#cadeia produtiva do algodão
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Associações globais se unem para fortalecer a indústria de algodão
Associações brasileira, americana e australiana de exportações da fibra assinam acordo para impulsionar ainda mais a cadeia produtiva e de abastecimento
A Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (ANEA), juntamente com a Associação Americana de Exportadores de Algodão (ACSA) e a Associação Australiana de Exportadores de Algodão, acaba de assinar um acordo histórico. O documento visa dar contribuições positivas para toda a cadeia produtiva e de abastecimento da fibra e o seu desenvolvimento econômico global. O acordo foi assinado na…
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Foto: Marco Favero / Arquivo / SECOM Santa Catarina teve crescimento de 17,5% na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2023, comparado a 2022. O estado também se mantém como maior produção de maçã e cebola, com 593,1 mil toneladas e 377,6 mil toneladas, respectivamente. Os dados são da pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção catarinense subiu duas posições, ficando em nono lugar, entre as 27 unidades da federação. Os 14 produtos que compõem o grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas são: algodão herbáceo, amendoim, arroz, aveia, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja, trigo e triticale. A quantidade produzida chegou a 7,1 milhões de toneladas em 2023. Santa Catarina segue na liderança na produção de maçã e cebola, responde por metade da produção nacional de maçãs (1,2 milhões de toneladas), com 593,1 mil toneladas. São Joaquim é líder entre os municípios catarinenses com 53,1% (315 mil toneladas). A cebola também lidera com produção de 377,6 mil toneladas, sendo Ituporanga a primeira em produção no estado, com 89,9 mil toneladas. O segundo lugar em produção agrícola no estado ficou com a banana (693,4 mil toneladas), fumo (183 mil toneladas) e pêra (4,9 mil toneladas). Na terceira posição estão erva-mate com 100 mil toneladas, maracujá (46,9 mil), pêssego (18 mil) e noz (216 toneladas). Em 2023 a área plantada cresceu 0,4%, com 6,2 mil hectares a mais em 2023. O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, destaca os programas e incentivos criados na gestão do governador Jorginho Mello. Além do trabalho integrado da Secretaria e empresas vinculadas Epagri, Cidasc e Ceasa converge para o crescimento e fomento de produtos catarinenses. “Santa Catarina é uma potência na produção agropecuária, que mostra toda força de trabalho dos agricultores e da cadeia produtiva. Os produtos catarinenses são de excelência e consolidam nosso estado como referência para o Brasil e exterior”, destaca Colatto. Produção de grãos A soja (2,9 milhões de toneladas) respondeu por 41,3% da produção de grãos catarinense, crescimento de 36,7% em relação a 2022. O milho (2,6 milhões de toneladas) produziu 448 mil toneladas a mais que em 2022, um crescimento de 20,9%. Santa Catarina permanece como segundo produtor nacional de arroz (1,2 milhão de toneladas), mesmo com redução de 1,5% entre 2022 e 2023. O triticale (4,9 mil toneladas) e a cevada (4,1 mil toneladas) mais que triplicaram a produção, crescendo, respectivamente, 203,2% e 265,8%. Destaque Os dados da PAM estão relacionados apenas a produção agrícola de 2023, Santa Catarina também tem grande destaque na produção agropecuária. O estado é campeão nacional na produção de carne suína e vice-campeão na produção de carne de frango. A Epagri/Cepa por meio do Observatório do Agro e do Infoagro produz a série histórica, já com dados de 2024, com estimativa para 2025. As estimativas de produção também podem ser acompanhadas mensalmente pelo Boletim Agropecuário, que traz informações conjunturais referentes ao desenvolvimento das safras, da produção e dos mercados. Publicações – Observatório Agro Catarinense (observatorioagro.sc.gov.br) Informações à imprensa:Andréia Cristina OliveiraAssessoria de ComunicaçãoSecretaria de Estado da Agricultura e Pecuá[email protected]: (48) 3664-4393 Fonte: Governo SC
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Brazilian Cotton School oferece curso sobre a cadeia produtiva do algodão
A Brazilian Cotton School está com inscrições abertas para a sua segunda turma, que terá início em 17 de março de 2025 e se estenderá até 4 de abril do mesmo ano. O curso será realizado em dois locais: a primeira semana em Brasília (DF) e as duas semanas subsequentes em São Paulo (SP). Serão oferecidas 120 horas de aulas presenciais, que incluirão visitas a fazendas produtoras, ao Centro…
