#acordei no pior humor do mundo
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amopalhassos · 2 months ago
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bom dia e tals
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harrrystyles-writing · 2 months ago
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Yes Sir! Capítulo 30
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Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 24 anos e Harry tem 35)
Aviso: O capítulo será todo dedicado a nossa querida Aurora porque ela merece, afinal é o aniversário da nossa protagonista 💗
NotaAutora: Perdão pela demora e Aproveitem o capítulo e não se esqueçam de comentar💗
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AURORA
Acordei com o som insistente do interfone, como se o próprio aparelho estivesse determinado a me lembrar que, mesmo no meu aniversário, eu não teria sossego. Passei a mão no rosto, tentando afastar o sono e o humor de quem só queria hibernar na cama pelo menos até o meio-dia. Levantei, arrastando os pés até o interfone, já pensando em quem teria coragem de interromper meu dia tão cedo.
— Senhorita Aurora, há um entregador aqui — disse o porteiro, sua voz calma, rotineira. — Parece uma entrega especial de uma padaria.
— Eu não pedi nada.
— Ele disse que o pedido já foi pago! Quer que eu o mande subir?
— Ok! Pode deixar. — murmurei, ainda perplexa.
Quando abri a porta e recebi a embalagem nas mãos, meu coração acelerou, era padaria de Boston, Sweet Sunrise Bakery.
Minha padaria favorita.
A embalagem tinha aquele tom pálido de creme com bordas douradas, que sempre pareciam um detalhe caprichado demais para um café da manhã. Mas foi só abrir a tampa para encontrar os itens cuidadosamente dispostos: o croissant de chocolate com amêndoas, pãozinhos frescos e a pequena garrafa de café aromático que eu costumava pedir quando eu ia lá.
Era tudo o que eu gostava.
Sem pensar, peguei o celular e digitei uma mensagem para Gabriel.
"Você me mandou um café da manhã da Sweet Sunrise? Muito obrigado!"
A resposta veio rápida.
"Não fui eu, mas fico feliz! Feliz aniversário! Aproveite."
Senti um frio estranho na barriga, se não era Gabriel, quem era?
"Vocês mandaram café da manhã para mim? "
Mandei para Georgia e a resposta veio logo em seguida.
"Não! Você recebeu algo especial é?"
"Nada de mais, bjs"
Isso era realmente estranho, vasculhei a embalagem a procura de alguma pista, então um bilhete dobrado me aguardava, a caligrafia era pequena e cuidadosa, com as mãos trêmulas, desdobrei o papel.
"Espero que ainda se lembre da promessa. Feliz aniversário, docinho."
"Docinho."
Docinho?!
Apenas uma pessoa no mundo me chamava assim.
Por um instante, quase pude ouvir a voz dele, sussurrando.
Mas não… ele jamais faria isso.
Ele não podia…
Não! Não!
Como ele ousava?
Parte de mim queria jogar tudo fora, fazer a raiva valer alguma coisa, mas a outra parte de mim queria olhar para cada pedaço daquela surpresa, o café, o croissant, os pãezinhos e saborear-los  agradecida, eu não sabia dizer se estava mais confusa, irritada ou  pior ainda  esperançosa.
Porque, no fundo, uma parte de mim talvez, só talvez quisesse que ele cumprisse aquela promessa, mas promessas são só palavras vazias.
Eu fiquei ali, encarando o bilhete e sentindo o estômago apertar de angústia e saudade, tentando decidir se deveria ignorar aquilo ou me deixar sentir, mesmo que por um segundo, fechei os olhos, respirando fundo, o aroma do café trouxe uma pontada cruel de nostalgia, mesmo relutante, dei uma mordida pequena quase automática no croissant, mas o sabor trazia mais do que eu estava disposta a sentir, lembrei de todas as manhãs em que Harry sorria para mim, assim que eu acordava dizendo que passou na minha padaria favorita perto da casa dele, então aquele cheirinho delicioso de croissant surgia, enquanto o me olhava daquele jeito, como se eu fosse a pessoa mais importante do mundo, ele sempre sabia como me deixar feliz, de algum jeito ele também sabia como me fazer sentir segura.
Uma lágrima escapou antes que eu pudesse conter. Passei a mão rapidamente pelo rosto, tentando afastar esse momento de fraqueza. Eu não podia me deixar levar, não agora. Olhei para a comida à minha frente, respirei fundo, e antes que mudasse de ideia, joguei tudo no lixo.
Eu precisava focar em mim, no meu aniversário, eu tinha que dar um jeito no meu apartamento, ele estava infestado com coisas de bebês, caixas, sacolas, pilhas de roupas espalhadas. Meu peito se apertou ao olhar para aquilo tudo, era difícil admitir que me peguei sorrindo algumas vezes ao pegar aquelas roupinhas tão pequenas e me imaginar cuidando de uma vida que, querendo ou não, estava crescendo dentro de mim. Fui pegando as coisas aos poucos, empilhando tudo nos braços levando até o quarto de hóspedes, jogando as roupas de bebê, o berço, cada pedacinho de esperança que minha mãe havia trazido, eu não queria aceitar que a cada dia esse bebê era mais real, não queria sentir a felicidade de ser mãe.
O som do interfone me trouxe de volta.
— Senhorita Aurora, chegaram alguns presentes para a senhorita. São... são muitos — O porteiro, tinha um tom quase divertido na voz. — Onde quer que eu os deixe?
Presentes?
— Pode mandar subir, deixe na porta, por favor.
Quando abri, uma fileira de caixas, pacotes e balões esperava por mim, envolto em papel colorido, com fitas e laços, em cima de cada caixa, havia um bilhete pequeno.
É sério que ele iria insistir nisso?
Peguei o primeiro bilhete que vi. 
"Você merece todas as coisas boas que esse mundo tem a oferecer."
Por que ele tava fazendo isso comigo?
Ele sabia o quanto eu nunca me achei boa o bastante para qualquer coisa.
Meu olhar se fixou no próximo bilhete.
"Você merece tudo o que pensa que não merece, Aurora."
Meu coração batia mais forte, um desejo de rasgar cada pedaço daquele papel.
Eu o odiava por me fazer sentir isso.
Peguei o próximo:
"Sempre levarei você no meu coração, docinho."
E mais outro:
"Seja muito feliz! Eu sempre estarei torcendo por você."
Minhas mãos tremiam.
O último bilhete que consegui ler dizia:
"Obrigado por fazer meu mundo melhor."
Aquele foi o golpe final.
Meus ombros cederam, e as lágrimas desciam incontroláveis, por mais que eu tentasse negar, ele me conhecia melhor do que ninguém, sabia que as palavras quebrariam minhas defesas mesmo com todo o ódio que eu tentava manter. Limpei as lágrimas com pressa, recusando-me a ceder a esse sentimento. Peguei cada caixa, cada balão, empurrei tudo para dentro do quarto de hóspedes junto com as coisas do bebê, tranquei-a,  por um instante, fechei os olhos, desejando que nada daquilo fosse real.
                     ...
O vapor preenchia o banheiro enquanto eu me deixava relaxar na água morna. Fechei os olhos e respirei fundo, como se cada gota pudesse lavar o peso do que eu tinha sentido mais cedo, por um instante eu podia simplesmente... não pensar.
Não havia bilhetes.
Não havia saudades.
Apenas eu, a água quente, e o som suave da água caindo.
Saí do banho sentindo-me um pouco mais leve, como se tivesse deixado as emoções da manhã escorrerem pelo ralo.
Escolhi uma legging afinal minhas calças jeans já não me serviam mais, uma blusa longa e um casaco, agradecia de estar começando o inverno assim era muito mais fácil me esconder nas roupas, pentei o cabelo deixando-o solto, passei um toque de maquiagem sutil para cobrir o inchaço ao redor dos olhos, hoje eu queria estar linda para mim mesma, e talvez um pouco para Gabriel também, afinal ele me chamou para um almoço especial de aniversário.
Quando a campainha tocou, abri a porta, e lá estava ele, com aquele sorriso que me fazia esquecer todo o caos,  Gabriel vestia um moletom azul marinho e calça jeans. Ele me olhou de cima a baixo e vi seu sorriso se alargar.
— Uau, Aurora, você está linda. — Deixou um rápido selinho em meus lábios.
— Obrigada, vamos?
— Claro.
Tranquei a porta atrás de mim, entrelaçando meu braço no dele enquanto caminhávamos para o carro, eu não sabia ao certo o que Gabriel tinha planejado para o nosso almoço, mas o lugar que Gabriel escolheu era aconchegante e charmoso, um pequeno bistrô com luzes suaves e mesas de madeira, decorado com um estilo simples, mas acolhedor. Não era sofisticado, mas tinha um calor especial, Gabriel abriu a porta para mim, me guiando para uma mesa perto da janela, ele puxou a cadeira para mim, o que me fez sorrir de leve, assim que ele ocupou seu lugar à minha frente, notei seu olhar penetrante, enquanto corria os olhos pelo cardápio.
— Confia em mim? —  Ele fechou o menu de repente, me surpreendendo. — Posso escolher para nós dois? Prometo que vai ser bom.
— Tudo bem, eu vou confiar, então.
— Vou fazer valer a confiança, eu prometo.
— Murmurou, antes de  chamar o garçom e fazer o pedido, em voz baixa, sem revelar nada a mim.
Pouco depois, o garçom voltou com dois pratos com aromas deliciosos, meu prato era risoto de cogumelos cremoso, perfumado com ervas frescas, parecia delicioso, Gabriel me ofereceu o primeiro pedaço, ele pegou o garfo, trazendo um pedaço da comida até minha boca, hesitei mas aceitei, nossos olhares se cruzaram enquanto ele me servia,  por um instante, eu me senti estranha mas não de um jeito ruim era como se ele realmente me achasse especial, que me fez esquecer quem eu era ou o que eu costumava pensar sobre o amor.
— E então?
— Gabi… isso é incrível!
— Fico feliz que tenha gostado, eu pensei que você merecia algo especial. — Ele desviou o olhar por um instante, antes de completar. — Não é nada muito elaborado, mas…
— Mas nada, está perfeito.— Não consegui evitar de sorrir.
Entre conversas e risadas, ele continuava a me oferecer pedaços, eu também oferecia a ele, eu nunca tinha percebido como o simples ato de dividir a comida podia ser tão… íntimo.
— Espero que o casal esteja aproveitando o almoço. — O Garçom que nos atendeu apareceu em nossa mesa.
— Estamos, sim! Obrigado. — Pude ver o rosto corado de Gabriel ao responder.
Quando o garçom se afastou, Gabriel voltou a atenção para mim, com aquele sorriso travesso.
— O que foi? — perguntei, sem conseguir evitar o riso.
— Nada — ele disse, ainda sorrindo. — Só acho engraçado que tenhamos mesmo cara de casal.
— Acho que o fato de ficarmos dando comida na boca um do outro pode ter ter dado essa impressão.— falei, rindo.
— Talvez... Ás vezes… não sei, às vezes penso em você como… você sabe, minha namorada.
Meu coração acelerou, o sorriso desaparecendo aos poucos, aquela confissão, por mais sutil que fosse, despertou uma sensação que eu tentava sufocar.
— Gabi, eu… eu realmente gosto do que temos agora. É simples, está bom assim… não está?
Houve um breve silêncio Gabriel baixou o olhar, a mão deslizando levemente sobre o garfo, como se procurasse as palavras certas.
— Claro… claro, desculpa,  não queria te pressionar, só foi um comentário bobo.
— Está tudo bem, de verdade. — Coloquei minha mão sobre a dele, sentindo seu corpo relaxar sob meu toque. — Eu só… preciso de mais um pouco de tempo, entende? Mas quero que você saiba que eu estou curtindo muito estar com você, muito mesmo. — Olhei em seus olhos com toda a sinceridade que podia reunir.
— Aurora, eu espero o tempo que precisar.
Meu almoço de aniversário foi perfeito, embora o medo que se instalou quando ele falou sobre o namoro, mas todo resto estava simplesmente incrível,  Gabriel sabia como me fazer sentir especial, assim que chegamos ao meu prédio, a tranquilidade que eu sentia desmoronou.
— Ah, senhorita Aurora! — o porteiro me chamou assim que entrei no saguão. — Chegou mais alguns presentes para a senhorita. Um total de treze, na verdade.
Senti meu estômago se apertar
— Treze presentes? — Gabriel perguntou, claramente intrigado. — Uau!
— Teve mais pela manhã. — O porteiro comentou e eu quis socá-lo por isso.
— Alguém está realmente se esforçando. —Gabriel forçou uma risada.
— É... parece que alguém resolveu exagerar — Suspirei, tentando parecer indiferente.
Com a ajuda de Gabriel e do porteiro, fomos empilhando os presentes em meus braços. Gabriel pegou alguns também, mas pude sentir a curiosidade crescendo nele a cada segundo.
— Aurora, quem... quem enviou tudo isso? — Ele tentou manter o tom casual, logo que entramos no elevador.
— Eu... — Hesitei, tentando encontrar uma resposta que não levantasse mais suspeitas. — Minha família,  minha mãe gosta de exagerar nessas coisas de aniversário.
Ele riu, embora a expressão em seu rosto continuasse desconfiada, ao chegar à porta do meu apartamento, ele colocou os últimos presentes no chão e olhou para mim, ainda curioso.
— Bem, sua família realmente sabe como fazer você se sentir especial.
— É, eles são assim. — Menti.
O olhar dele passeou pelos presentes em cima da mesa, percebi que ele tentou pegar um dos bilhetes presos aos pacotes.
Antes que ele pudesse pegar puxei mais perto, pegando o bilhete junto.
Eu sabia que, se deixasse ele ver algum dos bilhetes, tudo ficaria mais complicado, precisava de uma desculpa.
— Então... — disse, virando-me para ele. — Eu preciso me arrumar para o jantar com minha família. Sabe como é.
Gabriel sorriu, ligeiramente desapontado, talvez por sentir que eu estava tentando encerrar o encontro de maneira bruta, mas eu não podia lidar com isso com ele aqui.
— Claro, claro... Não quero atrapalhar. — Ele deu um sorriso um pouco tímido. — A gente se vê depois.
Assenti, sentindo um aperto no peito ao vê-lo assim.
— Com certeza, vou deixar a chave reserva com você, quando chegar, eu quero encontrar uma comemoração digna, hein? — brinquei, tentando aliviar o clima e espantar a tensão do momento assim que dei a chave a ele.
— Pode deixar,  vou fazer com que seja o aniversário mais inesquecível de todos.— Ele se inclinou deixando um beijo em meus lábios.
Logo que Gabriel saiu, suspirei, exausta me virei para a pilha de presentes, reuni os pacotes, caminhei até o quarto de hóspedes, nem se quer me dando o trabalho de ler esses bilhetes idiotas desta vez. Fui colocando cada presente novo naquela pilha, um por um, ignorando-os, quando finalmente empurrei a última caixa para dentro, fechei a porta e travei,
então percebi o bilhete que eu tinha tirado da vista de Gabriel, ainda estava  entre meus dedos, com um suspiro, passei o polegar sobre o papel, sentindo o papel meio amassado antes de abri-lo.
"1 presente para cada ano que você iluminou o mundo, você continua sendo importante para mim."
Fechei os olhos, tentando controlar a onda de raiva que subia no peito, mas era impossível.
— Importante?  Tão importante que ele nem se quer sabe quantos anos estou fazendo! São 24 anos! Porra! Eu estou fazendo 24 anos, seu idiota! — Gritei jogando o pequeno papel longe.
                       ...
Me olhava no espelho dando uma última conferida no meu look de aniversário, escolhi um vestido vermelho de manga longa, justo o suficiente para parecer elegante, mas discreto o bastante para disfarçar a barriga. Adicionei uma meia-calça preta para o frio, botas marrons escuras e um casaco de lã que caia até a altura dos joelhos, brincos dourados  e o batom vermelho era a última camada de confiança que coloquei para encarar o jantar.
