#calafrio
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Jayme Cortez - Original cover art for Calafrio #23, 1985
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Eu não entendo quase nada dessas coisas, mas acho que deve ser isso o que chamam de amor. Só pode ser. Essa vontade de te ter sempre comigo. Esse abraço que me causa calafrio. Essa saudade quando não está aqui pertinho. O nosso sexo depois daquela taça de vinho. O seu abraço apertado quando está se despedindo. Aquela mordida no lábio e aquele fogo subindo. Aquela paz na alma por não me sentir mais vazio. Acho que gosto mesmo disso. De te beijar vendo a cor dos seus olhos e o seu brilho. De te abraçar e sentir o seu perfume me invadindo. De te acariciar e notar em seu corpo um arrepio. De me declarar e te ver sorrindo. De me perder e te encontrar pelo caminho. De ter você para nunca mais me sentir sozinho.
( Rafa Magalhães )
#texto#amor#perfeito#rafa#Magalhães#precisava#escrever#entendo#coisas#vontade#ter#sempre#abraço#calafrio#saudade#vinho#alma#vazio#perfume#arrepio
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[11/03/2021]
Criei esse Wallpaper do Calafrio/Friagem
#ben10#ben 10 ultimate alien#ben 10 alien force#friagem#calafrio#big chill#wallpaper#mobile wallpaper
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Calafrios da Noite - Cesar Bravo Coletânea de contos de #terror e #suspense composta por 15 histórias que exploram temas de #pavor, medo e #misterio. Cada conto é curto, mas impactante, transportando o leitor para cenários assustadores e situações inquietantes. As narrativas são repletas de personagens comuns que se deparam com situações extraordinariamente #aterrorizantes, criando um clima de #suspense constante.
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Ordem de leitura de Os Lobos de Mercy Falls
Confesso que quando me deparei com o nome desta quadrilogia de Maggie Stiefvater eu jurava que tinha algo a ver com o universo de Diários do Vampiro. Confusões à parte, aqui temos Grace como protagonista; a garota adora observar os lobos que vivem no bosque próximo à sua casa e, em especial um deles chama muito a sua atenção por lhe transmitir uma sensação de familiaridade. Sam é um lobo que por…
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https://vm.tiktok.com/ZMMWY9K2K/
Eu sei q vc já surtou mas vale a pena ver de novo 🥰
o que me mata são os olhos dele, sunsun 😖
não sou mulher suficiente pra aguentar as expressões desse homem sem pensar em [CENSURADO]
(que meme pavoroso, desculpakkkkkkkk)
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#shoujo#shoujo manga#shoujo no brasil#mangá no brasil#shoujo é demográfico#romance é gênero#provando que shoujo tem bem mais que romance apesar de que os romances também são bons!#nana#limit#vitamin#banana fish#diário de uma cidade litorânea#rosa de versalhes#tokyo babylon#mad love chase#code geass#coelacanth#psychic detective yakumo#o maestro#calafrios#tomie#fragmentos do horror#number six#cowboy bepop#attack on titan no regrets#tribity blood#moribito#guerreiras mágicas de rayearth#akatsuki no yona#yona a princesa do alvorecer
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Amo aquele poste da baliza, não éramos ninguém sem aquele poste da baliza, quero este poste da baliza para novo treinador da seleção.
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Coletânea de Conor de horror do #JunjiIto ~ . . #mangá #terror #horror #junjiitocollection #livros #pipocaenanquim #calafrios #mangás (em Itapema - Sta. Catarina) https://www.instagram.com/p/CmesPyjrM1Z/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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Página da HQ que fiz para a revista Calafrio, edição especial de Halloween 2023.
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WAGNER MOURA
> Fácil demais, você é uma garotinha fácil demais.
avisos: wagner moura x leitora • conteúdo adulto • sugestivo • palavras de baixo calão • leitora e wagner maior de idade, porém com uma diferença um pouco grande.
"wagner... "- manha, a voz transborda súplica. Abre mais as pernas, sentada na bancada da oficina rodeada de latarias.
"Facil demais, você é uma garotinha tão facil..."- a palma acaricia a bochecha, sente os dedos na orelha.
"Um velho rico fudendo a secretária quase dez anos mais nova, deveria esquecer isso tudo pelo bem de nós dois." O homem pondera, a mão segura o pênis - lambuzado, pingando de sua saliva e o vento gelado dando calafrios pela ausência de sua boca, que a poucos minutos fazia um trabalho delirante - a cabeça esfrega no clitoris e você falta perder a sanidade, o rosto pesa para trás e sua carinha de choro só faz o sorriso cínico crescer no rosto do homem.
"Para de graça, me fode... Moura... por favor, faz logo, faz gostosinho vai. "
'Você é muito nova pra se envolver com um cara cheio de problemas..."
As palavras de wagner certamente não faziam sentido nenhum. Eram no mínimo pura hipocrisia, uma vez que enfiava a cabecinha do pau babado na entrada, uma brincadeira de muito mal gosto nesse "bota não bota"
"Para de arranjar desculpas e me come porra, eu quero voce sacou? mas se voce ficar de corpo mole eu vou sentar na pica do primeiro idiota que aparecer."
A mão te aperta, sufoca, os olhos reviram sem direção. As lagrimas, teimosas, se acumulam os fazendo se tornarem brilhantes.
"você?" - a risada te deixa inquieta, wagner vira o rosto como se tivesse ouvido uma piada muito engraçada - "E você não se lembra quando começou a sair com a minha filha, sua cachorra espertinha?" Wagner continuou, o tomo de voz repleto de sarcasmo. "O que ela falou mesmo semana passada? Ah, é mesmo..."
"Ai pai estou tão preucupada com minha amiga. Tá tão tristinha, coitada, disse que não quer sair com o Gabriel, e ele faz tudo que ela quer, move montanhas e mares por ela, acho que ela tá pensando em um cara sabe.
"Fala pra mim, vai piranha. Diz que essa boceta e sua cabecinha não consegue parar de pensar em mim. Aquele dia lembra?" a sombrancelha ergue na indagação, sente o seu interior alargando ao pouquinhos com a demora alucinante de wagner para te preencher. "Foi dormir na minha casa com a desculpa de um trabalho de merda da faculdade com a minha filha, se ela soubesse a puta desesperada que abriu a porta do meu quarto no meio da noite... o jeito que tú sentou na minha pica e ainda saiu pedindo mais, querendo de novo, de novo... e eu vou continuar te dando amor, você não consegue achar outro pra domar esse teu fogo de vagabunda não é?
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Pra amar alguém é preciso algumas coisas,mas a principal delas é ter coragem,pois apesar do amor ser um sentimento maravilhoso,no começo da calafrios, as mãos suam,aquela ansiedade,agonia,ele se torna assustador,e tem o medo de não dar certo,que é ainda pior.
Jonas r Cezar
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CHERRYBLOGSS KINKTOBER
08:00 - Desconhecidos x Enzo Vogrincic
avisos: desprovimento sensorial (reader vendada), relação com alguém que você não conhece, size kink pois enzo pauzudo, penetração vaginal, sexo desprotegido, creampie.
nota: n sei se ficou como eu queria, mas espero que gostem. amo frango assado.
Talvez não tenha sido uma ideia tão inteligente deixar seus amigos te meterem nessa brincadeira. Além de ficar vendada, várias mãos te empurravam em direção ao quarto que seu "parceiro" te encontraria. Depois de um término brutal, seus amigos estavam cansados de te ver sozinha e se distanciando de qualquer interação com o sexo oposto, e ficaram ainda mais determinados a te ajudar quando disse que era mais nervosismo do que falta de vontade, por isso que eles decidiram te incluir na dinâmica que rolava na festa em que uma pessoa ficava vendada e a outra ia de encontro a ela para fazerem o que quiserem pelo tempo máximo de 30 minutos.
Nunca imaginou que sua primeira vez ficando com uma pessoa diferente seria em um quarto de uma festa que mesmo as 2 da manhã não estava nem perto de acabar, ria pelo álcool que percorria suas veias e pela antecipação do que estava por vir. Sentiu um calafrio quando o baixinho chamado Matias te colocou sentada na cama e se assegurou que o lenço que servia de venda estava bem apertado, em seguida, te dando um beijo na bochecha e dizendo que se não ficasse satisfeita com o seu parceiro poderia procurá-lo depois.
Assim que escuta a porta fechando, suspira nervosa, ajeitando o cabelo para tentar aparentar mais arrumadinha e que não estava há horas naquela festa. Suas mãos param no ar quando ouve a porta se abrir e fechar, depois passos pesados se encaminhando até onde você estava.
"Oi." Cumprimenta em uma voz esganiçada e minúscula, sorrindo fraquinho e movendo a cabeça para a direção que achava que o homem estava.
