#brinquedo assassino
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geekpopnews · 1 month ago
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Chucky | Série é cancelada após 3 temporadas
Noticia muito triste para os fãs do boneco assassino! Veja em nossa matéria! #chucky
Infelizmente, com muito pesar, informamos que a série Chucky foi cancelada. Após 3 temporadas, Don Mancini, o criador do personagem, revelou através de um comunicado de imprensa, que a famosa série de comédia e terror do nosso boneco assassino se encerrou na terceira temporada. De acordo com Mancini, ele está de coração partido com a notícia da não renovação de Chucky para uma quarta temporada.…
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edsonjnovaes · 4 months ago
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Cebolinha Terror
Há 17 anos, Cebolinha fazia uma “ponta” no terror australiano Medo Profundo (Black Water), o personagem do Mauricio de Sousa, parte da Turma da Mônica. Liv Brandão – Darkside. 08 jun 2023 Varanda da Bruxa – Facebook. 29 jun 2024 O filme é um longa independente dirigido por David Nerlich e Andrew Traucki, baseado numa história real de um crocodilo assassino que estraga o passeio de uma família…
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antonioarchangelo · 1 year ago
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Receita Federal deflagra Operação Brinquedo Assassino 2
São Paulo, 4 de outubro de 2023 – A Receita Federal realizou nesta quarta-feira a Operação “Brinquedo Assassino 2”, com o objetivo de combater o comércio de brinquedos falsificados em um estabelecimento localizado na região central de São Paulo. Durante a operação, foram apreendidas cerca de três toneladas de mercadorias, com um valor total estimado em R$ 1 milhão. A prática identificada…
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lottokinn · 8 months ago
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DISCLAIMER: Todas as conexões estão abertas a qualquer gênero. Fique à vontade para escolher e me chamar ou comentar aqui se alguma te interessar! Essas são apenas ideias iniciais e quero desenvolver muito mais coisas, então todas são passiveis de mudanças e/ou usar a conexão apenas de inspiração para alguma outra ideia.
001: Love está há tanto tempo no acampamento e é claro que tem melhores amigues. Veronica e Evelyn compõe seu ciclo de amizade mais longo e duradouro, se entendem, se xingam, parece até que se odeiam, mas a verdade é que estão ali para Love assim como ela está para elas. (com: @mcronnie & @wayneverso)
002: Pode ser um pouco preguiçosa para treinos, apesar de centrada quando pratica, e desde que usou de maneira errada suas habilidades, tem evitado a arena. Então sobra pra MUSE sempre arrastar Kinn para os treinos mais pesados.
003: MUSE e Love nunca foram próximos no acampamento, mas por Kinn estar sempre viajando pelo mundo por conta do ramo dos avós, um dia encontrou MUSE e iniciaram uma amizade muito incomum, mas bastante genuína.
004: Ao contrario do que todo mundo pensa, Love não se dá bem com todo mundo. MUSE retém um ódio tremendo de Kinn e é reciproco, estão sempre se bicando e trocando ofensas. Por ser bastante vingativa, Love está sempre tentando ferrar com MUSE. (com: @jamesherr)
005: Love sempre foi próxima de Josh, mas nunca o viu com olhos além de amizade. Até que um dia encontrou com ele fora do acampamento e rolou algo a mais. Desde então, iniciaram uma amizade com benefícios, mas é tudo confuso demais para Love. (com: @deathpoiscn)
006: MUSE é alguém que encontrou com Love em locais suspeitos... O que isso quer dizer? Que MUSE sabe que a filha de Tique já esteve envolvida em atividades ilícitas por ai e ela morre de medo delu contar algo pra alguém.
007: Love-Kinn AMA artesanatos e encontrou em MUSE alguém com a mesma paixão, então é comum que sempre estejam juntes para pintar, desenhar, e até montar casa de passarinhos. Se duvidar, até vendem suas artes na praia.
008: [sem limites] Uma romântica incurável e de bônus uma cupido, é MUSE quem sofre na mão de Love pois ela sempre está procurando algum parceire para MUSE. Dá certo? Nem sempre! Mas ela nunca para de procurar a cara metade delu.
009: Dramática que só, Love adora exagerar em suas reações e MUSE possui tanta admiração por ela que sequer percebe que suas historias são aumentadas, sempre disposte a ouvir tudo o que ela tem a contar e/ou desabafar futilidades.
010: Love-Kinn guarda muita culpa e rancor sobre o falecimento de sua família, mas nunca demonstra isso para outras pessoas, porém MUSE a pegou chorando um dia e ela se abriu, desde então Love procura MUSE sempre que precisa desabafar.
011: Com a habilidade de explodir coisas, Love acabou fazendo isso com MUSE uma vez sem querer com algum objeto. Porém MUSE não gostou nada disso e hoje em dia elu acusa ela de ter sido um ataque proposital.
012: MUSE é alguém do passado de Love. Seja alguém que sabia do negócio sujo da família e que ela era um brinquedo assassino dos Narinrak ou alguém que já lutou com ela num clube ilegal de luta. (com: @misterrcver)
013. Love estudou em Nova Roma e passou um tempo por lá, isso quer dizer que fez algumas amizades das quais nunca chegou a se aproximar no acampamento e agora possuem um laço ainda melhor. (0/3)
014. Claro que filha de Tique tem asas e MUSE é totalmente encantade por isso, chegando a pedir até mesmo que ela fizesse um vôo com elu uma vez. Desde então, ela é paparicada por MUSE devido a isso e ela adora um bom elogio.
015. Depois de experimentar uma boa dose de adrenalina após uma missão quase suicida, a amizade com MUSE nunca mais foi a mesma. Preferem não falar sobre o que aconteceu e fingem que nunca foram conhecides. (Motivos a serem discutidos)
016. Família é um lance complicado e depois de ter sofrido na mão da sua, ela viu em MUSE uma oportunidade e principalmente compreender que família não é de sangue, e sim ela quem escolhe. Pode ser alguém que a ajudou a entender melhor isso.
017. Anos antes, Love salvou MUSE de uma detenção de Quíron, mas acontece que desde esse dia, MUSE pede para que a filha de Tique acoberte alguma besteira que tenta fazer enquanto ela tenta colocar algum juízo na cabeça delu.
018. Love é uma pessoa muito extrovertida, mas MUSE não gostou do jeito dela logo de cara. Apesar de ser muito receptiva, a tailandesa sentiu que elu não gostava dela e agora sempre tenta se aproximar de propósito para para deixar irritade.
019. MUSE é meio sem jeito e foi Kinn que ensinou elu a flertar, se vestir e se soltar um pouco mais. Love tenta a todo custo deixar MUSE extraordinário e impecável, sempre ali para fazer essa pessoa se sentir como parte da grande família que o acampamento é.
020. Love e MUSE se aproximaram em circunstâncias delicadas: após uma missão que terminou na morte de um semideus. Evitam falar sobre o que realmente aconteceu durante a missão e juraram guardar esse segredo, o que aproximou, ainda que o medo de que a outra parte denuncie por vezes ainda paire entre a relação.
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&.   ━━  𝐌𝐀𝐈𝐒.
[sem limites] love era terapeuta, então MUSE pode procura-la sempre para confidenciar coisas. não que saia realmente conselhos muito bons.
irmãos e irmãs!
boa influência/má influência.
membros do clube de teatro.
aprendiz das aulas como instrutora. (com: @kretina)
drinking buddies.
frenemies.
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nightmarefausto · 1 year ago
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🐈‍⬛ And that's how the story goes
The story of the beast with those four dirty paws 🐾🐾
Nome:
Ouroboros
Herança:
Pinóquio e Bela Adormecida
Classe:
Criatura Fantástica com a forma de um gato
Atributos:
Força: 7
Inteligência: 5
Carisma: 3
Habilidade: 5
Habilidades Especiais:
De um gato de cerca de 50cm, transforma-se em um gato gigante, com cerca de 2,5m, com garras afiadas e um som profundo que gera medo em suas vítimas.
Pressente más intenções, sentimentos cruéis e a aproximação de criaturas.
Animal de apoio emocional do Fausto
Equipamento:
Arma: Garras e dentes super afiados
Armadura: pêlo magicamente abençoado por Outono para evitar caçadores e flechas, altamente resistente e claro, com uma aparência sedosa e brilhante
História de Fundo:
A Floresta Proibida há muito intriga os moradores do reino com todos os tipos de lendas e seres mal intencionados que vivem escondidos em suas sombras. Era impossível dizer quando, ou onde fariam suas próximas vítimas, ou todo o tipo de criaturas que viviam lá. Por isso, quando um super mega gato preto apareceu na porta do chalé em que compartilhavam uma vida a dois longe de qualquer chance de magia maligna, com feridas de caçadores pelo corpo, nenhum deles sequer cogitou a possibilidade de recusar a adoção invertida (em sua defesa, Outono estava muito encantado com o profundo ronronar manhoso a cada cafuné para notar o brilho de felicidade nos olhos de Fausto ao dizer que havia se identificado com o bichano).
Mesmo que agora houvesse uma sensação sinistra nos arredores da casa durante as noites de lua cheia, o filho adotivo do casal feérico não teve nenhuma dificuldade em se ajustar à nova realidade, com muitas superfícies para cochilar (o colo de Fausto ainda era seu preferido) e muitos brinquedos para se distrair (Outono não tinha forças para brigar com Ouroboros a cada vez que as cortinas apareciam em fiapos). Uma rotina quase doméstica, no chalé das três criaturas. E, mesmo ante as dúvidas da verdadeira origem do bichano, já há uma clara resposta: é somente um gato, oras.