Georgia surgiu à porta, observando-me com seu sorriso de canto cheio de ironia.
— Você tá pronta, aniversariante? — perguntou, mas seu olhos logo foram para celular ao meu lado. — Quem tá te mandando mensagem? A Lily?
— Não, é... um cara que eu tô saindo. — Dou de ombros, tentando parecer casual. — Lembra do cara da loja de móveis? Então, ele meio que era da minha sala, uma longa história.
— O cara da loja? Olha só! Finalmente você tá saindo com alguém! — Ela sorriu parecia genuinamente feliz. — Quero saber todos os detalhes.
— Eu vou, depois, mas, ó, não vai contando pro papai, tá? Você sabe como ele é.
— Seu segredo está seguro comigo. — Ela balançou a cabeça, concordando.
Minha mãe apareceu à porta, chamando nossa atenção com um sorriso acolhedor.
— Meninas, está na hora. Vamos?
Georgia e eu trocamos um último olhar antes de segui-la.
O restaurante escolhido pelo meu pai era um dos mais renomados da cidade, até meio óbvio, localizado no topo de um prédio com uma vista de tirar o fôlego.
Nós nos acomodamos em uma mesa reservada para a noite, com vista direta para as ruas movimentadas lá embaixo. O garçom apareceu rapidamente, deixando um cardápio luxuoso em nossas mãos. Georgia, ao meu lado, admirava o ambiente, enquanto meu pai, já analisava o cardápio com olhar meticuloso.
Escolhemos pratos dignos de um restaurante Michelin. Para começar, vieiras grelhadas com emulsão de limão siciliano e lâminas de trufas. O aroma era delicado, o sabor  impecável, mas o silêncio em nossa mesa era constrangedor.
— Estive conversando com o reitor sobre o seu progresso na faculdade. — Meu pai lançou um olhar para mim. — Ele me disse que suas notas estão subindo novamente, já estava na hora.
Não era um elogio, exatamente, mas também não era uma crítica, então decido aceitar.
— Obrigada.
Por um momento, acho que vi um resquício de orgulho nos olhos dele, mas foi rapidamente substituído por sua expressão usual, rígida.
— Isso é ótimo, Aurora, estou feliz por você estar conseguindo conciliar tudo. —  Minha mãe tinha um sorriso caloroso .
— Tenho tido ajuda para estudar… isso tem feito muita diferença.
— O reitor mencionou algo curioso, parece que há rumores sobre um professor da sua universidade envolvido com uma aluna.— Suspirou recostando-se na cadeira com uma expressão pensativa. — Por acaso você está ciente dos boatos?
Por um instante, senti minha espinha congelar.
— Um professor com uma aluna? — Minha mãe, ergueu as sobrancelhas, horrorizada. — Que absurdo! Não consigo imaginar um comportamento mais inadequado.
— Ah, pai, boatos assim surgem o tempo todo... é provável que alguém tenha exagerado só para causar um pouco de drama, sabe como é. — Ri, tentando parecer despreocupada. — As pessoas adoram uma fofoca. — Acrescentei, torcendo para que ele se contentasse com a resposta.
O garçom acabou aparecendo no momento certo,  interrompendo a conversa ao anunciar o próximo prato: um filé de wagyu, perfeitamente selado e acompanhado de purê de batatas trufado e vegetais assados em manteiga de ervas.
— Que tal falarmos de outro assunto? — Georgia sugeriu
— Isso! — Concordei.
— Já contou ao pai da criança, sobre sua gravidez? Ou vai preferir que eu interfira?
A comida pareceu ficar ainda mais difícil de engolir.
Meu pai estava realmente determinado a estragar meu jantar.
— Vou contar, pai, eu só preciso de mais tempo. — Tentei manter o controle, mas o peso de suas palavras me deixa desconfortável.
Ele respirou fundo, cruzando os braços sobre a mesa, sem desviar o olhar.
— É bom mesmo que conte logo, porque se acha que vou deixar o sujeito que engravidou a minha filha sair ileso, está muito enganada ou você resolve isso logo ou eu vou ir até onde for necessário para encontrar esse rapaz, se precisar, vou atrás dele até no inferno.
Um silêncio tenso pairou sobre a mesa, enquanto tentava conter a lágrimas.
— Lion, é o aniversário dela, hoje não é o momento para isso, por favor. — Minha mãe colocou a mão encima da dele suplicando.
— Tudo bem. —  Cedeu mesmo com o olhar rígido. — Falamos disto depois.
O jantar terminou com direito a um pequeno bolo de chocolate e um parabéns dos funcionários do restaurante e alguns presentes caros demais para apenas uma universitária, depois eles me levam de volta ao apartamento, ao chegarmos à porta, minha mãe segurou minhas mãos.
— Querida, desculpe pelo seu pai, você sabe como ele é.
— Tudo bem. — Menti.
— Nós precisamos voltar ainda hoje, mas prometemos voltar em breve, afinal, logo teremos nosso primeiro netinho. — Sua mão acariciou minha barriga.
  — Cuida de você, tá? E qualquer coisa, me liga. — Georgia me abraçou.
—  Cuide-se, Aurora. — Meu pai me deu um abraço breve.
Fiquei parada ali, vendo-os ir embora, suspirando aliviada por finalmente ter acabado, entrei no prédio, acenei para o porteiro com um sorriso leve. No elevador, tentei espantar o peso do dia, pelo menos nas próximas horas, teria uma chance de me divertir e me sentir uma universitária comum, como nos velhos tempos. Assim que girei a chave e entrei no apartamento, fui recebida por uma explosão de cores e energia, balões em tons pastel e prateado estavam espalhados pelo chão e presos nas paredes, uma faixa de “Feliz Aniversário” enfeitava a entrada da sala, enquanto serpentinas coloridas desciam do teto, e um arranjo de flores vibrantes ocupava a mesa de centro. As luzes estavam baixas, com algumas lâmpadas decorativas criando um brilho aconchegante e acolhedor.Rostos familiares me esperavam, Gabriel estava no balcão da cozinha, rindo de algo que Josh dizia, enquanto Lily veio correndo ao meu encontro.
— Parabéns! Amiga. —Ela me deu um abraço apertado. — Gostou? — Perguntou, com um brilho no olhar.
— Sim! Ficou tudo tão incrível, eu amei.
— Então, vamos aproveitar.  — Me puxou para o meio da sala.
A música começou a tocar mais alto, preenchendo o ambiente com uma batida animada, um cheiro delicioso de pizza se misturava ao perfume doce das flores, no balcão da cozinha estava o tradicional “drink especial” da Lily, com um toque de frutas frescas e guarda-chuvinhas coloridos. Minha casa parecia outra, cheia de vida e energia, era como se cada detalhe tivesse sido pensado para me fazer sentir especial e eu mal conseguia parar de sorrir.
Eu não esperava tanta gente, mas havia algo nessa bagunça animada que me fazia sentir viva. Meu aniversário estava acontecendo ali, naquele momento, eu não queria pensar em nada que pudesse me puxar para baixo. Passei um bom tempo aproveitando a festa. Dancei com meus amigos, ri com eles, comemos e jogamos, eu realmente estava aproveitando e por algumas horas esqueci de todas as coisas que me atormentavam.
— Ei, Aurora. —  Senti uma mão pousar suavemente na minha cintura.
Me virei e dei de cara com Gabriel, que estava ainda mais bonito do que eu me lembrava. Talvez fosse o efeito dos hormônios, ou talvez fosse só o fato de eu estar realmente afim dele naquele momento, mas, com aquele sorriso suave e encantador, ele conseguiu desarmar qualquer resistência minha.
— Posso roubar a aniversariante por um tempo? — ele perguntou, antes que eu pudesse protestar, já segurando minha mão com delicadeza.
— Claro eu sou toda sua.
Meu coração acelerou enquanto ele me guiava pela sala, nos afastando do resto da festa até entramos no meu quarto
— Estava te esperando a noite toda, sabia? 
— E o que você faria se eu dissesse que eu também estava esperando por isso? —  Respondi, me aproximando um pouco mais.
Ele riu, senti minha respiração falhar quando ele segurou meu rosto com as mãos, deslizando os dedos em minha pele.
— Aurora... — ele sussurrou, o olhar intenso, como se estivesse gravando cada detalhe de mim. — Tenho algo pra você.
Ele se afastou, tirando uma caixinha de veludo do bolso, ele abriu-a lentamente, revelando um colar delicado com um pingente de coração prateado, eu mal conseguia acreditar na perfeição do presente, ele era tão atencioso.
— É lindo.
— Agora você vai carregar um pedacinho de mim, onde quer que vá.
Enquanto ele se inclinava para colocar o colar, senti a respiração prender quando seus dedos roçaram a pele do meu pescoço, seu toque  deixou um rastro de calor que parecia irradiar por todo o meu corpo.
—  Gabriel… nem sei como agradecer. —  Sussurrei, a voz um pouco trêmula, sentindo o metal frio sob os dedos.
— Você sabe o quanto eu gosto de você, não sabe? Isso aqui é real para mim.
Essas palavras me acertaram em cheio, tudo o que pude fazer foi assentir, sentindo o coração disparado, eu queria responder, mas eu não sabia o que dizer então me inclinei  sentindo aqueles lábios macios mais uma vez, aos poucos, o beijo ficou mais intenso, eu mal conseguia respirar, mas também não queria parar,   Gabriel foi me guiando entre o beijo ate me deitar na cama, senti o colchão macio nas costas enquanto ele se posicionava sobre mim.
Eu estava me perdendo completamente nele, as mãos dele desceu para minha cintura tentando  explorar meu corpo, senti um frio na barriga, uma mistura de medo e ansiedade, sem saber o que fazer, tomei a mão dele e a direcionei delicadamente para o meu seio direito.
— Aqui. —  murmurei, enquanto acariciava sua palma, guiando-a apalpar ainda mais firme, tentando esconder a insegurança que sentia.
A cada movimento, eu sentia um arrepio diferente,  uma parte de mim ainda estava tensa, com receio de que ele descobrisse, mas  sensações que ele me proporcionava me deixava sem fôlego fazendo esquecer rapidamente qualquer coisa, eu podia sentir ele entre minha pernas, duro, se movendo contra mim e agora eu desejava que o momento nunca terminasse.
Os lábios dele deslizaram pelo meu pescoço, um suspiro escapou de meus lábios antes que eu pudesse me conter, eu mal conseguia processar a intensidade do que estava sentindo, eu precisava de mais.
Eu queria ele.
Eu precisava dele.
Mas então, a porta entreabriu com um ruído leve e ouvimos uma risada suave.
— Nossa… Me desculpem , volto depois. — Era Lily, cobrindo os olhos com um sorriso brincalhão que mal conseguia disfarçar.
— Isso!  — Falei frustada, mas Gabriel riu, saindo de cima de mim.
— Tudo bem, acho melhor voltarmos para a festa.— Ele afastou uma mecha do meu cabelo, me encarando por mais um segundo, antes de me ajudar a levantar.
Eu e Gabriel trocamos um olhar, entre sorrisos e respirações ofegantes, a essa altura Lily já tinha nos deixados nós a sós de novo.
— Depois a gente continua. —  Ele sussurrou com um sorriso malicioso. — Mas você pode ir na frente eu vou precisar de mais alguns minutos.
— Tudo bem. — Eu ri, olhando para o enorme problema que estava entre suas pernas.
Ainda sentia o gosto do beijo e o calor do toque dele, quando passei pela porta ajeitando minha roupa. Voltei para a sala, onde a música ainda pulsava e a animação se espalhava pelo apartamento.
— Desculpa mesmo atrapalhar vocês, mas o vizinho do 206 apareceu e tava meio irritado, ele reclamou do barulho.
— Talvez a gente deva dar uma desacelerada. — Não queria que a festa fosse interrompida, mas também não queria causar mais problemas. — Eu vou lá pedir desculpas.
— Não demora.
O corredor agora parecia mais silencioso, eu estava prestes a bater na porta do senhor Hippie quando meu corpo congelou, como se um imã me prendesse ali, imóvel, por um segundo, quase acreditei que fosse um sonho ou pior, um pesadelo.
Ele estava ali, de pé, como uma miragem de algo que eu não sabia se queria ou odiava.
Não deveria, não poderia ser ele... não hoje, não no dia que eu passei tanto tempo tentando esquecer.
Eu respirei fundo, tentando encontrar alguma força para me mover, mas tudo o que saiu foi uma voz fraca e trêmula.
— Você... O  que você está fazendo aqui? Eu disse para nunca mais aparecer.
Ele desviou o olhar, como se fosse incapaz de me encarar. Mas então, seus olhos encontraram os meus, profundos e inabaláveis, senti que o chão estava sumindo sob meus pés.
— Eu não vim aqui pra me desculpar, Aurora, eu não vim pra pedir perdão ou pra dizer que sinto sua falta. Você já sabe disso.
Ela sabia exatamente o que estava fazendo comigo. Eu queria odiá-lo por estar ali, por fazer meu coração bater mais rápido.
— Então por que veio? Porquê enviou aqueles presentes? E aliás, você me enviou vinte e três presentes, Harry, mas eu completei vinte e quatro anos. Você nem sequer se deu ao trabalho de lembrar quantos anos eu tenho e  ainda diz que sou importante para você?
Ele sorriu, sua mão foi até o bolso e de lá tirou uma pequena caixinha.
— Este era o último presente, eu ia deixar na sua porta e ir embora, mas, por algum motivo, você apareceu.
Olhei para a caixinha nas mãos dele, uma onda de emoções esmagou o pouco de controle que eu ainda tinha.
— Por que não mandou junto com os outros? Por que precisa transformar isso num espetáculo?
— Porque... Esse é especial.
As palavras dele me atingiram com força, meu peito se apertou, a dor era quase insuportável.
— Eu... eu não entendo você, Harry. — Minha garganta apertada de dor. —  O que espera que eu faça com tudo isso?
— Aurora, eu só queria que você fosse feliz hoje. Que, por um dia, você se sentisse especial, porque você é. Mesmo que a gente... Mesmo que tudo tenha sido tão complicado. Eu só queria fazer isso por você.
—  E eu deveria ser grata por isso? — A cada palavra, sentia o gosto amargo da exaustão. — Por você entrar e sair da minha vida quando quer, por me deixar aos pedaços e depois voltar com esses gestos vazios? Eu não aguento mais isso, Harry. — Ele tentou dar outro passo, mas levantei a mão, parando-o. — Por que você continua fazendo isso?  Eu já deixei claro que não quero você na minha vida. Por que insiste em cumprir essa promessa idiota, uma promessa que eu nunca te pedi para fazer? Eu não quero isso! Eu não quero mais nada com você. — Ele ficou em silêncio, me observando.  — Por que você não consegue me deixar ir? — Continuei, a voz quase um sussurro. — Era só fingir que nada aconteceu. Por que tem que complicar tudo? Por que não pode simplesmente me deixar em paz?
— Aurora, eu realmente não esperava te encontrar aqui. Eu... eu só vim pra deixar o presente e ir embora. Não era minha intenção trazer mais dor pra você. — Sua se tornou um sussurro. — Tudo o que eu fiz foi porque queria te ver sorrir, mesmo que de longe. Eu sei que você tem motivos pra me odiar, sei que tudo o que fiz até agora só te magoou, eu sei o que isso custou pra você  e pra mim também, mas eu nunca quis te ver assim, nunca quis que você sofresse. Hoje, eu só queria sentir que fiz algo bom por você, Aurora. Mesmo que você nunca me perdoe, só hoje... será que a gente pode esquecer tudo? Só por um instante? Porque, mesmo que você me odeie amanhã, eu não quero que seu aniversário termine assim, com tanta mágoa entre nós.