"Oi."
Seu corpo se arrepia ao escutar o tom grave e meio rouco daquele que foi sorteado para passar tempo contigo.
"Qual o seu nome?" Pergunta timidamente tentando quebrar a atmosfera desconfortável do ambiente. Ia repetir a pergunta mais alto, mas se interrompe ao sentir uma mão acariciando a sua bochecha e depois virando seu rosto para a direção oposta.
"Eu tô bem aqui, princesa." Ele responde rindo e sentindo o ego inflar quando te vê estremecer com a risada dele acompanhada do apelido carinhoso.
Não consegue evitar um riso que sai da sua garganta imaginando como a cena de vocês dois naquele quarto deveria ser cômica com você falando com a cabeça virada para o lado oposto e completamente vendada com aquele pano ridículo.
Gradativamete, o ambiente volta ao silêncio conforme suas risadas diminuiam e sente o peso do corpo másculo se sentando ao seu lado, mantendo as mãos no seu pescoço para fazer sua cabeça acompanhá-lo. Seu coração acelera batidas com a sensação das mãos que pareciam enormes e fortes junto com o aroma do perfume que ele usava. Mesmo vendada, tudo nele parecia exalar masculinidade, já o imaginava como um homem forte e que com certeza te deixaria enfeitiçada só com um olhar.
Ajeita sua coluna em alerta quando sente a respiração cálida bater no sua face, pelo visto o homem tinha um nariz avantajado pel maneira que ele nem estava tão perto e a ponta cutuca sua bochecha.
"Você é tão linda." Ele elogia com a entoação magnética te fazendo apertar uma perna na outra pelo fogo que sobe pelo seu corpo. "Posso te beijar, muñequita?"
Assente avidamente, movendo as mãos mesmo que nem saiba onde colocá-las optando por tocar a dele que se mantinha no seu rosto. Ao sentir seu toque, ele segura seus dedos, posicionando-os nos cabelos da nuca dele. Um sonzinho contente sai da sua garganta quando sente a maciez dos cabelos longos, acariciando os fios e depois descendo para sentir como o pescoço dele era grosso e com umas veias proeminentes.
"Meu nome é Enzo, gatinha." Ele diz assim que te traz mais para perto, grudando o seu torso no dele que dava para sentir que era esculpido até por cima da blusa.
Enzo ronrona feliz com o seu carinho, inclinando a cabeça para roçar os lábios nos seus, dando um selinho para então aprofundar o beijo quando você retribui entusiasmada e puxa-o mais para perto. As mãos apalpam seus quadris e cintura, passando o polegar pela pele exposta pelo top enquanto a boca carnuda devorava a sua com uma lentidão saborosa. Parecia uma tortura e uma benção como homem sabia exatamente como te deixar ofegante e inquieta com o modo que os lábios dele massageavam os seus.
Ele vai te inclinando ao deitar o corpo sobre o seu e te cobrindo com o calor que emanava. os quadris largos se enfiando no meio das suas pernas até sua saia subir, expondo como você já estava molhadinha pelo desconhecido.
"Você sempre fica assim apenas com ums beijinhos, hm?" Enzo pergunta com a voz abafada ao descer os beijos pelo seu colo, sugando e lambendo a carne sensível. "Ou eu sou especial, princesa?"
"Só pra você." Fala em meio a suspiros extasiados quando os dedos longos descansam sobre o seu ventre, descendo lentamente, esperando qualquer recusa ou hesitação, mas é recebido com as suas pernas se abrindo mais e seus quadris se elevando em busca do toque dele.
Enzo responde ao seu desespero com a mão deslizando para te tocar por cima da calcinha, grunhindo ao sentir o quão molhado o tecido estava, se atrevendo a pressionar um dedo entre os lábios para pressionar sua área sensível. Ele sorri satisfeito quando suas unhas fincam nos músculos do braço dele, vendo sua boca entreaberta com os sonzinhos adoráveis saindo junto com a sua respiração descompassada.
Os dedos alheios afastam sua calcinha para o lado, ambos grunhindo com o primeiro contato pele a pele. O moreno te provoca por um instante, recolhendo sua lubrificação e depois posicionando dois dígitos para brincar com seu clitóris. No primeiro momento, ele não acerta precisamente a área e pressão correta, te fazendo se contorcer para enfim os movimentos acertarem em cheio seu conjunto de nervos. Ondas eletrizantes percorrendo sua coluna enquanto busca apoio nos músculos forte, passando suas mãos pelos braços enormes e torso torneado. Sem a visão, sentia com mais intensidade os círculos que Enzo desenhava no seu grelinho e com o corpo era firme e a pele dele era macia.
Ele mantém suas pernas afastadas com uma mão firme no interior das coxas quando você ameaça fechá-las perante a inserção do primeiro dedo na sua buceta, deixando o polegar tomando conta do seu clitóris com movimentos mais lentos, focando em te esticar e sentir como era gostosinha até por dentro. Enzo segurava suspiros ao penetrar seu buraquinho quente e molhado, dando o melhor de si ao buscar aquele ponto que te faria enlouquecer e ficar ainda mais apertadinha.
Inserindo mais um dedo e curvando-os, Enzo observa como seu eles saiam encharcados a cada estocada, admirando seu rosto franzido em prazer e descendo o olhar, foca no seu pescoço e seios que quase escapavam do top, então se inclina sobre você, acelerando a mão e sugando a pele sensível do seu colo, distribuindo mordidas pela região até chegar no seu decote, chupando o carne farta e movendo a mão livre para abaixar a blusa, expondo os seus biquinhos empinados e a pele macia.
No momento que ele sugar um mamilo e os polegar pressiona o seu clitóris, você grita o nome do desconhecido e se contrai ao redor dos dedos que não param de te foder, prolongando seu prazer até suas costas se arquearem.
Enzo dá uma mordida final no peito, deixando a marca dos dentes na sua pele. Em seguida, volta a te beijar, te manuseando para te ajustar no colchão e empurrar suas joelhos em direção a suas costelas, fazendo você ficar abertinha para ele. Ele grunhe ao sentir suas mãos descendo para desfazer o cinto dele, se atrapalhando pela falta de visão, mas Enzo e afasta para te ajudar, rapidamente abaixando as calças e pressionando o pau ereto na sua fendinha quando volta se deitar sobre ti.
Seus olhos se arregalam um arfar afetado escapa com a sensação da grossura e tamanho, sendo enorme comparado a sua buceta. Enzo percebe como seu corpo fica tenso, sorrindo arrogante ao saber exatamente o que te deixava nervosa. Abre mais ainda suas pernas para se esfregar na sua umidade, melando o comprimento e enfim posicionando a cabecinha na sua entradinha. Suas mãos agarram os cabelos conforme o pau grande abre mais espaço, a infame ardência tomando conta da sua intimidade junto com o prazer de ser preenchida tão profundamente.
Ele retoma os beijos para tentar te acalmar quando mais da metade entra e você fica se contraindo demais, os dedos se movendo para brincar com o seu clitóris. Ambos estavam suados, quentes e alucinados com o cheiro de sexo impregnado no quarto.
Enzo empurra mais do comprimento até conseguir enfiar tudo, fazendo um sonzinho tentando te tranquilizar e acariciando suas curvas para então começar a se mover. Retira devagar e coloca de volta, acelerando gradativamente conforme sua bucetinha se acostumava a intrusão. Os quadris batendo contra os seus vigorosamente quando escuta seus gemidos de prazer, manhosa ao chamar por ele.
Enzo não deixa a desejar, subindo mais seus joelhos e mudando o ângulo para a cabecinha do pau tocar o seu ponto sensível. Ele grunhe e geme abertamente com a voz eloquente e rouca fazendo sua buceta pulsar perto de mais um orgasmo. Te acompanhando, ele te fode vigorosamente, as estocadas errôneas e mais descompassadas. Enfim, com uma mordida nos lábios carnudos enquanto sua buceta espremia ele que logo se derrame, metendo até os líquidos de ambos vazarem, escorrendo pela sua fendinha e deslizar para sujar a cama embaixo de vocês.
Um resmungo dengoso sai de ti quando ele empurra uma última vez o pau dentro da sua buceta dormente, depois disso, saindo de ti e assitindo como seu buraquinho piscava com os pingos de porra escapando.
[...]
Assim que sai do quarto, se movimenta pela casa desnorteada em busca dos seus amigos e com os fluídos do homem misterioso escorrendo pelas suas pernas.
"Onde você tava? Te procuramos pela casa inteira!" Uma das suas amigas grita quando te encontra, te puxando pelo braço para um local com menos pessoas.
"Como assim? Eu tava no quarto que o Matias me colocou." Responde confusa, se sentindo tonta pelas perguntas e atividades anteriores.