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A Coamo, maior cooperativa da América Latina, deu um passo significativo em sua estratégia de expansão e industrialização ao inaugurar sua nova fábrica de ração em Campo Mourão, Paraná. Este empreendimento é parte de um movimento mais amplo que inclui um investimento massivo de R$ 1,7 bilhão na construção de uma usina de etanol de milho, prevista para ser uma das maiores do Brasil. A nova fábrica de ração, com um investimento de R$ 178 milhões, possui 6 mil metros quadrados de área construída e é equipada com tecnologia de ponta para a produção de 200 mil toneladas de ração por ano. A planta atenderá a diversas cadeias produtivas, incluindo gado de corte e leiteiro, suínos, aves, peixes, equinos, cães e gatos. Essa diversificação é um reflexo da missão da Coamo de agregar valor aos produtos dos seus cooperados, ampliando sua participação no mercado de nutrição animal. Em paralelo, a Coamo inicia a construção de sua planta de etanol de milho, que deve entrar em operação em 2026. Com capacidade para produzir 258 milhões de litros de biocombustível anualmente, a usina também será capaz de gerar subprodutos como DDGS (farelo de milho) e óleo de milho, além de contar com uma usina termelétrica para suprir as necessidades energéticas do complexo industrial. Esse movimento da Coamo não só consolida o Paraná como um polo de industrialização agrícola, mas também reforça a posição do estado como um dos maiores produtores agropecuários do Brasil. A estratégia de industrialização adotada pela cooperativa desde 1970, quando iniciou suas operações com 79 cooperados, agora abrange mais de 31 mil associados, marcando uma trajetória de sucesso e expansão contínua. O governador Carlos Massa Ratinho Junior, presente na inauguração, destacou a importância dos investimentos da Coamo para o desenvolvimento econômico da região e para a geração de empregos no Paraná. Atualmente, a cooperativa já emprega cerca de 1,7 mil pessoas em seu parque industrial de Campo Mourão, número que deverá aumentar com a expansão das novas fábricas. Com a nova planta de etanol, a Coamo planeja processar 20% do milho recebido, ampliando significativamente o valor agregado do produto. Além disso, a diversificação da produção com a utilização de milho, soja, trigo, café e algodão, entre outros, fortalece ainda mais o portfólio da cooperativa, garantindo retornos diretos para seus cooperados. O presidente do Conselho de Administração da Coamo, Aroldo Gallassini, ressaltou que a inauguração da fábrica de ração e o início da construção da usina de etanol representam mais um marco na história da cooperativa, que desde sua fundação tem se dedicado a agregar valor à produção agrícola. Gallassini enfatizou que esses novos empreendimentos são fruto de um planejamento estratégico focado na sustentabilidade e na industrialização, garantindo a competitividade da Coamo no cenário nacional e internacional. O futuro parece promissor para a Coamo, que continua a investir em inovação e expansão para fortalecer sua posição de liderança no setor agroindustrial. Com a consolidação desses projetos, a cooperativa não apenas diversifica sua base de produtos, mas também reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a geração de valor para seus cooperados e para toda a região.
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Brasil desbanca EUA e assume liderança mundial na exportação de algodão
Antecipando uma meta prevista para ser alcançada apenas em 2030, em uma virada histórica no comércio global, o Brasil superou os Estados Unidos e tornou-se pela primeira vez o maior exportador de algodão do mundo. A notícia foi confirmada durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),…
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Brasil ultrapassa EUA e se torna maior exportador de algodão do mundo
O anúncio foi feito durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizada durante o 21° Anea Cotton Dinner, conferência promovida pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), em Comandatuba, na Bahia. Source link
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Mercado Livre promove venda de produtos sustentáveis da Amazônia
O Mercado Livre se uniu à Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), iniciativa que busca a construção de soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, para promover a venda online de produtos da biodiversidade amazônica na sua plataforma.
As marcas da rede estarão em destaque na Categoria de Produtos Sustentáveis do marketplace.
A iniciativa faz parte da estratégia de sustentabilidade do Mercado Livre que, entre outros objetivos, busca capacitar e apoiar a atuação de empreendimentos que já promovem impactos socioambientais positivos, além de ampliar a venda de produtos sustentáveis na plataforma.
“Entendemos que o comércio eletrônico pode ser uma alternativa para os desafios de comercialização e logística na região, e que o incentivo a esses empreendedores contribui para a geração de renda e para a conservação florestal no território, além de apoiá-los neste delicado momento de pandemia”, afirma Laura Motta, Gerente de Sustentabilidade do Mercado Livre.
A parceria já conta com oito empreendimentos, entre eles, Manioca Brasil e Da Tribu, que comercializarão um portfólio diversificado de produtos como colares, anéis, brincos e pulseiras de fios de algodão cobertos de látex, chocolates e geléias de cacau, açaí e de pimenta de cheiro, doce de cupuaçu e molho de tucupi preto, entre outros.
A previsão é de que, até o final do ano, pelo menos 20 empreendimentos façam parte da iniciativa e de que mais de mil famílias, de 60 comunidades locais, sejam beneficiadas com a ação.
Produção sustentável
“Um dos aspectos essenciais de desenvolver as cadeias de produtos sustentáveis da Amazônia é que eles possam chegar aos consumidores. A entrada do Mercado Livre na PPA e esta parceria com o Programa de Aceleração vieram em um momento chave para podermos continuar apoiando negócios de impacto”, disse Augusto Corrêa, Secretário Executivo da PPA.
