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Tarantino Sounds: uma tarde recheada de shows, dj set e cerveja
Sábado, dia 26 de janeiro, o bairro do Limão recebe a terceira edição do festival Tarantino Sounds, organizado pela cervejaria Tarantino, com direito a shows, dj set, food truck, flash tattoo e um total de 9 cervejarias com fabricação própria dentro de SP.
No palco, a banda Mel Azul (que surgiu em 2008 como uma banda de rock instrumental psicodélica), apresenta seu segundo álbum, “Bonde do Esgoto” com seu estilo totalmente reinventado, viajando pelo rap, pop, e funk norteamericano. Tratando de temas sociais e culturais da modernindade, os integrantes se revezam nos vocais enquanto deixam escapar sua essência psicodélica nos timbres e deboche próprio.
A tarde contará também com a aclamada Molho Negro, banda que faz um dos shows mais legais da cena alteranativa atual apresentando seu recém-lançado segundo disco sem medo dos efeitos do tempo e maturidade em suas composições. A angústia e a raiva continuam com seu lugar garantido, a diferença é que os questionamentos são outros: sai o teenage drama, entra “o choque absoluto de viver em um país brutal e desigual, em um tempo e espaço marcados por egoísmo, violência, consumismo e darwinismo social” (e tão errado?). Encontramos nesta nova fase uma série de mini-manifestos como as faixas "Classe MédiaLoser", "SUV", "Mainstream" e "Ansioso, Deprimido, Entediado" que refletem o momento sombrio e sem perspectivas permeado pela tensão social generalizada.
E, entre um gole e outro, a discotecagem do festival fica por conta da dupla de djs Debbie Hell (Debbie Records) e Honey Pye (Cansei do Mainstream). A dupla de produtoras de festas e conteúdo musical (blogs, programas de rádio, cobertura de shows) se revezará na abertura, fechamento e intervalos de show selecionando músicas de seu universo.
O evento ainda contará com diversas atividades como street basketball, fliperamas, futebol de botão e o pessoal da Devaneio Tattoo com um flash especial.
Evento acontece entre 12h e 21h, a entrada é gratuita e os chopps de 300ml variam entre R$10,00 e R$15,00. As cervejarias participantes são: Nacional, Vortex, Goose Island, Capitão Barley, WOT, Van Der Ale, Avós, Dogma e Tarantino.
Nos vemos lá: Rua Miguel Nelson Bechara, 316. Bairro do Limão.
#cervejaria tarantino#molho negro#mel azul#tarantino sounds#debbie records#cansei do mainstream#fest#festival#SP#feriado
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Cenário Pop Nacional, Geração Tombamento e o Método RuPaul
Não faz muito tempo, mas quando MC Anitta se lançou nacionalmente como Anitta, por meio do hit “Show das Poderosas”, não demorou muito para que ela fosse consagrada como a Rainha do Funk. Ai começou um movimento para deslegitimar esse título, ao se exaltar as rainhas precursoras do funk, como Tati Quebra-Barraco e Valesca, além de se fabricar uma rixa entre Anitta e, na época, MC Beyoncé. Pouco tempo depois, quando MC Beyoncé se tornou Ludmilla, a rixa se direcionou para a novata Lexa. Mas essas rivalidades nunca foram novidade na música brasileira, basta lembrarmos de Sandy e Wanessa (Camargo), Ivete Sangalo e Claudia Leitte e até mesmo Gal Costa e Maria Bethânia já foram postas em campos opostos de um ringue.
Dizem que esse fenômeno é bom para as vendas e fomentam o crescimento de um cenário musical. O que seria da cena pop feminina nos EUA e no UK sem as rivalidades reais e produzidas entre elas? Quem pode negar o quanto de recursos de todas as ordens se movimentam nessa dança de cadeiras estadunidenses e britânicas? O fato é que essas rivalidades não têm mais se sustentado no Brasil e esse método, como forma de criar um cenário pop, se tornou ultrapassado, mas só agora outras perspectivas estão sendo experimentadas, sejam de propósito ou sem querer.