"Ué, achei que não tinha dado certo." Ela fala arregalando os olhos. "O Felipe que ia ser seu par passou mal pouco antes de entrar no quarto."
"Felipe? Aquele bicudo? Quem tava no quarto comigo era um tal de Enzo." A confusão dava lugar para apreensão, pensando se estava louca e imaginou tudo isso ou se tudo era uma brincadeira de mal gosto.
"Enzo? Enzo Vogrincic? O esquisito que tira foto de tudo? Nem sabia que ele ia em festas." Ela questiona te encarando em descrença, porém logo a expressão muda para uma de curiosidade. "Mas e aí, como foi? O nariz é proporcional?"
"E como é! Nem sei por onde começar..."
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... Feliz Halloween?
"Passar o Halloween em uma cabana com seu namorado que adorava te pregar peças sem dúvidas era uma péssima ideia. Mas e se realmente houvesse outra pessoa lá?"
-> | Haechan x fem!reader | Terrorzin + lovezin | W.C: 1.4K |
-> [Lost notes]: Mais uma para o #MesDoTerrorLost, esse pedidinho me transportou para clássicos de suspense que via quando mais nova KKKKKK Espero muito que gostem meus amores! Boa leitura ♡
Era uma noite fria de outubro, com a lua cheia brilhando intensamente no céu. As árvores ao redor da pequena casa faziam sombras sinuosas no chão, movendo-se ao ritmo do vento gélido que soprava pelas janelas. A casa estava envolta por uma névoa densa, quase como se o cenário estivesse sendo cuidadosamente preparado para um filme de terror. No entanto, para a protagonista dessa noite, não era um filme. Era realidade.
Você, uma garota conhecida por ser muito medrosa, já tinha ouvido falar sobre as travessuras que as pessoas adoravam fazer durante o Halloween, e sabia que o mês de outubro era um prato cheio para sustos e pegadinhas. Mas, mesmo sabendo disso, não conseguia evitar sentir medo. Toda vez que ouvia um som estranho ou via uma sombra inesperada, seu coração acelerava, as mãos ficavam geladas, e uma onda de pavor tomava conta de você.
E havia Haechan, seu namorado travesso e irresistivelmente encantador. Um verdadeiro contraste para o seu espírito sensível. Enquanto você era cautelosa, Haechan parecia viver para o desafio de te ver gritando de susto, sempre com aquele sorrisinho maroto no rosto. Ele era insuportável... E você adorava isso.
Naquela noite, ele tinha um brilho diferente nos olhos, algo que sugeria que ele estava aprontando algo. Você já deveria ter percebido, mas estava mais preocupada em sobreviver ao Halloween sem desmaiar de medo. Ele tinha insistido para que você passasse a noite na cabana de sua família, um lugar que ele dizia ser “super tranquilo e relaxante”. A cabana ficava no meio de uma floresta isolada, e o caminho até lá já tinha sido aterrorizante o suficiente para você. Apesar de ter sido recepcionada com seus petiscos favoritos a luz de velas.
Vocês estavam no sofá, conversando e mordiscando algumas frutas, quando, de repente, as luzes piscaram. Seu coração saltou no peito, e você se agarrou no braço de Haechan. Ele riu baixinho.
— O que foi? Ficou com medo? — Ele provocou, apertando levemente sua mão.
Você bufou, tentando parecer corajosa, mas a verdade era que as batidas do seu coração estavam tão fortes que ele certamente podia sentir.
— Claro que não. Deve ser só a eletricidade aqui... Meio velha, né? — Você tentou se convencer.
— Ah, claro — Ele disse, arqueando uma sobrancelha, com aquele ar brincalhão.
Mas era óbvio que, com uma deixa daquelas, Haechan não pode se controlar, e logo começou:
— Sabe — Os dedos do homem brincavam levemente com os seus cabelos — Essa cabana tem uma história bem interessante. — A voz dele caiu para um sussurro dramático, como se quisesse te envolver ainda mais no terror que estava por vir. — Dizem que, há muitos anos, um homem vivia aqui. Um eremita, solitário. Ninguém sabe exatamente por que, mas ele nunca saía daqui. Até que um dia... Ele simplesmente desapareceu. — Ele fez uma pausa longa, deixando você no suspense. — Algumas pessoas dizem que o espírito dele ainda vaga por aqui. Às vezes, ele aparece perto da cabana, de pé na floresta, só observando. Esperando por algo... Ou alguém.
Você franziu a testa, sentindo um calafrio percorrer sua espinha.
— Haechan, para com isso — Você murmurou, tentando soar firme, mas sua voz tremia.
Ele riu baixinho, claramente se divertindo com seu desconforto.
— Estou só começando, meu amor. Dizem que, se você o vê, é um sinal de que ele vai voltar para buscar o que perdeu. — Ele te olhou intensamente, com aqueles olhos brilhando na meia-luz da lareira. — Mas ninguém sabe ao certo o que ele perdeu.
— Para de ser bobo, não acredito nessas coisas — Você respondeu, mas sentiu sua pele se arrepiar, como se algo invisível estivesse assistindo à conversa de vocês.
Haechan te puxou mais para perto, ainda rindo da sua reação. Ele adorava pregar peças em você, ainda mais sabendo o quanto você ficava assustada com essas histórias de terror.
Você não resistiu ao abraço, apesar de sua feição ainda permanecer emburrada. Se deleitou com o perfume agradável de seu namorado.
Mas então, um ruído ecoou do lado de fora. Algo, ou alguém, estava arranhando a porta. Seu corpo congelou. A respiração ficou presa na garganta, e afundou o rosto no corpo do homem, se escondendo como uma criançinha. Ele se levantou calmamente, com aquele sorriso despreocupado que sempre fazia você pensar se ele tinha algum medo.
— Vou lá ver — Ele disse.
— Nem pensar! Fica aqui! — Você puxou ele de volta, a voz tremendo.
Ele riu, beijando sua testa.
— Relaxa, vou só dar uma olhada.
Ele abriu a porta devagar, e o vento gelado entrou, arrepiando sua pele. Mas o que chamou mesmo sua atenção foi a figura que estava parada na distância, à beira da floresta. Um homem, vestido com um casaco longo e escuro, com o rosto escondido pela sombra da noite. Ele não se movia, apenas olhava na direção da cabana. Seu coração martelou no peito, e você sentiu o pânico subir pela garganta.
— Haechan, não! — Você chamou, mas sua voz parecia não sair. O medo te paralisou.
Haechan parou na porta, olhando ao redor.
— O que foi? — Ele perguntou, virando-se para você com as sobrancelhas franzidas.
— Ali... Ali fora, tem alguém — Você disse com a voz trêmula, apontando na direção da floresta.
Ele olhou para onde você estava indicando, mas parecia confuso.
— Não tem nada aí, amor. Deve ter sido sua imaginação.
Mas você viu. Tinha certeza. Aquele homem estava lá. E ele te observava.
Pouco tempo depois, as luzes piscaram novamente e se apagaram de vez. A cabana foi mergulhada na escuridão completa. Você sentiu o zumbido nos ouvidos, um sinal de que o medo estava tomando conta de você. Não conseguia ver nada além da escuridão e a sensação de ser observada aumentava. Quando você tentou chamar por Haechan novamente, ele não estava mais ao seu lado, muito menos na porta escancarada a sua frente.
— Amor?! — Sua voz saiu em um grito abafado.
Você conseguiu apenas vislumbrar pela porta aquela figura distante começar se mover em direção à cabana, lentamente, como se estivesse arrastando os pés. O som dos passos abafados na terra soava assustadoramente claro em meio ao silêncio. Você se levantou do sofá, hesitante, e deu um passo para trás. Tudo dentro de você gritava para fugir.
E então, bum!
A porta se fechou.
— Donghyuck Lee, isso não é engraçado! — Sua voz soou frágil.
De repente, uma mão fria agarrou seu ombro. Você gritou tão alto que sentiu as lágrimas escorrendo pelos olhos. Mas, ao se virar, a luz voltou, e lá estava ele. Haechan.
Rindo.
— Sério? Haechan! — Você explodiu, empurrando-o enquanto ele continuava a rir. — Eu pensei que fosse morrer de susto!
Ele te puxou para perto, envolvendo você em seus braços, o sorriso ainda nos lábios.
— Ah, meu amor, você fica tão fofa quando está com medo — ele disse, ainda segurando a risada — Desculpa, não pude evitar, a luz foi eu mesmo, mas essa porta fechando?! A chave de ouro!
