fredo sacaneou. Ele e seus amigos riram muito da afirmação.
- Ela vai fazer picadinho de Jujuzinho! – Moe comentou, divertindo-se.
- Jujuzinho? O homem é um guarda-roupa com maleiro! – Werneck exclamou.
- Corpinho de bailarino espanhol! – Moe disse, sacaneando seu pai.
- Já era, Jorginho! – Alê sacaneou também. Insinuando que sua mãe fugiria com Raul.
- Aproveitando o ensejo, me empresta a Mônica? – Fredo pediu à Arturo, rindo de um jeito maquiavélico.
- Juízo, Gagolino! – Ele exclamou, estreitando os olhos. Fredo tirou Moe para dançar.
- Ganhou um Jaguar e perdeu a morena! – Tarso sacaneou.
- Já está sentindo o chifre, Argentino? – Alê perguntou, infernizando-o.
- Esse Gago é folgado, quer o carro e a mulher do cara! – Treze aumentou a zoeira.
- Esmurra ele, Argentino! – Lucas provocou.
- Deixa ele ser feliz por alguns minutos! – Arturo desconsiderou, levando tudo na esportiva. Moe piscou para seu namorado por cima do ombro do Fredo.
- Que evoluído! – Tarso sacaneou outra vez.
- Já passou o sermão em casa? – Treze questionou, rindo muito.
- A Mônica tem bom-senso, não preciso fazer isso! – Ele comentou, acendendo um cigarro e tragando tranquilamente.
- Olha a mão boba, Gaguinho! – Marco disse. Arturo sabia que era sacanagem, por isso, não se virou para verificar.
- Tu quer me foder? – Fredo perguntou, gargalhando. Após a dança, Moe voltou para junto de seu namorado, abraçando-o.
Algum tempo depois, os anfitriões e os convidados se reuniram à mesa. O jantar foi servido, e para felicidade geral, não houve nenhum desentendimento enquanto comiam.
A paz frágil conquistada durou pouco. Após o jantar, Moe decidiu conversar com Cristina. – Me desculpe por tê-la respondido daquela forma, mas, a senhora é muito maldosa em seus comentários. Sei que não sou a boneca de porcelana que sempre desejou, mas, assim como lhe devo respeito enquanto minha mãe, também me deve respeito como ser humano! – Mônica exclamou, cruzando as pernas e encarando-a seriamente.
- Você age como uma favelada, isso me irrita muito! – Cristina disse, revirando os olhos.
- A senhora tem sua opinião, eu tenho a minha, tudo certo. Apenas pare de atormentar meu pai, ele não tem culpa se nós não nos suportamos! – Moe ponderou.
- Você está fazendo a cabeça dele e do Marco contra mim! – Cristina tentou se fazer de vítima.
- Mãe, a senhora precisa entender que ninguém é cego, muito menos idiota; suas atitudes a colocam contra tudo e todos! – Moe esclareceu, tentando manter a parcimônia. – Errar é humano, mas, se desculpar é questão de evolução e autocrítica!
- E quem você pensa que é pra me falar essas coisas? – Cristina disse, debochando.
- Ninguém. Faça o que achar melhor e veja onde isso vai te levar! – Moe comentou, acendendo um cigarro.
- Você me dá nojo! – Cristina exclamou, revirando os olhos outra vez.
- Saiba que a recíproca é verdadeira! – Moe devolveu a alfinetada, sem perder a calma. Cristina odiava o fato de que o domínio de todos os bens da família estava nas mãos de Mônica. Em sua opinião, Marco deveria administrar. Ela sempre dizia o contrário, porque não gostaria de chamar a atenção para seus jogos de manipulação.
- Seu irmão vai voltar para França comigo, jamais permitirei que você e seu pai estraguem o que construí com ele! – Cristina continuou. – Não o criei para conviver com essa ralé que vocês chamam de família e amigos!
- Quer saber? A senhora e a Cecília são as cobras mais traiçoeiras que já tive o desprazer de conhecer! – Moe se cansou de agir como uma pessoa politizada. Seu vocabulário havia acabado.
- Vagabunda! – Cristina exclamou, dando um tapa no rosto de Mônica. Arturo correu e se colocou entre as duas. Moe gargalhou, afastando-se de sua mãe. A Baronesa da neve tinha lá seus trejeitos diabólicos. Talvez fosse o sangue dos Cortez em suas veias.
Jorge e Lucrécia apreciaram o show. Ambos sabiam do que Cristina era capaz. Seus filhos no entanto, ficaram horrorizados. Fredo foi até Mônica, querendo saber se ela estava bem.
- Relaxa, não foi nada! – Moe comentou, sorrindo gentilmente, com a bochecha ardendo e marcada de vermelho. Ela caminhou até o bar, solicitando uma dose de whisky puro.