Quem acompanha o pop nacional sabe que bons artistas do gênero sempre tivemos. O que nunca tivemos muito claro foi um cenário pop onde esses artistas pudessem permanecer e desenvolver um circuito consistente. E esses cenários efêmeros que surgiam e depois desapareciam eram sempre monopolizados por dois ou três artistas de “grande porte”. Mas há um cenário muito diferente se instalando hoje no Brasil, propiciado pela Internet, pela Geração Tombamento e pela (enfim) autoestima perante o pop internacional.
A Internet se tornou um espaço de trânsito, que tem permitido vários encontros. Nos primórdios do saudoso Cansei de Ser Sexy, a banda por vezes reclamou do fato de que, no Brasil, não existe um espaço meio-termo para os artistas: ou você é super famoso ou você é um artista local/regional. Não existia um espaço que apenas não fosse mainstream, porém fosse nacional e alternativo. Esse espaço, porém, era garantido ao CSS lá na gringa. A Internet inaugura ou expande esse espaço no Brasil e faz com que a gente descubra artistas pop que, sem ela, nós jamais conheceríamos. Mas mais que criar espaço, a Internet permite produzir arte, simplifica o processo criativo e de execução. Video clipe já não demanda 100 mil reais para sair do papel; lançar EP já não precisa de selo; divulgação já não precisa (tanto) de TV e rádio.
E com a geração que cresce aprendendo a ocupar esses novos espaços, surge também uma politização que, pro bem ou pro mal, se torna o tom da juventude do século XXI. Vivemos a Terceira Onda do Feminismo, a ascensão dos direitos LGBTs no mundo, as tentativas de rompimento com padrões do corpo e o alastramento da luta Negra. Ao mesmo tempo, uma esquerda esfacelada, uma ausência de heróis e líderes políticos, bem como o ressurgimento do obscurantismo repressor, que achamos que não alcançaria nossa geração ingênua. Não existe mais um Feminismo, mas feminismos; nem cartilhas únicas de expressão da negritude, mas várias formas de ser negro; nem há mais pretensões de se criar um Movimento LGBT consensual. De forma pontual, todas essas bandeiras e discursos se manifestam no Tombo. O Tombamento se torna uma das formas mais materializadas de ocupação de espaços, de diálogo entre as manas e minas, mas também briga e afronta.
Assim, o surrado método de fabricação de rivalidades no pop parece não encontrar terreno tão fértil nessa nova geração de consumidores. A interseccionalidade abre caminho no pop, pois os espaços de domínio de um artista se cruzam com os espaços daqueles que deveriam ser seus concorrentes. Isso também se deve ao fato de que a chamada “apropriação cultural” se tornou evidente no processo de produção, então mesmo que na Era do Digital, onde a ideia de autoria é cada vez mais algo do passado, a apropriação será apontada, mas não evitada. E não se conseguindo evitar, os artistas terão que se relacionar de forma mais íntima (ou ao menos fingir) com a coisa apropriada e, portanto, fará mixagens com cenários que, até então, estavam isolados. Antes era fácil se apropriar quando o apropriado não tinha voz eloquente pra reclamar, mas agora que essas vozes se erguem, a apropriação terá que fazer concessões e, uma delas, é a ampliação do cenário artístico.
Então não faz sentido que a rapper lacradora seja a rival da funkeira feminista, que é rival da travesti militante, que é rival da drag queen festiva... Esses espaços não se cercam mais e os públicos já não são mais disputados, porque a rapidez com que esse público se move não acompanha a espera de um novo álbum, novo clipe, novo single. É um público que se move para quem lançar primeiro. Não há como manter a produção nesse nível de velocidade sem que haja colaboração entre os artistas e, por conseguinte, sem que se funde, finalmente, o cenário onde o público possa permanecer experimentando todos os lançamentos de uma só vez. Não há como criar o curral restrito do artista X e o curral do artista Y, porque na Era do Digital a tendência é, ou o público força a fusão dos currais, ou “ganha” o “melhor” curral, que também está fadado a desaparecer se não houver um terceiro curral, ou um outro cenário para fugir – não a toa aquela cantora foi do pop romântico, ao eletrônico de boate LGBT e acabou no sertanejo: porque não há com quem competir e também porque a própria ideia de competição se contradiz com a ideia do Tombo. Embora por vezes não pareça, pra tombar é preciso ser adepto da filosofia Ubuntu: expressão africana que de forma geral não admite o avanço de um indivíduo sem que todos os outros avancem juntos.
