#casa de céu e sopro
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amazingaa · 1 year ago
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"Nosso amor é mais forte do que o tempo, maior do que qualquer distância. Nosso amor se expande através de estrelas e mundos. Te encontrarei novamente, eu prometo."
— Casa de Céu e Sopro, de Sarah J. Maas
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lumitie · 1 year ago
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Ordem de leitura de Cidade da Lua Crescente
Cidade da Lua Crescente é a mais nova série de Sarah J. Maas, autora das famosas séries de romantasia Corte de Espinhos e Rosas e Trono de Vidro.Então bora conferir a ordem de leitura da série Cidade da Lua Crescente! Continue reading Untitled
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bfontes · 3 months ago
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vocês perceberam? então, foi uma sequência de quatro poesias apaixonadas e depois silêncio. isso resume bem como as coisas acontecem por aqui: o trem atropela sem buzinar e depois nada se escuta, nem mesmo o calor estralando os trilhos. e eu achei mesmo que fosse ela, por um instante. é sempre por um instante. a paixão é é um sopro comigo, enquanto busco um furacão que me arraste aos céus com vacas, casas, jovens e tudo o que encontrar pela frente, uma catástrofe sem precedentes, pedaços do coração perdidos a kilometros de distância, desejos arremessadas, promessas e palavras certeiras, depois a poeira dos destroços, restando dois, e os dois decidem ficar mesmo com o medo assoviando ao fundo. percebem o quanto é importante ser os dois carregando o mesmo desejo? comigo nunca assim, só aconteceu uma vez, o furacão me abraçou antes de me soltar, ninguém acredita quando eu conto.
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amor-barato · 3 months ago
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Nos meus cadernos de escola
Nas carteiras e nas árvores
Nas areias e na neve
Escrevo teu nome
Em toda página lida
Em toda página em branco
Pedra, papel, sangue ou cinza
Escrevo teu nome
Em toda imagem doirada
E nas armas dos guerreiros
Ou nas coroas dos reis
Escrevo teu nome
Na floresta e no deserto
Nos ninhos e nas giestas
Nos ecos de minha infância
Escrevo teu nome
Nas maravilhas da noite
No pão branco da manhã
Nas estações em noivado
Escrevo teu nome
Em todo farrapo azul
No tanque de água mofado
No lago de lua viva
Escrevo teu nome
Nos campos e no horizonte
Nas asas dos passarinhos
E nos moinhos de sombra
Escrevo teu nome
Em todo sopro da aurora
No mar e em cada navio
Na montanha adormecida
Escrevo teu nome
Nas espumas e nas nuvens
Nos suores da tormenta
Na chuva densa e enfadonha
Escrevo teu nome
Nas formas resplandescentes
Nos sinos de várias cores
Em toda verdade física
Escrevo teu nome
Nos caminhos acordados
E nas estradas vistosas
Ou nas praças transbordantes
Escrevo teu nome
Na lâmpada que se acende
Na lâmpada que se apaga
Em minhas casas reunidas
Escrevo teu nome
Na fruta cortada ao meio
Do meu espelho e meu quarto
No leito concha vazia
Escrevo teu nome
No meu cão guloso e terno
De orelhas que estão em guarda
Nas suas patas sem jeito
Escrevo teu nome
Na minha porta de entrada
Nos objetos familiares
Nas ondas de fogo lento
Escrevo teu nome
Em toda carne cedida
Na fronte de meus amigos
Em cada mão que se estende
Escrevo teu nome
Na vidraça das surpresas
E nos lábios sempre atentos
Bem acima do silêncio
Escrevo teu nome
Nos refúgios destruídos
Nos faróis desmoronados
Nas paredes de meu tédio
Escrevo teu nome
Nas ausências sem desejo
Na solidão toda nua
Nesta marcha para a morte
Escrevo teu nome
Na saúde que retorna
No perigo que passou
Nas esperanças sem eco
Escrevo teu nome
E ao poder de uma palavra
Recomeço minha vida
Nasci para conhecer-te
E chamar-te
Liberdade.
Paul Eluard, in: Liberdade
Além de ser um magnífico poema do ponto de vista literário, "Liberté", de Paul Éluard, carrega consigo o peso da História. Escrito em 1942, com o título "Une Seule Pensée" (Um Único Pensamento), esse texto foi transportado clandestinamente da França, ocupada pelos nazistas, para a Inglaterra. Em 1943, traduzido para vários idiomas, o poema foi distribuído como um panfleto, lançado por aviões aliados nos céus da Europa conflagrada. O responsável por contrabandear essa preciosidade da França ocupada para a Inglaterra foi um brasileiro, o pintor pernambucano Cícero Dias (1907-2003). Em reconhecimento a essa proeza, Dias foi condecorado pelo governo francês com a Ordem Nacional do Mérito, em 1998.
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euphemismo · 1 month ago
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Vozes ainda sussurram sobre BRIAR-ROSE, sem registros familiares, assume o sobrenome WRIGHT-JONES, pertencente a um de seus primeiros protegidos terrenos. Atualmente se encontra num avatar de uma MULHER de ditos 25 ANOS que mora em LONDRES. Entre as pessoas que mantém por perto, é conhecida por ser AMÁVEL e MATERNAL, para muitos, um verdadeiro ANJO.
 
౨ৎ
AS VOZES CANTAM . . . Pra ficar comigo, Marina Sena. ÚNICA, Duquesa. Maliciosa, Ludmilla. CAJU, Liniker. New Woman, Lisa & Rosália. Cinnamon Girl, Lana Del Rey. Try Me, The Weeknd. Callaita, Bad Bunny. Thirsty, Tinashe. Walk Like This, FLO. No Love, Summer Walker & SZA. Can I, Kehlani. True Story, Ariana Grande. ART, Tyla. Caliber, Coco Jones. Cupido, Tini. Say Yes To Heaven, Lana Del Rey.
౨ৎ
OS SUSSURROS DE SUA HISTÓRIA SÃO . . .
Humanidade.
É a essência e natureza do homem, o que faz o homem ser homem. Mas o que fez os homens? 
