#colonialismo de dados
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Desafios na era digital: algumas reflexões
Olá, pessoal!
Vocês já pararam para pensar como a navegação web, uso das redes sociais e aplicativos influenciam as nossas vidas? É como se estivéssemos sendo observados... E estamos, viu!
Tais plataformas computacionais estão constantemente nos monitorando através da coleta de dados, transformando nossas ações em dados valiosos, fenômeno este conhecido por dataficação.
Os cliques, curtidas e movimentos nas plataformas digitais geram dados que alimentam os poderosos algoritmos das big techs (Google, Apple, Meta, Amazon e Microsoft).
Esses algoritmos são como maestros invisíveis da nossa experiência online, moldando o que vemos, o que fazemos, o que compramos e nossas opiniões. É a performatividade algorítmica em plena ação!
Já pararam para pensar nas consequências desse processo massivo de coleta, processamento de dados e modulação do nosso comportamento? Esse novo colonialismo, o colonialismo de dados, é como uma sombra que paira sobre o ciberespaço, onde países, comunidades e pessoas estão sendo monitorados sem o devido consentimento.
O capitalismo de vigilância (Zuboff, 2021) vai dizer que os nossos dados se tornaram moeda de troca. Nós os fornecemos para utilizar "serviços gratuitos". Mas será que são gratuitos? Longe disso. Os custos, para início de conversa, são a nossa privacidade e liberdade.
Diante dos desafios que nos cercam no espaço digital, precisamos estar conscientes, questionando, aprendendo, buscando alternativas e exigindo transparência das empresas e governos. Até a próxima!
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Referências
POELL, Thomas; NIEBORG, David; VAN DIJCK, José. Plataformização. Revista Fronteiras - Estudos midiáticos. vol. 22, n° 1, p. 2-10, janeiro/abril, 2020.
ZUBOFF, Shoshana. A era do capitalismo de vigilância: a luta por um futuro humano na nova fronteira do poder. Edição digital. Intrínseca: Rio de Janeiro, 2021.
#plataformização#dataficação#performatividade algorítmica#colonialismo de dados#capitalismo de vigilância
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ANIVERSARIO
*Este 2024: 27 Aniversario del DÍA MUNDIAL de la BANDERA (ukenyal) AMAZIGH.*
ⵣⵣⵣⵣⵣⵣⵣⵣ
Cada 30 de Agosto, a raíz del Congreso Mundial Amazigh celebrado en Tafira (Las Palmas de Gran Canaria) en 1997, se celebra en todo el Mundo el nacimiento de este símbolo de unidad y libertad de los diferentes pueblos que viven en diversas regiones del norte de África (Territorio conocido como la Tamazgha) que comparten raíces culturales y lingüística comunes.
La bandera de nuestra identidad representa nuestra historia y nuestra lucha, une a todos los imazigen del mundo, y a los pueblos del norte de África: desde Siwa hasta Canarias, desde el mediterráneo hasta el río de Senegal (Tamazgha)
Los canarios, como uno de los pueblos imazighen más antiguos, lideramos, en ese Congreso histórico, la unificación de la Tamazgha y la creación de su bandera identitaria .
Los pueblos Amazigh han resistido y perdurado durante milenios, invasiones y colonizaciones incesantes (griegos, romanos , árabes... Y en la etapa moderna , europeos -franceses y españoles principalmente- y "yankees")
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La bandera Amazigh, representa la armonía de los seres humanos con su tierra.
El símbolo del hombre en rojo tiene un carácter antropomórfico, con forma humana, y ha sido conocido desde tiempos prehistóricos.
Su significado actual simboliza al pueblo Amazigh. Usado oficialmente desde que en 1966, Mohand Arav Bessaoud, fundara la Academia Amazigh .
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COLORES:
Simbolizan la costa norte de África con el Mediterráneo, el Atlántico con Canarias al Noroeste y el desierto del Sahara al sur, y su apego y su amor a su tierra.
Tienen los siguientes significados:
ⵣ☆ Banda superior azul (Amidad) : representa el mar Mediterráneo y el océano Atlantico, la costa imazighen durante milenios.
ⵣ☆ Banda central verde (Azegzaw) : significa la naturaleza y las grandes montañas (cordillera del Atlas) y tierras verdes que los imazighen han cultivado desde tiempos prehistóricos.
ⵣ☆ La banda inferior amarilla (Awragh) :
simboliza la arena del Sáhara, del desierto de la TINIRI la zona de los Tuareg, pero también la alegría y el oro o la riqueza.
ⵣ☆ El signo de la figura, a su vez, es la letra sagrada "Z" (Yas o aza) del alfabeto tifinagh (idioma Tamazigh)
En rojo, porque representa el color de la vida, pero también el color de la resistencia.
En la bandera representa el nombre dado a los Amazigh: "personas libres", que es lo que significa Amazigh (plural Imazighen).
Es el principio de vida eterna y un símbolo de la sangre de los mártires por la libertad, que defendieron y defienden su cultura y su tierra ante el colonialismo conocido (delito de lesa humanidad imprescriptible).
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La bandera fue propuesta por la delegación canaria(¹), durante el Primer Congreso Mundial Amazigh, realizado los días 27, 28, 29 y 30, prolongádose hasta el 31 de Agosto de 1997 .
Al congreso acudieron representantes de los distintos pueblos del ámbito amazigh: Canarios, Rifeños, Tuaregs, Númidas, Kabilios, Chleuhs, Mozabíes Imazighen del Atlas, Soussa, Chausis, y también la diáspora amazigh estabilizada en Europa y América del Norte.
(¹) Jaime Sáenz Peñate (QPD) y Francisco Trejo Herrera , representantes de Solidaridad Canaria (S.C.) en el comité organizador, ante la ausencia de un símbolo que unificara a este pueblo milenario, con costumbres y lengua ancestrales con raíces comunes en la La Tamazgha (Norte de África) decidieron plantear en esa Primera Asamblea General, la creación de la bandera .
Se basaron en la primera propuesta oficial para que el pueblo Amazigh tuviera su propia bandera, que se hizo en el año 1971 en Roubaix (Francia) por Agraw Imazighen de la Kabilia ,como muestra cultural y de identidad.
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Con mucha ilusión y éxito, fue acogida como un símbolo que , dese aquel momento, une a la comunidad Amazigh de todo el Mundo.
ⵣ✊🏼ⵣ ¡Feliz día
de la bandera Amazigh!
¡Viva la libertad de la Tamazgha
y de todos los pueblos imazighen!
ⵜⴻⴷⴰⵔⴰ ⵜⴰⵎⴰⵣⴳⴰ ⵜⵉⵍⴻⵍⵍⵉⵜ!
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#amazigh#bandera amazigh#aboriginal#aborigenous#indigenous#culture#history#genocide#native#unesco#united nations#canary islands#international criminal court#cou penal international#corte penal internacional#aborigenes#indigenas#cultura#historia#genocidio#nativos#naciones unidas#islas canarias#canarias la colonia mas antigua del mundo#canarias tiene identidad cultural propia#descolonizacion de canarias#canarias#onu#africa#afrique
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Moçambique com Z de Zarolho
Livro do mês de maio - Clube do livro do Belas.
Título: Moçambique com Z de Zarolho
Autor: Manuel Mutimucuio
Editora: Dublinense
“Manuel Mutimucuio, autor Moçambicano nascido na capital, Maputo, em 1985. Doutor em Economia Política pela Universidade de Coimbra e atua como consultor internacional de gestão de recursos naturais. Sua literatura se caracteriza pela análise social e pelo questionamento do status quo.” Que é exatamente o que Mutimucuio faz neste seu livro: questionar o status quo com muita sátira.
A história é desencadeada pelo seguinte: o governo com o argumento de melhorar sua posição no cenário capitalista global e promover o que chama de o Renascimento Moçambicano, quer aprovar uma lei que faça do inglês a língua oficial de Moçambique.
Vamos então observar quais seriam as consequências para as várias camadas sociais pelo ponto de vista de Hohlo, que trabalha como empregado doméstico para Djassi, um político que é contra a mudança.
Hohlo admira o patrão e estuda para ser como ele: falar bem aquela que é até o momento a língua oficial, o Português. Teoricamente isso lhe daria acesso a melhores oportunidades de ir atrás de melhores condições econômicas.
O que ele não faz ideia é que as elites estão muito mais à frente do que ele imagina… Os ricos e poderosos veem o inglês como a língua mais importante. Seus filhos estudam em escolas bilíngues e eles próprios estudaram em universidades de língua inglesa, e assim, olhando para o próprio umbigo, querem forçar que o inglês substitua o portugues como língua oficial. Sem levar em conta que grande parte da população, principalmente a área rural e a população mais pobre, não aprendeu nem mesmo o português (tornado língua oficial durante o período colonial).
Djassi, patrão de Hohlo vota contra, mas não por altruísmo, por motivos pessoais seria prejudicial para ele a mudança.
É interessante notar como há um paralelo entre Hohlo e Djassi. Os dois querem ascensão social. E podemos ver que mesmo que exista uma enorme distância (enorme mesmo!) entre as condições dos dois, ainda assim existem pessoas em melhores condições que Djassi e pessoas em piores condições que Hohlo. De certa forma eles são o meio entre os extremos.
Sendo a questão da língua o ponto central refletimos sobre poder. Dominação cultural. Colonialismo. Como conhecimento e educação são importantes.
Sobre o texto, a edição mantém palavras que não são do nosso costume (o que pelo menos para mim só tornou a leitura mais rica!). Algumas palavras eu já conhecia do vocabulário de Portugal, como telemóvel ou autocarro, mas outras tive que ir decifrando pelo contexto, como chapa, matrecos ou parangona.
Decifrar pelo contexto ou pesquisar mesmo. Se tem algo que esse livro me inspirou a fazer foi pesquisar. Não só palavras, mas sobre Moçambique. Foi só em 1975 que o país se tornou independente e logo caiu em um período de guerra civil, de forma que somente em 1994, realizou as suas primeiras eleições.
A língua oficial é o português, mas este é falado como segunda língua e apenas por cerca de metade da população. Entre as línguas nativas mais comuns estão o macua, o tsonga, ndau, chuabo e o sena.
A população de cerca de 30 milhões de pessoas é composta predominantemente por povos bantus.
A religião com o maior número de adeptos é o cristianismo, mas há uma presença significativa do islamismo.
As taxas de PIB per capita, índice de desenvolvimento humano (IDH), desigualdade de renda e expectativa de vida de Moçambique ainda estão entre as piores do planeta.
E todos esses dados sobre línguas, desigualdade, pobreza… o texto não nos fala assim (como na wikipédia) ele nos mostra na prática na vida dos personagens!
Gostaria de comentar o final.
*************** !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! *************
Então a partir daqui ZONA DE SPOILER!!!
É que o final pode parecer destoar um pouco do que o livro vinha entregando. Não pela morte de Hohlo… esta se não foi previsível é ao menos coerente.. o que parece destoar é o “como”... um livro que vinha sendo muito embasado nos aspectos práticos e materiais. Em dinheiro e assuntos cotidianos, de repente está mergulhado em misticismo e crenças. Não estou falando que não gostei do final, pelo contrário, gostei! foi uma cena forte e envolvente. terminei o livro lamentando a morte do Hohlo, mas bem satisfeito com essa última carga de sentimentos indefinidos de tristeza,revolta e conformismo… mas não tenho como negar que senti sim como sendo um final destoante; algo deslocado do resto.
bem… como disse no início esse foi o livro do clube do Belas. No encontro anotei sobre o final a seguinte frase de um dos colegas: “ … todo o projeto modernizador proposto durante todo o livro não consegue apagar (ou dar conta) das tradições arraigadas. Não é atoa que a última palavra do livro é mistério.”