“A Amazônia oferece produtos incríveis, que são desconhecidos pela maioria dos brasileiros. O grande desafio da atualidade é movimentar uma nova economia para a região por meio de empreendedores e negócios sustentáveis, que geram renda e qualidade de vida para comunidades locais e ajudam a conservar a floresta”, explica Mariano Cenamo, Coordenador do Programa de Aceleração de Negócios e Investimento da PPA e Diretor de Novos Negócios do Idesam.
“No contexto atual, esses empreendimentos perderam acesso aos mercados e praticamente interromperam suas atividades – já que não estavam preparados para o comércio online. O nosso maior objetivo na parceria com o Mercado Livre é abrir novos canais de comercialização e conectar um pouco mais os brasileiros com a floresta amazônica”, finaliza Marcelo.
Confira alguns dos participantes
CACAUWAY (PA) Cooperativa de agricultores produtores de cacau que possui uma pequena indústria que processa a matéria-prima (cacau) e transforma em chocolate e derivados, agregando valor a cadeia produtiva, valorizando os cooperados e promovendo o desenvolvimento socioeconômico e a sustentabilidade ambiental na região da Transamazônica.
INSTITUTO OURO VERDE (MT) Facilita o acesso de agricultores a recursos para restauração de áreas degradadas e transição agroecológica dos sistemas de produção de alimentos, aproximando consumidores de produtores familiares.
MANIOCA BRASIL (PA) A marca, que já coleciona produtos como as geleias de pimenta de cheiro, doce de cupuaçu e o molho de tucupi preto, busca conectar pessoas à Amazônia por meio de alimentos criativos e naturais elaborados a partir de três princípios: trabalho com ingredientes da região, criação de produtos 100% naturais e promoção do comércio justo com produtores, comunidades, cozinheiros que são a base da culinária paraense.
NA FLORESTA/NAKAU (AM) Processa e comercializa chocolates genuinamente amazônicos de diversos sabores, gerando renda e mais qualidade de vida para famílias ribeirinhas e conserva a floresta.
TUCUM (RJ) Iniciativa para venda de produtos e artesanato indígenas que busca valorizar e promover a arte dos povos da floresta, estabelecendo relações comerciais sólidas, pautadas na legalidade e no equilíbrio financeiro.
TABERNA DA AMAZÔNIA (AM) Atua na criação de elos mais curtos na cadeia de produção e vínculos mais diretos entre pequenos produtores da região norte e consumidores do sudeste. Tem como objetivo criar uma rede confiável que empodera e apoia o desenvolvimento sustentável dessas iniciativas locais.
CAFÉ APUÍ AGROFLORESTALl Em 2012, o Idesam verificou que os frutos de cafezais abandonados apresentavam uma qualidade maior do que outros ainda ativos, pois o crescimento da floresta ao redor do cafezal forneceu sombra ao fruto. Tendo a natureza como inspiração e mentora, o Idesam ‘plantou’ a ideia do projeto Café em Agrofloresta e hoje cerca de 30 famílias colhem os frutos desta parceria, com o lançamento de dois produtos: o Café Apuí Agroflorestal e o Café Apuí Orgânico
DA TRIBU (PA) Acessórios contemporâneos – colares, anéis, brincos e pulseiras – com tecnologia da floresta, valorizando a biodiversidade e o meio ambiente por meio de dois insumos: fios de algodão cobertos de látex e papel reciclado. As peças, além de lindas e únicas, perfeitas para um look descolado, contribuem para gerar renda para as comunidades amazônicas e manter a floresta em pé.
CHOCOLATE DE MENDES (PA) Um chocolate com terroir amazônico, elaborado a partir do cacau nativo da região, em parceria com comunidades tradicionais no processo produtivo, que recebem treinamento para a produção de cacau fino (colheita, seleção, fermentação e secagem).
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Mercado Livre promove venda de produtos sustentáveis da Amazônia Publicado primeiro em http://ciclovivo.com.br/
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Destaque mais uma vez para o setor primário no PIB Agro
Resultado global no acumulado do ano foi impulsionado pelo segmento primário, que teve expansão de 11,67% em razão da alta de preços e aumento da produção
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 4,62% no acumulado de janeiro a maio deste ano em relação ao mesmo período de 2019, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O resultado foi puxado principalmente pela atividade primária (dentro da porteira), que teve expansão de 11,67% nos cinco primeiros meses de 2020, por conta da alta de preços e da estimativa de aumento da produção. Nos outros segmentos da cadeia global do agronegócio, os serviços registraram alta de 4,51%, enquanto os insumos subiram 1%.
A agroindústria foi o único a ter queda no acumulado, de 0,24%. No desempenho mensal, o PIB do agronegócio apresentou elevação de 0,78% em maio deste ano na comparação com o mesmo mês de 2019, com resultado positivo para os setores primário (3,08%), serviços (0,49%), insumos (0,17%) e recuo da agroindústria (-0,68%), reflexo dos impactos negativos da Covid-19, especialmente sobre a indústria agrícola.