- O que aconteceu? – Raul perguntou, segurando o queixo da filha, observando seu rosto.
- Eu a chamei de cobra! – Moe esclareceu, pegando seu copo e saboreando sua dose.
- Puta merda! – Marco disse, completamente assustado.
- Vocês acabam com meus dias de vida! – Raul exclamou, voltando-se para sua dose também.
- O que é um jantar de família sem baixaria? – Fredo comentou, rindo de nervoso.
Werneck, Treze, Marco, Moe, Raul e Fredo estavam debruçados sobre o balcão, afundando-se em whisky e rindo da cena fatídica que parecia ter saído do programa Casos de família.
Quando o álcool fez efeito e os ânimos baixaram, Lucrécia se esgueirou até Arturo, que se encontrava na lateral do iate, sozinho com seus pensamentos. Sua mente ia e voltava, imaginando milhares de teorias.
- Você parece ser um cara legal, estou certa? – Lucrê perguntou, deslizando as pontas dos seus dedos no peito dele.
- Depende de quem pergunta! – Arturo respondeu, dando um passo para trás.
- Fiel, gostei! – Ela brincou, sorrindo com o canto da boca, virando-se para o mar e apoiando-se ao corrimão. Ele a imitou.
- O que quer? – Ele perguntou.
- Depende de quem pergunta! – Lucrê brincou.
- O guarda-costas da Mônica. Sei que não veio até aqui para flertar! – Arturo comentou, olhando de soslaio para ela.
- Acertou, preciso de um favor! – Lucrê esclareceu. – Acho que a Victória está grávida do Raul, e isso a coloca em perigo!
- Por quê? – Ele questionou.
- A Cristina pode ser bastante obstinada quando se trata de proteger seus interesses. O Percy que o diga! – Lucrê sussurrou, aproximando-se dele novamente.
- Veja bem, Lucrécia, eu não trabalho com especulações; vá direto ao ponto, por favor! – Arturo pediu, virando-se para ela, encarando-a seriamente.
- Precisamos tirar a Victória de circulação o mais rápido possível. Acho que a Cristina dará um jeito de matá-la! – Ela esclareceu.
- Assim como tentou fazer com a Mônica? – Ele lançou a hipótese, tentando obter mais informações.
- Não sei, mas, é bem possível. Ela sempre teve um jeito bizarro de lidar com “empecilhos!” – Lucrê comentou.
- O que você ganha com isso? – Arturo perguntou, estreitando os olhos, sorrindo de um jeito sacana.
- Eu a odeio. Quero vê-la afundar! – Lucrê admitiu. – Você vai me ajudar?
- Você vai me contar o que sabe? – Ele disse. Arturo sabia exatamente o que fazer para ir onde queria.
- Nós crescemos juntas, e eu tive que lidar com o protagonismo e manipulações dela. Não me surpreende que suspeite do envolvimento dela no atentado à Moe. Todos que tentam desmascará-la acabam mortos ou incapacitados. Ela descartou o Percy quando percebeu que não conseguiria mais controlá-lo. Acredita que ela fez com que a mãe de Victória soubesse das traições, apenas para causar seu suicídio? A Cristina é uma pessoa extremamente perigosa, não a confronte!
- Não pretendo fazer isso! – Ele comentou, sorrindo de um jeito sacana.
- Não me leve à mal, mas, sei que ela odeia o fato de você estar namorando a Mônica! – Lucrê exclamou.
- Excite-me com sua argúcia! – Arturo disse, virando-se para ela. Lucrê estremeceu ao ouvi-lo falar assim.
- Ela acha que você não está à altura do nome da família! – Ela comentou, olhando para o chão timidamente.
- E o que você acha? – Ele perguntou.
- Que a Cristina é uma vadia do caralho, por isso, vai fazer de tudo para prejudicá-los! – Lucrê pontuou.
- Eu vou te ajudar com o lance da Victória! – Arturo disse, virando-se para o mar novamente.
- E quanto à Mônica? – Ela questionou.
- Não se preocupe, vou cuidar dela! – Ele exclamou, acendendo um cigarro.
- Você cuidaria de mim? – Lucrê perguntou.
- Vou pensar no seu caso! – Ele disse, rindo.
- Promete? – Ela pediu, acariciando o ombro dele.
- Já disse que vou pensar! – Arturo pontuou, afastando-se dela, voltando para junto de Moe.
Mesmo sabendo que sua namorada gostava de Fredo, ele não a trairia. Se o relacionamento acabasse não seria por um vacilo dele. Lucrê e seus filhos se juntaram aos outros, acomodando-se nos estofados e no chão à sua frente. Otto e Treze também não perderam tempo. A vibe boa tinha voltado. Entre os pileques, tragos e risadas, tratavam de esquecer o que havia acontecido de ruim.