Então vemos hoje uma porrada de colaborações e encontros entre os novos artistas pop do Brasil. Se não é por meio do “featuring”, é por meio do compartilhamento do mesmo palco, ou pelo prestígio assumido que um artista expressa pelo outro, ou tudo isso junto. E ai, numa feliz coincidência (ou não), o espaço da Internet, que propicia o Tombo se esbarram com o reality show estadunidense RuPaul’s Drag Race, que já se encontra na sua nona edição, mais duas edições especiais. Sem a Internet, seja por conta da pirataria ou da Netflix, o Brasil não teria acesso quase massificado do reality e não veria o crescimento e bifurcações do cenário drag nacional e do amplo reconhecimento desse tipo de performance como arte. É desse cenário que surge quase metade das artistas pop nacionais que desfrutamos hoje.
Assim, o que podemos chamar de “Método RuPaul”* se cumpre pelas bandas de cá. E o que seria esse método? Seria o Ubuntu. RuPaul poderia seguir a vida sendo a mais famosa drag queen dos EUA, afinal, nenhuma outra drag no mundo havia conquistado tanto sucesso como ela, em tão diversificadas formas, como música, cinema e TV. Mas com o Drag Race, RuPaul provou que é muito menos eficiente seguir sendo a única grande drag queen de seu país, ao invés de ser uma das grandes drag queens do mundo. Nesse movimento, RuPaul criou um cenário e abandonou o curral. Não precisa de muito esforço pra se pensar nos benefícios que se tem quando se divide a coroa, ao invés de detê-la só para si e arriscar ser rainha de um reino solitário.
Se você é a única drag queen com acesso ao mainstream** isso significa que o público médio terá acesso a apenas uma forma de drag queen, por mais que a artista se reinvente. Assim, dois possíveis cenários podem ser previstos: uma outra drag queen poderá roubar seu espaço por completo, ou o público simplesmente se cansará de drag queens. Na primeira hipótese, o que se observa é que, como o público só tem acesso a um tipo de drag queen, para ele fará pouca diferença de quem é a drag queen que ocupa o espaço de destaque. Ele consumirá a arte da drag queen não porque ela tem uma identidade própria, mas apenas por ela ser drag queen. Ou seja, ela será substituível, porque o público se limitará a consumir a arte drag dentro da limitação de que basta haver uma caracterização e uma performance para ser considerado drag. Logo, não faz diferença sobre quem é o artista por traz da performance, pois o consumo não se dará pela unicidade do artista, mas pela performance em si.
A outra hipótese é de que, dada a previsibilidade da arte drag, devido a ideia equivocada do que é drag, o público se cansará e dará espaço a outro tipo de novidade. Quando RuPaul cria um cenário em que há espaço para várias formas de drag, o público percebe que ele não precisa sair em busca de um novo tipo de expressão artística pela exaustão da arte drag, mas sim se deparar com novas formas de drag e, cada dia mais, se apaixonar por formas diferentes de drag. Esse método permite que o público compreenda muito melhor o que é a arte drag, além de ser uma maneira de formar público fiel e, cada vez mais, exigente. Ao passo em que se cria a demanda por mais artistas, havendo assim a sensação (ou ilusão) de que há espaço para todas.
Ou seja, “eu sou fã da drag X não por ela ser drag, mas por ser uma artista X, que me proporciona experiência X” e, a partir disso, eu percebo que a experiência X não é melhor ou maior que a experiência Y, mas sim que são experiências diferentes. Por fim, percebo que quanto mais experiências eu puder ter, melhor.
Assim, pra quê fabricar a rivalidade entre Gloria Groove, Lia Clark, Aretuza Lovi e Pabllo Vittar se agora eu sei que cada uma pode me dar uma face diferente de drag, que a outra não vai me possibilitar? E qual a razão de rivalizar de Mulher Pepita, Linn da Quebrada, Candy Mel, MC Xuxu e Liniker, se cada uma delas me expõem formas diferentes de compreender o gênero? Por que motivo Karol Conká, IZA, Rico Dalasam e MC Carol, que sequer fazem o mesmo som, não podem andar juntas alargando o entendimento de negritude e de feminino? E por que Anitta não pode cantar Ludmilla num show, ou se espalhar no samba, no sertanejo e no reggaeton? Como não identificar em Jaloo e na Banda Uó uma tentativa original de Pop? E como negar que gêneros brasileiros como o funk, o tecnobrega, o forró e o sertanejo se atravessam de tal forma, que acabam criando um cenário pop único e de forte identidade nacional, fazendo com que os gringos, ao se apropriarem das nossas produções, passem a nos dar os devidos créditos?