Existem mil teorias para explicar de onde um ser tão complexo surgiu e para quem não é cético, os homens nasceram do sopro da vida, vindo do mais sagrado. De fato, os humanos surgiram da santidade, mas não exatamente de Deus. 
Durante a criação de tudo e todos, uma classe de anjos cujo foram responsáveis pela energia e dela, veio a vida. Chamados Ofanins, são os mais puros dentre os celestes, os que compartilham de um amor enorme por cada criação da terra, desde a mais baixa grama ao mais alto céu, tudo importa.
Inclusive os homens.
Por séculos e séculos, os ofanins habitavam o plano terreno, dividindo sabedoria e influenciando aos mortais de forma positiva, mantendo o equilíbrio do universo. E esse ciclo se seguiria até o fim dos dias, como planejado por Ele.
BRIAR desceu a Terra como um ofanin, provida de toda a inteligência e amor para compartilhar para com os humanos. Mal se lembra quando chegou aqui, quantas aparências já ostentou e com isso, aprendeu muito com os humanos. Tornou-se uma espécie de guardiã para muitos que cruzavam seu caminho, assegurando que sua vida seria plena até o fim de seus anos. 
Mesmo sabendo que não poderia usufruir por completo dos privilégios humanos, o tempo longe de casa a tornou quase um deles. Sentia amor, saudade, tristeza e até as emoções carnais mais impuras, mas que faziam um homem entender a vida.
É difícil explicar o que BRIAR é, o equilíbrio perfeito da imperfeição humana com a racionalidade de um anjo, um experimento que nem ao menos Deus tinha pensado. 
Um ser de luz em meio ao completo caos do mundo.
౨ৎ
AINDA OUVINDO? OS ANJOS SUSSURRAM QUE . . . 
Após anos vivendo na Terra, BRIAR se estabeleceu como uma confeiteira, dona de seu próprio restaurante em Londres, país que escolheu para se estabelecer.
Tem poucas conexões terrenas, considerando seus amigos seus últimos protegidos.
Tende a ser sensível, as emoções afloradas e empáticas a tornam reativa a tudo, principalmente a opiniões contrárias as suas, um traço extremamente humano.
Adotou um bebê, uma garotinha ainda humana, sendo ela também uma de suas últimas e privilegiadas protegidas.
Por conta dos anos vividos - a qual nem ao menos tem noção de quantos são - na Terra, alimenta um grande interesse por História, sendo o estudo um de seus hobbies.
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boatsandgods · 10 months ago
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        ───  MERCY HAS A PRICE  ───
                                       ❝ Ruthless is mercy upon ourselves. ❞
Desde sua não tão feliz infância Calista tinha em mente que a solidão não era algo a ser temida, não era uma punição em todos os casos, tão pouco era algo a ser facilmente rejeitada, a solidão era, para todos os efeitos, apenas mais uma forma de amor. Afinal quando homens dizem que seus corações são solitários o que querem dizer se não que lhes falta a companhia do amor? Algumas pessoas amavam tão intensamente que a solidão as matava como a falta de sol e água matam as flores campestres que insistem em florescer em locais que não lhes pertencem. Calista, por outro lado, sempre florescera entre os solitários, uma flor que não precisava de luz ou água para sobreviver, deixando suas pétalas guardadas de qualquer um que fosse tentar as segurar, a solidão da falta de amor nunca lhe foi uma inimiga, até porque pouco conhecera do tão temido amor que todos sussurravam poemas sobre. E então ela tinha se tornado uma mulher. Linda, desejada, disputada, e a solidão tinha a ensinado que não há melhor companhia que não fosse a sua, não havia nada mais puro que o amor que sentia por seu próprio reflexo, ela amava o que o escuro de um quarto vazio podia trazê-la.
Grande parte de sua vida fora envolta da crença de que a solidão era sua aliada, uma companheira silenciosa que a fortalecia e lhe concedia a liberdade de florescer sem depender das interações mais sagradas a todos, alguns diziam que isto era um sinal de seu parentesco divino, um testemunho ao que Hades tinha de melhor, o isolamento emocional de anos de rejeição como uma camada de proteção que precisava ser descascada delicadamente sem alarde algum. Dentre todos os presentes divinos, dentre todos os seres que nadavam na imortalidade do olimpo havia apenas um do qual seu pai e madrasta lhe alertavam: Eros. The cupid. O deus da paixão, do amor romântico, do amor devastador que lhe consome como doença dedo após dedo, unha por unha, cabelo por cabelo, lágrima após lágrima.
Afrodite era perigosa, ela sabia disso, o amor, a beleza, o redemoinho que leva os humanos a insanidade em busca da perfeição, mas até Afrodite conhecia limites, limites estes que não apresentara a seu filho alado. E quando Calista chamara a atenção do cupido não demorou para que toda sua construção fosse derrubada como uma casa de palha diante de sopro de um lobo. Primeiro viera Dominico, ele e suas mãos exigentes, seus sussurros pedintes, seus gemidos imprudentes, Dominico e suas palavras nuas e cruas que sempre diziam exatamente o que queriam, Dominico e suas mãos em suas coxas e seios, seus lábios em suas mãos e boca, sua cabeça em seu colo e seus dedos em seus dedos. E então Myrine havia aparecido, com seus olhos claros, seus cabelos escorridos e um sorriso charmoso que mais parecia esconder suas presas que demonstrar felicidade, Myrine e seus dedos ágeis, sua boca exigente, suas coxas que prendiam Calista ao lugar, suas palavras doces que levavam a filha de Hades a fazer o que fosse por ela e seus olhos cruéis que deixavam Calista rendida. O amor que sentia pelos dois tinha a mantido viva por muito tempo.