Relações com Outros Personagens:
Fausto: Se Ouroboros pudesse falar, com certeza diria que houve uma identificação imediata assim que trocaram o primeiro olhar. Mesmo a desconfiança dos primeiros dias logo foi trocada por compreensão silenciosa e o respeito pelo espaço pessoal de ambos. Porém, foi somente quando descobriu o calor do colo de Fausto e a magia dos dedos coçando suas orelhas e barriga peluda que o gato decidiu que havia um novo colchão para passar suas tardes, com seu pai lendo enquanto recebia carinho infinito. Ambos podiam pressentir a aura assassina um do outro, contudo, bastam alguns minutos de cafuné, ronronares e promessas que a "nuvenzinha" volta a se dissipar.
Outono: Ouroboros soube em quem confiar somente pela intuição, que o trouxe ao chalé do famoso padrinho de uma princesa. Mesmo que em seus primeiros dias o férrico perturbasse-o por causa das louças quebradas e móveis arranhados, o bichano tinha seus truques: abaixar as orelhas, deitar no chão de barriga para cima e se esfregar nas pernas de Outono enquanto ronronava eram seus ases na manga. Descansar em seus pés e segui-lo pela floresta para protegê-lo de ameaças eram seu novo passatempo favorito, já que não havia mais necessidade de se esconder ou caçar para sobreviver. O gato não fazia ideia do que seu pai queria dizer com "tendência de apego a gatunos góticos assassinos".
Fauna e Flora: Assim como Fausto, Ouroboros é imprevisível nas suas relações com outras fadas – motivo pelo qual ele resolveu cumprimentar as "tias" com um ataque surpresa em sua primeira visita. Alguns vestidos rasgados, uma bronca de duas horas e uma semana dormindo fora de casa foram o suficiente para ensinar o bichano a nunca mais fazer qualquer expressão de ataque para as irmãs de Outono (e se o ex-ministro fae trouxe seus petiscos favoritos escondido durante esse tempo de castigo, saiba que isso nunca chegou aos ouvidos do outro feérico). Às vezes acorda se sentindo piedoso e permite que elas acariciem suas orelhas preciosas.
Aliados: Aliados dos pais dele são aliados dele. Poucos os desconhecidos que conseguem ter a grande benção de tocar no gatinho sem ter os olhos arrancados – mas os que sim, ganham de presente o maior e mais pesado bichano cochilando em seu colo com um ronronar grave e suave.
Desconhecidos: Todos recebem a mesma dose de desconfiança do bichano até segunda ordem. Depois de anos vivendo na Floresta Proibida, os sentidos de Ouroboros são afiados para qualquer sinal de perigo, pronto para atacar e fugir. Por mais que a pelagem seja tentadora demais para cafunés, isso pode ser a sentença final para seu braço.
@godfather-autumn
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livinchaos · 10 months ago
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wanted connections
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1. O ILUMINADO: Ava não é chegada a muitas pessoas, mas sempre encontra conforto e muito conselho com Xanthippe. Apesar de não assumir, tem Xanthippe como uma figura de respeito e admiração. Às vezes, se permite abrir e passar um tempo com Xanthippe, sendo apenas uma garota legal. — taken, @x-anthippe.
2. IT, A COISA: Seraphine e Ava são completamente diferentes, mas magicamente se dão muito bem! Suas personalidades complementares firmaram uma maravilhosa e longínqua amizade. Por mais distante que Seraphine e Ava fiquem, estão sempre se comunicando por mensagens de Íris. Ava considera Seraphine como sua melhor - e mais saudável - amizade.  ━ taken, @wolfixgang.
3. CHUCKY, BRINQUEDO ASSASSINO: São como água e óleo, não se misturam de jeito nenhum! Ava e Willhelmina tem um passado complicado, algumas brigas e confusões levaram a uma certa… inimizade. Espere sempre encontros explosivos e muita passiva-agressividade (às vezes não tão passivos assim). — taken, @willeminas.
4. SILÊNCIO DOS INOCENTES: Poucas pessoas conseguiram receber tanto carinho de Ava como Henry. Quando adolescentes, costumavam passar horas brincando ou apenas conversando entre as plantações de morango. Ava não assume, mas Henry pode ter sido seu primeiro amor. — taken, @filhodatocha.
5. SUSPIRIA: Entre tapas e beijos - imaginários, Martin e Ava estão sempre se alfinetando e implicando quando podem. Mas toda implicância apenas esconde a atração mútua -e proibida - que sentem. — taken, @landraozinhc.
6. POLTERGEIST: Amigos ou inimigos? Ava e Dahye são tão parecidos que vivem provocando faíscas! Protagonizam as discussões mais idiotas e as brigas mais sem sentido. No fundo, se consideram pessoas pelas quais vale a pena lutar. ━ taken, @darkilusionxhye.
7. HALLOWEEN: Doces ou travessuras? O lado brincalhão de Ava vem totalmente à tona com Mason. Competem nas pegadinhas, nas piadas, e no prêmio de pessoa mais implicante do acampamento! No fundo, Ava crê na amizade de Mason como um laço positivo. — taken, @ligeirex.
8. PÂNICO: MUSE é um dos poucos semideuses que Ava consegue, de fato, assustar. É vítima de todos os planos diabólicos de Ava, que conhece todos os medos e pesadelos de MUSE.
9. JOGOS MORTAIS: Ava e MUSE competem em suas habilidades. O. Tempo. Inteiro. Chega a ser chato, MUSE e Ava tentam sempre se superarem, assim ajudando a desenvolverem suas próprias habilidades. 
10. ATIVIDADE PARANORMAL: MUSE é uma das únicas pessoas que conseguem entender, em partes, a mente caótica de Ava… talvez por terem os mesmos traumas e pensamentos? A amizade cresceu depois de um evento traumático, hoje se apoiam - mesmo que silenciosamente.
11. A HORA DO PESADELO: Sem querer, Ava conseguiu vislumbrar o maior terror de MUSE. O evento criou um laço invisível e silencioso: Ava não conta o terror, e MUSE não conta que Ava utilizou seus poderes sem permissão. 
12. PSICOSE: MUSE faz o coração de Ava palpitar de forma estranha, o que ela detesta. A sensação de nervoso e mãos suadas perto de MUSE faz com que Ava evite passar perto… Mas nem tanto! Ava é sempre vista próxima de MUSE, querendo ou não. 
13. SEXTA-FEIRA 13: MUSE provoca todos os pensamentos intrusivos de Ava. Iguais? Muito iguais? Dumb & dumber, Ava e MUSE são sempre pegos nas mais variadas - e idiotas - situações.
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✘ FULL BIO
✘ RESUME
A Ava é bissexual/birromantica! Beijamos todos!
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cherrywritter · 8 months ago
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Irmãos
Mansão Wayne – Bristol, Gotham
2ª semana de julho, 00 horas e 31 minutos
Damian estava entre a fresta da porta do meu quarto há pelo menos quinze minutos. Sua energia demonstrava que estava mais calmo e essa foi a primeira vez em dias que ele veio até mim sem que eu o chamasse.
Nosso pai teve que viajar a negócios e Alfred o seguiu para auxiliá-lo. Ele acreditou que me enganou, mas eu sabia muito bem que quando Alfred ia com ele, com certeza estava em uma missão paralela para a Liga ou de cunho pessoal. A mansão ficou sobre minha responsabilidade junto com a obrigação de colocar Damian na linha até que ele retornasse para Gotham.
Estava tarde e se o deixasse mais um tempo plantado no corredor, ele não acordaria devidamente disposto para a aula na Academia de Gotham. Também teria que ter ao menos meio período de aula, então não poderia me demorar mais do que uma ou duas horar para terminar meus relatórios. Tim e Dick foram para as ruas realizarem a ronda. Era noite de folga do Dick e não iria atrapalhar.
- Você devia estar dormindo. – Comento.
- Devíamos estar nas ruas no lugar dos dois babacas. – Resmungou.
- Damian. – O repreendo e ele bufa.
- É verdade que você e o Superboy são amantes?
- Não dizemos amantes, Damian. Dizemos namorados e espero que não arrume confusão com ele como arrumou com todos os Robins. – Ele bufou novamente e deu de ombros.
- Você namora com o outro projeto de Cadmus? – Disse bem insinuativo. Virei-me para o lado da porta e mostrei estar desapontada. – Desculpa. – A palavrinha mágica que ensinei estava surtindo efeito. – Parei. Posso entrar? – Assenti. Ele caminha até minha cama e se senta nela. – Ele ainda está bravo pelo o que fiz com o Tim?
- O que você acha? – O encaro séria. – Você quase o matou. Já disse que não é assim que as coisas funcionam. Aqui é diferente. Tente entender isso e não crie uma competição sobre quem é o melhor Robin de todos os tempos, ninguém liga, só você. Não vivemos em competição, somos uma equipe. Entenda.
- E como você entendeu? – Sua pergunta foi um tanto curiosa.