De repente, ele deu um passo à frente, antes que eu pudesse reagir, seus braços me envolveram, puxando-me para o seu peito, no instante em que Harry me puxou para aquele abraço, senti meu mundo parar. O calor do corpo dele contra o meu era como uma âncora, me mantendo firme quando tudo dentro de mim parecia estar prestes a desmoronar. Ele estava tão perto que eu conseguia sentir seu coração batendo rápido, cada pulsação ressoando dentro de mim, sua mão subiu até minha nuca, os dedos deslizando com uma ternura que doía, que me lembrava do quanto eu queria, desesperadamente, ficar ali.
Como eu poderia admitir que toda vez que toda vez que ele me abraçava tudo que eu queria era que ele nunca mais me soltasse.
Fechei os olhos, odiando a mim mesma por querer tanto aquele toque, por ainda amar alguém que tantas vezes me feriu, que tantas vezes me fez duvidar de mim mesma, mas eu não queria que ele me soltasse, eu me afundei naquele abraço, na familiaridade do seu perfume, na respiração que eu conhecia tão bem,  eu queria que aquele momento durasse para sempre.
Sua mão subiu, deslizando até segurar meu rosto, eu não sabia ao certo se ele estava me segurando ou se era eu que precisava dele para não me desfazer ali mesmo, senti a testa dele se encostar na minha, os olhos fechados, as respirações em sincronia, eu sabia que, por mais que tentasse, não conseguiria desviar daquele momento. Minha garganta apertou, as palavras começaram a se formar antes que eu pudesse contê-las, cada sílaba carregando um pouco da verdade que estava sufocada dentro de mim.
— Harry... eu queria... eu queria te contar... Eu... Eu estou...
Como eu poderia dizer?
Como encontrar coragem para confessar algo que poderia mudar tudo entre nós?
Antes que eu me decidisse, senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, se misturando ao toque dele.
Uma parte de mim queria que ele entendesse, que ele percebesse o que eu carregava dentro de mim,  que eu ainda tinha uma parte dele comigo, uma parte que, por mais que eu tentasse, não conseguia renunciar, mas eu tinha medo.
— Eu estou grata! Por isso… por tudo, Harry. — Era o máximo que eu consegui dizer.
Ele ergueu a mão, com um carinho quase insuportável, limpou minha lágrima com o polegar.
— Não era para você chorar, Aurora. —  Sua voz estava suave, ele me segurou ainda mais firme. — Eu só queria que você tivesse um dia inesquecível, como eu prometi que faria.
Suas palavras me atravessaram, por um momento, senti uma felicidade estranha e dolorosa.
Ele ainda se importava, de alguma forma, ele ainda se importava.
— Mas eu estou feliz. —  murmurei, sem saber se dizia aquilo para ele ou para mim mesma. — Hoje, aqui... Com você, eu estou feliz.
E era verdade.
Naquele abraço, naquele instante, eu conseguia acreditar nisso.
Ele ficou em silêncio por um tempo, eu senti o rosto dele se inclinar até nossos narizes se tocarem, eu sabia que aquele momento estava prestes a terminar, a dor disso era quase insuportável.
Harry inspirou fundo e me afastou um pouco, apenas o suficiente para olhar nos meus olhos.
— Eu preciso ir…
Eu queria pedir para ele ficar, queria dizer que poderíamos fazer dar certo, que talvez fosse possível, mas sabia que as palavras não viriam.  Ele se afastou devagar, ainda segurando minha mão, como se também não quisesse deixar aquele instante se dissipar. Por um segundo, nossos dedos ficaram entrelaçados, ele me olhou uma última vez, seus olhos me segurando por mais um momento, então, ele soltou minha mão deixando a pequena caixa, se virou e foi  embora.
Fiquei ali, sozinha, vendo-o desaparecer no corredor, com o vazio que me rasgava por dentro, um presente frio na minha mão e minha alma em pedaços
Obrigado por ler até aqui 💗 O feedback através de um comentário é muito apreciado!
Esta ansiosa (o) para o próximo?
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julihlaufey · 5 months ago
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Senhora "Me Deixe Dormir"
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Ela estava exausta. Ele também. Mas ela também sabia que uma pequena conversa com Pool sempre resultaria em uma noite de pizza e filmes.
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Em um prédio ainda ativo, algumas luzes estavam acesas. Porém, uma da manhã já era demais para a garota do apartamento 45. Suas luzes já estavam apagadas e a janela fechada. A cama era o melhor momento do dia de um herói. E não existia coisa melhor do que parar um pouco a mente depois de uma missão surpresa.
O travesseiro aconchegante, deixando o frio indesejado para fora. O quanto a cama era macia na medida certa. O tecido era confortável para sua pele. (S/N) não tinha do que reclamar aquela noite.
Era um dia normal como qualquer outro. Voltar para casa após a faculdade e casualmente salvar o mundo com se fosse uma rotina normal. Seus olhos estavam se fechando, quase pegando no sono finalmente após tanto trabalho desde cedo. Finalmente o dia tinha acabado, finalmente estava tendo silêncio.
— Nossa, hoje foi foda. - A voz atrás de si disse, praticamente em tom normal. Nada de resmungar ou falar baixo para não a acordar. Apenas em seu tom normal. A cama se mexeu, fazendo com que ela abrisse os olhos. Wade se sentava na cama, retirando os sapatos do traje.
Olhando para trás, ele percebe o olho dela aberto.
— Oh, raio de Sol. Te acordei? Achei que já tinha pego no sono.
— Eu tava quase, Wade. - (S/N) responde com o tom sem humor e o olhar de poucos amigos.
Deadpool ri, se aninhando perto da mesma que se virava novamente de costas para ele.
— Desculpa, meu amor. Você sabe que eu posso ser bem barulhento às vezes. - Disse em tom sacana. Ela tinha quase certeza que havia um sorriso atrás de si.
— Wade. Uma da manhã. Meu dia foi cheio, podemos por favor dormir?
— O meu também foi cheio. Mas eu queria tanto terminar ele com a minha namorada... - Wade falava, passando o nariz por seu pescoço, enquanto sua mão passeava por sua cintura, puxando-a para mais perto. — Se você a ver, poderia dizer isso pra ela?
— Vai tomar um banho, Wilson. Você tá deitando no meu lençol com a roupa cheia de sangue. - Ela reclamava, mesmo que seu corpo permanecesse no mesmo lugar.
— Dessa vez eu juro que não tem sangue. Quer dizer, não meu. Mas aquele idiota mereceu apanhar. Acredita que me deu um tiro com a minha arma?! A dourada?!
— Uhum... - Murmurava, começando a fechar os olhos novamente. A roupa suja em sua cama, perto do sono que sentia, nem era grande coisa mais.
— E ele ainda acabou com as minhas balas, porque eu deixei a mochila no táxi pela décima vez. O maluco acabou com as minhas balas, usando em mim! - Deadpool desatou a falar, como uma entrevista no Jimmy Fallon. Não como se estivesse na cama com sua parceira que já estava desmaiando de sono. Mas sim como se uma platéia quisesse realmente ouvir suas histórias.
Não que (S/N) não gostasse. Pelo contrário, as histórias de Wade eram o ponto alto de seu dia. Boas demais para serem desperdiçadas às vezes. Entretanto, já era madrugada.
—... E eu ainda atirei na cabeça!... - O mesmo parou, olhando para ela. — E foi aí que o Capitão América apareceu e disse que eu não poderia entrar para os Vingadores, a menos que eu levasse uma cabra comigo, porque acredita que a fraqueza do Thanos é leite de cabra quente?
...
Sem resposta.
— Oh, caralho. Vou tomar um banho logo. - Avisou impaciente, começando a se levantar, o que fez com que sua amada puxasse seu braço para mais perto. Ele estava sujo de sangue e precisava se lavar. Mas perder o contato de seu corpo quente enquanto (S/N) tentava adormecer, era o pior dos cenários em um dia frio.
— Não... Continua... - Murmurou quase com a voz morta.
— Continuar? - Wade riu ainda por baixo da máscara. — Querida, eu tô sendo ignorado igual propaganda de shampoo pra careca.
E foi a vez dela rir, finalmente começando a despertar. — Me desculpa, amor. O dia foi longo e eu achei que você não voltava hoje.
— Você sabe que quando eu não volto, eu ligo, cupcake. - Respondeu em um tom mais carinhoso, voltando a se aninhar com (S/N).
— Você deixou o celular em casa.
— ... Não, não deixei não. Tenho certeza que levei. - Tentava lembrar meio confuso.
— Amor, você levou o de trabalho da Hello Kitty.
— ... Merda.
— Eu não quis ligar. Vai que você leva uma bala na cabeça por minha causa ou perde um braço.
— Aí teríamos uma linda mãozinha de bebê pronta pra vir ao mundo de novo. - Ela riu, dando um tapinha em seu braço. — Mas eu prometo que da próxima vez eu deixo no táxi. Você comeu alguma coisa?
— Pedi tacos.
— Você pediu tacos sem mim?! - Wade dizia indignado, se sentando na cama imediatamente, o que a obrigou a se virar. — Como você pode?! E nosso sábado de tacos e filmes idiotas?!
(S/N) riu, o encarando. — É brincadeira, Pool. Eu pedi uma pizza, tá em cima da mesa. Sobrou cinco pedaços ainda.
O mesmo respira fundo, acalmando o corpo. — Porra, (S/N). Isso foi pior do que achar que a mãe dos meus sete filhos estava me traindo com um cara da máfia italiana, mil vezes mais gostoso e rico.
— Você sabe que isso nunca ia acontecer. - Ela confirmou, como se fosse necessário, passando o pé na roupa do namorado. — Eu nunca teria sete filhos.
— Qual é, você não negou a parte do mafioso. ... Aí caralho, o nome dele é Giuseppe, não é? - Perguntou como um marido que acabou de descobrir uma traição.
— ... Quem caralhos é Giuseppe?! - (S/N) riu, já totalmente desperta. — O mafioso que você criou na sua cabeça?!
Pool a olha, rindo em cansaço. O papo era bom, descontraído e relaxante. Mas o dia foi exaustivo. — É pra ir tomar banho, ou não?
— Vai logo. Você ainda tá manchando a cama. - Ela respondeu no mesmo tom de riso e cansaço unidos. — Depois a gente por ver algo.
— Ver algo? - Questionou enquanto seguia até o banheiro. — E cadê a senhora "Me Deixa Dormir" que estava falando comigo agora? Você não tava caindo de sono?
— Tava. - Disse, olhando para Wade de modo sério. Logo ele entendeu.
É claro que tinha tirado todo o sono que ela tinha no corpo depois de falar como um locutor de rádio. — Mas você tirou todo ele.
— Sabe que eu poderia fazer isso de outras maneiras, né? - Wilson falou no tom mais sacana que encontrou, aproximando-se da cama e inclinando de frente para ela com os punhos apoiados na cama.
— Vai tomar esse banho, Wilson! - Ria, dando um golpe de travesseiro no ombro do mesmo que gargalhava indo até o banheiro.
— Eu sei que você ama esse meu jeito, cupcake!
(S/N) sorriu sem jeito, relaxando o corpo sentado na cama. — Nos seus sonhos, Wade Wilson!
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partofthe-process · 1 year ago
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Carta aberta pra você,
Hoje acordei (mais uma vez) com você na cabeça, e decidi vir aqui nessa rede ver o que poderia ter, afinal ultimamente tenho acessado seus sentimentos através do pouco que tu mostra aqui. Pois bem, encontrei uma curtida numa carta pro teu futuro amor. Quando comecei a ler, fui consumida por tristeza por em questão de segundos eu ter imaginado você com o seu futuro e novo amor. Durante a leitura fui enxergando a gente, sim, nós duas em cada um dos pormenores que existem nesse texto. Parei e pensei que se alguém escreveu tudo isso num desejo de que essa pessoa finalmente apareça, eu tenho o privilégio de dizer que essa pessoa já me apareceu e que sorte eu tive.
Nos encontramos ao acaso num dia qualquer, sem pretensões e muito menos projetos a longo prazo. Chegamos de forma sutil e leve na vida da outra e ali tenho certeza que foi efetivamente traçado nosso destino, porque quando reagi espontaneamente logo depois do nosso primeiro beijo, eu já sabia que dali pra frente, viria uma história.
Te vi e te achei linda a ponto de pensar "eu quero ter filhos com essa mulher!!!" - logo eu que nem quero ser mãe.
Olhei no fundo dos seus olhos e te enxerguei por completo, enxerguei teu passado, a tua criança interior e principalmente, a mulher tão especial que você se tornou.
Te achei encantadora desde as primeiras trocas naquele café, e de fato, quis te conhecer e explorar cada dia mais.
Te achei engraçada porque do seu lado dei risadas genuínas, afinal dividimos o mesmo neurônio e temos a tendência a estar constantemente"humor e piadas".
Te achei e acho sensual, porque até hoje sinto que eu não posso cruzar olhar com você nem uma vez se quer, que automaticamente o meu corpo se acende e o mundo lá fora deixa de existir. Sobre a nossa química acho que nem preciso falar, você entende bem o que eu poderia dizer aqui.
Senti a nossa conexão em todos os níveis e âmbitos que eu poderia sentir, e não tenho dúvida que vivemos cada pequeno detalhe da nossa história da forma mais intensa possível. Somos assim.
Te tive nos meus momentos mais difíceis, e fui colo pra você nos teus momentos também. Sei que apesar dos contextos, nunca pensamos em abandonar o barco, mesmo nas marés mais turbulentas.
Vimos o caos uma da outra (somos um pouco de caos) e simplesmente nos abraçamos. Com aquele abraço que parece que o mundo fica em silêncio e só tem eu e você ali. Daqueles abraços difíceis de encontrar.
Nos seguramos quando nossos mundos desmoronaram.
Conhecemos as nossas piores versões, nossas ansiedades, nossos traumas, e nos entendemos.
Por mais que tenhamos passado por momentos difíceis, e nosso amor tenha sido colocado a prova algumas vezes, te digo com clareza que te amar é fácil, você é fascinante.
Fizemos planos juntas, viajamos na ideia de um lugar ideal pra nós duas, no lugar ideal pra termos nossa casinha, onde a gente pudesse quem sabe criar nossas crianças, que convenhamos, teriam o melhor possível dessas mães. Demonstramos nosso amor todos os dias, nem que fosse só pelo olhar, porque sabemos que os olhos falam. E os meus, sinto que querem redigir textos e mais textos toda vez que te encontram.
Te senti, te ouvi, te vi, e torci (do fundo da minha alma) pra nunca ter que te ver ir embora.
Fomos lar uma pra outra, fomos família, fomos porto seguro.
O final desse texto era: "Querido futuro amor, que você exista em algum lugar!"
O meu final é: Querido grande amor, ainda bem que você existiu!
- da (tua) Fernanda
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this-is-azael · 10 months ago
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CLAUSTROFOBIA
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Fracasso. Desespero. Acordo suado, de um sonho ruim. Onde foi que eu me perdi? Como foi que eu vim parar aqui? Pensar dói. Quero fugir de mim mesmo. Correr e nunca mais parar. Dormir e nunca mais acordar. Quero me dopar. Tudo para evitar um mísero pensamento acontecer.
“Você só tinha um trabalho.”
Acordei tarde de novo. Espero que minha mãe não fique muito brava me esperando meia hora pra almoçar, de novo. Me arrumo correndo.
“Não é uma tarefa de outro mundo, que exagero.”
Minha mãe brincou que não aguenta mais viver na mesma cidade que ela. Minha avó reparou no meu humor. Perguntou se tinha feito algo que me chateou. Não vó! Por favor não pense isso.
“Procurar ajuda profissional só vai ser mais um estorvo financeiro”.
Chego do almoço. Impossível começar estudar de barriga cheia. Pego o isqueiro e acendo o primeiro beck do dia. Faz muito tempo que eu não me digo não. Procuro algo para assistir no youtube.
“Seu tempo vai acabar e você vai ser expulso.”
Desisto. Só tem besteiras desinteressantes. Abro uma rede social. Depois outra. Depois outra. Volto para a primeira e não há mais nada de novo. Droga.