A presença de outra pessoa trouxe uma nova dimensão à sua vida, a solidão, outrora sua aliada, se tornara um espaço longínquo que não havia mais a necessidade de ser habitado constantemente. De repente havia em sua vida uma luz calorosa, preenchendo os cantos escuros que Calista nunca soubera que existiam dentro dela. Flores contornavam seus sorrisos e floresciam dentro de seus pulmões dificultando sua respiração, apenas os lábios alheios podiam aspirar o conteúdo lhe trazendo oxigênio. E então seus filhos vieram, primeiro Selene, nascida sob a luz do luar com apenas Myrine e Dominico para presenciar o milagre dos deuses que era sua pequena menina, nascida com os cabelos loiros, um olho verde que parecia conter os mares e um olho azul que parecia refletir o mais lindo céu. E então viera Julius, adorado pelo reino, um herdeiro para o trono, ainda que nenhum de seus três pais parecesse entender porque subitamente todos falavam sobre sucessão quando Selene já estava ali para ser rainha. O casamento, o nascimento de seus filhos, seu reino, todas aquelas coisas haviam trazido a promessa de uma vida sem o vazio que lhe criara.
Ainda assim a promessa havia lhe levado ali. Junto de Myrine na sacada de seu castelo, o vestido preto caindo com leveza sobre seus ombros quase como uma extensão do vermelho que adornava o corpo esbelto de Myrine. O ventre inchado de Calista era cuidadosamente acariciado com uma de suas mãos enquanto via Dominico se afastar cada vez mais em direção ao porto. ❝��Is this what we have become to him? One to rule, one to bare children. For what? To watch while he sails after we got everything we wanted? Not even a proper goodbye in sight. ❞ Sua voz não trazia tristeza e sim ódio, uma raiva que crescia dentro de si desde a primeira conversa sobre a maldita guerra. ❝ How are we supposed to stay behind and explain and justify a war that is not even ours to be fought? ❞
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                                                       — ✟ —
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inutilidadeaflorada · 2 years ago
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Blues
Tu insiste em se contorcer Na língua diabólica de Coltraine Eu padeço quando Gardel me tira Para bailar um tango outra vez Apostas e potros A besta do populismo O licor amargo da demolição de personas A fragilidade do seu céu de isopor Cravo trinta e duas espadas nas tuas costas São meus dentes perdendo o esmalte Em tuas ancas encalhadas em meu busto Ainda há tempo para o terceiro trinta e três do mês? Dúvida banal: Qual o teu nome? Entre frio do fundo da garganta E a pulsão de vida que a boca Instaura sob o sopro de vinagres Ecoa pela casa com força O coro do desassossego A sinfonia do acidente de ossos O encontro pervertido dos idiomas Poderia ser Nova York, poderia ser BAires Mas são seus olhos de noite indecifrável Me correspondendo tamanha vontade Pela primeira vez, eu intitulado como amante Ainda está lá, o cravo invisível perfurando lábios Como um assombração, como um albergue Conhecendo vitórias entre copos Conhecendo a derrota entre orgasmos O Saturno preso na sede do Tato Tânatos encarando viúvas Medusa empunhando o karma da década Amar você foi um ato involuntário
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onerbb · 2 years ago
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Transição
Amanheceu e as velhas velas de cera já tinham sido atenuadas pelos sopros da lucidez. Não havia balões, mas os barulhos de desordem habitavam todos os cômodos da casa. Era o aniversário da sobriedade. Os aplausos e confetes não foram convidados porque todos ali sabiam que a data não representava a morte dos vícios. Era só a minha essência recém-nascida. No banho, esvaiam-me fios d’água pela pele preta e virgem do mundo, sem medo da carne subcutânea pela primeira vez, como se não precisasse mais esquivar ou sequer pedir licença. Depois de vestir as roupas amassadas, vi um reflexo austero e chorei. Encarava minha face sem propósitos, vergonhas ou piedade. Poucos são os momentos de visceralidade que se comparam à percepção de uma lágrima morna e descompassada escorrendo pelas bochechas nesse trajeto vulnerável. Tal momento é individual e estar sozinho, sem medo das suas vontades, também é um sinônimo de estar livre. Não porque os outros são amarras ou minam seu potencial de existência, mas porque conviver significa estar alheio de si em alguma medida. E o que seria caminhar sob sua longevidade senão o adaptar-se às fugas em tantos encontros? Quando nascemos, choramos para que nos escutem e silenciem nossa fisiologia. Se ficamos independentes, queremos alguém ao nosso lado para compartilhar o amor próprio. Quando ansiosos, não lidamos bem com os vários monólogos a 200km/h trazidos pela psique, pois preferimos o teatro ao improviso. Estar nesse limbo Shakespeariano, vivendo nessa brincadeira de ser ou não ser, revela a condição dúbia e paradoxal dos seres humanos que ainda insistem: Buscar a sobrevivência, sendo autênticos covardes. Às vezes, penso que encarar todas as difíceis circunstâncias signifique inventar uma nova escama, renovar a superfície, chocar o mundo com um vislumbre inédito. Em dias mais calmos, reflito que se trata muito mais de vestir a mesma pele e reconhecê-la diferente com novos toques. Não sei se isso significa valentia, e acho que nunca terei resposta certa, sobretudo porque isso seria definitivo e tudo que é certeza, agora, assusta-me. Hoje entendo os versos da metamorfose ambulante, mas sigo com a incógnita de não saber quantas mudanças meu corpo aguenta. Será que ainda faço morada no casulo ou serpenteio pelo ar com asas coloridas? Mais fácil viver no mundo das borboletas do que no reino dos Homens. Embora nem sempre nítidas, a humanidade contempla fases inevitáveis e, por mais belas que sejam as manhãs gestadas no horizonte, o novo é sempre uma possibilidade assustadora. Lá fora escureceu, os convidados já haviam celebrado despedidas e só restou a imensidão de um céu sem estrelas sobre minhas expectativas. É, já não sei se a sobriedade da alvorada ainda se mantém sob o luar. Nem mesmo sei se ela existiu. Por enquanto, prefiro me deitar e sonhar com diferentes nascimentos. Quem sabe o meu.