#livros#literatura#clubedolivro#manuelmutimucuio#moçambique#maio2024#literaturacontemporânea#livrariadobelas
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desvelo.
lancé un EP ♡ desvelo. se trata de un viaje que explora la trauma generacional, nacido de siglos de colonialismo en Abya Yala, y el largo y complejo proceso de sanación.
i released an EP ♡ desvelo. consists of a journey that explores the generational trauma that stems from centuries of colonialism in Abya Yala and the long and complicated process of healing from it. pueden escucharlo en bandcamp, spotify, youtube, soundcloud gracias a todes que le han dado un vistazo ♡ thank you to anyone who's given it a listen ♡ if you want to support me, here's my ko-fi
#independent music#queer latine#trans music#anarchist art#anarchist music#música anarquista#abya yala#queer latinx#música colombiana#música chilena#chilean music#colombian music#latin music#latine music#latinx music#música latina#hip hop#hip hop music#hip hop latino#latin hip hop#indie music#queer music#alternative music#synthpop#synthwave#andina#andino#andean music#protest music#protest songs
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bro tuve que ir a escarbar su blog para poder entender bien de qué estábamos hablando lmao. no sé porqué en particular escogió mi post para añadir esto sobre el colonialismo, pero mi tono original, aunque más tongue-in-cheek y mucho menos serio, también tiene mis dejos anti-colonialistas. la papa ha cambiado la vida de mucha gente alrededor del planeta (el otro día leí sobre alguien de la India considerando el largo viaje que le tomó a la papa llegar a los platillos indios y lo importante que es ahora en esa cultura, por ejemplo), y personalmente es un vegetal que me encanta. si dije que ni Tolkien pudo deshacerse de la papa, no es en alabanza a Tolkien, sino en alabanza de la papa. por más que el señor se preciaba de crear mundos complejos y serios, nunca se le ocurrió concebir un universo sin papa. siento que tal vez la daba por sentado. yo lo que quería decir era que no podemos darla por sentado, y especialmente no podemos dar por sentado a los agronónomos que la desarrollaron para consumo en masa allá en la época precolombina. pero mirá, escribí el post como en cinco minutos el sábado antes de acostarme. ni idea de por qué ha circulado tanto.
muy de acuerdo con que Tolkien hizo lo que hizo y el principal problema es que hay un montón de wannabes que lo copian y no entienden porqué él hizo lo que hizo. si no lo ha leído, le recomiendo a Brian Attenbery. yo lo que me leí de él para la tesis fue un libro llamado Stories about Stories : Fantasy and the Remaking of Myth. ahí el señor tiene sus propuestas pero, en mi opinión, lo más tuanis es cómo él ve el género de fantasía: no como una serie de reglas estrictas, sino como una especie de espiral en la que los textos de fantasía orbitan unos junto a otros y comparten características los unos con los otros. A veces se parecen más a unos y a veces son muy diferentes, pero todavía comparten algo en común con otros trabajos junto a ellos. el género no se define como una serie de pautas a seguir sino más bien porque es lo que se parece a lo que uno espera que el género sea, por así decir. Attebery dice que a veces cuando hay un texto muy importante (y cita LOTR de Tolkien como ejemplo), otros trabajos tienden a copiar las técnicas y terminan pareciéndose mucho por imitación pero por obvias razones jamás llegan a ser iguales. yo igual que ud siento que el problema es esa imitación sin pensar dos veces en los prejuicios que a veces acarrean. y sí creo que la mayor razón es porque muchos de estos autores (especialmente de habla inglesa) no se detienen a pensar en que los modelos que escogen para sus fantasías suelen implicar colonización e imperialismo y todas las madres.
personalmente no me molesta que incluyan papas o tomates o maíz en historias de fantasía, lo único que no quiero es arrogancia sobre el world building (me acuerdo de GRRM a quien jamás perdono por andar rajando de su mundo "más" medieval). la humildad de aceptar que uno escribe sobre lo que conoce pa mi es lo fundamental. por eso yo decía que hay que hacer lo que yo creo que ellos no hacen: celebremos la papa que tantas cosas buenas nos ha dado, y a la gente sin cuyo trabajo no podríamos tenerla
not even JRR Tolkien, who famously developed the concept of the Secondary World and firmly believed that no trace of the Real World should be evoked in the fictional world, was able to remove potatoes from his literature. this is a man who developed whole languages and mythologies for his literary world, who justified its existence in English as a translation* simply because he was so miffed he couldn't get away with making the story fully alien to the real world. and not even he, in extremis, was so cruel as to deny his characters the heavenly potato. could not even conceive a universe devoid of the potato. such is its impact. everyone please take a moment to say thank you to South Americans for developing and cultivating one of earth's finest vegetables. the potato IS all that. literally world-changing food. bless.
#long post#recomiendo el libro porque siento que le puede gustar#vi varios posts suyos que me recordaron muchas cosas que attebery dijo#y vi que le gusta terry pratchett que también es de mis favoritos (y el tema de mi tesis)
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Una vida de Punk Rock
Quienes me conocen de toda la vida, saben que tengo una relacion muy cercana con el punk rock, por lo que no me es dificil entender lo que se esconde detras de el.
En el desarrollo de la investigacion sobre la cultura, la identidad y el sentido de pertenencia, propuesto este semestre, es que llego a Lisa.
Mientras mis compañeras de la escuela entrevistaban a Kala, yo tuve dificultades de asistir debido a que me necesitaban en la escuela de mi hijo, es por eso que recurri a Lisa, una de las personitas que me cruce en el camino del Punk Rock.
Lisa, tiene 30 años en la actualidad y me cuenta que salio de su casa a los 12 años, escapando del maltrato que vivia, fue asi como comenzo una vida de sobrevivencia en la calle, donde el punk rock le dio herramientas para sobrevivir.
Dentro de las situaciones que me contaba, menciona haber vivido en mas de 5 ocupas a lo largo de su vida, ha abierto espacios, asi como ha llegado a activar otros. Una de las bandas punk que marcaron su infancia y formaron su pensamiento son los KTM una banda de aca de la zona, con los cuales tengo una relacion de amistad.
El punk rock más que una ideologia es un estilo de vida, que se desarrolla en base a un "pensamiento critico", pero que no deja de ser destructivo, (no por tener pensamiento critico significa que se busca lo mejor para la humanidad) muy por el contrario, el punk suele ser super destructivo para quien escoge este estilo de vida, pero contradictoriamente, para quienes lo hemos experimentado, sabemos que nos salvo de muchas tragedias.
Con Lisa concordamos en nuestra conversacion de que el punk nos dio la fuerza para sobrevivir al maltrato y al bulling, pero aun asi nos llevo por un camino de autodestruccion. En nuestra conversacion le contaba a lisa que yo ya habia dado por colgado los bototos, termino que se utiliza para reconocer que el punk fue una etapa y que ahora vamos por otro camino, a lo que Lisa me increpa y me dice, que el punk se lleva en la mente, que a pesar de que ya no me vista como punk, mi corazon siempre lo sera, y creo que tiene razón en una gran parte de ello.
Asi como los KTM influyeron ideologicamente a Lisa, la banda que influyo mi pensamiento critico son los muertos de cristo, inspirando mi camino musical cuando junto con mis amigos formamos una banda llamada Rameras de Satan, buscando concientizar a nuestra generacion a traves de la musica, como tambien reaccionando al colonialismo clasico de la iglesia catolica, lo cual genero controversia en un comienzo a nivel territorial y mas aun en mi familia, ya que vengo de una desendencia fuertemente catolica, fue asi como logramos influir en la cultura local junto a los KTM (Los konshetumare denigrantes) banda amiga con los cuales compartimos años de punk y que me llevaron a conocer a Lisa y su historia de vida.
Los punkys de bellavista son tremendamente juzgados, sabemos que no tienen el mejor de los comparamientos, ni que son unos panes de dios, pero detras de ese caos que se asota existe una cantidad inumerable de vulnerabilidad, maltrato, abandono, entre otros vejamenes cometidos por la sociedad y por quienes debieron haberlos cuidado en su niñez. Muchos diran "eso nos los justifica, ya son adultos", pero es facil decirlo desde el sillon de los privilegios y si bien hay gente que logro superar la degradacion de su infancia, eso no quiere decir que todos deben superar el trauma de la misma manera, es asi como personas como Lisa encontraron en el punk una via de sobrevivencia ante lo ingrato que les fue la vida y que aun asi, conservan ciertos valore y codigos que los vuelven seres respetables para mi. Conozco sus historias, conozco su bondad escondida detras de esa coraza de chicxs malxs y estoy casi segura de que si la vida les hubiera dado el amor y la protección que merecian de niñxs, otras serian sus historias.
Para la sociedad es facil apuntar con el dedo, cuestionas y juzgar el comportamiento erratico de una persona, pero nadie cuestiona la ineficiencia del estado en contruir politicas publicas que resguarde la integridad de la niñez y se preguntaran, que tiene que ver esto con el punk, pues, en mi camino por el punk, he logrado concluir, que todo y toda punk lleva dentro suyo un niño o niña herida, nadie nace siendo punk, ladron o traficante, es en este caso que el punk llega a nuestras vidas tanto a salvarnos, como a destruirnos, porque si vamos a convivir en un sistema que no cuida, que no da paz, que no da amor, entonces ¿por que el punky querria dar todo eso que se le ha negado?.
Mucho han querido dar catedra de lo que es el punk sin serlo y creen que por vestirse de negro o usar bototos o tener pensamiento anarko lo son y critican a los punky de bellavista, catalogandolos de "rancios" y de que "esos no son punk" y es cierto, asi como en todos lados, hay gente que dice ser algo, que en la practica no es, lo que estas personas olvidaron, es que el punk no busca las paz mundial, muy por el contrario, busca desafiar las normas establecidas, tanto en su comportamiento, como en su musica, donde predominan los acordes rapidos y duros, junto con sus letras criticas y su estetica (que en alguna epoca fue provocativa) influenciando a las disidencias, inspirando a muchos movimientos sociales y politicos a traves de su actitud confrontacional. El punk confronta, el punk no es hippie, aun asi, he encontrado mas nobleza en un punky rancio, que un hippie namaste.
Asi mismo esta sub cultura es catalogada como nihilista, debido a su falta de soluciones, alta negatividad y pesimismo, individualidad y aislamiento haciendo dificil la interaccion con otras comunidades, a su vez, se considera que el los punkys han contribuido a la sociedad de una forma que quizas no todos vean, debido a que el punk cumple una funcion critica importante, desafiando el status quo y cuestionando la autoridad. Tambien a servido de refugio para las disidencias, dando espacio para comunicar y organizarse, convirtiendose para muchos en una inspiracion para el cambio social y politico.
No tengo desendencia indigena, pero la respeto y admiro, no vengo de una familia de nobleza, ni de un linaje delictual hasta donde yo se, vengo de una familia creyente, profundamente catolica, por lo cual siempre senti que no tenia tribu, solo en los pocos años que vivi el punk rock senti que pertenecia a una, lo cual duro hasta el dia que decidi alejarme de ese camino para criar a mi hijo y darle una buena vida. En la actualidad, si bien el punk me cruzo con gente hermosa a la cual quiero mucho, me siento sin tribu, pero a la vez feliz de haber cambiado mi rumbo y aun asi poder abrazar a gente como Lisa, que me enseño a comprender que este mundo esta lleno de disfraces y que mientras unos se visten de malotes, ocultando su bondad, otros se visten de buenas personas para ocultar sus verdaderas intenciones.
<< El punky es punky por que quiere >>
fin
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Hey-a, 👋.
Na publicação de ontem mencionei brevemente o termo neoliberalismo e como a abolição do mesmo é um passo essencial rumo à liberação das mulheres, portanto, hoje venho falar mais um pouco sobre esse conceito, principalmente sobre o papel que ele desempenha na opressão do povo palestino pelo estado de apartheid israelense. Vamos lá?
O assunto de hoje:
O neoliberalismo e a opressão do povo palestino.
Vamos direto ao ponto: o que é o neoliberalismo?
Por definição, o neoliberalismo é um sistema econômico e uma vertente do capitalismo, cunhada em 1938 pelo sociólogo e economista alemão Alexander Rüstow numa conferência de intelectuais da época organizada em Paris, caracterizada por:
Medidas de austeridade (cortes nos fundos públicos) ;
Privatização de bens e serviços públicos ;
Desregulamentação nos negócios.
Todas estas características são fundamentadas na ideia da supremacia do mercado (a teoria de que as forças naturais do mercado de oferta e demanda criam uma distribuição ideal de recursos dentro da sociedade, potencializando assim o bem estar pessoal dos indivíduos e comunidades) e que o governo não deve de forma alguma interferir nesse fluxo natural — mas como é óbvio, o governo ainda age a favor daqueles mais ricos —, mas o que é importante a perceber é que este conceito é implementado à força e através do imperialismo. O neoliberalismo vai contra a ideia de sociedade e propaga a ideia do culto do indivíduo, resultando essencialmente na estagnação do desenvolvimento dos países mais pobres, que acabam por depender cada vez mais dos países donos de multinacionais.
O papel do neoliberalismo no apartheid no território palestino:
Para melhor entendermos a forma de opressão econômica sofrida pelo povo palestino, temos que conhecer a sua história com o estado colonizador de Israel.
Antes de 1948, a Palestina estava sob colonização britânica, estes que, por sua vez, e sem consultarem os nativos palestinianos, colocaram em prática o movimento sionista e cederam parte do território ao povo judeu a fim de criar um etno-estado de judeus chamado Israel. Os judeus — monetariamente suportados pelo ocidente —, explorariam e tomariam então aquela terra que não lhes pertencia. Em 1948, mais de 800,000 palestinos foram etnicamente limpos por meios cruéis e fatais e evacuação forçada. A esse trágico evento foi dado o nome “Nakba”, que significa catástrofe. Geograficamente, o povo palestino é categorizado por cinco grupos:
Cisjordânia, ou West Bank ;
Gaza ;
Jerusalém Oriental ;
Territórios “israelenses” ;
Os em exílio.