Damian podia ser humano, mas já havia passado por muitas e até situações piores que as minhas. É perturbador como o ser humano é capaz de fazer de tudo para conquistar o poder. Certo dia, quando estava no meu laboratório, ele apareceu com cadernos e mais cadernos cheios de papéis soltos, fotos, desenhos. Não disse uma palavra. Apenas os deixou lá e foi embora. Minha curiosidade bateu, mas esperei alguns dias até que tivesse a certeza de que ele havia deixado seus arquivos lá para que eu investigasse. Meu questionamento foi de como ele havia conseguido todos esses arquivos estando em Gotham.
Seu crescimento foi acelerado assim como o meu e de Conner. Foi treinado para ser um assassino e, consequentemente, teve fraturas e lesões graves. Seus órgãos foram clonados e substituídos várias vezes assim como ele também fazia uso do Poço dos Lázaros, que seu avô utilizava para se curar e evitar a temida morte. Talia o jogou na Liga dos Assassinos e ali ele foi criado como um. Não conhecia outro mundo nem outro estilo de vida. Tinha muito de mim nele.
Eu o via como um brinquedo nas mãos de sua família materna. Quando quebrava, era levado para o conserto e colocado em jogo mais uma vez. Isso evitava falhas, mas ele continuava sendo uma criança humana. Uma criança de dez anos que passou por lavagem cerebral e que tinha dez anos há pelo menos cinco anos.
- O último ano em Cadmus foi crucial para que eu entendesse. Já havia me comprometido demais com as exigências deles. Já havia visto o mundo externo pela mente de alguns funcionários e depois consegui me conectar aos sistemas e adquirir informação externa com segurança e sem influência. Aprendi o que realmente era fazer o certo: salvar vidas. Naquele ano, um pouco antes de fugir, teria que realizar um atentado terrorista que mataria centenas de bilhares de pessoas. Disseram que isso seria o diferencial para um mundo melhor, mas era mentira.
- Você fugiu por que não queria matar? – Ele parecia um pouco confuso já que matar sempre foi natural diante da sua criação.
- Não era o certo a se fazer, mortes não resolvem problemas. Só incitam mais violência e iniciam ou pioram guerras. – Me sentei ao seu lado. – Matei muitos pelas minhas próprias mãos, a distância por armas e por meio de sistemas. – Puxo o ar e esvazio todo o peito. – Eu sei matar. Quando tinha sua idade cheguei a sentir prazer com isso porque, de certa forma, era um jogo e eu queria vencer. Aprendi história, sociologia, filosofia. Tudo foi se encaixando e mostrando o caminho do bem. Enfim, sei o seu lado melhor do que qualquer um aqui. Apenas tente separar nessa cabecinha que você não é obrigado a eliminar todos.
- Existem pessoas que não deveriam ter permissão para estarem vivas. – Disse baixinho, quase que em um sussurro.
- Sim. Existem pessoas que não deveriam estar respirando o mesmo ar que nós, mas temos que ser diplomáticos na guerra. Assassinar alguém tem que ser o último recurso. Vamos dizer que se você não matar o Bane, o mundo explode e todos morrem. É uma necessidade estampada na capa do jornal, não acha? – Ele assentiu. – Tente pensar assim.
- Não é tão simples. – Resmungou.
- Nunca vai ser, mas se há dificuldade é porque vale a pena. Se você se sente parte deste império, tente. De orgulho ao nosso velho e pare de ser um pirralho mimado e egoísta. Você tem muito o que aprender sobre o mundo real. A vida não é como te mostraram. Fiquei dois anos nas ruas e aprendi muito sobre a realidade. Demorei seis meses para me adaptar ao estilo Wayne. Para confiar nas pessoas. Me entregar a elas. Lá fora não é fácil...
- Me treinaria se eu pedisse? – Sua fala me surpreendeu e me fez sorrir.
- Apenas se me prometer que vai lutar para mudar.
- Eu prometo, Victoria.
- Ótimo. – Bagunço seu cabelo e o vejo levemente irritado, mas segurando um sorriso tímido. – Agora vá dormir, pode ser? Você tem aula de violino amanhã e depois tenho plantão em Arkham.
- Depois vai passar a noite no hospital? – Assenti.
- Te pego no meu intervalo e te deixo na Torre ou você pode ficar lá comigo. Meu turno vai acabar as duas da manhã no máximo. Combinado?
- Combinado. – Sorri. Tivemos uma boa conversa. Pensei que demoraria mais para que conseguíssemos. Isso me deixava feliz. De verdade, estava feliz.
- Boa noite, Damian.
- Boa noite, Victoria.
Meu irmão seguiu para seu quarto e caiu na cama, literalmente. Tinha um estranho costume de se jogar nela como se todo dia fosse o dia mais cansativo de sua vida. Talvez fosse cansativo ser o bom garoto.
Em relação aos relatórios, ainda não me conformava em ter uma única e gigantesca pasta dedicada ao caso e tratamento de Jonathan Crane. Estava conseguindo desenvolver longas e progressivas conversas com ele, além de perceber que estava tomando com mais frequência os remédios que eu havia prescrito. A frequência se resumia a três ou quatro vezes na semana. Era um progresso de qualquer forma. Meus outros pacientes não eram tão teimosos e suas pastas não chegavam a dez porcento da de Crane. Os via com menos frequência devido ao bom comportamento deles e a grande evolução. Tinha apenas três pacientes que eram casos perdidos.
Depois que terminei, enviei os últimos arquivos para meus tutores na esperança de que pudessem me aprovar para que eu conseguisse o diploma sem que eu completasse integralmente a carga horária exigida até a data estipulada. Queriam que eu desenvolvesse pelo menos mais três a cinco meses de estágio para contemplar a carga, mas todas as minhas avaliações eram de excelência. Chega a ser até um pouco tedioso essa situação, mas não queria me perdurar. Queria entrar em 2023 formada e apenas aguardar a tão estimada formatura.
Com tudo arrumado, separei o uniforme de Damian e o deixei pendurado no cabideiro do seu quarto. Ele dormia tão profundamente que nem me escutou entrar. Continuava com o velho costume de dormir com uma adaga perto do apoiador ao lado da cama. Também se remexia muito durante o sono e isso fazia com que eu pensasse que fossem reflexos do corpo transpassando os traumas enquanto dormia. Às vezes ele acordava gritando. Gritos de dor. Era assustador.
Já no andar de baixo da mansão, após limpar o superior inteiro, me direcionei para a cozinha para fazer a comida da semana, congelar as marmitas e deixar o café da manhã preparado. Quando Dick fazia sua estadia na mansão, o terror culinário acontecia. Não havia sequer uma comida que tivesse o cheiro e o gosto agradável. Ele acabava com a dispensa e deixava nada adequado para consumo. Era um furacão categoria cinco sem dúvidas. Certa vez Tim disse que podia ver a comida se mexendo sozinha como se fosse um mini alienígena gosmento. Todos riam.
O dia amanheceu.
Preparei o café da manhã caprichado para Damian e Tim com pequenas tortas de maçã, panquecas, waffles, suco, mel, geleia e frutas picadas. Dick nem tinha saído da batcaverna depois que chegou.
Desci com o auxilio do elevador até encontrar Dick, que ainda trajava o uniforme de guerra, mas sem a máscara. Tinha o mesmo péssimo costume do mentor de não tirar a maquiagem dos olhos ou tirar de maneira preguiçosa. Com um enorme copo de café bem forte com creme, um lanche reforçado e uma torta, caminho até ele, deixo a bandeja em cima da mesa auxiliar e o cutuco para que acorde.
- Dick, acorda. Você dormiu na cadeira de novo. – Nenhum sinal de consciência é detectado. Parecia um morto. – Dick, se não acordar, vou dar choque em você que nem da última vez.
Um resmungo audível foi solto, mas parecia que ainda era do sonho que estava tendo. Ele tinha quatro horas para ajeitar tudo e voltar para a delegacia e se eu o deixasse dormir mais tempo, seu cérebro não acordaria em tempo.
Um choque pequeno não vai lhe fazer mal.
- Mas que merda, Victoria! – Segurei a risada. – Toda vez você faz isso!
- É porque toda vez você não me escuta te chamar. Toma o seu café e sobe para trocar de roupa e tomar um banho. Teve algum ferimento?
- Nada demais.
- Dick, é sério. Teve algum ferimento?
- Talvez tiro de raspão nas costas. – Reviro os olhos, teimosia deve ser passada do tutor para os aprendizes e depois enraíza, só pode.
- Tá, termina o café e sobe que eu já resolvo isso.
- Que horas são? – Ele boceja e vai com a mão em direção a torta de maçã.
- Oito e meia. Você tem quatro horas até ter que se apresentar na delegacia. Tenho que levar o Damian para a aula de violino e Tim para o curso de T.I. avançado. Vou passar na Wayne, depois saio para ir ao Arkham e plantão.
- Está mandando eu ser rápido?
- Sua conta e risco. – Dou de ombros, sorrindo. – Talvez eu precise que você pegue o Damian. Não sei se vou ter tempo de pegá-lo no meu intervalo.
- Quer que eu o leve? – Se ofereceu.
- Não. – Rio. – Quero você bem acordado. Ele já acostumou a ir no meu horário quando necessário. Não é sempre que Alfred tem condições de levá-lo. Te espero lá em cima. Meia hora, Dick. Tenho que sair daqui as nove.