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higormarques · 9 days ago
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Sinto cheiro de mofo quando acordo. Não é só o aroma da casa, das paredes envelhecidas pelo tempo e pela umidade que insiste em escorrer pelos cantos; é um cheiro que fala de algo mais, um peso que se acumula na alma, misturando-se ao pó das lembranças. É o odor agridoce de um amor que desbotou com os anos, que envelheceu mal, que se escondeu nas fissuras de tardes eternas que não voltam mais. É o cheiro de tudo o que ficou para trás, impregnado no tecido da minha memória.
Hoje de manhã, o sonho ainda pesava sobre mim. Tão real, tão vívido que as lágrimas ainda dançavam no canto dos meus olhos. Eu sonhei com perfumes, com o aroma que só você tinha, aquele toque sutil de um sopro de baunilha misturado com algo indomável, quase inalcançável. No sonho, eu vagava por uma loja de perfumes. Um lugar de beleza quase etérea, onde frascos reluziam sob a luz, prontos para derramar suas essências sobre minhas feridas.
A loja era labiríntica, uma sequência de prateleiras altas que formavam corredores estreitos, quase sufocantes. Meus passos eram pesados e um medo inexplicável me consumia a cada esquina dobrada. Sentia como se cada perfume escondesse segredos de que eu não queria me lembrar, como se a busca pelo seu aroma fosse uma jornada que eu não estava preparado para enfrentar.
— Posso ajudar? — A voz vinha de um atendente que não conseguia ter um rosto definido, um vulto que me olhava com um semblante estranho, como se soubesse mais do que eu gostaria de revelar. Balancei a cabeça, negando qualquer ajuda, porque esta era uma peregrinação minha, um caminho que eu precisava percorrer sozinho. As prateleiras pareciam se multiplicar, como se o labirinto se expandisse com cada decisão errada que eu tomava. Mas eu continuava.
Lá estava, enfim, o perfume. Um frasco pequeno, discreto, mas quando a essência escapou e invadiu o ar, eu soube: era o seu cheiro. Era você inteiro ali, presente, indomável, o mesmo cheiro que você deixava no meu travesseiro, que impregnava a minha roupa, a minha pele. Minhas mãos tremiam ao segurar aquele vidro. Quis chorar, quis gritar. Mas no sonho, tudo era abafado, como se o medo ainda segurasse a minha garganta. Eu estava em busca de você, mas a cada inalação eu também afundava na ausência, na dor, no vazio de tudo que o amor deixou.
Acordei sobressaltado, meu corpo tomado por espasmos. Era noite ainda, o céu pesava denso do outro lado da janela. Fui até a cozinha, tateando o escuro como se nele houvesse mais conforto que na luz. Bebi um copo d’água tentando apagar o incêndio das memórias. Mas o cheiro... Ah, o cheiro ainda estava ali. Você, fantasma invisível, persistente, impregnando o ar, como se tivesse acabado de sair pela porta, como se eu pudesse ouvir seus passos subindo as escadas.
Voltei para a cama e chorei. Chorei porque o amor é cruel, porque ele não morre fácil, porque ele se transforma em mofo que gruda no coração. Eu nunca consigo voltar ao mesmo sonho, mas naquela noite, quase como um presente ou uma maldição, consegui. E lá estava eu, de novo, naquela loja, com o perfume ainda nas minhas mãos, ainda tentando segurar você, mesmo sabendo que não há como aprisionar um aroma, que ele sempre se dispersa, se esvai, se esconde.
Naquela continuidade de sonho, o cenário se transformava. O teto se abria para um céu que pulsava com as cores de um pôr do sol que tanto amávamos. Era quase bonito, mas uma beleza que doía porque não havia mais espaço para nós ali. Eu gritava seu nome e o eco me devolvia apenas o vazio. Então, vi você, uma sombra no horizonte, de costas para mim, caminhando sem nunca se virar.
Quando acordei pela segunda vez, o cheiro de mofo parecia ter se intensificado, como se quisesse me lembrar que o amor, às vezes, não passa de uma ferida que infecciona. Sentei-me na cama, segurando a cabeça entre as mãos, desejando que o tempo fosse mais gentil, que a memória não fosse tão implacável. A saudade de você é uma doença que carrego e há dias em que não quero mais lutar. O fim de tarde que vive em mim, aqueles céus pintados de laranja e rosa é a lembrança de algo que não posso mais tocar, mas que sempre está presente, como um aroma persistente, uma promessa que nunca se cumpre.
Quis morrer e quis que fosse em paz, numa cama perfumada com as memórias de você. Quis que o último suspiro fosse carregado de lavanda e cardamomo - as notas de coração daquele perfume que eu usava e você adora. Perfume que eu usava, mas não dava tanto valor até você chegar e amar. 
Ainda não descarto a hipótese de ir, mas quando esse dia chegar, quero que o mundo se lembre de mim pelo aroma do que um dia foi amor. É um desejo que parece patético, mas na verdade, é só isso que resta: a esperança de que a lembrança mais eterna não seja de dor, mas de algo gostoso e inebriante.
Mas ainda estou aqui, entremeado por memórias, esperando que o cheiro do mofo se dissipe um dia, que o amor pare de corroer as vigas da minha alma.
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Trecho de 'As Notas de Coração - O perfume de nós dois'
[h.m]
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lobamariane · 22 days ago
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para o cajueiro no meio do caminho
escrito em 16.04.2024, terça-feira de sol em áries e lua em câncer
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A Lua na água cardeal é sempre um desafio para minha Lua fogo fixo. Em meu caminho de aprendizado volta e meia me vejo no esforço de combater as mágoas, leão, sempre tão dramático, se bole todo com o primeiro sopro da maré.
Ter a Lua no Sol. Há uns dois anos, conversando com minha guia, entendi que, se meus líquidos-emoções-humores estão sempre sob o sol a pino preciso no mínimo buscar uma sombra pra enxergar melhor, as cores, os traços, o que é meu e o que não é.
Aconteceu que ontem choveu. Choveu muito, sem parar, aquele tipo de chuva sem vento e que parece um cobertor. O céu inteiro nublado, não vi nem rastro do Sol. Eu amo profundamente os dias de chuva, e ontem, no quarto-crescente no caranguejo senti minha gibosa juba baixar, mesmo que, além das nuvens, estivesse lá o sol cardeal do fogo.