Seja como for, o pop nacional provou nessa década que ele pode ser potente, sem precisar referenciar o pop internacional, por meio do reconhecimento de seu potencial interno e pela formação espontânea de público cativo. Um público que já não precisa escolher ou entrar em torcidas organizadas. O pop nacional, possivelmente, nunca havia experimentado a possibilidade de se manter consistente, basta que saibamos que isso é fruto da união e reconhecimento de todas as formas abrasileiradas de se fazer pop. Que não esqueçamos o cenário que ajudamos a construir, afinal, muito nos custou para chegarmos até aqui. Ubuntu!
* O que eu chamo de “Método RuPaul” seria a ação ou movimento de se criar um cenário onde o artista possa se desenvolver por si mesmo, sem precisar formar um público próprio, mas sim oferecer algo único a um público já formado para o seu tipo de arte. Dessa forma, o artista só precisa ser responsável por sua própria estética e não pela manutenção do cenário como um todo, pois este será mantido pela colaboração dos artistas e do público que dele fazem parte e convivem.
** Para RuPaul, a arte drag jamais será mainstream, no sentido de que o mainstream é um cenário que torna a arte homogênea e como a arte drag é justamente uma oposição ao status quo, esse tipo de arte jamais poderá ser mainstream.
#anitta#ludmila#gloriagroove#liaclark#aretuzalovi#pabllovittar#mulherpepita#linndaquebrada#candymel#mcxuxu#liniker#karol conka#iza#rico dalasam#mccarol#popnacional#culturapop#rupaul#dragqueen#funk#rap#ubuntu#jaloo#bandauo
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Bliss - Dia 20-21
O velório foi hoje na nossa antiga gravadora. Vimos bandas que tocava com a gente antigamente, como os Mass e o Fusion. Nós dividiamos palco há 4 anos atrás e agora estamos aqui velando um corpo. Quando a filha do Mark apareceu eu tive que sair para chorar e não entrei mais. Eu deveria dar forças para o pessoal, mas porra não dá. Nossa turnê foi cancelada e o nosso baterista, o Van, anunciou o fim da banda. Decidi ficar mais no meu canto, cansei de polêmica e gente no meu pé, isso tudo me cansou. O mainstream me cansa, fodam-se todos.
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São João de Mentirinha pode se tornar uma cidade de verdade
[caption id=“attachment_108” align=“aligncenter” width=“1024”] São João em São João. Foto: Cartógrafos de Meriti.[/caption]
O Formigueiro das Américas. Mais de meio milhão de pessoas acomodadas num espaço que cabem trezentas e dezoito mais um bode. Há quase dez anos atrás o mestre das rimas Slow da BF batizava São João de Meriti como “São João de Mentirinha” - e até hoje não houve verdade suficiente para derrubar esse nome. O também MC e também meritiense Mon-Ra fez até uma música com esse nome.
Após um prefeito pavoroso do ponto de vista da cultura, que manteve uma secretaria sem verba e no final da reta a tornou uma subsecretaria, eis que agora habemus Secretaria de Cultura. Meu primeiro encontro com a nova gestão foi tão trágico que durou cinco minutos ou menos. Apesar de ter secretaria, não há propostas sólidas, não há ainda nenhum canal de escuta e decisões já começaram a ser tomadas sem sequer consultar publicamente o Conselho de Cultura, a sociedade, as pessoas impactadas pelos projetos mantidos a trancos e barrancos pela gestão anterior… Meu primeiro contato foi, veja só, pra registar o óbvio: que a gestão anterior deixou tudo abandonado.
Gente, 2017, vamos virar a folha.
A quem interessar possa, vale a pena falar um pouco do que é a cultura de São João de Meriti - pelo menos vou contar um pouco da que conheço, afinal certamente vai muito além dos parágrafos abaixo.