“Você é um estorvo para todos ao seu redor.”
Abro uma partida de Civilization. Entro no jogo e a realidade some. Cinco horas se passam sem que eu repare. Acordo de um transe com meu corpo sentindo fome. Lembro que sou bicho e preciso me alimentar. A realidade reaparece.
“Mais um dia jogado fora. Mais um fracasso.”
Ouço um podcast enquanto lavo a louça. Tem uma entrevista de um mestre em sociologia.
“Quero fugir. De tudo. De mim mesmo. Pra sempre.”
Janto assistindo um vídeo novo daquele canal ótimo. Rio muito. Muito mesmo. Fico sem ar, gargalhando. Choro de rir. O riso passa. O choro fica.
“A primeira gaveta da cozinha tem muitas facas.”
Abro a dissertação no computador. Encaro ela por cinco minutos. Rolo o documento pra cima e pra baixo. Minha professora quer saber do meu prazo. Eu não quero saber do meu prazo.
“Um rapaz se matou nesse duto de ar do prédio da minha avó quando eu tinha 10 anos.”
Quando foi que eu abri o twitter? Meia hora se passou. Já são meia noite. E se eu passar um café?
“Não tem mais volta.”
Agora estou muito ligado. Encaro a tela de novo. Eu costumava render mais de madrugada, mesmo. Mas hoje eu repito isso (pra mim mesmo e pros outros) mas sei que não é verdade. Eu não rendo mais em horário nenhum.
“Desista.”
São 4 da manhã. Terminei o jogo que comecei mais cedo. Fumei cinco baseados hoje, sozinho. Estou muito chapado. Meu corpo está exausto e precisa dormir. Engulo a vontade de chorar. Não vou pensar mais hoje. Deito na cama e desmaio de tanto cansaço. Que bom, porque é logo antes de dormir que os piores pensamentos aparecem.
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fromodins · 2 months ago
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Algo na voz de Sigrid indicava uma insegurança nas próprias palavras que Freyja não conseguia decifrar bem, nem assimilar a qualquer outra época de sua vida. Pensou que, talvez, pudesse estar vindo do passado conturbado com sua família, mas ela era muito nova quando foi acolhida pela família a quem era tão fiel. Ponderou por alguns instantes sobre a teoria, mas vacilou em insistir. Não queria invadir um espaço em que não estava sendo convidada para tal, e geralmente desrespeitava aquela regra com muito gosto, exceto com quem realmente gostava. Sigrid era uma exceção entre várias. "Me mostre quando for te visitar. Gosto de arte, só não sei apreciar adequadamente como a maioria. Prefiro alguns objetos." Se contentou com a falta de informações, não desejando deixá-la desconfortável. Riu sem muito humor, revirando alguns objetos novamente. "Somos duas. Já decidi e acordei com Eirik de não me casar." Confessou, sentindo que aquela era uma grande traição às tradições de sua família, mas simplesmente não conseguia se ver amando por livre e espontânea vontade ou feliz em algum casamento arranjado. A ideia a perturbava. "Os reis dos deuses costumam ser mais exigentes. Odin não é muito diferente... Sempre parece haver um retorno melhor quando faço mais esforço em uma oferenda."
Passou a língua pelos lábios uma vez, tombando a cabeça levemente. "Se um de nós tiver sido coagido, um deles também. Só alguém com muito conhecimento dos dois lugares conseguiria passar por todas as barreiras possíveis... E esse alguém não pode ser um só se não for da família real." Aquela acusação era gravíssima e, por isso, Freyja fazia questão de negá-la a todo custo. Seria considerado traição, um dos piores crimes possíveis. "Não que os changelings tenham muito caráter, mas por que iriam querer tirar de si mesmos o portal para o outro mundo?" Era mais uma conclusão que dúvida que mexia com sua cabeça constantemente, a deixando desconfortável com a falta de sentido em vários pontos. "Não roubaram a nossa pira para uso, Sig, mas para desuso. Quem a pegou sabia muito bem o que aconteceria com os khajols, assim como sabiam o que aconteceria com a falta do cálice." Não tinha a menor dúvida daquela conclusão. Olhou para o relógio com uma careta pela má qualidade, embora fosse ser útil para a função desejada. Tirou algumas moedas de ouro do próprio bolso para pagar toda a compra. "Depois você me paga. E obrigada pela ideia de sacerdotista. Se não virar capitã, vou considerar a hipótese."
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Observava em silêncio a amiga, refletindo brevemente sobre todas as sentenças. Sigrid achava os gêmeos muito inteligentes, mas nem sempre se curvava a expertise dos outros, mantendo um pouco de orgulho para si. "Eu..." Começou, sentindo-se diante de um beco sem saída quando questionada sobre o quadro. Freyja não sabia de suas aventuras, claro. Era discreta ao fazê-las, utilizando magia para manter seus segredos e pouco se expor para changelings ou khajols. Após um tempo tinha se tornado boa em disfarçar a sua presença pelo Baixo Império, mas não o suficiente para escapar da tia. "Eu ganhei." Odiava mentir para aquela que conhecia há tempo tempo, cujos vínculos profundos eram especiais, porém suas aventuras deveriam permanecer como um segredo, acreditava Sigrid. "Ganhei e me contaram sobre esta pessoa, um talento escondido, oculto no meio da pobreza e simplicidade. Ele pinta cenas da natureza e flores, o que eu gosto." Proferiu, aceitando o tecido repleto de escaravelhos. "Eu não vou fazer uma oferenda para Vênus ou Freya." Estabeleceu, os olhos focados em um relógio velho e desinteressante. Só não queria direcionar as orbes claras para a amiga, porque temia que ela visse a verdade ali. Talvez devesse fazer algo para deusas do amor e matrimônio, mas não queria que se tornasse uma prioridade. "Só falei delas porque usaria flores se fosse para elas, mas acho que Rá não gostaria. Acho que Rá gosta de coisas caras e elegantes." Sequer tinha certeza do que sua divindade poderia gostar.
As ervas escolhidas por Freyja pareciam de boa qualidade, portanto a khajol assentiu com satisfação. Não sabia o que ela faria, mas qualquer coisa que ajudasse a fortalecer ou honrar os deuses seria importante. "Gosto da teoria de Eirik. Faz sentido. Penso também se algum de nós, por alguma razão, foi influenciado ou coagido." Encolheu os ombros ou falar, quase como se fisicamente doesse ao pensar em um colega como possível traidor. "As coisas não tem feito sentido. Não faz sentido roubar e incendiar Wülfhere... a não ser que alguém queira destruir as forças militares. Mas roubar nossa pira? Ninguém além de nós pode usar, Freyja. Não é de serventia alguma para as outras pessoas, não é?" Sigrid pegou também o relógio desinteressante, apenas pelo impulso de comprar e ter. Não era bonito, tampouco precisava e os ponteiros pareciam tortos, mas ela queria mesmo assim. "Vou levar isso também, apenas para ficar de olho em quanto tempo passo fazendo oferendas e montando altares. Se eu não desejasse tanto me casar, poderia seguir a vida de sacerdotisa." A pronúncia era uma brincadeira com fundo de verdade, os braços unidos com as suas compras enquanto se dirigia ao balcão.
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imagines-1directioner · 5 years ago
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Pedido: oiii, eu vi que está aceitando pedidos, queria pedir um em que o Harry e a protagonista são amigos e acabam dando alguns beijos em uma festa, mas ele pede pra ela esquecer isso, aí ela fica toda triste e se afasta pensando que fez alguma coisa errada, e aí ele sente saudades e vai atrás dela. Se não der tudo bem, adoro seu trabalho 🧡
Não ficou como eu imaginei :(
Se quiser que eu refaça é só me avisar tá bom more? Obrigada por mandar o pedido💛
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- Eu vim por sua causa viu?
- Relaxa, você vai se divertir, te garanto. - Harry piscou para mim e segurou minha mão, levando -me para dentro da balada.
O som alto do lugar e aquela multidão toda nunca foi minha praia. Preferia ficar em casa, tranquila, sossegada, maratonando todas as séries que tranquei devido aos compromissos semanais. Mas meu melhor amigo insistiu para que saísse com ele hoje, já que fazia muito tempo que não saíamos juntos.
- Eu preciso de uma bebida para ficar aqui! - falei alto e ri fraco, indo até o bar.
- É assim que se fala! - disse animado.
O primeiro copo foi bebido lentamente, mas a partir do segundo eu já estava um pouco tonta. Harry sabia que eu não era muito forte para beber, então pedi para que cuidasse de mim caso eu passasse dos limites, mas meu amigo estava mais alterado que eu.
- EU AMO ESSA MÚSICA! - gritei e puxei ele até a pista, enquanto dançava loucamente.
- Você é maluca! - vejo Harry rir de mim mas logo me acompanha nos passos aleatórios. Estava me divertindo muito ao seu lado e nada mais importava. Nós dois começamos a interagir um com o outro, nos aproximando cada vez mais. Nossos olhares se encontraram em um único ponto, e uma sensação estranha tomou conta de mim. As mãos de Harry agarram minha cintura, colando nossos corpos. Senti sua respiração próxima a mim e seu coração batia rápido, assim como o meu. E por mais anormal que fosse toda essa situação, eu estava gostando.
Harry on:
S/N estava tão perto de mim que sentia sua alma conectada com a minha, e a única coisa que desejava naquele instante era ela mais próxima do meu corpo. E assim aconteceu, nossos lábios se tocaram e tive que aprofundar para um beijo intenso, conseguindo alcançar as nuvens. Houve um encaixe tão perfeito que nem nos meus sonhos mais loucos imaginaria isso. Paramos o beijo e S/N sorriu, fazendo com que eu sorrisse também.
- Acho que foi o melhor beijo da minha vida. - ela mordeu o lábio de baixo e riu fraco. Meus olhos não saiam de sua boca e minhas mãos ainda envolviam sua cintura.
- Quer repetir? - perguntei rindo e segundos depois S/N puxa minha nuca e inicia outro beijo, conseguindo superar o último. - Deveríamos fazer isso mais vezes. - disse perto de seu ouvido e escuto ela dizer “com certeza”.
A madrugada seguiu maravilhosamente bem. Bebemos muito e beijos rolaram o tempo todo, tornando-se o passatempo preferido daquela noite. Nós dois não estávamos em nossa melhor versão e por isso S/N dormiu aqui em casa. Nem vi como dormirmos, mas assim que acordei fui tomar um remédio para dor de cabeça, e quando volto para quarto percebo que minha melhor amiga havia dormido comigo. Fiquei assustado pensando na possibilidade de ter rolado algo a mais do que já havia acontecido, pois S/N estava apenas com uma camiseta minha em seu corpo.
Sento na cama e tento lembrar do que aconteceu ontem e somente conseguia recordar-me dos beijos que demos, cada um deles. Não acreditei que havia beijado minha melhor amiga. Arrumei-me na cama e suspirei fundo, fazendo S/A acordar.
- Meu Deus, o quê aconteceu? - ela perguntou espreguiçando-se e olhou para seu corpo, percebendo que não estava com a roupa de ontem - Harry, a gente...
- Não!!! - interrompi. - Quer dizer, eu acho que não. Bebemos muito. Eu nem sei como chegamos em casa. Só sei que nós nos beijamos ontem. Várias vezes. - comentei, totalmente sem graça.
- Disso eu lembro. - S/N sentou-se na cama e encarou-me. - Você está bem? - perguntou em um tom preocupado.
- Tô.. Eu só achei completamente estranho a gente junto. - digo e vejo S/N com uma expressão confusa no rosto. - Nós somos amigos há anos e nunca passou pela minha cabeça que aconteceria o que aconteceu. - fiquei em silêncio por um tempo, tentando digerir tudo aquilo. Depois de um suspiro, eu continuei. - Então, acho melhor para nós dois esquecermos tudo isso. Nós estávamos bêbados, não sabíamos o que estávamos fazendo, enfim, foi um erro, sabe?
- Tudo bem.. - ela disse sem entender nada. - Acho melhor eu ir para casa. - S/N levantou-se da cama e pegou suas roupas no chão. Permaneci calado até ela sair do banheiro, já vestida. - Bom, tchau então. - acenei fraco, observando minha amiga indo embora. O clima aqui em casa estava bizarro e eu não conseguia entender o porquê me sentia daquela forma.
S/N on:
Saí da casa de Harry sem compreender absolutamente nada do que havia acontecido. Ele foi tão seco e ignorante comigo que me fez pensar em milhões de coisas erradas que talvez tenha feito noite passada. Fiquei muito chateada pela forma como ele falou. Pareceu que o nosso beijo foi a pior coisa do mundo, e eu gostei muito, fazendo com que a situação ficasse ainda pior.
Cheguei em casa sentindo-me super mal e fui tomar um banho para melhorar o meu humor. Com a água caindo sobre mim, pensei bem e achei que a melhor opção seria me afastar dele por um tempo, ou pelo menos até Harry vir conversar comigo e me explicar o porquê dessa reviravolta repentina.
Dias depois...
Harry on:
S/N não fala direito comigo faz duas semanas. Não responde minhas mensagens, não atende meus telefonemas e não nos vemos pessoalmente há dias.
Não imaginava que ela faria tanta falta nos meus dias e muito menos na minha vida. Sempre tivemos um amor de irmão um pelo outro, e a saudade era forte, mas nunca chegou a esse nível que estou sentindo. Parece que uma parte de mim foi embora e que só ela trará de novo.
- E eu tô me sentindo estranho desde aquele dia. - contei a minha mãe sobre o que havia acontecido nos últimos dias e como isso estava acabando comigo.
- E você não percebeu que sente algo por ela, Harry? - perguntou em um tom óbvio.
- Mãe, eu e a S/A nos conhecemos há tanto tempo, e eu nunca senti nada além do amor de amigo por ela.
- Por que você está com saudade dela então?
- Amigos sentem saudade um do outro.
- Meu amor, não se engane. Você fala dela como se fosse um anjo celestial. Seus olhos brilham e um sorriso abre em seu rosto quando pronuncia o nome “S/N”. E você mesmo disse que o beijo de vocês foi coisa de outro mundo. Esse sentimento todo que está te angustiando se chama amor, e quando vem de surpresa nos deixa abatido mesmo, é normal. O que você não deve fazer é guardar isso dentro do seu coração e encarrar como se nada tivesse acontecido. S/N se afastou porque você a magoou, Harry. - as palavras de minha mãe foram como tapas na minha cara. Ela estava certa em cada frase e eu apenas lhe abracei.
- Como você sabe tanto das coisas? - pergunto rindo e ela me acompanha.
- O nome disso é ser mãe. - piscou e sorriu. - Agora vai até a casa dela, se desculpe e abra seu coração.
- E se eu não for correspondido?
- Aí vocês continuam a linda amizade que construíram ao longo dos anos. - assenti e respirei fundo. - Vai dar tudo certo, meu bem. - beijou minha testa e me despedi, agradecendo-a pelos conselhos.
...
- Você aqui? - ela pergunta quando abre a porta e me vê.
- Posso entrar? - S/N assentiu e deu passagem para que adentrasse a sua casa.
- Espero que tenha vindo para me pedir descul.. - interrompi sua fala com um beijo repentino. A saudade que me destruía passou no momento que minha boca encontrou a dela. Minha mãe estava certa, eu sentia o amor entrar em mim e esperava que também entrasse em S/N.
Paramos o beijo e a garota me olha assustada pela ação cometida por mim. Encaro o chão, tentando encontrar a coragem que faltava para expressar tudo o que sentia. S/N segura minhas mãos delicadamente e dessa forma recupero minhas energias, começando a explicar o motivo de estar aqui.