— Fofa? — Você bufou, mas o calor dos braços dele já estava acalmando seu coração acelerado. — Você é insuportável. Eu te odeio
— Não, é por isso que você me ama — ele sussurrou, seu rosto se aproximando do seu, os olhos escurecendo com um olhar mais suave agora. E selou seus lábios rapidamente. — Feliz Halloween, meu amor.
— Nunca mais confio em você nessa data — Você resmungou, mesmo sabendo que não era verdade.
Mas então você se lembrou.
— Haechan — Você se afastou levemente, o rosto ainda sério. — O homem que eu vi lá fora. Ele estava parado na floresta. Quem dos vagabundos dos nossos amigos que você contratou pra isso?
A risada de Haechan morreu, e ele te olhou confuso.
— Homem? Que homem? Achei que você estava brincando.
Seu estômago gelou ao ver o rosto dele perder a cor, os olhos arregalados.
— Não tinha ninguém lá fora — Ele disse, a voz muito mais séria agora.
Você sentiu o sangue deixar seu rosto.
— Mas eu vi. Ele estava lá. Na floresta. Só... só olhando pra gente — Você insistiu, sentindo um nó se formar na garganta.
Haechan olhou para a porta fechada, seu rosto agora pálido e sem o sorriso usual.
— Eu não combinei nada com ninguém, amor.
O silêncio que se seguiu foi pesado. As palavras de Haechan ecoavam na sua mente, enquanto o medo voltava, mais forte do que antes. Você olhou para a floresta pela janela, mas agora... não via nada.
Mas sabia, sabia que vocês não estavam sozinhos naquela cabana.
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"Talvez o nosso ponto de encontro seja aqui. No ordinário dos dias. No calor excessivo das palavras. Na falta de saber o que fazer com elas. Nos cenários fabricados. Nas paranoias criadas. Nas preocupações manifestadas. Nas perguntas sem respostas. Nas vozes que ecoam por dentro. No falatório provocado. No eco preservado. Na vácuo entre um corpo e o outro. Na concordância não verbal de um tempo febril, que hora aquece e hora me causa calafrios."
#citação#frases#autorias#reflexão#poesia#novos poetas#projetoalmagrafia#projetoreconhecidos#projetoversografando#projetosonhantes#projetomardeescritos#projetovelhopoema#projetocartel#projetoflorejo#projetoalmaflorida
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✦ — "spell". ᯓ l. chan.
— ser mistíco ! dino × leitora. — 𝗰𝗮𝘁𝗲𝗴𝗼𝗿𝗶𝗮: smut, angst (+++++ contexto). — 𝘄𝗼𝗿𝗱 𝗰𝗼𝘂𝗻𝘁: 6515 (perdi a mão de verdade). — 𝗮𝘃𝗶𝘀𝗼𝘀: feitiçaria, o chan não é um ser humano (tecnicamente), sexo desprotegido, a leitora tem um gato e é meio antissocial, creampie, oral (f). — 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀: um "yeogi ocean view" do dino realinhou meus chakras.
Você amava seu gatinho de todo o coração, ele era seu filhinho, seu amor, o único companheiro que você tinha naquela casa vazia. Mas, nesse momento, você estava cogitando jogá-lo pela janela — só por essa noite. Andou em passos apressados até a cozinha, a pobre criatura não parava de miar sem parar pelos últimos dez minutos. Você tentou ignorar e voltar a dormir, mas estava impossível. Encontrou-o em cima do balcão, miava virando-se para todos os lados, como se não soubesse para onde olhar.
"Hoshi!", o bichano parecia tão atordoado que nem se assustou com o seu aviso, compenetrado em expulsar seja lá qual for a ameaça que ele encontrou no cômodo. "Desce daí, filho! O que 'cê tem, hein?", finalmente pegou-o no colo, mas nem isso foi capaz de acalmá-lo. "É fome? Vem cá. Deixa a mamãe colocar algo 'pra você.", levou-o até o cantinho onde costumavam ficar os potinhos de ração e água. Colocou uma porção e reabasteceu a água. Pareceu funcionar, pois agora o felino concentrava-se em devorar a ração como se não tivesse comido há dias.
"Na verdade eu acho que 'cê deveria dar menos comida, ele 'tá engordando.", a voz veio de algum lugar atrás de você, meio distante. Um calafrio desceu por todo o seu corpo, você congelou por alguns segundos. Precisava pensar rápido, porém nunca havia passado por algo assim — e nunca pensou que iria ter essa experiência horrível. Pegou a primeira coisa afiada que viu pela frente — um espeto metálico de churrasco. Estava convencida que todo o seu conhecimento, que era baseado unicamente em podcasts sobre crimes reais, seria suficiente para te tirar dessa situação. Virou-se abruptamente, dando de cara com um homem moreno no meio da sua cozinha. Ele vestia trajes estranhos, como se tivesse saído de algum filme sobre criaturas fantásticas. "E olha que eu tentei ser simpático..."
"O que você quer?", gaguejar foi inevitável, suas mãos tremiam sem controle algum.
"É difícil explicar. Por que você não tenta se acalmar um pouquinho? Aí a gente conversa.", ela não parecia minimamente intimidado.
"Eu vou ligar 'pra polícia!", correção: você queria ligar para polícia, pois, na verdade, mal conseguia se mexer.
"Então vai ser meio vergonhoso 'pra você. Eles não vão conseguir me ver.", você sequer tentou produzir algum sentido através da explicação dele, só assumiu que ele fosse alguém muito desequilibrado. "Escuta: você que me trouxe aqui. Lembra?"
"Eu não trouxe ninguém aqui! Cê tá completamente maluco. Vai embora!", enrolava as palavras, balançando o espeto no ar da maneira mais ameçadora que conseguiu — o tremor da suas mãos não estava ajudando, a situação era quase cômica.
"Você vai me deixar explicar?"
"Não!"
"Ótimo. Você e mais três amigas suas, às 02:47 da manhã, três dias atrás, bem no meio da sua sala... soa familiar?", levantou a sobrancelha. Seu rosto passou por, pelo menos, cinco tipos de expressões diferentes até que seu cérebro finalmente processasse o que ele havia dito. Isso só podia ser brincadeira...
"Eu não sei qual delas que te pediu 'pra fazer isso. Mas já deu, okay? Não tem graça!"
"Suas amigas não tem a chave da sua casa. Você nunca deu 'pra nenhuma delas.", o homem suspirou impacientemente.
"E como 'cê sabe disso?"
"Longa história. Eu sei que é complicado de acreditar que essas coisas funcionam, mas é a verdade.", deu de ombros. Você não sabia mais o que pensar, agora começava a considerar que, na verdade, a maluca era você.
"Cê tá querendo me dizer que a porcaria de um feitiço idiota da internet funcionou?", olhou-o com incredulidade. Era absurdo, completamente ilógico.
"Isso! Tá vendo que é muito mais simples do que parece?", te ofereceu um sorriso genuíno, parecia satisfeito. Você não costumava bater palma para maluco dançar, mas aparentemente precisaria fazer isso.
"Escuta...", estreitou o os olhos na direção dele, como se quisesse lembrar de algo. "Eu esqueci seu nome."
"Eu não te falei.", sorriu ladino. "É Chan. Lee Chan."
"Tá. Então, me escuta, Chan: eu não sei de onde você veio, mas eu não queria te invocar, conjurar... sei lá o que eu fiz! Foi só brincadeira, tudo bem? Você pode ir embora.", tentou parecer sincera, ainda que achasse estar tendo um sonho maluco.
"Não posso fazer isso. Você me trouxe até aqui porque quer encontrar o seu amor, não foi? Eu só posso ir depois de te ajudar.", você soltou um riso sem humor algum, sentia sua cabeça começar a doer.
"Eu vou te dar a última chance de me dizer que isso é uma grande piada de mau gosto.", sequer tremia mais, o caráter ilusório da situação te fez perder o medo.
"O que eu preciso fazer 'pra você acreditar?", ele suspirou, como se lidar com essa situação fosse algo inconveniente.
"Não sei. Que tal se você fizer um elefante aparecer no meio da minha sala?", resolveu entrar na pilha dele, convencida de que estava presa num sonho muito lúcido.
"Eu também não posso fazer isso.", o homem cruzou os braços.
"Ora, você tem que fazer alguma coisa! Porque eu tenho quase certeza de que, na verdade, você é um personagem do meu primeiríssimo episódio esquizofrênico.", olhou para baixo, vendo Hoshi se esfregar nas suas pernas.
"Sua saúde mental não tá tão ruim assim, _____.", estranho, você também não havia dito seu nome para ele. "Se bem que toda vez que você chora vendo vídeo de gato eu me questiono seriamente... mas quem sou eu pra dizer alguma coisa?", murmurou a última parte, coçando a própria nuca.
"E quem te disse isso?"