A cidade tem(tinha?) uma das principais rodas de rima do estado do Rio de Janeiro, a RCPS (Roda Cultural da Praça do Skate). A galera começou sem nenhuma grande ambição, até que se tornou coletivo, tomou forma e hoje realiza até festas fechadas. Inclusive tiveram que sair da Praça do Skate “por razões de segurança” e se mudar para a Praça dos Três Poderes.
Coelho da Rocha é praticamente o berço da MPB (Música Popular da Baixada). Alguns dos principais artistas dessa geração moram no bairro e se encontram por lá pra desenhar seus shows, que já passaram nos principais palcos da Baixada (Todos os Sescs e demais espaços públicos), pelo Centro do Rio e até pela Zona Sul. O Jardim dos Estranhos é uma verdadeira casa para os apaixonados pela arte na cidade.
Não se iluda com o Parque de Eventos. O lugar já fez até freelancer de lixão. Empurraram goela abaixo a ideia de Rodeio em pleno século XXI e apesar de reunir milhares de pessoas, os grandes eventos com artistas do mainstream, sem valorizar os artistas da cidade e de toda a Baixada, foram alvos de críticas.
No tal Parque de Eventos existe ainda um Circo, mantido pela galera do Se Essa Rua Fosse Minha. O espaço foi cedido por dez anos pra ong utilizar. Esse acordo aconteceu durante a gestão anterior, quando a subsecretaria ainda era secretaria e houve essa construção de legado pra cidade. Sempre tive o Se Essa Rua como um grupo sério e bom de diálogo. Apesar da localização difícil para usuários de ônibus, trata-se de um espaço de fácil acesso de carro e que tem todas as condições de se tornar um polo criativo para o entorno e receber espetáculos de interesse para toda a cidade.
No Centro acontece o Cineclube de Guerrilha, ponto de encontro do Cinema de Guerrilha da Baixada que atrai intelectuais de toda a região. Suas sessões acontecem no Bar do Caramujo, na ciclovia. O CGB está no Mapa de Cultura do Estado e já foi palco de diversos artistas da Baixada, além de trazer nomes nacionalmente conhecidos para acompanhar as sessões.
A região do Eden tem duas batalhas de rap. Há um coletivo em ascensão, a Rosa Gang, formada por jovens do próprio bairro que desejam se organizar para fazer música e flertar com coletivos além do hiphop. Essa turma tem revelado alguns MC’s que em breve vão despontar no cenário carioca do rap.
Gente, e as bandas?
São João de Meriti tem várias bandas de diversos gêneros. Lisbela, Pornograma, Gente Estranha no Jardim… Isso pra não montar uma lista gigante de nomes. Inclusive São João de Meriti já foi palco de grandes bandas do rock nacional. De Ratos do Porão a Pitty, muita gente bem famosa já veio se apresentar por aqui.
A cidade tem também alguns grandes nomes na cena cultural nacional. Minha família, inclusive, é fã do Paulinho Gogó - cria da Venda Velha. Também abrigamos Serginho Meriti, famoso pelas suas parcerias com grandes nomes do samba. O rapper Slow da BF é uma das personalidades meritienses que já foi parar na TV por razões artísticas. O poeta Lasana Lukata é da cidade e facilmente encontrado pelas ruas meritienses. Famoso internacionalmente como vocalista da banda Confronto, Felipe Chehuan é cria de São João de Meriti. A cidade também trouxe ao mundo Wesley Brasil, mas este já não é lá muito famoso. Vida que segue.
São João de Meriti tem grandes possibilidades para a cultura do estado. A Escola de Música no Centro (que nos dois minutos de papo me disseram que vai se mudar para o Centro Cultural na Praça dos Três Poderes) é um ponto extremamente estratégico para ações de impacto. Na rua do Sesc, a dois minutos do metrô, na frente do principal ponto de ônibus da cidade, até hoje nenhuma gestão meritiense foi capaz de extrair todo o potencial do lugar. Calma, alguns vão dizer que já aconteceu muita coisa por lá e eu concordo. Inclusive conheço os últimos administradores do espaço. O lance é que sem recursos, todos fizeram o que puderam, mas a cidade não abraçou o lugar como merece. Oras, sou meritiense, cansei de perguntar pras pessoas se elas sabiam o que era o local e raros souberam responder.