- Eu vim me desculpar e dizer que sinto sua falta. Mas não da minha melhor amiga, e sim da garota por quem estou apaixonado. Me perdoa por aquele dia. Foi tão bom o que aconteceu com a gente que eu fiquei com medo de que você não gostasse ou acabasse com a nossa amizade. Para falar a verdade eu nem sei o porquê fiz aquilo, mas foi por essa razão que entendi que meu coração bate por você. E tudo bem se você não sentir ... - dessa vez foi ela quem parou minha fala e me beijou. Sorri entre o beijo por saber que havia sido correspondido, e que agora um novo amor faria parte de nossas vidas.
_________________________________________
xoxo
Ju
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sushizinhu-u · 5 years ago
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Esta é minha fanfic que vai misturar os universos de Sally Face, Fran Bow e Misfortune. A tentativa é unir os três de um modo simples.
Nenhum dos personagens pertence á mim. Todos os créditos pertencem á Portable Moose, Steve Gabry e Killmonday Games.
Com vocês: Tríplice amaldiçoada
Primeiro capítulo: chama azul
- Mamãe? Papai?
De novo, de novo essa cena. Estou sentada no chão vendo os corpos dos meus pais completamente esquartejados e eu segurando uma faca. Estou sentada bem em cima do sangue deles. Ao redor, mais nada, só escuridão.
Largo a faca no chão e corro para o fundo da escuridão, achando que ela também me esconderia. Corro sem parar e nunca chego ao fim. Parada, resolvo olhar ao redor novamente e a imagem não muda: somente escuro. Caio de joelhos no chão, meu coração dói e pesa muito, por que fiz isso? O que eu poderia ter pensado? Meus pais eram as melhores pessoas do mundo, me deram amor, carinho e tudo que uma família maravilhosa poderia dar, então por que?! Começo a sentir frio. Ajoelhada no chão, agarro meus joelhos tentando dissipar o frio, mas é impossível, o frio que sinto é da minha própria raiva.
Escuto um miado ao longe, sei que é o meu gatinho me chamando. Levanto de súbito e tento olhar para cima
- Senhor Meia noite!! – grito desesperadamente achando que isso ajudaria, mas só continuo escutando seu miado. Resolvo correr novamente, achando que assim conseguiria alcança-lo. De repente, um brilho forte aparece diante dos meus olhos e me cega completamente.
Abro os olhos outra vez, estou em uma cama, em quarto rústico, tudo feito com pedaços de madeira, troncos e flores. Olho para frente e, em cima do cobertor feito de pétalas de dente-de-leão, está senhor Meia noite. Seu pelo fortemente escuro e seus olhos grandes amarelos se destacam facilmente, suas orbes amarelas estão miradas para mim, com uma sensação de terror.
- minha querida, consegue me ouvir? – tento abrir a boca para responder, mas percebo que meu corpo não se mexe. Meu gatinho nota a reação e pula da cama em direção á porta, deixando-a aberta.
Um minuto se passou apenas para que o felino voltasse acompanhado de um homem em forma de árvores carregando uma lança e com nosso amigo Itward. Senhor Meia noite pulou novamente em minha cama e com a patinha, mostrou o meu estado.
- veja, está acontecendo de novo, ela está paralisada. – então me tranquilizo um pouco, este é somente um dos meus episódios de paralisia do sono. – faça alguma coisa Itward!
- o que posso fazer por ela? – o esqueleto de terno cruzou os braços em minha frente – Palontras disse que ajudaria com as paralisias mas ela mesma se recusou, lembra? Como posso ajudar alguém que não quer ajuda?!
- você está esquecendo que é de Fran, nossa querida amiga, que estamos falando?
- e você está esquecendo a vontade dela? Grande amigo você é, meia noite. – os dois se encaram de maneira agressiva por um momento, até que consigo mover minha mão, esse sinal foi o suficiente para fazer os dois se acalmarem e chegarem mais perto de mim. Tento me levantar, uma das mãos grandes de Itward vai atrás das minhas costas para me dar apoio.
- minha querida, por favor, não faça esforço – diz senhor Meia noite, com tristeza na voz.
- deixa-a Meia noite, ela quer se levantar! – retruca Itward já nitidamente irritado.
- eu estou bem amigos, não se preocupem comigo.
- agora vamos falar sério Fran – Itward se senta em minha cama ao meu lado – esta foi uma das piores, seu olhar estava mais vazio que de costume, precisa falar com Palontras.
- já disse que não. A terapia de Palontras não vai me ajudar, não quero fazer isso.
- você não saberá se não tentar – ele insiste.
- já disse não! Me deixe, preciso me vestir. – com essa frase, o esqueleto se levanta, faz um sinal para o guarda que o acompanhava e vai em direção a porta. Antes de sair, Itward olha para trás.
- Fran, eu amo você. Não quero que perca para si mesma de novo. E o rei irá querer vê-la
- estarei lá em um minuto. – ignoro seu sentimento e ele vai embora. Não quero que as pessoas sintam pena de mim, não depois do que fiz.
Me levanto da cama e vou até meu armário para pegar alguma roupa. Vejo um vestido de seda azul turquesa com um laço amarelo pequeno, presente dado pelo rei de Ithersta. Pego o vestido, meias listradas e minhas tão queridas botas de couro, que por um milagre, ainda servem mesmo depois de oito anos passados.
Ajeito meu cabelo com muito cuidado, apenas para tirar a imagem de recém acordado, mas o deixo solto, já que estou com dor de cabeça. Meu gatinho observa meu ritual diurno enquanto lambe sua patinha, mas se assusta ao perceber a rapidez na qual sou para me arrumar.
Vamos os dois para a porta e ir rumo ao salão onde o rei me aguarda. Vivo em Ithersta desde os meus dez anos de idade, depois dos incidentes de oito anos atrás, decidi viver aqui, onde ainda restavam meus amigos e muito amor que ainda poderia ser dado para mim. Aqui eu não sentiria culpa, todos gostam de mim e eu não precisaria me preocupar com quem sou.
Todas as pessoas do reino são plantas ou insetos, então sou a única humana e por isso sou muito popular entre todos. Muitos gostam de mim e outros me acham uma iguaria rara do mundo, o que realmente é verdade para eles.
Eu vivo no palácio, sou como uma conselheira para o rei, ele sempre pede meus conselhos ou minha ajuda em alguma tarefa do reino.
Chegando ao salão principal, vejo muitos dos soldados do rei reunidos em uma conversa barulhenta demais, mas quando abro as portas, um silêncio profundo e até ensurdecedor toma conta do lugar. Eu dou um passo para trás, mas meu gatinho empurra meus joelhos com a cabeça, me fazendo entrar. Vou em direção ao rei, faço uma reverência e sorrio para o rei.
- bom dia, minha querida. Como está nessa adorável manhã?
- surpreendentemente bem majestade, acordei de bom humor – minto, já que estava com dor de cabeça.
- é mesmo? Então devemos chamar Palontras para examiná-la?
- como assim alteza?
- ora, porque além de continuar tendo suas paralisias, você também está se tornando um péssima mentirosa. – fico surpresa e olho para Itward que está ao lado do trono, desviando o olhar de mim
- como disse antes alteza, não há necessidade de tratamento, eu não preciso disso.
- você acha que seriamos capazes de te deixar sofrer sem ajuda? Não somos assim, minha cara – o rei cruza os braços.
- eu sei que não – não posso ir contra esse argumento – mas eu não mereço ajuda.
- já chega! Faça agora Itward. – nessa ordem, Itward se aproxima de mim, soltando um gás em meu rosto, minhas pernas ficam fracas e meus olhos fecham rapidamente.
Novamente estou aqui, nessa cena que sempre se repete na minha cabeça, eu sempre verei isso quando fechar meus olhos. Desta vez não vou correr, não há quem possa me chamar, não há nada aqui, só eu. Eu.
Ao longe, uma pequena luz tenta se erguer, é uma luz diferente com brilho azulado, brilhando fraca, mas como se me chamasse. Caminho até ela em passos lentos porque sei que não haverá nada além de escuridão. Ao chegar, vejo uma pequena chama azul, era tão pequena mas me aquecia como um incêndio, me sento ao seu lado e posso sentir que cada fibra do meu corpo está sendo protegida por ela, então suspiro cansada e aliviada, parece que alguém está me abraçando, alguém que não posso ver e nem ao menos tocar.
- só consigo te agradecer, pequena chama.
- ora, de nada! – levo um susto. Ouvi uma voz forte e grave no fundo do meu coração, como se estivesse ao meu lado.
- você não está sozinha aqui, nunca esteve.
- agora sim estou ficando louca de verdade.
- hahaha não, somos todos um pouco loucos, mas isso nos torna especiais, Fran.
- como sabe meu nome?
- este lugar é uma parte da sua mente, então seu nome ecoa por aqui.
- você está dentro da minha mente?
- sim e não, como disse, esse lugar é só uma parte da sua mente.
- mas quem é você?
- ainda não posso responder isso, este lugar não é seguro para você, por isso ficará apenas com minha voz como identidade. Me desculpe.
- tudo bem. É a primeira vez que converso normalmente com alguém.
- deveria ouvir seus amigos, eles só querem o melhor pra você. Se bem que um deles já tomou uma decisão, senão você não estaria aqui.
- Ah, sim. Eles me colocaram para dormir.
- não os culpe, eles só querem seu bem. Agora vá, não permitirei que tenha paralisia de novo.
- muito obrigada! Quando poderei conversar com você de novo?
- sempre que estiver em sono profundo, procure pela chama azul, ela indicará que estou aqui.
- claro! E obrigada de novo.
- eu agradeço... – ia perguntar o porquê de ele me agradecer mas não consegui, já que fui retirada de meu sono como um gato assustado. Abro os olhos e vejo Palontras em cima de mim, seus olhos imensos miram com curiosidade para mim.
- olá Fran, seja bem vinda de volta.
- Palontras, o que houve? – minha cabeça voltou a doer ainda mais que antes.
- consegui entender o que acontece com sua mente.
- como? O que há de errado?! – como se eu não soubesse o que há de errado
- sua mente está se culpando pela morte de seus pais e você nega qualquer tipo de ajuda, já que a punição é mais viável.
- ora, isso é novidade – ironizo minha própria situação, mas fico boquiaberta ao ouvir a próxima frase.
- mas há um protetor em sua mente e a mente dele está conectada a sua por vontade dele próprio. – protetor?! Então é isso que ele é? Me sinto confortável ao saber disso, mas ao mesmo tempo, sinto que não posso dizer nada sobre “ele”. É isso, não direi.
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valedictvrian · 3 months ago
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Assentiu assim que Benjamin citou os agentes do Projeto Chronos, meneando a cabeça de forma positiva. Entendia o motivo para estarem presentes naquele evento, no entanto, algo a dizia que seria melhor se apenas comandasse outros agentes naquela empreitada, não sua própria figura caminhando entre tantas pessoas. Sentiu-se exposta, vulnerável a qualquer situação no meio daquela confusão.
— Hm, não discordo. Algo me diz que não acabou, somos pontas soltas de um grande jogo de poder. Me diga, acha mesmo que nos deixariam viver tão facilmente depois de tudo? Com todas as informações que temos? Eu não cometeria esse erro.
Tentou manter a expressão séria e impassível ao continuar ouvindo seu parceiro, porém foi incapaz de segurar a risada ao citar os absurdos daquela realidade, como o novo grande juiz da Suprema Corte. A risada e o tom de humor continuaram presentes enquanto o ouvia atentamente, os olhos ágeis ainda buscando conhecidos entre a multidão.
— O absurdo que essa linha temporal apresenta, de fato, é desconcertante. Nunca, nem em meus piores pesadelos, imaginei que veria alguém como Kanye West na Suprema Corte. — Comentou antes de retornar sua atenção à Benjamin. — Sinto que acordamos em um grande circo, que a qualquer momento irão apagar as luzes, as cortinas cairão e veremos o real mundo, não esse. Sobre Lucien LeBlanc… não, não sei de seu paradeiro. Até gostaria, mas assim como você, acordei nessa linha do tempo sem qualquer ligação com os demais. Ou melhor, apenas ligada à você. Não gosto de admitir, e não admitirei outra vez então guarde minhas palavras, mas é reconfortante reconhecer um rosto dentro dessa nova realidade.
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"Porque pode ter alguns agentes de viagem daquela agência que a gente conhece e também da outra agência de viagem rival. Algo me diz que isso não acabou" disse, caminhando ao lado de Katherine e pegando um algodão doce de uma criança sem os pais perceberem. Havia pouca coisa que odiava no mundo mais do que aquele lugar. Desde que voltaram, mesmo agora sendo agente do FBI, ainda tinha aquela sensação estranha de que havia algo errado ali e que precisava ser arrumado. "Tudo bem que a gente caiu pra cima na área profissional, mas você consegue olhar pra isso e sentir que é real com Kanye West juiz da Suprema Corte e Henry Cavill vencedor do Oscar e as empresas e políticos agindo como se o bem estar de todos fosse importante? Não sei o que os nossos amigos do PC fizeram, mas tem algo errado aí. Falando nisso, você viu o LeBlanc por ai? Preciso perguntar pra ele se ele viu a Gay depois que a gente pousou. Muito estranho aquela esquisitinha não estar por perto e ninguém se lembrar dela."
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euporescrita · 5 years ago
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24.04.2020
Hoje vou falar sobre julgamento. Primeiramente, meu dia começou durante a madrugada, na qual eu assisti uma live de um personagem chamado Genilson, o Rato do BBB. É engraçado pensar que em meio à um surto coletivo, em que TODAS AS PESSOAS QUE EU CONHEÇO. Tá, nem todas. Mas, todas as pessoas relevantes que eu conheço pessoalmente. Ou um pouco mais. Já sei, tem pessoas que eu conheço, pessoas que não me conhecem, pessoas que eu admiro e pessoas que eu tenho ranço que estão assistindo BBB. Big Brother Brasil 20. Eu já fui a pessoa que assistia a esse reality na infância, mesmo sem entender muito. Já fui a pessoa que assistia PaperView nos dias de festa. Já fui a pessoa em que critiquei bastante, não por assistir, mas porque não havia nenhuma relevância. Hoje em dia também não tem. Mas consegui compreender o assistir por puro entretenimento. O motivo é que as pessoas estão querendo injetar dopamina no corpo e estão derretendo o cérebro aos poucos por puro prazer. E eu estou vivendo minha vida com base nos acontecimentos do BBB. Me tornei o pior tipo de pessoa. E eu descobri que sou viciada em reality. Posso falar disso depois. O que fez o Big20 ter a maior audiência na história? Talvez seja o fato de ter subcelebridades fazendo parte do elenco. Ou porquê todo mundo está sendo obrigado a ficar preso em casa. Como também ocorre no programa. Que coincidência. Qual o por quê de estarmos todos tão interessados por estas pessoas? talvez seja só uma boa desculpa pra julgar. To chegando no ponto, calma. Mas o que seria julgar? segundo o google. Sim, o google. Julgar é um transitivo direto, que significa decisão, deliberar na qualidade de juiz ou árbitro. Mas também significa  formar conceito, emitir parecer, opinião sobre (alguém ou algo). E qual o problema de julgar então? se não é apenas falar o que você pensa? Na verdade, o problema que existe é em “ser julgado”. Pessoalmente falando. Se colocar disposto e disponível para ouvir críticas por parte da moral do outro sobre o que é certo e errado. Mas por que a gente se incomoda tanto com isso? Acho que é porquê ultrapassa nossa individualidade. Fere ser julgada. É como se fossemos inferiores ao outro. Será que é por isso que a gente julga? Pra se sentir melhor em relação ao outro? Uma fuga total do tema. Porque na verdade, meu dia começou quando acordei, e TODAS AS PESSOAS estavam falando do tão julgador Sérgio Fernando Moro, que é um jurista. Ok, fez sentido essa conexão. Este cidadãozinho aí, renunciou ao cargo de um verdadeiro tomador de decisões com base em julgamentos. kkk que engraçado. Mas agora irei falar sério. Ele renunciou ao cargo, mas não foi baseado em julgamentos. A verdade é que, por traz de todo julgamento existe um fato. E o fato que aconteceu é: ele praticou crimes junto à Bolsonaro. O homem que eu mais odeio na face da terra. Mas ele fica pra depois, tenho fé no IMPEACHMENT. Afinal, acho que na verdade, vivemos todos os dias em um tipo de surto diferente. E estamos julgando o tempo inteiro. Hoje eu tô laranja. O tema pediu. Mas realmente. Teve melhor encaixe. Eu tô humor, energia, entusiasmo e amigabilidade. Laranjada né.