Em 1995, os Acordos de Oslo dividiram a Cisjordânia em três áreas, nomeadamente;
Área A, que estaria sob controle total pelos civis e autoridade palestiniana ;
Área B, sob o controle civil palestino e controle militar israelense ;
Área C, sob o controle total do etno-estado de Israel.
A opressão que o povo palestino enfrenta desde 1948 vem em todas as formas e tamanhos de violência, uma delas sendo a econômica. Israel vem punindo coletivamente os palestinianos através da revogação das autorizações de trabalho, uma medida que causa uma enorme deterioração na economia palestina da Cisjordânia ao impedir o seu desenvolvimento, o que faz com que Israel tome ainda mais controle sobre eles.
Estas medidas antiquadas reforçam a ideia de que o neoliberalismo anda lado a lado com o colonialismo e intensifica a violência colonial na desapropriação não só da terra e dos seus recursos, mas também do trabalho do povo indígena àquela terra. É por isso que é necessária a abolição deste sistema, o cessar-fogo, e a descolonização do povo palestino.
Por uma Palestina livre. Hoje, amanhã, e sempre. Por uma sociedade reconstruída, reerguida nos escombros do capitalismo e do patriarcado, e de todos os sistemas que exploram e desumanização do povo.
Quero me despedir por hoje deixando aqui alguns links cruciais e informativos, e peço do fundo do coração a todos que leram até aqui para também darem uma olhada e ajudarem como possível:
Arab.org (Basta entrar no site e clicar na opção Palestina. Todo clique efetuado vai gerar donativos para ajudar os refugiados palestinianos) ;
Pious Projects (Os donativos são usados para providenciar kits de higiene em Gaza) ;
Decolonize Palestine (Uma coleção de fontes e um ótimo site para aqueles que querem saber mais sobre a história da Palestina) ;
Maneiras de ajudar a Palestina (Uma thread inteira de links).
E por último, uma recomendação literária:
Os Condenados da Terra, Frantz Fanon.
🤍🕊️
𝑥𝑥𝑠𝑎𝑔𝑒.
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Pierre-Ulysse Barranque: orientalismo, antisemitismo y «herida narcisista» occidental
Por Yohan Nezcarv
Fuentes: Rebelión
¿Cuántos libros contiene un solo libro? ¿Cuántas tesis fundamentales se pueden detectar en una gran obra? Este es el riesgo de una Magnum opus para un autor: producir una obra tan compleja y densa que su «contenido latente» pueda ocultarse tras su «contenido manifiesto», como demostraron Freud y el psicoanálisis[1]. Edward W. Said (1935-2003) también se encontró en esta difícil situación. Este gran teórico literario estadounidense-palestino es conocido en todo el mundo por ser el autor de: El Orientalismo[2]. Es un libro aclamado internacionalmente desde hace más de cuatro décadas. Su publicación en 1978 fue todo un acontecimiento, y enseguida fue ampliamente leído y comentado. Sin embargo, algunas de las ideas esenciales de este libro siguen siendo hoy parcialmente desconocidas. Hay verdades y análisis en este ensayo que son indispensables para pensar la historia de la humanidad, y que aún no han sido descifrados del todo. Una de las verdades más importantes que Edward W. Said muestra en este libro, y que no ha sido la más comentada, es su análisis de la ambigua participación de la filología orientalista del siglo XIX en la relativización de la centralidad de Occidente.
¿Por qué decimos inmediatamente que esta relativización es ambigua? Efectivamente, es ambigua en su relación con el saber occidental en su calidad de poder[3]. La filología orientalista, de la que Ernest Renan fue uno de los principales actores en Francia, era evidentemente una ciencia que debía su nacimiento al colonialismo europeo, al igual que la antropología de esta época. El autor no tiene dudas al respecto. Said muestra de forma muy precisa cómo el estudio de las diferentes lenguas orientales contribuyó a la creación del sujeto «oriental» por parte de la ciencia europea[4]. Más importante aún, el teórico demuestra cómo la creación epistemológica de este sujeto de estudio es la condición de posibilidad política para la subyugación, y por tanto el avasallamiento de los pueblos orientales por parte del colonialismo europeo. Como señala Edward Said, el Oriente no es simplemente una cuestión de geografía. Al contrario: «Oriente es una idea que tiene una historia, una tradición de pensamiento, unas imágenes y un vocabulario que le han dado realidad y presencia en y para Occidente»[5].
En este sentido, podemos decir con el autor que la filología orientalista del siglo XIX era, en efecto, una ciencia de dominación. Así la utilizaban los europeos y tal fue su objetivo político. No obstante, es cierto que el descubrimiento y el estudio de las lenguas orientales fueron altamente problemáticos para los occidentales, dado lo que revela esta ciencia. El objeto descubierto por el orientalismo está llamado a decepcionar al colonialista europeo, eso es seguro. Es probable que el estudio de las lenguas de Oriente no tuviera otra finalidad que su colonización por Europa, pero lo que descubren estas ciencias es un caso típico de «contrafinalidad[6]«. Como producción ideológica, la filología es sin duda una ciencia colonial, pero como producción científica (es decir, como descubrimiento de verdades), esta misma filología descubre hechos históricos bastante desestabilizadores para el pensamiento europeo y para su deseo de hegemonía mundial. Es en este sentido en el que podemos hablar de una relativización ambigua de Occidente. La filología orientalista consigue la paradoja de que un discurso imperialista europeo se base en los descubrimientos de una ciencia, aunque estos descubrimientos refuten el carácter primordial, y por tanto superior, de la cultura europea frente al mundo oriental. En efecto, si sólo se trata de la anterioridad del desarrollo cultural, artístico e intelectual, la filología demuestra exactamente lo contrario. Podríamos decir, entonces, que la filología orientalista debe considerarse como una de esas «heridas narcisistas» sufridas por Occidente, como los descubrimientos de Copérnico, Darwin y Freud, según lo que explica este último en su Introducción al psicoanálisis [7]. Con la publicación en 1808 del ensayo de Friedrich Schlegel: Del idioma y la sabiduría de los indios y de Jean-François Champollion en 1824: Resumen del sistema jeroglífico de los antiguos egipcios, los europeos descubrieron la relatividad de su antigüedad judeocristiana y grecorromana. Esta antigüedad hebraica y griega, que para los europeos del siglo XIX era la fuente de todas las fuentes, la doble fuente de su civilización, aparece de pronto bastante moderna y reciente si se compara a la antigüedad de las culturas egipcia e india y al grado de riqueza cultural que alcanzaron. Además, son precisamente en estas dos culturas, egipcia e india, donde encontramos los orígenes profundos de Occidente. En otras palabras, la filología está descubriendo en siglo XIX que Egipto y la India son por una parte mucho más antiguos que la antigüedad hebrea y griega, y por otra parte que la antigüedad hebrea y griega no son más que los descendientes tardíos de las culturas egipcia e india. En efecto, el hebreo es hijo de Egipto, ya que el monoteísmo fue inventado por primera vez por Akenatón, quien fue muy anterior al judaísmo[8]. Grecia, por su lado, es descendiente de un grupo cultural indoeuropeo, que experimentó su primer gran florecimiento con la cultura india, a través de su lengua tradicional: el sánscrito. Europa está viendo desaparecer su relato fundacional antiguo, tanto en el tiempo como en el espacio. Está perdiendo su filiación. Su fundación es, efectivamente, más arcaica de lo que Europa cree, y no está donde Europa la imaginaba: no está en Atenas ni en Jerusalén, sino en las orillas del Nilo y del Ganges, en África y en Asia. La Europa colonial, que «en vísperas de la Primera Guerra Mundial» había «colonizado el 85% de la tierra»[9], descubre que ciertamente no es una potencia cultural autónoma (judeocristiana y grecorromana), sino que, por el contrario, no es más que un retoño tardío del Oriente y del África que está colonizando.
El descubrimiento del sánscrito, por ejemplo, refuta totalmente el carácter primordial de la lengua hebrea. En una sociedad que se caracteriza por casi 2000 años de cristianismo, no es sorprendente que esto pueda causar conmoción[10]. Después de todo, el hebreo y el griego son las dos lenguas del Antiguo y del Nuevo Testamento: las dos lenguas en las que Dios se expresó, según el imaginario europeo. Además, fueron estas dos lenguas (junto con el latín, por supuesto) sobre las que se construyó el Humanismo renacentista. El hebreo ya no puede ser percibido como la lengua-madre, la lengua de las lenguas o incluso la lengua edénica. En tanto deja de aparecer como lengua que origina Europa, también desaparece como la fuente primaria de la teología, ya que el Veda indio es al menos tan rico y complejo que la Torá hebraica, pero es mucho más antiguo. Del mismo modo, los Upanishads[11]son una gran filosofía, tan especulativa como las obras de los presocráticos, Platón y Aristóteles. Por consiguiente, la filología árabe y semítica del siglo XIX relativiza en gran medida la excepcionalidad del hebreo antiguo, y lo sitúa dentro de una larga historia de lenguas semíticas, que comenzó mucho antes en Mesopotamia con el acadio y el babilonio, y se prolonga hasta el árabe moderno. Lo mismo puede decirse de las fuentes indoeuropeas del griego antiguo. Así que estamos asistiendo a un desplazamiento radical, tanto en el tiempo como en el espacio: un desplazamiento hacia el Este. Si bien es cierto que China es igualmente una civilización muy antigua (contemporánea de la egipcia), no deja de tener una continuidad cultural hasta nuestros días, particularmente con sus ideogramas[12]. Al contrario, con el nacimiento de la filología orientalista, Europa descubre que lo que consideraba sus raíces no lo eran, sino que estas tenían un origen mucho más lejano y antiguo, tan lejano y antiguo que las compartía en parte con otras civilizaciones que, hasta entonces, le parecían completamente extranjeras: el mundo árabe-musulmán, el subcontinente indio e incluso el sudeste asiático, a su vez hijo en gran parte de la India budista y del islam. Con el nacimiento de la filología, Europa se vio obligada a cambiar su ascendencia. Los orígenes de Europa ya no están en Europa, sino en los dos continentes que está colonizando. Ha tenido que relativizar el mito de su fundación grecohebraica, en el que se había basado durante casi 2.000 años, y descubrir que su verdadero linaje se encuentra en pueblos totalmente distintos y, en esa época, poco conocidos, en particular la India. Por eso podemos hablar de una «contrafinalidad» en el sentido de Sartre. Podemos estar de acuerdo con Said en que los orientalistas europeos querían demostrar la superioridad de la cultura occidental estudiando las lenguas orientales. Queda por ver hasta qué punto este objetivo era un proyecto consciente o inconsciente para cada autor. Sin embargo, la verdad científica que ha descubierto la filología orientalista no sólo refuta esa supuesta superioridad occidental, sino la idea misma de autonomía cultural de Occidente. Europa no es una civilización autofundadora, sino una hija de Oriente, o más bien su hija menor[13].
Ahora podemos entender por qué Edward Said considera que el orientalismo es una de las fuentes intelectuales del antisemitismo europeo. Puesto que la cultura europea no tiene sus orígenes en el hebreo, sino en el sánscrito, la cultura judía es percibida por una parte de la intelectualidad reaccionaria europea como una cultura alogénica de Oriente Medio. Fue esta teoría, sobre todo en Alemania, la que produjo el antisemitismo racial y su culto al ario – una extraña época en la que los nacionalistas alemanes pensaban que eran antiguos iraníes – y condujo al nazismo. El culto nazi a la esvástica, un símbolo hindú, es emblemático de ello. La historia de este antisemitismo germánico es tristemente célebre, y nadie ignora sus trágicas consecuencias, hasta el inicio de la Segunda Guerra Mundial y el exterminio de los judíos de Europa por el Tercer Reich nazi[14]. Pero también hay que pensar en el doble antisemitismo, más específicamente en el caso francés analizado por Said, que se encuentra paradigmáticamente en Renan[15], y que a menudo se olvida. Se trata de una hostilidad mostrada hacia esos dos pueblos semitas igualmente despreciados por los orientalistas franceses: por una parte, el antisemitismo contra el extranjero de dentro, el judío, y la otra, el antisemitismo contra el extranjero de fuera, el árabe, más particularmente el argelino colonizado desde 1830 por la monarquía francesa. Podemos hablar de un doble antisemitismo, porque es el carácter semítico de la lengua el que se invoca, tanto en el desprecio de la cultura judía como de la cultura árabe. Así pues, en Francia, el antisemitismo es de doble naturaleza, y ésa es su especificidad. Justifica tanto el odio del escritor antisemita Edouard Drumont y el antidreyfusismo como las masacres coloniales del mariscal Bugeaud en Argelia. En una dirección conduce al fascismo de Pétain y a la redada de los judíos en el Vel’ d’Hiv’, y en la otra a las masacres de Sétif y el principio de la guerra de Argelia. El odio a los pueblos considerados orientales (judíos europeos y árabobereberes norteafricanos) se justificaba por la misma desvalorización de los pueblos de lengua semítica, en oposición a la cultura europea, puesta en marcha entonces por los propios descubrimientos de esta disciplina. Esta es una de las verdades esenciales que El Orientalismo de Said nos permite comprender, pero que todavía parece poco perceptible para muchos de nuestros contemporáneos.