A alta de preços foi um dos fatores que impulsionou o PIB tanto da agricultura quanto da pecuária. No ramo agrícola, o crescimento foi de 2,51% nos cinco primeiros meses deste ano frente ao mesmo período de 2019. Destaque mais uma vez para o setor primário, com expansão de 15,17%.
Milho, café, cacau, arroz, soja e trigo, todos com elevações superiores a 15% nos preços, foram as culturas que mais se destacaram. Na parte de produção, as maiores estimativas de safra são para: algodão, arroz, cacau, café, feijão, laranja, milho, soja, trigo e madeira para celulose.
Para os segmentos de insumos e de agrosserviços do ramo agrícola, as altas no período de janeiro a maio foram de 0,85% e 0,69%, respectivamente, enquanto a agroindústria teve retração (-3,07%).
No mês, o PIB global da agricultura, que havia recuado em abril diante da pandemia, retomou o crescimento em maio, de 0,75%, impulsionado pela expansão do segmento primário (4,62%). Houve altas de 0,08% para os insumos e de 0,11% para os agrosserviços, e queda na agroindústria (-1,15%).
Em relação ao ramo pecuário, o PIB teve elevação de 9% nos cinco primeiros meses do ano, com crescimento em toda a cadeia produtiva. O resultado reflete os bons preços das proteínas animais até maio de 2020. Os serviços foram o segmento de maior expansão no período (11,53%), seguido por agroindústria (9,04%), primário (6,20%) e insumos (1,32%). Segundo a CNA/Cepea, espera-se alta no faturamento para a criação de suínos e bovinos e para a produção de ovos.
Em maio, a pecuária cresceu 0,9%. Assim como no acumulado do ano, todos os segmentos tiveram alta: 0,37% para os insumos, 0,54% para a atividade primária, 0,83% para a agroindústria e 1,22% para os agrosserviços.
alimento seguro, ago/20. Com Assessoria de Comunicação CNA <[email protected]>
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Não existe Moda mais sustentável do que a Moda que já existe.
A compra em Brechós é algo que vai além de pagar barato. Entenda !!!
O mercado da moda dita quase que diariamente novas tendências, modas sazonais e produz novas coleções que alimentam o consumo desenfreado. A cada dia é maior e desmedido o consumo do fast fashion. Segundo dados do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), a produção de roupas, meias e acessórios no Brasil alcançou 6,4 bilhões de peças, isso em 2010... Imagine Hoje?!
Você já parou para pensar onde e como foi produzida, quem são as pessoas envolvidas na fabricação e quais são os impactos de cada peça que compramos? Os impactos decorrentes da produção percorrem toda a cadeia produtiva têxtil: desde o plantio do algodão até a confecção da peça, além dos impactos derivados da comercialização. O cultivo do algodão, em virtude da grande quantidade de pesticidas, inseticidas e fertilizantes empregados para a obtenção da fibra, causa contaminação da água, do solo e da fauna local. Além de consumir um volume gigantesco de água nos processos de beneficiamento e acabamento – alvejar e tingir produtos têxteis. Ao longo da cadeia produtiva têxtil, os impactos ambientais envolvem contaminação do solo, consumo de água, de energia, emissões atmosféricas de poluentes e resíduos sólidos. No aspecto social – e também sustentável – que muitas vezes envolve o grave problema da mão de obra explorada de maneira análoga ao trabalho escravo, infelizmente uma prática muito presente inclusive na produção de grandes cadeias de lojas e marcas que terceirizam a produção e a responsabilidade sobre a questão.
Em relação à última etapa, a confecção, os retalhos causam um impacto altamente significativo e não perceptível. No Brasil, a estimativa de resíduos têxteis é de 175 mil toneladas/ano. Desse total, apenas 36 mil toneladas são reaproveitadas na produção de barbantes, mantas, novas peças de roupas e fios. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (ABIT) na região do Bom Retiro, diariamente são descartados, inadequadamente, 12 toneladas de resíduos têxteis (retalhos) produzidos por mais de 1,2 mil confecções. A coleta dos retalhos é realizada de forma desorganizada, sem preocupação com a destinação adequada. Cada peça produzida inevitavelmente gera aparas e retalhos que atualmente são descartados no "lixo comum"😮😮😮
Segundo estimativa do Programa da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o volume de resíduos urbanos deve aumentar do atual 1,3 bilhão de toneladas para 2,2 bilhões de toneladas até 2025. Em relação ao descarte do lixo no Brasil, apenas 58% do total coletado tem como destino os aterros sanitários, terrenos que funcionam de acordo com as exigências legais. O restante é despejado em aterros controlados (24,2%) e em lixões (17,8%), e somente cerca de 4% é reciclado.
Diante desse cenário, uma das possibilidades para evitar a destinação inadequada dos retalhos é a reciclagem de tecidos e roupas.