Na popa do iate, Jorge propositalmente ouvia as queixas de Cristina. Sua fidelidade à Raul e seus filhos era muito maior do que ela sequer poderia supor. Quando Fredo ligou para seus pais alguns dias antes, notaram que algo grave estava acontecendo, por isso, decidiram vir a Nova York. O jantar com certeza serviu para sentir o clima, cumprindo seu propósito com louvor.
- Não suporto ver minha filha se comportando como uma vadia sem classe, isso me enoja. Já renunciei ao Raul, mas, achei que poderia moldá-la! – Cristina lamentou, tentando diminuir a distância entre eles.
- Nossos filhos sempre querem coisas diferentes daquilo que sonhamos para eles! – Jorge comentou, dando abertura à ela.
- A Mônica deveria estar com o Federico, que é um rapaz bem-nascido, educado, bem-sucedido… mas, é sempre assim, ela só se envolve se o cara não tiver onde cair morto. O pior de tudo é que tenho que tratá-lo bem, senão, sou a vilã da história. Por acaso é pecado querer manter a estirpe da família? – Ela questionou, revirando os olhos. Jorge estava quase vomitando com seu discurso, pois, conhecendo sua origem humilde, esperava mais empatia.
Sexta-feira, 07:00 AM
Ao sair do prédio, Victória deparou-se com Marco, encostado à porta do passageiro de seu Porsche 911 Speedster preto. Ele estava usando terno e gravata. Ela não esperava por isso, mas, considerando tudo que acontecera, ele achou prudente acompanhá-la até o trabalho. A semelhança dele com Raul fez com que as pernas dela tremessem um pouco.
- O que faz aqui? – Ela perguntou, parando à frente dele. Marco desencostou do carro, e ela admirou sua estatura. O desgraçado era o Juju cuspido e escarrado.
- Você vai pro trabalho comigo de hoje em diante! – Ele respondeu, abrindo a porta para ela.
- Obrigada, mas, à que devo a honra? – Ela estava realmente intrigada.
- Nós mudamos um pouco as regras depois do que aconteceu. Não podemos deixar vocês sozinhas por aí! – Marco esclareceu, acomodando-se ao banco do motorista. O coração dela estava disparado, pois, com sua visão periférica podia vê-lo, a semelhança era grande demais para suportar. – Podemos ir?
- Claro! – Vic exclamou, vacilando um pouco.
Eles zarparam, rumando à P.C média. O ronco do motor esportivo fez com que uma corrente elétrica percorresse a coluna dela, aumentando sua temperatura. Vic e Marco nunca foram tão próximos, pois, Cecília sempre fez questão de não permitir. Ela tinha lá suas razões, e sua ex amiga compreendia.
Ao chegarem, ele entregou a chave ao manobrista e deu a volta no carro, abrindo a porta para ela em seguida. Marco estendeu a mão para que ela pudesse se apoiar e sair, a suspensão do veículo era desconfortavelmente baixa. Os dois caminharam juntos para dentro do edifício, parando lado à lado frente as portas do elevador.
- Andar da presidência? – Ele perguntou, sorrindo. A voz dele ressoou dentro dela como um castigo cósmico.
- Sim, por favor! – Vic respondeu, timidamente. Quando ele se esticou para selecionar o andar com sua mão direita, ela notou a marca da aliança. O término era muito recente e mal resolvido, por isso, decidiu não comentar o fato.
Os dois saíram do elevador juntos, e as demais assistentes quase desmaiaram ao vê-lo. Marco acompanhou Vic até sua mesa, encontrando Fredo e Tarso conversando ali. Eles os cumprimentaram, e Fredo conduziu Marco até a antiga sala de Caio Valério, que já havia sido preparada para recebê-lo. Enquanto se afastavam, ela não conseguiu deixar de observá-lo. Seu coração estava tamborilando descontroladamente.
- Tudo bem, Vivi? – Tarso questionou, preocupando-se.
- O que ele veio fazer aqui? – Ela gostaria muito de entender o que estava acontecendo.
- O Marquinho vai exercer a antiga função do Caio. Provavelmente, serei seu assistente! – Ele respondeu, parecendo animado.
- O Werneck já chegou? – Vic perguntou, precisando e muito de seu amigo.
- Estou aqui, boneca! – Otto disse, aproximando-se com sua xícara de café.
- Você viu a nova adição? – Ela comentou, um tanto nervosa.
- Mais um gato para embelezar esse andar! – Ele exclamou, divertindo-se.
- Deixa o Treze ficar sabendo! – Tarsinho sacaneou.
- Se você me entregar, te corto das corridas! – Werneck sacaneou de volta. Os dois riram.
Não demorou e Raul surgiu no corredor, abrindo as grandes portas de blindex que davam acesso às salas do andar. Victória quase enfartou ao vê-lo. Werneck e Tarso os deixaram à sós, encaminhando-se à sala de Marco.