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camusxsaga · 6 years ago
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Boas festas (Saga xCamus)
Já faz algum tempo que noto que Saga está bastante diferente comigo. Comigo e com Milo para ser mais exato.
Confesso que todos nós guerreiros, após termos retornado a vida graças à Athena, estamos diferentes: mais tranquilos, menos sérios com os detalhes da vida militar e com os possíveis ataques inimigos. Mas nada se compara com as atitudes dele.
Outro dia lembro bem que eu e Saga havíamos combinado de reorganizarmos alguns livros da biblioteca principal. Bem, não faríamos isso o dia todo e por isso, quando Milo me viu desocupado, veio até mim com água e algumas frutas que ganhara de uns moleques do vilarejo.
Ninguém acredita – eu também quase não acreditei – mas Saga simplesmente fechou a cara o resto do dia. Seu humor simplesmente ficou tão horrível que pensei seriamente que Ares havia descido sobre ele novamente.
É claro que comentei com Milo sobre isso. Pedi a ele o que havia feito para que Saga se sentisse tão chateado ao vê-lo, afinal, nunca sabemos o que o Escorpião sem-noção pode ter feito... ele não entende que nem todos gostam das piadinhas infames que ele e Mask fazem.
- Camus meu amigo, Saga tem ciúmes de você comigo. – disse Milo, como se falasse sobre o clima.
Xinguei-o como poucas vezes na vida. Oras, Saga era um homem sério, mais velho que nós... seria ridículo pensar que ele poderia estar com ciúmes. Aliás, ciúmes do que mesmo? Somos todos amigos, não há necessidade de sentir algum desconforto sobre isso.
Bem, os dias foram passando e eu, mesmo não querendo, fiquei encucado com o que Milo me dissera. Inconscientemente passei a prestar mais atenção nas atitudes de Saga e percebi que algo realmente não estava certo: ele sempre estava disponível para mim, independente do que fosse... sempre dava um jeito de tocar nos meus braços, costas, cabeça, mesmo quando fossemos trocar apenas umas três palavras... e o pior: ficava mal-humorado o dia todo se visse eu e Milo juntos. Pior se estivéssemos rindo ou nos divertindo.
E assim, os dias foram passando. Mas, numa bela manhã estávamos eu e Saga organizando alguns papéis para o Grande Mestre – já que Saga sempre pedia minha ajuda – quando o geminiano resolveu me "pescar":
- Camus, desculpe a intromissão, mas... qual sua relação com Milo?
- Relação nenhuma, somos amigos.
Ele suspirou cansado e continuou:
- Veja bem, não precisa ser cuidadoso comigo. Não irá acontecer nada se você admitir que são um ... casal.
Vocês podem imaginar minha reação de princípio de enfarte: quase amassei o papel que tinha em mãos, ao mesmo tempo que gritei um "O QUÊ?!" tão alto que um dos guardas veio espiar o salão.
- Você está louco Saga! Tem tomado seus remédios? Eu e Milo somos amigos desde que nos vimos aqui no Santuário, somos praticamente irmãos!
Saga me olhava de forma inquisitória e eu o correspondia com o olhar indignado. Na verdade eu quase não enxergava de tão perdido que havia ficado com aquela pergunta, tanto que adicionei alguns comentários (desnecessários) a minha resposta:
- Aliás, a tempos percebo a sua falta de gosto na presença de Milo. Não sei qual o seu problema com ele, mas se está preocupado em estar no mesmo nível de intimidade que ele tem comigo, sinto muito, mas acabou de por suas chances no lixo.
Saí de lá, ofendido de verdade. Ainda não sei bem o porque dessa minha reação calorosa, só sei que não queria ver Saga de Gêmeos tão cedo.
E foi o que aconteceu durante as próximas três semanas.
Quando nos encontrávamos, eu percebia que ele me olhava e eu desviava o olhar. Não queria conversar com ele, estava bastante ofendido ainda. Evitava-o sempre que podia, e, quando não podia, não olhava para a cara do geminiano nem que isso me custasse a vida.
O problema foi quando eu percebi que sentia falta da companhia de Gêmeos – na verdade, quando eu admiti que sentia isso. Tinha se passado praticamente um mês e minha "mágoa" estava vencida.
Foi então que Milo veio até Aquário, quase saltitando, com o sorriso de orelha a orelha:
- Camus! O pessoal do vilarejo está organizando uma tal de Festa Natalina. Achei que a religião de todos fosse Athena, mas desde que não pretendam dominar o mundo, não há perigo não é? HAHAHA!
- Bem, se Athena não se opõe e não vê problema com isso, não há com o que nos preocuparmos. Só não entendi essa sua alegria toda.
- Deixe de ser lento Camus! Vai ser um festão e todos vamos lá! Vim te comunicar que vai também!
- Aaah... você veio me "comunicar". Não tenho escolha, pelo visto.
- É, não tem. Hahahaha! Quando o sol se pôr, eu passo aqui se você ainda não tiver descido.
Bem, festa não faz mal a ninguém e não me custava ver algo diferente. Talvez tirasse da minha cabeça o problema que havia criado com Saga de Gêmeos.
O problema é que ele também foi nessa festa Natalina, e, pelo que me pareceu, armou um plano com o seu irmãozinho gêmeo:
Estávamos todos rindo e comemorando não sei bem o que, quando Kanon chegou e falou algo com Milo, que o acompanhou. Mal eu havia notado a saída do meu amigo, uma mão enorme puxa meu braço e a voz conhecida de Saga se fez presente perto do meu ouvido:
- Precisamos conversar.
Eu fui. Ambos somos homens adultos, não há porque ficarmos de birra por mal-entendidos estúpidos.
Saga me direcionou até um local mais tranquilo, onde pudéssemos conversar. Sentou-se num muro de pedra e respirou fundo, colocando suas mãos unidas e os cotovelos sobre os joelhos. Foi aí que eu percebi que a conversa seria mais tensa do que o imaginado.
Para evitar o que eu não tinha certeza se queria ouvir, iniciei a conversa:
- Olha Saga, eu peço desculpas pela grosseria do outro dia. Fiquei nervoso e realmente ofendido com a sua conclusão sobre eu e Milo. Pensei em me afastar de você, mas sua presença realmente me faz falta.
- Isso quer dizer que você sente minha falta, mas ofendeu-se porque eu achei que você gostava de Milo mais do que só como amigo.
- Exato.
- Uhm... Você não gosta de quem gosta de homens, Camus?
Mas que diabo de pergunta foi essa? Provavelmente eu arregalei meus olhos, pois fiquei um tempo sem saber como responder. Eu não sou uma pessoa preconceituosa, sou?...
- N... não é isso Saga. Só não gostei de ver minha amizade com Milo ser interpretada erroneamente. O que você sentiria se eu chegasse e lhe pedisse se você e Kanon são namorados?
Há, bingo! Saga levantou-se, irado.
- Isso é ridículo! Nós somos irmãos!
- Pois é. Eu não tenho o mesmo sangue que Milo, mas o considero meu irmão.
Devagar a fera foi se acalmando e sentando-se novamente no muro. Eu não sei se vi mal, mas Saga me pareceu levemente corado enquanto olhava para o chão e me pedia desculpas.
- Desculpe Camus, exagerei nas minhas atitudes. Espero que possa me perdoar, já que minha companhia o agrada, como você disse antes.
- É claro Saga. Já passou.
Ofereci minha mão ao grego na minha frente, como se eu fosse o mais velho e mais experiente lá, ao invés de Saga. Mas, o infeliz me pegou de surpresa, pois puxou minha mão com mais força do que eu esperava e quando percebi, estávamos abraçados.
Num primeiro momento eu fiquei congelado, mas logo aquele abraço me fez desmanchar. É um pouco constrangedor dizer isso, mas Saga estava tão cheiroso, aquele abraço foi tão bom, que eu acabei correspondendo.
- Obrigado Camus.
- Não precisa agradecer nada Saga.
Ele se afastou um pouco de mim e nossos rostos ficaram a poucos centímetros. Poucas vezes na minha vida eu havia sentido meu coração bater tão descompassado e, esse desconforto me fez afastar o grego de mim, discretamente.
- Devemos voltar Saga. Devem ter percebido nosso sumiço.
Bem, não é necessário comentar que o resto da festa nós ficamos lado a lado, embora eu sentisse um clima ligeiramente constrangedor.
...
Eu dormi muito pouco. Acordei ainda de madrugada depois de ter sonhado com o imbecil do Saga, que, sabe Athena por quê, resolveu bagunçar minha vida. O problema é que não foi um sonho normal, estávamos num gramado desconhecido e ele me beijava de uma forma tão cuidadosa que eu passei o resto do dia angustiado, como se quisesse mais.
É difícil admitir uma coisa dessas, mas fiquei com o peito pegando fogo e a situação só piorava. Saga veio até mim quando foi até o salão do Grande Mestre e eu me senti um adolescente ridículo sem saber o que fazer.
A companhia que antes era tão natural para mim, agora me fazia ficar atordoado. Será que eu havia tomado um Satã Imperial?
Passou-se uma semana e eu havia esquecido completamente da festa de Final de Ano. Lembrei disso quando acordei com marteladas e gritos comovidos vindos da Arena, onde montavam os enfeites para a festa.
- Não vai ajudar não, ô preguiçoso?
- Bom dia Milo, já estou indo.
- Camus! Você e Afrodite são os únicos que faltam lá embaixo!
Ah, maldita voz de Gêmeos. Quando eu percebi que ele estava lá, no meu quarto, ao lado de Milo, coloquei o travesseiro sobre minha cara e falei, abafado, que eles eram para sair que eu já estava descendo.
...
A noite chegou e tudo estava muito bonito. Uma mesa enorme e farta havia sido colocada, Mask já estava bêbado e investindo contra Afrodite, que o afastava reclamando do bafo de álcool, Marin e Aiolia conversavam em um canto, Milo, Kanon, Shura e Aldebaram conversavam com um bando de prateados, Shaka e Mu bebiam chá e mantinham suas caras de paisagem para todos e Athena, Shion e Aiolos conversavam com os cinco bronzeados que nos ajudaram a voltar a vida.
Tudo corria muito bem, até aquela maldita voz se aproximar de mim.
- Camus, pode me ajudar com os fogos?
- Ué Saga, está com medo de que tudo pegue fogo?
- Haha, é sempre bom ter um extintor de incêndio junto.
- Muito engraçadinho você.
Eu e Saga organizamos a bateria de fogos de artifício e ficamos lá conversando até que o Grande Mestre anunciou a contagem para a virada de ano.
- Camus... obrigado pela sua companhia.
- Já disse que essas coisas não precisa se agradecer.
- Eu... não queria terminar o ano assim, sabe.
- Assim como?
- Assim, nessa indefinição. – Ele suspirou fundo, parecia cansado. – Camus, eu gosto muito de você.
Ah droga, eu queria ter entendido errado, mas ele foi tão claro que não pude não entender. O pior é que meu peito ardeu, uma mistura de felicidade e ansiedade... eu nem sabia que se podia sentir algo assim.
- Bem...
- Você... não precisa dizer nada agora não. Só queria começar o ano sem esse peso no meu peito. Faz um tempo que vejo você de forma mais intensa do que só como amigo ou colega, e... estava difícil esconder.
Ele então levantou e foi acender a bateria de fogos. Rapidamente o fio pegou fogo e passou a queimar e explodir as estrelas para cima, fazendo todos na Arena aplaudirem o espetáculo de cores e luzes.
Eu olhava aquelas estrelas explodindo no céu negro e lembrei do meu sonho e de como tinha me sentido nos últimos dias. Ponderei sobre o que responder, afinal, eu gostava da companhia de Saga e o sonho não fora ruim... mas... o que será que os outros diriam?
- Eu sei que é estranho, afinal, eu e você somos homens... mas... se Máscara da Morte de Câncer assumiu gostar de Afrodite, acho que não tenho porque me envergonhar disso. – Saga falou para mim, mesmo com os olhos no céu colorido pelos fogos.
E ele tinha razão. Meu peito ardia e eu novamente sentia aquela vontade de continuar o que acontecera no meu sonho, mas me mantinha sentado onde estava por puro medo. Quando reuni um pouco da minha coragem de homem e virei meu rosto para ver Saga, meu coração falhou uma batida.
Ele sorria de forma discreta, olhando para o céu. O rosto colorido levemente pelo brilho dos fogos de artifício deixava transparecer um alívio tão grande que fiquei comovido.
- Você gostaria de começar o ano de forma diferente Saga?
- Uh? Como assim Camus?
- Eu... acho que entendo o que você sente.
Ele me encarou de forma séria. Levantou-se e me olhou de cima.
- Eu fui sincero com você. Espero o mínimo de respeito e que não brinque comigo Camus de Aquário.
Ora, mas ele ainda pensa que é o único adulto aqui?
Levantei também, ficando uns 3 ou 4 centímetros mais baixo que ele.
- E você acha realmente que eu faço esse tipo de brincadeira?
Ah sim... nos encaramos por uns segundos apenas, mas isso durou uma eternidade. O rosto dele se aproximava do meu de forma cuidadosa, pedindo permissão. Eu fazia o mesmo, como se os olhos dele fossem imãs. Quando vi, nossos lábios estavam colados e Saga me abraçava de forma cuidadosa, quase como no meu sonho.
Mas eu não queria meu sonho, queria mais. Abracei-o também e invadi sua boca com minha língua. Quando ele aceitou-a e fez o mesmo, senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem. Jamais imaginei que pudesse me sentir tão bem com um homem.
Foi então que ele interrompeu o beijo e falou comigo ainda de olhos fechados:
- Quer começar o ano de forma diferente Camus?
Eu sorri, também de olhos fechados, sentindo a testa dele tocando a minha.
- Quero.
E ficamos lá, sentados longe de todos, cuidando os fogos de Ano Novo.
Fonte: https://m.fanfiction.net/s/9953548/1/Boas-Festas
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finechina-jpg · 2 years ago
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29/11
São duas horas da manhã. Eu acordei, tentei voltar a dormir, sem sucesso. Tem mil pensamentos passando pela minha cabeça e eu decido levantar e escrever. Escrever porque talvez eu sou melhor com as palavras que eu penso do que com as que eu falo. Dizem que no fim das coisas, qualquer uma delas, pensamos no começo. Então eu penso no começo. Não do nosso relacionamento, mas da minha vida amorosa. Idealizada uma relação baseada em confiança, falhei. Não uma, não duas, mas várias vezes. Sendo assim, troquei de valores, me adaptei, me submeti, me reinventei por outras pessoas. E falhei de novo. Tive inúmeras noites de tristeza completa e insatisfação. Quantas vezes uma pessoa aguenta sofrer por amor ? O que significa sofrer, então, por amor ?
Eu pausei. Parei de tentar me encaixar em relações, contextos, expectativas. E experienciei uma paz incrível, que logo foi inundada por todos os outros problemas que eu secundei. Mas você apareceu.
E aí nada que eu aprendi com minhas relações passadas foi o suficiente pra me preparar pra você. Você, que no primeiro contato comigo, já soube do meu pior, e não desistiu de mim. Você, que mesmo comigo te desmotivando a cada dia a estar do meu lado, nunca foi embora. Você, que nos meus dias mais tristes, me fez sorrir. Você, que apesar de todas as minhas tropeços por aí, me ajudou a levantar e cuidou de mim. E além disso, você, que me conquistou dia após dia, com seu carinho, seu humor de tio do pavê, seu coração gigantesco pronto pra ajudar a tudo e a todos, sua proteção, o Wikipedia da natureza, mestre em assuntos aleatórios, homem mil e uma utilidades, impossível de encaixar num estereótipo, impossível de não se apaixonar. Eu nunca idealizei me casar, ter filhos, uma casa, uma família. E todas essas coisas simplesmente parecem incríveis com você. Planejar um futuro, me esforçar por ele, sonhar com ele. Sonhar com a gente.