Vamos reaproveitar as nossas peças
Vamos reutilizar os nossos retalhos
Vamos consumir em brechós e evitar o #FastFashion
Projeto #ReEditandoModa
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Anuário Brasileiro do Algodão mostra evolução da cadeia produtiva
Anuário Brasileiro do Algodão mostra evolução da cadeia produtiva
Anuário Brasileiro do Algodão mostra evolução da cadeia produtiva Os avanços da cotonicultura brasileira, liderados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), junto às estaduais e aos produtores podem ser conferidos na edição 2022 do Anuário Brasileiro do Algodão. A publicação é uma iniciativa da Editora Gazeta e está disponível online. São informações sobre produção,…
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Brasil ultrapassa EUA em exportações de algodão em 2023/2024
Informação foi divulgada durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, em Comandatuba, na Bahia
O Brasil é oficialmente, pela primeira vez, o maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos. A meta, prevista para ser alcançada apenas em 2030, foi batida antes mesmo do encerramento do ano comercial de 2023/2024. A notícia foi celebrada durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa),…
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Agronegócio blockchain
O Agronegócio e as industrias brasileiras buscam implementar blockchain, do suco de laranja ao algodão, obtendo maior controle do processo produtivo e reforçando práticas de sustentabilidade na cadeia de produção. A Citrosuco, uma das maiores produtoras de suco de laranja, focada em práticas sustentáveis, alavanca blockchain que controla todo o processo, da colheita, processamento nas fábricas e transporte ao supermercado. O diretor agrícola da empresa avalia que atende à crescente demanda dos consumidores, sobretudo europeus e americanos, “mercados exigentes e a certificação valida práticas ambientais”. Os produtores de algodão em parceria com indústrias têxteis no Programa Sou ABR, Algodão Brasileiro Responsável, reune informações sobre origem e fabricação dos produtos com blockchain na cadeia de produção e, segundo o Globo Rural, envolve a Abrapa, Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, grupo carioca Reserva, grupo AR&CO e Renner.
No rastreamento de atum a iniciativa brasileira OpenTuna foi vencedora do Tuna Awards 2021 na categoria Sustentabilidade, pioneira no Brasil na utilização blockchain no rastreamento da cadeia de pesca do atum, com o prêmio dividido em duas categorias, transição 4.0 e Sustentabilidade, reconhecendo projetos de desenvolvimento sustentável que promovam a sustentabilidade ambiental. A OpenTuna é projeto ligado à Tuna Intelligence, braço da Stonoex no setor de pescado, promotor de sustentabilidade na pesca de atum através da modernização da coleta de informações, transparência e adoção de medidas melhorando práticas a bordo com tecnologia blockchain. Impulsionada pela AAAS, Aliança do Atlântico ao Atum Sustentável, conta com a parceria da Oceana, Global Fishing Watch, Projeto Albatroz, Fundação Pró-Tamar, Universidade Federal Rural de Pernambuco e Paiche. A sustentabilidade na pesca de atum remete a 2019 com a criação do sistema digital para coleta e sistematização dos dados de capturas de espécies e locais de pesca, lançado em abril de 2021, disponível pela internet com dados de 14 embarcações da frota de espinhel, modalidade que usa um aparelho de pesca formado por uma linha principal, linhas secundárias e anzóis onde são colocadas as iscas. O site da iniciativa foi desenvolvido pela Oceana e Global reunindo mapas de bordo das embarcações vinculadas ao projeto, com áreas de pesca e a atuação da frota participante do OpenTuna voluntariamente aberta pelos empresários e disponibilizadas no mapa da Global Fishing Watch, que mostra dados de movimento dos navios de pesca comercial do mundo e, através do aprendizado de máquina, identifica mais de 65 mil embarcações de pesca incluindo tamanho, tipo, potência do motor e esforço de pesca. A iniciativa planeja desenvolver novas configurações de negócios com estratégias de comercialização e distribuição de pescado, incluindo rastreabilidade dos produtos ao longo de toda a cadeia e consolidar imagem pública à iniciativa, assumindo com o consumidor compromissos de sustentabilidade, dialogando com ele e criando demanda estável à produtos com essas características.
Moral da Nota: a Marfrig, Líder global em produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de carne bovina do mundo, adota blockchain garantindo cadeia produtiva do gado livre de desmatamento, conectando-se com fornecedores diretos e indiretos com mais segurança e transparência. O sistema Conecta, pensado em parceria com a Safe Trace, CPQD, TNC e Amigos da Terra à realidade dos parceiros da Marfrig, faz parte do plano Marfrig Verde+ lançado em 2020, visando garantir que 100% da cadeia de produção da empresa seja sustentável e livre de desmatamento até 2030, aliando produção, conservação e rentabilidade. A plataforma Conecta se divide em duas ferramentas, o Conecta Mobile, aplicativo que o produtor pode gerir as propriedades no celular e o Conecta Web, site onde o produtor, a Marfrig e parceiros escolhidos pelo produtor, consultam dados enviados e certificados, apoiando o produtor em soluções de eventuais pendências. Por fim, o Carrefour expande blockchain no rastreamento de alimentos in natura e, segundo a empresa, o produtor recebe o convite para baixar o aplicativo e se cadastrar, na sequência inclui dados da propriedade e rebanho como certificados de nascimentos, mortes e vacinação dos animais, além de convidar fornecedores e registrar compras, vendas e outras operações.
https://ift.tt/2Sg9ztQ
source http://notasdeaz.blogspot.com/2021/11/agronegocio-blockchain.html
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Embrapa: Sistema de logística agropecuária gera economia de até R$ 150 mi
Há três anos disponível gratuitamente no Portal Embrapa, o Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária Brasileira (SITE-MLog) já foi acessado por mais de 100 mil usuários.