"É o que eu tô tentando explicar! Olha, eu não sou um cara aleatório que invadiu sua casa, você me trouxe até aqui! Eu te conheço.", pressionou o canto dos olhos num movimento de pinça, como se estivesse frustrado. "É isso!", algo pareceu acontecer nos pensamentos dele. É quase como se você fosse capaz de ver a lâmpada acendendo em cima da cabeça do homem, como num episódio de desenho animado. "Me pergunta algo que só você sabe a resposta. Daí eu consigo te provar quem eu sou.", e você iria sim entrar no jogo dele. Levou algum tempo até finalmente pensar em alguma coisa.
"Qual... é a senha de backup do meu notebook?", desafiou-o com o olhar.
"Nós dois sabemos que você é muito mais criativa que isso. 170422, é a data que você adotou o Hoshi.", disse afiado. Uma risada cortou o silêncio do cômodo, era você rindo em descrença — ou de desespero mesmo. Esfregou os olhos, sentia-se perdida. "Melhor ainda. Que tal se você me perguntar qual era o nome do Hoshi? Sabe? Quando você ficou uma semana inteira achando que ele era fêmea...", certo, ele estava começando a te assustar. Definitivamente mais ninguém tinha essa informação e, até onde você sabia, não haviam câmeras na sua casa.
"Chan, eu-"
"Amora. O nome dele era Amora."
"Okay! Okay! Eu já entendi.", finalmente largou o espeto, colocando-o em cima da mesa. Suspirou derrotada, não sabia como digerir tanta maluquice. "Por que tinha que ser logo comigo, hein? Eu nem acredito nessas coisas..."
"Você acredita sim. Só que é muito medrosa, daí tenta se fingir de cética.", e, mais uma vez, ele te descreveu perfeitamente — já estava perdendo a habilidade de te surpreender.
"Cê não podia ter escolhido um momento melhor 'pra aparecer não?", disse meio desgostosa.
"Eu queria ter feito isso pela manhã. Mas a criatura aí sentiu minha presença e não soube ficar calado.", apontou para Hoshi com uma expressão de tédio. O bichano não pareceu se ofender, lambia a própria pata totalmente despreocupado. "Por quê você não vai dormir? Amanhã respondo todas as perguntas que você tiver.", sugeriu, preocupado com o seu rosto sonolento.
"É difícil dormir sabendo que tem outra pessoa além de mim nessa casa."
"Tenta. Se te consola, eu tô aqui desde o dia do feitiço, só estava esperando a hora certa 'pra aparecer.", deu de ombros. A esta altura você já havia decidido não se estressar mais com essa situação, pegou Hoshi no colo e caminhou despreocupadamente para o seu quarto — sequer olhou na direção de Chan.
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Você registra essa madrugada como sendo uma das mais malucas que você já chegou a experienciar em toda a sua vida. Quando acordou no outro dia, fez mil e uma juras ao universo para que ele te confirmasse que tudo não havia passado de um pesadelo muito esquisito. Mas não dava para fugir da realidade. Assim que pisou os pés na sua sala, lá estava ele, deitadinho no seu sofá — confortável, como se estivesse em casa.
Demorou algum tempo até que você se acostumasse com ideia. Ficava tanto tempo sozinha com Hoshi naquela casa que já acreditava ser capaz de se comunicar com o felino, sendo assim, suas primeiras interações com Chan não foram as melhores. O homem até se esforçou para te deixar confortável, te dava espaço e tentava não te forçar a conversar com ele a todo momento. Entretanto, você eventualmente se familiarizou com ele. Na verdade, achava até esquisito quando ele não estava por perto para criticar suas escolhas de filmes ou te ajudar a solucionar algum problema no trabalho.
As primeiras vezes que Chan te acompanhou em outros lugares que não a sua casa fizeram o sentimento de estranheza voltar a aparecer. Não era todo dia que se tinha uma espécie de amigo imaginário grudado no seu ombro para todos os lugares que você ia, você não sabia como agir. Chan chamava os passeios de vocês de "pesquisa de campo", alegando que só estava te ajudando a finalmente achar o bendito amor.
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Você apressadamente entrou em um dos banheiros e agradeceu por: 1. estar completamente vazio; 2. ser espaçoso — nunca havia interagido com tanta gente em toda sua vida, precisava muito respirar um pouco e queria um lugar que não te causasse claustrofobia. Dependendo de você, sequer estaria ali. Gostaria de estar aproveitando seu sofá macio, agarradinha com Hoshi. Amaldiçoava sua amiga, por ser a grande idealizadora da festa e Chan por praticamente ter te obrigado a comparecer. E falando no diabo...
"Se divertindo?", apareceu atrás de você. Vestia um short de praia — tão colorido ao ponto de fazer seus olhos doerem — e tinha um óculos de sol apoiado na cabeça. O físico não passou despercebido, mas você preferiu não encarar muito.
"Não sabia que você podia trocar de roupa.", estava tão acostumada a vê-lo vestindo a mesma coisa que temia não reconhecê-lo se o visse de longe.
"Gosto de me adaptar ao ambiente. Eu também não sabia que você podia vestir outra coisa além de short e moletom.", brincou, referindo-se à sua roupa de banho.
"Garanto: não foi por livre e espontânea vontade.", revirou os olhos.
"Para de ser dramática. E aí? Já viu alguém que te interessou?", levantou as sobrancelhas, sugestivo.
"Não é você que tem que me dizer em quem eu deveria me interessar?"
"Não posso fazer as escolhas por você. Só guiá-las.", colocou as mãos nos bolsos, os braços fortes flexionando com o movimento. Você correu os olhos pelo ambiente vazio, levando um tempo para pensar.
"O que você acha do loirinho que falou comigo?"
"Short laranja?"
"Isso."
"Questionável. Ficou encarando sua bunda quando você estava de costas.", ele franziu o nariz, reprovando a ação. Seu rosto ardeu com a informação, quase se arrependeu de ter perguntado. "Se quer um empurrãozinho, eu recomendo chamar o que tá de regata azul 'pra conversar. Ele parece interessado em você, mas é medroso também."
"E o que é que eu falo?"
"Se vira. Dá teus pulos.", deu de ombros. Você olhou-o com desapontamento. Chan era realmente um guia, estava te guiando à loucura. "Tchauzinho!", balançou a mão exageradamente, sumindo tão rápido quanto apareceu.
[...]
Admitia que Chan não era de todo ruim. Ele estava certo sobre a recomendação. Não demorou para que você ficasse confortável e até mesmo trocasse telefones com o homem no final da noite. Estava impressionada com o quão fácil fora puxar assunto, nunca havia chegado em ninguém — pelo menos não de um jeito tão direto. No fundo, começava até a acreditar em toda essa história na qual você se meteu. Até mesmo desejou ter feito o feitiço muito mais cedo.
✦ . ⁺ . ✦ . ⁺ . ✦ . ⁺ . ✦ . ⁺ .
Posicionou a xícara no apoio da cafeteira, apertando alguns botões assim que se certificou que a cápsula estava no lugar certo. Encarou o eletrônico por alguns segundos, esperando o líquido escuro começar a cair. Ouviu Hoshi miar, se afastando das suas pernas para ir em direção à porta — sinal que você não estava mais sozinha.
"Sabe o que eu percebi?", você se virou, encontrando-o encostado na parede que dava acesso para a cozinha.
"O que?", ele estava de braços cruzados, parecia refrear as próprias expressões — como se segurasse o riso.
"Eu nunca te toquei."
"Você nunca tentou.", deu de ombros, como se fosse algo óbvio de se assimilar.
"E se eu tentar... eu consigo?"
"Como assim?", parecia confuso.
"Você não existe."
"Depende do que você acha que é 'existir'.", ele se aproximou se sentando em uma das cadeiras que ficavam do outro lado da ilha.
"Não importa o que eu acho. É só 'sim' ou 'não'. Me responde, eu consigo?", olhou-o por baixo dos cílios, ainda que os olhos de vocês estivessem na mesma altura, e isso te fez parecer acidentalmente hostil — não que Chan parecesse se importar com esse fato.
"A pergunta certa é: você quer?", sorriu ladino. Foi sua vez de parecer confusa. "Não faz diferença se você puder me tocar ou não, faz?", apoiou os antebraços na mesa, inclinando o corpo para mais perto. Você precisou de alguns segundos para pensar. Realmente não fazia diferença, não era para isso que ele estava ali, mas, por algum motivo, parecia ser algo relevante. Você estava dividida.
"Eu não sei."
"Então você não quer. É simples.", relaxou o corpo, recostando-se na cadeira.
"E se algum dia eu quiser?", a cafeteira soou ao final da frase, seu café estava pronto.
"Há importância em tentar solucionar um problema que sequer existe?", te desafiou com o olhar, era costumeiro que fizesse isso.