Existe una doble lógica que, por un lado, justifica lo que Sartre llama la «sobreexplotación» colonial[16] de los árabes del Magreb y que, por otro, conduce a la participación del estado fascista de Vichy en el exterminio de los judíos de Europa. Esta orientalización de estos dos pueblos, por la que se atribuían estereotipos colectivos a poblaciones en función de sus idiomas y de las familias lingüísticas a las que pertenecen estas lenguas, era tanto más un fraude ideológico teniendo en cuenta que los judíos de Europa no utilizaban entonces el hebreo como lengua de comunicación. El hebreo antiguo era una lengua sagrada y la vida cotidiana de los judíos se vivía en lenguas profanas. Así, la mayor parte de la vida de los judíos de Europa se vivía o bien en las lenguas nacionales de los pueblos europeos donde las comunidades judías vivían como minoría, o bien en las lenguas de los judíos de Europa que son todas lenguas indoeuropeas. El yiddish es una lengua germánica, el judesmo (judeoespañol, también llamado tetuani o haketía) es una lengua latina, al igual que el bagitto (lengua de los judíos de Toscana) y el shuadit (lengua de los judíos de Occitania). El yevano (lengua de los judíos griegos) está emparentado con las demás lenguas helénicas. Del mismo modo, aunque el árabe magrebí es efectivamente una lengua semítica, no se puede negar la presencia de lenguas tamazight (bereberes) en esta área cultural, y la influencia de estas lenguas en el árabe dialectal magrebí. El árabe dialectal es la lengua en la que vive la gente, a diferencia del árabe clásico, la lengua sagrada del Corán.
Las terribles consecuencias de este odio a las lenguas semíticas, y por extensión a los pueblos que las llevan, se vuelven evidentes para nosotros. Si intentamos comprender lo que tienen en común la extrema derecha alemana y francesa, entre un movimiento ideológico que produjo el nazismo por un lado y el pétainismo por otro, ¿no deberíamos remitirnos a ese traumatismo en la construcción narcisista de Europa que han representado para ella los descubrimientos de la filología orientalista? ¿No se encuentra en esta ideología orientalista una confesión, a la vez que una terrible negación, de la relatividad de la cultura europea? ¿No es en esta «herida narcisista» de Occidente, que cuestiona su identidad poniendo en tela de juicio su genealogía, donde debemos encontrar tanto la fuente del antisemitismo europeo como el odio de este último a la racionalidad griega[17], el odio al logos, y a su encarnación moderna en la filosofía de la Ilustración y de la Revolución Francesa? ¿Acaso el nazismo y el pétainismo no son producto del odio a la religión judía y a la racionalidad griega, vistas como una ascendencia devaluada, una filiación que hay que borrar, culturas que no siendo el origen de todo lo que es Europa, merecen por tanto ser reducidas a la nada? Si los descubrimientos de la filología orientalista demuestran que Europa no fue la hija única de Atenas y Jerusalén, ¿no deberíamos ver en esta revelación el origen del ardiente deseo fascista de destruir lo que estas dos civilizaciones fueron capaces de aportar al Viejo Continente: la idea de lo universal y la democracia? La complejidad del origen de los fascismos europeos es, por supuesto, demasiado amplia para limitarse a este hecho civilizatorio y lingüístico. Pero es cierto que los descubrimientos de la filología orientalista han participado en ellos. Gracias a El Orientalismo de Said, podemos comprender una de las causas culturales decisivas del fascismo y del antisemitismo europeos, que ha permanecido relativamente insospechada hasta ahora. La «herida narcisista» occidental producida por el descubrimiento de las lenguas y culturas de la Antigüedad oriental es una de las causas de la psicopatología «de masas[18]» que fue el fascismo, en particular en sus versiones alemana y francesa. La relativización de la identidad occidental por su propia ciencia era insoportable para el «ideal del yo[19]» que Europa había estado forjando durante siglos. Por cierto, podemos ver hasta qué punto la identidad de la Europa tradicional, trastornada por su encuentro con Oriente, es un efecto de lenguas, del que ella misma fue iniciadora. El descubrimiento del antiguo egipcio, de las lenguas mesopotámicas y, más aún, del sánscrito, fue la fuente de un trauma cultural del que Occidente no se ha recobrado sin dolor. Pero esto no debería sorprendernos: nadie sale indemne de su encuentro con el Otro, la otra lengua, la otra cultura. De hecho, como Jean Baudrillard nos lo recuerda, es «a la luz misma de todo lo que se ha hecho para exterminarlo», para negar su existencia real o simbólica, que » se aclara la indestructibilidad del Otro, y por tanto la fatalidad indestructible de la Otredad[20]«.
[1] Jean Laplanche, Jean-Bertrand Pontalis, Vocabulaire de la psychanalyse, Paris, PUF, 2009, p. 101.
[2] Edward Said, El Orientalismo, Barcelona, Random House Mondadori, 2002.
[3] Edward Said, p. 70.
[4] Edward Said, p. 24.
[5] Edward Said, p. 24.
[6] La «contrafinalidad» en Sartre es un concepto de la Crítica de la razón dialéctica, desarrollado en el famoso pasaje sobre la «deforestación china». Sartre utiliza este concepto para describir una situación en la que un proyecto colectivo consciente con una finalidad clara y precisa produce consecuencias estrictamente opuestas a los objetivos iniciales de los agentes. Jean-Paul Sartre, Critique de la Raison dialectique, T.1, Théorie des ensembles pratiques, Paris, Editions Gallimard, 1985, p. 334.
[7] Sigmund Freud, Obras Completas, T. XVII, Buenos Aires, Amorrortu Editores, 2007, pp. 125-135.
[8] Por supuesto, pensamos en el último gran libro de Sigmund Freud, Moisés y la religión monoteísta, y en su tesis principal: el pueblo judío es hijo de Egipto. Aunque esta tesis es discutible desde un punto de vista literal, ya que la época del Egipto monoteísta y la de la redacción de la Torá distan varios siglos, no deja de ser verdadero si pensamos en ella en términos de una historia de las ideas a largo plazo. Es precisamente en esta escala de tiempo donde se producen los descubrimientos orientalistas.
[9] Edward Said, p. 173.
[10] Así, utilizando la célebre expresión de Nietzsche, podríamos decir que el descubrimiento de la Antigüedad oriental, y la relativización de la religión judeocristiana que trajo consigo, contribuyeron a la «muerte de Dios» en Occidente.
[11] Sabemos, por supuesto, que los Upanishads forman parte de los Vedas. Más concretamente, son el último elemento de este canon teológico-filosófico. Sin embargo, los Upanishads son considerados tradicionalmente como un salto cualitativo en el pensamiento religioso hindú. Concluyen los Vedas y desarrollan al mismo tiempo una auténtica conceptualización teórica, que fascinará durante mucho tiempo a la filosofía occidental, en particular a la de Arthur Schopenhauer.
[12] Sobre las raíces milenarias de la civilización china, le remito a China tres veces muda de Jean-François Billeter, y en particular al segundo capítulo de ese libro. Jean-François Billeter, Chine trois fois muette, Paris, Editions Allia, 2010.
[13] Sería un error separar Oriente de Occidente desde un punto de vista meramente cultural. No solo sabemos por Said hasta qué punto Occidente es hijo de Oriente, sino que también sabemos por Christian Jambet (Christian Jambet, Qu’est-ce que la philosophie islamique ?, Paris, Editions Gallimard, 2011, pp. 98-99) hasta qué punto el Oriente musulmán es culturalmente griego, tan griego como Europa de hecho. También sabemos que la filosofía y la ciencia árabopersas se discutieron constantemente durante toda la Edad Media europea, y que estos conocimientos del mundo musulmán dominaron a menudo el pensamiento europeo. Pensemos, por ejemplo, en la medicina de Avicena, que fue el modelo de la medicina en Europa durante siglos. También sabemos que siempre ha habido musulmanes en Europa (Andalucía árabe, Imperio otomano europeo) y cristianos en Oriente Próximo (coptos egipcios, levantinos, etc.). Una vez establecidos todos estos hechos, comprendemos que lo que separa radicalmente a Occidente del Oriente árabe-musulmán no es una cultura, que en cualquier caso es parcialmente común (con el pensamiento griego y el monoteísmo abrahámico), ni tampoco un conjunto de representaciones sociales. Lo que diferencia radicalmente a Occidente de Oriente es la aparición de la sociedad moderna durante el Renacimiento, es decir, la aparición de la industria y el capitalismo. Existe un Occidente separado del Oriente porque Europa se ha arrancado considerablemente del mundo mediterráneo del que procedía, mediante la colonización de América y la aparición del capitalismo industrial. En otras palabras, hay un Occidente y un Oriente porque Europa se ha separado parcialmente del espacio mediterráneo que compartía con los países musulmanes para conquistar y desarrollar su espacio transatlántico, condición sine qua non para dominar el resto del mundo. Karl Marx y Friedrich Engels ya habían afirmado, en las primeras páginas del Manifiesto Comunista, que la colonización de América era una de las condiciones necesarias para el surgimiento del capitalismo industrial occidental (Karl Marx, Friedrich Engels, Manifeste du Parti communiste, Paris, EJL, 1998, p. 26).
[14] Sobre los orígenes del antisemitismo europeo, desde la Edad Media hasta finales del siglo XIX, remitimos a nuestro estudio: «Friedrich Engels et sa critique de l’antisémitisme» («Friedrich Engels y su crítica del antisemitismo»), publicado en el nº 3 de la revista Gruppen (2011). Sobre los orígenes del nazismo más concretamente, remitimos a nuestro artículo sobre la Psicología de masas del fascismo de Wilhelm Reich, publicado en Viento Sur: «Wilhelm Reich y la Revolución ausente. Pensar el periodo de entreguerras con Marx y Freud». https://vientosur.info/wilhelm-reich-y-la-revolucion-ausente/
[15] Edward Said, pp. 232-268.
[16] Jean-Paul Sartre, Situations, X, Paris, Editions Gallimard, 1976, pp. 9-10.
[17] Conocemos las tesis de Johan Chapoutot, quien demostró con acierto en El nacionalsocialismo y la Antigüedad que el Tercer Reich se imaginaba a sí mismo como hijo de la antigua Grecia, reinterpretada a su vez como una de las etapas de una historia milenaria de arios míticos. Pero este hecho no contradice nuestra tesis, sino que la refuerza. ¿Qué Grecia antigua reivindicó el nazismo? Sin duda no la democracia ateniense y la igualdad de expresión que confiere a todos los ciudadanos (la famosa isegoria). El hitlerismo ve el igualitarismo ateniense como una decadencia «asiática», que en siglos posteriores suscitara la Ilustración y la Revolución Francesa. Pétainismo y nazismo compartían la misma obsesión por borrar 1789, hasta el punto de abandonar el término «République» («República»), sustituido por «Etat français» («Estado francés») bajo Pétain, y el abandono igualmente simbólico del lema revolucionario «Liberté, Egalité, Fraternité» («Libertad, Igualdad, Hermandad»), transformado en «Travail, Famille, Patrie» («Trabajo, Familia, Patria»). A pesar de las limitaciones históricas de la democracia ateniense que ya conocemos, en la que la mayoría de la población no eran ciudadanos (sino mujeres, esclavos o metecos), su reivindicado igualitarismo político ya es demasiado para el fascismo europeo. Del mismo modo, la igualdad universal de la condición humana frente a un Dios único, que constituye el núcleo del judeocristianismo, es inaceptable para el nazismo. Cabe señalar que este odio nazi al logos griego llega al punto de lo cómico involuntario cuando un ideólogo nazi como Alfred Rosenberg define a Sócrates como el «socialdemócrata internacionalista de su tiempo» y al estoicismo como una filosofía «de origen semítico» (Johan Chapoutot, Le National-socialisme et l’Antiquité, Paris, PUF, 2008,
pp. 306-307).
[18] Con esta expresión nos referimos, obviamente, a Psicología de masas del fascismo, del psicoanalista Wilhelm Reich. Remitimos de nuevo a nuestro artículo sobre este autor fundamental.
[19] También podríamos señalar que Freud era muy consciente de esta dimensión colectiva del «ideal del yo» psicológico. En 1914, en Introducción del narcisismo, escribió: » Desde el ideal del yo parte una vía significativa hacia la comprensión de la psicología de masas. Además de su lado individual, este ideal tiene un lado social: es también el ideal común de una familia, una clase, una nación» y añadiríamos: de una civilización, como la civilización occidental (Sigmund Freud, Zur Einführung des Narzissmus, Leipzig/Wien/Zurich, Internationaler Psychoanalytischer Verlag, 1924, p. 54, traducción propia).