Fonte: Embrapa Territorial
O impacto econômico promovido pelo Site-Mlog é estimado em até R$ 150 milhões. A primeira parte desse valor, R$ 5,6 milhões, corresponde à redução do tempo gasto pelos usuários para obter as mesmas informações em outras fontes. A segunda, estimada em R$ 143,9 milhões, é atribuída à diminuição de custos para o setor agropecuário, a partir de políticas públicas influenciadas por estudos logísticos derivados do sistema.
A plataforma reúne dados dispersos em mais de 20 órgãos e instituições. Mais do que disponibilizá-los todos em um só local, a equipe da Embrapa Territorial (SP) responsável pelo desenvolvimento padronizou, categorizou e espacializou as informações. Com isso, a plataforma permite gerar 500 mil mapas, além de fazer o download, em diferentes formatos, de dados sobre a logística dos dez produtos agropecuários que respondem por cerca de 90% das cargas no Brasil.
O primeiro resultado disso é a redução do tempo gasto pelos usuários em busca de informações. Em 2019, o uso sistemático por agentes públicos de dois ministérios e equipes de entidades de classe gerou economia de tempo e recursos estimada em R$ 3,1 milhões. Isso não inclui as milhares de pessoas anônimas que acessam o SITE-MLog diariamente. Para calcular o valor desse uso, a equipe de avaliadores considerou o número de usuários da plataforma até dezembro de 2020, o tempo gasto por eles navegando pelo sistema e o valor de uma consultoria na área. Chegou-se, assim, a uma economia de mais de R$ 2,5 milhões.
Coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Logística e Comercialização Agroindustrial da Universidade Estadual de Campinas (Logicom/Unicamp), a professora Andréa Leda conhece de perto as dificuldades para obter dados sobre o tema no Brasil. Além de estarem espalhados por diferentes instituições, não há padronização. Por exemplo, alguns são organizados por municípios, outros por regiões. Unidades de medida também podem ser diferentes. Ela avalia que, além de agregar, organizar os dados com uma padronização é um dos méritos do SITE-MLog. O cruzamento de informações é outro ponto forte. “Quando você gera diferentes mapas georreferenciados, quando você cruza as informações, já há uma forma de análise”, comenta.
Leda apresenta o sistema a alunos de duas disciplinas em que ministra aulas na Unicamp: Logística Agroindustrial e Comercialização Agroindustrial. A plataforma também tem sido utilizada como ponto de partida para trabalhos de pesquisa do laboratório. “Quando você busca uma primeira ideia, fazer um modelo mental ajuda muito”, afirma. Uma pesquisa de iniciação científica, orientada por ela e publicada como artigo, inspirou-se no conceito de bacias logísticas empregado no SITE-MLog para estudar o escoamento da soja produzida em Mato Grosso.
SITE-MLog pautou obras públicas
A disponibilização de dados gerados por diferentes instituições em uma única plataforma também foi valorizada pelo secretário da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Alberto Nunes Batista. “A grande sacada foi a consolidação em uma única ferramenta de informações que eram espalhadas. Você consegue trabalhar bem e desenvolver um estudo sem sair dela”, aponta. Ele já listou o SITE-MLog entre as plataformas indicadas para consultas, em curso sobre logística agropecuária em elaboração no Mapa.
Integrante de colegiados com diferentes órgãos do governo, ele afirma que os estudos sobre obras prioritárias para o escoamento da produção realizados pela Embrapa Territorial contribuíram para o delineamento dos investimentos em recuperação ou construção de novas vias de transporte. “É uma ferramenta que conhece as demandas e a pressão que a agricultura brasileira exerce sobre a logística”, avalia.
Cinco obras indicadas nos estudos logísticos do SITE M-Log foram incluídas no Programa de Parceria de Investimentos (PPI) ou no Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal: duas rodovias, duas ferrovias e uma hidrovia. Para duas delas, o trecho de Sinop (MT) a Miritituba (PA) da BR-163 e a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), há uma estimativa de economia de R$ 2,3 bilhões para o setor agropecuário até 2025. Com base em metodologia de quantificação de ganhos econômicos por contribuição à formulação de políticas públicas, o relatório de avaliação do SITE-MLog atribui 1/16 desse valor ao uso da ferramenta – o equivalente a R$ 143,9 milhões. Os autores chegaram a essa fração porque identificaram mais 15 instituições cujo trabalho influenciou a inclusão das obras entre as prioritárias.