"Já parou 'pra pensar que você age igualzinho a esfinge do mito de Édipo? Deveria parar de falar em enigmas.", você se virou impaciente para pegar seu café. Ouviu ele rir baixinho.
"E você já parou 'pra pensar que só é um enigma se você não souber decifrar?", touché.
"Já. E eu realmente não sei decifrar. E então? O que acontece? Essa é a parte que você me devora?", virou-se novamente. O homem sorriu e você sentiu um arrepio cortar sua espinha. Ele não parecia ter pretensão alguma de responder. Você terminou seu café em completo silêncio.
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Você usava uma segunda toalha para secar o cabelo quando finalmente saiu do banheiro. Encontrou Chan sentando na borda da sua cama, mesmo que reconhecesse o "intruso" não foi capaz de refrear o gritinho que soltou. Foi um susto perfeito, seu coração parecia querer sair pela boca.
"Você precisa começar a avisar quando for aparecer!", repreendeu o homem. Uma das suas mãos ainda cobria o seu colo, como se isso fosse impedir seu coração de sair correndo.
"Só porque eu não avisei não significa que eu não estava aqui.", respondeu simplista, não demonstrando nenhum tipo de reação. Dava para ver no seu rosto que você não havia entendido nada, tanto que ele viu a necessidade de se explicar: "Eu 'tô sempre aqui.", deu de ombros. Você suspirou como se estivesse exausta, indo em direção ao guarda-roupas para procurar algo decente para vestir. Mas algo acendeu no seu cérebro...
"Isso quer dizer que você me vê quando eu...?", não havia coragem suficiente para finalizar a pergunta.
"Quer mesmo saber a resposta?", ele sorriu, provocante. Custou alguns segundos até que você finalmente decidisse.
"Não. Não quero.", resolveu não acabar com a sua própria paz, voltando a procurar alguma coisa no meio das peças.
"Você tem um encontro. Não tá animada?", mudou o assunto, pegando uma das pelúcias na sua cama. Balançava o ursinho no ar, vendo Hoshi tentar agarrá-lo.
"Não sei dizer. 'Tô meio nervosa, não costumo fazer essas coisas.", mordiscou o lábio inferior, já podia sentir seu estômago revirando.
"Vai ver que é por isso que 'cê tá encalhada.", cantarolou o insulto — como se isso fosse torná-lo menos ofensivo. Você o olhou furiosa, prestes a jogar a toalha na direção dele. "Você sabe que não adianta...", inclinou a cabeça com indiferença. Chan adorava brincar com a sua paciência, pois sabia que você era incapaz de revidar.
"Você é um cupido muito fajuto! Não 'tá me ajudando em nada.", bufou, voltando a separar suas opções de peças para usar essa noite.
"Já te expliquei que não sou um cupido. Sou um guia."
"Um guia muito desregulado pelo visto. A essa altura do campeonato eu já deveria saber quem diabos é 'o amor da minha vida', não acha?", fez aspas com os dedos, ridicularizando o termo. Toda essa situação te deixava impaciente.
"E você está no processo de descoberta, ué.", o homem não parecia minimamente afetado com a sua irritação. "Quando a pessoa certa aparecer, vai ser perceptível. "
"Ah é? Mas se eu soubesse que era assim, eu mesma teria procurado sozinha. Daria no mesmo.", você agora alternava entre duas tarefas: discutir com Chan e escolher entre duas camisetas.
"Se você soubesse que era assim, você não se daria ao trabalho de procurar. Eu te conheço, garota. Tá achando que eu sou quem?", jogou o ursinho no canto, desistindo de brincar com Hoshi. "E outra, o feitiço falava sobre achar o seu amor verdadeiro, a parte de se apaixonar por ele não estava inclusa.", você se virou, encontrando-o meio deitado na sua cama — completamente relaxado.
"Então você basicamente 'tá me dizendo que eu preciso me apaixonar pelo cara que vai me levar 'pra sair hoje?", esperava muito estar certa.
"Não. Eu 'tô te dizendo que só tem um jeito de descobrir se ele é a pessoa certa.", ele sorriu com jeito que a sua expressão se fechou e você se virou relutante para as roupas, achava uma graça. "Confia em mim, vai... nós estamos fazendo progresso, prometo 'pra você.", Chan não esperou que você respondesse, já estava acostumado com a sua teimosia. "Escolhe a azul, você fica mais confortável com ela."
"Chato!", só insultou porque sabia que ele ele tinha razão. Você juntou tudo o que precisava, voltando para o banheiro, bateu a porta com certa força — queria deixar claro que estava chateada.
"Cê sabe que não faz diferença a porta estar aberta ou fechada, né?", zombou, alto o suficiente para que você pudesse escutar.
"Eu gosto de fingir que faz.", você gritou de volta, ouvindo ele soltar uma gargalhada fofa.
[...]
Dizer que seu encontro estava sendo maçante era um eufemismo. Você nunca se sentiu tão exposta e isso era desconfortável. O pior de tudo é que você nem culpava o homem sentado à sua frente. Dava para ver que ele estava se esforçando para te impressionar e isso tornava tudo mais complicado. Era um restaurante muito aconchegante. A mesa que vocês escolheram te permitia observar o parque iluminado pelas luzes noturnas, dava para ver casais passeando, senhorinhas sentadas conversando animadamente e algumas crianças brincando sob o olhar vigilante dos pais. Você pensou que Chan provavelmente gostaria de visitar o parque nesse horário, já que vocês vieram uma vez durante o dia e ele não parava de reclamar sobre o sol estar fazendo os olhos dele arderem.
"Você gosta de passear por aqui?", a voz do homem te tirou dos seus pensamentos. Você franziu o rosto, demonstrando que não havia entendido. "O parque. Você parece gostar dele.", esclareceu.
"Ah! É muito bonito. Mas eu só vim uma vez com...", interrompeu a si própria, não gostaria de ter que se explicar. "Com uma prima minha.", forçou um sorriso.
"A gente pode ir lá quando acabar de comer. Quer dizer, se você quiser...", sugeriu, esperando sua aprovação.
"Claro. Seria ótimo.", nunca havia se esforçado tanto para soar genuinamente interessada — nem quando precisava se reunir com os investidores da empresa na qual trabalhava.
Amaldiçoava Chan mentalmente, ele deveria ter previsto que toda essa coisa de encontro não ia acabar bem. Mas que tipo de guia era ele?! Você se desculpou, pedindo licença para ir até o banheiro — precisava respirar. Soltou um longo suspiro quando entrou no cômodo. Olhava em volta, esperando Chan aparecer magicamente. Pensou que tudo seria tão mais fácil se ele estivesse com você, mas nada aconteceu nos cinco minutos que você esperou. Definitivamente estava sozinha e agora frustrada consigo mesma. Sempre foi muito independente, então por que agora parecia precisar tanto dele?
O jantar seguiu tão aborrecedor quanto no começo — bom, pelo menos para você. O tempo parecia não passar, você até agradeceu quando ele finalmente te levou para o parque, pois aquilo era sinal de que a noite estava prestes a acabar. Sabia que poderia ter ido embora a qualquer momento, mas se sentiria mal depois. Ele era boa pessoa e estava te tratando tão bem, você sentiu que dava para esperar — sentiu que deveria esperar. A maior parte do caminho que vocês traçaram foi permeada pelo mais absoluto silêncio, monótono o suficiente para te dar a capacidade de organizar sua cabeça. Você não era capaz de identificar os pensamentos dele e esperava que ele não conseguisse ler os seus. Tinha medo de que ele também descobrisse o que você havia acabado de descobrir.
[...]
Bateu a porta assim que entrou, descontando parte dos seus sentimentos nela. A frustração fazia sua respiração pesar, seu corpo formigava, como se você estivesse desconfortável dentro da sua própria pele. Finalmente foi capaz de se acalmar e percebeu que Hoshi não apareceu no cômodo, como sempre fazia quando você chegava em casa — estranhou a ausência do bichinho. Ouviu um burburinho vindo do seu quarto, em outras circunstâncias você se assustaria, mas já tinha certa noção do que se tratava. Abriu a porta do cômodo e encontrou Chan brincando animadamente com Hoshi, o sorriso do homem desapareceu assim que ele te olhou nos olhos.
"Você tá bem?", soou genuinamente preocupado. Largou o brinquedo no chão, deixando que Hoshi brincasse sozinho. Estranhou sua falta de resposta e te observou passar direto, como se ele não existisse — e, parando para pensar, esse era o caso. "Foi tão ruim assim?", torceu os lábios, ainda intrigado com o seu comportamento. "Aconteceu alguma coisa, _____?", levantou a voz, agitado.