- Ele deve adorar ir de moto com você. – Comentou após dar um longo gole no café e expressar satisfação com o sabor.
- Ele gosta, mas não vai admitir.
Retornei para o elevador, subi as escadas e caminhei em direção ao quarto de Damian. Ele era péssimo para acordar cedo, saiu muito bem ao nosso pai. Ao abrir as cortinas e deixar a luminosidade clarear o quarto de morcego. Não demorou para que meu irmão resmungasse e fizesse com que eu risse da situação. Ele era muito como nosso pai e finalmente as coisas estavam caminhando de maneira fluida. Meses atrás ele estaria me xingando, para dizer o mínimo. Deixei-o sozinho para que acordasse no tempo dele e saí de seu quarto.
- Bom dia, princesa. – Não me surpreendo ao ver Tim no corredor.
- Bom dia, senhor Drake. Sempre no horário.
- Sou perfeito nisso, senhorita Wayne. – Disse convencido. – Já desço para tomarmos café. Ele já acordou? – Questionou-me apontando com a cabeça para a porta de Damian.
- Você sabe como ele demora.
- E o Dick?
- Na caverna. Deve subir logo. Você tem algum ferimento?
- Não. – Riu. – Só aquele meia idade, sabe? Escorregou e tomou um tiro de raspão.
Tim jamais me dava trabalho quando. Sempre se colocava a disposição e ajudava em tudo. Quando o senhor Wayne viajava, ele fazia questão de passar uns dias na mansão. Ainda não entendia bem como o pai dele via isso tudo, já que seu segredo estava bem guardado conosco. Descemos rumo à cozinha.
- Caprichando como sempre!
- É minha obrigação, não acha? – Sorri. – Como está o braço? Ainda me sinto um pouco ansiosa com você voltando a ronda.
- Já disse que está bom. Não se preocupe. Dick não seria tão negligente comigo. Você já sabe. – De fato ele era negligente apenas com ele mesmo.
- Essa noite eu faço a ronda. Vá descansar ou sair com certo alguém. – Sorrio o provocando.
- Quando soube?! – Tim ficou boquiaberto e surpreso.
- Sou sua irmã, esqueceu? Notei seus sorrisos frouxos há um tempo e você também tem vindo com um perfume diferente para casa. Óbvio que eu ia sentir.
- Você acha que Conner vai notar também? – Neguei. Ele era homem e homem não nota. – Você acha que se souberem...
- Shh... não faça isso com você. Apenas seja feliz, ok? O resto eu mesma cuido. Droga, cadê o Damian?! Ele está atrasado de novo.
- JÁ ESTOU DECENDO!!! – Berrou da escada e nós dois rimos.
Damian chegou à cozinha com sua típica cara amarrada e com a gravata do uniforme completamente errada. Ficava me perguntando quando ele ia aprender a dar o nó sem que eu ficasse na sua cola, mas nosso pai fazia o mesmo. O cabelo estava bagunçado, a camisa estava para fora da calça e a mochila aberta. Suspirei. Tinha que ter paciência. O puxei para mim e me agachei para ajeitar sua roupa. Ele odiava quando eu agachava. Vivia reclamando que odiava ser baixo, mas eu insistia em dizer que logo ele estaria maior do que Dick. Beijei seu rosto quando terminei e o vi ruborizar. Isso me deixava feliz. Finalmente estava abaixando sua guarda e derrubando seus muros.
Esperei que os dois terminassem o café e aproveitei para beliscar alguns waffles. Eles estavam com um cheiro tão delicioso que não resisti.
- Vai querer carona, Tim? – Ele sorriu e me olhou de cima a baixo. Me segurei para não rir. Seu celular vibrou e, com certeza, era o motivo dos sorrisos frouxos dele.
- Já te respondo.
Dick finalmente apareceu faltando dez minutos para o horário de sairmos. O olhei e depois olhei para o relógio. Bati palmas e ele riu. Pego o kit de primeiros socorros na ilha da cozinha e o chamo para se sentar à minha frente.
- Anestesia, por favor.
- O Dick chorão ataca novamente. – Damian não segura a língua.
- Você já sabe que gente velha é assim mesmo, Damian. – Tim só complementa. Me controlo para não rir.
- Eu luto desde os meus treze anos, vocês poderiam ter um pouco de consideração
- Eu fui treinado para matar desde que nasci. Não reclamo de dor nem peço uma anestesia para fazerem pontos. – Damian zombou. De fato, ele tinha um ponto.
- As crianças poderiam se acalmar? Damian, escovar os dentes para irmos. Rápido!
- Mas que...
- Damian! – Ele bufa e se cala.
Com a pomada anestésica em mãos, passou um pouco na região do ferimento e espero fazer efeito. Pego a agulha e a linha, costuro cada espaço, o que soma cinco pontos, e cubro com fita micro poro para que não infeccione.
- Liberado, senhor Grayson. Daqui dois dias dou uma nova olhada. É para trocar a fita toda vez que tomar banho, entendeu? Banho minimamente uma vez por dia, tá?
- Até você, Victoria? – Dou de ombros, rindo.
- Até amanhã. Já deu a minha hora. Damian!!!
- ESTOU DESCENDO!!!
Peguei a chave do carro e caminhei até a garagem. O escolhido do dia era EQC, um modelo elétrico da Mercedes Benz e produzido de maneira cem porcento sustentável. Completamente confortável. Adorava dirigi-lo. Não demorou muito para que meus irmãos chegassem e se acomodassem. Tim adorava provocar Damian ao sentar no banco da frente. Dizia que ele não tinha tamanho para se sentar como um adulto e isso o deixava furioso. Timothy, apesar de tudo que havia acontecido, não deixava seu bom coração e seu humor de lado. Era uma luz em casa. Um ser humano que todos deveriam tomar como exemplo de vida.
O rádio tocava nossa playlist favorita. Chamávamos de Dark Knight. Estava tocando Born For This, The Score. Uma das nossas músicas mais tocadas. A música dos guerreiros que aprenderam a amar a dor porque nasceram para isso. Era isso que éramos. Fomos de Bristol até o centro sem muita dificuldade. Acostumada com o trajeto, sabia de alguns atalhos infalíveis. Deixando Damian na escola de violino, segui caminho à escola de T.I. de Tim.
Indústrias Wayne – Old Gotham, Gotham
9 horas e 40 minutos
- Bom dia, senhor Fox. – Sorriu e adentro seu escritório. – Trouxe algumas papeladas que o senhor pediu para que eu revisasse.
- Senhorita Wayne! Bom dia! Que prazer vê-la aqui. O senhor Wayne ainda não retornou de viagem?
- Talvez retorne semana que vem. Ele não quis me dar muitos detalhes. – Suspiro e tento relaxar. – Eu fiz algumas correções nesse contrato e nessas duas propostas. Tenho certeza de que não foi o senhor que elaborou porque conheço bem o estilo de escrita do senhor. Recomendo que refaça o treinamento do Joshua. Também revisei alguns currículos e separei estes aqui. São cinco perfis muito bons para a empresa e para as áreas requisitadas.
- Apenas cinco? – Senhor Fox se surpreendeu. Fiquei um pouco sem jeito, mas deveria explicar meus motivos.
- É que os currículos têm energia também e eu acabei identificando os perfis ruins por isso. Depois queria uma reunião com a cúpula para acertar o orçamento deste mês. Acredito que o senhor tenha notado uma fuga relativamente pequena nos fundos de créditos. Pesquisei e notei que não houve nenhuma autorização vinda do senhor ou do meu pai para que isso acontecesse.
- Você realmente viu tudo isso em dois dias? – Assenti com um sorriso orgulhoso estampado no meu rosto.
- Quero participar das entrevistas também se meu pai não chegar a tempo. Ele me pediu um estagiário para o acompanhar. Foi um pedido bem inusitado.
- Seu pai faz pedidos bem inusitados. Lembra daquele tanque? – Ri.
- Como esquecer. Um tanque com propulsores para voar.
- Como está sua agenda hoje?
- Entro meio dia e meio em Arkham e depois plantão no H.G. Damian está pela minha conta também.
- Alicia. – Chamou senhor Fox pelo telefone. – Marque uma reunião para daqui uma hora. A senhorita Wayne exige que todos da cúpula estejam presentes.
- Claro, senhor Fox.
- Acredito que esteja com o dossiê em mãos com as informações de quem está realizando os saques.
- Com certeza. – Tiro a pasta kraft da mochila e o entrego. – Vamos avisar o RH que teremos algumas demissões hoje. Demissões por justa causa.
Asilo Arkham – Ilha Mercey, Gotham
13 horas e 25 minutos
- Ele continua te visitando?
Decidi visitar Crane nos meus primeiros horários em Arkham para que não chegasse a atrasar no final do turno e não ter tempo de chegar na hora no Hospital Geral. Crane estava tendo pequenos avanços desde que comecei a medicá-lo pessoalmente. Tornou-se um hábito perigoso. O doutor gostava do contato e eu era a única que ele autorizava ser medicado. Mais ninguém poderia se aproximar dele. Virava um louco, alguns enfermeiros diziam estar possuído. Transtornado.
- Ele parece muito interessado no seu tratamento. – Seu comentário me deixou intrigada. Ainda não tinha encaminhado meus documentos para um possível mestrado ou doutorado para a universidade por causa das provas finais. Precisava do resultado delas para poder realizar o envio.