Para outras três vias planejadas, Ferrogrão, Ferrovia de Integração Oeste–Leste (Fiol) e Hidrovia do Tocantins via Pedral do Lourenço, foi estimada a redução na emissão de gases de efeito estufa para o transporte das cargas. O modal rodoviário é o que mais gera esses poluentes pelo alto consumo de combustíveis fósseis. A substituição ou diminuição no uso de caminhões graneleiros por trens e navios diminui esse impacto. A redução total de emissões de gases de efeito estufa prevista com a implantação das três obras pode chegar a 8,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) até 2031.
Direcionar investimentos
No setor privado, os dados e os cruzamentos também têm sido utilizados para análises de mercado e direcionamento de investimentos. Foi o caso do gerente de regulação de meio ambiente do Terminal Graneleiro da Babitonga (TGB), Bruno Christofoli. Ele conta que a plataforma foi importante para entender os corredores de logística nos quais poderia haver área de influência para atrair cargas. Atualmente em fase de preparação do terreno para início da construção, o terminal fica em São Francisco do Sul, no litoral de Santa Catarina, e tem previsão de inauguração em 2024. “Ter todas as informações disponíveis em um único ponto ajuda bastante para estudos de demanda e algumas questões mais estratégicas para viabilização de investimento”, avalia. “Entender a curva de crescimento das exportações brasileiras em cada região e da produção foi muito importante”, complementa.
Retrologística e aprofundamento das análises
Para 2022, a Embrapa prepara uma nova versão do SITE-MLog, com aprofundamento das análises. O analista Gustavo Spadotti, da Embrapa Territorial, adianta que os estudos sobre armazenamento estão sendo aprofundados. “Vamos ‘entrar de cabeça’ nesse tema para entender onde há dificuldades e propor soluções”, adianta Gustavo Spadotti.
Outro tema sobre o qual a equipe se debruça é a retrologística, ou seja, a disponibilidade de carga para caminhões ou trens fazerem o caminho de volta até as fazendas e agroindústrias após levar produtos do agro aos portos ou outro destino. Uma das possibilidades para essa área é suprir a demanda por nutrientes agrícolas no território brasileiro. Informações sobre as cadeias produtivas e rotas comerciais de fertilizantes, corretivos e remineralizadores de solo estão sendo processadas em busca de soluções para a retrologística nas diferentes regiões.
Spadotti conta que também está prevista a inclusão de dados do setor agroenergético na plataforma – etanol, biodiesel, carvão vegetal, biogás etc. A equipe ainda se empenha na atualização das bacias logísticas da categoria Grãos (agrupado de milho e soja) e no delineamento de análises semelhantes para as dez cadeias produtivas já presentes no SITE-MLog: algodão, aves, bovinos, café, cana-de-açúcar, laranja, madeira para papel e celulose, milho, soja e suínos.
Muito mais do que juntar dados, a construção do SITE-MLog envolveu muito mais do que coletar informações e disponibilizá-las em uma única plataforma. Cada conjunto de dados impôs um desafio à equipe.
Na seção de Produção Agropecuária, o esforço maior foi dedicado à análise de concentração territorial. Na metodologia utilizada para identificar em quais microrregiões está concentrada a produção, elas são organizadas em quatro grupos, denominados quartéis (Q1 a Q4). Cada um deles apresenta aproximadamente 25% do volume de colheita ou do quantitativo de animais. No Q4, estão as que têm maior produção individual. Assim, por exemplo, no caso da soja no Brasil, o Q4 compreende apenas sete microrregiões que, sozinhas, geraram um quarto da produção nacional da oleaginosa, em 2016. No Q1, para chegar aos mesmos 25%, é preciso somar a colheita de 222 microrregiões.
“Observar a concentração territorial é importante para indicar onde a aplicação de recursos de infraestrutura pode ter mais impacto”, esclarece Spadotti. Nos trabalhos de inteligência territorial, consideram-se apenas as localidades nos quartéis 2, 3 e 4, o chamado G75. A análise de quais regiões saem, entram ou se mantêm nesse grupo, que concentra 75% da produção, ao longo do tempo, permite antever cenários. “Conseguimos visualizar a variação disso no tempo e verificar se há territórios persistentemente importantes na concentração territorial de determinados produtos ou se eles são mais dinâmicos”, exemplifica.
No SITE-MLog, foi feito esse trabalho de categorização em quartéis para cada uma das cadeias produtivas contempladas na plataforma. Além disso, a análise pode ser feita em relação a todo o País, a uma das cinco regiões ou a um estado, o que pode mudar completamente a configuração. Por exemplo, a microrregião de Unaí (MG) está entre as que mais concentram a produção de soja na Região Sudeste, classificada no Q4. Mas, em relação à produção nacional, figura apenas no Q2.