"Você sabe exatamente o que aconteceu.", retirava os acessórios com irritação, colocando-os em cima da penteadeira.
"Eu não sei. Eu não 'tava lá.", pontuou, parecia contrariado.
"Vai fingir mesmo que não?", você se virou. Chan agora estava de pé, os olhos retribuíam a mesma intensidade que era oferecida pelos seus. Ele suspirou, enfim abaixando a própria guarda. "Se você sabia, por que me deixou ir?"
"Eu não sabia.", deu de ombros. Encarava o chão, havia perdido a coragem de te olhar.
"Vai mentir 'pra mim agora? Você me conhece. Ou, pelo menos, gosta muito de fingir que sabe tudo sobre mim. Como que deixou passar algo tão óbvio?", tudo soava acusatório, foi a vez dele de não oferecer nenhum tipo de retorno. "Não vai me responder?"
"E se você só estiver confusa?", falou depois de um tempo. "Nada garante que sou eu. E se você só se acostumou em me ter por perto?", as palavras ecoaram na sua cabeça. 'Nada garante que sou eu'... existia sim algo capaz de te dar essa resposta, bastava saber se você teria coragem suficiente para testar sua teoria. A essa altura já estava completamente presa nessa história, e se no processo de ter sua resposta você realmente precisasse arriscar tudo, era o que escolheria fazer.
"Chan?"
"O que foi?", te olhou nos olhos, era intenso e te enchia de expectativa. Ele já suspeitava, mas estava claro que queria te ouvir pedindo.
"Eu quero te tocar.", você engoliu seco, incapaz de quebrar o contato visual.
"Por que?", a pergunta te fez franzir a testa. Você não tinha uma justificativa, não sabia que precisava de uma.
"Eu não sei."
"Sabe sim.", disse baixinho, o timbre grave te fazendo arrepiar mais ainda. Se sentia fraca, como se cada uma das suas paredes tivessem sido quebradas.
"Eu preciso de você."
"Tem certeza disso?", franziu as sobrancelhas, parecia receoso.
"Channie, por favor...", seu coração queria sair pela boca. Os dedos formigavam, como se tocá-lo fosse uma necessidade fisiológica.
"Se você me tocar tudo acaba. Você sabe disso, não sabe?", disse de um jeito penoso. Seu peito apertou e dava para perceber que ele também se sentia angustiado. "Você lembra dessa parte?", o homem parecia tão dividido quanto você. "Eu também preciso de você.", sabia que você já havia tomado sua decisão.
"Era você o tempo todo, não era?", a pergunta era retórica, já estava bem claro para vocês dois.
"Eu percebi tarde demais.", riu sem humor, havia remorso no jeito dele se expressar. Não nega que aquilo te surpreendeu, tinha certeza que desde o começo Chan sabia que a "pessoa certa" era ele mesmo.
"Fica comigo.", suplicou, mesmo sabendo que era em vão. Ele se aproximou mais, seu corpo esquentou.
"Só hoje.", esclareceu, te olhando para ter certeza da sua decisão. Você concordou com a cabeça. Chan acariciou seu rosto com as pontas dos dedos delicadamente, parecia ter medo de te quebrar. Sua visão ficou turva com o contato, como se uma pressão estranha enchesse o ambiente — te sobrecarregando. Ele envolveu suas bochechas com as mãos, colando a testa na sua. Você se segurava nos braços dele involuntariamente, suas pernas estavam fracas, sentia que poderia cair a qualquer momento. Não sabia explicar se toda a intensidade da situação deveria ser atribuída ao fato de Chan não ser exatamente um ser humano.
"Channie...", sussurrou, a voz trêmula.
"Eu 'tô aqui. Eu sou só seu.", não sabia explicar, porém aquilo era exatamente o que você precisava ouvir. Ele respirou o mesmo ar que você por alguns segundos, o olhar cravado no seu não te deixava espaço para pensar em mais nada. Seus olhos se fecharam quando o homem finalmente te beijou. Era exatamente o que você queria, do jeitinho que você gostava — sem que você nunca tivesse que explicar. O que começou como um carinho sutil e cuidadoso, evoluiu para um contato mais desesperado. Chan explorava sua boca com desejo, tentando memorizar cada partezinha e como todas as maneiras que ele te tocava faziam seu corpo reagir. Você queria fazer o mesmo, porém não conseguia assumir o controle de si própria. Ele te dominava sem precisar fazer nada para tal, como se você estivesse enfeitiçada. Apertou os olhos, enquanto Chan sorvia a pele do seu pescoço com avidez, você arfava com as sensações. As mãos na sua cintura sendo as únicas coisas te deixando de pé.
"Amor.", a palavra se derramou dos seu lábios, parecia certo, parecia natural. E ele te entendeu. Te suspendeu pela cintura, te levando no colo até a cama. A boca parecia incapaz de deixar sua pele. Você arqueava o corpo contra ele, como se fosse possível ficar ainda mais perto. Tentou te fazer deitar com toda a delicadeza que o próprio desespero permitia, afastando-se por alguns segundos para tirar a camisa e você aproveitou a distância para se despir da sua camiseta. O homem rapidamente se aproximou, era doloroso ficar longe. Você franziu a testa ao sentir a pele quente tocar a sua diretamente. Era gostoso sentir o corpo dele no seu, queria ficar assim para sempre. Ele parecia tão afetado quanto você, as mãos inquietas não sabiam onde tocar — queria tudo e nada ao mesmo tempo.
"Porra, eu preciso tanto de você. Tanto...", Chan murmurou com sofreguidão, falando consigo mesmo. Tomou seus lábios mais uma vez, faminto. Suas mãos se emaranharam nos fios castanhos, as pernas circulando a cinturinha esguia, querendo mantê-lo o mais próximo possível. Tentava roçar o quadril contra o dele, impulsionando o corpo para cima. Ele fazia o mesmo, pressionando o próprio íntimo contra o seu, simulando estocadas lentas. Não dava para sentir muita coisa, ainda haviam muitas peças de roupa no caminho. Mas o tesão de ter ele ali tão pertinho te fazia gemer contra os lábios do homem.
Chan rompeu o tecido do seu sutiã na parte da frente, era uma peça frágil, mas você não tinha forças para se importar. Afastou-se dos seus lábios com pesar, você até tentou seguí-lo, não queria ficar longe. Desistiu assim que sentiu a boca quentinha sugando seus seios, alternava entre os biquinhos com alvoroço. Esfregava a ponta da língua e abocanhava logo em seguida, mamando de olhos fechados. Sua mente estava uma bagunça, não sabia lidar com os estímulos e ainda assim queria mais. Chan deixou uma trilha de selinhos molhados do seu colo até o seu maxilar, te envolvendo em mais um beijo gostoso.
"Quero chupar sua bucetinha, amor. Eu posso?", pediu contra os seus lábios como se não fosse nada. Você não se deu espaço para sentir vergonha, precisava daquilo tanto quanto ele. Deu sinal verde, concordando com a cabeça. Assistiu o homem descer pelo seu corpo, desabotoando sua calça com afobação. Te livrou da peça num piscar de olhos, o rostinho vidrado no meio da suas pernas. Acariciou seu pontinho com o indicador, fascinado com o quão transparente o tecido da sua calcinha havia ficado. Afastou tudo o que conseguiu de ladinho, vendo alguns fios do líquido viscoso acompanhando. A língua quentinha entrou em contato com o seu centro, você precisou de muito autocontrole para não se contorcer inteira. Ele lambia as dobrinhas com dedicação, empenhado em engolir todo o líquido que saía de você. Tentava enfiar o músculo molhado dentro da sua entradinha para provar ainda mais do seu melzinho, você sentia as vibrações dele gemendo contra o seu buraquinho — como se estivesse embriagado com o seu gosto.
Você se agarrava aos lençóis, revirava-se como se estivesse tentando escapar das mãos firmes que mantinham suas pernas abertas. Chan não parecia se importar com o movimento, abriu ainda mais sua buceta. Sugava seu pontinho com afinco, praticamente mamando ali. Seus olhos já reviravam, jurava que ia derreter com o calor que estava sentindo. Os dentes dele roçaram de levinho no seu clitóris, você não conseguiu mais aguentar. Dava para sentir sua entradinha se molhando inteira, Channie não perdeu tempo, sugou tudo o que conseguiu, adorando sentir você pulsando na língua dele. O homem não parecia ter a intenção de parar, forçava a língua dentro da sua entradinha estimulando seu pontinho com o polegar só para fazer você se molhar mais.