Por falar em Escola de Música, a galera da Orquestra Sinfônica de São João de Meriti é motivo de orgulho para a cidade. Inclusive ela é o núcleo do espetáculo Cem Violinos, que lotou a finada Via Show - mas não vamos falar desse lugar, que na minha opinião deveria ser invadido pelos artistas, ocupando o espaço com oficinas e atividades culturais, tipo o OcupaMinC mesmo.
É por conta de tanta diversidade que não consigo aceitar menos do que um planejamento sério, que congrega os diferentes atores da cena cultural meritiense. Preciso reforçar: MEIO MILHÃO DE HABITANTES. É muita gente sedenta por uma cidade melhor.
A população meritiense é sedenta por cultura perto de casa. Existem vários estudos de caso, como a sala de leitura que funciona dentro do McDonald’s da Rua da Matriz, inaugurada durante o Flidam. Existe também uma sala de leitura no clube Cubiça, também no Centro de Meriti. O Felipe Chehuan escolheu o Jardim Meriti pra inaugurar seu pub, o Gato Negro, que segue padrões internacionais. O “Prédio dos Gatinhos” no Vilar dos Teles estava abandonado até que resolveram colocar um forró e várias festas no lugar. O meritiense quer ver a sua cidade acontecer e isso precisa ser reconhecido.
A cidade precisa urgentemente de diálogo. É fundamental que a nova gestão procure a todos, sem exceções, para conversar. São João de Meriti não pode mais ficar tão atrás de Caxias e Nova Iguaçu. Existem muitos artistas na cidade e essa rede ainda não está formada. Trata-se de uma classe que ainda não se conhece tão bem quanto em outras cidades vizinhas e a nova gestão municipal pode tirar uma vantagem positiva disso, tornando-se o elo entre estas pessoas.
O Conselho de Cultura, reuniões setoriais e tantas outras ferramentas podem servir de ajuda. Não estou falando de editais (ainda), afinal o primeiro passo é a organização pra chegarmos onde tivermos que chegar.
Prefiro acreditar que meus dois minutos de conversa tenham sido apenas um equívoco. Meu trabalho é suficientemente consistente para não ser chamado de “sensacionalista” ou algo assim, por isso me sinto à vontade em escrever isso aqui. Gosto de um bom diálogo, não sou chapa branca e não faço campanha pra nenhum político. Nunca fiz, inclusive.
É que me dói ver que as cidades vizinhas já estão se organizando enquanto a minha cidade ainda prefere perder tempo denunciando o óbvio. A gente sabe que tá difícil sim. Todo mundo sabe, inclusive, que a pasta de cultura não tinha verba mesmo.
Os novos gestores têm uma oportunidade nas mãos. Eles podem acabar com a mentirinha.
Quero morar numa São João de Meriti de verdade.
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The Go! Team’s “Semicircle Song”
For fans of Architecture In Helsinki, The Polyphonic Spree, Stars, Cansei de Ser Sexy, Los Campesinos!, !!!, The Apples In Stereo, Clap Your Hands Say Yeah, The Pains of Being Pure At Heart, Hot Chip, The New Pornographers.
British indie band The Go! Team have been doing their thing ever since they broke into the mainstream with their 2004 debut album Thunder, Lightning, Strike. Their music is a blend of cheers, chants, hip-hop verses, global and temporal samples and more. High energy has always been the name of the game for this U.K. troupe led by front woman vocalist Angela Won-Yin Mak, aka Ninja. Their recently released album Semicircle is a continuation of what the band started years back. While their sound may have developed in production quality and has broadened in range, Ninja and crew still have the same bite and energy that made them stand out all this time!
sharing is caring.
featured on lechuga mix 2018/01 - http://bit.ly/lechugamix2018-01
Apple Music - http://bit.ly/lechugamix201801applemusic
Spotify - http://bit.ly/lechugamix201801spotify
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Pra quem tá cansado de 2017, vem dar um pulinho em 1967 <3
Sabe quem é esta? (foto meramente ilustrativa)
Eu pausando meu Black Rebel Motorcycle Club para não só falar, ouvir como DESTACAR algumas faixas da coletânea “Verão do Amor” que a Joy, do blog Cansei do Mainstream, outra embaixagata, lançou ontem.