Antes de deixar o templo e me preparar para a gira da noite, conversamos sobre sentir o fluxo da vida. Voltei pra casa com isso na cabeça, misturado com o som da chuva incessante.
Já era noite quando subi de volta ao templo e passei por você, ainda vivendo a eletricidade de ter passado por cima de um rio Pancadinha quase alcançando meus pés. Entendi naquela correnteza a água cardeal, aquela ponte é um portal para os sentidos: de repente não existe urbanidade para além da própria ponte e mesmo ela parece não existir quando paro no meio do fluxo do rio, cercada de mata densa e alta.
Ainda estava sorrindo quando vi você e acima da sua copa o céu cheio de nuvens revelando a meia lua brilhante, tão convidativa.
Amanda sempre fala sobre a dificuldade geracional de Urano em Capricórnio de se divertir para além das pedras e, de fato, pois toda a diversão foi convertida em dinheiro, distorcida em enredos controlados por mãos que se ocultam na nossa própria ignorância - mas isso tudo é só elaboração aquariana do dia seguinte.
O que eu queria dizer é que ver você me lembrou a diversão de prever a aventura, um fogo breve, impulsionador como Áries é. Reverenciei e segui com você na lembrança e ri de novo quando vi, do alto da ladeira, a Praça Alzira piscando por conta de um poste defeituoso, o único que ainda resistia em meio ao aguaceiro. Queria que a gira fosse lá, ainda que por um instante, e assim atravessei a praça, colhi uma flor e subi nas asas da Coruja.
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lerbibliatododia · 2 months ago
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marianeaparecidareis · 2 months ago
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A HORA SANTA DE JESUS. [PARTE 01]
14 de junho de 1944.
EU DEUS.
«‘Se EU não te lavar, não participarás no meu Reino.»
“Alma que EU Amo, e todos vocês que EU Amo, ouçam.
SOU EU quem Falo com você, pois Quero passar esta hora com você.
“EU, JESUS, não os separo do Meu altar, mesmo que vocês cheguem a ele com suas Almas danificadas por feridas e doenças ou envoltas em cipós de Paixões que os Humilham em sua liberdade Espiritual, entregando-os, amarrados, ao poder da carne e seu rei: Lúcifer.
«Continuo sendo JESUS, O Rabino da Galileia, aquele a quem os Leprosos, os Paralíticos, os Cegos, os Obcecados e os Epilépticos chamavam em voz alta, dizendo: 'Filho de David, tem piedade de mim'. E O Rabino estende a Mão para alguém que está se afogando e pergunta: 'Por que você duvida de Mim?'
Eu continuo sendo JESUS, O Rabino que diz aos mortos: 'Levante-se e vá. Eu quero que você saia do teu sono de morte e do teu túmulo, e ande.’ E EU te devolvo aos que te Amam.
“E quem te Ama, ó Meu amado"?
Quem te Ama com um Amor Verdadeiro que não é Egoísta ou Mutável?
Que te ama com um Amor que não é Egoísta ou Ganancioso, mas cujo único objetivo é dar-te o que acumulou e dizer-te: ‘Toma. É todo seu. EU Fiz tudo isso por você, para que seja seu e você possa desfrutar’? Quem?
O Deus Eterno. E EU Devolvo você a Ele. Para Ele, que te Ama.
“EU não separo você do Meu altar. Pois esse altar é Minha cadeira de ensino, Meu trono e a morada do Doutor que cura todas as doenças. Deste lugar EU Te Ensino a ter Fé. A partir daqui, como Rei da Vida, EU Te Dou Vida. Daqui Me curvo sobre suas doenças e as Curo com O Sopro do Meu Amor.
“EU Faço ainda mais, Ó filhos. Desço deste altar e Saio ao seu encontro. Aqui Estou, na soleira destas Minhas casas, onde poucos entram e ainda menos entram com Fé Segura. Aqui Estou EU, uma figura de Paz, que Apareço em suas ruas, por onde vocês passam, Caídos, Envenenados e Chamuscados pela Dor, pelo interesse próprio e pelo Ódio. Aqui Estou, estendendo AS MÃOS para vocês, pois vejo vocês hesitando e cansados, sob o peso das pedras que vocês impuseram a si mesmos e que tomaram o lugar daquela Cruz que EU lhes entreguei para que fosse o seu apoio, como o pessoal é para o peregrino. Aqui Estou EU, dizendo a você: ‘Entre. Descanse. Beba’, pois Vejo você exausto e com sede.
“Mas você não Me vê. Você passa por perto; Você esbarra em Mim, às vezes por má vontade, às vezes pelo escurecimento da sua Visão Espiritual; Às vezes você olha para Mim. Mas você sabe que está sujo e não ousa chegar perto da Minha brancura como Hóstia Divina. Mas essa branquitude é capaz de ter pena de você. Conhecei-Me, homens, que desconfiais de Mim porque não Me conheceis.
"OUÇA!
QUERO sair da Liberdade e da Pureza que são a atmosfera do Céu e descer a esta sua prisão, a este ar impuro, para ajudá-lo, porque te amo.
Fiz ainda mais: Provei a vocês, EU Me livrei da Minha liberdade como DEUS e Me tornei escravo da carne. O Espírito de DEUS encerrado na carne, O Infinito encerrado num punhado de músculos e ossos, sujeito a ouvir as vozes desta carne, para a qual O Frio e O Sol, A Fome, A Sede e O Trabalho são aflições.
EU poderia ignorar tudo isso. Queria vivenciar as torturas do homem, que caiu do trono como inocente, para Te Amar mais.
“Isso ainda não foi suficiente para Mim. EU Queria - já que para sentir compaixão é preciso Sofrer o que aqueles por quem a compaixão é sentida sofrem - sentir o ataque de todos os Sentimentos, Sentir suas lutas, Compreender a tirania astuta que Satanás coloca em Seu Sangue, Entender como é fácil permanecer hipnotizado pela Serpente se baixarmos o olhar por um único momento em direção ao seu olhar sedutor, esquecendo-nos de viver na Luz.