[20] Jean Baudrillard, La Transparence du Mal, Essai sur les phénomènes extrêmes, Paris, Editions Gallilée, 1990, p. 151. Traducción propia.
Rebelión ha publicado este artículo con el permiso del autor mediante una licencia de Creative Commons, respetando su libertad para publicarlo en otras fuentes.
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La contaminación por pellets no solo afecta al mar, sino también a tierra firme, especialmente en Europa, donde se producen toneladas de estos residuos. Solo en la Unión Europea, se pierden alrededor de 184.000 toneladas de pellets de plástico al año Las costas españolas están siendo invadidas por millones de pellets de plástico que asfixian la vida marina y contaminan el agua. Estos vertidos son demasiado frecuentes y es hora de tomar medidas[1]. Los gigantes del plástico producen millones de toneladas de microplásticos al año. El vertido en España representa solo una mínima parte, ya que se estima que 230.000 toneladas acaban en los océanos[2]. Los plásticos que no se limpien, ¡seguirán contaminando el medio ambiente durante siglos! Y lo que es peor: estas diminutas partículas con las que se fabrican nuestros artículos cotidianos de plástico son un peligro para nuestra salud, ya que los peces ingieren los microplásticos y terminan en nuestra comida. Ahora tenemos una oportunidad única para cambiar las cosas. Una nueva ley podría permitir a la UE aplicar medidas firmes contra los vertidos plásticos[3], pero el proyecto de normativa actual resulta insuficiente y necesitamos tu ayuda para cambiarlo, Francisco José. Mañana tendrá lugar la votación y queremos organizar una gran movilización popular para detener la marea de vertidos plásticos que asfixian la vida marina y contaminan el agua. Pero, para lograrlo, debemos unir fuerzas y actuar de inmediato. Todavía estamos a tiempo de mejorar la nueva normativa. ¿Nos ayudas a luchar por un futuro libre de contaminación por plásticos? Las empresas responsables de los vertidos plásticos operan con total impunidad, ya que no existen regulaciones que las obliguen a rendir cuentas. En su lugar, son las comunidades locales las que se encargan de limpiar estos vertidos tóxicos. La limpieza de estos pellets de plástico es una verdadera pesadilla y lo peor es que son prácticamente eternos. Envenenan el océano con sustancias tóxicas que representan una amenaza para nuestra salud y el medio ambiente. Como contribuyentes, estamos pagando una deuda de plástico tóxico que no nos corresponde asumir. Tus esfuerzos ya han dado sus frutos. Hace unos meses, la enorme presión de esta comunidad llevó a la UE a prohibir la exportación de residuos plásticos a Asia y África[4]. ¡Una victoria que solo fue posible gracias a ti! Ahora, debemos volver a movilizarnos para lograr una ley ambiciosa que responsabilice a las empresas que contaminan. Si nos unimos, podemos aprovechar esta oportunidad para poner fin a los vertidos de pellets de plástico. Porque una ciudadanía unida puede forzar a las autoridades a tomar medidas con una presión popular que haga temblar el suelo que pisan. ¿Nos ayudas a proteger los océanos y nuestra salud de los plásticos tóxicos? Firma 👉🏾 aquí Referencias: [1] https://www.lamarea.com/2024/01/16/pellets-problema-mas-alla-vertido-galicia[2] https://seo.org/vertido-pellets-mas-coordinacion-y-transparencia[3] https://rethinkplasticalliance.eu/wp-content/uploads/2023/12/EU-regulation-on-plastic-pellet-loss-needs-mandatory-requirements.pdf [En inglés][4] https://www.no-burn.org/es/un-paso-importante-para-ponerle-fin-al-colonialismo-de-la-basura-la-ue-acuerda-prohibir-la-exportacion-de-sus-desechos-plasticos-a-paises-no-pertenecientes-a-la-ocde[5] https://environment.ec.europa.eu/publications/brochure-eu-action-against-microplastic-pollution_en [En inglés] Fuente Movemos Europa
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ATRITO DA MEMÓRIA (Miguel Cardina)
apresentação por Luca Argel Na esteira dos 50 anos do 25 de Abril é muito importante ocupar o espaço de debate público com trabalhos de investigação com este nível de competência e lucidez, porque ainda há muito caminho a fazer em Portugal. Ainda há muito a fazer na construção de um senso comum mais bem informado, mais maduro, e sobretudo mais empático e plural quando o assunto é o passado colonial, e a identidade nacional que se funda e se refunda a partir de uma visão muito particular desse passado.
E é por aí mesmo que eu queria começar a comentar o livro, porque uma das primeiras ideias que aparecem nele e que eu acho fundamental pra começar a discussão é uma premissa básica:
A forma glorificante de se recordar, de se percepcionar o passado colonial português é uma ESCOLHA. Essa palavra é absolutamente fundamental pra que se possa conversar e refletir: ESCOLHA. Não é um dado adquirido por defeito pela sociedade portuguesa, não surgiu naturalmente, de geração espontânea, não é uma imposição divina, não foi uma visão que caiu do céu, nada disso. Foi uma ESCOLHA, deliberada, tomada por figuras com poder político ao longo do tempo. E essa escolha por glorificar o passado colonial (primeiramente o mais remoto, da expansão marítima dos séculos XV e XVI), tem objetivos muito claros: assegurar o apoio popular à dominação militar de territórios e populações. E com isso, obter dividendos econômicos da exploração destes territórios e populações.
Subtrair das narrativas coloniais o seu lado mais violento e desumano foi uma escolha para que não fossem perturbados esses lucrativos mecanismos de exploração. Isso é uma premissa importante porque, se a narrativa glorificadora foi uma escolha das elites portuguesas, nós, como outra parte do corpo social, podemos também escolher outras formas de nos relacionarmos com esse passado.
E o que esse livro oferece é uma base factual bem documentada e bem articulada, para que a gente possa fazer a nossa escolha. E nos oferece ainda uma leitura que identifica e interpreta os efeitos que aquela velha escolha “oficial” de relacionamento com o passado teve, e tem, na sociedade portuguesa ao longo do século XX e XXI.
Esses efeitos são muito nocivos, atrasam o nosso desenvolvimento civilizacional, e precisam ser revertidos urgentemente. Que efeitos são esses? Eu vou falar aqui sobre três que eu considero os mais graves:
1- A aceitação do discurso de que a colonização portuguesa foi benevolente por se propôr a “civilizar” os povos colonizados, parte do pressuposto profundamente problemático, de que tais povos são primitivos, inferiores, em comparação com o referencial europeu, tomado como o ideal universal de sociedade. A cristalização dessa visão racista e eurocêntrica, tomada como único ponto de vista possível, tem uma consequência óbvia: sustenta o racismo. Compõe um sistema de crenças racista. Leva a resultados como o da pesquisa da European Social Survey, aliás citado no livro, que em 2020 constatou que 62% dos portugueses acredita em algum tipo de superioridade racial, o que é um dos níveis mais altos da Europa. A insistência nesse tipo de discurso paternalista que louva o empreendimento colonialista como um caminho para o desenvolvimento dos povos colonizados nos torna absolutamente insensíveis para com a realidade vista do ponto de vista contrário. De experimentar pensar fora do lugar lusocêntrico, eurocêntrico; de retirar-se do centro da discussão. Ou seja, e isso é o efeito mais grave, nos incapacita para a empatia.
2- Ainda na mesma esteira, ao assumir como verdade a tese lusotropicalista (adotada pelo salazarismo, mas que sobreviveu largamente a ele, e está aí até hoje), de que existiu um colonialismo muito próprio de Portugal, que foi brando, generoso, vocacionado para a interculturalidade e para a miscigenação, e portanto teoricamente incompatível com o racismo, nós perdemos um elemento fundamental de compreensão das desigualdades do presente. Porque, ao adotar a lógica lusotropicalista, todo caso de racismo torna-se um desvio, um incidente pontual, que necessita apenas de um ajuste pontual, e nunca de uma intervenção estrutural. Eu ouvi, este ano, em 2023, num podcast de um grande grupo de comunicação nacional, que tem jornal, revista, rádio, um grupo de historiadores dizerem consensualmente que o racismo em Portugal não passa de um “epifenômeno”. Ainda esse ano, também, em fevereiro, nós ouvimos uma ministra do governo (ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes) dizer com todas as letras, que “o racismo não é um problema estrutural em Portugal”. E aí o efeito é muito simples, se não conseguimos enxergar o racismo em sua dimensão estrutural, estamos incapacitados de combatê-lo devidamente. Não se combate aquilo que não se vê.
3- Por fim, o efeito mais delicado de todos. Um vez que entram para o senso comum o imaginário heróico de um “Império mítico”, dos “Descobrimentos” como o “facto capital” da história de Portugal (e isso são palavras de Mário Soares, relembradas pelo Miguel no livro), e da suposta vocação portuguesa para uma colonização benigna, elas passam a ser um elemento estruturante da auto-representação de cada português e cada portuguesa, porque o pertencimento local, o pertencimento a uma idéia de nação é um alicerce poderosíssimo na construção das nossas identidades individuais. E a partir daí, a cada vez que nós questionarmos aquele imaginário, expondo as partes da história omitidas pela narrativa puramente glorificadora, é inevitável que muitos acabem se sentindo pessoalmente atacados. Atacados na sua própria auto-representação pessoal. E em seguida, como é lógico, se defendem. Defendem esse imaginário como se defendessem a própria honra. O nacionalismo naturaliza-se como único terreno possível para se pensar a questão, e, consequentemente inviabiliza qualquer conversa cuja conclusão não seja a proteção daquele imaginário patriótico. Isso simplesmente nos incapacita, como sociedade, de travar um debate real e maduro sobre o assunto. E sem debate, ficamos também incapacitados para a transformação.
Conclusão: se nos tornamos incapacitados de sentir empatia, incapacitados de enxergar esse problema de forma sistemática e estrutural, e até incapacitados de ter uma conversa produtiva sobre a origem desse problema… Estamos bem fodidos.
Daí a importância desse livro. Aqui se identificam as evidências de que Portugal efetivamente fez uma escolha relativamente à forma como representa o seu passado. Depois há aqui uma análise rigorosa, mas em linguagem acessível, e com riqueza de exemplos, sobre como, onde e quando se deram momentos chave de reiteração dessa escolha por parte seja das autoridades de estado, seja da intelectualidade formadora de opinião. E finalmente, também está aqui narrado como se deu também a disputa por narrativas alternativas, desde o 25 de Abril e que está até hoje em curso. O próprio livro se insere como um elemento valioso nessa disputa.
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Elecciones, poder y antipoder en la República Democrática del Congo (1960-2019): el voto de lo “invisibilizado”1 MARCO ANTONIO REYES LUGARDO
la razón universal de carácter meto- nímico y su inherente y constante lógica de producción de binomios y dicotomías capaces de producir repetidamente fronteras de carácter abisal que definen las zonas de no existencia, lugares de aquello que es definido como verdadero o ininteligible. Estos límites de pensamiento abisal o fronteras del no ser han sobrevivido a los procesos indepen- dentistas de África en general, y en particular al proceso de liberación nacional de la República Democrática del Congo.
una geocultura cuyo funcionamiento requería la producción y el consumo de imágenes de carácter negativo sobre el continente africano, el modo habitual en que los europeos han descrito a África durante cinco siglos por lo menos.
las ciencias sociales han planteado interrogantes poco profundas a “problemas fuertes” que tácitamente han ter- minado por admitir la presencia de un “colonialismo sin fin” o incluso de un “capitalismo sin final” (Santos, 2014), términos muy convenientes para una “razón perezosa” que no va más allá de los límites establecidos por la propia regulación social y política.
Esta sociología de las ausencias (Santos, 2002) o de todo aquello visible que ha sido invisibilizado, que existe porque no existe, de lo que ha sido reprimido, requiere invertir los términos epistémicos y de subjetivación (assujettissement), pues es un primer paso para voltear el mundo de cabeza, invertir la polaridad a fin de abrir un nuevo horizonte de visibilidad que haga posible advertir no sólo las luchas de quienes están repri- midos, sino también la pelea de lo que se encuentra reprimido (Holloway, Matamoros y Tischler, 2009, p. 19).
un lugar de enunciación desde el cual se construye la figu- ra del observador desapegado que busca desinteresadamente verda- des de manera objetiva y que “al mismo tiempo controla las reglas disciplinarias y se sitúa (él o ella) en una posición privi- legiada para evaluar y definir” (Mignolo, 2010, p. 14).