Esta é a Joy:
Não que seja da conta de alguém, mas as fotos são de uma festinha meio delirante que a gente fez, por isso as legendas absurdas.
Não vou explicar tudo, vcs que vão lá no blog da Joy pq, pelamor de deus, 4h da manhã e eu tô com 2 textos atrasados, nem tinha que tá aqui, mas tava a fim de ouvir 60′s e quis unir o útil ao minimamente responsável.
Também não vou falar de todo mundo. São 46 fucking bandas independentes, e vai ter um monte de coisa hippie que eu não tô disposta, e se você quer ver trabalho bem feito e profissional, vai lá pro Hits Perdidos, aqui é só confusão, gritaria, discórdia e ofensa gratuita. (dsclp, mores, nem o diabo agradou td mundo).
Dito isso:
Gente, que gracinha de arte <3. É do Berg Jumper. (Seja lá o que isso signifique)
Pra ser minimamente decente, vale dizer que a coletânea contaa com 5 bandas estrangeiras: Blve Hills (Canadá), Peter Paul and Sarah(Inglaterra), Alex Gavaghan (Inglaterra), Three Minute Margin (Inglaterra) e Pete Bentham & The Dinner Ladies (Inglaterra).
Daqui, temos: Marcelo Gross (RS), Beach Combers (RJ), The Ash Tre (AP), General Sade (SP), 3Cruzeiros (SP), Dum Brothers (SP), Color For Shane (SP), Maru (SP), &Caiman (SP), Eu, Julio Victor (RJ), The Wax (SP), Early Morning Sky (SP), Wabi Sabi (SP), Ozdois (SP), Nameless Society (SP), Fagaraz (SP), Ted Marengos (SP), Kanduras(SP), Léo Fazio (Molodoys) (SP), SixKicks (SP), Porno Massacre (SP), Leela (RJ), Antiprisma (SP), Roger Alex (SP), The Raulis (PE), Cigana (SP), Cortiço (SP), Tess (SP), Stone House On Fire (RJ), Os Estilhaços (SP), Pedro Salvador (AL), Britônicos(SP), Pin Ups (SP), Jei Silvanno (RS), Letty (SP), Las Courtney Lovers (PR), Wallacy Williams (SP), O Bardo e o Banjo (SP), e Relespública (PR).
Caso eu tenha esquecido alguém: ¯\_(���)_/¯
Eu não vou conseguir embedar direitinho porque o tumblr é um lugar horrível e eu não sou a melhor pessoa do mundo pra decifrar esse inferno então vocês vão ter que fazer o terrível esforço de - isso mesmo - CLICAR NO LINK (espero que todo mundo fique bem).
VAMOS LÁ?
Este é o disco 1
https://soundcloud.com/o-verao-do-amor-1
Este é o disco 2
https://soundcloud.com/o-verao-do-amor-2
TÁ TODO MUNDO BEM DEPOIS DESSE ESFORÇO COLOSSAL?
Ótimo, sigamos.
Disco 1:
Os Beach Combers fizeram uma releitura instrumental de I Can See for Miles do The Who, colocando toda aquela ~~~~onda~~~~ de road trip eterna do trio sem tirar a grandeza e significância do Who. Amo releituras em que você ouve duas bandas ao mesmo tempo.
Electricity (Captain Beefheart) - The Ash Tre: estou até desnorteada depois de ouvir essa música, inclusive arrependida de me propor a fazer esse post pq eu nem consegui digerir direito. Quero essa música nas minhas playlists, nas minhas discotecagens, nas pqp tudo. O mocinho que é de um talento imenso, trouxe a música pra 2020 e para as pistas de dança. Parabéns, ainda estou impactada.
Heroin (Velvet Underground) - Color For Shane: Uma das coisas que mais gosto do Color são as letras. Traduz umas três e leva pra um psiquiatra que você sai de lá direto pro eletrochoque. E o que eu achei mais legal da versão deles é que não se importaram muito com a parte instrumental, e sim com os efeitos das vozes, tentando passar toda a loucura, angústia e doidera que essa música de fato é, chegando a um ponto de parecer vozes na sua cabeça (parabéns, Rafa). Estou ouvindo pela terceira vez a inda me entendendo com ela, porém fascinada com a proposta.