- Bom dia, amor! – Raul exclamou, dando um beijo no rosto dela.
- Bom dia! – Vic respondeu, vacilando entre as palavras.
- Você está bem? – Ele perguntou, acariciando o cabelo dela.
- Estou e você? – Ela disse, afastando-se e tomando seu lugar à mesa.
- Melhor agora que a vi! – Raul comentou, sorrindo de um jeito sacana.
- Os rapazes estão na antiga sala do Valério! – Vic disparou, tentando livrar-se dele. Seu emocional não permitia muito contato. A lembrança do teste de gravidez em sua bolsa a alfinetou.
- O que acha de sairmos para jantar? – Ele sugeriu.
- Desculpe, mas, é melhor mantermos distância! – Ela lamentou, encarando o teclado de seu iMac.
- Por quê? – Ele questionou, parecendo aborrecido.
- Não quero prejudicar seu relacionamento, muito menos, minha amizade com a Moe e o Marco! – Vic disse, tentando fugir do assunto.
- Beleza! – Raul exclamou, dando as costas e se encaminhando para a sala de seu filho. A raiva dele se tornou evidente.
- Espera! – Vic pediu. Ele se virou para encará-la, sua expressão não era das melhores.
- Qual foi? – Ele perguntou, voltando até ela.
- Não fique bravo comigo, por favor! – Vic disse, vacilando entre as palavras.
- Feliz é que não dá pra ficar! – Raul exclamou. Ela se levantou e foi até ele, verificando se não havia ninguém olhando. Victória o abraçou, e ele retribuiu o gesto.
- Eu te amo, mas, acabou! – Ela esclareceu, soltando-o e voltando para sua mesa.
- É assim, Victória? – Ele exigiu.
- Me desculpe, amor, mas, é assim! – Ela afirmou, concentrando-se em suas tarefas. Raul ponderou, decidindo continuar seu caminho até os rapazes. Ele certamente gostaria de evitar a briga.
Victória pegou sua bolsa e foi até o banheiro. No caminho, pegou um copinho descartável. Ela queria aproveitar a adrenalina do momento, sabia que depois perderia a coragem. Ela fez o teste, e ficou ali, aguardando o resultado. Cinco minutos depois, as duas linhas azuis apareceram.
Ela se livrou de tudo, ocultando na lixeira com montes de papel higiênico. Seu coração estava disparado outra vez. Ela foi até a pia, lavou as mãos, umedeceu a nuca e encarou seu reflexo no espelho. Por mais que quisesse, não adiantava negar o inegável.
Quando saiu do banheiro, deu de cara com Arturo. Devido o encontrão, ele a segurou para que não caísse. Sua pele já clara, apresentava um tom quase translúcido. – Você está bem? – Ele perguntou, observando-a com atenção.
- Que susto, Argentino! – Ela exclamou, arfando.
- Você deveria se sentar, não parece bem! – Ele comentou, encaminhando-a até sua mesa. – Quer me contar o que houve?
- Você sabe guardar segredos? – Vic sussurrou, engolindo em seco.
- Claro que sim! – Arturo disse.
- Estou grávida! – Ela sussurrou outra vez. Dizer isso a deixou ainda mais nervosa, pois, tocar no assunto o tornava real.
- O que tem de mal nisso? – Ele perguntou, sorrindo.
- Eu não posso ter esse filho! – Vic lamentou, com os olhos mareando.
- Sei que não devo me meter, mas, você sabe que não quer fazer isso! – Arturo ponderou, indo pegar um pouco de água para ela.
- Você não vai contar à Mônica, não é? – Ela pediu, tremendo.
- Não cabe à mim! – Ele esclareceu, entregando o copo à ela.
- Obrigada! – Vic disse, procurando se acalmar.
- A Lucrécia me pediu para ficar de olho em você! – Arturo comentou, tomando certa distância, para deixá-la respirar. – O Gilmar vai providenciar seu novo endereço e contato, mas, se precisar, pode me procurar!
- Como assim? – Ela questionou, assustando-se.
- Você e seu pai vão se mudar para o condomínio dos Caparrós, para que a Lucrê possa te acompanhar nos cuidados da gravidez. Suponho que deseje certo nível de discrição! – Ele esclareceu.
- Acha que corro perigo? – Vic perguntou, temendo.
- Não, mas, queremos garantir que estará segura e amparada! – Arturo exclamou. – Se me der licença, preciso me juntar aos outros, estou atrasado para a reunião! – Ele a deixou.
- O que faremos, filho? – Vic questionou, colocando sua mão direita sobre a barriga.
Apesar do apoio de sua família postiça e de seu mais novo amigo, Victória sentia-se perdida e sem rumo. Ela não tinha certeza se queria prosseguir com a gravidez, porém, tinha noção de que Raul acabaria com sua vida caso algo acontecesse à criança.
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