África fue inventada o reinventada como una región “problema”, ubicada en una “etapa atrasada de desarrollo”, a la cual había que tute- lar para que fuese capaz de engancharse en la senda adecuada, lineal, conveniente de la historia.4 Esta patologización de la condición africana no sólo borró la responsabilidad europea en los procesos de marginación y explotación de los espacios colonizados, sino que justificó cualquier intervención tutelar que fuera capaz de aliviar esa desviación respecto al compor- tamiento “normal” de las sociedades europeas.
el éxito de Kwame Nkrumah en la lucha por convertir Ghana en el primer país independiente de África marcó la pauta para muchas de las posteriores luchas independentistas del continente (Barr, 2011, p. 88). Lo que hasta entonces seguía siendo el Congo Belga no fue, en ningún caso, la excepción, y siguiendo el ejemplo ghanés, Patrice Emmery Lumumba, que desde tiempo atrás había dado ya importantes indicios de un marcado nacionalismo, fundó en 1958 el Mo- vimiento Nacional Congolés, único partido de base nacional en esos años
algunos denominaron una postura intransigente de Lumumba hacia la explotación neocolonial, otros lo percibieron como una postura antioccidental y anticapitalista. Esta últi- ma caracterización de Lumumba permaneció como la dominante entre muchas de las narrativas acerca de la República Democrática del Congo, puesto que convenientemente reforzaba las narrativas dominantes de la Guerra Fría (Barr, 2011, p. 90).
Si la conversión de los “salvajes” y “paganos” que se reali- zó en el siglo xvi se llevó a cabo mediante una retórica de la modernidad que hablaba de salvar al otro de sus propios bar- barismos, la “crisis del Congo” fue construida con un lenguaje biológico y salvacionista que permitía aliviar desinteresadamen- te “una enfermedad que designa la alternativa entre la vida o la muerte”, o bien “una puesta en suspenso de la continuidad” (Swampa, 2016, p. 140). La “crisis” representa una ruptura entre lo que acontece en el tiempo presente respecto a los patrones precedentes y que dificultan la continuidad hacia el futuro. Una patología en la senda lineal de los vectores de progreso (Koselleck, 2010). Más allá de las disputas geopolíticas de la época, el térmi- no crisis evidenciaba un tratamiento que justificaba una retó- rica intervencionista y salvacionista promovida por una geopo- lítica del conocimiento en la cual se evalúa al “enfermo” en función de la necesidad de continuidad y linealidad del tiempo histórico requerido para el avance de la modernidad y de la razón universal en su faceta metonímica, para la cual nada existe fuera de la contemporaneidad impuesta por un tiempo de esencia lineal. Si hay diversas formas de liquidar a una persona más allá de terminar con su vida, Lumumba no sólo fue asesinado, también fue “patologizado”, convertido en “agente patógeno”, en expe- riencia inútil para una geocultura de la modernidad capitalista que requiere constantemente, para su ulterior funcionamiento, la producción y la reproducción de imágenes negativas sobre el continente. Lumumba fue transformado en la posibilidad de una desviación dentro de la necesaria linealidad del progreso histórico sin la cual la razón de carácter metonímico de la razón universal no logra avanzar. Además de la “patologización” de Lumumba, la denomina- da “crisis del Congo” se presentó como una lucha opuesta entre dos proyectos antagónicos, el liberalismo wilsoniano versus el marxismo-leninismo, cuando en realidad se trató de dos planes que habían terminado por ser iguales, esencialmente dos caras de una misma modernidad que prometía alcanzar la luz al fi- nal del túnel: el ofrecimiento de desarrollo, el compromiso teórico con los valores científicos, eurocentrados y de preten- siones universales, siempre mezclados con una idea de progreso y desarrollo infinitos8 (Wallerstein, 1996, p. 65).
la geopolítica mundial y las de la colonialidad, Patrice Lumumba desenmas- caró el trasfondo racial del régimen colonial (la desigualdad de la ley ante la cual el blanco y el negro nunca fueron iguales, “in- dulgente para unos y cruel e inhumana para los otros”), pero abrazó las banderas de la “unidad nacional y popular” y el ca- rácter soberano del Congo independiente (Lumumba, 1960). Lumumba piensa desde las fronteras que delinean las áreas de existencia y no existencia, diluye de manera breve el pensamien- to binario y dicotómico propio del pensamiento abisal, piensa de manera muy breve fuera de las articulaciones y las rela- ciones de poder. Su asesinato hace imposible cualquier intento de revelación de otro tipo de relaciones alternativas que cons- tantemente han sido ofuscadas por las dicotomías hegemónicas
Las luchas anticoloniales en general, y en particular la independencia congolesa, paradójicamente adoptaron cate- gorías de lucha, herramientas racionales de carácter universal (autodeterminación nacional, gobiernos del pueblo o democra- cia, desarrollo económico, conocimiento científico, el Estado como garante del progreso; véase Wallerstein, 1996, p. 52) que, en cuanto tales, terminaban por reafirmar la modernidad y la razón universal. Las luchas independentistas, en consecuencia, fueron víctimas de la “paradoja de la subjetivación” (assujettis- sement), es decir, fueron subordinadas o subalternadas por aquellos procesos que en paralelo las reconocían o convertían en sujetos conscientes de sí mismos y en agentes de cambios sociales.
La figura de Lumumba recuerda que hay varias maneras no sólo de aniquilar históricamente, sino también de no exis- tir, nunca unívocas, y que tampoco hay una manera única de producción de la no existencia; mediante éstas la razón metonímica produce la no existencia de lo que no cabe en su totalidad y en su tiempo de carácter lineal. “La producción de la no existencia se produce siempre que determinada entidad es descalificada y tornada invisible, ininteligible o descartada de una manera irreversible” (Santos, 2002, p. 247). Lumumba fue aniquilado al ser convertido en el elemento “patológico”, imposible de entender en la relación del todo con las partes y cuya “intransigencia” lo llevó a generar el “caos”, “un peligroso izquierdista buscador de problemas” (Hochschild, 1998, p. 3). Durante la “crisis congolesa”, la razón indolente, en su versión metonímica, produjo de nuevo explicaciones binarias excluyen- tes, dicotomías esenciales para su funcionamiento: el veneno y el envenenado, el antídoto y el curandero, la producción del caos y la necesidad de orden.
Lumumba fue violentamente asesinado el 17 de enero de 1961. A decir de Kuklick (2014, p. 145), el gobierno de Estados Uni- dos otorgó su respaldo a Mobutu Sese Seko, quien terminó por gobernar durante más de 30 años la República Democrática del Congo (1965-1997).
Mobutu emprendió medidas administrativas tendentes a la construcción de un gobierno centralizado…Mobutu al inicio de su mandato fue expulsar al cuerpo diplo- mático de la URSS y Checoslovaquia.
Según Young y Turner (1985, p. 325), a pesar de los éxi- tos económicos del mobutismo en sus primeros cinco años, la agricultura fue abandonada, la coerción se incrementó y el precio del cobre se desplomó. Ante estas circunstancias, Mo- butu realizó un viraje significativo con una profunda política de nacionalización de empresas y activos.
Sin asumir que la zairenización haya sido la panacea a los proble- mas de Zaire, para la matriz de poder colonial, que genera líneas abisales infranqueables sin las cuales el avance de la moderni- dad liberal no puede desarrollarse, la política de tradicionali- zación mobutista fue la posibilidad de movimiento más allá de los límites de la relación entre factores binarios, fue un ins- tante de acción desde las márgenes abisales del sistema dico- tómico.
A partir de la década de 1970, Mobutu lanzó un nuevo rumbo para alcanzar la “grandeza del país”, la “identidad nacional” y el “reconocimiento internacional”. En octubre de 1971, anunció que el nombre del país sería sustituido por el de Zaire como parte de una política de “autenticidad”.
Después de su viaje a China y de un acercamiento a Mao en los primeros días de 1973 (Chairman Mao meets president Mobutu, 1973, p. 23), Mobutu implementó el Salongo o política de trabajo duro y confianza nacional basada en la política de masas que había atestiguado en China y Corea del Norte. Los organismos financieros internacionales retiraron su respaldo al régimen congolés ante las medidas anunciadas. Durante la segunda mitad de la década de 1970, la política de zaireniza- ción fue abandonada, Mobutu retornó a la zona de no ser en la cual, según las instituciones financieras internacionales, debía haber permanecido, y como evidencia de lo anterior, terminó por abrir nuevamente las puertas a los viejos dueños de plan- taciones, compañías y comercios. Zaire se declaró en retraso de pagos en 1975 y el “enfermo” pidió la asistencia “médica” requerida. De tal modo, el Zaire mobutista fue reencauzado en la senda correcta del “orden liberal internacional” (Cejas, 2000, p. 87). El abandono de la política de zairenización como polí- tica de Estado hizo posible que el Fondo Monetario Inter- nacional (fmi) regresara al país y trajera consigo el primer acuerdo de estabilización, que implicaba un préstamo de 47 millones de dólares y la promesa, ante los temores de los ban- cos internacionales, de que para 1976 ciertas condiciones eco- nómicas se alcanzarían. El fmi ordenó una devaluación de 42%, el cierre a las importaciones, reducciones al gasto presu- puestario e incentivos al sector agrícola (Schoenholtz, 1987, p. 422).
El “colapso” permitió relegitimar de manera acrítica el orden existente mediante la reconstrucción estatal (Wallers- tein, 1994): Una vez concluida la Guerra Fría, los Estados africanos fueron requeri- dos a seguir una serie de pautas que los llevaran a reducir sus respectivos tamaños, estabilizar la economía, engancharse en la “buena gobernanza”, llevar a cabo un proceso de democratización de sí mismos y de sus res- pectivas sociedades, además de asegurar un “ambiente favorable” para el desarrollo del sector privado (Mkandawire, 2001, p. 289).
El bm publicó, entonces, ejemplos exitosos de países que habían alcanzado grandes logros en materia de estabilización macroeconómica. El reporte fue un pesado argumento para aquellos que se habían opuesto o demorado en emprender las reformas señaladas por las insti- tuciones financieras internacionales. Faltaba documentar los casos de los países que, aun cuando emprendieron las refor- mas, no obtuvieron los resultados anhelados. Para estos últi- mos, la respuesta fue “debilidad institucional” o mala gobernan- za (bad governance).
Al igual que Lumumba, Mobutu terminó por convertirse en elemento prescindible, una experiencia inútil para una ma- triz de poder colonial que se afana en cambiar las sociedades catalogadas como atrasadas, pero que terminan en lo contrario de lo que se pretende alcanzar. Lo que empezó como una salva- ción, se convirtió en su opuesto. Los iniciados en esta dinámica de conquista del poder, tal como fue Mobutu, ni siquiera llegan a ver lo lejos que se han sumergido en la forma de razonar y ejercer los hábitos del poder (Holloway, 2005, p. 21). De haber sido presentado como el garante del “orden”, el elemento nece- sario para extirpar el cuerpo “patógeno”, Mobutu se convirtió en esto último. Cuando la discusión se centra en quién posee el poder, el debate queda limitado a quién debe ejercerlo y, en consecuencia, la manera de cambiar el poder es simplemente la conquista del Estado. Esta misma dinámica dicotómica, que se enfoca en la toma y el control del poder del Estado como medio para impulsar los cambios en la sociedad, es lo que subyace en las recurrentes “crisis congolesas”.
En este contexto, enero de 2015 fue testigo de la reactiva- ción del concepto de “crisis congolesa”, término utilizado por una vieja e incisiva geocultura que patologiza al continente africano, que lo convierte en un enfermo cuya salvación debe siempre provenir de la matriz de poder colonial.
El 20 de enero de 2019, la Corte Constitucional Congolesa terminó por proclamar la victoria definitiva de Félix Tshiseke- di. Inmediatamente, Sudáfrica y los países africanos reconocie- ron al nuevo jefe de Estado congolés. La “calle”, las protestas de la “gente común” quedaban nuevamente invisibilizadas por los órganos institucionales del poder. Diversos autores, con- centrados en una epistemología de la dominación, atribuyen este eclipse de la “calle” y el “Yebela !” a la espontaneidad del movimiento y a la falta de liderazgo en la rebeldía. Se les trata como movimientos que “aún no” desarrollan suficiente conciencia.
A lo largo de este trabajo hemos visto la enorme capacidad de la razón metonímica para producir términos dicotómicos, excluyentes, binarios, que construyen permanentemente fron- teras abisales, espacios del no ser que reproducen al infinito las imágenes y las representaciones propias de una geocultura moderna occidental que requiere de otro negativizado, oscu-recido, negado, ya que ello justifica la esencia intervencionista y expansionista de la razón metonímica sobre la cual se edifica la geocultura moderna occidental. Hemos privilegiado una episteme que subraya la dominación y no la insubordinación, cómo se toma el poder más que cómo se insubordinan los mo- vimientos al poder.
No importa cuánto se defienda el movimiento y su importancia, el objetivo de obtener el poder involucra inevitablemente una instru- mentalización de la lucha. La lucha tiene por objetivo conquistar el poder político. La lucha es un medio para alcanzar dicho objetivo. Aquellos elementos de lucha que no contribuyen a alcanzar el objeti- vo son considerados como secundarios o bien suprimidos en conjunto: se establece una jerarquía de las luchas. Esta instrumentalización/jerar- quización es, al mismo tiempo, un empobrecimiento de la lucha (Hollo- way, 2005, p. 20).