Quantas vezes uma pessoa consegue se apaixonar pela mesma pessoa?
Mas a paixão passa, e o que resta é uma coisa muito mais visceral. E quando a paixão passa, as brigas começam... E elas machucam. E afastam. E cansam. E se repetem. Nunca foi tão doloroso brigar com alguém na minha vida inteira. Nunca tive tanto medo de uma discussão como tenho das nossas. É como se eu estivesse tentando atravessar uma ponte com cem mil metros de altura e pouco espaço para colocar os pés. Na maioria das vezes, você tá do outro lado dessa ponte, me oferecendo um abraço acolhedor, e eu não vejo a hora de me sentir segura nesse abraço. Como se eu pudesse fazer tudo se tiver você pra segurar a minha mão.
Eu atravessei outras pontes esse ano, umas bem difíceis. No trabalho, com a minha família, comigo mesma. Em todas elas você estava lá. Quantas vezes uma pessoa pode salvar a gente da escuridão?
O que eu sinto por você é sólido e espaçoso. E não vai passar. Eu posso restabelecer a paz da minha solidão. Mas eu nunca vou me perdoar se eu não seguir esse sentimento. Se eu não dedicar a minha vida inteira a estar do seu lado. E lutar incansavelmente por você. Nem que eu precise lutar sozinha. Nem que eu precise atravessar essa ponte sozinha, e te esperar do outro lado. Eu não vou desistir de algo que me salvou de inúmeras formas. Nunca acreditei nessa falácia que existe uma pessoa, uma alma gêmea. Mas eu não tenho dúvidas de que essa pessoa, pra mim, é você. E eu soube disso desde a primeira vez que nos vimos. Eu tive medo desse sentimento por muito tempo. Mas eu não tenho mais. Não existe nada nesse mundo que me faça desistir de você, da gente. Você vale a pena. E eu não vou sair. Vai ser difícil, eu sei. Mas eu não me perdoaria se eu não fizesse de tudo pra ser A sua Pessoa.  Nem que pra isso eu precise me mudar pro outro lado do mundo.
“As vezes, o maior esforço que você pode fazer por uma relação, é não fazer nada. É dar tempo pras coisas se ajeitarem. É esperar.” 
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apavorantes · 6 months ago
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Bishop se deixou demorar no abraço. Lucian fazia parte do grupo extremamente limitado de pessoas com quem conseguia ser fisicamente carinhosa, e de um ainda mais restrito de pessoas que tinham acesso à sua fragilidade. Não havia motivo para agarrar-se às suas reservas — aquele abraço tinha vários significados, tanto para ela quanto para Hale, e talvez ambos precisassem dele. Aconchegou-se no peito do amigo, enquanto a mão direita correspondeu o afago com um singelo carinho em suas costas. Estou aqui, dizia-o mentalmente. Continuo aqui.
Já separados, a pedido dele, ela estendeu o braço enfaixado. A queimadura não foi feita enquanto ainda estava consciente, mas não a preocupava tanto; ainda que ardesse, vira alguns semideuses em situações bem piores. “Olha só. São tipo tatuagens da amizade.” Brincou. Apesar da voz cansada, ainda encontrava humor para entreter o amigo. O sorriso se desfez pouco depois, porém, quando Lucian mencionou os irmãos. “Você já os viu hoje? Como eles estão?” Sabia que aquele era um tópico sensível, a morte de Aidan ainda fresca nos corações e na memória dos filhos de Apolo. O sumiço do deus do sol só deixava aquela ferida ainda mais sensível.
Perguntas como aquelas seriam feitas inúmeras vezes nos próximos dias — o que aconteceu? Por que você desmaiou? O que você viu? —, Bishop tinha certeza, mas não se importava de respondê-las para o amigo. As dele vinham de um lugar de cuidado, diferentemente do tom que suspeitava que usariam no futuro com ela. “Nada. Só tontura, pernas fracas, escuro e então enfermaria. Mas eu escutei umas coisas e acho que entendi o que aconteceu.” Começou. Rapidamente, a voz e a postura mudaram, seriedade tomando conta delas enquanto se recordava dos momentos antes do desmaio. “Todo mundo que desmaiou tá se sentindo meio cansado. Esgotado. Eu acho que, de alguma forma, o traidor nos drenou. Não sei se só para nos enfraquecer ou se para se fortalecer também, mas me sinto um caco desde que acordei.” Contou, deixando um suspiro abatido escapar dos lábios. “E acho que isso afetou os meus poderes. Eu não… sinto eles do jeito que costumo sentir.”
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[Flashback - pós-baile]
Lucian deu um abraço apertado em Bishop, a envolvendo por completo. Adorava o fato de conseguir praticamente embrulhar os amigos devido ao seu tamanho, sentia que, por alguns instantes, era capaz de protegê-los do mundo ao redor. Passava suas mãos pelos cabelos da amiga, sem saber se estava a confortando ou confortando a si mesmo. Ela estava bem. Viva. Diferentemente de Aidan e Flynn. "Deixa eu dar uma olhada." pediu, observando o braço enfaixado da semideusa. Suas habilidades de curandeiro era praticamente nulas mas depois de passar horas tentando ajudar na enfermaria, se achava capaz de julgar a gravidade de algumas queimaduras.
"Estamos combinando." sorriu fracamente mostrando o braço direito, também enfaixado. A pele havia ficado sensível após o ácido das Myrmekes, deixando-o vulnerável às chamas que tomaram conta do pavilhão. "Mavis e Andrea se machucaram bem mais." disse, seu sorriso desaparecendo. Nunca ia se acostumar com os irmãos estando em perigo, o completo pavor que sentira ao ver os dois praticamente envoltos pelas labaredas seria uma lembrança que levaria para sempre consigo.
"Mas você desmaiou! O que foi que aconteceu?" mudou logo de assunto, tentando tirar o foco de sua preocupação com os irmãos. "Eu sei que foi uma coisa com todos os filhos da magia, mas o que rolou?" perguntou. Enquanto muitas pessoas assumiriam um tom de acusação, o de Lucian era de puro zelo, apreensivo com o bem-estar de Bishop. "Você teve alguma visão ou algo assim?" indagou, lembrando-se dos transes em que entrava quando previa acontecimentos futuros.
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devilduckplot-blog · 6 years ago
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Menoscabo
Menoscabo: diminuição da importância, do valor, da qualidade;
Depreciação, desdém, desprezo, menosprezo.
Isso era tudo o que eu sentia em relação àquele ser.
E nunca passaria disso...
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Capítulo 1 - Você gosta de queijo?
POV’s Kyungsoo
Hoje acordei com meu humor de ruim a péssimo. Tudo isso por causa da festa beneficente que iria à noite, mais precisamente, por causa daquele homem irritante.
Tentei controlar meu temperamento entrando no escritório do meu pai.
_ Bom dia pai. - Sorri ao vê-lo distraído com alguns papéis.
_ Bom dia filho, dormiu bem? - Assenti e ele me olhou meio incerto, ele me conhece bem demais - Espero que essa cara melhore até a noite.
_ Não tem mesmo como o senhor me dispensar? - Falei fazendo um bico na esperança que ele se compadecesse.
_ Sabe que não meu filho, como sucessor você precisa conhecer as pessoas influentes do meio. - Já estava prevendo o tédio.
        Resmunguei contrariado e papai apenas riu beijando minha testa quando saiu da sala. Fiquei olhando distraído para a janela e logo me lembrei de que não tinha roupa para usar na festa beneficente, peguei minha pasta e disparei porta afora já grudando em Baekhyun, ele tinha que me ajudar com isso.  
Cheguei praticamente no começo da festa, meu pai gostava de chegar cedo para cumprimentar todos e colocar o papo em dia com seus velhos amigos. Parei e fiquei olhando a fonte artificial no meio do salão, mas não demorou muito e papai já veio me chamar para começar as apresentações. Quando alguns conhecidos chegaram tratei de me juntar a eles, pelo menos meu tédio seria menor ali.
O champanhe e a comida estavam de muito bom gosto, as mesas arrumadas e nomeadas para quando começasse o leilão. Notei todos olhando para a porta, me arrependi no segundo seguinte de ter seguido todos os olhares. E lá vinha ele, aquela pose de dono de mundo e todos aqueles puxa-sacos no pé onde quer que vá. Como eu o odeio! Desviei o olhar e ignorei sua existência.
A conversa estava animada na roda e pensei ter ouvido alguém me chamar ao longe, me virei rapidamente e sem querer esbarrei no garçom, minha taça derramou um pouco de champanhe na minha mão e na manga do terno, ele se desculpou desesperado e eu disse que estava tudo bem, pedi que levasse minha taça pois eu iria me limpar, então pedi licença e me retirei seguindo até o lavabo.
E quão grande não foi o meu desgosto ao mirar aquelas costas inclinadas na pia.
_ Minhas costas estão queimando. - Cantarolou me encarando pelo espelho.
_ Se eu pudesse, ateava fogo em você todo. - Retruquei fazendo careta.
_ Sempre tão doce. - Ah o deboche!
_ Pra você, eu faço questão! - Devolvi debochado no mesmo nível.
Ele saiu gargalhando e eu fingi que não era comigo, lavei minhas mãos e saí dali indo até meu pai que fez sinal para eu me aproximar.
_ Kyungsoo, tem alguém que não te apresentei ainda. - Sorri educado, mas logo o sorriso murchou.
_ Boa noite. – Apertou suavemente a minha mão.
_ Este é Min Yoongi, ele está no ramo que se relaciona diretamente com o nosso. Quando assumir a presidência futuramente, irá tratar de negócios com este rapaz.
O exibido sorriu para mim e eu até senti uma vertigem me atingir fortemente, mas não era possível que esse traste era o fornecedor brilhante que meu pai tanto falava. Mantive a expressão amena até que o papo obrigatório acabasse, Baek me olhava de longe se divertindo, nunca quis tanto esganar ele.
Depois da exposição àquela pessoa tóxica, Baekhyun me fez lembrar o que acontecera anos antes no início da faculdade. Yoongi era um cara tímido e bem recluso no meio da minha turma da faculdade de Administração, fizemos uma amizade mais para coleguismo quando um professor nos juntou como dupla para realizar um trabalho. Tudo correu muito bem e depois do mesmo, sempre nos cumprimentávamos no início e término das aulas, mas quando o ano seguinte se iniciou, ele não era mais o mesmo. Fez amizade com um povo de Ciências Contábeis e a minha vida virou o inferno na Terra, não se passava um dia sem que ele não pegasse no meu pé.
Passadas as matérias conjuntas do curso, eu não poderia estar mais feliz pois ele nem frequentava mais a faculdade, teve que assumir mais cedo a empresa de seu pai,  e como era um prodígio no ramo, só ia à instituição para a entrega de trabalhos. Não que eu houvesse me afeiçoado àquele metido ou tivesse algum contato com o mesmo, mas por fofocas na empresa inevitavelmente fiquei a par de coisas que eu nem tinha interesse em saber, só contribuiu apenas para que eu desejasse cada vez menos estar no mesmo ambiente que ele.
Um barulho estranho fez com que todos se assustassem, pareciam tiros e explosões, todos os presentes se abaixaram e logo alguns caras de máscaras adentraram o salão dizendo que iriam levar os itens do leilão e que se todos nos comportássemos, poderíamos sair sem lesões. Fiquei apavorado mas não podia demonstrar naquela altura, olhei alarmado para todos os lados tentando localizar meu pai e Baek, que havia saído do meu lado momentos antes, e não conseguia encontrá-los. Por todo o salão ecoavam choramingos e murmúrios assustados, ninguém podia fazer nada.  
Um senhor que eu não havia visto na festa ainda se levantou e quis ser o herói da noite, depois de um diálogo acalorado entre ele e um dos assaltantes houve um tiro que ecoou o salão todo e eu petrifiquei no lugar, não conseguia mover um músculo sequer. Deduzi que o senhor havia sido acertado porque a confusão de gritos espantados e mulheres chorando só aumentou. Senti uma pontada no meu peito e meu medo ficou mais aparente. Agora não… Senti minha respiração ficar cada vez mais difícil e sabia que não demoraria muito para que eu desmaiasse ali mesmo.
Senti alguém me abraçar por trás e sair dali o mais silencioso possível, agradeci mentalmente o estranho que me ajudara a sair do salão, eu precisava ficar calmo para que a crise de ansiedade passasse. Me sentei no chão assim que ouvi a porta do cômodo ser fechada, afrouxei a gravata e abri um botão da camisa. Eu arfava violentamente, aquela sensação ruim não passava e o medo de ser encontrado pelos bandidos não estava colaborando em nada.
_ Tenta se acalmar, não posso te tirar daqui agora se você piorar. - A voz masculina disse calmo. A sala onde estávamos estava escura, não podíamos ser pegos ali, eu podia não estar vendo, mas eu conhecia aquela voz.
_ Porque me trouxe aqui? - Falei bravo, mas meu tom esbaforido não me deixou mostrar toda a acidez que eu queria.
_ Vai reclamar agora Kyungsoo? - Falou debochado. - Que tal agradecer e tentar se acalmar pra pelo menos eu e você sairmos vivos daqui?
_ Desculpa… - Pedi baixinho rezando pra que nem ele tivesse ouvido. Ele tinha razão afinal.
Ouvimos alguns gritos que vinham do lado de fora e não tínhamos noção do que se passava no salão, eu só rezava para que meu pai e Baek estivessem bem. Senti Yoongi sentar ao meu lado, ele deveria estar com medo também, afinal de contas ninguém iria querer morrer tão jovem, com tanto que ainda poderia fazer na vida.
_ Eu sei que o momento não é apropriado mas… Você gosta de queijo? - Yoongi indagou do nada e eu fui pego desprevenido.
_ Que tipo de pergunta é essa Yoongi? -
_ Eu não sei, mas você precisa se distrair pra melhorar e eu não estou fazendo nada mesmo. - Seu tom era divertido. - Vamos conversar.
_ Okay, eu gosto… de provolone. E você? - Entrei na dele, eu não tinha como contestar.
_ Isso, muito bem. Eu gosto daquele mofado, sabe? - Riu divertido. - É o meu preferido mas eu nunca lembro o nome dele.
_ Roquefort? - Eu não era um mestre de queijos né, mas eu conhecia alguns.
_ Esse mesmo. - Ficamos em silêncio por um momento mas logo ele continuou. Mas agora eu queria falar de outra coisa, posso?
Conforme a conversa sem nexo se desenrolava eu sentia que meu corpo se acalmava e a crise estava indo embora.
_ Claro, já estamos nessa mesmo. - Ri descontraído. - Pode falar.
_ Sabe Kyungsoo, eu gostava de você na época da faculdade. - Arregalei meus olhos, ele poderia não estar vendo mas eu sabia que ele sentiu a minha surpresa. - Todo dia eu tentava criar coragem pra falar com você mais do que aquelas simples saudações, mas eu não conseguia. Eu só fui capaz de perceber isso quando ficamos mais distantes.
_ Então porque se tornou um babaca quando as férias terminaram? Se não era capaz de chegar em mim, pelo menos tivesse me poupado do inferno que eu passei por sua causa. - Fiquei bravo por um momento, se ele queria brincar com a minha cara eu não permitiria.