- Acho que houve um mal-entendido. – Sorrio. – Não há tratamento que eu esteja desenvolvendo. Estou terminando a universidade ainda. Talvez ele esteja interessado no que posso oferecer. – Crane não gosta da minha fala. Sua cara fecha, ele se levanta rapidamente segura meu punho com força. Rodrigues se aproximou da porta. Olhei em sua direção rapidamente e movi minha cabeça em negativo para que ele não entrasse.
- Ninguém pode se interessar no que você pode oferecer. Não é uma presa fácil. É tão esperta quanto ele.
- Mas não tanto quanto você, não é? – Ele afirmou. – Jonathan. Não quer me machucar, certo?
- Nunca.
- Então me solte, por favor. – Ele arregalou os olhos e soltou meu pulso já verificando se havia o marcado. Uma pequena vermelhidão ficou no local e o vi se decepcionar consigo.
- Me desculpe, Victoria.
- Apenas não repita isso. Sente-se, vou te medicar.
- Não mereço.
- Sou eu quem dá as ordens aqui, esqueceu? – Seu olhar tinha sincera tristeza e desapontamento. Era intrigante. Realmente se importava comigo, sua energia dizia isso em bom som e cores. – Sente-se.
Crane não desobedeceu
Senti Rodrigues tenso do outro lado da porta, mas sorri ao olhar. Peguei o pequeno copinho de plástico da mesa com os comprimidos, peguei o de água e o entreguei. Como um homem obediente, ele prontamente os segurou e aguardou até que me colocasse atrás dele. Crane colocou os comprimidos na boca, aguardou minha mão tocar seu pescoço, o copo com água se aproximou de seus lábios e ele engoliu os comprimidos. Acompanhei com os dedos o movimento do seu pomo de adão. Claro que a visão além do alcance ajudava.
- Tenho que ir.
- Sentirei saudades. – Ele beijou meu pulso com pesar. – Até breve, Victoria. Logo vai estar melhor. Me desculpe.
Hospital Geral de Gotham City – Old Gotham, Gotham
19 horas e 00 minutos
Pronto-Socorro nunca é fácil.
Não sei como tive tempo de pegar Damian antes de chegar no hospital. Os casos de pacientes psicóticos e entorpecidos não era o pior que via ali. Talvez o costume de estar quase sempre em Arkham fez com que eu não me incomodasse com tais cenas perturbadoras. Alguns eram meus pacientes de longa data, pacientes que acordaram de coma, perdidos. Outros eram moradores de rua ou viciados. Poucos eram jovens que tentaram se divertir e quase foram de arrasta. Sempre tinha que atender tentativas de suicídio. Bem comum, infelizmente.
O que me preocupava era o estado de jovens entorpecidos. A cada semana os casos cresciam, mas as notícias abafavam a situação. A maioria dos médicos diziam que estavam apresentando sintomas clássicos, mas não conseguiam entender como não estavam entrando em overdose. Na minha opinião, algo estava bem diferente do que eles cogitavam por mais que apresentasse heroína, LSD e outros tipos de drogas que já conhecíamos. Havia uma nova droga circulando e provavelmente o Máscara Negra estava envolvido. Era o único que nos dava trabalho constante nos últimos meses.
- Você pode jantar aqui com o meu cartão. Aquela sala dezenove é a minha. Pode ficar lá o tempo que quiser. Tenho um computador, você pode jogar nele. É um horário cheio, então não vou conseguir ficar com você.
Agora começava a correria
A noite em Gotham sempre seria mais agitada que o dia dos justos. Trabalhadores saindo do serviço e vindo direto para o hospital, outros que arrumavam confusão em bares e chegavam machucados. O PS ficava lotado a cada hora. Meu irmão, após terminar de se entediar na minha sala, saiu para observar o corredor, olhando de um lado para o outro, sentado em uma cadeira de espera.
Passou duas, três, quatro horas e ele continuava ali.
Vez ou outra ele arregalava sutilmente os olhos com a correria das macas e com o sangue. Enfermeiros e médicos montados em pacientes com paradas cardíacas que seguiam até o centro cirúrgico. Outros tinham ferimentos bem bizarros que consideraríamos terem ganho após uma batalha árdua com algum vilão ou com herói de Gotham. Você nunca, em sã consciência, enfiaria um gancho na perna ou no braço.
Uma gritaria tomou conta dos corredores.
Corri para a entrada e vi três enfermeiros aflitos com uma maca em direção a ambulância. Meu coração disparou ao ver uma menina baleada. Não devia ter mais de onze ou doze anos. Auxiliei a empurrar o carrinho, gritando com que mais estivesse no caminho para que saísse. Pressa. Ela estava entrando em choque e teria que ir direto para a cirurgia. Cortei suas roupas e vi cortes pelo corpo. Cortes irregulares de tipos de facas diferentes. Uns mais profundos, outros superficiais.
A equipe de cirurgia a preparava procurando acessos intravenosos e colocando os aparelhos para o monitoramento da pressão e dos batimentos. Ela começou a estrebuchar na mesa, tivemos que a amarrar e dar mais sedativos, uma anestesia mais forte conseguiria ajudar. Era culpa da hemorragia. Meus olhos avançados vasculhavam seu corpo em busca das lesões e dos sangramentos. Escutei seus batimentos, seu pulmão. Nada bom. Estava com pneumotórax. Não tinha muito tempo.
Com o bisturi em mãos, higienizei a área e cortei entre as costelas. Meu colega pegou o tubo e o inseriu entre o espaço junto com a bolsa de água pronta. O ar foi saindo e fazendo com que bolhas de oxigênio surgissem na água. Passei para a extração das balas. Uma havia atravessado o peito e parado na clavícula, outra estava no abdômen e uma última na perna. Era uma cirurgia muito delicada. Estava muito perto da artéria e qualquer erro poderia acabar na morte dela.
A pressão caiu, os batimentos cessaram. Aquele som que eu odiava ouvir. O som continuo que anunciava que a vida se foi do corpo.  A energia vital sessava. O vazio consumia. Subi na maca e comecei a massagem cardíaca. Usávamos o desfibrilador, eu massageava, faziam a ventilação manual. Um, dois, três, quatro, cinco minutos.
- Victoria. Não podemos fazer mais nada. – Colocaram a mão no meu ombro e me olharam com pesar. – Hora da morte?
- Meia noite e quarenta e nove. – Engulo o choro e desço da mesa. – Eu dou a notícia a mãe. Fechem ela e peçam ao necrotério para deixá-la bonita.
Caminhei do centro cirúrgico até a área de espera na tentativa de me recompor. Deveria ser fácil diante de tudo que passei e fui treinada, mas viver no mundo era muito diferente do que estar isolada e não saber o que são sentimentos e a vida de verdade. Atravessei a porta, tirei as luvas rosadas e olhei para aquela mulher desesperada. Percebi que ela havia passado pelo PS também. Estava com hematomas escuros e também com cortes pelo corpo, muito provável ser vítima de violência doméstica. Quando seus olhos me encontraram, sua cabeça balançava em negação. Já sentia o que estava por vir.
- Sinto muito. Fizemos tudo o possível. – Digo com pesar.
- Não. Não. Não. Minha filha não! – A mãe gritava desesperada.
Eu a segurei e tentei acalmá-la. Ela se debatia em meus braços e sua dor era palpável. Me doía a ver daquela forma e ver a sua energia transmutar. Densa e escura. Triste. O azul mais escuro da noite mais escura. A aceitação seria difícil. O luto seria eterno. Senti algumas lágrimas escorrerem e vi Damian me encarar surpreso. Era como eu havia dito a ele. A vida aqui fora não é fácil. Ela então teve uma breve calmaria e me deu o tempo certo para conversarmos.
- O que eu puder fazer pela senhora é só me dizer. Sei que é uma situação difícil, mas posso ajudar com a papelada, com o enterro e algo a mais. – Fiquei ali a abraçando. Sua filha era minha última paciente e a quarta morte da noite. Uma morte de uma criança era muito mais dolorosa. Ela tinha uma vida inteira para aproveitar e se foi.
- Vamos embora, Damian. – Digo chamando sua atenção.
- Aquela garota... – Começou sugestivo.
- Não é sempre que conseguimos salvar a todos. – Pego nossas mochilas e caminho em direção ao estacionamento. – Você vai fazer a ronda comigo hoje.
- Tem certeza de que está bem para isso? – Sorri por dentro. Era bom vê-lo se importando comigo.
- E por que não estaria? Esqueceu de que fui treinada para perder vidas? Vamos assustar alguns bandidos. Nos divertir. – Bagunço seu cabelo para descontrair.
- Ela tinha minha idade, não é? – Mordi os lábios. Abro o carro e me sento no banco do motorista ainda me sentindo mal por ter perdido a criança.
- Quase da sua idade.
- E é assim que as pessoas ficam quando perdem alguém? Sentem... essa dor?
- Está sentindo empatia, irmão? – Sorrio. – Isso é bom.
- Não é empatia. – Resmungou. – Só fiquei curioso.
Fiquei em silêncio apreciando a pequena vitória. Eu tinha feito bem em o levar para o hospital para que ele saboreasse um pouco da vida dos meros mortais. O fazer verbalizar tais sentimentos era um avanço.