Porque A Cobra não vive na Luz. Ele entra nos recantos sombrios que parecem repousantes, mas são apenas traiçoeiros. Para você essas sombras têm nome: Mulher, Dinheiro, Poder, Egoísmo, Sensualidade e Ambição. Para você eles eclipsam A Luz que É DEUS. No meio deles está A Serpente: Satanás. Ele parece um colar. Ele é a corda para estrangular você. EU Queria saber E VIVER isso porque te amo.
JESUS - CADERNO [02] MARIA VALTORTA.
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unnamedangelsz · 2 months ago
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YoU'rE ThE OnE
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Se não existe vida fora da terra O universo é um desperdício de espaço E ontem me senti acolhido quando ganhei o seu abraço E inocentemente eu quero segurar a sua mão Eu quero sentir o sopro da vida Eu olho para você para poder ver algo E quando olho para ti, eu vejo a verdade Você vive sua vida e também vive em sombras, disso compartilhamos Você trás uma luz para essa escuridão Você colore meus olhos com o que já não está lá Não quero te amedrontar Quero poder segurar sua mão enquanto olho para você Eu gosto de como você cantarola uma música que nunca ouviu Ou como você fica iluminado quando sorri E através desse universo, as palavras fluem Em piscinas cinzas com suas ondas de alegria quando derramam em nossas memórias E eu gosto de você Gosto dessas ruas nas quais as casas não mudam Gosto de matar tempo com você Onde podemos conversar horas sem ter o que dizer Até o sangue ficar azul e o nariz vermelho de frio E todos esses monstros Posso matar eles com você? A vida que levamos Quero poder te mostrar como o mundo pode ser mais bonito Se você me permitir E eu vejo nossas fotos antes de dormir Pedindo pra que eu esteja com você em algum lugar Sem raízes, vagar pela terra molhada Por mais que nada mude meu mundo Com você nele O céu tem mais cor. 01/09/24 V.I.K
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amor-barato · 1 month ago
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Eu não gostava do mês de dezembro porque era nesse mês que vinha o último boletim da escola, melhor pensar na quermesse do Largo da Igreja com as barracas das prendas e a banda militar tocando no coreto. Nesse sábado a minha mãe e Tia Laura foram na frente porque eram as barraqueiras, meu pai iria mais tarde para ajudar no leilão. Precisei fazer antes a lição de casa e assim combinei de ir com a Maria quando ficasse pronto o peru. Já estava escurecendo quando passei pelo jasmineiro e parei de repente, o que era aquilo, mas tinha alguém ali dentro? Cheguei perto e vi no meio dos galhos a cara transparente de Leocádia, o riso úmido. Comecei a tremer, A quermesse, Leocádia, vamos? convidei e a resposta veio num sopro, Não posso ir, eu estou morta... Fui me afastando de costas até trombar na Keite que tinha vindo por detrás e agora latia olhando para o jasmineiro. Peguei-a apertando-a contra meu peito, Quieta! ordenei, Cala a boca senão os outros escutam, você não viu nada, quieta! Ela começou tremer e a ganir baixinho. Encostei a boca na sua orelha, Bico calado! repeti e beijei-lhe o focinho, Agora vai! Ela saiu correndo para o fundo do quintal. Quando voltei para o jasmineiro não vi mais nada, só as florinhas brancas no feitio das estrelas.
Subi pela escada nos fundos da casa e entrei na cozinha. Maria embrulhava o peru assado no papel-manteiga. Andou sumida, ela disse e me encarou. Mas o que aconteceu, está chorando? Enxuguei a cara na barra do vestido, Me deu uma pontada forte no dente do fundo! Ela franziu a boca, Mas o dentista não chumbou esse dente? Espera que eu vou buscar a Cera do Doutor Lustosa, avisou mas puxei-a pelo braço, Não precisa, já passou! Ela abriu a sacola e enfiou dentro o peru:
-Então vamos lá.
Na calçada tomou a dianteira no seu passo curto e rápido, a cabeça baixa, a boca fechada. Fui indo atrás e olhando para o céu, Não tem lua! eu disse e ela não respondeu. Tentei assobiar, Nesta rua nesta rua tem um bosque e o meu sopro saiu sem som. Fomos subindo a ladeira em silêncio.
Lygia Fagundes Telles, in: Que se chama solidão
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bibsteixa · 2 months ago
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Eramos tão jovens...
Ainda me lembro da primeira vez que o vi, como se fosse ontem. Estavamos em pleno inverno, mas com o sol a raiar, e naquele dia viu naquele campo, ele apareceu como um sopro de ar fresco, no meio dos raios de sol.
Naquela noite, quando saí de casa, meus pensamentos estavam longe dele. Tinha outros planos, outras intenções. Mas bastou um instante, um olhar dentro daquele carro, e tudo mudou. De repente, o mundo ao meu redor desapareceu, e ali, entre faróis e sombras, meu olhar encontrou o dele. Nada mais importava.
Passado uns dias, uma simples mensagem apareceu na tela, e naquele instante, um olhar sincero de amor se transformou. Mal sabia eu que aquele pequeno gesto seria o início de algo muito maior, algo que mudaria nossas vidas para sempre.
Nosso primeiro encontro foi o mais mágico de todos. Enquanto o sol se punha, tingindo o céu de tons dourados e rosados, olhei para ele e vi aquele mesmo olhar que me encantou desde o início. Naquele momento, tudo pareceu perfeito, como se o universo estivesse conspirando para que nossos caminhos se cruzassem sob aquele céu em fogo.
Mesmo que o amor tenha existido apenas de um lado, nunca desisti de amá-lo com toda a intensidade que ele trazia em si. Era essa loucura, essa paixão desmedida, que o tornava único, diferente de tudo e de todos. E ainda hoje, ele continua a se diferenciar. A cada batida do meu coração, sinto-o bater mais forte por ele, como se esse amor, mesmo unilateral, fosse a única verdade que conheço.