Para algunos autores, “las oleadas de protestas actuales han demostrado in-cluso menos alcances, ya que han fracasado profundamente en traer consigo cambios políticos profundos” (Branch y Mampi- lly, 2015, p. 5). Este tipo de explicaciones refleja que estamos tan acostumbrados a pensar los cambios, las emancipaciones o las revoluciones como sinónimo de “adueñarse del Estado”, que cuando la “multitud”, la “calle” o la “gente común” se repliega para desaparecer, pensamos que se trata de estallidos incons- cientes e intrascendentes, que no aportan nada a una liberación o emancipación profunda
Las movilizaciones y las protestas de la segunda década del siglo xx en África se replegaron casi inmediatamente después de su entrada en acción porque estaban conformadas por aquellos sujetos sociales que siempre habían si- do arrasados por un estilo hegemónico de hacer política que buscaba como objetivo último la toma del poder como justifi- cación para promover cambios. Se trataba de movilizaciones que, por esa misma razón, no buscaban tomar el poder. Eran los que nunca habían estado porque siempre habían sido ocultados, negados, colocados en la zona del no ser, eran el antipoder que se halla por debajo de la superficie más visible (Holloway, 2005, p. 159).
El antipoder desea emanciparse del poder entendido como dominación, como represión del poder hacer. El antipoder no es una nueva forma de dominación, sino algo esencialmente diferente: una resubjetivación del sujeto emancipatorio que lo aleja de los procesos de conversión del sujeto en instrumento del poder.
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Esta semana he estado releyendo está gran obra de Ursula K. Le Guin y tomando muchos más apuntes que la primera ve que lo leí. Es un libro maravilloso, con tres narradores y una prosa muy íntima, que nos permite conocer sus pensamientos en todo momento.
Aunque lo que me sigue resonando más son las alegorías sobre los animales no humanos. En este libro podemos encontrar ideas claramente antiespecistas, sin que la autora lo fuera. Me ha sorprendido, porque no lo recordaba, lo bien que trata la posverdad, como introduce las conspiraciones y quienes son aquellos que caen antes ellas. En un momento dado, el coronel les dice a los emisarios que lo que ellos decían era solo su opinión y los emisarios deben recordarle que no, no son sus opiniones, son los hechos históricos, es que chapó a este punto.
Sin duda, lo que mejor hace este libro es un retrato sobre el colonialismo, y lo hace tan bien, que nos da las dos caras de la misma moneda, el "machito" y el "científico". Por su parte, Davidson es todo lo que un hombre cishetero blanco significa, lo que nos hace no empatizar con él en ningún momento. Por parte de Lyubov, su personaje es mucho más complejo: se nos presenta una persona que quiere ayudar, que está convencido de que hay que respetar a los ashtianos, haciendo que empaticemos rápidamente con él: ha venido a acabar con el bosque. Pero no nos da mucho tiempo, descubrimos que él también frecuenta a las prostitutas del cuartel y que tiene un gran sentimiento de salvador para con Selver. No deja de ser otra cara del hombre cishetero blanco: ha venido a liberarlos. Sin embargo, la relación con Selver finalmente le salva y podemos unificar ambas caras de la moneda mediante Selver: el pueblo de los ashtianos ha aprendido el homicidio, pero se ha librado del colonizador.
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30 DE AGOSTO, 26 ANIVERSARIO DEL DÍA MUNDIAL DE LA BANDERA (ukenyal) AMAZIGH.
ⵣ✊🏼ⵣ ¡Feliz día
de la bandera Amazigh!
¡Viva la libertad de la Tamazgha
y de todos los pueblos imazighen!
ⵜⴻⴷⴰⵔⴰ ⵜⴰⵎⴰⵣⴳⴰ ⵜⵉⵍⴻⵍⵍⵉⵜ!
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26 Aniversario del DÍA MUNDIAL
de la BANDERA (ukenyal) AMAZIGH.
ⵣⵣⵣⵣⵣⵣⵣⵣ
26º Amulli, Congrès Mondial Amazigh (CMA) - en Tamazight-.
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Cada 30 de Agosto, a raíz del Congreso Mundial Amazigh celebrado en Tafira (Las Palmas de Gran Canaria) en 1997, se celebra en todo el Mundo el nacimiento de este símbolo de unidad y libertad de los diferentes pueblos que viven en diversas regiones del norte de África (Territorio conocido como la Tamazgha) que comparten raíces culturales y lingüística comunes.
La bandera de nuestra identidad representa nuestra historia y nuestra lucha, une a todos los imazigen del mundo, y a los pueblos del norte de África: desde Siwa hasta Canarias, desde el mediterráneo hasta el río de Senegal (Tamazgha)
Los canarios, como uno de los pueblos imazighen más antiguos, lideramos, en ese Congreso histórico, la unificación de la Tamazgha y la creación de su bandera identitaria .
Los pueblos Amazigh han resistido y perdurado durante milenios, invasiones y colonizaciones incesantes (griegos, romanos , árabes... Y en la etapa moderna , europeos -franceses y españoles principalmente- y "yankees")
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La bandera Amazigh, representa la armonía de los seres humanos con su tierra.
El símbolo del hombre en rojo tiene un carácter antropomórfico, con forma humana, y ha sido conocido desde tiempos prehistóricos.
Su significado actual simboliza al pueblo Amazigh. Usado oficialmente desde que en 1966, Mohand Arav Bessaoud, fundara la Academia Amazigh .
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COLORES:
Simbolizan la costa norte de África con el Mediterráneo, el Atlántico con Canarias al Noroeste y el desierto del Sahara al sur, y su apego y su amor a su tierra.
Tienen los siguientes significados:
ⵣ☆ Banda superior azul (Amidad) : representa el mar Mediterráneo y el océano Atlantico, la costa imazighen durante milenios.
ⵣ☆ Banda central verde (Azegzaw) : significa la naturaleza y las grandes montañas (cordillera del Atlas) y tierras verdes que los imazighen han cultivado desde tiempos prehistóricos.
ⵣ☆ La banda inferior amarilla (Awragh) :
simboliza la arena del Sáhara, del desierto de la TINIRI la zona de los Tuareg, pero también la alegría y el oro o la riqueza.
ⵣ☆ El signo de la figura, a su vez, es la letra sagrada "Z" (Yas o aza) del alfabeto tifinagh (idioma Tamazigh)
En rojo, porque representa el color de la vida, pero también el color de la resistencia.
En la bandera representa el nombre dado a los Amazigh: "personas libres", que es lo que significa Amazigh (plural Imazighen).
Es el principio de vida eterna y un símbolo de la sangre de los mártires por la libertad, que defendieron y defienden su cultura y su tierra ante el colonialismo conocido (delito de lesa humanidad imprescriptible).
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La bandera fue propuesta por la delegación canaria(¹), durante el Primer Congreso Mundial Amazigh, realizado los días 27, 28, 29 y 30, prolongádose hasta el 31 de Agosto de 1997 .
Al congreso acudieron representantes de los distintos pueblos del ámbito amazigh: Canarios, Rifeños, Tuaregs, Númidas, Kabilios, Chleuhs, Mozabíes Imazighen del Atlas, Soussa, Chausis, y también la diáspora amazigh estabilizada en Europa y América del Norte.
(¹) Jaime Sáenz Peñate (QPD) y Francisco Trejo Herrera , representantes de Solidaridad Canaria (S.C.) en el comité organizador, ante la ausencia de un símbolo que unificara a este pueblo milenario, con costumbres y lengua ancestrales con raíces comunes en la La Tamazgha (Norte de África) decidieron plantear en esa Primera Asamblea General, la creación de la bandera .
Se basaron en la primera propuesta oficial para que el pueblo Amazigh tuviera su propia bandera, que se hizo en el año 1971 en Roubaix (Francia) por Agraw Imazighen de la Kabilia ,como muestra cultural y de identidad.
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Con mucha ilusión y éxito, fue acogida como un símbolo que , dese aquel momento, une a la comunidad Amazigh de todo el Mundo.
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"LA PELOTA NO SE MANCHA" Alabanza al D10S del Fútbol
Todos las leyendas tienen un comienzo trazando su vida desde su origen, las fabulas futbolísticas no se pueden separar del nombre de Maradona, el dios del futbol que fue amado y repudiado por el mundo pero nunca fue indiferente para nadie, la magia hizo su aparición en la pierna izquierda de ese niño que nació el 30 de octubre de 1960 y se crio en Villa Fiorito, provincia de Buenos Aires, entre los potreros y la pobreza, siendo el quinto de los ocho hijos de Diego Maradona y Dalma Salvadora Franco, conocida como Tota.
"Crecí en un barrio privado de Buenos Aires... Sí, privado de agua, de luz, de teléfono". Maradona
Maradona fue el futbolista más grande de la historia y uno de los personajes más influyentes y polémicos de la cultura popular, Diego fue totalmente una afrenta rebelde, no hay manera de encontrar un humano que se le parezca o alguna cosa que se le parezca, su destreza futbolística, su postura ante la vida y la rebeldía que lo caracterizaba hacia que el tiempo se detenga a su paso, aun con el paso lento.
El Barrilete Cósmico que cautivo al mundo por medio de un balón con una rapidez física y mental extraordinaria, con una motricidad fina y una elegancia impecable, el argentino de un 1,65m de altura que ponía la pelota donde las leyes de la física no parecían aplicar, es verdad que muchos otros futbolistas ganaron más títulos que él, pero la gran diferencia de casi cualquier otro jugador superlativo, Maradona gestó hazañas simbólicas en el futbol que lo convirtieron en una figura extradeportiva y divina.
“Entré al Vaticano y vi el techo de oro. Y me dije cómo puede ser tan hijo de puta de vivir con un techo de oro y después ir a los países pobres y besar a los chicos con la panza así. Dejé de creer, porque lo estaba viendo yo”. Maradona
Diego no es sólo fue un ídolo, se convirtió en una fantasía rebelde, jamás aceptó la vida cómoda que le ofrecía el establishment, cuestiono a la FIFA y a sus negocios turbios millonarios a través de la explotación del futbolista, nunca cedió ante las buenas conciencias que deseaban callarlo, como el politeísmo griego se convirtió en el Dios más humano del planeta con las mil recaídas, con las vigilias en las clínicas y los cambios de looks que construían su leyenda.
"La FIFA se ha convertido en un terreno de juego para la corrupción." Maradona
Paralizo al mundo entero con la implacable muestra de belleza y talento en el mundial de México en 1986, convirtió la cancha en una obra de perfección y arte al eludir ingleses desde la mitad de la cancha en el inolvidable “Gol del Siglo”, habían pasado cuatro años desde que el ejército británico derrotara al argentino en la guerra de las Malvinas/Falklands, esa tarde Maradona reivindico el orgullo latinoamericano ante el colonialismo de los ingleses, al entregar por medio del futbol una dosis de picardía que los latinoamericanos celebramos en nombre de los 700 argentinos muertos en el campo de batalla.
Ideológicamente Diego era de izquierda y criticó como pocos el imperialismo y al colonialismo, fiel admirador del Che Guevara (tatuada su efigie en el brazo derecho) y entrañable amigo del comandante Fidel Castro y de Hugo Chávez, el hombre que tocó el cielo con sus gambetas siempre denuncio la incongruencia del capitalismo con su voraz y falsa aura de triunfo, el sistema trato de desacreditar sus dichos por ser un adicto, pero es ese mismo sistema hipócrita que promueve las adicciones y el consumo de drogas en un andamiaje global que arropa a los grandes traficantes de drogas legales e ilegales, volteando la vista ante la clase política y empresarial que se llenan las bolsas de dinero con esa industria.
“El Che es el mártir que tengo yo. Para mí, ni San Martín ni Belgrano. Para mí, el Che. Es lo que vi yo, es lo que sentí yo. Es lo que habló el Che, es lo que me dejó el Che. Yo no sé si cruzaron la Cordillera de los Andes, ¿eh? No sé. Yo alquilo un avión de 40 lucas verdes para cruzar los Andes y se mueve... Y nosotros cruzamos con burros, enfermos, con nieve, y después no encontraban a los uruguayos. ¿Cuál es la historia? Entonces la verdadera historia es el Che”. Maradona
Una de las más famosas hazañas que vuelven mitológico el alcance deportivo de Maradona ocurrió entre 1984 y 1990, los años que estuvo en el Club de Futbol de Nápoles, un equipo relativamente chico hasta entonces que, dice la leyenda, representaba a los italianos "pobres" y "negros" del sur en su histórica rivalidad con los italianos "ricos" y "blancos" del norte. En papel de mesías, con cuatro títulos italianos y diversos partidos ganados entre tensión política a equipos de Milán y Turín, Maradona le dio a Nápoles la gloria que el sur no había conseguido en lo político, lo militar y lo económico tras 150 años de disputa.