Fomos à mansão, nos trocamos e nos atiramos na noite. Dirigi pela Ponte Robert Kane e segui até Crime Alley. Era um bom lugar para começarmos a caçar bandidos.
Damian sabia ser silencioso, mas ainda era muito violento. Descompensado na luta corpo a corpo. Quanto mais eu o reprendia, mais irritado ele ficava. Seu automático fazia com que ele eliminasse em vez de apagar os criminosos. Foi quando lembrei das vezes que papai fazia seu interrogatório e depois amarrava o bandido em algum poste ou o deixava pendurado como um saco de pancadas.
- Preste atenção. – Sussurrei. – Vou pegar aqueles dois e você espera meu sinal. Depois os amarra e deixa a marca do Batman.
- Por que você fica com a parte divertida? – Resmungou mais uma vez.
- Porque você ainda não aprendeu a controlar os punhos. Lei da atração. – Ri com sua cara de desgosto. – Ao meu sinal.
Quando estávamos voltando para a mansão, senti uma energia diferente perto da Torre do Relógio. Eu podia jurar ter visto alguém pular dela, mas seria loucura. Bárbara já havia aposentado sua carreira como Batgirl e Spoiler havia sumido do radar. Muitos diziam que ela havia morrido. Talvez estivesse cansada e meu corpo começara a criar ilusões. Já fazia semanas que não dormia e basicamente estava testando minha capacidade de me manter acordada e sem me alimentar ao limite.
Chegamos na mansão por volta das quatro e meia da manhã. Se nosso pai estivesse em casa, com certeza estaríamos levando uma bronca por voltar tão tarde.
Tudo estava apagado.
Era estranho ver nossa casa assim, desligada. Era muita mansão para poucas pessoas, mas eu tinha que entender que ela estava na nossa família há gerações. Antigamente tudo era grande e volumoso.
Subimos as escadas nos arrastando. Estávamos cansados demais. Tomamos nossos banhos e fomos para o quarto do meu irmão. O observei por longos instantes até criar coragem para questioná-lo. Eu tinha certeza de que havia visto alguém saltar da Torre do Relógio em trajes tão negros quanto a noite.
- Damian. – O chamei.
- Hmm?
- Você viu alguém na Torre?
- Do relógio? – Afirmei. – Acho que não. Estou com muito sono, Victoria.
- Acho que também estou... – Resmungo sentindo minha cabeça doer.
- Acha que viu alguém? – Afirmo. – Você raramente erra...
- Isso que me aflige. Talvez se eu ligasse para a Barb, ela poderia me dizer.
- Amanhã, irmã... agora vamos só dormir.
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mirobraz · 1 year ago
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Child's Play 2 (1990), directed by John Lafia (Br: Brinquedo Assassino 2).
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declwn · 2 years ago
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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ 𝐌𝐄𝐄𝐓 𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐇𝐀𝐑𝐀𝐂𝐓𝐄𝐑.
parece que 𝐃𝐄𝐂𝐋𝐀𝐍 𝐇𝐀𝐘𝐀𝐒𝐇𝐈 foi confundido com 𝐊𝐄𝐍𝐓𝐎 𝐘𝐀𝐌𝐀𝐙𝐀𝐊𝐈 enquanto passeava pelas ruas de eden essa noite. pertencendo ao clã 𝐀𝐒𝐒𝐀𝐌𝐈𝐓𝐀𝐒, da seita 𝐒𝐀𝐁𝐀𝐓, foi transformado em vampiro há 𝐍𝐎𝐕𝐄𝐍𝐓𝐀 𝐄 𝐂𝐈𝐍𝐂𝐎 anos, mas ninguém diz que ele tem tudo isso, já que aparenta ser bem mais novo. ganhou fama pela cidade não apenas por ser um 𝐀𝐂𝐎𝐌𝐏𝐀𝐍𝐇𝐀𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐋𝐔𝐗𝐎, mas por se mostrar 𝐏𝐑𝐀𝐆𝐌𝐀́𝐓𝐈𝐂𝐎 𝐄 𝐅𝐑𝐈́𝐕𝐎𝐋𝐎.
𝐂𝐎𝐍𝐍𝐄𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍𝐒 𝐏𝐀𝐆𝐄. (soon) * 𝐓𝐀𝐒𝐊.
𝐇𝐀𝐁𝐈𝐋𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄.
QUIETUS: habilidade que auxilia na arte de matar silenciosamente, sendo bastante útil por ser um dos assassinos do clã dos assamitas. com ela, declan adquire uma velocidade sobre-humana; diante disso, gosta de utilizar essa habilidade para brincar com as vítimas até sentir que está satisfeito o suficiente e, assim, tirar sua vida. além disso, possui a capacidade de se camuflar e utilizar o ambiente ao seu favor, tornando-se extremamente útil quando entra em algum problema que não está em seus planos.
𝐃𝐈𝐄𝐓𝐀.
nos primeiros anos, declan se alimentava unicamente de animais por não se sentir habituado o suficiente com a ideia de matar um humano e beber diretamente, mesmo que fosse extremamente tentador e não conseguisse se controlar. quando perdia o controle sobre si próprio, procurava uma das ruas mais desertas para que pudesse matar sem dores de cabeça, sem se importar com o número de mortos. agora, ele se alimenta apenas de humanos por criar uma certa repulsa de sangue de animais e, principalmente, bolsas de sangue. não que fosse ruim, mas não havia graça alguma não ter a vítima perdendo o brilho em seus olhos e pedindo desesperadamente para que continuasse viva. normalmente, suas vítimas são humanos que frequentam o bairro de chinatown, utilizando de suas habilidades como assassino para matá-las sem chances de fuga.
𝐇𝐄𝐀𝐃𝐂𝐀𝐍𝐎𝐍𝐒.
para alguns, a vida é uma dádiva. para outros, como é o caso de declan, a vida não passa de uma diversão divina. sua existência não era nada além de um brinquedo nas mãos do criador, que o olhava com desprezo desde o dia em que respirou pela primeira vez, em um parto tão complicado que quase custou a vida da mulher que lhe colocou no mundo. a família hayashi era composta por imigrantes, corajosos o suficiente para deixar o país natal em busca de melhores condições de vida por não terem uma renda fixa e nem condições o suficiente para cuidar de uma criança com uma saúde tão frágil, acometida por uma doença que, na época, não tinha um tratamento. mesmo se tivesse, a família de declan era desprovida de riquezas e praticamente invisível naquela sociedade.
diante disso, seus pais faziam o possível para que ele, ao menos, tivesse uma boa vida, muitas vezes deixando de comer para dar ao filho, que ainda era novo demais para entender o que acontecia ao seu redor, tampouco entender os motivos que levavam seus pais a chegarem tão tarde da noite, completamente abatidos e os olhos fechando pelo cansaço. muitas vezes, declan encontrou seu pai adormecido no sofá da pequena sala da casa onde moravam, ainda com a roupa que utilizava para trabalhar.
como dito anteriormente, a vida de declan era apenas diversão divina, seguida de catástrofes. gostaria de dizer que a série de desgraças em sua vida iniciou-se quando foi concebido, embora não fosse o caso. sua série de infortúnios começou quando ainda era um adolescente, arrancado do seio familiar após um incêndio que custou a vida de seus pais, permanecendo vivo contra sua vontade e, agora, sem um lugar para morar.
os anos seguintes foram difíceis, mas não impossíveis. apesar do luto que o consumia, declan tinha consciência de que aquele não era o desejo de seus pais. ainda que sua vontade de viver fosse quase nula, sabia que seus pais desejavam que ele tivesse uma boa vida e que se orgulhasse de seus feitos. assim sendo, declan passou a se virar da forma que conseguia, com alguns bicos aqui e ali e, ao menos, conseguindo se alimentar e pagar o aluguel de um pequeno apartamento. não era nada demais e não estava acostumado com o luxo, mas ele se conformava com o que tinha e, ao seu ver, não era tão ruim continuar vivendo dessa maneira.
o primeiro contato com vampiros aconteceu em uma madrugada de brisa gélida, quando declan era visto apenas como um patinho ingênuo pelo homem que o seguia por várias noites, mas não ousava se aproximar. era como se estivesse estudando sua presa, e realmente estava. não conseguia se lembrar perfeitamente do que aconteceu na primeira noite em que conversaram, mas se lembra de acordar no dia seguinte com marcas em seu pescoço. ele tinha certeza que transaram, mas gostaria de ter se lembrado disso. o encontro se prolongou por outras noites, ainda sem se lembrar perfeitamente do que aconteceu enquanto estavam juntos. de tal forma, declan acreditava estar completamente apaixonado por seu mestre, tornando-se um amor doentio, corrosivo, que desgastava sua saúde mental e levava-o às margens da própria consciência.
ele não sabia dizer ao certo por quanto tempo permaneceu exposto àquele laço doentio, mas conseguia se lembrar do momento em que acordou com a notícia de que seu mestre estava morto por uma estaca em seu coração, encontrando apenas seu corpo sem vida na sala de estar da enorme casa em que ele morava. assim, declan fugiu daquele lugar, caminhando por incontáveis horas até ser submetido, mais uma vez, a uma experiência que o marcaria profundamente por inúmeros séculos. por algum motivo desconhecido por ele, o vampiro que o encontrou em estado deplorável teve o mínimo de compaixão em decidir que sua vida não deveria acabar de forma tão miserável. acordando em um local desconhecido, faminto, declan recebeu o abraço por um vampiro dos assamitas sem lhe perguntarem se estava de acordo com aquela decisão. sem muita escolha, passou a acompanhar seu senhor, ficando sob sua proteção enquanto era ingressado ao clã que, a partir daquele momento, seria o mais próximo que chamaria de casa novamente.