Em tão pouco tempo, ele conseguiu me fazer sentir coisas que eu jamais imaginei. Mesmo sem me amar, o que tínhamos era algo especial, algo que mantinha a chama acesa entre nós. Não era amor, mas era intenso, real e verdadeiro à sua maneira. E mesmo sabendo que nossos corações não estavam alinhados, o que vivemos foi único, algo que ficará marcado em mim para sempre.
Nunca o deixei partir da minha vida porque, no fundo, sempre mantive a esperança de que um dia nossos caminhos se cruzariam novamente, mas desta vez para nos amarmos de verdade. Sinto que somos almas gêmeas, destinadas a estar juntas, mesmo que em corpos distintos e em tempos diferentes. E é essa certeza que me faz acreditar que ainda teremos a chance de viver o que sempre soubemos que poderia ser. Cada olhar, cada toque dele me faz viajar para um lugar onde me sinto mais segura do que nunca. É como se, em cada gesto, ele criasse um refúgio onde o mundo lá fora não pudesse nos alcançar. Com ele, encontro uma proteção que nunca havia sentido antes, uma sensação de estar exatamente onde devo estar.
Quatro anos se passaram, mas quando nossos olhares se cruzaram novamente, foi como se o tempo nunca tivesse existido. Tudo voltou num instante: a conexão, o carinho, e aquela sensação indescritível de que algo maior sempre nos uniu. O reencontro não foi apenas um encontro de corpos, mas de almas que, mesmo separadas pelo tempo, nunca deixaram de se procurar. Estávamos diferentes, mais maduros, mas a essência do que sempre fomos permaneceu intacta, esperando por esse momento. Quando soube de tudo o que ele passou, senti como se o chão tivesse desaparecido sob meus pés. Foi doloroso perceber que, mesmo querendo estar ao seu lado, não pude ajudá-lo a ultrapassar aqueles momentos difíceis. Uma parte de mim se culpa, como se eu o tivesse abandonado, mas a verdade é que éramos tão jovens, e as circunstâncias nos afastaram. Nunca foi minha intenção deixá-lo sozinho, e essa distância ainda pesa no meu coração.
Quando ele desabafou comigo e me contou tudo o que estava passando, isso me deu uma força imensa para querer ajudá-lo. Foi como se, ao compartilhar seu peso, eu também carregasse um pouco da sua carga. Por isso, tentei sempre manter um contato próximo, mesmo sabendo que era difícil. Ambos estávamos em relações que não eram verdadeiras, e o que realmente importava que o nosso coração só pertencia a nós mesmos. A distância e as circunstâncias tornaram isso desafiador, mas meu desejo de estar ao seu lado nunca diminuiu.
Sinto um peso imenso no coração quando penso naquela noite, 12 de julho, e em como não atendi as tuas chamadas. Agora, me pergunto se aquelas ligações eram pedidos de ajuda, sinais de que estavas precisando de mim. O arrependimento me consome, pois gostaria de ter sido a pessoa que tu precisavas naquela hora, e não consigo deixar de me perguntar como as coisas poderiam ter sido diferentes se eu tivesse atendido.
Depois de uma semana, descobrir que tinhas desaparecido sem deixar nenhum rastro foi como um golpe inesperado. Não havia sinais, nem pistas de onde procurar, e a sensação de impotência foi esmagadora. A ausência repentina e o vazio deixado foram como um enigma sem solução, deixando-me perdida e sem saber como seguir em frente.
Depois de semanas em que estavas desaparecido, eu precisava de ti, porque o meu relacionamento tinha acabado e tu sabias bem como ele tinha sido. Sentia-me sozinha e desamparada, e o que eu mais precisava naquele momento era do teu conforto e carinho. Não era sobre o passado ou o que tivemos, mas sim sobre a tua presença que sempre me fez sentir segura. Precisava do teu apoio, do teu abraço que sempre me transmitiu paz e segurança, especialmente agora que me encontrava tão vulnerável. Só queria sentir aquele conforto que só tu sabias dar. Com o tempo, acabei por perceber que o término foi a melhor decisão. No início, foi difícil aceitar e lidar com a dor da separação, mas aos poucos compreendi que era necessário para o meu bem-estar. A relação já não estava a fazer-me bem, e, ao afastar-me, consegui reencontrar a minha paz e ver as coisas com mais clareza. Hoje entendo que foi a escolha certa, mesmo que tenha doído no início.
O maior problema para mim foi saber que estavas tão longe e sem qualquer notícia sobre ti. Não era só o desaparecimento, mas sim o facto de não saber se estavas bem, em segurança, ou para onde tinhas fugido e o motivo dessa fuga. A tua ausência e o silêncio deixaram-me preocupada e cheia de incertezas. Precisava de alguma resposta, uma palavra que fosse, para saber que estavas bem. Não ter nenhuma explicação ou sinal de ti foi o que mais me angustiou.
No dia 30 de agosto, fui ver aquele que era o nosso cantor favorito, aquele que aprendi a gostar por tua causa. Cada música que ele cantou trouxe-me um turbilhão de memórias, porque todas me lembram de ti e dos momentos que partilhámos. Mas quando ele cantou a nossa música, 'Antes do Sol Nascer', não consegui segurar as lágrimas. Foi impossível não me emocionar e tudo o que consegui fazer foi chorar e pedir a Deus que te trouxesse de volta para os meus braços. Naquele instante, tudo o que eu queria era ter-te ao meu lado novamente, sentindo o mesmo amor de antes.
Durante os meus dias, não há um momento em que não pense em ti. Estás presente em todos os meus pensamentos, de manhã até à noite. Quando vejo o pôr do sol, lembro-me de ti e dos momentos que partilhámos. Quando vejo motas na rua, é impossível não pensar em ti, porque foi graças a ti que comecei a gostar de coisas únicas e especiais. Cada pequeno detalhe me faz lembrar de ti. Não desisti da faculdade porque foste tu que sempre me incentivaste a ser alguém melhor, a lutar pelos meus sonhos. És uma parte de mim em tudo o que faço e sinto.