"Chan! Por favor...", soluçou. Ele gemeu em resposta, finalmente abriu os olhos, te encarava como se quisesse te devorar. "Tá sensível.", reclamou num fio de voz, esperando qualquer sinal de clemência por parte dele. O homem pareceu ter pena, afastando-se com selinho casto no seu pontinho. Se posicionou em cima de você novamente, iniciando um ósculo calmo. Segurava seu maxilar no lugar, controlando os movimentos da sua cabeça. A dominância parecia ser fruto do mais puro desejo, o discernimento era cegado pelo tesão e você definitivamente não estava reclamando.
"Que bucetinha gostosa, amor.", sussurrou contra os seu lábios. Voltou a roçar o próprio volume no meio das suas pernas, parecia até involuntário. "Deixa eu te foder?", os olhinhos fixados acima dos seus faziam todo o trabalho de suplicar. Mas você realmente achava que iria acabar desmaiando se deixasse o homem te tomar agora, era como se ele estivesse sugando a sua energia — se sentia tonta, realmente precisava de alguns minutos.
"Chan-", queria negar, mesmo pulsando de tanta vontade.
"Eu sei, amor. Eu sei.", alinhou os fios do seu cabelo num gesto carinhoso. "Mas é que ela tá apertando tão gostoso agora...", uma das mãos serpenteou até seu íntimo, acariciando o interior das suas coxas. "Eu faço devagarinho, por favor... deixa eu te sentir.", choramingou o pedido, era de dar dó — você se melou ainda mais. Finalmente se rendeu, concordando com a cabeça. Já se sentia fora de si, temia o estado do seu corpo quando ele finalmente acabasse com você. Chan entrou com calma, te alargando aos pouquinhos, seus olhos apertaram, tentando assimilar a pressão no seu ventre. "Shhhhh. Quase lá.", o homem tentou te tranquilizar, selando sua testa.
Você chamou por ele algumas vezes, arfando assim que ficou cheinha. A respiração ofegante no seu pescoço deixava explícito que Chan também se sentia sobrecarregado. As estocadas começaram vagarosamente, ele mal se mexia, temendo te machucar de alguma maneira. Te estimulava de um jeito gostosinho, mamando nos seus seios para te distrair. Sua expressão estava aérea, molinha com a maneira que ele se esfregava dentro de você. Chan esvaziava seus pensamentos e completava sua alma na mesma medida. Era como estar no lugar certo, na hora certa e com todas as circunstâncias ao seu favor — como se nada nesse mundo fosse capaz de te fazer mal. Você trocaria qualquer coisa para experimentar essa sensação pelo resto da sua vida. Um selo demorado te roubou o ar, o homem arfava contra os seus lábios, deixando alguns ruídos baixinhos escaparem.
"Eu te amo.", a confissão foi sussurrada junto ao seu ouvido acompanhada de um gemido sofrêgo. Ele aumentou a velocidade, sem nem te dar a chance de responder. Os sons molhados que enchiam o cômodo eram completamente obscenos, o jeito que Chan te fazia gemer não estava ajudando na situação. Você não se importava mais, o corpo chacoalhando enquanto você gozava de forma totalmente inesperada.
Não queria deixá-lo ir, fincou as unhas nas costas fortes, sentindo ele estocar num ritmo quase animalesco. Repetia um mesmo mantra que consistia em uma série de "Por favor(es)", implorando para que isso fosse o suficiente para mantê-lo dentro de você. Impulsionou a própria cintura mais algumas vezes, buscando mais um orgasmo. Ouviu o homem choramingando no seu ouvido de um jeito dengoso e isso foi suficiente para te quebrar. Convulsionou no mais puro êxtase enquanto Chan pulsava, liberando o líquido quente dentro de você.
[...]
"Amor?", o apelido fez seu coração apertar, nunca havia sentido algo assim e temia nunca mais sentir. "Me procura, tá bom?, ele pediu em um fio de voz. Você concordou com a cabeça, não sabia o que isso significava, mas parecia ser importante para ele. "Promete 'pra mim?", a voz era distante.
"Prometo.", fechou os olhos e ele selou suas pálpebras. "Eu amo você, Channie.", sussurrou. Sentiu o calor deixar o seu corpo, encolheu-se para tentar despistar a brisa gélida que corria pelo cômodo. O corpo afundou no colchão, como se o estofado estivesse prestes a te engolir e tudo virou um borrão.
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As coisas ficaram frias por muito tempo, como se a aura gélida daquela noite estivesse te acompanhando em todos os momentos. Você não nega que havia se tornando um tantinho mais reclusa, mas não havia ninguém digno de levar a culpa senão você mesma. Era doloroso sentir falta de algo o qual você sequer tinha certeza de que realmente aconteceu. Nada atestava a existência de Chan, exceto pelas manchas avermelhadas que decoraram seu corpo por algumas semanas após a partida dele. E era frustrante o fato de você sequer conseguir ser capaz de falar sobre isso com alguém. O número de pessoas nas quais você confiava o suficiente para desabafar era minúsculo, e ele se tornava nulo quando o tema do desabafo era o seu suposto namorado místico que você nem tinha como provar que existiu — você ainda se achava lúcida demais para acabar em um manicômio.
[...]
"Tá vendo?! Te falei que aqui era um lugar legal.", sua amiga tagarelava animadamente desde o momento em que vocês pisaram os pés no espaço. Era uma espécie de barzinho a céu aberto, a estrutura principal imitava um bangalô de praia e era muito bem decorada com todo tipo de referência à lugares litorâneos. A piada estava no fato do lugar ser um tanto quanto distante do mar, mas repleto de todo o tipo de piscinas possíveis.
"É, achei interessante.", você forçou um sorriso afável, realmente não estava no clima. Evitava olhar muito em volta, começava a entender todas as reclamações que Chan fazia sobre o sol.
"Poxa, pelo menos finge que gostou...", ela fez beicinho, simulando desapontamento. Você se sentiu meio culpada.
"Eu gostei, desculpa. É que eu não tô muito bem ultimamente."
"Eu percebi. Quase não acreditei quando você aceitou sair comigo, achei que ia precisar sequestrar o Hoshi e usar ele de refém.", gargalhou, te fazendo sorrir no processo. "Sério, não sei o que aconteceu, mas eu tô aqui, tá bom? Chama sempre que precisar."
"Eu sei, obrigada!", puxou a mulher para um abraço carinhoso. Ainda se sentia mal, sabia que estava sendo negligente com suas amizades nos últimos tempos, só não sabia que era tanto assim.
Conversaram por tempo demais, você até se sentia mais leve. Sua amiga parecia ter todo o tipo de atualização possível sobre a própria vida, já você... nem tanto, mas sempre fora excelente ouvinte e adorava estar a par do que acontecia com as pessoas que você amava — havia sentido falta disso. Estava indo tudo muito bem, exceto quando tudo deixou de estar bem. Faziam alguns minutos desde que a sua audição jurava ter captado um som, um som muito familiar — uma risada, para ser mais exata — e você não foi capaz de prestar atenção em mais nada. Convenceu-se de que estava finalmente enlouquecendo, era o efeito de estar presa em casa por tanto tempo. Resolveu ignorar e obteve muito sucesso na sua escolha. Bom, pelo menos até agora.
"... ele 'tava jurando que não tinha visto a dm que ela mandou na tela de bloqueio dele. E pior, eu-", a mulher interrompeu o próprio monólogo ao ver você se levantar. "Onde 'cê tá indo?"
"Eu vi...", olhava para os lados, atordoada. "Eu já volto.", saiu aos tropeços, acidentalmente (ou não) ignorando todas as perguntas que sua amiga fazia, a voz ficando cada vez mais distante. Ouviu a risada novamente, dessa vez mais perto. O dono dela parecia ser um homem de preto a poucos passos de distância. Suas pernas quase vacilaram, enquanto você se aproximava com lentidão — como se quisesse adiar a descoberta o máximo de tempo possível.
"Chan?", a voz saiu trêmula. Seu corpo reagia contra a sua vontade, não queria assustá-lo — no fundo, ainda temia ter cometido um engano.
"Hm?", o homem se virou confuso, te olhando com os olhinhos meio arregalados. Você sentiu o coração vacilar dentro do peito.
"É você mesmo?", custou muito para não gaguejar, não sabia o que dizer.
"Sim, eu...", escaneou seu rosto, franzindo as sobrancelhas como se tentasse te reconhecer. "Meu nome é Chan, só não sei se é o Chan que você quer.", riu nervosamente. Você ainda estava meio boquiaberta. Era ele ali, dava para perceber em todos os traços, gestos e no jeito de te olhar — não tinha como ser outra pessoa. "Não tô conseguindo lembrar de você, desculpa. A gente se conhece?", tombou a cabeça, tentando não soar indelicado.
"Não...", você puxou o ar para dentro, como se finalmente tivesse entendido. "Ainda não."
# — © 2024 hansolsticio ᯓ★ masterlist.
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