@nesfantpontos
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eliza-dete · 2 years ago
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O dia que sonhei com os backrooms 18/04
Eramos apenas crianças, crianças. Então, entramos em um lugar assustador que nos levava para outro mundo que não tem saída. A professora nos guiava para chegar até a porta, a porta que nunca mais vai se abrir para sair livremente. Deparamos com lugar além da porta para passar como se fosse uma fase, como se fosse um gincana, tinha brinquedos que te empurrava, uma ponte te guiava até a porta, e o objetivo era é chegar até outro lado da pista aonde estava a outra porta que parecia de uma casa. O chão era literalmente lava mas, nós, conseguimos passar como se fosse fase easy. Todo mundo conseguiu e ninguém sabe como a professora passou a fase direto, sem errar.
Chegamos até a porta legal que ligava ao corredor que possuia muitas outras entradas mas eram bem perigosas.
Eu, sem querer fui direto, sem permissão da guia, o bizarro é que a porta estava aberta e tinha dois palhaços na mesma cama mas parecia ser assassinos.
Um deles do circo dos horrores vieram mas não fizeram nada comigo apenas encostou na porta e me encarou.
Fim.
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geekpopnews · 9 months ago
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Ordem cronológica da franquia "Chucky"
Você conhece todas as produções da franquia "Chucky" e a melhor forma para assisti-las? Confira nossa matéria para entender melhor a história do nosso brinquedo assassino. #chucky
Preparamos uma lista com a ordem cronológica das produções do icônico personagem da cultura pop Chucky. Ele é um boneco que se torna possuído por um assassino em série chamado Charles Lee Ray. Atrás de sua aparência de brinquedo inocente, ele esconde sua natureza sinistra que é a de cometer assassinatos. A franquia Chucky, também conhecida como a Child’s Play, é composta por vários filmes,…
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da5vi · 2 years ago
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M3gan
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Tempos modernos clamam por brinquedos modernos, e a Funki está simplesmente louca para botar a Hasbro no chinelo e assumir as rédeas do mercado: seu best-seller, Purrpetual Pets, promete ser superior a qualquer animalzinho de estimação pois, ao contrário de um cachorro, o Purrpetual Pet não morre (e ainda pode conversar com a criança através de inteligência artificial)!
Cady brincava com seu bichinho, presente de sua tia (que foi uma das desenvolvedoras do projeto), quando um acidente de carro vitimou seus pais e a deixou com várias lesões corporais. Gemma, que nunca pensou em ser mãe, vê-se na responsabilidade de honrar os desejos da irmã e cuidar da criança... e é o interesse da jovem por seus trambiques científicos que a incentiva a melhorar sua maior criação: um robô que usa uma inteligência artificial treinada pelos usuários de Purrpetual Pets e que funciona quase como uma criança de verdade, mas capaz de fornecer várias instruções importantes para a formação humana de seu companheiro.
É assim que M3GAN nasce -- e comove uma série de executivos com seu jeitinho maternal e sua vontade incessável de proteger a criança.
Acontece que quanto mais tempo Cady e M3GAN passam juntas, mais o instinto protetor da boneca se torna obsessivo e perigoso. Um leve curto-circuito causado por um ataque do cachorro da vizinha desperta na boneca instintos bastante sombrios, fazendo-a tocar o terror (literalmente).
M3GAN vem do mesmo lugar de fala de Brinquedo Assassino, e assim como o grande clássico, traz uma crítica muito pertinente sobre a indústria de brinquedos, adicionando um comentário sobre relação não saudável que adultos cultivam entre crianças e tecnologias por não estarem preparados ou interessados em cuidar de filhos.
Além disso, é mais uma daquelas entradas importantes sobre os efeitos negativos das inteligências artificiais e todas essas coisas que fazem a gente questionar se estamos, de fato, vivendo os melhores momentos da história do planeta. Com momentos extremamente camp e simultaneamente icônicos, a boneca está predestinada a se tornar o grande novo ícone do horror.
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solstcr · 11 days ago
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Quem: @navegadorsolitario Onde: A beira do penhasco
Já havia ido em todo tipo de atração que conseguiu, definitivamente ela não ficou contente de ter quase sido pega pelo Chucky no castelo bem assombrando, tipo, sério que todos seria o brinquedo assassino? O mundo das histórias parecia gostar de tirar uma com a cara de seus residentes. Robert parecia mais animada que o normal e Solange nunca era de fugir de qualquer ideia que pudesse ser divertida, por isso não teve problemas quando apostaram uma corrida até o penhasco. ❝Você acha que tem algum tipo de magia que protege a gente? Tipo, quem não vai morrer nessas histórias?❞ Era uma questão interessante na visão dela, Solange não iria morrer, mas viraria uma boneca então tinha certeza de que as coisas poderiam ser distorcidas pra ela. Contudo, estavam os outros perdidos que seguiriam vivos protegidos? Ou se um deles morresse ali apenas seria substituído por outro de fora? Deveria ter perguntado isso na barraca da bola de cristal, mas agora era tarde demais pra isso. ❝Sabe, eu acho que consigo voar nessa nova história... Eu devo conseguir né, se meu castelo fica nas nuvens no céu, não acho que eu suba igual o João do pé de feijão.❞ Comentou distraidamente, os olhos âmbar pareciam olhar ao redor e para a queda desastrosa do penhasco. Quando os olhos se voltaram para Robert, ela prontamente arqueou uma sobrancelha. ❝Você não está cogitando seriamente se jogar, está? Quer dizer... É Halloween, talvez a gente vire vampiro ou algo assim se pular... Não que eu esteja incentivando, mas acho que se for pra fazer isso tínhamos que fazer uma cena dramática, sabe? Tipo Sombras da Noite? Sabe? Aquele filme com a gostosa da Eva Green!❞
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jiraidreams · 15 days ago
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ALMA(LAMA)
Monstros não estão embaixo da cama, mas sim em cima dela A luz acesa não obrigou-o a retornar às sombras Nem a coberta impediu-o de me pegar Sequer a luz do sol espantou as criaturas da noite naquele dia Após, não houve abraço de mãe ou de pai Ou qualquer consolo e promessa Que ele pagaria E, sei bem, ele nunca sofrerá as consequências de suas atitudes Ainda que todas as células do meu corpo fossem renovadas Habitasse, então, um novo e imaculado recipiente desprovido dessa moléstia Sem quaisquer resquícios de minha sórdida alma que rola na lama O fantasma ilusório da violência ainda traria náusea diante ao nojo Da possibilidade de tornar-me esta casca vazia, a carcaça da mulher que era, Pelo teu toque Monstros surgem da escuridão e, em sua penumbra, alimentam-se do medo A dor alheia lhes é doce, suculenta como uma fruta madura São o desconhecido, o estranho E quando são eles, senão aqueles mais próximos? Aquele que sussurra palavras de amor e acolhe no sofrimento Em abraços fortes o suficiente para unir meus pedaços E, assim, quebrar minhas costelas Aquele que se excita em lamber minhas lágrimas da mais pura agonia E me mantém algemada como um brinquedo fútil e sem vida Poderei, um dia, reescrever a história de terror que deixou em meu corpo? Por mais que lave minhas roupas, as manchas de sangue não saem É o mesmo com o meu espírito, meu corpo Carrego as marcas de suas mãos em meu pescoço Embora não estejam mais aqui, ainda não consigo respirar Sou o fantasma que assombra o próprio cadáver Não há paz em meu túmulo; Afinal, meu assassino matou-me em todos os sentidos, Menos naquele em que me seria mais misericordioso
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snuhq · 1 month ago
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NIGHTMARE REALM — PARTE 02.
Sábado, 12 de outubro. Às 18h.
Aqueles que resolveram chegar cedo ao Dreamland, ou melhor, Nightmare Realm, como a placa na entrada do parque havia sido alterada para mostrar, puderam ver um show na abertura dos portões: Às 18 horas em ponto, uma atriz caracterizada de Jane Doe de Ride The Cyclone, com uma maquiagem de boneca e tudo, apareceu nos portões para anunciar com o tom monótono e macabro a abertura do evento, convidando a todos para experienciar a nova montanha russa, onde seria possível reencontrá-la. Assim que terminou o anúncio, máquinas de fumaça foram acionadas, dando uma identidade misteriosa para o parque mesmo antes do fim do pôr-do-sol. Filas de monstros, dos mais diversos segmentos, bonecas, palhaços, assassinos, qualquer coisa que o parque poderia ter usado e fosse de domínio público, se formavam em frente a pequena multidão e, lentamente, os portões foram abertos, causando um tumulto enquanto as pessoas entravam correndo e se dispersavam. 