Já se passou um mês desde a última vez que os nossos olhares se cruzaram, e a tua ausência tem sido difícil de suportar. Sinto-me desamparada, sem saber onde procurar, sem saber por onde andas e como estás. Cada dia que passa, fico perdida, tentando imaginar onde poderias estar e se estás bem. A incerteza de não saber o que se passa contigo deixa-me inquieta e triste. A tua ausência criou um vazio que parece impossível de preencher, e tudo o que queria era ter um sinal teu para saber que estás seguro.
Nunca deixei de te amar, porque és o homem da minha vida. Desde o primeiro dia em que os nossos olhares se cruzaram naquele dia de inverno, soube que eras especial para mim. A cada dia que passa, o meu amor por ti só cresce. Apenas queria poder ir buscar-te, estar ao teu lado e ajudar-te a ultrapassar todos os teus problemas. Queria oferecer-te o amor e o apoio que nunca recebeste antes, e mostrar-te o quanto significas para mim. O meu desejo é estar contigo, amando-te e cuidando de ti da forma mais profunda e sincera que consigo.
Estarei à tua espera pelo tempo que for necessário, porque, afinal, o verdadeiro amor é isso mesmo. É ter paciência, entender que cada um precisa do seu tempo e estar disposto a esperar, mesmo quando a espera é longa. O que sinto por ti é profundo e verdadeiro, e estou disposta a enfrentar qualquer desafio para estar ao teu lado quando estiveres pronto. O amor que sinto por ti é mais do que apenas palavras, é uma promessa de estar aqui para ti, independentemente do tempo que leve. O verdadeiro amor é esperar e acreditar que, um dia, estaremos juntos novamente.
Nunca haverá ninguém que ocupe o teu lugar na minha vida. Serás eternamente o meu motorboy, aquele que marcou a minha existência de uma forma única e insubstituível. O amor que sinto por ti é profundo e duradouro, e vou amar-te até ao meu último suspiro. A tua presença, o teu jeito, e tudo o que vivemos juntos fazem parte de mim para sempre. Independentemente do que aconteça, o teu lugar no meu coração está reservado e será sempre teu.
A tua bibs 🏍️
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aprendizmestre · 3 months ago
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Elionay o Grande: - Sim sou então volte a sua casa você estará segura… Amy: - mataram meus pais e minha vila toda está contra me por causa que o rejeitei o Linter… Elionay o Grande: - Suba em meu cavalo… Ela subiu e vai ao reino de Elionay o Grande… O novo inimigo Vos Filipe o Belial Sequência.8 o objeto de cena o novo inimigo Vos Filipe o Belial plano de fundo com o objeto de cena. Filipe Vos o Belial ascendeu ao Trono de Belzebu no Inferno o único que ainda restou e está destruído toda a terra e fechou todo o céu para ninguém e nada ficar em seu caminho e os outros parentes de Amy que são seus tios e suas avós e avôs e primos tentam fugir e estão todos procurando um esconderijo… A derrota da terra Sequência.9 O objeto de cena a derrota da terra plano de fundo com o objeto de cena. A terra e os seu exércitos são derrotado e os deuses não podem os ajudar… Porque somente um mortal poderia entrar e sair e tentar tirar a barreira para os deuses fazer alguma coisa mas só que não mortal nenhum nos céus porque a terra é toda dos homens… E a cada dia Vos destrói mais e mais e não para sua onda de destruição até o fim e os seus exércitos estão destruídos com seus poderes toda a terra… Amy a mortal Sequência.10 O objeto de cena a amy a mortal plano de fundo com o objeto de cena. Amy descobre o que está acontecendo na terra e fala com Elionay o Grande que ela pode entrar na terra contra essa barreira… Amy: - Eu posso você os deuses o bem maior vencerá… Elionay o Grande: - Não tão fácil assim… Amy: - Porque qual é problema eu sei que o Zeus Elionay o Grande e Aba estará do meu lado o que eu temerei? Elionay o Grande: - Não é porque é porque… Você não ´´e treinada em luta eles podem de matar… Amy: - Então me treine… Elionay o Grande: - Não é isso… Amy: - É porque eu sou virgem e uma virgem não faz isso!!! Ela grita e está chorando… Amy: - Se sou virgem preciso de um homem mas o homem que me amou matou meus pais me humilhou e agora que quero lutar porque acredito você me humilha pois se eu não fosse virgem você me treinava… Elionay o Grande: - Não é por isso? Amy: - É porque sou uma virgem e uma mulher fraca e jovem e uma mulher mas se eu não lutar quem lutara? Elionay o Grande: - Tudo bem eu de treino… O treinamento Sequência.11 O objeto de cena o treinamento plano de fundo com o objeto de cena. Elionay o Grande deu o sopro da imortalidade para Amy e invocou ao um espírito que é chamado de Metrion e o formou a Ela… O seu corpo era imortal e podia voar e tinha uma onipotência… Elionay o Grande ensinou Amy a usar uma espada e por muitas vezes ela caiu no chão mas ele a ensinou quando cair ficar invisível e depois projetar uma lança e depois fez ela se transforma em toda de fogo fazer que a espada tenha uma proteção de fogo e depois ele ensinou ela a voar… Elionay o Grande: - Agora voe e tente explodir o seu inimigo com a espada de fogo você também pode usar seus olhos sua boca e sua mãos… Ela usar a mãos e solta uma rachada de fogo e olhos ela faz um campo de fogo e Elionay se protege se tele transportando… Ele ensina a se manifestar no céu com os olhos nos céus e em qualquer lugar e ficar sobre as aguas e fazer que o cavalo branco com asas voe e siga suas ordens… Elionay o Grande: - Voe junto comigo… Amy: - Eles voam… E Elionay o Grande faz ela fazer uma fogueira e gerar uma leoa que mata muitos inimigos que são de pedra que ele forjou… Em seguida ele ensina poder áurea da vida um e dois e três e quatro e cinco e luz da vida… E ensina a se tele transporta com os olhos e forjar uma espada se a sua tiver sido destruído e ensino o caminho da força e lutar usando a força dos cosmos e o poder do tempo e espaço…
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