R.E.S.P.E.C.T. (Aretha Franklyn) - Maru: Eu tendo a achar essa música em vocais masculinos algo sexista, mas nessa versão, especificamente, a forma em que a harmonia foi trabalhada, ficou irresistível. Quero essa música na minha mesa imediatamente pra soltar nas pistas.
Femme Fatale (Velvet Underground) - Early Morning Sky: Uma versão SHOEGAZE RAIZ de Femme Fatale, eu estou GRITANDO. Ficou PERFEITO. E mindfucking. De todas que ouvi até agora foi a única que me fez olhar de novo e me perguntar “WTF IS HAPPENING HERE?”. Aproveitando que já estou aqui, vale mencionar que o Early Morning Sky é uma banda de shoegaze que meio que apareceu agora, mas legal pra caralho. Vale muito colar no show, vai na minha ;)
Dirty Old Man (The Sonics) - P.Massacre: Mexer com (os meus) Sonics sem ficar parecendo um cover igualzinho e sem estragar é por si só um grande mérito. Gostei também da produção dos vocais que ficaram com um ar de terror music maravilhoso. Mandou demais, General Sade.
Leela ft. Fausto Fawcett pegaram a 2000 years from home dos Rolling Stones. Fausto é autor da lenda urbana brasileira, Kátia Flávia. Eu não quero mexer com essas coisa agora, pode afetar minha percepção pro segundo disco.
Disco 2:
Venus in Furs (The Velvet Underground) Antiprisma: ~Ain pq 67 foi o verão do amor que não sei q, q não sei que lá, e eu já estou na TERCEIRA do Velvet que eram da sarjeta, podridão, niilismo do caraio, lixo marginalizado, alma obscura acorrentada `a própria angústia do peso da existência, flower power my ass, e coração só se for pra tacar na parede, tirar uma foto e chamar de arte. MAS QUEM SOU EU PRA DIZER ALGUMA COISA, foi só uma estatística aqui que botei reparo aqui, inclusive manda mais velvet, taca velvet em tudo. Mas sobre a versão da música. Ao contrário do Color que deixou Heroin ainda mais perturbadora, o duo Antiprisma que tem uma pegada mais folk, morning person, trabalharam os vocais de uma forma tão leve, doce e sensível, que faz uma música sobre sadomasoquismo parecer algo sobre rolar na grama, sentir o sol bater no rosto, e bater um papo sobre as coisas que a natureza dão. Musicalmente a estrutura ficou bem parecida (um pouco menos agressiva talvez), mas vale lembrar que reflete a proposta da banda and são duas pessoas fazendo o trampo de um velvet underground & nico e galera dos chicotes inteiro. Parabeins.
Pipe Dream (The Blues Magoos) - Os Estilhaços: Vocais femininos, teclado psicodélico, som garage, não tem erro. Curto demais a banda e antes mesmo de dar o play sabia que não teria erro.
Call Any Vegetable (Frank Zappa) - Pedro Salvador: Uma versão meus deus do céu, que doidera do caralho é essa, que que tá acontecendo maravilhosa. Pedro pegou a música e bateu no tanque junto com a psicodelia-70-Brasil-pós-Mutantes. Quando começarem as treta de natal durante a ceia, só solta esse som que a glr vai esquecer e sair curtindo. Tenho CTZ.
Sunday Morning (The Velvet Underground) - Pin Ups: Não falo mais nada. Versão ficou linda, ainda mais com vocal feminino <3
Waiting For The Man (The Velvet Underground) - The Courtney Lovers: O nome da banda é incrível, vamo começar daí. Aí que as meninas fizeram a releitura em português, sob a perspectiva do DEALER, e eu nunca mais vou parar de rir. Ficou mto maravilhoso, amei demais.
***
Chega que eu não aguento mais. Pras versões que eu gostei porém não comentei, vou fazer um programa Debbie Records essa semana com minhas favoritas. Mas parabém pra todo mundo que participou minimamente disso tudo aí. A parte mais legal desse projeto todo é que agora a gente pode dar surra de link quando algum imbecil falar que ~~~~~não tem banda boa no brasil~~~~~~ :)
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