“A informação bruta diz que uma determinada microrregião produz 120 toneladas de soja, por exemplo. Obter essa informação não é problema. Mas é preciso baixar o conjunto inteiro de dados e rodar vários processamentos para saber qual é a qualificação desse território em termos de concentração territorial, baseado em cada um dos recortes que se propõe a analisar. Esse é um ponto bem sensível. Por mais que se tenha automatizado o processo, é preciso fazer sempre verificações e análises”, detalha a analista da Embrapa Jaudete Daltio.
Mesmo para os painéis que não envolviam essa categorização, foi preciso tratar os dados. A série histórica apresentada tem início em 1990 e, ao longo desse período, houve mudanças metodológicas importantes, o que exige conhecimento e adaptações para permitir comparações entre diferentes períodos. “É preciso se debruçar sobre os dados obtidos antes de fazer qualquer análise e olhar com cuidado cada análise para ter certeza de que não se está levando o usuário a interpretações que gerem dúvidas”, enfatiza Daltio.
Já na seção de Exportação, o desafio foi a própria obtenção dos dados e, principalmente, entender quais categorias de produtos exportados, listadas pelo então Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (hoje, Ministério da Economia), poderiam ser agregadas e atribuídas às mesmas cadeias produtivas elencadas na seção Produção, para permitir comparações. Na cadeia da laranja, foram considerados apenas dois produtos de exportação; na do algodão, 12; na de madeira para papel e celulose, 28. “O que temos aqui é uma apresentação visual de quantitativo”, diz Daltio, apontando para o painel com dados cartográficos. “Só que, para chegar nesse quantitativo e poder dizer que isso é o quanto foi exportado de algodão, que saiu desse porto e foi para determinado país, houve um grande esforço.”
Outro ponto importante foi a multidisciplinaridade da equipe, com profissionais capazes de processar os dados e apresentá-los de forma atrativa, atuando ao lado de outros com conhecimento do agronegócio brasileiro. Foi assim que se entendeu que não seria possível comparar diretamente os dados de produção com os de exportação e construiu-se o conceito de bacias logísticas. Hoje disponível apenas para a cadeia de grãos, a análise de dados nesse formato deve ser expandida na próxima atualização do SITE-MLog, prevista para 2022.
O desafio da avaliação de impacto
Uma das metodologias utilizadas para mensurar o impacto do SITE-MLog foi o Ambitec-TICs, método criado pela Embrapa para avaliar seus produtos, processos e serviços baseados em Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Consiste em um conjunto de 12 critérios, com 65 indicadores de desempenho, que abrangem as dimensões ambiental, econômica e social dos efeitos do uso de sistemas de inteligência territorial, zoneamentos, bancos de dados, softwares e aplicativos, entre outros.
À frente da iniciativa de mensurar o impacto do SITE-MLog, a pesquisadora Gisele Vilela, da Embrapa Territorial, diz que um dos desafios é apreender o significado dos números levantados. Ela acredita que a compreensão ficará melhor ao longo dos anos, com o monitoramento contínuo da evolução do produto. Vilela conta que as percepções coletadas dos usuários também são fonte para guiar atualizações e o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas.
A avaliação do SITE-MLog valeu-se também de um método desenvolvido pela analista Marlene de Araújo, da Secretaria de Desenvolvimento Institucional (SDI) da Embrapa, direcionado para resultados de pesquisa empregados na formulação de políticas públicas. Ele foi aplicado entre 2017 e 2018 para avaliar a contribuição da Embrapa, com estudos, para a implementação de um seguro-desemprego para pescadores que não podem exercer a atividade em épocas de reprodução dos peixes. Foram entrevistados 134 pescadores na região da Bacia do Alto Rio Paraguai, em Mato Grosso do Sul, para levantar suas percepções sobre a contribuição da Embrapa e avaliar o impacto da introdução do seguro. “O que se buscou no método foi a percepção do usuário”, conta Araújo.
Ela pontua que, entre as dificuldades desse tipo de trabalho estão o grande número de usuários e o tempo para a percepção dos efeitos das iniciativas: “O impacto fica diluído e não é percebido como resultado, porque não há ganho econômico imediato, mas a longo prazo”.
Ela ressalta a importância de fornecer dados qualificados para agentes de governo: “Isso também é serviço, entregar uma informação, uma literatura, para que alguém possa tomar uma decisão”, comenta, exemplificando com o SITE-MLog. Na avaliação dela, informações assertivas para tomada de decisão são ainda mais importantes quando elas dizem respeito à aplicação de recursos públicos escassos.
O resultado da análise do SITE-MLog compõe o Balanço Social da Empresa. Estão disponíveis no portal Embrapa os relatórios completos da avaliação de impacto do SITE-MLog em 2019 e 2020. Artigo sobre o trabalho integra o livro Via Viva, resultado do IV Seminário Socioambiental em Infraestrutura de Transportes.
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PENDENCIAS RN-Senador Jean quer implementar projeto sobre cultivo de algodão orgânico no RN
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