Já dentro do parque, após as áreas de abertura, os monstros foram separados em áreas a depender de sua origem mitológica. Banshees assustam alguns na entrada, fantasmas ocupam a área próxima a nova montanha-russa. Palhaços estavam mais próximos à área aquática, etc. Além dos atores, das decorações e da comida temática, oito atrações temporárias foram montadas na área Terra dos Pequenos Exploradores:
Um labirinto, baseado em The Quiet Place, onde o visitante deve escapar sem fazer qualquer barulho para evitar os jumpscares dos animatronics montados;
Uma mansão de terror, onde os visitantes podem fazer uma tour por um castelo cheio de objetos escondidos e “amaldiçoados” enquanto fogem de atores fantasiados;
Um navio alagado próximo à Baía de Seorak, onde os visitantes devem molhar os pés para caminhar enquanto observam os animatronics e atores de fantasmas e piratas mal-encarados;
Um circo fantasmagórico com palhaços macabros, malabaristas que jogam crânios e trapezistas que parecem desvanecer no ar, repleto de espelhos distorcidos e ilusões;
Um escape room que cada grupo de visitante possui 15 minutos para tentar escapar, baseado em Outlast, os visitantes devem achar a senha correta para escapar do fictício hospital psiquiátrico enquanto atores os perseguem pelos corredores;
Um labirinto baseado no jogo Alan Wake, onde os visitantes devem acompanhar de perto um ator com uma lanterna em mãos, única fonte de luz da atração, para fugir de sustos indesejados;
Um caminho mais leve no barco redecorado da comum atração “Montanha Encantada”, enquanto nos seus dias animados a atração não passa de ser conhecida como chata pela música repetitiva e temas coloridos, durante o evento ela está bem mais escura, contando a história de um âtelie de brinquedos abandonado e mal-assombrado;
E, para os mais fracos de coração, uma casa assombrada baseada em Os Fantasmas se Divertem, misturando comédia ao clima de terror com referências aos famosos personagens. 
Próximo a atração nova, é possível encontrar rostos familiares para os fãs de Ride the Cyclone, que apontam para os visitantes em direção a nova atração: The Cyclone. Ao entrar, é óbvio as inspirações à atrações super-imersivas da Universal e da Disney, a fila é super decorada com inspirações da peça e do filme Premonição, a atração conta até com o famoso “pre-show”, onde os visitantes se encontram com O Incrível Karnak, que os contam sobre seus futuros, recomendam uma visita ao The Cylone e em um “mau-funcionamento”, que acontece só para alguns grupos de visitantes, alerta sobre como ele sente que a morte está próxima. A montanha-russa é única, o passeio dura quase 3 minutos, chegando a 90km/h em seu ponto mais rápido, incluindo 3 loopings e tudo isso no escuro com uma experiência de áudio imersiva e assustadoramente arrepiante. 
OOC NOTES.
Chegou o dia, ou melhor, a noite tão esperada para fazer o uso de seu ingresso gratuito! O show de abertura e algumas das atrações foram fortemente baseadas no Universal Horror Nights.
A montanha russa foi baseada em diversas atrações conhecidas como "dark rides", como Rock n Roller Coaster e The Revenge of the Mummy Ride.
Sintam-se livres para interagir da forma que melhor preferirem e não se acanhem em usar de inspiração o que usamos para nós basear para o evento!
Esperamos que todos as personagens se divirtam bastante! E lembramos: a ida não é obrigatória, porém é gratuita (a menos que sua personagem tenha caído em um dos muitos golpinhos que vimos pela timeline na quinta feira)
Com carinho, Iris, Orchid, Sakura e Magnolia. 💚
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a-nameless-god · 2 months ago
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Sexta-feira 13 curta de Terror
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Tem um corpo na piscina
Tem um corpo na piscina de sua casa, e Heitor não sabe de onde ele surgiu, apenas sabe que ele acordou no meio da noite ouvindo um barulho de água muito alto, e quando olhou pela janela, lá estava ele, uma mancha de sangue crescendo ao seu redor
          Ele não sabia o que fazer, parecia um sonho, seu coração acelerou quando ele percebeu o que estava acontecendo. Não fazia sentido, não havia ninguém por perto quando ele olhou a piscina não muito depois de ouvir o barulho
          Seu quarto no segundo andar tinha uma boa vista do quintal e da entrada da porta de trás da casa, assim como da floresta que começava a alguns metros da cerca que não havia um único arranhão
          O pânico estava em sua mente, a vontade de gritar para seus pais virem buscá-lo, ou para que apenas acordassem era grande, mas ele não sabia do perigo, se estava dentro ou fora de sua casa. Bem, ele pensou, sua família sempre checava duas vezes se tudo estava trancado e se o sistema de vigilância estava ligado
          Isso acalmou um pouco seu coração, e um pouco do raciocínio começou a fazer sentido novamente, o medo deixando de pouco em pouco sua mente. Assim, quando ele pensou em mandar mensagem para seus pais ou para ligar para eles, ficou desamparado ao perceber que estava sem bateria
          Ele havia errado o modo em que plugou o carregador em seu celular, e ele se amaldiçoou nesse momento, uma breve onda de raiva de si mesmo que desapareceu tão rápido quanto veio, e a confusão sobre o que fazer a seguir se perpetrou
          Ele olhou para a porta do quarto, pensando seriamente no que deveria fazer, e ponderando sobre tudo o que tinha em mãos e se valia a pena. Ele deveria ir alertar os pais para que eles pudessem ligar para a polícia pelo menos, e para verificar a casa e as redondezas o mais rápido possível, o assassino ainda poderia estar por perto
          Com essas ideias em sua cabeça, ele pegou o taco de beisebol de metal que ganhou de aniversário, seu aniversário de 17 anos na semana passada de seus pais. Com a frieza do objeto em suas mãos e a segurança que ele proporcionava como arma branca, sua confiança aumentou pelo menos o suficiente para que ele conseguisse respirar mais tranquilamente para que pudesse se mover
          Seu coração ainda martelava em seus ouvidos, e ele quase não conseguiu ouvir o barulho da maçaneta girando por conta disso. Ele ponderou se deveria ligar as luzes e fazer barulho, mas optou contra isso, já que não sabia nada sobre o perigo que poderia ou não enfrentar
          Abrindo a porta o mais lentamente possível, e pisando nas tábuas certas que ele sabia que não faziam barulho, ele se guiou até a escada se arrastando contra a parede, olhando para todos os lados e quase tremendo de medo quando pensou ter visto alguém no canto de olho, mas era apenas um canto escuro com um dos brinquedos de sua irmã mais nova
          Ele suspirou fundo, tentando acalmar as batidas em sua caixa torácica, e continuou sua jornada até chegar de frente com a escada. Ele olhou para baixo, com medo do que veria, mas foi cumprimentado apenas com a escuridão sendo afastada pela luz que vinha da lua crescente que passava pelas portas de vidro e persianas semitransparentes
          Olhando para o corredor do quarto dos pais, ele estava quase chegando lá, até que ouviu o barulho da geladeira sendo aberta, e a voz de sua irmã reclamando que não conseguia abrir alguma coisa. Ouvir a voz acalmou sua mente preocupada, e ele decidiu chama-la para ir para o seu quarto antes que ela visse o que estava na piscina
          Descendo as escadas com confiança, ele olhou para a sala de estar, e decidiu que antes deveria checar o corpo mais de perto, já que sua irmã estava junto com ele e estava bem e acordada. Ter uma outra pessoa que você conhece acordada e junto de você em uma situação era extremamente relaxante
          Ele caminhou até a porta de vidro que dava para a piscina, tirou um pouco da persiana, apenas o suficiente para que pudesse ver, e passou a analisar o corpo sangrento. A princípio quase não conseguiu pensar em nada a não ser o fato óbvio de ser um corpo, e a realização de que um cadáver estava no quintal da sua casa quase o fez vomitar ali mesmo, mas ele conseguiu aguentar
          Sua irmã ainda estava na cozinha, abrindo vários potes e reclamando que não tinha nada pra comer, isso o fez se acalmar novamente e voltar para o presente. E ele passou a ver o cadáver com um olhar mais analítico
          Lentamente ele foi percebendo coisas sobre o corpo, sobre como ele tinha um pijama azul claro de velho, um cabelo castanho crespo, que parecia o de seu pai... Espera, de seu pai? Lentamente, o corpo parecia mais e mais com aquele com quem uma vez ee chamou de pai
          Ele se negou a acreditar, mas era óbvio, o corpo na piscina, no quintal de sua casa, era a pessoa com quem ele passou mais tempo na sua vida, aquele que ele mais amava, e aquele com quem ele mais queria orgulhar...
          Logo que ele percebeu isso, um frio na barriga se instalou, e um arrepio gelado e horroroso subiu pela sua espinha, ele respirou o mais silenciosamente possível, seu corpo congelado e mais de mil perguntas passavam pela sua mente, até que ele percebeu
          A casa estava quieta demais, sua irmã não fazia mais nenhum barulho. Com o medo se instalando ainda mais, ele pensou nas coisas horríveis que poderiam ter acontecido com ela, ou com sua mãe, seu instinto protetivo o fazendo virar rapidamente para trás
          Mas nada o preparava para o que estava pronto para ver o que estava ali na frente, a poucos metros de distância dele. Aquilo não era sua irmã, sua preciosa e querida irmã de 10 anos que adorava brincar com ele na chuva e aproveitar a grama verde do jardim na frente da casa. Oh não, aquilo não era nada disso
          Aquilo não era sequer humano. Aquela coisa, parada no meio da sala de estar, coberta de sangue, não era humana
          Aquilo não era humano
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