_ Você bem sabe porque eu não frequentava mais a faculdade depois de um tempo, mas não sabe de tudo. - Sua voz parecia um tanto amarga. - Pode ser que em breve isso te afete também. - Deu uma pausa e respirou fundo antes de continuar. - Nas minhas férias eu pude viajar por uma semana inteira e para onde eu quisesse, estava surpreso que meu pai tinha deixado em vista que até reuniões da empresa eu já tinha participado, sabia que logo a sucessão iria vir até mim.
Fui com alguns amigo da escola e me diverti bastante, mas se eu soubesse tudo o que me aguardava quando eu retornasse, talvez teria fugido de lá mesmo. - Pausou parecendo pensar em como prosseguir. -  Logo na manhã seguinte do dia que eu cheguei, quando foram me acordar eu já recebi uma lista, era uma lista das pretendentes que eu teria que me encontrar para escolher uma esposa. Eu não estava pronto e acho que nunca estaria, mas eu escolhi o pior caminho pra me distrair disso. Me juntei aos delinquentes filhos dos sócios do meu pai que também faziam faculdade na nossa instituição, e foi aí que começou a minha longa lista de arrependimentos. - Ele fez uma pausa e eu sabia que ele me olhava. - E uma delas foi ter te perseguido tanto. O que eu menos queria era ter agido daquela forma com você.
_ Tu-tudo bem… Esse não era bem o caminho certo, mas eu te desculpo. - Gaguejei quando fui respondê-lo, eu não sabia de nada mesmo. - Mas você bem que mereceu aquele suco que eu taquei na sua cara.
E nós rimos juntos, mas logo nos aquietamos pra ninguém nos descobrir ali, pelo menos a minha crise tinha ido embora.
_ Claro, eu mereci aquela, sem dúvida. Mas nem aquilo me salvou dos encontros seguidos com aquelas patricinhas mesquinhas.
_ Nossa, coitado de você. - Comentei sem pensar e ele riu soprado.
_ Pois é, mas espero que pelo menos depois de tudo isso que te falei, você ao menos possa me desculpar por todas as babaquices que eu fiz contigo.
_ Tudo bem, já está no passado. - Senti sua mão tocar minha coxa e meu coração acelerou absurdamente.
_ Obrigado.
Eu sorri aliviado e escutamos porta afora uns barulhos no corredor, me encolhi em Yoongi e este me abraçou apertado. A gente vai ficar bem, a gente vai ficar bem, era só o que se passava pela minha cabeça e então uma voz forte soou no corredor.
_ Aqui é a polícia de Seoul, se tiver algum convidado aqui, por favor saia.
Ficamos desconfiados mas Yoongi me soltou e disse que iria espiar para saber se era verdade. E então ele escancarou a porta e me ajudou a levantar e saímos da sala. Um Baekhyun desesperado correu e pulou no meu colo, meu pai vinha em minha direção também e eu pude ver as costas do cara que tinha me ajudado se afastar. O que não passou despercebido pelos olhos afiados de Baek que logo ia fazer uma gracinha, mas eu o cortei antes.
_ Nem tente Byun Baekhyun! - E antes que ele se afastasse demais eu o chamei. - Min Yoongi, - ele me olhou assim que o chamei. - Aceita tomar um café comigo? - E ele apenas sorriu e acenou afirmativamente em resposta.
E aqui eu troco todo o menoscabo entre nós por um futuro e talvez… Afeto.
Capítulo 2
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yixingloriouz · 6 years ago
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ZHANG YIXING FAN FICTION - 6982 miles (Cap 6)
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Acordei atordoada, mal conseguia abrir os olhos da preguiça, mas quando reparei onde estava, com o ecrã gigante desligado, e com uma manta por cima até aos ombros, me levantei rapidamente, como se tivesse atrasada para um dia de aulas. “Porra! Eu não acredito nisto” pensei, refletindo que tinha adormecido no quarto de filmes com o moço ao meu lado. Ele já não estava mais ali; as almofadas dele estavam espalhadas pelo quarto e a porta estava encostada. Mas que horas seriam? Será que dormi assim tanto?  Saí rapidamente daquele quarto com esperança de não ver o Yixing, queria sair dali, estava cheia de vergonha por aquilo que eu tinha acabado de sair. Ao fim do corredor, reparei em Hope saindo de um quarto.
“Hope!!” falei para ela
“Você já acordou?” gritou no corredor, como estivesse surpreendida
“Shhhhh!!” mandei-a calar, dando-lhe uma pequena palmada no ombro “Eu sei lá como eu adormeci! Estava cansada.”
“É, eu também não sei como você adormeceu…ao lado daquele homem.” Sorriu ela, fazendo covinha na sua bochecha.
“Pará com isso. Pobre rapaz, que nervos, eu adormeci bem mal…eu devo-lhe tanta desculpa. Hope, vamos embora, eu quero ir para casa.”
“Para casa?” questionou-me surpreendida, fazendo uma cara demasiado seria “Daqui a uns minutos, vao começar a servir o jantar. Você acordou mesmo a tempo.”
“O JANTAR? Mas que horas são?”
“Destiny, você adormeceu ok? Todo o mundo sabe disso, não há nada com que preocupar. São sete da noite.”
 Sete da noite? Meu Deus, eu sempre me senti envergonhada na casa de desconhecidos, nem á casa de banho pedia para ir e agora, nem acredito que adormeci na casa do futuro chefe do meu pai, ao lado do seu filho.
“Ah, e olha...arrume seu cabelo, por favor.” Disse apontando para o meu cabelo.
“Que, que tem o meu cabelo?”
“Venha cá.”
 Puxou-me pelo braço e levou-me ao tal quarto de onde ela tinha saído á pouco. Era uma casa de banho, muito simples e pequena, mas com muita beleza. Tinha azulejos de tons vermelhos e azuis com dragões e muralhas e toda a decoração era preta.  Olhei ao espelho e ela tinha toda a razão, o meu cabelo estava um caus, nem liso estava nas pontas. Como é que isso aconteceu?
“Você tem a certeza que só dormiu né? Você contaria para a sua irmã não contaria?”
“Cala essa boca!” disse enquanto molhei as pontas com água e tentei alisar com a ponta dos meus dedos. “Você tem algum pente?”
“Você não respondeu.”
“Hope, eu vou-lhe responder da maneira que você quer, você acha que se alguma coisa tivesse acontecido, o moço teria saído do quarto?”
“Claro que sim, deixando você descansar, com uma mantinha por cima, para repousar melhor.”
“Como é que você sabe da manta? Você me esteve a espiar não foi? Foi você que fez isto no meu cabelo!!”
“Ah, não seja dramática. Ele próprio disse que você tinha adormecido ali no quarto e que colocou uma manta por cima, para se sentir melhor porque as vezes faz muito frio cá em casa.”
“Humm, está bom. Espero que você não tenha feito nada no meu cabelo.”
“Isso é com você e com o Yixing, foi ele que esteve ao seu lado, não eu.”
“Você não vai desistir de me chatear enquanto não encontrar alguém né? Deixa só, quando você começar a namorar, vou-lhe torturar todos os dias.”
“Amanhã vou sair com o pai de manhã para conhecer a cidade e mais meninos lindos, já que você tem o Yixing.”
“Ah desisto, olha vamos andando para baixo. Mas amanhã você vai onde?”
“Vou a lado nenhum, estava brincando.” Riu-se “Tem fome?”
“Alguma.”
“Eu não. Comi bolinhos a tarde toda.”
“Sua gulosa.”
“E você dormiu a tarde toda também. Pelo menos tenho a barriga cheia.”
 Aquela rapariga nunca mudava mesmo.     Descemos as escadas e ouvimos risos no corredor, quando finalmente chegámos ao andar da cozinha, da sala de jantar e de outros locais que eu, ainda não tinha conhecido embora todos julgassem que sim, reparei no nosso pai falando e rindo com Yixing, ambos estavam vendo algo no telemóvel do meu pai. Rezei para que não fosse nada sobre mim ou sobre a Hope, o pai sempre gostava de mostrar vídeos vergonhosos. Ele tinha um meu no karaoke quando eu tinha 15 anos e pensava que sabia cantar.    Quando nos aproximámos, o nosso pai sorriu para nós, e eu nem olhar direito para o Yixing conseguia mas sabia que tinha de lhe pedir desculpa.
“Então meninas?” “Destiny, você dormiu muito. Estava assim tão cansada?”
“Pai, Yixing, eu peço desculpa. Eu não sei como adormeci e depois, foi tao difícil de acordar. Eu não faço sestas por mais de uma hora, não sei mesmo o que aconteceu.”
“Destiny, você não tem que pedir desculpa.” Yixing disse, com um tom preocupado e muito calmo. “Você dormiu bem? Peço desculpa se eu não estava la quando acordou, mas o meu pai me chamou para ir assistir á reunião e falar sobre a empresa. Eu desliguei a televisão também, assim dormia melhor. Você sente-se bem agora?”
 Ele, ele era tao preocupado com o mundo e embora eu não o conhecesse bem, ele mostrava tanto carinho pelos outros. Não me acredito que aquilo tivesse sido falso, ou só para ser simpático em frente ao meu pai. Ele realmente era um rapaz cheio de coisas boas no seu coração.
“Eu estou bem, eu dormi bem. Só me sinto envergonhada por ter adormecido numa casa de pessoas que mal conheço.”
“Ah filha, não se sinta assim. Conheço os Zhang á imenso tempo através da empresa, embora nunca tivesse cá vindo.” Riu-se. “Você não tem que se sentir assim.”
“Concordo com o seu pai. Todos temos direito de nos sentir cansados, e com sono. É algo normal, seria bem pior se você tivesse ficado acordada de mau humor e com dores de cabeça, não é verdade?”
“Sim, claro. Mas mesmo assim..”
“Olha fazemos assim Yixing, “ interrompeu o meu pai “Quando você for dar aulas á Destiny lá em casa e se sentir cansado, você pode dormir uma sesta esta bom?” riu-se.
“Okay.” Riu-se Yixing, olhando para mim colocando o dedo sobre os seus óculos endireitando-os. “É verdade, a Hope também vai ser minha aluna?”
“Ah não. A Hope vai mesmo para uma escola, o seu pai recomendou-me uma, é muito boa, e ela também é mais nova, vai ser melhor para ela. Depois de Destiny já conseguir manter conversas e conseguir compreender, escrever, aí sim vai para a faculdade. Não é?”
“É sim, pai. Embora eu ainda não saiba o que irei fazer na vida, mesmo.”
“Agora vamos focar-nos apenas no mandarim, ok?” disse Yixing, colocando sua mão no meu ombro.  Uns segundos depois, uma senhora, empregada, chegou-se junto de nós e avisou Yixing sobre o jantar. Queria entender por mim própria, mas o meu pai traduziu-nos logo rapidamente. Acompanhámos a senhora, que nos levou até á sala de jantar, a uma outra que ainda não tínhamos estado. Era mais pequena, mais comóda para apenas sete pessoas. Fiquei ao lado da minha mãe e de Hope, Yixing sentou-se em frente a mim, que continuava sorrindo e muito animado. A felicidade dele era contagiante, embora eu ainda tivesse um pouco adormecida.   Na mesa, os empregados foram colocando os pratos principais, enquanto outros pegavam nos nossos pratos e colocavam sopa. O meu pai e o senhor Zhang continuavam conversando sobre a importância da China no mercado do mundo, e números, referiam muitos números de coisas, coisas que eu não entendia porque matemática nunca esteve ao meu alcance, embora eu tenha tido boa nota porque o Francis me ajudou, me ajudou a copiar.   Hope estava mesmo sem fome, era notável ver isso mas mesmo assim comeu, e falou mais do que o normal durante o jantar, até questionou sobre a empresa do pai e falou o quanto interessada estava em estudar. “Essa garota tem momentos em que sabe mesmo surpreender” pensava eu ao vê-la tão interessada em falar com a senhora Zhang. Os meus pais sorriam para ela, felizes por Hope não ter ainda feito nenhuma asneira já que era o habitual e eu rezava que não me fazer passar nenhuma vergonha em frente de ninguém. Sempre o fez, especialmente na escola; Graças á diferença de idades, nunca estivemos no mesmo ano letivo mas nos corredores, sempre arranjou uma desculpa para vir ter comigo e envergonhar-me com perguntas idiotas. Mas mesmo assim, ela era minha irmã e a adorava tal como ela era.   Yixing, que estava em frente a mim, também se metia na conversa que o meu pai estava a ter com o seu, por vezes em tom de brincadeira dizia que não entendia certos aspetos da empresa, embora ele soubesse exatamente o que se passava. Ele era muito engraçado, sorrindo para todos e preocupando-se com o Mundo. A meio da conversa, ele desabafou sobre as casas que tinha escolhido com o pai para todos os novos trabalhadores e como podia ser complicado mudar de rotina tão rapidamente, mudar de espaço, de ambiente, de vida. O meu pai abanou a cabeça, enquanto eu continuei comendo o que tinha no prato.
“Destiny!” o senhor Zhang disse o meu nome, num tom que parecia que eu tinha feito algo de errado.
“Sim?” olhei para ele, confusa.
“Você ainda não falou nada sobre si, nem a sua irmã. O seu pai é que fala imenso sobre vocês, eu também quero ouvir a vossa voz.” Sorriu.
“Ah, eu? Eu não sei o que dizer sobre mim.”
“Eu posso descrever a minha irmã e ela descreve-me a mim, que tal?” sugeriu Hope, e sim era uma péssima ideia.
“Não, cada uma fala sobre si mesma.” Sorri, de forma irónica. Ela realmente tentou me envergonhar. “Mas o que quer saber especificamente?”
“Fale um pouco sobre si. Gosta de estudar? Ou gostava, ouvi dizer que terminou o secundário não é?”
“Sim, terminei. Eu gosto de estudar. É muito importante estudar para alcançarmos sonhos que tenhamos guardados no nosso coração.”
“E qual é seu sonho?”
 Poxa, porque é que eu fui tão emotiva ao descrever isso?! Podia ter dito basicamente que sim, em vez de todo esse discurso. Agora o que eu iria dizer?  Eu realmente tinha sonhos, muitos sonhos mas nunca iria contar cada um ali perante a família. Pensei numa resposta que fosse simples, e que eles ficassem satisfeitos.
“Eu gostaria de ajudar as pessoas.”
“De que maneira?”
“Talvez seguindo um curso relacionado com isso mesmo, medicina talvez.”
“Você não precisa de estudar medicina para ajudar as pessoas.” Disse Yixing, causando um silencio durante alguns segundos.    Ele realmente tinha razão no que estava a dizer, e ele sabia do que estava a falar. Ninguém precisa de seguir medicina, de ser tratado como “senhora doutora” para poder ajudar alguém. Todo o ser o humano tem um coração, e isso é o suficiente para poder ajudar os outros.
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desencadear · 3 years ago
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Terça feira 14 de setembro
Dormi no sofá a tarde e acordei mal. Não consigo entender as vezes as minhas ocilaçoes de humor. Dessa vez, sei o motivo maior mas, foi juntando com outras pequenas coisas.
Me enfiei no quarto pra não falar além do que devo e tudo só piorou.
Um muita insegurança, um bocado de dependência emocional, complusão alimentar que ocila entre comer demais na minha visão (fazer 3 refeições) ou comer nada (bloquear da minha mente que meu corpo precisa de comida). Daí nada distrai pq a mente grita. E vem na memória:
-Tem uma gilete em cima do pote de creme.
As tão convidativas giletes.
- Já fazem anos que você parou Bianca. Não faz
- Mas pq Você não me ajuda então?
Tento ligar pra alguém mas todo mundo e ocupado e não quero ouvir no momento que preciso de Deus, que minha fé tá fraca e etc. Eles não tem culpa e nem estão errados.
Fico quietinha na cama tentando respirar e não me mexer pra pegar a gilete ou ir na cozinha fazer algo pra comer pq vou mexer com faca. A mente dispara e são os minutos piores que vou sentir até amanhã quando acordar.
Mais um dia sendo forte, mais um dia que me questiono até onde isso tudo vai. Se de fato existe um fim.
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