Siempre se convirtió en un estandarte social, Diego hizo de su vida un modo de ejercer la libertad, porque sabemos que la divinidad y el poder de los dioses no derivan de sus virtudes morales, Maradona extiende una bandera de todas las causas que ya no resisten la hipocresía, salvador del futbol y la genialidad, reinventor del juego sagrado siendo un atleta virtuoso, haciendo del futbol un engranaje dramático digno de una epopeya.
“Si me muero, quiero volver a nacer y ser futbolista. Y quiero volver a ser Diego Armando Maradona. Soy un jugador que le ha dado alegría a la gente y con eso me basta y me sobra”. Maradona
Personaje de barrio, dios y demonio, único e irrepetible, luchador agresivo que fantaseaba con un mundo mejor, con la utopía eterna de la justicia social, a pesar de los excesos y la vida única que sobrellevo, siempre fiel a su instinto de libertad, nunca callo ante las injusticias, virtuoso con tintes revolucionarios, así fue, es y será Maradona.
FLUVIO UGO GUERRA
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Dicotomías en la estructura cultural de México
Fotograma del video 3WW de Alt J, filmado en Real de Catorce, México.
La cultura es la estructura de la memoria colectiva que se ha construido a través de la historia de una sociedad determinada y, que a su vez, funge como mecanismo para la construcción base de una identidad que permita legitimar un funcionamiento. Es también un espacio generador de plataformas participativas y un método de distribución de valores.
Tejido Chiapaneco, Autorx no identificadx. México.
Partiendo desde el análisis de las diversas estructuras y dicotomías que componen la complejidad del trato de la cultura como poder conciliador o separatista por parte de distintos cuerpos de poder, tanto de la esfera pública como de la privada, es que se puede iniciar una disección de componentes teóricos que permitan aprovechar de manera acertada las propuestas y proyectos puestos en práctica para generar beneficio en los proyectos enfocados a esta materia.
El fin de los proyectos culturales de propósito público debe ser el de generar espacios que permitan a los habitantes de una comunidad, barrio o ciudad reflexionar como individuos acerca de las problemáticas que se han dado históricamente y las que estamos enfrentando actualmente. Lo anterior con el fin de que las voluntades se conjuguen en beneficio de todos a través de las manifestaciones expresivas de un conjunto de personas, esto tendría que ser una prioridad en la agenda de todo proyecto que pretenda atender la reconstrucción del tejido social.
Sin título. Fotografía en blanco y negro, plata sobre geltina. Repartidores de periódicos fuera del Palacio de Bellas Artes, D.F., México.
La acción de los artistas como activos agentes creativos de valor público, propone la creación de bienes públicos comunes para desarrollar una inteligencia colectiva y potenciar su espíritu colectivo.
Lo anterior no es tarea sencilla ¿como empoderar y permitir la acción creativa encontrando puntos de acuerdo? ¿es suficiente confiar en la memoria colectiva o en la implantación de íconos como medio conciliador? ¿la conjugación de demandas públicas podría simplificar la labor de definir las funciones de la esfera cultural y por lo tanto la acción de la agenda de los proyectos culturales?
Para hablar sobre cultura mexicana debemos tener en cuenta que la homogeneización y la centralización de símbolos identitarios ha excluido una riqueza abismal en términos estéticos, comunicativos y, más importante, axiológicos, lo que ha anulado en parte la autonomía e independencia cultural y expresiva de estas.
Diego Rivera en el billete de 500 pesos, Banco de México.
La cuestión es ¿cómo enfrentamos esta dicotomía sin atentar contra la diversidad cultural viva que se conserva desde hace siglos? y ¿cómo forjamos una identidad sin caer en discursos exclusivos? ¿hasta qué punto podemos hablar de la necesidad del fortalecimiento de una “identidad” sin silenciar la diversidad expresiva? y por último ¿hasta qué punto el pluralismo se vuelve a favor de la pérdida identitaria y en contra de la misma?.
Con el paso del tiempo se entretejen nuevas dimensiones de la vida social, las cuales se rigen por tres aspectos esenciales: el cultural, el normativo y el económico. Los tres aspectos se mezclan y reconstruyen entre ellos dando como resultado la cambiante estructura social que constituye el contexto en el cual los individuos se realizan.
La cultura envuelve la diversidad de tradiciones y de estructuras axiológicas que regulan el comportamiento social, en palabras de Carlos Díaz:
Los usos, las costumbres y las opiniones son producto de concepciones sobre el mundo construidas socialmente de manera colectiva, compartidas y difundidas por medio del uso de símbolos, es decir, de lenguajes, rituales, y otras formas de representación que sintetiza los valores de las relaciones de los individuos con aquello que los rodea [...] La cultura es la esfera de los valores, de los marcos cognitivos y del conocimiento acumulado.
Intervención a estracto del mural de Diego Rivera, La Gran Tenochtitlan, 1945, Palacio Nacional, México.
Los códigos normativos, la constitución de los Estados, las prescripciones en materia de derechos y el mercado que limitan la figura de lo públicamente permitido y merecido, se forman y reforman a partir de las distintas concepciones colectivas sobre el mundo.
En la actualidad el tercer aspecto esencial, la economía, se ha posicionado como el eje a partir del cual se regulan los otros dos aspectos. Los medios de producción y de consumo definen los tejidos más profundos del funcionamiento social.
Lo anterior no significa que la cultura y los códigos normativos no sean determinantes, sino que, conforme han evolucionado los procesos económicos, los anteriores se absorben y pasan a funcionar a favor de los intereses monetarios. Este es un fenómeno que ha afectado enormemente la creación artística en los países de América Latina, donde las acciones que se han implementado para reducir las brechas de desigualdad existentes han resultado, en muchas ocasiones, contraprodentes.
Bolsa Mexicana de Valores, México.
Para Zygmunt Bauman, a mayor velocidad de desplazamiento de los objetos, mayor libertad se tiene sobre las estructuras normativas que tradicionalmente regulan los Estados, lo que se ha vuelto también sinónimo de progreso, “los países en desarrollo la deben aceptar si quieren crecer y luchar eficazmente contra la pobreza” lo cual ha impulsado a todas la naciones a adoptarla y a adoptar sus prescripciones teóricas como modo de acceder a las promesas del capitalismo. Esto no ha sido prometedor para todos, la inequidad al momento de acceder a la democracia, y posteriormente a la globalización ha sido determinante en su situación económica actual, si se trata de una nación cuyo desarrollo en bienes de capital es aún prematuro y cuya estrategia de acción internacional es poco o nada experimentada, el resultado inevitablemente será una “creciente división entre los poseedores y los desposeídos”.
A dicha situación Daniel Bell, describe las fases por las que tuvo que pasar el sistema de valores en el natural desarrollo del capitalismo para sustentarse. En torno al papel de la cultura como eje en dicha construcción, el autor plantea:
La cultura, para una sociedad, un grupo o una persona, es un proceso continuo de sustentación de una identidad mediante la coherencia lograda por un consistente punto de vista estético, una concepción moral del yo y un estilo de vida que exhibe esas concepciones en los objetos que adornan a nuestro hogar y a nosotros mismos, y en el gusto que expresan esos puntos de vista. La cultura es, por ende, el ámbito de la sensibilidad, la emoción y la índole moral, y el de la inteligencia que trata de poner orden en esos sentimientos.
Tejido Chiapaneco, Autorx no identificadx. México,
Sus hipótesis se sustentan en la búsqueda del equilibrio que debe existir entre la esfera pública y la privada, dado que “cada persona persigue su propio camino, persiste en sus vicios privados a los que solo puede entregarse a expensas de los beneficios públicos”. A lo anterior, podemos deducir que el capitalismo ha construido una estructura axiológica que debilita a los Estados en vías de desarrollo, en nuestro caso a Latinoamérica, en la esfera cultural y artística.
En México los modelos aspiracionales retratan y hacen difusión masiva de los beneficios e ideales de los sistemas de producción vigentes; dichos valores, prepararon el camino hacia la cumbre de la atomización social que vivimos actualmente, el curso natural de ello se ha desencadenado en una cultura del consumo masivo y en la noción de que este representa el bienestar y por tanto brinda de seguridad moral a quien lo sigue y perpetúa.
Por otro lado tenemos los antecedentes de las civilizaciones mesoamericanas cuyo linaje se encuentra hoy rezagado de los mecanismos de la modernidad, las comunidades indígenas tienen hoy los más altos índices de pobreza y discriminación social, lo que surge de los proyectos de alienación de occidente en su búsqueda por posicionar su sistema de verdad como el único válido, a pesar de la fuerza del progreso y del sincretismo cultural, hoy se siguen reproduciendo en las formas de expresión vigentes mediante la apropiación estética o incluso de causas sociales que, al ser abordadas, pasan a ser “de autor” y de esta manera entra al mercado de los productos o de las ideas.
Soft colonialismo.
Promocional del Jardin Colonial, Coyoacan, México.
Hemos heredado visiones completamente distintas del modelo de estructura cultural al que se pudiera aspirar y por lo tanto un profundo antagonismo al momento de diseñar propuestas que impacten de manera positiva a esta.
Mientras que las instituciones públicas dirigidas a atender la problemática cultural han adoptado un enfoque dirigido al espectáculo y han puesto al ciudadano en un papel de espectador ante la producción, se ha descuidado el papel de los artistas como agente de cambio comunal y unificador de voluntades para otro tipo de necesidades sociales.
Fotograma del video 3WW de Alt J, filmado en Real de Catorce, México.
-Georgina Vega Hernández.
Malasia, 28 de Abril de 2020.
CRISIS.
Fuentes:
- Bourgon Jocelyne. “Propósito público, autoridad gubernamental y poder colectivo”, en Revista del CLAD Reforma y Democracia, Caracas, núm. 46, 2010, pp. 1-23.
- Carlos Díaz, Instituciones, democracia y desigualdad social: aproximaciones al caso mexicano, Revista Mexicana de Ciencias Políticas y Sociales, vol. Ll, núm, 205, enero-abril, 2009, pp.100
- Bauman, Z. (2010), Después del Estado nacional…qué? en La globalización. Consecuencias humanas, Segunda edición, México, Fondo de Cultura Económica, pp. 75
- Stiglitz, J.E. (2002), Capítulo 1. La promesa de las instituciones globales en El malestar en la globalización, Traducción Carlos Rodríguez Braun, Ed. Taurus, México, pp. 29
- Bell, Daniel. "Las contradicciones culturales del capitalismo", México, Alianza, 1993. Pp. 47.
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Ecuador y Colombia dan un gran paso en contra de los espectáculos taurinos
Fotografía: Internet
En Ecuador, el municipio de Quito eliminó este martes 9 de junio la ordenanza taurina, la cual facilitaba la organización de eventos de ese tipo. El Concejo municipal tomó la decisión con veinte votos a favor y una abstención.
La edil Mónica Sandoval, quien propuso la iniciativa, explicó que tras una consulta popular en 2011, los habitantes de la ciudad aprobaron la prohibición de espectáculos que incluyan la muerte de animales, como la fiesta brava. Desde entonces, Quito pasó de ser conocida en el mundo taurino por su feria “Jesús del Gran Poder”, a organizar sólo espectáculos al estilo andaluz, que no incluían la muerte del toro. Sin embargo, en el último año tampoco se realizaron ese tipo de actividades.
La eliminación de la ordenanza no implica mayores cambios jurídicos, pero podría generar retrasos en la obtención de permisos para la celebración de alguna corrida al estilo portugués.
Para los aficionados taurinos, esta decisión vulnera sus derechos. Mientras que, para los grupos animalistas la actitud del Municipio es destacable, puesto que se ha dado un paso hacia la abolición de la fiesta brava por completo.
Corridas de toros en la capital de Colombia
El mismo día, en Colombia, el Concejo de Bogotá aprobó un proyecto de acuerdo que desincentiva las prácticas taurinas en esa ciudad. La iniciativa de la activista por los derechos de los animales, Andrea Padilla, fue celebrada por el expresidente Ernesto Samper y muchos otros colombianos que expresaron su satisfacción con la medida en las redes sociales.
El proyecto contempla modificaciones como la prohibición de instrumentos corto punzantes que laceren, corten, mutilen, hieran, quemen o lastimen en cualquier forma a los animales y que el animal no muera durante la corrida, entre otras medidas.
Además, busca que no se destinen recursos públicos para la temporada taurina, junto con reducir las fechas de esta tradición abusiva. Si bien, los concejales no tienen la facultad de prohibir las corridas de toros, sí pueden determinar restricciones con el objetivo de desincentivar estas prácticas.
Con estas medidas, Ecuador y Colombia dan un paso hacia la abolición de una práctica que llegó a América Latina en los tiempos de colonialismo español y que muchos consideran anacrónica.
Fuentes:
http://www.teleamazonas.com/2020/06/quito-elimina-disposicion-que-regula-organizacion-de-espectaculos-taurinos/
https://www.prensa-latina.cu/index.php?o=rn&id=373040&SEO=aplauden-acuerdo-contra-corridas-de-toros-en-capital-de-colombia
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